nbr 15.935 investigações ambientais — aplicação de métodos geofísicos.pdf

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    ABNT NBRNORMABRASILEIRA

    ABNT 2011

    ICS ISBN 978-85-07-

    Nmero de referncia

    22 pginas

    15935

    Primeira22.03.2011

    22.04.2011

    Investigaes ambientais Aplicao demtodos geofsicos

    Environmental investigations Application of geophysical methods

    13.020.01; 13.020.040 02687-7

    ABNT NBR 15935:2011 I m p r e s s o p o r

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    ABNT NBR 15935:2011

    ABNT 2011Todos os direitos reservados. A menos que especicado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode serreproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microlme, sem permisso porescrito da ABNT.

    ABNTAv.Treze de Maio, 13 - 28 andar20031-901 - Rio de Janeiro - RJTel.: + 55 21 3974-2300Fax: + 55 21 [email protected]

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    Sumrio Pgina

    Prefcio ...............................................................................................................................................iv

    1 Escopo ............................... ................................... ................................... ........................... 12 Termos e denies ................................. ................................... .................................... ...13 Requisitos gerais ............................... ................................... .................................... .........34 Mtodos e aplicaes .............................. ................................... .................................... ...44.1 Seleo de mtodos ................................. ................................... .................................... ...44.2 Aplicaes ............................... ................................... ................................... .....................44.2.1 Caracterizao do meio fsico ................................... ................................... .....................44.2.2 Contaminantes e fontes de contaminao ............................... .................................... ...54.2.3 Objetos enterrados .................................. ................................... ................................... ....64.3 Mtodos geofsicos de superfcie ................................... ................................... ...............64.3.1 Ssmica de refrao ................................ ................................... .................................... ...64.3.2 Ssmica de Reexo ................................ .................................... ................................... ...74.3.3 Eletrorresistividade .................................. ................................... .................................... ...74.3.4 Potencial espontneo (SP) .................................. ................................... ........................... 84.3.5 Mtodos eletromagnticos (EM) ............................... ................................... .....................94.3.6 Radar de penetrao no solo (GPR) ............................... ................................... .............104.3.7 Magnetometria ............................... ................................... ................................... .............104.3.8 Microgravimetria...............................................................................................................114.3.9 Polarizao induzida (IP) ............................... ................................... ............................... 124.4 Mtodos de geofsica de poo .................................. ................................... ...................124.4.1 Perlagem de poos ................................ ................................... .................................... .134.4.2 Levantamentos interpoos (Tomograa) .................................. .................................... .16Anexo A (normativo)Tabelas ............................... ................................... .................................... .......18Bibliograa ........................................................................................................................................21

    TabelasTabela A.1 Aplicaes dos mtodos geofsicos de superfcie na investigao

    de solo e gua subterrnea .............................................................................................18Tabela A.2 Aplicaes dos mtodos de geofsica de poos

    em investigaes geoambientais ...................................................................................20

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    Prefcio

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As NormasBrasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismosde Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), soelaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Os Documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) chama ateno para a possibilidade de quealguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve serconsiderada responsvel pela identicao de quaisquer direitos de patentes.

    A ABNT NBR 15935 foi elaborada pela Comisso de Estudo Especial de Avaliao da Qualidade doSolo e da gua para Levantamento de Passivo Ambiental e Avaliao de Risco Sade Humana(CEE-68). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n 10, de 08.10.2010 a 06.12.2010,com o nmero de Projeto 68:000.09-001.

    Esta Norma baseada nas ASTM D 6429-99:2006 e ASTM D 5753-05:2005.

    O Escopo desta Norma Brasileira em ingls o seguinte:

    Scope

    This Standard establishes guidelines for the selection of geophysical methods applied in environmentalinvestigations of soil and groundwater, although it not describes specic procedures for each method.

    This Standard applies to surface and wellbore(s) geophysical methods for geological and hydrogeologicalcharacterization of physical medium, detection and/or delimitation of contaminants, detection of buriedresidues and objects, cave detection and contouring of landlls and waste dumps.

    This Standard does not apply to geophysical methods for radioactive contaminants, buried explosivesand thermal anomalies prospection.

    This Standard is for guidance only and does not recommend a particular line of action, and should not

    be applied without regard to the many particular aspects related to each project.

    This Standard is not a substitute for specialized technical training or experience and must be used inconjunction with a qualied professional assessment.

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    NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15935:2011

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    Investigaes ambientais Aplicao de mtodos geofsicos

    1 Escopo

    1.1 Esta Norma estabelece as diretrizes para a seleo de mtodos geofsicos aplicveis a investi-gaes ambientais de solo e gua subterrnea, embora no descreva os procedimentos especcospara cada mtodo.1.2 Esta Norma se aplica aos mtodos geofsicos de superfcie e de poo(s) para a caracterizaogeolgica e hidrogeolgica do meio fsico, deteco e/ou delimitao de contaminantes, deteco deresduos e objetos enterrados, deteco de cavas e delimitao de aterros e lixes.1.3 Esta Norma no se aplica a mtodos geofsicos para a investigao de contaminantes radioati-vos, explosivos enterrados e anomalias trmicas.

    1.4 Esta Norma tem carter orientativo e no recomenda uma determinada linha de ao, bem comono deve ser aplicada sem considerar os muitos aspectos prprios de cada projeto.

    1.5 Esta Norma no substitui a formao tcnica especializada ou a experincia e deve ser usada em conjunto com a avaliao prossional qualicada.

    2 Termos e denies

    Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denies.

    2.1gua de formaogua original que satura o ambiente geolgico, antes de sofrer alteraes causadas pelo uido contidono poo

    2.2anomalia geofsicavariao local de uma dada propriedade fsica que apresenta discrepncias se comparada a um valorregional representativo para aquela propriedadeNOTA Uma anomalia geofsica pode estar relacionada a uma variao natural ou antrpica do meio,podendo estar associada ou no ao alvo de interesse da investigao.

    2.3arranjodisposio geomtrica de fontes e/ou de receptores utilizados em uma investigao geofsica2.4contaminaopresena de substncia(s) qumica(s) no ar, gua ou solo, decorrentes de atividades antrpicas, emconcentraes tais que restrinjam a utilizao desses recursos ambientais para os usos atual oupretendido, denidas com base em avaliao de risco sade humana, assim como aos bens aproteger, em cenrio de exposio padronizado ou especco2.5contaminanteorganismos patognicos, substncias txicas ou outros elementos, em concentraes que possamafetar a sade humana e o meio ambiente

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    ABNT NBR 15935:2011

    2.6contato galvnicocontato eltrico entre o eletrodo e um meio condutor onde se estabelece diretamente a passagem deeltrons, em contraposio ao contato indutivo

    2.7DNAPL ( Dense Non-aqueous Phase Liquids )substncias qumicas orgnicas, no aquosas, mais densas que a gua, podendo ser detectveispelos mtodos geofsicos em concentraes maiores que a sua solubilidade em gua

    2.8eletrodoelemento metlico utilizado nos mtodos eltricos para estabelecer o contato fsico (acoplamento)entre o equipamento de medio e o terreno investigado

    NOTA Pode ser do tipo no polarizvel, utilizado em levantamentos pelos mtodos SP e IP.

