nº 02 - abril de 2014

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Revista do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais abril 2014 ano 1 nº 2 C C O ON N T T A A S S D D E E M MI I N N A A S S Conferência bate recorde de participantes Sebastião Helvecio toma posse no IRB Minas Transparente ajuda os municípios Conferência bate recorde de participantes

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Revista doTribunal deContas doEstadodeMinasGerais abril 2014 ano1 nº 2CCOONNTTAASS DDEE MMIINNAASS

Conferênciabate recorde departicipantes Sebastião Helvecio

toma posse no IRB

Minas Transparenteajuda os municípios

Conferênciabate recorde departicipantes

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revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 3

Editorial

Objetivos alcançados. Esse foi o sentimento da Presidente do Tribunal deContas do Estado de Minas Gerais, Adriene Andrade, e da equipe que rea-lizou a II Conferência de Controle Externo do TCEMG nos dias 20 a 22 de

março, no Expominas, em Belo Horizonte. Paralelamente foi realizado o 1º Fórumde Governança “Diálogo Público para a melhoria da Governança Pública”.

Os números comprovam: participaram 4.500 servidores e gestores públicos,representando mais de 800 municípios mineiros. O 1º Fórum recebeu aproxima-damente 600 participantes.

O êxito confirmou o acerto do modelo escolhido pela atual gestão para cum-prir uma das pontas da dualidade fiscalização-orientação: um grande evento cominscrição aberta para todos os setores que, por força da letra constitucional, pres-tam contas à Corte específica, que é o TCEMG.

Além de grande, foi um evento de conteúdo programático com o objetivoclaro de apresentar o formato de atuação do TCE para os administradores públi-cos, esclarecer dúvidas, informar as novidades e acrescentar conhecimentos.

Para a consecução dos objetivos, o evento contou com palestras altamenteinformativas de autoridades experimentadas como o então governador de MinasGerais, Antônio Augusto Junho Anastasia, um respeitado professor de Direito, edo Presidente do Tribunal de Contas da União, Ministro Augusto Nardes.

Para atuar nas oficinas temáticas, a equipe organizadora escolheu técnicos dopróprio quadro funcional do TCE, profissionais responsáveis pelo trabalho diretode fiscalização, conhecedores das técnicas e dos novos sistemas informatizados.Especialistas que sabem quais são as questões que mais originam demandas dosórgãos jurisdicionados.

Tanto a Presidente quanto outros representantes do TCE aproveitaram aoportunidade para divulgar uma recente e importante realização: a criação deum portal na internet destinado a ajudar os municípios a cumprir a Lei Comple-mentar 131, de 27 demaio de 2009, que determina a divulgação virtual de dadosfinanceiros locais.

Alimentado com dados que os próprios municípios enviam ao TCE, por meiodo sistema Sicom, o Portal tem especial importância para as cidades menores,pois evita um gasto adicional no cumprimento da nova obrigação legal, verbaque pode ser remanejada, dentro do orçamento, para outras áreas indispensáveisà sociedade local.

Ênfase na orientação técnica

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Índice6 Entrevista8 II Conferência começa com participação

recorde de municípios10 1º Fórum de Governança reúne gestores no Expominas11 TCE e MPMG lançam Portal Minas Transparente12 Palestras sobre riscos e controles abriram segundo

dia do Fórum de Governança14 Fórum debate Governança de TI e de Gestão de Pessoas15 Conselheiros repassam conhecimento em oficinas15 Lotação esgotada nas oficinas temáticas da II Conferência16 Transporte sem tarifas foi tema do Ponto de Expressão17 Desembargador Elpídio Donizetti abre curso de aperfeiçoamento

em Direito Processual17 Rede de Comunicação estuda campanha nacional18 Tribunal responde consulta de prefeito sobre comissariado de menores19 Prestações de contas de 97% dos municípios são entregues no prazo20 Panorama: decisões das câmaras22 TCEMG recebe Balanço Geral do Estado22 Técnicos aperfeiçoam trabalho de monitorar obras públicas

por coordenadas geográficas23 TCEMG assina termo de cooperação em Brasília23 Presidente do TCE e Ministro do Trabalho firmam

acordo de cooperação24 Extrapauta:

- TCE-PR visita TCEMG para conhecer sistema de PPPs- Artigo de procuradora integra obra sobre contratos administrativos- Novo Presidente do IRB

26 Tribunal repassa conhecimento sobre depreciação ereavaliação de bens patrimoniais

26 Servidores do TCE conhecem sistema de custosABC do Banco Central

26 Conselheiro Substituto Hamilton Coelho recebe medalha

Tribunal de Contas doEstado de Minas Gerais

PresidenteConselheira Adriene Barbosa de Faria Andrade

Vice-PresidenteConselheiro Sebastião Helvecio Ramos de Castro

CorregedorConselheiro Cláudio Couto Terrão

ConselheirosWanderley Geraldo de ÁvilaMauri José Torres Duarte (Ouvidor)José Alves VianaGilberto Pinto Monteiro Diniz

Conselheiros SubstitutosLicurgo Joseph Mourão de OliveiraHamilton Antônio Coelho

Ministério Público juntoao Tribunal de ContasProcurador-GeralGlaydson Santo Soprani Massaria

Subprocurador -GeralDaniel de Carvalho Guimarães

ProcuradoresMaria Cecília Mendes BorgesMarcílio Barenco Correa de MelloSara Meinberg Schmidt Andrade DuarteElke Andrade Soares de Moura SilvaCristina Andrade Melo

Chefe de Gabinete da PresidênciaBernadete Carvalho Soares de Aguiar

Secretária ExecutivaJúnia Bretas Leôncio Gonçalves

Expediente

Diretoria de Comunicação doTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais

DiretorLúcio Braga GuimarãesJorn. Mtb n. 3422 - DRT/MG

Editor ResponsávelLuiz Cláudio Diniz MendesJorn. Mtb n. 0473 - DRT/MG

RedaçãoMárcio de Ávila RodriguesRaquel Campolina MoraesJoão Manoel CerqueiraThiago Rios GomesKarina Camargos CoutinhoLuiz Gustavo Ribeiro da Silva

RevisãoDionne Emília Simões do Lago Gonçalves

Projeto GráficoAssessoria de Publicidade e Marketing Institucional

DiagramaçãoMárcio Wander Moura FerreiraMG-00185 DG - DRT/MG

FotosArquivo TCEMG

ImpressãoEGL Editores

Tiragem4.000 exemplares

Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais Av. Raja Gabáglia, 1.315 - CEP: 30380-435Luxemburgo - Belo Horizonte/MGFones: (31) 3348-2147 / 3348-2177 - Fax: (31) 3348-2253e-mail: [email protected] - Site: www.tce.mg.gov.br

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revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 7revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 26

EntrevistaFrequentemente, os governos vão buscar recursos financeiros fora do país para pagar a execução

de projetos públicos. Por isso, o Tribunal de Contas do Estado dispõe de uma equipe especiali-zada para analisar essas operações, que possuem diferenças dos processos habitualmente tra-

mitados. À frente da equipe, conhecida pelo apelido de Cofinanciados, está o Coordenador deFiscalização de Projetos Financiados por Organismos Internacionais (CFPFOI), Paulo Vicente Guima-rães Silva, o entrevistado desta edição de Contas de Minas.

Revista Contas de Minas - Qual o papel da CFPFOI? Paulo Vicente - A coordenadoria faz a auditoria dos em-

préstimos internacionais. Na prática, são dois papéis: o de au-ditor independente, atendendo a uma demanda do Estado deMinas Gerais, e o de Controle Externo, função típica do Tribu-nal de Contas. Então, já existe um pedido de alteração do nossoRegimento Interno, para que seja reconhecido esse viés de au-ditor independente, que não se distancia em nada do ControleExterno.

RCM - Quais as diferenças entre as duas formas de atuação?PV - É basicamente a mesma coisa, mas, às vezes, algumas

coisas que são interessantes para os organismos multilaterais,que são os bancos de fomento, não são interessantes para oControle Externo. E outras questões, que são interessantes parao Controle Externo, não são interessantes para os bancos, como,por exemplo, o que diz respeito ao Controle Interno, situaçãoem que o TCE atua junto ao Estado para que haja uma corre-ção. O Tribunal verifica a conformidade e o desempenho, alémde outras coisas, e pode cobrar do Estado e estabelecer prazospara que cumpra essas metas. Os bancos também querem acorreção dessas ações, mas não podem ferir a discricionarie-dade do Estado.

RCM - Os municípios também tomam esses empréstimos? PV - Até então fazemos auditorias somente no Estado, por-

que fomos requisitados como auditores dele. Mas a gente podeatuar também nos municípios. Como a Prefeitura de Belo Hori-zonte tem empréstimos internacionais, nós já solicitamos à Pre-sidência a atuação como auditores independentes. Nomunicípio de Uberaba, que também fez um empréstimo,mas jáconcluiu o processo, há a possibilidade de atuar como ControleExterno. Em Betim também atuaremos.

RCM - Quais as vantagens de ser auditor independente?PV - Atuando como auditor independente, estamos eco-

nomizando para o Estado ou para o município, porque o Tri-bunal pode fazer isso ao mesmo tempo em que faz sua própriafunção. Os bancos exigem que haja um auditor independentee nós, como órgãos de fiscalização, somos também indepen-dentes do Estado e dos municípios. Por isso esse nome de au-ditor independente. Quer dizer: a independência em relaçãoao auditado.

RCM - Quais são os principais organismos e projetos fi-nanciados?

PV - Os organismos são o Banco Mundial (Bird) e o Banco In-teramericano de Desenvolvimento (BID) . Primeiro, a gente au-ditou um projeto – o Segundo Programa de Parceria para oDesenvolvimento de Minas Gerais - na modalidade swap, novalor de US$ 1,4 bilhão, no qual o Estado primeiro gasta e de-pois solicita o reembolso daquele dinheiro, e o banco restitui aele na proporção de 35 a 45% daquele valor que foi gasto. Entãoele tem que apresentar as despesas dentro de um plano de aqui-sições que foi feito.

