nome 1º autor, e-mail, instituição - faculdade ideau · web viewsoligo, larissa t.2...

21
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU SUBSTITUIÇÃO DE AMÁLGAMA POR RESINA COMPOSTA: RELATO CASO CLÍNICO ARSEGO, Thomas¹ [email protected] PENNA, Adriano Paulo¹ [email protected] WEINHEIMER, Jonny¹ [email protected] PRODOCIMO, Joice¹ [email protected] BORGHETTI, Vanessa I. 2 [email protected] NOGUEIRA, Audrea D. 2 [email protected] PRESSI, Heloísa 2 [email protected] LAGHI, Luiz V. 2 [email protected] SASS, Alex L. 2 [email protected] SOLIGO, Larissa T. 2 [email protected] MELLO, Márcia R. 2 [email protected] ¹ Discentes do Curso Odontologia, Nível VI 2016/2- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. ² Docentes do Curso Odontologia, Nível VI 2016/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. RESUMO: A Odontologia tem avançado desde sempre na busca de materiais que facilitem o procedimento clínico e melhorem os resultados dos tratamentos. Sendo que nos dias de hoje as pessoas estão cada vez mais cuidadosas com sua beleza, portanto tratamentos reabilitadores devem ser funcionais e estéticos para que tenham lugar em um mercado que valoriza além da saúde a aparência. A odontologia vem oferecendo tratamentos que atendam as necessidades estéticas dos pacientes. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de troca de duas restaurações de amálgama por resina composta Z350 fotopolimerizável, visando melhor adaptação e estética ___________________________________________________________________________ _______________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

Upload: truongque

Post on 09-Apr-2018

215 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

SUBSTITUIÇÃO DE AMÁLGAMA POR RESINA COMPOSTA: RELATO CASO CLÍNICO

ARSEGO, Thomas¹[email protected], Adriano Paulo¹

[email protected], Jonny¹[email protected]

PRODOCIMO, Joice¹[email protected], Vanessa I.2

[email protected], Audrea D.2

[email protected], Heloísa2

[email protected], Luiz V.2

[email protected], Alex L.2

[email protected], Larissa T.2

[email protected], Márcia R.2

[email protected]

¹ Discentes do Curso Odontologia, Nível VI 2016/2- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.² Docentes do Curso Odontologia, Nível VI 2016/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.

RESUMO: A Odontologia tem avançado desde sempre na busca de materiais que facilitem o procedimento clínico e melhorem os resultados dos tratamentos. Sendo que nos dias de hoje as pessoas estão cada vez mais cuidadosas com sua beleza, portanto tratamentos reabilitadores devem ser funcionais e estéticos para que tenham lugar em um mercado que valoriza além da saúde a aparência. A odontologia vem oferecendo tratamentos que atendam as necessidades estéticas dos pacientes. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de troca de duas restaurações de amálgama por resina composta Z350 fotopolimerizável, visando melhor adaptação e estética das restaurações. Ainda é muito comum encontrar dentes resturados com amálgama, e devido ao mercúrio presente neste material é necessário tomar alguns cuidados para que se evite contaminação pessoal, do paciente e do meio ambiente.

Palavras-chave: Amálgama, Mercúrio, Restauração.

ABSTRACT: Dentistry has advanced always in search of materials that facilitate the clinical procedure and improve treatment outcomes. Since these days people are increasingly careful with their beauty, dentistry is providing treatments that meet the aesthetic needs of patients. The study aimed to report a case of exchange of two amalgam fillings by composite resin light-cured, to better adapt and aesthetic restorations. It is still very common to find resturados teeth with amalgam, and due to the mercury present in this material is necessary to take some precautions in order to avoid personal contamination, the patient and the environment.

Keywords: Amalgam, Mercury, Restoration.

