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Ao completar 152 anos a cidade está no centro das atenções com a produção de bioenergia e precisa se preparar para o futuro painel Ano XI nº 159 junho/2008 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto 2008 anos Ao completar 152 anos a cidade está no centro das atenções com a produção de bioenergia e precisa se preparar para o futuro No olho do furacão No olho do furacão ALIMENTOS X BIOCOMBUSTÍVEIS A polêmica foi um dos principais temas da Agrishow. Autoridades garantem que há terras para produção de alimentos no Brasil. MEIO AMBIENTE Genésio de Paula e Silva assume a nova Secretaria do Meio Ambiente. ARQUITETURA Maior maquete do mundo da Terra Santa já pode ser visitada no Rio de Janeiro.

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Ao completar 152 anos a cidade está no centro das atençõescom a produção de bioenergia e precisa se preparar para o futuro

painelAno XI nº 159 junho/2008 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

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Ao completar 152 anos a cidade está no centro das atençõescom a produção de bioenergia e precisa se preparar para o futuro

No olho do furacãoNo olho do furacãoAlImEntos X bIocombustívEIsA polêmica foi um dos principais temas da Agrishow. Autoridades garantem que há terras para produção de alimentos no brasil.

mEIo AmbIEntEGenésio de Paula e silva assume a nova secretaria do meio Ambiente.

ARquItEtuRAmaior maquete do mundo da terra santa já pode ser visitada no Rio de Janeiro.

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60Editorial

Eng. CivilRoberto Maestrello

Crescer é um verbo utilizado em larga escala por governantes e empresários brasileiros. Os motivos vão desde a classificação do Brasil como grau de investimento até a crise no desabastecimento de alimentos. Neste cenário, ao Brasil resta conjugar o verbo com qualidade, sustentabilidade e responsabilidade.

Estas ações passam necessariamente por temas que expomos nesta edição da Painel. Ribeirão Preto, que a AEAARP viu crescer e ajudou a construir, o Plano Diretor, cuja revisão foi aprovada pela Câmara Municipal há mais de um ano, ainda tem temas importantes que não foram debatidos pela sociedade e não estão em prática. A lei complementar do mobiliário urbano, cujas determinações afetam vários setores da economia local, não saiu do papel. É um jogo de empurra absurdo, entre o Legislativo e o Executivo, como se ambos não tivessem responsabilidade direta sobre os rumos da cidade. Enquanto isso, a cidade padece sob a selvageria do mau uso do espaço urbano, além de oferecer um péssimo serviço aos seus usuários. Exemplos não faltam, aliás, infelizmente, abundam.

É sabido que as Leis Complementares ao Plano Diretor não são aquelas que nós, técnicos e os cidadãos conscientes e bem informados desejam, porém são extrato daquilo que foi possível no contexto daquele momento. Aprovadas, a toque de caixa e com muitos “buracos”, apesar de todos os esforços de entidades do porte da AEAARP, terem oferecido bons estudos e trabalhos, após exaustivos debates entre os seus membros e técnicos convidados. Resta-nos como entes conscientes e entendedores, engenheiros, arquitetos e urbanistas, a medir, após a prática do dia-a-dia, os acertos e os erros e após compilá-los, organizá-los e classificá-los, apresentarmos sugestões e novas soluções com medidas saneadoras, mitigadoras, bem organizadas e conscientes, daqui a três anos, quando poderemos, pela lei, propor modificações, no sentido de aperfeiçoar esta conquista. Este trabalho deve ser começado agora, capitaneado por nós técnicos da AEAARP e envolvendo todos os segmentos conscientes da sociedade organizada, sob pena de não o fazendo, termos os mesmos defeitos ou até piores, vistos anteriormente, ou seja, centenas de leis sendo aprovadas para emendar leis existentes atendendo a infinidades de conveniências particulares e de interesses do clientelismo político de alguns indivíduos que se consideram acima dos demais e da moralidade. Este é o trabalho desejado e urgente de todos nós, engenheiros e arquitetos, no sentido de atender as demandas legítimas da população, além de exercitar a verdadeira valorização profissional, com o conseqüente fortalecimento da nossa Associação, além de nossos Conselhos, Regional e Federal, e não de enfraquecê-los, dividindo-os, ao se criarem novos conselhos para tratar da mesma coisa. Devemos nos unir e nos fortalecer. Um ramo é quebrado facilmente, porém um feixe, dificilmente se partirá!

Além disso, no cotidiano, a inércia de ações do poder público acaba por possibilitar a ocupação ilegal de espaços públicos por entes privados, promovendo-se uma verdadeira favelização direta e às avessas. Áreas públicas, quer sejam verdes ou institucionais, deixadas ao descaso, não cumprindo a sua função social desejada, de norte a sul da cidade, são ocupadas não só por aqueles que não têm um teto para abrigar suas famílias, mas também por outros, que simplesmente se apropriam das mesmas e as exploram, auferindo lucros sobre um espaço que deveria estar sendo usufruído pela população.

Este cenário de letargia influencia na conjugação do verbo predileto de todos nós: crescer. A organização dos espaços urbanos e a obrigação dos agentes públicos em determinar regras para a sua exploração concorrem com o crescimento da cidade, afetando a vida de todos, sendo um exemplo gritante, o trânsito das grandes cidades, tornando-se um dos maiores entraves para o progresso das mesmas.

Já foi dito que a cidade de São Paulo, imersa no caos do transito, vai parar em um prazo de cinco anos. E Ribeirão Preto e seus milhares de veículos, quando pára? Devemos nos debruçar sobre este questionamento com o empenho que o tema merece. Na Associação, o Fórum Permanente de Debates “Ribeirão Preto do Futuro” está promovendo discussões, assim como faz sobre meio ambiente e fez sobre o Plano Diretor, e vai encaminhar as conclusões aos órgãos competentes, como contribuição na busca de soluções.

Neste sentido, a cidade vive uma janela de oportunidades que precisa ser agarrada com todo o empenho tecnológico e político. Exemplo é a grande expansão urbana proporcionada por inúmeras empresas que aqui aportam, além da região ser a sede irradiadora, com competência exemplar, da produção de bioenergia e de tecnologia da fabricação de equipamentos para produzi-la. As atenções do mundo estão voltadas para as nossas terras, que produzem alimentos e biocombustíveis, aumentando a safra e a capacidade produtiva a cada ano, como foi apontado pelo relatório da CONAB e que a revista Painel traz também nesta edição.

Esta realidade opõe-se frontalmente à falsa polêmica que está colocada na imprensa internacional: a crise de abastecimento de alimentos. O Brasil é capaz de produzir alimentos e energia, sem prejuízo de um ou de outro. Ribeirão Preto e região estão no centro deste mercado. Técnicos do Instituto Agronômico de Campinas, da unidade de Ribeirão Preto, desenvolvem novas variedades de cana-de-açúcar que garantem maior produtividade, além de sermos competentes produtores de amendoim e soja, nas renovações dos canaviais.

Essas ações demonstram o empenho dos profissionais ligados à Associação em articular e propor soluções capazes de fazer valer o verbo do início do texto e seus complementos: crescer, com qualidade, sustentabilidade e responsabilidade.

O momento requer competência, além de juízo e principalmente união de todos nós, técnicos, valorizando-nos e fortalecendo os nossos conselhos constituídos e existentes. A soma de esforços,historicamente, tem resultado em conquistas e promovido, inclusive, o aprimoramento das relações profissionais.

Não é hora de desperdiçarmos energia e talento e, sim, de somá-los. As profissões do sistema Confea/Crea se complementam harmonicamente.

