nº 59 | janeiro | fevereiro | marÇo … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da...

8
Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2012 I M P R E S S O www.sobape.com.br INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA A assistência ao recém-nascido ainda na sala de parto é fundamental para a redução da mortalidade neonatal, que representa 68% da mortalidade de crianças menores que 1 ano - sendo a asfixia perinatal responsável por 20% destas mortes, como destaca a neonatologista Tatiana Maciel. Com o objetivo de treinar e capacitar os profissionais de saúde que prestam assistência ao neonato, a SOBAPE, em parceria com a SBP, promove o Curso de Reanimação Neonatal. Além dos pediatras e neonatologistas, o curso teórico-prático é voltado para demais profissionais de saúde que atuam nas salas de parto, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, obstetras e anestesistas. Página 3. Curso teórico-prático capacita profissionais que atuam na sala de parto Com capacidade para atender a mais de cem crianças diariamente, o Hospital São Rafael inaugurou sua nova emergência pediátrica, fortalecendo e ampliando o aten- dimento no estado. Na triagem, é feita a classificação de risco (ver- de, amarelo, vermelho), o que fa- cilita o fluxo assistencial e prioriza os pacientes com patologias mais graves. Dispondo de equipamen- tos de última geração, a unidade conta com equipes especializa- das no atendimento pediátrico e está pronta para atender casos de parada cardiorrespiratória e poli- trauma, entre outras patologias da infância. Página 5. Realizado no Hospital Espanhol, no mês de abril, o “VI Simpósio Internacional de Alimentação e Nutrição no Século XXI”, reuniu 150 participantes, entre médicos, estudantes de medicina e demais profissionais de saúde. Além de médicos baianos e de outros estados, como São Paulo, a atividade, realizada pela primeira vez fora da Espanha, contou com a presença de sete professores espanhóis. Página 4. Médicos baianos representam o estado em atividades nacionais Pediatras baianos participam de eventos na- cionais. Confira algumas atividades que estão programadas para os próximos meses, a exem- plo do “14º Congresso Brasileiro de Gastroen- terologia Pediátrica”, que contará com a parti- cipação dos pediatras Luciana Silva e Hugo da Costa Ribeiro Júnior. A atividade será entre 5 e 9 de junho, em São Paulo. Página 6. ARTIGO: Dra. Junaura Barretto em: “Cólica do lactente e dieta materna”. Página 7. Nova emergência pediátrica do Hospital São Rafael Atividade trouxe sete professores da Espanha Foto: Dolores Fernandez

Upload: phamlien

Post on 11-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2012

I M P R E S S O

www.sobape.com.br

INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA

A assistência ao recém-nascido ainda na sala de parto é fundamental para a redução da mortalidade neonatal, que representa 68% da mortalidade de crianças menores que 1 ano - sendo a asfixia perinatal responsável por 20% destas mortes, como destaca a neonatologista Tatiana Maciel. Com o objetivo de treinar e capacitar os profissionais de saúde que prestam assistência ao neonato, a SOBAPE, em parceria com a SBP, promove o Curso de Reanimação Neonatal. Além dos pediatras e neonatologistas, o curso teórico-prático é voltado para demais profissionais de saúde que atuam nas salas de parto, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, obstetras e anestesistas.

Página 3.Curso teórico-prático capacita profissionais que atuam na sala de parto

Com capacidade para atender a mais de cem crianças diariamente, o Hospital São Rafael inaugurou sua nova emergência pediátrica, fortalecendo e ampliando o aten-dimento no estado. Na triagem, é feita a classificação de risco (ver-de, amarelo, vermelho), o que fa-cilita o fluxo assistencial e prioriza os pacientes com patologias mais graves. Dispondo de equipamen-tos de última geração, a unidade conta com equipes especializa-das no atendimento pediátrico e está pronta para atender casos de parada cardiorrespiratória e poli-trauma, entre outras patologias da infância.

Página 5.

Realizado no Hospital Espanhol, no mês de abril, o “VI Simpósio Internacional de Alimentação e Nutrição no Século XXI”, reuniu 150 participantes, entre médicos, estudantes de medicina e demais profissionais de saúde. Além de médicos baianos e de outros estados, como São Paulo, a atividade, realizada pela primeira vez fora da Espanha, contou com a presença de sete professores espanhóis.

Página 4.

Médicos baianos representam oestado em atividades nacionais

Pediatras baianos participam de eventos na-cionais. Confira algumas atividades que estão programadas para os próximos meses, a exem-plo do “14º Congresso Brasileiro de Gastroen-terologia Pediátrica”, que contará com a parti-cipação dos pediatras Luciana Silva e Hugo da Costa Ribeiro Júnior. A atividade será entre 5 e 9 de junho, em São Paulo.

Página 6. ARTIGO: Dra. Junaura Barretto em: “Cólica do lactente

e dieta materna”. Página 7.

Nova emergência pediátrica do Hospital São RafaelAtividade trouxe sete professores da Espanha

Foto

: Dol

ores

Fer

nand

ez

Page 2: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

2

Presidente: Hans Walter Ferreira Greve

1ª Vice-presidente: Délia Cerviño Peleteiro

2ª Vice-presidente: Nadya Fernanda Modesto Habib

(Vitória da Conquista)

Secretária Geral: Maria de Lourdes Santiago Costa Leite

1º Secretário: José Carlos Junqueira Ayres Neto

2ª Secretária: Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro: Gervásio Fernandes dos Santos

(Feira de Santana)

Diretora Científica: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

Diretor de Defesa Profissional: Fernando Antonio Castro Barreiro

Diretor de Patrimônio: Ivan Paulo Campos Guerra

Diretora de Marketing e Eventos: Nilcéa de Moura Freire

Comissão de Sindicância: Edazima Ferrari Bulhões

Leuser Americano da CostaHermila Tavares Villar Guedes

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Círia Santana e Sant’Anna Isa Menezes Lyra

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719Tiragem: 1.500 exemplares

Impressão: P&A Gráfica e Editora Ltda.

O conteúdo dos artigos publicados neste informa-tivo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba -

CEP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

email: [email protected]

7

FernandoBarreiro

EDIT

ORIA

LFo

to: P

aulo

Mac

edo

Ace

rvo

pess

oal

Junaura Barretto*

ARTI

GON o dia 25 de abril, as entidades médicas unidas re-

alizaram mais um Dia Nacional de Advertência às operadoras de saúde. Marca a luta da classe médica

em prol de recuperação das perdas financeiras dos honorários médicos de consultas e procedimentos. Marca também a reivindicação para ter a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) como referência na relação entre a classe médica e os planos de saúde.

A SOBAPE, cônscia da problemática relação entre médicos e em-presas operadoras de saúde, coloca a sua posição clara de estimular os pediatras a refletirem sobre a possibilidade de atender os seus pacientes sem a intermediação dos planos de saúde.