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

1 INTRODUÇÃO

A Odontologia avançou na busca de materiais melhores para alcançar bons resultados

clínicos (BORDIN et al., 2007). O amálgama dental, utilizado na odontologia a mais de 160

anos e a facilidade do uso, o baixo custo e a durabilidade são algumas das características deste

material, porém a liberação de mercúrio têm trazido controvérsias quando se fala de toxidade

e efeitos colaterais (DO VALLE, 2001). Diversas entidades, cientistas, docentes, dentistas e

outros, tem trabalhado incansavelmente para que o uso do amálgma dentário seja proibido

(MONDELLI,2014).

O mercúrio é um metal encontrado naturalmente na natureza que se apresenta de

diversas formas, sendo a mais prejudicial à metálica ou elementar considerada a mais danosa

à saúde dos trabalhadores, pois apresenta uma grande capacidade de volatilização a partir de

12ºC, liberando um vapor inodoro e incolor que é inalado sem que a pessoa perceba. A

odontologia é considerada dentre as profissões que são acometidas pela contaminação com

esses vapores em função da utilização em restaurações (JESUS et al., 2010).

Esse risco que a equipe de saúde bucal está exposta é diário, e a contaminação pode

ocorrer pela manipulação do material, por gotas do metal acidentalmente derramadas, de

vazamentos em amalgmadores, do sistema de sucção falho na remoção de restaurações

antigas, ou ainda armazenamento inadequado nos consultórios (CLARO et al., 2003).

O amálgama ainda é bastante utilizado ao redor do mundo, devido a algumas

características positivas do material, sendo elas: fácil manipulação e emprego, único material

“auto selante” devido ao depósito de produto resultante da corrosão na interface

dente/restauração o que ao longo do tempo leva a um melhor vedamento marginal. Têm sua

utilização comprovada a mais de um século e uma média de utilização em boca de mais de 20

anos de durabilidade de uma restauração. Pelo amálgama possuir mercúrio na sua composição

ele sempre levantou uma série de questionamentos seja sobre a sua toxicidade ou o risco de

contaminação ambiental. Em questão a toxicidade é indiscutível que o mercúrio é um material

tóxico, porém não foi evidenciado danos a saúde de profissionais, equipe auxiliar ou pacientes

quando o material foi manipulado corretamente (FIALHO et al., 2000).

Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de substituição de duas

restaurações de amalgama que possuem infiltração mariginal e não cumprem o requisito

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 2

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

estético almejado pelo paciente, por resina composta fotopolimerizável, juntamente com uma

revisão bibliográfica.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Na Odontologia o amálgma de prata é um material que foi e ainda é amplamente

utilizado devido algumas de suas propriedades físicas e mecânicas, por ser de fácil manuseio e

baixo custo. A presença de mercúcrio é um dos aspectos negativos neste material, sendo que o

mercúrio é toxico para os seres vivos, e um dos principais meios de contaminação é a

exposição ocupacional. O mercúrio presente no amálgma de prata está na forma inorgânica

(ou metálica), nesta forma ele não é bem absorvido pelo intestino e permanece nesta forma até

que seja eliminado pela urina. O mercúrio elementar resulta da inalação de vapores,

geralmente por acidentes de trabalho, e a principal via de absorção é o trato respiratório. Os

cirurgiões-dentistas devem observar os riscos que o mercúrio oferece à sua própria saúde de

sua equipe e de seus pacientes. Pois com a adoção de medidas simples de higiene é possível

reduzir a contaminação do ambiente de trabalho odontológico e da possível contaminação dos

diversos ecossistemas, quando são descartados na rede de esgotos e no lixo sólido. O

mercúrio possui efeito cumulativo, o que é causa de perturbação crônica e progressiva das

funções metabólicas e celulares dos indivíduos que a ele estão expostos (JESUS et al., 2010).

O mercúrio presente nas restaurações de amálgama tem capacidade de penetrar na

estrutura dental, enquanto ocorre à mastigação há uma pequena liberação de mercúrio, o que

gira em torno de dois microgramas por dia, sendo assim, um paciente com doze restaurações

necessitaria de dez mil anos para liberar todo o mercúrio. A liberação ocorre devido à abrasão

com a escova dental e o bolo alimentar. Muitos trabalhos mostram que não há evidencia que

estes valores sejam capazes de serem contaminantes, já que são inferiores inclusive aos

presentes em alguns alimentos (DO VALLE, 2001).

