jornal navegando juntos 9 (maio)

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Navegando J unto s Ano 2 Edição n.º 9 maio/2014 Três meses depois, baianos retornam do Japão 4 Reflorestamento contribui para preservação da água 3 Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) Plano Básico Ambiental (PBA) – Programa de Comunicação Social Anderson da Conceição, armador. Tradições quilombolas eternizadas em livros 2 Capacitação de fornecedores das cadeias de óleo, gás e naval é primordial para o desenvolvimento do Recôncavo Foto DIVULGAÇÃO “Esperamos que em pouco tempo as empresas estejam ap- tas para atuar melhor no mer- cado. Essa iniciativa, a longo prazo, é muito importante, já que o estaleiro é um grande de- mandador daqueles que estão no seu entorno. Para nós é im- portante termos fornecedores da Bahia, tanto pela possibilida- de de desenvolvimento do Esta- do, quanto pela política de con- teúdo local (nacional) de que fazemos parte e acreditamos”, disse Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade da Enseada. Para Carlos Gilberto Farias, presidente da Fieb, além da em- pregabilidade, a Enseada vai promover o desenvolvimento tecnológico no Brasil, contri- P ara um grande empreendi- mento atuar bem é preciso, além de uma boa gestão, mão de obra capacitada, fornecedo- res e produção de qualidade. A implantação e operação da Enseada Indústria Naval no Recôncavo Baiano vai exigir profissionais e fornecedores bem preparados e uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Se- nai), e com o Instituto Euval- do Lodi (IEL) está ajudando a vencer esse desafio. No ano passado, a Ensea- da assinou um contrato com o IEL em alinhamento com o Mi- nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) objetivando capacitar empresas para serem fornece- doras das cadeias de óleo, gás e naval. Na fase de diagnóstico a consultoria do Programa de De- senvolvimento de Fornecedores será feita pelo Senai-Cimatec, que é responsável por identifi- car as demandas da Enseada e selecionar possíveis fornecedo- res para supri-las. Capacitação é aposta de parceria com a Fieb para desenvolvimento do Recôncavo buindo para a perpetuação da indústria nacional. “A chegada do empreendimento é de funda- mental importância para o de- senvolvimento da matriz ener- gética do país e estamos de olhos atentos para isso. A implantação do Estaleiro vai trazer de volta a tradição da indústria naval para a Bahia”, comemorou Gilberto. Profissionais de primeira O trabalho de formação profis- sional na região do entorno do estaleiro é realizado em parceria com o Senai, com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram capa- citadas, para toda cadeia produ- tiva, cerca de 2.200 pessoas de Maragogipe/São Roque, Ca- choeira, São Félix, Santo Antô- nio de Jesus, Saubara, Nazaré e Salinas das Margaridas. De acordo com Ricardo Lyra, diretor de Pessoas e Or- ganização, existem vagas para diversos cursos no Recôncavo Baiano que visam atender às demandas de serviço, comércio e da indústria naval, contri- buindo para a geração de em- pregos diretos e indiretos. “O Senai é um grande parceiro na qualificação da comunidade e, além de atender às demandas de capacitação, contribui para o desenvolvimento da região, formando profissionais mais preparados para o mercado de trabalho”, esclareceu Lyra. EEP agora é Enseada A comunidade de Enseada aca- ba de ser, mais uma vez, home- nageada pelo Estaleiro. Como parte de sua estratégia de forta- lecer a região onde está sendo instalado, o empreendimento acaba de alterar sua razão so- cial e seu nome fantasia. A jun- ção das letras EEP dá lugar a um novo nome: simplesmente Presidente da Fieb, Carlos Gilberto Farias, aposta em parceria com a Enseada Foto RAFAEL MARTINS - SISTEMA FIEB Enseada. A renovação da mar- ca reflete o atual momento da empresa e se adequa ao tama- nho de seus desafios: contribuir com o desenvolvimento de uma indústria naval brasileira forte e competitiva em escala mundial. Ao unir integrantes de diferentes partes da Bahia, do Brasil e do mundo, a Ense- ada está ajudando a reconstruir a história do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Lembre-se: agora somos En- seada!

