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1 «As TI precisam de pensar, or- ganizar-se e priorizar de uma forma completamente diferen- te.» Isabel Reis, EMC A transformação digital continua para lá da terceira plataforma Nos próximos cinco anos as empresas que não derem prioridade à estratégia digital desaparecem do mercado Em 2020 cerca de 50% dos orçamentos de TI serão alocados a projetos de transformação digital Cloud, mobilidade, big data e estratégias sociais continuam a liderar os investimentos. Mas a IoT, os sistemas cognitivos e os wearables estão a atrair atenções N.º1 | Janeiro 2016 | www.ntech.news n Textos escritos abrigo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 em vigor desde 2009

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Page 1: N.º1 Janeiro 2016 n - NTech News · ridade à sua estratégia digital. Pedro Afonso, managing director da Novabase, ... curva de crescimento registada nos últimos três anos, em

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«As TI precisam de pensar, or-ganizar-se e priorizar de umaforma completamente diferen-te.» Isabel Reis, EMC

A transformação digital continua para lá da terceira plataforma

Nos próximos cinco anosas empresas que nãoderem prioridadeà estratégia digitaldesaparecem do mercado

Em 2020 cerca de 50% dosorçamentos de TI serãoalocados a projetos de transformação digital

Cloud, mobilidade, big datae estratégias sociaiscontinuam a liderar osinvestimentos. Mas a IoT, os sistemascognitivos e os wearablesestão a atrair atenções

N.º1 | Janeiro 2016 | www.ntech.news n Textos escritos abrigo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 em vigor desde 2009

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Aviagem rumo à transfor-mação digital não para enão tem inicio em 2016.Este é um facto. A trans-

formação já começou e entra em 2016numa nova fase. «A transformação di-gital já está a acontecer há vários anos,2016 fará a diferença por juntar trans-formação e digital num só conceito,criando uma nova era, que será maisde consciencialização/consolidação(aumento da maturi dade) para muitasdas empresas em relação a este tema»,aponta Rui Machado, general mana-ger da Findmore

A IDC prevê que em 2020, a nívelmundial, todos os setores económicos,desde a indústria, passando pela ban-ca, seguros, saúde, energia, turismo,até ao retalho, serão liderados por em-presas que estejam a adaptar-se aosnovos paradigmas tecnológicos e aposicionar-se na economia digital.Uma economia que obriga as organi-zações a transformarem-se em ve lo -cidade relâmpago, sob pena de per-derem competitividade. José Oliveira,CEO da Bi4all afirma que o mundovive em plena era digital e as trans-formações a que temos assistido são

cada vez mais rápidas, obrigando asempresas a adaptar-se, caso contrárioperdem o comboio para a próximadécada. A transformação digital é isso mesmo,um comboio que avança a todo o va-por para uma viagem que já se inicioue que prossegue nas organizações em2016 com novos projetos e investi-mentos, claramente assinalados nasagendas dos CIO. Os exemplos detransfor mação estão à vista. Historiascomo a da Netflix, do iTunes ou daUber provam que é possível ser bemsucedido, reinventando negócios tra-

Nos próximos cinco anos as empresasque não derem prioridade à estratégiadigital desaparecem do mercado

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dicionais e criando modelos novos e disruptivos que as-sentem nas novas tecnologias.

De acordo com o Centro Global de TransformaçãoDigital dos Negócios, uma iniciativa da Cisco e do Inter -national Institute of Management Development deLausanne, na Suíça, nos próximos cinco anos a trans-formação digital fará com que cerca de 40% das empresasdesapareçam do mercado, ao passo que 75% destas or-ganizações ainda não mediu os riscos de não dar prio-ridade à sua estratégia digital. Pedro Afonso, managing director da Novabase, explicaque há organizações que devido à crise, abrandaram avelocidade de renovação do parque tecnológico nos úl-timos anos, e adiaram o desenvolvimento de novos sis-temas, tendo feito «verdadeiros milagres nos sistemasexistentes». Este responsável avança que há algumasempresas com elevado risco no seu negócio por este tersido o mote no que toca a investimentos em TI, no en-tanto, Pedro Afonso reconhece que há sinais claros devárias organizações, em todos os sectores de atividade,que estão a fazer crescer esta rúbrica nos seus orçamentospara 2016.

«Acreditamos que 2016 será o ano da transformação di-gital e que as organizações portuguesas centrarão osseus investimentos nesta transformação», avança SofiaTenreiro, diretora-geral da Cisco Portugal. Esta mobi-lização de capital será no entender da responsável a con-tinuidade da atualização tecnológica que marcou o parcocrescimento do sector TIC em Portugal durante 2014 e2015 (+/-1%). «Espera mos que o setor das TIC emPortugal acelere a sua tendência de crescimento em2016», sustenta Sofia tenreiro. Nuno Guerra, CEO da Create IT também acredita quehaverá uma evolução favorável do investimento em TI

¼ da despesa corporativa está relacionada com a aquisição

de tecnologias e soluções relacionadascom a terceira plataforma TIC

Diversificar para ganharCom as áreas de Microsoft, Oracle, IBM, business intelli-gence, big data, cloud, gestão de conteúdos e mobile a nor-tear os seus planos de negócio, a Affinity aposta na diversi-ficação tecnológica, investimentos em formações emcertificações e em presença nas faculdades, procurandosempre promover o que de melhor a tecnologia portuguesatem para oferecer além-fronteiras. Com passos cimentadosa nível internacional, que já representam 25% da factura-ção, Carlos Correia, CEO da Affinity, garante que a cami-nhada continua em 2016 não só lá fora, mas também porcá. «Em 2016 iremos abrir uma delegação Affinity no Porto,com profissionais locais e com total autonomia na gestão daoperação. Queremos ter uma resposta mais rápida e asser-tiva para os nossos clientes localizados no norte do país».De acordo com este responsável, esta aposta a norte deve-rá representar em 2016 cerca de 10% da facturação. A ex-pansão dos escritórios em Lisboa, de forma a sustentar acurva de crescimento registada nos últimos três anos, emtermos de novos projectos (300), numero de colaboradores(150), está também nos planos da empresa.

No novo ano que agora começa, a Affinity quer continuar aposicionar-se como uma «consultora portuguesa generalistana área das tecnologias de informação». De acordo comCarlos Correia, este posicionamento permite «responder aum leque muito alargado de desafios por parte dos clientesnacionais e internacionais, proporcionando assim aos cola-boradores experiências diversificadas e desafiantes».

O CEO diz que a empresa está comprometida com o rigor,com o talento e imersa numa forte cultura organizacionalque interliga toda a equipa pela afinidade. «Na Affinity acre-ditamos que para receber, temos que dar muito», sublinhaCarlos Correia.

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em consequência da necessidade cres-cente de investir estrategicamente natransformação digital das organiza-ções. Segundo ele, só desta forma serápossível potenciar o crescimento donegócio não apenas à escala nacional,mas também à escala internacional,potenciando a internacionalização dotecido empresarial. «Acreditamos que,nesta fase, a maior disponibilidade efacilidade de acesso a capital e recursospara investimento permitirá umamaior aposta estratégica em iniciativasde investimento focadas na criação devalor, conciliando naturalmente asmesmas com a necessidade continuade otimização de processos e custosoperacionais», aponta o responsável.

Segundo dados da IDC, estima-se queem 2020 perto de 50% dos orçamentosde TI serão alocados a projetos detransformação digital. Para o períodode 2016 a 2020, a consultora prevê o

início da fase mais crítica da 3ªPlataforma, caracterizada por uma ex-plosão de soluções inovadoras e poruma grande onda de criação de valorsobre os quatro pilares que a caracte-rizam (cloud, big data, mobilidade,social) este paradigma tecnológico.A IDC identifica vários aceleradoresde inovação, destacando a Internet ofThings, as tecnologias virtuais/reali-dade aumentada, a impressão 3D, oswearables, a robótica e os sistemascognitivos. Atualmente, a IDC contabiliza que cer-ca de ¼ da despesa corporativa estárelacionada com a aquisição de tec-nologias e soluções relacionadas coma terceira plataforma TIC, prevendoque este proporcional cresça anual-mente numa média de 9,4% nos pró-ximos cinco anos. Nestas previsões, aconsultora avança ainda que as des-pesas com a segunda plataforma con-tinuam a recuar.

«Face ao ano de 2015, em que as em-presas fizeram a sua grande apostaem projetos tecnológicos de transfor-mação digital de negócios, prevê-seque 2016 seja um ano marcado pelouso de tecnologias nas estratégias deaproximação e na obtenção de clien-tes. Este será um ano crucial na toma-da de decisões para conquistar mer-cado, o que representa uma grandeoportunidade para todos os desenvol-vimentos de negócio em torno das TI»,prevê Paulo Pereira, diretor técnicoda Mind Source.

