nordeste: evolução recente e perspectivas

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E CONOMIA DO NORDESTE EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS E PERSPECTIVAS PARA O MÉDIO E LONGO PRAZOS CLAUDIO PORTO E SERGIO C. BUARQUE AGOSTO DE 2013

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Depois de apresentar uma expansão do PIB superior à média nacional na última década, o Nordeste mostra que precisa acelerar políticas e estratégias focadas na competitividade para não se distanciar novamente da trajetória nacional, como projeta um estudo de cenários feito pelos economistas Claudio Porto e Sérgio Buarque, da consultoria Macroplan. Pelos dados dos diferenciais de crescimento do PIB do Nordeste e do Brasil dos anos recentes, a região chegaria a apenas 16,3% do PIB brasileiro em 2050, contra 13,5% atualmente. O estudo foi apresentado durante o seminário Forum Nordeste, dia 13/08/13, em Recife.

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Page 1: Nordeste: evolução recente e perspectivas

ECONOMIA DO NORDESTE

EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS E

PERSPECTIVAS PARA O MÉDIO E

LONGO PRAZOS

CLAUDIO PORTO E SERGIO C. BUARQUE

AGOSTO DE 2013

Page 2: Nordeste: evolução recente e perspectivas

PLANO DA APRESENTAÇÃO

1. Nordeste: situação atual e evolução recente (1990-2012)

2. Potencialidades e debilidades estruturais

3. Condicionantes do Futuro

O contexto externo: Mundo e Brasil

Tendências regionais

4. Incertezas Críticas e Cenários

5. “Ingredientes essenciais” de uma Estratégia de Desenvolvimento

Regional 2

Page 3: Nordeste: evolução recente e perspectivas

SITUAÇÃO ATUAL E

EVOLUÇÃO RECENTE

Page 4: Nordeste: evolução recente e perspectivas

NORDESTE: 28% DA POPULAÇÃO

BRASILEIRA (CENSO 2010)

4

191 milhões191

53

Brasil Nosdeste

53 milhões

Nordeste

Page 5: Nordeste: evolução recente e perspectivas

12,86

13,37

12,9212,82

12,87

12,78

13,17

13,09 13,05

13,11

13,09

13,12

12,96

12,77 12,72

13,0713,13

13,07

13,11

13,51

13,46

199019911992199319941995199619971998199920002001200220032004200520062007200820092010

Fonte: IPEADATA/IBGE

PARTICIPAÇÃO DO NORDESTE NO PIB DO

BRASIL - 1990/2010 – 13,5%

MANTIDOS OS DIFERENCIAIS DE CRESCIMENTO DO PIB DO NORDESTE E DO BRASIL DOS ANOS

RECENTES, EM 2050 A REGIÃO CHEGARIA A APENAS 16,3% DO PIB BRASILEIRO

Page 6: Nordeste: evolução recente e perspectivas

PIB DO NE CRESCEU MAIS QUE O DO

BRASIL DE 1990/2010 (PERCENTUAL)

6

2,22,5

4,5

4,0

4,4

3,6

Nordeste Brasil

1990/2000 2002/2010 1990/2010

Page 7: Nordeste: evolução recente e perspectivas

PIB PER CAPITA: 48% DO BRASILEIRO.40 ANOS CRESCENDO 2 PONTOS PERCENTUAIS MAIS

QUE O DO BRASIL PARA CHEGAR À MÉDIA NACIONAL

25.987,8624.952,88

22.722,62

19.766,33

12.701,05

9.561,41

Sudeste Centro-oeste Sul Brasil Norte Nordeste

7

Page 8: Nordeste: evolução recente e perspectivas

SETE POTENCIALIDADES

Page 9: Nordeste: evolução recente e perspectivas

C. de Santo AgostinhoIpojuca

Paulista

MERCADO CONSUMIDOR DE PORTE

ARTICULADO PELA REDE DE CIDADES

9

De 50.000 a 200.000

De 201.000 a 400.000

De 401.000 a 600.000

De 601.000 a 800.000

De 801.000 a 1.000.000

De 1.000.001 a 3.000.000

POPULAÇÃO EM 2010 (IBGE)