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Page 1: Jornal Navegando Juntos 9 (maio)

NavegandoJuntos

Ano 2 • Edição n.º 9 • maio/2014

Três meses depois, baianos retornam do Japão 4

Reflorestamento contribui para preservação da água 3

Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) Plano Básico Ambiental (PBA) – Programa de Comunicação Social

Anderson da Conceição, armador.

Tradições quilombolas eternizadas em livros 2

Capacitação de fornecedores das cadeias de óleo, gás e naval é primordial para o desenvolvimento do Recôncavo

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“Esperamos que em pouco tempo as empresas estejam ap-tas para atuar melhor no mer-cado. Essa iniciativa, a longo prazo, é muito importante, já que o estaleiro é um grande de-mandador daqueles que estão no seu entorno. Para nós é im-portante termos fornecedores da Bahia, tanto pela possibilida-de de desenvolvimento do Esta-do, quanto pela política de con-teúdo local (nacional) de que fazemos parte e acreditamos”, disse Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade da Enseada.

Para Carlos Gilberto Farias, presidente da Fieb, além da em-pregabilidade, a Enseada vai promover o desenvolvimento tecnológico no Brasil, contri-

Para um grande empreendi-mento atuar bem é preciso,

além de uma boa gestão, mão de obra capacitada, fornecedo-res e produção de qualidade. A implantação e operação da Enseada Indústria Naval no Recôncavo Baiano vai exigir profissionais e fornecedores bem preparados e uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Se-nai), e com o Instituto Euval-do Lodi (IEL) está ajudando a vencer esse desafio.

No ano passado, a Ensea-da assinou um contrato com o IEL em alinhamento com o Mi-nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) objetivando capacitar empresas para serem fornece-doras das cadeias de óleo, gás e naval. Na fase de diagnóstico a consultoria do Programa de De-senvolvimento de Fornecedores será feita pelo Senai-Cimatec, que é responsável por identifi-car as demandas da Enseada e selecionar possíveis fornecedo-res para supri-las.

Capacitação é aposta de parceria com a Fieb para desenvolvimento do Recôncavo

buindo para a perpetuação da indústria nacional. “A chegada do empreendimento é de funda-mental importância para o de-senvolvimento da matriz ener-gética do país e estamos de olhos atentos para isso. A implantação do Estaleiro vai trazer de volta a tradição da indústria naval para a Bahia”, comemorou Gilberto.Profissionais de primeiraO trabalho de formação profis-sional na região do entorno do estaleiro é realizado em parceria

com o Senai, com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram capa-citadas, para toda cadeia produ-tiva, cerca de 2.200 pessoas de Maragogipe/São Roque, Ca-choeira, São Félix, Santo Antô-nio de Jesus, Saubara, Nazaré e Salinas das Margaridas.

De acordo com Ricardo Lyra, diretor de Pessoas e Or-ganização, existem vagas para

diversos cursos no Recôncavo Baiano que visam atender às demandas de serviço, comércio e da indústria naval, contri-buindo para a geração de em-pregos diretos e indiretos. “O Senai é um grande parceiro na qualificação da comunidade e, além de atender às demandas de capacitação, contribui para o desenvolvimento da região, formando profissionais mais preparados para o mercado de trabalho”, esclareceu Lyra.