    2.9eletrlitosubstncia condutora que permite a passagem de corrente eltrica atravs do uxo de elementoseletricamente carregados (ons)

    2.10falhaestrutura geolgica caracterizada por um plano de descontinuidade que apresenta um deslocamentorelativo entre as partes separadas pelo plano

    2.11geofonesensor utilizado nos mtodos ssmicos, capaz de converter uma vibrao mecnica em um sinaleltrico

    2.12LNAPL ( Light Non-aqueous Phase Liquids )substncias qumicas orgnicas, no aquosas, menos densas que a gua, podendo ser detectveispelos mtodos geofsicos em concentraes maiores que a sua solubilidade em gua

    2.13

    profundidade de investigaopara a geofsica de superfcie, este termo indica o alcance vertical ou a profundidade terica mximaa ser investigada por um determinado mtodo. Em perlagem geofsica de poos, este termo indica oalcance radial a partir do poo no qual a propriedade fsica investigada

    2.14resoluomenor dimenso de um alvo que um mtodo geofsico consegue individualizar. Quanto maior aresoluo de um determinado mtodo menor ser a dimenso do alvo possvel de ser detectado

    2.15traadorelemento que se comporta de modo semelhante substncia analisada e que pode ser detectadopelo mtodo de anlise

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    3 Requisitos gerais

    3.1 Os mtodos geofsicos apresentados nesta Norma so usuais para as investigaes ambientaisde solo e gua subterrnea, conforme as referncias bibliogrcas [1], [2], [5], [7], [11], [13] e [14],entre outros, no sendo considerados todos os mtodos geofsicos de superfcie e de poo.

    3.2 O sucesso de um levantamento geofsico depende de muitos fatores. Um dos fatores mais im-portantes a competncia e a qualicao do(s) prossional(ais) responsvel(eis) pelo planejamentoe execuo do levantamento, bem como pela interpretao dos dados. Pessoas sem treinamentoespecializado ou experincia devem solicitar assistncia de prossionais qualicados.

    3.3 Um entendimento adequado da teoria do mtodo, dos procedimentos de campo, da interpreta-o dos dados, bem como conhecimento da geologia local so fatores necessrios para realizar comsucesso um levantamento geofsico. Um determinado mtodo ecaz para a investigao de um dadoproblema em uma rea pode no apresentar a mesma ecincia para a investigao daquele mesmo

    problema em outra rea devido s mudanas nas condies do meio fsico/geolgico.3.4 Mtodos geofsicos so mtodos indiretos de investigao que medem propriedades fsicas dasubsuperfcie. Eles podem permitir o mapeamento lateral e vertical de uma ou mais propriedadesfsicas ou, ainda, o monitoramento das variaes temporais dessas propriedades, ou ambos. Para queum dado alvo possa ser detectado, preciso que ele apresente um contraste suciente da proprieda-de fsica investigada em relao ao meio circundante.

    3.5 Uma caracterstica dos mtodos geofsicos a possibilidade de gerao de dados de forma con-tnua e com grande cobertura espacial, o que permite um planejamento adequado da malha de son-dagens, isto , amostragem direta para ns de caracterizao e monitoramento da rea investigada.

    3.6 O planejamento de um programa de investigao geofsica deve prever a possibilidade de alterarou acrescentar atividades, a m de complementar e/ou suportar mudanas na interpretao das con-dies da rea. Os levantamentos geofsicos devem ser realizados em etapas sucessivas: reconheci-mento, detalhamento e, eventualmente, monitoramento.

    3.7 A etapa de reconhecimento destina-se identicao das condies naturais do ambiente(background ) e das condies anmalas. As etapas posteriores de investigao geofsica devemdetalhar a caracterizao pelo adensamento espacial dos dados e, eventualmente, monitorar suasvariaes temporais.

    3.8 Alguns mtodos geofsicos permitem uma interpretao preliminar qualitativa. Entretanto,todos os mtodos necessitam de um processamento mais elaborado antes de qualquer interpretaoquantitativa. O processamento e a interpretao dos dados devem ser conduzidos por prossionaisqualicados e experientes, a m de garantir que o modelo seja consistente com as condies geolgi-cas, hidrogeolgicas e ambientais da rea investigada. A caracterizao da rea investigada deve seralcanada pela interpretao integrada dos dados disponveis, podendo, inclusive, utilizar dados deum ou mais mtodos geofsicos.

    3.9 A capacidade dos mtodos geofsicos de superfcie para detectar um alvo diminui com o au-mento da sua profundidade, assim como a profundidade de investigao diminui com o aumento dafreqncia (Hz) de operao. Alguns mtodos geofsicos so ambguos, ou seja, diferentes alvos po-dem resultar em respostas geofsicas semelhantes.

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    4 Mtodos e aplicaes

    4.1 Seleo de mtodos

    A seleo dos mtodos geofsicos preferenciais para diversas aplicaes geoambientais estsumarizada nas Tabelas A.1 e A.2. A Tabela A.1 se refere aos mtodos geofsicos de superfcie,enquanto que a Tabela A.2 refere-se aos mtodos geofsicos de poo. Para cada mtodo, h uma brevedescrio de seus fundamentos, aplicaes, caractersticas, limitaes e procedimentos de campo.

    NOTA Recomenda-se que sejam consultadas referncias apropriadas sobre cada um dos mtodose suas interpretaes, sendo sugerida a consulta a textos clssicos como, entre outros, [7], [8], [9], [10], [12],[15], [16], [18], [20] e [21].

    4.2 Aplicaes

    4.2.1 Caracterizao do meio fsico4.2.1.1 Estraticao de materiais geolgicos

    Esta aplicao inclui a determinao dos contatos entre diferentes camadas de solos, aterros,sedimentos e rochas, planos contnuos e descontnuos de acamamento, discordncias, lentese espessura dessas camadas.

    4.2.1.2 Profundidade do topo rochoso

    Esta aplicao inclui a determinao da profundidade do topo da rocha no exposta. Em reas ondeo topo rochoso est alterado ou muito fraturado, pode ser difcil determin-lo com preciso. Superfciesrochosas muito irregulares podem representar tambm um problema adicional para a denio de suaconformao.

    4.2.1.3 Profundidade do nvel dgua

    Esta aplicao inclui a determinao da profundidade na qual a unidade hidroestratigrca se encontratotalmente saturada. O nvel dgua (topo da zona saturada) pode ser detectado devido a variaes naspropriedades fsicas que so causadas pelas condies de saturao. Em alguns casos, a espessurada franja capilar pode fazer com que o contraste seja gradacional, dicultando a denio do nveldgua.