Salvador

Fortaleza

Recife

São Luis

Maceió

Teresina

Natal

João Pessoa

Jaboatão dos Guararapes

Aracaju

Feira de Santana

Campina Grande

Olinda

Caucaia

Caruaru

Vitória da Conquista

Petrolina

Mossoró

Juazeiro do Norte

Imperatriz

Camaçari

Arapiraca

Maracanaú

Itabuna

Parnamirim

Juazeiro

Sobral

Ilhéus

Lauro de Freitas

São José de Ribamar

Nossa Senhora do Socorro

Timon

Caxias

Jequié

Parnaíba

Camaragibe

Alagoinhas

Teixeira de Freitas

Barreiras

V. de Santo Antão

Garanhuns

Porto Seguro

Crato

Santa Rita

Santa Inês

Simões Filho

Itapipoca

Maranguape

Paulo Afonso

Paço Lumiar

Açailândia

S. L. da Mata Igarassu

Patos

Eunápolis

Bacabal

Bayeux

Iguatu

Lagarto

Abreu e Lima

Santo Antônio de Jesus

Valença

S. G. do Amarante

S. C. do Capibaribe

Itabaiana

Balsas

Candeias

Barra do Corda

Quixadá

Jacobina

Serra Talhada

São Cristóvão

Guanambi

Pinheiro

Araripina

Serrinha

Gravatá

Goiana

Carpina

Canindé

S. Do Bonfim

Picos

Chapadinha

Crateús

Aquiraz

B. Jardim

Pacatuba

Quixera-mobim

P. dos Índios

Russas

Macaíba

S. Luzia

Bacabal

Aracati

Arcoverde

Tianguá

Rio Largo

Page 10: Nordeste: evolução recente e perspectivas

NORDESTE: MALHA RODOVIÁRIA FEDERAL

10

Page 11: Nordeste: evolução recente e perspectivas

BASE INDUSTRIAL E LOGÍSTICA

11

NOS ÚLTIMOS ANOS O NORDESTE GANHOU DENSIDADE INDUSTRIAL ... (MAS HÁ UM RISCO DE

RECONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NO SUDESTE) (TÂNIA BACELAR)

Page 12: Nordeste: evolução recente e perspectivas

TURISMO

• Uma foto bacana de uma praia da Bahia com boa infraestrutura (que não

seja o Carnaval de Salvador)