Lembrem-se: um feixe não se parte facilmente! Eng. Civil Roberto Maestrello

Presidente da AEAARP

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Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello José Roberto Hortêncio Romero Presidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor-administrativo: Pedro Ailton GhideliDiretor-financeiro: Cecílio FráguasDiretor-financeiro Adjunto: Ronaldo Martins TrigoDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Aníbal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Francisco Carlos FagionatoDiretora Comunicação e Cultura: Maria Inês CavalcantiDiretora Social: Luci Aparecida Silva

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia, Agrimensura e Afins: Argemiro GonçalvesAgronomia, Alimentos e Afins: José Roberto ScarpelliniArquitetura, Urbanismo e Afins: Marcia de Paula Santos SantiagoEngenharia Civil, Saneamento e Afins: Luiz Umberto MenegucciEngenharia Elétrica, Eletrônica e Afins: Edson Luís DarcieGeologia e Minas: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e Afins: Júlio Tadashi TanakaEngenharia Química e Afins: Denisse Reynals BerdalaEngenharia de Segurança e Afins: Edson BimComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e Afins: Giulio Roberto Azevedo PradoEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e Afins: Evandra Bussolo Barbin

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Onésimo Carvalho LimaDa Mulher: Maria Teresa Pereira LimaDe Ouvidoria: Geraldo Geraldi Junior

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Marcos Vilela LemosAlexandre Sundfeld Barbin José Fernando Ferreira VieiraCarlos Alberto Palladini Filho Luiz Antonio BagatinEdes Junqueira Luiz Fernando CozacEdgard Cury Luiz Gustavo Leonel de CastroEricson Dias Mello Manoel Garcia FilhoHideo Kumasaka Marcos A. Spínola de CastroHugo Sérgio Barros Riccioppo Maria Cristina SalomãoInamar Ferraciolli de Carvalho Ricardo Aparecido DeBiagiJoão Paulo de S. C. Figueiredo Sylvio Xavier Teixeira Júnior

CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SP REPRESENTANTE DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Ericson Dias Mello

REVISTA PAINELConselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Ericson Dias Mello e Hugo Sérgio Barros Riccioppo

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269, cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected] Pajolla Júnior / Jóice Alves

Tiragem: 5.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected] Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Fotos: Ezequiel Pereira e Texto & Cia.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

EXPEDIENTE

AssociAçãode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Urbanismo 06Onde está o Plano Diretor de Ribeirão Preto?

Presidentes 10Conheça os homens que dirigiram a AEAARP

Crea 11Fiscalização do CREA-SP se moderniza pondo em circulação 140 veículos equipados com GPS

agriCUltUra 12Alimentos x biocombustíveis

arqUitetUra 16Rio de Janeiro terá maior maquete do mundo da cidade de Jerusalém

meio ambiente 18Genésio é o novo secretário do “Município Verde”

biblioteCa 19ABTC lança manual técnico com artigo de Romero

teCnologia 20Tecnologias brasileiras são apresentadas na Europa

PolUição 21Problemática das sacolas plásticas é discutida na Fecomercio

agenda 22AEAARP realiza Semana do Meio Ambiente 2008

ConstrUção sUstentável 23Fórum internacional discute projetos para edifícios sustentáveis

edUCação 23Aluno de São Carlos é reconhecido como melhor formandodo país em cursos superiores de Engenharia Química

PesqUisa 24Pesquisadores apresentam novo método para reciclagem de resíduos da construção civil

notas e CUrsos 26

Índice

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URBANISMO

O Plano Diretor de Ribeirão Preto ainda não está totalmente pronto, mas já chega a hora de começar a alterá-lo novamente. A lei pode ser revista a partir de 2010, mas até hoje a parte que cabe à regulamentação

do mobiliário urbano, uma das mais importantes da peça, ainda não saiu do plano das discussões e polêmicas. No mês de maio, a Comissão de Justiça e Redação começou a convocar audiências públicas entre as partes envolvidas a fim de negociar a votação.

Um dos pontos mais polêmicos diz respeito às placas de publicidade. “O [Gilberto] Kassab [prefeito de São Paulo] mudou a cara de São Paulo. É preciso apresentar o que era a cidade antes e o que é hoje”, propõe José Aníbal Laguna, que era diretor de Urbanismo da Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental quando as leis complementares do Plano Diretor começaram a ser desenhadas e debatidas. Desde os

Onde está o Plano Diretor

anos de 1970, quando já trabalhava para o poder público, José Aníbal acompanha discussões e trabalhos sobre o Plano Diretor.

Ele afirma que disciplinar a propaganda não tem somente o objetivo de “não irritar” aqueles que usam a cidade. “O excesso de visual estraga a arquitetura. Já-já nós vamos desaparecer no meio de tudo isso”, afirma. “Um bom Plano Diretor tem de mesclar os interesses da sociedade e as possibilidades do poder público. A base do atual Plano da cidade é real, viável, não tem sonho”, afirma José Aníbal, que atualmente é o titular da Secretaria de Obras Públicas da Prefeitura Municipal.

Ele refuta os críticos ao projeto e afirma que o planejamento tem

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José Aníbal Laguna

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de Ribeirão Preto?

de ser permanente. “Os erros são administráveis”. José Aníbal afirma que o Plano Diretor em vigor não delimita o crescimento territorial da cidade. “É impossível controlar o mercado; a função do poder público é organizar e distribuir o crescimento”, analisa.

No legislativoO vereador Beto Cangussu (PT)

presidiu uma Comissão Especial de Estudos na Câmara sobre o Plano Diretor. Ele reclama da não aprovação da Lei do Mobiliário Urbano. “Penso que a Lei deveria vir a debate público por meio de audiências, para que os diversos interesses e possíveis divergências pudessem ser explicitados de modo a buscar um possível consenso. Caso não haja, o plenário da Câmara será soberano para dirimir possíveis divergências”, lembra.

“O que não pode é ficar ‘escondendo’ a lei, não realizando os debates necessários”, reclama o parlamentar. Cangussu afirma que há um “jogo de empurra” que emperra a tramitação do Projeto de Lei. “A Câmara por meio da Comissão de Justiça alega que o Executivo ficou de encaminhar um substitutivo ao Projeto original. Os representantes do Executivo alegam que não têm nenhuma alteração a fazer, e que cabe à Camara a discussão da matéria, a aprovação ou não da lei. Não está muito claro por que o Projeto ainda não entrou em discussão”, explica.

O vereador Cícero Gomes da Silva (PMDB), presidente da Comissão de Justiça, está convocando as audiências públicas e manifestou a disposição de desmembrar o Projeto de Lei, apartando do texto principal os temas que causam mais polêmica. O objetivo é permitir a votação de alguns itens menos polêmicos enquanto as discussões sobre ambulantes e placas de publicidade estiverem acaloradas. Até o fechamento desta edição, a Comissão não havia divulgado nenhuma decisão.

Na AEAARPEricsson Dias Mello, coordenador

do Fórum “Ribeirão Preto do Futuro”, afirma que é necessário ter “vontade política, organização e estruturação” para atrair os investimentos que Ribeirão Preto necessita. O Fórum

foi instituído em 2006 e uma de suas primeiras atribuições foi debater e encaminhar propostas às leis complementares do Plano Diretor. “A AEAARP deu uma contribuição importante. O Plano não é ótimo, mas é viável. É preciso ter

Revista Painel 7

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Os anos de 1940 foram de efervescência econômica em Ribeirão Preto, uma fase de recuperação depois do crack da Bolsa de Nova Iorque que derrubou a economia cafeeira. Neste mesmo período, houve um decréscimo populacional de 2,4%. Nos dez anos seguintes, a população saltou de 46.946 (1940) para 63.312 (1950). Foi neste período, o mesmo do surgimento da AEAARP, que Ribeirão Preto teve o primeiro desenho de um Plano Diretor, que projetava uma cidade capaz de abrigar 400 mil habitantes.

Em 1945, o engenheiro José de Oliveira Reis desenhou o primeiro projeto de um Plano Diretor de Ribeirão Preto. A proposta, encomendada pelo prefeito da época, Alcides de Araújo Sampaio, em 1944, foi entregue em 1945, quando a cidade já era governada por Luiz Augusto Gomes de Mattos. Cinqüenta anos depois a cidade ganhou efetivamente um Plano Diretor, que sofreu alteração em 2001 e ainda aguarda a votação da última Lei Complementar – mobiliário urbano – para ficar completo, às vésperas de sofrer novas alterações, legalmente possíveis a partir de 2010.

Este levantamento, resultado do trabalho acadêmico do arquiteto Ozório Calil Junior, revela que o engenheiro projetou o traçado do quadrilátero central e previu a implantação de parques de fundo de vale, ampliação do Bosque Municipal e do Aeroporto Leite Lopes.

O trabalho é um documento que conta a história de um pensamento urbanístico da época, que inclui questões que podem ser vistas como românticas na realidade atual, como a recuperação da mata ciliar dos córregos que cortam a cidade.

1940, uma década de vitórias

Históriamobilidade institucional para atrair os investimentos públicos, e existem várias possibilidades para as áreas que exigem esta intervenção, como o sistema viário e infra-estrutura sanitária”, afirma.

