nesta edição de fevereiro de · 25ª câmara de direito priva-do do tribunal de justiça de são...

12

Upload: others

Post on 30-May-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título
Page 2: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

Nesta edição de fevereiro de2017, o Jornal do Síndico res-gata um tema que - apesar de jáexistir uma legislação a respei-to - ainda gera debates e confli-tos entre condôminos, síndicose funcionários: o cigarro. Apósvários estados tomarem a inici-ativa de proibi-lo em espaçospúblicos, a lei de âmbito nacio-nal que o baniu definitivamen-te das áreas de uso coletivo,explicitamente condomínios,veio em 2014.

Segundo a Lei Antifumo -como ficou conhecida, é proi-bido fumar em qualquer lugardo condomínio que não seja ointerior de sua própria unidade.E mesmo nessas circunstânci-as, há de se cuidar para que afumaça e os resíduos produzi-dos não vão parar em outra uni-dade, incomodando a vizinhan-ça.

A proibição é válida para to-das as áreas de uso comum docondomínio: pórtico, portaria,

hall social, hall dos apartamen-tos, salão de festas, salão dejogos, garagens, guarita, corre-dores, elevador, escadaria,churrasqueiras, piscina, sauna,refeitório dos empregados, ba-nheiro coletivo, lavabo coleti-vo e demais áreas de uso co-mum total ou parcialmentefechada. A fiscalização deve serrígida, bem como a advertênciae punição em casos de infração,para que não se repitam.

Em nossa matéria de “Coti-diano” abordamos um assuntodelicado e conflituoso que mui-tos síndicos enfrentam: a inter-ferência em suas atividades, es-pecificamente de condôminosque ocupam cargos como con-selheiro fiscal. A falta de infor-mação às vezes confunde asatribuições de cada função eisso pode gerar um choque deautoridade.

É preciso ressaltar que, den-tro do condomínio, a palavra fi-nal é a do síndico, pois ele ob-

teveatravésde eleição al e g i t i m i d a d epara tomar as deci-sões à frente do coleti-vo, obviamente respeitandoos limites do que é legal e ra-zoável dentro de seu cargo.

Nas relações dentro do con-domínio, o bom senso e a di-plomacia devem prevalecer. Émuito mais benéfico e inteli-gente resolver os problemas demaneira amistosa, uma vez que

brigas judiciais costumam serdispendiosas e desgastantes.

O Jornal do Síndico dese-ja a todos um excelente mêse uma ótima leitura!

Os Editores

Page 3: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

As funções atribuídas aosíndico de condomínio estãodiscriminadas no Código Ci-vil, artigo 1.348, Lei 10406/02. Dentre elas, o inciso Vdestaca a obrigação de“diligenciar a conservação ea guarda das partes comunse zelar pela prestação dosserviços que interessem aospossuidores”. Em resumo, éimputado ao síndico o dever

de propiciar as condiçõespara que o condomínio sejapreservado em toda sua es-trutura.

Sendo assim, quaisquerincidentes que venham a sercomprovadamente ocasiona-dos em decorrência de faltade manutenção ou negligên-cia por parte do síndico, econsequentemente do condo-mínio, podem ser indeniza-

dos por ordem judicial. Par-tindo do entendimento deque o condômino paga umataxa para desfrutar da segu-rança e funcionalidade docondomínio, é direito delecobrar ressarcimento quandose sente em prejuízos.

Exemplo disso ocorreu nofinal do ano passado quandoo 1º Juizado Especial Cívelde Brasília condenou umcondomínio residencial a pa-gar a um morador o valor deR$ 1.078,50, a título de in-denização por danos materi-ais, em razão do portão ele-trônico da garagem do pré-dio ter colidido no veículo doautor.