Os profissionais da Odontologia estão expostos ao mercúrio pela inalação de vapores

dispersos no ar, decorrentes de higiene e ventilação inadequadas, falhas na refrigeração

durante a remoção de restaurações de amálgma, e o derramamento acidental de gotas de

mercúrio nos consultórios (JESUS et al., 2010).

Um estudo sobre o mercúrio feito pela Protection of the Marine Environment of the

North-East Atlantic Comission (OSPAR) relatou que, anualmente, são despejadas em esgotos,

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 3

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

ar ou solo cerca de sete mil toneladas desse metal como composto do amálgama odontológico.

Segundo esse mesmo relatório, o mercúrio contido no amálgama dentário, juntamente com

outros tipos de resíduos de saúde, são responsáveis por cerca de 53% das emissões mundiais

desse metal (JESUS et al., 2010).

Recomenda-se que, o amálgama removido da cavidade oral deve ser armazenado em

recipientes bem tampados contendo, solução de fixação de radiografias ou glicerina para

conter os vapores de mercúrio provenientes destes resíduos, posteriormente encaminhados

para a reciclagem. O liquido fixador de radiografias deve ser usado porque contém enxofre,

que combina com o mercúrio, e forma, portanto um sal bastante estável, evitando assim a

evaporação. A água não deve ser utilizada, pois o mercúrio irá evaporar junto com ela (DO

VALLE, 2001).

A longevidade de uma restauração depende de diversos critérios dentre eles aspectos

mecânicos, funcionais biológicos e estéticos. Ter um critério claro e objetivo quanto ao

diagnóstico das possíveis falhas de restaurações é de suma importância, já que a longevidade

de uma restauração é um fator decisivo para a sobrevida de um elemento dental. Estudos

apontam que 61% das restaurações de amálgama são substituídas em função de defeitos

marginais. A literatura nos mostra que tem aumentado o numéro de restaurações e

principalmente de substituições de restaurações, pois a filosofia de substituir ou restaurar um

dente é adotada por cada profissional, e o simples fato de restaurar um dente não devolve

saúde, pois devolver saúde implica na mudança de hábitos do paciente e também do cirurgião

dentista. Em cada vez que uma restauração é substituída se perde parte de elemento dental

sadio o que cada vez mais vai enfraquecendo o dente (DALFOVO, 2007).

Comparado com materiais alternativos o amálgama dental é considerado de fácil

colocação e o tempo operatório é pequeno. As resinas compostas, que são o principal material

de substituição do amálgama apresentam várias vantagens como: a menor remoção de tecido

sadio, a biocompatibilidade e a estética. Mas também apresentam diversas desvantagens

como: custo mais elevado em comparação com o amálgama, a técnica operatória mais

complicada, apresentam contração de polimerização, infiltração marginal dentre outras. Para

uma restauração de amálgama mais durável é interessante o isolamento do campo operatório,

mas mesmo um ambiente contaminado ainda permite uma restauração aceitável, e neste

aspecto que difere dos outros materiais que não podem ser utilizados na presença de saliva,

sangue e fluído gengival (DO VALLE, 2001).

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 4

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

O amálgama dentário cada vez é memos usado em função de razões estéticas, e a

exposição ao mercúrio deve-se da liberação de partículas devido à corrosão, fragmentação e a

mastigação, este mercúrio pode então ser inalado ou deglutido, mas não há nada que

evidencie efeitos adversos à saúde, devido o amálgama. O problema da contaminação por

amálgama está relacionado aos profissionais que trabalham com o material, mas os cuidados

com a manipulação e a gestão de resíduos, elimina os riscos de contaminação do profissional,

equipe e ambiente. Estudos realizados não apenas levando em conta a estética deste material,

mas a sua funcionabilidade, demonstraram que o amálgama salvou mais dentes, mas tem sido

mais investigado que os outros materiais (BORDIN et al., 2007).

