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nº 43/2016 02 de Novembro de 2016

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nº 43/2016 02 de Novembro de 2016

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Sumário

SUMÁRIO .............................................................................................................................................................. 2

Os Sonhos te Escolhem ......................................................................................................................................... 3

1.00 ASSUNTOS CONTÁBEIS................................................................................................................................... 5

1.01 CONTABILIDADE ............................................................................................................................................... 5 Norma Brasileira de Contabilidade CTA CFC nº 24, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016 ................................... 5

Emissão de relatório de auditoria sobre as Demonstrações Contábeis Regulatórias (DCRs), elaboradas de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE).

Norma Brasileira de Contabilidade NBC - TSP CFC nº 2, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016 ............................ 9 Aprova a NBC TSP 02 - Receita de Transação com Contraprestação.

Norma Brasileira de Contabilidade NBC - PP CFC nº 2, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016 ............................ 18 Aprova a NBC PP 02 que dispõe sobre o exame de qualificação técnica para perito contábil.

Norma Brasileira de Contabilidade NBC - TSP CFC nº 1, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016 .......................... 22 Aprova a NBC TSP 01 - Receita de Transação sem Contraprestação.

Norma Brasileira de Contabilidade NBC - TSP CFC nº 3, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016 .......................... 44 Aprova a NBC TSP 03 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

1.02 ENTIDADES DE CLASSE .................................................................................................................................... 79 RESOLUÇÃO Nº 1.513, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 DOU de 26/10/2016 (nº 206, Seção 1, pág. 155) ........... 79

ENTIDADES DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES LIBERAIS CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE ..... 80 Altera os artigos 2º e 6º da Resolução CFC nº 1.502/2016, que dispõe sobre o Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e dá outras providências.

2.00 ASSUNTOS FEDERAIS ................................................................................................................................... 80

2.01 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA ............................................................................................... 80 PORTARIA Nº 1.261, DE 26 DE OUTUBRO DE 2016 - DOU de 27/10/2016 (nº 207, Seção 1, pág. 128) ............ 80

Altera a Portaria nº 521, de 4 de maio de 2016, que substitui os anexos I e II da Portaria nº 488, de 23 de novembro de 2005, referentes à Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU).

Solução de Consulta COSIT nº 143, de 27.09.2016 - DOU de 26.10.2016 .......................................................... 81 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS EMENTA: VALE-TRANSPORTE. PAGAMENTO EM PECÚNIA. NÃO INCIDÊNCIA.

2.02 SIMPLES NACIONAL ........................................................................................................................................ 81 Lei Complementar nº 155, de 27.10.2016 - DOU de 28.10.2016 ....................................................................... 81

Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, para reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por optantes pelo Simples Nacional; altera as Leis nºs 9.613, de 3 de março de 1998, 12.512, de 14 de outubro de 2011, e 7.998, de 11 de janeiro de 1990; e revoga dispositivo da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

3.00 ASSUNTOS ESTADUAIS ................................................................................................................................. 99

3.01 PROTOCOLOS E CONVENIOS ICMS .................................................................................................................. 99 PROTOCOLO ICMS Nº 70, DE 20 DE OUTUBRO DE 2016 - DOU de 26/10/2016 (nº 206, Seção 1, pág. 19) ..... 99

Retificação, No inciso I da cláusula primeira do Protocolo ICMS 70/16, de 20 de outubro de 2016, publicado no DOU de 21 de outubro de 2016, Seção 1, página 21,

CONVÊNIO ICMS Nº 117, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 -DOU de 26/10/2016 (nº 206, Seção 1, pág. 18) ........ 99 Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que estabelece a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes.

3.02 OUTROS ASSUNTOS ESTADUAIS ................................................................................................................... 100 CAT Nº 18, DE 25 DE OUTUBRO 2016-DOE-SP de 26/10/2016 (nº 202, Seção I, pág. 21) ............................... 100

O Coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS, do mês de novembro de 2016, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa.

4.00 ASSUNTOS MUNICIPAIS ............................................................................................................................. 111

4.01 IMPOSTOS SOBRE SERVIÇOS ......................................................................................................................... 111

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DECRETO Nº 57.402, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 - DOC-SP de 22/10/2016 (nº 200, pág. 1) ....................... 111 Introduz alterações no Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, aprovado na forma do Anexo Único integrante do Decreto nº 53.151, de 17 de maio de 2012.

Parecer Normativo SF nº 3, de 28.10.2016 - DOM São Paulo de 29.10.2016 .................................................. 112 Interpreta o disposto no artigo 15 da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, que trata do regime especial de recolhimento do ISS próprio das Sociedades Uniprofissionais.

4.02 OUTROS ASSUNTOS MUNICIPAIS.................................................................................................................. 115 Decreto nº 57.339, de 20.10.2016 - DOM São Paulo de 21.10.2016 ............................................................... 115

Regulamenta a Lei nº 16.490, de 15 de julho de 2016, que dispõe sobre o desembarque de mulheres e idosos usuários do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da Cidade de São Paulo.

Instrução Normativa SF/SUREM nº 21, de 28.10.2016 - DOM São Paulo de 29.10.2016 ................................ 116 Prorroga o prazo para a entrega da Declaração Eletrônica das Sociedades de Profissionais - D-SUP referente ao exercício de 2016.

5.00 ASSUNTOS DIVERSOS ................................................................................................................................. 117

5.01 CEDFC--ARTIGOS / COMENTÁRIOS ............................................................................................................... 117 Receita Federal atualiza entendimento sobre aplicação do RERCT ................................................................. 117 Receita publica atos interpretativos sobre Pis/Pasep e Cofins ......................................................................... 118 Fisco volta a taxar integralização com tecnologia ........................................................................................... 118 Ministério discute como implementar Recomendação 204 ............................................................................. 119 Aplicativos Receitanet e ReceitanetBX têm novas versões .............................................................................. 120 Receita Federal alerta: o prazo para adesão ao RERCT termina às 23h59mim59s da próxima segunda-feira, dia 31. .............................................................................................................................................................. 121 ICMS/ISS - Promovidas alterações no Estatuto da ME e da EPP que afetam o recolhimento do ICMS e do ISS para as empresas enquadradas na Lei Complementar nº 123/2006 ............................................................... 121 Simples Nacional - Alterada a legislação aplicável às ME e EPP ...................................................................... 122 Trabalhista/Previdenciária - Débitos do Simples Nacional podem ser parcelados em até 120 meses ............ 125 Trabalhista/Previdenciária - ME e EPP têm novas regras para comprovação de regularidade fiscal e trabalhista em licitações públicas .................................................................................................................... 127 Trabalhista/Previdenciária - Publicadas novas regras sobre limites de valores e condições de enquadramento do MEI .............................................................................................................................................................. 127 Trabalhista/Previdenciária - Salões de beleza poderão firmar contrato de parceria com profissionais, sem vínculo empregatício ........................................................................................................................................ 128

5.02 COMUNICADOS ............................................................................................................................................ 129 CONSULTORIA JURIDICA ................................................................................................................................. 129

Consultoria Contábil, Trabalhista e Tributária ............................................................................................................... 129 5.03 ASSUNTOS SOCIAIS ....................................................................................................................................... 130

FUTEBOL ........................................................................................................................................................... 130

6.00 ASSUNTOS DE APOIO ................................................................................................................................. 131

6.01 CURSOS CEPAEC ............................................................................................................................................ 131 6.02 GRUPOS DE ESTUDOS................................................................................................................................... 132

CEDFC Virtual migra para grupo no Facebook ................................................................................................. 132 GRUPO ICMS e DEMAIS IMPOSTOS .................................................................................................................. 132

Às Terças Feiras: ............................................................................................................................................................. 132 GRUP0 IRFS...................................................................................................................................................... 132

Às Quintas Feiras: ........................................................................................................................................................... 132

Os Sonhos te Escolhem

Dentro de uma linda gaiola vivia um passarinho, que tinha uma vida segura e tranquila. Era monótona, mas, você sabe, a monotonia é o preço que se paga pela segurança. Nos limites de uma gaiola os sonhos aparecem, mas logo morrem, por não haver espaço para baterem asas. Só fica um grande buraco na alma, que cada um enche como pode.

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Restava então ao passarinho ficar pulando de um poleiro para outro, comer, beber, dormir e cantar. O seu canto era o aluguel que pagava ao seu dono pelo gozo da segurança da gaiola. Do seu pequeno espaço ele olhava os bem-te-vis, atrás dos bichinhos; os beija-flores, com seu mágico bater de asas; as rolinhas, arrulhando, fazendo amor; as pombas, voando como flechas. Ah! Ele queria ser como os outros pássaros, livres… Ah! Se aquela porta se abrisse… Pois não é que, para sua surpresa, naquele dia o seu dono a esqueceu aberta? Agora ele poderia agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre! Ele saiu e voou para o galho mais próximo. Olhou para baixo e pensou: “Puxa! Como é alto! O chão da gaiola fica bem mais perto”. Sentiu um pouco de tontura. Teve medo de cair, e agachou-se no galho, para ter mais firmeza. Viu outra árvore mais distante, teve vontade de ir até lá, mas não estava seguro de que suas asas aguentariam, e agarrou-se ao galho mais firmemente ainda. – Hei você! – era uma passarinha – Vamos voar juntos até aquela pimenteira? Ela está carregadinha de pimentas vermelhas e deliciosas. É preciso apenas prestar atenção no gato, que anda por lá… Ele ficou todo arrepiado só de ouvir o nome gato, e disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha então procurou outro companheiro, já que ele decidiu continuar com fome. Chegou o fim da tarde e a noite se aproximava. Onde iria dormir? Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde a sua gaiola ficava dependurada. Teve saudades dele. Teria de dormir num galho de árvore, sem proteção? Gatos sobem em árvores? Eles enxergam no escuro? Tinha também que pensar nos meninos com seus estilingues, no dia seguinte. Ele nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada. Teve saudades da gaiola, e voltou. Felizmente a porta ainda estava aberta. Em seguida chegou o dono, e percebendo a porta aberta, imediatamente a fechou e disse: – Passarinho bobo! Passarinho de verdade gosta mesmo é de voar!. Mas o passarinho preferiu voltar para sua “vidinha” tranquila e segura… (Adaptado por Marco Fabossi do Texto de Rubem Alves) Do que você tem mais medo? Da morte, ou de chegar ao fim da vida e perceber que você nunca viveu de verdade? O que você tem feito com os dons e talentos que Deus te deu? Você os tem utilizado para construir um mundo melhor ao seu redor, ou os tem deixado presos em uma “gaiola”? Tenho aprendido duas coisas com relação aos nossos sonhos: A primeira é que não morremos quando paramos de respirar, mas quando deixamos de sonhar. E a segunda é que não somos nós quem escolhem os sonhos, mas são os sonhos que nos escolhem. O que você tem feito com os seus? Você tem tido coragem para agarrar-se ao sonho que te escolheu, o vai deixa-lo escapar? O maior ladrão não é aquele que leva os seus bens materiais, mas a dúvida e medo que roubam os seus sonhos. Deixar a zona de conforto dói, crescer dói, mudar dói, cair e levantar dói, aprender dói,

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esforçar-se dói; mas o que você prefere: a dor pela busca dos seus sonhos, ou a dor do arrependimento por nunca ter tentado? A “porta da gaiola” reabre a cada minuto. E então, o que você vai fazer? Um Grande Abraço, Marco Fabossi

1.00 ASSUNTOS CONTÁBEIS 1.01 CONTABILIDADE Norma Brasileira de Contabilidade CTA CFC nº 24, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016 Emissão de relatório de auditoria sobre as Demonstrações Contábeis Regulatórias (DCRs), elaboradas de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE).

O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/1946, alterado pela Lei nº 12.249/2010, Faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): CTA 24 - EMISSÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS (DCRs), ELABORADAS DE ACORDO COM O MANUAL DE CONTABILIDADE DO SETOR ELÉTRICO (MCSE). Objetivo 1. Este Comunicado Técnico tem como objetivo orientar aos auditores independentes com relação à auditoria de Demonstrações Contábeis Regulatórias (DCRs), elaboradas de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE). Contexto 2. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou por meio da Resolução Normativa nº 605, de 11 de março de 2014, o MCSE, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2015. A necessidade da atualização do MCSE surgiu, conforme afirmado em seu prefácio, "...tendo em vista as significativas alterações ocorridas na área contábil com a convergência das normas contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade...", e "...modificações ocorridas no setor elétrico brasileiro, no qual várias alterações no modelo em vigor vêm sendo promovidas por meio de novos textos legais e de regulamentação..." 3. O item 6.2.20 do MCSE determina a elaboração, pelos agentes do Setor Elétrico, de Demonstrações Contábeis Regulatórias. O item 9.3 determina que, para fins regulatórios, o seguinte conjunto completo de demonstrações contábeis seja apresentado de forma comparativa e

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acompanhado de notas explicativas: a) balanço patrimonial ao final do período; b) demonstração do resultado do período; c) demonstração do resultado abrangente do período; d) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; e) demonstração dos fluxos de caixa do período; f) notas explicativas, compreendendo o resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias, bem como conciliações entre informações societárias e regulatórias; e g) balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado quando a entidade aplica uma política contábil retroativamente ou procede à reapresentação de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis. 4. O MCSE determina também, no item 6.2.20, que as DCRs sejam auditadas pelos mesmos auditores independentes das demonstrações contábeis societárias de propósito geral. 5. Adicionalmente, a Aneel esclareceu, por meio do item 5 do Anexo ao Despacho nº 245, de 28 de janeiro de 2016 - Determinações para Fins de Contabilidade Regulatória a Serem Adotadas no Exercício Social de 2015, que "... as empresas deverão emitir suas notas explicativas societárias e regulatórias de forma independente, mesmo que em algumas situações elas sejam repetidas". 6. Considerando o exposto acima, a partir da edição do MCSE, passou a existir um arcabouço regulatório que orienta a elaboração das DCRs, e que, por sua vez, possibilita ao auditor executar a auditoria e emitir seu relatório sobre essas DCRs, elaboradas de acordo com o MCSE, uma vez que ele representa um conjunto completo de normas regulatórias contábeis e de divulgação a serem utilizadas pelas empresas quando de sua elaboração. O presente comunicado orienta os auditores independentes em relação a essa auditoria e inclui em seu Anexo um modelo de relatório dos auditores independentes para essa circunstância. 7. Anteriormente à aprovação do MCSE, a Aneel, por meio da Resolução nº 396/2010, no seu Art. 7º, § 3º e § 4º, estabeleceu a obrigatoriedade de as demonstrações contábeis regulatórias serem acompanhadas de relatório dos auditores denominado "Relatório sobre a Aplicação de Procedimentos Previamente Acordados", com base na NBC TSC 4400 - Trabalhos de Procedimentos Previamente Acordados sobre Informações Contábeis a ser emitido pelo auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que audite as demonstrações contábeis para fins societários da companhia. O Comunicado CTSC 01, aprovado pela Resolução CFC nº 1.396/2012, orienta os auditores independentes quanto aos trabalhos de aplicação desses procedimentos previamente acordados, o qual permanece em uso para as DRCs elaboradas até o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, ainda com base nas exigências de elaboração das DCRs estabelecidas na Resolução nº 396/2010. 8. Com a aprovação das alterações do MCSE e com a exigência de elaboração de DCRs completas auditadas por auditores independentes, conforme exposto acima, o CTSC 01 fica substituído e

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revogado pelo presente comunicado para fins de DCRs para exercícios findos a partir de 31 de dezembro de 2015. Orientação 9. Este comunicado orienta os auditores independentes acerca de alguns aspectos de auditoria a serem observados no curso de seus exames das DCRs elaboradas de acordo com o MCSE, referentes a períodos encerrados a partir de 1º de janeiro de 2015. 10. O MCSE, juntamente com os esclarecimentos posteriores da Aneel, inclui um conjunto completo de práticas contábeis específicas e documentadas, que cumpre os requisitos da definição da estrutura conceitual para propósitos especiais, estabelecida no item 6 da NBC TA 800 - Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais, e aprovada pela Resolução CFC nº 1.236/2009, parcialmente reproduzida a seguir: "Estrutura conceitual para propósitos especiais é a estrutura de relatório financeiro elaborada para satisfazer as necessidades de informações contábeis de usuários específicos. A estrutura de relatório financeiro pode ser uma estrutura de apresentação adequada ou uma estrutura de conformidade." 11. As DCRs, por sua vez, representam demonstrações contábeis para propósitos específicos, definidas como "... demonstrações contábeis elaboradas de acordo com uma estrutura conceitual para propósitos especiais". Sendo assim, a auditoria deve ser conduzida e o relatório dos auditores emitido em observância à referida NBC TA 800. Ainda que a NBC TA 800 estabeleça, em seu item 3, a não supressão dos requisitos das outras normas de auditoria, nem pretende tratar de todas as considerações especiais que podem ser relevantes nas circunstâncias do trabalho, este comunicado chama a atenção para alguns aspectos comentados a seguir. Objetivo das DCRs 12. A NBC TA 800, em seu item 8, requer que o auditor obtenha entendimento sobre o objetivo para o qual são elaboradas as demonstrações contábeis, os usuários previstos e as providências tomadas pela administração para determinar que a estrutura de relatório financeiro aplicável é aceitável nas circunstâncias. O auditor deve avaliar se esses aspectos estão devidamente descritos nas notas explicativas às DCRs. 13. Uma vez que as DCRs possuem o propósito específico de atender à regulamentação da Aneel, e o seu uso para outras finalidades pode não ser apropriado, o auditor deve chamar a atenção para esse fato em seu relatório. 14. O auditor deve observar se as DCRs foram aprovadas pelos órgãos de governança da entidade; se a data de tal aprovação foi devidamente divulgada nas notas explicativas às DCRs; e se ela se encontra consistente com a data do relatório de auditoria sobre essas DCRs. Saldos iniciais 15. Na primeira vez em que as DCRs são apresentadas como um conjunto completo de

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demonstrações contábeis a serem auditadas por auditores independentes, deve ser dada a devida consideração à NBC TA 510 - Trabalhos Iniciais - Saldos Iniciais. A impossibilidade de o auditor obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos iniciais pode resultar na necessidade de modificação de seu relatório. 16. Considerando que as DCRs do período anterior a 2015 foram objeto de procedimentos previamente acordados, isto é, não foram auditadas, o auditor deve especificar em parágrafo de Outros Assuntos em seu relatório que as informações do ano anterior apresentadas para fins de comparação não foram auditadas. Em linha com o previsto no item 14 da NBC TA 710, essa declaração não isenta o auditor do requisito de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre se os saldos iniciais contêm distorções que afetam de forma relevante as demonstrações contábeis regulatórias do período corrente. 17. Não é apropriado mencionar a aplicação de procedimentos previamente acordados sobre os saldos iniciais, conforme mencionado acima. Tais procedimentos, por sua natureza, não se constituem em auditoria completa das demonstrações contábeis regulatórias, e sua menção no relatório de auditoria pode conduzir o usuário ao entendimento errôneo de que os saldos iniciais foram auditados. 18. Recomenda-se indicar nas colunas dos saldos comparativos a informação "não auditado", nas condições descritas no item anterior e sempre que aplicável. 19. O MCSE em vigor na data de emissão deste comunicado trouxe alterações substanciais em relação à contabilidade regulatória vigente até 31 de dezembro de 2014. Dessa forma, o auditor deve verificar se as DCRs relativas ao exercício corrente e anterior foram consistentemente elaboradas no que se refere à aplicação das práticas contábeis do MCSE, assim como em relação aos agrupamentos de contas e sua classificação. 20. Por ser a primeira vez que as DCRs serão emitidas no formato determinado pelo MCSE, não é necessária a inclusão de nota explicativa de reapresentação dos saldos anteriores. Deve-se, no entanto, verificar se a nota explicativa indica que as DCRs de acordo com o MCSE estão sendo emitidas no formato atual pela primeira vez. Eventos subsequentes e representações formais 21. A Aneel determinou que, até 30 de abril do ano subsequente, as DCRs sejam disponibilizadas no duto de informações setoriais mantido por aquela agência, assim como no sítio eletrônico da entidade. Futuramente, a Aneel pretende que essa data seja a mesma da divulgação das demonstrações contábeis societárias. 22. Por conta do acima exposto, com relação ao primeiro ano em que as DCRs são requeridas, há a possibilidade de que as entidades sujeitas ao MCSE tenham elaborado e aprovado suas DCRs com os seus órgãos de governança, em data diferente daquela em que ocorreu a aprovação das demonstrações contábeis societárias. 23. De forma geral, quando da execução da auditoria das DCRs, o auditor deve dar a devida consideração à NBC TA 560 - Eventos Subsequentes e à NBC TA 580 - Representações Formais, ou seja, considerar a necessidade de registro ou divulgação de eventos ocorridos até a data da aprovação das DCRs determinada pela administração da entidade, que deve ser consistente com a

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data do relatório do auditor, conforme item 14. 24. Especificamente, os procedimentos de eventos subsequentes a serem executados pelos auditores e a Carta de Representação a ser obtida da administração da entidade, devem estender-se até a data de aprovação das DCRs, que será determinada pela administração da entidade, ou pela data do relatório do auditor, se posterior. 25. O auditor deve mencionar, em parágrafo de Outros Assuntos de seu relatório, o fato de que também emitiu relatório de auditoria independente sobre as demonstrações contábeis elaboradas pela entidade para o mesmo período de acordo com a estrutura de relatório financeiro para propósito geral (demonstrações contábeis societárias), a data da sua emissão e se tal relatório conteve qualquer tipo de modificação. Outras considerações 26. As DCRs têm finalidade específica de atender às determinações da Aneel e não se confundem com as demonstrações contábeis societárias para fins gerais, as quais devem ser elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As DCRs são fundamentadas em conceitos específicos da Aneel para compreender, monitorar e fiscalizar os agentes regulados e, portanto, não são necessariamente os mesmos estabelecidos pela legislação societária. Ainda nesse contexto,Considerando que o MCSE não prevê a elaboração e a apresentação de demonstrações contábeis consolidadas, entendemos que sua ausência nas DCRs não deve ser objeto de modificação no relatório do auditor independente. Vigência Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução CFC nº 1.396/2012, publicada no DOU., Seção 1, de 26.06.2012 JOSÉ MARTONIO ALVES COELHO Presidente do Conselho

Norma Brasileira de Contabilidade NBC - TSP CFC nº 2, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016

Aprova a NBC TSP 02 - Receita de Transação com Contraprestação.

O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/1946, alterado pela Lei nº 12.249/2010,

Faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): NBC TSP 02 - RECEITA DE TRANSAÇÃO COM CONTRAPRESTAÇÃO

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Objetivo O objetivo desta norma é descrever o tratamento contábil das receitas provenientes de transações e eventos com contraprestação. A questão primordial na contabilização das receitas é determinar quando reconhecê-las. A receita deve ser reconhecida quando for provável que (a) benefícios econômicos ou potencial de serviços fluirão para a entidade; e (b) que esses benefícios possam ser mensurados confiavelmente. Esta norma identifica as circunstâncias em que esses critérios são satisfeitos, e, portanto, quando as receitas devem ser reconhecidas. Ela também fornece orientação prática acerca da aplicação desses critérios. Alguns itens específicos que podem ser reconhecidos como receitas são tratados em outras normas e excluídos do alcance desta. Por exemplo, ganhos decorrentes da alienação de ativos imobilizados são especificamente tratados na NBC TSP sobre ativo imobilizado, e não nesta norma. Alcance 1. A entidade que elabore e apresente suas demonstrações contábeis conforme o regime de competência deve aplicar esta norma na contabilização de receitas decorrentes das seguintes transações e eventos com contraprestação: (a) prestação de serviços; (b) venda de bens; e (c) uso, por parte de terceiros, de outros ativos que gerem juros, royalties e dividendos ou distribuições assemelhadas. 2. Esta norma se aplica às entidades do setor público, conforme o alcance definido na NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL. 3. (Não convergido). 4. Esta norma não trata de receitas decorrentes de transações sem contraprestação. 5. As entidades do setor público podem auferir receitas de transações com ou sem contraprestação. A transação com contraprestação é aquela segundo a qual a entidade recebe ativos ou serviços, ou tem passivos extintos, e diretamente entrega em troca um valor aproximadamente equivalente (prioritariamente sob a forma de bens, serviços ou uso de ativos) à outra parte. Exemplos de transações com contraprestação são: (a) a compra ou a venda de bens ou serviços; ou (b) o aluguel ou arrendamento de itens do ativo imobilizado a valor de mercado.

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6. Na distinção entre transações com e sem contraprestação, a essência deve prevalecer sobre a forma. Exemplos de transações sem contraprestação incluem as receitas decorrentes do exercício do poder soberano (por exemplo, tributos diretos e indiretos, multas e tributos alfandegários), subsídios e doações. 7. A prestação de serviços envolve usualmente a execução de tarefa estabelecida para um período de tempo. Os serviços podem ser prestados ao longo de um ou mais períodos. Exemplos de serviços prestados por entidades do setor público para os quais receita é recebida em troca podem incluir o fornecimento de água e a gestão de pedágio de rodovias, entre outros. Alguns contratos para a prestação de serviços estão diretamente relacionados a contratos de construção, como, por exemplo, os contratos para a gestão de projetos e de arquitetura. Receitas provenientes de contratos dessa natureza não são tratadas no âmbito desta norma. 8. O termo "bens" inclui (a) bens produzidos pela entidade com o propósito de venda, como publicações, e (b) bens comprados para revenda, como terrenos ou outras propriedades mantidas para revenda. 9. O uso por terceiros de ativos da entidade dá origem a receitas na forma de: (a) juros - encargos decorrentes do uso de caixa ou equivalentes de caixa ou de valores devidos à entidade; (b) royalties - encargos pelo uso de ativos de longo prazo da entidade, como, por exemplo, de patentes, marcas, direitos autorais e software; e (c) dividendos ou distribuições similares - distribuições de lucros a detentores de instrumentos patrimoniais na proporção de suas participações em uma classe particular do capital. 10. Esta norma não trata de receitas decorrentes de: (a) contratos de arrendamento mercantil; (b) dividendos ou distribuições similares provenientes de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial; (c) ganhos decorrentes da venda de itens do ativo imobilizado; (d) contratos de seguro dentro do alcance de normas contábeis nacionais ou internacionais específicas; (e) alterações no valor justo de ativos e passivos financeiros ou de sua alienação; (f) alterações no valor de outros ativos circulantes; (g) reconhecimento inicial e decorrente de mudanças no valor justo de ativos biológicos relacionados à atividade agrícola; (h) reconhecimento inicial de produtos agrícolas; e (i) extração de recursos minerais.

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Definições 11. Os seguintes termos são usados nesta norma com os significados abaixo: Transação com contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços, ou tem passivos extintos, e diretamente entrega em troca um valor aproximadamente equivalente (prioritariamente sob a forma de dinheiro, bens, serviços ou uso de ativos) à outra parte. Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo extinto, em transação sem favorecimentos, entre partes conhecedoras, dispostas a isso. Transação sem contraprestação é aquela não oriunda de troca. Em transação sem contraprestação, a entidade recebe um valor de terceiro sem diretamente entregar em troca valor aproximadamente igual, ou entrega um valor a outra entidade sem diretamente receber valor aproximadamente igual em troca. Receita 12. Receitas compreendem apenas os valores brutos de benefícios econômicos ou potencial de serviços recebidos ou a receber pela entidade em decorrência de suas próprias atividades. Valores cobrados na condição de agentes de governo, outra entidade governamental ou ainda em nome de terceiros - por exemplo, o recebimento de tarifas de telefone e eletricidade pelos correios em nome de outras entidades que prestem esses serviços - não são benefícios econômicos ou potencial de serviços que fluam para a entidade e não resultam em aumento de ativos ou redução de passivos. Assim, são excluídos das receitas. Desta forma, na relação de agência entre o principal e o agente, os ingressos brutos de benefícios econômicos ou potencial de serviços que incluam valores arrecadados em nome do principal não resultam em aumento na situação líquida patrimonial do agente, portanto não são receita do agente, uma vez que a receita é somente o valor da comissão recebida, ou a receber, pela intermediação dos fluxos. 13. Fluxos de financiamento, notadamente de empréstimo, não atendem à definição de receita porque eles (a) resultam de igual variação tanto em ativos quanto em passivos e (b) não têm impacto no patrimônio líquido. Fluxos de financiamento são levados diretamente ao balanço patrimonial e adicionados aos saldos de ativos e passivos. Mensuração da receita 14. As receitas devem ser mensuradas pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. 15. O valor da receita proveniente de transação é usualmente determinado por acordo com o comprador ou usuário do ativo ou serviço. O valor da receita deve ser mensurado pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber, levando em consideração quaisquer descontos comerciais e/ou bonificações concedidos pela entidade. 16. Na maior parte dos casos, a contraprestação deve ser feita na forma de caixa ou equivalentes de

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caixa, e o montante da receita corresponde ao montante de caixa ou equivalentes de caixa recebidos ou a receber. Entretanto, quando a entrada de caixa ou equivalentes de caixa for diferida, o valor justo da contraprestação pode ser menor que o valor nominal de caixa recebido ou a receber. Por exemplo, a entidade pode conceder ao cliente crédito isento de juros ou aceitar recebível em que a taxa de juros é menor do que aquela praticada pelo mercado como contraprestação à venda de bens. Quando o acordo efetivamente constituir transação de financiamento, o valor justo da contraprestação deve ser determinado por meio do desconto de todos os futuros recebimentos, tomando por base a taxa de juros imputada. A taxa de juros imputada é a mais claramente determinável entre: (a) a taxa existente para instrumento similar de emissor com classificação de crédito (rating) semelhante; (b) a taxa de juros que desconte o valor nominal para o preço de venda à vista dos bens ou serviços. A diferença entre o valor justo e o valor nominal da contraprestação deve ser reconhecida como receita de juros de acordo com os itens 33 e 34. 17. Quando bens ou serviços forem permutados por outros bens ou serviços que tenham valor e natureza similar, a troca não deve ser considerada como transação que gera receita. Exemplo corresponde ao caso de commodities como petróleo ou leite, em que os fornecedores trocam estoques em vários locais para atender, tempestivamente, à demanda em determinado lugar. Quando os bens ou serviços forem vendidos ou trocados por bens ou serviços não similares, a troca deve ser reconhecida como transação que gera receita. Nesses casos, a receita deve ser mensurada pelo valor justo dos bens ou serviços recebidos, ajustada pela quantia transferida em caixa ou equivalente de caixa. Quando o valor justo dos bens ou serviços recebidos não puder ser mensurado confiavelmente, a receita deve ser mensurada pelo valor justo dos bens ou serviços entregues, ajustados pelo montante transferido em caixa ou equivalente de caixa. Identificação da transação 18. Os critérios de reconhecimento nesta norma são em geral aplicados separadamente em cada transação. Entretanto, em certas circunstâncias, é necessário aplicar o critério de reconhecimento aos componentes separadamente identificáveis de uma única transação, de modo a refletir a essência da transação. Por exemplo, quando o preço do produto incluir um valor identificável para serviços subsequentes, esse valor deve ser diferido e reconhecido como receita no exercício em que o serviço for executado. Reciprocamente, os critérios de reconhecimento devem ser aplicados em conjunto a duas ou mais transações quando elas forem ligadas de modo tal que seu efeito não possa ser compreendido sem estar relacionado às transações como um todo. Por exemplo, a entidade pode vender bens e, ao mesmo tempo, realizar um acordo em separado para recomprar esses bens posteriormente, invalidando assim a essência da transação. Nesses casos, as duas transações devem ser tratadas conjuntamente. Prestação de serviços 19. Quando o produto de transação envolvendo a prestação de serviços puder ser mensurado confiavelmente, a receita associada à transação deve ser reconhecida tomando por base o estágio de execução (stage of completion) dos serviços prestados até a data de apresentação das