80% dos CEO reconhecemque as tecnologias

disruptivas, como o mobile,a cloud ou a analítica,

terão um tremendo impacto no valor dos seus negócios

Inovar com qualidadeQuality Assurance & Testing são conceitos que não passam despercebidos a qualquer empresa que privilegiea operacionalidade dos seus sistemas e aplicações na sua equação de competitividade. «Os serviços daCleverti na área do Quality Assurance & Testing, permitem aumentar a produtividade e a velocidade dos tes-tes, contribuindo para o delivery de aplicações de alta qualidade, com um time-to-release mais curto e menoscustos resultantes da ineficácia», sustenta Carlos Coutinho Silva, CEO da Cleverti. Na sua área de atuação, o responsável admite que a inovação Cleverti prende-se forçosamente com acom-panhamento e incorporação de novas tendências e de melhores práticas em termos tecnológicos e metodoló-gicos. Carlos Coutinho Silva garante que é importante «inovar nas formas de disponibilização da tecnologia etambém na utilização de modelos de negócio mais flexíveis, através dos modelos as a Service».

A automatização de testes é uma área em que o CEO diz estar a apostar muito, uma vez que «gera grandesganhos de eficácia». Segundo ele, os testes automatizados são «substancialmente mais rápidos, têm menosmargem de erro e são feitos com recurso a ferramentas de automatização abrangentes para várias platafor-mas e diferentes browsers».

A Cleverti atua num modelo de nearshore de outsourcing de TI, o que permite às organizações adicionar co-nhecimento especializado e competências específicas aos seus projetos. Em Portugal a estratégia passa muitopor «ajudar as empresas a aumentar a qualidade das suas aplicações através de testes de software indepen-dentes, cada vez mais relevantes para os CIO portugueses», explica Carlos Coutinho Silva. A nível internacio-nal a Cleverti está a consolidar o seu posicionamento no mercado Alemão, e também a apostar na exploraçãode novos mercados, como a Suíça, Bélgica e Reino Unido. «Temos também prevista uma avaliação inicial domercado americano», acrescenta o CEO.

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No «18th Annual Global CEO Survey, 2015», aPriceWaterhouseCoopers apurou que 80% dos CEO re-conhecem que as tecnologias disruptivas, como o mobile,a cloud ou a analítica, terão um tremendo impacto novalor dos seus negócios. O CEO da Creative IT, assinalaque o investimento será concretizado a dois níveis. Porum lado, o principal driver deverá ser a transformaçãodigital do próprio negócio das organizações, potenciandoestratégias omni-channel integradas e focadas na mobi-lidade, no big data e na cloud. Existirá ainda uma segundadimensão particularmente relevante, a transformaçãodigital na forma de trabalhar das próprias equipas noseio das organizações, potenciando de forma crescentea alteração das práticas das próprias equipas, com recursoa soluções de produtividade integradas com as própriassoluções de suporte ao negócio, dinamizando assim asforças de trabalho que são e se pretendem cada vez maiságeis e colaborativas num contexto cada vez mais móvele global.

Ricardo Martinho, diretor de Enterprise Sales Unit daIBM Portugal, considera que o mercado está a entrarnum momento ímpar de inovação tecnológica em quea convergência do mobile, da cloud, do big data analyticse do social business estão a promover a inovação digitale a criar o que se pode chamar uma nova era tecnológica,a era cognitiva, em que os sistemas têm a capacidadede compreender e aprender. Este responsável assumeque só através do investimento nestas capacidades tec-nológicas será possível responder ao grande desafio deextrair conhecimento da imensidão de dados produzidosdiariamente, ajudando a otimizar a tomada de decisãode negócio, e ainda tirar partido da Internet das Coisas.«Estamos perante uma nova era tecnológica, uma novaera no mundo empresarial, em que a inteligência digitalpotencia o negócio digital. Agora, é imperativo percebercomo podemos extrair inteligência desta explosão de da-dos obtida através desta diversidade de dispositivos»,sustenta Ricardo Martinho.

Com a conectividade/mobilidade a todo o gás, o bigdata a inundar os centros de dados e a cloud socialmenteaceite pelas organizações, a Gartner elege o design apli-cacional ao nível do user experience de dispositivos esensores e a arquitetura de segurança adaptativa, como

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Analítica junta-se à mobilidadee à segurança

Sendo a mobilidade e a segurança áreas core para a Decunifyque produzem bons resultados, José Manuel Oliveira, CEO daempresa, não tem dúvidas em dar continuidade à estratégia core.«Queremos afirmar-nos como um dos principais players nacionaisna implementação de soluções de mobilidade e segurança», con-firma o responsável.

Mas em 2016, José Manuel Oliveira tem também planos para di-versificar e procurar sustentar o crescimento em novas áreas deoportunidade. Uma das áreas para a qual está a olhar com muitaatenção é a área do analytics. «Esperamos ter novidades paracomunicar ao mercado durante o primeiro trimestre de 2016»,avança o CEO da Decunify.

Num mercado altamente competitivo, o responsável considera im-portante a existência de diferenciadores estratégicos. Fatores quepara além de robustecerem o ADN da companhia, privilegiam a li-gação aos clientes na ótica de uma parceria de longo prazo, ci-mentando «a qualidade dos nossos serviços e da excelente equi-pa de profissionais que todos os dias dão o seu melhor paragarantir o melhor serviço aos clientes», destaca o responsável.

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grandes desafios em 2016. Woitek Szymankiewicz, partner daCloser, diz que mesmo não sendo oano da transformação digital, 2016 serádefinitivamente marcado pela crescen-te transformação digital e pelo IoT.

No entanto, Rui Reis, diretor daRumos Serviços, alerta para o factodo contexto de internet das coisas serencarado enquanto desafio numa pers-petiva desintegrada entre os vários fa-bricantes, não havendo assim umaplenitude ao nível do seu potencial.Num plano não exclusivo, mas maio-ritariamente de âmbito internacional,

este responsável aponta ainda a con-tinuidade na investigação e o desenvol-vimento da impressão 3D, que ao longodeste ano tem dado passos de extremarelevância ao nível da impressão decomponentes de âmbito aeronáutico,aeroespacial, saúde, entre outros.

«Existem constantes mudanças e al-terações tecnológicas de ano para anoe a melhor forma de prever o futuroé criá-lo», complementa João PauloCarvalho, senior partner da Quidgest.Para criar o futuro o investimento éum elemento fundamental da fórmula.João Martins, board member daCilnet, não tem dúvidas que haveráinvestimento, até porque o contextotecnológico e a aparente melhoria daeconomia assim o indicia. «Tendo emconta o lifecycle dos equipamentos edas soluções, é perfeitamente normalque comece a haver investimento eque 2016 seja um ano de grande in-

vestimento, isto porque, por um ladohá uma grande transformação tecno-lógica e é preciso acompanhar estatransformação tecnológica, por outrolado porque não houve investimentodas empresas nos últimos anos», refereeste responsável.A inovação será a pedra de toque datransformação diz Pedro FélixMendes, territory manager entrepriseda Google Portugal. Segundo ele, irácontinuar a assistir-se à procura denovas alternativas e inovadoras formasde negócio com base no digital. O con-ceito de transformação digital, tal co-mo é conhecido implica que as orga-nizações procedam a alterações deprocessos, procurem e implementemnovos e inovadores modelos de negó-cio de base digital e que haja a subs-tituição das tradicionais ferramentasde trabalho por modernas ferramentascolaborativas, entre outras iniciativas.Tomando o sentido mais amplo do ter-

Corresponder às exigências de 55 nacionalidadesUma oferta «abrangente e estruturada de serviços e soluções» são os pilares nos quais Pedro Morão,Solutions & Business development director na Dimension Data, diz estar sustentada a presença da empre-sa em 58 países nos 5 continentes, bem como a expansão em território nacional, onde assinala a presençade delegações em Lisboa, Porto, Faro e Funchal.

Pedro Morão explica que a estratégia da Dimension Data é «simples e clara» e pretende ajudar as organiza-ções a alcançar as suas ambições através de investimentos adequados em serviços e soluções deTecnologias de Informação e Comunicações. «Possuímos uma oferta de Serviços abrangente e estruturada,com especial foco nos modelos consultivos de desenvolvimento (Development Models), os quais permitemajudar os nossos clientes a identificar o estado atual das suas infraestruturas de TI, qual o objetivo final, e opercurso a empreender para alcançar esses mesmos objetivos», justifica o Solutions & Business develop-ment director na Dimension Data.

As novidades para 2016 passam pela recente novidade na área de cloud privada. O Private IaaS EnterpriseEdition foi desenvolvido para ajudar os clientes na sua transição para arquiteturas cloud, através duma ofertaintegrada, a instalar em casa do cliente ou num qualquer centro de dados de eleição, com capacidade de au-tomação e self-provisioning, entregue em modelo OPEX e pay as you grow.

O portefolio de soluções da Dimension Data é consolidado por uma oferta de serviços de consultoria, servi-ços geridos, IT Outsourcing e ITaaS (IT as a Service) e está sustentado num conjunto de parcerias estratégi-cas com os principais fabricantes de tecnologia, onde se destacam a Cisco, Alcatel-Lucent, NetApp, EMC,VMware, F5, Fortinet, Check-Point, Intel Security, Dell, e Genesys, o que, no entender de Pedro Morãopermite «desenhar as soluções e entregar os serviços mais adequados à satisfação das ambições cada vezmais exigentes dos nossos clientes».

