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N.34 EDIÇÃO GRATUITA . 03.2018

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Page 1: N.34 EDIÇÃO GRATUITA - AGROS€¦ · Ficha Técnica Consulte a Revista em PDF: Índice Editorial > Cultivar a Sustentabilidade! Destaque > 7 Factos sobre a intolerância à Lactose

N.34 E D I Ç Ã O G R AT U I TA . 03.2018

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HORASDIA

7 DIASSEMANA

365DIAS ANO

RECOLHEMOSLEITE

A AGROS É LÍDER NA QUALIDADE,RASTREABILIDADE E RECOLHA DE LEITE

A AGROS REPRESENTA

30%PRODUÇÃONACIONAL

45%PRODUÇÃOPORTUGAL CONTINENTAL

78%PRODUÇÃONORTE

44COOPERATIVASAGRUPADAS

1256PRODUTORES(Dez2017)

536Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR ANO (Dez2017)

1,5Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR DIA (Dez2017)

PRODUÇÃO DE LEITE NO UNIVERSO AGROS

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Editorial

Cultivar a Sustentabilidade!

O ano de 2017 foi um ano exigente face às contingências que tínhamos em mãos. Trabalhamos ardua-

mente para rentabilizar a capacidade produtiva e cumprir com o contrato firmado com a Lactogal, assegurando o ponto ótimo entre a nossa oferta (Produ-tores de leite / Cooperativas e AGROS) e a procura (Lactogal) que se consumou na contínua recuperação da valorização do leite que se tem conseguido. No entanto esta recuperação quer ao nível da produção quer ao nível da valo-rização do leite não tem sido acompa-nhada por idêntico aumento da procura no mercado, até pelo contrário, temos verificado que a tendência do mercado do leite e dos lacticínios nos últimos anos não tem sido favorável às expec-tativas dos Produtores que pretendem que se recolha e valorize toda a sua produção. Há que ter em conta que o consumo de leite em Portugal está a baixar desde 2008 e, nos últimos dois anos, esta queda intensificou-se. Em 2016, foram vendidos mensalmente 36,8 milhões de litros e em 2017 baixou para 35,5 milhões, ou seja, menos um milhão de litros vendidos por mês. A tendência de queda no consumo verifica-se em toda a Europa, mas em Portugal, esta tem sido mais acentuada, com maior impacto no leite. O ano de 2018 reserva-nos por isso outros desafios e a capacidade de resiliência da AGROS e do setor leiteiro

JOSÉ CAPELAPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA AGROS

continuará em força para vencermos, juntos, novas batalhas. Esta capacidade de superação é crucial face à volati-lidade do mercado em que estamos inseridos, e o contexto externo tem que constar no nosso radar, pois sem nos desviarmos do caminho traçado, temos que antecipar cenários para minimizar as possíveis ameaças à viabilidade e sustentabilidade do setor.O modelo de gestão das explorações

deve incidir na qualidade e maximização da eficiência produtiva e não na quan-tidade da produção intensiva, ou seja, “conseguir mais com menos”. A priori-dade da nossa atuação enquanto Produ-tores de Leite deve ser a qualidade de cada litro de leite, o maneio produtivo assente em boas práticas de bem-estar animal (tema também cada vez mais discutido pelos consumidores), e uma gestão mais rigorosa assente na análise dos gastos e indicadores da exploração, como ferramenta integrada e de apoio à tomada de melhores decisões. Na AGROS, promover e sensibilizar para

os benefícios do consumo de Leite e de produtos lácteos continua a ser uma orientação estratégica em que todos estamos empenhados, pois apesar do incontestável valor do Leite como alimento fundamental e de excelência numa alimentação e estilo de vida saudável e equilibrado, recomendado inclusive pela DGS (Direção Geral da Saúde), é necessário sermos cada vez mais assertivos para desmascarar campanhas difamatórias e sem funda-mentação científica que tentam de todas as formas retrair o consumo do nosso leite, leite que é autêntico, e não é uma água tingida com vegetais.Assim, a AGROS continuará a assumir um papel ativo no desenvolvimento de um conjunto de iniciativas e ações de comunicação e divulgação dos atributos do Leite, como são exemplos: a AgroSe-mana - Feira Agrícola do Norte, evento de referência no panorama nacional em prol da defesa do setor do agropecuário, sob o mote “Beba Leite, Todos os Dias, Toda a Vida”; a Festa do Dia Mundial da Criança e do Leite, com cada vez mais crianças e de mais concelhos; a orga-nização e apoio a visitas de escolas a explorações leiteiras para demonstrar o bem-fazer das nossas gentes, entre outras iniciativas.Para 2018, contamos com a mesma força que nos uniu para prosseguirmos esta missão, juntos, em defesa dos Produtores de Leite e do setor leiteiro!

“Para 2018, contamos com a mesma força que nos uniu para prosseguirmos esta missão, juntos, em defesa dos Produtores de Leite e do setor leiteiro!”

REVISTA AGROS Nº34 . 3

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4 . REVISTA AGROS Nº34

PROPRIEDADE E EDITORAAGROS - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L.SEDELugar de Cassapos4490-258 Póvoa de VarzimTel. 252 241 000 - Fax. 252 241 009E-mail: [email protected] Url: www.agros.ptDIRETORJosé Fernando Martins CapelaPRODUÇÃO E COORDENAÇÃOServiço de MarketingSEDE DE REDAÇÃOLugar de Cassapos4490-258 Póvoa de VarzimN.º DE CONTRIBUINTE500291950DEPÓSITO LEGAL295758/09ISSN 1647-3264REGISTO NA ERC125612ESTATUTO EDITORIAL - Consultar emhttp://www.agros.pt/revista-agros-estatuto-editorialDESIGN E COMPOSIÇÃO GRÁFICAServiço de EventosIMPRESSÃO GRÁFICASersilitoEmpresa Gráfica, Lda.Travessa Sá e Melo, n.º2094471-909 [email protected] exemplaresPERIODICIDADEN.34 -TrimestralFOTOSAGROS, U.C.R.L.; iStockPhoto; Shutterstock

Os textos publicados nesta edição são da responsabilidadedos respetivos autores.

Ficha Técnica

Consulte a Revistaem PDF:

Índice

Editorial> Cultivar a Sustentabilidade!

Destaque> 7 Factos sobre a intolerância à Lactose

Artigo Técnico> Novas regras para a pequena agricultura familiar em vigor até março 2018

Artigo Leite> No Vaticano, as paredes dos edifícios são pintadas com Leite

Artigo Técnico> Manual de Boas Práticas em Bem-Estar Animal

Artigo Leite> Oh não, mais um artigo sobre o Leite!

Artigo Leite> Iogurte: o Snack ideal para todas as idades!

Artigo Leite> Amantes de queijo são mais magros que a média, afirma estudo

Satisfação – Grupo AGROS> Agros Comercial

Artigo Leite > A surpreendente forma pela qual o Leite nos torna mais inteligentes

Artigo Técnico> Quais são as Mega Tendências de Consumo?

Ucanorte XXI – Grupo AGROS > Rebranding Mercominho e Mercoflores

Artigo Leite > Estudo diz que consumo de iogurte pode reduzir a inflamação nas mulheres

Artigo Técnico > 5 Tendências Chave na Alimentação e Bebidas em 2018

Artigo Técnico> Frutos Vermelhos: sempre a crescer!

Grupo AGROS – PEC Nordeste> Cooperativa Agrícola de Boticas conquista três medalhas nos Prémios Great Taste

Acontecimentos

Espaço Lúdico> Agenda Cultural Agrícola> Sabores da Nossa Terra> Palavras Cruzadas

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Destaque

Factos sobre intolerância àLactose FONTE

SAPO LIFE&STYLE

Hoje em dia, numa visita ao supermercado, encontramos muitos produtos sem lactose. Para entender do que se trata, reunimos alguns factos que ajudam a compreender esta nova tendência.A lactose é o açúcar presente no Leite e é composta porglicose e galactose. Encontra-se nos laticínios emquantidades variáveis, estando presente em maiorquantidade no Leite, em menor nos queijos frescos eiogurtes, e nos queijos curados chega mesmo a nãoestar presente.Para ser digerida, a lactose necessita da presençada enzima lactase. Nos casos em que existeintolerância à lactose, esta enzima ou não existe,ou encontra-se em pequenas quantidadesno organismo.

Com o aumento da idade

pode haver uma dimi-nuição da lactase o que

leva a uma maior dificul-dade ou mesmo impos-sibilidade em digerir a

lactose?É verdade!

1.

A inclusão de

produtos sem lactose pode eliminar

os sintomas e desconforto associados, pelo que são

uma boa opção para quem tem intolerância

à lactose.

2.

É permi-tido aos intole-

rantes continuarem a consumir lácteos, como os

iogurtes, que são uma ótima fonte de proteínas de alto valor

biológico, minerais como o cálcio, magnésio e fósforos, e vitaminas do complexo B, D

e A, importantes para a saúde dos ossos e

músculos.

3.

Quem pretende ter uma

restrição calórica deverá preferir produtos magros por terem menos gordura

e, por vezes, menos açúcar. A mesma lógica deverá ser aplicada em produtos sem

lactose, que também existem na versão

magra.

4.

Saiba que a exclusão ou

diminuição do consumo de lactose aumenta a probabili-

dade de aumentarmos os níveis de intolerância, pois o organismo reduzirá ainda mais a produção de lactase. De

acordo com a Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia, como nos países do

sul da Europa bebemos menos Leite e consumimos mais queijo, 70% da

população adulta é intolerante, porque o organismo se desa-

bituou a processar a lactose.

5.

Os sintomas normalmente

associados à intolerância à lactose são: náuseas,

distensão abdominal, flatu-lência, cólicas e diarreias. Estes

surgem entre 30 minutos a duas horas após a ingestão de alimentos com lactose

e o efeito depende da dose ingerida.

6.

Para se comprovar a

intolerância à lactose devem fazer-se testes específicos. Para isso,

fale com o seu médico.

7.

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“O mundo rural vivo exige pessoas e para que as pessoas nele vivam têm de ter condições dignas. E é através deste estatuto que queremos melhorar um pouco as condições de vida deste segmento tão importante da nossa agricultura”

Novas regras para pequena agricultura familiar em vigor até março 2018

Artigo Técnico

O novo Estatuto para a Pequena Agricultura Familiar estará em vigor até março de 2018 e irá consagrar direitos como o acesso prioritário a

fundos comunitários e um regime fiscal "mais favo-rável" para estes agricultores, anunciou o Governo.Em declarações à agência Lusa, o ministro da Agricul-tura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, explicou que em causa está uma “carta de direitos” para um “segmento com um impacto e uma importância social muito superior à sua importância económica, […] porque se trata da população rural que ocupa os territórios, cujo despovoamento das últimas décadas foi tão tristemente ilustrado na recente tragédia dos incêndios”.Desde logo, segundo o governante, “pretende-se que a pequena agricultura tenha acesso prioritário às medidas de apoio da União Europeia, seja no investi-mento, seja outras medidas de apoio ao rendimento”.Ao mesmo tempo, prevê-se que estes agricultores tenham um “sistema de segurança social e fiscal mais favorável”, bem como “um regime específico no que diz respeito às normas de higiene e segurança alimen-tares nas pequenas leitarias, salsicharias, queijarias”, que seja “mais simples do que aquele que é exigido à indústria em geral”, isto “sem prejuízo das regras elementares no que diz respeito à segurança dos consumidores”, precisou.“Queremos também facilitar o acesso aos mercados locais e introduzir medidas de apoio nesse sentido, já que a comercialização dos produtos é o problema principal dos pequenos agricultores”, apontou

Capoulas Santos.Em causa estão ainda medidas como

a adequação das exigências ao tipo de agricultura, desde logo no volume de produção

comercializada, a criação de linhas de crédito específicas para este segmento e a cedência de prioridade para arrendar terras do Estado.