    4.2.1.4 Identicao de falhas e fraturas

    Esta aplicao inclui a localizao e a caracterizao de juntas, fraturas e falhas, as quais podem estarparcial ou totalmente preenchidas, o que contribui para o aumento da detectabilidade dessas feies.

    4.2.1.5 Deteco de cavidades

    Esta aplicao inclui cavidades naturais ou antrpicas, vazias ou no, tais como feies crsticas,cavernas e galerias de minas.

    4.2.1.6 Sentido de uxo de gua subterrnea

    O sentido do uxo de gua subterrnea se constitui em um importante parmetro para investigaes desolo e gua subterrnea, pois inuencia, em grande parte, a distribuio espacial dos contaminantes. I m p r e s s o p o r

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    4.2.2 Contaminantes e fontes de contaminao

    4.2.2.1 Vazamentos e derramamentos superciais

    Esta aplicao diz respeito deteco e mapeamento de uidos que podem migrar de barragens,dutos, tanques, canaletas, bacias de conteno e derramamentos durante o transporte de produtos.

    4.2.2.2 Valas e aterros de resduos

    Esta aplicao inclui a localizao e deteco de limites de aterros e cavas para deposio de resduos.A determinao da profundidade da base de um aterro ou trincheira muito mais difcil de denir doque os seus limites laterais.

    4.2.2.3 Intruso salina

    Esta aplicao se refere invaso de gua salina dentro de aqferos de gua doce. Embora este sejaum problema tpico de reas costeiras, ele pode ocorrer naturalmente em aqferos interiores ou porcontaminao antrpica. Os limites laterais da interface gua salina/gua doce podem ser mapeadose a profundidade da gua salina pode ser estimada.

    4.2.2.4 Salinizao do solo

    A atividade agrcola pode gerar um aumento das concentraes de sais no solo em nveis que afetamo desenvolvimento dos cultivos e o rendimento da safra agrcola. Outras atividades industriais tambmpodem resultar em concentraes anmalas de sais no solo.

    4.2.2.5 Delimitao de zonas com contaminantes orgnicos

    Esta aplicao inclui o reconhecimento de zonas afetadas pela presena de contaminantes deorigem orgnica. A investigao geofsica em geral no individualiza esses contaminantes, mas podereconhecer as feies associadas presena destes.

    4.2.2.5.1 LNAPL

    Estes compostos sobrenadam, na forma de fase livre, e deprimem o nvel dgua se estiverempresentes em grande volume, podendo alterar a capilaridade do solo. Estes compostos se dissolvemlentamente na gua, agindo como fontes de contaminao.

    4.2.2.5.2 DNAPL

    A sua distribuio na subsuperfcie complexa e controlada pela gravidade e pela capilaridade domeio. Estes compostos se dissolvem muito lentamente na gua, agindo como fontes de contaminaopersistentes.

    4.2.2.6 Delimitao de zonas com contaminantes inorgnicos

    Esta aplicao inclui todos os tipos de reas com deposio de resduos nos quais os lquidospercolados so predominantemente inorgnicos, incluindo aterros de resduos slidos, lixes e reasde rejeito de minas.

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    4.2.3 Objetos enterrados

    4.2.3.1 Utilidades e interferncias

    Esta aplicao inclui uma grande variedade de alvos, tais como tubulaes, cabos e galerias. A maioriadestas utilidades encontra-se enterrada prximo superfcie, facilitando a sua deteco. Os mtodosgeofsicos a serem utilizados dependem do tipo de material das utilidades (metlico ou no metlico).

    4.2.3.2 Tambores, tanques e objetos metlicos

    Esta aplicao inclui tanques de estocagem e tambores metlicos enterrados, alm de outros objetosmetlicos. Como estes objetos geralmente encontram-se a pequenas profundidades, so relativamentefceis de detectar.4.2.3.3 Recipientes e objetos no metlicos

    Esta aplicao inclui recipientes, como bombonas,bigbags , isotanques, entre outros, e objetos nometlicos diversos. Por serem no metlicos, so mais difceis de serem detectados, principalmentequando o objeto ou o seu conjunto apresenta pequeno volume.

    4.3 Mtodos geofsicos de superfcie

    4.3.1 Ssmica de refrao

    Este mtodo permite determinar as velocidades de propagao das ondas ssmicas nas diversascamadas, obtidas a partir dos tempos de trnsito das ondas refratadas nas suas interfaces.Os resultados da ssmica de refrao so apresentados na forma de sees geolgicas interpretadasou como mapas de contorno.4.3.1.1 Aplicao do mtodo

    A aplicao da ssmica de refrao a caracterizao do meio fsico, conforme apresentado naTabela A.1.4.3.1.2 Profundidade de investigao

    A profundidade de investigao do mtodo da ssmica de refrao est limitada a algumas poucasdezenas de metros. Medies rasas podem ser realizadas utilizando fontes de baixa energia, comomarreta, rie especial, ou queda de uma massa. As medies mais profundas exigem fontes de altaenergia, como explosivos.

    4.3.1.3 Resoluo

    Considerando a resoluo vertical do mtodo, uma camada bem denida quando a sua espessuracorresponde a uma frao substancial da profundidade do seu topo. A resoluo lateral depende doespaamento entre geofones. A ssmica de refrao tipicamente resolve trs ou quatro camadas.4.3.1.4 Limitaes

    O mtodo sensvel a vibraes esprias presentes no ambiente. Para uma interface ser detectadapor refrao, necessrio que as velocidades das camadas aumentem com a profundidade.Este mtodo no detecta camadas delgadas. Para esta aplicao, entende-se por camada delgada

    aquela na qual a diferena dos tempos de chegada das ondas refratadas pelo topo e pela base dacamada insuciente para a sua identicao. necessrio dispor de espao fsico suciente paraadotar um arranjo de fonte e geofones com comprimento de trs a cinco vezes a profundidade deinvestigao desejada.

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    4.3.2 Ssmica de Reexo

    O mtodo da ssmica de reexo mede o tempo de trnsito das ondas ssmicas reetidas nas interfacesdas camadas geolgicas. As reexes ocorrem onde h contraste de velocidade e densidade nomaterial. Os dados adquiridos no campo devem ser processados antes de qualquer interpretaoquantitativa. Este mtodo tambm aplicvel em reas submersas. Os resultados so apresentadosna forma de sees geolgicas interpretadas ou como mapas de contorno.

    4.3.2.1 Aplicao do mtodo

    A aplicao da ssmica de reexo a caracterizao do meio fsico, conforme apresentado naTabela A.1. Em relao ssmica de refrao este mtodo apresenta melhor resoluo. Para alvosprofundos, a ssmica de reexo mais indicada que o mtodo da ssmica de refrao.

    4.3.2.2 Profundidade de investigao

    O mtodo da Ssmica de Reexo aplicvel a uma ampla gama de profundidades de investigao.Medies rasas (algumas dezenas de metros) podem ser realizadas utilizando fonte de baixa energia,enquanto que em medies profundas (dezenas a algumas centenas de metros), ou em materiaismuito dissipativos, so exigidas fontes de alta energia.