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demonstrações contábeis. O produto da transação pode ser estimado confiavelmente quando todas as seguintes condições forem satisfeitas: (a) o montante da receita puder ser mensurado confiavelmente; (b) for provável que os benefícios econômicos ou o potencial de serviços associados à transação fluirão para a entidade; (c) o estágio de execução dos serviços já executados até a data de apresentação das demonstrações contábeis puder ser mensurada confiavelmente; e (d) os custos incorridos na transação e os custos para concluir a transação puderem ser mensurados confiavelmente. 20. O reconhecimento de receita referente ao estágio de execução da conclusão de transação é usualmente denominado de método da percentagem de execução. Conforme esse método, a receita deve ser reconhecida nos exercícios contábeis nos quais os serviços forem prestados. Por exemplo, a entidade que presta serviços de avaliação patrimonial deve reconhecer as receitas à medida que cada avaliação for realizada. O reconhecimento de receita nessa base fornece informação útil acerca da extensão e desempenho da atividade durante o exercício. 21. A receita deve ser reconhecida apenas quando for provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços associados à transação fluirão para a entidade. Entretanto, quando surgir incerteza acerca do recebimento do valor já considerado como receita, o valor incobrável, ou o valor cujo recebimento tenha deixado de ser provável, deve ser reconhecido como despesa em vez de ajuste no valor da receita anteriormente reconhecida. 22. A entidade é, geralmente, capaz de realizar estimativas confiáveis após ter feito acordo com as demais partes da transação, observando os seguintes pontos: (a) os direitos de cada parte da transação relacionados ao serviço a ser prestado e recebido pelas partes; (b) a contraprestação a ser trocada; e (c) o modo e os termos da liquidação da operação. É também importante que a entidade tenha um sistema interno eficaz de orçamento e de informações contábeis. A entidade pode rever e, quando necessário, alterar as estimativas de receita à medida que os serviços forem executados. A necessidade de tais revisões não é indício de que o desfecho da transação não possa ser estimado confiavelmente. 23. O estágio de execução de transação pode ser determinado de diversas formas. A entidade deve usar o método que mensure confiavelmente os serviços prestados. Dependendo da natureza da transação, esses métodos podem incluir: (a) levantamentos ou medições do trabalho executado; (b) serviços executados até a data como percentual dos serviços a serem executados; ou

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(c) a proporção dos custos incorridos até a data comparativamente aos custos totais estimados da transação. Somente custos que reflitam os serviços executados até a data devem ser incluídos nos custos incorridos. Da mesma forma, somente os custos que reflitam os serviços executados ou a serem executados devem ser incluídos nos custos totais estimados da transação. 24. Para fins práticos, quando os serviços prestados corresponderem a um número indeterminado de etapas em um período determinado de tempo, a receita deve ser reconhecida linearmente durante tal período, a menos que exista evidência de que outro método melhor represente o estágio de execução do serviço. Quando determinada etapa for muito mais relevante que outras, o reconhecimento da receita deve ser adiado até que essa etapa seja executada. 25. Quando a conclusão da transação envolvendo a prestação de serviços não puder ser estimada confiavelmente, a receita deve ser reconhecida apenas até o limite dos gastos recuperáveis. 26. Durante os primeiros estágios da transação, é usual que não se consiga estimar confiavelmente sua conclusão. Entretanto, pode ser provável que a entidade recupere os custos incorridos. Portanto, a receita deve ser reconhecida apenas na extensão dos custos incorridos que se espera recuperar. Como a conclusão da transação não pode ser estimada confiavelmente, nenhum lucro deve ser reconhecido. 27. Quando (a) o resultado da transação não puder ser mensurado confiavelmente e (b) for improvável que os custos incorridos sejam recuperados, a receita não deve ser reconhecida, e os custos incorridos devem ser reconhecidos como despesa. Quando deixarem de existir as incertezas que impediram a estimativa confiável da conclusão do contrato, a receita deve ser reconhecida, em conformidade com o item 19 e não com o item 25. Venda de bens 28. A receita decorrente da venda de bens deve ser reconhecida quando as seguintes condições tiverem sido satisfeitas: (a) a entidade tiver transferido ao comprador todos os riscos e benefícios significativos inerentes à propriedade dos bens; (b) a entidade não mantiver envolvimento continuado na gestão dos bens vendidos, nem em grau normalmente associado à sua propriedade nem relacionado ao efetivo controle de tais bens; (c) o valor da receita puder ser mensurado confiavelmente; (d) for provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços associados à transação fluirão para a entidade; e (e) os custos incorridos na transação e os custos para concluir a transação puderem ser mensurados confiavelmente. 29. A avaliação do momento em que a entidade transfere os riscos e benefícios relevantes relacionados à propriedade para o comprador requer o exame das circunstâncias da transação. Na maior parte dos casos, a transferência dos riscos e benefícios da propriedade coincide com a transferência da titularidade legal ou a transferência da posse do ativo para o comprador. Esse é o

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caso relacionado com a maior parte das vendas. Entretanto, em alguns casos específicos, a transferência dos riscos e benefícios ocorre em momento distinto da transferência da titularidade legal ou da posse. 30. Se a entidade mantiver riscos significativos de propriedade, a transação não é uma venda e a receita não deve ser reconhecida. A entidade pode reter risco significativo de propriedade de diferentes modos. Exemplos de situações em que a entidade pode reter riscos e benefícios significativos são: (a) quando a entidade retém obrigação decorrente de desempenho insatisfatório que não esteja coberto por cláusulas normais de garantia; (b) quando o recebimento da receita de venda específica for dependente da venda dos bens pelo comprador (consignação); (c) quando os bens expedidos estiverem sujeitos à instalação, sendo esta uma parte significativa do contrato que ainda não tenha sido concluída pela entidade; e (d) quando o comprador tem o direito de rescindir a compra por uma razão específica em contrato e a entidade estiver incerta acerca da probabilidade de retorno. 31. Se a entidade retiver apenas risco insignificante de propriedade, a transação é uma venda e a receita deve ser reconhecida. Por exemplo, o vendedor pode reter a titularidade legal dos bens apenas para garantir o recebimento dos valores devidos. Em tal caso, se a entidade tiver transferido os riscos e os benefícios significativos de propriedade, a transação é uma venda e a receita deve ser reconhecida. Outro exemplo de entidade retendo apenas risco insignificante de propriedade pode ser uma venda quando o reembolso é oferecido se o comprador não ficar satisfeito e quiser devolver o bem. Nesses casos, a receita deve ser reconhecida no momento da venda desde que o vendedor possa confiavelmente estimar as devoluções futuras e reconheça o passivo correspondente a tais devoluções tomando por base experiências anteriores e outros fatores relevantes. 32. A receita deve ser reconhecida apenas quando for provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços associados à transação fluirão para a entidade. Em alguns casos, isso pode não ser provável até que a contraprestação seja recebida ou até que a incerteza acabe. Por exemplo, a receita pode depender da capacidade de outra entidade em fornecer bens como parte do contrato, e, se existir alguma dúvida de que isso possa ocorrer, o reconhecimento pode ser postergado até que isso ocorra. Quando os bens forem entregues, a incerteza é removida e a receita deve ser reconhecida. Contudo, quando surgir incerteza acerca de valor já reconhecido como receita, o valor incobrável ou a parcela do valor cuja recuperação é improvável deve ser reconhecido como despesa em vez de ajuste no valor da receita anteriormente reconhecida. Juros, royalties e dividendos ou distribuições similares 33. Receitas provenientes do uso, por terceiros, de ativos da entidade que produzam juros, royalties e dividendos ou distribuições similares devem ser reconhecidas usando os tratamentos contábeis estabelecidos no item seguinte quando: (a) for provável que os benefícios econômicos ou potencial de serviços associados à transação fluam para a entidade; e (b) o montante da receita puder ser mensurado confiavelmente.

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34. A receita deve ser reconhecida usando os seguintes tratamentos contábeis: (a) os juros devem ser reconhecidos pro rata tempore com base na taxa efetiva de juros; (b) os royalties devem ser reconhecidos à medida que forem gerados, conforme a essência do acordo; e (c) dividendos ou distribuições similares devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito de recebimento por parte do acionista ou da entidade. 35. A taxa de juros efetiva de ativo corresponde à taxa de juros necessária para se descontar os fluxos de recebimentos futuros esperados ao longo da vida do ativo, de modo a igualá-lo ao seu valor contábil inicial. A receita financeira inclui o montante da amortização de qualquer desconto, prêmio ou outra diferença entre o valor contábil inicial de instrumento de dívida e seu valor no vencimento. 36. Quando juros a pagar são apropriados em período anterior à aquisição de investimento, os juros subsequentes são alocados entre os períodos pré e pós-aquisição, e somente a parte pós-aquisição deve ser reconhecida como receita. Quando dividendos ou distribuições similares de participações societárias forem declarados com base em superávits referentes a período pré-aquisição, esses dividendos ou distribuições similares devem ser reconhecidos como redutores dos custos de aquisição dessas participações societárias. Se for difícil fazer tal alocação sem arbitrariedade, os dividendos ou distribuições similares devem ser reconhecidos como receita a menos que eles representem claramente a recuperação de parte do custo das participações societárias. 37. Royalties, como os de petróleo, são incorridos de acordo com os termos do contrato, e geralmente devem ser reconhecidos nessa base a menos que, em conformidade com a essência do acordo, seja mais apropriado o reconhecimento da receita em outra base sistemática e racional. 38. A receita deve ser reconhecida apenas quando for provável que os benefícios econômicos ou o potencial de serviços associados à transação fluirão para a entidade. Entretanto, quando surgir incerteza acerca do recebimento de valor já considerado como receita, o valor incobrável, ou o valor cujo recebimento tenha deixado de ser provável, deve ser reconhecido como despesa em vez de ajuste no valor da receita anteriormente reconhecida. Divulgação 39. A entidade deve divulgar: (a) as políticas contábeis adotadas para o reconhecimento de receita, incluindo os métodos adotados para determinar a percentagem do estágio de execução de transações envolvendo a prestação de serviços; (b) o valor de cada categoria significativa de receita reconhecida no período, incluindo receitas decorrentes de: (i) prestação de serviços; (ii) venda de bens;

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(iii) juros; (iv) royalties; e (v) dividendos ou distribuições similares. (c) o valor das receitas provenientes de trocas de bens ou serviços incluídos em cada categoria significativa de receita. 40. Orientação acerca da evidenciação de qualquer ativo ou passivo contingente pode ser encontrada na NBC TSP 03 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Ativos e passivos contingentes podem surgir de itens como custos de garantias, indenizações, multas ou perdas possíveis. 41 e 42 (Não convergidos). Vigência Esta norma deve ser aplicada pelas entidades do setor público a partir de 1º de janeiro de 2017, salvo na existência de algum normativo em âmbito Nacional que estabeleça prazos específicos - casos em que estes prevalecem. JOSÉ MARTONIO ALVES COELHO Presidente do Conselho

Norma Brasileira de Contabilidade NBC - PP CFC nº 2, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016

Aprova a NBC PP 02 que dispõe sobre o exame de qualificação técnica para perito contábil.

O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/1946, alterado pela Lei nº 12.249/2010, Faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): NBC PP 02 - EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA PERITO CONTÁBIL Conceituação e objetivos 1. O Exame de Qualificação Técnica (EQT) para perito contábil tem por objetivo aferir o nível de conhecimento e a competência técnico-profissional necessários ao contador que pretende atuar na

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atividade de perícia contábil. 2. O EQT para perito contábil será implementado pela aplicação de prova escrita, conforme definido nesta norma. 3. A aprovação na prova de Qualificação Técnica para perito contábil assegura ao contador o registro no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Administração 4. O EQT para perito contábil é administrado pela Comissão Administradora de Exame (CAE) formada por membros que sejam contadores, com experiência em Perícia Contábil, indicados pelo CFC. 5. Os membros da CAE, entre eles o coordenador, são nomeados pelo presidente do CFC, pelo período de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos. 6. A CAE deve se reunir, no mínimo, duas vezes ao ano, em data, hora e local definidos pelo seu coordenador, sujeita à autorização do presidente do CFC. 7. São atribuições da CAE: (a) estabelecer as condições, o formato e o conteúdo do EQT que será realizado; (b) dirimir dúvidas a respeito do EQT para perito contábil e resolver situações não previstas nesta norma, submetendo-as à Vice-Presidência de Desenvolvimento Profissional; (c) zelar pela confidencialidade do Exame, pelos seus resultados e por outras informações relacionadas; (d) emitir relatório após a conclusão de cada Exame, a ser encaminhado para a Vice-Presidência de Desenvolvimento Profissional, contendo, no mínimo: relação dos inscritos, relação dos aprovados e notas obtidas por cada participante; e (e) decidir, em primeira instância administrativa, sobre os recursos apresentados pelos candidatos ao EQT. Estrutura, controle e aplicação

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8. Cabe à Vice-Presidência de Desenvolvimento Profissional, em conjunto com a CAE: (a) elaborar o edital, administrar e coordenar a aplicação do Exame (EQT) em todas as suas etapas; (b) emitir e publicar, no Diário Oficial da União, relatório contendo o nome e o registro no CRC dos candidatos aprovados no EQT para perito contábil, até 75 (setenta e cinco) dias após a sua realização; e (c) encaminhar ao plenário os assuntos que dependam da sua deliberação e/ou aprovação. Forma e conteúdo das provas 9. A prova será escrita, contemplando questões para respostas objetivas e questões para respostas dissertativas. 10. A prova será aplicada nas Unidades da Federação em que existirem inscritos, em locais a serem divulgados pelo CFC e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs). 11. Na prova de Qualificação Técnica Geral para perito contábil, são exigidos conhecimentos do contador nas seguintes áreas: (a) Legislação Profissional; (b) Ética Profissional; (c) Normas Brasileiras de Contabilidade, Técnicas e Profissionais, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, inerentes à perícia; (d) Legislação Processual Civil aplicada à perícia; e (e) Língua Portuguesa e Redação; (f) Direito Constitucional, Civil e Processual Civil afetos à legislação profissional, à prova pericial e ao perito. 12. O CFC, por intermédio da Vice-Presidência de Desenvolvimento Profissional, deve providenciar a divulgação em seu portal na internet dos conteúdos programáticos que serão exigidos na prova, com a antecedência mínima de 60 (sessenta) dias em relação à data da aplicação da prova. Aprovação e periodicidade 13. O candidato será aprovado se obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos pontos das questões objetivas e 60% (sessenta por cento) dos pontos das questões dissertativas previstos na prova. 14. A prova deve ser aplicada, pelo menos, uma vez por ano, em data e hora fixadas no edital.

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Certidão de aprovação 15. O CFC disponibilizará, em seu portal na internet, a Certidão de Aprovação no Exame aos candidatos aprovados, a partir da data de publicação do resultado final no Diário Oficial da União, que terá validade de um ano. Recursos 16. O candidato inscrito no Exame pode interpor recurso sobre o teor das provas e/ou sobre o resultado final publicado pelo CFC, sem efeito suspensivo, dentro dos prazos e instâncias definidos em edital. Impedimentos: preparação de candidatos e participação 17. O CFC e os CRCs, seus conselheiros efetivos e suplentes, seus funcionários, seus delegados, seus representantes, os integrantes de suas Comissões e de Grupos de Trabalho de Perícia e os integrantes da CAE não podem oferecer ou apoiar, a qualquer título, cursos preparatórios para os candidatos ao EQT para perito contábil ou deles participar, a qualquer título ou função, exceto na condição de aluno. 18. Os membros efetivos da CAE não podem se submeter ao EQT para perito contábil de que trata esta norma, no período em que estiverem nessa condição. 19. O descumprimento do disposto no item anterior caracteriza infração de natureza ética, sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no Código de Ética Profissional do Contador. Divulgação 20. O CFC desenvolverá campanha no sentido de esclarecer e divulgar o EQT para perito contábil, com a colaboração dos CRCs nas suas jurisdições. Banco de questões 21. A CAE pode solicitar, por intermédio da Vice-Presidência de Desenvolvimento Profissional, a entidades de renomado conhecimento técnico, sugestões de questões para a composição do banco de questões a ser utilizado para a elaboração das provas para o EQT para perito contábil. Disposições finais 22. O CFC adotará as providências necessárias ao atendimento do disposto na presente norma, competindo ao seu Plenário interpretá-la quando se fizer necessário. Vigência Esta norma entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de

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janeiro de 2017. JOSÉ MARTONIO ALVES COELHO Presidente do Conselho

Norma Brasileira de Contabilidade NBC - TSP CFC nº 1, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016 Aprova a NBC TSP 01 - Receita de Transação sem Contraprestação.

O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/1946, alterado pela Lei nº 12.249/2010, Faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): NBC TSP 01 - RECEITA DE TRANSAÇÃO SEM CONTRAPRESTAÇÃO Objetivo 1. O objetivo desta norma é estabelecer as exigências, para fins de demonstrações contábeis, para a receita proveniente de transações sem contraprestação, exceto para aquelas sem contraprestação que dão origem à combinação de entidades. Esta norma trata de questões que devem ser consideradas no reconhecimento e na mensuração da receita das transações sem contraprestação. Alcance 2. A entidade que elabora e apresenta as demonstrações contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta norma na contabilização das receitas provenientes de transações sem contraprestação. Esta norma não se aplica à combinação de entidades, que também é uma transação sem contraprestação. 3. Esta norma se aplica às entidades do setor público, conforme o alcance definido na NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL. 4. (Não convergido). 5. Esta norma trata das receitas provenientes de transações sem contraprestação. A receita originada de transações com contraprestação é discutida na NBC TSP 02 - Receita de Transação com Contraprestação. Embora as receitas recebidas pelas entidades do setor público se originem tanto das transações com contraprestação, quanto das sem contraprestação, a maioria das receitas dos governos e de outras entidades do setor público é derivada, tipicamente, de transações sem contraprestação, como: ( a) tributos; e

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( b) 6. Governos e outras entidades do setor público podem reorganizar o setor público, pela fusão de algumas entidades e pela divisão em outras duas ou mais entidades separadas. A combinação de entidades ocorre quando duas ou mais entidades se combinam para formar uma entidade que reporta. Essas reestruturações não envolvem, geralmente, a compra de uma entidade por outra, mas pode resultar na aquisição de todos os ativos e passivos de uma entidade por outra nova ou já existente. Esta norma não especifica se a combinação de entidades, a qual é uma transação sem contraprestação, dará origem a uma receita ou não. Definições 7. Os seguintes termos são usados nesta norma com os significados específicos: Condições sobre ativos transferidos são especificações que determinam que os benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços incorporados no ativo devam ser consumidos pelo recebedor conforme especificado ou os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços devam ser devolvidos ao transferente. Controle do ativo ocorre quando a entidade pode utilizar ou se beneficiar do ativo em busca de seus objetivos e pode excluir, ou regular, o acesso de outras partes àquele benefício. Despesas pagas por meio do sistema tributário são os montantes (valores) disponíveis aos beneficiários, independente de pagarem ou não tributos. Multas (penalidades) são benefícios econômicos ou potencial de serviços recebidos ou a receber pelas entidades do setor público, conforme determinado por tribunal ou por outra entidade com capacidade impositiva legal, como consequência de infração da legislação. Restrições sobre ativos transferidos são as especificações que limitam ou direcionam os objetivos pelos quais o ativo transferido pode ser utilizado, mas que não especificam que benefícios econômicos ou potencial de serviços futuros devem ser devolvidos ao transferente se não utilizados conforme especificado. Especificações sobre ativos transferidos são termos legais ou regulamentares, ou acordo obrigatório, impostos sobre o uso de ativo transferido por entidades externas à entidade que elabora as demonstrações contábeis. Gastos tributários são as disposições preferenciais da legislação tributária que fornecem benefícios fiscais a certos contribuintes e que não estão disponíveis a outros. Evento tributável é o evento que, por determinação do governo, poder legislativo ou outra autoridade, está sujeito à cobrança de impostos (ou qualquer outra forma de tributo). Tributos são benefícios econômicos ou potencial de serviços compulsoriamente pagos ou a pagar às entidades do setor público, de acordo com a legislação ou outra regulamentação, estabelecidos para gerar receita para o governo. Tributos não incluem multas ou outras penalidades aplicadas em caso

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de infrações legais. Transferências são ingressos de benefícios econômicos ou potencial de serviços futuros provenientes de transações sem contraprestação, diferentes de tributos. Transação sem contraprestação 8. Em algumas transações está claro que existe a troca de valor aproximadamente igual. Essas transações são com contraprestação e são abordadas na NBC TSP 02. 9. Em outras transações, a entidade recebe recursos sem nada entregar ou entrega valor irrisório em troca. Essas transações são claramente sem contraprestação e estão contempladas nesta norma. 10. Existe outro grupo de transações sem contraprestação nas quais a entidade pode fornecer alguma compensação diretamente em troca dos recursos recebidos, mas tal compensação não se aproxima do valor justo dos recursos recebidos. Nesses casos, a entidade determina se há combinação de transações com e sem contraprestação, sendo cada componente reconhecido separadamente. 11. Existem também transações adicionais em relação às quais não fica claro, imediatamente, se são transações com ou sem contraprestação. Nesses casos, a avaliação da essência da transação determina se são com ou sem contraprestação. Por exemplo, a venda de bens é normalmente classificada como transação com contraprestação. Se, entretanto, a transação for por preço subsidiado, ou seja, o preço não se iguala a aproximadamente ao valor justo dos bens vendidos, tal transação satisfaz à definição de transação sem contraprestação. Ao se determinar se a essência é de transação com ou sem contraprestação, realiza-se julgamento profissional. Além disso, as entidades podem receber descontos comerciais, descontos por quantidade ou outras reduções no preço cotado dos ativos, por uma série de razões. Essas reduções no preço não significam necessariamente que a transação seja sem contraprestação. Receita 12. Receita compreende ingressos brutos de benefícios econômicos ou de potencial de serviços recebidos ou a receber pela entidade que reporta a informação, o que representa o aumento na situação patrimonial líquida, com exceção dos aumentos relativos à contribuição dos proprietários. Os montantes arrecadados como agente do governo ou de outra organização governamental ou de terceiros não dão margem ao aumento da situação patrimonial líquida ou da receita do agente. Isso acontece porque o agente não pode controlar o uso ou se beneficiar dos ativos arrecadados na realização de seus objetivos. 13. Quando a entidade reconhece alguns custos relacionados à receita gerada a partir de transações sem contraprestação, a receita é o ingresso bruto de benefícios econômicos futuros ou de potencial de serviços, e qualquer saída de recursos deve ser reconhecida como custo da transação. Por exemplo, ao se exigir que a entidade incorra em custos de entrega e instalação em relação à transferência de item do imobilizado para outra entidade, aqueles custos devem ser reconhecidos

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separadamente da receita derivada da transferência do item do imobilizado. Especificação 14. Ativos podem ser transferidos com a expectativa e/ou concordância de que serão usados de maneira particular e que, portanto, o recebedor atuará ou procederá de maneira particular. Quando a legislação, a regulamentação ou os acordos obrigatórios com partes externas impuserem termos sobre uso de ativos transferidos ao recebedor, esses termos serão especificações conforme definido nesta norma. Uma característica chave das especificações, conforme definido nesta norma, é que a entidade não pode impor uma especificação sobre si mesma, tanto diretamente quanto por meio de entidade controlada. 15. As especificações relativas a ativos transferidos podem ser tanto condições quanto restrições. Enquanto as condições e restrições podem exigir que a entidade use ou consuma os benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços de ativo para um fim particular (obrigação de desempenho) no reconhecimento inicial, somente as condições exigem que benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços sejam devolvidos ao transferente no caso de a especificação ser infringida (obrigação de devolução). 16. As especificações são executáveis por meio de processos legais ou administrativos. Se o termo na legislação, em outras regulamentações ou em outros acordos obrigatórios não for executável, ele não é uma especificação conforme definido por esta norma. As obrigações não formalizadas não são derivadas de especificações. A NBC TSP 03 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes estabelece os requisitos para o reconhecimento e a mensuração de obrigações não formalizadas. Condição sobre ativos transferidos 17. As condições sobre ativos transferidos (doravante referidas como condições) exigem que a entidade consuma os benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços do ativo conforme especificado ou devolva os benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços ao transferente caso as condições sejam descumpridas. Consequentemente, o recebedor incorre em obrigação presente de transferência dos benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços a terceiros quando inicialmente ganha o controle do ativo sujeito a uma condição. Isso acontece porque o recebedor é incapaz de evitar a saída de recursos, na medida em que se exige o consumo dos benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços incorporados no ativo transferido na entrega de produtos ou serviços específicos a terceiros ou a entrega de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços ao transferente. Portanto, quando o recebedor inicialmente reconhece o ativo sujeito a uma condição, ele também incorre em passivo. 18. Como conveniência administrativa, o ativo transferido ou outros benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços podem ser devolvidos de modo eficaz pela dedução do montante de outros ativos a serem recebidos relativos à transferência para outras finalidades. Entretanto, a entidade deve reconhecer os montantes brutos em suas demonstrações contábeis, isto é, ela deve reconhecer a redução nos ativos e passivos pela devolução conforme os termos da condição não atendida e deve refletir o reconhecimento de ativos, passivos e/ou receitas pela nova transferência.

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Restrição sobre ativos transferidos 19. As restrições sobre ativos transferidos (doravante referidas como restrições) não incluem a exigência de que o ativo transferido, ou outros benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços, seja devolvido ao transferente se o ativo não for utilizado no modo especificado. Desse modo, a obtenção do controle do ativo sujeito à restrição não impõe sobre o recebedor a obrigação presente de transferir os benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços a terceiros quando o controle do ativo é inicialmente obtido. Quando o recebedor infringe uma restrição, o transferente ou outra parte pode ter a opção de buscar pela penalização contra o recebedor, como, por exemplo, levar o assunto para uma corte ou outro tribunal ou por meio de processo administrativo, tal como um ato normativo de ministro do governo ou de outra autoridade. Tais ações podem resultar na exigência do cumprimento da restrição pela entidade ou enfrentamento de penalidade civil ou criminal por desafiar o tribunal ou outra autoridade. Tal penalidade não é incorrida em consequência da aquisição do ativo, mas pela infração da restrição. Essência sobre a forma 20. Ao determinar se uma especificação é condição ou restrição é necessário que se considere a essência dos termos da especificação e não meramente sua forma. A mera especificação, por exemplo, de que o ativo transferido deva ser consumido no provimento de produtos e serviços a terceiros ou devolvido ao transferente não é, em si só, suficiente para originar um passivo quando a entidade obtém o controle do ativo. 21. Quando decide se uma especificação é condição ou restrição, a entidade considera se a exigência de devolução do ativo ou dos outros benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços é exequível e se seria executada pelo transferente. Se o transferente não puder impor a exigência de devolução do ativo ou dos benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços, a especificação falha na satisfação da definição de condição e deve ser considerada uma restrição. Se a experiência passada com o transferente indica que este nunca impõe a exigência de devolução do ativo transferido ou dos benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços quando a infração tiver ocorrido, então o recebedor pode concluir que a especificação tem forma, mas não a essência de condição, e é, portanto, uma restrição. Se a entidade não tem experiência com o transferente ou não tem especificações previamente infringidas que induziriam o transferente a decidir obrigar a devolução de ativo ou de benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços e não tem nenhuma evidência ao contrário, deveria assumir que o transferente iria fazer cumprir e que, portanto, a especificação satisfaria à definição de condição. 22. A definição de condição impõe sobre o recebedor uma obrigação de desempenho, quer dizer, exige-se que o recebedor consuma os benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços incorporados no ativo transferido conforme especificado ou que devolva o ativo ou outros benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços ao transferente. Para satisfazer à definição de condição, a obrigação de desempenho será em essência e não meramente formal e será exigida como consequência da própria condição. O termo em acordo de transferência que obriga a entidade

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executar uma ação que não tem nenhuma alternativa, exceto a de execução, pode conduzir a entidade a concluir que o termo não é, em essência, uma condição nem restrição. Isso acontece porque nesses casos, os próprios termos de transferência não impõem à entidade destinatária uma obrigação de desempenho. 23. Para satisfazer ao critério de reconhecimento como passivo é necessário que a saída de recursos seja provável e que o desempenho conforme a condição seja exigido e capaz de ser avaliado. Portanto, a condição deve especificar tais questões como a natureza ou a quantidade de produtos e serviços a serem providos ou a natureza dos ativos a serem adquiridos quando apropriado e, se relevante, os períodos dentro dos quais o desempenho deva ocorrer. Além disso, o desempenho deve ser monitorado continuamente pelo transferente, ou em nome dele. Isso acontece, especialmente, quando a especificação estipula a devolução proporcional do valor equivalente do ativo se a entidade desempenhar parcialmente as exigências da condição e a obrigação de devolução tenha sido exequível se falhas significativas de desempenho tenham ocorrido no passado. 24. Em alguns casos, o ativo pode ser transferido sujeito à especificação de devolução ao transferente se evento futuro especificado não ocorrer. Isto pode acontecer quando, por exemplo, o governo nacional fornece recursos à entidade do governo local sujeitos à especificação de que a entidade arrecade uma contribuição correspondente. Nesses casos, a obrigação de devolução não surge até o momento que se espera que a especificação seja descumprida e o passivo não é reconhecido até que os critérios do reconhecimento tenham sido satisfeitos. 25. Entretanto, os recebedores de ativos transferidos devem considerar se essas transferências são, em essência, recebimento antecipado. Nesta norma, recebimento antecipado refere-se a recursos recebidos previamente aos eventos tributáveis ou ao acordo de transferência se tornar obrigatório. Os recebimentos antecipados originam um ativo e uma obrigação presente em função de o acordo de transferência não ter se tornado ainda obrigatório. Quando tais transferências são de natureza de transação com contraprestação, devem ser tratadas de acordo com a NBC TSP 02. Tributo 26. Os tributos são a maior fonte de receitas de muitos governos e de outras entidades do setor público. Os tributos estão definidos no item 7. Transferências não compulsórias aos governos e outras entidades do setor público, como doações, não são tributos, embora possam ser resultantes de transações sem contraprestação. O governo arrecada a tributação sobre indivíduos e outras entidades, denominados contribuintes, dentro de sua jurisdição, por meio de seu poder soberano. 27. Legislação e regulamentações tributárias podem variar significativamente entre jurisdições, mas possuem características comuns. Legislação e regulamentos tributários estabelecem o direito de o governo arrecadar o tributo; identificam a base de cálculo; e estabelecem procedimentos para calcular o tributo a receber e assegurar que o pagamento seja recebido. Também frequentemente exigem que os contribuintes enviem declarações periódicas à entidade governamental que administra o tributo em particular. O contribuinte geralmente fornece detalhes e evidências do nível de atividade sujeita à tributação e o montante de tributos a receber pelo governo. As formas de recebimento dos tributos variam muito, mas são normalmente definidas para assegurar que o

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governo receba pagamentos regularmente sem recorrer à ação judicial. A legislação tributária geralmente é aplicada e determina penalidades severas aos indivíduos ou às entidades que as infringem. 28. Recebimentos antecipados, sendo montantes recebidos antes do evento tributável, podem também se originar de tributos. Análise da entrada de recursos de transação sem contraprestação 29. A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de transação sem contraprestação quando obtém o controle dos recursos que se enquadram na definição de ativo e satisfazem aos critérios de reconhecimento. Em determinadas circunstâncias, tais como quando o credor perdoa a dívida, a redução do valor contábil do passivo previamente reconhecido pode surgir, em vez do reconhecimento do ativo. Em outros casos, o ganho do controle do ativo pode também trazer consigo obrigações que a entidade deve reconhecer como passivo. As contribuições dos proprietários não geram receitas, portanto, cada transação é analisada e quaisquer contribuições dos proprietários devem ser contabilizadas em separado. Consistente com a abordagem exposta nesta norma, as entidades devem analisar as transações sem contraprestação para determinar que elementos dos relatórios contábeis de propósito geral devem ser reconhecidos em decorrência das transações. O fluxograma a seguir ilustra o processo analítico que a entidade realiza quando existe a entrada de recursos, a fim de determinar se a receita deve ser reconhecida. Esta norma segue a estrutura do fluxograma. As exigências para o tratamento das transações são expostas nos itens seguintes. Reconhecimento do ativo 30. O ativo é definido na NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL como um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado. 31. A entrada de recursos de transação sem contraprestação que se enquadre na definição de ativo deve ser reconhecida como ativo quando e somente quando: ( a) for provável que os benefícios econômicos futuros e o potencial de serviços associados com o ativo fluam para a entidade; ( b) o valor justo do ativo puder ser mensurado de maneira confiável. Controle do ativo 32. A capacidade de privar ou de regular o acesso de outros aos benefícios do ativo é elemento essencial de controle que distingue o ativo da entidade daqueles bens públicos aos quais todas as entidades têm acesso e que deles se beneficiam. No setor público, os governos e outras entidades do