RCM - Vocês já eram auditores independentes nesteprojeto?

PV - Sim. O então Conselheiro Antônio Carlos Andrada soli-citou, em 2009, ao Tribunal Pleno que atuássemos nesse sentido.O pedido foi acatado e criada, em consequência, a comissão quedaria origem à atual CFPFOI.

RCM - E quais projetos vieram depois disso?PV - A Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) pediu para ana-

lisarmos um empréstimo que tinha feito no BID, de 40 milhõesde dólares. Enquanto ainda estávamos fazendo esse trabalho, aSecretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) nos cha-mou para auditar um contrato com o BID de 80 milhões de dó-lares, na área de infraestrutura rodoviária, dentro dos programasPrograma de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviáriosaos Municípios (Proacesso) e Programa de Recuperação e Ma-

nutenção Rodoviária de Minas Gerais (PROMG). O Departa-mento de Estradas de Rodagem (DER) já tinha outro empréstimocom o BID, mais específico, para o Proacesso e, no segundo de-sembolso desse empréstimo, nos chamou para fazer a audito-ria, porque eles descredenciaram a entidade que fazia aauditoria independente.

RCM - As normas mudam em processos internacionais?PV - O Manual de Auditoria do Tribunal (aprovado pela Re-

solução 02/2013) teve que se adaptar, recentemente, às normasinternacionais de auditoria, junto com todos os tribunais decontas do Brasil e com a contabilidade pública, que tambémmudou para o padrão internacional. Nós já entramos nesse pro-cesso, desde 2009, com a consciência de que o que nos res-guarda de qualquer questionamento externo é estarmosdentro das normas de auditoria. Estamos numa busca inces-sante para adaptar o nosso modo de auditoria ao modo dasnormas internacionais. A gente usa as normas da Intosai (TheInternational Organisation of Supreme Audit Institutions, ou Or-ganização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superio-res), chamadas de ISSAIs (International Standards of SupremeAudit Institutions). Usamos também as Normas de Auditoria Go-vernamental (NAGs), referendadas conjuntamente pela Asso-ciação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil – Atricon- e pelo Instituto Rui Barbosa -IRB, normas brasileiras que bus-cam se adaptar às internacionais.

RCM - Qual a importância desse movimento de interna-cionalização?

PV - Nós não podemos ficar apartados do mundo. O Tribu-nal de Contas tem que estar vinculado com as ações dos outrostribunais, do Tribunal de Contas da União (TCU) e com a situaçãomundial. A gente tem que estar dentro disso aí porque a eco-nomia está fazendo isso. Ela está se globalizando e todo mundotrabalhando do mesmo jeito. Eu acho que é o desejo da Casa (oTCE) e do IRB. A gente se coloca nesse cenário internacional ecolabora de todas as formas para que nosso Tribunal tenha essavisibilidade diferenciada.

“ “Os bancos exigem que haja um auditorindependente e nós, como órgãos defiscalização, somos também independentesdo Estado e dos municípios.

Paulo Vicente

“ “

Nós não podemos ficarapartados do mundo.

Paulo VicenteDe olho no dinheiro que vem de fora

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II Conferência marca aparticipação recorde de municípios

A Presidente do TCEMG, Adriene Andrade, e o Presidente do TCU, Augusto Nardes, anNtriões do evento, agradeceram a participação recorde dos 4,5 mil inscritos

Mesa de honra da II Conferência de Controle Externo do TCEMG e do 1º Fórum de Governança, em parceria com o TCU

Cerca de 4.500 servidores e gestores públicos, represen-tando mais de 800 municípios mineiros, acompanharamatentamente, na manhã do dia 20 de março, a abertura

da II Conferência de Controle Externo do Tribunal de Contasdo Estado de Minas Gerais (TCEMG), evento de capacitaçãorealizado no Expominas, em Belo Horizonte, simultaneamenteao 1º Fórum de Governança do TCEMG e do Tribunal de Con-tas da União (TCU). Tamanha aglutinação levou o então Go-vernador do Estado, Antonio Augusto Junho Anastasia, e oPresidente do TCU, Augusto Nardes, a elogiarem – duranteseus pronunciamentos – a capacidade de liderança da CorteEstadual de Contas, na pessoa de sua Presidente, a Conse-lheira Adriene Andrade. “Fiquei impressionado com a capaci-dade da Conselheira em mobilizar uma plateia tãoqualificada”, disse o Governador. “O forte espírito de patrio-tismo e cidadania de Minas Gerais ficou demonstrado na pre-sença dessas mais de 4 mil pessoas, reunidas pela AdrieneAndrade”, disse o Ministro Presidente do TCU.

Durante a sua fala inaugural, a Presidente do TCEMG afir-mou que as grandes transformações dos últimos tempos exigi-ram uma nova organização social, com consequentesadaptações no serviço público e nos mecanismos de controle. “Asociedade quer um mercado atuante, mas ao mesmo tempo

exige justiça social. As pessoas informadas deixam de ser apenasindivíduos para serem cidadãs. Hoje, os governos são obrigadosa reconhecê-las como ponto central”, admitiu.

A Conselheira Adriene Andrade foi aplaudida quando ques-tionou a eficiência dos critérios legais, meramente quantitati-vos, de investimento público em área sociais, como Educação eSaúde; e perguntou ao público se o Congresso Nacional estariaatento à necessidade de ir além, abraçando a qualidade dessesaportes. “Enquanto esses temas ainda são discutidos, nósvamos fazer a nossa parte. Vamos capacitar as pessoas, porquesomos parceiros das boas práticas e não apenas fiscalizadores”,reafirmou.

Coerentemente, ao desenvolver o tema dos controles in-terno e externo, a Presidente defendeu a atuação prioritária nascausas e nos aspectos qualitativos, em detrimento das conse-quências e formalidades numéricas.

A ocasião foi aproveitada pela oradora anfitriã para alertaro público da necessidade de alteração no pacto federativo. Elareconheceu a dificuldade dos estados e municípios na gestãoda “falta de recursos”, que seria provocada por uma inversãode conceito que concentra arrecadação nos cofres da união,enquanto o cidadão demanda suas principais necessidades aomunicípio.

TCUO Presidente do TCU, Ministro Augusto Nardes, começou

sua fala de abertura lembrando dados como o gasto com paga-mento de dívidas do Brasil, que gira em torno de 60% do Pro-duto Interno Bruto, e o total do investimento no setor produtivo,quase três vezes menor que a despesa com programas sociais.“Ainda não estamos endividados como a Europa quando entrouna crise, mas numa zona intermediária que inspira alertas. Ogasto social deve chegar a 30% do PIB em 2030. Ou seja, se nadafor feito, seremos um estado social, mas a parcela ativa do paísnão será capaz de pagar todo esse custo”, raciocinou.

Nardes fez uma explanação sobre a importância da gover-nança pública. Ele explicou que a governança vai além da sim-ples gestão, construindo indicadores capazes de orientar ogestor sobre a situação atual da administração, facilitando,assim, a tomada de decisões. “Apenas 5% dos órgãos da Uniãotêm indicadores atualizados de Governança de Tecnologia daInformação. Mesmo assim, usando esses dados, conseguimosdescobrir o pagamento irregular de 500 mil aposentadorias em

nome de pessoas mortas e de 300 mil benefícios do bolsa famí-lia para quem não precisava”, exemplificou.

PresençasTambém compuseram a mesa de honra, durante a abertura dos

eventos, o Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Dinis Pi-nheiro; a Ministra do TCU, Ana Arraes; o Ministro-Substituto do TCU,Marcos Bemquerer; o Procurador-Geral de Justiça, Carlos André Ma-riani Bittencourt; a Defensora Pública-Geral, Andréa Abritta GarzonTonet; o Procurador do Ministério Público junto ao TCU, MarinusMarsico; o Procurador-Geral do Ministério Público junto do TCEMG,Glaydson Santo Soprani Massaria; o Auditor-Geral do Município deBelo Horizonte, Milton de Souza Júnior; o Tenente-Coronel Vieira, doExército Brasileiro; o Presidente da Associação dos Membros dos Tri-bunais de Contas do Brasil (Atricon), Conselheiro do TCE-PE ValdecirFernandes Pascoal; o Presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), Con-selheiro do TCEMG Sebastião Helvecio; o Presidente da AssociaçãoMineira de Municípios (AMM), Antônio Carlos Andrada; e o Presi-dente da Associação de Servidores do TCEMG, Jairo Chagas.

O Governador Antonio Anastasia proferiu a Aula Magna para os participantes dos dois eventos. Ele aprofundou no tema quedá nome ao Fórum do TCE e TCU: a governança. Segundo Anastasia, o assunto é fundamental para colocar o Brasil em uma tri-lha de desenvolvimento a partir da melhoria das políticas públicas. O chefe do Poder Executivo enumerou três pilares para o pro-blema brasileiro ser enfrentado: gente, meios e processos.

Durante seu discurso, o governador insistiu na necessidade de gerar confiança para então simplificar e descentralizar a ad-ministração pública. “A maior parte dos nossos gestores públicos é honesta e trabalhadora, entretanto não compreende a grandecomplexidade dos processos. A nossa cultura impõe amarras que até o governador tem dificuldade de desbaratar o cipoal de

normas feito com o tempo”, reconheceu.Para Anastasia, o Brasil deve abandonar a crença de que or-

ganizações grandes em tamanho são importantes para a vida pú-blica. Ele apontou os Estados Unidos, “nação líder em todas asáreas”, como modelo de organizações enxutas e simples, harmô-nicas entre si, no que chamou de “verdadeira federação”.

