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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
ESTRUTURAÇÃO DO ESQUELETO DE OVINO DA RAÇA SUFFOLK
GNOATTO, Gabriela Piovesan¹[email protected], Carolina Zanini¹[email protected]
SECCO, Marcos Moretti¹[email protected]
BINOTTO, Leandro Pasa¹[email protected], Ticiany Maria Dias²
[email protected] SILVA, Lisiane Borges²
[email protected] OLIVEIRA, Daniela dos Santos²
[email protected], Elisandra Mottin²
[email protected], Rodrigo de Oliveira²
[email protected]ÉS, Thiago de Souza²
[email protected], Elisandra Andreia²
¹ Discentes do Curso Medicina Veterinária, Nível I 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.² Docentes do Curso Medicina Veterinária, Nível I 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
RESUMO: O ovino é um animal mamífero, ruminante de pequeno porte, criado em todo o mundo
especialmente em lugares onde o clima deve ser entre 25 a 40 graus, se alimentando de capins e
vegetais. É um animal de grande importância econômica pois ele fornece ao ser humano carne para o
consumo, lã a qual é transformada em diversos tipos de tecidos que são usados para a confecção de
vestimentas e sem falar do seu leite que é usado na fabricação de queijos. Desta forma, o presente
trabalho teve como objetivo a estruturação de um esqueleto ovino para maior conhecimento anatômico
e para fins didáticos da faculdade IDEAU de Getúlio Vargas – RS. Para a realização deste foi
necessário encontrar um animal ovino, onde o qual era do sexo masculino da raça Suffolk, de
aproximadamente 30 kg, com oito meses de idade, causa da morte indefinida, pois a carcaça estava em
fase de decomposição. Foi através da técnica de maceração mecânica que o animal foi desossado sem
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prejudicar a estrutura dos ossos. Esse método teve resultado satisfatório, pois conseguiu-se retirar todas
as partes moles sem que os ossos fossem danificados em um período de tempo hábil. A montagem
esquelética foi concluída em um período de 3 meses. Conclui-se que a escolha correta da técnica de
preparação das peças anatômicas foi fundamental, pois foi obtido mais vantagens em relação ao tempo
e o custo. A montagem dos esqueletos do ovino foi uma atividade prática favorável ao aprendizado dos
alunos proporcionando maior qualidade no ensino dos alunos envolvidos diretamente e os acadêmicos
que cursam a Disciplina Anatomia durante o semestre normal do curso de Medicina Veterinária.
Palavras-chave: Osso; Ruminante; Maceração.
Abstract: Sheep is a small, ruminant mammal, created around the world especially in places where the climate should be between 25 and 40 degrees, feeding on grasses and vegetables. It is an animal of great economic importance because it provides the human being with meat for consumption, wool that is transformed into several types of fabrics that are used to make clothing and not to mention its milk that is used in the manufacture of cheeses. In this way, the present work has the objective of structuring a sheep skeleton for greater anatomical knowledge and for didactic purposes of the IDEAU college of Getulio Vargas - RS. To accomplish this, it was necessary to find an ovine animal, where it was male Suffolk, approximately 30 kg, eight months old, cause of indefinite death, because the carcass was in the decomposition phase. It was through the technique of mechanical maceration that the animal was deboned without damaging the structure of the bones. The Suffolk breed, in general appearance is a sheep of great corporal development, robust, created mainly for the meat. His body is long and muscular, its ends devoid of wool and covered with long, shiny hair. The method of maceration was rapid and had a satisfactory result, since all the soft parts were removed without the bones being damaged. The skeletal assembly was completed over a period of 3 months. It is concluded that the proposed activity was of great importance for Veterinary Medicine scholars since it was acquired knowledge through readings and access to the Internet.
Keywords: Sheep; Suffolk; Maceration.
1 INTRODUÇÃO
O rebanho ovino brasileiro tem sofrendo baixa produção entre 2011 e 2012,
entretanto houve crescido efetivamente nos últimos anos, tendo em 2014 o número
17.614.454 cabeças no País sendo que 57,5% delas estão no nordeste e 29,3% no RS.
