não tiver dinheiro não tem saúde. eu não penso assi m ... · gente vai naquele lá em baixo na...

16
128 não tiver dinheiro não tem saúde. Eu não penso assim. Porque se tu não tiver saúde tu não tem um emprego. Se tu não tiver um emprego como é que tu vai ter dinheiro? Né, se eu não tiver saúde eu não posso cuidar dos meus filhos. Eu penso assim. e) Eu não vejo nenhum, só vejo essa questão do serviço no posto que não é prestado de acordo com a comunidade. Entrevista Pérola Beatriz Vergas Dias – Cooperativada Ceval – 23 anos 1. Com a professora Jára é que a organização que a gente tinha, a princípio a gente não tinha casa, moradia, né, daí a gente tinha mais ajuda assim, sabe. A gente acho que vivia melhor, porque todo mundo ajudava a gente. Depois que veio esse programa das casinha pela prefeitura e tal, que parece que a gente se elevo um pouco, aparentemente, acabaram-se essas coisas assim, né, essas... Como é que gente vai falar...? Era uma forma de assistencialismo que tinha, né. Agora até não tem mais, não é que nem antes. As pessoas, como é que eu vou dizer, assim..., melhorou, melhorou um pouco porque depois que a gente começou cada um a ter a sua casa, porque a gente morava em barraca. Depois que a gente passou pra casa melhorou, assim..., o padrão de vida, sabe. Acho que até por isso que acabou essas coisas. Eu acho que a comunidade conseguiu se manter organizada, a gente tem um centro até, que antes a gente usava pra fazer tipo umas festa pra reunir assim o pessoal dali; o Centro Comunitário. Agora a gente emprestou pro CRAS que aí cuida das criança, ajuda algumas pessoas ali que estão carente. Como é que eu vou te dizer o que é o CRAS, eu não sei dize ao certo, eu só sei que é que nem o MAPEL 24 , ali. Tem a assistente social que ajuda as pessoas ali da vila e tem tipo um projeto pras crianças que dá aula de manhã e de tarde no turno inverso da escola. Acho que a comunidade não está tão organizada como no tempo da Católica. 2. Não. Acho que não. Unida depende do ponto de vista, né. Mas agora, trabalhar pelos mesmos interesses eu acho que vai de muito de encontro porque cada um pensa uma coisa, né. A gente tem um presidente, lá na vila, tem a vice, a D. Cica que vai sempre ser a 24 Fundação Movimento Assistencial de Pelotas – MAPEL

Upload: others

Post on 16-Sep-2019

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

128

não tiver dinheiro não tem saúde. Eu não penso assim. Porque se tu não tiver saúde tu não

tem um emprego. Se tu não tiver um emprego como é que tu vai ter dinheiro? Né, se eu

não tiver saúde eu não posso cuidar dos meus filhos. Eu penso assim. e) Eu não vejo

nenhum, só vejo essa questão do serviço no posto que não é prestado de acordo com a

comunidade.

Entrevista Pérola Beatriz Vergas Dias – Cooperativada Ceval – 23 anos

1. Com a professora Jára é que a organização que a gente tinha, a princípio a

gente não tinha casa, moradia, né, daí a gente tinha mais ajuda assim, sabe. A gente acho

que vivia melhor, porque todo mundo ajudava a gente. Depois que veio esse programa das

casinha pela prefeitura e tal, que parece que a gente se elevo um pouco, aparentemente,

acabaram-se essas coisas assim, né, essas... Como é que gente vai falar...? Era uma forma

de assistencialismo que tinha, né. Agora até não tem mais, não é que nem antes. As

pessoas, como é que eu vou dizer, assim..., melhorou, melhorou um pouco porque depois

que a gente começou cada um a ter a sua casa, porque a gente morava em barraca. Depois

que a gente passou pra casa melhorou, assim..., o padrão de vida, sabe. Acho que até por

isso que acabou essas coisas. Eu acho que a comunidade conseguiu se manter organizada, a

gente tem um centro até, que antes a gente usava pra fazer tipo umas festa pra reunir assim

o pessoal dali; o Centro Comunitário. Agora a gente emprestou pro CRAS que aí cuida das

criança, ajuda algumas pessoas ali que estão carente. Como é que eu vou te dizer o que é o

CRAS, eu não sei dize ao certo, eu só sei que é que nem o MAPEL24, ali. Tem a assistente

social que ajuda as pessoas ali da vila e tem tipo um projeto pras crianças que dá aula de

manhã e de tarde no turno inverso da escola. Acho que a comunidade não está tão

organizada como no tempo da Católica.

