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JULHO | 2011 | ANO VIII | Nº 80 GASMIG: 25 ANOS DE HISTóRIA EM BUSCA DA OTIMIZAçãO DE PROCESSOS OS DESAFIOS DO TRABALHO NOTURNO INFORMATIVO MENSAL PARA OS EMPREGADOS DA CEMIG Navegando em boas águas

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j u l h o | 2 0 1 1 | A n o V I I I | n º 8 0

GasmiG: 25 anos de história

em busca da otimização de processos

os desafios do trabalho noturno

InformatIvo mensal para os empreGaDos Da cemIG

navegando em boas águas

informativo mensal para os empregados da cemig

editado pela superintendência de comunicação empresarial (ce) – correspondência interna: sa/19/B2 – fone: (31) 3506 2047 / 7334editor responsável:

João Batista pereira - reg. no 6159 – sJpmGcoordenação de edição:

terezinha crêspo de rezende, paulo tarso rezende

tobias, ana luíza albuquerque e raphael Jardim

redação:

roosevelt rodrigo, Henry Bernardo, cibele

andrade, tatiane procópio, raphael Jardim, ana

luiza albuquerque, Jonatas andrade e adelle

estagiária:

Isabella matos

apoio:

comitê de comunição da cemig

fotos:

ronaldo Guimarães, eugênio paccelli e colaboradoresilustração: Weisvisthértini Barbosa e Henry Bernardodiagramação:

Interface comunicação empresarialimpressão: Gráfica 101tiragem: 10 mil exemplares

05 Gestão act garante benefícios aos empregados

05 seGurança do trabalho novas cestas aéreas melhoram condições de trabalho

08 saúde e bem-estarequipes de campo têm acompanhamento de fisioterapeuta

08 Gente nossaeletricista dá vida à madeira

09 ser sustentávelempresa gerencia riscos em seus negócios

11 voluntariadoempregada da cemig transforma bancos em arte

11 Gestãocomitê de comunicação completa um ano

04 ponto a pontopara fazer mais com menos

Vice-presidente fala sobre redução de custos na Empresa

06 especialsustentabilidade

Conheça o Projeto Versol e suas histórias

10 memóriaGasmig

Empresa comemora 25 anos de atuação

12 meu trabalhoGuerreiros da noite

Desafios do trabalho noturno dos electricistas

E X P E D I E N T E

filiado à:

navegando em boas águas. É assim que a Cemig leva sua onda

de sucesso por meio de uma entre tantas ações sustentáveis da

Empresa: o Projeto Versol. A reportagem de capa desta edição

do Energia da Gente mostra histórias de crianças e adolescen-

tes que, remando a favor da maré, começam a velejar na imensi-

dão do Doce Mar de Minas, o Lago de Três Marias.

Idealizado nos moldes do Projeto Grael e realizado no âmbito do

Programa Peixe Vivo, o Versol tem como base a iniciação esporti-

va, a educação complementar e a iniciação profissionalizante de

alunos de escolas públicas, oferecendo aulas de natação, vela

e remo, além de disciplinas de educação ambiental. o projeto

leva esses jovens para o mundo dos sonhos e oportunidades,

contribuindo para sua inserção social e profissional.

A cidade também ganha ao fomentar a cultura dos esportes náu-

ticos: Três Marias receberá, em janeiro de 2012, o 38º Campe-

onato Brasileiro de Vela da Classe Laser. Esta é a primeira vez

que uma cidade do interior do Brasil vai sediar o campeonato

nacional, trazendo inúmeras oportunidades para o turismo e os

negócios da região.

Respire fundo e mergulhe nas iniciativas do Versol abordadas

nesta edição. Práticas de sustentabilidade empresarial como es-

sas mostram uma Cemig preocupada com as gerações atuais e

as gerações futuras, levando energia a seus consumidores sem

se esquecer do meio ambiente e do bem-estar da sociedade.

na maré do sucesso editoriada redação

Grupo cemig assume controle acionário da renovaA Light, empresa do Grupo Cemig, anunciou parce-ria no controle acionário da Renova Energia, que atua no segmento de pequenas centrais hidrelétricas e energia eólica. o investimento de R$ 360 milhões dará à Light uma participação de 26,2% do capital da empresa. o objetivo do acordo é desenvolver a Renova e torná-la um veículo para o crescimento da Light em fontes alternativas de energia. A capaci-dade de geração da concessionária fluminense vai passar de 855 MW para 1.066 MW em 2013.

linha viva: mais proximidade com o empregadoCom a finalidade de tornar a comunicação entre a Ce-mig e seus empregados mais dinâmica, a Superinten-dência de Comunicação Empresarial (CE) está produ-zindo, desde o final de junho, o informativo impresso Linha Viva. o veículo aborda acontecimentos recentes da Empresa e assuntos institucionais de relevância para os empregados. o Linha Viva é disponibilizado em praticamente todas as unidades da Cemig e mantém um canal aberto para comentários e sugestões dos lei-tores por meio do e-mail [email protected].

edifício-sede ganha agência de atendimentoFoi inaugurada, no edifício-sede da Empresa, a Agên-cia de Atendimento Cemig Fácil. Vídeo-atendimento, avaliação dos clientes e gerenciamento das filas por meio de senhas são algumas das facilidades que a nova agência proporciona. A meta é que as novida-des sejam implantadas nas demais agências no se-gundo semestre de 2011. A inauguração faz parte do Projeto Representatividade, que vai levar, até setem-bro deste ano, atendimento presencial a todos os municípios em que a Cemig está presente.