Assim o Brasil tem o título de 18º maior rebanho de ovinos no planeta (EMBRAPA,
2016).
Dentre as várias raças de ovinos existentes no Brasil, as principais com aptidão
para carne são: Suffolk, Hampshire Down, Ile de France, Texel, Poll Dorset, Santa
Inês, Morada Nova e Bergamácia. Outras criadas e com bom nível de adaptação em
território nacional, são as produtoras de lã fina: Merino Australiano e Ideal; e animais
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de dupla aptidão, como: Corriedale, Romney Marsh e Border Leicester (TRISTÃO,
2016).
A raça suffolk em questão, surgiu na Inglaterra em 1776. É originária dos
condados de Suffolk, Norfolk e Cambridge e obtida por meio dos cruzamentos
de ovelhas Norfolk com carneiros Southdown. A princípio, eram chamados “carneiros
de Suffolk”, depois receberam o nome de Raça Suffolk. Mas a raça só foi reconhecida
em 1859 quando participou da primeira exposição autorizada pela Associação de
Agricultura (LAZZARI, 2016).
O ovino é um ruminante de médio porte e rústico que não é difícil de
domesticar. Apresenta boa adaptação a alimentos variados, a diferentes climas e conta
com características que facilitam sua criação: tem ganho de peso eficiente e ciclo de
reprodução acelerado (MATHIAS, 2016).
A anatomia é de suma importância para o conhecimento dos ossos, inclusive
dos ovinos, preparar peças anatômicas, como os ossos, permite o manuseio e melhor
estudo por parte dos estudantes. O preparo adequado desses deve seguir
cuidadosamente algumas etapas, sendo: a primeira é evitar o uso de animais com
fraturas; a segunda consiste no descarne, o qual se baseia na retirada dos tecidos moles
evitando danificar as superfícies ósseas; e por último, à maceração, ou seja, manter as
estruturas anatômicas em substâncias específicas com capacidade para dissolver
elementos não-ósseos (SILVA et al., 2011; SILVEIRA et al., 2008).
Há três tipos de maceração: mecânica, biológica e química. A mecânica
compreende a retirada dos tecidos moles (músculos, articulações, pele, gorduras e
cartilagens). A biológica visa a limpeza específica com auxílio de artrópodes, bactérias
e/ou processos naturais, na qual os animais ficam imersos em recipientes com água e
expostos a locais abertos, com pouca incidência de luz e umidade excessiva. Por fim, a
maceração química compreende a adição de produtos químicos na água para melhor
limpeza dos tecidos (SILVEIRA et al., 2008).
O objetivo deste trabalho constitui realizar a estruturação de um esqueleto
ovino, da raça suffolk para a conservação dos ossos para fins didáticos da instituição
IDEAU, Getúlio Vargas, RS, no curso de medicina veterinária.
2 MATERIAL E MÉTODOS
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O experimento foi conduzido no município de Vila Lângaro - RS, e no Campus III da
faculdade IDEAU no município de Getúlio Vargas – RS. O animal era do sexo masculino da
raça Suffolk, de aproximadamente 30 kg, com oito meses de idade, causa da morte indefinida,
pois a carcaça se deparava em fase de decomposição. Foi através da técnica de maceração
mecânica que o animal foi desossado sem prejudicar a estrutura dos ossos.
O material necessário para a técnica de maceração foi faca de necropsia, bisturi,
lâmina número 4, luvas de procedimento cirúrgico, mesa de alumínio, panela grande e fogo.
Para a obtenção dos ossos necessários para a estruturação esquelética, foi usada a
técnica de maceração mecânica a qual todas as peças anatômicas utilizadas devem ser
submetidas a processos manuais de descarne para retirada do excesso de músculos, gordura,
nervos e ligamentos. As peças foram lavadas em água corrente por alguns minutos para que o
excesso de sangue acumulado durante o descarne fosse removido, minimizando a chance de
ocorrência de manchas que poderiam comprometer os processos de clareamento.