Saiba mais

Muitas PME não têm ascompetências necessárias

para levar a cabo a transformação

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mo transformação digital «achamos que algumas - em-bora ainda muito poucas empresas portuguesas - estarãopreparadas para trilhar esse caminho, mas seguramente2016 não será ainda um ano de verdadeira viragem»,acautela o responsável.A Sage sustenta este cenário com os resultados de umestudo realizado no seio das pequenas e médias empre-sas, que revela a existência de um número muito signi-ficativo de empresas que não têm website nem qualquertipo de presença digital. «Estas empresas, embora reco-nheçam a importância da transformação digital, não têmas competências necessárias para levar a cabo essa trans-formação», explica Maria Antónia, diretora-geral daSage Portugal. De acordo com esta responsável, o mo-mento atual é «crucial» para os empreendedores agar-rarem as oportunidades que abrem ao investirem na pre-sença digital para os seus negócios e os empreendedoresportugueses «não deixarão de continuar a acompanharesta tendência com agilidade e com sucesso».

Sustentar o banco do futuro

Os novos canais dão protagonismo à banca e como marke-ting terão um importante papel, mas a sustentabilidade fi-nanceira que se pede a estas instituições tem de ser sus-tentada em permanente no acompanhamento das novastendências tecnológicas, como o data analysis, o big data, odigital sales ou a segurança.

Numa palavra o futuro da banca escreve-se com inovação e énesta área que João Lima Pinto, CEO da ebankIT, diz estarempenhado hoje e no futuro. «Continuaremos não só a evoluiras nossas soluções inovadoras, assim como também iremosmarcar presença nos maiores eventos FinTech a nível global,procurando entrar em novos mercados através do alargamen-to da nossa rede de parceiros, que é fundamental na estraté-gia de crescimento», refere o responsável.

Em 2016 João Lima Pinto garante que quer manter a apos-ta no desenvolvimento das soluções omnichannel, maisconcretamente ao nível das soluções Voice Banking,Augmented Reality e Beacons. «Procuramos que as nossassoluções garantam não só uma fácil usabilidade por partedos utilizadores, assim como assegurar uma presença emnovos dispositivos, e mesmo transformar os meios de co-municação dos bancos (Augmented Reality) e de transaçãoentre pessoas (Social Banking)», sustenta o responsável.

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É preciso repensar os modelosde negócio e rescrever as TI

Para além do desafio tecno-lógico que a transformaçãodigital acarreta, é vital quenuma estratégia destas as

empresas equacionem os seus mode-los de negócio e processos atuais, sai-bam quais são os potenciais concor-rentes que apresentam modelos denegócio disruptivos assentes em novastecnologias, para desta forma reinven-tarem a forma como se devem encai-xar no seu ecossistema, tendo em vistaa flexibilidade, a eficiência, a eficáciae, procurando ir ao encontro das ne-cessidades, da procura e das expecta-tivas do mercado.

«A transformação digital está a rees-crever as regras das TI, o que, em con-junto com a consolidação da economiadigital, deverá levar as empresas a in-vestir em tecnologias que lhes permi-tam reinventar-se e apostar em gran-

des mudanças no ano que agora ar-ranca», sustenta Paulo Pereira, diretortécnico da Mind Source.Este é um facto que José ManuelOliveira, CEO da Decunify diz estarcompletamente assumido pela maioriados CIO, não que essa necessidadeseja identificada pela própria organi-zação, mas fundamentalmente pelapressão dos clientes dessas organiza-ções. «O processo é contínuo e exigemuito compromisso quer das empre-sas, quer dos empresários, obrigandorepensar processos e formas de traba-lhar», insiste Gustavo Brito, managingdirector da IFS Ibérica.Com a proximidade de 2018 e 2020, aexpetativa de enormes transformaçõese, consequentemente, de um períodode grandes desafios para as organiza-ções adensa-se. Rui Reis, diretor daRumos Serviços, prevê que a receti-vidade e a capacidade de adaptação

à mudança serão uma constante.

Os apoios do Portugal 2020 e a evo-lução da economia portuguesa pode-rão ditar a evolução mais aceleradados investimentos. «As empresas têmnecessidade de inovar, de se moder-nizar e de aumentar a sua produtivi-dade para se manterem competitivase para isso os investimentos em TI sãouma ajuda fundamental pelo que cre-mos que a evolução será positiva»,sustenta Maria Antónia, diretora-geralda Sage Portugal.Dado o grande peso das pequenas emédias empresas no tecido empresa-rial em Portugal, esta responsável estáconfiante de que estes apoios contri-buam significativamente para o dina-mismo da economia realizando inves-timentos em inovação e emmodernização. Grande parte destesinvestimentos serão direcionados, di-

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reta ou indiretamente, para a transformação digital, es-perando-se que também as empresas de maior dimensãoinvistam nas TI como forma de aumentarem a sua com-petitividade.

«O funcionamento das organizações tem que passar aser intrinsecamente digital, desde o centro do seu fun-cionamento e dos seus processos base», recomenda RuiGaspar, diretor de tecnologia, base de dados e analyticsna SAP Portugal. De acordo com este especialista, em2016 o digital ganha uma força maior, deixando de seralgo adicional que se pensa sobre o que já existe. «O di-gital é um princípio basilar para qualquer processo e,por força disso, para qualquer sistema de informação»,afirma Rui Gaspar.

A transformação digital deve por isso ser um processocompleto, uma jornada que deve começar com a plata-forma de tecnologia e incluir a automação de processosde negócios, Internet das Coisas (IoT) e análise de dadosem toda a experiência do cliente. Um cenário que PedroMorão, solutions & development director da DimensionData diz não estar ainda presente em todas as organi-zações. Apesar de grande parte dos gestores estarem cons-cientes de que necessitam evoluir no sentido da transfor-mação digital, este responsável reconhece que existetambém um «grande desalinhamento entre os objetivosdas áreas de negócio, e a adequação das equipas de TIpara lhes dar resposta».

Segundo um estudo recente, elaborado pela BusinessPerformance Innovation (BPI) Network, uma organi-zação de profissionais de networking que chega a maisde 50 mil executivos envolvidos em transformação deTI, gestão de mudança, reengenharia empresarial, muitasdas redes, centros de dados e sistemas backend usadosatualmente possuem falta de planeamento, deficiências

«O digital é um princípio basilar paraqualquer processo e, por força disso, para

qualquer sistema de informação.» Rui Gaspar, SAP

A redefinição continua

Num ano em que a transformação do negócio continua,Isabel Reis, diretora-geral da EMC Portugal, compromete-se a continuar a suportar os processos de transformaçãodas TIC que foram definidos, ou mesmo iniciados, em 2015.«Continuaremos a reforçar a nossa equipa e a garantir queela está habilitada para dar um apoio consultivo e pró-ativoàs organizações», afirma a responsável.Em 2016 a ECM tem no seu roadmap o lançamento de umconjunto de iniciativas e portefólio, sustentados pelo OpenSource, e um cada vez maior suporte a clouds híbridas.«Consideramos que a união destes dois paradigmas, com aorientação de uma empresa experiente como a EMC, ga-rante o apoio para a transformação digital que todas as or-ganizações irão realizar», avança Isabel Reis. A responsá-vel defende que o maior desafio para 2016 está associadocom a transição da chamada segunda plataforma para aterceira plataforma, ou seja, com a adoção de soluções debig data, mobilidade e segurança que assegurem impac-tos positivos para as organizações.Marcar pontos neste mercado com tecnologia não é sufi-ciente para a EMC. Isabel Reis reconhece que «não bastater soluções únicas» uma vez que na sua opinião é tão oumais importante a capacidade de ajustar essas soluçõesaos requisitos de cada organização, garantindo o reaprovei-tamento dos ambientes existentes, minimizar potenciais im-pactos durante a adoção e a transição e, finalmente, asse-gurar a proteção dos investimentos. «Só assim serápossível beneficiar da adoção de tecnologias líderes daEMC em áreas tão diversas como o armazenamento, conti-nuidade de negócio, desenvolvimento aplicacional ou bigdata, entre outras», esclarece a gestora.

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em funções-chave, financiamento in-suficiente e não estão em sintonia como negócio, o que faz com que a reno-vação das infraestruturas de TI sejaum grande desafio para empresas detodos as dimensões.Entretanto Guilherme Machado, part-ner da Masterlink, acredita que a re-dução de orçamento« deixou de serrazão para reduzir o serviço de IT». Deacordo com este responsável, digita-lizar, integrar e automatizar negócioestá hoje ao alcance de qualquer em-presa ou departamento, por mais pe-queno que seja o orçamento. As TInão deverão apenas ser uma formade suportar o negócio, mas tornarem-se no próprio negócio.