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GASMIG: 25 ANOS DE HISTÓRIA

EM BUSCA DA OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS

OS DESAFIOS DO TRABALHO NOTURNO

INFORMATIVO MENSAL PARA OS EMPREGADOS DA CEMIG

Navegando em boas águas

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GASMIG: 25 ANOS DE HISTÓRIA

EM BUSCA DA OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS

OS DESAFIOS DO TRABALHO NOTURNO

INFORMATIVO MENSAL PARA OS EMPREGADOS DA CEMIG

Navegando em boas águas

desde sua fundação, em 1952, a cemig passou por mo-mentos cruciais que modificaram sua forma de atuação no setor elétrico. a abertura de capital, a expansão dos parques de geração, transmissão e distribuição, o plano diretor e o recente processo de fusões e aquisições são alguns dos exemplos de como o cenário se modificou. nos dias atuais, a empresa está em busca de se tornar cada vez mais competitiva para alcançar os objetivos propostos em sua visão de futuro e, para isso, preci-sa vencer o desafio proposto pela diretoria de otimizar seus processos. o vice-presidente, arlindo porto neto, fala ao energia da Gente sobre essa nova realidade e a importância do engajamento dos empregados.

energia da Gente - Por que a Cemig está vivendo um momento em que é necessário otimizar seus processos?arlindo porto - Quando uma empresa cresce em ritmo acelerado, como tem acontecido com a Cemig, é necessário fazer um acom-panhamento primoroso das despesas, custos administrativos e operacionais. Quando se pensa na questão financeira, seja para as empresas ou nós, cidadãos, existem duas alternativas para conseguir resultado: ou você aumenta a receita ou diminui a des-pesa. nós temos limitadores em relação à receita, pois o preço da nossa energia é definido pelo Governo Federal, por meio da Agência nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas nós podemos, sim, atuar na outra ponta, que é reduzir a despesa. Por isso, a diretoria definiu a criação de um grupo gestor com o objetivo de que os recursos sejam aplicados de maneira mais ágil e eficiente.

eG - Isso significa que a qualidade na prestação de serviços pode-rá ser prejudicada?ap - Muito pelo contrário. não é só gastando que você consegue prestar bons serviços. o que nós estamos fazendo é permitindo ou solicitando que cada segmento da Empresa defina onde fazer a aplicação mais racional, o que significa reduzir os recursos para as despesas administrativas e investir mais em manutenção do siste-ma de geração, de transmissão e, principalmente, de distribuição.

eG - Quais os principais desafios para a mudança de postura entre os empregados e gestores? ap - Eu diria que um dos desafios é identificar onde a otimização deve ser feita de maneira consistente e concentrada. Segundo, colocar em prática aquilo que foi definido. Terceiro, e que eu con-sidero o mais importante, mobilizar todos os nossos emprega-dos. Por mais diferentes que sejam suas funções, é fundamen-tal que todos estejam envolvidos.

eG - As recentes aquisições contribuem para os resultados da Empresa?ap - A opção de fazer novos investimentos veio ao encontro de um Plano Diretor definido há alguns anos, em que a Empresa não poderia se manter estática, atendendo apenas às áreas de gera-ção, transmissão e distribuição no Estado. Se nós não temos con-dições de construir hidrelétricas, temos que buscar alternativas. A Cemig prioriza Minas Gerais, mas se nós não temos condições de expandir aqui, temos que buscar expansão onde quer que esses

onto a ponto

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para fazer mais com menosp

investimentos possam ser rentáveis. Essa linha de investimentos é para que sejamos competitivos, pois a Cemig quer atingir o ob-jetivo de ser a maior geradora e distribuidora de energia do país.

eG - A Cemig já está tomando ações para otimizar seus processos?ap - Para este ano as ações são mais simples e menos onero-sas para a Empresa. o que eu vejo é que estamos tendo uma adesão muito grande. num primeiro momento, foi feita uma lista de processos que passariam por análise. Com essa defi-nição, os diretores, superintendentes e gerentes dessas áreas se comprometeram a fazer com que haja essa redução. não é nada impositivo, não é nada de cima para baixo, mas sim hori-zontalizado. o grupo gestor da otimização de processos já está identificando as ações de médio-longo prazo, definindo quais de-verão ser colocadas em prática a partir de 2012 e ao longo dos próximos anos. Isto porque o sistema de otimização não pode ser programado para uma vez só, ele deve ser permanente. Para ser duradouro, nós precisamos ter, mais do que nunca, o envol-vimento das pessoas.