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setor público exercem o papel regulador sobre certas atividades, como, por exemplo, as instituições financeiras ou fundos de pensão. Esse papel regulador não significa, necessariamente, que tais itens regulados satisfaçam à definição de ativo do governo ou aos critérios para o reconhecimento como ativo nos relatórios contábeis de propósito geral do governo que regula tais ativos. 33. O anúncio da intenção de transferir recursos para entidade do setor público não é, por si só, suficiente para se identificarem os recursos como controlados pelo recebedor. Por exemplo, se uma escola pública fosse destruída por incêndio florestal e o governo anuncia a sua intenção de transferir recursos para reconstruíla, a escola não reconheceria a entrada de recursos (a receber) no momento do anúncio. Nas circunstâncias em que o acordo de transferência seja exigido antes que os recursos possam ser transferidos, o recebedor não deve identificar os recursos como controlados até o momento em que o acordo se torne obrigatório, porque o recebedor não pode privar ou regular o acesso do transferidor aos recursos. Em muitos casos, a entidade deve constatar a exequibilidade de seu controle sobre os recursos antes que possa reconhecer o ativo. Se a entidade não dispõe de reivindicação exigível sobre os recursos, ela não pode privar ou regular o acesso do transferidor àqueles recursos. Evento passado 34. As entidades do setor público normalmente obtêm ativos dos governos, de outras entidades, incluindo contribuintes, ou ainda pela compra ou produção deles. Desse modo, o evento passado que origina o controle do ativo pode ser compra, evento tributável ou transferência. As transações ou os eventos previstos para ocorrer no futuro não geram ativos por si próprios, por exemplo, a intenção de arrecadar a tributação não é evento passado que gere ativo, sob a forma de direito, sobre o contribuinte. Entrada provável de recursos 35. A entrada de recursos é provável quando houver mais probabilidade de que ocorra do que não. A entidade fundamenta tal determinação em sua experiência anterior com tipos similares de fluxos de recursos e em suas expectativas a respeito do contribuinte ou do transferidor. Por exemplo, quando o governo concorda em transferir fundos à entidade do setor público; o acordo for obrigatório; e o governo possuir histórico de transferência de recursos contratados, é provável que a entrada ocorra, apesar de os fundos não terem sido transferidos na data de encerramento contábil. Ativo contingente 36. O item que possua características essenciais de ativo, mas que não satisfaça ao critério para o reconhecimento pode justificar sua evidenciação em notas explicativas como ativo contingente (ver a NBC TSP 03 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes). Contribuição dos proprietários

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37. Para a transação se qualificar como contribuição dos proprietários, é necessário que ela satisfaça às características identificadas na definição da NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL. Ao determinar se a transação satisfaz à definição de contribuição dos proprietários, a essência preferivelmente à forma da transação é considerada. O item 38 indica a forma que as contribuições dos proprietários podem assumir. Se, apesar da forma da transação, a essência for claramente aquela de empréstimo ou outro tipo de passivo ou de receita, a entidade deve reconhecê-la como tal e deve realizar evidenciação apropriada em notas explicativas às demonstrações contábeis, se ela apresentar materialidade. 38. A contribuição dos proprietários pode ser evidenciada, por exemplo, por meio de: ( a) designação formal da transferência pelo transferidor ou por entidade controladora do transferidor como formadora do patrimônio líquido disponibilizada ao recebedor, antes da contribuição ocorrer ou no momento desta; ( b) acordo formal, em relação à contribuição, estabelecendo ou aumentando a participação financeira existente no patrimônio líquido do recebedor, a qual pode ser vendida, transferida ou resgatada; ou ( c) emissão, relacionada à contribuição, de instrumentos patrimoniais que possam ser vendidos, transferidos ou resgatados. Componentes de contraprestação e de não contraprestação de transação 39. Os itens 40 e 41 abordam as circunstâncias em que a entidade obtém o controle dos recursos que incorporam benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços, à exceção de contribuições de proprietários. 40. O item 11 da NBC TSP 02 define transações com e sem contraprestação, e o item 10 desta norma observa que a transação pode incluir dois componentes, um componente com contraprestação e outro sem contraprestação. 41. Quando o ativo é adquirido por meio de transação que possui um componente com e sem contraprestação, a entidade deve reconhecer o componente com contraprestação de acordo com os princípios e as exigências da NBC TSP 02. O componente sem contraprestação deve ser reconhecido de acordo com os princípios e exigências desta norma. Ao determinar se a transação possui componentes com e sem contraprestação identificáveis, realiza-se o julgamento profissional. Quando não for possível distinguir componentes com contraprestação e sem contraprestação em separado, a transação é tratada como sem contraprestação. Mensuração de ativo no reconhecimento inicial 42. O ativo adquirido por meio de transação sem contraprestação deve ser mesurado inicialmente pelo seu valor justo na data de aquisição.

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43. (Não convergido). Reconhecimento da receita proveniente de transação sem contraprestação 44. A entrada de recursos de transação sem contraprestação reconhecida como ativo deve ser reconhecida como receita, exceto na medida em que o passivo também seja reconhecido em decorrência da mesma entrada de recursos. 45. Na medida em que a entidade satisfaça à obrigação presente reconhecida como passivo em relação à entrada de recursos de transação sem contraprestação reconhecida como ativo, ela deve reduzir o valor contábil do passivo reconhecido e reconhecer o montante de receita equivalente àquela redução. 46. Quando a entidade reconhece o aumento na situação patrimonial líquida em consequência de transação sem contraprestação, ela deve reconhecer a receita. Se ela reconheceu o passivo em relação à entrada de recursos derivados de transações sem contraprestação, quando o passivo for subsequentemente reduzido, em função de o evento tributável ter ocorrido ou a condição ter sido satisfeita, ela deve reconhecer a receita. Se a entrada de recursos satisfaz à definição de contribuição dos proprietários, ela não deve ser reconhecida como passivo ou receita. 47. O momento do reconhecimento da receita é determinado pela natureza das condições e do seu atendimento. Por exemplo, se uma condição especifica que a entidade deve prover bens ou serviços a terceiros ou devolver os recursos não utilizados para o transferente, a receita deve ser reconhecida quando bens são providos ou serviços são prestados. Mensuração da receita proveniente de transação sem contraprestação 48. A receita de transação sem contraprestação deve ser mensurada pelo montante do acréscimo na situação patrimonial líquida reconhecida pela entidade. 49. Quando, como resultado de transação sem contraprestação, a entidade reconhecer um ativo, ela também deve reconhecer a receita equivalente ao montante do ativo mensurado de acordo com o item 42, a menos que também se exija o reconhecimento do passivo. Quando se exige o reconhecimento do passivo, ele deve ser mensurado de acordo com as exigências do item 57, e o montante do acréscimo na situação patrimonial líquida, se houver, deve ser reconhecido como receita. Quando o passivo for subsequentemente reduzido, em função da ocorrência de evento tributável ou do cumprimento da condição, o montante da redução no passivo deve ser reconhecido como receita. Obrigação presente reconhecida como passivo 50. A obrigação presente derivada de transação sem contraprestação que se enquadre na definição

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de passivo deve ser reconhecida como passivo quando e somente quando: ( a) for provável que a saída de recursos que incorpora benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação; e ( b) estimativa confiável do montante das obrigações puder ser realizada. Obrigação presente 51. A obrigação presente é o dever de agir ou realizar de determinada forma e pode originar um passivo relativo a qualquer transação sem contraprestação. As obrigações presentes podem ser impostas por determinações na legislação, em outras regulamentações ou acordos obrigatórios que estabelecem as bases de transferências. Podem se originar do ambiente normal de operações, tal como o reconhecimento de recebimentos antecipados. 52. Em muitos casos, os tributos são arrecadados e os ativos são transferidos às entidades do setor público em transações sem contraprestação conforme legislação, regulamentações ou outros acordos obrigatórios que impõem especificações para que sejam utilizados em finalidades específicas. Por exemplo: ( a) (não convergido); ( b) transferências, estabelecidas por acordo obrigatório que inclui condições: ( i) do governo federal para governos estaduais ou municipais; ( ii) de governos estaduais para governos municipais; ( iii) de governos para outras entidades do setor público; ( iv) para agências governamentais que são criadas pela legislação ou por outras regulamentações a fim de executar funções específicas com autonomia operacional, tais como autoridades estatutárias ou conselhos ou autoridades regionais; ( v) de agências doadoras para governos ou outras entidades do setor público. 53. No curso normal das operações, a entidade pode aceitar recursos antes da ocorrência de evento tributável. Em tais circunstâncias, o passivo de montante equivalente àquele do recebimento antecipado deve ser reconhecido até que o evento tributável ocorra. 54. Se a entidade recebe recursos antes da existência de acordo obrigatório de transferência, ela

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deve reconhecer o passivo pelo recebimento antecipado até o momento em que o acordo se torne obrigatório. Condição sobre o ativo transferido 55. Condições sobre o ativo transferido podem dar origem a uma obrigação presente no reconhecimento inicial, a qual deve ser reconhecida em conformidade com o item 50. 56. Especificações estão definidas no item 7. Os itens 14 a 25 fornecem orientações para identificar se uma especificação é uma condição ou uma restrição. A entidade deve analisar todas e quaisquer especificações vinculadas à entrada de recursos, para determinar se essas especificações impõem condições ou restrições. Mensuração de passivo no reconhecimento inicial 57. O montante reconhecido como passivo deve ser a melhor estimativa do montante necessário para liquidar a obrigação presente na data da apresentação das demonstrações contábeis. 58. A estimativa deve levar em consideração os riscos e as incertezas que cercam os eventos que fazem com que o passivo seja reconhecido. Quando o valor do dinheiro no tempo é material, o passivo deve ser mensurado pelo valor presente que se espera ser necessário para liquidar a obrigação. Essa exigência está de acordo com os princípios estabelecidos na NBC TSP 03. Tributo 59. A entidade deve reconhecer o ativo em relação a tributos quando o evento tributável ocorre e os critérios de reconhecimento do ativo forem satisfeitos. 60. Os recursos oriundos dos tributos satisfazem à definição de ativo quando a entidade controla os recursos em consequência de evento passado (evento tributável) e espera receber benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços daqueles recursos. Os recursos oriundos dos tributos satisfazem aos critérios para o reconhecimento como ativo quando for provável que a entrada dos recursos ocorra e que o seu valor justo possa ser mensurado de maneira confiável. O grau de probabilidade atrelado à entrada de recursos é determinado com base nas evidências disponíveis no momento do reconhecimento inicial, o que inclui, mas não está limitado à evidenciação do fato gerador pelo contribuinte. 61. A receita tributária deve ser reconhecida somente para o governo que instituiu o tributo e, não, para outras entidades. Por exemplo, os tributos pagos ao agente arrecadador devem ser reconhecidos como do governo que os instituiu e, não, como do agente arrecadador. Além disso, apesar de cada ente possuir uma competência tributária específica, pode ocorrer de o produto da arrecadação não necessariamente pertencer a ele em sua totalidade. Nesses casos, o ente arrecadador/transferidor deverá reconhecer o ativo e a receita pela tributação, bem como redução de ativo e despesa pela respectiva transferência ao ente recebedor, que por sua vez deve reconhecer

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ativos e receita pela transferência. 62. Os tributos não satisfazem à definição de "contribuição dos proprietários" porque o pagamento dos tributos não dá aos contribuintes o direito de receber distribuição dos benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços pela entidade durante sua vida ou à distribuição de qualquer excesso de ativos sobre passivos no caso de o governo ser extinto. O pagamento dos tributos também não proporciona aos contribuintes o direito de propriedade sobre o governo que possa ser vendido, trocado, transferido ou resgatado. 63. Os tributos satisfazem à definição de "transação sem contraprestação" porque o contribuinte transfere recursos ao governo, sem receber valor aproximadamente igual de modo direto em troca. Enquanto o contribuinte pode se beneficiar de uma variedade de políticas sociais estabelecidas pelo governo, estas não são fornecidas diretamente em troca como compensação pelo pagamento dos tributos. 64. (Não convergido). Evento tributável 65. Espécies similares de tributos são arrecadadas em diversas jurisdições. A entidade deve analisar a legislação tributária de sua própria jurisdição para determinar qual é o evento tributável para cada um dos vários tributos arrecadados. A menos que seja especificado de outro modo na legislação ou em outras regulamentações, é provável que o evento tributável seja: ( a) para o tributo sobre a renda, o ganho de renda tributável pelo contribuinte durante o período de tributação; ( b) para o tributo sobre o valor adicionado, a realização de atividade tributável pelo contribuinte durante o período tributável; ( c) para o tributo sobre bens e serviços, a compra ou a venda de produtos e serviços tributáveis durante o período tributável; ( d) para os tributos alfandegários, o movimento de bens ou serviços tributáveis por meio das fronteiras alfandegárias; ( e) para os tributos sobre as heranças, a morte da pessoa que possui propriedades tributáveis; ( f) para os tributos sobre a propriedade, a passagem da data na qual o tributo é lançado, ou do período que o tributo é lançado, se periodicamente. Recebimento antecipado de tributo 66. Consistente com as definições de "ativos", "passivos" e as exigências do item 59, os recursos de tributos recebidos antes da ocorrência do evento tributável devem ser reconhecidos como ativo e passivo (recebimentos antecipados) porque o evento que origina o direito da entidade aos tributos não ocorreu e o critério para o reconhecimento da receita tributária não foi satisfeito (ver item 59),

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apesar de a entidade já ter recebido os recursos. Os recebimentos antecipados relativos a tributos não são, em essência, diferentes de outros recebimentos antecipados. Desse modo, o passivo deve ser reconhecido até que o evento tributável ocorra. Quando o evento tributável ocorrer, o passivo deve ser baixado e a receita deve ser reconhecida. Mensuração de ativo oriundo de transação tributária 67. O item 42 exige que os ativos oriundos de transações tributárias sejam mensurados pelo seu valor justo na data de aquisição. Os ativos oriundos de transações tributárias devem ser mensurados pela melhor estimativa de entrada de recursos para a entidade. As entidades devem desenvolver políticas contábeis em conformidade com as exigências do item 42 para a mensuração dos ativos oriundos de transações tributárias. As políticas contábeis para a estimativa desses ativos devem levar em consideração tanto a probabilidade de que os recursos oriundos de transações tributárias fluam para o governo quanto o valor justo dos ativos resultantes. 68. Quando há separação entre o momento do evento tributável e a arrecadação dos tributos, as entidades podem mensurar de forma confiável os ativos oriundos de transações tributárias utilizando, por exemplo, modelos estatísticos baseados no histórico da arrecadação do tributo específico em períodos anteriores. Esses modelos devem incluir considerações sobre o momento dos recebimentos em caixa de contribuintes, as declarações realizadas pelos contribuintes e o relacionamento da tributação a receber com outros eventos na economia. Os modelos de mensuração devem também levar em consideração outros fatores, tais como: ( a) a legislação tributária permite aos contribuintes um período maior para prestar informação em relação aquele permitido ao governo para a publicação de suas demonstrações contábeis de propósito geral; ( b) os contribuintes não prestam informações tempestivamente; ( c) a atribuição de valor a ativos não monetários para fins de avaliação tributária; ( d) as complexidades na legislação tributária que exigem períodos prolongados para avaliação de tributos devidos por certos contribuintes; ( e) a possibilidade dos custos financeiros e políticos derivados da aplicação rigorosa da legislação tributária e da arrecadação de todos os tributos legalmente devidos ao governo poderem ser compensados pelos benefícios recebidos; ( f) a legislação tributária permite aos contribuintes diferir o pagamento de certos tributos; ( g) a variedade de circunstâncias específicas de tributos e jurisdições individuais. 69. A mensuração dos ativos e receita oriundos de transações tributárias com o uso de modelos estatísticos pode resultar no montante presente de ativos e receita reconhecidos ser diferente daquele em períodos subsequentes como devidos por contribuintes em relação ao período atual.

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Revisões de estimativas devem ser realizadas. 70. Em alguns casos os ativos oriundos de transações tributárias e a respectiva receita não podem ser mensurados de maneira confiável até determinado momento após a ocorrência do evento tributável. Isso pode ocorrer se a base tributária for volátil e se a estimativa confiável não for possível. Em muitos casos, os ativos e a receita podem ser reconhecidos no período subsequente à ocorrência do evento tributável. Entretanto, existem circunstâncias excepcionais quando diversos períodos se passam antes que o evento tributável resulte em entrada de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços que satisfaça à definição de ativo e ao critério para o reconhecimento como ativo. Por exemplo, podem ser necessários diversos anos para que se determine e mensure, de modo confiável, o montante de tributo devido sobre a herança relativa a um grande espólio, porque ele contém um número de antiguidades e de obras de artes valiosas que demandam avaliação de especialistas. Consequentemente, o critério de reconhecimento pode não ser satisfeito até que o pagamento seja recebido ou que seja considerado a receber. Despesa paga por meio do sistema tributário e gasto tributário 71. A receita tributária deve ser determinada pelo seu montante bruto. Não deve ser reduzida pelas despesas pagas por meio do sistema tributário. 72. Em algumas jurisdições, o governo utiliza o sistema tributário como um método conveniente de pagamento de benefícios aos contribuintes que seriam, de outra maneira, pagos utilizando-se outros meios de pagamento, tais como depósito direto do montante na conta bancária do contribuinte. Por exemplo, o governo pode pagar parte dos prêmios de seguro de saúde dos seus residentes, para encorajar a aceitação de tal seguro, tanto pela redução do passivo tributário do indivíduo ou pagando um montante diretamente à companhia de seguros. Nesses casos, o montante é devido independentemente de o indivíduo pagar tributos. Consequentemente, esse montante é despesa para o governo e deve ser reconhecido separadamente na demonstração de desempenho. A receita tributária deve ser acrescida pelo montante de quaisquer dessas despesas pagas por meio do sistema tributário. 73. Os gastos tributários não devem compor o montante das receitas tributárias. 74. Na maioria de jurisdições, os governos utilizam o sistema tributário para encorajar certos comportamentos financeiros e para desestimular outros. Por exemplo, em algumas jurisdições, é permitido que os contribuintes deduzam os gastos com saúde da base de cálculo da tributação sobre a renda. Esses tipos de benefícios estão disponíveis somente para os contribuintes. Se a entidade (incluindo pessoa física) não paga tributos, ela não pode se beneficiar. Esses tipos de benefícios são chamados gastos tributários. Os gastos tributários são receitas perdidas, não despesas, e não originam entradas ou saídas de recursos, quer dizer, elas não originam ativos, passivos, receitas ou despesas ao governo tributante. 75. A distinção essencial entre despesas pagas por meio do sistema tributário e gastos tributários é que, para as despesas pagas por meio do sistema tributário, o montante está disponível aos

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recebedores, independentemente do fato deles pagarem tributos ou de se utilizarem de mecanismo particular para pagar seus tributos. A compensação entre a receita tributária e as despesas pagas por meio do sistema tributário não é permitida. Transferência 76. A entidade deve reconhecer o ativo em relação às transferências quando os recursos transferidos satisfizerem à definição e ao critério para o reconhecimento como ativo, sujeito ao item 98. 77. Para fins desta norma, as transferências incluem subsídios, perdão de dívidas, multas, heranças, presentes e doações. Todos esses itens apresentam o atributo comum de transferência de recursos de uma entidade a outra sem fornecer valor aproximadamente igual em troca e de não serem tributos, conforme definido nesta norma. 78. As transferências satisfazem à definição de ativo quando a entidade controla os recursos em decorrência de evento passado (transferência) e espera receber benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços desses recursos. As transferências satisfazem aos critérios de reconhecimento como ativo quando for provável que a entrada dos recursos ocorra e que o seu valor justo possa ser mensurado de maneira confiável. Em determinadas circunstâncias, tais como quando o credor perdoa o passivo, pode originar a redução no valor contábil do passivo reconhecido anteriormente. Nesses casos, em vez de se reconhecer o ativo como resultado da transferência, a entidade reduz o valor contábil do passivo. 79. A entidade obtém o controle dos recursos transferidos tanto quando os recursos tiverem sido transferidos a ela, quanto a entidade possuir reivindicação exequível contra o transferidor. Muitos acordos de transferência de recursos se tornam vinculados às partes antes que a transferência dos recursos ocorra. Entretanto, às vezes, a entidade promete transferir recursos, mas não o faz. Consequentemente, somente quando a reinvindicação é exequível e a entidade avalia que seja provável que a entrada de recursos ocorra é que ativos, passivos e/ou receitas devem ser reconhecidos. Até esse momento, a entidade não pode privar ou regular o acesso de terceiros aos benefícios dos recursos propostos para transferência. 80. Transferências de recursos que satisfaçam à definição de "contribuição dos proprietários" não devem originar receita. Os acordos que especificam que o provedor de recursos tenha direito à distribuição de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços durante a vida do recebedor, ou distribuição de quaisquer excessos de ativos sobre passivos no caso de o recebedor ser extinto ou adquira participação financeira no recebedor a qual possa ser vendida, trocada, transferida ou resgatada, são, em essência, acordos de realização de contribuição dos proprietários. 81. Transferências satisfazem à definição de "transação sem contraprestação" porque o transferidor fornece recursos ao recebedor sem que este forneça valor aproximadamente igual, diretamente em troca. Se o acordo estipula que o recebedor deva fornecer valor aproximadamente igual em troca, ele não é de transferência, mas contrato de transação com contraprestação que deve ser contabilizado de acordo com a NBC TSP 02. 82. A entidade analisa todas as especificações contidas em acordos de transferência para determinar se ela incorre em passivo quando aceita os recursos transferidos.

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Mensuração de ativo transferido 83. Segundo as exigências do item 42, os ativos transferidos devem ser mensurados pelo seu valor justo na data de aquisição. As entidades desenvolvem políticas contábeis para o reconhecimento e mensuração dos ativos que são consistentes com as demais NBCs TSP. Perdão de dívida e assunção de passivo 84. Os credores, algumas vezes, renunciam ao direito de cobrar a dívida de entidade do setor público, cancelando-a efetivamente. Por exemplo, o governo federal pode cancelar empréstimo devido por governo municipal. Em tais circunstâncias, o governo municipal reconhece o aumento da sua situação patrimonial líquida porque o passivo previamente reconhecido é extinto. 85. As entidades devem reconhecer a receita em relação ao perdão de dívidas quando a dívida anterior não satisfaça mais à definição de passivo ou ao critério para o reconhecimento como passivo, desde que o perdão de dívida não satisfaça à definição de contribuição dos proprietários. 86. Quando a entidade controladora perdoa a dívida de entidade totalmente controlada ou assume seus passivos, a transação pode ser contribuição dos proprietários, conforme descrito nos itens 37 e 38. 87. A receita originada de dívidas perdoadas é mensurada pelo valor contábil destas. Multa 88. Multas são benefícios econômicos ou potencial de serviços recebidos ou a receber por entidade do setor público, de indivíduo ou de outra entidade, conforme determinado por tribunal ou outra entidade com capacidade de fazer cumprir a lei, em consequência da infração, por indivíduo ou por outra entidade, das exigências da legislação ou de outras regulamentações. Os governos e outras entidades do setor público detêm a capacidade de aplicar multas aos indivíduos transgressores da lei. Nesses casos, o indivíduo tem, normalmente, a chance de pagar a multa ou de se defender perante o tribunal. Quando o réu faz acordo com promotor de justiça que determina o pagamento da penalidade em substituição ao julgamento, o pagamento deve ser reconhecido como multa. 89. As multas normalmente exigem que a entidade transfira um montante fixo de dinheiro para o governo e não impõem ao governo quaisquer obrigações que possam ser reconhecidas como passivo. Desse modo, as multas devem ser reconhecidas como receita quando o valor a receber satisfizer à definição e ao critério para o reconhecimento como ativo conforme o item 31. De acordo com o item 12, quando a entidade arrecada multas por meio de agente arrecadador, a multa não deve ser receita do agente. Os ativos oriundos de multas devem ser mensurados pela melhor estimativa da entrada de recursos para a entidade. Herança 90. A herança é a transferência realizada de acordo com os dispositivos do testamento da pessoa

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falecida. O evento passado que dá origem ao controle dos recursos que incorporam benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços para a herança ocorre quando a entidade detém a reivindicação exequível, por exemplo, sobre o falecimento do de cujus, ou na transmissão do formal de partilha, dependendo da legislação. 91. As heranças que satisfaçam à definição de ativo devem ser reconhecidas como ativo e receita quando for provável que o benefício econômico futuro ou o potencial de serviços fluirá para a entidade e que o valor justo do ativo puder ser mensurado de modo confiável. A determinação da probabilidade de entrada de benefícios econômicos futuros ou de potencial de serviços pode ser problemática se um período de tempo decorre entre o falecimento do de cujus e o recebimento de quaisquer ativos pela entidade. A entidade deve determinar se a propriedade da pessoa falecida é suficiente para satisfazer a todas as reivindicações sobre ela e todos os herdeiros. Se o testamento é disputado, isso também afeta a probabilidade de os ativos fluírem para a entidade. 92. O valor justo dos ativos da herança é determinado da mesma maneira que para presentes e doações, conforme descrito no item 97. Em jurisdições onde as propriedades do falecido estão sujeitas à tributação, a autoridade tributária já pode ter determinado o valor justo do ativo herdado pela entidade, e esse montante pode estar disponível à entidade. Heranças devem ser mensuradas pelo valor justo dos recursos recebidos ou a receber. Presente e doação, incluindo bem em espécie 93. Os presentes e as doações são transferências voluntárias de ativos incluindo dinheiro ou outros ativos monetários, bens e serviços em espécie que a entidade preste para outra, normalmente livres de especificações. O transferidor pode ser entidade ou indivíduo. Para presentes e doações em dinheiro ou outros ativos monetários e bens em espécie, o evento passado que origina o controle dos recursos que incorporam benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços é normalmente o recebimento do presente ou da doação. 94. Os bens em espécie são ativos tangíveis transferidos para a entidade em transação sem contraprestação, sem cobrança, mas que pode estar sujeita a especificações. A assistência externa fornecida por organizações de desenvolvimento multilaterais ou bilaterais frequentemente inclui componente de bens em espécie. 95. Os presentes e as doações devem ser reconhecidos como ativo e receita quando for provável que os benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços fluam para a entidade e que o valor justo dos ativos possa ser mensurado de maneira confiável. Com presentes e doações, o ato de presentear ou de doar e a transferência do título jurídico são frequentemente simultâneos. Em tais circunstâncias, não há dúvida quanto ao fluxo dos benefícios econômicos futuros para a entidade. 96. Os bens em espécie devem ser reconhecidos como ativo quando são recebidos ou quando existe acordo obrigatório para o recebimento de tais bens. Se os bens em espécie são recebidos sem condições atreladas, a receita deve ser reconhecida imediatamente. Se condições estão atreladas, o passivo deve ser reconhecido e, na medida em que as condições são satisfeitas, o passivo deve ser reduzido e a receita deve ser reconhecida. 97. No reconhecimento inicial, presentes e doações, incluindo bens em espécie, devem ser

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mensurados por seu valor justo na data de aquisição, que pode ser verificado pela referência a mercado ativo, ou por meio de avaliação. A avaliação do valor do ativo é normalmente realizada por profissional do ramo que detenha qualificação reconhecida e relevante. Para muitos ativos, o valor justo é prontamente verificável pela referência a preços cotados em mercado ativo e líquido. Por exemplo, os preços correntes de mercado podem ser usualmente obtidos para terrenos, edifícios não especializados, veículos e diversos tipos de instalações e equipamentos. Serviço em espécie 98. A entidade pode, mas não é obrigada, reconhecer os serviços em espécie como receita e como ativo. 99. Os serviços em espécie são serviços fornecidos pelos indivíduos às entidades do setor público em transação sem contraprestação. Esses serviços satisfazem à definição de ativo porque a entidade controla o recurso do qual se espera que benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços fluam para ela. Entretanto, esses ativos são consumidos imediatamente e uma transação de igual valor deve ser também reconhecida para refletir o consumo desses serviços em espécie. Por exemplo, a escola pública que recebe serviços voluntários de professores substitutos, cujo valor justo do serviço possa ser mensurado de maneira confiável, pode reconhecer o aumento de ativo e receita e a redução de ativo e despesa. Em muitos casos, a entidade deve reconhecer a despesa pelo consumo de serviços em espécie. Entretanto, os serviços em espécie também podem ser utilizados para construir um ativo. Nesse caso, o montante reconhecido relativo aos serviços em espécie deve ser incluído no custo do ativo que está sendo construído. 100. As entidades do setor público podem receber serviços em espécie de modo voluntário ou não, operados no interesse público, como, por exemplo: ( a) assistência técnica de outros governos ou organizações internacionais; ( b) as pessoas condenadas por infrações podem ser obrigadas a executar serviços comunitários para entidade do setor público; ( c) os hospitais públicos podem receber os serviços de voluntários; ( d) as escolas públicas podem receber serviços voluntários de pais como professores substitutos ou como conselheiros; ( e) os governos locais podem receber os serviços de bombeiros voluntários. 101. Alguns serviços em espécie não se encaixam na definição de ativo porque a entidade apresenta controle insuficiente sobre os serviços fornecidos. Em outras circunstâncias, a entidade pode ter o controle sobre os serviços em espécie, mas não pode mensurá-los de maneira confiável e assim não satisfazem aos critérios para o reconhecimento como ativo. Entretanto, as entidades podem mensurar o valor justo de certos serviços em espécie, como aqueles serviços disponíveis no mercado nacional ou internacional. Ao determinar o valor justo dos tipos de serviços em espécie descritos no item 100, a entidade pode concluir que o valor não é material. Em muitos casos, os serviços em espécie são prestados por pessoas com nenhum ou quase nenhum treinamento e são fundamentalmente diferentes dos serviços que a entidade adquiriria se os serviços em espécie não estivessem disponíveis.