O que afasta o Plano Diretor, na avaliação de Ericsson, do adjetivo “ótimo” são justamente os interesses aos quais está submetido. Tais questões são alvo de críticas ácidas do vereador Cangussu: “Na maioria das vezes, o que prevalece são os interesses econômicos em detrimento do interesse público. A função social do espaço territorial urbano é, comumente, suplantada pelos interesses especulativos, imobiliários, do setor da construção civil”.

José Aníbal, por sua vez, contemporiza. Entusiasta e defensor do Plano, afirma que se ainda há algumas distorções na lei elas devem ser revistas no tempo certo, que é a partir do próximo ano. Inclui aí mudanças na região do Boulevard, defendidas por ele, onde há chance de o poder público permitir construções verticalizadas. “Na forma como está, a região foi estendida para áreas que nada têm a ver com o Boulevard”, justifica.

Ele afirma que algumas questões, como aquelas que dizem respeito às universidades, clubes e hospitais, têm instrumentos próprios, previstos na legislação. “Por meio de lei especial, da iniciativa do Executivo, é possível flexibilizar o uso do solo e os gabaritos de instalações especiais como universidades, shopping centers, clubes, hospitais e outras de usos coletivos. Não é preciso alterar zoneamento do Plano Diretor, nem anexos”, explica.

O arquiteto e urbanista Ozório Calil Junior fez um levantamento histórico sobre o Plano Diretor e constatou, em trabalho acadêmico, que interesses imobiliários ditam a rota de crescimento da cidade. Laguna concorda. “Hoje eles vendem qualidade de vida, porque ninguém quer morar um em cima do outro”, afirma.

AEAARP8

“Pela posição do Bosque Fábio Barreto sua ampliação

complicaria muito a implantação de soluções para o sistema viário. O

ideal seria que tivéssemos novos parques ao longo do anel viário ou em sua

proximidade distribuídos, se possível, próximos às

concentrações habitacionais mais adensadas.”

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José Braga de AlbuquerqueGestão 1964-1966

Nesta época, as reuniões da Associação aconteciam, muitas vezes, em um edifício que estava em construção no centro da cidade. E os associados sentiam a necessidade de adquirirem um espaço para a sede própria da Associação. O trabalho de congregar novos associados continuava.

PRESIDENTES

A Revista Painel traz nesta edição, na Galeria dos Presidentes, mais quatro dirigentes que fizeram a história da Associação a partir de 1964. A cada edição, a Painel apresenta, por ordem cronológica, um resumo da

gestão de cada um de seus ex-presidentes.A AEAARP está, também, fazendo um levantamento histórico, por

meio de documentação e entrevistas, com objetivo de reconstituir sua história. E solicita à comunidade que contribua com informações, fotos,

documentos, ou cópias, que possam enriquecer este trabalho.

CONhEçA OS hOMENS qUE DIRIgIRAM A AEAARP

Décio Carlos SettiGestão 1969-1971

A Associação ainda contava com poucos associados – cerca de 50 a 60 profissionais. Ainda assim, durante esta gestão, foram inauguradas três salas no Edifício Padre Euclides para a sede da entidade. “Conseguimos pagar todas as dívidas da Associação e também equacionar a dívida da compra da sede”, lembra o engenheiro Décio Carlos Setti. As discussões da diretoria tinham na pauta o exercício

ilegal da profissão, a questão salarial, o plano viário etc. Uma das brigas “compradas” pela Associação foi com a Prefeitura Municipal para que os engenheiros contratados pelo município recebessem o piso salarial. “Houve também uma grande luta para que trouxéssemos a Inspetoria do CREA para Ribeirão Preto – e isso aconteceu nos primeiros anos da década de 1970”, ressalta o ex-presidente. Segundo ele, a entidade continuou a se preocupar com os problemas da cidade e “em 1966 já discutia o que viria a ser o COMUR-Conselho Municipal de Urbanismo”, na época denominado Comissão de Urbanismo e Habitação, criado somente na década de 1980.

Donato FráguasGestão 1966-1969

Engenheiro civil e de segurança, trabalhou na Fepasa. O Edifício Padre Euclides, onde seria a futura sede da entidade, também estava sendo edificado. “Eram 15 ou 16 pessoas em cada reunião e nosso maior compromisso era a compra da sede”, conta o ex-presidente, que hoje reside em Campinas. “Apesar de poucos, eram muito ativos”, diz o ex-presidente. Na época, foi inaugurada a avenida Mogiana e a cidade já tinha várias favelas. A Prefeitura já nos consultava para saber nossa opinião técnica sobre seus projetos e nós nos preocupávamos em colaborar com as discussões dos problemas locais”, lembra.

Luiz Gonzaga ChavesGestão 1971-1973

Engenheiro civil autônomo, foi também professor universitário. Trabalhava com estruturas metálicas. Faleceu em dezembro de 1991. O engenheiro Donato Fráguas lembra do amigo: “O Luiz Gonzaga Chaves, que foi presidente em 71, fazia um grande trabalho de aproximação com a Prefeitura. Nós queríamos que a Associação fosse consultada para dar sua visão sobre questões da cidade”.

AEAARP10

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tecnológicos de última geração na área de rastreamento por satélite e de pro-cessamento de dados.

Para que as equipes do setor se fami-liarizem com as novas ferramentas de fiscalização, a Superintendência Opera-cional do Crea-SP iniciou, no último dia 12, na Sede Nestor Pestana, treinamen-to que visa a esclarecer todas as dúvi-das possíveis dos fiscais sobre a utiliza-ção da frota e do sistema PDA – o novo instrumento de fiscalização que irá re-volucionar essa atividade no Conselho, a julgar pelos testes realizados no final de 2007, no Réveillon da Paulista, em São Paulo, e outros mais recentes. A primeira ação já planejada pelo Crea-SP nesse sentido focará a Fiscalização Ambiental nas Bacias Hidrográficas do Rio Tietê e deverá ser deflagrada até o início de junho.

CREA

Às vésperas de completar 75 anos de atividades, o Conselho Regional de En-genharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) – com-provadamente o maior Conselho de fis-calização profissional do mundo – teve o dia 14 de maio de 2008 como um ver-dadeiro divisor de águas no que se re-fere ao combate ao exercício ilegal das profissões do Sistema Confea/Crea. A data marcou a entrega do primeiro lote de 140 veículos próprios, adquiridos no ano passado, que, até o dia 21 de maio, foram destinados aos Agentes Fiscais e Gerentes Regionais das oito regiões administrativas do Conselho. Substi-tuindo a frota de carros particulares até então utilizados por suas equipes de fiscalização, o Crea-SP coloca em cir-culação carros com identidade visual de Serviço Público Federal e recursos

FISCAlIzAçãO DO CREA-SP SE MODERNIzA PONDO EM CIRCUlAçãO 140 vEíCUlOS EqUIPADOS COM gPS

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A 15ª edição da Agrishow, a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, expôs uma contradição mundial: a safra de etanol cresce tanto quanto a de grãos. Apesar disso, os biocombustíveis são colocados na condição de vilões do abastecimento mundial. O crescimento acontece em “sinergia”, segundo as palavras do ex-ministro Roberto Rodrigues, que comanda a organização do evento. A disputa entre a produção de etanol e a de alimentos, para o ex-ministro, “é um mito”. Da abertura ao encerramento, autoridades que estiveram no evento entoaram discursos contra o protecionismo agrícola de países ricos.

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, esteve na feira e disse que o protecionismo dos países ricos prejudica a economia de países emergentes como o Brasil. Ele e Rodrigues cobraram uma nova agenda de discussões na ONU-Organização das Nações Unidas, que divulgou recentemente um relatório no qual afirma que pode faltar alimento em decorrência da produção de biocombustíveis. O fim do protecionismo deveria ser a agenda da ONU, na visão de Rodrigues.

A perspectiva é a de que em 2008 o país colha 140 milhões de toneladas de grãos e a produção de álcool

AgRICUlTURA

chegue a 40 bilhões de litros. Rodrigues afirmou que o Brasil “importa inflação”, uma vez que os alimentos são commodities negociadas nas bolsas de valores de todo o mundo.

A CONAB-Companhia Nacional de Abastecimento reforçou o discurso das autoridades ao anunciar que

em 2008 o volume a ser colhido estará entre 558,1 e 579,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Para a fabricação de combustível, vão de 309,8 a 321,9 milhões de toneladas, e para a produção de açúcar, de 248,3 a 257,9 milhões de toneladas. O volume da safra é de 11,3% a 15,6% superior ao do período passado. O levantamento foi elaborado por técnicos da Companhia em 361 usinas sucroalcooleiras.