2. Não. Acho que não. Unida depende do ponto de vista, né. Mas agora, trabalhar

pelos mesmos interesses eu acho que vai de muito de encontro porque cada um pensa uma

coisa, né. A gente tem um presidente, lá na vila, tem a vice, a D. Cica que vai sempre ser a

24 Fundação Movimento Assistencial de Pelotas – MAPEL

129

nossa líder como a gente diz, né. Sempre que tem alguma coisa mais importante é com eles

assim. Sempre foi, né.

3. Não, agora tem. b) Foi através desses programa do governo que decidiram faze

uma associação lá no Ceval. Tem o presidente tem esse conselho, né, que administra e

agora nesses últimos momentos a gente não tem usado muito, tá sendo mais usado pelo

CRAS. O conselho é da comunidade. Não tem ninguém de fora. c) Não faço parte, daí eu

não sei como é que tá agora, mas a principio eu sei que o presidente é o seu Padilha e a

vice era a tia Cica. E agora eu não sei.

4. Demorou um pouquinho, mas tamo aí. b) No início foi meio difícil, a gente

tinha feito uma seleção pra ver quem queria trabalhar, as pessoas não acreditavam e aí

demoro, demoro, até que um dia enfim a gente conseguiu oficializar tudo e por no papel,

né. Mas foi difícil assim, tinha bastante, como é que eu vou dizer..., não sei o termo certo,

assim, parece que não queriam, sabe, que a cooperativa funcionasse de verdade. Não por

parte da gente que queria trabalhar, né. Mais essas coisa legal assim que tem que te, sabe.

A burocracia sempre ficava pegando alguma coisa, sabe. E a gente não tinha nem verba,

porque tudo envolve verba e coisa. Mas depois foi tranquilo. Agora ta bem bom, pena que

já acabando o nosso convênio25 com o SANEP, né. São 22 pessoas que trabalham aqui, são

quase oitenta pessoas que tiram sustento daqui. E agora vai acabar o convênio, né. Eu não

como é que vai ficar, mas tá tranquilo. Nós temos um projeto de prédio lá na Ceval, num

espaço lá, atrás do cano,26 até. Só que ainda não... era pra julho agora, tinha uma planta,

um programa aí da caixa, que não o que, que ia financia lá e no fim... Não saiu ainda. Já

era prá ter começado a obra. O pessoal pega junto nessa luta? Com certeza.

5. Eu acho que o principal que teve foi as casa, né, porque essa era a maior

dificuldade que se tinha, deus que se foi pra lá. Eu acho que assim, atribuem a todo mundo

porque tava todo mundo junto, né, quando tinha que se ir lá prá prefeitura pra pedir, até

25 O convênio com SANEP, que mantém a bolsa auxílio para Cooperativa, foi renovado por mais um ano, em agosto de 2011, válido até outubro de 2012. 26 Chaminé das caldeiras da antiga Fábrica Ceval.

130

que..., foi uma luta bem grande assim, mas tava todo mundo junto. Assim, não tem uma

pessoa especial, né.

6. Igualmente.

7. a) Era bom, médio assim. Não tinha muito stress. Eram relações normais. b)

Ah, no início..., é que as nossas crianças cresceram, né. Agora a gente tem bastante

problema com as crianças. Com aquelas nossas antigas crianças, que antes eles eram as

nossas crianças, agora eles tão grandes, tão naquela fase de droga, de... Tudo vem agora,

né. É difícil, a gente não tem um controle, sabe. E eles tão numa fase ruim, assim. Não

digo droga,mas eles tão naquela fase de incomodar, sabe. De depredação, essas coisas

assim eu guri faz, né. A gente tem problema nessa área aí. comparado ao todo é uma

minoria. c) Entre os irmão tem aquela união, né. Eu particularmente não tenho irmão, mas

algumas pessoas lá são como se fossem meus irmãos, né. Sim, é tranquilo. d) Ali na Ceval

a gente tem isso, que a maioria ali todo mundo parente, então é bem tranquilo assim,

porque... e) É tranquilo. Aparentemente sim. Sempre tem aquelas picuinhas, né. É normal,

é vila, né. Um lugar pequeno, com muita gente concentrada, mas assim... acho que é

tranquilo, não tem muito “diz que disse”.

8. Sempre, prá reivindicar também bastante. Sempre que tem alguma coisa ruim,

que nem agora a obra das casinhas que ta parada, né. Foi depredada a nossa obra, lá.