eG - Como as mudanças contribuem para que a Cemig alcance sua Visão de Futuro?ap - Conseguindo otimizar os processos nós conseguiremos al-cançar a Visão de Futuro, visão essa de uma empresa arrojada, dinâmica, que se desenvolve e busca crescer na prestação de serviços de qualidade, de melhor atendimento aos consumido-res, de melhor investimento às empresas que se instalam no Es-tado, sendo indutora de desenvolvimento e gerando emprego e renda. Paralelo a isso, a Empresa precisa crescer, senão ela não consegue competir em nível nacional e internacional. Temos feito investimentos para que a Cemig possa ser o orgulho de todos os mineiros. E tenho certeza que todos nós, que estamos na Empre-sa, temos muito orgulho de trabalhar nela.

oGestã

05

Prezar pela segurança e garantir condições de trabalho adequadas aos seus empregados são alguns dos objetivos que a Cemig atinge com o investimento em novas cestas aéreas e carrocerias modu-lares para as equipes de campo. o projeto para substituição de 70 equipamentos, que começou em 2008, contou com o empenho de várias áreas, em especial as superintendências de Desenvolvimen-to e Engenharia da Distribuição (TD), de Suprimento de Material, Logística e Serviços (MS) e de Infraestrutura (LI).

De acordo com Hélio Carvalho, engenheiro da gerência de Desen-volvimento e Engenharia de Ativos da Distribuição (TD/AT) e co-ordenador da substituição das ferramentas, as máquinas usadas pelas equipes de campo não se adequavam às novas situações de trabalho e demandas de produtividade. “Estávamos com altos índi-ces de indisponibilidade por defeitos das ferramentas e constantes quebras, o que acarretava em atrasos dos serviços”, afirma Hélio.

melhoriasPara o engenheiro, a substituição traz aumento de segurança, con-forto e produtividade diária. As mudanças contribuem, ainda, para a diminuição do desperdício de homem-hora devido à falta de equi-pamentos para trabalhar, aumento do alcance à rede e diminuição do custo de manutenção.

oseGurança do trabalhmais segurança com novas cestas aéreas

A sociedade também se beneficia com os novos equipamentos. De acordo com Hélio, haverá redução de desligamentos programa-dos ou não e, consequentemente, diminuição do indicador de Du-ração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC).Com investimento total de R$ 11.624 milhões, o programa envolveu a aquisição e substituição de 70 novas cestas aéreas e carrocerias modulares. As ações foram divididas em duas etapas, sendo a pri-meira concluída em 2010 e a segunda entre abril e julho deste ano.

Você sabia que parte dos benefícios concedidos aos empregados da Cemig são aprovados por meio do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)? Para propor melhorias nos processos internos e sugerir no-vos benefícios, os empregados podem utilizar canais como Servi-ços online RH, Inventário social, RH no Campo, além do contato direto com a gerência imediata.

Segundo o gerente da Assessoria de Relações Sindicais (RH/RS), João Lúcio Pereira Costa, os benefícios oferecidos aos emprega-dos, mesmo aqueles incluídos no Acordo Coletivo de Trabalho, são concedidos por liberalidade da Empresa. “o ACT é negociado entre Empresa e sindicatos, e homologado junto ao Ministério do

Trabalho. Além da obrigação do cumprimento de suas cláusulas, o desenvolvimento do acordo garante que os itens que o compõem sejam de relevância para a categoria”, afirma João Lúcio.

De acordo com o gerente, quando a Empresa avalia a concessão de um benefício ao empregado são feitas análises da realidade do mercado, situação organizacional e reivindicações dos empregados.

benefíciosHá dois anos, nilton de Souza, técnico financeiro da Gerência de Planejamento e Gestão Tributária (CR/TB), é um dos beneficiados pelo Auxílio-Educação, concedido aos empregados por meio do ACT. “Esse benefício é de suma importância para mim, pois me permitiu estudar Direito sem ter que abandonar ou trancar a ma-trícula, esperando ter condições para poder pagar a mensalidade”, conta nilton.

Dentre os benefícios conquistados por meio de ACT estão: Pro-grama de Apoio ao Menor e ao Eficiente Especial (PAM), Auxílio--Creche, Auxílio-Educação, Empréstimo Saúde, adiantamento do pagamento do 13º Salário, tíquete refeição, horário flexível, libera-ção de atendimento de acidentados graves em hospitais conve-niados em caso de dificuldade de internação ou atendimento em hospitais públicos, entre outros.

Para saber mais sobre os benefícios concedidos pela Empresa, aces-se a Cartilha de Benefícios, no site Recursos Humanos, na Cemignet.

benefícios concedidos pelo act

nilton de Souza cursa a faculdade de Direito com o Auxílio-Educação

novas cestas aéreas promovem mais segurança, conforto e produtividade diária

Superação. Essa é a palavra que melhor define Tui oliveira, um jovem velejador de 22 anos que coleciona medalhas de cam-peonatos olímpicos e paraolímpicos em todo o País. Ainda que represente o Brasil em competições internacionais em países como Estados Unidos e Inglaterra, Tui se orgulha mesmo é de outra profissão: a de instrutor.

