nona semana ao nascimento

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Embriologia Adaptado dos profs. Thiemy Loli e Victor Husch - Unioeste Nona semana do desenvolvimento humano ao nascimento Prof. Raimundo Júnior

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Embriologia

Adaptado dos profs. Thiemy Loli e Victor Husch - Unioeste

Nona semana do desenvolvimento humano ao nascimento

Prof. Raimundo Júnior

PERÍODO FETAL

Da nona semana ao nascimento

Estimativa da Idade Fetal

• A idade é estipulada medindo o comprimento cabeça-nádega (CRL, do inglês = Crown-rump length) por ultra-som para fornecer uma previsão confiável da dataprovável do parto (DPP), e quando há dúvidas acerca daidade de um feto em pacientes com história médicaincerta.

• Medidas da cabeça fetal (Diâmetro biparietal),circunferência abdominal e do comprimento do fêmurtambém são usadas para avaliar a idade do feto.

CRL

Diâmetro biparietal

Estimativa da Idade Fetal• Idade fetal:

• Desde a última menstruação ou desde a fertilização?

• Meses do calendário ( 28 a 31 dias) ou meses lunares(28 dias)?

Idade Fetal• Trimestres da Gestação:

• Final do 1ª trimestre:

• Todos os sistemas estão formados;

• Final do 2º trimestre:

• O feto pode sobreviver se nascer prematuro;

• Próximo ao final do 3ª trimestre:

• Exatamente na 35ª semana, o feto atinge um marco importante, pesa cerca de 2.500g, valor usado para definir o nível da maturidade fetal.

Estimativa da Idade Fetal• CRL é usado até o final do 1º trimestre;

• No 2º e no 3º: • Diâmetro biparietal (BPD) – o diâmetro da cabeça entre as

duas saliências parietais;

• Circunferência da cabeça;

• Circunferência abdominal;

• Comprimento do Fêmur;

• Comprimento do Pé;

• Medidas de bochecha a bochecha e transversais do cerebelo;

• Peso (?)

Da fertilização à 9 semanas

9 à 12 semanas

• Cabeça:

• No início da 9º semana, a cabeça corresponde à metade do CRL;

• Aceleração do crescimento do corpo. Ao final da 12º semana, o CRL excede o seu dobro. Ainda assim a cabeça é desproporcional ao corpo;

• Com 9 semanas:

• Pernas e coxas são pequenas;

• Orgãos genitais pouco diferenciados;

• A face é larga;

• Os olhos separados;

• Orelhas com implantação baixa;

• As pálpebras estão fundidas;

9 à 12 semanas

• Ao final da 12º semana:

• Centros primários de ossificação no esqueleto;

• Os membros superiores quase alcançam seu comprimento relativo final;

• Os membros inferiores continuam mais curtos;

• Genitália externa de meninas e meninas maduras;

• Eritropoese no baço, diminuindo a atividade do fígado;

• O feto já produz urina;

Variação das Proporções

13 à 16 semanas

• Crescimento muito rápido nesse período;

• Cabeça relativamente pequena em relação ao corpo se comparada a 12ª semana;

• Membros inferiores se alongam;

• Movimentos mais coordenados, mas ainda imperceptíveis à mãe;

• A ossificação do esqueleto se inicia nesse período;

• Movimentos lentos dos olhos;

• Determinação do tipo do cabelo;

• Nas meninas, ovários já diferenciados. Folículos primordiais com ovogônias;

• Feto aparência quase humana;

13 semanas

10 à 14 semanas

17 à 20 semanas

• Velocidade do crescimento diminui;

• O feto aumenta 50 mm no sentido CR;

• Os membros inferiores atigem suas proporções relativas finais;

• A mãe pode sentir pontapés; o tempo médio entre a 1ª vez que a mãe sente os movimentos fetais e o parto é de 147 dias ( DP: ±15 dias);

• Presença de vernix caseosa e lanugo;

• São visíveis as sombracelhas e o cabelo;

• Formação da gordura parda;

• Com 18 semanas, já houve a formação do útero e inicia-se a canalização da vagina;

• Com 20 semanas, os testículos começam a descer, mas ainda estão na parede abdominal posterior, assim como os ovários nos fetos femininos;

17 semanas

21 à 25 semanas

• Ganho de peso substâncial. Embora ainda magro, já está bem mais proporcional;

• A pele é enrugada, varia do rosa ao vermelho, porque o sangue nos capilares é visível;

• Com 21 semanas, os olhos movem-se rapidamente ( REMs –Rapid Eyes Moviments);

• Pestanejos por eventuais sustos;

• Com 24 semanas, os pneumócitos tipo II, das paredes interalveolares do pulmão, secretam surfactante;

• As unhas já estão presente no final desse período;

• Com poucas chances, o feto prematuro desse período pode sobreviver mediante a um tratamento intensivo.

25 semanas

26 à 29 semanas

• Pulmões são capazes de respirar ar; portanto, pode sobreviver se nascer prematuramente, recebendo tratamentos intensivos;

• Sistema nervoso amadurecido, capaz de controlar a temperatura corporal e os movimentos respiratórios;

• Os olhos reabrem com às 26 semanas. Cabelo e lanugo bem desenvolvidos;

• Unhas bem visíveis;

• Rugas desaparecem devido a formação do tecido subcutâneo;

• A gordura branca chega a 3,5% do peso do feto;

• Baço fetal, importante centro de hematopoese;

• Com 28 semanas, a eritropoese passa do baço para a medula óssea.

