nivelamento
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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA TOPOGRAFIA I POR: ROBERTO W. KACHAMILA
6.………………………....................................................………NIVELAMENTO
6.1. DEFINIÇÃO. No nivelamento somos interessados com medições de diferenças de altura entre pontos,
ou com a determinação de elevação de determinado numero de pontos encima (ou em baixo) de um plano
conhecido ou superfície chamada plano ou superfície de referência. Esta superfície pode ser apenas
arbitrária, mas para muitas razões é conveniente tomar o geóide que corresponde convencionalmente o à
altitude zero.
O nivelamento, portanto serve para determinar o terceiro valor de sistema de coordenadas (coordenada Z ou
H). Como já dissemos, a superfície de referência para nivelamento é o nível médio das águas do mar calmo
(geóide).
Segundo a fig. 6.1, para o ponto A e B, a diferença de nível HAB é dado de seguinte maneira:
HA,B = HB -HA
Conhecendo a cota absoluta ou altitude de ponto A e a diferença entre este ponto e outro B, HAB então, a
altitude de B será:
HB = HA + HAB
Fig. 6.1. superfícies de referências
Vamos resumidamente recordar e abordar as definições seguintes:
Superfície de referência. Qualquer plano de referência a um outro plano horizontal. A topografia
habitualmente adopta o nível médio das águas do mar (superfície zero do marégrafo) como sendo a
superfície de referência.
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Superfície de nível. A superfície ou o plano no qual todos os pontos são normais ou perpendiculares a
uma direcção de força da gravidade como indicado por prumo. A superfície de água dum lago calma
forma uma curva que segue a curvatura da terra e representa bem este plano.
Plano de nível. A superfície de nível sobre pequenas extensões de terreno; é considerada como um plano
de referência utilizado nos trabalhos topográficos (ver a figura 8.2). O erro é aparentemente negligível
nas pequenas extensões de terreno.
Fig. 9.2. plano de nível.
Diferença de nível - dN, dH ou ∆H é a distância vertical entre as superfícies de nível que passam pelos
lugares (pontos).
Altitude (ou cota absoluta). A distância vertical reduzida do ponto a partir de uma superfície considerada
de referência. Na topografia, a distância cotada ao longo da vertical da superfície equipotencial do campo
da gravidade denominada geóide, que corresponde ao nível médio das águas do mar calmo.
Pontos (marcos) de referência. Pontos estabilizados e determinados com grande precisão a partir de
métodos topográficos (geodésicos) e que servem como pontos de partida nos trabalhos de nivelamento.
6.2. MÉTODOS DE NIVELAMENTO. Estes se classificam em:
a) nivelamento geométrico (directo ou de precisão)
- que consiste na medição directa da diferença de nível por intermédio de linhas horizontais
correspondentes a visadas horizontais; obtidas com níveis a partir de miras colocadas verticalmente nos
pontos.
b) nivelamento trigonométrico (ou indirecto)
- que se baseia na determinação de ângulos zenitais e nas distâncias para determinar a diferença de nível
entre os pontos.
c) nivelamento barométrico.
- que se baseia na determinação da diferença de pressões nos pontos e em seguida fazer-se a sua relação
com as alturas a fim de determinar as diferenças de nível.
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Os trabalhos de nivelamento podem ser executados seja na superfície ou em baixo da superfície da terra
(nas profundidades-subterrânea); como titulo de exemplo, nas minas, túneis. O processo técnico de
determinar a diferença de nível nas profundidades é idêntico daquele aplicado na superfície, diferenciando
apenas uma fase importante; a transferência de cotas para profundidade (subterrâneo).
6.2.1. NIVELAMENTO GEOMÉTRICO. É o método de nivelamento com mais precisão e preferido nos
trabalhos que exigem mais exactidão. Para poder apurar a diferença de nível entre dois pontos ou mais é
necessário que esteja, em primeiro lugar, estabelecida a superfície de nível acima ou a baixo destes pontos.
Como é difícil estabelecer a superfície de nível, a topografia adopta o plano de nível em lugar da superfície
de nível. O plano de nível é estabelecido com ajuda de luneta de aparelhos, cujo seu eixo óptico deve ser
ajustado rigorosamente e horizontalmente. O instrumento para este efeito chama-se nível. O erro ou a
diferença entre a superfície de nível e o plano de nível é negligível nas leituras usuais, normalmente pouco a
menos de 100 m.