Fernando Rio Maior, pré sales consul-tant da Hewlett Packard EnterprisePortugal, considera que adiar este ce-nário não é positivo para as organiza-

ções. «Para além de ser uma desvan-tagem competitiva, coloca em risco opróprio negócio, colocando as empre-sas à mercê de novos concorrentesque nasceram já na era digital», sus-tenta este responsável.A corrida para proporcionar uma ex-periência única aos clientes e utiliza-dores obriga várias indústrias a efe-tuarem transformações no seunegócio, em velocidade relâmpago,diz Isabel Reis, diretora-geral da EMCPortugal, enumerando alguns dosprincipais desafios que as organizaçõesterão de enfrentar para serem bem-su-cedidas nos seus processos de trans-formação digital. Segundo esta res-ponsável, as organizações e as TIdeverão conseguir transformar-se demodo a passarem de uma unidade deexecução, para o motor que suportaa inovação. «As TI precisam de pensar,organizar-se e priorizar de uma forma

completamente diferente», alerta IsabelReis. Segundo ela, a maior parte das imple-mentações de big data vão falhar emconseguir adicionar valor ao negócio,devido a problemas de performance,provocados por uma infraestrutura derede inadequada, sendo fundamentalrepensar esse ponto. Da mesma formaos gestores terão de ter atenção ao fac-to da maioria das organizações teremuma mistura de dependência de umainfraestrutura tradicional que repre-senta um custo. «É necessário moder-nizar a infraestrutura de rede para umasituação de software defined que possaservir um ambiente transacional», re-comenda a diretora-geral da EMCPortugal. Isabel Reis aconselha aindaas organizações a passarem de uma«visão unilateral para uma visão maisholística a nível estratégico»

Alicerçar o crescimento do canal através da inovação

Inovação e vigilância tecnológica são os elementos diferenciadores na fórmula de negócio da Ex-clusive Networks. Elizabeth Alves, business development manager da empresa, destaca a pro-cura constante por novos fabricantes que ajudem os clientes a enfrentar todos os desafiostecnológicos. «Sempre a pensar nos nossos parceiros, estamos constantemente à procura de solu-ções baseadas no canal que os ajudem a crescer profissionalmente» assume a responsável.

Com fabricantes novos já selecionados para responder aos desafios tecnológicos de 2016, como aNetskope, a Tanium, a LogRhythm e a Proofpoint, Elizabeth Alves reafirma que a estratégia daempresa está sempre assente no canal e está desenhada para apoiar todos os parceiros. «Desdea formação ao canal sobre novas soluções e tendências, até chegar a apoiar os projetos, o Exclu-sive Group realizou investimentos muito importantes através da compra de novas empresas espe-cializadas em produtos financeiros e serviços profissionais em todo o mundo de forma a continuara apoiar os parceiros com ainda maior intensidade», sustenta a business development manager daempresa.

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Pedro Afonso, managing director da Novabase, reco-nhece no entanto que que as áreas de negócio das or-ganizações estão já, no geral, muito recetivas ao temada transformação digital e, nalguns casos estão mesmoa ser promotoras deste advento. «A gestão de qualquerorganização tem sempre duas motivações fundamentaisem tudo o que decide e executa na sua estratégia: ala-vancar o seu negócio e melhorar a eficiência de formacontinuada», sustenta o responsável. A preocupação vai ser cada vez mais (+75%) de o ne-gócio estar totalmente suportado em ferramentas digitais(big data, cloud, mobilidade, business intelligence, socialmedia). Rui Machado, general manager da Findmore,defende que esta maturidade passa pela globalização daoferta, pelo acesso rápido à mesma com informaçãoclara e com qualidade ao consumidor e pela internacio-nalização e crescimento. «O IT spending no próximo anovai passar também pela otimização de processos internosjá implementados e novas soluções de negocio», sustentao responsável.A coexistência da de tenologia que potencia a mobilidadedos utilizadores junto com o fato de haver cada vez maisinformação para filtrar e analisar na tomada de decisões,é para Duarte Freitas, CEO da Antúrio, um «catalisadorde uma panóplia de novas funcionalidades e oportuni-dades de negocio».

«As TI precisam de pensar, organizar-se epriorizar de uma forma completamente

diferente.» Isabel Reis, EMC

O negócio faz-se nos carris da evolução tecnológica

Com os clientes a deslizar nos carris da transformação tec-nológica e muitos deles na pole position da modernização,Rui Machado, general manager da Findmore, admite quemuitas vezes o nível de exigência dos clientes pauta o dasua equipa colocando a Findmore bem posicionada paraestar à altura dos desafios que lhe são propostos.«Redefinimos constantemente o nosso modelo de negócio,tentando antecipar as necessidades das empresas», afirmao responsável.

Com uma oferta que diz «distinguir-se» pelo conhecimentodo mercado global, nomeadamente pela compreensão e in-tegração das mudanças a nível nacional e internacional, RuiMachado reconhece que o mérito da companhia reside muitonos recursos, que segundo ele são «altamente especializadose constantemente atualizados sobre novas tecnologias e no-vos processos».

A Findmore integra a Findmore Academy que assegura to-da a componente de formação da empresa em contínuo pa-ra garantir a atualização tecnológica e ao nível de soft skillsdas equipas.

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Sob o mote da transformaçãodigital, as organizações vãocontinuar a investir em vá-rias frentes. A terceira plata-

forma domina as intenções de inves-timento, com a cloud, a mobilidade eo big data e o social a liderarem, noentanto os novos catalisadores de in-vestimento apontados pela IDC já nãosão indiferentes aos gestores. «Com aestabilização e entrada num novo ci-clo, também fruto dos investimentoscomunitários disponíveis, esperamosque o fim do primeiro trimestre/iniciodo segundo trimestre possam confi-gurar-se como um possível ponto altodo investimento a somar ao tradicionalfim do ano», diz Nuno Figueiredo,administrador da Abaco Consultores.A inovação prometida pela Internet of

Things, pelas tecnologias virtuais/rea-lidade aumentada, pela impressão 3D,pelos wearables, a robótica e os siste-mas cognitivos posicionam-se paraacelerar projetos e colocar na pole po-sition as organizações mais audazesem matéria de investimento e reorien-tação estratégica. A mudança está emcurso e afetará todos os setores, espe-cialmente, o industrial, as utilities e aprodução fabril, além do setor dassmart cities e serviços ao cidadão. «Ossectores da industria, financeiro, tele-comunicações, saúde, energia e tec-nológicos serão dos sectores mais di-nâmicos em termos de investimentono nosso país», confirma CarlosCorreia, CEO da Affinity.Em termos das PME, o investimentonão será grande, mas vai sustentar a

transformação. «A cloud vai ter umagrande penetração nas PMEs, mesmosendo uma conversão do investimentotradicional num investimento diferen-te, não deixa de haver investimento»,justifica João Martins, board memberda Cilnet.

A banca que tal como o Estado tempor hábito ser um sector satélite aonível da modernização segue esta rotaem 2016. «A área de canais digitaisdos bancos será uma área de investi-mento, não só pela necessidade depresença, exigência dos próprios clien-tes, mas também pelos benefícios queisso traz para as organizações», garanteJoão Lima Pinto, CEO da ebankIT.Os smartwatch, voice banking,facebankIT e social banking serão os

A competitividade reforça-seem várias frentes

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novos catalisadores de investimento para modernizaçãono sector financeiro. «Parece-nos que o sector financeirose está a movimentar no sentido de entender a importânciade transformar os seus paradigmas de negócio, outroramais conservadores, por natureza», confirma Miguel FariaMonteiro, diretor of Consulting Services na CGI Portugal.De acordo com este responsável, a banca será um sector que,pela missão latente de voltar a conquistar a confiança dosclientes, pela falência operacional e falta de sustentabilidadedos modelos de negócio tradicionais que levaram à derrocadade instituições outrora intocáveis, sentirá uma necessidadeurgente de se «renovar, reinventar e transformar».

Estas são de resto metas que estão a ser definidas de formatransversal na economia, com igual relevância para os se-tores privado e público. As organizações privadas necessitamalinhar a infraestrutura tecnológica e os recursos de TI comos objetivos de negócio de modo a potenciar a experiênciado cliente. Já as organizações públicas, dando sequênciaao novo impulso na simplificação administrativa, terãocomo objetivo reduzir custos e incrementar a qualidade daprestação de serviços ao cidadão, o que apenas se conseguirácom o acelerar do processo de transformação digital, su-portado em investimentos adequados em infraestrutura deredes e comunicações, tendo sempre como objetivo o su-porte à evolução das aplicações relevantes para o negócio.João Paulo Sá Couto, presidente da JP – inspiring know-ledge, acredita que, principalmente no setor empresarial,a atração deste investimento se vá fazer pelo caminho dodinamismo, com as empresas a procurarem a rapidez deresposta nos desafios do dia-a-dia através das TI. Por sua vez, Jorge Batista, Co-CEO da Primabera BSS, ex-plica que o investimento crescerá e este crescimento serásustentado nas novas exigências por parte dos consumidorese novos concorrentes preparados para os servir.«Inevitavelmente as empresas que querem competir nestaeconomia tão digital e conectada vão ter que se redesenhar.O IT será uma alavanca essencial para acelerar esse pro-cesso», relembra o responsável.

Rodrigo Del Prado, diretor adjunto da BQ, defende queem 2016 o investimento em tecnologia de forma genéricacontinuará a aumentar, porque o ciclo económico se man-tém em crescimento. A grande questão é saber canalizaros euros das empresas que estão motivadas para investir?