12

PRAIA DO FORTE, SALVADOR - BA

Page 13: Nordeste: evolução recente e perspectivas

INDÚSTRIA CRIATIVA

PORTO DIGITAL, RECIFE - PE

CENTRO PERNAMBUCANO DE DESIGN, RECIFE - PE

13

Page 14: Nordeste: evolução recente e perspectivas

POSIÇÃO GEOGRÁFICA

14

Page 15: Nordeste: evolução recente e perspectivas

RECURSOS ENERGÉTICOS DE FONTES

LIMPAS

15

Irradiação solar do Brasil Mapa eólico do Brasil

Page 16: Nordeste: evolução recente e perspectivas

CINCO DEBILIDADES

ESTRUTURAIS

Page 17: Nordeste: evolução recente e perspectivas

5,9 5,8 5,7 5,6 5,6 5,3 5,2 5,1 5,1 5,1 5,1

4,9 4,9 4,7 4,7 4,6

4,4 4,3 4,3 4,3 4,2 4,2 4,1 4,1 4,1 4,1 3,8

Min

as Gerais

Santa C

atarina

Distrito

Federal

Paran

á

São P

aulo

Go

iás

Espírito

Santo

Mato

Gro

sso

Mato

Gro

sso d

o Su

l

Rio

de Jan

eiro

Rio

Gran

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o Su

l

Ceará

Tocan

tins

Ro

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ia

Ro

raima

Acre

Piau

í

Am

azon

as

Paraíb

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Pern

amb

uco

Bah

ia

Pará

Am

apá

Maran

hão

Rio

Gran

de d

o N

orte

Sergipe

Alago

as

FORMAÇÃO DE CAPITAL HUMANO

EDUCAÇÃO - NOTA DO IDEB DOS ESTADOS DO BRASIL

NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - 2011

17

Page 18: Nordeste: evolução recente e perspectivas

SP

RJDFRS

PR

SC

MGMS

ESPE

PBSE

GO

RN

AM

CE

MTBA

AP

TOAC

ALPA

RR

PI

RO

MA

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

No

ta d

o ID

EB n

o E

nsi

no

Méd

io -

20

11

Índice de competitividade - 2006

SUL/SUDESTENORTE/ NORDESTE/ CENTRO-OESTE

CORRELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DO

ENSINO E COMPETITIVIDADE DOS ESTADOS

18

Page 19: Nordeste: evolução recente e perspectivas

QUALIDADE DAS RODOVIAS (%)

Fonte: CNT - 2012

QUASE 50% DE

ÓTIMO

10,6

19,4

7

8,3

9,2

6

10,7

13,8

9,9

9

3,6

21

23,4

18,3

23,9

15,3

23,7

23,2

2,9

27,1

20,4

20,3

6,9

38,1

41,4

41,7

38,2

28,7

30,8

36,8

45,2

25

39,4

33,4

10,8

26,4

15,4

29

24,7

37,9

32,4

27,5

47,9

34,1

25,4

27,4

28,8

3,9

0,4

4,1

4,9

9

7,1

1,8

4

4,9

9,9

49,9

Nordeste

Maranhão

Piauí

Ceará

Rio Grande do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

Brasil

São Paulo

Péssimo Ruim Regular Bom ótimo

31,6% PÉSSIMO

E RUIM

30,3% DE BOM

E ÓTIMO

Page 20: Nordeste: evolução recente e perspectivas

NORDESTE TEM O

MENOR ÍNDICE DE

PESQUISADOR POR

MILHÃO DE

HABITANTES (QUASE

METADE DO SUL)

PESQUISADOR POR MILHÃO DE HABITANTES

NO BRASIL E NAS REGIÕES DO BRASIL -2010

20

1125

853816

761

535 533

Sul Centro-Oeste Sudeste Brasil Norte Nordeste

Pesquisador por milhão de habitantes do Brasil e Regiões - 2010

Page 21: Nordeste: evolução recente e perspectivas

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Ambiente Político

Ambiente econômico

Impostos e regimeregulatório

Política em relação aoinvestimento externo

Recursos humanos

Infraestrutura

Inovação

Sustentabilidade

Estados do Nordeste

Estados do Brasil

Fonte: Centro de Liderança Pública- 2012 - Brazil:2012 State-Level Business Environment Index

AMBIENTE DE NEGÓCIOS DOS ESTADOS DO

BRASIL E DO NORDESTE

21

Page 22: Nordeste: evolução recente e perspectivas

BAIXA COMPETITIVIDADE DO NORDESTE:RANKING DE GESTÃO DOS ESTADOS BRASILEIROS

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Fonte: Centro de Liderança Pública 2012. Disponível em: http://www.clp.org.br/2013/?thinktank=indicaores-dos-estados

*O Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros é um levantamento inédito elaborado pela Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist, e patrocinadopelo CLP. O objetivo é ajudar a balizar os administradores públicos, para que promovam as reformas necessárias para atrair investimentos estrangeiros enacionais. O ranking apresenta um modelo de pontuação dinâmico, construído a partir de 25 indicadores, que medem atributos específicos do ambienteoperacional de negócios em 26 estados e no Distrito Federal.