O professor não deixou de meditar sobre o papel dos órgãosde controle. “Esqueçamos as punições e vamos partir para a con-fiança, só não erra quem não faz. Os tribunais de contas precisamser mais rápidos, para que suas decisões orientem os governan-tes”, ensinou.

Aula Magna

FOTOS: GUALTER NAVES

O então Governador Antonio Anastasiadefendeu, em sua Aula Magna,a descentralização da administração pública

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de Controle Externo dos Municípios, Gustavo Vidigal Costa, co-mentou que o Minas Transparente será relevante também para afiscalização, estimulando o envio de dados pelos municípios preo-cupados em estarem em dia com a legislação.

A Lei Complementar 131, de 27 de maio de 2009, alterou a re-dação da Lei de Responsabilidade Fiscal no que se refere à trans-parência da gestão fiscal. Ela determina a disponibilização, emtempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução or-çamentária e financeira da União, dos estados, do Distrito Federal edos municípios. Já a Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, cria odever dos órgãos e entidades do Poder Público de assegurar a ges-tão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela esua divulgação. Seu texto prevê, para isso, a utilização “de todos osmeios e instrumentos legítimos de que dispuserem”, e obrigatoria-mente “os sítios oficiais da rede mundial de computadores”.

Em maio do ano passado, quando acabou o prazo dado pelaLei da Transparência para os municípios de até 50 mil habitantespublicarem suas informações na internet, o Governo do Estadopublicou o Decreto 46.243 que instituiu o Programa de Apoio àTransparência dos Municípios Mineiros – Programa Minas Aberta“para apoiar os municípios mineiros a se adequarem às disposi-ções da Lei Federal nº 12.527”. Alguns dias depois, o Executivo, re-presentado pela Controladoria-Geral do Estado, assinou umAcordo de Cooperação Técnica com o MPMG, tendo por objetivoincentivar e orientar os municípios a divulgar os dados exigidos le-galmente. Com o novo acordo, hoje assinado, os municípios têmum portal exclusivo, desenvolvido pelo Tribunal de Contas, paracumprir a legislação.

No Portal Minas Transparente, o usuário da internet encontradados dos 853 municípios mineiros em um só lugar. Após a esco-lha do local, uma tela inicial exibe dados básicos do município, for-necidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), einformações sobre educação, saúde e transporte, declaradas ao Sis-tema Informatizado de Contas dos Municípios (Sicom) do TCEMG,que também podem ser apreciadas de forma gráfica.

O site foi desenvolvido para oferecer ao cidadão vários relató-rios, englobando temas como Instrumentos de Planejamento, Pro-cessos de Aquisição, Execução Orçamentária, Controles e

Demonstrativos. Cada relatório poderá ser “filtrado”pelo usuário para visualização de dados segundo anecessidade do usuário. Há também opção paragravar em arquivo nos formatos PDF ou Excel.

Entretanto, talvez o recurso mais útil do por-tal seja a busca por assunto. Com ele, o cidadãousará uma palavra ou expressão do seu interessee o sistema responderá com todos os relatórios,de todos os municípios, em que constem a ex-pressão de busca.

revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 11revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 210

Foi aberto no dia 20/3 o 1º Fórum de Governança “Diálogopúblico para a melhoria da governança pública”, no Expo-minas, durante a II Conferência de Controle Externo do Es-

tado de Minas Gerais. Cerca de 600 gestores municipais e doEstado participaram do evento, realizado em parceria entre oTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e o Tribunal deContas da União. O encontro teve como objetivo capacitar ges-tores públicos de todo o Estado dentro dos desafios e oportu-nidades relacionados ao tema do evento.

O Presidente do Tribunal de Contas da União, Ministro JoãoAugusto Ribeiro Nardes, abriu o encontro ressaltando a neces-sidade da inovação e tecnologia nas instituições públicas. “Omundo mudou. Hoje a população faz o controle direto atravésdas redes sociais, que virou um grande instrumento de mobili-zação social. Se não avançarmos e evoluirmos, as nossas insti-tuições ficarão deslocadas”, ponderou. Para ele, o TCE e o TCUdevem atuar de forma preventiva, incorporando a tecnologia doTribunal de Contas da União em todo o Estado. “O desafio é dardignidade e respeito ao cidadão na prestação do serviço pú-blico”, concluiu.

A Ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, falousobre os desafios e oportunidades da gestão pública. O ConselheiroVice-Presidente do TCEMG e Presidente do Instituto Rui Barbosa –IRB, Sebastião Helvecio, falou sobre a inovação e compromisso comas novas iniciativas, que, segundo o Conselheiro, “são bandeiras fun-damentais do IRB junto aos tribunais de contas”.

O Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estadode Minas Gerais - Fapemig, Mario Neto Borges, fez uma apre-sentação aos participantes sobre ciência, tecnologia e inovaçãopara o desenvolvimento do país. “Somos muito bons em em-pregar os recursos financeiros da Fapemig em pesquisa e trans-formar em conhecimento. Mas precisamos melhorar o processode transformação desse conhecimento em produtos e soluçõese, portanto, em riqueza”, ressaltou.

O Diretor Geral da Companhia Brasileira de Mineração eMetalurgia (CBMM), Tadeu Carneiro, explicou sobre a impor-tância da parceria entre a companhia e o Estado de Minas Ge-rais. “Não sai um grama de minério de Araxá; o que sai éproduto de valor agregado. Transformamos um recurso natu-ral, que é o minério, em valor agregado para o Estado”, afir-mou. Ele também falou sobre as técnicas utilizadas pelaCBMM, que envolvem tecnologias e inovação. “O minério nãoadianta nada, o que adianta é a tecnologia. Não se come mi-nério”, frisou. O diretor também informou que a CBMM des-tina 3% de sua receita para investimentos em pesquisa edesenvolvimento.

Termo de Cooperação Técnica - Cemig e TCEMG O evento foi marcado também pela assinatura do termo de

cooperação técnica entre o TCEMG e a Companhia Energéticado Estado de Minas Gerais – Cemig. O acordo tem como objetivopropor soluções para a operacionalização da transferência dosativos de iluminação pública para os municípios.

A Presidente do Tribunal de Contas, Adriene Andrade, falousobre a importância da assinatura do termo. “Este convênio éuma inovação. A Cemig tem sido uma grande parceira e esta ini-ciativa em celebrar este convênio mostra a preocupação delaem propor soluções com os nossos prefeitos”, afirmou.

De acordo com a Diretora Jurídica da Cemig, Maria CelesteMorais Guimarães, até 31 de dezembro de 2014, deverá ser con-cluída a transferência dos ativos de iluminação pública das dis-tribuidoras para os municípios.

Segundo a Cemig, atualmente 774 municípios mineirosfazem parte da sua área de concessão, totalizando quase 2milhões de pontos de iluminação pública e 8 milhões declientes. Itaúna, Betim, Montes Claros, Nova Lima e Nanuquejá estão com os ativos de iluminação pública sob sua res-ponsabilidade.

A Presidente Adriene Andrade e oProcurador-Geral do MPMG, CarlosAndré Bittencourt, e o PromotorLeonardo Barbabela assinaram o Termo

1º Fórum de Governança reúnegestores no Expominas

GUALTER NAVES

TCE e MPMG lançamPortal Minas Transparente

OTribunal de Contas do Estado (TCEMG) e o Ministério Pú-blico do Estado (MPMG) formalizaram , no dia 20 de março,parceria para manterem o Portal Minas Transparente. Du-

rante a abertura da II Conferência de Controle Externo - realizadano Expominas, em Belo Horizonte - a Presidente do TCEMG, Con-selheira Adriene Andrade, e o Procurador-Geral de Justiça, CarlosAndré Mariani Bittencourt, bem como o Promotor de Justiça Leo-nardo Duque Barbabela assinaram um termo de cooperação emque se comprometem com o novo serviço. O site já pode ser aces-sado pelo Portal do TCEMG.

O objetivo é ajudar os municípios mineiros a cumprirem as exi-gências da Lei da Transparência (Lei Complementar 131/2009) e daLei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011). O Portal Minas Trans-parente reproduzirá informações oficiais de todos os municípios deMinas Gerais, com base nas declarações transmitidas, periodica-mente, pelo Sistema Informatizado de Contas dos Municípios(Sicom) do TCEMG. “Lançamos o Portal Minas Transparente porqueestamos preocupados com as dificuldades técnicas e financeirasdos municípios, que impediam o cumprimento das leis”, justificoua Conselheira em seu discurso que inaugurou a Conferência.

O Tribunal do Estado também assinou, na abertura do evento,um termo de cooperação com o Tribunal de Contas da União (TCU)para realizarem ações conjuntas de fiscalização e intercâmbio deexperiências e tecnologias.

ViabilidadeDe acordo com a Presidente da Corte de Contas, Conselheira

Adriene Andrade, “além de poupar dinheiro público que seria gastopelos municípios para o desenvolvimento de softwares, o MinasTransparente colocará na legalidade centenas de entes federativosque ainda não conseguiram publicar seus dados”. Adriene Andradeconsidera o lançamento do portal um reforço à busca do Tribunalpela transparência pública nos municípios e no Estado, aliada aopapel do controle e da cidadania.

A Diretora de Tecnologia da Informação do TCEMG, CristianaSiqueira Veloso de Andrade, explicou que a iniciativa tem o obje-tivo de gerar facilidade para os municípios, já que o Tribunal farátodo o trabalho de publicação da informação sem custo. O Diretor

O Vice-Presidente do TCEMG e Presidente do IRB, Sebastião Helvecio; o Ministro-Substituto do TCU, Marcos Benquerer; a Presidente do TCEMG, Adriene Andrade;o Presidente do TCU, Augusto Nardes, e a Ministra do TCU, Ana Arraes, dirigiram os trabalhos no 1º Fórum de Governança

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13revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 212

Palestras sobre riscos e controles abriramsegundo dia do Fórum de Governança

OPrimeiro Fórum de Governança, realizado pelo TCEMGem parceria com o Programa Diálogos Públicos do Tri-bunal de Contas da União – TCU, e destinado a capacitar

gestores públicos de todo o Estado dentro dos desafios e opor-tunidades relacionados ao tema do evento, teve prossegui-mento na manhã do dia 21 de março, no Expominas. Questõescomo a gestão de risco nos controles internos, licitações e con-tratos, convênios e repasses de recursos foram expostas aos par-ticipantes em quatro destacadas palestras.