Para iniciar o procedimento foi necessário colocar o ovino em uma panela grande
junto ao fogo (Figura 1, A e B) para assim, ser realizado o cozimento do mesmo e
sucessivamente, retirar os ossos e seguir com o procedimento.
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Figura 1- As figuras A e B mostram a primeira parte do experimento, a qual seria o cozimento
deste ovino para a retirada da musculatura. Fotos: SECCO, M., Vila Lângaro, RS, 2017.
Logo em seguida do cozimento, o animal foi desossado e seus ossos foram separados
através de divisões axiais e apendiculares para assim facilitar o manejo e a montagem (Figura
2).
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Figura 2- Nas figuras A e B obteve-se a separação e divisão dos ossos em esqueleto axial e
apendicular. Foto: SECCO, M., 2017 Vila Lângaro, RS.
O esqueleto axial que compreende os ossos que se dispõe ao longo do eixo
longitudinal do corpo, ou seja, os ossos do Crânio, da Coluna Vertebral, as Costelas, e o
Esterno. Já o esqueleto apendicular incluiu os ossos componentes dos Membros Pélvicos e
Torácicos.
Após o procedimento de separar os ossos e deixá-los secando no sol, começou-se o
processo de montagem da estruturação do esqueleto, aonde foi iniciado no Campus III da
Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas (Figuras 3).
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Figura 3- Os itens A e B mostram a montagem dos ossos do esqueleto ovino. Foto: SECCO,
M., 2017 Getúlio Vargas RS.
A Figura 4, monstra o esqueleto sendo montado na região da costela.
Para a montagem do esqueleto foi crucial arames e ferros para o apoio dos ossos,
alicate para facilitar o manejo do arame e também para a retirada de algumas cartilagens, cola
ultra adesiva de secagem rápida para a colagem de ossos do crânio, do tarso e carpo, uma
tábua de madeira para servir como base do esqueleto, e para finalizar foi usado cola branca
para selar os ossos.
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Figura 4- Monstra o começo da montagem das costelas. FOTO: SECCO, M., 2017 Vila
Lângaro RS.
Devido o animal ser jovem, alguns ossos durante o processo de fervura sofreram
desmineralização e outros unidos por cartilagem se desprenderam.
Na Figura 5, tem-se a representação do esqueleto finalizado.
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Figura 5- Esqueleto montado e finalizado. FOTO: SECCO, M., 2017 Vila Lângaro RS.
3 RESULTADOS E ANÁLISE
O método de maceração rápido teve resultado satisfatório, pois conseguiu-se retirar
todas as partes moles sem que os ossos fossem danificados. A montagem esquelética foi
concluída em um período de 3 meses. Essa consistiu em montar cada peça anatômica em seu
devido lugar e teve grande importância para os acadêmicos da Medicina Veterinária, pois
houve busca por conteúdo por meio de várias bibliografias relacionadas à Anatomia
Veterinária. Ao realizar esse trabalho, sentiu-se dificuldades na montagem do esqueleto,
principalmente nos ossos do carpo, do tarso, costelas e esterno, porém, com a ajuda de livros
pedagógicos e orientadores da instituição IDEAU, foi conseguido atingir o objetivo final.
O aparelho locomotor constitui-se de órgãos passivos: os ossos; e órgãos ativos, os
músculos. Os ossos são órgãos duros e resistentes, cujo conjunto forma o esqueleto, espécie
de arcabouço interior que dá ao corpo sua forma e suas dimensões. São verdadeiras alavancas
reunidas entre si pelas articulações, movimentadas pelos músculos agrupados e ligados sobre
eles. Em média uma ovelha contém em torno de 200 ossos (VIEIRA, 2006 ).