O Governo criou em setembro passado um grupo de trabalho com a missão de

apresentar, até à terceira semana de novembro, propostas para o Estatuto para a Pequena Agricultura Familiar, segundo um diploma publicado na

altura.Antes, o Governo tinha criado a

Comissão Interministerial para a Pequena Agricultura Familiar, em funções desde o final de

agosto para elaborar este estatuto.Nos últimos 20 anos, segundo o

Governo, tem desaparecido um elevado número de

pequenas explorações, fixando-se atual-

mente em cerca de 284 mil explorações qualificadas como familiares, que representam 93% do número total de explorações e 49% da superfície agrícola útil.“O mundo rural vivo exige pessoas e para que as pessoas nele vivam têm de ter condições dignas. E é através deste estatuto que queremos melhorar um pouco as condições de vida deste segmento tão impor-tante da nossa agricultura”, notou Capoulas Santos.O ministro da Agricultura explicou que, para ter este estatuto, é necessário ser reconhecido como pequeno agricultor familiar, título que é obtido mediante condi-ções como ter mais de 18 anos, uma exploração agrí-cola na qual a mão-de-obra assalariada não é superior à da família, propriedade cadastrada e uma faturação inferior a cerca de 20 mil euros.Apesar de admitir que nem todos os produtores cumpram estes requisitos, o responsável disse estar “convencido de que será muito elevado o número daqueles que têm condições para beneficiar deste estatuto”.O governante estimou que “até ao final do primeiro trimestre de 2018″ este estatuto esteja em vigor, após uma aprovação final em Conselho de Ministros, promulgação e publicação em Diário da República.

FONTESAPO 24

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No Vaticano, as paredes dos edifícios são pintadas com Leite

Artigo Leite

O palácio de Belvedere, na Santa Sé, está a ser pintado com Leite das vacas do Papa Francisco. O edifício, que está a levar uma pintura nova, data de 1484 e tem dentro obras de arte dos museus do Vaticano.

“Não estamos nostálgicos”, diz Vitale Zanchettin à CNN. A receita é antiga e, explica o principal arquiteto do Vaticano, tem dado provas de durar mais do que quaisquer outras pinturas sintéticas. “Estas soluções envelhecem melhor, foram usadas e testadas”, diz Zanchettin.Mas este não é um Leite qualquer: é produzido pelas vacas do próprio Papa

Francisco, na residência papal de verão, no castelo Gandolfo, perto de Roma.O Leite é misturado com cal e pigmentos naturais, neste caso, na cor original usada no século XV — o bege. A mistura é depois aplicada nas paredes à mão, com uma técnica centenária.

Barbara Jatta, a diretora dos museus do Vaticano, diz que a encíclica para o ambiente é o guia para o trabalho de restauração. “Tentamos realmente aplicar estes métodos não invasivos”, disse ao canal norte-americano. Métodos “não invasivos tanto para o ambiente

como para as pessoas”, acrescenta.

Mas o Leite das vacas papais não é o único produto de origem natural usado no património da Santa Sé. O Vaticano usa óleos essenciais para proteger as 570 estátuas e esculturas de mármore nos seus jardins.

Os óleos de orégãos e tomilho são um método eficaz para prevenir a dete-rioração biológica destas obras, sem afetar as esculturas ou a saúde daqueles que trabalham com o produto, conta também a CNN.

TEXTOSAPO 24FONTECNN

Os edifícios do Vaticano estão a ser pintados com Leite. Isso mesmo, Leite de vacas do próprio Papa Francisco é um dos ingredientes de uma mistura com séculos de história que, garantem os técnicos da Santa Sé, resiste melhor que quaisquer alternativas sintéticas.

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Artigo Técnico

TEXTOJOAQUIM LIMA CERQUEIRA (ESA-IPVC)

JOSÉ PEDRO ARAÚJO (ESA-IPVC)MARIA JORGE CORREIA (DGAV)

ANTÓNIO GUERREIRO DA PALMA (DGAV) JESUS CANTALAPIEDRA (IBADER)

ANTÓNIO FERREIRA (UCADESA)FONTE

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS Bem-Estar em Bovinos(ISBN: 978-989-20-7801-4)

PARTE II

3. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS3.1 Estábulos

As instalações modernas para bovinos, devem permitir aos animais expressar o seu potencial produtivo, não obstante a importância da construção e desenho dos alojamentos onde os animais se alimentam, descansam e se relacionam entre si.A construção e manutenção das instalações animais são fundamentais para alcançar um adequado grau de bem-estar, principalmente em sistemas de produção intensivos. O desenho do interior das instalações deve ter em consideração o comportamento natural dos bovinos (Figura 1).As instalações e equipamentos da exploração leiteira devem ser concebidos por forma a reduzir a competição pelo alimento, água e locais de descanso. A competição é muito influenciada pelas instalações, pela densidade animal num determinado espaço, pela área disponível para distribuição de alimento e pela disposição dos bebedouros.O aspeto principal dos sistemas de estabulação para proporcionar um adequado bem-estar animal relaciona-

FIGURAS1. (esquerda) e 2. (direita)

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se com o dimensionamento tanto da zona de descanso como da zona de exercício e corredores de passagem. Os animais deverão possuir o espaço suficiente que lhes permita expressar o seu comportamento natural.Na estabulação livre com cubículos o espaço destinado a cada animal para se deitar encontra-se delimitado e definido pelas dimensões do cubículo. Para que todos os animais possam repousar deve ser proporcionado acesso adequado aos cubículos. Os cubículos permitem o alojamento individual de vacas e o seu uso é influen-ciado pelo desenho do cubículo, conforto e densidade animal.É fundamental que todos os elementos do cubículo estejam corretamente colocados e dimensionados. Desta forma as vacas adaptam-se rapidamente a estes espaços e identificam-nos naturalmente como local privilegiado de descanso. Não existem medidas exatas para o cubículo, visto que o tamanho médio dos animais é diferente entre explorações.Devido à variação de tamanho dos animais entre explo-rações, para o dimensionamento dos cubículos é funda-mental recolher algumas medidas corporais de fácil obtenção, em 20 a 25% das vacas mais corpulentas do efetivo. O tamanho dos componentes do cubículo é esti-mado com base na proporcionalidade entre as medidas corporais das vacas leiteiras (Quadro 1).

Dimensão do cubículo Veissier et al. (2004) Anderson(2008)

Cerqueira(2014)

Comprimento do cubículocontra a parede [(1,01 x CT) + 10] + (0,56 x AC) 2,0 x AG 1,8 x AG

Comprimento do cubículocabeça com cabeça [(1,01 x CT) + 10] + (0,32 x AC) 1,8 x AG 1,6 x AG

Comprimento da superfície de repouso (1,01 x CT) + 10 1,2 x AG 1,2 x AG

Comprimento do espaço livre anterior (0,56 x AC) 0,7 x AG 0,6 x AG

Altura da barra limitadora do pescoço (0,75 x AC) 0,8 x AG 0,7 x AG

Largura do cubículo (0,86 x AC) + [0,7 x (LG-68)] 2 x LG 2 x LG

CT - comprimento do tronco; AC - altura à cernelha; LG - largura da garupa; AG - altura à garupa

A superfície de descanso do cubículo requer revesti-mento capaz de proporcionar maleabilidade e confor-to, influenciando simultaneamente o tempo de des-canso dos animais, que deve rondar as 14 horas diárias (Figura 2).O dimensionamento dos cubículos, principalmente o seu comprimento e a sua largura devem ser projetados de acordo com as medidas corporais dos animais da exploração. Contudo é possível propor valores padrão de comprimento e largura dos cubículos na ordem de 2,5 m e 1,12 m respetivamente, em que o número de cubículos deve ser pelo menos equivalente ao número de vacas leiteiras existentes na exploração.

QUADRO 1Dimensões dos cubículos a partir de proporções estimadas, com base nas medidas corporais de vacas leiteiras (cm).

FIGURAS1. (esquerda) e 2. (direita)

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Artigo Técnico

3.2 Manjedouras

Os animais devem dispor de uma superfície lisa, não porosa e facilmente higienizada para fornecimento do alimento. Grande parte das explorações possui atual-mente sistema de guilhotinas automáticas, sendo im-portante disponibilizar pelo menos um lugar por vaca à manjedoura. O espaço de acesso à manjedoura por ani-mal deve ser de 60 a 80 cm (Figura 3).A manjedoura deve permitir às vacas um acesso cómo-do ao alimento. O maneio alimentar (adlibitum ou res-tringido) e a qualidade dos alimentos são caraterísticas que afetam o BEA. Os animais devem ter acesso indivi-dual suficiente à manjedoura, para que todo o efetivo se possa alimentar simultaneamente. A manjedoura poderá ter algum desnível no sentido da posição dos animais e deve evitar-se a existência de fosso, porque facilita a acumulação de alimento durante vários dias, sendo mais suscetível a fermentações indesejáveis, que prejudicam a sua qualidade. No caso da existên-cia de guilhotinas é importante dispor de um número equivalente ao de animais presentes no estábulo. Os restos de alimento rejeitados pelos animais devem ser removidos diariamente.

3.3 Bebedouros

Os bebedouros devem ser dimensionados de forma a permitir, que pelo menos 5 a 7% do efetivo, tenha acesso simultaneamente a este equipamento, deven-do existir pelo menos dois pontos de abeberamento por grupo de 10 animais. O espaço de acesso aos be-bedouros por animal deve ser de 6 a 12 cm. A altura de colocação dos bebedouros varia entre 60 a 90 cm, não devendo ultrapassar 61% da altura à cernelha do animal. Os bebedouros devem ter uma profundidade entre 10 a 20 cm e o nível da água deve situar-se 5 a 10 cm abaixo do bordo do bebedouro. À volta dos bebe-douros é importante que exista um raio livre de aproxi-madamente 5 m para permitir a passagem de vacas em ambos os sentidos. Devem ser instalados nas paredes laterais dos estábulos, ou nos topos, em zonas amplas, de forma a evitar a competição entre animais hierar-quicamente distintos.Para evitar que os animais urinem e defequem nos be-bedouros, ou mesmo que se coloquem sobre estes, é conveniente colocar uma barra de proteção à volta do mesmo, sem dificultar o acesso dos animais ao bebe-douro (Figura 4) e todos devem possuir um orifício ou válvula que permita o seu esvaziamento completo, ou ainda ser possível efetuar o seu volteio para realização de limpeza (bebedouro basculante) diária.Deve existir em cada estábulo um número suficiente de bebedouros, com abastecimento de água de quali-dade. É muito importante proceder todos os dias à hi-gienização dos bebedouros, evitando a acumulação de detritos que prejudicam a salubridade da água.

FIGURAS3., 4. (fundo em baixo) e 5. (ao lado)

10 . REVISTA AGROS Nº34

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3.4 Escovas rotativas

Um dispositivo de enriquecimento tátil útil, que pode ser colocado nas explorações e facilitar o comporta-mento de limpeza das vacas consiste na instalação de escova automática. As escovas permitem que os ani-mais se cocem, particularmente em regiões corporais difíceis de alcançar de outra forma (Figura 5). Além de evitar que os animais demonstrem comportamentos agonísticos dentro do rebanho, evitando lesões, as es-covas também estão associadas a uma melhor limpeza do corpo e, em algumas situações, a melhores desem-penhos produtivos. Por isso a utilização de escovas contribui para a saúde animal devido ao facto de me-lhorar a fisiologia do sistema circulatório.