O autor da ação contouque teve seu veículo danifi-cado pelo fechamento eletrô-nico do portão da garagem docondomínio no qual reside.Ele pediu indenização pelos

Negligência em manutenção podefazer condomínio pagar indenizações

danos materiais sofridos.Contudo, de acordo com osautos, apesar de devidamen-te citada e intimada, a parteré compareceu à primeira au-diência, mas não apresentoudefesa, motivo pelo qual ojuiz decretou sua revelia e or-denou indenização do valorgasto com o pagamento dafranquia do seguro do carro.

Já em janeiro deste ano a25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça deSão Paulo determinou queum condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, atítulo de danos morais, a umamoradora que teve seu apar-tamento avariado duranteinundação.

De acordo com os autos,o telhado do edifício onde aautora reside estava em máscondições de conservação.Em determinado dia, a resi-

dência ficou completamenteinundada por causa de vaza-mentos e infiltrações queexistiam em um dos quartosda residência. Devido aoocorrido, a vítima sofreu di-versas perdas materiais, alémsofrer danos na estrutura doapartamento.

A negligência por parte docondomínio foi a justificati-va para as avarias. “Situaçãoque demandava reparo ur-gente, ultrapassou o limite dorazoável, situação que evi-dentemente causou sériostranstornos à condômina,transtornos estes que ultra-passaram a esfera do meroaborrecimento”, anotou emvoto a relatora do processo,desembargadora Carmen Lú-cia da Silva.

*Jornalista e colaboradora do JS(Redação com TJDFT/TJSP)

Page 4: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

Ao adquirir um imóvelem um condomínio, oque mais se almeja é

chegar a hora de poder usufruir donovo patrimônio, das áreas comuns,mobiliar e decorar. Mas, o atraso naentrega se tornou comum no mer-cado e tem gerado um crescimentono número de ações na justiça. Asreivindicações pedem a reparaçãodas perdas e danos causados pelaimpossibilidade de usar o bem noperíodo pactuado com a construto-ra no momento da compra.

Os montantes indenizatórios va-riam e, em muitos casos, possibili-tam a reposição de 1% do valor docontrato, enquanto a demora persis-tir. Há ainda a possibilidade de en-trar com um pedido por danos mo-rais. A dor de cabeça é grande, maso futuro condômino deve ter emmente que, a partir do momento quejá tiver a chave de seu imóvel emmãos, qualquer decisão no ambien-te do condomínio só poderá ser to-mada com a sua conscientização.

O momento que vai formalizaro início da vida condominial é aassembleia de instalação, onde ocondomínio passa a ter seus repre-sentantes legais eleitos, faz o Cadas-tro Nacional da Pessoa Jurídica(CNPJ) e aprova uma previsão or-çamentária nos moldes do artigo1.350 do Código Civil, que permi-tirá o início da arrecadação para cus-tear as despesas. A construtora podeindicar uma pessoa para se

candidatar a síndico do condomínio,assim como uma administradora,desde que seguido o que é estabele-cido em lei.

A escolha do síndico, conformepreceitua o artigo 1.347 do CódigoCivil, é feita pelos condôminos. Ouseja, ele não poderá ser indicadopela construtora por forçacontratual, e tal cláusula será nulapor contrariar o estabelecido na le-gislação. O candidato indicado pelaconstrutora deverá concorrer emigualdade de condições com qual-quer condômino que tenha interes-se em exercer a função. A decisãoserá da assembleia. Ademais, éabusivo estabelecer obrigações que

deixam o consumidor em desvanta-gem exagerada, como prevê o arti-go 51 do Código de Defesa de Con-sumidor.

No mesmo sentido, o CódigoCivil estabelece no artigo 1.348 quea escolha da administradora é prer-rogativa do síndico, pois esta é ór-gão de confiança deste, o qual con-tinua na responsabilidade direta dagestão. “§ 2o O síndico pode trans-ferir a outrem, total ou parcialmen-te, os poderes de representação ouas funções administrativas, median-te aprovação da assembleia, salvodisposição em contrário da conven-ção”.