A cabeça do ovino é constituída por duas partes essenciais: o crânio e a face, formadas
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pelos dois maxilares, entre os quais se abre a boca. O maxilar inferior é formada por um só
osso, articulado de uma maneira móvel, a base do crânio. O maxilar superior é complexo,
soldado ao crânio e atravessado pelas foças nasais. O crânio compõem-se de sete ossos
chatos, sendo cinco pares: osso occiptal, pariental, frontal, esfenóide e o etmóide, e um único
par, o temporal, esses ossos circunscrevem uma cavidade central, a abóbora craniana, que se
comunica atrás com o canal raquiano e aloja a parte principal dos centros nervosos, isto é, o
encéfalo. A face, muito mais extensa que o crânio, é formada de sete ossos pares e dois
ímpares. Os pares são: maxilares superiores, os intermaxilares, os palatinos, os pterigóides, os
zigomáticos, os lacrimais, e os nasais; Os ímpares são: o vômer e maxilar inferior. As órbitas,
as cavidades de recepção dos olhos, estão situadas entre o crânio e o maxilar superior
(VIEIRA, 2006).
A coluna vertebral (ou espinha) se estende do crânio à extremidade final da cauda. É
composta de grande número de ossos distintos, as vértebras, que, por sua vez, são unidas de
modo firme, mas não rígido. A coluna sustenta o eixo do corpo e, assim, contribui para a
manutenção da postura; por flexão e extensão alternadas, e as vezes por torção, participa da
progressão e de outras atividades. A coluna vertebral envolve e protege a medula espinhal e as
estruturas acessórias contidas em seu canal central; de modo mais geral, protege as estruturas
do pescoço, tórax, abdômen e pelve (DORRESTEIN, 2010).
As vértebras, quase todas constituídas sob um tipo uniforme, não apresentam,
entretanto, a mesma configuração; essa característica permite agrupa-las, dividindo-se então a
coluna vertebral em: região cervical, região dorsal ou, melhor, torácica, região lombar, região
sacra, região coccigiana, ou caudal. Os ovinos possuem sete vértebras cervicais; a primeira
denomina-se atlas, e a segunda, áxis. Treze dorsais, seis ou sete lombares, quatro sacrais, que
se fundem, no adulto, formando uma única peça, o osso sacro, e de doze a vinte e quatro
caudais (VIEIRA, 2006).
O esqueleto do membro pélvico, é formado por: o osso do fêmur, que forma o
esqueleto da coxa e é o mais forte entre os ossos longos, a tíbia e a fíbula, que, diferentemente
dos elementos análogos do membro torácico seguem lado a lado sem qualquer tendência de
cruzamento (o osso medial da tíbia sem dúvidas, é sempre maior, a fíbula é excluída da
articulação com o fêmur, e seu contato com o esqueleto do jarrete é restrito), os ossos do tarso
que são dispostos em três fileiras, a proximal, composta por dois ossos relativamente grandes,
o talos e o calcâneo, a fileira média formada por um único osso, do tarso central, já a fileira
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distal é composta de até quatro ossos, numerados em sequencia médio-lateral
(DORRESTEIN, 2010).
O membro anterior ou torácico é composto pela escápula ou paleta, as duas escápulas
encaradas conjuntamente, formam o que se chamam a cintura escapular ou cintura basilar dos
membros torácicos, incorporada ao tronco para dar apoio aos raios livres desses membros.
Braço: constituído por um único osso, o úmero, que forma a base desta região. Antebraço:
está região tem por base, dois ossos, o rádio, e o cúbito, na sua parte posterior. Mão: é o
último membro torácico, compreendendo três regiões superpostas: o carpo, correspondendo
ao punho do homem; o metacarpo, continuação do carpo e correspondendo a palma da mão
humana e enfim, os dedos, formados de peças sucessivas chamadas falanges (VIEIRA, 2006).
O carpo da ovelha é constituído por seis ossos: o pisciforme ou subcarpiano, o
piramidal, o semilunar, o escafóide, o osso curvo ou uniforme, e o capitatotrapezóide. O
metacarpo de três, o metacapiano principal, ou osso-da-canela, e os dois rudimentares,
podendo faltar o esterno, algumas vezes. Os dedos são formados pelas primeiras, segundas e
terceiras falanges, sendo encimadas pelos grandes sesamóides, em número de quatro, e
pequenos sesamóides, que são dois (VIEIRA, 2006).