Provavelmente por aqueles jovens. b) É assim, como é que eu vou lhe dizer. Eu

particularmente não faço parte da dessas discussão e no momento não sei nem se ta

acontecendo, mais quando... É que o seu Padilha é o presidente aí vai a dona vizinha lá,

olha seu Padilha ta acontecendo isso, isso e isso, aí vai outra..., mas não tem assim uma...,

sabe, ah, vamo faze uma reunião hoje, pra nós decidir o futuro da vila, sei lá... Mas a

comunidade solicita ao seu Padilha, com certeza. c) As vezes não. quando eles é coisa que

não é importante pra eles, daí eles não dão bola. Não vem, demoram. Tem que ficar

incomodando, enchendo o saco pra eles virem. d) Não.

131

9. É, eu acho que sim. Deveria saber, mas não sei. Eu faço parte de um

movimento social, mas eu não sei. b) Alguns. Depende. Nós ali na Ceval, infelizmente a

gente ficou taxado como petista, né, a maioria. Daí paga os justo pagam pelos pecador. Eu

sou bem dizer anti política, né. Se eu disser que eu não vou fazer política eu não vou fazer.

Que nem no movimento, agente não faz política. Aí tu chega num lugar que não é PT e aí

as pessoas: ah! Não essa aí é do PT, sabe. Porque tu mora ali. Ficou taxada agora. Mas é

assim.

10. Ah, a educação é meio ruim, assim. Porque a gente tem um número bem

grande de criança. A gente tinha assim em pensado, já faz tempo já que o seu Padilha

conversa com a gente em ter uma escola ali, uma creche, sei lá, que beneficiasse. Porque

cada estuda num lugar assim..., e até meio longe, fica meio ruim, né, e os pai trabalham... É

inviável as vez, mais... b) A comunidade não tem uma escola lá dentro, por isso que fica

ruim. c) Depende, né. Eu me vejo como educadora popular, né. Devido ao movimento e lá

agente tem um grupo grande que faz parte do movimento. É o movimento dos

trabalhadores desempregado, né. Que agora a gente não é mais desempregado, mas ainda

faz parte do movimento. A gente como militante a gente já é educador popular, mas as

outras pessoas não conseguem ver isso. Na Ceval tem cerca de quinze pessoas no

movimento.

11. As vezes eu me sinto limitada na minha liberdade. Porque nem sempre o que

parece ser liberdade é liberdade, né. As vez tu qué fala alguma coisa e tu não pode e aí tu

acha..., que nem aqui agora, vai sabe, eu to falando tudo que vem na minha cabeça e que eu

quero fala, e quando vê eu não deveria fala, né. Mas hoje eu me sinto livre. b) Com

certeza. Sim, né, porque... Como é que eu vou lhe dizer. Faz quatro, cinco anos que eu luto

por isso, né. Liberdade de expressão prá se manifesta. É importante. A gente não deve ficar

preso, direcionado a uma coisa só, né. Ah, tu tem que faze isso e isso e isso porque o seu

fulana quer que a gente faça isso e isso. Não existe isso, no meu ponto de vista, né. c)

Liberdade é tu poder fazer o que tu que, porque , ah, se tu anda sem ropa, ah! Eu não vejo

mal nisso, né. É uma forma de liberdade minha. Se eu disse que hoje eu vou andar sem

132

blusa, hoje eu vou andar sem blusa. Eu não sei, acho que é isso, cada um fala o que qué,

fala o que pensa. Se vesti como qué, come o qué, né.

12. Acho que faz muito tempo que isso não acontece. Até o seu Padilha como

presidente de lá e daqui da cooperativa tá mais socado aqui agora, né. E como a gente

entregou a associação pro CRAS, então não tem muita decisão a se tomar, então a gente tá

mais focado no trabalho mesmo. O CRAS é que usa daí na maioria das coisas é com ele.

Mas continua tendo um presidente que é da comunidade.

13. Sim, existe é bem precário. A gente tem um problema enorme com isso,

porque a gente mora na Ceval, aí só tem um posto no Simões, né, que o que a gente se usa,

né. Mais não é sempre que a gente pode usa. Eles dizem que a gente é fora de área, aí a

gente vai naquele lá em baixo na puericultura também não pode usar porque a gente não

mora lá em baixo.a gente não tem, né. Aí a gente tem que ir no pronto socorro. Aí tu vai no

pronto socorro com uma gripe e vem com uma pontada, né. É bem com isso a questão da

saúde. A gente tem um monte de criança e agora com esse frio pior ainda, né. b) Existe,

mas é mínima sim, porque tem bastante gente ali que é reciclador, trabalha nisso, né, nesse

serviço de catar e... O pessoal não é muito, não tá muito ligado nessas coisa de meio

ambiente, ecologia, essas coisa. c) Existe, mas é a minoria, que nem essa coisa da

liberdade, né. É a minoria que pensa: ah, não vou botar o lixo ali porque..., não vou

queimar o lixo enche um cano, cheio de lixo! E o lixeiro entra lá, né. d) Bem estar. Tu vivê

bem eu acho, né. Te alimenta bem, né. Uma série de coisas influencia na saúde: o teu

trabalhar influencia na tua saúde, o teu dormir bem, tu te aonde dormir bem. Tu come bem.