(Continua no Número seguinte)

MANUAL DEBOAS PRÁTICAS BEM-ESTAREM BOVINOS

FIGURAS3., 4. (fundo em baixo) e 5. (ao lado)

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Artigo Leite

TEXTOPEDRO CARVALHO

NutricionistaFONTE

PÚBLICO

12 . REVISTA AGROS Nº34

Oh não,mais um artigo sobre o Leite!

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA EXISTIU UMA PARTILHA TÃO DESENFREADA DE INFORMA-ÇÃO SOBRE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO.

Nunca antes na história existiu uma partilha tão desenfreada de informação sobre nutri-ção e alimentação. O surgimento contínuo de blogues, páginas de Facebook e Instagram com “dicas” e artigos sobre alimentação tem até um lado positivo que é a de colocar os profissionais da área “em sentido” e estimular o estudo constante para estarem sempre na “crista da onda” e se diferenciarem dos demais.

Por outro lado, temos um fenómeno que diaboliza ou sacraliza determinados alimentos de tal modo que hoje em dia um “plano alimentar da moda” quase que tem que possuir “obrigatoriamente” aveia, ovos, frutos gordos, frutos vermelhos, abacate, atum, batata-doce e proteína whey (que são por sinal ótimos alimentos mas convém saber em primeiro lugar se o paciente os consegue incorporar na sua alimentação) e excluir o trigo e os lati-cínios. E chegados a este ponto, apesar desta rubrica se ter iniciado com um artigo sobre o Leite, vamos voltar à carga sobre este tópico com algumas respostas simples a questões algo complexas:

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Não devemos beber Leite pois não estamos “adapta-dos” para ele, afinal a prevalência mundial de intole-rância à lactose é de 70%!

Em Portugal esta prevalência é bastante menor (esti-ma-se que na ordem dos 40%) e a persistência da lacta-se existente em algumas populações conferiu, em de-terminado momento da história, uma vantagem à sua sobrevivência sendo a tolerância à lactose justamente o resultado dessa seleção natural. Aliás, se o argumen-to de “o nosso organismo não está adaptado a…” fosse aplicado a todos os alimentos que existem hoje mas que não existiam há 15 mil anos atrás, provavelmente teríamos muito pouco para comer.

O Leite “acidifica” o organismo?De todo. O potencial renal ácido do Leite é relativa-mente neutro e como tal este chavão não faz qualquer sentido. Dentro dos laticínios, a maior moderação deverá ser com os queijos curados que estes sim pos-suem uma “carga ácida” mais elevada, tendo sempre em conta que o potencial “acidificante” dos alimentos é apenas um pormenor na nossa alimentação.

O Leite é promotor de cancro?Foi o potencial efeito nefasto do consumo de Leite no desenvolvimento do cancro da próstata e do ovário que levou a Universidade de Harvard (numa escolha muito seletiva de artigos diga-se de passagem) a reti-rar (e não excluir) o Leite do seu prato saudável. No entanto quando se faz uma revisão séria desta ligação, como foi feita aqui, conclui-se que o Leite, apesar de possuir na sua composição hormonas como o IGF-1 (que já agora é substancialmente reduzido em iogurtes e Leites fermentados) com efeito funesto no desenvol-vimento tumoral, não aumenta o risco de cancro da próstata (sobretudo se consumido na sua versão ma-gra) e pode inclusive ter um efeito protetor no cancro da bexiga, mama e colon, quando consumido até 3 porções diárias. Que não se entenda todavia que esta-mos perante um “néctar” divino que pode ser ingerido sem moderação. Para além da IGF-1, também os es-trogénios presentes no Leite parecem ser absorvidos e induzir algumas alterações hormonais no nosso or-ganismo, algo que é particularmente relevante na fase pré-pubertária, existindo alguns indícios de que um consumo elevado de Leite nestas idades pode poten-ciar o surgimento de menarca precoce ou aumentar o risco de cancro da próstata na idade adulta. Traduzindo por miúdos, sendo o Leite substancialmente melhor que refrigerantes não é para beber como “quem bebe

água” (e quem não conhece adolescentes que bebem litradas de Leite), não esquecendo que os laticínios conjuntamente com alimentos açucarados, gorduras saturadas e trans fazem parte de uma tríade altamente potenciadora da acne, outro dos problemas bastante recorrente nestas idades.

O cálcio do Leite é essencial para a saúde óssea?Não! E nem é líquido que quem bebe mais Leite tenha menos fraturas! Ainda assim, os laticínios são a forma mais conveniente de “ir buscar” o cálcio à nossa dieta, apesar de existirem outros alimentos fantásticos igual-mente ricos em cálcio como a sardinha em lata, gema de ovo, amêndoa, feijão e couve-galega, mas que, ou por menor teor de cálcio por grama de alimento, ou por uma menor biodisponibilidade do seu cálcio, fazem com que se tenham de comer estes alimentos diaria-mente e em porções um pouco acima do que estamos habituados. Em todo o caso, um estilo de vida que pre-vine a osteoporose tem necessariamente treino de for-ça, exposição solar ou suplementação em vitamina D e muito controlo no álcool e tabaco.

O Leite potencia a diabetes tipo II?Se é certo que a já falada IGF-1 não é nada benéfica no que diz respeito à diabetes, é igualmente certo que outro componente “major” do Leite pode ter um efei-to protetor. Aliás fazendo uma rápida pesquisa sobre a carga glicémica de alguns alimentos, rapidamente se constata que os laticínios estão no fundo desta tabela (sendo certo que um açucarado Leite achocolatado não é a mesma coisa que um iogurte magro sem açúcar), e como tal não serão certamente um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo II. Já no que diz respeito à diabetes tipo I e outras doenças autoimunes o Leite pode de facto não ter um papel tão inofensivo, mas a especificidade de todas estas patologias não per-mite a sua abordagem neste já longo artigo.Muitas outras questões ficaram por esclarecer mas o que podemos afirmar sem sombra de dúvida é que o Leite não tem nada que faça dele um alimento essen-cial como não tem nada que faça dele um veneno com-parável à manipulação da informação científica. E por isso, a ser bebido que seja magro ou ainda melhor, que seja trocado por iogurte ou Leite fermentado.Quanto à sua diabolização, parafraseando um grande ícone da comunicação fica também aqui um alerta a todos os profissionais de saúde: A melhor arma contra a má ciência é a vigilância, por isso “if you smell some-thing, say something”…

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Artigo Leite

Iogurte:O Snack ideal para todas as idades

IOGURTE CONSTITUI UMA BOA OPÇÃO ALIMENTAR, PARTICULARMENTE NAS REFEIÇÕES INTERCALARES. SAIBA PORQUÊ!A saúde e a alimentação estão intimamente ligadas ao longo da vida. Atualmente verifica-se uma preocupação crescente com escolhas alimentares saudáveis e equili-bradas, quer em termos nutricionais, quer económicos.A atual situação económica é responsável por várias mudanças no estilo de vida dos portugueses, de entre as quais se destacam as alterações dos hábitos alimen-tares. Por exemplo, a utilização de lancheiras é, hoje em dia, uma prática comum adotada por grande parte das pessoas, para levar para o trabalho as suas refei-ções, tanto principais como intercalares.A opção por merendas da manhã e da tarde nutricio-nalmente equilibradas é tão importante como as esco-lhas feitas nas refeições principais, na medida em que contribui para assegurar uma alimentação saudável ao longo do dia.A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Ca-tólica Portuguesa, a Associação Portuguesa dos Nutri-cionistas e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar promovem o Programa “Um Iogurte Por Dia” – uma iniciativa de sensibilização para a importância das pequenas refeições numa alimentação globalmen-te mais equilibrada, demonstrando hipóteses de lan-ches saudáveis com iogurte ao alcance de todos. No contexto deste Programa, a Associação Portugue-sa dos Nutricionistas (APN), lançaram o e-book: “O iogurte no ciclo de vida”, dedicado à importância e à

TEXTONUNO DE NORONHA

FONTESAPOLIFESTYLE

qualidade nutricional deste alimento. Apresenta ainda uma componente mais prática, através da sugestão de merendas adaptadas a diferentes fases do ciclo de vida e algumas receitas que incluem iogurte.Nuno Borges, da direção da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, reforça que “As refeições que normal-mente são deixadas para segundo plano - as refeições intercalares, ou seja o lanche a meio da manhã ou a meio da tarde - devem ser igualmente planeadas e consideradas relevantes no plano alimentar de toda a família, à semelhança do que já fazemos com as refei-ções principais (nomeadamente, o almoço e o jantar).”“Uma alimentação saudável é a base duma vida com saúde. Existe uma relação direta entre o tipo de ali-mentação e algumas doenças muito comuns, como por exemplo as doenças cardiovasculares, a obesida-de, a diabetes mellitus e também muitos problemas do aparelho digestivo como a obstipação”, destaca o es-pecialista, em comunicado. E acrescenta: “Neste con-texto, torna-se ainda mais preponderante assegurar informação e educação que contribua para a saúde da população, alertando para a importância das pequenas refeições numa alimentação saudável. O iogurte faz parte de um padrão alimentar saudável, constituindo um excelente complemento do pequeno-almoço, do lanche a meio da manhã ou da tarde, além de poder ser sobremesa ou ceia”.

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O IOGURTE NO CICLO DE VIDAÀ semelhança de outros países, Portugal encontra-se a viver o flagelo da pré-obesidade e obesidade, tanto em públicos mais jovens como em adultos. De acordo com dados recentes publicados pela Organização Mundial de Saúde (2013), pelo menos 2,8 milhões de adultos morrem a cada ano, como resultado da sua condição de excesso ponderal.Uma vez que o iogurte possui baixa densidade energé-tica e elevado conteúdo nutricional corresponde a um alimento apropriado para ser incluído numa refeição intercalar, em qualquer fase do ciclo de vida. O iogur-te apresenta-se ainda como um produto cómodo e conveniente, colmatando a crescente necessidade da população em produtos alimentares prontos para con-sumo, práticos e de fácil transporte.De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes à Balança Ali-mentar Portuguesa no período de 2008 a 2012, os io-gurtes apresentam-se como o segundo produto lácteo com maior disponibilidade para o consumo alimentar (17,6% das disponibilidades diárias per capita). Outro dado importante, demonstrado na Balança Ali-mentar Portuguesa, é o acréscimo de 2008 para 2012 do consumo deste derivado do Leite. De facto, reco-nhece-se no iogurte um alimento que prime pela baixa densidade energética e pelo alto conteúdo nutricional.Os produtos lácteos, em especial os iogurtes e Leites fermentados, respondem positivamente às necessida-des dietéticas de crianças, adolescentes, adultos, grá-vidas e idosos, devido à sua composição em termos de macro e micronutrientes.