29 semanas

30 à 34 semanas

• Reflexo pupilar à luz;

• Pele é rosada e lisa;

• Os membros superiores e inferiores exibem aspecto rechonchudo;

• Gordura branca cerca de 8%;

• Se houver nascimento, “Prematuro na data” em oposição a “Prematuro em peso”.

35 à 38 semana

• 35 semanas, os fetos seguram com firmeza e demonstram orientação espontânea a luz;

• Sistema nervoso suficiente maduro para funções integrativas;

• Fetos rechonchudos;

• 36 semanas, circunferência da cabeça e abdome são aproximadamente iguais;

• Depois, a circunferência do abdome pode ser maior do que a da cabeça;

• Costumam atingir um comprimento de 360 mm CRL e pesam, em média, 3.400g, chegando a 16% de gordura branca;

• Meninos, em geral, tendem a pesar mais que meninas e a crescerem mais depressa;

• No final da gestação, a pele é geralmente branca ou rosa-azulada. O peito é proeminente e as mamas salientes, em ambos os sexos.

35 à 38 semana

• Os testículos normalmente estão no escroto em bebês a termo, eles costumam descer entre 28 a 32 semanas;

• Cabeça constitui a maior parte do corpo, consideração importante com relação a sua passagem pelo cérvix e pela vagina – canal do parto.

36 Semanas

Época do Nascimento

•Compreende a 266 dias ou 38 semanas após a fertilização, ou 280 dias ou 40 semanas após a UMN. Contudo, cerca de 12% nasce após 1 – 2 semanas.

Fatores

• Desnutrição Materna;

• Fumo;

• Gravidez múltipla;

• Drogas de uso social;

• Fluxo sanguíneo uteroplacentário reduzido;

• Insuficiência placentária;

• Fatores genéticos.

Observações

• Glicose e aminoácidos chegam ao feto via placentária;

• A insulina é produzida pelo feto, a membrana placentária é impermeável a esse hormônio;

O que é?• Ramo da medicina que se ocupa primariamente com o

feto e o recém-nascido, cobrindo geralmente o períodoque vai da 26ª semana após a fertilização até mais oumenos a 4ª semana após o nascimento.

• A subespecialidade conhecida como medicina perinatalcombina certos aspectos de obstetrícia e pediatria.

• Um feto mais velho é considerado um paciente que aindanão nasceu, sobre o qual podem aplicar procedimentosdiagnósticos e terapêuticos;

• Várias técnicas são disponíveis para se avaliar a condiçãodo feto humano e fornecer-lhe o tratamento pré-natal.

Procedimentos para avaliar o Estado do Feto

• Auscultação : forma antiga de detectação do batimentocardíaco, substituido pelos monitores eletrônicos;

• Depois, começou-se a identificar os hormôniosgonadotróficos no sangue materno. Muitos são osprocedimentos de avaliação da condição fetaldesenvolvidas nas últimas décadas;

• Hoje é possível tratar fetos cujas vidas estejam em risco.

Ultra-sonografia

• Pode-se identificar a gravidez múltipla, o tamanho do feto, o tamanho da placenta e aprensentação anormal;

• Pode-se obter o tamanho do crânio biparietal e estimar a idade do feto.

Amniocentese de Diagnóstico

• Sucção do líquido amniótico por meio de uma agulha ocaatravés da parede abdominal anterior da mãe e da paredeuterina até a cavidade amniótica, furando o córion e o âmnio.

• Foi feito primordialmente para a detectar a doença hemolíticaem recém nascidos (DHRN);

• Realizada após a 12ª semana;

• Utilizado atualmente para detectar distúrbios genéticos.

Amniocentese de Diagnóstico

Dosagem de Alfafetoproteínas (AFP)

• Diagnóstico de defeitos abertos do tubo neural, como espinha bífida com mielosquise;

• O termo aberto refere-se a lesões que não são cobertas de pele.

Estudos Espectrofotométricos

• Exame do líquido amniótico para avaliar o grau de eritroblastose fetal;

Amostragem de Vilosidades Coriônicas

• Usado para a detecção de anormalidades cromossômicas, erros inatos do metabolismo e distúrbios ligados ao X.

• Efetuado a partir da 9ª semana;

Transfusão fetal Intra-uterina

• Alguns fetos com eritroblastose fetal podem ser salvos por meio de transfusões de sangue intra-uterinas;

• O sangue é injetado na cavidade peritoneal fetal através de uma agulha;

• Num período de 5 – 6 dias, a maioria das células injetadas passa para a circulação fetal, via vasos linfáticos diafragmáticos;

• Com novas tecnologias, o sangue pode ser transfundidos diretamente para o sistema vascular pelas punções percutâneas do cordão umbilical;

• Atualmente, essa técnica é bem rara, devido à outras formas de prevenir a eritroblastose.

Fetoscopia

• Usando instrumentos de iluminação com fibra óptica, visualizaram-se diretamente partes do corpo fetal;

• O fetoscópio é usualmente introduzido através das paredes abdominal e uterina até a cavidade amniótica, de modo muito semelhante à inserção de agulha durante a amniocentese;

• Hoje em dia, pouco realizado devido ao elevado risco para o feto;

Cordocentese ou amostragem de sangue por punção percutânea do cordão umbilical (PPCU)

• Usado quando por outros métodos foi detectada alguma anomalia fetal

Tomografia computadorizada (TC) e imagem por ressonância magnética

(IRM)

• Melhor resolução da imagem, usado para confirmação de diagnósticos localizados pela ultra-sonografia;

Monitoramento Fetal

• Monitoramento contínuo da frequência cardíaca fetal na gravidez de alto risco constitui rotina e fornece dados sobre a oxigenação;

• Sofrimento fetal sugere que o feto está em perigo –oxigenação anormal