    4.3.2.3 Resoluo

    A resoluo vertical proporcional freqncia da energia ssmica gerada pela fonte e propagada nomeio. As condies timas para levantamentos de reexo rasa so solos saturados compostos porsedimentos nos, os quais possibilitam o registro de sinais com componentes de mais alta freqncia.A resoluo lateral depende do espaamento entre geofones. O mtodo da Ssmica de Reexofornece uma seo de alta resoluo das camadas de solo e rocha.

    4.3.2.4 Limitaes

    O mtodo sensvel a vibraes esprias presentes no ambiente. A distncia entre a fonte e o geofonemais afastado usualmente de 1 vez a 2 vezes a profundidade de investigao desejada, menor doque a distncia necessria no caso da Ssmica de Refrao.

    4.3.3 Eletrorresistividade

    As medies de eletrorresistividade so realizadas pela injeo de corrente no solo por meio de

    dois eletrodos de corrente e a medio da voltagem em dois outros eletrodos de potencial.Este mtodo mede a resistividade eltrica dos solos, das rochas e dos uidos contidos. O levantamentode dados de eletrorresistividade pode ser do tipo sondagem eltrica vertical (SEV) ou caminhamentoeltrico. Estas medies tambm podem ser realizadas de forma automatizada, o que permite agilizaro levantamento com diferentes espaamentos e geometrias. Este mtodo tambm aplicvel emreas submersas rasas, onde os eletrodos podem ser dispostos no fundo ou na superfcie do corpode gua. Os resultados so apresentados na forma de pers ou sees de resistividade eltrica emfuno da profundidade, ou mapas de resistividade eltrica.

    4.3.3.1 Aplicao do mtodo

    O mtodo da eletrorresistividade pode ser aplicado para a caracterizao do meio fsico, bem comopara a identicao de anomalias associadas presena de contaminantes e fontes de contaminao(ver Tabela A.1). A SEV pode ser utilizada para determinar a profundidade e a espessura dascamadas do terreno. Levantamentos SEV apresentam melhores resultados em locais onde a geologia

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    lateralmente homognea e as camadas so horizontais ou sub-horizontais. Levantamentos peloprocedimento de caminhamento eltrico so usados para localizar e mapear reas com variaolateral da resistividade.

    4.3.3.2 Profundidade de investigao

    A profundidade de investigao do mtodo de eletrorresistividade est relacionada principalmenteao espaamento entre eletrodos e s propriedades eltricas da subsuperfcie. No h limite mximopara a profundidade de investigao, desde que haja espao suciente para a disposio do arranjode eletrodos e capacidade do equipamento para injetar corrente eltrica com intensidade suciente.

    4.3.3.3 Resoluo

    A resoluo lateral de um caminhamento eltrico funo do arranjo, do espaamento entre eletrodos,bem como do intervalo de deslocamento entre estaes de medio. A SEV, por investigar a variao

    vertical de resistividade eltrica, pode resolver melhor as camadas em subsuperfcie.4.3.3.4 Limitaes

    As medies so suscetveis, embora menos que os mtodos eletromagnticos, a interfernciasprximas, como tubos metlicos, cabos energizados, pontos de aterramento de redes eltricas oucorrentes de proteo catdica. Quanto maior a profundidade de investigao requerida, maior ser otamanho do arranjo de eletrodos. Dispor de espao acessvel suciente para a disposio do arranjopode ser um fator limitante. Em reas pavimentadas, pode ser necessria a execuo de furos paraestabelecer o contato dos eletrodos com o solo.

    4.3.4 Potencial espontneo (SP)

    O mtodo SP mede a voltagem natural que existe na subsuperfcie. As medies de diferenade potencial eltrico so realizadas entre dois eletrodos no polarizveis em contato com o solo.As voltagens naturais tm como origem fenmenos eletroqumicos (relaes entre minerais e uidos)ou eletrocinticos (relacionados ao uxo dgua em subsuperfcie). As voltagens registradas so, emgeral, da ordem de dezenas ou centenas de milivolts. As medies SP so relativamente rpidas.Os resultados podem ser apresentados na forma de pers ou de mapas de contorno, geralmente compouco processamento. A interpretao de dados de SP usualmente qualitativa.

    4.3.4.1 Aplicao do mtodo

    As aplicaes do mtodo SP tm sido relacionadas a investigaes do movimento da gua subterrnea(determinao do sentido de uxo, vazamentos em barragens e bacias de conteno). possvel usaro mtodo SP para mapear variaes geoqumicas associadas com zonas com contaminantes ou comalteraes causadas pela sua presena.

    4.3.4.2 Profundidade de investigao

    O SP um mtodo de campo potencial, portanto os parmetros da fonte no podem ser modicadospara variar a profundidade de investigao. O tamanho, a profundidade, a orientao e as propriedadesfsicas e qumicas dos alvos em subsuperfcie afetam a intensidade da anomalia do SP. Por estasrazes, os resultados deste mtodo permitem apenas uma interpretao qualitativa, sem precisona determinao das profundidades investigadas.

    4.3.4.3 Resoluo

    A resoluo lateral funo do espaamento entre estaes de medio.

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    4.3.4.4 Limitaes

    As medies so suscetveis a interferncias de correntes telricas naturais, s condies do terreno,a efeitos topogrcos e a correntes de proteo catdica.

    4.3.5 Mtodos eletromagnticos (EM)

    Estes mtodos medem a condutividade eltrica da subsuperfcie usando a magnitude e a fase de camposmagnticos induzidos em subsuperfcie, medidos com pelo menos duas bobinas eletromagnticas,uma transmissora e outra receptora. H uma relao inversa entre a freqncia de operao e aprofundidade investigada. Estes mtodos podem ser aplicados no domnio da freqncia (FDEM)ou do tempo (TDEM). O mtodo FDEM pode ser aplicado de forma contnua ou estao a estao,enquanto que o levantamento TDEM realizado apenas estao a estao.

    Por serem mtodos indutivos eles no so intrusivos, portanto no requerem contato direto com osolo, o que facilita a sua aplicao em reas pavimentadas. Os resultados so apresentados na formade pers ou sees de condutividade eltrica em funo da profundidade, ou mapas de condutividadeeltrica. Estes mtodos tambm so aplicveis em reas submersas, desde que a gua seja poucocondutiva.

    NOTA Existe uma classe de equipamentos genericamente denominados de localizadores ou detectoresde metal que usa o mesmo princpio fsico dos mtodos EM. Nesta categoria, ressalta-se o localizador decabos e dutos.