Após a publicação da CBHPM, em 2004, e o movimento que se seguiu, com a paralisação do atendimento por parte dos médicos, de al-guns convênios durante certo período e o retorno do atendimento sem as garantias da implantação da CBHPM, a SOBAPE reconheceu que, para a categoria médica caminhar rumo à sua autonomia e valorização profissional, apenas uma via surge à nossa frente: abandonar ou não atender por planos de saúde.

Tenho acompanhado a luta da Comissão Nacional e Estadual de Honorários Médicos e, não obstante à valentia e tenacidade de seus membros, as vitórias são muito poucas e pequenas.

Mantemos o nosso posicionamento de que a consulta particular, isto é, sem intermediários na relação médico-paciente, é a única manei-ra de sermos independentes em nossa conduta médica. Dessa forma, a SOBAPE está em fase final de preparação de palestra informativa sobre os planos de saúde, a CBHPM e a forma adequada de se relacionar com as empresas de saúde para aqueles que desejarem atender por este siste-ma. Esta palestra será oferecida aos residentes de Pediatria e aos alunos de graduação. Solicitamos aos coordenadores das residências médicas de Pediatria da Bahia e aos coordenadores médicos das faculdades de Medicina que desejarem mostrar o conteúdo trabalhado pela SOBAPE que entrem em contato conosco para programarmos o evento.

Estamos à disposição de todos.

*Fernando Barreiro –

Diretor de Defesa Profissional da

SOBAPE.

Devido ao pedido de licença do presiden-te Hans Greve, a 1a vice-presidente, Délia Pe-leteiro, assume a presidência da SOBAPE por um período de seis meses. O comunicado foi feito durante reunião de diretoria realizada no dia 14 de abril, quando dr. Hans redigiu carta enviada aos colegas pediatras. Segue a íntegra da carta:

“Caros Colegas,

Informo que em Reunião de Diretoria reali-zada dia 17.04.2012 apresentei pedido de licença do Cargo de Presidente da Sobape, pelo período de 06 (seis) meses, para tratar de assuntos par-ticulares. Conforme determina o nosso Estatuto, assumirá a Presidência a colega Délia Peleteiro, nossa 1º Vice-Presidente.

Conto com a compreensão e a colaboração de todos, para que Délia possa levar adiante os Pro-jetos da nossa Gestão.

Um forte abraço”,

Hans GrevePresidente da SOBAPE

NOTASO 12º Congresso Brasileiro de Aler-

gia e Imunologia em Pediatria, de 27 a 30 de abril, em São Paulo, contou com a participação da pediatra baiana Her-mila Guedes, que integra do Departa-mento de Alergia e Imunologia da SBP. Além de participar como palestrante, coordenadora de mesa-redonda e deba-tedora, dra. Hermila também integrou a comissão científica do congresso.

* * *

“Doença Celíaca: Avanços e Pers-pectivas” é o tema central do IV Con-gresso Nacional de Doença Celíaca/X Encontro Nacional de ACELBRAs e Grupos de Celíacos, de 3 a 5 de maio, em Fortaleza (CE). Informações: http://acelbrace.webnode.com.br/

* * *

Entre 14 e 17 de agosto, será reali-zado o Curso Nestlé de Atualização em Pediatria, no Riocentro, Rio de Janei-ro. Informações: www.nestlenutrition.com.br

Cólica do lactente e dieta maternaA cólica do lactente é uma condição transitó-

ria, que ocorre geralmente do décimo dia de vida ao terceiro mês, acomete lactentes saudáveis, na grande maioria das vezes, e está associada à ima-turidade do trato gastrointestinal e à dinâmica da relação mãe-filho.

A causa fisiológica principal seria a imaturi-dade do trato gastrointestinal com movimentos peristálticos descoordenados e intensos, causan-do dor e desconforto. Dentre as principais causas patológicas poderíamos citar a alergia alimentar, especialmente ao leite de vaca (sobretudo se este for introduzido de forma integral e antes do pri-meiro ano de vida), má absorção intestinal e a do-ença do refluxo gastresofágico.

A cólica caracteriza-se pela presença de paro-xismos de irritabilidade em um bebê alimentado e saudável, choro excessivo e inconsolável por mais de três horas por dia, com ocorrência de, no míni-mo, três vezes por semana, e que desaparecem por volta do terceiro ou quarto mês de idade.

Só é conhecida a influência da ingesta materna do leite de vaca e da exacerbação de cólicas em lac-tentes com alergia alimentar diagnosticada. Não há evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna melhoraria o padrão de desconforto em lactentes não portadores de alergia alimentar.

Embora alguns estudos evidenciem que os lac-tentes amamentados exclusivamente estão mais protegidos dos sintomas, em um estudo de corte realizado com cerca de 860 mães, o autor afirma não haver uma associação entre a fonte alimentar do bebê e o aparecimento de cólica.

Estudos que correlacionam ingesta de crucífe-ras (couve, brócolis, repolho), bem como outros alimentos, são escassos e inconclusivos.

Não há medidas específicas para tratar a cólica. A manutenção do aleitamento materno, a orien-tação específica da técnica de aleitamento para evitar a deglutição excessiva de ar, o uso de calor no abdome e a execução de movimentos rítmicos como o do caminhar ou do ninar podem acalmar o bebê e minimizar os sintomas. Qualquer estra-tégia que melhore a relação do binômio mãe-bebê também é útil no tratamento.

A dieta de restrição materna, a não ser em casos comprovados de alergia alimentar, não demonstra ter efeito benéfico direto e permanente na remis-são dos sintomas.

Os pediatras devem orientar as mães a evitar a fadiga e a exaustão e devem encorajá-las a des-cansar, solicitando ajuda sempre que possível. O pediatra pode, inclusive, receitar medicações sin-tomáticas (analgésicos). Uma grande variedade de medicamentos já foi testada, desde antiespasmó-dicos e relaxantes musculares leves, passando por antiácidos e agentes antiflatulentos, mas nenhum deles demonstrou ter êxito constante.

A cólica é uma condição benigna que o bebê geralmente supera aos três ou quatro meses. A boa relação mãe-filho, o aleitamento materno ex-clusivo nos primeiros seis meses, bem como um ambiente familiar harmônico, propiciam uma superação mais rápida e menos estressante desta condição fisiológica.

Junaura Barretto é

gastroenterologista pediátrica,

especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela

SBNE, mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal da Bahia.

Page 3: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

36

FIQU

E PO

R D

ENTR

O

DES

TAQU

E

Aprovados na capacitação recebem certificado da SBP válido por dois anos

Cercado de cuidados e sob olha-res atentos de profissionais treina-dos e capacitados para dar o suporte necessário, realizando ações eficazes que diminuam a indicação de proce-dimentos mais complexos e garantam seu pleno crescimento e desenvolvi-mento. É assim que precisar estar o recém-nascido nos seus primeiros minutos de vida. E para garantir a qualidade da assistência ao neonato, a SOBAPE promove regularmente o Curso de Reanimação Neonatal, em parceria com a SBP.

De caráter teórico-prático, o cur-so está voltado para o atendimento aos bebês no momento do nascimen-to e é realizado nos moldes do mesmo treinamento oferecido pela Acade-mia Americana de Pediatria, em as-sociação com a Academia Americana de Cardiologia.