O esqueleto torácico, é completado pelas costelas e pelo esterno. As costelas são
dispostas em partes, e, de modo geral, articulam-se com duas vertebras sucessivas; a caudal
apresenta a mesma designação numérica que a costela. Cada costela é composta de uma parte
óssea dorsal, a costela propriamente dita é uma parte cartilaginosa ventral, a parte costal. As
partes se encontram na articulação costocondral. A parte dorsal da costela, se articula com a
coluna vertebral, enquanto a cartilagem se articula com o esterno, diretamente, com as
primeiras oito ou mais costelas esternais ou ‘’verdadeiras’’, ou indiretamente, pela conexão
com a cartilagem em frente, como as costelas asternais ou ‘’falsas’’. Dessa maneira, as
cartilagens costais das costelas asternais se combinam, formando um arco costal, o limite
cranial do flanco. A cartilagem da última costela pode não ser capaz de se conectar com sua
vizinha; essa costela então, passa a ser chamada de ‘’flutuante’’ (DORRESTEIN,2010).
O coxal compreende três núcleos de ossificação, mas que se estudam como tantos
outros ossos separados, sob nomes de: ílio, ísquio e pubes (VIERIA 2006).
O osso coxal liga o membro pélvico ao esqueleto axial, articulando-se ao sacro.
Compõem-se de três partes, ílio, ísquio, e pube, que se unem no acetábulo, uma grande
cavidade cotilóide, que se articula com a cabeça do fêmur. Esses ossos se fusionam ao redor
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de um ano de idade. O ílio é o maior das três partes e situado dorsalmente. (MAFESSONI,
2010).
Como resultado final conseguiu-se deixar o esqueleto da espécie ovina próximo a
forma real. Ademais, importante salientar que a organização na separação das partes
anatômicas durante o processo de maceração agilizou essa etapa. Na prática, observou-se que
há maior facilidade de se trabalhar com ossos de animais com idade mais avançada. Isso se
deve ao fato do processo de calcificação dos mesmos estar completo com o avanço da idade.
4 CONCLUSÃO
Conclui-se que a escolha correta da técnica de preparação das peças anatômicas foi
fundamental pois foi obtido mais vantagens em relação ao tempo e o custo. A montagem dos
esqueletos do ovino foi uma atividade prática favorável ao aprendizado dos alunos
proporcionando maior qualidade no ensino dos alunos envolvidos diretamente e os
acadêmicos que cursam a Disciplina Anatomia durante o semestre normal do curso de
Medicina Veterinária.
REFERÊNCIAS
DORRESTEIN, G. M. tratado de anatomia veterinária. Disponível em: livro tratado de
anatomia veterinária, 4ª edição 2010. Acesso em 12 de maio de 2017.
EMBRAPA; Mastite ovina: desafio para a ovinocultura de corte. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/151463/1/Circula74.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2017.
LAZZARI. N. M. Histórico da raça. Disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-ovinos/artigos/saiba-mais-sobre-a-raca-ovina-suffolk> Acesso em: 12 de maio de 2017.
MAFESSONI, L. M. Anatomia veterinária em sala de aula. Disponível em: livro anatomia
veterinária em sala de aula, 1ª edição 2010. Acesso em 12 de maio de 2017.
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MATHIAS, J. Como criar ovinos. Disponível em: http://revistagloborural.globo.com/vida-
na-fazenda/como-criar/noticia/2016/02/como-criar-ovinos.html> Acesso em: 12 de maio de
2017.
SILVA, R. K. A.; Vantagens e desvantagens das técnicas de preparação de materiais didáticos. Revista Didática Sistêmica, v. 13, 2011.
SILVEIRA, M. J. Análise de processos alternativos na preparação de esqueletos para uso didático. Acta Scientiarium. Biological Science, v. 30, 2008.
TRISTÃO, P. Raças de ovelhas. Disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-ovinos/artigos/ovinos-de-corte-conheca-as-principais-tecnicas-de-manejo-da-criacao> Acesso em: 12 de maio de 2017.
VIEIRA, G. V. N. Livro: Criação de ovinos. Capítulo 1. 2ª edição. Acesso em: 17 de março de 2017.
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