Os métodos do nivelamento geométrico subdividem-se em:
1) método de visadas iguais
2) método de nivelamento à frente
Vejamos o exemplo na figura 9.3, na qual observamos como a diferença de nível entre dois pontos é
apurada.
Fig. 9.3. Métodos de visadas iguais (∆ HA,B=0,632-3,147=- 2,515)
A diferença de nível entre dois pontos A e B, obte-se instalando verticalmente, em cada um destes pontos,
uma mira (fig. 9.4) e a sua diferença será a seguinte:
∆ HA,B = HB – HA
Na figura 9.3 podemos verificar que a distância vertical debaixo de plano de nível para A é de 0,632 m e
do mesmo plano para B é de 3,147 m. A diferença de nível entre os dois pontos é igual a 0,632 - 3,147 = -
2,515m.
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Se conhecermos a cota de um dos pontos, basta apenas juntar este valor à da diferença de nível para obter
a cota do segundo ponto. Evidentemente a ∆HAB pode ser positiva ou negativa consoante a posição onde
este estiver mais alto ou mais baixa em relação ao outro ponto.
Normalmente a primeira leitura observada no ponto com cotas conhecidas e designada por leitura
atrás/retaguarda - Lr, sendo a leitura feita na mira colocada no ponto a determinar (a segunda leitura)
designada por leitura à frente - Lf. A cota a determinar tomando o exemplo dos pontos A e B será:
HB= HA + ∆ HA,B =HA + (Lr - Lf)
Consideramos sempre as leituras de atrás Lr como positivas e as da frente Lf negativas. Como já vimos, as distâncias verticais acima ou abaixo do plano de nível são obtidas a partir de leituras
feitas no nível de miras.
As miras são telescópicos ou dobráveis, com um comprimento de 2 a 5m normalmente e graduados de tal
maneira que permitem a fácil leitura com a luneta do nível. Observemos na fig. 9.5, um exemplo de
miras. A mira é normalmente pintada em branco ou amarela enquanto que os números são escritos em
pretos e vermelhos (exemplo na fig. 6.5).
Fig. 6.5. Exemplo de graduação de uma mira em 10-mm.
A posição da mira durante uma leitura deve ser vertical. Qualquer inclinação da mira durante as leituras
leva a resultados muito superiores aos desejados. Existem outras miras com um nivelado que permitem
controlar a posição vertical da mira.
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6.2.1.1. NIVELAMENTO GEOMÉTRICO SIMPLES. O princípio deste método é aquele que
acabamos de expor no ponto anterior (6.2.1), isto é, quando o nivelamento entre dois pontos é possível
através de um estacionamento do instrumento. Dois casos são possíveis e estão representados na fig. 6.6.
Fig. 6.6. nivelamento simples: a) com o nível colocado num ponto b) de visadas iguais
No caso visto na fig. 9.6a, a diferença de nível é dada pela diferença entre altura do nível i e altura sobre
uma mira colocada no outro ponto, e neste caso a altitude do ponto HB é igual:
HB= H A + ∆ HA,B , e ∆ HA,B = i - Lf
HB= HA + (i - Lf)
No segundo caso, fig 9.6b, a diferença de nível é dada pela diferença de alturas de mira sobre dois pontos
((Lr - Lf). A altura do HB , obte-se:
HB= HA + ∆ HA,B =HA + (Lr - Lf) O primeiro caso só é aconselhável se não for possível o estacionamento num ponto intermédio, por
exemplo, ao atravessar um curso de água é sempre necessária a repetição do nivelamento do ponto visado
anteriormente para o primeiro. Neste caso é necessário medir a altura (i) do nível para poder determinar o
plano de nível.
O método de visadas iguais visto na fig. 9.6b é o mais usado, visto que para o mesmo distanciamento
(visadas iguais) permite eliminar os erros de curvatura da superfície e de nível e refração na atmosfera.
Embora que o primeiro método (fig. 9.6b) tenha menos vantagens, mas ele é usado em condições
desfavoráveis a aplicação do método de visadas iguais; por exemplo, nas galerias inclinadas que não
podemos estacionar o nível no meio de dois pontos.