Eu acho que é isso saúde. e) Agora com esse frio, mais é criança doente. Aí é bronquite, é

gripe. Eu acho que mais ou menos isso. Tem algumas pessoas doente assim, mas é assim,

casos isolados. Não tem assim uma coisa que é generalizada na vila, sabe. Tem alguns

hipertensos, alguns diabéticos, mas isso é comum, eu acho, né. algumas pessoas. Não é

geral, não é todo mundo. Mas tem um grande número de pessoas que tão doente, assim,

cada uma com uma doença diferente.

133

Entrevista com Karen Helena Vergas Ferreira – Dona de Casa – 19 anos

1. Era malhor porque quando a gente precisava das coisa ela conseguia, era tudo

organizado assim quando a gente precisava de alguma coisa, no caso de fazer atividade,

eles faziam um monte de coisa aqui pra gente. Aí depois quando ela foi embora ficou cada

um por si, porque ela ajudava a gente aqui. Sem a Católica ficou mais difícil, porque ela

ajudava bastante a gente. Era tudo organizadinho, a gente ganha..., ajudava a gente com

doação, as coisa e era mais fácil, depois ficou cada um por si, né. Não tinha ninguém.

2. Depende, só quem continuou nos ajudando assim, que ficou lutando junto com

a gente, que ajudava a organizar alguma coisa era a D. Cica porque o resto assim ficou a

mesma coisa. No geral até pode dizer que ela conseguiu trabalhar por si. Mas não ficou

como era. A coisa andou.

3. A gente tem a associação ali. b)Ah, quem conseguiu trazer a associação foi a

D. cica, o seu Padilha também ajudou, mas também agora também não funciona muito

como funcionava antes, quando começou. Mas quem conseguiu trazer foi ela, ajudou a

gente. Que eles caminharam, né, no caso o seu Padilha e a D. Cica ajudaram a gente.

Trouxeram. No começo a gente tinha ali... se cadastremo fizeram uma coisa tipo da

comunidade toda, mas agora não... c) Não, porque não tem quem pegue.

4. Ah, sim. A gente tem a cooperativa agora,depois de bastante tempo, né. b)

quem conseguiu foi eles que correram. Era a D. Cica e o seu Padilha. Tavam até com um

projeto agora prá fazer aqui, ali do lado do centro, onde é a nossa associação comunitária.

Não fizeram ainda, né. Mas tem a cooperativa. Eles tão trabalhando. Conseguiram trazer a

cooperativa de reciclagem pro pessoal daqui trabalhar. Eles tão indo, tão trabalhando, a

maioria são mulher, né. são moradoras tudo daqui, que vieram prá cá. Uma base de umas

vinte pessoas, eu acho, trabalhando. Tá indo.

134

5. A gente conseguiu as casas, que não tinha. A gente ficou um tempão aqui

sem... nas barracas com chuva e tudo. Luz que a gente não tinha, era tudo no escuro, agora

a gente conseguiu, desse tempo prá cá. Acho que foi as moradias que a gente não tinha, né.

Foi as casa eu acho.

6. De forma igual entre todos.

7. a) Antes era melhor porque não era tanta briga, tanta coisa assim, agora é mais

briga,já não tem muita..., a maioria que tava junta tão se separando. Porque antes a gente

tinha bastante assistência, no caso tu tinha um problema tu conversava, no caso assim, tu

tinha um problema tu tinha a quem recorrer, no caso. E agora não tem mais... agora é

normal mas só que antes era melhor. Tinha assistência pra conversar, no caso assim, se

tinha algum problema a gente tinha a quem recorrer, no caso, se explicar, resolver, agora

não. b) Continua normal. c) coisa de irmão, só tinha uma briguinha lá de vez em quando,

mas era normal. d) antes era melhor com a Católica. e) Normal. Era melhor tudo antes.

8. Procura. b) Não. c) A gente chama e vem, depende né... Quando a gente chama

sempre vem. d) Não.

9. De certa forma sim, né, eu acho. No caso a gente tem algum problema a gente

ta lutando pelo nossos direitos da gente, né. Eu acho que sim. b) Quando é época de eleição

sim, né, do contrário não. Aí eles colocam até tapete prá gente passa em cima mas depois é

difícil. Ah, é difícil.