    4.3.5.1 Aplicao dos mtodos EM

    Os mtodos EM so usados para deteco e mapeamento de variaes laterais de condutividadeeltrica, relacionadas a heterogeneidades geolgicas e hidrogeolgicas, bem como de anomalias

    associadas presena de contaminantes inorgnicos (eventualmente tambm orgnicos) e paralocalizao e mapeamento de resduos enterrados, tambores, tanques e utilidades metlicas.Os mtodos EM podem ainda ser utilizados para investigar a variao vertical de condutividade eltricado terreno.

    4.3.5.2 Profundidade de investigao

    A profundidade de investigao dos mtodos EM uma funo inversa da freqncia de operao,do espaamento entre as bobinas de transmisso e de recepo e da orientao das bobinas.Alguns instrumentos podem ser usados com os eixos das bobinas na vertical (dipolo vertical)ou com os eixos das bobinas na horizontal (dipolo horizontal). O dipolo vertical possui profundidade deinvestigao maior em comparao com o dipolo horizontal, considerando a mesma separao entrebobinas.

    4.3.5.3 Resoluo

    A resoluo dos mtodos EM tambm depende da freqncia de operao. Freqncias mais elevadasresultam em dados com maior resoluo.

    O mtodo FDEM pode fornecer dados com uma boa resoluo lateral, particularmente quando sorealizadas medies contnuas. A resoluo lateral tambm est relacionada com o espaamentoentre as bobinas transmissora e receptora e o intervalo entre as estaes de medio. Este mtodoapresenta resoluo vertical inferior em comparao com a resoluo horizontal.

    Sendo a resoluo vertical do mtodo TDEM superior do mtodo FDEM, o TDEM mais indicadopara identicao de estraticaes do terreno. A resoluo lateral do TDEM depende do espaamentoentre as estaes de medio.

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    4.3.5.4 Limitaes

    Medies EM so suscetveis a interferncias de objetos metlicos prximos e de rudoseletromagnticos em geral. O mtodo TDEM opera com bobinas de grandes dimenses, exigindomaior espao fsico para o seu uso.

    4.3.6 Radar de penetrao no solo (GPR)

    O GPR se constitui em uma tcnica de reexo de ondas eletromagnticas de alta freqncia.Uma antena transmissora emite um pulso eletromagntico que propagado no solo e que reeteem interfaces que apresentam contraste de propriedades eletromagnticas, sendo captado por umaantena receptora. Este mtodo tambm aplicvel em reas submersas rasas, desde que a gua sejapouco condutiva. Os dados so apresentados na forma de sees ou mapas.

    4.3.6.1 Aplicao do mtodo

    O GPR usado para obter sees de alta resoluo do solo e das rochas subjacentes, avaliar aestraticao de materiais geolgicos, determinar o nvel dgua, detectar zonas anmalas associadas presena de contaminantes e localizar materiais enterrados, tais como tanques e utilidades.Para a investigao de contaminantes orgnicos, este mtodo o que apresenta maior potencialidadede aplicao.

    4.3.6.2 Profundidade de investigao

    A profundidade de investigao do GPR depende da freqncia das antenas utilizadas e fortementeinuenciada pela condutividade eltrica do terreno. A profundidade de investigao da ordem depoucos metros (em solos argilosos ou com uidos condutivos) a poucas dezenas de metros (no casode solos pouco condutivos). As medies GPR tambm podem ser realizadas em lagos e rios combaixa condutividade (gua doce).

    4.3.6.3 Resoluo

    O mtodo GPR fornece a mais alta resoluo lateral e vertical de todos os mtodos geofsicos desuperfcie. Antenas de vrias freqncias (de 10 MHz a 3 000 MHz) podem ser selecionadas, deacordo com os objetivos do levantamento. As antenas de mais baixas freqncias fornecem dadoscom maior penetrao e menor resoluo. J as antenas de freqncias mais altas geram dados commenor profundidade de investigao e de mais alta resoluo. A resoluo vertical varia de poucoscentmetros a um metro. A resoluo lateral determinada pela distncia entre as estaes de medio.

    4.3.6.4 Limitaes

    Este mtodo apresenta pequena profundidade de investigao em meios eletricamente condutivos.Em ambiente com elevado nvel de rudo eletromagntico, recomendado o uso de antenas blindadas.

    4.3.7 Magnetometria

    A magnetometria mede perturbaes locais na intensidade e na direo do campo magntico terrestre,causadas pela presena de corpos magnetizveis. A propriedade fsica investigada a suscetibilidademagntica. Os equipamentos para registro dos dados so o magnetmetro, que utiliza um nico sensor,ou o gradimetro, que utiliza dois sensores. Em aplicaes ambientais, utiliza-se majoritariamenteo gradimetro, que mede o gradiente do campo magntico e no requer a aplicao de correestemporais. Este mtodo tambm aplicvel em reas submersas. Os resultados so apresentados naforma de sees ou como mapas de contorno.

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    4.3.7.1 Aplicao do mtodo

    Este mtodo normalmente utilizado para localizao e mapeamento de metais ferrosos enterrados,por exemplo, objetos e resduos metlicos, tambores ou tanques e utilidades subterrneas.A magnetometria pode ainda ser utilizada no reconhecimento de unidades litolgicas e na localizaode falhas e diques de rochas magnticas.

    4.3.7.2 Profundidade de investigao

    Uma anomalia magntica diretamente proporcional s dimenses do alvo e inversamenteproporcional sua profundidade.

    4.3.7.3 Resoluo

    A resoluo horizontal funo do espaamento entre pontos de medio. O gradimetro apresenta

    maior resoluo, em comparao com o magnetmetro, para denio de alvos rasos. A resoluovertical decai rapidamente com o aumento da profundidade do alvo.

    4.3.7.4 Limitaes

    Medies magnticas so suscetveis interferncia de outros objetos metlicos na vizinhana,bem como a utuaes naturais no campo magntico terrestre e s tempestades atmosfricas.

    4.3.8 Microgravimetria

    As medies de gravimetria detectam variaes no campo gravitacional da terra, causadas por variaesna densidade do solo e das rochas. As anomalias gravimtricas so atribudas a variaes lateraisna densidade dos materiais que constituem a subsuperfcie, como, por exemplo, canais preenchidos,cavernas ou estruturas. As medies microgravimtricas so usadas para detectar variaes muitopequenas na gravidade. Dentre todos os mtodos geofsicos de superfcie o que apresenta menorsuscetibilidade a rudos e no necessita de grandes reas disponveis para o levantamento.

    4.3.8.1 Aplicao do mtodo

    As medies de microgravidade so feitas em estaes com pequeno espaamento (de decmetrosa poucos metros) e so usadas para caracterizar feies geolgicas locais, tais como relevo do toporochoso, cavernas, tneis abandonados e galerias de minas. As medidas de gravidade tambm tmsido usadas para delinear os limites, a espessura e o volume de aterros. A apresentao dos dados

    na forma de sees, de mapas de contorno, ou ambos.4.3.8.2 Profundidade de investigao

    Aplicaes de microgravimetria usualmente investigam alvos de at poucas dezenas de metros deprofundidade.