Uma distribuição preparada para os novos desafios

Á área onde a GTI opera tem vindo a transformar-se para re-ceber esta alteração do digital e por isso a agilização de novasmetodologias de negócio ao nível do licenciamento de softwa-re tem sido uma prioridade assumida por João Tavares, dire-tor-geral da GTI. Foi neste contexto que surgiu o serviçoClick&Software, uma plataforma de venda online a partir daqual os parceiros (revendedores) poderão comprar soluçõesde software para os seus clientes e proceder de imediato aoseu download, mantendo todos os níveis de garantia e suportepor parte da GTI e do fabricante. «Temos como objetivo apoiaras empresas com novas soluções financeiras, bem como atra-vés de um calendário mais regular de ações de formação como objetivo de reforçar o conhecimento e a qualificação de qua-dros técnicos dos nossos clientes em especial das empresasque se encontram focadas no mercado de SMB», explicaJoão Tavares.

Como distribuidor de tecnologias de informação a GTISoftware & Networking Portugal tem no seu portefólio e nosparceiros os seus grandes trunfos de captação de oportunida-des, e que sobretudo resolvam problemáticas e desafios queos clientes finais enfrentem. «Com o crescimento que temossentido em termos de estabelecimento de parcerias e entradade novos clientes sentimos que estamos a liderar uma estraté-gia bastante frutífera», reconhece o diretor-geral da GTI.

Dependendo da área de mercado, a GTI dispõe de várias no-vidades tecnológicas para 2016. Na área corporate o portfoliode segurança está a ser melhorado através de soluções querespondam a necessidades de deteção, controle e mitigaçãode vulnerabilidades, bem como de controlos de bases normati-vas ISO, PCI, entre outras. Já na área de SMB o modelo cloudestá no centro de expansão, que passa por diversas soluçõesde produtividade, de segurança e de centro dedados.  Relativamente à área de retail os contratos com aEnergy System, Kazam, Zyxel y Edimax, bem como aOzone Gaming, abrem novas oportunidasdes para os parcei-ros nas áreas de mobilidade e redes.

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Fortalecer o compromisso com a gestão«Quantas mais funcionalidades cumpra o ERP com a solução standard, sem custos elevados de desenvolvimentos,mais fácil será para que esse ERP evolua e mude com a empresa e tecnologia», assume Gustavo Brito, managingdirector da IFS Ibérica.

Atento às áreas automóvel, de energia e de manufatura, este responsável diz que é entre elas que estão muitasoportunidades que não se podem ignorar. «Têm sistemas que cobrem as áreas de negócio e são sectores indus-triais com potencial de internacionalização, se não o fizeram já», identifica Gustavo Brito.

Durante 2016, este responsável diz que a palavra de ordem é conquistar terreno em Portugal e mais referências depeso para o seu escritório português, que abriu em Maio de 2015. «Queremos acelerar esta mudança e dar sequên-cia ao esforço que temos vindo a fazer a nível nacional e que nos valeu já a confiança de clientes como aBorgstena, Bial, Sogepoc, OLI, entre outros», avança Gustavo Brito.

Para que esta estrutura tenha sucesso, o managing director da IFS Ibérica estabeleceu uma parceria de negóciocom a StepAhead Consulting, para levar o ERP IFS por novos e profícuos caminhos. Novos parceiros são tam-bém bem-vindos à equação.

Para este ano são esperadas as novidades IFS Applications 9. «Estamos a trabalhar arduamente para apresentar uma solução inovadora, que contem-ple as principais tendências tecnológicas, e que esteja ainda mais focada no cliente», resume Gustavo Brito. As tecnologias que o IFS Labs está a investi-gar neste momento incluem dispositivos portáteis, Internet das Coisas (IoT), visualização 3D, reconhecimento de voz e a integração de informação públicanos sistemas de gestão. «Temos um produto único que nos diferencia de outros fornecedores/desenvolvedores devido ao investimento que realizamos emI&D para que a solução evolua e seja capaz de acompanhar todos os nossos clientes satisfazendo as suas necessidades, atuais e no futuro», reafirma oresponsável.

Através do IFS Applications, Gustavo Brito explica que o cliente pode integrar esses módulos nos sistemas existentes e mudar de forma confortável e se-gura. A suite IFS Applications, que já vai na versão 9.1, tem como principais características a personalização, versatilidade e o foco no cliente. «São estasas características que nos têm ajudado a crescer em mercados particularmente complexos, como o Português ou o Espanhol» acrescenta o responsável,que assume estar à espera de um 2016 «igualmente interessante e que traga mais novidades para consolidar a posição de mercado da IFS não só emnúmero de clientes, mas também no seu volume».

A cloud vai mudar?

Há quem fale que 2016 vaiser palco para o desen-volvimento de umanova fase da cloud.De acordo comum estudo recenteda IDC, que con-tou com a colabo-ração da Cisco, acloud não vai mudar. ACloud está a entrar numasegunda vaga de adoção.Nesta fase as empresas não se centram apenas na redução de custos,mas apoiam-se também na cloud como plataforma chave de cresci-mento e inovação. Assim, 54% dos inquiridos disseram esperar quea cloud os ajude a atribuir o orçamento de TI de uma forma mais es-tratégica nos próximos cinco anos e 53% acreditam que, devido à uti-lização da cloud, aumentarão as suas receitas. JoaquimFrancisco, partner da AMT Consulting, acredita que há um grandedesafio na adaptação ao paradigma cloud, onde a forma de entregaé diferente. «Em 2015 conseguimos realizar a entrega de três projetoscloud RH que possibilitaram entender essa diferença na entrega, e quefoi sem duvida desafiante», sustenta o responsável.No contexto de digital mesh, Daniel Cruz, territory manager da NetAppPortugal, admite que a crescente incorporação dos devices móveiscomo parte integrante da estratégia empresarial das companhias e oaumento da utilização de location based services vão permitir o lan-çamento de vários serviços, nomeadamente de uma nova experiência

de utilizador bastante mais rica.Uma parte considerável das organizações vai adotar uma estratégiade cloud, o que leva os analistas a prever uma canalização de inves-timento na ordem dos 25% para este tipo de projetos. O ERP na cloud,será um dos motivos deste investimento, principalmente no lado dasPMES, que segundo a Sage Portugal procuram «soluções de gestãointegradas mais completas». Embora a questão que permanece ésaber o que será mais atraente para as empresas a cloud completaou híbrida, a IDC Apurou no seu estudo IDC Tech Insights 2020, que38% das organizações já integra os serviços de cloud computing naestratégia de TI, e que apenas 17% das médias e grandes organizaçõesportuguesas já incorporaram o cloud na estratégia de negócio da or-ganização. Cerca de 11% das organizações inquiridas admitiram nãoter procedido à discussão destas tecnologias, enquanto um terço dosinquiridos revela que estes serviços têm sido discutidos informalmenteno interior das suas organizações. Até que consigam implementar a automatização, orquestração e nor-malização para disponibilizar capacidades self-service e funcionalidadesde IT-as-a-Service aos utilizadores finais através de um conjunto híbridode recursos, estas organizações não têm condições de alcançar a ma-turidade dos serviços cloud computing. «A transformação para umainfraestrutura híbrida permite tirar maior partido dos ativos existentesexistente, numa arquitetura orquestrada e automatizada, e maisadaptável às necessidades aplicacionais», sustenta Fernando RioMaior, pré sales consultant da Hewlett Packard Enterprise Portugal.Modelos à parte, Patrícia Fernandes, diretora de relações públicas,marketing central e comunicação da Microsoft Portugal, acredita nopotencial de crescimento da cloud. «As empresas procuram uma cons-tante redução dos custos e o necessário aumento da competitividadena operação – tudo vantagens que podem conseguir com o movimentopara a cloud», constata a responsável.