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102. Devido às muitas incertezas sobre os serviços em espécie, incluindo a capacidade de julgar o controle sobre os serviços e a mensuração do seu valor justo, esta norma não exige o reconhecimento dos serviços em espécie. Entretanto, o item 108 incentiva a divulgação da natureza e do tipo de serviços em espécie recebidos durante o exercício. A divulgação relacionada aos serviços em espécie somente deve ser realizada se for material. Para algumas entidades do setor público, os serviços fornecidos por voluntários não são materiais em montante, mas podem ser materiais na sua natureza. 103. Ao desenvolver uma política contábil que aborde uma classe de serviços em espécie, vários fatores devem ser considerados, incluindo os efeitos desses serviços em espécie na situação patrimonial, no desempenho e nos fluxos de caixa da entidade. A extensão na qual a entidade depende de serviços em espécie para alcançar seus objetivos pode influenciar a política contábil que ela desenvolve a respeito do reconhecimento dos ativos. Por exemplo, a entidade que depende de serviços em espécie pode apresentar uma maior probabilidade de reconhecer aqueles serviços como ativo. Ao determinar o reconhecimento de uma classe de serviços em espécie, as práticas de entidades semelhantes que operam em ambiente semelhante também devem ser levadas em consideração. Compromisso de doação 104. O compromisso de doação é a promessa não exequível de transferência de ativos ao recebedor. O compromisso de doação não satisfaz à definição de ativo porque o recebedor é incapaz de controlar o acesso do transferidor aos benefícios econômicos futuros ou ao potencial de serviços incorporados no item compromissado. As entidades não devem reconhecer itens de compromisso de doação como ativo ou receita. Se o item compromissado for transferido posteriormente ao recebedor, ele deve ser reconhecido como presente ou doação, de acordo com os itens 93 a 97. O compromisso de doação pode justificar a evidenciação como ativos contingentes de acordo com as exigências da NBC TSP 03. Recebimento antecipado de transferência 105. Quando a entidade recebe recursos antes que o acordo de transferência se torne obrigatório, os recursos devem ser reconhecidos como ativo quando eles satisfizerem à definição e ao critério para o reconhecimento como ativo. A entidade também deve reconhecer o passivo relativo ao recebimento antecipado se o acordo de transferência não for ainda obrigatório. Os recebimentos antecipados relativos às transferências não são fundamentalmente diferentes de outros recebimentos antecipados, assim o passivo deve ser reconhecido até que o evento que torne o acordo de transferência obrigatório aconteça e todas as outras condições do acordo sejam satisfeitas. Quando esse evento ocorre e todas as condições restantes do acordo são satisfeitas, o passivo deve ser baixado e a receita deve ser reconhecida. Empréstimo subsidiado 105-A. Empréstimos subsidiados são empréstimos obtidos por entidade em termos mais favoráveis que os de mercado. A parcela do empréstimo que é exigível, junto com qualquer pagamento de

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juros, é uma transação com contraprestação. A entidade deve considerar se qualquer diferença entre o preço transacionado (montante recebido do empréstimo obtido) e o valor justo do empréstimo no reconhecimento inicial é receita de transação sem contraprestação e deve ser contabilizada em conformidade com esta norma. 105-B. Quando a entidade determina que as diferenças entre o preço transacionado (montante recebido do empréstimo obtido) e o valor justo do empréstimo no reconhecimento inicial é receita de transação sem contraprestação, a entidade deve reconhecer a diferença como receita, exceto se existir obrigação presente, isto é, quando a condição imposta sobre o ativo transferido resultar em obrigação presente. Existindo a obrigação presente, essa deve ser reconhecida como passivo. Conforme a entidade satisfaça à obrigação presente, o passivo deve ser reduzido e igual montante deve ser reconhecido como receita. Divulgação 106. A entidade deve divulgar em notas explicativas ou apresentar nos relatórios contábeis de propósito geral: ( a) o montante da receita de transações sem contraprestação, reconhecido durante o período, pelas principais classes, demostrando separadamente: ( i) tributos, demonstrando separadamente as principais classes de tributos; ( ii) transferências, demonstrando separadamente as principais classes de receita de transferência; ( b) o montante de recebíveis reconhecido em relação à receita sem contraprestação; ( c) o montante dos passivos reconhecido referentes aos ativos transferidos sujeitos a condições; ( ca) o montante dos passivos reconhecido em relação aos empréstimos subsidiados que está sujeito a condições sobre os ativos transferidos; ( d) o montante dos ativos reconhecido que estão sujeitos a restrições e a natureza de tais restrições; ( e) a existência e os montantes de quaisquer recebimentos antecipados em relação às transações sem contraprestação; ( f) o montante de quaisquer passivos perdoado. 107. A entidade deve divulgar em notas explicativas às demonstrações contábeis: ( a) as políticas contábeis adotadas para o reconhecimento de receita de transações sem contraprestação; ( b) para as principais classes de receita de transações sem contraprestação, as bases pelas quais o valor justo do ingresso de recursos foi mensurado; ( c) para as principais classes de receita tributária que a entidade não pode mensurar de maneira confiável durante o período no qual o fato gerador ocorre, a informação sobre a natureza do tributo;

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e ( d) a natureza e o tipo das principais classes de heranças, presentes e doações, demostrando separadamente as principais classes de bens em espécie recebidos. 108. As entidades são incentivadas a evidenciar a natureza e o tipo das principais classes de serviços em espécie recebidos, incluindo aqueles não reconhecidos. A extensão na qual a entidade depende de uma classe de serviços em espécie determina a divulgação a fazer em relação àquela classe. 109. As divulgações exigidas pelos itens 106 e 107 auxiliam a entidade a cumprir os objetivos das demonstrações contábeis, que é o fornecimento de informações úteis sobre a entidade que reporta a informação, voltadas para os usuários dos relatórios contábeis de propósito geral para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability). 110. A evidenciação das principais classes de receita auxilia os usuários a realizarem julgamentos mais informados sobre a exposição da entidade a fluxos específicos de receita. 111. As condições e as restrições impõem limites sobre o uso dos ativos, o que impacta as operações da entidade. A divulgação do montante de passivos reconhecidos relativos às condições e às restrições auxiliam os usuários nas avaliações sobre a capacidade de a entidade usar seus ativos de forma discricionária. As entidades são incentivadas a desagregar por classes a informação exigida no item 106 (c). 112. O item 106 (e) exige que as entidades divulguem a existência de recebimentos antecipados relativos às transações sem contraprestação. Esses passivos carregam o risco de que a entidade tenha que realizar um sacrifício dos benefícios econômicos futuros ou do potencial de serviços se o evento tributável não ocorrer ou se o acordo de transferência não se tornar obrigatório. A divulgação desses recebimentos antecipados ajuda os usuários a realizarem julgamentos sobre a receita futura e a posição do ativo líquido da entidade. 113. (Não convergido). 114. O item 107 (d) exige que as entidades realizem divulgações sobre a natureza e o tipo das principais classes de presentes, doações e heranças que ela tenha recebido. Essas entradas de recursos são recebidas pela discricionariedade do transferidor, que expõe a entidade ao risco de que em períodos futuros, tais fontes de recursos, possam mudar significativamente. Tais divulgações ajudam os usuários a fazerem julgamentos sobre a receita futura e a posição da situação patrimonial líquida da entidade. 115. (Não convergido). 116 a 125 (Eliminados). Vigência Esta norma deve ser aplicada pelas entidades do setor público a partir de 1º de janeiro de 2017, salvo na existência de algum normativo em âmbito Nacional que estabeleça prazos específicos - casos em que estes prevalecem.

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Norma Brasileira de Contabilidade NBC - TSP CFC nº 3, de 21.10.2016 - DOU de 28.10.2016

Aprova a NBC TSP 03 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.

O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/1946, alterado pela Lei nº 12.249/2010, Faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC): NBC TSP 03 - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES Objetivo O objetivo desta norma é (a) definir provisões, ativos e passivos contingentes e (b) identificar as circunstâncias nas quais as provisões devam ser reconhecidas, bem como sua forma de mensuração e evidenciação. A norma também exige que certas informações acerca dos ativos e passivos contingentes sejam divulgadas em notas explicativas às demonstrações contábeis, de modo a possibilitar que os usuários entendam sua natureza, valores e vencimento. Alcance 1. A entidade que elabora e apresenta as suas demonstrações contábeis no regime de competência deve aplicar esta norma ao contabilizar as provisões, ativos e passivos contingentes, exceto se: (a) as provisões e passivos contingentes oriundos de benefícios sociais, fornecidos pela entidade, pelos quais não recebe compensação aproximadamente igual ao valor dos produtos e serviços fornecidos, diretamente em contrapartida dos beneficiários; (b) (eliminado); (c) decorrerem de contratos a executar, com exceção de contratos onerosos, sujeitos a outras provisões deste item; (d) decorrerem de contratos de seguro dentro do alcance de normas contábeis nacionais ou internacionais relacionadas a seguros; (e) forem tratados em outra NBC TSP; (f) forem relacionados a tributos sobre a renda e congêneres; e

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(g) decorrerem de benefícios a empregados, exceto se os benefícios da rescisão contratual resultarem de processo de reestruturação, conforme tratado nesta norma. 2. Esta norma se aplica às entidades do setor público, conforme o alcance definido na NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL. 3. (Não convergido). 4. Esta norma não se aplica aos instrumentos financeiros (incluindo garantias). 5. (Eliminado). 6. Esta norma se aplica a provisões para reestruturação (incluindo a descontinuidade de operações). Em alguns casos, a reestruturação pode se encaixar na definição de operação descontinuada, quando então deve observar a norma específica referente ao assunto. Benefícios sociais 7. Para fins desta norma, "benefícios sociais" referem-se a produtos, serviços e outros benefícios fornecidos na busca dos objetivos de políticas sociais do governo. Esses benefícios podem incluir:

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(a) a prestação de serviços de saúde, educação, habitação, transporte e outros serviços sociais para a comunidade. Muitas vezes, não há exigência que os beneficiários desses serviços paguem a quantia equivalente ao valor desses serviços; (b) pagamento de benefícios para famílias, idosos, deficientes, desempregados e outros. Ou seja, governos, em todos os níveis, podem prestar assistência financeira para que indivíduos e grupos da comunidade tenham acesso a serviços que atendam a suas necessidades particulares ou que complementem suas rendas. 8. Em muitos casos, as obrigações de prestação e fornecimento de benefícios sociais surgem como consequência do compromisso do governo de realizar certas atividades contínuas de longo prazo a fim de fornecer produtos e serviços específicos para a comunidade. A necessidade, natureza e fornecimento de bens e serviços para cumprir com as obrigações de políticas sociais frequentemente dependem de uma série de condições sociais e demográficas que são difíceis de serem previstas. Esses benefícios geralmente se encaixam nas classificações de "proteção social", "educação" e "saúde" da estrutura de Estatísticas de Finanças Governamentais do Fundo Monetário Internacional e frequentemente requerem uma avaliação atuarial para determinar o montante de qualquer passivo relativo a esses benefícios. 9. Para que provisão ou contingência decorrente de benefício social seja excluída do alcance desta norma, a entidade do setor público que fornece o benefício não pode receber compensação que seja aproximadamente igual ao valor dos bens e serviços fornecidos, diretamente em retorno por parte dos beneficiários. Essa exclusão abrange aquelas circunstâncias em que o encargo é cobrado em contrapartida ao benefício, sem que haja, contudo, relação direta entre o encargo e o benefício recebido. A exclusão dessas provisões e passivos contingentes do alcance desta norma reflete o ponto de vista de que tanto (a) a determinação do que constitui o evento desencadeador da obrigação quanto (b) a mensuração do passivo requerem exame adicional antes que a proposição das normas seja posta em audiência pública. Por exemplo, há opiniões divergentes sobre se o fato gerador da obrigação ocorre quando o indivíduo atende aos critérios de elegibilidade para o benefício ou em algum estágio anterior. Da mesma forma, há opiniões divergentes sobre se o valor de qualquer obrigação reflete a estimativa do direito do período atual, ou o valor presente de todos os benefícios futuros esperados determinados em bases atuariais.

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10. Sempre que a entidade optar por reconhecer a provisão para tais obrigações, a entidade deve divulgar em que base as provisões foram reconhecidas, bem como a base de mensuração adotada. A entidade também deve fazer outras evidenciações exigidas por esta norma acerca dessas e das demais provisões. 11. Em alguns casos, os benefícios sociais podem dar origem a um passivo para o qual há: (a) pouca ou nenhuma incerteza quanto ao seu montante; e (b) o momento da obrigação não é incerto. Por conseguinte, estes não são susceptíveis de satisfazer à definição de provisão nesta norma. Se existirem tais obrigações por benefícios sociais, eles devem ser reconhecidos desde que satisfaçam aos critérios de reconhecimento como passivo (ver também o item 19). Um exemplo seria a apropriação por competência de dívida para com os beneficiários de aposentadorias para idosos ou pessoas com deficiência que tenha sido aprovada para o pagamento de acordo com as disposições de contrato ou legislação. Outras exclusões 12. Esta norma não se aplica a contratos a executar, a menos que sejam onerosos. Os contratos de

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fornecimento de benefícios sociais assumidos com a expectativa de que a entidade não irá receber dos beneficiários pagamento aproximadamente igual ao valor dos produtos e serviços fornecidos, devem ser excluídos do alcance desta norma. 13. Quando outra NBC TSP tratar de um tipo específico de provisão, passivo contingente ou ativo contingente, a entidade deve aplicar aquela norma no lugar desta. Por exemplo, certos tipos de provisões são também tratados em normas sobre: (a) contratos de construção; e (b) arrendamento mercantil, com exceção de que esta norma se aplica aos casos de arrendamento mercantil operacional que tenham se tornado onerosos. 14. Esta norma não trata de provisões relacionadas a tributos sobre a renda e/ou repartição de receitas. Também não trata de provisões provenientes de benefícios a empregados. 15. Alguns montantes tratados como provisões podem estar relacionados com o reconhecimento de receitas, como, por exemplo, quando a entidade fornece garantias em contrapartida a uma remuneração. Esta norma não trata do reconhecimento de receitas. A NBC TSP 02 - Receita de Transação com Contraprestação identifica as circunstâncias em que as receitas de transações com contraprestação devem ser reconhecidas e fornece as orientações práticas na aplicação do critério de reconhecimento. 16. Esta norma define provisões como passivos de prazo ou valor incerto. O termo provisão não deve remeter a elementos do ativo, como ajuste para perdas de recebíveis, por exemplo.

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17. Outras NBCs TSP especificam se os dispêndios devem ser tratados como ativos ou como despesas. Estas questões não são abordadas nesta norma. Assim, esta norma não proíbe ou exige a capitalização dos custos reconhecidos quando a provisão é feita. Definições 18. Esta norma utiliza os seguintes termos com os significados especificados: Obrigação não legalmente vinculada é a obrigação que deriva das ações da entidade, em que: (a) a entidade indica a terceiros, por meio de padrão estabelecido de práticas passadas, políticas publicadas ou de declaração específica, que aceitará certas responsabilidades; e (b) como resultado de tal indicação, a entidade cria uma expectativa válida da parte de terceiros de que cumprirá com essas responsabilidades. Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados, e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não completamente sob o controle da entidade.

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Passivo contingente é: (a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados, e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos, não completamente sob o controle da entidade; ou (b) uma obrigação presente que decorre de eventos passados, mas não é reconhecida porque: (i) é improvável que a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação; ou (ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. Contrato a executar é aquele em que nenhuma das partes cumpriu quaisquer de suas obrigações ou ambas as partes executaram parcialmente suas obrigações na mesma proporção. Obrigação legal é a obrigação que deriva de: (a) contrato (tanto em termos implícitos quanto explícitos);

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(b) legislação; ou (c) outra ação legal. Evento que cria obrigação é o evento que cria uma obrigação legal ou não formalizada que faça com que a entidade não possua alternativa realista senão a de liquidar essa obrigação. Contrato oneroso é o contrato de troca de bens ou serviços para o qual os custos inevitáveis de atender a suas obrigações excedem os benefícios econômicos ou potencial de serviços que se espera receber. Provisão é um passivo de prazo ou valor incerto. Reestruturação é um programa planejado e controlado pela administração da entidade e que, materialmente, altera: (a) o alcance das atividades da entidade; ou

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(b) a maneira com que essas atividades são conduzidas. Provisões e outros passivos 19. As provisões podem ser diferenciadas de outros passivos como contas a pagar e passivos derivados de apropriações por competência (accruals) devido à incerteza acerca do prazo ou do valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação. Por distinção: (a) contas a pagar são passivos relacionados a bens ou serviços que foram entregues ou prestados e que tenham sido faturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e (b) obrigações por competência são passivos relacionados a bens ou serviços que foram recebidos ou prestados, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados com o fornecedor, incluindo os valores devidos aos empregados (por exemplo, valores relacionados ao pagamento de férias). Embora em certos momentos seja necessário estimar o valor ou o prazo das obrigações de acordo com o regime de competência, a incerteza é geralmente muito menor que nas provisões. Obrigações por competência são geralmente divulgadas como parte das contas a pagar. Por sua vez, as provisões são divulgadas separadamente. Relação entre as provisões e os passivos contingentes

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20. De modo geral, todas as provisões são contingentes porque guardam incertezas quanto ao seu prazo ou valor. Contudo, para fins desta norma, o termo contingente é usado para ativos e passivos que não são reconhecidos porque sua existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos e não totalmente sob o controle da entidade. Ademais, o termo passivo contingente é utilizado para passivos que não atendam aos critérios de reconhecimento. 21. Esta norma faz distinção entre: (a) provisões - que são reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa confiável), porque são obrigações presentes e é provável que a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja necessária para liquidar a obrigação; e (b) passivos contingentes - que não são reconhecidos como passivos porque são: (i) obrigações possíveis, mas que necessitam de confirmação se a entidade tem a obrigação presente que pode levar à saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços; ou (ii) obrigações presentes que não satisfazem aos critérios de reconhecimento desta norma (ou porque não é provável que seja necessária a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços para liquidar a obrigação, ou porque uma estimativa suficientemente confiável acerca do valor da obrigação não pode ser realizada).

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Reconhecimento Provisões 22. A provisão deve ser reconhecida quando: (a) a entidade tem obrigação presente (formalizada ou não) decorrente de evento passado; (b) for provável que seja necessária a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços para que a obrigação seja liquidada; e (c) uma estimativa confiável possa ser realizada acerca do valor da obrigação. Se essas condições não forem atendidas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. Obrigação presente

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23. Em alguns casos, não é claro se existe ou não obrigação presente. Nesses casos, presume-se que evento passado dá origem à obrigação se, levando-se em consideração todas as evidências disponíveis, for mais provável que a obrigação exista na data das demonstrações contábeis. 24. Na maior parte dos casos, é claro se um evento passado originou uma obrigação presente. Contudo, em alguns casos, como, por exemplo, em ação judicial, pode ser questionável se certos eventos ocorreram ou se resultaram em obrigação presente. Nesses casos, a entidade determina se a obrigação presente existe na data das demonstrações contábeis ao considerar todas as evidências disponíveis, incluindo, por exemplo, a opinião de peritos. A evidência considerada deve incluir qualquer evidência adicional fornecida por eventos após a data das demonstrações contábeis. Com base em tal evidência: (a) se for mais provável que a obrigação presente exista na data das demonstrações contábeis, a entidade deve reconhecer a provisão (se os critérios de reconhecimento forem atendidos); e (b) se for mais provável que nenhuma obrigação exista na data das demonstrações contábeis, a entidade deve evidenciar o passivo contingente, a menos que a possibilidade de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos ou potencial de serviços seja remota (ver item 100). Evento passado 25. O evento passado que leva a uma obrigação presente é denominado evento que cria obrigação. Para o evento ser caracterizado como evento que cria obrigação, é necessário que a entidade não possua alternativa realista a liquidar a obrigação criada pelo evento. Esse é o caso apenas:

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(a) quando a liquidação da obrigação puder ser exigida por lei; ou (b) no caso de obrigação não formalizada, quando o evento (que pode ser uma ação da entidade) cria expectativas válidas em terceiros acerca do cumprimento da obrigação pela entidade. 26. As demonstrações contábeis envolvem a situação patrimonial da entidade ao final do exercício contábil e, não, de sua possível posição no futuro. Assim, nenhuma provisão deve ser reconhecida para despesas que ainda necessitam ser incorridas para operar no futuro. Os únicos passivos reconhecidos no balanço patrimonial da entidade são aqueles existentes na data das demonstrações contábeis. 27. São reconhecidas como provisões apenas as obrigações decorrentes de eventos passados que existam independentemente das ações futuras da entidade (ou seja, a gestão futura da entidade). Exemplos de tais obrigações são multas ou custos de reparação provenientes de danos ambientais, conforme imposto pela legislação à entidade do setor público. Quando da liquidação, ambas as obrigações levam à saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços, independentemente das ações futuras da entidade do setor público. Do mesmo modo, a entidade do setor público deve reconhecer a provisão referente às despesas de desativação de instalação de defesa ou de usina nuclear de propriedade do governo, na medida em que estiver obrigada a restaurar danos já causados. Por outro lado, devido a requisitos legais, à pressão de eleitores ou ao desejo de demonstrar liderança na comunidade, a entidade pode precisar levar adiante gastos para operar de modo particular no futuro. Um exemplo corresponde à decisão por parte de entidade do setor público em se enquadrar em controles de emissão de gases poluentes veiculares. Outro corresponde a laboratório governamental que decide instalar filtros para proteger os empregados dos gases de certos produtos químicos. Pelo fato de as entidades poderem evitar o gasto futuro decorrente de suas ações futuras, - por exemplo, por meio da mudança na forma de operação - elas não possuem obrigação presente relacionada ao gasto futuro e nenhuma provisão deve ser reconhecida.

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28. A obrigação sempre envolve outra parte a quem a obrigação é devida (terceiros). Contudo, não é necessário identificar a parte a quem a obrigação é devida - de fato, a obrigação pode ser devida ao público em geral. Como a obrigação sempre envolve o compromisso para com terceiro, a decisão da entidade (por meio de seus gestores, corpo diretivo ou entidade controladora) não origina a obrigação não formalizada na data das demonstrações contábeis, a menos que a decisão tenha sido comunicada a terceiros antes da divulgação das demonstrações contábeis, criando uma expectativa válida de que a entidade cumprirá com suas responsabilidades. 29. O evento que não dá origem imediata a uma obrigação pode fazê-lo posteriormente, devido a mudanças na legislação ou a ato da entidade. Por exemplo, quando o dano ambiental é causado por órgão de governo, pode inexistir obrigação de reparação. Contudo, a causa do dano se tornará o fato gerador de obrigação a partir do momento em que nova lei vier a exigir que o dano seja reparado, ou quando o governo aceitar a responsabilidade pela reparação, de modo a criar uma obrigação não formalizada. 30. Quando os detalhes da nova lei proposta ainda estiverem por ser finalizados, a obrigação somente surgirá quando for praticamente certo que tal legislação será promulgada conforme a minuta divulgada. Para fins desta norma, esse tipo de obrigação é tratado como obrigação legal. No entanto, diferenças nas circunstâncias relacionadas a esta promulgação frequentemente tornam impossível especificar um único evento que faria a promulgação da lei praticamente certa. Em muitos casos é impossível estar praticamente certo da promulgação de legislação até que o fato ocorra. Desse modo, qualquer decisão sobre a existência de obrigação deve aguardar a promulgação da lei proposta. Provável saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços 31. Para que o passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário haver não apenas a obrigação presente, mas também a possibilidade de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços para liquidar essa obrigação. Para fins desta norma, a saída de recursos ou outro evento é considerado como provável se a probabilidade de o evento ocorrer for maior que a de não ocorrer. Quando não for provável que a obrigação presente exista, a entidade deve evidenciar o passivo contingente, a menos que a possibilidade de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja remota (ver item 100).

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32. Existindo várias obrigações semelhantes (por exemplo, a obrigação do governo para compensar indivíduos que receberam sangue contaminado de hospital público), a probabilidade de que a saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação deve ser determinada ao se considerar o tipo de obrigação como um todo. Embora a probabilidade de saída de recursos para o caso específico seja pequena, pode ser provável que alguma saída de recursos seja necessária para liquidar o tipo de obrigação como um todo. Nesse caso, a provisão deve ser reconhecida (se os demais critérios de reconhecimento forem atendidos). Estimativa confiável da obrigação 33. O uso de estimativas é uma parte essencial da elaboração das demonstrações contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Isso é especialmente válido no caso das provisões, que, por natureza, têm mais incerteza que a maior parte dos demais ativos e passivos. Com exceção de casos extremamente raros, a entidade é capaz de determinar um intervalo de possíveis resultados e, desse modo, pode realizar a estimativa da obrigação que seja suficientemente confiável para uso no reconhecimento da provisão. 34. Nos casos extremamente raros em que nenhuma estimativa confiável possa ser realizada, há a existência de passivo que não pode ser reconhecido. Esse passivo deve ser divulgado como passivo contingente (ver item 100). Passivos contingentes 35. A entidade não deve reconhecer passivos contingentes.

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36. O passivo contingente deve ser evidenciado, conforme exigido pelo item 100, a menos que seja remota a possibilidade de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços. 37. Quando a entidade é conjunta e solidariamente responsável pela obrigação, a parcela da obrigação que se espera ser liquidada pelos demais responsáveis é tratada como passivo contingente. Por exemplo, no caso de dívida relacionada a empreendimento conjunto (joint venture), a parcela da obrigação que se espera ser cumprida pelas demais participantes do empreendimento é tratada como passivo contingente. A entidade deve reconhecer a provisão para a parte da obrigação para a qual é provável a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços, com exceção das raras circunstâncias em que nenhuma estimativa confiável possa ser realizada. 38. Passivos contingentes podem desenvolver-se de modo distinto do inicialmente esperado. Portanto, são continuamente avaliados para determinar se a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviço se tornou provável. Se ficar provável que a saída de benefícios econômicos ou de potencial de serviços será exigida para um item previamente tratado como passivo contingente, a provisão deve ser reconhecida nas demonstrações contábeis do período em que ocorreu a mudança na probabilidade (com exceção dos casos extremamente raros em que nenhuma estimativa confiável puder ser feita). Por exemplo, a entidade do governo local pode ter desobedecido a uma lei ambiental, mas ainda não é certo se houve algum dano ambiental. Quando posteriormente ficar clara a ocorrência de danos e a necessidade de reparação, a entidade deve reconhecer a provisão porque a saída de benefícios econômicos passou a ser provável. Ativos contingentes 39. A entidade não deve reconhecer ativos contingentes.

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40. Ativos contingentes usualmente decorrem de eventos não planejados ou inesperados que (a) não estejam totalmente sob controle da entidade e (b) que dão origem a possibilidade da entrada de recursos econômicos ou potencial de serviços para a entidade. Um exemplo corresponde a uma reivindicação da entidade por meio de processos legais, em que o resultado é incerto. 41. Ativos contingentes não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que podem resultar no reconhecimento de receitas que nunca virão a ser realizadas. Entretanto, quando a realização da receita é virtualmente certa, o ativo não é mais ativo contingente e seu reconhecimento é adequado. 42. O ativo contingente deve ser evidenciado, conforme exigido pelo item 105, quando a entrada de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços for provável. 43. Ativos contingentes são reavaliados continuamente para assegurar que os reflexos de sua evolução sejam adequadamente apresentados nas demonstrações contábeis. Se for praticamente certo que a entrada de benefícios econômicos ou potencial de serviços surgirá e que o valor do ativo pode ser mensurado corretamente, o ativo e a receita relacionada devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis do período em que ocorrer a mudança. Se a entrada de benefícios econômicos ou potencial de serviços se torna provável, a entidade deve evidenciar o ativo contingente (verificar o item 105). Mensuração Melhor estimativa

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44. O valor reconhecido como provisão deve corresponder à melhor estimativa de desembolso necessário para liquidar a obrigação presente na data das demonstrações contábeis. 45. A melhor estimativa do desembolso necessário para a liquidação da obrigação presente corresponde ao valor que a entidade racionalmente pagaria para, na data do balanço, liquidar a obrigação ou para transferi-la para um terceiro. Frequentemente é impossível, ou proibitivamente dispendioso, liquidar ou transferir a obrigação na data das demonstrações contábeis. Entretanto, a estimativa do valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar ou transferir a obrigação produz a melhor estimativa do desembolso necessário à liquidação da obrigação presente na data das demonstrações contábeis. 46. As estimativas dos resultados e efeitos financeiros são determinadas pelo julgamento da administração da entidade, complementados pela experiência de casos similares e, em alguns casos, por relatórios de peritos independentes. A evidência considerada deve incluir qualquer evidência adicional fornecida por eventos subsequentes à divulgação das demonstrações contábeis. 47. Incertezas acerca dos montantes a serem reconhecidos como provisões são tratadas de várias formas conforme as circunstâncias. Quando a provisão mensurada envolve grande população de itens, a obrigação deve ser estimada ponderando-se todos os possíveis resultados. Esse método estatístico corresponde ao "valor esperado". A provisão, portanto, será diferente se a probabilidade de perda em certa quantidade for, por exemplo, de 60% ou 90%. Quando houver um intervalo contínuo de resultados possíveis, e cada ponto naquele intervalo for tão provável quanto qualquer outro, deve ser usado o ponto médio da escala. 48. Quando uma única obrigação estiver sendo mensurada, o resultado individual mais provável pode ser a melhor estimativa do passivo. Entretanto, mesmo nesse caso, a entidade deve considerar outros resultados possíveis. Quando outros resultados possíveis forem mais ou menos prováveis que o resultado esperado, a estimativa deve ser um valor maior ou menor. Por exemplo, se o governo tiver que corrigir um defeito grave em navio que foi construído para outro governo, o resultado individual mais provável, considerando-se que o reparo seja bem sucedido de primeira,

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corresponderia ao custo de $ 100.000. Contudo, a provisão para o valor maior pode ser feita se houver uma chance significativa de que tentativas futuras sejam necessárias. 49. A provisão deve ser mensurada antes dos impostos ou equivalentes. Orientação sobre como lidar com os efeitos dos tributos da provisão não é apresentada nesta norma. Riscos e incertezas 50. Os riscos e incertezas que inevitavelmente estejam relacionados a eventos e circunstâncias devem ser levados em consideração ao procurar obter a melhor estimativa da provisão. 51. Riscos descrevem a variabilidade dos resultados. Uma nova avaliação dos riscos pode aumentar o valor com que o passivo é mensurado. Cuidados são necessários ao se realizar julgamentos em condições de incertezas, de modo que as receitas ou ativos não sejam superavaliados, e que as despesas ou passivos não sejam subestimados. Entretanto, a incerteza não justifica a criação de provisões em excesso ou de deliberada superavaliação dos passivos. Por exemplo, se os custos projetados de resultado particular adverso forem estimados em base prudente, o resultado não é deliberadamente tratado como mais provável que o caso real. É necessário cuidado para evitar duplicidades em ajustes para riscos e incertezas que consequentemente superavaliem a provisão. 52. A evidenciação das incertezas que cercam o valor dos desembolsos deve ser feita em conformidade com o item 98 (b). Valor presente

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53. Quando o efeito do tempo no dinheiro for material, o valor da provisão deve corresponder ao valor presente dos desembolsos que se espera que sejam exigidos para liquidar a obrigação. 54. Em virtude do valor do dinheiro no tempo, provisões cuja estimativa de liquidação seja próxima na data do balanço são mais onerosas que provisões de igual valor, porém com expectativa de vencimento mais longo. Em função disso, as provisões devem ser descontadas quando o efeito for material. Quando a provisão for descontada por um período de tempo, seu valor presente aumentará a cada ano conforme se aproxime da data de liquidação esperada. 55. O item 97 (e) desta norma exige a evidenciação do aumento, durante o período, no montante descontado que surge com o passar do tempo. 56. A taxa de desconto deve corresponder à taxa que reflita as atuais avaliações de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e aos riscos específicos para o passivo. A taxa de desconto não deve espelhar os riscos para estimativas de fluxo de caixa futuros que tenham sido ajustadas. 57. Em algumas jurisdições, tributos sobre a renda ou equivalentes são cobrados sobre os excedentes da entidade do setor público para o período. Quando tais tributos são cobrados de entidades do setor público, a taxa de desconto selecionada deve ser uma taxa antes dos tributos.