No caso dos condôminos em

assembleia de instalação aceitarema indicação da construtora para aescolha da administradora, o con-trato precisa ser subscrito pelo sín-dico eleito, e sugere-se que a resci-são da prestação do serviço ocorracom aviso prévio de 30 dias semônus ao contratante. Para maior se-gurança, é importante que a decisãotambém conste em ata.

Algumas convenções, de formaabusiva, e em nosso entendimentonulo de pleno direito, pelos motivosjá elencados acima, impõem a prer-rogativa da escolha da administra-dora pela construtora pelo prazo de2 anos. Ressalta-se que não existeobjeção para a indicação do síndico

Primeira assembleia: construtoras ea indicação de síndico e administrador

ou da administradora pelaincorporadora, desde que seja com-provado que a parceria também é deinteresse dos condôminos.

Uma saída é eleger o síndico porum período inferior a 2 anos, con-forme previsto no Código Civil (ar-tigo 1.347), desde que possível pelaconvenção, que pode ser de 3 me-ses ou 6 meses. Assim, após esteprazo pode-se convocar emassembleia a eleição da continuida-de do síndico e da administradora,conforme interesse da massa.

Temos que concordar que aconstrutora tem o maior interesse emnortear a administração de acordocom o planejado na incorporação.

Porém, alguns conflitos de inte-resse podem surgir, como o apare-cimento de vícios de construção,falta de cumprimento com o que foiprometido (por exemplo, a falta en-trega do mobiliário), uma vez que osíndico e a administradora indica-dos pela construtora dificilmentecontrariarão os interesses de seuscontratantes.

Por isso, os mecanismos de elei-ção, tanto do síndico, como dacontratação da administradora, de-vem ser flexíveis e conduzidos con-forme interesse da coletividadecondominial.

*Dr. Rodrigo Karpat, especialistaem direito condominial eimobiliário, e sócio do escritórioKarpat sociedade de Advogados.

Page 5: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

Em nome do equilíbrio eboa convivência, a estruturarepresentativa de um condo-mínio possui uma série de car-gos que obedecem a uma hie-rarquia: síndico, sub-síndico,conselheiros, funcionários emoradores, não necessaria-mente em uma ordem de im-portância. A hierarquia existepara nortear as decisões den-tro do coletivo e estabeleceruma liderança. Contudo, nocotidiano, choques de autori-dades acontecem. Como lidar?

O professor universitárioaposentado, MiquéiasJacobino, ex-síndico de umresidencial localizado em Re-cife (PE) relata uma má expe-riência na primeira - e única -vez em que aceitou adminis-trar o prédio em que mora hámais de 20 anos. “Fui eleitoem chapa única, pois nenhumoutro morador quis colocar o

nome à disposição para o car-go. Mas depois que assumi,tive que lidar com a interferên-cia de moradores que faziamparte do conselho fiscal e que-riam mandar no condomíniomais do que eu”, conta.

As divergências tiveraminício já no primeiro mêsquando o síndico apresentoua previsão de gastos para o anode mandato. “Tudo o que eupropunha era rechaçado e, in-clusive, aquilo que já haviasido decidido em assembleiaos conselheiros queriam con-testar e fazer diferente”, afir-ma Jacobino. Ele precisou re-correr à mediação com um ad-vogado para se entender comos moradores.

“Acredito que o que haviaera uma desinformação sobreas atribuições de cada cargo,o conselho se achava com amesma autoridade do síndico

para gerenciar o condomínio,mas chegamos a um consen-so. Na época, há 6 anos, con-clui o mandato de um ano enão quis me candidatar outravez, pois o desgaste foi gran-de, mas hoje me dou bem comtodos”, conclui.

A função do Conselho Fis-cal em um condomínio, con-forme o próprio nome sugere,é a de fiscalizar as contas eações do síndico, solicitandoesclarecimentos quando ne-cessário. Porém, não havendoirregularidades comprováveis,ele não possui autoridade parainterferir nas deliberações dosíndico.