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A segurança nunca é demais

O tema da segurança assume um papel cada vez mais relevante emtermos da definição da estratégia para as TI. Os utilizadores atuaisvão-se adaptando às formas mais inteligentes de hardware móvel,pelo que trabalharão a partir de uma crescente variedade de aplicaçõesmóveis. Nesse sentido, dada a cada vez maior mobilidade e da utilizaçãode aplicações, a segurança terá que, necessariamente, ser tambémmais inteligente. As senhas de proteção são cada vez menos eficazespara enfrentar os hackers. Em seu lugar, há que desenvolver aplicaçõescada vez mais seguras, mais inteligentes, que sejam capazes de detetare responder a ameaças potenciais. Por exemplo, as novas aplicaçõesde mobile banking podem detetar se um dispositivo foi modificadopara funcionar com software não homologado pelo fabricante, desco-brindo as suas vulnerabilidades, como deixar desprotegidos os dadosdo cliente. «Estas novas aplicações serão capazes de detetar se umaparelho foi adulterado, identificando a violação e desencadeando au-tomaticamente mecanismos de segurança, como o bloqueio de acessoà conta», explica João Dessa, sales manager B2B Portugal a Toshiba.Por outro lado, os fabricantes e as empresas, também precisam devalorizar a importância do próprio hardware. Com muitas organizaçõesa mudar para a cloud e as preocupações com a segurança a ganharpeso na agenda dos decisores, as empresas têm razão em preocu-par-se em garantir que as soluções de cloud computing são segurase geradoras de confiança. João Paulo Fernandes, diretor-geral de Vendas e Marketing da NECPortugal, diz que as soluções de segurança (física e digital) irão verum forte incremento na sua adoção, por força das circunstâncias deinsegurança com que atualmente nos confrontamos na Europa. Damesma forma porque a proliferação da IoE, assim o exige. «Deixamde ser só computadores e telemóveis no centro da vigilância, passandoa entrar nesta equação também os eletrodomésticos, carros, entremuitos outros que se tornarão também eles alvos de ataques», identificafonte da Cleverty.Por sua vez, Elizabeth Alves, business development manager daExclusive Networks, não tem dúvidas de que a luta contínua na áreade cibersegurança ocupará uma parte importante dos orçamentos dasorganizações em matéria de segurança. «Pensamos que, anecessidade crescente na implementação de politicas de segurançae proteção dos dados será uma preocupação num número cada vezmaior de empresas, com vista a garantir a continuidade do seu negócio»,reafirma Rui Vicente da One Base.O pré sales consultant da Hewlett Packard Enterprise Portugal, re-conhece que organizações terão que apostar em proteger-se digital-mente, já que o leque de ameaças é cada vez maior e mais diversificado.Torna-se crucial ter um plano de gestão de risco completo que incluanão só aspetos relacionados com a segurança, proteção e privacidadede dados, mas que também garanta o funcionamento das empresasem caso de desastres. «O desafio prender-se-á em aconselhar as or-ganizações a evoluírem para uma arquitetura de segurança maiseficiente que permita detetar e responder a essas ameaças de formaeficaz», sugere Laurentina Gomes, Administradora da Listopsis.

Conduzir os negóciospara a mudançaContinuar a apoiar as empresas no seu caminho para atransformação digital e para a globalização dos seus ne-gócios, com soluções sustentáveis e com base nas tec-nologias mais recentes, auxiliando também na gestão damudança, são no entender da João Pinto e Sousa,chairman da Iten, objetivos estratégicos para 2016.

Para além dos fatores diferenciadores que caracterizamo seu negócio, quer ao nível da experiência, das parce-rias e da orientação da oferta, a Iten destaca a importân-cia da formação contínua de toda a organização, tantoem tecnologia como em diversas competências organi-zacionais, que, segundo João Pinto e Sousa fazem daIten «uma equipa ímpar».

Para corresponder ao mercado e fidelizar os clientes, aITEN tem prevista a melhoria da qualidade do serviço.«Vamos investir em novas soluções, mais customer-cen-tric, que ponham à disposição das empresas novos ser-viços mais adequados às suas necessidades, com basenas tecnologias da transformação digital», revela fonteda empresa. Neste contexto, João Pinto e Sousa diz queé imperativo perceber mais profundamente o negóciodos clientes e como tal, criar vários grupos multidiscipli-nares que integrem alguns dos clientes early adopters eopinion makers em vários segmentos de negócios paradiscutir o impacto de novas tendências e tecnologias,«construindo estratégias de atuação válidas e funda-mentadas».

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A flexibilidade da cloud

O NIODO, a marca dos serviços cloud da Knowledge Inside, está a evoluir de forma a acompa-nhar as principais tendências e expectativas das organizações. «Proximidade com os clientes, fle-xibilidade na oferta de cloud face às necessidades das organizações, todo o suporte incluído namensalidade cloud, disponibilidade do serviço e suporte rápido» são no entender de Daniel Oli-veira, CEO da Knowledge Inside, os grandes diferenciadores da proposta que levam ao mercado.

Na estratégia que vence, este responsável admite que não vale mexer, sob pena de comprometeros bons resultados. «A estratégia continua a ser a de acompanhar de uma forma muito próxima epessoal todo o negócio dos nossos clientes de forma a percebermos em conjunto, quais as suasnecessidades, quais os objetivos a atingir e qual a estratégia a seguir para atingir esses objetivos»,esclarece Daniel Oliveira.

A cloud continua a ser o satélite sob o qual gravita toda a estratégia e as novas peças desta galá-xia tecnologicamente produtiva. Durante 2016, o CEO da Knowledge Inside prevê aumentar as ca-pacidades de armazenamento de e-mail e dados na oferta base do NIODO Desktop, bem comodisponibilizar uma nova versão do NIODO Desktop. «Potenciaremos a utilização de clouds híbridase da solução NIODO Recover Cloud», sustenta o responsável.

NIODO DesktopAmbiente de trabalho remotoO seu computador em qualquer lugar

Saiba maisSaiba mais

Qualquer coisa as-a-Service

Os modelos as a service serão no entender de Isabel Reis, direto-ra-geral da EMC Portugal, um dos grandes motores de investimento.A opinião é partilhada por Luís Urmal Carrasqueira, diretor comerciale de Alianças, da SAP Portugal, que acredita que que a evoluçãoque concentrar-se-á primordialmente neste novo paradigma de con-sumo das TI, cuja afirmação é «cada vez maior e revela que a procuraé transversal a todos os mercados e segmentos». Os modelos XaaService vão também ganhar espaço face a sistemastradicionais de Managed Services. De acordo com Pedro Afonso,managing director na Novabase, as empresas a operar neste mercadovão ter que «reinventar muito rapidamente os seus modelos de negóciopara poderem continuar».

Qualidade: Um selo com valor acrescentado

Garantir a qualidade ao longo do ciclo de desenvolvimento do softwareterá de ser encarado como uma prioridade das organizações. Navisão da Cleverti, as aplicações de software estão cada vez mais ex-postas e a sua qualidade é «mais escrutinada pelos utilizadores, au-mentado o peso do custo da má qualidade».

Datacenter

As soluções de virtualização e armazenamento, embora presentesno mercado há vários anos, continuam a ser um desafio para muitasorganizações. Para 2016, Laurentina Gomes, Administradora daListopsis, acredita que, com as novas soluções de armazenamento,será possível às empresas evoluírem para cenários com custos deinvestimento associados muito inferiores o que irá incrementar avelocidade no acesso a dados, bem como uma redução de custosenergéticos.

A Virtualização tem despertado o interesse de muitos C-Level’s, queolham para esta alternativa como algo que pode mudar o paradigmada computação empresarial e que consequentemente permite per-ceber melhor a importância que os dados têm para o negócio. Deacordo com Miguel Luz Pinto, CEO da 2VG, o futuro das empresaspassa pela virtualização dos negócios e a curto prazo tornar-se-áum requisito para as empresas que queiram fazer frente às neces-sidades do dia a dia que optem por soluções que ajudem o seunegócio a passar de algo estático e com dificuldade de crescimento,para algo que se pode renovar diariamente, de ultrapassar formastradicionais de fazer negócio que tornam a internacionalização algocomplexo e moroso. «Reconhecida a capacidade da virtualizaçãoreduzir custos e proporcionar um maior desempenho de sistemasalém do desktop, os departamentos de TI estão prontos a acolheruma nova geração de tecnologia de virtualização», assinala o res-ponsável.

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O poder da tecnologia na primeira pessoa

As empresas preparam-se para receber internamentenovas tecnologias aplicacionais, até porque os conceitosde device mesh e de cloud assim o ditam. Digitalizar eautomatizar processos vão por isso ser tarefas prioritá-rias para os gestores. Mas e os custos e os investimen-tos em plataformas? Compensarão a eficiência? É nestecontexto que a Masterlink se posiciona para acrescen-tar valor ao investimento.

«A utilização de tecnologia Masterlink permite às empre-sas oferecer mais serviço com menor custo, digitali-zando e automatizando processos, assim como darautonomia aos utilizadores de negócio», assume Gui-lherme Machado, partner da Masterlink..

A estratégia é simples de entender pelos gestores, Gui-lherme Machado explica que estes apenas têm de inte-grar as TI nos seus processos de gestão, decisão eexecução com tempos de desenvolvimento compatíveiscom a sua atividade. «Por outras palavras, retiram as TIdo foco para se focarem no serviço», sustenta o respon-sável.

Num contexto de transformação digital, em que tecnolo-gicamente Guilherme Machado diz estar preparado paratodos os desafios, a Masterlink tem na manga novidadespara 2016. «serão conhecidas ao longo do ano e terãosempre o utilizador e sua eficiência em mente», sublinhao partner da empresa. 

Impressão 3DA tecnologia 3D está em constante inovação e, é expectável que, como desenvolvimento da tecnologia e da matéria-prima, os custos deexploração associados a esta tecnologia baixem, permitindo o cres-cimento da adoção deste tipo de soluções nas empresas.