“Podemos triplicar a produção de cana-de-açúcar sem tocar na área de grãos”, afirmou Wagner Rossi, presidente da CONAB. Segundo ele, dos 300 milhões de hectares de área agricultável no território nacional, 2,8% são ocupados pelo cultivo da cana. Deste total, 72% são ocupados por pastagens e 16,9% por grãos.

O relatório apresentado pela CONAB traça um perfil do setor em todo o país e revela que desde 2005 a área plantada de cana cresceu 30% e a produção aumentou

Alimentos x

AEAARP12

O programa de

agroenergia é

estratégico para o

governo federal.

Debater se o programa

é compatível com a

produção de alimento é

incompatível.

Roberto Rodrigues: Brasil “importa inflação”, uma vez que os alimentos são commodities

negociadas nas bolsas de valores de todo o mundo.

Arlindo Chinaglia: Protecionismo dos

países ricos prejudica a economia de países

emergentes como o Brasil.

Reinhold Stephanes: Uso de matéria-prima de alimentos para a produção de biocombustíveis pelos

EUA e União Européia também causou aumento de preços.

Foto: José Cruz/ABrFoto: Marcello Casal Jr/ABr

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50%. Em 2007, os canaviais do Brasil somavam 581.942 hectares. Na atual safra, são 653.722 hectares. Rossi afirma que estes são argumentos suficientes para refutar o que chamou de “discurso restritivo” de setores que, segundo ele, são concorrentes do Brasil na produção de etanol e se sentem ameaçados pelo avanço brasileiro nesta área.

A região Centro-Sul concentra a maior parte da produção de açúcar e álcool do país e é também nela que os canaviais mais avançam, principalmente nas áreas de pastagens. Estas terras são consideradas mais baratas para a substituição pela cana-de-açúcar do que aquelas que produzem milho, soja e laranja, por exemplo. No estado de São Paulo, que registrou o maior índice de substituição, 68% dos novos canaviais ocupam terras que eram pasto na safra anterior.

Este cultivo estaria bem distante da região amazônica, segundo a CONAB, uma vez que o rendimento da cana-

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biocombustíveis

de-açúcar plantada na região Centro-Oeste é superior àquela cultivada nas regiões Norte e Nordeste do país. Em São Paulo, por exemplo, são produzidas 12 toneladas de

açúcar por hectare de cana. Em estados como o Amazonas e o Pará o rendimento cai para 7,4 quilos por hectare.

Manoel Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, disse que o resultado positivo desta safra vai garantir o abastecimento de álcool para o mercado interno e que as melhores condições de preço do produto também garantem que o governo não precise alterar o índice de mistura do produto à gasolina.

Ele diz que a polêmica abastecimento de alimentos versus produção de etanol é “palavrório”. “O programa de agroenergia é estratégico para o governo federal. Debater se o programa

é compatível com a produção de alimento é incompatível. Temos de viabilizar a produção”, declarou.

Relatório da CONAB revela que desde

2005 a área plantada com cana cresceu 30% e a produção aumentou 50%.

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Stephanes: o Brasil tem 90 milhões dehectares para incorporar agricultura sem

derrubar nenhuma árvore

“O Brasil está muito bem situado neste cenário de demanda por alimentos. Esta é uma grande oportunidade para o País. A declaração foi feita pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, durante a audiência pública conjunta das Comissões de Agricultura e Reforma Agrária, de Relações Exteriores e Defesa Nacional e da Subcomissão Permanente de Biocombustíveis do Senado Federal, no mês passado. A audiência discutiu a recente alta mundial de preços dos alimentos com a produção brasileira de biocombustível.

O ministro falou sobre o panorama mundial da alta de preço dos alimentos e apontou quatro causas principais: o crescimento contínuo dos países o que resultou no aumento de renda da população; o uso de matéria-prima de alimentos para a produção de biocombustíveis pelos Estados Unidos e União Européia; o aumento da expectativa de vida da população e as mudanças climáticas.

Ministro acredita que demanda mundial por alimentos é oportunidade para o Brasil

Neste contexto, de acordo com Stephanes, o Brasil é um dos poucos países que acompanha o crescimento da demanda interna e ainda tem excedentes para abastecer o mercado externo. Além disso, tem capacidade de produção de energia limpa, e tem demonstrado a compatibilidade dos biocombustíveis e os alimentos.

O ministro da agricultura informou que hoje apenas 0,5% do território brasileiro é ocupado pela produção de etanol e reiterou que, em mais de 60% dos casos, a cana-de-açúcar tem aproveitado áreas de pastagens degradadas.

Stephanes citou o zoneamento da cana-de-açúcar que levará em conta as questões agrícolas e ambientais, a ser anunciado em julho. Ele enfatizou o avanço das pesquisas em relação ao etanol que já tornou possível o aumento da produtividade de 4 mil litros para 9 mil litros por hectare. “As pesquisas apontam que essa produtividade pode chegar a 12 mil litros por hectare”, completou.

Stephanes reafirmou, na audiência pública conjunta das Comissões de Agricultura e Reforma Agrária, de Relações Exteriores e Defesa Nacional e da Subcomissão Permanente de Biocombustíveis do Senado Federal, dia 14 de maio, que o País tem 90 milhões de hectares para incorporar a agricultura sem a necessidade de derrubar nenhuma árvore na Amazônia. “Este é o objetivo que deve ser perseguido e alcançado”, frisou.

Sobre o trigo, o ministro mencionou que, com o mercado mundial favorável em termos de preços, o Brasil tem condições de recuperar a auto-suficiência em seis ou sete anos. Ele

lembrou que, além do sul do País, o estado de Goiás tem áreas apropriadas para ampliar a produção do cereal.

Mudanças climáticas - O ministro ressaltou que a unidade de Monitoramento por Satélite da Embrapa-Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Campinas/SP, dispõe de uma plataforma de estudos sobre mudanças climáticas. No local, atuam cerca setenta especialistas pesquisando e projetando cenários para todas as culturas e regiões do Brasil. Stephanes salientou que já existem, aproximadamente, 200 projetos contemplando a adaptação de culturas às condições climáticas.

Se a polêmica sobre a produção agrícola e a capacidade de abastecimento já tinha esquentado os discursos na Agrishow, uma notícia do mercado de ações aqueceu ainda mais os ânimos: a agência Standard & Poor´s anunciou que o Brasil tornou-se grau de investimento.

No início do evento, as autoridades repetiam que o Brasil tem todas as condições para produzir - terra, sol, água, tecnologia e mão-de-obra. “Falta o capital”. Faltava.

Régis Chinchila, analista da TBC Investimentos, afirma que o Brasil torna-se cada vez mais atraente para investidores estrangeiros e a classificação do país como grau de investimento deve refletir de maneira positiva em várias áreas. “O crédito tende a aumentar com taxas de juros mais baixas do que as praticadas hoje”, afirma.

euforiaNa bolsa de valores,

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ARqUITETURA

Rio de Janeiro TERá MUNDO DA CIDADE

Pessoas do mundo inteiro viajam para Jerusalém para conhecer a cidade que marcou a vida e a morte de Cristo. Conhecida como Capital Mundial da Fé, Jerusalém foi construída há mais de 3 mil anos. Suas principais construções antigas foram destruídas e hoje existem ruínas onde se edificavam templos históricos. No dia 20 de maio, a maior maquete já cons-truída no mundo representando a cidade santa foi inaugurada no Rio de Janeiro, atraindo fiéis e turistas de todas as regiões.

Construída por especialistas vindos de Israel, maquete reproduz em detalhes a cidade conhecida como Capital Mundial da Fé

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A maquete de Jerusalém, que ficará aberta à visitação no Centro Cultural Jeru-salém (CCJ), retrata a cidade, sua topogra-fia e arquitetura, do ano de 66 d.C.. Entre o início do protótipo e sua finalização, o projeto levou cinco anos para ser conclu-ído. De Israel, veio todo o material utili-zado na maquete, além de profissionais de supervisão. Seu tamanho total soma 736,7 metros quadrados.

A maquete estará aberta para visitação diariamente, das 9h às 18h.