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Evento futuro 58. Eventos futuros que possam afetar o valor necessário para a liquidação de obrigação devem estar refletidos no montante da provisão sempre que existir evidência suficientemente objetiva de que eles irão ocorrer. 59. Eventos futuros esperados podem ser particularmente importantes na mensuração de provisões. Por exemplo, certas obrigações poder ser indexadas para compensar credores pelos efeitos da inflação ou de outras alterações específicas de preços. Se houver evidência suficiente de que as taxas de inflação estimadas sejam prováveis, isso deve ser refletido no valor da provisão. Outro exemplo de eventos futuros que afetam o montante da provisão é quando o governo acredita que o custo da limpeza de alcatrão, cinzas e outros agentes poluentes associados à fábrica de gás, no final de sua vida útil, serão reduzidos por futuras mudanças tecnológicas. Nesse caso, o montante reconhecido reflete o custo tecnicamente qualificado que analistas e técnicos razoavelmente estimam que serão incorridos, levando-se em conta toda evidência como a tecnologia disponível no momento da limpeza. Assim, é apropriado incluir, por exemplo, reduções esperadas de custos associados com o aumento de experiência em aplicar a tecnologia existente ou o custo estimado de aplicar tecnologia existente para uma operação maior ou mais complexa que a realizada anteriormente. No entanto, a entidade não deve antecipar o desenvolvimento de tecnologia completamente nova para limpeza, a menos que seja respaldada por evidência suficientemente objetiva. 60. Os efeitos de possível nova regulamentação que possa afetar o valor de uma obrigação existente do governo ou de entidade específica do setor público devem ser levados em consideração, quando da mensuração, sempre que houver suficiente evidência objetiva de que a regulamentação entrará em vigor. A variedade de circunstâncias que surgem torna praticamente impossível determinar um único evento que proporcionará evidência objetiva suficiente em todos os casos. Evidência é necessária tanto para (a) o que é demandado pela regulamentação quanto para (b) que a sua implementação seja praticamente certa. Em muitos casos, evidência objetiva suficiente não existirá até que a nova legislação seja promulgada. Alienação esperada de ativo

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61. Ganhos decorrentes de alienações esperadas de ativos não devem ser levados em consideração ao se mensurar a provisão. 62. Ganhos decorrentes de alienações esperadas de ativos não devem ser levados em consideração quando da mensuração da provisão, mesmo que a alienação esperada esteja significativamente ligada ao evento que dá origem à obrigação. Em vez disso, a entidade deve reconhecer ganhos ou perdas esperadas na alienação de ativos nos momentos especificados por outra NBC TSP que trata dos ativos em questão. Reembolso 63. Quando se espera que o desembolso efetuado para se liquidar a obrigação, parte ou todo o valor seja reembolsado por um terceiro, tal reembolso deve ser reconhecido quando, e apenas quando, for virtualmente certo que será recebido se a entidade liquidar a obrigação. O reembolso deve ser tratado como ativo a parte. O valor reconhecido para o reembolso não pode exceder o montante da provisão. 64. Na demonstração de desempenho do exercício, as despesas relacionadas a provisões devem ser apresentadas líquidas dos valores reconhecidos como reembolsos. 65. Em alguns momentos, a entidade é capaz de esperar que um terceiro arque com parte ou com a totalidade do desembolso necessário para a liquidação da provisão (por exemplo, por intermédio de contratos de seguros, de cláusulas de indenização ou de garantias de fornecedores). A outra parte

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pode reembolsar os valores pagos pela entidade ou pode pagá-los diretamente. Por exemplo, agência de governo pode ter a responsabilidade legal com o indivíduo como resultado de orientação equivocada dada por seus empregados. Entretanto, a agência pode estar apta a recuperar parte desses gastos por meio do seguro de perdas e danos. 66. Na maior parte dos casos, a entidade permanecerá responsável pela totalidade do valor em questão, devendo liquidar a obrigação em sua totalidade, caso o terceiro deixe de efetuar o pagamento por qualquer razão. Nesse caso, a provisão deve ser reconhecida no valor total da obrigação e o ativo separado para o reembolso esperado deve ser reconhecido quando seu recebimento for praticamente certo se a entidade liquidar o passivo. 67. Em alguns casos, a entidade não é responsável pelos custos em questão caso o terceiro deixe de efetuar o pagamento. Nesse caso, a entidade não tem nenhum passivo referente a esses custos, não sendo assim incluídos na provisão. 68. Como referido no item 37, a obrigação pela qual a entidade esteja conjunta e solidariamente responsável é um passivo contingente, uma vez que se espera que a obrigação seja liquidada pelas outras partes. Mudança na provisão 69. Provisões devem ser revisadas na data das demonstrações contábeis e ajustadas para refletir a melhor estimativa no momento. Se não for mais provável que a saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.

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70. Quando o desconto a valor presente for utilizado, o valor contábil da provisão aumenta a cada período para refletir o transcurso do tempo. Esse aumento deve ser reconhecido como despesa financeira. Uso de provisão 71. A provisão deve ser usada somente para os desembolsos para os quais a provisão foi originalmente reconhecida. 72. Apenas desembolsos relacionados à provisão original devem ser ajustados contra ela mesma. Ajustar gastos contra uma provisão originalmente reconhecida para outros propósitos ocultaria o impacto de eventos diferentes. Aplicação das regras de mensuração e reconhecimento Perda operacional futura (perda futura) 73. Provisões não devem ser reconhecidas para perdas decorrentes de atividades operacionais futuras.

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74. Perdas decorrentes de operações futuras não atendem à definição de passivos conforme o item 18 e ao critério geral para reconhecimento de provisões conforme o item 22. 75. A expectativa de perdas líquidas das atividades operacionais futuras é uma indicação de que certos ativos utilizados nessas atividades podem ter sofrido redução de valor ou não ser recuperáveis. A entidade deve testar a recuperabilidade destes ativos. Orientações sobre a contabilização da perda por redução ao valor recuperável não são tratadas nesta norma. Contrato oneroso 76. Se a entidade possui contrato que é oneroso, a obrigação presente (líquida de recuperações/reembolsos) desse contrato deve ser reconhecida e mensurada como provisão. 77. O item 76 aplica-se somente aos contratos onerosos. Os contratos que fornecem benefícios sociais na expectativa de que a entidade não receba valores aproximadamente iguais aos valores dos produtos e serviços fornecidos, diretamente dos beneficiários dos serviços devem ser excluídos do alcance desta norma. 78. Muitos contratos relacionados a transações com contraprestação (por exemplo, algumas ordens de compra rotineiras) podem ser cancelados sem que seja paga compensação a um terceiro, de modo a inexistir obrigação. Já outros estabelecem tanto direitos quanto obrigações para cada uma das partes do contrato. Quando o contrato ficar caracterizado como oneroso, ele entra no alcance desta norma, e o passivo existe e deve ser reconhecido. Contratos a executar não onerosos não se encaixam no alcance desta norma.

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79. Contrato oneroso é definido por esta norma como aquele em que existem custos inevitáveis para o cumprimento de obrigações, excedendo os benefícios econômicos ou potencial de serviços a serem recebidos no curso da execução do contrato. Desse modo, a obrigação atual líquida de recuperações deve ser reconhecida como provisão conforme o item 76. Os custos inevitáveis do contrato refletem o menor custo líquido de encerramento do contrato, e este é determinado com base no custo de cumprir o contrato ou no custo de qualquer compensação/penalidades decorrentes do seu não cumprimento, dos dois o menor. 80. Antes da provisão para contrato oneroso ser estabelecida separadamente, a entidade deve reconhecer qualquer perda por redução ao valor recuperável que tenha ocorrido nos ativos inerentes a esse contrato. Reestruturação 81. São exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição de reestruturação: (a) o fim de uma atividade ou serviço; (b) o fechamento de sucursal ou o encerramento das atividades de agência governamental em lugar ou região específico, ou a realocação de atividades de uma região para outra; (c) alterações na estrutura de gestão, como, por exemplo, a eliminação de nível de gerência;

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(d) reorganizações fundamentais que tenham efeito material na natureza e no foco das operações da entidade. 82. A provisão para custos de reestruturação deve ser reconhecida apenas quando os critérios gerais de reconhecimento de provisões apresentados no item 22 forem atendidos. Os itens 83 a 96 apresentam como os critérios de reconhecimento geral se aplicam a reestruturações. 83. A obrigação não formalizada para reestruturação surge apenas quando a entidade: (a) tiver um plano formal para reestruturação que identifique pelo menos: (i) o negócio ou parte do negócio em questão; (ii) os principais locais afetados; (iii) o local, a função e o número aproximado de empregados que serão compensados financeiramente por seu desligamento;

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(iv) os desembolsos que serão realizados; e (v) quando o plano será executado. (b) tiver criado a expectativa válida naqueles afetados pela reestruturação, seja ao começar a implantação desse plano ou ao anunciar as suas principais características para aqueles afetados pela reestruturação. 84. No setor público, a reestruturação pode ocorrer no âmbito do governo como um todo, de pasta ou ministério ou em nível de agência. 85. Evidência de que o governo ou uma entidade específica deu início ao plano de reestruturação é fornecida, por exemplo, pela (a) declaração pública das principais características do plano; (b) venda ou transferência de ativos; (c) notificação do interesse no cancelamento de arrendamentos; ou

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(d) pelo estabelecimento de acordos alternativos para clientes de serviços. O anúncio público do plano detalhado de reestruturação constitui uma obrigação apenas caso seja realizado de modo a criar expectativas válidas em terceiros, como usuários do serviço, fornecedores e empregados (ou seus representantes), de que o governo ou a entidade realizará a reestruturação. 86. Para que o plano justifique o registro da obrigação não formalizada quando da comunicação àqueles por ele afetados, sua implementação precisa ser planejada para ter início tão logo quanto possível e ser concluída em intervalo de tempo em que alterações significativas provavelmente não mais ocorrerão. Caso se espere que exista grande demora para o início da reestruturação, ou que ela tome tempo demais, é pouco provável que o plano crie expectativa válida de que o governo ou a entidade específica encontre-se comprometido com a reestruturação, pois o intervalo de tempo permite que o plano seja alterado. 87. A decisão da gestão da entidade ou do conselho de reestruturação realizada antes da data das demonstrações contábeis não dá origem à obrigação não formalizada nesta data, a menos que a entidade tenha, antes disso: (a) dado início à execução do plano de reestruturação; ou (b) anunciado as principais características do plano de reestruturação aos afetados por ele, de forma suficientemente específica, criando a expectativa válida de que a entidade realizará a reestruturação. 88. Embora a obrigação não formalizada não seja criada unicamente por decisão da administração ou do conselho gestor, ela pode resultar de outros eventos associados a tal decisão. Por exemplo, negociações com representantes de empregados para pagamento de rescisão, ou com entidades interessadas na compra ou transferência da operação, podem ter sido concluídas estando sujeitas apenas à aprovação. Tendo tal aprovação sido obtida e comunicada às demais partes, a entidade tem a obrigação não formalizada de reestruturação, caso as condições do item 83 sejam atendidas.

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89. (Não convergido). Venda ou transferência de operação 90. Nenhuma obrigação surge como consequência da venda ou da transferência de operação até que a entidade esteja comprometida com isso, ou seja, até que haja o acordo obrigatório de venda ou transferência. 91. Mesmo quando a entidade tomou a decisão de vender a operação e a anunciou publicamente, ela não pode se comprometer com a venda até que o comprador tenha sido identificado e que exista o acordo obrigatório de venda. Até que tal acordo exista, a entidade pode mudar de ideia e certamente terá que alterar o curso da ação caso o comprador não possa ser encontrado nos termos definidos. Quando a venda for somente uma parte da reestruturação, a obrigação não formalizada pode surgir para as outras partes da reestruturação antes que o acordo de venda exista. 92. A reestruturação dentro do setor público frequentemente envolve a mudança da operação de uma entidade controlada para outra, e pode envolver a transferência de operações pelo valor nominal ou sem custo. Tais transferências frequentemente ocorrem sob as diretivas do governo, e não envolvem acordos obrigatórios conforme definido no item 90. A obrigação existe apenas quando há o acordo de transferência obrigatório. Mesmo quando as transferências propostas não conduzirem ao reconhecimento da provisão, a transação planejada pode exigir evidenciação conforme outras NBCs TSP. Provisão de reestruturação

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93. A provisão de reestruturação deve incluir apenas os desembolsos diretos decorrentes da reestruturação, que são aqueles que se encontram simultaneamente: (a) relacionados com a reestruturação; e (b) não associados com as atividades em curso na entidade. 94. A provisão de reestruturação não inclui custos como: (a) novo treinamento ou realocação de funcionários; (b) marketing; ou (c) investimento em novos sistemas e redes de distribuição. Esses custos relacionam-se à condução futura da atividade e não são passivos de reestruturação na

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data das demonstrações contábeis. Tais custos devem ser reconhecidos nas mesmas bases daqueles que não decorrem de reestruturação. 95. Perdas operacionais futuras na data da reestruturação não devem ser incluídas na provisão, a menos que sejam relacionadas a contratos onerosos, como definido no item 18. 96. Conforme exigência do item 61, a expectativa de ganhos decorrentes de alienação de ativos não deve ser levada em consideração quando da mensuração da provisão para reestruturação, mesmo que a venda de ativos esteja prevista como parte dessa reestruturação. Divulgação 97. Para cada tipo/classe de provisão, a entidade deve divulgar: (a) o valor contábil no início e no final do período; (b) provisões adicionais realizadas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes; (c) valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o período;

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(d) valores não utilizados revertidos durante o período; e (e) o aumento no período do valor descontado decorrente do transcurso do tempo e os efeitos de qualquer alteração na taxa de desconto. Informação comparativa não é necessária. 98. A entidade deve divulgar os seguintes pontos para cada tipo/classe de provisão: (a) breve descrição da natureza da obrigação e do prazo esperado para qualquer saída resultante de benefícios econômicos ou potencial de serviços; (b) indicativo das incertezas relacionadas ao valor ou prazo dessas saídas. Quando for necessário fornecer informação adequada, a entidade deve divulgar as principais premissas realizadas acerca dos futuros eventos, conforme apresentado no item 58; e (c) valores de algum reembolso previsto, apresentando o valor de qualquer ativo que tenha sido reconhecido na forma do reembolso.

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99. Sempre que a entidade optar por reconhecer, nas suas demonstrações contábeis, provisões para benefícios sociais para os quais ela não recebe compensação aproximadamente igual ao valor dos bens e serviços prestados, diretamente em retorno dos beneficiários, deve prestar as informações exigidas nos itens 97 e 98 em relação a essas provisões. 100. A menos que a possibilidade de qualquer saída para a liquidação seja remota, a entidade deve divulgar, para cada tipo/classe de passivo contingente na data das demonstrações contábeis, uma breve descrição da natureza do passivo contingente e, quando aplicável: (a) uma estimativa de seus efeitos financeiros, mensurados em conformidade com os itens 44 a 62; (b) uma indicação das incertezas em relação ao valor ou à periodicidade de saída; e (c) a possibilidade de algum reembolso. 101. Ao se determinar quais provisões ou passivos contingentes podem ser agregados para formar uma classe, é necessário considerar se a natureza do item é suficientemente similar para que uma única indicação sobre ele cumpra o exigido pelos itens 98 (a) e (b) e 100 (a) e (b). Assim, pode ser apropriado agregar, em uma única classe, valores relacionados a certo tipo de obrigação, mas pode não ser apropriado tratar como uma única classe valores relacionados a custos de reparação ambiental e valores relacionados a procedimentos legais, por exemplo. 102. Quando a provisão e o passivo contingente surgirem do mesmo conjunto de circunstâncias, a entidade deve realizar as evidenciações exigidas pelos itens 97, 98 e 100 de modo a mostrar a ligação entre a provisão e os passivos contingentes.

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103. A entidade pode, em certas circunstâncias, fazer uso de avaliação externa para mensurar a provisão. Nesses casos, pode ser útil a divulgação de informação relacionada à avaliação. 104. As exigências de divulgação do item 100 não se aplicam aos passivos contingentes que surgem dos benefícios sociais fornecidos pela entidade da qual não recebe o valor aproximadamente igual aos produtos ou serviços proporcionados, diretamente em retorno dos beneficiários (ver os itens 1 (a) e 7 a 11 para a discussão da eliminação de benefícios sociais desta norma). 105. Quando a entrada de benefícios econômicos ou potencial de serviços for provável, a entidade deve evidenciar breve descrição da natureza dos ativos contingentes na data das demonstrações contábeis e, quando aplicável, uma estimativa de seu efeito financeiro, mensurada em conformidade com os princípios utilizados nas provisões nos itens 44 a 62. 106. As exigências de divulgação apresentadas no item 105 aplicam-se apenas aos ativos contingentes para os quais existe a expectativa razoável de que os benefícios fluirão para a entidade. Ou seja, não há exigência para a divulgação dessa informação acerca de todos os ativos contingentes (ver itens 39 a 43 para discussão acerca dos ativos contingentes). É importante que a divulgação de ativos contingentes não apresente indicações enganosas acerca da possibilidade do surgimento de receita. Por exemplo, o ativo contingente pode surgir de contrato em que a entidade do setor público permite que a companhia do setor privado explore uma de suas propriedades em contrapartida a um royalty baseado no preço determinado para cada tonelada extraída. Além de divulgar a natureza do acordo, o ativo contingente deve ser quantificado quando puder ser realizada estimativa razoável acerca da quantidade extraída do mineral e do momento da entrada de caixa. Se não houver reservas comprovadas, ou alguma outra circunstância que indique ser improvável que quaisquer minerais venham a ser extraídos, a entidade do setor público não deve divulgar a informação exigida pelo item 105, dado inexistirem prováveis fluxos de benefícios. 107. As exigências de evidenciação do item 105 abrangem ativos contingentes decorrentes tanto das transações com contraprestação quanto das transações sem contraprestação. A existência de ativo

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contingente em relação às receitas tributárias decorre da interpretação do que constitua "evento tributável". A determinação de evento tributável para a receita tributária e suas possíveis implicações de evidenciação dos ativos contingentes deve ser tratada como parte de projeto separado sobre receitas sem contraprestação. 108. A entidade deve declarar o fato sempre que alguma informação exigida pelos itens 100 e 105 não for evidenciada por não ser possível. 109. Em casos extremamente raros, a evidenciação de parte ou de toda a informação exigida pelos itens 97 a 107 pode prejudicar seriamente a posição da entidade em disputa com outras partes em matéria relacionada à provisão, ativo ou passivo contingente. Nesses casos, a entidade não precisa evidenciar a informação, mas deve evidenciar a natureza geral da disputa, junto com o fato e a razão pela qual a informação não foi divulgada. 110 a 112 (Eliminados). Vigência Esta norma deve ser aplicada pelas entidades do setor público a partir de 1º de janeiro de 2017, salvo na existência de algum normativo em âmbito Nacional que estabeleça prazos específicos - casos em que estes prevalecem.

1.02 ENTIDADES DE CLASSE RESOLUÇÃO Nº 1.513, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 DOU de 26/10/2016 (nº 206, Seção 1, pág. 155)

ENTIDADES DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES LIBERAIS

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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Altera os artigos 2º e 6º da Resolução CFC nº 1.502/2016, que dispõe sobre o Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e dá outras providências. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, resolve: Art. 1º - O Art. 2º da Resolução CFC nº 1.502/2016 passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 2º - Os contadores que exercem atividades de perícia contábil terão até 31 de dezembro de 2017 para se cadastrarem no Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do CFC, por meio dos portais dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) e no portal do CFC, inserindo todas as informações requeridas." Art. 2º - O Art. 6º da Resolução CFC nº 1.502/2016 passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 6º - A partir de 1º de janeiro de 2018, o ingresso no CNPC estará condicionado à aprovação em exame específico, regulamentado pelo CFC." Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. JOSÉ MARTONIO ALVES COELHO - Presidente do Conselho

2.00 ASSUNTOS FEDERAIS 2.01 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA PORTARIA Nº 1.261, DE 26 DE OUTUBRO DE 2016 - DOU de 27/10/2016 (nº 207, Seção 1, pág. 128)

Altera a Portaria nº 521, de 4 de maio de 2016, que substitui os anexos I e II da Portaria nº 488, de 23 de novembro de 2005, referentes à Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU).

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO, no uso da competência que lhe confere o art. 87, parágrafo único, incisos I e II da Constituição, e o disposto nos arts. 588 a 591 e 913 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, resolve: Art. 1º - Alterar o art. 1º da Portaria nº 521, de 4 de maio de 2016, que passa a vigorar da seguinte forma: "Art. 1º - Substituir os Anexos I e II da Portaria nº 488, de 23 de novembro de 2005, pelos constantes nesta Portaria, que deverão ser utilizados de forma obrigatória a partir de 13 de março de 2017." Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.

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Solução de Consulta COSIT nº 143, de 27.09.2016 - DOU de 26.10.2016 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS EMENTA: VALE-TRANSPORTE. PAGAMENTO EM PECÚNIA. NÃO INCIDÊNCIA.

Não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos em dinheiro a título de vale-transporte. A não incidência da contribuição está limitada ao valor pago em dinheiro estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência-trabalho e vice-versa, em transporte coletivo, conforme prevê o art. 1º da Lei nº 7.418, de 1985 . DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.522, de 2002, art. 19, inciso II e § 4º ; Ato Declaratório nº 4, de 31 de março de 2016, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Súmula AGU nº 60, de 8 de dezembro de 2011 . ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL EMENTA: AUSÊNCIA DE REQUISITOS. INEFICÁCIA. É ineficaz a parte da consulta que não descreve, completa e exatamente, a hipótese a que se referir, bem como não indica os dispositivos da legislação tributária sobre cuja aplicação haja dúvida. DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 70.235, de 1972, artigo 52, VIII ; Decreto nº 7.574, de 2011, artigo 94, VIII ; Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, artigo 3º, § 2º, IV , e artigo 18, incisos I e XI .

2.02 SIMPLES NACIONAL Lei Complementar nº 155, de 27.10.2016 - DOU de 28.10.2016

Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, para reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por optantes pelo Simples Nacional; altera as Leis nºs 9.613, de 3 de março de 1998, 12.512, de 14 de outubro de 2011, e 7.998, de 11 de janeiro de 1990; e revoga dispositivo da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 3º ..... ..... II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). ..... § 17. (VETADO). § 18. (VETADO)." (NR) "Art. 4º ..... .....

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§ 6º Na ocorrência de fraude no registro do Microempreendedor Individual - MEI feito por terceiros, o pedido de baixa deve ser feito por meio exclusivamente eletrônico, com efeitos retroativos à data de registro, na forma a ser regulamentada pelo CGSIM, não sendo aplicáveis os efeitos do § 1º do art. 29 desta Lei Complementar." (NR) "Art. 12. ..... Parágrafo único. (VETADO)." (NR) "Art. 13. ..... ..... § 1º-A Os valores repassados aos profissionais de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012, contratados por meio de parceria, nos termos da legislação civil, não integrarão a receita bruta da empresa contratante para fins de tributação, cabendo ao contratante a retenção e o recolhimento dos tributos devidos pelo contratado. ....." (NR) "Art. 13-A. Para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS no Simples Nacional, o limite máximo de que trata o inciso II do caput do art. 3º será de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), observado o disposto nos §§ 11, 13, 14 e 15 do mesmo artigo, nos §§ 17 e 17-A do art. 18 e no § 4º do art. 19." "Art. 17. ..... ..... X - ..... ..... b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas: 1. (revogado); ..... c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por: 1. micro e pequenas cervejarias; 2. micro e pequenas vinícolas; 3. produtores de licores; 4. micro e pequenas destilarias; ..... § 5º As empresas que exerçam as atividades previstas nos itens da alínea c do inciso X do caput deste artigo deverão obrigatoriamente ser registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e obedecerão também à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Secretaria da Receita Federal do Brasil quanto à produção e à comercialização de bebidas alcoólicas." (NR) Art. 1º A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de2006, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 3º ..... ..... II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). ..... § 17. (VETADO). § 18. (VETADO)." (NR) "Art. 4º ..... ..... § 6º Na ocorrência de fraude no registro do Microempreendedor Individual - MEI feito por terceiros, o pedido de baixa deve ser feito por meio exclusivamente eletrônico, com efeitos retroativos à data

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de registro, na forma a ser regulamentada pelo CGSIM, não sendo aplicáveis os efeitos do § 1º do art. 29 desta Lei Complementar." (NR) "Art. 12. ..... Parágrafo único. (VETADO)." (NR) "Art. 13. ..... ..... § 1º-A Os valores repassados aos profissionais de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012, contratados por meio de parceria, nos termos da legislação civil, não integrarão a receita bruta da empresa contratante para fins de tributação, cabendo ao contratante a retenção e o recolhimento dos tributos devidos pelo contratado. ....." (NR) "Art. 13-A. Para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS no Simples Nacional, o limite máximo de que trata o inciso II do caput do art. 3º será de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), observado o disposto nos §§ 11, 13, 14 e 15 do mesmo artigo, nos §§ 17 e 17-A do art. 18 e no § 4º do art. 19." "Art. 17. ..... ..... X - ..... ..... b) bebidas não alcoólicas a seguir descritas: 1. (revogado); ..... c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por: 1. micro e pequenas cervejarias; 2. micro e pequenas vinícolas; 3. produtores de licores; 4. micro e pequenas destilarias; ..... § 5º As empresas que exerçam as atividades previstas nos itens da alínea c do inciso X do caput deste artigo deverão obrigatoriamente ser registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e obedecerão também à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Secretaria da Receita Federal do Brasil quanto à produção e à comercialização de bebidas alcoólicas." (NR) § 5º-F. As atividades de prestação de serviços referidas no § 2º do art. 17 desta Lei Complementar serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar, salvo se, para alguma dessas atividades, houver previsão expressa de tributação na forma dos Anexos IV ou V desta Lei Complementar. ..... § 5º-I. Sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 17 desta Lei Complementar, as seguintes atividades de prestação de serviços serão tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar: I - (revogado); ..... III - (revogado); IV - (revogado); ..... VI - engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; ..... XII - outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística

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ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III ou IV desta Lei Complementar. § 5º-J. As atividades de prestação de serviços a que se refere o § 5º-I serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar caso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual ou superior a 28% (vinte e oito por cento). § 5º-K. Para o cálculo da razão a que se referem os §§ 5º-J e 5º-M, serão considerados, respectivamente, os montantes pagos e auferidos nos doze meses anteriores ao período de apuração para fins de enquadramento no regime tributário do Simples Nacional. § 5º-L. (VETADO). § 5º-M. Quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da microempresa ou da empresa de pequeno porte for inferior a 28% (vinte e oito por cento), serão tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar as atividades previstas: I - nos incisos XVI, XVIII, XIX, XX e XXI do § 5º-B deste artigo; II - no § 5º-D deste artigo. ..... § 13. Para efeito de determinação da redução de que trata o § 12 deste artigo, as receitas serão discriminadas em comerciais, industriais ou de prestação de serviços, na forma dos Anexos I, II, III, IV e V desta Lei Complementar. § 14. A redução no montante a ser recolhido no Simples Nacional relativo aos valores das receitas decorrentes da exportação de que trata o inciso IV do § 4º-A deste artigo corresponderá tão somente às alíquotas efetivas relativas à Cofins, à Contribuição para o PIS/Pasep, ao IPI, ao ICMS e ao ISS, apuradas com base nos Anexos I a V desta Lei Complementar. ..... § 16. Na hipótese do § 12 do art. 3º, a parcela de receita bruta que exceder o montante determinado no § 10 daquele artigo estará sujeita às alíquotas máximas previstas nos Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente, conforme o caso. ..... § 17. Na hipótese do § 13 do art. 3º, a parcela de receita bruta que exceder os montantes determinados no § 11 daquele artigo estará sujeita, em relação aos percentuais aplicáveis ao ICMS e ao ISS, às alíquotas máximas correspondentes a essas faixas previstas nos Anexos I a V desta Lei Complementar, proporcionalmente, conforme o caso. ..... § 24. Para efeito de aplicação do § 5º-K, considera-se folha de salários, incluídos encargos, o montante pago, nos doze meses anteriores ao período de apuração, a título de remunerações a pessoas físicas decorrentes do trabalho, acrescido do montante efetivamente recolhido a título de contribuição patronal previdenciária e FGTS, incluídas as retiradas de pró-labore. ..... § 27. (VETADO)." (NR) "Art. 18-A. ..... § 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. § 2º No caso de início de atividades, o limite de que trata o § 1º será de R$ 6.750,00 (seis mil, setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

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§ 3º ..... ..... V - o MEI, com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), recolherá, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas: ..... § 16-A A baixa do MEI via portal eletrônico dispensa a comunicação aos órgãos da administração pública. ..... § 19-A O MEI inscrito no conselho profissional de sua categoria na qualidade de pessoa física é dispensado de realizar nova inscrição no mesmo conselho na qualidade de empresário individual. § 19-B. São vedadas aos conselhos profissionais, sob pena de responsabilidade, a exigência de inscrição e a execução de qualquer tipo de ação fiscalizadora quando a ocupação do MEI não exigir registro profissional da pessoa física. ....." (NR) "Art. 18-C. Observado o disposto no caput e nos §§ 1º a 25 do art. 18-A desta Lei Complementar, poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que possua um único empregado que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. ....." (NR) "Art. 18-E. ..... ..... § 4º É vedado impor restrições ao MEI relativamente ao exercício de profissão ou participação em licitações, em função da sua natureza jurídica, inclusive por ocasião da contratação dos serviços previstos no § 1º do art. 18-B desta Lei Complementar. § 5º O empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que efetuar seu registro como MEI não perderá a condição de segurado especial da Previdência Social. § 6º O disposto no § 5º e o licenciamento simplificado de atividades para o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural serão regulamentados pelo CGSIM em até cento e oitenta dias. § 7º O empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural manterá todas as suas obrigações relativas à condição de produtor rural ou de agricultor familiar." (NR) "Art. 19. Sem prejuízo da possibilidade de adoção de todas as faixas de receita previstas nos Anexos I a V desta Lei Complementar, os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de até 1% (um por cento) poderão optar pela aplicação de sublimite para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples Nacional nos respectivos territórios, para empresas com receita bruta anual de até R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais). I - (revogado); II - (revogado); III - (revogado). ..... § 2º A opção prevista no caput produzirá efeitos somente para o ano-calendário subsequente, salvo deliberação do CGSN. ..... § 4º Para os Estados que não tenham adotado sublimite na forma do caput e para aqueles cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja superior a 1% (um por cento), para efeito de

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recolhimento do ICMS e do ISS, observar-se-á obrigatoriamente o sublimite no valor de R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais)." (NR) "Art. 20. ..... § 1º A empresa de pequeno porte que ultrapassar os limites a que se referem o caput e o § 4º do art. 19 estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional, a partir do mês subsequente àquele em que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos localizados na unidade da Federação que os houver adotado, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 13 do art. 3º. ..... § 3º Na hipótese em que o recolhimento do ICMS ou do ISS não esteja sendo efetuado por meio do Simples Nacional por força do disposto neste artigo e no art. 19 desta Lei Complementar, as faixas de receita do Simples Nacional superiores àquela que tenha sido objeto de opção pelos Estados ou pelo Distrito Federal sofrerão, para efeito de recolhimento do Simples Nacional, redução da alíquota efetiva desses impostos, apurada de acordo com os Anexos I a V desta Lei Complementar, conforme o caso. ....." (NR) "Art. 21. ..... ..... § 4º ..... I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá à alíquota efetiva de ISS a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação; II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades da microempresa ou da empresa de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota efetiva de 2% (dois por cento); ..... V - na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a alíquota de que tratam os incisos I e II deste parágrafo no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota efetiva de 5% (cinco por cento); ..... § 25. O documento previsto no inciso I do caput deste artigo deverá conter a partilha discriminada de cada um dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional, bem como os valores destinados a cada ente federado." (NR) "Art. 24. ..... § 1º ..... § 2º (VETADO)." (NR) "Art. 34. ..... § 1º É permitida a prestação de assistência mútua e a permuta de informações entre a Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relativas às microempresas e às empresas de pequeno porte, para fins de planejamento ou de execução de procedimentos fiscais ou preparatórios. § 2º (VETADO). § 3º Sem prejuízo de ação fiscal individual, as administrações tributárias poderão utilizar procedimento de notificação prévia visando à autorregularização, na forma e nos prazos a serem regulamentados pelo CGSN, que não constituirá início de procedimento fiscal. § 4º (VETADO)." (NR) "Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal e trabalhista das microempresas e das empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato." (NR)

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"Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma restrição. § 1º Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública, para regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. ....." (NR) "Art. 49-A. ..... Parágrafo único. As pessoas jurídicas prestadoras de serviço de logística internacional, quando contratadas pelas empresas descritas nesta Lei Complementar, estão autorizadas a realizar atividades relativas a licenciamento administrativo, despacho aduaneiro, consolidação e desconsolidação de carga e a contratar seguro, câmbio, transporte e armazenagem de mercadorias, objeto da prestação do serviço, de forma simplificada e por meio eletrônico, na forma de regulamento." (NR) "Art. 49-B. (VETADO)." "Art. 55. A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança, de relações de consumo e de uso e ocupação do solo das microempresas e das empresas de pequeno porte, deverá ser prioritariamente orientadora quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento. ....." (NR) "Art. 56. ..... ..... § 8º (VETADO)." (NR) "Art. 58. Os bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES manterão linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, vinculadas à reciprocidade social, devendo o montante disponível e suas condições de acesso ser expressos nos respectivos orçamentos e amplamente divulgados. § 1º As instituições mencionadas no caput deste artigo deverão publicar, juntamente com os respectivos balanços, relatório circunstanciado dos recursos alocados às linhas de crédito referidas no caput e daqueles efetivamente utilizados, consignando, obrigatoriamente, as justificativas do desempenho alcançado. ..... § 3º (VETADO). § 4º O Conselho Monetário Nacional - CMN regulamentará o percentual mínimo de direcionamento dos recursos de que trata o caput, inclusive no tocante aos recursos de que trata a alínea b do inciso III do art. 10 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964." (NR) "Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos desta Lei Complementar, poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital social da empresa. § 1º As finalidades de fomento a inovação e investimentos produtivos deverão constar do contrato de participação, com vigência não superior a sete anos. § 2º O aporte de capital poderá ser realizado por pessoa física ou por pessoa jurídica, denominadas investidor-anjo. § 3º A atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente por sócios regulares, em seu nome individual e sob sua exclusiva responsabilidade.