“Trata-se de um programa de suporte vital avançado ao recém--nascido, que vem tendo resultados muito positivos na redução da asfixia perinatal”, defende a coordenadora Estadual do Curso de Reanimação Neonatal, a neonatologista Tatiana Maciel.

Sua observação é embasada em estimativas que mostram que “a mor-talidade neonatal representa 68% da mortalidade de crianças menores que 1 ano e a asfixia perinatal é respon-sável por 20% destas mortes, além de contribuir para uma elevada morbi-dade nas crianças sobreviventes”.

Dados nacionais

A repercussão prática do treina-mento dos profissionais de saúde em reanimação na sala de parto pode ser exemplificada, conforme destaca a médica, através de dados apresen-tados pela Comissão de Reanimação Neonatal Nacional.

Os registros dão conta de que um em cada dez recém-nascidos ne-cessita de assistência para iniciar a respiração ao nascimento. Relatos também mostram que, quando há indicação de ventilação com pressão positiva, cerca de 90% dos recém--nascidos melhoram com a ventila-

ção com balão e máscara quando a mesma é realizada de maneira cor-reta, e só 10% necessitam de intuba-ção traqueal.

“Além disso, somente cerca de 10% dos pacientes que recebem ven-tilação com pressão positiva necessi-tam de massagem cardíaca e/ou do uso de medicações”, completa dra. Tatiana, que faz questão de frisar a importância desde treinamento para os médicos e demais profissionais de saúde que prestam assistência ao re-cém-nascido na sala de parto. “Este curso representa, hoje em dia, uma das maiores contribuições ao meio pediátrico”, defende.

* Regina Terse Trindade Ramos Mestre e Doutora em Medicina e Saúde Humana

Professora adjunto do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA)Membro do Departamento de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria

SO

BA

PE

/Div

ulga

ção

Dra. Tatiana Maciel

Abrangência do treinamento e metodologiaAlém de ser direcionado a pediatras e neonatologistas, Curso de Reanima-

ção Neonatal é oferecido a outros profissionais de saúde que prestam atendi-mento a recém-nascidos em sala de parto, a exemplo de obstetras, anestesis-tas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Teórico-prático, tem duração de oito horas e inclui pré-teste, duas aulas teóricas, quatro práticas e pós-teste.

Conforme explica dra. Tatiana Maciel, os treinamentos são realizados sempre que solicitados por instituições, hospitais, cursos de especialização, entre outros. “Existe uma programação especial para o treinamento dos re-sidentes de Pediatria e a meta do Programa de Reanimação Neonatal (PRN) é o treinamento de todos os residentes de durante o período da residência”, completa.

Todos os instrutores são pediatras filiados à SOBAPE e treinados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Cada regional estadual da SBP conta com infraestrutura necessária à realização da capacitação – material, instru-tores e coordenadores. Todos os cursos são cadastrados na SBP, que emite certificado com validade de dois anos para os alunos aprovados.

O material do curso é composto por slides, manequins neonatais de reani-mação, material para ventilação, material para intubação traqueal, estetoscó-pios e medicações de uso em sala de parto.

Os interessados no curso devem fazer contato com a SOBAPE: (71) 3341-6013.

Com a chegada do outono, observamos o crescimento do número de infecções res-piratórias virais, com consultórios médicos cheios e emergências pediátricas superlota-das. As crianças mais jovens, com quadros alérgicos e com co-morbidades associadas e as escolarizadas precocemente situam-se entre aquelas com maior risco de acometi-mento.

Dentre as infecções agudas do trato respiratório inferior, a bronquiolite aguda viral é a mais comum e responsável por um grande número de hospitalizações.

Em países como o Brasil, o número de mortes pela doença é relativamente baixo (entre 1 e 2%) e vem diminuindo, entretan-to, crianças com co-morbidades associadas como imunodeficiências, doenças crônicas pulmonares ou com cardiopatias congênitas apresentam quadro mais grave, aumentan-do a mortalidade, que pode chegar a 37%.

A bronquiolite incide mais no primeiro ano de vida, com um pico maior entre 2 e 6 meses de idade. A transmissão se faz por via aérea, por meio de gotículas de saliva ou por contato direto com secreções contaminadas. Dados da literatura nacional revelam que a prevalência do vírus sincicial respiratório (VSR) no Brasil varia de 21 a 67,8%. O VSR é o agente mais frequentemente envolvido.

O quadro clínico da bronquiolite é ca-racterizado por presença de rinorréia fran-ca, obstrução nasal e tosse. Em 2/3 dos casos há febre. Após 3 a 7 dias do início do qua-dro, observa-se taquipnéia, sibilância, expi-ração prolongada com ou sem a presença de crepitação, indicando um quadro obstruti-vo de via aérea inferior. Algumas crianças podem apresentar apneia, particularmente os prematuros e os menores de 2 meses de idade. Conjuntivite, rinite e otite média aguda podem frequentemente acompanhar os quadros de bronquiolite, que tem diag-nóstico essencialmente clínico.

A radiografia de tórax não deverá ser re-alizada de rotina, sobretudo em casos leves da doença, mas sim na suspeita de compli-cações e deterioração do quadro clínico.

O diagnóstico etiológico poderá ser re-alizado através da obtenção do aspirado na-so-faríngeo, a fim de se realizar cultura, rea-ção de cadeia da polimerase (PCR) e imuno-

fluorescência indireta, para identificação do agente causal. A gasometria arterial revela algum grau de hipoxemia ou de

retenção de CO2 nos casos graves e os resultados do hemograma são ines-pecíficos.

Em crianças saudáveis, a bron-quiolite tem um curso autolimita-do e a terapia consiste em medidas

de suporte, mantendo o paciente com a oxigenação adequada e bem hidratado. Em alguns casos, torna-se necessária a hidratação parenteral. A alimentação de-verá ser suspensa se a taquidispnéia for muito intensa para evitar a aspiração pul-monar dos alimentos ingeridos, porém a suspensão da dieta deverá ser o mais breve possível. Em relação à fisioterapia respiratória, dados da literatura são con-traditórios.

Existe também um considerável de-bate e discordâncias sobre o papel dos broncodilatadores. Mesmo que não te-nham se mostrado efetivos no tratamento da bronquiolite viral, é difícil diferen-ciar, no primeiro episódio de sibilância, pacientes com asma daqueles com bron-quiolite viral isolada.

E os benefícios dos glicocorticóides? Estes são incertos. O seu uso seria justi-ficado, por alguns autores, por sua ação antiinflamatória, reduzindo, assim, a obstrução da via aérea por diminuição do edema da mucosa bronquiolar. Podem ser benéficos em alguns subgrupos de crian-ças, como aquelas com doenças pulmona-res crônicas (displasia broncopulmonar) e aquelas com episódios prévios de sibilân-cia com fatores de risco para asma.

O benefício de agentes antivirais, como a Ribavirina, estaria restrito a crianças imunocomprometidas e com bronquiolite grave por VSR. A terapia an-tibacteriana está restrita a pacientes com bronquiolite com evidências de infecção bacteriana associada.