Uma viagem no túnel do tempoAo entrar na sala onde a maquete de Je-

rusalém está exposta, o visitante é convi-dado a uma viagem pelo túnel do tempo. Graças à cenografia do local, que inclui a aplicação de fotos 360º em todas as pare-des, as pessoas se sentirão nas terras áridas e sagradas de Jerusalém. Interatividade é palavra-chave para conduzir o visitante nessa viagem.

Através de um tour virtual, pontuado por cinco totens localizados estrategicamente e com recursos audiovisuais completos, como infográficos, fotos e ilustrações, o visitante recebe uma aula de história completa sobre a Cidade Nova (Beseta), a Cidade Alta, a Cidade Baixa (antiga Cida-de de Davi) e a Esplanada do Templo ou Monte do Templo.

Durante a visitação, será também possí-vel ver a cidade de Jerusalém sendo ilumi-

nada em momentos diferentes. Sob o céu estrelado – quando as luzes das casas e templos são acesas internamente –, duran-te o dia e no momento do pôr-do-sol.

Nas casas onde os pátios têm chafariz, a água corre, assim como nos córregos e fontes.

Além de mostrar a cidade entre seus mu-ros – parte também retratada na maquete que existe no Hotel Holyland, em Jerusa-lém, um dos pontos turísticos mais visita-dos de Israel – a maquete em exposição no Rio de Janeiro mostra também o cresci-mento de Jerusalém para fora dos muros.

Alguns pontos edificados na maquetePalácio de Herodes – Quando Herodes

mandou construir seu palácio, mandou vir de diversas partes do mundo materiais pre-ciosos e produtos de luxo. São dois edifícios principais, rodeados por jardins, arvoredos, piscinas e fontes, protegidos por uma mura-lha com torre que os separava da cidade.

Anfiteatro – Edifício semicircular cons-truído por Herodes para ser centro de atra-ções tanto para a corte como para hóspe-des estrangeiros e intelectuais.

Tanque de Siloé – Principal reservatório e única fonte permanente de abastecimento de água na cidade. Era também um espaço social, onde as pessoas se encontravam, la-vavam-se e buscavam água para suas casas.

Monte do Templo – Localizado em frente ao Monte das Oliveiras, a área tem elevação artificial construída por Herodes,

cercada por muro de grandes blocos de pedra. A construção do Templo teve início em 19 a.C. e contou com mais de 10 mil homens trabalhando.

Sua área aberta era conhecida como Pátio dos Gentios, onde ficavam instaladas as me-sas dos comerciantes que vendiam animais e os cambistas que trocavam dinheiro.

Centro Cultural JerusalémO Centro Cultural Jerusalém estará

aberto para visitação diariamente, das 9h às 18h. O ingresso para a sala da maquete custa R$10, com meia entrada para estu-dantes e pessoas acima de 60 anos.

Além da maquete de Jerusalém, o CCJ pretende se tornar um espaço para abrigar

outras expressões culturais, como expo-sições e outros eventos.

EndereçoAvenida Dom Helder Câmara, 4242,

Del Castilho, Rio de Janeiro.

MAIOR MAqUETE DODE Jerusalém

Maquete:*Arquiteto: Arnaldo de Queiroz (In memoriam) *Engenheiro: Henry G. Chevet *Encarregado: Anderson R. Pereira *Maquetistas: Mario Henrique M. Capellani, José Elio dos Santos, Xavier de Souza, Cristiano R. M. Chengues *Montadores: Jackson S. Ramos, José da Mota Guimarães, José Evandro de Souza, José Luis da Silva Castro, Luzinaldo T. dos Santos, Roque de Oliveira Santana, Salvador B. Anunciação, Val-delício J. dos Santos

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MEIO AMBIENTE

Ribeirão Preto está há alguns passos de se tornar um “Município Verde”. Pelo menos naquilo que se refere ao critério exigido pelo governo de São Paulo. Genésio Abadio de Paula e Silva assumiu a Secretaria do Meio Ambiente, recém recriada pelo Executivo municipal. O objetivo é enquadrar Ribeirão Preto nas exigências estaduais do programa que prevê que as cidades que aderirem a ele e cumprirem as metas estabelecidas receberão a certificação de Município Verde e ficam credenciadas a obter recursos com prioridade.

Genésio, que presidiu a AEAARP de 1994 a 1996 e de 2002 a 2005, afirma que está em uma fase de estruturação da Secretaria, do ponto de vista de espaço, equipamentos e de pessoal, preparando-a para assumir as atribuições que o Estado deverá delegar, como a realização de licenciamento e fiscalização ambiental.

De acordo com o governo do Estado, os projetos ambientais vão receber investimentos que somam R$ 2 bilhões até 2010. Destes, R$ 800 milhões virão diretamente do Tesouro do Estado. O restante partirá de órgãos como BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento e BNDES-Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, além da contrapartida das prefeituras e parceiros da iniciativa privada.

As cidades que cumprirem o que prevê a agenda ambiental receberão uma medalha, o Prêmio “Franco Montoro”. Em sua gestão, Montoro foi o criador do Conselho Estadual do Meio Ambiente, em 1983. A idéia, como sugeriu o secretário

gENéSIO é O NOvO SECRETáRIO DO “MUNICíPIO vERDE”

Xico Graziano, é adotar algo semelhante ao que faz a Cetesb, que dá nota para as cidades pela sua disposição de lixo. “Vamos premiar o município ambientalmente correto a cada ano para que seja um estímulo a que os poderes locais participem dessa agenda ambiental”, disse.

Expectativas“Sou sempre otimista”,

responde Genésio quando questionado sobre suas expectativas na pasta. O secretário é engenheiro agrônomo e produtor rural. As discussões internacionais que colocam ruralistas e ambientalistas em lados opostos não assustam Genésio. Ele afirma que é possível conciliar a produção, a preocupação social e a preservação ambiental. “O Brasil está em situação muito melhor que outros países que jogam sobre nós a pecha de devastadores”, afirma.

Na Semana do Meio Ambiente, a Secretaria deverá anunciar ações de intensificação da educação ambiental, em parceria com a Secretaria da Educação, reflorestamento de áreas de APP’s e destinação de resíduos da construção civil.

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Ao assinar o termo de compromisso, as prefeituras interessadas na implantação do programa deverão seguir um conjunto de dez diretivas.1. Tratamento de esgoto - 228 municípios tratam mal os seus esgotos; nesses, nem 20% do esgoto é tratado. Segundo o governo do Estado, 182 municípios paulistas não tomam qualquer cuidado com seus afluentes e 308 municípios já tratam acima de 80% de seus esgotos.2. Disposição do lixo - De todos os municípios do Estado de São Paulo, 143 dispõem de tratamento inadequado e 181 municípios fazem coleta seletiva do lixo.3. Matas ciliares - Segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente, apenas 13,9% das terras do Estado ainda possuem cobertura vegetal original. Em 218 municípios paulistas restam apenas

4% das florestas originais. A idéia do programa é recuperar a cobertura vegetal no Estado. Para tanto, o governo espera recuperar 1,7 milhão de hectares de matas ciliares. 4. Arborização urbana - Os municípios que aderem ao programa Município Verde se comprometem a atingir as metas de arborização urbana. O índice segue padrões internacionais: 12 metros quadrados por habitante nas zonas urbanas.5. Educação ambiental - Para atingir essa meta, será criado um programa específico para a rede pública de ensino municipal, por meio de uma parceria com a Secretaria Estadual de Educação. 6. Habitação sustentável – A Secretaria Estadual do Meio Ambiente trabalha para eliminar a utilização de madeira suprimida da floresta amazônica na

construção civil, exigindo a utilização de madeira plantada.7. Mutirões contra o desperdício - Os mutirões serão criados a fim de implementar o uso racional da água.8. Poluição atmosférica - Os municípios aderem ao programa também devem ajudar o Estado nas ações para combater esse tipo de poluição.9. Secretarias de Meio Ambiente – A Secretaria do Meio Ambiente estimula os municípios a estruturarem secretarias municipais para ampliar a cobertura do projeto e para que possam gerenciar melhor o meio-ambiente local.10. Conselho Municipal do Meio Ambiente - Criação de um conselho para ajudar a gerenciar as questões ambientais locais.

Fonte: Comissão Sócio-Ambiental da ACSP

Os dez mandamentos do “Município Verde”

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ABTC lANçA MANUAl TéCNICO COM ARTIgO DE ROMERO

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BIBlIOTECA

nenhum ano de instrução para 70,83% entre a população com 12 ou mais anos de estudo. Outro indicativo dessa desigualdade é que apenas 17,55% da população sem acesso a saneamento pleno possuem plano de saúde privado, contra 35,48% do restante da população.