O RANKING DE GESTÃO DOS ESTADOS BRASILEIROS INDICA QUE NORTE E NORDESTE APRESENTAM BAIXA

COMPETITIVIDADE, COM ÍNDICES MENORES QUE A MÉDIA DOS ESTADOS. A BAHIA É A MELHOR REPRESENTANTE

NORDESTINA NO RANKING.

Page 23: Nordeste: evolução recente e perspectivas

POBREZA E DESIGUALDADE: DIMINUIRAM

MUITO MAS AINDA SÃO ELEVADAS

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

19

92

19

93

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

11

Brasil Norte Nordeste

Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: Estimativas produzidas pelo IETS com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).Nota: Evolução temporal sem a área rural da região Norte, que só começou a ser contabilizada pelo IBGE em 2004

O NORDESTE MANTÉM-SE COMO A REGIÃO MAIS POBRE DO PAÍS E A MAIS DESIGUAL, APESAR DAS

EXPRESSIVAS QUEDAS NOS INDICADORES, ESPECIALMENTE NA ÚLTIMA DÉCADA.

23

0,40

0,45

0,50

0,55

0,60

0,65

19

92

19

93

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

11

Brasil Nordeste

Percentual de Pobres - 1992-2011 Coeficiente de Gini 1992-2011

Page 24: Nordeste: evolução recente e perspectivas

CONDICIONANTES DO

FUTURO: MUNDO E BRASIL

Page 25: Nordeste: evolução recente e perspectivas

COM OS FLUXOS CRESCENTES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL, A TENDÊNCIA É DE AUMENTO DA MOVIMENTAÇÃO

DOS PORTOS DA REGIÃO, ESPECIALMENTE APÓS A AMPLIAÇÃO DO CANAL DO PANAMÁ.

GLOBALIZAÇÃO COMERCIAL, FINANCEIRA E

PRODUTIVA

Ranking de Abertura*

1° Hong Kong

2° Cingapura

3° Luxemburgo

4° Emirados Árabes Unidos

5° Bélgica

6° Holanda

7° Irlanda

8° Suíça

9° Estônia

10° Dinamarca

68° Brasil

*Fonte: International Chamber of Commerce, Open Markets Index 2011

Fonte: World Bank, World Development Indicators, Elaboração Macroplan

0

50

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Brazil Chile China India Russian Federation

0

5000

10000

15000

20000

25000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Volume de Comércio Exterior(% de exportações e importações em relação ao PIB)

Fonte: World Bank, World Development Indicators, Elaboração Macroplan

Exportações mundiais de mercadorias e serviços a preços correntes - 2003 a 2011(US$ bilhões)

Page 26: Nordeste: evolução recente e perspectivas

AUMENTO DA DEMANDA MUNDIAL POR COMMODITIES (INCLUSIVE ALIMENTOS) IMPACTANDO O CRESCIMENTO DA

ECONOMIA DE SUB-ESPAÇOS DA REGIÃO, ESPECIALMENTE OS "CORREDORES DE EXPORTAÇÃO"

População de classe média

(milhões de pessoas)

Fonte: OECD Development Centre; THE EMERGING MIDDLE CLASS IN

DEVELOPING COUNTRIES; Working Paper No. 285.

Participação da Classe Média no Consumo

Global (Porcentagem)

Fonte: OCDE, em Global Trends 2030: Alternative Worlds, National Intelligence Council

0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

500

1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030

Mundo

Mundo exceto china e Índia

China

Índia

%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2010 2020 2030 2040 2050

Outros

União Europeia

Estados Unidos

Japão

Restante da Ásia

Índia

China

CRESCIMENTO DOS PAÍSES ASIÁTICOS

• Crescimento da população e da renda dos países em desenvolvimento, com o ingresso de milhões de

novos consumidores à economia de mercado, em especial na China e Índia, apesar das expectativas de

menor crescimento dos países emergentes

• Expansão da participação da classe média na população mundial (de 1,85 bilhões em 2009 para 3,25

bilhões em 2020), sendo China e Índia os grandes responsáveis por esse crescimento

Page 27: Nordeste: evolução recente e perspectivas

Porcentagem de População Urbana e Aglomerações Urbanas, por tamanho da cidade, 2025

AS GRANDES CIDADES DO NORDESTE TERÃO IMPORTÂNCIA CRESCENTE PARA A COMPETITIVIDADE REGIONAL E DO PAÍS.