EEP agora é EnseadaA comunidade de Enseada aca-ba de ser, mais uma vez, home-nageada pelo Estaleiro. Como parte de sua estratégia de forta-lecer a região onde está sendo

instalado, o empreendimento acaba de alterar sua razão so-cial e seu nome fantasia. A jun-ção das letras EEP dá lugar a um novo nome: simplesmente

Presidente da Fieb, Carlos Gilberto Farias, aposta em parceria com a Enseada

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Enseada. A renovação da mar-ca reflete o atual momento da empresa e se adequa ao tama-nho de seus desafios: contribuir com o desenvolvimento de

uma indústria naval brasileira forte e competitiva em escala mundial. Ao unir integrantes de diferentes partes da Bahia, do Brasil e do mundo, a Ense-

ada está ajudando a reconstruir a história do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Lembre-se: agora somos En-seada!

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2 • Navegando Juntos

“Os contos só se tornam eter-nos quando a gente conta para todos. Quando eles se trans-formam num livro, é a cultura que se materializa. Nossa ca-pacidade de imaginação ganha força.” Com estas palavras, Eliete Calheiros, do quilombo do Guerém, definiu a iniciati-va da Enseada Indústria Naval de lançar uma série de livros voltados para a valorização e preservação dos costumes qui-lombolas de Maragojipe. Ela foi um dos 14 representantes de comunidades quilombolas do município que estiveram pre-sentes na cerimônia de entrega das publicações, realizada na Fundação Vovó do Mangue.

Composta por 12 livros, a coleção foi idealizada em par-ceria com a empresa Brasil com Artes e possui o crivo da Fun-dação Cultural Palmares, ins-tituição federal voltada para a promoção e preservação da cul-

leção completa”, revelou. An-tropólogo e professor, Vilson Caetano, autor das publicações, falou do prazer das comunida-des em recebê-las e do orgulho de serem retratadas do jeito que são. “A coleção é um instru-mento brilhante para darmos visibilidade aos quilombolas. O fato de se verem representados nas obras tal qual como são faz renovar-lhes o orgulho e a au-toestima”, avaliou.Luta pela identidadeVilson comentou sobre os pro-blemas enfrentados no cotidia-no, sobre as batalhas travadas por mais respeito às tradições e preservação dos seus terri-tórios. “Retomar a questão quilombola dessa maneira con-tribui para o processo de des-construção dos preconceitos, fortalecendo o sentimento de pertencimento e luta, ao tempo em que trazemos à tona uma leitura positiva deles mesmos, Publicações sobre as tradições quilombolas eternizam cultura das comunidades

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tura afro-brasileira. “Nós atua-mos neste processo como uma ponte para reunir e organizar os elementos culturais, e esta devolutiva às comunidades qui-lombolas de Maragojipe reforça o nosso compromisso com a preservação dos saberes e faze-res desse povo”, argumentou a gerente de Sustentabilidade da Enseada, Caroline Azevedo.

De acordo com ela, até ou-tubro deste ano serão lançados novos livros, reunindo ago-ra histórias dos quilombos da cidade de Cachoeira. "Lá as comunidades são 15, e vamos lançar também publicações vol-tadas para o público infantil e o inédito Caderno do Professor, um manual com sugestões e métodos para orientar os pro-fessores a utilizar a coleção em sala de aula. Em breve os alunos das escolas municipais localiza-das próximas aos quilombos serão contemplados com a co-

mostrando como homens e mulheres quilombolas são ca-pazes de produzir conhecimen-to, formas e expressões cultu-rais variadas”, acrescentou.

É com esse sentimento que o antropólogo Vilson Caetano descreveu que Eliete Calhei-ros, quilombola, comemora a materialização em livros das histórias que o pai dela conta-

Enseada faz entrega oficial de livros a quilombolas de Maragojipe

va quando ela era criança. “É a maior felicidade para mim testemunhar isso. Desejo que o material didático seja apro-veitado com muito respeito ao nosso povo, porque o que te-mos de mais valioso somos nós mesmos, junto com a beleza do nosso rio, onde cultivamos uma relação profunda de lazer e religião”, completou.

NavegandoJuntosBoletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP). www.eepsa.com.br [email protected] Presidente: Fernando Barbosa Vice-presidente de Operações: Guilherme Guaragna Diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade: Humberto Rangel Diretor de Pessoas e Organização: Ricardo Lyra Diretor de Execução: José Luis Coutinho de Faria Gerente de Comunicação Externa e Editor: Marcelo Gentil (Conrerp 7ª/nº 1771) Redação: Malany Tavares Fotografia: Julius Sá Apoio: Bruno Pinto, Roque Peixoto, Thaise Muniz, Ronaldo Souza, Marli Santos e Caíque Fróis Projeto gráfico e editoração: Solisluna Design Revisão: Maria José Bacelar Guimarães Pré-impressão e impressão: Rocha Impressões Tiragem: 20.000 exemplares A Enseada é uma empresa associada à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). www.navegandojuntos.com.br

Representantes de comunidades quilombolas estiveram presentes no evento

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• 3NavegandoJuntos

Água: um bem que pede atenção!Em meio ao encontro da Baía de Todos-os-Santos com o Rio Paraguaçu está sendo implan-tada a Unidade Paraguaçu da Enseada. Para possibilitar a operação do empreendimen-to, é preciso que uma série de condicionantes exigidas por órgãos como Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ins-tituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Institu-to do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Fundação Cultural Palmares (FCP) sejam atendidas. Por isso, o estaleiro vem cumprin-do o determinado pelos órgãos ambientais e, em alguns casos, indo além.

No total, são nove programas direcionados a monitorar as condições físico químicas da água e sedimento, assim como da fauna marinha, para garan-tir que se mantenha a mesma qualidade do estuário encon-trada antes do empreendimen-to chegar. Órgãos ambientais e Estaleiro dão tanta atenção a isso porque a pesca artesanal é a atividade de subsistência mais importante na região”, afirmou Caroline Azevedo, bi-óloga e gerente de Sustentabi-lidade da Enseada.

Sérgio Freitas, chefe da Reserva Extrativista Baía do Iguape (Resex) – ICMBio, de-fende que as comunidades pes-queiras cumpram também seu papel na conservação dos re-cursos gerados através da pes-ca. “Elas sempre fizeram isso e

devem também continuar sendo vigilantes com relação às ações predatórias externas”, incenti-vou Sérgio. De acordo com ele, esses recursos marinhos são res-ponsáveis pela sobrevivência de cerca de 4 mil famílias de pes-cadores e marisqueiras benefici-árias da Resex Baía do Iguape. ReflorestandoMaragojipe há anos sofre com o problema da escassez de água. Na busca de soluções para essa questão, foi encontra-do um dos fatores responsáveis pela falta desse bem natural na cidade: a destruição das matas ciliares dos mananciais hídri-cos do município, a exemplo do Rio Topá. Esse rio é um dos principais fornecedores de água para a região e estava com apenas 20% de suas matas cilia-res preservadas. Isso quer dizer

Cuidados com a pescaO Recôncavo é uma região com alto índice de pessoas que vivem da pesca. Portanto, é preciso alguns cuidados para que esse recurso pesqueira não se esgote. Veja o que deve ser feito para contribuir com a preservação da atividade:• não pescar com bomba ou

qualquer artifício explosivo;• não usar malhas de rede

inadequadas;• respeitar o defeso (período

reprodutivo dos animais determinado por lei).

O professor José Martins Ucha é um entusiasta da iniciativa.

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A Enseada Indústria Naval e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) realizaram, em parceria, o I Seminário de Pesca, Aquicultura e Meio Ambiente de Salvador e Salinas da Margarida. Em Salinas, o evento aconteceu no espaço onde será implantada a Escola Técnica-Superior que vai oferecer cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), passando pelos cursos técnicos, tecnológicos e superiores. “Devido à proximidade

A Enseada Indústria Naval e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) realizaram, em parceria, o I Seminário de Pesca, Aquicultura e Meio Ambiente de Salvador e Salinas da Margarida. Em Salinas, o evento aconteceu no espaço onde será implantada a Escola Técnica-Superior que vai oferecer cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), passando pelos cursos técnicos, tecnológicos e superiores. “Devido à proximidade com o