MobilidadePoder aceder à informação e ter a possibilidade de atualizar essa in-formação a qualquer hora, em qualquer local e através de qualquerdispositivo é uma tendência que se irá generalizar, garante MariaAntónia, diretora-geral da Sage. A mobilidade, que já hoje é a pedra angular da evolução, registaráum crescimento significativo em múltiplos setores. Só por si, assegurarámuitas oportunidades de negócio com o consequente impacto positivoao nível das receitas. As aplicações empresariais ganham peso nummundo em que a mobilidade e flexibilidade de trabalho estão na ordemdo dia. Um estudo internacional mostra que a procura de serviços deaplicações empresariais está a superar a oferta e que, até 2017,deverá crescer a um ritmo cinco vezes superior à capacidade deoferta dos departamentos internos de TI. De acordo com João Dessa,sales manager B2B Portugal da Toshiba, esta área é «fortemente in-fluenciada pela chamada Geração Z, que nasceu e cresceu em convíviopermanente com smartphones, desenvolvendo uma capacidade inatapara a sua utilização e criando uma expectativa semelhante à facilidadeda sua utilização para efeitos empresariais e de negócio». A aposta,segundo este responsável passa assim pelo desenvolvimento de apli-cações mais inteligentes, auto-conscientes e seguras. Com os dispositivos móveis a proliferar, a Gartner prevê que as em-presas de TI terão cada vez mais de atender às necessidades dosutilizadores em diversos contextos e ambientes, focando-se na ex-periência do utilizador e não só nos dispositivos. «O posto de trabalhodigital do futuro é em qualquer lugar e proporcionar uma ótima ex-periência aos colaboradores, clientes e parceiros, em qualquer lugar,a qualquer momento e a partir de qualquer dispositivo, permitirá àsempresas melhorar a produtividade dos seus postos de trabalho» ar-gumenta o pré sales consultant da Hewlett Packard EnterprisePortugal.

Abram alas para o FogComputing…

É um novo paradigma tecnológico que permite construir

comunidades inteligentes conectadas de fora sustentável.

A tecnologia reduz a complexidade gerada pelas soluções

isoladas, instalando uma rede de nós no extremo da rede

– com capacidade de processamento de dados, análise

e segurança próxima dos sensores e objetos conectados

que estão nas ruas – conectando-os de forma inteligente

a uma plataforma de bac-end na cloud. A Cisco calcula

que, em 2020, cerca de 40% dos dados virão de sensores

e objetos inteligentes no extremo da rede.

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Estima-se que nos próximos anos haja mais

de 25 mil milhões de equipamentos móveis

em todo o mundo, a gerar dados sobre as

mais variadíssimas temáticas. A interligação

de pessoas, coisas e processos é um cenário

que promete ser o palco perfeito para muita

inovação, assim se desenvolvam os alicerces

de contexto e se cimentem os standards. Nesta

vertente, Pedro Afonso, managing director na

Novabase, diz que ainda está muito por cons-

truir, nomeadamente a definição de standards

tecnológicos que permitam a interoperabilidade

da tecnologia; conectividade, para permitir que

os vários agentes ligados estejam em contexto;

a segurança, surge como tema critico, por ra-

zões óbvias; a necessidade de desenvolver

software e serviços em real-time com menores

tempos de desenvolvimento, e com necessi-

dade de deliverable muito rápido; e sobretudo,

uma necessidade enorme de maior integração

ao nível das cadeias de valor do negócio, ou

mesmo entre empresas de sectores diferen-

tes.

De acordo com Filipe Pais, portugal sales

executive da OpenText, as empresas irão a

adotar a IoT devido ao seu impacto económico,

mas também porque identificam uma opor-

tunidade para melhorar a produtividade e ter

uma melhor análise interna. «A IoT irá causar

uma enorme disrupção para melhorar a au-

tomatização, integração e comunicação», sus-

tenta este responsável.

A sensorização de processos e a gestão dos

seus dados através de processos analíticos

de big data, com a introdução de sensores

que permitem medir e corrigir o desempenho

dos mais diversos processos e serviços que

utilizamos no dia-a-dia, como serviços de

transporte, distribuição de água, gestão de re-

síduos, transito, iluminação e produção agrí-

cola, entre outros, irá no entender do diretor-

geral de Vendas e Marketing da NEC Portugal

iniciar a sua curva de adoção generalizada,

dando início à implementação do novo conceito

de Cidades Inteligentes, começando por aque-

las onde a eficiência na utilização de recursos

e a sustentabilidade, esteja na primeira linha

das preocupações dos decisores locais.

Internet of Things (IoT)

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O big data

O crescente volume de informação que é produzida, utilizada e trans-mitida, abre espaço para novos paradigmas ao nível de big-data,analytics e machine-learning. «A informação é hoje não só de carátertextual, áudio e vídeo, mas também de caráter sensorial e contextual,tornando importante a analítica sobre essa mesma informação e acapacidade preditiva que hoje se torna possível por utilização deredes neuronais ou mecanismos de aprendizagem que permitamcompreender a envolvente de uma forma automática», identificaNuno Guerra, CEO da Create IT. Desta forma, torna-se também pos-sível a disponibilização de novas formas de interação com recursoa agentes inteligentes que se tornam, em si mesmos, a interfacepreferencial dos utilizadores no seu contacto com os serviços quelhe são disponibilizados. «A necessidade de um maior controlo sobreos vários ecossistemas das organizações levará a que as mesmasrecorram a projetos capazes de dar visibilidade aos seus indicadoreschave, a par com ferramentas colaborativas, de mobilidade e mul-ti-device, mantendo a tendência», refere Rui Reis, diretor da RumosServiços.As empresas continuarão a investir em big data para fazer face aodesafio da recolha massiva de informação e análise de dados, umatendência que Paulo Pereira, diretor técnico da Mind Source, dizque permitirá «melhorar a experiência do cliente agilizando os processosjá existentes, definir um target de marketing mais segmentado ereduzir custos».

Uma fórmula feita de estratégia com talento

Paulo Pereira, diretor técnico da Mind Source, assumeque claramente o talento é um dos seus maiores diferen-ciadores. Talentos com um elevado conhecimento técnicoaliado a um ótimo know-how de negócio que tem permitidoà Mind Source posicionar-se e especializar-se em áreas-chave (Negócio, Banca, Telecomunicações e Utilities).Paulo Pereira admite que a manutenção deste conheci-mento dentro da empresa apenas tem sido possível peloinvestimento crescente da área de Talent Management.

«A Gestão de Talento é também uma tendência que setem vindo a verificar e a intensificar no mercado e que aMind Source incorporou na sua linha de serviços por formaa endereçar a necessidade de atração, retenção e motiva-ção de Talento dentro das empresas», esclarece o diretortécnico.

No outro lada da moeda, Paulo Pereira destaca também arelevância do desenvolvimento de projetos internacionais,que tem permitido trazer outra experiência ao mercado na-cional na forma como a Mind Source aborda as temáticase propõe soluções.

Atenta às principais transformações tecnológicas que sur-gem no mercado, para o próximo ano a Mind Source defi-niu uma estratégia assente em três vetores principais. Umprimeiro vetor onde suporta todas as atividades core dasempresas e dá resposta às principais necessidades dosclientes nas áreas de Legacy, Development, Infraestruturas& Segurança e Process Improvement. No segundo vetor haverá um enfoque na vertente da infor-mação, quer a nível de análise quer numa abordagem es-truturada entre business intelligence, CRM, commercialperformance e gamification (muito vocacionado para áreasde Vendas e Marketing). Por último, no terceiro vetor, Paulo Pereira considera umaboa aposta a abordagem estruturada a todo o processo degestão. De acordo com o responsável, estas linhas deação permitirão, de forma holística, «dar resposta aos de-safios que as empresas irão enfrentar em 2016».

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80% dos dados produzidos diariamente,através de texto, vídeo, imagens, postsnas redes sociais, sensores, são não es-truturados e na maior parte das vezesestão ocultos e desaproveitados pelos at-uais sistemas de informação. Um dosgrandes desafios que marcará os próxi-mos anos será sem dúvida conseguir ex-trair conhecimento e valor desteaglomerado de dados não estruturados.Neste ponto, Ricardo Martinho, diretor deEnterprise Sales Unit da IBM Portugal, de-fende que isso só será possível se as or-ganizações adotarem sistemasinteligentes e cognitivos que permitam asorganizações tomarem decisões infor-

madas sobre clientes, processos e es-tratégia. «Apostar na antecipação atravésdo acesso aos diferentes padrões decomportamento do indivíduo, transfor-mando também os hábitos de consumodo próprio cliente, é cada vez mais imper-ativo», sustenta Ricardo Martinho.As empresas em Portugal que queiramvencer numa economia global têm clara-mente de adotar sistemas business intel-ligence. Para José Oliveira, CEO da Bi4all,estas soluções são determinante nagestão e definição de estratégias fu-turas.« O crescimento que se registou nestaárea em 2015, vai continuar certamente nopróximo ano» sustenta o responsável.

Está área será fundamental para amáquina transformadora de como o con-sumidor experiencia a sua vida, de comoas organizações podem melhorar a suacomunicação interna, aumentar a produ-tividade dos seus colaboradores e melho-rar os seus produtos e serviços. Pelomenos é assim que Sónia Jerónimo, CEOda Growin, prevê.«A integração total com as soluções degestão como a única fonte de comando econtrolo de todas as decisões estratégi-cas será um dos fatores de sucesso doERP e um requisito do mercado», acres-centa Maria Antónia, diretora-geral daSage..