“Para gerenciar riscos, é necessário e fundamental implantarcontroles internos”, enfatizou o Auditor do TCU, Luiz GeraldoSantos Wolmer, em sua palestra intitulada “Controles internos:gestão de riscos” observando como esses controles são impor-tantes para se alcançar o “alvo” pretendido com menores riscose assegurar que os objetivos da organização sejam atingidos.Luiz Geraldo também lembrou que a implantação dos contro-les internos é de responsabilidade dos gestores e não dos ór-gãos de controle, que apenas têm a incumbência de avaliar aconsistência, a qualidade e a suficiência desses mecanismos.

O palestrante ressaltou que “a atuação a posteriori, em ativi-dades típicas de correção, pouco agrega valor”, ao exemplificaralgumas das constatações que levaram o TCU a intensificar ofoco sobre a gestão de riscos e os controles internos. Ou seja,“deslocar o foco tradicional de controle dos aspectos formais elegais para uma atuação preventiva e proativa da gestão”. Comoimportantes fontes de consulta para os participantes, Wolmercitou a Instrução Normativa 63/2010, editada pelo TCU, e queexplicita a definição de controle interno e a cartilha publicada

pelo TCEMG, disponível no site www.tce.mg.gov.br, que traz vá-rios detalhamentos sobre o tema.

Como implantar os controles internos, seguindo oito pas-sos, desde a criação do ambiente – que revela a filosofia de ges-tão e o estilo gerencial apropriados –, a definição de objetivoscom o incentivo ao planejamento em todos os níveis hierárqui-cos, até o monitoramento final foram alguns dos aspectos abor-dados pelo palestrante. Os participantes também puderamconhecer a matriz de impacto e probabilidade e referências parafacilitar a identificação de riscos.

Riscos e Controles em Licitações, Contratos e ConvêniosA importância de uma atuação preventiva também foi des-

tacada pelo Diretor da Secretaria de Controle Externo de Aqui-sições Logísticas do TCU, Alexandre Barreto de Souza, napalestra “Licitações e contratos – riscos e controles”. Segundoo palestrante, o maior número de casos relacionados a essestemas que chegam ao TCU são muito mais decorrentes de faltade planejamento e controles internos adequados do que pro-priamente de fraudes ou má-fé. “A identificação de riscos e aimplantação de controles internos específicos são as melhoresformas de se evitar problemas futuros”, acrescentam. Tambémdetalhou sobre cuidados, alertas e questões relacionadas a li-citações e fez várias recomendações de fontes úteis aos parti-cipantes como o Acórdão do TCU 1214/2013, que trata derestituições possíveis e aceitáveis para a contratação de servi-ços terceirizados.

Já o Secretário-Geral Adjunto da Presidência do TCU,

Remilson Soares Candeia, abordou o tema “Convênios: riscose controles”, em sua palestra. Entre os temas relevantes na ges-tão de recursos recebidos por meio de convênios, foram deta-lhados problemas como, por exemplo, o desvio de finalidades,a inexistência de uma obrigatoriedade que é o nexo entre re-ceita e despesa, gerenciamento dos recursos fora da conta es-pecífica e despesas anteriores à celebração do convênio.

Convênios e repassesA última palestra da manhã foi do Gerente Executivo de Go-

verno da Caixa Econômica Federal (sede Gigov – BH), HeberthPercope Seabra, que falou sobre os repasses do Governo Fede-ral englobando as questões da operacionalização dos contratos,do decreto de “restos a pagar” e das prestações de contas pormeio do Siconv, sistema gerenciado pelo Ministério do Planeja-mento. “Por falta de capacitação, principalmente, identifica-sehoje muita dificuldade dos municípios na utilização desse sis-tema”, ressaltou o palestrante ao observar que “todo contrato econvênio de repasse de verba federal passam pelo Siconv, desdea apresentação da proposta do município até a prestação decontas final”. Para Heberth Seabra, eventos como o Fórum deGovernança são essenciais para “auxiliar na correta aplicação dosrecursos públicos e, consequentemente, gerar benefícios ime-diatos à população”.

O Diretor da Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas do TCU, Alexandre Barreto de Souza, na palestra “Licitações e contratos – riscos e controles”

“Caminho certo”“A importância desse evento nos dá a segu-

rança de estarmos no caminho certo”, destacou oPrefeito Municipal Sebastião Carlos Chaves deMedeiros, de Pedras de Maria da Cruz, cidade daregião Norte de Minas, com 10.500 habitantes.“Nós, gestores municipais que participamos daprogramação, aproveitamos esse momento com acerteza de que poderemos ter muito mais instru-mentos para acreditar nos benefícios e resultadospositivos que vão acontecer em nossos municí-pios”, acrescentou.

Segundo o prefeito, que inscreveu mais quatroparticipantes da Prefeitura nas atividades de capa-

citação do Fórum, ospequenos municípiosgeralmente enfrentamo problema da falta demão de obra qualifi-cada. “Por isso, a buscade conhecimentos éfundamental e even-tos como a Confe-rência e o Fórum deGovernança nos ofe-recem a capacitaçãoque tanto almejamospara o desenvolvi-mento de nossos mu-nicípios”, salienta.

A opinião é com-partilhada por Re-ginaldo Nascimento,

Chefe de Gabinete do Prefeito Municipal de Prados,cidade de 8.400 habitantes, do Campo das Verten-tes, que exemplificou a área de convênios comouma das mais carentes de mão de obra qualificada.Reginaldo também destacou a importância da ca-pacitação e da promoção de ações preventivas: “foimuito bom aprendermos com os temas abordadose estarmos mais esclarecidos de como podemosconsultar os órgãos de controle como o TCU e oTCEMG para agir preventivamente.”

O Gerente Executivode Governo da CEF,Heberth PercopeSeabra, explicouo funcionamentodo Siconv

O Auditor do TCU,Luiz Geraldo SantosWolmer, falou sobrecontroles internose gestão de riscos

FOTOS: GUALTER NAVES

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revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 214

Os auditórios utilizados no Expominas para a realização dasoficinas técnicas que fizeram parte da II Conferência de Con-trole Externo tiveram lotação completa. As palestras abran-

geram temas de interesse do público-alvo, composto por servidoresdo Estado e dos municípios, com fun-ção técnica.

Os auditórios receberam progra-mação com nomes sugestivos ligadosà cultura mineira, cada um deles des-tinado a palestras ligadas por ummesmo tema geral. As licitações paracompras foram analisadas na progra-mação denominada “Ouro dos silos: omilho”. André Philipe Carneiro (foto),Diretor de Logística da Secretaria deDesenvolvimento Econômico deMinas Gerais, elogiou a palestra reali-

zada no primeiro dia, sob o título “Lei 123: aspectos gerais da lei”.“Foi uma boa iniciativa do Tribunal de Contas, que possibilitou umútil intercâmbio entre os órgãos. A palestra também merece elo-gios, pois foi bem ministrada e muito participativa com relação aopúblico presente”, afirmou.

Também positiva foi a manifesta-ção de Hérica Maria Virgílio Sales de Al-meida Garcia (foto), representante daPrefeitura de Pequeri (Zona da Mata) naprogramação denominada “Mar dasGerais”. “Consegui informações úteispara o meu trabalho, pois sou servidorae já fui secretária municipal”, explicou.“Também pretendo usar os novos co-nhecimentos para o meu trabalhojunto a uma ONG local, onde atuocomo assistente social”, completou.

Conselheiros repassamconhecimento em oficinas

OVice-Presidentedo Tribunal de Contas do Estado de Minas Ge-rais (TCEMG), Conselheiro Sebastião Helvecio, o Corregedor,Cláudio Terrão, e o Conselheiro Substituto Hamilton Coelhopa-

lestraram nas oficinas da II Conferência de Controle Externo. Durantea manhã, o Conselheiro Sebastião Helvecio e o Conselheiro SubstitutoHamilton Coelho abordaram os temas “Judicialização da saúde” e“Compras Sustentáveis”, respectivamente. Na parte da tarde, o Con-selheiro Cláudio Terrão falou sobre controle previdenciário.

Oficinas“Tive a oportunidade de ir a duas oficinas e em posse das infor-

mações repassadas pelo TCEMG volto para minha cidade mais capa-citado tecnicamente para auxiliar a administração do prefeito”,

declarou o servidor daPrefeitura de Braúnas,Edmar de Andrade, quedestacou ainda que“mesmo muito concorri-das as oficinas somarammuito ao conhecimento”.

A servidora da Con-troladoria-Geral do Es-tado (CGE), LauandaRicaldoni Lima, assistiu àoficina “Sicom – acompa-nhamento mensal”, umadas mais concorridas daconferência. A servidoradestacou a importânciado evento para que osparticipantes se capaci-

tem. Para ela, “os municí-pios têm uma deficiênciana área de gestão pú-blica e um evento desteporte é uma iniciativamuito valiosa do Tribunalde Contas”.

As oficinas sobre lici-tações para comprastambém foram muitoprocuradas pelo públicono segundo dia da Con-ferência do TCE. Elasforam dividas em: “Plane-jamento e Fase Interna” e“Modalidades com ên-fase na Lei dos Pregões”.