    4.3.8.3 Resoluo

    A resoluo lateral depende do espaamento entre estaes. A resoluo vertical depende daestimativa da densidade das unidades geolgicas e da exatido no controle da altimetria das estaesde medio.

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    4.3.8.4 Limitaes

    Devido alta sensibilidade do gravmetro, as medies de gravidade devem ser realizadas com oequipamento perfeitamente nivelado e sem a presena de vibraes. Alm disso, o levantamento dedados exige um rigoroso controle altimtrico.

    4.3.9 Polarizao induzida (IP)

    O mtodo da polarizao induzida consiste na medio do decaimento do potencial eltrico apso desligamento da corrente injetada. Este mtodo pode ser aplicado no domnio do tempo ou dafreqncia. Em ambos os casos a subsuperfcie age como um capacitor, guardando cargas eltricase tornando-se eletricamente polarizada. Esse efeito de polarizao induzida ocorre devido presenade uidos condutivos no espao intergranular ou minerais metlicos disseminados. LevantamentosIP podem ser realizados concomitantemente a medies de eletrorresistividade. Os resultados soapresentados na forma de sees ou mapas de cargabilidade ou fator metlico, que so as propriedades

    ou atributos fornecidos pelo mtodo.4.3.9.1 Aplicao do mtodo

    As aplicaes em investigaes de solo e gua subterrnea do mtodo IP incluem a delimitaode zonas de concentrao de uidos ou minerais bons condutores de eletricidade (solo salinizado,intruso salina, contaminantes orgnicos ou inorgnicos).

    4.3.9.2 Profundidade de investigao

    O mtodo IP tem sua profundidade de investigao limitada pelo arranjo e espaamento de eletrodosusados em campo. Para aplicaes de investigao de solo e gua subterrnea, este mtodo podeinvestigar profundidades de at algumas dezenas de metros.

    4.3.9.3 Resoluo

    A resoluo lateral do mtodo IP funo do arranjo, do espaamento entre eletrodos, bem comodo intervalo entre estaes de medio. Este mtodo pode resolver apenas um pequeno nmero decamadas.

    4.3.9.4 Limitaes

    As medies IP esto sujeitas a rudos causados por campos eletromagnticos indesejveis que

    geram correntes telricas, bem como ao possvel rudo resultante dos acoplamentos capacitivo eindutivo do instrumento de medio. O mtodo IP requer um controle rigoroso da qualidade dos dados.O uso de eletrodos no polarizveis altamente recomendvel.

    4.4 Mtodos de geofsica de poo

    A geofsica de poo trata da aplicao dos mtodos geofsicos no ambiente de poo (perlagem)ou entre poos e/ou a superfcie do terreno (tomograa). Os princpios fsicos so os mesmos da geofsicade superfcie, mas com particularidades quanto sua implementao e interpretao dos dados.Os pers geofsicos de poos apresentam a mais alta resoluo vertical entre os mtodos geofsicos,mas com relativa pequena profundidade de investigao (distncia radial do poo). A resoluo e aprofundidade de investigao do levantamento entre poos (alcance) dependem das propriedades domeio, da energia da fonte, da sensibilidade dos receptores e do espaamento entre eles.

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    4.4.1 Perlagem de poos

    Existe um grande nmero de equipamentos de perlagem de poos (tambm chamados de sondasou ferramentas), mas, em aplicaes em investigaes de solo e gua subterrnea, este nmero relativamente pequeno (ver Tabela A.2). Os pers geofsicos de poos devem ser interpretadossempre de maneira conjunta, com a nalidade de reduzir a ambigidade na interpretao.

    Cada ferramenta de perlagem deve ser corrida com uma velocidade especca, sendo, em geral,da ordem de alguns metros por minuto. Quando vrias ferramentas so corridas simultaneamente,o conjunto deve ser corrido com a velocidade da ferramenta que exige velocidade menor. Comumente oregistro das curvas de perlagem realizado da base para o topo do poo, pois dessa forma obtm-semaior controle sobre o deslocamento da ferramenta. Recomenda-se consultar referncias especcas,como, por exemplo, [3], [4] e [9] para maiores detalhes sobre cada mtodo.

    4.4.1.1 Caliper

    uma sonda, com dois ou mais braos mecnicos, que mede a variao no dimetro do poo e avaliaa integridade das suas paredes. Este perl serve para estimativas qualitativas de permeabilidade,deteco de cavidades e para o controle de qualidade dos demais pers, fornecendo parmetros paraa sua correo.

    4.4.1.2 Raio gama natural (GR)

    Esta ferramenta mede a radioatividade natural das rochas. Por no possuir uma fonte radioativa prpria,deve ser aplicada antes de qualquer outra ferramenta que utilize fonte ativa. utilizada principalmentepara o reconhecimento litolgico e na correlao estratigrca entre poos. As medidas absolutasso dadas em contagens por segundo (cps) e as relativas em unidades API (American PetroleumInstitute ). A profundidade mxima de investigao do perl de raios gama em torno de 30 cm.A resoluo vertical deste perl da ordem de 1 m.

    4.4.1.3 Potencial espontneo (SP)

    Este perl registra a diferena de potencial eltrico que existe naturalmente entre dois pontos daparede de um poo. Esta diferena de potencial (voltagem) ocorre devido a fenmenos eletroqumicos(trocas inicas) e eletrocinticos (uxo de eletrlitos). A resposta do perl SP depende do contrastede salinidade entre a gua de formao e o ltrado do uido utilizado para estabilizao da parede dofuro.. Quanto maior esse contraste, maior a intensidade da resposta do SP.

    O perl SP, da mesma forma que o perl GR, usado para o reconhecimento litolgico. Embora tenhamprincpios fsicos diferentes, suas interpretaes so bastante parecidas. Em algumas situaes,um perl pode ser mais indicado que outro. Por exemplo, no caso da ocorrncia de areias radioativas,o perl SP deve ser usado para discriminar camadas arenosas de argilosas, enquanto que, no casode no haver contraste de salinidade entre a gua de formao e o ltrado do uido de estabilizao,o perl escolhido deve ser o GR. Outras aplicaes deste perl so a estimativa de uxo e da salinidadeda gua de formao.

    A resoluo vertical do perl SP inferior do perl GR, sendo considerada da ordem de cinco metros.A profundidade mxima de investigao mais elevada do que a do perl GR. Este perl somentepode ser registrado em poo com gua.

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    4.4.1.4 Eletrorresistividade

    Esta ferramenta de perlagem mede a resistividade eltrica das formaes atravs do contato galvnicoentre os eletrodos e a parede do poo. Por esta razo, este perl somente pode ser registrado em poocom uido condutivo. Geralmente esta ferramenta fornece duas curvas de resistividade: normal curtae normal longa, com profundidades de investigao de 0,40 m e 1,60 m, respectivamente. A resoluovertical da curva normal curta de 1,5 m e da normal longa de cerca de 4 m. Este perl somentepode ser registrado em poos sem revestimento.