Vários relatos na literatura reportam o benefício da solução salina nebulizada,

seja a 3% ou 5%, em melhorar o escore de gravidade clínica destes pacientes. A solução salina atuaria no edema da via aérea e nos plugs de muco.

Um tópico importantíssimo nessa discussão é a instituição de medidas profiláticas. Sendo a bronquiolite pre-dominantemente viral, as mãos deverão ser cuidadosamente lavadas antes e após contato direto com o paciente, e, nos casos de hospitalização, as medidas de isolamento de contato tornam-se neces-sárias.

A imunização passiva com pali-zivumabe, um anticorpo monoclonal contra a glicoproteína F do VSR, di-minui o risco de hospitalização em crianças com doença pulmonar crôni-ca, crianças prematuras e portadoras de doença cardíaca congênita. Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, o palivizumabe deverá ser administrado na dose de 15 mg/kg/dia, por via intramuscular, a cada 30 dias, iniciado antes do período de sazonali-dade do VSR. São preconizadas cinco doses, consideradas suficientes para promover proteção durante todo o pe-ríodo de circulação do vírus.

Vale reforçar que a maioria das crianças com bronquiolite aguda tem doença autolimitada e o tratamento é feito em ambulatório, sendo que ape-nas de 1 a 3% das crianças requerem admissão hospitalar.

Leia a versão completa no site www.sobape.com.br

A Bahia estará representada no “14º Congresso Brasileiro de Gastroenterolo-gia Pediátrica” pelos pediatras Luciana Silva e Hugo da Costa Ribeiro Júnior. A atividade será realizada entre 5 e 9 de junho, na capital paulista, e vai reunir profissionais do Brasil e convidados inter-nacionais.

Dra. Luciana Silva será debatedora da mesa--redonda Doença Celíaca, no dia 7, e fará a palestra Obesidade e distúrbios de motilidade, dia 8. Também no dia 8, a miniconferên-cia Impacto do uso de fór-mulas infantis otimizadas na nutrição de lactentes. Um estudo brasileiro terá dr. Hugo Júnior como pales-trante.

O congresso será pre-sidido pela médica Vera Lucia Sdepanian. Confor-me destaca a presidente, será um importante fórum

de discussão das doenças relacionadas à prática diária de consultórios, ambu-latórios da rede básica e hospitalar do sistema único de saúde, assim como da rede complementar.

Outras informações e inscrições pelo site: www.gastroped2012.com.br

Page 4: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

54

Salvador foi a primeira cidade fora da Espanha a sediar o “VI Simpósio Internacional de Alimen-tação e Nutrição no Século XXI”. A atividade, nos dias 13 e 14 de abril, no Centro Médico do Hos-pital Espanhol, reuniu 150 médicos, estudantes de medicina e demais profissionais de saúde. Em paralelo, foi realizada a “II Reunião Internacional da Asomega”.

“Sucesso total!”. Assim foi definido o even-to pela presidente do simpósio, dra. Maria Jesus Bendicho. Cirurgiã pediatra, estimada e respei-tada pelos pediatras baianos, dra. Jesus, como é conhecida, declara que “a presença do público, lo-tando o Auditório Galícia, foi muito gratificante para a comissão organizadora e que a participação dos professores foi especial pela troca de experiên-cias nos temas abordados”.

Dra. Délia Cerviño, presidente de honra do evento e presidente em exercício da SOBAPE, também disse estar muito satisfeita com o resulta-do do simpósio, que contou com a participação do diretor de Defesa Profissional da SOBAPE, Fer-nando Barreiro, na comissão organizadora.

A atividade trouxe à capital baiana sete pro-fessores da Espanha, especialistas nas áreas de en-docrinologia e nutrição. Além disso, participaram profissionais baianos, entre endocrinologistas, cirurgião bariátrico, ortopedista, pediatra, nutró-logos e nutricionistas.

Temas

Como nas cinco edições anteriores do simpó-sio, todas realizadas em Baiona (Galícia), a progra-mação incluiu temas atuais desafiadores, entre os quais alguns apresentados por pediatras baianos, como “Aleitamento materno no século XXI. É possível?”, com dra. Dolores Fernandez; “Progra-mação metabólica na gestação e na infância”, com dra. Junaura Barretto; e “Mudanças no perfil do diabetes na infância e na adolescência”, com dra. Renata Arruti, entre outros. O professor paulista, José Perez Rial, especialista em neurocirurgia, tra-tou das “Funções hipotalâmicas na alimentação”.

O “VI Simpósio Internacional de Alimenta-ção e Nutrição no Século XXI” foi promovido pela Associação de Médicos Galegos (Asomega/BA) em parceria com a Sociedade Baiana de Pe-diatria (SOBAPE) e o Hospital Espanhol.

Simpósio lotou Auditório Galícia, no Hospital Espanhol

Dra.Junaura Barretto

Dra. Renata Arruti

Foto

s: D

olor

es F

erna

ndez Com um layout especialmente desen-

volvido para acolher crianças e estrutura física humanizada, já está em pleno fun-cionamento a nova Emergência Pediátrica do Hospital São Rafael (HSR). Com capa-cidade para atender a mais de cem crian-ças por dia, a unidade faz o acolhimento, triagem e classificação de risco (verde, amarelo, vermelho), facilitando o fluxo assistencial e priorizando o atendimento dos pacientes com patologias de maior gravidade.

“Assim como todo o Hospital São Rafael, seguimos o modelo de altos pa-drões de qualidade hospitalar, segundo a Organização Nacional de Acreditação (ONA), recebendo o certificado do nível II-Acreditação Plena”, diz o coordenador do Serviço de Pediatria, dr. Roberto Sa-polnik, acrescentando a importância da unidade na ampliação do atendimento em todo o estado.

Com equipes médicas e de enferma-gem especializadas nos cuidados pediátri-cos, o serviço possui leitos de observação (sendo dois de isolamento), espaço indi-vidualizado para procedimentos (como exames e nebulização), além de duas salas de urgência equipadas com recursos de última geração para atendimento de para-da cardiorrespiratória e politrauma, como destaca dr. Sapolnik.

Equipes

Localizada no 3º subsolo, numa área construída de cerca de 500 metros qua-drados, a emergência dispõe também de equipes de especialistas de sobreaviso nas áreas de cirurgia pediátrica, neurolo-gia infantil e neurocirurgia. Os pacientes contam com serviço próprio de radiolo-gia e todo o suporte tecnológico do HSR (tomografia, ressonância, PET_SCAN), além da retaguarda da internação e da uni-dade de Terapia Intensiva Pediátrica.

“Todos os tempos de atendimento são gerenciados (senha, ficha de atendi-mento, tempo de permanência, taxa de retorno com menos de 72h), assim como estabelecimento de metas para protocolos (pneumonia, sepse), possibilitando a me-lhoria continuada, característica do hospi-tal”, destaca o coordenador.