O tema “Geo-Obrascomo Sistema de Gerenciamento de Obras Públicas” despertougrande interesse do público que, ao fim da palestra, fez fila para escla-recer dúvidas com o palestrante Luiz Henrique Starling. Ele observou“o aumento do interesse dos gestores no assunto”. Segundo Starling,eles “vão sair mais orientados sobre o sistema porque tiveram umapincelada geral sobre o seu funcionamento e viram que não é nenhumbicho de sete cabeças”

EstandeO TCEMG manteve em funcionamento um estande para apre-

sentação dos produtos desenvolvidos pela Corte Mineira para a fisca-lização. Técnicos do Tribunal esclareceram dúvidas dos conferencistase também fizeram palestras no miniauditório montado no local.

Fórum debate Governançade TI e de Gestão de Pessoas

Lotação esgotada nasoficinas técnicas da II Conferência

Na tarde do dia 21, o 1º Fórum de Governança do Tribunalde Contas do Estado (TCEMG) e da União (TCU) começoucom a palestra sobre Governança de Tecnologia da In-

formação (TI), com o Auditor do TCU, André Luiz Furtado Pa-checo. O palestrante lembrou que o setor público tem grandedependência da TI, de forma que funções vitais como arreca-dação de impostos, programas sociais, previdência e Judiciárionão seriam feitas se seus sistemas falhassem. “O papel da TI éfazer a merenda escolar e os outros serviços públicos funcio-narem bem”, explicou.

Pacheco desenvolveu o conceito geral de governança, lem-brando que historicamente esses mecanismos surgiram para re-solver conflitos de interesse entre os principais de umaorganização e seus agentes. “Na área pública os principais sãoos cidadãos, que contratam seus agentes por meio das eleições”,contextualizou. O auditor se preocupou em diferenciar a gover-nança da gestão. “A governança controla se há o controle quedeve ser exercido pelos gestores. Ela vai dar caminhos e cobrarresultados”, esclareceu.

André Luiz mostrou indicadores construídos com base emórgãos e entidades da União. Ele se mostrou preocupado com asegurança da informação. Segundo o estudo do TCU, a quanti-dade de órgãos que fazem a gestão de incidentes e, entre eles,de resposta à invasão de sites caiu de 24% para 16%, entre 2010e 2012. De acordo com o mesmo documento, em 46% dessasorganizações a alta administração não estabeleceu objetivos dedesempenho para a gestão de TI.

A palestra seguinte foi dada pelo Secretário de Fiscalizaçãode Pessoal do TCU, Alessandro Giuberti Laranja. Falando sobreo tema “Levantamento de Governança e Gestão de Pessoas naAdministração Publica Federal”, o gestor ressaltou que nestaárea o objetivo da governança é cuidar de uma boa gestão depessoas para que elas produzam resultados ao cidadão. “As pes-soas são o principal ativo de uma organização e a governançaé feita para alinhar pessoas e negócio”, afirmou. Outras pales-tras da tarde foram “Consórcios públicos: desafios e oportuni-dades” e “Boas práticas na aplicação da Lei Geral das Micro ePequenas Empresas”.

PrefeitoO público-alvo do Fórum de Governança foram os gestores

públicos. O Prefeito do Município de Botelhos, no Sul de Minas,Mateus Jerônimo Guidi, foi um dos participantes. Na avaliaçãodo chefe do governo municipal, o Fórum foi muito bom por dis-cutir temas fundamentais para as transformações que o povocobra do Poder Público. “A sociedade paga impostos e quer re-sultados. A governança é fundamental para as ações do estadocoadunarem com os anseios das ruas”, elogiou Guidi.

Para o prefeito de Botelhos, o TCEMG e o TCU acertaram aocriarem eventos de capacitação simultâneos, cada um especia-lizado em um público-alvo, abrangendo técnicos e gestores. Ma-teus Guidi trouxe para a Capital técnicos de seu governo queparticiparam das oficinas da II Conferência de Controle Externo.“Achei interessante essa ideia porque a política não pode des-toar da técnica para que a gestão fique bem feita”, concluiu.

O Prefeito de Botelhos, Mateus Jerônimo Guidi, elogiou a iniciativa doTCEMG e do TCU de realizar dois eventos simultâneos de capacitação

FOTOS: GUALTER NAVES

FOTOS: GUALTER NAVES

FOTOS: GUALTER NAVES

Auditor do TCU, André Luiz Furtado Pacheco, defendeu que as atuais instituições são completamente dependentes da Tecnologia da Informação

O Vice-Presidente Sebastião Helvecio falou sobreJudicializaçãoda saúdee Compras Sustentáveis

Conselheiro Cláudio Terrão falou sobrecontrole previdenciário

revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 15

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ram em benefícios para a sociedade. Temas como economia derecursos e garantia de serviços de qualidade na realização deobras públicas, na compra de merenda escolar e outras com-pras públicas; diminuição em tarifas de passagens; melhoriasnos serviços públicos decorrentes de auditorias operacionais rea-lizadas; ações de combate à corrupção e ao desvio de dinheiropúblico, dentre outros, serão objeto da campanha. Foi definidaainda a realização de duas reuniões presenciais ao ano para osmembros da rede. Além disso, o uso de mídias digitais comoWhatsApp, vídeoconferências e a criação de grupos nas redes so-

ciais ajudarão na comunica-ção entre os integrantes.

A Rede de Comunica-ção é formada por respon-sáveis pelas áreas decomunicação das cortesde contas do Brasil e foiaprovada no Congresso doTCs, ocorrido em Vitória,em 2013.

ARede de Comunicação dos Tribunais de Contas do Brasilfoi implantada no dia 27 de março, em reunião realizadapela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do

Brasil (Atricon), no TC-DF, em Brasília, com a participação de re-presentantes de 22 cortes de contas do país e do Instituto RuiBarbosa (IRB).

O Diretor de Comunicação Lúcio Braga Guimarães e o As-sessor de Jornalismo Luiz Cláudio Mendes representaram oTCEMG e o Instituto Rui Barbosa. Os dois jornalistas integrarama mesa de condução dos debates na parte da manhã e da tarde,respectivamente. O servidorCristiano Alkmim França re-presentou a Assessoria daPresidência.

No encontro, ficou de-cidida a elaboração de umacampanha institucional na-cional para a divulgaçãodos resultados de trabalhosdos tribunais que resulta-

Transporte sem tarifas foitema do Ponto de Expressão

O público lotou o auditório do Tribunal de Contas

As manifestações do ano passado destacaram um temaque, até então, era tratado como mera utopia: a tarifa zerono transporte público. Na noite do dia 27 de março, o as-

sunto foi debatido a sério por especialistas, convidados pelo Tri-bunal de Contas do Estado (TCEMG) e Ordem dos Advogadosdo Brasil, dentro do projeto Ponto de Expressão. A Procuradorado Ministério Público junto ao TCEMG, Elke Andrade Soares deMoura Silva, mediou o evento, que lotou o Auditório Vivaldi Mo-reira, em Belo Horizonte.

Daniel Marx Couto, Diretor de Transporte Público da Empresade Transportes e Trânsito (BHTrans) da Prefeitura de Belo Hori-zonte, começou divulgando alguns dados do serviço na capitalque – na sua visão – seriam úteis à conversa. Segundo o diretor, asempresas concessionárias têm um custo somado de R$ 90 mi-lhões por mês, incluindo remuneração dos profissionais, com-bustível, manutenção e aquisição de veículos. O valor cobradocom tarifas é capaz de pagar 97% deste custo, e o restante é pagocom outras receitas como a de publicidade em ônibus, rendi-mento financeiro da venda antecipada do vale-transporte e cré-ditos eletrônicos do cartão BHBUS que venceram. Cerca de 43%

da arrecadação tarifária provém do vale-transporte, que é em suamaioria subsidiado pelo empregador. “Quem vai pagar os custosdo transporte?” perguntou o dirigente. “Sou a favor de políticasinclusivas para quem precisa, como já existem na capital para de-ficientes físicos e estudantes”, afirmou.

A Coordenadora de Fiscalização de Concessões e Parceria Pú-blico-Privadas do TCEMG, Maria Aparecida Aiko Ikemura, chamoua atenção para o princípio constitucional do equilíbrio econômicoe financeiro do contrato. Segundo a diretriz, a tarifa tem que serjusta para o licitante, sem onerar demasiadamente os usuários.“Não existe almoço grátis: ou os usuários pagam diretamente outoda sociedade paga. Acredito que o controle social se manifestamuito mais pelo sistema de tarifas”, opinou a coordenadora.

Geraldo Spagno Guimarães, Assessor Jurídico da BHTrans,também buscou na Constituição elementos para clarear o debate.Spagno recordou que, antes de ser concedido qualquer subsídio,deve-se indicar a fonte de custeio; e que a Carta Magna asseguraa modicidade da tarifa, mas não sua extinção. “O transporte é oúnico serviço público essencial para a Constituição. Nem a edu-cação e a saúde receberam esse adjetivo. Isso, porque, sem otransporte eficiente, todos os outros serviços do Estado param”,comentou. Para o assessor, o modelo de tarifa zero só seria possí-vel após uma profunda mudança no paradigma social, o que im-plicaria em “tirar do capital para colocar no social”.

O Professor da Escola de Engenharia da Universidade Federalde Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazzola, defendeu a desvincula-ção entre modelo tarifário e custos do sistema. “É possível ter umserviço bom ou ruim, sem que os usuários paguem na hora porele”, exemplificou. O membro da academia reivindicou que a qua-lidade de vida do usuário do transporte seja o objetivo do serviço,e que essa qualidade seja medida por indicadores como o tempode viagem e preço da tarifa. “O usuário deixa de gastar este di-nheiro das passagens com outras coisas que dariam qualidade devida. A tarifa zero é mesmo uma proposta de mudança de para-digma. Devemos pensar como pagar esse custo do transportemantendo a justiça social”, idealizou.

Desembargador Elpídio Donizetti abre cursode aperfeiçoamento em Direito Processual

Rede de Comunicação propõecampanha nacional

mativas”. O jurista explicou sobre a relação entre normas e leis do Di-reito. “Até pouco tempo, a fonte primária do Direito era a lei, hojenão é mais”.