A grande preocupação do mercúrio do amálgama odontológico está principalmente

nos amálgamas que se tira dos pacientes do que os que se coloca. O descarte do amálgama

para a rede de esgotos, por clínicas odontológicas, hospitais e laboratórios é o que mais

preocupa em relação ao mercúrio, mesmo havendo uma tecnologia de descarte disponível. Se

fosse feito o descarte correto do amalgama, 90% dele seria retido de ir para as redes de

esgoto, pois existem sistemas de sedimentação e separação de amálgama, porém não existem

dados de quantos profissionais da odontologia possuem separadores ou reciclam o amálgama

em seus consultórios (CONSOLARO et al., 2013).

Desde a década de 70, com o inicio da utilização das resinas compostas, diversos tipos

de resinas e sistemas adesivos foram lançados no mercado. E devido a modificações que estes

produtos vieram tendo eles vem mostrando efetividade tanto para dentes anteriores como

posteriores, mas apesar destes avanços problemas como desgaste, contração de polimerização

e infiltração marginal ainda permanecem. A forma encontrada para diminuir o principal

problema que é a contração de polimerização, é fazendo uma fotoativação modulada, ou seja,

iniciar a polimerização com menor intensidade de luz aumentando gradualmente, terminando

com uma maior intensidade de luz (SANTOS et al., 2002).

O grande problema das restaurações era a sua adesividade a estrutura dental, que por

sua vez, se fosse encontrada uma solução para tal problema, seriam obtidas muitas vantagens,

como: diminuição da necessidade de retenção e resistência evitando grandes desgastes e um

efetivo selamento diminuindo a infiltração marginal. Com a utilização do sistema adesivo

odontológico a área de condicionamento aumentou os valores de forças de adesão

classificando a retenção como um fenômeno físico, dispesando retenções utilizadas em

preparos para amálgama (FEITAS et al., 2007)

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 5

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Com o avanço dos materiais odontológicos e das técnicas restauradoras nos dias atuais

a odontologia busca procedimentos clínicos capazes de reestabelecer um sorriso harmônico e

belo, que se adapte ao perfil psicológico, social e ao estilo de vida dos pacientes, sendo assim

hoje os pacientes procuram a solução de problemas estéticos relacionados à cor, formato,

textura e proporção dos dentes, tudo isto em reflexo da possibilidade de tratamentos

cosméticos (FIGUEIREDO et al., 2008).

Caso Clínico

Paciente V.M., sexo masculino, 65 anos, procurou a clínica odontológica da faculdade

Ideau para: tratamento odontológico. Apresentou boas condições de saúde na anamnese.

Clinicamente, evidenciou-se grande quantidade de dentes restaurados com amálgama (figura

1). Na radiografia panorâmica (figura 2), pode-se observar que as restaurações dos dentes 44 e

45 eram extensas, o que ficou melhor evidenciado na radiografia periapical (figura 3). Devido

há desaptação marginal, a substituição das restaurações de amálgama por restaurações de

resina composta foram planejadas.

Na primeira sessão com o campo operatório isolado, com isolamento absoluto,

procedeu-se a remoção do amálgma do elemento 45, com alta rotação e irrigação abundante

(figura 4), em seguida a limpeza da cavidade foi realizada e uma camada de material forrador

a base de hidróxido de cálcio foi depositada na parede pulpar (figura 5, 6 e 7). Finalmente

realizou-se a restauração com resina composta na técnica incremental obtendo o resultado que

se apresenta na figura 8.

Na segunda sessão com o campo operatório isolado, com isolamento absoluto,

procedeu-se a remoção do amálgama do elemento 44, com alta rotação e irrigação abundante,

após a remoção do material restaurador e estrutura comprometida foi realizado a limpeza da

cavidade e depositada uma camada de material forrador a base de hidróxido de cálcio (figura

9 e 10), e feita à restauração com resina composta na técnica incremental obtendo o resultado

que se apresenta na figura 11.