REDE DE CIDADES GLOBAIS: DOMÍNIO DE

MAIOR CONCENTRAÇÃO E DIFUSÃO DE

COMPETITIVIDADE

• Em 2025, existirão 37 aglomerações urbanas com 10 milhões de habitantes ou

mais. Dessas, 29 estarão localizadas em regiões menos desenvolvidas.

Porcentagem urbana

0-25%

25/50%

50-75%

75-100%

População municipal

1-5 milhões

5-10 milhões

10 milhões ou mais

Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division: World Urbanization Prospects, The 2011 Revision. *Mckinsey Global Institute, ”Urban World: Mapping the economic power of cities”, 2011

Page 28: Nordeste: evolução recente e perspectivas

BRASIL: AMPLIAÇÃO DO MERCADO

CONSUMIDOR

• Entre 2003 e 2010, 32 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado

consumidor. A classe média que já representa 55% da população e nos anos

recentes fez do mercado interno brasileiro o motor do crescimento econômico.

• Ve

Projeções População brasileira segundo as classes de renda

28,12

8,59

26,7316,36

37,56

60,19

7,6 14,85

0

10

20

30

40

50

60

70

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

classe E classe D classe C classe AB

*CPS/FGV “De Volta ao País do Futuro”; Análise Prospectiva: Tendências e Incertezas relevantes para a Estratégia de Desenvolvimento de Minas Gerais –Macroplan, Governo de Minas. MBC – 2010cv

28

Page 29: Nordeste: evolução recente e perspectivas

INTERIORIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

Fonte: Macroplan

58%

2000 2010

12%

13%

2000 2010

55%

2000 2010

16%17%

2000 2010

4% 5%

2000 2010

8% 9%

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Norte

Distribuição do PIB por Região

Biodiversidade

Agro-negócio

Logística de alta capacidade

Adensamento de cadeias produtivas

Inclusão social

Terciário avançadoDifusão de

competitividade

Agregação de valor

+

DESCONCENTRAÇÃO DA BASE

PRODUTIVA

INTERIORIZAÇÃO DO

DESENVOLVIMENTO

NOVOS PÓLOS NO

INTERIOR

CRESCIMENTO DE

CIDADES MÉDIAS

CRESCIMENTO POPULACIONAL DE 21%

NA ÚLTIMA DÉCADA NO CENTRO-OESTE

29

Page 30: Nordeste: evolução recente e perspectivas

ESCASSEZ DE MÃO-DE-OBRA QUALIFICADAFORTES IMPACTOS PARA A ATIVIDADE PRODUTIVA

Percentual de empresários com

dificuldades para preencher vagas com

profissionais qualificados

*Pesquisa feita com 38 mil empregadores em 42 países.

Fonte: Manpower, 2013. “Talent Shortage Survey Research Results 2013” Disponível em http://www.manpowergroup.com. Acessado em 30/07/2013.

Evolução da taxa de desemprego e

do salário mínimo real

0

2

4

6

8

10

12

14

0

100

200

300

400

500

600

700

800

jan

/03

set/

03

mai

/04

jan

/05

set/

05

mai

/06

jan

/07

set/

07

mai

/08

jan

/09

set/

09

mai

/10

jan

/11

set/

11

mai

/12

jan

/13

Salário Mínimo Real (R$) Taxa Desemprego - 30 dias - RM (%)

85%

68%

61%58%

41% 39% 38%35% 35% 33%

17%13%

6%3% 3%

Média Mundial 35%

Fonte: Ipeadata 30

Page 31: Nordeste: evolução recente e perspectivas

FORTE EXPANSÃO DA CONECTIVIDADE

• Grande expansão no percentual de brasileiros conectados à Internet , passando de

27% em 2007 para 48% em 2011.