No mesmo dia, na parte da tarde, a Assessora Técnica do Pro-jeto Otimizar do TCEMG, Heloisa Helena Nascimento Rocha, fez pa-lestra sobre o tema “Prescrição e decadência no âmbito dos tribunaisde contas”.

O curso se estendeu até o dia 11 de abril e abordou temas como“Contagem de prazos no âmbito do Tribunal de Contas”, “Interfaceentre o processo administrativo e o processo civil nos tribunais decontas”, “Teoria geral da prescrição e da decadência” e “Teoria geraldos recursos” pelos palestrantes Rosa Maria Carvalho Pinho Tavares(Coordenadora da Coordenadoria de Débito e Multa (CDM) doTCEMG, Cláudio Couto Terrão (Conselheiro Corregedor do TCEMG),Marinella Machado Araújo (Doutora em Direito Administrativo pelaUniversidade Federal do Estado de Minas Gerais – UFMG) e CarlosHenrique Soares (Doutor e Mestre em Direito Processual Civil), res-pectivamente.

Sobre os cursos de aperfeiçoamentoOs cursos de aperfeiçoamento serão promovidos em nove dis-

ciplinas durante o ano de 2014, realizados de quarta a sexta-feira,no período diurno, com previsão de 20 horas cada. Segundo a Escolade Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo, estas disciplinasatendem às demandas das áreas meio e fim do Tribunal.

Elpídio Donizetteé DesembargadorAposentado eProfessor de DireitoProcessual Civil

revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 17revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 216

OProfessor e Desembargador aposentado do Tribunal de Jus-tiça do Estado de Minas Gerais, Elpídio Donizette, abriu, nodia9/4, o curso de aperfeiçoamento “Direito Processual apli-

cado aos Tribunais de Contas”, realizado pela Escola de Contas e Ca-pacitação Professor Pedro Aleixo, no Auditório Vivaldi Moreira.

“Todo advogado, hoje, parte de princípios. Tudo está impreg-nado em princípios”. Com essas palavras, o desembargador, mestreem Direito Processual Civil, começou a sua palestra explicando quea principiologia vigora atualmente no Direito, diferente da teoria kel-seniana que preconizava a Teoria Pura do Direito. “Eu só posso apli-car uma lei, se ela passar por essa peneira da principiologia. Oprocesso, qualquer que seja ele, é regulado por estas espécies nor-

O Assessor da Atricon, Américo Corrêa, dirigiu ostrabalhos da reunião da Rede de Comunicação

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revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 19revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 218

Tribunal responde consulta de prefeitosobre comissariado de menores

Prestações de contas de 97% dosmunicípios são entregues no prazo

O Conselheiro Relator Mauri Torresopinou pela impossibilidadedo pagamento de comissáriosde menores pelo município

A Presidente Adriene Andradeelogiou o trabalho dos servidores

do TCEMG no recebimentodas prestações de contas municipais

Em resposta à consulta apresentada pelo Prefeito Mu-nicipal de Campo Belo, Marco Túlio Lopes, sobre a pos-sibilidade de o município celebrar convênio com o

Poder Judiciário para implantação de Comissariado de Me-nores, o TCEMG aprovou, na sessão plenária do dia 12 demarço, o voto do relator, Conselheiro Mauri Torres, esclare-cendo não ser possível a assinatura do referido convêniopara repasse de verbas destinadas ao pagamento de co-missários de menores.

O relator justificou que “os comissários de menores sãoservidores do Judiciário por ele remunerados ou são vo-luntários por ele credenciados” e têm suas atividades su-bordinadas ao Juiz da Infância e da Juventude. Citando oentendimento do TCEMG já relatado na resposta à consultade número 837566, aprovada na sessão plenária de 14 desetembro de 2011, Mauri Torres ressalta que não há qual-quer vinculação dos comissários de menores com o Conse-lho Tutelar do Município, mantido e remunerado com verbamunicipal.

Ao fundamentar seu voto, o Conselheiro relator citouvários artigos, estudos e jurisprudências já existentessobre o tema, destacando-se o de autoria do Promotor deJustiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional daPromotoria da Criança e do Adolescente, Murillo José Di-

giácomo, publicado no site do Ministério Público do Es-tado do Rio Grande do Sul, intitulado “Agentes de Prote-ção da Infância e Juventude: necessidade de suacoexistência com o Conselho Tutelar”. Nesse artigo, o autorjustamente aborda os vários questionamentos que surgi-ram a respeito da existência e atuação do comissário demenores, após a aprovação do Estatuto da Criança e doAdolescente.

O Conselheiro também citou a decisão do Conselho Na-cional de Justiça, que tratou do exercício das funções doscomissários de menores, tanto por servidores efetivos dosTribunais de Justiça estaduais, como por voluntários cre-denciados que “não podem receber qualquer remuneraçãopelas atividades”, e o estudo técnico elaborado pela Asses-soria de Súmula, Jurisprudência e Consultas Técnicas doTCEMG que, embora não tenha identificado decisões ante-riores exatamente sobre questionamentos como os apre-sentados pelo Prefeito Marco Túlio Lopes, registrou osposicionamentos da Corte de Contas que abordaram otema de forma indireta. Foram citadas, como exemplo, aConsulta 652.590, respondida pelo TCEMG em 12 de de-zembro de 2001 e a 443.514, respondida em 16 de agostode 2000, disponíveis para pesquisa pela internet, no ende-reço mapjurisweb.tce.mg.gov.br.

A Presidente do Tribunal de Contas do Estado de MinasGerais (TCEMG), Conselheira Adriene Andrade, anunciou,no dia 02 de abril, durante a sessão plenária, que 97% dasprestações de contas municipais foram recebidas até ameia-noite do dia 31 de março, prazo-limite para a entregada documentação. O Tribunal manteve, até este horário,uma equipe de plantão para facilitar aos órgãos e entida-des o envio dos dados referentes ao exercício de 2013,via internet.

Foram recebidas, dentro do prazo, 1.049 prestações decontas, sendo 842 prestações de contas anuais de prefei-tos e 208 de responsáveis por entidades previdenciárias doregime próprio do município. Até o dia 3 de abril, outrascinco prestações foram entregues fora do prazo, sendoquatro delas de chefes do Executivo, de forma que, até estadata, sete prefeitos ainda não haviam enviado suas presta-ções. No ano passado, 22 municípios estavam inadimplen-tes na data do fechamento do prazo.

A equipe técnica de plantão foi composta por servido-res e trabalhadores de várias áreas. Da Diretoria de ControleExterno dos Municípios (DCEM), participou o titular Gus-tavo Vidigal Costa. Da Assessoria para o Desenvolvimentodo Sistema de Apoio de Fiscalização Municipal (Sicom) par-

ticiparam Denise Maria Delgado, Maria Mônica Teixeira,Élcio Vasconcelos e Ana Maria Martins Frade. Da Diretoriade Tecnologia da Informação, Alcimar Bonomi, GustavoMendes, Bernardo Felizardo e Johnatan Carneiro. Alémdeles, funcionários de uma empresa contratada para ope-rar o sistema que recebe os dados auxiliaram no atendi-mento: Thiago Miceli, César Ramon e Moisés.

O Tribunal de Contas vai deliberar em Plenário a apli-cação das sanções previstas em lei para os jurisdicionadosinadimplentes e para os que entregaram fora do prazo.

DECISÕES DO PLENO DECISÕES DO PLENO

Confira a lista das prefeiturasque não cumpriram a

obrigação até a data-limite� Entrega intempestiva (enviaram após o fim doprazo): Conquista, Indianópolis, Matias Cardoso e Ro-sário da Limeira.

� Inadimplentes (não enviadas até 03/04/14): Ala-goa, Conselheiro Lafaiete, Coqueiral, Heliodora,Itambé do Mato Dentro, Januária e Patis.

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21revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 220

APrimeira Câmara determinou, no dia 18 de março, a anulação doPregão Presencial 102/2010, tipo menor preço, promovido pela

Prefeitura Municipal de Araguari para aquisição de pneus, câmarasde ar, bicos e protetores para sua frota de veículos. A decisão acom-panhou o voto do relator, Conselheiro Wanderley Ávila, com basenas ilegalidades constatadas no procedimento já suspenso peloTCEMG em 19 de outubro de 2010 (Denúncia 838.482). Corridos osprazos de apresentação de documentos e defesa, o TCEMG concluiuque as irregularidades permaneceram e o atual prefeito deve anulardefinitivamente o pregão presencial.

Licitação em Araguari é anulada

Panorama

ASegunda Câmara do Tribunal de Contas referendou, na sessãodo dia 03 de abril, a suspensão de uma concorrência pública da

Prefeitura de São João del-Rei, Edital 01/2014, para contratar serviçosde limpeza urbana. A decisão de paralisar a licitação, antes do dia deabertura das propostas (14/04), foi do Conselheiro Mauri Torres, re-lator do Processo (nº 912.206). O Conselheiro considerou as irregu-laridades apontadas pelos técnicos do Tribunal que, no seu entender,poderiam comprometer o caráter competitivo da concorrência. Aanálise concluiu que não foram cumpridas as regras de elaboraçãodo projeto básico, composição dos preços unitários e orçamento.Como exemplo de indício de irregularidade nos preços unitários, osanalistas citaram a diferença entre o preço médio da coleta de resí-duos sólidos, que é de R$ 87 por tonelada de lixo, e a cotação apre-sentada: R$ 160,42 por tonelada.