NUTRIÇÃO DURANTE A GRAVIDEZAs regras básicas para uma alimentação saudável na gravidez, e depois na amamentação, pressupõem co-mer grande variedade de alimentos de modo a conse-guir obter todos os nutrientes necessários nas quanti-dades necessárias.Os iogurtes e Leites fermentados fazem parte do grupo dos lacticínios e devem ser integrados numa alimenta-ção saudável e equilibrada. Estes alimentos possuem um excelente valor nutricional, sendo portanto bons aliados durante a gravidez. As doses recomendadas de lacticínios aumentam neste período passando a quatro porções diárias, de forma a assegurar um correto aporte diário de vitaminas e mi-nerais, em especial de cálcio, fundamental para forma-ção do esqueleto do feto.Durante a gravidez verificam-se alterações na função gastrintestinal; um aumento da progesterona origina maior relaxamento muscular e consequentemente re-fluxo gástrico, bem como a diminuição do peristaltismo intestinal (obstipação). O consumo diário de iogurte poderá ajudar no alívio bem como diminuição dos sin-tomas.

O IOGURTE COMO ALIMENTO NA INFÂNCIA E ADO-LESCÊNCIA Na criança, assiste-se a um rápido crescimento e de-senvolvimento motor, cognitivo e socio-emocional, sendo a nutrição fundamental durante os primeiros anos de vida. A diversificação alimentar geralmente inicia-se aos seis meses, devendo o iogurte natural ser introduzido aos 8-9 meses de idade.Durante períodos de crescimento rápido as crianças precisam de duas a quatro vezes mais cálcio por Kg de peso do que os adultos. Como o Leite e outros produ-tos lácteos, designadamente como o iogurte, são a sua fonte principal, as crianças que não os consomem, ou os ingerem em quantidades limitadas, estão em risco de deficiência de cálcio.A adolescência, por sua vez, é uma fase com um ritmo de crescimento muito exigente em termos calóricos e nutricionais. Os desequilíbrios nutricionais não são raros nesta fase atribulada, devido às refeições esque-cidas e a más escolhas alimentares. Os iogurtes são aliados indispensáveis enquanto boas fontes de cálcio, assim como de proteínas de elevado valor biológico e algumas vitaminas e minerais essenciais ao crescimen-to. Por outro lado, apresentam a vantagem de serem bastante práticos, saborosos e atractivos, constituindo uma escolha saudável para o adolescente.Esta faixa etária também se caracteriza por ter alguns hábitos e comportamentos alimentares menos corre-tos, nomeadamente um padrão de refeições irregular, prática de lanches frequentes, a prática frequente de dietas particularmente entre adolescentes do género feminino, ou saltar refeições. Pela sua versatilidade e conveniência de consumo, a ingestão de iogurte nestas circunstâncias poderá ajudar a colmatar desequilíbrios nutricionais resultantes.

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ALIMENTAÇÃO NA TERCEIRA IDADE Os idosos apresentam condições peculiares que condi-cionam o seu estado nutricional. Alguns desses condi-cionantes devem-se às alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, enquanto outros são influenciados pelas patologias presentes.O cuidado com a dieta é uma das principais preocu-pações, uma vez que a alimentação tem uma relação directa no estado de saúde. O organismo envelhece naturalmente, criando maior vulnerabilidade às ca-

OS NUTRIENTES DO IOGURTE SÃO ESSENCIAIS AO BOM FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO:

Tem proteínas de elevado valor biológico - Com um papel essencialmente construtor, estes nutrientes são fundamentais para o crescimento, manutenção e regeneração do nosso organismo.

Com vitaminas, principalmente do complexo B - Regulam funções vitais no nosso organismo, sendo essen-ciais ao crescimento normal e manutenção da saúde.

Contém minerais, em especial o cálcio e o fósforo – O cálcio é essencial para a formação, manutenção e re-paração do esqueleto. E o fósforo é seu aliado nesta função.

Saudável e equilibrado – É um alimento com muitos nutrientes essenciais, tendo uma elevada densidade nutricional.

Saboroso – Existem iogurtes para todos os gostos: do natural, com pedaços ou polpa de frutos, aromatizado, líquido, cremoso ou sólido!

Por tudo isto, é o snack ideal.Por Associação Portuguesa dos Nutricionistas, com Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.

rências nutricionais. Os iogurtes e Leites fermentados adaptam-se perfeitamente às necessidades dietéticas dos idosos, pois oferecem proteínas, vitaminas e mi-nerais (prevenindo carências desta ordem). São exce-lentes fornecedores de cálcio, ajudando a preservar a estrutura óssea (o que é especialmente relevante, já que muitos idosos sofrem de carências deste mineral). O iogurte é assim, um produto de fácil deglutição, sa-boroso e bem tolerado pelo sistema digestivo do idoso.

Artigo Leite

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Artigo Leite

O estudo ainda mostrou que quem come muitos produtos lácteos tem menor índice de massa corporal, menor percentagem de gordura, além de pressão mais baixa.Aqueles que comem queijo são mais magros do que aqueles que não consomem o derivado de leite, e ainda tem menores taxas de colesterol e pressão mais baixa.Sim, a frase acima foi retirada de um artigo científico e chega como um alívio para aqueles que querem ter uma dieta saudável, mas não dispensam velhos hábitos.A pesquisa foi realizada pelo University College Dublin, que estudou o impacto de derivados de leite — como queijo, iogurte e manteiga — em 1 500 pessoas entre 15 e 90 anos.O resultado mostrou que aqueles que consomem mais produtos lácteos têm menor índice de massa corpo-ral, menor percentagem de gordura no corpo além de cinturas mais finas e pressão baixa.Mais do que isso: o estudo ainda concluiu que os participantes que consumiam derivados de leite light ti-nham níveis de colesterol mais alto.Os resultados vão contra a crença amplamente divulgada de que a gordura saturada — muito presente no queijo — é a grande responsável por colesterol alto, questão ligada a riscos cardíacos.O estudo conversa com descobertas recentes que afirmam que a gordura saturada encontrada nos queijos não aumenta o colesterol por conta da mescla de nutrientes presentes na comida.Segundo a pesquisa, “os que consomem uma grande quantidade de queijo, também consomem muita gor-dura saturada. Porém os pesquisadores não encontraram relação entre o alto consumo de queijo e o au-mento do nível de colesterol LDL.”Ainda segundo o texto, é preciso analisar não só os nutrientes, mas a matriz da dieta, levando em considera-ção o padrão de alimentação. “Não é só sobre uma comida, mas sim sobre as refeições em geral”.

Amantes de queijo são mais magros que a média, afirma estudo

TEXTOVIP.br

FONTEANIL

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Grupo AGROS - Agros Comercial

EmpresaExploração Matias & Silva, Soc. Agrícola Lda - Beiriz, Póvoa de Varzim

Ano da Fundação2001

Nº de Animais349 dos quais 144 vacas lactantes

Cliente Agros ComercialDesde 2001

Quantidade Contratualizada1.568.059 Lts

Cliente Empresas Grupo AGROSABLN, Lusogenes, Ucanorte XXI e Segalab

José Carlos Matias

Face ao investimento efetuado em Sistemas de Eficiência Ener-gética instalados na Exploração, nomeadamente, Variador de Frequência e Sistema de Recuperação para Aquecimento AQS Sanitários, sente-se satisfeito com a qualidade do produto/serviço prestado?Tendo em consideração que os equipamentos possuem cerca de 6 ou 7 anos de utilização, até ao momento, estou deveras satis-feito, uma vez que cumpriram o efeito pretendido. Acredito que um investimento nestes sistemas é um ato de gestão de custos, uma vez que é perfeitamente amortizável em cerca de 4 ou 5 anos, de acordo com o enquadramento, e a partir desse ponto obtemos o retorno.

Quais as principais razões e motivações que o levaram a optar pelos equipamentos adquiridos?Obviamente, uma das principais razões foi para reduzir os custos energéticos, uma vez que têm um peso relevante na gestão de uma Exploração. Fui aconselhado pelos técnicos da Agros Comer-cial, que me deram a conhecer os equipamentos.

O funcionamento dos equipamentos e respetivo serviço foram de encontro às suas expectativas? Sim, o funcionamento foi de encontro ao esperado e até excedeu as expectativas pois possuem mais vantagens do que inicialmente considerei, e não só relativamente à questão dos custos energéticos.

Tendo em consideração a sua experiência, entende que a Agros Comercial é uma entidade que garante uma qualidade de produto/serviço condizente com as necessidades dos clientes? Sugeria a Agros Comercial aos seus colegas/amigos?No meu caso, estou muito satisfeito com os técnicos da Agros Comercial que me acompanham, pois são profissionais creden-

ciados, competentes e bem qualificados. Primam pela veracidade e lealdade, por isso não somos desfraldados pelos produtos e/ou serviços que nos são vendidos.Assim, sugiro que a Agros Comercial aposte na divulgação dos produtos de qualidade que comercializa, e nos seus recursos humanos, uma vez que são o rosto da empresa e um dos fatores fulcrais para a satisfação dos seus clientes.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos para carac-terizar a Agros Comercial, qual escolheria? Qualidade, preço, profissionalismo, competência técnica ou outro, que considere pertinente?Considero que o fator preço por vezes é relativo, mas o profissio-nalismo e a competência são para mim fundamentais.

Que outras áreas de negócio/serviços entende que seriam favo-ráveis e nas quais a empresa deveria apostar no futuro?Acredito que existe margem de crescimento para um campo consi-derável de áreas negócio, desde que exista o fator diferencial e uma aposta na qualidade. Só assim o investimento em novas áreas poderá ser uma mais-valia para a empresa e respetivos clientes. Uma coisa é certa, a aposta em qualquer negócio deverá ser reali-zada com marcas fiáveis e de renome no mercado.

Pretende manter a Agros Comercial como parceira da sua Exploração?Tenho o maior gosto em continuar como cliente da Agros Comer-cial, uma vez que se verifica uma sinergia de ambas as partes. Existe um canal de comunicação muito próximo e acessível. Os técnicos estão sempre disponíveis. Por isso, não só pretendo manter a Agros Comercial como parceira da minha Exploração, como a recomendo.

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ROBÔS DE ORDENHABOUMATIC ROBOTICS

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O MR-S1 e o MR-D1 são unidades de ordenha autónomas e, como resultado, são de instalação fácil e rápida. Possuem um design atraente em aço inoxidável, construídos com robustez e durabilidade. Todos os robôs de ordenha são totalmente testados em fábrica e chegam ao local de instalação prontos a serem utilizados.

Cerca de 600 unidades em funcionamento na Europa

Robô MR–S1 Rotina

A passagem das vacas torna-se suave e fácil com o MR-S1. A integração das opções de seleção significa que não há necessidade de cercas e portões adicionais. O robô de ordenha está equipado com entradas e saídas em ambos os lados, permitindo que a seleção da vaca ocorra na estação do robô.

O MR–S1 precisa de muito pouco espaço no estábulo. O posicionamento único da área técnica significa que o percurso do Produtor e dos animais não se cruza.

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O MR–D1 é um robô de ordenha compacto e com box dupla. O sistema é configurado para a ordenha de duas vacas, lado a lado, e em simultâneo. Possui uma área técnica bem organizada e um braço robótico para as duas estações.

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Artigo Leite

A surpreendente forma pela qual o Leite nos torna mais inteligentesTEXTO

STEPHEN WESTSTEYN, PROGRESSIVE DAIRYMANFONTE

MilkPoint

TIROSINA beber Leite aumenta os níveis

de um aminoácido chamado tiro-sina, que leva o cérebro a fabricar noradrenalina e dopamina, ou-tros tipos de mensageiros quí-

micos no cérebro;

GORDURAas gorduras saudáveis no Leite,

triglicerídeos de cadeia média, são mais fáceis de metabolizar e podem

apoiar diretamente as necessidades nor-mais de energia do cérebro sem serem armazenadas como gorduras no cor-

po. O cérebro humano foi projetado para utilizar a gordura como prin-

cipal fonte de combustível;

COLESTEROL 25% do colesterol do corpo está

no cérebro, e a gordura é necessária para o seu desenvolvimento adequado.