O diálogo é sempre melhorvia do que o conflito. O síndi-co é, por lei, a autoridade má-xima dentro do condomínio etem seus poderes legitimadosquando é eleito por seuscondôminos através do voto.

Quem manda mais pode mais?Choque de autoridade entre síndico, conselheiros e condôminos

pode causar discórdia no condomínio

Isson ã oabre as por-tas para que elefaça tudo à sua ma-neira, há limites que res-tringem suas funções. É be-néfico para o condomínio pos-suir alguém com poderes le-gais para gerir suas finanças,manutenções, regras. Em umlugar onde muita gente man-

da, ninguém manda. Assim, ochoque de autoridade precisaser combatido com informa-ção.*Jornalsia e colaboradora do JS

Page 6: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

Quem já enfrentouuma praga de cupim sabe a dor de

cabeça que isso causa. No con-domínio seu efeito pode ser de-vastador, não apenas destruin-do móveis, como tambémcomprometendo a própria es-trutura básica do prédio, umavez que esses insetos tambémdestroem pisos, forros de tetoe vigas de madeira.

O verão, assim como a pri-mavera, são estações do anoque mais merecem atenção,pois geralmente após as chu-vas frequentes nessa época écomum acontecer aquelarevoada de cupins com asas,conhecidos como aleluias ousiriris. Algumas medidas de-vem ser adotadas para afastaresse pesadelo.

Os cupins vivem em colô-nias, onde cada tipo de insetodesempenha uma função espe-cífica. Uma vez alojados numobjeto de madeira, eles o vãodestruindo de dentro para fora,

de modo a manter a aparênciaexterna normal, mas, com umasimples investigação, é possí-vel perceber o interior oco, co-mido pelos cupins.

Existem alguns tipos de ár-vores, cujas madeiras são na-turalmente mais resistentes àação desses odiáveis insetos esempre que possível, é desejá-vel dar preferência a elas:Maçaranduba, Ipê, Aroeira,Jacarandá e Peroba são exem-

Cupim: uma praga a ser combatida

plos.Porém, é possível também

proteger outros tipos de madei-ra utilizando para isso um tipode verniz que combate cupins.O uso de verniz de alta pene-tração ajuda a fechar frestas eburacos por onde os cupinspossam adentrar a madeira. Arenovação do verniz deve serfeita periodicamente, de prefe-rência num intervalo entre doise três anos, para garantir a in-

tegridade do móvel ou outra es-trutura.

No entanto, o uso de vernizsó é eficaz se o objeto estiverlimpo. Se já houver infestaçãode cupins, é necessário fazerantes um extermínio com usode veneno apropriado. Paraisso, é aconselhável que se con-trate uma empresa especializa-da em descupinização, paraque os produtos químicos se-jam usados com responsabili-

dade e máxima eficácia.Lembre-se que inseticidas e

venenos podem provocar ris-cos à saúde dos moradores ede animais de estimação, en-tão é fundamental sempre avi-sar aos condôminos quandohaverá alguma ação de comba-te a insetos. Também é impor-tante orientá-los a combateressas pragas dentro de suas pró-prias unidades, uma vez queesses insetos podem se alastrarpara todo o condomínio.

Outra dica não diz respeitoespecificamente ao cupim, mascombater as condiçõesambientais nas quais eles gos-tam de se reproduzir. Cupinsapreciam ambientes úmidos eescuros, portanto muito cuida-do com vazamentos! Quantomais arejadas e iluminadas pu-derem ser as áreas onde ficamos objetos de madeira, meno-res as chances de se formaremcupinzeiros.

*Jornalista e colaboradora do JS

Page 7: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

Um dos pontos delicados na manutenção de um prédio

é a limpeza de fachadas, sa-cadas e janelas. Elas são a carado condomínio, um cartão devisitas, mas a altura e o fatode muitos projetos arquite-tô-nicos usarem vidro comoprincipal material para essasestruturas são fatores que pe-

dem maior atenção e cuidadono manuseio, a fim de evitarprejuízos estéticos ou, pior,acidentes.