Desde setembro do ano passado, o velejador, que nasceu com má formação nas mãos, trabalha no Projeto Versol, ensinando crianças e jovens a velejar no belo Lago de Três Marias, o Doce Mar de Minas. “Comecei a praticar o esporte em 2006 e os pro-fessores me treinavam de graça. Ter a oportunidade de dar a mes-ma chance a alunos que vêm de escola pública, em um esporte tido como elitizado, para mim é algo único e engrandecedor”.

o projeto foi lançado em fevereiro de 2010, no âmbito do Progra-ma Peixe Vivo da Cemig, em parceria com a Prefeitura Municipal de Três Marias e o Instituto Rumo náutico. A inspiração veio do Projeto Grael, criado há 12 anos pelos velejadores olímpicos Tor-ben e Lars Grael e Marcelo Ferreira, em niterói (Rio de Janeiro).

Assim como o Grael, o Versol tem como base três programas educacionais: iniciação esportiva, educação complementar e ini-ciação profissionalizante. Com aulas práticas e teóricas de nata-ção, vela e remo, o Versol começou atendendo a 150 jovens e crianças, entre 9 e 24 anos, matriculados no sistema público de ensino, alternando disciplinas específicas de educação ambien-tal para os jovens de 16 a 24 anos.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, de Es-portes e Turismo de Três Marias, Elias de Assis, o projeto busca

specialepreparar os alunos não apenas para a vida esportiva, mas tam-bém para maiores oportunidades de crescimento pessoal. “os meninos do Versol recebem informações sobre o ecossistema local, comportamento climático e fundamentos básicos de eco-logia, buscando dar uma visão sistêmica de meio ambiente e gestão ambiental. Mesmo que não saiam profissionais do es-porte, esse conhecimento é válido para a vida toda”, diz.

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navegando em

o jovem velejador Tui oliveira, um dos instrutores do Versol, com os jovens atendidos pelo projeto

Hoje o Versol atende a 180 jovens e deve crescer ainda mais

Mas há quem se profissionalize. Heuler Leone, 25 anos, foi alu-no no início do projeto e já foi contratado para ministrar aulas de ecoturismo. “Fiquei muito empolgado com o convite. Sou estudante de engenharia ambiental e Três Marias possui grande potencial de mercado nesse sentido, apesar da falta verbas. o Versol é o primeiro passo de investimento de ideias para insti-

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navegando em boas águas

gar projetos necessários nesse ramo na nossa cidade”, idealiza o futuro instrutor.

outro destaque é o sonhador Lucas Rocha Alves, mais conheci-do como Lucão. Apaixonado pela vela, o garoto de 16 anos bus-ca viver do esporte e já investe na profissão. “Busco ao máximo me envolver com a vela e fico muito feliz em ver que o pessoal do projeto confia em mim. Tenho facilidade de aprendizado e me esforço ao máximo para buscar informações a respeito e me profissionalizar. Treino duas horas de segunda a sexta-feira no projeto e velejo nos sábados e domingos. Estou batalhan-do muito para comprar meu primeiro barco e treinar nele to-dos os dias”, conta, emocionado. o instrutor Tui reconhece o potencial do garoto. “o Lucão é um exemplo de dedicação e paixão pelo esporte. Se ele continuar nesse ritmo, assim como outros grandes alunos que temos aqui, com certeza será um excelente profissional”.

Emocionante, também, é ouvir as histórias desses jovens. Ma-theus André Medina mora em Porto das Melancias, região rural a cerca de 35km de Três Marias, e acorda diariamente às 5 horas para acompanhar a turma. Ele estuda de 7 as 11h30min numa escola pública e almoça na casa de um amigo para frequentar as aulas do Versol. “Três Marias possui um mercado de embarca-ções muito bom e o Versol nos possibilita a inserção no mercado de trabalho, com aulas de manutenção em motor de popa, velas e caiaque. Pretendo me especializar e quem sabe até virar um atleta de remo”, vislumbra.

os pais dos alunos sentem a mudança de comportamento dentro de casa. Laudiene da Silva, mãe de Matheus, é uma das que perce-bem os benefícios. “Estou orgulhosa. Graças ao esporte é notória a diferença comportamental dos nossos filhos. Além de ajudar em aumento de auto-estima, disciplina e consciência socioambiental, o interesse pela escola também cresceu e as notas melhoraram. Esse projeto não podia se restringir a Três Marias”, afirma.

evoluçãoGraças ao sucesso, hoje o Versol atende a 180 garotos e deve crescer ainda mais. Segundo newton Prado, gerente de Estu-dos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais (GA/IP), já se estuda a implantação de um núcleo para ensinar, de maneira lúdica, a prática da vela como forma de contribuir para o desen-volvimento saudável de crianças e jovens que residem em co-munidades em situação de vulnerabilidade social do município de Três Marias e região.

o secretário Elias de Assis acredita que, com o reconhecimento e aumento significativo da demanda de alunos interessados, é possível que a iniciativa privada também invista em mais proje-tos do gênero na região. “o Versol superou nossas expectativas. A participação da Cemig com certeza foi decisiva para o sucesso do projeto, hoje referência em todo o País”, conclui.os jovens recebem aulas práticas e teóricas de natação, vela e remo

Apesar da prática de velas ser difundida no litoral brasileiro, ela ainda é pouco praticada em lagos artificiais. Mesmo as-sim, o Doce Mar de Minas será sede do 38º Campeonato Brasileiro de Vela da Classe Laser, entre os dias 19 e 27 de janeiro de 2012. Esta é a primeira vez que uma cidade do interior do Brasil vai sediar o campeonato nacional.