Concorrência para limpeza urbanaé suspensa em São João del-Rei

OEdital de Concurso Público nº 001/2013 (Processo887.975), da Prefeitura de Riachinho, foi julgado irregu-

lar pela Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado(TCEMG). A seleção, realizada para ocupar cargos efetivos doExecutivo Municipal que estavam vagos, foi homologada emdezembro do ano passado. Durante sessão da 2ª Câmara, dodia 10 de abril, o Conselheiro Cláudio Couto Terrão, relatorda matéria, apresentou voto considerando irregulares: a res-trição da forma de requerimento de isenção do pagamentoda taxa de inscrição, a ausência de reserva de vaga aos can-didatos portadores de necessidades especiais para os cargosde Assistente Administrativo e de Técnico em Enfermagem, ea pontuação excessiva atribuída à prova de títulos. Por tudoisso, o Tribunal multou o prefeito do município em R$ 3 mile determinou a observação da reserva de vagas para os por-tadores de necessidades especiais.

Concurso em Riachinho é julgadoirregular pela Segunda Câmara

APrimeira Câmara do TCEMG aprovou, na 6ª sessão ordinária, ocor-rida no dia 18 de março, a suspensão do Pregão Presencial

018/2014, promovido pela Prefeitura Municipal de Nova Belém, paraa aquisição de pneus, câmaras e protetores destinados à manuten-ção da frota de veículos e máquinas, durante o exercício de 2014. Adecisão referendou o voto do relator, Conselheiro Sebastião Helve-cio. A licitação fica suspensa, em caráter liminar, até que o Tribunalanalise as irregularidades no edital apontadas pela Denúncia912.190, dentre elas a exigência de que os pneus sejam de fabrica-ção nacional com entrega imediata.

Primeira Câmara suspendepregão em Nova Belém

DECISÕES DAS CÂMARAS

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tir o parecer prévio, que será encaminhado à Assembleia Legisla-tiva de Minas Gerais (ALMG), órgão responsável pelo julgamentodas Contas do Governador.

Nos últimos anos, o TCEMG promoveu um avanço na formade analisar as contas governamentais. Além da análise formal dosdados financeiros, patrimoniais, contábeis e da legalidade dos atospraticados pelo Executivo, são avaliados programas de governoestabelecidos e questões como a dívida do Estado com a União ea arrecadação estadual.

Entenda o processoPara produzir o relatório técnico, o TCEMG possui uma equipe

especializada na análise das Contas do Governador. A Coordena-doria de Avaliação da Macrogestão Governamental faz um acom-panhamento concomitante das contas no decorrer do exercício.

Após o recebimento do Balanço Geral do Estado, o relatórioelaborado pela área técnica é encaminhado para os conselheirosrelator e revisor. Além deles, um Conselheiro Substituto (Auditor)do TCEMG e um Procurador do Ministério Público de Contas (MPC)também emitem seus pareceres. Os relatórios e os votos dos con-selheiros revisor e relator constituem o processo que é levado aoPlenário para deliberação e emissão do Parecer Prévio do TCEMG.

TCEMG entrega prestação de contas anualNo dia 31/3, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Ge-

rais entregou a sua prestação de contas anual, referente ao exer-cício de 2013, para a Assembleia Legislativa do Estado de MinasGerais (ALMG).

APresidente do TCE, Conselheira Adriene Andrade, recebeuno dia 02/04 o Balanço Geral do Estado, referente ao exer-cício 2013. A documentação foi entregue pelo Secretário de

Estado da Fazenda, Leonardo Maurício Colombini Lima; pelo Con-trolador-Geral do Estado, Plínio Salgado; pelo Subsecretário do Te-souro Estadual, Eduardo Antônio Codo; pelo Subcontrolador deAuditoria Controle de Gestão (SACG) da Controladoria-Geral do Es-tado de Minas Gerais, Eduardo Fagundes Fernandino, e pela Su-perintendente Central da Contadoria-Geral, Maria da ConceiçãoBarros de Rezende. O relator das Contas do Governador será o Con-selheiro José Alves Viana e o revisor do processo, o Conselheiro Se-bastião Helvecio.

A entrega foi realizada dentro do prazo legal e, de acordo coma Constituição Estadual, o Tribunal de Contas tem 60 dias para emi-

revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 23revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 222

TCEMG assina termo decooperação em Brasília

AConselheira Presidente Adriene Andrade, represen-tando o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais(TCEMG), e o Vice-Presidente Sebastião Helvecio, repre-

sentando o Instituto Rui Barbosa (IRB), participaram da assi-natura do Termo de Cooperação – Meta 19 - Conjugação deEsforços para o Aperfeiçoamento e a Manutenção do CadastroNacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativae por Ato que implique Inelegibilidade (CNCIAI). O termo foi as-sinado no dia 26 de março de 2014, no Conselho Nacional deJustiça (CNJ), em Brasília.

O CNCIAI é um instrumento contido na meta 19 do PoderJudiciário, estabelecida pelo CNJ. Ele visa incrementar o vo-lume de informações constantes no cadastro, para subsidiar a

instrução de pedidos de registro de candidatura na Justiça Elei-toral, relativamente à aferição dos requisitos de elegibilidade.O termo tem por objetivo conjugar esforços para o aperfei-çoamento e a manutenção do CNCIAI.

Na foto, a Presidente e Vice-Presidente do TCEMG estão àdireita. Ao centro, o Presidente do Supremo Tribunal Federal eConselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministro Joaquim Barbosa.Também presentes: Juiz Auditor Frederico Magno de MeloVeras; Conselheiro do CNJ, Gilberto Martins; Corregedor Na-cional de Justiça, Ministro Francisco Falcão; Presidente do Tri-bunal de Contas da União (TCU), Ministro Augusto RibeiroNardes; o Presidente do Superior Tribunal Militar (STM) e o Mi-nistro Raymundo Nonato de Cerqueira Filho.

OTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG)e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) firmaramno dia 12 de março de 2014, em Brasília, o Termo Adi-

tivo ao Acordo de Cooperação Técnica nº 001/2012, com o ob-jetivo de auxiliar as ações de fiscalização do TCEMG.

O acordo de cooperação técnica, assinado pela Presidentedo TCEMG, Conselheira Adriene Andrade, e pelo Ministro doTrabalho e Emprego, Manoel Dias, prevê o “acesso às infor-mações constantes do banco de dados da Relação Anual deInformações (RAIS), mantidos pelo MTE, com finalidade ex-clusiva de utilização nas suas atividades institucionais.”.

O Acordo de Cooperação não acarreta ônus financeiropara nenhuma das duas instituições.

Presidente do TCE e Ministro doTrabalho firmam acordo de cooperação

Técnicos aperfeiçoam trabalho de monitorarobras públicas por coordenadas geográficas

TCEMG recebe Balanço Geral do Estado

Realizar medidas e localizar pontos com precisão, a partirde coordenadas geográficas informadas pelos jurisdicio-nados, em toda extensão do Estado de Minas Gerais. Essa

nova necessidade, que veio com a implantação do sistema Geo-Obras, foi abordada no segundo módulo do curso de aperfei-çoamento em Obras e Serviços de Engenharia, que aconteceunos dias 26 a 28 de março, na Escola de Contas e CapacitaçãoProfessor Pedro Aleixo, ministrado pelo Consultor em Agri-mensura e Georreferenciamento, Eduardo Ribas.

Servidores da Coordenadoria de Fiscalização de obras, Ser-viços de Engenharia e Perícia e demais interessados no temaaprenderam sobre a técnica que consiste em tornar conheci-das as coordenadas num dado sistema de referência, permi-tindo aos analistas o processamento das informações com arealização de medidas de distâncias, comprimentos e áreas.

Segundo o Coordenador de Fiscalização de Obras, Serviçosde Engenharia e Perícia, Luiz Henrique Starling Lopes, “em suasrotinas de auditorias e inspeções, os analistas da Coordenadoriapassarão a contar com aparelhos de GPS e máquinas fotográficasgeorreferenciadas para a realização de medidas de grandes

obras, como pa-v imen t a ç ão ,redes de esgoto,adutoras, dentreoutras”.

Nos dias 3 e4 de abril, foramrealizados exer-cícios práticospara os partici-pantes do cursocom o objetivode melhor aproveitamento das informações.

Cursos de aperfeiçoamento da Escola de ContasOutro tema trabalhado nos cursos de aperfeiçoamento em

auditorias de obras e serviços de engenharia, oferecidos pelaEscola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo, foi Par-cerias Público-Privadas. O curso aconteceu no período de 23 a 25de abril.

A Presidente Adriene Andrade recebeu o Balanço Geral do Estadodas mãos do Secretário da Fazenda, Leonardo Colombini

O Consultor em Agrimensura eGeorreferenciamento, Eduardo Ribas

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revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 2 25revista contas de minas abril 2014 ano 1 nº 224

Extrapauta

OTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG)recebeu na quinta-feira, 04 de abril, representantes doTribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) interessados em

conhecer a experiência do TCEMG com o sistema de ParceriaPúblico-Privadas (PPPs). A posição de destaque e os avan-ços já conquistados pelo TCEMG no trabalho de auditoriae fiscalização das PPPs motivaram a visita técnica dos para-naenses.

O Coordenador Geral e o Diretor de Fiscalização de ObrasPúblicas do TCE-PR, Luiz Bernardo Dias e Luiz Henrique de Bar-bosa Jorge, respectivamente, foram recebidos pela Superin-tendente de Controle Externo, Cláudia Costa de Araújo Fusco,pelo Diretor de Engenharia e Perícia, Emídio Correia Filho, pelaCoordenadora de Fiscalização de Concessões e Parcerias Pú-blico-Privadas, Maria Aparecida Aiko Ikemura, e pelo servidorFernando Crosara Cavatoni Serra.

Durante a visita técnica, guiada pela Coordenadora MariaAparecida Aiko, os paranaenses puderam conhecer os concei-tos gerais de PPPs, as linhas gerais da unidade técnica, a me-todologia de trabalho e a Instrução Normativa adotada peloTCEMG. A ideia do TCE-PR é implantar na Corte de Contas pa-ranaense o mesmo modelo de unidade técnica usado emMinas Gerais.