6.2.1.2. NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO. Quando por diversos razões (a distância for
grande, impossibilidade de ler a mira numa só posição do instrumento) não podemos obter a diferença de
nível entre dois pontos por método de nivelamento simples, teremos de nos apoiar em vários
estacionamentos até chegar ao ponto pretendido. Esta operação é repetição ou somatório de nivelamento
simples e é designada por método de nivelamento composto:
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∆ H1, = ∆ H1,A + ∆ HA,B + ∆ HB,C + ..............+ ∆ HF,2
desde que ∆ H = (Lr - Lf)
então : ∆H1,2 = ∑ (Lr - Lf) = ∑ Lr - ∑ Lf
A fig. 9.7 tenta descrever o método de nivelamento composto. Posicionamento de miras e instrumentos
são indicados no plano como também no corte, sendo as leituras vistas no corte.
Fig. 6.7. Nivelamento geométrico composto.
M1 e M2 - marcos fixos; M1, - posição de mira só com leitura atrás; M2, - posição de mira só com leitura a frente;
1, 2 e 3 - estacionamento do instrumento; C, F - leituras atrás e à frente respectivamente dependendo da posição do
instrumento; A, B, D, E - leituras intermédias, números regulares, plano de nível, números em itálicos - leituras de
miras.
No terreno, as leituras são registadas em modelos de impresso ou caderneta preparado para o efeito. Na
tabela 1 em adiante veremos como estas leituras (referente a fig. 6.7) são registadas e calculadas. As
distâncias são medidas quando há necessidade de representar o perfil de terreno.
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A fim de aumentar o nível de precisão há uma necessidade de realizar visadas aproximadamente iguais
(na topografia mineira em média 40m). Este procedimento tem para além da vantagem de eliminar
automaticamente os efeitos da refracção e curvatura da Terra, a eliminação dos erros do aparelho.
Todos os cálculos sempre contêm um erro chamados erro de fecho quilométrico que deve ser
compensado por uma operação chamado compensação de erro.
O erro de fecho é geralmente distribuído igualmente pelas diferenças de nível a determinar. O erro teórico
(eteo) permitido num nivelamento é proporcional à raiz quadrada do comprimento da linha de
nivelamento:
eteor. = M √L,
Onde M é um constante considerado com o erro de fecho quilométrico, L é o comprimento da linha do
nivelamento em km. O valor de M varia de uma classificação de nivelamento a outra; se é um
nivelamento de baixa, média ou alta precisão. 6 A seguir vamos nos guiando da fig. 9.7 para preenchimento da tabela 6.1: Tabela 9.1. Ficha de registo e cálculo de nivelamento.
Nivelamento de ........................ Instrumento ............... Mira .......... Pag. .......
Pontos
Distância
Atrás
Intermédio
Á frente
Diferença
Cotas
Observação
M1 2,390 31.526 Desnível ∆HM1-M2= ∆H-M2-∆HM1
=34,862-31,526m=+3.336m Erro real (er) de fecho de nivelamaneto:
3.338–3.336m=+0,002m (+2mm) Erro teórico (etor) de fecho de nivelamaneto:
eteor. = ± M √ L
Corr. = -2mm
A 1,985 +0.405 31.931 B 1,318 +0.667 32.598 C 0.988 1.612 -0.294 -
1 32.303
D 1.502 -0.514 31.789 E 1.415 +0.087 31.876 F 2.420 0.316 +1.099 32.975
M2 0.532 +1.888 -1
34.862
+ 5.798 -2.460 +3.338 + 3.338
Observador .................... Data ............... Calculado por ............... Data..........
Registador ...................... Data ............... Verificado por ......... ..... Data ..........
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O nivelamento recíproco é o outro método de controlo para apurar o valor verdadeiro de diferença de
nível dos pontos com o nível suposto de estar fora do ajustamento. O método de nivelamento recíproco é
muitas vezes usado no lugar do método das visadas iguais visto anteriormente para descobrir a
verdadeira diferença de nível quando testamos o nível.