A escolha foi feita por velejadores de todo o País durante assembleia do campeonato deste ano, realizado em Flo-rianópolis (Santa Catarina). Três Marias, que nunca havia se candidatado, desbancou cidades como Rio de Janei-ro e Salvador. o Versol, assim como outras iniciativas que promovem esportes náuticos na região, foi essencial para essa definição.

o período de inscrições para o campeonato vai até dezembro deste ano, mas segundo levantamento da Associação Brasi-leira da Classe Laser (ABCL), o evento pode ter um número recorde de participantes, com 306 pré-inscrições já efetivadas. o recorde anterior aconteceu em 2004, em Florianópolis, com 204 participantes. “A estimativa é que seja um grande evento. Esse ano também esperamos velejadores de grandes reser-vatórios do Brasil, indo ao encontro dos objetivos da associa-ção de valorizar a vela no país e promover a renovação”, estima o secretário nacional da ABCL, José Carlos Reis.

o campeonato também gera perspectiva de desenvolvi-mento para Três Marias. “A proposta é criar condições para receber turistas de diversos tipos, explorando as vocações do município e criando um modelo de uso sustentável do reservatório. o evento também pode criar novas alternati-vas econômicas, inclusive para os pescadores locais, redu-zindo o esforço de pesca na região”, conclui Elias de Assis.

campeonato brasileiro da classe laser 2012

G

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A Cemig tem uma preocupação constante com a saúde dos seus empregados e está sempre buscando recursos para proporcionar qualidade de vida para todos. Uma das ações implementadas foi o Diagnóstico Musculoesquelético dos Eletricistas da Rede de Distribuição, realizado no início de 2011, com o objetivo de iden-tificar os fatores de risco nas atividades de plantão e linha viva.

Cinquenta eletricistas participaram do processo, que consistiu no acompanhamento de suas atividades diárias de campo por uma fisioterapeuta, que fez observações das posturas adotadas duran-te a jornada de trabalho. o eletricista de linhas aéreas da Gerência de Serviços de Distribuição Metropolitanos (SL/MP), Carlos Cé-

saúde em primeiro lugarsaúde e bem-estar

sar Vieira, foi um dos acompanhados. “nós aprendemos que é necessário exercitar nossos membros, costas, braços e pernas, para evitar uma lesão séria”, diz.

Carlos César diz, ainda que “a fisioterapeuta ensinou o que pode ser feito e como isso traz benefícios para nós mesmos. Depen-de de cada um fazer a sua parte”, afirma. Ele lembra que o tra-balho em equipe também é importante, um ajudando o outro a carregar materiais e ferramentas, a fim de que ninguém saia prejudicado ou com algum tipo de lesão.

Uma vez identificados os fatores de risco relacionados ao siste-ma musculoesquelético, foram feitas algumas recomendações para evitar o comprometimento da saúde dos empregados en-volvidos e também dos demais que executam tarefas similares. Algumas recomendações já estão sendo atendidas pela Empre-sa como, por exemplo, o contato com a UniverCemig para que seja enfatizado nos treinamentos o uso correto das ferramentas de trabalho, a troca de informações com fornecedores de unifor-mes e a revisão de alguns procedimentos.

A Cemig está mobilizando esforços para que os eletricistas te-nham orientações e condições de trabalho adequadas para exer-cer sua função. A saúde é, cada vez mais, um compromisso da Empresa com os seus empregados.

A necessidade de garantir um rendimento fixo e ter mais tranquilida-de levou George Robson Mendes a prestar concurso para eletricista da Cemig. Mas os ensinamentos do pai, que é escultor, permanecem até hoje. nas horas vagas ele se dedica a entalhar madeira e criar belas esculturas. nos dias de hoje, é cada vez mais difícil se deparar com alguém que, apesar das dificuldades e obstáculos enfrentados, permanece fiel ao exemplo do pai e leva por toda a vida os seus en-sinamentos.

Filho de escultor, George é eletricista de linhas de redes aéreas da Cemig (SL/PA) e, como seu pai, gosta de esculpir em madeira. Desde pequeno, George assistia a seu pai trabalhando e era incentivado a desenhar. “Ele me ensinou tudo que sei”, relata.