    O perl de eletrorresistividade responde condutividade dos uidos que saturam o meio geolgico,sendo utilizado para qualicar e quanticar os uidos saturantes, bem como detectar zonas fraturadaspreenchidas com uidos condutivos.

    4.4.1.5 Eletroinduo

    Este perl mede a condutividade eltrica, ou o seu inverso, a resistividade eltrica, das camadas desolo e rocha, atravs de um sistema de induo de um campo eletromagntico. Revestimentos de aoou outros materiais condutivos podem impedir o registro adequado deste perl. Revestimentos de PVCno provocam efeitos deletrios sobre a qualidade dos dados registrados.

    O perl de eletroinduo, por ser um perl eltrico, responde condutividade dos uidos que saturamo meio geolgico, sendo, portanto, este perl, assim como o de eletrorresistividade, utilizado paraqualicar e quanticar os uidos saturantes. No entanto, diferentemente do perl de eletrorresistividade,este perl pode ser registrado em poo contendo uido resistivo.

    A profundidade de investigao do perl de eletroinduo depende principalmente da separaoentre as bobinas de transmisso e recepo. Em investigaes de solo e gua subterrnea, estaprofundidade varia tipicamente entre 0,50 m e 3 m. A resoluo vertical depende da congurao daferramenta, mas uma regra prtica utilizada para o clculo aproximado deste parmetro dividir oespaamento entre as bobinas transmissora e receptora por 1,5. Para ferramentas de investigaoprofunda, a resoluo vertical tpica da ordem de 2 m.

    A velocidade adequada para a corrida de uma sonda de eletroinduo aquela cuja curva registradapermite discernir diferentes camadas e zonas saturadas com guas de diferentes salinidades.

    4.4.1.6 Snico

    Este perl registra as ondas elsticas refratadas na parede do poo. Das ondas registradas extrai-se

    a diferena de tempo de propagao (ou de trnsito) entre dois receptores separados pela distnciade 0,3048 m (1 p), da qual pode ser calculada a velocidade de propagao das ondas.

    O perl snico utilizado principalmente para investigar a variao de rigidez mecnica do meiogeolgico. Essa variao de rigidez pode estar associada a variaes de porosidade, de litologia, deuidos saturantes, presena de zonas fraturadas e cavidades.

    A resoluo vertical deste perl da ordem de 1 m a 2 m. A profundidade de investigao da ordemde poucos centmetros. O perl snico somente pode ser utilizado em poo com gua ou udo deestabilizao do poo.

    4.4.1.7 Densidade (gama-gama)

    Este perl registra a densidade eletrnica do meio geolgico. Uma fonte radioativa articial emite raiosgama que se chocam com os eltrons dos tomos da formao, provocando sua atenuao, e cujo

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    decaimento medido por sensores colocados a diferentes distncias da fonte. Quanto mais rpidoo decaimento, mais densa a formao, o que em geral, pode ser associado a uma baixa porosidade.

    Este perl bastante utilizado na discriminao litolgica e para a determinao de densidadee porosidade das formaes geolgicas.

    A resoluo vertical deste perl da ordem de 1 m e a sua profundidade mxima de investigao em torno de 30 cm. Por ser uma ferramenta de fonte radioativa articial, este perl deve ser registradoapenas aps a aquisio da curva de raios gama.

    4.4.1.8 Nutrons

    A sonda do perl de nutrons registra a taxa de nutrons que, aps serem expelidos por uma fontearticial localizada no corpo da sonda, so espalhados de volta sonda aps colises com os ncleosdos tomos que compem o ambiente geolgico. Essa taxa indica, principalmente, a quantidade de

    tomos de hidrognio presente no meio.O elemento hidrognio est presente exclusivamente nos uidos que saturam o solo e as rochas, osquais se encontram no espao poroso. Desta forma, o perl de nutrons um indicador da porosidadetotal. Na presena de argilominerais, a porosidade efetiva menor que a indicada por este perl.Em uma zona saturada com gs, o perl de nutrons indica uma porosidade muito menor que a real.

    A profundidade de investigao do perl de nutrons varia de 40 cm a 70 cm e a resoluo vertical da ordem de 50 cm. Este perl deve ser registrado ao nal do programa de perlagem, a m de nocontaminar o registro dos outros pers de base radioativa.

    4.4.1.9 Vdeo (ptico)

    Esta ferramenta faz uma lmagem da parede do poo, girando continuamente medida que se desloca. recomendvel que este perl seja registrado em poo com uido translcido. As aplicaes desteperl so o reconhecimento litolgico e estrutural e a inspeo visual da qualidade e da integridade dorevestimento e de outros equipamentos do poo. Quando o contaminante apresenta algum contrastevisual em relao ao uido do poo, ele pode ser identicado por este perl.

    Como qualquer perl de imagem, este perl possui resoluo milimtrica e profundidade de investigaomnima, ou seja, limitada parede do poo. A velocidade ideal de deslocamento da ferramenta devdeo aquela que no altera substancialmente a turbidez do uido do poo.

    4.4.1.10 TemperaturaO perl de temperatura registrado com o objetivo principal de inferir o padro de uxo da guasubterrnea. Para a maioria das aplicaes, necessrio realizar as medies apenas aps ocorrero equilbrio trmico entre o uido do poo e a gua de formao. No entanto, outras aplicaes podemse utilizar exatamente deste desbalano trmico transiente. Este perl pode ser utilizado para detectarpontos de perda ou ganho de uido em poo aberto. Em poo revestido, o perl de temperatura podedetectar uxo de uidos por trs do revestimento ou monitorar o calor produzido pelo processo de curado cimento usado no revestimento do poo.

    O registro da temperatura ocorre dentro do poo, no havendo diretamente uma profundidade deinvestigao. No entanto, a permanente troca de uidos entre o poo e a formao permite inferirinformaes sobre a formao geolgica e seus uidos. A resoluo vertical da ordem de dezenasde centmetros, podendo ser bastante afetada pela difusividade dos uidos dentro do poo.

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    Este perl somente pode ser registrado em poo preenchido com gua, preferencialmente aps alimpeza do poo. A velocidade de registro deve ser sucientemente baixa para minimizar a turbulnciae a difuso de uidos causada pelo deslocamento da sonda.

    4.4.1.11 Medidor de uxo

    Existem muitos tipos de medidores de uxo em poos. Para uxos de relativa alta velocidade (acimade 2,5 cm/s), pode ser utilizado um tipo de medidor baseado na rotao de uma hlice causada pelapassagem do uido. Para uxos de baixa velocidade, existem os medidores que usam traadoresqumicos ou radioativos, os quais so muito sensveis, podendo detectar uxos de poucos metros pordia. Traadores qumicos so, em geral, solues salinas que no podem ser detectadas em uidos deigual concentrao. O traador radioativo mais usado o istopo 131 do elemento iodo, que pode terrestries de uso em investigaes ambientais. O medidor de uxo de pulso termal tambm sensvela uxos de baixas velocidades. Outros tipos menos usuais de medidores de uxos tambm podem serutilizados.