6.2.2. NIVELAMENTO TRIGONOMÉTRICO. Quando por razões diversas não podemos realizar o
nivelamento por método geométrico, este é realizado pelo método trigonométrico. Este método consiste
em determinar as diferenças de nível entre pontos por intermédio de distâncias e de ângulos verticais entre
os pontos. A determinação de distâncias e ângulos é feita por métodos de medição de distâncias e de
ângulos, que já conhecemos. Vamos observar o fig. 6.7, onde a diferença do nível entre dois pontos M1e M2 é desejada:
Fig. 6.7. Nivelamento trigonométrico: D - distância horizontal, γ - ângulo zenital, α - ângulo de elevação,
i - altura de instrumento, j - altura observada na mira. Se observarmos a fig. 6.7 concluímos que, altura de ponto M2:
HM2 = HM1 + ∆ H
e, ∆H = i + h - j,
a partir do triângulo 123, se conhecemos a distância horizontal D, o ângulo vertical (zenital) γ, e ângulo
de elevação α, então:
h = D x. cotg γ ou D . tg α,
portanto, a cota do ponto HM2 terá a fórmula reduzida:
HM2 = HM1 + D x cotgγ + (i – j),
ou
HM2 = HM1 + D x tg α + i - j,
Medições trigonométricas pode ser útil para determinar altura de objectos ou determinar a posição de
pontos sem acesso directos a eles.
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6.2.3. NIVELAMENTO BAROMÉTRICO. Por razões de espaço não vamos detalhar este tipo de
método, que é pouco usado na topografia mineira, referindo apenas que ele baseia-se na relação que existe
entre a diferença de nível entre dois pontos e as pressões atmosféricas respectivas. Para este tipo de
nivelamento, o conhecimento das temperaturas médias e a latitude média da zona no momento de
observação são consideradas para o apuramento de diferença de nível.
Este método é menos precisa em relação aos outros, noutras palavras, o erro de cotas neste método é de
volta de ± 1m ou mais. Apesar disso, o método é válido, por exemplo, nos trabalhos de pesquisa
geológico na superfície, onde as cotas servem para a orientação no terreno com ajuda de curvas de nível
das cartas topográficas. Medições barométricas não se usam nas minas subterrâneas por razões de
existência de sobrepressão de sistemas de ventilação.
O barómetro é um instrumento destinado à medição da pressão atmosférica, havendo barómetros de
diversos sistemas e com aspectos muito variados.
A nivelação barométrica só é aplicável para grandes desníveis, e mesmo neste caso dá resultados apenas
aproximados, como já referimos. A sua utilidade está na facilidade e rapidez do cálculo, cujo resultado,
porém, serve apenas para uma primeira aproximação ou para trabalhos em que não é precisa grandes
exactidão.
6.2.4. INTERPOLAÇÃO DE CURVAS DE NÍVEL. Definimos curvas de nível como, linhas na carta
representando linhas que ligam pontos de cotas iguais no terreno. Esta definição é correcta, mas a mais
correcta seria: curvas de nível são a intersecção da superfície de nível com a superfície da terra; na
topografia é a intersecção da superfície do solo com um plano horizontal de cota conhecida.
O conhecimento de posições de cotas de pontos no terreno pode consistir uma das duas operações:
- por métodos directos, isto é, as posições de cotas no terreno são estabelecidas e localizadas.
- por métodos indirectos, nos quais a posição no terreno é conhecida por linhas ou curvas de nível
traçadas no mapa ou carta.
O grau de precisão da localização e traçado de curvas de nível depende da escala, acidentação do terreno
e o uso (objectivo) da carta a ser produzida: O pequeno intervalo de curvas de nível implica mais
trabalhoso que o afastado, terras acidentadas exigem curvas de nível apertadas e planas poucas curvas de
nível, o trabalho mais detalhado exige pequeno intervalo de curvas.
A interpolação de curvas de nível é uma operação que consiste na localização do nível ao longo duma
linha na carta que une dois pontos com pontos conhecidos. Na fig. 8.15 a baixo, vamos interpolar o nível
entre dois pontos A e B de cotas 1,70 e 3,60m respectivamente por métodos analíticos. É necessário, em
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primeiro lugar, traçar uma linha ligando os respectivos pontos e ao longo desta linha localizar a posição
de nível de 2,00 e 3,00 m, por exemplo.
• A(3,60)
• B(1,70)
Fig 6.15. Posição de dois pontos, cota do A=1,70m e do B=3,60m, a distância A-B=3,1m (na carta).