Durante a infância, George viu as dificuldades que seu pai tinha para sustentar a família. o dinheiro nem sempre era suficiente pra cobrir todas as despesas. Segundo ele, hoje a situação do pai é bem me-lhor, e seu trabalho é bem mais reconhecido. “A infância foi difícil, o trabalho de artista não é valorizado, é tudo muito incerto”, conta. Com o passar do tempo, George foi crescendo e entendendo mais sobre a vida e seus obstáculos e decidiu que não iria viver da arte, que preci-sava de algo mais certo. “Meu pai ficou chateado quando decidi que queria um emprego certo, uma renda fixa”, explica. Foi aí que George começou a estudar e passou no concurso da Cemig. “Foi meu pri-meiro emprego fixo”, diz.

Mesmo trabalhando com algo totalmente diferente do que apren-deu com seu pai, George Mendes continua fazendo suas esculturas, como animais (veados, cavalos e rinocerontes, entre outros), placas ou crucifixos. “É um hobby pra mim. Às vezes faço placas para sítios sob encomenda, mas na maioria das vezes faço apenas por prazer, não vivo disso”, afirma. Apesar do talento, ele diz que nunca pensou em expor, mas, se surgir uma oportunidade, talvez sirva como incen-tivo para produzir mais esculturas.

Durante o acompanhamento, a fisioterapeuta orientou os ele-tricistas sobre a postura mais adequada para cada atividade

ente nossa eletricista dá vida à madeira

Incentivado pelo pai, George começou a esculpir em madei-ra ainda na infância

meu trabalhoGuerreiros da noite

Trabalhar à noite, com iluminação muitas vezes escassa e em locais de difícil acesso não é uma tarefa fácil. Éder José de Souza, eletricista de linhas e redes da Gerência de Serviços de Distribuição Metropolitanos (SL/MP), é um dos técnicos da Empresa que têm cumprido essa missão com muita disposi-ção e profissionalismo há mais de 24 anos.

Éder afirma que quem trabalha à noite tem que encarar situ-ações adversas. “A noite é muito louca. A gente vê de tudo”. Atualmente em sua segunda experiência no plantão da Cemig, Éder trabalha em escala de revezamento. Ele conta que, ape-sar de ter sido aconselhado pelo pai a evitar as atividades que exigissem revezamento de equipes, no início de sua carreira na Cemig Éder foi enviado, exatamente, para a equipe de plantão. “Foi aí que comecei a trabalhar à noite e também me apaixonei por esse estilo pouco convencional de trabalho”, diz.

o plantão da Cemig funciona 24 horas e exige uma equipe preparada para trabalhar durante o dia ou à noite. Assim, os eletricistas trabalham em regime de escala de revezamento para que ninguém fique sobrecarregado trabalhando em um só horário.

o técnico de sistema elétrico de campo da Gerência de Servi-ços de Distribuição Metropolitanos (SL/MP), Frederico Macedo Braga, supervisor do plantão da base São Gabriel, afirma que, apesar da escala às vezes ser cansativa, o revezamento benefi-cia o eletricista com boas folgas e remuneração extra.

Como grande parte dos temporais acontece no final da tarde, quando os demais eletricistas que trabalham em horário co-mercial já não estão disponíveis, as equipes de restauração de energia que trabalham durante a noite são acionadas. “Essas pessoas são primordiais para uma rápida restauração dos des-ligamentos, para a segurança da população e para os demais atendimentos emergenciais que podem envolver até a vida de pessoas enfermas”, afirma Frederico.

Para o supervisor, trabalhar à noite exige uma atenção redobra-da no que diz respeito à segurança. “Tenho orgulho de traba-lhar com esses eletricistas que assumem as responsabilidades de situações adversas, que atuam em nosso sistema elétrico com vento forte, chuva, sol, frio, poeira, barro, cachorro, carra-pato, cobra, sempre praticando a segurança, aplicando os co-nhecimentos técnicos e práticos”, enfatiza.

Segundo o eletricista Éder, as equipes que trabalham em ho-rários noturnos são bastante integradas. “Teve uma época que tínhamos no quadro de eletricistas da base São Gabriel engenheiros, jornalistas, advogados, contadores, psicólogos, teólogos, administradores. Quase todos estudaram enquanto trabalhavam em escala de revezamento, sempre se ajudando mutuamente, mesmo os que não estudavam”, lembra.

o eletricista, que também é pai de família e formado em Teologia, tem muito orgulho do que faz e conta de onde vem sua motivação para realizar as atividades com tamanha dedica-ção. “É tudo uma questão de companheirismo!”.

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Eletricistas que trabalham no turno da noite devem teratenção especial aos aspectos de segurança

Éder encara situações adversas, mas se apaixonou pelo trabalho noturno

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Inauguração da Usina de Gás Metano de Belo Horizonte em 1989

Gasmig comemora 25 anos

Em 2011, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) co-memora 25 anos. Controlada pela Cemig, em associação com a Petrobras, a concessionária de distribuição de gás natural ca-nalizado ampliou seus negócios, desde sua fundação, em 15 de julho de 1986.