    4.4.1.12 BHTV (Borehole Televiewer)

    Este perl mede o tempo de trnsito e a amplitude da onda acstica emitida e registrada por umtransdutor que gira continuamente medida que se desloca ao longo do poo. Uma vez que avelocidade de propagao da onda acstica no uido do poo aproximadamente constante, o tempode trnsito da onda reetida na parede do poo funo da geometria desse poo. A amplitude daonda funo principalmente da litologia e das estruturas geolgicas. Dessa forma, o perl BHTVpode ser utilizado para investigar a integridade do poo e do revestimento, alm de reconhecimentolitolgico e estrutural.

    Como qualquer perl de imagem, o BHTV possui resoluo milimtrica e profundidade de investigaomnima, ou seja, limitada parede do poo. Este perl somente pode ser registrado em poo comgua ou udo de estabilizao, sem restrio de turbidez.

    4.4.1.13 GPR de poo

    O GPR de poo alia a alta resoluo lateral e vertical relativa independncia da profundidade.As medidas de poo so realizadas de maneira similar s de superfcie, com as antenas transmissorae receptora mantidas distncia xa entre si. As principais aplicaes do GPR de poo so detecode fraturas e estimativa de argilosidade e salinidade. As limitaes mais importantes deste mtodoso: a falta de direcionalidade dos dados (no possvel determinar a direo de uma reexo amenos que se utilizem antenas direcionais), a presena de gua de alta salinidade no poo e pooscom revestimento metlico.4.4.2 Levantamentos interpoos (Tomograa)

    Os levantamentos entre poos incluem a aplicao de mtodos eltricos, ssmicos e GPR com oobjetivo de investigar o espao entre poos ou entre poos e a superfcie do terreno.

    As principais vantagens do levantamento entre poos sobre os levantamentos de superfcie que elepode resolver as anomalias no espao entre poos, nas suas dimenses lateral e vertical, de formaquase independente da profundidade em que elas ocorram. A principal limitao a necessidadede poos relativamente prximos entre si, o que, para aplicaes ambientais, normalmente no seconstitui um problema.

    A tomograa consiste na investigao do meio atravs da propagao de campos em diferentesdirees e com mltipla cobertura de cada unidade de volume a investigar. O processamento dosdados obtidos resulta em modelos tomogrcos ou tomogramas.

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    4.4.2.1 Tomograa eltrica

    A eletrorresistividade interpoos no sofre os efeitos de decrscimo da resoluo com a profundidade,caracterstica do levantamento eltrico de superfcie. Normalmente conjugam-se eletrodos dispostosem profundidade, em poos, e ao longo da superfcie, no plano denido pelos poos. Este tipode levantamento tambm permite medidas de polarizao induzida (IP) e pode ser aplicado paraa caracterizao do meio fsico, identicao e caracterizao de contaminantes e fontes decontaminao.

    Os poos no podem estar muito separados entre si. Uma regra prtica que a razo entre a separaoe a profundidade dos poos deve ser menor que 1,5. O contato dos eletrodos com a formao realizado pela gua no interior do poo, por argila ou pelo prprio material das paredes em poossecos. Uma limitao pode ser a conduo da corrente eltrica prioritariamente pelo prprio pooquando este se encontra preenchido por uidos condutivos, o que resulta na deteriorao dos dados.Os poos no podem apresentar revestimento. O produto nal deste levantamento o modelo dadistribuio espacial da resistividade (ou condutividade) eltrica no espao entre os poos.4.4.2.2 Tomograa ssmica

    A propriedade fsica comumente investigada a velocidade de propagao das ondas elsticas,podendo tambm investigar a atenuao dessas ondas no meio.

    Os levantamentos ssmicos entre poos apresentam elevado potencial de uso para a caracterizao dedescontinuidades do meio (fraturas ou cavidades), delineamento de materiais geolgicos de diferentesgraus de rigidez, localizao e geometria de estruturas subterrneas e identicao de zonas saturadascom uidos de densidades sensivelmente diferentes (por exemplo, gs-lquido). A resoluo destatcnica depende da freqncia da onda ssmica, do espaamento entre poos e do espaamentoentre fontes e receptores. De modo geral, a resoluo se situa entre a da ssmica de superfcie e a doperl snico, estando mais prxima da resoluo deste ltimo. A principal limitao deste mtodo anecessidade de fontes com energia suciente para gerar sinais detectveis, particularmente no casode poos com grande separao.

    4.4.2.3 Tomograa de GPR

    No levantamento tomogrco de GPR, as antenas percorrem o comprimento do poo vrias vezes,de modo a alcanar uma elevada redundncia de trajetrias do raio por unidade de rea entre ospoos. O processamento dos dados produz um modelo da distribuio espacial de uma propriedadefsica no espao interpoos, como a velocidade ou a atenuao das ondas eletromagnticas. Devido grande atenuao do campo eletromagntico no meio geolgico, a tomograa de GPR possui umalimitao mais severa do que as tomograas eltrica e ssmica no que se refere ao espaamentomximo entre poos.

    As aplicaes da tomograa de GPR entre poos so as mesmas do GPR de poo, com a vantagemadicional de apresentar maior potencialidade para a identicao de anomalias associadas presenade contaminantes.

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    Anexo A(normativo)

    TabelasTabela A.1 Aplicaes dos mtodos geofsicos de superfcie na investigao

    de solo e gua subterrnea

    Aplicao Refrao Reexo Eletrorresistividade SP EM GPR Magnetometria Microgravimetria IP

    Caracterizao do meio fsico

    Estraticaode materiaisgeolgicos

    A A A B A

    Profundidadedo toporochoso

    A A A B B

    Profundidadedo nveldgua

    B B A B A

    Identicaode falhas efraturas

    B A A A A B

    Deteco de

    cavidadesB A A

    Sentido deuxo de guasubterrnea

    A

    Contaminantes e fontes de contaminao

    Vazamentoembarragense bacias deconteno

    B A B B

    Limites devalas, lixes

    e aterrosA A A B B

    Intrusosalina

    A A A B

    Salinizaodo solo A A B

    Delimitaode zonascom LNAPL

    B A B

    Delimitaode zonascom DNAPL

    B B A

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    Tabela A.1 (continuao)

    Aplicao Refrao Reexo Eletrorresistividade SP EM GPR Magnetometria Microgravimetria IP

    Delimitaode zonas comcontaminantesinorgnicosa

    A B A B B

    Objetos enterrados

    Utilidades einterferncias

    B A B

    Tambores,tanquese objetosmetlicos

    A A A

    Recipientese objetosno metlicos

    A B

    NOTA

    A: mtodo de primeira escolha.

    B: mtodo de segunda escolha.a Lixvia de aterros est contemplada neste item.

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