Fonte: Celulares e banda larga: Anatel e ABTA com Elaboração

Teleco. Computadores: Centro de Tecnologia de Informação

Aplicada - FGV EAESP

Projeção de acessos por banda larga -

fixos e móveis (em milhões)

Fonte: Celulares e banda larga: Anatel e ABTA com Elaboração

Teleco. Computadores: Centro de Tecnologia de Informação

Aplicada - FGV EAESP

Massificação das telecomunicações e da

conectividade

Qu

anti

dad

e e

m m

ilhar

es

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

020.00040.00060.00080.000

100.000120.000140.000160.000180.000200.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Terminais Celulares - E

Banda Larga fixa - D

Computadoresem uso - D

2010 2011 2012

80.000

90.000

100.000

220.000240.000260.000 180

160

140

120

100

80

60

40

20

0

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Banda Larga Móvel

Banda Larga Fixa

31

Page 32: Nordeste: evolução recente e perspectivas

AUMENTO DA PRESSÃO POR MELHORIA DA QUALIDADE

DOS SERVIÇOS PÚBLICOS, TRANSPARÊNCIA, MELHOR

CONDUTA DAS AUTORIDADES, COMBATE À CORRUPÇÃO...

MANIFESTAÇÃO DE MORADORES DA ROCINHA, RIO DE JANEIRO.

UMA POPULAÇÃO DE MAIOR RENDA, MAIOR ESCOLARIDADE, COM MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO TENDE A PRESSIONAR O PODER PÚBLICO NA

ADOÇÃO DE UM NOVO PADRÃO DE GESTÃO. DENTRE AS REIVINDICAÇÕES ESTAVAM: MAIOR TRANSPARÊNCIA, CANAIS DE PARTICIPAÇÃO MAIS

EFETIVOS, GESTÃO PROFISSIONAL, RECRUTAMENTO DE QUADROS DE QUALIDADE, AVALIAÇÃO DE RESULTADOS, PRESTAÇÃO DE CONTAS E MELHORIA

DOS GASTOS PÚBLICOS.

Page 33: Nordeste: evolução recente e perspectivas

MANUTENÇÃO DOS PRINCIPAIS

PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA

33

Page 34: Nordeste: evolução recente e perspectivas

CONDICIONANTES DO

FUTURO: TENDÊNCIAS

REGIONAIS

Page 35: Nordeste: evolução recente e perspectivas

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

PIRÂMIDE ETÁRIA BRASILEIRA

2020 2030 20407875726966636057545148454239363330272421181512

9630

Homens Mulheres

2.0

00

.00

0

1.5

00

.00

0

1.0

00

.00

0

50

0.0

00 0

50

0.0

00

1.0

00

.00

0

1.5

00

.00

0

2.0

00

.00

0

2.0

00

.00

0

1.5

00

.00

0

1.0

00

.00

0

50

0.0

00 0

50

0.0

00

1.0

00

.00

0

1.5

00

.00

0

2.0

00

.00

0

2.0

00

.00

0

1.5

00

.00

0

1.0

00

.00

0

50

0.0

00 0

50

0.0

00

1.0

00

.00

0

1.5

00

.00

0

2.0

00

.00

0

35

7875726966636057545148454239363330272421181512

9630

7875726966636057545148454239363330272421181512

9630

Fonte: IBGE

Page 36: Nordeste: evolução recente e perspectivas

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Implicação mais relevante: mudanças significativas nos perfis

das demandas de serviços de educação e saúde

necessidade de mudanças estruturais nas políticas públicas de

educação e saúde

Menos crianças: demanda decrescente de vagas na educação infantil e

no 1º grau e de serviços de saúde para esta faixa etária)