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§ 4º O investidor-anjo: I - não será considerado sócio nem terá qualquer direito a gerência ou voto na administração da empresa; II - não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial, não se aplicando a ele o art. 50 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil; III - será remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo máximo de cinco anos. § 5º Para fins de enquadramento da sociedade como microempresa ou empresa de pequeno porte, os valores de capital aportado não são considerados receitas da sociedade. § 6º Ao final de cada período, o investidor-anjo fará jus à remuneração correspondente aos resultados distribuídos, conforme contrato de participação, não superior a 50% (cinquenta por cento) dos lucros da sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte. § 7º O investidor-anjo somente poderá exercer o direito de resgate depois de decorridos, no mínimo, dois anos do aporte de capital, ou prazo superior estabelecido no contrato de participação, e seus haveres serão pagos na forma do art. 1.031 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, não podendo ultrapassar o valor investido devidamente corrigido. § 8º O disposto no § 7º deste artigo não impede a transferência da titularidade do aporte para terceiros. § 9º A transferência da titularidade do aporte para terceiro alheio à sociedade dependerá do consentimento dos sócios, salvo estipulação contratual expressa em contrário. § 10. O Ministério da Fazenda poderá regulamentar a tributação sobre retirada do capital investido." "Art. 61-B. A emissão e a titularidade de aportes especiais não impedem a fruição do Simples Nacional." "Art. 61-C. Caso os sócios decidam pela venda da empresa, o investidor-anjo terá direito de preferência na aquisição, bem como direito de venda conjunta da titularidade do aporte de capital, nos mesmos termos e condições que forem ofertados aos sócios regulares." "Art. 61-D. Os fundos de investimento poderão aportar capital como investidores-anjos em microempresas e empresas de pequeno porte." "CAPÍTULO IX ..... 'Seção IV (VETADO)'" (NR) "CAPÍTULO X ..... 'Seção III Do Apoio à Certificação Art. 67-A. O órgão competente do Poder Executivo disponibilizará na internet informações sobre certificação de qualidade de produtos e processos para microempresas e empresas de pequeno porte. Parágrafo único. Os órgãos da administração direta e indireta e as entidades certificadoras privadas, responsáveis pela criação, regulação e gestão de processos de certificação de qualidade de produtos e processos, deverão, sempre que solicitados, disponibilizar ao órgão competente do Poder Executivo informações referentes a procedimentos e normas aplicáveis aos processos de certificação em seu escopo de atuação.'" (NR) "Art. 75-B. (VETADO)." "Art. 79-E. A empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional em 31 de dezembro de 2017 que durante o anocalendário de 2017 auferir receita bruta total anual entre R$ 3.600.000,01 (três milhões, seiscentos mil reais e um centavo) e R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais)

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continuará automaticamente incluída no Simples Nacional com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2018, ressalvado o direito de exclusão por comunicação da optante." (NR) Art. 2º Os Anexos I a VI da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, passam a vigorar com a redação dos Anexos I a V desta Lei Complementar. Art. 3º O Ministro de Estado da Fazenda e o Ministro de Estado do Trabalho e Previdência Social definirão, em ato conjunto, a forma, a periodicidade e o prazo de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a terceiros, por meio de declaração unificada. Parágrafo único. O valor referente ao FGTS recolhido na forma deste artigo será creditado diretamente na conta vinculada do trabalhador, sendo assegurada a transferência dos elementos identificadores do respectivo recolhimento ao órgão gestor do fundo. Art. 4º São convalidados os atos referentes à apuração e ao recolhimento dos impostos e das contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios mediante regime previsto na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, e alterações posteriores, inclusive em relação às obrigações acessórias, pelas empresas que desenvolvem atividades de prestação de serviço de controle de vetores e pragas, até a data de publicação desta Lei Complementar. Art. 5º (VETADO). Art. 6º (VETADO). Art. 7º (VETADO). Art. 8º O art. 3º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º: "Art. 3º ..... ..... § 4º O registro como Microempreendedor Individual - MEI, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, não comprovará renda própria suficiente à manutenção da família, exceto se demonstrado na declaração anual simplificada da microempresa individual." (NR) Art. 9º Poderão ser parcelados em até cento e vinte meses os débitos vencidos até a competência do mês de maio de 2016 e apurados na forma do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. § 1º O disposto neste artigo aplica-se aos créditos constituídos ou não, com exigibilidade suspensa ou não, parcelados ou não e inscritos ou não em dívida ativa do respectivo ente federativo, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada. § 2º O pedido de parcelamento previsto no caput deste artigo deverá ser apresentado em até noventa dias contados a partir da regulamentação deste artigo, podendo esse prazo ser prorrogado ou reaberto por igual período pelo Comitê Gestor do Simples Nacional - CGSN, e independerá de apresentação de garantia. § 3º A dívida objeto do parcelamento será consolidada na data de seu requerimento e será dividida pelo número de prestações que forem indicadas pelo sujeito passivo, não podendo cada prestação mensal ser inferior a R$ 300,00 (trezentos reais) para microempresas e empresas de pequeno porte. § 4º Até o mês anterior ao da consolidação dos parcelamentos de que trata o caput, o devedor é obrigado a calcular e a recolher mensalmente a parcela equivalente ao maior valor entre: I - o montante dos débitos objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas; II - os valores constantes no § 3º deste artigo. § 5º Por ocasião da consolidação, será exigida a regularidade de todas as prestações devidas desde o mês da adesão até o mês anterior ao da conclusão da consolidação dos débitos parcelados. § 6º Poderão ainda ser parcelados, na forma e nas condições previstas nesta Lei Complementar, os débitos parcelados de acordo com os §§ 15 a 24 do art. 21 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

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§ 7º O pedido de parcelamento de que trata o § 2º deste artigo implicará desistência compulsória e definitiva do parcelamento anterior, sem restabelecimento dos parcelamentos rescindidos caso não seja efetuado o pagamento da primeira prestação. § 8º O valor de cada prestação mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado. § 9º Compete ao CGSN a regulamentação do parcelamento disposto neste artigo. Art. 10. Revogam-se a partir de 1º de janeiro de 2018: I - o item 1 da alínea b do inciso X do art. 17 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; II - os incisos I, III e IV do § 5º-I do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; III - o inciso IV do § 4º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; IV - os incisos I, II e III do art. 19 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Vigência: 01.01.2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota

Valor a Deduzir (em R$)

1a Faixa

Até 180.000,00 4,00% -

2a Faixa

De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00

3a Faixa

De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00

4a Faixa

De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70%

22.500,00

5a Faixa

De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30%

87.300,00

6a Faixa

De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00%

378.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins

PIS/Pasep

CPP ICMS

1a Faixa

5,50%

3,50%

12,74%

2,76% 41,50%

34,00%

2a Faixa

5,50%

3,50%

12,74%

2,76% 41,50%

34,00%

3a Faixa

5,50%

3,50%

12,74%

2,76% 42,00%

33,50%

4a Faixa

5,50%

3,50%

12,74%

2,76% 42,00%

33,50%

5a Faixa

5,50%

3,50%

12,74%

2,76% 42,00%

33,50%

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6a Faixa

13,50%

10,00%

28,27%

6,13% 42,10%

-

ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Vigência: 01.01.2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota

Valor a Deduzir (em R$)

1a Faixa

Até 180.000,00 4,50% -

2a Faixa

De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00

3a Faixa

De 360.000,01 a 720.000,00 10,00%

13.860,00

4a Faixa

De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20%

22.500,00

5a Faixa

De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70%

85.500,00

6a Faixa

De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00%

720.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins

PIS/Pasep

CPP IPI ICMS

1a Faixa

5,50%

3,50%

11,51%

2,49% 37,50%

7,50%

32,00%

2a Faixa

5,50%

3,50%

11,51%

2,49% 37,50%

7,50%

32,00%

3a Faixa

5,50%

3,50%

11,51%

2,49% 37,50%

7,50%

32,00%

4a Faixa

5,50%

3,50%

11,51%

2,49% 37,50%

7,50%

32,00%

5a Faixa

5,50%

3,50%

11,51%

2,49% 37,50%

7,50%

32,00%

6a Faixa

8,50%

7,50%

20,96%

4,54% 23,50%

35,00%

-

ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Vigência: 01.01.2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota

Valor a Deduzir (em R$)

1a Até 180.000,00 6,00% -

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Faixa 2a Faixa

De 180.000,01 a 360.000,00 11,20%

9.360,00

3a Faixa

De 360.000,01 a 720.000,00 13,50%

17.640,00

4a Faixa

De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00%

35.640,00

5a Faixa

De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00%

125.640,00

6a Faixa

De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00%

648.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS (*)

1a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% 2a Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00% 3a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 4a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 5a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% (*) 6a Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% - (*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 14,92537%, a repartição será: IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS 5a Faixa, com alíquota efeti- va superior a 14,92537%

(Alíquota efetiva - 5%) x 6,02%

(Alíquota efetiva - 5%) x 5,26%

(Alíquota efetiva - 5%) x 19,28%

(Alíquota efetiva - 5%) x 4,18%

(Alíquota efetiva - 5%) x 65,26%

Percentual de ISS fixo em 5%

ANEXO IV DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Vigência: 01.01.2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota

Valor a Deduzir (em R$)

1a Faixa

Até 180.000,00 4,50% -

2a Faixa

De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00

3a Faixa

De 360.000,01 a 720.000,00 10,20%

12.420,00

4a Faixa

De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00%

39.780,00

5a De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00 183.780,00

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Faixa % 6a Faixa

De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00%

828.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS (*)

1a Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50% 2a Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00% 3a Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00% 4a Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00% 5a Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% (*) 6a Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% - (*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será: Faixa IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS 5a Faixa, coma- líquota efetiva superior a 12,5%

Alíquota efetiva - 5%) x 31,33%

(Alíquota efetiva - 5%) x 32,00%

(Alíquota efetiva - 5%) x 30,13%

Alíquota efetiva - 5%) x 6,54%

Percentual de ISS fixo em 5%

ANEXO V DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Vigência: 01.01.2018) Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5º-I do art. 18 desta Lei Complementar

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota

Valor a Deduzir (em R$)

1a Faixa

Até 180.000,00 15,50%

-

2a Faixa

De 180.000,01 a 360.000,00 18,00%

4.500,00

3a Faixa

De 360.000,01 a 720.000,00 19,50%

9.900,00

4a Faixa

De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50%

17.100,00

5a Faixa

De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00%

62.100,00

6a Faixa

De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50%

540.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins

PIS/Pasep

CPP ISS

1a Faixa

25,00%

15,00%

14,10%

3,05% 28,85%

14,00%

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2a Faixa

23,00%

15,00%

14,10%

3,05% 27,85%

17,00%

3a Faixa

24,00%

15,00%

14,92%

3,23% 23,85%

19,00%

4a Faixa

21,00%

15,00%

15,74%

3,41% 23,85%

21,00%

5a Faixa

23,00%

12,50%

14,10%

3,05% 23,85%

23,50%

6a Faixa

35,00%

15,50%

16,44%

3,56% 29,50%

-

MENSAGEM Nº 589, de 27 de outubro de 2016. Senhor Presidente do Senado Federal, Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1º do art. 66 da Constituição, decidi vetar parcialmente, por contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade, o Projeto de Lei nº 25, de 2007 - Complementar (no 125/2015 - Complementar no Senado Federal), que "Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, para reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por optantes pelo Simples Nacional; altera as Leis nºs 9.613, de 3 de março de 1998, 12.512, de 14 de outubro de 2011, e 7.998, de 11 de janeiro de 1990; e revoga dispositivo da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991". Ouvidos, o Ministério da Fazenda e a Advocacia-Geral da União manifestaram-se pelo veto aos seguintes dispositivos: §§ 17 e 18 do art. 3º, §§ 5o-L e 27 do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterados pelo art. 1º do projeto de lei complementar "§ 17. Para fins de enquadramento no Simples Nacional, previsto no Capítulo IV desta Lei Complementar, consideram-se microempresa e empresa de pequeno porte as Organizações da Sociedade Civil - OSC, conforme o inciso I do art. 2o da Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, relativamente às receitas não imunes ou isentas, observados os limites desta Lei Complementar, na forma do § 27 do art. 18. § 18. Não são passíveis de enquadramento na hipótese do § 17 as seguintes pessoas jurídicas: I - os sindicatos e as associações de classe ou de representação de categoria profissional; II - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações." "§ 5º-L. As atividades realizadas por organizações da sociedade civil, na forma do § 17 do art. 3º, serão tributadas conforme os Anexos I, II e V desta Lei Complementar, de acordo com a atividade desempenhada, hipóteses em que não estará incluída no Simples Nacional: I - a contribuição prevista no inciso VI do caput do art. 13 desta Lei Complementar, devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis; II - os demais tributos isentos ou imunes, conforme regulamentação do CGSN." "§ 27. Para fins do disposto no § 17 do art. 3º desta Lei Complementar, não serão computadas como receita bruta: I - contribuições, anuidades ou mensalidades de associados fixadas por lei, assembleia ou estatuto, recebidas de associados, instituidores ou mantenedores; II - doações de pessoas físicas ou jurídicas, ainda que com encargos; III - doações e patrocínios efetuados a projetos da entidade com apoio em leis de incentivos; IV - transferências de recursos da administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios efetuadas com base em parcerias por meio de termos de fomento, de colaboração ou de parceria, de contratos de gestão ou de outros instrumentos congêneres." Razões dos vetos

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"Os dispositivos violam o propósito previsto no artigo 146, inciso III, alínea 'd', e no art. 179 da Constituição, que visam criar tratamento diferenciado para micro e pequenos empreendimentos, não guardando relação com a natureza jurídica das instituições contempladas nos dispositivos ora vetados, que são entidades sem fins lucrativos." O Ministério da Fazenda opinou, ainda, pelo veto aos dispositivos a seguir transcritos: Parágrafo único do art. 12 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterado pelo art. 1o do projeto de lei complementar "Parágrafo único. O Simples Nacional integra o regime geral tributário, inclusive para fins de contabilidade pública." Razões do veto "O tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte não se compatibiliza com seu enquadramento no regime geral tributário, medida que também feriria o princípio da transparência pública." § 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterado pelo art. 1o do projeto de lei complementar "§ 2o O disposto no caput não veda a utilização de regimes aduaneiros especiais ou de incentivos à exportação." Razões do veto "Os regimes e incentivos tratados no dispositivo implicam em renúncia fiscal, sem indicar a maneira como as perdas de arrecadação seriam compensadas, contrariando as disposições do art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, conflitando assim com normas orçamentárias e comprometendo o equilíbrio fiscal." §§ 2º e 4º do art. 34 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterados pelo art. 1o do projeto de lei complementar "§ 2º É a Secretaria da Receita Federal do Brasil obrigada a transmitir às Secretarias de Fazenda dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma estabelecida pelo CGSN, os dados da Declaração de Operações com Cartões de Crédito - DECRED de contribuintes optantes pelo Simples Nacional e outros dados de interesse das administrações tributárias estaduais, distrital e municipais." "§ 4º O CGSN regulamentará o disposto neste artigo." Razões dos vetos "Os dispositivos trazem incompatibilidades com outros comandos do próprio artigo e com outras normas do ordenamento jurídico. Além disso, tratam de normas gerais de Direito Tributário, envolvendo sigilo fiscal, e que não deveriam ser abrigadas na presente norma, tampouco constituir matéria passível de regulamentação pelo CGSN, integrado também por membros dos Estados e Municípios e sem possibilidade de ingerência sobre matéria de competência da Receita Federal do Brasil." Art. 49-B da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, inserido pelo art. 1o do projeto de lei complementar "Art. 49-B. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional são isentas do pagamento de preços, taxas, emolumentos ou remunerações para fins de obtenção de anuências de exportação." Razões do veto "Os preços, taxas e emolumentos são designações diferenciadas que têm como objetivo a remuneração pela prestação de serviços públicos, de modo que a isenção ampla dos mesmos provocará desequilíbrio econômico para o prestador do serviço, onerando os demais usuários dos serviços. Ademais, há renúncia fiscal, bem como oneração da operação de sistemas, cujo desenvolvimento e manutenção são custeados pelas referidas taxas." § 8º do art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterado pelo art. 1o do projeto de lei complementar "§ 8o Na sua relação com empresas não optantes pelo Simples Nacional, as sociedades de propósito específico serão equiparadas às microempresas e às empresas de pequeno porte."

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Razões do veto "O dispositivo viola o propósito previsto no art. 146, inciso III, alínea 'd', e no art. 179 da Constituição, que visam criar tratamento diferenciado para micro e pequenos empreendimentos, não guardando relação com a natureza jurídica das instituições contempladas no dispositivo ora vetado. Além disso, configurar-se-ia alta probabilidade de ocorrência de planejamento tributário abusivo, em prejuízo ao interesse público." Arts. 6º e 7º "Art. 6º A Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 15-A e 15-B: 'Art. 15-A. É instituído o Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas, com o objetivo de promover a cidadania e de melhorar as condições de vida e de renda de empreendedores em situação de pobreza. § 1o O Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas beneficiará os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico que exerçam atividade produtiva de pequeno porte formalizada, na qualidade de Microempreendedor Individual - MEI, conforme definido no art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. § 2º O Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas será executado por meio da transferência de recursos financeiros não reembolsáveis e da disponibilização de serviços de assistência técnica e gerencial, sob a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, ao qual caberá definir as normas complementares do Programa. § 3º O Poder Executivo disporá sobre a participação de outros ministérios e de outras instituições vinculadas no planejamento, na execução, no monitoramento e na avaliação do Programa de que trata o caput deste artigo. § 4º Para cumprir os objetivos do Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas, a União é autorizada a estabelecer cooperação com serviços sociais autônomos e entidades de apoio e fomento empresariais, com ou sem transferência de recursos financeiros, para a disponibilização de serviços de assistência técnica e gerencial a empreendedores em situação de pobreza inscritos no CadÚnico que desenvolvam atividade produtiva de pequeno porte formalizada, na qualidade de MEI, conforme definido no art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. § 5o O recebimento dos recursos do Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas tem caráter temporário e não gera direito adquirido.' 'Art. 15-B. É a União autorizada a transferir diretamente ao empreendedor beneficiário do Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas os recursos financeiros no valor de até R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais), na forma de regulamento. § 1º A função de agente operador do Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas será atribuída a instituição financeira oficial, mediante remuneração e condições a serem pactuadas com o Governo Federal. § 2º Os recursos transferidos no âmbito do Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas não compõem a receita bruta para efeito de enquadramento nos limites a que se referem os §§ lo e 2o do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.'" "Art. 7º Os arts. 29 e 31 da Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011, passam a vigorar com a seguinte redação: 'Art. 29. O Poder Executivo manterá, em base de dados apropriada, relação atualizada contendo o nome, o Número de Identificação Social- NIS inscrito no CadÚnico, a unidade federativa, o Município de residência e os valores pagos aos beneficiários dos programas de que tratam os arts. 1o, 9o e 15-A desta Lei.' (NR)

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'Art. 31. Os recursos de que tratam os arts. 6o, 13 e 15-B poderão ser majorados pelo Poder Executivo em razão da dinâmica socioeconômica do País e de estudos técnicos sobre o tema, observada a dotação orçamentária disponível.' (NR)" Razões dos vetos "A instituição do Programa objeto dos dispositivos não observou o que determinam os artigos 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal, ao não apresentar a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício inicial e nos dois subsequentes, nem sua compatibilidade com as leis de natureza orçamentária. Além disso, apresenta probabilidade de constituir-se despesa de caráter continuado - ocorrência por período superior a dois exercícios - o que demandaria a demonstração da origem dos recursos para seu custeio, a sua compatibilidade com as metas de resultado primário, bem como a forma de compensação dessa despesa." Inciso VII do art. 10 "VII - a alínea d do inciso I do art. 47 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991." Razões do veto "A exigência constante do dispositivo que se pretende revogar não se dirige somente às microempresas e empresas de pequeno porte, destinatárias da norma sob sanção, e sim a todas as modalidades de sociedades empresariais. Assim, a eventual revogação trará embaraços à Administração Tributária, na medida em que tornará regular o fechamento de qualquer sociedade empresária em débito com o fisco, com impactos prejudiciais à Fazenda Pública." Já a Secretaria de Governo da Presidência da República manifestou-se pelo veto ao seguinte dispositivo: § 3º do art. 58 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterado pelo art. 1o do projeto de lei complementar "§ 3o Para fins de aplicação do disposto no caput, considera-se como reciprocidade social a contratação de aprendiz ou de pessoa com deficiência, nos termos das respectivas legislações." Razões do veto "Ao definir o conceito de reciprocidade social, restringindo sua definição em Lei Complementar, o dispositivo impede eventual combate de outras vulnerabilidades sociais com base no mecanismo disposto no caput desse mesmo artigo. Assim, a regulamentação pela via infralegal poderá dar mais efetividade e abrangência à política que se pretende fomentar." Ouvidos, o Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazenda e a Advocacia-Geral da União, manifestaram-se pelo veto aos dispositivos a seguir transcritos: Seção IV - arts. 63-A a 63-E da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterados pelo art. 1o, e art. 5º do projeto de lei complementar "'Seção IV Da Empresa Simples de Crédito - ESC Art. 63-A. A Empresa Simples de Crédito - ESC, de âmbito municipal, com atuação em seu Município-sede e em Municípios limítrofes, destina-se à realização de operações de empréstimo, financiamento e desconto de títulos de crédito perante pessoas jurídicas, exclusivamente com recursos próprios. Art. 63-B. A ESC deve ser constituída sob a forma de empresa individual de responsabilidade limitada, empresário individual ou sociedade limitada constituída por pessoas naturais e terá por objeto social exclusivo as atividades enumeradas no art. 63-A desta Lei Complementar. § 1º O nome empresarial da sociedade de que trata o caput conterá a expressão Empresa Simples de Crédito, e dele, bem como de qualquer texto de divulgação das atividades da sociedade, não poderão constar a expressão banco ou qualquer outra expressão identificadora de instituição financeira. § 2º O capital inicial da ESC deverá ser realizado integralmente em moeda corrente, assim como os posteriores aumentos de capital.

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§ 3º A ESC poderá utilizar o instituto da alienação fiduciária em suas operações de crédito. § 4º O endividamento máximo da ESC será de até três vezes o respectivo patrimônio líquido, consideradas as obrigações do passivo circulante, as obrigações por cessão de créditos e as garantias prestadas. § 5º As operações da ESC equiparam-se, para fins do valor devido a título do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF, às operações das empresas de fomento mercantil (factoring), na forma de regulamento. § 6º As operações financeiras realizadas pela ESC estarão sujeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF. Art. 63-C. É vedado à ESC realizar: I - qualquer captação de recursos, sob pena de enquadramento no crime previsto no art. 16 da Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986; II - operações de crédito, na qualidade de credora, com entidades integrantes da administração pública direta, indireta e fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. § 1o Não se aplicam à ESC o depósito compulsório de reservas e as limitações quanto à cobrança de juros previstas no Decreto nº 22.626, de 7 de abril de 1933, e no art. 591 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. § 2º A ESC obedecerá à regulamentação simplificada e específica do Banco Central do Brasil, observado o disposto no inciso IX do art. 170 e no art. 179 da Constituição Federal. Art. 63-D. Para as operações citadas no art. 63-A, as seguintes condições devem ser observadas: I - remuneração da ESC somente pela taxa de juros cobrada, não se admitindo a incidência de quaisquer outros encargos, mesmo sob a forma de tarifas; II - entrega de cópia do instrumento de crédito à empresa tomadora; III - contratação por meio da conta-corrente bancária da ESC. Art. 63-E. A ESC deverá realizar a escrituração pública eletrônica digital.' (NR)" "Art. 5º O parágrafo único do art. 9º da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XIX: 'Art. 9º ..... Parágrafo único. ..... ..... XIX - as Empresas Simples de Crédito -ESCs.' (NR)" Razões dos vetos "Os dispositivos validam a criação de estruturas empresariais cujas atividades mantêm forte similaridade às já desenvolvidas pela Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte, disciplinadas em lei e em resolução do órgão supervisor. Ademais, os elementos normativos pertinentes à estrutura proposta não guardam consonância com o escopo de atribuições dos órgãos normativos e supervisores do Sistema Financeiro Nacional, e não contemplam os elementos imprescindíveis e essenciais à governança, transparência e controle das instituições destinatárias do benefício tributário no âmbito do SIMPLES. Além disso, o tema não é matéria própria dessa lei complementar, destinada a regular o tratamento tributário diferenciado para as microempresas e para as empresas de pequeno porte." A Advocacia-Geral da União opinou, ainda, pelo veto ao seguinte dispositivo: Art. 75-B da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, alterado pelo art. 1o do projeto de lei complementar "Art. 75-B. Os depósitos recursais da Justiça do Trabalho serão reduzidos na mesma proporção prevista no art. 38-B desta Lei Complementar." Razões do veto "O desconto previsto no artigo 38-B, que serviria de paradigma para o benefício que o dispositivo pretende instituir, é voltado às multas por descumprimento de obrigações acessórias, não sendo

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adequado estendê-lo para os depósitos recursais, nos quais haveria prejuízo potencial aos trabalhadores que lograssem êxito nas demandas trabalhistas judiciais. Além disso, o tema não é matéria própria dessa lei complementar, destinada a regular o tratamento tributário diferenciado para as microempresas e para as empresas de pequeno porte." Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar os dispositivos acima mencionados do projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.

3.00 ASSUNTOS ESTADUAIS 3.01 PROTOCOLOS E CONVENIOS ICMS PROTOCOLO ICMS Nº 70, DE 20 DE OUTUBRO DE 2016 - DOU de 26/10/2016 (nº 206, Seção 1, pág. 19) Retificação, No inciso I da cláusula primeira do Protocolo ICMS 70/16, de 20 de outubro de 2016, publicado no DOU de 21 de outubro de 2016, Seção 1, página 21, onde se lê: "Altera o Protocolo ICMS nº 49/2016, que dispõe sobre a cessão, sem ônus, pelo Estado de São Paulo, de cópia do Aplicativo Emissor da Nota Fiscal Eletrônica e do Conhecimento de Transporte Eletrônico, de sua propriedade, para ser exclusivamente utilizado e aperfeiçoado no âmbito dos Governos dos Estados do Ceará, do Maranhão, de Pernambuco e do Piauí."; leia-se: "Dispõe sobre a cessão, sem ônus, pelo Estado de São Paulo, de cópia do Aplicativo Emissor da Nota Fiscal Eletrônica e do Conhecimento de Transporte Eletrônico, de sua propriedade, para ser exclusivamente utilizado e aperfeiçoado no âmbito dos Governos dos Estados do Ceará, do Maranhão, de Pernambuco e do Piauí.".

CONVÊNIO ICMS Nº 117, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 -DOU de 26/10/2016 (nº 206, Seção 1, pág. 18)

Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que estabelece a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes. O CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA - CONFAZ, na sua 269ª Reunião Extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 21 de outubro de 2016, tendo em vista o disposto nos arts. 6º a 9º da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, bem como na alínea "a" do inciso XIII do § 1º e no § 7º do art. 13 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e nos arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolve celebrar o seguinte Convênio:

Cláusula primeira - Os itens 48.0, 49.0, 49.1, 49.2, 79.0 e 80.0 do Anexo XVIII do Convênio ICMS 92/15, de 20 de agosto de 2015, passam a vigorar com as seguintes redações: "

48.0 17.048.00 1902 Massas alimentícias, cozidas ou recheadas (de carne ou de outras substâncias) ou preparadas de outro modo, exceto as descritas nos CEST 17.047.00,17.048.01, e 17.048.02

49.0 17.049.00 1902. Massas alimentícias do tipo comum, não cozidas, nem recheadas, nem

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1 preparadas de outro modo, exceto a descrita no CEST 17.049.03

49.1 17.049.01 1902.1

Massas alimentícias do tipo sêmola, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo, exceto a descrita no CEST 17.049.04

49.2 17.049.02 1902.1

Massas alimentícias do tipo granoduro, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo, exceto a descrita no CEST 17.049.05

79.0 17.079.00 1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue, exceto as descritas nos CEST 17.079.01, 17.079.02, 17.079.03, 17.079.04, 17.079.05,17.079.06

80.0 17.080.00 1604 Preparações e conservas de peixes; caviar e seus sucedâneos preparados a partirde ovas de peixe; exceto os descritos nos CEST 17.080.01 e 17.081.00

". Cláusula segunda - Os itens 48.2, 49.3 a 49.5, 79.1 a 79.6 e 80.1 ficam acrescidos ao Anexo XVIII do

Convênio ICMS 92/15, com as seguintes redações:

48.2 17.048.02 1902.20.00 Massas alimentícias recheadas (mesmo cozidas ou preparadas de outro modo)

49.3 17.049.03 1902.19.00 Massas alimentícias do tipo comum, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo, que não contenham ovos

49.4 17.049.04 1902.19.00 Massas alimentícias do tipo sêmola, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo, que não contenham ovos

49.5 17.049.05 1902.19.00 Massas alimentícias do tipo granoduro, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo, que não contenham ovos

79.1 17.079.01 1602.31.00 Outras preparações e conservas de carne, de miudezas ou de sangue, de aves da posição 01.05: de peruas e de perus.

79.2 17.079.02 1602.32.10 Outras preparações e conservas de carne, de miudezas ou de sangue, de aves da posição 01.05: de galos e de galinhas, com conteúdo de carne ou de miudezas superior ou igual a 57 %, em peso, não cozidas

79.3 17.079.03 1602.32.20 Outras preparações e conservas de carne, de miudezas ou de sangue, todas de aves da posição 01.05: de galos e de galinhas, com conteúdo de carne ou de miudezas superior ou igual a 57 %, em peso, cozidas

79.4 17.079.04 1602.41.00 Outras preparações e conservas de carne, de miudezas ou de sangue, da espécie suína: pernas e respectivos pedaços

79.5 17.079.05 1602.49.00 Outras preparações e conservas de carne, de miudezas ou de sangue, da espécie suína: outras, incluindo as misturas

79.6 17.079.06 1602.50.00 Outras preparações e conservas de carne, de miudezas ou de sangue, da espécie bovina

80.1 17.080.01 1604.20.10 Outras preparações e conservas de atuns

Cláusula terceira - Este convênio entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do primeiro do mês subsequente ao da publicação

3.02 OUTROS ASSUNTOS ESTADUAIS CAT Nº 18, DE 25 DE OUTUBRO 2016-DOE-SP de 26/10/2016 (nº 202, Seção I, pág. 21)

O Coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS, do mês de novembro de 2016, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa.