O colesterol aumenta o transporte de si-nal, o funcionamento das sinapses do cé-rebro e protege os sinais bioelétricos. Ele

também funciona como um antioxi-dante para proteger as células ce-

rebrais de danos oxidativos;

PROTEÍNA as suas células cerebrais

comunicam através de men-sageiros químicos chamados neurotransmissores, que são

constituídos por aminoácidos, os mesmos aminoácidos que

estão presentes no Leite;

Em 2016, um estudo universitário acompanhou jogadores de futebol americano e descobriu que os jogadores que be-biam mais Leite apresentavam uma maior memória verbal e visual do que os jogadores que não bebiam Leite. Outros estudos confirmaram resultados semelhantes, mostrando que os consumidores de Leite têm consistentemente uma memória melhor do que as pessoas que não bebem Leite.Estudos à parte, um mapa da Europa que compara os países consumidores de Leite com os países que bebem menos Leite, mostra que aqueles que bebem mais Leite têm um QI mais elevado e ga-nham mais Prémios Nobel. Pode ser uma coincidência, mas essa ligação foi verificada de forma independen-te num estudo de 2013 chamado “Leite, chocolate e prémios Nobel”.

Algumas pessoas podem negar a conexão entre o Leite e uma maior função mental, mas isso dificilmente surpreende quando se analisa a variedade de compostos bioativos e nutrientes presentes no Leite:

Mais Leite, pessoas mais inteligentes.20 . REVISTA AGROS Nº34

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Efeito prebiótico do Leite sobre a saúde mentalEmbora a variedade de compostos bioa-tivos do Leite contribua positivamente para uma boa saúde mental, pesquisas emergentes mostram que o Leite também pode ter um efeito positivo no micro-bioma (intestino). Foi descoberto que o cérebro é onde apenas uma parte da inteligência reside e, o "segundo cérebro" (intestino) abriga uma porção igualmente grande das capacidades mentais. Desco-briu-se que um intestino saudável está ligado à boa saúde mental.Os oligossacarídeos livres (açúcares), glicoproteínas (proteínas) e glicolípidos (gorduras) do Leite são cada vez mais reconhecidos como fatores de desenvol-vimento da microbiota e saúde intestinal geral.A importância de beber Leite inteiro deve ser destacada. Curiosamente, muitos dos triglicéridos (gorduras) no Leite são antibacterianos, antivirais e antifúngicos na natureza, o que significa que eles promovem benefícios e impedem efeitos negativos em seu intestino.Uma pesquisa mostrou que a gordura do Leite possui uma função protetora no trato gastrointestinal. Um outro estudo comprovou que crianças que bebiam Leite com baixo teor de gordura tinham cinco vezes mais riscos de visitar um médico por doença gastrointestinal aguda do que aquelas que bebiam Leite integral. Reduzir a gordura do Leite na América não melhorou a saúde intestinal dos americanos.É interessante notar que a lactose, que muitas vezes é vista negativamente, é um ótimo prebiótico para a microflora intesti-nal. A lactose não absorvida, é usada pela microflora intestinal. É um verdadeiro alimento para o seu intestino.Podem argumentar que é possível obter uma nutrição semelhante através de ou-tros alimentos. Mas, quais deles podem oferecer importantes blocos de constru-ção para seu cérebro e contribuir tanto para um intestino saudável?

A surpreendente forma pela qual o Leite nos torna mais inteligentes

GLUTATIONA descobriu-se que as pessoas que

bebem Leite têm níveis mais altos de um antioxidante chamado glutatio-

na. A glutationa ajuda a evitar o stress oxidativo e os danos resultantes causa-dos por compostos químicos reativos,

produzidos durante o processo me-tabólico normal no cérebro;

VITAMINASB e B12

as vitaminas do complexo B apre-sentam efeitos positivos na saúde

mental. Baixo nível de vitamina B12 está ligado a atrofia cerebral, atrasos no crescimento, comprometimento

cognitivo, depressão, demência e outros transtornos mentais;

GALACTOSEum dos açúcares no Leite é

apelidado de “açúcar cerebral” porque dá suporte ao desenvolvi-

mento cerebral de bebés e crianças. Estudos indicaram que o açúcar ajuda a desencadear a formação de me-

mória de longo prazo e melhora a comunicação celular.

IODO os alimentos lácteos

estão entre as fontes mais ricas de iodo;

Algumas pessoas podem negar a conexão entre o Leite e uma maior função mental, mas isso dificilmente surpreende quando se analisa a variedade de compostos bioativos e nutrientes presentes no Leite:

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252 241 500 [email protected] www.segalab.pt

SEGALAB, S.A.Lugar de Cassapos4490-258 ArgivaiPóvoa de Varzim

Pesquisa de Antigénio

AmostraFEZES

E. coli K99CoronavírusRotavírusCryptosporidiumGiardia

RT -PCRAmostraZaragatoas/Orgãos

AmostraSoro

Perfil BásicoBRSV

+ Histophilus somni+ Mannheimia haemolytica+ Mycoplasma bovis

Perfil CompletoPerfil Básico

+ Pasteurella multocida

Pesquisas de Anticorpos IBR Ac+ BVDp80 Ac+ PI-3 Ac+ Mycoplasma bovis Ac+ RSV Ac

PERFIL DIARREIA NEONATAL BOVINA

PERFIS RESPIRATÓRIOS

* Acresce IVA à Taxa em vigor

20 €*

80 €* 100 €* 20 €*

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Artigo Técnico

A Euromonitor International publicou uma análise com as mega ten-dências que terão maior impacto nas indústrias e nos consumidores até 2030. Consumidor conectado, consumidor ético, vida saudável, re-tirada da classe média, produtos premium, mudança nas fronteiras do mercado e reinvenção das compras são as grandes tendências às quais as empresas se deverão antecipar.

Os consumidores conectados usam computadores, smartphones, ta-blets e outros dispositivos eletrónicos ligados à Internet para interagir com o conteúdo digital. Deste modo, a experiência é um dos fatores chave que irá influenciar o consumo.

Por outro lado, muitos consumidores e empresas prestam atenção aos valores éticos, o que se traduz em decisões baseadas no respeito pelo meio ambiente, bem-estar animal, sustentabilidade, assim como no desejo de ter um impacto positivo no trabalho e nas pessoas. Esta ten-dência está baseada em três fatores: conhecimento, acessibilidade e disponibilidade.

Ao mesmo tempo, os hábitos de vida saudável estão a converter-se no principal motor para os consumidores, que estão preocupados com a obesidade ou a sensibilidade a certos alimentos. Esta abordagem im-plica uma mudança no estilo de vida a que as empresas devem ter em conta e que gera oportunidades de negócio.

O estudo indica ainda que os consumidores de classe média preferem escutar-se uns aos outros do que às marcas. Desde 2010 e após a crise financeira que as lojas de discount têm registado crescimento das ven-das. Os consumidores exigem lojas mais pequenas e em localizações mais convenientes.

Além disso, com maior variedade de produtos, os consumidores po-dem gastar mais no que realmente lhes importa, enquanto reduzem os gastos no que não lhes interessa.

Outra das tendências indicadas é a mudança nas fronteiras do merca-do. Para assegurar o crescimento futuro, as empresas terão que adap-tar-se à evolução da realidade demográfica, económica e tecnológica e atrair novos mercados.

Finalmente, a maneira de comprar bens e serviços está em constante mudança, tanto económica como tecnológica. Com a tendência das compras pela Internet em alta, o que permite comprar através de distintas plataformas, os retalhistas devem preparar-se para isso. Os clientes procuram valor antes, durante e depois das compras. Além disso, esperam cada vez mais que os retalhistas se relacionem consigo adaptando-se ao seu estilo de vida, por exemplo, incorporando a ven-da de produtos através das redes sociais.

Quais são as Mega Tendências de Consumo?

FONTEGRANDE CONSUMO

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Grupo AGROS - Ucanorte XXI

RebrandingMercominhoe Mercoflores

ATIVIDADECOMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS HORTÍCOLAS E FRUTÍCOLAS

ESPAÇO45.000 m2 / 6.000 m2

PRODUTORESDISPÕEM DE 60 LUGARES PARA VENDA DOS SEUS PRODUTOS

GROSSISTASDISPÕEM DE 40 LUGARES FECHADOS E POSSIBILI-DADE DE ESCRITÓRIO EM PLANO SUPERIOR

POTENCIAISUTILIZADORESCOOPERATIVAS; PRODUTO-RES AGRÍCOLAS; ENTIDA-DES COM LIGAÇÃO AO SE-TOR AGRÁRIO; ENTIDADES NACIONAIS E ESTRAN-GEIRAS QUE EXERÇAM O COMÉRCIO NO RAMO

LOCALIZAÇÃOO MERCOMINHO ESTÁ SITUADO NO LUGAR DAS NECESSIDADES, FREGUESIA DE BARQEIROS, À FACE DA E.N. 205 QUE LIGA BARCE-LOS À PÓVOA DE VARZIM

Inserida na estrutura da Ucanorte XXI, destaca-se a área de negócios de Gestão de Mercados, na qual se encontram representadas o Merco-minho e o Mercoflores.

O Mercominho, mercado hortofru-tícola de origem de Entre Douro e Minho, é uma organização da Uca-norte XXI que tem como função primordial servir os agricultores da região e os seus respetivos clientes de produtos hortícolas e frutas, de forma a reunir no mesmo espaço produtores, armazenistas e reta-lhistas em áreas bem definidas.

Localizado em Barqueiros, no con-celho de Barcelos, o Mercominho abrange a zona hortofrutícola mais importante do Norte de Portugal,

junto de uma das formas de produ-ção mais características do País, as tradicionais “Masseiras” (pequenas explorações de alto rendimento e de excelente qualidade).

O Mercoflores nasceu em 1992, fonte da necessidade cada vez mais urgente de organizar a comercia-lização de flores, uma vez que a venda se fazia porta a porta. Criado pela Ucanorte XXI, o Mercoflores é um espaço destinado à comercia-lização de flores de corte, plantas ornamentais, flores secas, flores artificiais e acessórios, situado no concelho da Maia, que funciona três dias por semana, tendo como clientes os floristas, grossistas, pro-dutores de flores e outras empre-sas que se dedicam à exportação e

TEXTOAGROS

24 . REVISTA AGROS Nº34

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ATIVIDADECOMERCIALIZAÇÃO DE FLORES E PLANTAS ORNA-MENTAIS

ESPAÇO5.000 m2

PRODUTORESDISPÕEM DE 60 LUGARES PARA VENDA DOS SEUS PRODUTOS

GROSSISTASDISPÕEM DE 40 LUGARES FECHADOS E POSSIBILI-DADE DE ESCRITÓRIO EM PLANO SUPERIOR

POTENCIAISUTILIZADORESCOOPERATIVAS; PRODUTO-RES AGRÍCOLAS; ENTIDA-DES COM LIGAÇÃO AO SE-TOR AGRÁRIO; eNTIDADES NACIONAIS E ESTRAN-GEIRAS QUE EXERÇAM O COMÉRCIO NO RAMO

LOCALIZAÇÃOESTÁ SITUADO NAS INS-TALAÇÕES DA UCANORTE XXI, A 6 km DA MAIA A 12 km DO PORTO, NO LUGAR DE SÃO FRUTUOSO, FREGUESIA DA FOLGOSA, CONCELHO DA MAIA

importação de artigos desta fileira.A estrutura física do Mercoflores consta de uma área total de 5 000 m2 e estão contidas na mesma, as seguintes áreas: vendas, corredores e serviços, representando um gran-de motor dinamizador da floricultu-ra nacional.