Colorido e acolhedor, o projeto foi desenvolvido para tornar a vivência da criança durante a sua passagem pela emergência um momento de afeto e cari-nho, minimizando o estresse e os traumas relacionados à dinâmica hospitalar.

Decoração com motivos infantis torna ambiente mais acolhedor

“Toda a região norte (Paralela, Imbuí, Itapuã, Ipitanga, Lauro de Freitas) assim como os demais bairros, contam com um serviço pediátrico de referência nacional, fortalecendo o atendimento pediátrico de qualidade”, destaca dr. Roberto Sapolnik.

A solenidade de inauguração da Emergência Pediátrica do HSR foi realizada no dia 14 de março e, entre outros convidados, contou com a

presença do presidente licenciado da SOBAPE, dr. Hans Greve.

Foto

s: A

scom

HS

R

Page 5: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

54

Salvador foi a primeira cidade fora da Espanha a sediar o “VI Simpósio Internacional de Alimen-tação e Nutrição no Século XXI”. A atividade, nos dias 13 e 14 de abril, no Centro Médico do Hos-pital Espanhol, reuniu 150 médicos, estudantes de medicina e demais profissionais de saúde. Em paralelo, foi realizada a “II Reunião Internacional da Asomega”.

“Sucesso total!”. Assim foi definido o even-to pela presidente do simpósio, dra. Maria Jesus Bendicho. Cirurgiã pediatra, estimada e respei-tada pelos pediatras baianos, dra. Jesus, como é conhecida, declara que “a presença do público, lo-tando o Auditório Galícia, foi muito gratificante para a comissão organizadora e que a participação dos professores foi especial pela troca de experiên-cias nos temas abordados”.

Dra. Délia Cerviño, presidente de honra do evento e presidente em exercício da SOBAPE, também disse estar muito satisfeita com o resulta-do do simpósio, que contou com a participação do diretor de Defesa Profissional da SOBAPE, Fer-nando Barreiro, na comissão organizadora.

A atividade trouxe à capital baiana sete pro-fessores da Espanha, especialistas nas áreas de en-docrinologia e nutrição. Além disso, participaram profissionais baianos, entre endocrinologistas, cirurgião bariátrico, ortopedista, pediatra, nutró-logos e nutricionistas.

Temas

Como nas cinco edições anteriores do simpó-sio, todas realizadas em Baiona (Galícia), a progra-mação incluiu temas atuais desafiadores, entre os quais alguns apresentados por pediatras baianos, como “Aleitamento materno no século XXI. É possível?”, com dra. Dolores Fernandez; “Progra-mação metabólica na gestação e na infância”, com dra. Junaura Barretto; e “Mudanças no perfil do diabetes na infância e na adolescência”, com dra. Renata Arruti, entre outros. O professor paulista, José Perez Rial, especialista em neurocirurgia, tra-tou das “Funções hipotalâmicas na alimentação”.

O “VI Simpósio Internacional de Alimenta-ção e Nutrição no Século XXI” foi promovido pela Associação de Médicos Galegos (Asomega/BA) em parceria com a Sociedade Baiana de Pe-diatria (SOBAPE) e o Hospital Espanhol.

Simpósio lotou Auditório Galícia, no Hospital Espanhol

Dra.Junaura Barretto

Dra. Renata Arruti

Foto

s: D

olor

es F

erna

ndez Com um layout especialmente desen-

volvido para acolher crianças e estrutura física humanizada, já está em pleno fun-cionamento a nova Emergência Pediátrica do Hospital São Rafael (HSR). Com capa-cidade para atender a mais de cem crian-ças por dia, a unidade faz o acolhimento, triagem e classificação de risco (verde, amarelo, vermelho), facilitando o fluxo assistencial e priorizando o atendimento dos pacientes com patologias de maior gravidade.

“Assim como todo o Hospital São Rafael, seguimos o modelo de altos pa-drões de qualidade hospitalar, segundo a Organização Nacional de Acreditação (ONA), recebendo o certificado do nível II-Acreditação Plena”, diz o coordenador do Serviço de Pediatria, dr. Roberto Sa-polnik, acrescentando a importância da unidade na ampliação do atendimento em todo o estado.

Com equipes médicas e de enferma-gem especializadas nos cuidados pediátri-cos, o serviço possui leitos de observação (sendo dois de isolamento), espaço indi-vidualizado para procedimentos (como exames e nebulização), além de duas salas de urgência equipadas com recursos de última geração para atendimento de para-da cardiorrespiratória e politrauma, como destaca dr. Sapolnik.

Equipes

Localizada no 3º subsolo, numa área construída de cerca de 500 metros qua-drados, a emergência dispõe também de equipes de especialistas de sobreaviso nas áreas de cirurgia pediátrica, neurolo-gia infantil e neurocirurgia. Os pacientes contam com serviço próprio de radiolo-gia e todo o suporte tecnológico do HSR (tomografia, ressonância, PET_SCAN), além da retaguarda da internação e da uni-dade de Terapia Intensiva Pediátrica.

“Todos os tempos de atendimento são gerenciados (senha, ficha de atendi-mento, tempo de permanência, taxa de retorno com menos de 72h), assim como estabelecimento de metas para protocolos (pneumonia, sepse), possibilitando a me-lhoria continuada, característica do hospi-tal”, destaca o coordenador.

Colorido e acolhedor, o projeto foi desenvolvido para tornar a vivência da criança durante a sua passagem pela emergência um momento de afeto e cari-nho, minimizando o estresse e os traumas relacionados à dinâmica hospitalar.

Decoração com motivos infantis torna ambiente mais acolhedor

“Toda a região norte (Paralela, Imbuí, Itapuã, Ipitanga, Lauro de Freitas) assim como os demais bairros, contam com um serviço pediátrico de referência nacional, fortalecendo o atendimento pediátrico de qualidade”, destaca dr. Roberto Sapolnik.

A solenidade de inauguração da Emergência Pediátrica do HSR foi realizada no dia 14 de março e, entre outros convidados, contou com a

presença do presidente licenciado da SOBAPE, dr. Hans Greve.

Foto

s: A

scom

HS

R

Page 6: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

36

FIQU

E PO

R D

ENTR

O

DES

TAQU

E

Aprovados na capacitação recebem certificado da SBP válido por dois anos

Cercado de cuidados e sob olha-res atentos de profissionais treina-dos e capacitados para dar o suporte necessário, realizando ações eficazes que diminuam a indicação de proce-dimentos mais complexos e garantam seu pleno crescimento e desenvolvi-mento. É assim que precisar estar o recém-nascido nos seus primeiros minutos de vida. E para garantir a qualidade da assistência ao neonato, a SOBAPE promove regularmente o Curso de Reanimação Neonatal, em parceria com a SBP.

De caráter teórico-prático, o cur-so está voltado para o atendimento aos bebês no momento do nascimen-to e é realizado nos moldes do mesmo treinamento oferecido pela Acade-mia Americana de Pediatria, em as-sociação com a Academia Americana de Cardiologia.