O ideal é que se contratemempresas de limpeza profissi-onal que oferecem cuidadosespecíficos e profissionais ca-pacitados para desempenharesta tarefa com os equipamen-tos corretos. O valor cobrado

irá ser calculado a partir dasseguintes variáveis: dificulda-de de acesso, a altura do pré-dio, a quantidade de sujeira eo tipo de revestimento usado,se é vidro, pastilha, azulejo,etc.

O processo de higieniza-ção atualmente é feito, namaioria das empresas, comequipamentos de jateamentoque usam a alta pressão daágua para limpar e chegam agarantir até 80% de economiaem relação às mangueiras co-muns. Em graus maiores desujeira, as escovas podem seruma alternativa. Aliado a isso,são usados detergentes apro-priados. O uso de cloro não émais aconselhável, pois podetrazer avarias para o revesti-mento, causando manchas,opacidade ou mesmo altera-ção da cor.

Limpeza de fachadas, sacadase janelas requer cuidados especiais

Acidentes em alturaPrédios com mais de nove

metros de altura requerem ouso de andaimes ou de equi-pamentos de rapel (alpinismoindustrial). É fundamentalbuscar uma empresa decredibilidade para a higieniza-ção do prédio e assegura-se deque ela cumpre a NR35 nor-ma de segurança da Associa-ção Brasileira de Normas Téc-nicas (ABNT) que regula-menta o trabalho em altura.

Esta norma foi publicadapela Secretaria de Inspeção doTrabalho, em março de 2012.A norma estabelece, dentreoutros pontos, o uso de equi-pamentos de proteção indivi-dual como o cinto de seguran-ça, trava-queda e talabarte,bem como a delimitação daárea onde será feito o serviço.

É importante ressaltar que

a negligência nessa contrata-ção pode trazer sérias conse-quências para o condomínioque, em casos de acidentes detrabalho, deve ser incluídocomo responsável solidaria-mente à empresa. Portanto, avigilância deve ser constante!

Segundo o Ministério doTrabalho, estima-se que 40%dos acidentes laborais ocorre-ram por quedas durante exer-cício de trabalho em altura.Sendo assim, este serviço éuma das atividades que maiscausam acidentes fatais. Casoalguma fiscalização seja feitaem empresas que realizameste tipo de trabalho, e o fis-cal não identifique a aplicaçãoda NR 35, a empresa sofreráuma multa de R$ 400 a R$ 6mil.

*Jornalista e colaboradora do JS

Page 8: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

Fumar cigarros não é umaatividade ilegal - desde queseja feita em locais apropria-dos. O condômino que desejafumar dentro de sua residên-cia está amparado pela lei quedefende suas liberdades indi-viduais. Contudo, no que serefere ao espaço comum, oquadro muda. Isso se aplicaàs áreas de uso coletivo docondomínio, o fumo é vetadonelas e a legislação brasileiragarante a legitimidade dessaproibição.

O cerco aos fumantes co-meçou a se fechar há algunsanos no Brasil desde que vá-rios estados e capitais come-çaram a decretar leisantifumo, visando umaconscientização da populaçãojuntamente a uma mudança depostura, a exemplo da Lei nº13.541 de 2009 que causoupolêmica ao proibir no estadode São Paulo o consumo decigarros em ambientes de uso

coletivo, públicos e privados.As limitações se intensifi-

caram em todo com a regula-mentação da Lei Antifumo na-cional (nº 12.564), sanciona-da em dezembro de 2014, aqual faz referência explícita àshabitações em condomínio:“Fica proibido fumarcigarrilhas, charutos, cachim-bos, narguilés e outros produ-tos em locais de uso coletivo,públicos ou privados, comohall e corredores de condomí-nio, restaurantes e clubes,mesmo que o ambiente estejaparcialmente fechado por umaparede, divisória, teto ou atétoldo”. A lei também fala emmulta para o empreendimen-to: de R$ 2 mil a R$ 1,5 mi-lhão, dependendo da infração.