Fundada com o propósito de oferecer uma alternativa energé-tica ao Estado, a Gasmig iniciou suas atividades com a distri-buição do biogás extraído do aterro sanitário de Belo Horizonte, em 1986. Isso possibilitou o atendimento a clientes comerciais próximos ao aterro, além do abastecimento dos veículos da frota da Cemig. Em 1992, a Empresa começou o atendimento aos consumidores do segmento industrial, distribuindo o gás disponibilizado pela Refinaria Gabriel Passos. Essa atividade representou um crescimento da Gasmig que, na ocasião, aten-deu a dez empresas dos centros industriais de Betim, Conta-gem e Belo Horizonte, distribuindo 100 mil m³/dia.

A primeira rede de distribuição de gás natural foi construída em 1994 para atender à cidade de Juiz de Fora. A rede, ligada ao Gas-bel, gasoduto de transporte da Petrobras com origem na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, possibilitou a oferta de gás para a região da Zona da Mata de Minas Gerais, expandindo o campo de atuação da Empresa. Quatro anos mais tarde, a Empresa come-çou a atuar no setor de Gás natural Veicular (GnV), tendo como clientes os postos de combustíveis para automóveis.

o ano de 2004 foi decisivo para o crescimento da Companhia, com a entrada da Gaspetro na participação acionária da Gas-mig. Por ser uma empresa representativa no setor de gás, o novo sócio propôs a elaboração de um plano de expansão para incrementar o consumo de gás natural em Minas Gerais. Tive-ram início três grandes projetos nas regiões do Vale do Aço, Sul de Minas e Triângulo Mineiro.

nos últimos dois anos, a Gasmig investiu R$ 900 milhões na expansão de sua rede. Como reconhecimento de todo o investimento e trabalho, em 2010 obteve o melhor resul-tado financeiro de sua história, tornando-se líder no cres-cimento de vendas, com expansão de 53% do volume de gás comercializado.

Para o futuro, os planos da Empresa são ampliar seu aten-dimento, abastecendo residências com gás natural canaliza-do. A expectativa é atender a 70 mil clientes até 2014. Além disso, nos próximos dois anos a Gasmig pretende atingir a marca de 5 milhões m³/dia na comercialização de gás natural. A empresa também pretende atender toda a demanda de gás do Estado, sendo que, nos locais em que não forem viáveis as construções de gasodutos, serão fornecidos gás natural comprimido (GnC) ou gás natural liquefeito (GnL).

São distribuídos 3 milhões de m³/dia de gás natural para as regiões da Zona da Mata, Campo das Vertentes, Central, Sul, Leste e RMBH

800 quilômetros de rede

Presença em 40 municípios mineiros

300 clientes industriais

Abastece 90 postos de Gás natural Veicular

Atende 2 usinas termelétricas – Ibiritermo e

Juiz de Fora

Gasmig em números

mmemória

voluntariadprazer em ajudar

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As aptidões artísticas que nilce de Freitas Guimarães Soares desenvolve não ficam apenas para ela. Um dos prazeres da téc-nica em gestão administrativa da Gerência de Coordenação da Gestão da Distribuição (CD/CG) é repassar as habilidades com o artesanato para outras pessoas. “Em minha família muitos têm dons artísticos e gostam de trabalhos manuais. Particularmente, sempre gostei de pintura, costura e bordado”, afirma nilce.

A arte de pintar banquinhos começou quando nilce e o marido resolveram transformar a chácara do pai dela em um lugar mais atrativo. Construíram um banco debaixo de um pé de acerola com o material restante de uma reforma e, mesmo após pintá--lo várias vezes, pensavam que algo mais criativo e charmoso poderia ser feito. Durante uma viagem, ela viu artesanatos que usavam uma técnica de pintura que imitava uma colcha de re-talhos. “Tirei uma foto e sete meses depois comecei a pintar o banco da chácara, usando a mesma ideia. o banco fez o maior sucesso e resolvi testar o material em um banquinho mais velho de madeira. Hoje já são 35 banquinhos de madeira pintados, desde setembro de 2009”, conta.

nilce afirma que tem enorme prazer em ensinar. “Tive uma gran-de alegria quando uma prima me convidou para ensinar a técnica para as professoras da creche que ela administra. Logo depois tive notícias de que, hoje, cada salinha tem uma pintura em col-cha de retalho. Também ensinei uma criança de seis anos, filho de uma amiga, e o meu cunhado que, inclusive, já comercializou alguns banquinhos”, comemora.

Pintar banquinhos se tornou um hobby para nilce

Para nilce, pintar os banquinhos é algo que lhe dá muito prazer e contribui para seu bem-estar e equilíbrio. A atividade já se tor-nou seu hobby, e nilce também gosta de presentear amigos e parentes. Segundo ela, quem tem a oportunidade de conhecer o trabalho fica encantado com a riqueza dos detalhes, imaginan-do que a pintura envolve grande dificuldade. “Ledo engano, os detalhes não têm nada de elaborado e desafiam as pessoas a fazerem o mesmo”, garante.