Ferris destaca que a falta de saneamento traz dois tipos de prejuízos: a perda financeira para o tratamento no sistema de saúde e a queda da produtividade devido ao afastamento de pessoas do trabalho em virtude de doenças adquiridas. A probabilidade de hospitalização, por exemplo, foi de 7,37% na população sem saneamento, enquanto a população com acesso à rede de esgoto teve uma chance de 6,62% de necessitar do mesmo tipo de tratamento, indicou o estudo da FGV.

Raul Pinho, diretor executivo do Instituto Trata Brasil, assina o prefácio da publicação e afirma em seu texto que o livro “fortalece a crença de que a aplicação do conhecimento técnico dos profissionais do setor, a conformidade e a qualidade dos produtos são fundamentais para qualificar a aplicação dos recursos financeiros em saneamento básico”.

Serviço: Manual Técnico de Drenagem e Esgoto Sanitário www.abtc.com.br

O engenheiro José Roberto Romero, vice-presidente da AEAARP, é um dos autores do Manual Técnico de Drenagem e Esgoto Sanitário, editado pela ABTC-Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto, coordenado por Pedro Jorge Chama Neto e com um total de 10 autores. Romero assina o capítulo sobre “Drenagem em rodovias não pavimentadas”.

A publicação, de 332 páginas, tem por objetivo disseminar boas práticas para garantir o melhor desempenho dos sistemas construtivos para saneamento e drenagem. O livro tem como público alvo projetistas, fiscais de obras, construtoras, consumidores de tubos e aduelas de concreto e a alunos promissores neste segmento.

Segundo levantamento divulgado pela FGV-Fundaçao Getúlio Vargas, em maio deste ano, a falta de acesso a serviços de saneamento básico atinge principalmente a população mais pobre. “Isso é um reflexo de toda essa política de exclusão social, quer dizer, a população de baixa renda tem muito menos acesso a esses serviços e é muito mais penalizada por estar exposta a doenças originárias dessa falta de saneamento”, ressaltou o pesquisador José Ferris, da FGV.

Os dados da pesquisa mostram que o acesso à rede de esgoto varia de um índice de 25,57% para as pessoas sem

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TECNOlOgIA

Numa parceria inédita entre a USP e a Universidade de Oxford, na Inglaterra, três tecnologias brasileiras foram apresentadas para empresas da comunidade européia no site da Agência de Inovação da Instituição britânica.

Os projetos envolvem produção de biodiesel, terapia fotodinâmica do câncer e a fabricação de lubrificantes industriais à base de óleo de mamona. O intercâmbio en-tre as Universidades aconteceu por meio de suas agên-cias de inovação.

Estiveram em Oxford três agentes de inovação da USP, convidados e custeados pelo governo britânico - Flávia do Prado Vicentin (Ribeirão Preto), Leonardo Augusto Garnica (São Carlos), e Daniel Marcelo Dias Entorno (Pi-racicaba). Os brasileiros levaram informações sobre dez tecnologias desenvolvidas nos laboratórios da USP, para troca de informações sobre processos de gestão e conhe-ceram as políticas e processos operacionais da agência inglesa.

A ISIS Innovation Ltd. auxilia os professores na gestão dos projetos de consultoria prestados e trabalha com ins-tituições e empresas no processo de gestão da proprie-dade intelectual, transferência de tecnologia e criação de novos negócios (spin-outs). Mesmo sendo uma empresa privada, com gestão e procedimentos empresariais, a ISIS Innovation é 100% pertencente à Universidade de Oxford.

DivulgAção PúbliCA DAs tECNologiAs

Dos dez projetos apresentados, oito foram escolhidos para aperfeiçoamento de documentos e orientações quanto ao processo de comunicação com o público ex-terno, onde é traçado um perfil da tecnologia.

Também foram elaboradas listas com potenciais par-ceiros empresariais, no segmento relativo ao domínio da tecnologia apresentada. Ao final desse processo, três tecnologias brasileiras foram apresentadas a ISIS Enter-prise, braço da ISIS Innovation que trabalha com institui-ções e empresas.

O perfil elaborado para cada tecnologia passou a fazer parte do site da ISIS Innovation, como oportunidade de licenciamento. “Neste período também tratamos de questões sobre valoração de tecnologia e formas de aproximação e relacionamento com potenciais empresas interessadas no licenciamento das tecnologias, marketing de tecnologias e spin-outs, tendo sido discutido um modelo possível para a USP”, conta Flávia Vicentin.

O professor Oswaldo Massambani, diretor da Agência USP de Inovação, acompanhou os agentes na primeira semana em Oxford. “Além do treinamento para aprender um dos melhores processos de gestão de transferência

de conhecimento, havia ainda o objetivo de colocar as tecnologias desenvolvidas na USP aos olhos da Europa, e Oxford foi nossa janela”, destaca.

bioDiEsEl

O perfil do biodiesel elaborado pelos especialistas da ISIS, disponível no endereço: www.isis-innovation.com/licensing/70638.html, informa que um grupo de pesquisadores do Departamento de Química da Facul-dade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) desenvolveu um novo processo de produção do combustível, com a criação de um novo catalisador. O método apresenta maior rendimento, com redução de custos de produção, e baixa formação de subprodutos indesejáveis.

“A tecnologia já está madura o suficiente para ser trans-ferida ao mercado, havendo o interesse de uma empresa em adquiri-la”, revela o professor Miguel Dabdoub, coor-denador da pesquisa. “Ao mesmo tempo, uma segunda empresa negocia para viabilizar o investimento de um fundo de capital inglês na USP no sentido de construir uma unidade piloto que possibilite a demonstração em escala industrial, de forma a valorizar mais a tecnologia e a competitividade”.

DRogA iNtEligENtE PARA tRAtAMENto Do CâNCER

O projeto 70640 (www.isis-innovation.com/licensing/70640.html) traz um novo fármaco-transporta-dor, um sistema de administração do agente fotossensí-vel para o tratamento de câncer de pele, com redução de efeitos secundários. Com essa apresentação, os eu-ropeus conheceram o trabalho do grupo liderado pelo professor Antonio Cláudio Tedesco, da FFCLRP, que tem se dedicado ao desenvolvimento contínuo de novas tera-pias para o tratamento do câncer.

lubRifiCANtE DE MAMoNA

Sobre a nova formulação de compostos derivados do óleo vegetal de mamona, pesquisa coordenada pelo professor João Fernando Gomes de Oliveira, da Esco-la de Engenharia de São Carlos (EESC), o site da ISIS Innovation (www.isis-innovation.com/licensing/70639.html) diz ser caracterizado pela eficiência como lubri-ficante para aplicações industriais, especialmente nos processos de corte.

Fonte: www.institutodeengenharia.org.br

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TECNOlOgIAS BRASIlEIRAS SãO APRESENTADAS NA EUROPA

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PROBlEMáTICA DAS SACOlAS PláSTICAS é DISCUTIDA NA FECOMERCIO

POlUIçãO

Uma cidade como São Paulo gera 15 mil toneladas de lixo por dia, sendo que desse volume um quinto é de sacolas plásticas que se acumulam nos aterros sanitários, poluem rios, mares e provocam a morte de plantas e animais.

Para discutir o problema, o Conselho de Estudos Ambientais da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, presidido pelo professor José Goldemberg, promoveu um debate, em maio. Na ocasião, a farmacêutica bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, a professora Maria Filomena de Andrade Rodrigues apresentou estudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas sobre características técnicas das embalagens. Também participou da discussão Roberta Cardoso, da Fundação Getúlio Vargas, que apresentou iniciativas adotadas pelo varejo em substituição às sacolas plásticas.

Para Goldemberg, é de grande importância a mobilização dos setores de comércio e serviços, pois além de serem um dos principais compradores de sacolas plásticas são eles também que têm o contato direto com o público, e por isso pode sensibilizá-lo.

Maria Filomena abordou que a maior parte do plástico utilizado é produzida a partir de recursos fósseis (não-renováveis), sendo que 90% deles não são biodegradáveis e nem compostáveis. Já os oxi-degradáveis, que poderiam ser uma alternativa ao plástico, no

entanto, é importante ressaltar que se não estiverem nas condições necessárias para sua decomposição, ela não acontece. A bioquímica apresentou alternativas inovadoras como a de polímeros de amido e biodegradáveis, que substituiriam o derivado de petróleo - matéria-prima das sacolas plásticas. Além de se degradarem no prazo de meses, têm menor impacto ambiental, pois são produzidos a partir de material renovável. Infelizmente seu custo de produção ainda é alto.

