dna mitocondrial – herança materna

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Quitéria Paravidino

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Page 1: Dna mitocondrial – herança materna

Quitéria Paravidino

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A mitocôndria

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O óvulo humano Apresenta um

citoplasma com muitas mitocôndrias e outras organelas.

Todas as mitocôndrias apresentam as mesmas cópias de DNA-mit.

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O espermatozóide A cabeça contém o

núcleo, o acrossoma e pouquíssimo citoplasma.

Todas as mitocôndrias estão na peça intermediária.

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Portanto o embrião, formado a partir da fecundação, terá, em suas células, mitocôndrias formadas, exclusivamente, a partir daquelas presentes no óvulo, isto é, mitocôndrias idênticas às da mãe.

Portanto, todas as mitocôndrias de todas as células do indivíduo adulto são de origem materna.

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A ORIGEM DA ESPÉCIE HUMANA E O DNA-mit Uma das hipóteses sobre a origem dos seres humanos

modernos propõe que o ser humano moderno descende de um pequeno grupo de humanos que colonizou todo o planeta.

Esta hipótese está apoiada no estudo e na análise do DNA mitocondrial.

A hipótese é que descendemos de uma população de humanos que vivia na África a 200 000 anos e emigrou para o Oriente Médio, Ásia, chegando à Europa há 100 000 anos atrás, dando origem ao Homo erectus e Homo sapiens neanderthalensis.

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Foram feitas análises de sequências de bases nitrogenadas do DNA mitocondrial de diferentes populações humanas, já que este DNA, ao contrário do que ocorre com o DNA nuclear, durante a meiose não sofre alterações como consequência da recombinação genética.

As únicas alterações possíveis no DNA mitocondrial seriam decorrentes de mutações.

Considerando que as taxas de mutações podem variar de 2% a 4% a cada milhão de anos, podemos considerar estas moléculas bem estáveis ao longo da evolução.

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Pela análise do DNA mitocondrial de 147 mulheres de diferentes populações, chegou-se à conclusão de que toda população humana é proveniente de uma única mulher, conhecida como “Eva africana” ou “Eva negra”, que teria vivido na África há 200 000 anos.

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DOENÇAS MITOCONDRIAIS Capítulo recente no estudo das doenças humanas e seu

entendimento fisiopatológico necessita de uma abordagem genética de cada paciente.

O correto funcionamento das mitocôndrias depende da interação de dois genomas, o nuclear e o mitocondrial.

As primeiras descrições de mutações no DNAmt deram-se em 1988.

Até 1992, apenas 5 mutações haviam sido descritas. Em 9 anos de pesquisa, a partir de então mais de 100

mutações de ponto diferentes foram publicadas (128 mutações descritas até abril de 2001) e muito mais ainda se espera descobrir após o sequenciamento do genoma nuclear humano.

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Cada célula do corpo humano possui centenas de mitocôndrias.

Dentro de uma única mitocôndria existem várias moléculas circulares de DNA, e cada uma delas inclui 37 genes relacionados com a síntese de proteínas envolvidas nas etapas da respiração.

Mutações no DNA mitocondrial têm sido relacionadas com o envelhecimento e com uma série de doenças degenerativas, especialmente do cérebro, dos músculos, dos rins e das glândulas produtoras de hormônios.

Essas mutações alteram o funcionamento das mitocôndrias de modo que elas deixam de produzir energia para as células continuarem executando suas funções normais.

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ALGUNS EXEMPLOS MELAS (Encefalopatias mitocondriais, acidose láctica e

episódios similares a acidentes vasculares cerebrais): as manifestações ocorrem principalmente a partir dos 45 anos, sendo um diagnóstico diferencial de AVCs em jovens, muitas vezes acompanhado enxaquecas e/ou convulsões.

LHON (Neuropatia óptica hereditária de Leber): perda de acuidade visual central, indolor e de instalação aguda ou subaguda, ocorrendo usualmente dos 12 aos 30 anos de idade. Uma característica importante é que de 50% a 80% dos homens ficam cegos, enquanto apenas 8% a 32% das mulheres apresentam perda total da visão.