A imagem destas duas estruturas tornou-se obsoleta com o tempo e deixou de se enquadrar no posicio-namento e visão da Ucanorte XXI, uma vez que nunca teriam sofrido alterações desde a sua fundação. As-sim, ambos os mercados atravessa-ram um processo de modernização de marca e identidade corporativa, tendo em consideração os projetos pioneiros pelo qual se caracterizam, fomentando um relacionamento de

proximidade com os respetivos pú-blicos-alvo, e mantendo uma man-cha formal semelhante e sólida.Na representação gráfica dos logó-tipos pretendeu-se transmitir uma imagem contemporânea, adapta-das aos conceitos visuais do nosso tempo, traduzidas pela simplifica-ção de formas e reforço da sua car-ga cognitiva.

No logótipo do Mercoflores optou-se pela representação do contorno de um edifício associado à silhueta de duas pétalas e que, em conjun-to, remete-nos para a imagem sim-plificada de uma tulipa. As cores utilizadas têm como objetivo re-forçar a forma final e o uso de dois pesos na tipografia faz com que a palavra “FLORES” seja evidenciada

por ser a responsável pela caracte-rização do espaço.No sentido de alcançar os objeti-vos pretendidos, em sintonia com o efetuado para o Mercoflores, op-tou-se pela representação do con-torno de um edifício em forma de “M”, retirado do acrónimo “MM” extraído da marca. Como comple-mento, foram colocadas três folhas que remetem para os produtos agrícolas comercializados no espa-ço e que, no conjunto, se harmoni-zam. As cores pretendem reforçar o verde, pela qual a região do Minho é reconhecida. O uso de dois pesos na tipografia faz com que a palavra “MINHO” seja evidenciada , em re-ferência à importância da localiza-ção geográfica do mercado.

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Artigo Leite

Um estudo de investigadores da Universidade de Wis-consin - Madison College of

Agricultural and Life Sciences, disse que consumir iogurte regularmente pode ajudar a reduzir a inflamação crónica em mulheres e suportar um sistema digestivo saudável.A pesquisa, publicada no British Journal of Nutrition, mostrou que consumir 324 gramas de iogurte com baixo teor de gordura, por dia, reduziu vários biomarcadores de inflamação nas mulheres na pré-menopausa - mulheres de peso normal e obesas.Um dos investigadores, Bradley Bolling - PhD, Professor Assistente do Departamento de Ciência dos Alimentos da Universidade de Wis-consin-Madison, disse que, embora os lácteos tenham sido perceciona-dos por alguns consumidores como produtos que contribuem para a inflamação, esta nova pesquisa su-gere o contrário."Descobrimos que as mulheres fo-ram capazes de reduzir os biomar-cadores associados à inflamação crónica, possivelmente devido à melhoria da saúde digestiva, sim-plesmente comendo 1/5 porções de iogurte com baixo teor de gor-dura por dia", disse Bolling.

Estudo diz que consumo de iogurte pode reduzir a inflamação nas mulheres

TEXTOMilkPointFONTEDAIRY REPORTER

• RISCO REDUZIDO DE DIABETES TIPO 2

O estudo é o primeiro ensaio clíni-co aleatório e controlado para for-necer dados que indicam especifi-camente que o consumo regular de iogurte com baixo teor de gordura reduz os biomarcadores (ou seja, uma presença mensurável) de in-flamação nas mulheres.Isso é significativo porque a infla-mação crónica pode contribuir para condições metabólicas e uma sé-rie de doenças relacionadas, como obesidade, diabetes tipo 2 e doen-ças cardiovasculares, importantes problemas de saúde pública.Os investigadores afirmam que os resultados são consistentes com um conjunto de pesquisas obser-vacionais que mostram que os pro-

dutos lácteos, independentemente do nível de gordura, estão associa-dos a um risco reduzido de doença cardiovascular e diabetes tipo 2.O estudo de nove semanas obser-vou 120 mulheres (60 obesas, 60 não obesas), entre 21 e 55 anos, que foram distribuídas aleatoria-mente para consumir 339 gramas de iogurte com baixo teor de gor-dura ou 324 gramas de pudim não lácteo.Não houve restrições calóricas e as pessoas foram instruídas a seguir sua dieta regular e limitar o con-sumo de alimentos fermentados e probióticos durante o estudo.O estudo foi financiado pelo Natio-nal Dairy Council (NDC). As infor-mações são do Dairy Reporter.

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Artigo Técnico

São cinco as tendências chave, a nível mun-dial, para os setores da alimentação e bebi-das, segundo a Mintel.

A consultora publicou o estudo “Global Food & Drink Trends 2018” onde identifica as tendências que terão um impacto considerável entre os con-sumidores, fabricantes e retalhistas na Europa, Mé-dio Oriente, África, Ásia e América. A Mintel explica que os conceitos são atuais, mas que também inclui elementos que evoluíram. “Divulgação Completa”, “Práticas Auto Cumpridas”, as “Novas Sensações”, o “Tratamento Preferencial” e o “Valor da Ciência” são as cinco tendências identificadas.

Tendências Cha

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FONTEGRANDE CONSUMO

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“DIVULGAÇÃO COMPLETA” alude ao desejo dos consumidores de uma transparência completa da parte das empresas de alimentação e bebidas. Se-gundo a Mintel, muitos consumidores não confiam nos sistemas regulatórios, nas empresas ou nas pessoas, existe uma cautela generalizada quanto aos alimentos e bebidas devido aos escândalos alimentares e à retirada de produtos do mercado. Esta desconfiança está a pressionar os fabricantes para que informem devida e honestamente sobre tudo o que está relacionado com os produtos ali-mentares, a sua origem, como são produzidos e distribuídos. Existe uma necessidade de seguran-ça e confiança nos alimentos e bebidas, que levou ao aumento das reclamações sobre o carácter natural dos produtos, o meio ambiente, a ética na produção, etc. Tudo isto deriva na criação de rótulos que sejam mais transparentes, desafio que os fabricantes devem enfrentar democratizando a rastreabilidade dos produtos para que todos os consumidores tenham acesso a alimentos fiáveis independentemente do seu nível socioeconómico.

As “PRÁTICAS AUTO CUMPRIDAS” são a segunda tendência identificada no estudo e diz respeito ao estilo de vida dos consumidores e ao seu ritmo fre-nético e stressante. Estes consumidores querem dietas flexíveis e equilibradas que se enquadrem nas suas rotinas para cuidar da saúde. A Mintel comenta que os consumidores querem escapar da negatividade gerada pelo ritmo de vida, a descon-fiança generalizada, a contínua conectividade e os problemas políticos, entre outros fatores. Estes consumidores centram-se no autocuidado e em priorizar o tempo e os esforços dedicados a si mes-mo. Por isso, a definição individual de autocuida-do e equilíbrio reforça a necessidade de oferecer uma grande variedade de formulações e formatos que ofereçam aos consumidores soluções positi-vas que possam adaptar ao seu estilo de vida, ne-cessidades e exigências, sempre enquadradas no contexto da saúde e bem-estar. No futuro, os con-sumidores vão procurar ainda mais ingredientes, produtos e combinações de alimentos e bebidas que lhes proporcionem benefícios nutricionais, fí-sicos ou emocionais, capazes de favorecer as suas prioridades de autocuidado.A terceira tendência, denominada “NOVAS SEN-

SAÇÕES”, centra-se sobretudo na textura dos alimentos e bebidas, uma ferramenta que pode captar e comprometer os sentidos, proporcionan-do experiências que merecem ser partilhadas. A textura terá um papel importante para a indústria alimentar em 2018, os produtos oferecerão jogos sensoriais através de novas formulações com uma grande variedade de ingredientes capazes de cha-mar a atenção do consumidor. A Mintel assegura que o som, a sensação e a satisfação proporciona-da pela textura converter-se-á num aspeto muito importante para empresas e consumidores. Neste sentido, dá uma grande relevância às experiências porque serão partilhadas nas redes sociais, espe-cialmente aquelas que estão centradas na imagem e nas cores. Como exemplo, cita os gelados cremo-sos com toppings crocantes, os novos formatos de bolachas estaladiças ou as bebidas “mastigáveis”, produtos cuja textura cativa aqueles consumido-res e bebidas que procuram alimentos e bebidas percecionadas como funcionais e divertidas.

O “TRATAMENTO PREFERENCIAL” aponta uma nova era na personalização das compras, devido à expansão dos meios digitais. As novas tecnologias ajudam os consumidores a fazer as compras com maior facilidade, o que propicia uma nova era de promoções e produtos específicos devido ao gran-de interesse na poupança de tempo e dinheiro. A Mintel julga ser necessário que as empresas e os retalhistas aproveitem a tecnologia para esta-belecer novos níveis de eficiência, por exemplo, as recomendações personalizadas, oferecer solu-ções que poupem tempo, esforço e energia aos consumidores, favorecer as compras eficientes e acessíveis mediante novos formatos e produtos, sugerindo combinações de produtos, etc. O estu-do dá como exemplo o comando por voz Echo da Amazon para ilustrar esta tendência.

O “VALOR DA CIÊNCIA” é a última tendência des-tacada e alude à importância da tecnologia para a conceção de soluções para o abastecimento mundial de alimentos. As empresas estão a de-senvolver soluções para substituir as quintas e fá-bricas tradicionais, como a carne de laboratório, a impressão 3D ou o leite sintético. Para a Mintel, a tecnologia afetará a cadeia alimentar tradicional devido a estes empreendedores que oferecem um novo formato alimentar. São produtos que inicial-mente atraem os consumidores preocupados com o atual modelo de produção alimentar e que pro-cura alternativas de acordo com os seus princípios e desejos.

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Artigo Técnico

Frutos VermelhosSempre a crescer!

São as ‘estrelas’ das exportações nacionais de fruta e as perspetivas mantêm-se positivas: a palavra de ordem é crescer em área e alargar o tempo de produção. O clima nacional é o que marca a diferença na qualidade dos frutos. A framboesa ocupa lugar cimeiro, com mais de 60% da produção, colocando Portugal num lugar de destaque na Europa, mas mirtilo e amora também estão a progredir. A quase totalidade do que se produz destina-se à exportação.

TEXTOEMILIA FREIREFONTEVIDA RURAL

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Para esta contabilização de frutos vermelhos estamos a falar de framboesa, amora, mirtilo e groselha, já que o morango é um caso à parte. Em 2016, estes frutos representaram 117 milhões de euros de vendas para o exterior, deixando à laranja o segundo lugar das ex-portações nacionais de fruta, com 81 milhões de euros e o terceiro à pera Rocha, com 71 milhões. Para avaliar as perspetivas do setor falámos com grandes empresas e Organizações de Produtores (OP), mas também com quem produz. Os objetivos passam por aumentar área e produção, estendendo-a o mais possível, as maiores vantagens são clima e solo, enquanto nas dificuldades a mão-de-obra está no topo da lista.A Driscoll’s Portugal é a empresa líder nacional na co-mercialização de pequenos frutos (framboesa, amora e mirtilo) e integra o universo mundial da Driscoll’s Worldwide, empresa líder mundial na produção de pe-quenos frutos (framboesa, amora, morango e mirtilo) originária da Califórnia (EUA). António Corrêa Nunes, country manager da empresa explica-nos que “os nos-sos produtores distribuem-se atualmente pelas regiões do Algarve, Litoral Alentejano e Ribatejo”, mas “encon-tramo-nos a estudar possíveis outras regiões nacionais onde possamos desenvolver o nosso negócio”.O também diretor de operações salienta que “Portugal é hoje um dos países mais importantes na estratégia europeia da Driscoll´s sendo o principal produtor de framboesa da Europa” e “no projeto da Driscoll’s Por-tugal a exportação representa cerca de 98% do nosso volume de negócios”.