TCE-PR visita TCEMGpara conhecersistema de PPPs

O servidor do TCEMG, Fernando Serra, os servidores do TCE-PR, Luiz Henriquede Barbosa Jorge e Luiz Bernardo Dias, a Coordenadora Aiko Ikemura,

a Superintendente Cláudia Fusco e o Diretor Emídio Correia

Conselheiros, procuradores e servidores do TCEMG prestigiarama posse de Sebastião Helvecio na Presidência do IRB

Os presidentes do TCU, do TCEMG e do IRB,Augusto Nardes, Adriene Andrade e Sebastião Helvecio

Novo Presidente do IRBSebastião Helvecio define tribunais de contas como instrumentos da democracia

“Vou iniciar com umadeclaração de amor à democracia.”

Com essas palavras, o Vice-Presidente do Tribunal de Contasdo Estado de Minas Gerais (TCEMG), Conselheiro SebastiãoHelvecio, abriu seu discurso de posse na Presidência do Ins-

tituto Rui Barbosa (IRB), em solenidade ocorrida no dia 26 de março,no Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.

O novo presidente do IRB afirmou que “não vê no modelodemocrático instituição que possa ser mais sólida do que a dostribunais de contas para dar fortalecimento à democracia. E nóstemos a visão correta do que deve ser a capacitação dos TCs”.Sebastião Helvecio defendeu o investimento no que ele chamade santíssima trindade do trabalho das cortes de contas: valori-zar os controles internos, melhorar o controle externo e investirno controle social. “A partir desse triângulo teremos condiçõesde sermos mais percebidos pela sociedade e, consequente-mente, instrumentos da democracia”, justificou.

O Conselheiro Sebastião Helvecio agradeceu à Presidentedo TCEMG, Conselheira Adriene Andrade, cujo apoio foi funda-mental para que ele assumisse esse compromisso à frente doIRB. “Lembro-me do carinho da Presidente, colocando todo o es-forço do Tribunal mineiro para que essa minha caminhada fossemais fácil e exitosa. Minha querida Presidente Adriene Andrade,se aqui estou é pelo coração e pela generosidade de Vossa Ex-celência”, reconheceu o Conselheiro.

Sebastião Helvecio agradeceu ainda aos seus pares dos tri-bunais de contas do Brasil, à sua família, que o apoiou incondi-cionalmente apesar das constantes ausências do lar que o novocargo exigirá, e concluiu dizendo que vai devotar o seu trabalhoà produção do conhecimento que, para ele, é a missão primor-dial do Instituto.

Em sua despedida, o ex-Presidente do IRB, Conselheiro doTCE-TO, Severiano Costandrade, ressaltou as suas realizações àfrente do Instituto. Ele destacou um de seus legados que foi acapacitação de mais de 11 mil membros e servidores dos tribu-nais de contas do Brasil.

A nova diretoria do IRB tem mais dois representantes do TCE

de Minas. O Conselheiro Gilberto Diniz integra a nova diretoriado IRB como tesoureiro e o Conselheiro Substituto HamiltonCoelho é suplente do conselho.

Além da Presidente do TCEMG, Conselheira Adriene An-drade, estiveram presentes à solenidade, os conselheiros doTCEMG, Cláudio Terrão (Corregedor), Wanderley Ávila, José AlvesViana e Gilberto Diniz; os conselheiros substitutos Licurgo Mou-rão e Hamilton Coelho, o Procurador-Geral do Ministério Públicode Contas de MG, Glaydson Massaria; o Procurador Marcílio Ba-renco; e as procuradoras Sara Meinberg e Elke Moura.

AtriconA solenidade, conduzida pelo Presidente do TCU, Ministro

Augusto Nardes, marcou também a posse do Presidente do Tri-bunal de Contas do Estado de Pernambuco, Conselheiro Valde-cir Pascoal, na Presidência da Associação dos Membros dosTribunais de Contas do Brasil (Atricon) e a inauguração das novasinstalações da Corte de Contas federal.

Compõem a nova Diretoria da Atricon pelo TCEMG o Con-selheiro Cláudio Terrão e o Conselheiro Substituto Licurgo Mou-rão, na Diretoria de Controle Externo, e o Conselheiro WanderleyÁvila na Diretoria Administrativa.

Artigo deprocuradora integraobra sobre contratos

administrativos

No dia 27 de março, foi lançado o livro “Contratos Ad-ministrativos: Estudos em Homenagem ao Profes-sor Florivaldo Dutra de Araújo”, da Editora Fórum. A

Procuradora do Ministério Público junto ao Tribunal deContas do Estado, Cristina Andrade Melo, é coautora daobra junto a outros 14 especialistas. Ela assina o artigo “AParticipação Popular nos Contratos Administrativos”. Ono-fre Alves Batista Júnior, Sirlene Nunes Arêdes e FedericoNunes de Matos coordenaram a edição.

De acordo com informações da editora, o livro foi or-ganizado para home-nagear o Professor eDoutor Florivaldo Du -tra de Araújo, quecompleta vinte anosde magistério na Fa-culdade de Direito daUniversidade Federalde Minas Gerais(UFMG). A publicaçãoé um compêndio deensaios jurídicos produzidos por pesquisadores orienta-dos por Florivaldo, no Programa de Pós-Graduação em Di-reito da UFMG.

Como divulgou a Fórum, “foram selecionados ensaiosacadêmicos envolvendo múltiplos aspectos da contra-tualidade administrativa, tais como: a aplicação da teoriageral dos contratos no âmbito dos contratos administra-tivos, a distinção entre contratos administrativos e con-tratos privados da Administração, microssistemas decontratação pública, o contrato administrativo como al-ternativo ao ato unilateral, os contratos de Parcerias Pú-blico-Privadas, a participação popular no âmbito doscontratos administrativos, meios alternativos de soluçãode controvérsias entre a Administração e o administrado,e outros aspectos”.

“foram selecionadosensaios acadêmicos

envolvendo múltiplosaspectos da

contratualidadeadministrativa...”

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Conselheiro S ubstitutoHamilton Coelho recebemedalha

Servidores do TCEconhecem o sistema de

custos ABC do Banco Central

Tribunal repassa conhecimento sobredepreciação e reavaliação de bens patrimoniaisOTribunal de Contas, por meio da Coordenadoria de Patrimônio,

recebeu no dia 27/2 servidores da Câmara Municipal de BeloHorizonte, interessados em conhecer a experiência do Tribunal

com os trabalhos de Reavaliação e Depreciação de Bens Patrimoniais,exigência da Secretaria do Tesouro Nacional e que faz parte do NovoPlano de Contas aplicado ao setor público (normas internacionais).

De acordo com a Coordenadora de Patrimônio, Denise Mariano

de Paula, “com as novas exigências vislumbra-se uma contabilidadeque reflita mais a realidade, sendo o seu enfoque eminentementepatrimonial”.

Para a coordenadora, “reavaliar e depreciar os bens da administra-ção pública é uma das tarefas impostas por essa nova contabilidade,que tem o objetivo de fornecer aos usuários informações sobre os re-sultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econô-mica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público esuas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão, à ade-quada prestação de contas e no suporte necessário para o controle so-cial”. De acordo com ela, o “Tribunal de Contas destaca-se por ser opioneiro em introduzir essa atividade em seus processos de trabalho e,dada a importância da matéria, assim como a escassez de parâmetrosque possam auxiliar os gestores públicos, vem exercendo função pe-dagógica junto a outras entidades que o têm procurado em busca deinformações sobre a operacionalização dessa nova atividade”.

O tema Reavaliação e Depreciação de Bens Patrimoniais do setor pú-blico foi tratado com enfoque nas Técnicas de patrimonialização pelaCoordenadora de Patrimônio, Denise Mariano de Paula, na II Confe-rência de Controle Externo, no dia 20, às 13 e 16h30 e no dia 21 demarço, às 11h e 15h, no estandedo TCE, no Expominas.

A equipe da Coordenadoria de Patrimônio do TCE, liderada por Denise Mariano(c), repassou conhecimentos aos servidores da Câmara de Belo Horizonte

OConselheiro Substi-tuto Hamilton Coe-lho foi agraciado

com a Comenda Ambien-tal Estância Hidromineralde São Lourenço no dia23/03. O Conselheiro parti-cipou da cerimônia repre-sentando o Tribunal deContas, no município loca-lizado no Sul de Minas.

A medalha é destinada àqueles que se destacaram na disse-minação, incentivo, apoio e divulgação das atividades relacionadasao turismo, à preservação ecológica e ambiental, além do desen-volvimento socioeconômico e cultural de São Lourenço, de MinasGerais e do Brasil.

Na solenidade, presidida pelo Governador do Estado de MinasGerais, Antonio Anastasia, foram assinados dois protocolos de inten-ções. Um para a criação do Instituto Histórico e Geográfico de SãoLourenço e o segundo para a realização de estudos para tomba-mento do Parque das Águas de São Lourenço. No evento, também foiaceso o Fogo Simbólico da Liberdade pela Polícia Militar e pela Ordemdos Cavaleiros da Inconfidência Mineira e o descerramento da placade inauguração de um relógio solar instalado na praça.

Além do conselheiro, foram agraciados desembargadores edeputados.

Com o objetivo de esclarecer questões sobre implantação dosistema de custos ABC, servidores do Tribunal de Contas sereuniram com servidores do Banco Central, no dia 26/3, na

sede de representação do Banco em Belo Horizonte.Segundo o Coordenador de Contabilidade do TCEMG, Geraldo

Paulino da Silva, “os conhecimentos adquiridos serão de grande uti-lidade para a implantação do sistema e seu funcionamento noTCEMG, pelo Projeto Custos. O Banco Central é um caso concretoda implantação e utilização do sistema de custos ABC”.

Na reunião, estiveram presentes integrantes do Projeto Custos,liderado pelo servidor Geraldo Paulino da Silva e dos Projetos Qualie Custo-Benefício, respectivamente liderados pelas servidoras San-dra Valle e Ana Beatriz.

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