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AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA N° 327

MÊS DE NOVEMBRO DE 2016

DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS PARA ESTABELECIMENTOS SUJEITOS

AO REGIME PERIÓDICO DE APURAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADE

ECONÔMICA

CÓDIGO DE PRAZO

DE

RECOLHIMENTO

RECOLHIMENTO

DO ICMS

- CNAE -

- CPR -

REFERÊNCIA

OUTUBRO/2016

DIA DO

VENCIMENTO

19217, 19225, 19322; 35115, 35123, 35131,

35140, 35204; 46818, 46826; 53105, 53202.

1031

4

63119, 63194; 73122.

1100

10

-

60101, 61108, 61205, 61302, 61418, 61426,

61434, 61906.

1150

16

01113, 01121, 01130, 01148, 01156, 01164,

01199, 01211, 01229, 01318, 01326, 01334,

1200

21

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01342, 01351, 01393, 01415, 01423, 01512,

01521, 01539, 01547, 01555, 01598, 01610,

01628, 01636, 01709, 02101, 02209, 02306,

03116, 03124, 03213, 03221, 05003, 06000,

07103, 07219, 07227, 07235, 07243, 07251,

07294, 08100, 08916, 08924, 08932,

08991,09106, 09904;

10333, 10538, 11119, 11127, 11135, 11216,

11224, 12107, 12204, 17109, 17214, 17222,

17311, 17320, 17338, 17419, 17427, 17494,

19101;

20118, 20126, 20134, 20142, 20193, 20215,

20223, 20291, 20312, 20321, 20339, 20401,

20517, 20525, 20614, 20622, 20631, 20711,

20720, 20738, 20916, 20924, 20932, 20941,

20991, 21106, 21211, 21220, 21238, 22218,

22226, 22234, 22293, 23206, 23915, 23923,

24113, 24121, 24211, 24229, 24237, 24245,

24318, 24393, 24415, 24431, 24491, 24512,

24521, 25110, 25128, 25136, 25217, 25314,

25322, 25390, 25411, 25420, 25438, 25501,

25918, 25926, 25934, 25993, 26108, 26213,

26221, 26311, 26329, 26400, 26515, 26523,

26604, 26701, 26809, 27104, 27210, 27317,

27325, 27333, 27511, 27597, 27902, 28135,

28151, 28232, 28241, 28518, 28526, 28534,

28542, 29107, 29204, 29506;

30113, 30121, 30318, 30504, 30911, 32124,

32205, 32302, 32400, 32507, 32914, 33112,

33121, 33139, 33147, 33155, 33163, 33171,

33198, 33210, 35301, 36006, 37011, 37029,

38114, 38122, 38211, 38220, 39005;

- CNAE -

- CPR -

OUTUBRO/2016

DIA

41107, 41204, 42111, 42120, 42138, 42219,

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42227, 42235, 42910, 42928, 42995, 43118,

43126, 43134, 43193, 43215, 43223, 43291,

43304, 43916, 43991, 45111, 45129, 45200,

45307, 45412, 45421, 45439, 46117, 46125,

46133, 46141, 46150, 46168, 46176, 46184,

46192, 46214, 46222, 46231, 46311, 46320,

46338, 46346, 46354, 46362, 46371, 46397,

46419, 46427, 46435, 46443, 46451, 46460,

46478, 46494, 46516, 46524, 46613, 46621,

46630, 46648, 46656, 46699, 46711, 46729,

46737, 46745, 46796, 46834, 46842, 46851,

46869, 46877, 46893, 46915, 46923, 46931,

47113, 47121, 47130, 47229, 47237, 47245,

47296, 47318, 47326, 47415, 47423, 47431,

47440, 47512, 47521, 47539, 47547, 47555,

47563, 47571, 47598, 47610, 47628, 47636,

47717, 47725, 47733, 47741, 47814, 47822,

47831, 47849, 47857, 47890, 49116, 49124,

49400, 49507.

50114, 50122, 50211, 50220, 50301, 50912,

50998, 51111, 51129, 51200, 51307, 52117,

52125, 52214, 52222, 52231, 52290, 52311,

52320, 52397, 52401, 52508, 55108, 55906,

56112, 56121, 56201, 59111, 59120, 59138,

59146;

60217, 60225, 62015, 62023, 62031, 62040,

62091, 63917, 63992, 64107, 64212, 64221,

64239, 64247, 64310, 64328, 64336, 64344,

64352, 64361, 64379, 64409, 64506, 64611,

64620, 64638, 64701, 64913, 64921, 64930,

64999, 65111, 65120, 65201, 65308, 65413,

65421, 65502, 66118, 66126, 66134, 66193,

66215, 66223, 66291, 66304, 68102, 68218,

68226, 69117, 69125, 69206;

70204, 71111, 71120, 71197, 71201, 72100,

72207, 73114, 73190, 73203, 74102, 74200,

74901, 75001, 77110, 77195, 77217, 77225,

77233, 77292, 77314, 77322, 77331, 77390,

77403, 78108, 78205, 78302, 79112, 79121,

79902;

80111, 80129, 80200, 80307, 81117, 81125,

81214, 81222, 81290, 81303, 82113, 82199,

82202, 82300, 82911, 82920, 82997, 84116,

84124, 84132, 84213, 84221, 84230, 84248,

1200 21

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84256, 84302, 85112, 85121, 85139, 85201,

85317, 85325, 85333, 85414, 85422, 85503,

85911, 85929, 85937, 85996, 86101, 86216,

86224, 86305, 86402, 86500, 86607, 86909,

87115, 87123, 87204, 87301, 88006;

90019, 90027, 90035, 91015, 91023, 91031,

92003, 93115, 93123, 93131, 93191, 93212,

93298, 94111, 94120, 94201, 94308, 94910,

94928, 94936, 94995, 95118, 95126, 95215,

95291, 96017, 96025, 96033, 96092, 97005,

99008.

- CNAE -

- CPR -

OUTUBRO/2016

DIA

10112, 10121, 10139, 10201, 10317, 10325,

10414, 10422, 10431, 10511, 10520, 10619,

10627, 10635, 10643, 10651, 10660, 10694,

10716, 10724, 10813, 10821, 10911, 10929,

10937, 10945, 10953, 10961, 10996, 15106,

15211, 15297, 16102, 16218, 16226, 16234,

16293, 18113, 18121, 18130, 18211, 18229,

18300, 19314;

22111, 22129, 22196, 23117, 23125, 23192,

23303, 23494, 23991, 24423, 25225, 27228,

27406, 28119, 28127, 28143, 28216, 28224,

28259, 28291, 28313, 28321, 28330, 28402,

28615, 28623, 28631, 28640, 28658, 28666,

28691, 29301, 29417, 29425, 29433, 29441,

29450, 29492;

30326, 30920, 30997, 31012, 31021, 31039,

31047, 32116, 33295, 38319, 38327, 38394;

47211, 49213, 49221, 49230, 49248, 49299,

49302;

58115, 58123, 58131, 58191, 58212, 58221,

1250

25

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58239, 58298, 59201.

- CNAE -

- CPR -

SETEMBRO/2016

DIA

13111, 13120, 13138, 13146, 13219, 13227,

13235, 13308, 13405, 13511, 13529, 13537,

13545, 13596, 14118, 14126, 14134, 14142,

14215, 14223, 15319, 15327, 15335, 15394,

15408;

23419, 23427;

30415, 30423, 32922, 32990.

+ atividade preponderante de fabricação de

telefone celular, de latas de chapa de alumínio ou

de painéis de madeira MDF, independente do

código CNAE em que estiver enquadrado

2100

10

10

OBSERVAÇÕES:

1) O Decreto 45.490, de 30-11-2000 - DOE de 01-12-2000, que aprovou o RICMS, estabeleceu

em seu Anexo IV os prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de

Atividades Econômicas ali indicadas.

O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com

juros estabelecidos pela Lei n° 10.175, de 30-12-1998, DOE 31-12-1998, e demais acréscimos

legais.

2) O Decreto 59.967, de 17-12-2013 - DOE 18-12-2013, com as alterações do Decreto 61.217,

de 16-04-2015 - DOE 17-04-2015, amplia e unifica prazos de recolhimento do ICMS incidente

sobre as operações ou prestações próprias, bem como em relação ao imposto retido

antecipadamente por substituição tributária. Dentre as alterações, consta também a ampliação do

prazo de recolhimento para contribuintes optantes pelo Simples Nacional, relativamente ao

imposto devido por substituição tributária e nas entradas interestaduais - diferencial de alíquota e

antecipação.

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

MERCADORIA CPR

REFERÊNCIA

OUTUBRO/201

6

DIA VENC.

· energia elétrica (Convênio ICMS-83/00, cláusula terceira)

1090 09

· álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes

derivados de petróleo (Convênio ICMS-110/07)

1100 10

· cimento (Protocolo ICMS-11/85) ;

· refrigerante, cerveja, chope e água, exceto água natural,

mineral, gasosa ou não, ou potável, em embalagem com

capacidade igual ou superior a 5.000 ml (Protocolo ICMS-

11/91) ;

· veículo novo (Convênio ICMS-132/92) ;

· veículo novo motorizado a que se refere o "caput" do

artigo 299 deste regulamento (Convênio ICMS-52/93) ;

· pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha

(Convênio ICMS-85/93) ;

· fumo e seus sucedâneos manufaturados (Convênio

ICMS-37/94) ;

· tintas, vernizes e outros produtos químicos (Convênio

ICMS-74/94);

1200 21

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· sorvete de qualquer espécie e preparado para fabricação

de sorvete em máquina (Protocolo ICMS-20/05)

MERCADORIA

REFERÊNCIA

OUTUBRO/201

6

DIA VENC.

· mercadorias arroladas nos artigos 313-A a 313-Z19 do

RICMS;

· água natural, mineral, gasosa ou não, ou potável, em

embalagem com capacidade igual ou superior a 5.000 ml

(Protocolo ICMS-11/91)

25/11

A partir de 01-04-2016, o prazo indicado para o recolhimento do imposto retido antecipadamente

por substituição tributária relativamente às operações com mercadorias arroladas nos artigos

313-A a 313-Z19 do RICMS e para operações com água natural mineral, gasosa ou não, ou

potável, em embalagem com capacidade igual ou superior a 5.000 ml, deverá seguir o

cronograma estabelecido no artigo 2º do Decreto nº 59.967, de 17-12-2013; DOE 18-12-2013,

com as alterações do Decreto 61.217, de 16-04-2015 - DOE 17-04-2015.

OBSERVAÇÕES EM RELAÇÃO AO ICMS DEVIDO POR ST:

a) O estabelecimento enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se

refere a sujeição passiva por substituição, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por

sujeição passiva por substituição até o dia 20 do mês subsequente ao da retenção, correspondente

ao CPR 1200. (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-

2000, DOE de 01-12-2000; com alteração do Decreto 59.967, de 17-12-2013, DOE 18-12-2013).

b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-se-á o que segue:

1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição

tributária, 80% (oitenta por cento) do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês

subsequente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do

correspondente mês - CPR 1100;

2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% (noventa e cinco por

cento) será recolhido até o 3º dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador - CPR

1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100.

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3) no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em

outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente

ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100.

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/15 - DIFAL:

O estabelecimento localizado em outra unidade federada inscrito no Cadastro de Contribuintes

do ICMS deste Estado que realizou operações ou prestações destinadas a não contribuinte do

imposto localizado neste Estado durante o mês de outubro de 2016 deverá preencher e entregar a

GIA ST Nacional para este Estado até o dia 10 de novembro de 2016 e recolher o imposto

devido até o dia 16 de novembro, por meio de GNRE (código 10008-0 - ICMS Recolhimentos

Especiais). (Convênio ICMS 93/15, cláusulas quarta e quinta; artigo 109, artigo 115, XV-B, XV-

C e § 9º, artigo 254, parágrafo único e artigo 3º, § 6º do Anexo IV, todos do RICMS/00).

SIMPLES NACIONAL:

DATA PARA RECOLHIMENTO DO ICMS PARA ESTABELECIMENTOS SUJEITOS AO

REGIME DO "SIMPLES NACIONAL"

DESCRIÇÃO

REFERÊNCIA

SETEMBRO/2016

DIA DO

VENCIMENTO

Diferencial de Alíquota nos termos do Artigo 115, inciso XV-A, do

RICMS (Portaria CAT-75/08) *

Substituição Tributária, nos termos do § 2º do Artigo 268 do RICMS*

)

30/11

* NOTA: Para fatos geradores a partir de 01/01/2014, o imposto devido pela entrada, em

estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação

de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte -

"Simples Nacional", de mercadorias, oriundas de outro Estado ou do Distrito Federal, deve ser

recolhido até o último dia do segundo mês subsequente ao da entrada.

O prazo para o pagamento do DAS referente ao período de apuração de outubro de 2016

encontra-se disponível no portal do Simples Nacional

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(http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/) por meio do link Agenda do Simples

Nacional.

OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS:

OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

GIA

A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser

apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com

o último dígito do número de inscrição estadual do

estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo

decreto 45.490, de 30-11-2000, DOE 01-12-2000 -

Portaria CAT-92/98, de 23-12-1998, Anexo IV, artigo 20

com alteração da Portaria CAT 49/01, de 26-06-2001,

DOE 27-06-2001).

Caso o dia do vencimento para apresentação indicado

recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada

por meio da Internet no endereço

http://www.fazenda.sp.gov.br ou

http://pfe.fazenda.sp.gov.br .

Final Dia

0 e 1 16

2, 3 e 4 17

5, 6 e 7 18

8 e 9 19

GIA-ST

O contribuinte de outra unidade federada obrigado à

entrega das informações na GIA-ST, em relação ao

imposto apurado no mês de outubro de 2016, deverá

apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V

da Portaria CAT 92, de 23-12-98 acrescentado pela

Portaria CAT 89, de 22-11-2000, DOE de 23-11-2000

(art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo

Decreto 45.490, de 30-11-2000, DOE de 01-12-2000).

Dia 10

REDF

Os contribuintes sujeitos ao registro eletrônico de documentos fiscais devem efetuá-lo

nos prazos a seguir indicados, conforme o 8º dígito de seu número de inscrição no

Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ (12.345.678/xxxx-yy).(Portaria CAT -

85, de 04-09-2007 - DOE 05-09-2007)

8º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Dia do mês subsequente a emissão 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

OBS.: Na hipótese de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emitida por contribuinte sujeito ao

Regime Periódico de Apuração - RPA, de que trata o artigo 87 do Regulamento do

ICMS, cujo campo "destinatário" indique pessoa jurídica, ou entidade equiparada,

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inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, e cujo campo "valor total da

nota" indique valor igual ou superior a R$ 1.000,00 (mil reais), o registro eletrônico

deverá ser efetuado em até 4 (quatro) dias contados da emissão do documento fiscal.

(Portaria CAT-127/07, de 21-12-2007; DOE 22-12-2007).

Arquivo

com

Registro

Fiscal

SINTEGRA:

Os contribuintes usuários de sistema eletrônico de

processamento de dados remeterão até essa data às

Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação das

unidades da Federação, utilizando o programa TED

(Transmissão Eletrônica de Dados), arquivo magnético

com registro fiscal das operações e prestações

interestaduais efetuadas no mês de outubro de 2016 .

O contribuinte notificado pela Secretaria da Fazenda a

enviar mensalmente arquivo magnético com registro

fiscal da totalidade das operações e prestações fica

dispensado do cumprimento desta obrigação (art. 10 da

Portaria CAT 32/96 de 28-03-1996, DOE de 29-03-

1996).

Dia 15

EFD

O contribuinte obrigado à EFD deverá transmitir o

arquivo digital nos termos da Portaria CAT 147, de 27-

07-2009. A lista dos contribuintes obrigados encontra-se

em:

http://www.fazenda.sp.gov.br/sped/obrigados/comunicad

os.asp

Dia 25

NOTAS GERAIS:

1) Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP:

O valor da UFESP para o período de 01-01-2016 a 31-12-2016 será de R$ 23,55 (Comunicado

DA-98, de 17-12-2015, DOE 18-12-2015).

2) Nota Fiscal de Venda a Consumidor:

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No período de 01-01-2016 a 31-12-2016, na operação de saída a título de venda a consumidor

final com valor inferior a R$ 12,00 e em não sendo obrigatória a emissão do Cupom Fiscal, a

emissão da Nota Fiscal de Venda a Consumidor (NFVC) é facultativa, cabendo a opção ao

consumidor (RICMS/SP art. 132-A e 134 e Comunicado DA-99, de 17-12-2015, DOE 18-12-

2015).

O Limite máximo de valor para emissão de Cupom Fiscal e Nota Fiscal de Venda a Consumidor

(NFVC) é de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a partir do qual deve ser emitida Nota Fiscal

Eletrônica (modelo 55) ou Nota Fiscal (modelo 1) para contribuinte não obrigado à emissão de

Nota Fiscal Eletrônica ou, quando não se tratar de operações com veículos sujeitos a

licenciamento por órgão oficial, Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (modelo 65) (RICMS/SP

art. 132-A, Parágrafo único e 135, § 7º).

3) Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 24/10/2016.

4) A Agenda Tributária em formato permanente encontra-se disponível no site da Secretaria da

Fazenda (www.fazenda.sp.gov.br) no módulo Legislação Tributária - Agendas, Pautas e Tabelas.

4.00 ASSUNTOS MUNICIPAIS 4.01 IMPOSTOS SOBRE SERVIÇOS DECRETO Nº 57.402, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016 - DOC-SP de 22/10/2016 (nº 200, pág. 1) Introduz alterações no Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, aprovado na forma do Anexo Único integrante do Decreto nº 53.151, de 17 de maio de 2012. FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, decreta: Art. 1º - Os artigos 104 e 107 do Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - RISS, aprovado na forma do Anexo Único integrante do Decreto nº 53.151, de 17 de maio de 2012, passam a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 104 - .................................................... II - depósito em conta corrente ou poupança mantida em instituição do Sistema Financeiro Nacional, desde que gerado a partir de 1º de agosto de 2011. § 1º - No período de 1º de fevereiro a 30 de novembro de cada exercício, o tomador de serviços deverá indicar, no sistema, os imóveis que aproveitarão os créditos gerados.

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......................................................................... § 6º - A validade dos créditos será de 6 (seis) meses contados da data de disponibilização do crédito para utilização. § 7º - A utilização dos créditos oriundos do sistema de sorteio de prêmios ocorrerá conforme cronograma a ser estabelecido pela Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico. § 8º - A disponibilização dos créditos a que se refere o artigo 101 deste regulamento ocorrerá trimestralmente, até o último dia do mês seguinte ao encerramento de cada trimestre civil. § 9º - A utilização dos créditos gerados até 31 de julho de 2011 deverá observar as regras previstas no artigo 98 do Decreto nº 50.896, de 1º de outubro de 2009, salvo quanto ao período de indicação dos imóveis que aproveitarão os créditos gerados, devendo-se, neste caso, observar o disposto no § 1º deste artigo." (NR) "Art. 107 - .............................................................. § 1º - Na hipótese do inciso I do artigo 104 deste regulamento, se houver o retorno do crédito ao tomador de serviços, sua validade expirará no prazo remanescente, salvo se já estiver expirada, caso em que será concedido prazo de 6 (seis) meses contados de sua nova disponibilização. § 2º - O disposto no § 1º deste artigo aplica-se, inclusive, aos créditos gerados até 31 de julho de 2011." (NR) Art. 2º - O disposto no § 6º do artigo 104 do Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - RISS, com a redação ora conferida, aplicar-se-á somente aos créditos gerados a partir da data de publicação deste Decreto. Art. 3º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 21 de outubro de 2016, 463º da fundação de São Paulo. FERNANDO HADDAD - Prefeito ROGÉRIO CERON DE OLIVEIRA - Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico FRANCISCO MACENA DA SILVA - Secretário do Governo Municipal Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 21 de outubro de 2016.

Parecer Normativo SF nº 3, de 28.10.2016 - DOM São Paulo de 29.10.2016

Interpreta o disposto no artigo 15 da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, que trata do regime especial de recolhimento do ISS próprio das Sociedades Uniprofissionais.

O Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, no uso de suas atribuições legais,

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Considerando a necessidade de uniformizar a aplicação do artigo 15 da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, que trata do regime especial de recolhimento do ISS próprio das Sociedades Uniprofissionais; e Considerando as súmulas de jurisprudência administrativa homologadas no processo administrativo nº 2010-0.118.499-4, de observância obrigatória a todos os órgãos da Administração Municipal centralizada, Resolve: Art. 1º As Sociedades Uniprofissionais são aquelas cujos profissionais (sócios, empregados ou não) são habilitados ao exercício da mesma atividade e prestam serviços de forma pessoal, em nome da sociedade, assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da legislação específica, entendendo-se por: I - profissional habilitado: aquele que satisfaz todos os requisitos necessários para o exercício da profissão, nos termos da legislação específica que regula a atividade profissional; II - exercício da mesma atividade: quando a atividade desenvolvida por todos os profissionais habilitados estiver enquadrada no mesmo item da lista do "caput" do art. 1º da Lei nº 13.701, de 2003, devendo corresponder a um único código de serviço; III - prestação de serviço de forma pessoal: quando todas as etapas da execução da atividade forem desempenhadas por um único profissional habilitado (sócio, empregado ou não), não se admitindo que: a) haja divisão ou distribuição de partes do serviço contratado entre os profissionais habilitados da sociedade; b) o gerenciamento, coordenação ou planejamento das tarefas que compõem a prestação do serviço sejam realizados por um profissional distinto daquele que efetivamente executa a atividade; c) haja repasse ou terceirização, assim entendido como a atribuição de parte ou de todo o serviço contratado a terceiros que não sejam integrantes do quadro de profissionais habilitados da sociedade; IV - responsabilidade pessoal: a obrigação do profissional de assumir a autoria e prestar contas dos atos praticados no âmbito de sua atividade perante o respectivo órgão que regulamenta o exercício da profissão, bem como nas esferas civil e criminal pelas consequências de sua atuação. Parágrafo único. Considera-se integrante do quadro de profissionais habilitados da sociedade o profissional autônomo por ela contratado que seja habilitado ao exercício da mesma atividade e prestem serviços de forma pessoal, em nome da sociedade, assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da legislação específica. Art. 2º Em decorrência do disposto no artigo 1º deste Parecer Normativo, não se enquadram no regime especial próprio das Sociedades Uniprofissionais as sociedades cujos profissionais tenham diferentes habilitações ou exerçam atividades distintas. Parágrafo único. Sem prejuízo de outras situações incompatíveis com o ingresso no regime especial próprio das Sociedades Uniprofissionais, incorrem na vedação disposta no "caput" deste artigo as sociedades que:

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I - não possam, sem auxílio de profissional de habilitação distinta da dos sócios, atingir seu objeto social; II - conjuguem profissionais de diferentes habilitações, tais como engenheiro mecânico com engenheiro civil ou agrônomo com geólogo; III - conjuguem diferentes atividades, tais como engenharia com serviços de acompanhamento e fiscalização de obras, contabilidade com perícia contábil ou contabilidade com auditoria. Art. 3º Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores e no § 2º do art. 15 da Lei nº 13.701, de 2003, não faz jus ao regime especial próprio das Sociedades Uniprofissionais a pessoa jurídica que: I - tenha mais de uma atividade profissional como objeto da prestação de serviço no contrato social; II - adote o modelo de sociedade limitada, uma vez que neste tipo societário o sócio não assume responsabilidade pessoal, sendo sua responsabilidade limitada à participação no capital social, observado o disposto no art. 5º; III - mesmo não adotando o modelo de sociedade limitada, tenha profissional que responda de forma limitada, observado o disposto no art. 5º; IV - tenha sócio cuja habilitação não alcance a totalidade do objeto social. Art. 4º As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, não poderão ser enquadradas no regime especial próprio das Sociedades Uniprofissionais, devendo recolher o ISS com base no movimento econômico, juntamente com os demais tributos abrangidos pelo Simples Nacional, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - DAS. Parágrafo único. O disposto no "caput" deste artigo não se aplica aos escritórios de serviços contábeis constituídos como Sociedades Uniprofissionais optantes pelo Simples Nacional, devendo recolher o ISS em valor fixo, conforme disposto no inciso II do "caput" do art. 15 da Lei nº 13.701, de 2003. Art. 5º As sociedades de advogados, inclusive as que adotem o modelo de sociedade limitada, fazem jus ao regime especial próprio das Sociedades Uniprofissionais, uma vez que não podem possuir natureza mercantil, sendo pessoal a responsabilidade dos profissionais nela associados, nos termos dos artigos 15 a 17 da Lei Federal nº 8.906, de 4 de julho de 1994. § 1º Não serão consideradas sociedade de advogados aquelas: I - que adotem denominação de fantasia; II - cujo objeto englobe atividades estranhas ao exercício da advocacia; III - que prestem outros serviços que não os de advocacia; IV - que incluam como sócio ou titular pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de

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advogar. § 2º Não faz jus ao regime especial próprio das Sociedades Uniprofissionais as sociedades unipessoais de advocacia de que trata o art. 15 da Lei Federal nº 8.906, de 1994. Art. 6º Este Parecer Normativo, de caráter interpretativo, é impositivo e vinculante para todos os órgãos hierarquizados desta Secretaria, e revoga as disposições em contrário bem como as Soluções de Consulta emitidas antes da data de publicação deste ato e com ele em desacordo, independentemente de comunicação aos consulentes.

4.02 OUTROS ASSUNTOS MUNICIPAIS Decreto nº 57.339, de 20.10.2016 - DOM São Paulo de 21.10.2016

Regulamenta a Lei nº 16.490, de 15 de julho de 2016, que dispõe sobre o desembarque de mulheres e idosos usuários do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da Cidade de São Paulo. Fernando Haddad, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, Decreta: Art. 1º A Lei nº 16.490 , de 15 de julho de 2016, que dispõe sobre o desembarque de mulheres e idosos usuários do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da Cidade de São Paulo, fica regulamentada nos termos das disposições deste decreto. Art. 2º Os veículos vinculados ao Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros da Cidade de São Paulo poderão parar fora dos pontos de parada preestabelecidos para desembarque de mulheres e de pessoas idosas maiores de 60 anos, no horário de operação noturna, a partir das 22h até às 5h do dia seguinte, em dias úteis, feriados e finais de semanas. Parágrafo único. A autorização de que trata o "caput" deste artigo estender-se-á às pessoas que estiverem acompanhando as mulheres ou idosos, conquanto desembarquem conjunta e simultaneamente com a mulher ou idoso usuário, no mesmo local previamente solicitado ao operador. Art. 3º Para os fins deste decreto, deverá ser considerada a identidade de gênero autodeclarada, independentemente do que constar em documento ou registro público, sendo permitido, portanto, o desembarque de travestis e de mulheres transexuais. Art. 4º Para comprovação da idade mínima necessária de 60 anos de idade, bastará a apresentação de documento válido com foto ou do Bilhete Único Especial do Idoso. Parágrafo único. O Bilhete Único Especial do Idoso é pessoal e intransferível, devendo ser apresentado sempre que solicitado pelo operador ou pela fiscalização e, em caso de constatação do uso indevido por terceiro, será retido e poderá ser cancelado. Art. 5º Não será autorizado o desembarque fora dos pontos preestabelecidos, conforme previsto no artigo 2º deste decreto, nos seguintes casos:

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I - em parcelas do itinerário que ocorram em Corredores Exclusivos de Ônibus à esquerda do viário; II - em viadutos, pontes e túneis. Art. 6º A parada para desembarque deverá ocorrer em local que obedeça aos itinerários determinados pela Secretaria Municipal de Transportes ou pela São Paulo Transporte S.A - SPTrans. Art. 7º Os motoristas dos veículos coletivos somente poderão realizar a operação de desembarque nos locais onde não seja proibida a parada de veículos e onde haja espaço suficiente para o correto acostamento do coletivo, observando e zelando pela segurança de todos os usuários e demais ocupantes da via. Art. 8º Os usuários que desejarem desembarcar fora dos pontos de parada preestabelecidos deverão previamente solicitar aos motoristas dos ônibus com a antecedência mínima necessária para que as regras de segurança de trânsito previstas no Código Brasileiro de Trânsito possam ser cumpridas. Parágrafo único. Os motoristas deverão analisar a adequabilidade da parada, informando ao usuário se a solicitação poderá ser atendida, além de propor e oferecer alternativa adequada caso exista algum motivo impeditivo. Art. 9º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 20 de outubro de 2016, 463º da fundação de São Paulo. FERNANDO HADDAD, PREFEITO JILMAR AUGUSTINHO TATTO, Secretário Municipal de Transportes FRANCISCO MACENA DA SILVA, Secretário do Governo Municipal Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 20 de outubro de 2016.

Instrução Normativa SF/SUREM nº 21, de 28.10.2016 - DOM São Paulo de 29.10.2016

Prorroga o prazo para a entrega da Declaração Eletrônica das Sociedades de Profissionais - D-SUP referente ao exercício de 2016.

O Secretário Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, e Considerando a necessidade de se prorrogar, extraordinariamente para o exercício de 2016, o prazo para entrega da D-SUP previsto no caput do artigo 5º da Instrução Normativa SF/SUREM nº 13, de 18 de setembro de 2015, Resolve: Art. 1º O prazo para entrega da Declaração Eletrônica das Sociedades de Profissionais - D-SUP referente ao exercício de 2016 fica prorrogado até 30 de dezembro de 2016.

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Art. 2º Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação.

5.00 ASSUNTOS DIVERSOS 5.01 CEDFC--ARTIGOS / COMENTÁRIOS Receita Federal atualiza entendimento sobre aplicação do RERCT Data de publicação: 21/10/2016 Foi publicado hoje no Diário Oficial da União o Ato Declaratório Interpretativo (ADI) nº 10. O novo ADI ajusta o texto da "Dercat - Perguntas e Respostas" às alterações trazidas pela Instrução Normativa nº1.665, de 2016. Assim, é alterada a resposta à Pergunta de nº 29 e é incluído o esclarecimento constante da Nota 2 na Pergunta de nº 21. As demais interpretações permanecem sem alteração. A resposta da Pergunta de nº 29, "29) Preciso declarar os recursos, bens e direitos constantes da Dercat em alguma outra declaração?", terá a seguinte alteração: Texto atual: ........................................................................... I - no caso de pessoa física, até 31 de outubro de 2016, na declaração retificadora de ajuste anual do imposto sobre a renda relativa ao exercício 2015, ano-calendário de 2014 e posteriores. Esses bens deverão ser relacionados na ficha de Bens e Direitos, discriminando as informações sobre os recursos. Deverá constar o número de recibo de entrega da Dercat exclusivamente para a declaração de ajuste do exercício de 2015; .............................................................................. Texto alterado: ........................................................................... I - no caso de pessoa física, até 31 de dezembro de 2016, na declaração retificadora de ajuste anual do imposto sobre a renda relativa ao exercício 2015, ano-calendário de 2014 e posteriores. Esses bens deverão ser relacionados na ficha de Bens e Direitos, discriminando as informações sobre os recursos; .............................................................................. A nota da Pergunta de nº 21 será a seguinte: Nota 2: O prazo para efetivação do requerimento pelo contribuinte à instituição financeira estrangeira é 31 de outubro de 2016, ficando o prazo para resposta da instituição financeira estrangeira estendida até 31 de dezembro de 2016. Com as novas disposições, o "Dercat - Perguntas e Respostas 1.2", passará a ser chamado de "Dercat - Perguntas e Respostas 1.3".