10. Ah, não sei porque... Pode ser melhor, porque aqui mesmo tem a maioria do

pessoal que não sabe lê nem escrevê, mas tem aula ali, mas tem a professora, mas tem

muita gente e o lugar, o espaço é pequeno, então tem que dá aula prá todo mundo junto.

Tem gente que já ta em séries avançadas e o pessoal não terminou e aí tem que dá aula pra

todo mundo junto. Poderia ser melhor se fosse um lugar maior. c) Eu acho que sim, porque

aí uns aprendem com os outros, né, eu acho que educa sim. d) Eu acho que sim porque de

135

repente a gente não sabe uma coisa que o outro vizinho sabe e aí a gente acaba trocando

idéia eu posso aprendê com ele e ele aprende comigo.

11. Me sinto livre. Não me sinto presa a nada. Eu me acho livre porque eu não

tenho nada me prendendo, no caso, eu faço o que eu quero a hora que eu quero, saio, eu

faço... eu me sinto livre. b) Eu acho. Porque todo mundo tem direito de ser livre, de ter as

suas opiniões, por isso eu acho que sim.

12. Não. Antes o pessoal se interessava, tinha quem puxasse. Agora tem muitas

pessoas acomodadas sabe, o que tá, tá bom, se tá acontecendo alguma coisa...Os outros que

fais. Quando tinha as gurias que vinham o grupo prá cá, elas as gurias da Católica, a tia

Cica vinham, puxavam, conversavam, discutiam sabe. Iam nas casa das pessoas, no caso,

eles faziam as pessoas tê interesse do assunto das coisa, mas agora tá todo mundo

descansado.

13. Agora ninguém dá bola, é cada um por si. b) Não, ninguém têm. c) No caso

tem pessoas que tem animais tem lixo no pátio. Aqui mesmo na frente do centro

comunitário, ali que botaram as lixeiras até prá separar o lixo, não, eles colocam tudo

junto, dentro do cano ali mesmo. Sendo que tem as coisa pra separar ali, pra colocar. Aqui

a gente não tem mesmo, no caso, pra tirar uma fixa... a gente era prá te um posto, faz

tempo que tá pra saí um posto, no caso, aí a gente vai sê atendida ali, eles atendem a gente

por caridade, porque eles dizem que a gente tinha que tê um posto aqui pra nós, então é...

Sendo que tem cinco, seis pessoas na fila e eles tiram três fixas pra área nossa aqui, a área

da Ceval pra sê consultado. Imagina, quando é um tempo que dá esse, crianças tudo

gripada ou alguma coisa assim é difícil. São cinco crianças, três são atendidas e as outras

tem que esperar. d) Acho que a gente tinha que te mais acesso, um posto, e coisa assim,

porque às vezes a gente tem que sair daqui pra ir direto lá no pronto socorro ou lá no posto

aqui. A gente tinha que te um posto pro pessoal daqui porque a gente vai nos lugar e eles

sempre diz que aqui a área, eles atendem a gente por caridade. A área daqui da Ceval tinha

que ter um posto aqui dentro e faz tempo que pra saí esse e não...

136

Entrevista com Michelle Oliveira da Silva – Dona de Casa – 24 anos

1. Bom. Foi, foi bom sim.

2. Sim, conseguiu sim.

3. Não. Agora sim. agora tem. b) Hum, não. c) É, é revezada sim.

4. Sim. b) Tá, tá boa a cooperativa. Eu vejo pelas gurias.

5. Não entendi direito. As casa. – Eu sô burra!

6. São partes iguais.

7. a) O meu não. No geral era. b) É, também. c) também d) São, são. Também. e) Sim.

8. Não.

9. Sim. Porque tem que se resolvida, né. b) Sim.

10. Não, é boa. c) Sim. Porque eu acho que é bom, né. Eu por mim é isso aí. d) Sim.

Porque os vizinho mesmo são meus parenti. São tudo de lá, são tudo primo.

11. Livre. Ah, porque eu posso fazer o que eu quero, né. b) Pela liberdade a gente tem que

lutar, porque assim tu pode trabalha, tu fazer o que tu qué, entendeu.

12. Não, entre todos.

13. É, tinha que se mais... b) Sim. d) É de tudo, cuidado. Cuidado que a gente tem que ter

com a vida, né. Procurando o médico. e) Esses barrero. Muito barro, muito mato, né.

137

Associação de Moradores

Cooperativadas operando a prensa

138

Panorâmica do volume de resíduo

Vista frontal da sede provisória da Cooperativa

139

Novas unidades habitacionais sendo construídas

140

141

142

143