Uma outra alternativa apresentada é a de polímeros polihidroxialcanoatos produzidos pela ação das bactérias em matérias-primas renováveis, como a cana-de-açúcar, por exemplo. Nessa prática, o polímero se forma no interior das bactérias, que depois são quebradas para a retirada do material. Esse composto pode ser utilizado em vários produtos plásticos. O plástico biodegradável da cana veio do processo da geração do álcool que viabiliza a produção desse polímero a preços acessíveis.

Já Roberta Cardoso levantou a importância de se encontrar alternativas que preservem o meio ambiente e atendam às necessidades do consumidor. Em sua análise é importante que o varejo utilize mecanismos que induzam o consumidor usar sacola retornável, como, por exemplo, conceder descontos e criar filas exclusivas para esse comprador consciente.

16 [email protected]

- Estacas moldadas “in loco”: •tiporaizemsoloerocha. •tipoStrauss. •escavadascomperfuratriz hidráulica. •escavadasdegrandediâmetro (estacões). •hélicecontínuamonitoradas.

- Estacas pré-moldadas de concreto.

- Estacas metálicas (perfis e trilhos).

- Tubulões escavados à céu aberto.

- Sondagens à percussão SPT-T.

- Poços de monitoramento ambiental.

- Ensaios geotécnicos.

QuAsE 6.000 obRAs DE fuNDAçõEs EM

27 ANos DE AtiviDADEs.

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AgENDA

A AEAARP realizará, no período de 9 a 11 de junho, a segunda edição da “Semana do Meio Ambiente”. O evento é organizado pelo Fórum Permanente de Debates “Ribeirão Preto do Futuro” e contará, este ano, com a presença de importantes palestrantes e debatedores, tendo por objetivo a promoção de um amplo debate acerca das questões ambientais locais, regionais e globais.

A Semana do Meio Ambiente 2008 é parte integrante dos eventos comemorativos ao 60° aniversário da AEAARP, que se comemora este ano.

Os temas abordados na programação ensejarão a reflexão sobre a participação e responsabilidade dos profissionais da área tecnológica nas questões afetas ao meio ambiente, e a fiscalização do exercício profissional na área ambiental. O evento será organizado com painéis, mesas de debates, palestras e realização de oficinas.

O evento abordará questões de grande importância como aquecimento global, impactos ambientais do setor sucroalcooleiro, formação educacional e atribuições profissionais na área ambiental, ações de fiscalização

AEAARP realiza SEMANA DO MEIO AMBIENTE 2008

do exercício profissional na área ambiental, materiais tecnológicos e tecnologias sustentáveis para a construção civil e arquitetura, influência da arborização no meio ambiente urbano, entre outros temas.

O público alvo do evento compreende engenheiros, arquitetos, agrônomos, geólogos, geógrafos, meteorologistas, técnicos, tecnólogos, estudantes das carreiras tecnológicas, químicos, biólogos, educadores ambientais, administradores públicos e demais interessados.

A Semana do Meio Ambiente 2008 conta com a participação de importantes empresas e entidades como apoiadores e patrocinadores, e tem no CREA SP-Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo o seu patrocinador master.

As inscrições podem ser feitas pelo site da AEAARP www.aeaarp.org.br.

anÚnCio gráFiCa

Mais informações podem ser obtidas através da página do evento www.aeaarp.org.br/aeaarpsocial.php ou pelos telefones (16) 2102-1719, (16) 2102 -1718 e (16) 2102-1700.

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FóRUM INTERNACIONAl DISCUTE PROjETOS PARA EDIFíCIOS SUSTENTávEISPopulação de metrópoles sofrem problemas do cotidiano dentro e

fora de ambientes de trabalho e de moradia. Além de trazer doenças, esses ambientes causam um grande impacto no ecossistema. Para minimizar essa situação, profissionais da construção civil, arquitetura, design e paisagismo unem esforços para a viabilização dos edifícios sustentáveis e desenvolvem técnicas para melhor aproveitamento de recursos naturais.

Diversos desses trabalhos foram apresentados durante o I Fórum Internacional de Tecnologias para a Construção Sustentável - EcoBuilding 2008, promovido pela ANAB-Brasil, Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica, em maio, em São Paulo (SP). Profissionais brasileiros e estrangeiros apresentaram mais de 70 trabalhos sobre o tema.

Arquitetos como Bruno Stagno, da Costa Rica, e Chris Benedict, de Nova York, já são referências na questão de sustentabilidade. Entre as obras mais conhecidas de Bruno Stagno estão as Oficinas Holcim, uma empresa de cimento que construiu sua sede em um local antes abandonado. Stagno utilizou energia solar, sistemas de reutilização

de água e vegetação abundante, conseguindo criar um ambiente agradável e ecológico para a empresa.

Já Benedict é mundialmente conhecida por seus edifícios na cidade de Nova York, utilizando técnicas ecológicas e mantendo o mesmo valor de construções tradicionais. Seus trabalhos reduzem em até 85% o gasto de energia e 50% de água.

Na Ecobuilding, eles apresentaram formas de melhorar o ambiente em grandes cidades e em locais de baixa renda, sempre voltados para a sustentabilidade.

ANAB-Brasil Criada há três anos, a ANAB-Brasil, além de propor a discussão

sobre as novas tecnologias e tendências do mercado da construção sustentável, tem como missão alertar e conscientizar não só os profissionais da área, mas as autoridades e opinião pública sobre a urgente questão da mudança de hábitos quanto a sustentabilidade. Para tanto, a ANAB-Brasil oferece palestras, cursos de capacitação profissional, assessoria de projetos, entre outros.

CONSTRUçãO SUSTENTávEl

AlUNO DE SãO CARlOS é RECONhECIDO COMO MElhOR FORMANDO DO PAíS

EM CURSOS SUPERIORES DE ENgENhARIA qUíMICA

No último dia 4 de abril, o aluno da UFSCar Fernando Martins de Mello foi agraciado pelo prêmio “Incentivo à Aprendizagem da Engenharia Química”, concedido pela Associação Brasileira de Engenharia Química (ABEQ) ao melhor formando no curso das instituições de Ensino Superior brasileiras.

O estudante faz parte da turma de formandos de 2007 de Engenharia Química da UFSCar e foi indicado ao prêmio pela coordenação do curso devido ao seu alto índice de rendimento acadêmico. O Prêmio tem como objetivo estimular os alunos de diferentes cursos de Engenharia Química do Brasil a ter um bom desempenho acadêmico

e uma formação profissional que garanta sua entrada no mercado de trabalho.

A entrega do Prêmio foi feita durante a solenidade de Colação de Grau dos formandos dos cursos de Engenharia da UFSCar. Luis Cassinelli, diretor de Inovação e Tecnologia da Braskem (patrocinadora da premiação), fez a entrega do Prêmio para Fernando Mello.

O aluno Fernando Martins de Mello também foi agraciado com um prêmio do Instituto de Engenharia, entregue durante a mesma solenidade pelo vice-coordenador do curso de Engenharia Química da UFSCar, Antonio José Gonçalves da Cruz.

O prêmio foi concedido pela Associação Brasileira da área como incentivo à aprendizagem e reconhecimento de novos talentos

EDUCAçãO

Revista Painel 23

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Um novo método para aproveitamento dos resíduos de construção civil e demolição (RCD), 50% mais barato e com consumo de energia 80% menor. Esse é o principal resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Escola Politécnica da USP (Poli/USP), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O novo método dispensa a britagem do material a ser reciclado, o que barateia o processo e torna viável a instalação de pequenas usinas de reaproveitamento dos RCD. O método é tão inovador, que está sendo patenteado.

Segundo o professor Vanderley John, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, um dos integrantes da equipe que realizou o estudo, a tecnologia desenvolvida possibilita que usinas de reciclagem simplifiquem a produção de matéria-prima para bases e sub-bases de pavimentação a partir de resíduos da construção civil. “Atualmente, a reciclagem de RCD passa necessariamente pela britagem (quebra dos resíduos em pedaços pequenos, com no máximo 63 milímetros de diâmetro)”, explica. “Isso encarece o processo, pois o britador representa mais da metade do investimento total da montagem de uma usina de reciclagem. O novo método reduz os investimentos iniciais e simplifica a operação das centrais de reciclagem, o que torna viável um maior número de centrais de reciclagem públicas ou privadas.”