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 6

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Figura 1- Arcada inferior. Fonte: autoria própria

Figura 2 – Radiografia PanorâmicaFonte: autoria própria

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 7

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Figura 3 – Radiografia Periapical Fonte: autoria própria

Figura 4 – Remoção de Amálgama Fonte: autoria própria

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 8

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Figura 5 – Cavidade elemento 45 Fonte: autoria própria

Figura 6 – Cavidade com forramento de hidróxido de cálcio Fonte: autoria própria

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 9

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Figura 7 – Material forrador Fonte: autoria própria

Figura 8 – Restauração elemento 45 Fonte: autoria própria

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 10

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Figura 9 – Cavidade elemento 44 Fonte: autoria própria

Figura 10 – Forramento com Hidróxido de cálcio Fonte: autoria própria

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 11

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Figura 11 – Restaurações finalizadas Fonte: autoria própria

3 RESULTADOS

As restaurações realizadas devolveram a forma, a função, a saúde e o componente

estético aos elementos restaurados. Não houve sensibilidade pós-operatória do paciente com

relação aos procedimentos realizados. Nas figuras 12 e 13 é possível observar o antes do

tratamento e o depois.

Figura 12 – Arcada inferior antes do procedimento restaurador do 44 e 45 Fonte: autoria própria

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 12

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

Figura 13 – Arcada inferior após procedimento restaurador do 44 e 45Fonte: autoria própria

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que o presente trabalho evidencia o avanço tecnológico da

odontologia em relação aos materiais utilizados, e que é possível aliar resultados funcionais

com estética e resistência. O avanço tecnológico é constante, o que força o profissional a

buscar atualizações e novidades no mercado, sempre embasado na ciência e no conhecimento.

Indiscutível que esteticamente comprovou-se no presente relato, que as resinas

compostas fotopolimerizáveis devolvem ao dente uma estética muito próxima da natural,

diferente do que o amálgama de prata propicia, sendo ele um metal de cor escurecida. Porém

diante dos dados da pesquisa observa-se as várias características positivas do amálgama,

como por exemplo: a possibilidade de ser empregado em campo úmido sem

comprometimento do trabalho. Dando a possibilidade de fazer um tratamento restaurador em

pacientes não tão cooperativos ou nos quais seja impossível realizar um bom isolamento para

obter um campo seco. O “auto selamento” também é um ponto observável já que devido as

forças da mastigação e/ou oclusão, fazem com que o amálgama, pela deposição de óxido

devido a corrosão, ao longo do tempo faça o próprio selamento marginal.

Com base na revisão bibliográfica pode-se concluir que o mercúrio, presente

no amálgama, é um metal danoso à saúde humana e ao meio ambiente. Na odontologia deve-

se ter o cuidado de manter amalgamadores em bom estado. O ambiente onde se utiliza deve

ser adequado e ventilado. No paciente ao remover amálgama utilizar sempre isolamento

absoluto do campo operatório, protegendo assim a mucosa, e fazê-lo com abundante

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 13

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

refrigeração evitando o aquecimento e a volatilização. Utilizar coletores de resíduos nos

aparelhos de sucção evita que o amálgama vá para a rede de esgoto.

Desde que tenhamos as seguintes precauções: ter amalgamadores em bom funcionamento,

sala de procedimentos bem arejada quando do uso do amálgama, isolamento absoluto do

campo operatório (se possível) para evitar possíveis vazamentos para a mucosa, instrumentos

para remoção de amálgama com abundante refrigeração evitando assim o aquecimento e

volatilização do mercúrio, coletores de amálgama nos aparelhos de sucção para evitar que o

amálgama caia na rede de esgoto, separação e reciclagem do amalgama removido em

consultório, o trabalho realizado com o amálgama será considerado seguro.