MAIOR DIMENSÃO E ESCALAO responsável adianta que “a médio prazo os objetivos passam por crescer sustentadamente o negócio e tor-nar os nossos produtores cada vez com maior dimen-são e escala. Em termos operacionais queremos inves-tir e inovar em todas as partes da cadeia de valor que nos permitam estar mais competitivos e eficientes”.António Corrêa Nunes diz ainda: “Queremos também sedimentar o nosso modelo de negócio integrado”. Um modelo que se baseia no desenvolvimento de varieda-des próprias com foco na produtividade, características sensoriais/visuais e shelf-life; em parcerias estáveis e duradoras com OPs (como a Lusomorango e a Madre-fruta) e produtores independentes, que plantam as va-riedades Driscoll’s e produzem a fruta de acordo com as normas/requisitos da empresa; e a comercialização da fruta sob as marcas Driscoll’s e Berry Valley.“Temos de facto, e em termos de futuro, em Portugal um plano de investimentos muito ambicioso”, assegura.O country manager considera que as principais vanta-gens do nosso país para a produção de Frutos Verme-lhos são a “qualidade dos solos e da água. Infraestru-turas em perímetros de rega de enorme qualidade e estratégicas para uma agricultura competitiva. Climas muitíssimo adequados e que permitem a produção ao longo de todo o ano e de enorme qualidade”, para além de “know-how, profissionalismo, experiência e competitividade para a produção de pequenos frutos”.Do lado das dificuldades/obstáculos, que António Corrêa Nunes diz “encarar mais como desafios”, es-tão: “Criar condições operacionais para tornar a nossa

Frutos VermelhosSempre a crescer!

operação cada vez mais competitiva; Tirar o máximo proveito do perímetro de rega do mira e dos outros pe-rímetros de rega onde estamos inseridos; e mão-de-o-bra necessária para o crescimento do nosso negócio”.

FORTE APOSTA NA FRAMBOESAGonçalo Santos Andrade, vice-presidente da Lusomo-rango – a maior OP nacional de frutas e legumes em volume de negócios e que tem uma parceria de comer-cialização com a Driscoll’s – disse-nos, em Madrid, no decorrer da Fruit Attraction, que o objetivo da Organi-zação “é de chegar a 2020 com um volume de negó-cios na ordem dos 95 milhões de euros”, sendo que “o plano de crescimento tem uma forte aposta na fram-boesa, mas também no mirtilo”, apostando em varie-dades que permitam a produção durante quase todo o ano. Em 2016 a Lusomorango (que hoje já não produz morango) tinha 34 acionistas e registou um volume de negócios de 44 milhões de euros, com a exportação a representar 67% das vendas.Já a OP Bfruit, com sede em Guimarães, tem uma parceria com a Multiberry (belga/holandesa) e a pre-sidente do conselho de administração, Fernanda Ma-chado, contou-nos – também na Fruit Attraction – que “as nossas apostas são: consolidar os clientes que já temos; crescer em cerca de mais 100 hectares na fram-boesa no sul do País e dentro de cinco anos atingir uma faturação de cerca de 30 milhões de euros”.Esta OP trabalha com cerca de 140 produtores de pe-quenos frutos. Mas a Bfruit engloba produtores de morango, framboesa, mirtilo, amora, groselha e kiwi, abrangendo uma área de produção de cerca de 250 hectares distribuída de norte a sul do País. Exporta cer-ca de 95% da sua produção para países como a Holan-da, a Bélgica, a Itália, o Reino Unido, o Brasil, a França, a Alemanha e os Emiratos Árabes Unidos.Fernanda Machado diz agora “em 2016 a Bfruit atingiu um volume de vendas próximo das 600 toneladas de fruta e para 2017 prevê ultrapassar as 1.000 toneladas. Para 2018, espera-se um volume total de produção de 1.500 toneladas”.A responsável adianta que “a framboesa é o fruto mais expressivo representando 63% do total de produção e comercialização. Em segundo lugar encontra-se o mir-tilo com 19%, de seguida o morango que assume uma percentagem de 12%, a groselha ocupa 4,5% da produ-ção e comercialização e o fruto menos expressivo é a amora com apenas 1,5%”.

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AUMENTAR A ÁREA DE MIRTILOFalámos também com dois associados desta OP: Maria Aline Colaço, produtora de mirtilo em Resende e Jorge Godinho, que produz framboesa em Odemira.Maria Aline tem uma quinta com aproximadamente cinco hectares, sendo que 1,2 hectares estão ocupados com uma plantação de mirtilos em solo e em vasos. Na restante área tem vinha e uma plantação recente de cerejeiras.A gestora da Quinta dos Casais diz-nos que tem “como objetivo aumentar a área de plantação para mais dois hectares também de mirtilo, o que corresponde a mais 8.000 plantas. Neste momento tenho 4.000 unidades. Mas também penso em plantar cerejeiras, em número muito inferior, para venda local em modo biológico”. Assegura que “a minha produção de mirtilo é um negó-cio sério, pensado e projetado para ser bem-sucedido e para ter lucro, por essa razão foi feito um investimen-to substancial de forma a montarmos toda a estrutura necessária e faz parte do meu objetivo viver só da ren-tabilidade desta produção”, para isso: “Contei com a ajuda de grandes empresas que estiveram diretamente envolvidas, como a Espaço Visual, Bioberco e Bfruit”.Maria Aline Colaço garante que “em Portugal a produ-ção de mirtilo acaba por ser mais rentável que outra produção. Contudo, há que produzir de uma forma séria, procurando informação e adquirir os conheci-mentos para a realização de um bom trabalho. Aconse-lharmo-nos com os melhores profissionais e ver explo-rações de sucesso e outras com menos, quanto mais não seja para perceber como não fazer!”. Alerta que “o verdadeiro problema está no escoamento do fruto tanto localmente mas principalmente para as grandes superfícies no nosso país”, por isso adianta que “per-cebi que só teria sucesso se me juntasse a outros pro-dutores (bons produtores – os que fazem bem). Resol-vi fazer parte de uma OP (Bfruit). Ficando assim com todos os meus problemas resolvidos, preocupando-me só em produzir muito mas principalmente fruta de qualidade e de excelência”.A produtora salienta que “a colheita é de facto o maior custo que temos, pois quando a produção se encon-tra em velocidade cruzeiro, para realizar a colheita são necessárias 20 a 30 pessoas diariamente por hectare, isto numa colheita manual. O custo hora ou dia, mais seguros e segurança social é elevado. Para além disso também os produtos que são aplicados nas plantas via fertirrega ou via foliar são um custo” e diz ainda: “Na altura da plantação a compra das plantas também é dispendiosa”.A gestora sublinha que “Portugal tem uma vantagem enorme relativamente aos outros países concorrentes, o clima. E das informações que vou tendo, produz mais cedo e a fruta apresenta um sabor mais doce”.

MÃO-DE-OBRA PODE REPRESENTAR 20% A 40%Por seu lado, Jorge Godinho, que é associado da Bfruit com o filho Telmo Godinho, diz-nos que “na altura em que nos iniciámos neste negócio da produção agrícola, a cultura dos frutos vermelhos encontrava-se em gran-de ascensão, verificando-se uma constante procura dos mercados nestes produtos” por isso decidiram avançar.O produtor afirma que “a produção de framboesa é,

regra geral, um setor de atividade onde o retorno do investimento se alcança num curto/médio período de tempo, quando comparado com outras produções, no-meadamente a produção de mirtilo em que o tempo que vai entre a plantação e a colheita da primeira fruta ronda um ano. Na produção da framboesa esse perío-do de tempo varia entre dois a cinco meses, consoante as condições e as caraterísticas da plantação”.Jorge Godinho diz-nos que “nestes dois anos de ativi-dade conseguimos duplicar a nossa área de plantação e esperamos, num período máximo de dois anos, reali-zar mais um aumento da área plantada” acrescentando que, com “a procura destes frutos por parte dos mer-cados no Norte da Europa, América e Oriente é muito grande, fazendo com que este seja um setor bastante atrativo e que pode ser muito rentável”. Mas, alerta: “Os montantes de investimento inicial são elevados, considerando todo o necessário em estruturas galvani-zadas, sistemas de rega, equipamentos agrícolas, plan-tas, entre outros, sendo, por isso, este o valor que mais peso tem, em termos financeiros, mas existem outros gastos operacionais com um impacto enorme para o desenvolvimento da produção, como é o caso da mão-de-obra”. E o produtor adianta que “sendo que a fram-boesa é um fruto bastante delicado todo o processo de produção envolve mão-de-obra, desde a plantação, a manutenção e a colheita”, frisando que “os gastos com essa mão-de-obra podem representar entre 20% a 40% do valor das vendas”.Depois de considerar que o clima nacional, princi-palmente em Odemira onde tem a sua produção, é a principal vantagem do País, Jorge Godinho destaca a mão-de-obra como o principal obstáculo, mais ainda tendo em consideração que “a quase totalidade das pessoas que trabalham nas explorações agrícolas são estrangeiros que vêm de países como a Ucrânia, Bul-gária, Tailândia, Nepal, Índia. São essas as pessoas que tornam possível a concretização da maioria dos traba-lhos, nomeadamente a colheita, mas existem muitos problemas associados também a esta realidade, como é o caso da grande dificuldade de comunicação, na pas-sagem de informação de como devem ser executadas as tarefas, etc.”.Também este produtor frisa a importância de se asso-ciar a uma OP: “Junto destas Organizações é possível obter apoio técnico qualificado que guiará o produtor no desenvolvimento deste setor de atividade tão de-licado, porque, em especial a framboesa, é um fruto muito delicado, que necessita de tratamentos e aten-ções especiais” e sublinha que “não menos importan-te, é a tomada de consciência que este é um setor de atividade a tempo inteiro, que requer muito dedicação e, paixão até, pelo que se faz. Exige uma atenção diá-ria para com as plantas e toda a envolvente para que se consiga obter fruta de qualidade cumprindo, assim, com as exigências dos mercados”.