“Trata-se de um programa de suporte vital avançado ao recém--nascido, que vem tendo resultados muito positivos na redução da asfixia perinatal”, defende a coordenadora Estadual do Curso de Reanimação Neonatal, a neonatologista Tatiana Maciel.

Sua observação é embasada em estimativas que mostram que “a mor-talidade neonatal representa 68% da mortalidade de crianças menores que 1 ano e a asfixia perinatal é respon-sável por 20% destas mortes, além de contribuir para uma elevada morbi-dade nas crianças sobreviventes”.

Dados nacionais

A repercussão prática do treina-mento dos profissionais de saúde em reanimação na sala de parto pode ser exemplificada, conforme destaca a médica, através de dados apresen-tados pela Comissão de Reanimação Neonatal Nacional.

Os registros dão conta de que um em cada dez recém-nascidos ne-cessita de assistência para iniciar a respiração ao nascimento. Relatos também mostram que, quando há indicação de ventilação com pressão positiva, cerca de 90% dos recém--nascidos melhoram com a ventila-

ção com balão e máscara quando a mesma é realizada de maneira cor-reta, e só 10% necessitam de intuba-ção traqueal.

“Além disso, somente cerca de 10% dos pacientes que recebem ven-tilação com pressão positiva necessi-tam de massagem cardíaca e/ou do uso de medicações”, completa dra. Tatiana, que faz questão de frisar a importância desde treinamento para os médicos e demais profissionais de saúde que prestam assistência ao re-cém-nascido na sala de parto. “Este curso representa, hoje em dia, uma das maiores contribuições ao meio pediátrico”, defende.

* Regina Terse Trindade Ramos Mestre e Doutora em Medicina e Saúde Humana

Professora adjunto do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA)Membro do Departamento de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria

SO

BA

PE

/Div

ulga

ção

Dra. Tatiana Maciel

Abrangência do treinamento e metodologiaAlém de ser direcionado a pediatras e neonatologistas, Curso de Reanima-

ção Neonatal é oferecido a outros profissionais de saúde que prestam atendi-mento a recém-nascidos em sala de parto, a exemplo de obstetras, anestesis-tas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Teórico-prático, tem duração de oito horas e inclui pré-teste, duas aulas teóricas, quatro práticas e pós-teste.

Conforme explica dra. Tatiana Maciel, os treinamentos são realizados sempre que solicitados por instituições, hospitais, cursos de especialização, entre outros. “Existe uma programação especial para o treinamento dos re-sidentes de Pediatria e a meta do Programa de Reanimação Neonatal (PRN) é o treinamento de todos os residentes de durante o período da residência”, completa.

Todos os instrutores são pediatras filiados à SOBAPE e treinados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Cada regional estadual da SBP conta com infraestrutura necessária à realização da capacitação – material, instru-tores e coordenadores. Todos os cursos são cadastrados na SBP, que emite certificado com validade de dois anos para os alunos aprovados.

O material do curso é composto por slides, manequins neonatais de reani-mação, material para ventilação, material para intubação traqueal, estetoscó-pios e medicações de uso em sala de parto.

Os interessados no curso devem fazer contato com a SOBAPE: (71) 3341-6013.

Com a chegada do outono, observamos o crescimento do número de infecções res-piratórias virais, com consultórios médicos cheios e emergências pediátricas superlota-das. As crianças mais jovens, com quadros alérgicos e com co-morbidades associadas e as escolarizadas precocemente situam-se entre aquelas com maior risco de acometi-mento.

Dentre as infecções agudas do trato respiratório inferior, a bronquiolite aguda viral é a mais comum e responsável por um grande número de hospitalizações.

Em países como o Brasil, o número de mortes pela doença é relativamente baixo (entre 1 e 2%) e vem diminuindo, entretan-to, crianças com co-morbidades associadas como imunodeficiências, doenças crônicas pulmonares ou com cardiopatias congênitas apresentam quadro mais grave, aumentan-do a mortalidade, que pode chegar a 37%.

A bronquiolite incide mais no primeiro ano de vida, com um pico maior entre 2 e 6 meses de idade. A transmissão se faz por via aérea, por meio de gotículas de saliva ou por contato direto com secreções contaminadas. Dados da literatura nacional revelam que a prevalência do vírus sincicial respiratório (VSR) no Brasil varia de 21 a 67,8%. O VSR é o agente mais frequentemente envolvido.

O quadro clínico da bronquiolite é ca-racterizado por presença de rinorréia fran-ca, obstrução nasal e tosse. Em 2/3 dos casos há febre. Após 3 a 7 dias do início do qua-dro, observa-se taquipnéia, sibilância, expi-ração prolongada com ou sem a presença de crepitação, indicando um quadro obstruti-vo de via aérea inferior. Algumas crianças podem apresentar apneia, particularmente os prematuros e os menores de 2 meses de idade. Conjuntivite, rinite e otite média aguda podem frequentemente acompanhar os quadros de bronquiolite, que tem diag-nóstico essencialmente clínico.

A radiografia de tórax não deverá ser re-alizada de rotina, sobretudo em casos leves da doença, mas sim na suspeita de compli-cações e deterioração do quadro clínico.

O diagnóstico etiológico poderá ser re-alizado através da obtenção do aspirado na-so-faríngeo, a fim de se realizar cultura, rea-ção de cadeia da polimerase (PCR) e imuno-

fluorescência indireta, para identificação do agente causal. A gasometria arterial revela algum grau de hipoxemia ou de

retenção de CO2 nos casos graves e os resultados do hemograma são ines-pecíficos.

Em crianças saudáveis, a bron-quiolite tem um curso autolimita-do e a terapia consiste em medidas

de suporte, mantendo o paciente com a oxigenação adequada e bem hidratado. Em alguns casos, torna-se necessária a hidratação parenteral. A alimentação de-verá ser suspensa se a taquidispnéia for muito intensa para evitar a aspiração pul-monar dos alimentos ingeridos, porém a suspensão da dieta deverá ser o mais breve possível. Em relação à fisioterapia respiratória, dados da literatura são con-traditórios.

Existe também um considerável de-bate e discordâncias sobre o papel dos broncodilatadores. Mesmo que não te-nham se mostrado efetivos no tratamento da bronquiolite viral, é difícil diferen-ciar, no primeiro episódio de sibilância, pacientes com asma daqueles com bron-quiolite viral isolada.

E os benefícios dos glicocorticóides? Estes são incertos. O seu uso seria justi-ficado, por alguns autores, por sua ação antiinflamatória, reduzindo, assim, a obstrução da via aérea por diminuição do edema da mucosa bronquiolar. Podem ser benéficos em alguns subgrupos de crian-ças, como aquelas com doenças pulmona-res crônicas (displasia broncopulmonar) e aquelas com episódios prévios de sibilân-cia com fatores de risco para asma.

O benefício de agentes antivirais, como a Ribavirina, estaria restrito a crianças imunocomprometidas e com bronquiolite grave por VSR. A terapia an-tibacteriana está restrita a pacientes com bronquiolite com evidências de infecção bacteriana associada.