Buscar o pleno entendimento do público interno em relação aos negócios da Cemig, seus valores e diretrizes. Esse é um dos ob-jetivos do Comitê de Comunicação Corporativa que, no mês de julho, comemorou um ano de existência.

o comitê é um grupo composto por representantes das várias áreas de negócio ou unidades, sendo um efetivo e um suplen-te de cada diretoria da Empresa e de empresas do Grupo Ce-mig, cuja missão é contribuir para o fortalecimento dos meios e das práticas de comunicação empresarial. os participantes se

reúnem mensalmente sugerindo pautas e discutindo abordagens pertinentes à organização e seus diferentes públicos.

“o comitê permite uma comunicação eficaz e coerente com toda a Cemig, abrangendo suas diferentes culturas e distâncias geo-gráficas, além de promover a integração de todas as empresas do grupo”, explica o comunicador social da Gerência de Comunicação Interna e Relacionamento com a Comunidade (CE/CI) e coorde-nador do comitê, Paulo Tobias. Ele destaca que, no último ano, já foi possível notar uma melhoria relevante no fluxo de informações entre os membros do comitê e a Superintendência de Comunica-ção Empresarial (CE).

Para Denize Brina, representante da Cemig Telecom, o comitê é o mais importante canal de comunicação para a integração do Grupo Cemig. Segundo ela, é uma forma de situar e integrar as empresas, fazendo com que elas se aproximem. “É muito impor-tante porque cada representante sente que realmente faz parte do Grupo Cemig”, ressalta.

De acordo com Paulo Tobias, um dos grandes desafios do comitê é promover maior sintonia entre a estratégia da Empresa, os em-pregados e outros públicos, tornando a comunicação mais partici-pativa e aproximando as áreas da Cemig.

Gestãcomunicação de ponta a ponta

Representantes das diretorias e das empresas do Grupo Cemig contribuem para tornar a comunicação corporativa mais eficaz

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ser sustentável riscos bem controlados

Atenta ao cenário internacional de escândalos e falências de grandes empresas, a Cemig criou, em 2003, o núcleo de geren-ciamento de riscos, uma primeira tentativa de mapear e geren-ciar os riscos aos quais a Empresa estava sujeita. oito anos mais tarde, o processo se consolidou e sua importância para estraté-gia de sustentabilidade da Cemig é reconhecida com a criação da Superintendência de Riscos e Compliance (SR).

Para o mapeamento dos riscos aos quais os processos estão su-jeitos são feitas entrevistas anuais para detalhar as atividades de cada área e as situações que merecem atenção especial. Para cada risco identificado, são calculados seu impacto financeiro e sua probabilidade de ocorrência, além de identificados quais controles existentes contribuem para mitigar esses riscos. Em seguida, são elaborados planos de ação para tratar aqueles ris-cos com alto impacto financeiro e probabilidade de acontecer. Douglas esclarece que a responsabilidade sobre a exposição ao risco é do gestor de cada área. “nosso trabalho é ajudar o gestor a identificar, descrever e quantificar o risco de seu processo e ajudá-lo no reporte para a alta direção”, diz.

Além de mapear os riscos de processo, a SR/RC criou uma ma-triz que identifica e analisa qualitativamente os riscos estratégi-cos. Muitos deles são informados nos relatórios Formulário de Referência e 20-F, entregues à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e US Securities and Exchange Commission (SEC). Estão presentes nessa matriz, riscos como renovação de concessões, contingências ambientais, revisão tarifária e situações hidrológi-cas adversas.

Além do trabalho de mitigação e extinção dos riscos identifica-dos, a Cemig pode optar por transferi-los, contratando seguros, ou aceitá-los, se considerar a efetividade de seus controles ou seu baixo impacto para a Empresa.

Com o gerenciamento adequado, os riscos aos quais a Empresa está exposta são mitigados ou até extintos

Com a criação da SR foi reativado o Comitê de Moni-toramento de Riscos Corporativos (CMRC), que tem a participação de superintendentes representantes de todas as diretorias e se reúne bimestralmente. o comitê recomenda diretrizes, políticas e procedi-mentos à diretoria executiva para o gerenciamento dos riscos corporativos, garantindo a melhoria contí-nua do processo. Entre as atribuições do grupo estão também a re-comendação de ações mitigadoras à diretoria exe-cutiva para os riscos de alta exposição financeira e o monitoramento permanente da matriz de riscos estratégicos da Empresa.

comitê de monitoramento de riscos corporativos

o trabalho é feito pela Gerência de Gestão de Riscos Corporati-vos (SR/RC) que, por meio da metodologia oRCA (objetivo, Ris-co, Controle e Alinhamento), analisa os processos de todas as áreas de negócio da Empresa, identificando possíveis riscos. De acordo com o gerente da SR/RC, a metodologia considera riscos aqueles eventos que podem impedir ou prejudicar o cumprimen-to dos objetivos estratégicos definidos nos mapas de cada área de negócio da Empresa. os riscos de processos são identifi-cados e categorizados como estratégicos, operacionais, finan-ceiros, ambientais e compliance. “As organizações enfrentam incertezas e o desafio de seus administradores é determinar até que ponto aceitar essa incerteza, assim como definir como elas poderão interferir na capacidade da companhia em gerar valor”, explica o gerente da SR/RC, Douglas Heleno Penaforte.