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Fonte: RFB

Receita publica atos interpretativos sobre Pis/Pasep e Cofins Data de publicação: 21/10/2016 Na Solução de Divergência Cosit nº 7, de 2016, examina-se o conceito de "insumos" para fins de creditamento no âmbito da não cumulatividade da Contribuição para o Pis/Pasep e da Cofins, para reafirmar fundamentadamente o tradicional entendimento da RFB de que somente se consideram insumos para fins de apuração de crédito das referidas contribuições os bens e serviços diretamente utilizados na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços a terceiros, e de que, em consequência, é vedada a apuração de crédito das contribuições em relação a bens e serviços que mantenham relação indireta com produção de bens ou com a prestação de serviços. Na Solução de Consulta Cosit nº 106, de 2016, conclui-se que está dispensada a retenção da Contribuição para o Pis/Pasep e da Cofins por parte das pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional quando vendem autopeças sujeitas à incidência concentrada ou monofásica das contribuições, ainda que a venda ocorra por meio de industrialização por encomenda. A publicação dos mencionados atos interpretativos merece destaque em razão da relevância e abrangência dos temas abordados e também porque suas disposições são vinculantes para futuras decisões tomadas no âmbito da RFB, inclusive em processos de consulta sobre a interpretação da legislação tributária, de fiscalização tributária, de julgamento de recursos administrativos e de ressarcimento ou compensação tributários. A íntegra dos atos interpretativos pode ser consultada no sítio eletrônico da RFB, na seção "Legislação" ou respectivamente nos endereços: Solução de Divergência Cosit nº 7 Solução de Consulta Cosit nº 106 Fonte: RFB

Fisco volta a taxar integralização com tecnologia Data de publicação: 25/10/2016 São Paulo - A Receita Federal mudou, em ato declaratório, um entendimento consolidado desde 2006 e passou a cobrar Imposto de Renda (IR) e Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) de estrangeiros que integralizarem capital com transferência de tecnologia. Para especialistas, a decisão da Receita fere a legislação tributária brasileira e deve ser questionada na Justiça pelas empresas que forem autuadas por não pagarem os dois tributos. De acordo com o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 7, alíquota de IR para a operação é de 15% e a Cide devida é de 10%. "A subsunção da norma ao caso concreto não existe. Não se pode cobrar Cide em capitalização de não residente em empresa brasileira", diz o sócio do Correa Porto Advogados, Eduardo Correa da Silva.

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Para ele, a Receita usa planejamentos tributários irregulares e abusos realizados por algumas companhias como pretexto para cobrar imposto de algo que era isento até pouco tempo. Porém, ele não vê qualquer hipótese legal que possa justificar essa cobrança. De acordo com o advogado, o Fisco tem usado o argumento de analogia para defender algo que vale para aquisições ou remunerações, mas que não vale para capitalizações. "O próprio Código Tributário Nacional é muito claro de que ela não pode utilizar analogia para a exigência de tributos que não estão previstos em lei." Efeito negativo Quando uma sociedade é formada, cada um dos sócios têm uma quota definida e deve integralizá-la mediante a transferência de bens. O mais comum é que ele aporte dinheiro, mas essa integralização também pode ser realizada com bens intangíveis como tecnologia ou know-how, desde que eles possam ser submetidos à avaliação monetária. Uma empresa de tecnologia, por exemplo, poderia receber de um dos sócios o software necessário para a sua operação como integralização da quota. Para o sócio fundador da BGR Advogados, Eduardo Benetti, essa transferência de conhecimento é muito positiva para o Brasil, de modo que a decisão da Receita acaba se tornando prejudicial ao desenvolvimento econômico do País. "O País carece de conhecimento e de tecnologia, então essa mudança passa a ter efeito apenas arrecadatório, e de uma quantia pequena ainda por cima. O que não compensa as decisões de investimentos que serão impactadas pela decisão", afirma Benetti. Na sua avaliação, há outro efeito nocivo que é a piora da visão que os estrangeiros possuem da legislação tributária brasileira, frequentemente associada a muita imprevisibilidade. "A empresa faz um planejamento tributário de anos e uma mudança dessas gera muita instabilidade", avalia. "Clamamos tanto por capital não especulativo, investimentos que gerem tecnologia, empregos e conhecimento, que não podemos nos dar ao luxo de perdê-los por mudanças regulatórias", diz. Fonte: DCI

Ministério discute como implementar Recomendação 204 Data de publicação: 24/10/2016 Um plano de ação para o cumprimento da Recomendação 204 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi discutido na última semana, pela secretária de Inspeção do Trabalho (SIT), Maria Teresa Pacheco Jensen, e por assessores da área Internacional do Ministério do Trabalho. As proposições da OIT foram adotadas em 2015, após a conferência geral em Genebra, e referem-se à transição da economia informal para a formal. O Ministério do Trabalho já executa ações de combate à informalidade em todo país, inclusive fora dos grandes centros urbanos. Segundo a secretária Maria Teresa, entre as ações, destaca-se a fiscalização do cumprimento pelos empregadores, do registro dos trabalhadores. A secretária enfatiza que o Plano Nacional de Combate à informalidade dos Trabalhadores Empregados (Plancite), está sendo revalidado e receberá ampla divulgação.

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Formalização - O registro formal e a assinatura da Carteira de Trabalho garantem ao trabalhador acesso aos benefícios trabalhistas e previdenciários, como FGTS, Seguro-Desemprego, Abono Salarial, Salário-maternidade e aposentadoria. O empregador que mantém um trabalhador na informalidade, além de multa, está sujeito a perder incentivos do governo federal. Fonte: MT

Aplicativos Receitanet e ReceitanetBX têm novas versões Data de publicação: 24/10/2016 Novas versões dos aplicativos Receitanet (1.09) e ReceitanetBX (1.6.2), responsáveis por validação e transmissão de arquivos, já estão disponibilizadas no sítio da Receita Federal. Os usuários dos aplicativos devem instalar as versões atualizadas já que a partir da versão mais recente do Java 8, alguns certificados digitais podem não ser visualizados . Para acessar as novas versões clique aqui. Fonte: RFB Corrigir pendências na declaração pode liberar restituição do Imposto de Renda Data de publicação: 21/10/2016 Para ter acesso ao documento, o contribuinte deve acessar o Serviço Virtual de Atendimento (e-CAC), na página da Receita. Caso identifique algum problema no documento enviado, recomenda-se que o contribuinte faça uma declaração retificadora para sair da malha fina. Até o fim desse ano, estão programados apenas mais dois lotes regulares de restituição do IR da pessoa física: em novembro e em dezembro. Como todos os anos, foram programados sete lotes regulares, sendo que o quinto foi liberado no último dia 17. O contribuinte que não for incluído nos próximos dois lotes terá que esperar os lotes residuais da restituição do imposto de anos anteriores, que deverão ser liberados a partir de janeiro. Para ter acesso ao e-CAC é necessário ter o código de acesso. Caso contrário, o contribuinte deverá criar um na página da Receita onde está localizado o Serviço Virtual de Atendimento. Além de poder verificar a declaração por meio do computador pessoal, a Receita disponibiliza aos contribuintes um aplicativo destinado a dispositivos móveis como tablets e smartfones. Esses aplicativos permitem, entre outras funcionalidades, verificar as pendências da declaração, além de um trazer guia com diversas questões sobre o imposto de renda. Também está disponível, na TV Receita, um vídeo que mostra o passo-a-passo da pesquisa da situação fiscal por meio da internet. Fonte: RFB

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Detalhes do Documento

Receita Federal alerta: o prazo para adesão ao RERCT termina às 23h59mim59s da próxima segunda-feira, dia 31.

Data de publicação: 26/10/2016

O RERCT (Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária) aplica-se aos residentes ou

domiciliados no País em 31 de dezembro de 2014 que tenham sido ou ainda sejam proprietários

ou titulares de ativos, bens ou direitos em períodos anteriores a 31 de dezembro de 2014, ainda

que, nessa data, não possuam saldo de recursos ou título de propriedade de bens e direitos.

Para aderir ao RERCT, o contribuinte deverá apresentar a DERCAT - Declaração de

Regularização Cambial e Tributária" até 31 de outubro e efetuar o pagamento integral do

imposto e da multa correspondente até a mesma data.

Importante registrar que o aplicativo para o preenchimento e a apresentação da DERCAT está

em funcionamento 24 horas por dia, inclusive durante o próximo final de semana. O aplicativo

da DERCAT está disponível no e-CAC, no endereço https://www3.cav.receita.fazenda.gov.br,

em "Declarações e Demonstrativos". O serviço de recepção da DERCAT será interrompido às

23h59min59s, horário de Brasília, do dia 31 de outubro de 2016.

Para mais informações, a Receita Federal disponibilizou em seu sítio na internet um conjunto de

perguntas e respostas que visa auxiliar os contribuintes sobre a forma de declarar e outras

orientações sobre o programa. Estas orientações, denominadas "Dercat - Perguntas e Respostas",

podem ser obtidas aqui.

Fonte: RFB

ICMS/ISS - Promovidas alterações no Estatuto da ME e da EPP que afetam o recolhimento do ICMS e do ISS para as empresas enquadradas na Lei Complementar nº 123/2006

Foi publicada a Lei Complementar nº 155/2016, que, dentre outras alterações, estabeleceu um

sublimite nacional para efeito de recolhimento de ICMS e ISS. Em face das alterações

promovidas e observadas as disposições do art. 966 da Lei nº 10.406/2002, será considerada EPP

a empresa que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou

inferior a R$ 4.800.000,00. Como visto, a faixa de enquadramento da receita para as EPP foi

aumentada, contudo os contribuintes de ICMS e/ou ISS continuarão a observar o limite de R$

3.600.000,00 para recolhimento destes tributos no Simples Nacional. Sem prejuízo da

possibilidade de adoção de todas as faixas de receita previstas nos Anexos I a V da LC 123/2006,

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os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seja de até 1% poderão

optar pela aplicação de sublimite para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples

Nacional nos respectivos territórios, para empresas com receita bruta anual de até R$

1.800.000,00. Os Estados que não adotem sublimite ou que tenham uma participação no PIB

brasileiro superior a 1%, deverão obrigatoriamente observar o sublimite de R$ 3.600.000,00. A

EPP que ultrapassar os limites fixados para sublimite em seu Estado estará automaticamente

impedida de recolher o ICMS e também o ISS na forma do Simples Nacional, a partir do mês

subsequente àquele em que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos

localizados na Unidade da Federação que os houver adotado. No tocante ao ISS, a redação dos

dispositivos da LC 123/2006 que versam sobre a possibilidade de retenção na fonte ganharam

nova redação de maneira a restar mais clara a regra, conforme segue:

"Art. 21 [...]

§ 4º [...] I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e

corresponderá à alíquota efetiva de ISS a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte

estiver sujeita no mês anterior ao da prestação; II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser

prestado no mês de início de atividades da microempresa ou da empresa de pequeno porte,

deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota efetiva de 2% (dois por cento); [...] V - na hipótese

de a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a alíquota de que tratam os

incisos I e II deste parágrafo no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota efetiva de 5%;".

(Lei Complementar nº 155/2016 - DOU de 28.10.2016)

Simples Nacional - Alterada a legislação aplicável às ME e EPP

A Lei Complementar nº 155/2016, entre outras providências, alterou a Lei Complementar nº

123/2006, que dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional),

para reorganizar e simplificar a metodologia de apuração dos impostos e contribuições devidos

pelas pessoas jurídicas optantes por esse regime.

Dentre as alterações ora introduzidas, destacamos as seguintes:

a) parcelamento de débitos: poderão ser parcelados em até 120 meses os débitos do Simples

Nacional, vencidos até a competência do mês de maio/2016, observando-se que:

a.1) o parcelamento aplica-se aos créditos constituídos ou não, com exigibilidade suspensa ou

não, parcelados ou não e inscritos ou não em dívida ativa do respectivo ente federativo, mesmo

em fase de execução fiscal já ajuizada;

a.2) o pedido de parcelamento deverá ser apresentado em até 90 dias contados a partir da

regulamentação pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), podendo esse prazo ser

prorrogado ou reaberto por igual período, e independerá de apresentação de garantia;

a.3) a dívida objeto do parcelamento será consolidada na data de seu requerimento e será

dividida pelo número de prestações que forem indicadas pelo sujeito passivo, não podendo cada

prestação mensal ser inferior a R$ 300,00;

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a.4) até o mês anterior ao da consolidação dos parcelamentos, o devedor é obrigado a calcular e a

recolher mensalmente a parcela equivalente ao maior valor entre o montante dos débitos objeto

do parcelamento dividido pelo número de prestações pretendidas; e os valores constantes da

letra “a.3”;

a.5) por ocasião da consolidação, será exigida a regularidade de todas as prestações devidas

desde o mês da adesão até o mês anterior ao da conclusão da consolidação dos débitos

parcelados;

a.6) o pedido de parcelamento implicará desistência compulsória e definitiva do parcelamento

anterior, sem restabelecimento dos parcelamentos rescindidos caso não seja efetuado o

pagamento da 1ª prestação;

a.7) o valor de cada prestação mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros

equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para

títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da

consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1%, relativamente ao mês em que o

pagamento estiver sendo efetuado;

b) investidor-anjo: a partir de 1º.01.2017, para incentivar as atividades de inovação e os

investimentos produtivos, a sociedade enquadrada como ME ou EPP optante pelo Simples

Nacional poderá admitir o aporte de capital, por pessoa física ou jurídica (investidor-anjo),

observando-se que (arts. 61-A a 61-D):

b.1) não integrará o capital social da empresa;

b.2) não serão considerados receitas da sociedade;

b.3) deverá constar do contrato de participação, com vigência não superior a 7 anos;

b.4) a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente por sócios regulares, em seu

nome individual e sob sua exclusiva responsabilidade;

b.5) o investidor-anjo:

b.5.1) não será considerado sócio nem terá qualquer direito a gerência ou voto na administração

da empresa;

b.5.2) não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial, não se

aplicando a ele o art. 50 da Lei nº 10.406/2002;

b.5.3) será remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo

máximo de 5 anos;

b.5.4) ao final de cada período, o investidor-anjo fará jus à remuneração correspondente aos

resultados distribuídos, conforme contrato de participação, não superior a 50% dos lucros da

sociedade enquadrada como ME ou EPP;

b.5.5) somente poderá exercer o direito de resgate depois de decorridos, no mínimo, 2 anos do

aporte de capital, ou prazo superior estabelecido no contrato de participação, e seus haveres

serão pagos na forma do art. 1.031 da Lei nº 10.406/2002, não podendo ultrapassar o valor

investido devidamente corrigido.

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Destacamos, ainda, que as alterações a seguir passarão a vigorar somente a partir de 1º.01.2018:

a) limites: ME: igual ou inferior a R$ R$ 360.000,00; EPP: superior a R$ 360.000,00 e igual ou

inferior a R$ 4.800.000,00 (art. 3º, II);

b) regra de transição: a EPP optante pelo Simples Nacional em 31.12.2017 que, durante o ano-

calendário de 2017, auferir receita bruta total anual entre R$ 3.600.000,01 e R$ 4.800.000,00

continuará automaticamente incluída no Simples Nacional com efeitos a partir de 1º.01.2018,

ressalvado o direito de exclusão por comunicação da optante (art. 79-E);

c) opção: poderão optar pelo Simples Nacional, micro e pequenos produtores ou comerciantes

atacadistas de bebidas alcoólicas (art. 17, X, “c”):

c.1) cervejarias;

c.2) vinícolas;

c.3) produtores de licores;

c.4) destilarias;

d) alíquota efetiva (semelhante ao da tabela progressiva): a alíquota efetiva será calculada a

partir das alíquotas nominais dos Anexos I a V, sobre a base de cálculo. A alíquota efetiva é o

resultado de:

RBT12 X ALIQ – PD / RBT12

Em que:

- “RBT12” é a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração;

- “Aliq” é a alíquota nominal constante dos Anexos I a V da lei complementar em fundamento;

- “PD” é a parcela a deduzir constante dos Anexos I a V da lei complementar em fundamento;

e) anexos: redução de 6 para 5 anexos (art. 2º da Lei Complementar nº 155/2016);

f) limite do microempreendedor individual (MEI): considera-se MEI o empresário individual, ou

o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de

serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$

81.000,00; e, no caso de início de atividade, o limite proporcional é de R$ 6.750,00,

multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início de atividade e o final do

respectivo ano-calendário (art. 18-A);

g) DAS: o DAS deverá conter a partilha discriminada de cada um dos tributos abrangidos pelo

Simples Nacional, bem como os valores destinados a cada ente federado (art. 21, § 25);

h) licitações: nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal e trabalhista (incluída

a comprovação trabalhista) das ME e EPP somente será exigida para efeito de assinatura do

contrato (arts. 42 e 43);

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i) compartilhamento de informações: é permitida a prestação de assistência mútua e a permuta de

informações entre a União e as dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios (art. 34, § 1º).

(Lei Complementar nº 155/2016 - DOU 1 de 28.10.2016)

Trabalhista/Previdenciária - Débitos do Simples Nacional podem ser parcelados em até 120 meses

Foi sancionada lei complementar que reorganiza e simplifica a metodologia de apuração do

imposto devido por optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).

Assim, entre outras disposições, ficou definido que poderão ser parcelados em até 120 meses os

débitos vencidos até a competência maio/2016 e apurados na forma do Simples Nacional (Lei

Complementar nº 123/2006).

O parcelamento aplica-se aos créditos constituídos ou não, com exigibilidade suspensa ou não,

parcelados ou não e inscritos ou não em dívida ativa do respectivo ente federativo, mesmo em

fase de execução fiscal já ajuizada.

O pedido de parcelamento deverá ser apresentado em até 90 dias contados a partir da

regulamentação dessas condições, podendo esse prazo ser prorrogado ou reaberto por igual

período pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), e independerá de apresentação de

garantia.

A dívida objeto do parcelamento será consolidada na data de seu requerimento e será dividida

pelo número de prestações que forem indicadas pelo sujeito passivo, não podendo cada prestação

mensal ser inferior a R$ 300,00 para microempresas e empresas de pequeno porte.

Até o mês anterior ao da consolidação dos parcelamentos, o devedor é obrigado a calcular e a

recolher mensalmente a parcela equivalente ao maior valor entre:

- o montante dos débitos objeto do parcelamento dividido pelo número de prestações

pretendidas;

- os valores decorrentes do débito consolidado dividido pelo número de prestações que forem

indicadas pelo sujeito passivo, observado o valor mínimo ora descrito.

Por ocasião da consolidação, será exigida a regularidade de todas as prestações devidas desde o

mês da adesão até o mês anterior ao da conclusão da consolidação dos débitos parcelados.

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Poderão ainda ser parcelados, na forma e nas condições ora descritas, os débitos parcelados de

acordo com os §§ 15 a 24 do art. 21 da Lei Complementar nº 123/2006.

O pedido de parcelamento implicará desistência compulsória e definitiva do parcelamento

anterior, sem restabelecimento dos parcelamentos rescindidos caso não seja efetuado o

pagamento da 1ª prestação.

O valor de cada prestação mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros

equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para

títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da

consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% relativamente ao mês em que o

pagamento estiver sendo efetuado.

As condições ora mencionadas entram em vigor em 28.10.2016.

(Lei Complementar nº 155/2016 - DOU 1 de 28.10.2016)

Trabalhista/Previdenciária - Governo definirá o recolhimento do FGTS, das contribuições

previdenciárias e das contribuições devidas a terceiros por meio de declaração unificada

Foi sancionada lei complementar que reorganiza e simplifica a metodologia de apuração do

imposto devido por optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).

Assim, entre outras disposições, ficou definido que o Ministro da Fazenda e o Ministro do

Trabalho definirão, em ato conjunto, a forma, a periodicidade e o prazo de recolhimento do

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), das contribuições previdenciárias e das

contribuições devidas a terceiros, por meio de declaração unificada.

O valor referente ao FGTS recolhido na forma ora descrita será creditado diretamente na conta

vinculada do trabalhador, sendo assegurada a transferência dos elementos identificadores do

respectivo recolhimento ao órgão gestor do fundo.

As condições ora mencionadas entrarão em vigor a contar de 1º.01.2018.

(Lei Complementar nº 155/2016 - DOU 1 de 28.10.2016)

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Trabalhista/Previdenciária - ME e EPP têm novas regras para comprovação de regularidade fiscal e trabalhista em licitações públicas

Foi sancionada lei complementar que reorganiza e simplifica a metodologia de apuração do

imposto devido por optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).

Assim, entre outras disposições, ficou definido que, nas licitações públicas, a comprovação de

regularidade fiscal e trabalhista das microempresas (ME) e das empresas de pequeno porte (EPP)

somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.

As ME e EPP, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a

documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo

que esta apresente alguma restrição. Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade

fiscal e trabalhista, será assegurado o prazo de 5 dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao

momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual

período, a critério da administração pública, para regularização da documentação, para

pagamento ou parcelamento do débito e para emissão de eventuais certidões negativas ou

positivas com efeito de certidão negativa.

As condições ora mencionadas entrarão em vigor a contar de 1º.01.2018.

(Lei Complementar nº 155/2016 - DOU 1 de 28.10.2016)

Trabalhista/Previdenciária - Publicadas novas regras sobre limites de valores e condições de enquadramento do MEI

Foi sancionada lei complementar que reorganiza e simplifica a metodologia de apuração do

imposto devido por optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).

Assim, entre outras disposições, ficou definido que é considerado microempreendedor individual

(MEI) o empresário individual nos termos da lei civil, ou o empreendedor que exerça as

atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que

tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00, que seja optante

pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista aqui.

No caso de início de atividades, o limite ora descrito será de R$ 6.750,00, multiplicados pelo

número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-

calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

O MEI inscrito no conselho profissional de sua categoria, na qualidade de pessoa física, é

dispensado de realizar nova inscrição no mesmo conselho na qualidade de empresário individual.

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São vedadas aos conselhos profissionais, sob pena de responsabilidade, a exigência de inscrição

e a execução de qualquer tipo de ação fiscalizadora quando a ocupação do MEI não exigir

registro profissional da pessoa física.

Poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual ou o empreendedor que exerça as

atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que

possua um único empregado que receba exclusivamente um salário-mínimo ou o piso salarial da

categoria profissional.

É vedado impor restrições ao MEI relativamente ao exercício de profissão ou participação em

licitações, em função da sua natureza jurídica, inclusive por ocasião da contratação dos serviços

de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos.

O empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de

serviços no âmbito rural que efetuar seu registro como MEI não perderá a condição de segurado

especial da Previdência Social. Referida situação e o licenciamento simplificado de atividades

para o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação

de serviços no âmbito rural serão regulamentados pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional

para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM) em até 180

dias.

O empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de

serviços no âmbito rural manterá todas as suas obrigações relativas à condição de produtor rural

ou de agricultor familiar.

As condições ora mencionadas entrarão em vigor a contar de 1º.01.2018.

(Lei Complementar nº 155/2016 - DOU 1 de 28.10.2016)

Trabalhista/Previdenciária - Salões de beleza poderão firmar contrato de parceria com profissionais, sem vínculo empregatício

Os salões de beleza poderão celebrar contratos de parceria, por escrito, com os profissionais que

desempenham as atividades de:

a) cabeleireiro;

b) barbeiro;

c) esteticista;

d) manicure;

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e) pedicure;

f) depilador; e

g) maquiador.

O salão, entre outras obrigações:

a) será responsável pela centralização dos pagamentos e recebimentos decorrentes dos serviços

realizados pelos citados profissionais;

b) realizará a retenção de sua cota-parte percentual, fixada no contrato de parceria, bem como

dos valores de recolhimento de tributos e contribuições sociais e previdenciárias devidos pelos

profissionais incidentes sobre a cota-parte que couber a estes, na parceria.

Os profissionais, por sua vez:

a) não poderão assumir as responsabilidades e obrigações decorrentes da administração da

pessoa jurídica do salão-parceiro, de ordem contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária

incidentes, ou quaisquer outras relativas ao funcionamento do negócio;

b) poderão ser qualificados, perante as autoridades fazendárias, como pequenos empresários,

microempresários ou microempreendedores individuais.

O contrato de parceria deverá ser firmado entre as partes, mediante ato escrito, homologado pelo

sindicato da categoria profissional e laboral e, na ausência desses, pelo órgão local competente

do Ministério do Trabalho, perante 2 testemunhas.

Os profissionais-parceiros não terão relação de emprego ou de sociedade com o salão-parceiro

enquanto perdurar a relação de parceria, porém, configurar-se-á vínculo empregatício quando:

a) não existir contrato de parceria formalizado na forma descrita na Lei nº 12.592/2012, com as

recentes alterações da Lei nº 13.352/2016; e

b) os profissionais-parceiros em questão desempenharem funções diferentes das descritas no

contrato de parceria.

Ressalte-se que as disposições em questão entram em vigor somente em 90 dias.

(Lei nº 13.352/2016 - DOU 1 de 28.10.2016)

5.02 COMUNICADOS CONSULTORIA JURIDICA Consultoria Contábil, Trabalhista e Tributária

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O Sindicato dos Contabilistas de São Paulo conta com profissionais especializados em diversas áreas jurídicas, com o intuito de oferecer consultoria e suporte à realização das atividades dos profissionais da Contabilidade, que vão desde direitos trabalhistas até a elaboração de estatutos sociais para entidades do terceiro setor. A consultoria jurídica é realizada de 2ª a 6ª feira, na sede social do Sindcont-SP, sendo considerada um dos mais importantes e significativos benefícios que a Entidade disponibiliza aos seus associados. O trabalho realizado pelos advogados especializados em diversas áreas jurídicas consiste em orientar os profissionais da Contabilidade quanto às soluções para os problemas que envolvam assuntos pertinentes à legislação, como: • Consultoria Jurídica Tributária Federal, Estadual e Municipal: IRPF, IRPJ, PIS, Cofins, CSLL, Simples, ISS, ICMS, e outros • Consultoria Trabalhista e Previdenciária: benefícios, fiscalização, parcelamento, fundo de garantia, direitos trabalhistas, entre outros • Consultoria do Terceiro Setor: assessoria sobre entidades sem fins lucrativos e beneficentes, análise de estatuto social, atas e outros • Consultoria Societária e Contratual: orientações técnicas, análises e vistos de contratos em geral • Consultoria Contábil: orientações e esclarecimentos sobre normas e procedimentos contábeis Confira os horários de atendimento dos profissionais, de acordo com a área de jurídica desejada:

Tributarista

Telefone: (11) 3224-5134 - E-mail: [email protected]

Dr. Henri Romani Paganini - OAB nº SP 166.661 De 2ª a 6ª feira das 9h às 13h

Dr. Domingos Donadio - OAB nº SP 35.783 De 2ª a 6ª feira das 14h às 17h

Trabalhista

Telefone: (11) 3224-5133 - E-mail: [email protected]

Dra. Eloisa Bestold - OAB nº SP 120.292 De 2ª e 3ª feira das 14h às 18h

De 4ª a 6ª feira das 9h às 13h

Dr. Benedito de Jesus Cavalheiro - OAB nº SP 134.366

De 2ª e 3ª feira das 9h às 13h

4ª feira das 14h30 às 18h30

De 5ª e 6ª feira das 14h às 18h

Terceiro setor

Telefone: (11) 3224-5141 - E-mail: [email protected]

Dr. Alberto Batista da Silva Júnior - OAB Nº SP 255.606

De 2ª e 3ª feira das 9h às 13h

4ª feira das 18h às 21h

5ª feira das 14h às 18h

6ª feira das 9h às 13h

5.03 ASSUNTOS SOCIAIS FUTEBOL Horário: sábados as 12:30hs as 14:00hs. Sport Gaúcho – Unidade I Limão – quadra 5. link: http://sportgaucho.com.br/unidade-i-limao/

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Endereço: Rua Coronel Mario de Azevedo, 151 – Limão – São Paulo, SP CEP: 02710-020 ou Rua Professor Celestino Bourroul, 753 – Limão – São Paulo, SP CEP: 02710-001, ATRAS DA IGREJA CATÓLICA DO LIMÃO.

6.00 ASSUNTOS DE APOIO 6.01 CURSOS CEPAEC

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS

NOVEMBRO/2016

DATA DESCRIÇÃO HORÁRI

O SÓCIO

NÃO

SÓCIO C/H PROFESSOR

1 terça

PIS/PASEP e Cofins - Apuração Escrituração e aproveitamento dos

créditos fiscais

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Ivo Viana

4 sexta Analista Fiscal – ICMS,

IPI e ISS 09h00 às

18h00 R$ 250,00

R$ 500,00

8 Adriana Manni Peres

5 sábado Classificação Fiscal de

Mercadorias – NCM 09h00 às

18h00 R$ 250,00

R$ 500,00

8 Wagner Camilo

7 segunda Lucro Presumido – Apuração do IRPJ,

CSLL, PIS e COFINS

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Wagner Mendes

7 segunda DeSTDA Mensal – Simples Nacional

09h00 às 13h00

R$ 125,00 R$

250,00 4

Antonio Sérgio de Oliveira

8 terça PER/DCOMP E DCTF -

Gestão Financeira 09h00 às

18h00 R$ 250,00

R$ 500,00

8 Ivo Viana

9 quarta

EFD - Reinf (Escrituração Fiscal

Digital das Retenções e Informações da

Contribuição Previdenciária Substituída)

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Ivo Viana

09, 10 e 11/11

quarta, quinta e

sexta

Desaposentação, Aposentadorias e Outros Benefícios

19h00 às 21h00

R$ 282,00 R$

564,00 9 Valleria Telles

17 quinta ISS - Imposto Sobre Serviços de Qualquer

Natureza

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Wagner Camilo

17 quinta Bloco K – Controle da Produção e Estoque

09h00 às 13h00

R$ 125,00 R$

250,00 4

Antonio Sérgio de Oliveira

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18 sexta

Contabilidade das Pequenas e Médias

Empresas de Acordo com a Lei nº 12.973/2014

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Ivo Viana

21 segunda EFD REINF – Estudo do

Leiaute 09h00 às

13h00 R$ 125,00

R$ 250,00

4 Antonio Sérgio de

Oliveira

22 terça

Homolognet - Novas Regras para as

Homologações das Rescisões

Contratuaiscom Ênfase no Esocial

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Myriam Bueno

24 quinta

Simples Nacional - Regras Contábeis e

Fiscais para ME/EPP e ME

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Ivo Viana

28 segunda Demonstração dos

Fluxos de Caixa "CPC 03"

09h00 às 18h00

R$ 250,00 R$

500,00 8 Fábio Molina

28 segunda Procedimentos para

Abertura de Empresas 09h00 às

18h00 R$ 250,00

R$ 500,00

8 Francisco Motta da Silva

*A programação está sujeita a alterações.

www.SINDCONTSP.org.br

(11) 3224-5124 / 3224-5125

[email protected] / [email protected]

6.02 GRUPOS DE ESTUDOS CEDFC Virtual migra para grupo no Facebook A partir de agora, os profissionais da Contabilidade poderão interagir com especialistas e frequentadores do Centro de Estudos da Entidade, tornando as reuniões ainda mais produtivas e dinâmicas ao dar continuidade aos debates e estudos. O objetivo é fazer uma extensão online das reuniões realizadas semanalmente. Essa interatividade agrega ainda mais valor às reuniões, dando calor e vida aos debates com um número ainda maior de participantes, acrescentando inovação, informação e conhecimento. Visite a página do Centro de Estudos e Debates Fisco-Contábeis Virtual no Facebook. https://www.facebook.com/groups/1431282423776301/

GRUPO ICMS e DEMAIS IMPOSTOS Às Terças Feiras: Das 19h às 21h, na sede social do SINDCONT-SP, localizada à Praça Ramos de Azevedo, 202 – Centro de São Paulo/SP. Informações: (11) 3224-5100.

GRUP0 IRFS Às Quintas Feiras: Das 19h às 21h, na sede social do SINDCONT-SP, localizada à Praça Ramos de Azevedo, 202 – Centro de São Paulo/SP. Informações: (11) 3224-5100.