Parceria com o IFBA qualifica pescadores e mariscadeiras

com o Estaleiro, poderemos desenvolver várias ações, tais como a qualificação e formação de pescadores e mariscadeiras para atender aos interesses da indústria naval, com a oferta de alimentos para os integrantes, além do atendimento à comunidade com cursos profissionalizantes”, revelou o coordenador do espaço e professor José Martins Ucha. Em breve o assunto será tema de ampla matéria aqui no Navegando Juntos.

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Enseada desenvolve projeto de educação ambiental para crianças em Irriquitiá

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Reflorestamento de mata ciliar tem ajudado na conservação das águas do Rio Paraguaçu

“Nosso maior investimen-to hoje é no monitoramento ambiental da nossa Área de Influência Direta (AID) que contempla Saubara, Salinas da Margarida e Maragojipe.

Sérgio Freitas, do ICMBio, defende que as comunidades tradicionais pesqueiras cumpram seu papel na conservação dos recursos da pesca

que a vegetação responsável por protegê-lo contra erosão, assoreamento por terra e lixo estava bastante comprometida.

“Muitas vezes a pessoa não sabe que, arrancando uma sim-ples árvore da margem, ela está ajudando o rio a morrer. Fize-

mos uma parceria com a pre-feitura de Maragojipe e com os proprietários rurais para reflo-restar todo o entorno do Topá. Nossa obrigação, para fins de licenciamento, era reflorestar alguns hectares de mata ciliar, o equivalente a apenas uma parte do rio. Resolvemos reflorestar mais do que o previsto, pois consideramos que o nosso pa-pel vai além do licenciamento ambiental”, revelou Caroline.

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4 • NavegandoJuntos

Que tal passear em Hiroshima, visitar o Castelo de Marugame e até se divertir num famoso parque temático? As oportu-nidades que os integrantes da Enseada Indústria Naval tive-ram no Japão vão muito além da área profissional. Para apro-veitar a experiência de viver em outro país, eles fizeram vários passeios culturais pela terra do sol nascente. Em Hiroshima, fo-ram ao Museu da Bomba, Par-que da Paz e Ilha de Miyajima. Já em Marugame, presenciaram

um belo espetáculo da natureza: o período de florescimento da Sakura (flor da cerejeira). Co-nheceram também a cidade de Kyoto e o parque da Universal Studios em Osaka.

“Ao promover os passeios, levamos em conta o fato de ser a primeira experiência in-ternacional da maioria dos participantes deste Processo de Transferência Tecnológica (TTA). Fomos a vários lugares interessantes, como Hiroshima, cidade que possui uma história

No Japão, um grande aprendizado...

...no Brasil, o fim da saudade

Linhas hidroviárias devem beneficiar 100 mil pessoas por ano

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Integrantes capacitados no Japão vão multiplicar conhecimento para colegas no Brasil

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Adeilton retornou do Japão para Maragojipe com recepção da família e amigos

Chefe de gabinete da Seinfra estima que linha Salvador-Salinas da Margarida comece a operar a partir de outubro

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Quer ficar por dentro das principais notícias e ainda interagir com o Estaleiro? Então acesse o nosso blog oficial: www.navegandojuntos.com.br

Fala comunidade

Depois de quase quatro me-ses, chegou a hora de voltar para casa. O momento tão es-perado para os integrantes que foram para o Japão participar do Processo de Transferência Tecnológica, no estaleiro da Kawasaki, chegou. A sensação de rever a família e os amigos, segundo Adeilton da Costa Santos, encarregado de pintu-ra, foi maravilhosa.

“Quando eu cheguei tive uma acolhida muito boa. Mãe, irmãos, esposa, filhos... todos estavam me aguardando e fize-ram uma recepção para que eu fosse bem-vindo. Eles me mos-traram que estão comigo para o que der e vier e são meus pilares, meus alicerces para tudo”, disse.