Aplicações – A nova tecnologia está baseada nos resultados de uma pesquisa com amostras representativas de resíduos coletados em três cidades: Macaé (RJ), Maceió (AL) e São Paulo (SP). “Coletamos 20 toneladas de resíduos dessas três cidades”, explica John. “E constatamos que cerca da metade dos resíduos tinha tamanho inferior a 63 milímetros; ou seja, poderiam ser aplicados diretamente na composição de pavimentos, sem necessidade da britagem”, acrescenta. Esta constatação levou a equipe a propor uma forma extremamente simples de transformar resíduos em agregados: separação manual do material indesejável ao processo, seguido de peneiramento na bitola de 60 mm e de uma nova remoção manual dos

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PESqUISADORES APRESENTAM NOvO MéTODO PARA RECIClAgEM DE RESíDUOS DA CONSTRUçãO CIvIl

contaminantes (madeira, papel, cerâmica), remanescentes da fração abaixo de 63 mm, que será comercializada como agregado de pavimentação.

Segundo John, o novo método poderá ser aplicado em ambientes urbanos e adotado por prefeituras, cooperativas ou empreendimentos privados. “A redução dos investimentos iniciais, dos custos e da complexidade de operação facilita a introdução da reciclagem, inclusive porque reduz os riscos. Assim, esperamos que essa tecnologia possibilite a ampliação do número de usinas e a margem de lucro desse novo negócio”, ressalta. Em conseqüência, evita-se a deposição ilegal desses resíduos nas margens de ruas e rios, reduzindo os impactos ambientais, além de minimizar os gastos das prefeituras com a gestão deles.

A nova tecnologia tem várias outras vantagens, a exemplo da redução do consumo de energia elétrica (60 a 80%) em relação ao sistema de reciclagem tradicional com britagem. “O novo método também torna possível a implantação das usinas nas proximidades do mercado consumidor, o que significa menores distâncias de transporte, que corresponde a dois terços do preço final do produto”, diz. Outra vantagem é que o sistema reduz de forma significativa a emissão de material particulado e principalmente de ruídos na operação de britagem. Assim, alternativas de desenvolvimento sustentável são incentivadas.

Além do professor Vanderley John, entre os pesquisadores da Poli também participaram da pesquisa o professor Artur Pinto Chaves e a pesquisadora Carina Ulsen, ambos do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, e os pesquisadores Francisco Mariano Sérgio Ângulo (atualmente no do IPT).

Lançamento – A nova tecnologia de reciclagem de RCD foi apresentada no próximo dia 28 de abril, durante a Conferência sobre Resíduos de Construção e Demolição (RCD) como Material de Construção, que foi realizada em São Paulo, no auditório “Prof. Francisco Romeu Landi”, do prédio da Administração da Poli. Mais informações sobre o evento: http://rcd08.pcc.usp.br/.

Sistema diminui em 50% o custo da reciclagem

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NOTAS E CURSOS

Durabilidade das estruturas de concreto

A Nova NB1 e toda a moderna Normalização Brasileira para o concreto adotaram como foco a DURABILIDADE das estruturas. Isto se deve a que os materiais mudaram, os projetos são mais exigentes e arrojados, a tecnologia executiva se acelerou, os ambientes e as condições de uso se tornaram mais agressivas, tendo-se constatado mundialmente que as obras começaram a apresentar patologias acentuadas, gerando custos de manutenção não previstos, perda de qualidade e falhas na segurança, até mesmo com a ocorrência de acidentes graves. O Instituto de Engenharia promoverá o curso, no dia 19 de junho, apresentando os mecanismos causadores das patologias e os conceitos de “como projetar” o material concreto para as modernas condições, além de informações sobre diagnóstico, ações corretivas e considerações econômicas. Informações e inscrições: (11) 3466-9253 ou pelo email [email protected].

Palestra aberta na AEAARP“Atitude mental positiva – a ciência do sucesso” é o tema da palestra a ser proferida pelo engenheiro e professor de Tai chi pai lin, Felício Bombonato Júnior, no auditório da AEAARP. O evento é gratuito, aberto à comunidade, e será realizado no dia 26 de junho, a partir das 20h.

NOVOS ASSOCIADOSARQUITETA E URBANISTABEATRIZ NISHI YAMAGUTI LAVANDOSKICARLOS HENRIQUE DA ROCHA FILHOSERGIO DA SOLEDADEENGENHEIRA QUIMICAMARIA PAULA FREITAS GALVAO CESARENGENHEIRO AGRONOMOEVANDRO FRANCISCO BESSAENGENHEIRO ELETRICISTAMAURO KOITI KUMAHARAENGENHEIRO QUIMICOEDUARDO ZORATTI ALBERTINIESTUDANTE - ARQUITETURA E URBANISMOGONCALO BERTOLOTI JUNIORMARIA CLAUDIA FERREIRA PACCOLAVANIA MARIA PIAZZATECNICO AGRICOLAJUREMA DE CAMPOS

NOTAS CUrSOS

Inventário aponta maiores indústrias emissoras de CO2Secretaria Estadual do Meio Ambiente divulga lista com nomes das indústrias

que mais contribuíram com as emissões de gás do efeito estufaAs oito primeiras colocadas no inventário das 100 maiores indústrias emissoras

de gás do efeito estufa são responsáveis por 63% do total de emissões do Estado de São Paulo, o que equivale a mais de 18 milhões de toneladas de CO2 por ano. A informação foi divulgada durante a apresentação feita pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da CETESB, Marcelo Minelli, na reunião do CONSEMA-Conselho Estadual do Meio Ambiente, em São Paulo, no final do mês de abril. A apresentação do inventário está disponível no site da agência ambiental paulista: www.cetesb.sp.gov.br/100co2.pdf

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Assembléia aprova projeto que institui selo verde em usinasA usina que não cumprir sua responsabilidade sócio-ambiental não terá mais

acesso a incentivos fiscais e recursos em bancos. Também não poderá participar de licitações ou contratações públicas. As novas regras são definidas pelo projeto de lei 569 de 2007, aprovado em plenário, dia 7 de maio, pela Assembléia Legislativa.

Para conseguir o certificado sócio-ambiental, que tem como objetivo tornar mais humanas as relações no campo, a usina terá que cumprir uma série de exigências. Será obrigatória a obediência às normas trabalhistas. A usina terá que contratar mão-de-obra de forma direta, oferecer moradia digna e saudável aos trabalhadores, impor turnos de trabalho inferiores a oito horas diárias com descanso semanal remunerado.

Dentro do faturamento bruto, pelo menos 0,3% da receita deve ser destinada à realização de cursos de capacitação e qualificação dos funcionários da usina e 0,2% deve ser destinado para compra de terras para assentamentos agrários.

Na área ambiental, a empresa não pode realizar queimadas ou lançar resíduos diretamente no solo. A usina deve obedecer normas ambientais para redução gradual do lançamento de substâncias tóxicas e monitorar a qualidade da água e do solo.

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Contratações na construção civil paulista aceleram 126%O aquecimento na indústria da construção civil, impulsionada principalmente

pelo crescimento imobiliário, continua mostrando vigor em São Paulo. Segundo levantamento do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da FGV Projetos, no primeiro trimestre de 2008 o setor criou 37,3 mil novas vagas, um aumento de 126,6% comparado ao número de postos de trabalhos gerados no primeiro trimestre do ano anterior. Com essa aceleração, o estoque de trabalhadores no Estado já chega a 553,4 mil, número 21,8% superior em relação ao total de trabalhadores do setor existente em março do ano passado. Em Ribeirão Preto, no primeiro trimestre de 2008 foram criadas 2.659 novas vagas. No mesmo período do ano anterior este número foi mais baixo: 2.280.

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Homenagem na CâmaraAs engenheiras Regina Helena de Marchi Foresti e Raquel Cristina de Paula

Motta Camanducaia foram homenageadas pela Câmara Municipal no mês de maio. Elas receberam o prêmio “Mulheres, Competência e Sucesso”, idealizado pela vereadora Fátima Rosa. Além das engenheiras foram também homenageadas a oficial da Polícia Militar Marli Rossi Silva dos Reis, a vigilante Aline Patrícia Almeida de Campos, a maître Meire Aparecida de Souza Biazibeti e a instrutora de auto-escola Maria Isabel Guedes da Silva.

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