Embora seja uma lei de co-nhecimento geral há anos, nãocusta relembrar os condô-minos dessas regras, sinali-zando os locais com avisos de“proibido fumar” ou informes

educativos nas áreas restritas.Por “áreas restritas” compre-ende-se: pórtico, portaria, hallsocial, hall dos apartamentos,salão de festas, salão de jogos,garagens, guarita, corredores,elevador, escadaria, churras-queiras, piscina, sauna, refei-tório dos empregados, banhei-ro coletivo, lavabo coletivo edemais áreas de uso comumtotal ou parcialmente fecha-da.

Bom sensodeve prevalecerFumar dentro do aparta-

mento é legal, mas o bom sen-so deve prevalecer. Realizaressa atividade na varanda comcerteza irá incomodar os vi-zinho, uma vez que a fumaçaproduzida não fica restrita aoapartamento de origem, ela seespalha indiscriminadamente.Lembre-se: o mau cheiro, as-sim como o barulho não deveatrapalhar a rotina de outros

Lei antifumo baniu cigarro das áreas comuns

moradores.Outro problema são as cin-

zas, ou mesmo as “bitucas” ou“guimbas” do cigarro, fre-quentemente descartadas porseus usuários pela janela ouvaranda, indo parar em outrasunidades, causando transtor-

nos. Para esses casos, é váli-da a regra que pune arremes-so de objetos. O condôminoidentificado deve ser punidoconforme prevê a convençãodo condomínio.

*Jornalista e colaboradora do JS

Page 9: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

Quando se pretende alugar umimóvel surgem diversas dúvidassobre as responsabilidades do Lo-cador e do Locatário quanto aosgastos, quem deve pagar o que.

Uma das maiores dúvidas é re-ferente à responsabilidade sobre opagamento seguro residencial, nocaso do seguro contra incêndio.

Sem dúvida, um incêndio é umadas últimas coisas que esperamosque aconteça com nossa casa, po-rém acidentes deste tipo aconteceme são mais comum do que se ima-gina.

O mercado disponibiliza vári-os tipos de cobertura contra incên-dio através de diferentes “pacotes”.

Mas é preciso ficar atento nahora de escolher a cobertura paramelhor atender sua necessidade,sendo importante ter clareza so-bre o que o seguro não cobre.

A cobertura contra incêndio ébásica, portanto, é obrigatória emqualquer seguro residencial contra-tado.

Como funciona o seguro con-tra incêndio em imóveis alugados?

Todos os seguros residenciaiscontem a cobertura básica contraincêndio, seja seguro para casa ouapartamento.

Tratando-se de apartamentos, éo condomínio que tem a obrigaçãode contratar um segurocondominial o qual conterá cober-tura para caso de incêndio.

No entanto, a cobertura contra-tada pelo condomínio só cobre asáreas comuns do prédio.

E para proteger a parte internado apartamento, deverá ser contra-tado um seguro residencial com co-bertura para esta área.

Em caso de destruição total ouparcial causada por incêndio nocondomínio e não provocado porum determinado imóvel, o segurocondominial englobará imóveisparticulares, tendo cobertura para

os apartamentos.Ressalta-se que, o seguro

condominial não cobre fogo cau-sado por problema na rede elétricados apartamentos, mas cobre se ofogo ocorrer na rede elétrica docondomínio.

O seguro contra incêndio éobrigatório somente em caso decondomínios e prédios de aparta-mentos, mas para casas não háobrigatoriedade.

O seguro condominial prote-ge o condomínio em caso de incên-dio, assim, é indicado contratartambém o seguro residencial, queirá garantir possíveis danos causa-dos a terceiros, com uma cobertu-ra adicional, e proteger a estruturado imóvel e seus bens.

Há grande confusão quanto aoseguro contra incêndio, pois mui-tas pessoas entendem que háduplicidade no pagamento desteseguro, solicitando isenção de um.