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 14

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

REFERÊNCIAS

DO VALLE, Viviane Maria Francio, Amálgama dental: Presente e futuro, 2001, 43f, (Momografia – Pós Graduação em Dentística Restauradora), UFSC, Florianópolis, 2001.

MONDELLI J. O que o cirurgião-dentista que pratica a Odontologia deve saber a respeito do amálgama dentário. Full Dent. Sci. 2014; 5(19):511-526.

BORDIN, Mariana Moschen; CORADINI, Paula Cantarelli; SALLES, Alexandre Azevedo; IRALA,Luis Eduardo Duarte; SOARES, Renata Grazziotin; IMONGI, Orlando. R. Fac. Odontol. Porto Alegre, Porto Alegre, v. 48, n. 1/3, p. 82-87, jan./dez. 2007.

DE JESUS, Leda Freitas; MARINHA, Marden Samir; MOREIRA, Fátima Ramos. Amálgama dentário: fonte de contaminação por mercúrio para a Odontologia e para o meio ambiente. Cad. Saúde Colet., 2010, Rio de Janeiro, 18 (4): 509-15 509.

CLARO, Flávio A., ITO, Fábio R., BASTOS, Felipe M., RIBEIRO, Morgana E.. Mercúrio no amálgama odontológico: Riscos de exposição, toxicidade e métodos de controle – revisão de literatura. Ver. Biocenc., Taubaté, v 9, n.1, p47 – 54, Jan –Mar 2003.

CARRILHO, Marcela R., REIS, Alessandro, LOGUÉRCIO, Alessandro D., FILHO, Leonardo. Resistência de união à dentina de quatro sistemas adesivos. Pesqui Odontol Bras, São Paulo, 2002; 16(3): 251 – 256.

ARAUJO, Rosehelene M., MELLO, José B., HUHTALA,Maria F.. Utilização de adesivos dentinários como agente de vedamento cavitário em restaurações classe II de amálgama e resina composta posterior. Ver. Odontol. UNESP, São Paulo, 22(2): 257 – 265, 1993.

RESENDE, Alexandre M., GONÇALVES, Sergio E.. Avaliação da infiltração marginal em dentes humanos e bovinos com diferentes sistemas adesivos. Cienc. Odontol. Bras, São Paulo, v5, n.3, set-dez, 2002.

SANTOS, Maria., SILVA e SOUZA, Mario H., MONDELLI, Rafael F.. Novos conceitos relacionados à fotopolimerização das resinas compostas. JBD, Curitiba, v1, n.1, p 14-21, Jan/mar, 2002.

FEITAS, Marcos R., MONDELI, Adriano L.. Estudo comparativo da resistência adesiva da interface resina/braquete sob esforços de cisalhamento, empregando três resinas compostas e três tipos de tratamento na base do braquete. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v12, n.3, p 111-125, maio/jun, 2007.

GUEIREDO, Ricardo I., ANDRADE, Ana K., DUARTE, Rosangela M., MEDEIROS, Fábia D.. Otimizando a estética por meio de reanatomização em dentes conóides. RGO, Porto Alegre, v 56, n.3, p. 333-336, jul-set. 2008.

CONSOLARO, Alberto, PINHEIRO, Tiago. Amalgama dentário e mercúrio: o fim de uma era. Rev Dental. Press Estet., São Paulo, abr-jun, 10(2):42-7, 2013.

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 15

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI

FACULDADES IDEAU

DALFOVO, Maria L.. Substituir ou reparar?. Trabalho de conclusão de especialização em Dentística, UFSC, Florianópolis 2007.

FIALHO, Elisangela, SILVA, Everson V., GRAFF, Claudia, LOGUERCIO, Alessandro, CAMACHO, Guilherme, BUSATO, Adair. Avaliação da infiltração marginal de restaurações de amalgama: mercúrio versus gálio. Pesq. Odont. Bras., v.14, n.1, p 59 – 63, jan/mar., 2000.

__________________________________________________________________________________________Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 16