Mais idosos: mudança do perfil epidemiológico da população e grande

expansão por serviços de saúde para as populações “de meia e de

terceira idade”

Decréscimo absoluto das populações de muitas pequenas

cidades36

Page 37: Nordeste: evolução recente e perspectivas

Fonte: Artur Maciel – Governo do Estado de Pernambuco

FERROVIA TRANSNORDESTINA

FERROVIA INTEGRA AGRONEGÓCIO DOS CERRADOS COM O NORDESTE ORIENTAL

Page 38: Nordeste: evolução recente e perspectivas

TRANSNORDESTINA E INTEGRAÇÃO

Fonte: CFN38

Araripina

Eliseu Martins

Palmas

Canarana

Lucas do Rio Verde

Alto Araguaia

Cuiabá

1

2

3

4

5

6

7

Bitola Métrica

Bitola Larga

Bitola Larga Expansão

Page 39: Nordeste: evolução recente e perspectivas

Fonte: Ministério da Integração Nacional

PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO

FRANCISCO

39

Page 40: Nordeste: evolução recente e perspectivas

Fonte: Cláudio Egler

Agropecuáriamoderna dos

cerrados

SEMI-ÁRIDO NORDESTINO

Integraçãoc/Pará

RECONFIGURAÇÃO ECONÔMICA DO TERRITÓRIO

Page 41: Nordeste: evolução recente e perspectivas

ADENSAMENTO DA REDE DE CIDADES

A população das 100 maiores cidades

do Nordeste representa 45% da

população da região e 13% da

população do Brasil.

Esta rede de cidades é a porção mais

dinâmica do Nordeste e concentra as

principais oportunidades de negócios

IMPORTANTE: Qualquer estratégia ou

política de desenvolvimento regional

ou plano de negócios empresarial (que

focalize a região) deve levar em conta

esta rede de cidades41

C. de Santo AgostinhoIpojuca

Paulista

Salvador

Fortaleza

Recife

São Luis

Maceió

Teresina

Natal

João Pessoa

Aracaju

Feira de Santana

Campina Grande

Olinda

Caucaia

Caruaru

Vitória da Conquista

Petrolina

Mossoró

Juazeiro do Norte

Imperatriz

Camaçari

Arapiraca

Maracanaú

Itabuna

Parnamirim

Juazeiro

Sobral

Ilhéus

Lauro de Freitas

São José de Ribamar

Nossa Senhora do Socorro

Timon

Caxias

Jequié

Parnaíba

Camaragibe

Alagoinhas

Teixeira de Freitas

Barreiras

V. de Santo Antão

Garanhuns

Porto Seguro

Crato

Santa Rita

Santa Inês

Simões Filho

Itapipoca

Maranguape

Paulo Afonso

Paço Lumiar

Açailândia

S. L. da Mata Igarassu

Patos

Eunápolis

Bacabal

Bayeux

Iguatu

Lagarto

Abreu e Lima

Santo Antônio de Jesus

Valença

S. G. do Amarante

S. C. do Capibaribe

Itabaiana

Balsas

Candeias

Barra do Corda

Quixadá

Jacobina

Serra Talhada

São Cristóvão

Guanambi

Pinheiro

Araripina

Serrinha

Gravatá

Goiana

Carpina

Canindé

S. Do Bonfim

Picos

Chapadinha

Crateús

Aquiraz

B. Jardim

Pacatuba

Quixera-mobim

P. dos Índios

Russas

Macaíba

S. Luzia

Bacabal

Aracati

Arcoverde

Tianguá

Rio Largo

De 50.000 a 200.000

De 201.000 a 400.000

De 401.000 a 600.000

De 601.000 a 800.000

De 801.000 a 1.000.000

De 1.000.001 a 3.000.000

POPULAÇÃO EM 2010 (IBGE)

Page 42: Nordeste: evolução recente e perspectivas

INCERTEZAS E CENÁRIOS PARA

OS PRÓXIMOS 20 ANOS

Page 43: Nordeste: evolução recente e perspectivas

INCERTEZAS CRÍTICAS RELATIVAS AO

FUTURO

Incerteza exógena: qual será o foco predominante das

políticas nacionais de desenvolvimento regional ?