Vários relatos na literatura reportam o benefício da solução salina nebulizada,

seja a 3% ou 5%, em melhorar o escore de gravidade clínica destes pacientes. A solução salina atuaria no edema da via aérea e nos plugs de muco.

Um tópico importantíssimo nessa discussão é a instituição de medidas profiláticas. Sendo a bronquiolite pre-dominantemente viral, as mãos deverão ser cuidadosamente lavadas antes e após contato direto com o paciente, e, nos casos de hospitalização, as medidas de isolamento de contato tornam-se neces-sárias.

A imunização passiva com pali-zivumabe, um anticorpo monoclonal contra a glicoproteína F do VSR, di-minui o risco de hospitalização em crianças com doença pulmonar crôni-ca, crianças prematuras e portadoras de doença cardíaca congênita. Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria, o palivizumabe deverá ser administrado na dose de 15 mg/kg/dia, por via intramuscular, a cada 30 dias, iniciado antes do período de sazonali-dade do VSR. São preconizadas cinco doses, consideradas suficientes para promover proteção durante todo o pe-ríodo de circulação do vírus.

Vale reforçar que a maioria das crianças com bronquiolite aguda tem doença autolimitada e o tratamento é feito em ambulatório, sendo que ape-nas de 1 a 3% das crianças requerem admissão hospitalar.

Leia a versão completa no site www.sobape.com.br

A Bahia estará representada no “14º Congresso Brasileiro de Gastroenterolo-gia Pediátrica” pelos pediatras Luciana Silva e Hugo da Costa Ribeiro Júnior. A atividade será realizada entre 5 e 9 de junho, na capital paulista, e vai reunir profissionais do Brasil e convidados inter-nacionais.

Dra. Luciana Silva será debatedora da mesa--redonda Doença Celíaca, no dia 7, e fará a palestra Obesidade e distúrbios de motilidade, dia 8. Também no dia 8, a miniconferên-cia Impacto do uso de fór-mulas infantis otimizadas na nutrição de lactentes. Um estudo brasileiro terá dr. Hugo Júnior como pales-trante.

O congresso será pre-sidido pela médica Vera Lucia Sdepanian. Confor-me destaca a presidente, será um importante fórum

de discussão das doenças relacionadas à prática diária de consultórios, ambu-latórios da rede básica e hospitalar do sistema único de saúde, assim como da rede complementar.

Outras informações e inscrições pelo site: www.gastroped2012.com.br

Page 7: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

2

Presidente: Hans Walter Ferreira Greve

1ª Vice-presidente: Délia Cerviño Peleteiro

2ª Vice-presidente: Nadya Fernanda Modesto Habib

(Vitória da Conquista)

Secretária Geral: Maria de Lourdes Santiago Costa Leite

1º Secretário: José Carlos Junqueira Ayres Neto

2ª Secretária: Larissa Gaudenzi Lisboa de Oliveira

1ª Tesoureira: Kátia Machado Baptista Falcão

2º Tesoureiro: Gervásio Fernandes dos Santos

(Feira de Santana)

Diretora Científica: Helita Regina Freitas Cardoso de Azevedo

Diretor de Defesa Profissional: Fernando Antonio Castro Barreiro

Diretor de Patrimônio: Ivan Paulo Campos Guerra

Diretora de Marketing e Eventos: Nilcéa de Moura Freire

Comissão de Sindicância: Edazima Ferrari Bulhões

Leuser Americano da CostaHermila Tavares Villar Guedes

Lara de Araújo Torreão

Conselho Fiscal: Romilda Castro de Andrade Cairo

Círia Santana e Sant’Anna Isa Menezes Lyra

Órgão Informativo Oficial da Sociedade Baiana de Pediatria (SOBAPE)

Edição: Ana Cristina Barreto | DRT/BA 1719Tiragem: 1.500 exemplares

Impressão: P&A Gráfica e Editora Ltda.

O conteúdo dos artigos publicados neste informa-tivo é de responsabilidade exclusiva dos autores. A Sociedade Baiana de Pediatria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em textos assinados.

Av. Prof. Magalhães Neto, 1450Ed. Millenium Empresarial - Sala 208 - Pituba -

CEP 41810-012 - Salvador-BahiaTel/fax: (71) 3341-6013

email: [email protected]

7

FernandoBarreiro

EDIT

ORIA

LFo

to: P

aulo

Mac

edo

Ace

rvo

pess

oal

Junaura Barretto*

ARTI

GON o dia 25 de abril, as entidades médicas unidas re-

alizaram mais um Dia Nacional de Advertência às operadoras de saúde. Marca a luta da classe médica

em prol de recuperação das perdas financeiras dos honorários médicos de consultas e procedimentos. Marca também a reivindicação para ter a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) como referência na relação entre a classe médica e os planos de saúde.

A SOBAPE, cônscia da problemática relação entre médicos e em-presas operadoras de saúde, coloca a sua posição clara de estimular os pediatras a refletirem sobre a possibilidade de atender os seus pacientes sem a intermediação dos planos de saúde.

Após a publicação da CBHPM, em 2004, e o movimento que se seguiu, com a paralisação do atendimento por parte dos médicos, de al-guns convênios durante certo período e o retorno do atendimento sem as garantias da implantação da CBHPM, a SOBAPE reconheceu que, para a categoria médica caminhar rumo à sua autonomia e valorização profissional, apenas uma via surge à nossa frente: abandonar ou não atender por planos de saúde.

Tenho acompanhado a luta da Comissão Nacional e Estadual de Honorários Médicos e, não obstante à valentia e tenacidade de seus membros, as vitórias são muito poucas e pequenas.

Mantemos o nosso posicionamento de que a consulta particular, isto é, sem intermediários na relação médico-paciente, é a única manei-ra de sermos independentes em nossa conduta médica. Dessa forma, a SOBAPE está em fase final de preparação de palestra informativa sobre os planos de saúde, a CBHPM e a forma adequada de se relacionar com as empresas de saúde para aqueles que desejarem atender por este siste-ma. Esta palestra será oferecida aos residentes de Pediatria e aos alunos de graduação. Solicitamos aos coordenadores das residências médicas de Pediatria da Bahia e aos coordenadores médicos das faculdades de Medicina que desejarem mostrar o conteúdo trabalhado pela SOBAPE que entrem em contato conosco para programarmos o evento.

Estamos à disposição de todos.

*Fernando Barreiro –

Diretor de Defesa Profissional da

SOBAPE.

Devido ao pedido de licença do presiden-te Hans Greve, a 1a vice-presidente, Délia Pe-leteiro, assume a presidência da SOBAPE por um período de seis meses. O comunicado foi feito durante reunião de diretoria realizada no dia 14 de abril, quando dr. Hans redigiu carta enviada aos colegas pediatras. Segue a íntegra da carta:

“Caros Colegas,

Informo que em Reunião de Diretoria reali-zada dia 17.04.2012 apresentei pedido de licença do Cargo de Presidente da Sobape, pelo período de 06 (seis) meses, para tratar de assuntos par-ticulares. Conforme determina o nosso Estatuto, assumirá a Presidência a colega Délia Peleteiro, nossa 1º Vice-Presidente.