Do BI à analítica e aos Sistemas cognitivos

O Social

O Social Media ou redes sociais têm mais seguidores que muitos países

têm população. O Facebook tem mil milhões de subscritores, o Instagram

tem 400 milhões de utilizadores ativos e os mais de 300 milhões de subs-

critores do Twitter colocam 500 milhões de tweets por dia. O Social Media

é o novo fórum de marketing. «As oportunidades das empresas estão

aqui, pois é aqui que estão os seus clientes. Em 2016, o engagement nas

redes sociais já não é opcional, mas sim um requisito, uma necessidade»,

alerta Filipe Pais, Portugal sales executive da OpenText.

O cliente no centrodo negócioO cliente mudou e está mais perspicaz eexigente do que nunca. Na transformaçãodigital há lugar para os projetos que reve-jam os modelos de negócio e de fideliza-ção dos clientes, um cenário que segundoPedro Afonso da Novabase vai «trazerconsigo o desenvolvimento e implementa-ção de aplicações, serviços e infraestrutu-ras a uma escala diferente».Também Miguel Faria Monteiro, directorof Consulting Services, CGI Portugal,acredita que 2016 acentuará com cer-teza a tendência imposta pelo mercado,essencialmente no que diz respeito a alte-ração continuada dos padrões de relacio-namento e de consumo dos clientes,possibilitada pelo advento digital. A cons-

tante adequação das estratégias de go-to-market, de alinhamento dos diversoscanais de comunicação e da procura demodelos de engagement, aquisição e re-tenção eficientes serão por isso determi-nantes. «A crescente expectativa declientes mais informados, exigentes esem barreiras à rápida mudança de forne-cedor, a acentuada pressão regulamentar eorçamental e a ciber-segurança constitui-rão, a par da transformação digital, são osdesafios mais importantes que se colocamàs organizações para este ano», assinala oresponsável.Na opinião de Filipe Pais, Portugal salesexecutive da OpenText, 2016 será o ano daconsolidação das várias iniciativas que têmvindo a ser feitas em prol de uma estratégiaglobal e transversal, de transformação digi-tal dos processos organizacionais, por

exemplo na adoção de modelos B2B2C.«Com o crescimento do online, e o acessodemocratizado à informação e serviços, osmodelos de aquisição de bens e o compor-tamento dos consumidores tem vindo a al-terar-se drasticamente nos últimos anos eas empresas têm que se adaptar a estanova realidade ou correm o risco de desa-parecer», sustenta o responsável.

É por isso que a experiência do cliente é umgrande foco e tem de ser uma prioridade.Carlos Coutinho Silva, CEO da Cleverti dizque esta experiência deverá ser contínuaao longo de vários canais e ambientes,acompanhando a mobilidade do utilizador.«Na era do cliente hiperconectado, sairão àfrente aqueles que incluírem estratégias di-gitais em todas as partes do negócio», sus-tenta João Tavares, diretor-geral da GTI

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Call center: Mais perto do cliente

Os Contact Centers por exemplo, têm um papel decisivo para capturar,

gerir e responder a uma quantidade infindável de interações que vão

chegar de vários pontos de origem, seja de milhões de smartphones, com-

putadores, televisões, eletrodomésticos, veículos, edifícios, cidades, etc.

As infraestruturas dos contact centers vão ter que se adaptar, estar

preparadas e dotadas de uma capacidade de armazenamento de

grandes volumes de informação, além de terem que ser hábeis o

bastante para processar, analisar e selecionar apenas os dados relevantes

Onde pára o talento?

Para 2016, as empresas do sector das Tecnologias de Informação terão que inovar nos seus processos de aquisição de talentotendo em conta a actual escassez de talentos em Portugal. De acordo com Carlos Correia, CEO Affinity, as empresas terão quereforçar ainda mais a sua aposta na formação. «É fundamental que os nossos governantes criem políticas que incentivem a apostana formação técnica e superior, de novos e mais profissionais», sugere o responsável. Carlos Correia admite que nos últimos mesesnotou-se uma nova vaga migratória de profissionais de IT com vontade de viver em Portugal, e em especial profissionais oriundosdo Brasil, ou simplesmente com vontade de regressar ao país. Em 2016, o CEO da Cleverti diz ser expectável um aumento da contratação de profissionais de TI, colocando alguns desafios àsempresas do setor, tais como um nível muito elevado de procura de profissionais nesta área, uma maior escassez de recursoshumanos e como consequência alguns desequilíbrios a nível salarial. «A exigência de recursos humanos mais técnicos, e sendoestes mais escassos, vai exigir um maior esforço de investimento para os players do setor das TI conseguirem criar e manterequipas coesas e fortemente capazes de fazer crescer as suas organizações», explica este responsável.

entre milhares de informações disponíveis. Mas isso não poderá se

fazer sozinho. Fernando Oliveira, Portugal unit manager da Transcom,

explica que será necessário contar com aliados altamente qualificados

com os quais se integre estreitamente em âmbitos de armazenamento,

de big data, de CRM e de business intelligence. De acordo com este

responsável os rincipais desafios para este ano são: Integração de

sistemas; Big Data/Data Mining/ Data Warehouse; CRM e Business

Intelligence.

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Controlar e gerir melhor os assets tecnológicos enquanto sereduz a estrutura afeta à empresa será o caminho para umamaior eficiência de custos. «Soluções como o outsourcing permi-tem exatamente isto», assume Eduardo Vieitas, CEO da IT People.A transformação digital traz consigo também um grande desafioàs empresas de outsourcing, pois, a rapidez dos acontecimentos,obriga a um conjunto de skills e competências, como Data Scien-tists, Cloud experts, Digital Architets, Social Media Managers,entre outros. Por isso, a capacidade de formar, treinar e adaptaras competências dos colaboradores a esta nova realidade seráindiscutivelmente um fator decisivo. Na verdade, Sónia Jerónimo,CEO da Growin, diz que os clientes, vão procurar um «verdadeiroparceiro tecnológico quando recorrerem a estes serviços».Recentes estudos realizados a nível europeu (2015, Grant Thorn-ton) revelam cada vez maior importância do outsourcing comoferramenta estratégica ao serviços de várias indústrias, funda-mentalmente porque, permitem melhoria da eficiência dos proje-tos de TI ( 57%), a redução de custos ( 55%), um melhor acesso a

expertise técnico em tempo-real e acesso a talentos. «O grandedesafio das consultoras de TI e Outsourcing será o acesso rápidoa competências, formando, treinando e transformando os seusconsultores em Data Scientists, Social Media experts, Mobile Ar-chitets, Cloud &security experts, entre outras tecnologias, comoCloudera ou Hadoop», explica Sónia Jerónimo.

Outsourcing

Exportar a prata da casa2016 trará ainda grandes desafios ao nível de projetos nearshore. Os centros de competências continuam a dar que falar em Portu-guês, em particular ao nível de Nearshoring. Rui Reis, diretor da Rumos Serviços, acredita que esta área continuará a atrair investi-mento e a marcar pontos nas receitas. Também Carlos Correia, CEO da Affinity dá conta deste facto. «A crise nacional e internacionaldos últimos anos acelerou sem dúvida a projeção das empresas nacionais de forma global para fora do país, mas a excelente infraes-trutura tecnológica nacional também foi determinante» diz este responsável, prevendo um crescimento forte na área de serviços de

Nearshoring, com novos centros de competência, em 2016.

A influência da geração Z é crescente ao nível das técnicas de trabalho e,consequentemente, das tecnologias que dão suporte ao desenvolvimento donegócio. Se o ambiente no escritório tradicional pouco deverá mudar, omesmo não se pode dizer das tendências para o trabalho móvel. Por exem-plo, se hoje podemos participar numa reunião e discretamente estar a leruma notificação recebida por e-mail, na sequência de um alerta recebido notelemóvel ou relógio inteligente, no futuro poderemos também responder àssolicitações sem perturbar o desenrolar da reunião. Também aqui a questãoda segurança assume importância crescente. É uma área que conhecerágrande desenvolvimento em 2016. Por exemplo, no domínio da saúde, osmédicos poderão monitorizar a saúde de uma mulher grávida em temporeal, sem que ela necessite de se deslocar ao consultório: dispositivos portá-teis permitirão rastrear e enviar dados e sinais vitais da paciente para aná-lise imediata e contínua pelo seu médico assistente. O que leva à evoluçãopara a Realidade Virtual. No mundo dos negócios, numa reunião deixará deser necessária a presença física de alguns dos participantes, sendo substi-tuído pela sua imagem interativa – eles participarão ativamente, mas semestarem efetivamente presentes.A utilização eficiente de interfaces para a Realidade Virtual e Aumentadaserá um desafio para todas as organizações em 2016. De acordo com o CEOda IT People Inovation, as experiências em dispositivos mobile ou óculos de-verão ser criadas sempre a partir do ponto de vista do utilizador e não datecnologia, o que trará ainda mais desafios acrescidos.

Wearables e a realidade virtual