1. Compensação das desigualdades entre regiões

OU

2. Redução dos diferenciais de competitividade sistêmica entre

regiões

Incerteza endógena: qual será a postura dos principais atores

regionais (empresários, governos e 3º setor)?

1. Postura reativa, assistencialista e conservadora

OU

2. Postura proativa, empreendedora e inovadora 43

Page 44: Nordeste: evolução recente e perspectivas

QUATRO CENÁRIOS PARA O NORDESTE

2013-2033

44

UM SALTO DE

PROSPERIDADE

CRESCIMENTO

COM BARREIRAS

DESPERDÍCIO DE

OPORTUNIDADES

DECLÍNIO

ECONÔMICO

1

2

3

4

POSTURA PASSIVA E

REATIVA DOS ATORES

LOCAIS

POSTURA PROATIVA E

INOVADORA DOS ATORES

LOCAIS

POLITICAS REGIONAIS

FOCADAS NA REDUÇÃO

DOS DIFERENCIAIS DE

COMPETITIVIDADE

SISTÊMICA

POLÍTICAS REGIONAIS

FOCADAS NA

COMPENSAÇÃO DE

DESIGUALDADES SOCIAIS

Page 45: Nordeste: evolução recente e perspectivas

“INGREDIENTES ESSENCIAIS” DE UMA

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

1. CONDIÇÃO DESEJÁVEL: reforma tributária + revisão do pacto federativo

2. VISÃO REGIONAL DE LONGO PRAZO: formulação e implementação de uma

estratégia de desenvolvimento regional com uma carteira de investimentos

estruturadores públicos e privados orientados para a redução dos gaps de

competitividade

3. INVESTIMENTOS PRIVADOS: as melhores oportunidades de negócios

1. Negócios associados ao adensamento de cadeias produtivas

2. Negócios associados à expansão do mercado interno decorrente do “efeito renda”

especialmente construção civil e redes de serviços de saúde, educação e comércio

3. Infraestrutura física (privatizações ou parcerias com o setor público) – transportes,

logística, energia, telecomunicações

4. Atenção especial às cidades médias e à rede de cidades 45

Page 46: Nordeste: evolução recente e perspectivas

“INGREDIENTES ESSENCIAIS” DE UMA

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

4. INVESTIMENTOS PÚBLICOS: competitividade sistêmica da região

1. Capital humano (educação)

2. Redes de inovação e tecnologia

3. Rede de serviços de saúde

4. Segurança pública e justiça eficiente

5. Melhoria das instituições públicas (especialmente Prefeituras) e do ambiente de

negócios

6. Atenção especial às cidades médias e à rede das maiores cidades

46

Page 47: Nordeste: evolução recente e perspectivas

UMA PALAVRA FINAL

• O futuro não é um prolongamento inevitável do passado ... Ele pode ser

construído, o melhor futuro pode ser conquistado

• A Coréia do Sul é um bom exemplo

• (Mas) “Para conquistar e sustentar a competitividade é preciso ter uma

estratégia de longo prazo”

(Michael Porter e Jan W. Rivkin, in Harvard Business Review, março 2012)

47

UM NORDESTE CADA VEZ MAIS COMPETITIVO E INCLUSIVO É UM EXCELENTE NEGÓCIO PARA O BRASIL.

CLAUDIO PORTO E SERGIO C. BUARQUE

Page 48: Nordeste: evolução recente e perspectivas