Conto com a compreensão e a colaboração de todos, para que Délia possa levar adiante os Pro-jetos da nossa Gestão.

Um forte abraço”,

Hans GrevePresidente da SOBAPE

NOTASO 12º Congresso Brasileiro de Aler-

gia e Imunologia em Pediatria, de 27 a 30 de abril, em São Paulo, contou com a participação da pediatra baiana Her-mila Guedes, que integra do Departa-mento de Alergia e Imunologia da SBP. Além de participar como palestrante, coordenadora de mesa-redonda e deba-tedora, dra. Hermila também integrou a comissão científica do congresso.

* * *

“Doença Celíaca: Avanços e Pers-pectivas” é o tema central do IV Con-gresso Nacional de Doença Celíaca/X Encontro Nacional de ACELBRAs e Grupos de Celíacos, de 3 a 5 de maio, em Fortaleza (CE). Informações: http://acelbrace.webnode.com.br/

* * *

Entre 14 e 17 de agosto, será reali-zado o Curso Nestlé de Atualização em Pediatria, no Riocentro, Rio de Janei-ro. Informações: www.nestlenutrition.com.br

Cólica do lactente e dieta maternaA cólica do lactente é uma condição transitó-

ria, que ocorre geralmente do décimo dia de vida ao terceiro mês, acomete lactentes saudáveis, na grande maioria das vezes, e está associada à ima-turidade do trato gastrointestinal e à dinâmica da relação mãe-filho.

A causa fisiológica principal seria a imaturi-dade do trato gastrointestinal com movimentos peristálticos descoordenados e intensos, causan-do dor e desconforto. Dentre as principais causas patológicas poderíamos citar a alergia alimentar, especialmente ao leite de vaca (sobretudo se este for introduzido de forma integral e antes do pri-meiro ano de vida), má absorção intestinal e a do-ença do refluxo gastresofágico.

A cólica caracteriza-se pela presença de paro-xismos de irritabilidade em um bebê alimentado e saudável, choro excessivo e inconsolável por mais de três horas por dia, com ocorrência de, no míni-mo, três vezes por semana, e que desaparecem por volta do terceiro ou quarto mês de idade.

Só é conhecida a influência da ingesta materna do leite de vaca e da exacerbação de cólicas em lac-tentes com alergia alimentar diagnosticada. Não há evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna melhoraria o padrão de desconforto em lactentes não portadores de alergia alimentar.

Embora alguns estudos evidenciem que os lac-tentes amamentados exclusivamente estão mais protegidos dos sintomas, em um estudo de corte realizado com cerca de 860 mães, o autor afirma não haver uma associação entre a fonte alimentar do bebê e o aparecimento de cólica.

Estudos que correlacionam ingesta de crucífe-ras (couve, brócolis, repolho), bem como outros alimentos, são escassos e inconclusivos.

Não há medidas específicas para tratar a cólica. A manutenção do aleitamento materno, a orien-tação específica da técnica de aleitamento para evitar a deglutição excessiva de ar, o uso de calor no abdome e a execução de movimentos rítmicos como o do caminhar ou do ninar podem acalmar o bebê e minimizar os sintomas. Qualquer estra-tégia que melhore a relação do binômio mãe-bebê também é útil no tratamento.

A dieta de restrição materna, a não ser em casos comprovados de alergia alimentar, não demonstra ter efeito benéfico direto e permanente na remis-são dos sintomas.

Os pediatras devem orientar as mães a evitar a fadiga e a exaustão e devem encorajá-las a des-cansar, solicitando ajuda sempre que possível. O pediatra pode, inclusive, receitar medicações sin-tomáticas (analgésicos). Uma grande variedade de medicamentos já foi testada, desde antiespasmó-dicos e relaxantes musculares leves, passando por antiácidos e agentes antiflatulentos, mas nenhum deles demonstrou ter êxito constante.

A cólica é uma condição benigna que o bebê geralmente supera aos três ou quatro meses. A boa relação mãe-filho, o aleitamento materno ex-clusivo nos primeiros seis meses, bem como um ambiente familiar harmônico, propiciam uma superação mais rápida e menos estressante desta condição fisiológica.

Junaura Barretto é

gastroenterologista pediátrica,

especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela

SBNE, mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal da Bahia.

Page 8: Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO … · evidências de que a exclusão de alguns alimentos da dieta materna ... não haver uma associação entre ... sociação com a Academia

Nº 59 | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2012

I M P R E S S O

www.sobape.com.br

INFORMATIVO DA SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA, FILIADA À SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA E ASSOCIAÇÃO BAHIANA DE PEDIATRIA

A assistência ao recém-nascido ainda na sala de parto é fundamental para a redução da mortalidade neonatal, que representa 68% da mortalidade de crianças menores que 1 ano - sendo a asfixia perinatal responsável por 20% destas mortes, como destaca a neonatologista Tatiana Maciel. Com o objetivo de treinar e capacitar os profissionais de saúde que prestam assistência ao neonato, a SOBAPE, em parceria com a SBP, promove o Curso de Reanimação Neonatal. Além dos pediatras e neonatologistas, o curso teórico-prático é voltado para demais profissionais de saúde que atuam nas salas de parto, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, obstetras e anestesistas.

Página 3.Curso teórico-prático capacita profissionais que atuam na sala de parto

Com capacidade para atender a mais de cem crianças diariamente, o Hospital São Rafael inaugurou sua nova emergência pediátrica, fortalecendo e ampliando o aten-dimento no estado. Na triagem, é feita a classificação de risco (ver-de, amarelo, vermelho), o que fa-cilita o fluxo assistencial e prioriza os pacientes com patologias mais graves. Dispondo de equipamen-tos de última geração, a unidade conta com equipes especializa-das no atendimento pediátrico e está pronta para atender casos de parada cardiorrespiratória e poli-trauma, entre outras patologias da infância.

Página 5.

Realizado no Hospital Espanhol, no mês de abril, o “VI Simpósio Internacional de Alimentação e Nutrição no Século XXI”, reuniu 150 participantes, entre médicos, estudantes de medicina e demais profissionais de saúde. Além de médicos baianos e de outros estados, como São Paulo, a atividade, realizada pela primeira vez fora da Espanha, contou com a presença de sete professores espanhóis.

Página 4.

Médicos baianos representam oestado em atividades nacionais

Pediatras baianos participam de eventos na-cionais. Confira algumas atividades que estão programadas para os próximos meses, a exem-plo do “14º Congresso Brasileiro de Gastroen-terologia Pediátrica”, que contará com a parti-cipação dos pediatras Luciana Silva e Hugo da Costa Ribeiro Júnior. A atividade será entre 5 e 9 de junho, em São Paulo.

Página 6. ARTIGO: Dra. Junaura Barretto em: “Cólica do lactente

e dieta materna”. Página 7.

Nova emergência pediátrica do Hospital São RafaelAtividade trouxe sete professores da Espanha

Foto

: Dol

ores

Fer

nand

ez