Essa alegada duplicidade nãoexiste, pois o seguro contra incên-dio do apartamento locado nadatem a ver com o seguro contra in-cêndio do condomínio.

Tratam-se de dois seguros di-ferentes, portanto, duas cobrançasseparadas, uma obrigatória (condo-mínio) e outra opcional (residen-cial).

Quem deve pagarLocador ou Locatário?A maioria das pessoas que alu-

gam imóveis não considera a pos-sibilidade do imóvel locado seratingido por um incêndio.

Mas se o incêndio acontecer, dequem será a responsabilidade: dolocador ou do locatário?

Ler um contrato de locação écansativo, porém fundamental,principalmente para conhecer bemas cláusulas sobre seguros.

A lei sobre locações de imóveisurbanos, conhecida como “Lei doInquilinato”, traz que é responsa-bilidade do proprietário do imóvelo pagamento de seguro comple-mentar contra fogo, salvo disposi-ção expressa em contrário no con-trato.

Desse modo, nossa legislaçãopermite que os contratos de aluguelcontenham cláusulas que respon-

sabilizem o locatário do imóvelpelo pagamento de seguro contraincêndio.

Neste caso, o locatário podepesquisar preços para escolher aseguradora que melhor lhe servir,pois as imobiliárias não são com-petentes para impor a contrataçãode um determinado seguro em de-trimento de outro.

Portanto, tanto o seguro resi-dencial quanto o condominial podelegalmente cobrado do locatárioenquanto residir no imóvel.

Quanto custa um seguropara caso de incêndio?Atualmente, encontrar um imó-

vel para alugar que seja financei-ramente atrativo, é cada dia maisdifícil.

Além do valor do aluguel emsi, o locatário ainda terá que pagarpor outras despesas, dentre elas,geralmente, o seguro contra incên-dio.

As maioria das pessoas estámais familiarizadas com os preçosdos seguros de automóveis, assimacreditando que um seguro

residencial segue a mesma médiade preços.

Mas não é assim!Um seguro residencial pode

sair bem em conta, pois o preço irávariar de acordo com o tamanhodas coberturas contratadas, sendono geral bastante acessível.

Há cobertura apenas para oapartamento, a qual não inclui oque esta dentro do imóvel, sendopossível contratar outras queabrangem móveis e pertences.

É necessário pesquisar, pois asseguradoras oferecem os mais di-ferentes “pacotes” de coberturas,estando entre as mais caras as queoferecem proteção contra roubo/furto de bens materiais e quebra devidros.

E, entre as coberturas mais ba-ratas as de incêndio, pagamento dealuguel e danos elétricos.

No entanto, é fique atento, poisdiversas imobiliárias apresentamaltos valores para o seguro contraincêndio, principalmente, quandose trata de imóvel antigo.

Como fazer umseguro contra incêndio?Para contratar uma cobertura

que inclui incêndio, é preciso fa-zer um seguro residencial.

Muitas seguradoras disponi-bilizam em seus sites simulação deseguro residencial sem qualquercusto.

Assim, após pesquisa, ficarámais fácil tomar a decisão de qualsegura contratar e aproveitar as di-versas coberturas e benefícios.

Portanto, o seguro contra in-cêndio é responsabilidade do pro-prietário do imóvel, porém ele po-derá exigir, legalmente, que o lo-catário faça a contratação.Gostou? Então, visite nosso Blog ecadastre-se para recebergratuitamente conteúdos eatualizações. http://simonegoncalves.com.br/blog/

Quem paga o Seguro contra Incêndio:Locador ou Locatário?

Page 10: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título

ANUNCIE!!!! 3354.0310ANUNCIE!!!! 3354.0310ANUNCIE!!!! 3354.0310ANUNCIE!!!! 3354.0310ANUNCIE!!!! 3354.0310

Page 11: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título
Page 12: Nesta edição de fevereiro de · 25ª Câmara de Direito Priva-do do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que um condomínio pagasse in-denização em R$ 10 mil, a título