Durante o período em que estiveram no Japão, os inte-

grantes aprenderam algumas lições que serão bastante úteis para o trabalho no Brasil. “O sucesso da tecnologia Kawa-saki é o comprometimento com a empresa, com os equipa-mentos e com a pontualidade. Vimos que esses fatores, asso-ciados a um bom planejamento, são muito importantes para o crescimento da organização”, revelou Adeilton. Segundo ele,

Integrantes da Enseada In-dústria Naval e moradores do Recôncavo Baiano já podem começar a se despedir da BA-534 para chegar até Salinas da Margarida. É que uma linha hidroviária, que deve ligar Sal-vador à Ilha de Itaparica e ao município, está prestes a ser lançada, facilitando o acesso à

que todos, de alguma forma, acompanharam”, revelou Edu-ardo Fonseca, responsável pelo apoio administrativo e de Pes-soas e Organização no Japão.

Para ele, o grupo voltou di-ferente para a Bahia. “Esse foi o grande objetivo. Sem dúvida alguma, eles não são os mes-mos, pois aquela experiência foi muito diferente. Foi um período muito valioso, onde todos tiveram que ‘aprender a esquecer’ o que já sabiam e abrir a mente para novos meios

região. Parte do Plano Diretor do Transporte Hidroviário, essa linha vai atender cerca de 100 mil passageiros por ano.

“Acreditamos que a partir de outubro o transporte hidroviá-rio Salvador-Ilha de Itaparica-Salinas já será uma realidade. O acesso hidroviário a essa região era um desejo da popu-lação e nós atendemos. Com certeza isso vai trazer mais co-modidade para as pessoas que moram no Recôncavo. Para o Estaleiro também vai ser im-portante, pois contempla parte

da mão de obra”, disse Ivan Barbosa, chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra).

Ainda de acordo com Ivan, a previsão é que a passagem Sal-vador-Salinas custe cerca de R$ 14,00 e que três embarcações façam a viagem diariamente. “Ainda não temos nada total-mente definido, pois a licitação ainda não foi concluída, mas acreditamos que, por navegar mais rápido e ter mais estabi-lidade, o transporte dos passa-geiros será feito por um cata-marã, com capacidade para 90 pessoas. A previsão é que essa viagem dure cerca de 1 hora e 30 minutos”, revelou. O Plano

Hidroviário contempla, além da linha Salvador-Ilha de Ita-parica-Salinas, outras sete li-nhas hidroviárias intermunici-pais e duas também já tiveram a licitação autorizada: Salva-dor-Madre de Deus e Valen-ça-Morro de São Paulo-Guai-bim. “Temos previstas outras medidas que vão melhorar o sistema hidroviário, como a recuperação de piers [a exem-plo de Maragojipe], construção de ponte sobre o Rio Baitantã,

recuperação do Terminal Náu-tico de Salvador e do Termi-nal Marítimo de Vera Cruz e a aquisição dos ferries Dorival Caymmi e Zumbi dos Palma-res que deverão fazer o trecho Salvador-Itaparica em apenas 35 minutos”, informou o chefe de gabinete.

o grupo se mostrou bastante motivado em todo o processo de treinamento. “Agora no re-torno vamos tentar passar uma mensagem de companheirismo e compromisso com o empre-endimento da melhor forma, para que os demais colegas en-tendam que fazemos parte de uma empresa de grande futu-ro”, falou confiante.

CURIOSIDADE Segundo dados da Seinfra, a demanda anual de usuários que utilizam o transporte hidroviário anualmente é: Ferry boat: cerca de 650 mil veículos e 6 milhões de passageirosLinhas de Mar Grande: 1,5 milhão de passageiros

e possibilidades, com humil-dade para aceitar toda a carga de informação. Essa foi a etapa inicial de um planejamento fu-turo”, completou Eduardo.