Se pretendemos obter a cota de 2,0 m sigamos de seguinte maneira:
- fazer a diferença de nível entre os dois pontos (3,60 - 1,70m = 1,90 m)
- medir a distância A-B, a título de exemplo, suponhamos que seja de 3,1 cm
- estabelecemos a seguinte proporção (de 1,70 à 2,0; são 0,30 m):
3,1 cm ..............................1,90 m
x .....................................0,30 m
x = (3,1 x 0,30)/1,90 = 0,489 cm
isso quer dizer que a 0,49 cm ou 5 mm passa a curva de nível 2,0 m. Podemos fazer a mesma em
relação a cota de nível de 3 m.
Outro método menos moroso e com mais erros se tratarmos com número elevado de pontos é o método
gráfico. Tomando como exemplo a fig. 9.16, na qual pretendemos apresentar as curvas com equidistância
de 1m, ou seja, a cota de 2,0 e 3,0 m. A diferença de cotas entre os dois pontos é 3,60-1,70 =1,90 m. Por
isso se nos deslocarmos entre estes dois pontos a distância vertical é de 1,90 e a cada vez que avançarmos
um décimo nono desta distância percorremos 0,10 m. Se dividimos a linha em 19 partes iguais por uma
linha qualquer como a indicada na figura 6.9, os primeiros 3 espaços indicarão a elevação de 3 x 0,1, isto
é, 0,30 + 1,70 = 2,00 m.
Fig. 6.9.A geometria do método de dividir a ligação da linha em partes iguais.
6.2.5. TRAÇADO DE PERFIS. É a operação que permite a construção de uma linha resultante de
interseção do terreno por um plano vertical, chamada perfil de terreno. O perfil nos permite termos boa
percepção sobre o relevo de terreno, embora que na sua construção as duas escalas; escala horizontal e
vertical não é igual. Exageradamente e habitualmente a escala vertical é maior que a horizontal para
melhor poder pôr em evidência a irregularidade do terreno.
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A linha que o perfil do terreno é traçado chama-se linha de perfil e as cotas ao longo desta linha podem
ser apuradas por meio de interpolação ou métodos directos.
Modo de Execução – Por meio de interpolação de cotas
Vamos recorrer a figura 9.17 no processo de construção deste perfil. A esquerda é uma carta e a direita o
perfil resultante desta.
Plano: Escala 1:3 000, Equidistância: 5m Corte 1-́5´ : Escala horiz. 1:2 000; Vert. 1: 1 000
Fig. 6.17- traçado de perfil através de interpolação de cotas de curvas de nível
Por meio deste método de interpolação de cotas, procede-se da seguinte maneira:
1. Primeiro traça-se a linha de perfil na carta unindo os pontos dos extremos (A≡1 e B≡5) por uma linha
recta. Depois, mede-se a distância A-B e as distâncias dos intervalos A-2, 2-3, 3-4 e 4-B sempre
observando a escala da carta. As cotas dos pontos A, 2, 3, 4 e B são iguais aos valores de curvas de nível
que intersectam a linha recta.
2. Utilizando a mesma escala ou uma outra, construímos o comprimento da linha A-B (a fig. 9.18 directa)
no papel com a escala escolhida (no nosso caso, 1:2 000). A seguir lançamos todos os pontos (A, 1, 2, …,
B) ao longo desta linha. Esta é a escala horizontal de perfil.
3. Depois de determinar a escala vertical, traçamos em todos os pontos referidos em cima das
perpendiculares, e elevamos as distâncias referentes as cotas de cada curva de nível em cada linha
perpendicular observando a escala vertical.
4. Por fim, ligamos os pontos referidos em cima obtemos o perfil do terreno.
Modo de Execução – Por cotas apuradas por métodos directos:
Por este método as cotas são apuradas por processo de nivelamento. A fig. 6.10 ilustra o processo de
construção deste perfil. Todo o processo é idêntico daquele que acabamos de fazer referência no ponto
anterior.
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Figura 6.10- traçado de perfil através de cotas directo do perfil
Eis algumas explicações dos elementos da fig. 9.18.
- Intervalos: espaçamento entre pontos de nivelamento.
- Comprimento: distâncias acumuladas do perfil a partir do ponto inicial.
- Cotas do terreno: altura vertical a partir dum plano de referência.