PRODUÇÃO FORA DE ÉPOCA E NOUTRAS ZONASOutro player importante do setor dos pequenos frutos é a Beirabaga, fundada em 1991 no Fundão. David Hor-gan, filho do fundador (Bernardo Horgan), acionista e diretor financeiro, explica que a empresa nacional tem “planos para aumentar áreas de produção aos poucos

Artigo Técnico

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dentro das mesmas culturas (framboesa, amora, grose-lha e mirtilo), focando-nos nas alturas em que há menos fruta no mercado e em que é mais valorizada” e adianta: “Em termos de zonas geográficas, a ideia será aumentar a área no Algarve e iniciar também na zona de Odemi-ra. Não planeamos necessariamente exportar para mais países, mas sim aumentar o volume de exportação para os mercados onde já estamos presentes”.A Beirabaga exporta mais de 50% da produção para Es-panha, França, Holanda, Reino Unido, Polónia, Itália e Suécia, trabalha com cerca de 50 produtores nacionais “e um número menor de estrangeiros quando não há produção nacional”. A framboesa representa 60% da produção e a empresa também comercializa physalis.A empresa tem sempre procurado inovar no setor e recentemente lançou embalagens de granola (feita também pela Beirabaga) com frutos vermelhos, adap-tando-se aos novos hábitos de consumo com um snack saudável que se pode comer em qualquer altura.David Horgan salienta que “um dos maiores desafios nesta área tem sido a disponibilidade de mão-de-obra”, por isso, para quem pretenda produzir pequenos frutos aconselha que “será muito importante perceber quais vão ser as necessidades de mão-de-obra em campanha e quais as formas de suprir essas necessidades”. O res-ponsável diz ainda que “seria bom procurar aconselha-mento técnico, uma vez que são plantas que precisam de cuidados muito específicos. Finalmente, aconselho qualquer novo produtor a fazer uma análise cuidada e cautelosa do negócio, quais os impactos que uma má campanha com preços baixos teria e qual a capacidade de absorver esse impacto. Numa área em que não tem havido inflação, e em que o custo de mão-de-obra, que tem vindo a subir a assim vai continuar, representa de longe a maior fatia dos custos, é necessário fazer uma gestão muito cuidada de todos os recursos”.O diretor financeiro da Beirabaga também salienta que “a maior vantagem é o nosso clima” e do lado das difi-culdades destaca: “Trabalhamos com um tipo de fruta muito perecível, de forma que o facto de sermos um país periférico, distante dos principais mercados do norte da Europa acaba por ser um dos principais obstá-culos. Outro já referido anteriormente, esse sim talvez neste momento o principal, é a pouca disponibilidade de trabalhadores na agricultura”.

MUITO ALÉM DOS FRUTOS FRESCOSNuno Pereira é um jovem empresário de Oliveira do Hospital e diz-nos que “a Lusoberry é uma empresa que foi criada este ano e que pretende realizar vários investimentos nos próximos anos na área agrícola e no desenvolvimento de produtos”, mas a marca já tinha sido criada há dois anos. O gestor adianta à VIDA RU-RAL que “o futuro passa por ter até 2020 cerca de 100 hectares de plantações, onde se destacam o mirtilo e a framboesa, mas também novas espécies de fruta que o mercado procura”. Diz ainda que “também iremos ter novos produtos, que já passaram a fase de teste e que irão sendo introduzidos no mercado”.A empresa foi afetada pelos incêndios de 15 de outu-bro na região: “tivemos um revés, pois ardeu uma plan-tação nova de mirtilos (0,5 hectares) que ia entrar em produção para o ano, mas temos de fazer outra vez e

atrasar mais um ano. A plantação era para produzir em maio, que é quando o mercado ainda não tem fruta”.Nuno Pereira refere que “além da produção própria, também temos já plantações de produtores com as variedades de mirtilo e framboesa que comercializa-mos. Temos também o campo de testes de mirtilo com a multinacional Driscoll`s que irá produzir para o ano, depois de um ano de plantação. Essa parceria foi efe-tuada em 2016 e decidirá muito do nosso desenvolvi-mento”.O empresário agrícola considera que “a produção de frutos vermelhos irá crescer muito no nosso país e cada vez será mais rentável” mas, frisa que “temos alguns problemas em Portugal que não fazem com que esta cultura seja dinâmica. Falo de falta de regadio, de mão-de-obra, de acesso a fornecedores de todo o tipo de produtos e equipamentos e sobretudo falta de apoio”. Refere ainda que “o que encarece mais estas culturas começa nas empresas que executam os trabalhos, que não o fazem como deveria ser, não plantam como de-veriam plantar, aliado, muitas vezes, a falta de conheci-mento técnico que faz com que o País gaste milhões a apoiar plantações que depois não se traduzirão efetiva-mente em valor acrescentado para a economia”.Os subprodutos que a Lusoberry tem vindo a lançar “pretendem criar um ‘apetite’ por estes produtos e cul-turas. Se não mostrarmos a potencialidade deles, nun-ca se passará do mesmo. Temos já o Mirtilão, o azeite com extrato de mirtilo, o licor de mirtilo, o vinho de mirtilo, a sidra de mirtilo, a cerveja de mirtilo, as barras de mirtilo, o chá de folhas de mirtilo, os cosméticos, as compotas, o mel, e mais produtos virão. Todos feitos em Portugal”.Nuno Pereira afirma que “a fruta é essencialmente para exportação, já relativamente aos produtos os mercados alvos, neste momento, são o nacional e o ‘mercado da saudade’”.

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O júri do “Great Taste Portugal” premiou dois dos melhores produtos da região do Barro-

so e Norte de Portugal – o mel e a carne – com três estrelas, a distin-ção máxima neste concurso.A Carne Barrosã DOP e o Mel de Barroso DOP, dois dos mais premia-dos produtos de origem protegida de Portugal, foram distinguidos com três estrelas no concurso in-ternacional “Great Taste”. Ambos os produtos, comercializados pela CAPOLIB – Cooperativa Agrícola de Boticas, receberam a distinção má-xima neste concurso que elege os géneros alimentícios de excelência.“É extremamente gratificante para a CAPOLIB e para os Produtores de Carne Barrosã e de Mel de Barroso, esta conquista de três estrelas por ambos os produtos. É com grande orgulho que vemos recompensa-do o nosso esforço e dedicação e é também um enorme incentivo para que se continuem a produzir

Cooperativa Agrícola de Boticas conquista três medalhas nos Prémios Great TasteO Melhor Sabor 2017

em Portugal produtos com esta ele-vada qualidade”, sublinha Albano Álvares, presidente da CAPOLIB – Cooperativa Agrícola de Boticas.Este é já o segundo ano em que se realiza este concurso com produtos portugueses, e já em 2016 a Carne Barrosã DOP havia conquistado três estrelas e o Mel de Barroso DOP, uma estrela.Estes prémios vêm no seguimento das várias distinções e medalhas de ouro conquistadas pela Carne Barrosã DOP, ano após ano, nos concursos de carnes nacionais qua-lificadas e das diversas distinções e medalhas igualmente conquistadas pelo Mel de Barroso, nomeada-mente a de “Mel do Ano 2014” e “Mel do Ano 2017”, entre cerca de uma centena de méis a concurso.A edição portuguesa do “Great Tas-te Award” é realizada segundo os rigorosos critérios e modus operan-di do seu congénere e original pre-cursor concurso lançado pela Guild

of Fine Food. À semelhança do que acontece no Reino Unido, também em Portugal os produtos são ava-liados por um exigente e numeroso painel de provadores composto por elementos de diferentes ramos de atividade, desde produtores, técni-cos, investigadores, comerciantes, responsáveis por cadeias e grupos de distribuição e comercialização de géneros alimentícios, sanitaris-tas, chefes de cozinha e críticos de gastronomia, entre outros.O “Great Taste Award” é unanime-mente considerado como sendo o concurso mais fiável e consisten-te no que se refere à avaliação da qualidade de um género alimentí-cio, sendo referência internacional para o consumidor e para todos os intervenientes na fileira alimentar, em particular, para aqueles que pri-vilegiam a excelência, a inovação, o requinte, a descoberta de novos sabores e a satisfação dos sentidos numa experiência degustativa.A Carne Barrosã DOP e o Mel de Barroso DOP estão à venda em quase todos os pontos da grande distribuição e a Carne Barrosã pode ser encontrada também em esta-belecimentos autorizados, talhos e restaurantes. A CAPOLIB possui uma loja própria onde se podem adquirir estes e outros produtos de montanha – trata-se da Loja Rural de Produtos de Montanha e está localizada em Boticas.

FONTENOTÍCIAS DO NORDESTE

Grupo AGROS - PEC Nordeste

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DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOSCOMERCIALIZADOS

COMPRA DIRETA DE ANIMAIS (Vacas Refugo)

ABATE DE ANIMAIS PARA CONSUMO PRÓPRIO(Mais informações na sua Cooperativa)

FABRICO DE PREPARADOS DE CARNE

COMERCIALIZAÇÃO DE CARNES

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Acontecimentos

Sob o mote “Produtores e Técnicos de mãos dadas, sucesso assegurado”, decorreu, no passado dia 21 de março de 2018, no Espaço AGROS em Argivai

– Póvoa de Varzim, o 5.º Seminário organizado pela Se-galab – Laboratório de Sanidade Animal e Segurança Alimentar, S.A. em colaboração com a AGROS.Esta iniciativa surge alinhada com os objetivos estra-tégicos traçados para o ano de 2018, no sentido de re-forçar o posicionamento das Empresas do Grupo como principais parceiros comerciais dos Produtores. A Se-galab pretende continuar a desempenhar um papel fulcral e de destaque no apoio a todas as fases da pro-dução, nomeadamente na saúde e bem-estar animal e, na qualidade da nossa matéria-prima de excelência, o Leite.Além do apoio das empresas participadas do Grupo AGROS, que se fizeram também representar numa ver-tente expositiva – Ucanorte XXI, Agros Comercial, PEC Nordeste e Lusogenes, o evento contou ainda com a contribuição de diversas parceiras farmacêuticas, no-meadamente a MSD Saúde Animal, Hipra, CEVA, Elan-co, Boehringer Ingelheim, Zoetis, Vetlima, Novavet, Ecuphar, Virbac, Prodivet ZN e Zoopan.

O 5.º Seminário Segalab contou com a presença de cerca de 400 produtores e técnicos especializados, e primou por um programa que pretendeu abordar te-máticas transversais à bovinicultura leiteira, apresen-tando uma panóplia de oradores de renome nacional e internacional.A Sessão de Abertura foi proferida pelo Presidente da Administração da Segalab e do Grupo AGROS, o Sr. José Capela, que congratulou o Laboratório pela forma fir-me e convicta com que tem vindo a pautar a sua atua-ção, através do profissionalismo e pró-atividade que lhe é reconhecido.Seguiram-se as intervenções por parte dos oradores convidados e o primeiro contributo esteve a cargo do Dr. André Preto, Médico Veterinário na MSD Saúde Ani-mal, com o tema “Tempo de Proteger”, onde frisou a importância da biossegurança, biocontenção e do diag-nóstico e monitorização nas Explorações.Posteriormente, a Dr.ª Deolinda Silva, Médica Vete-rinária e Diretora Técnica e de Marketing da Unidade de Negócios de Ruminantes da HIPRA Portugal, pro-nunciou-se relativamente às “Falhas de Imunização na Aplicação de Vacinas”. Depois de uma breve contex-

5.ºSEMINÁRIOSEGALAB

PRODUTORES E TÉCNICOS DE MÃO DADAS, SUCESSO ASSEGURADO FONTEAGROS

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FOTOS• Intervenção do Presidente da Administração da SEGALab e Grupo AGROS, Sr. José Capela (Imagem à esquerda);• Apresentação de: André Preto (MSD), Deolinda Silva (Hipra), José Cardoso (CEVA), Juan Cainzos (Elanco) (Imagens em cima da esquerda para a direita)• Apresentação de: José Miguel Lopes Jorge (Boehringer Ingelheim), Mariza Bernardino (Zoetis), João Pacheco (SEGALAB), Nuno Tavares (Coop. Agri. Coimbra) (Imagens em baixo da

esquerda para a direita)

tualização acerca de alguns conceitos gerais, como o enquadramento histórico das vacinas, os componentes do sistema imunitário, a resposta imunitária à doença/ vacinação, entre outras noções essenciais, a palestran-te esclareceu a audiência relativamente à vacinação vs imunização e apresentou alguns fatores pelos quais a imunização poderia falhar. Em forma de conclusão, a Dr.ª Deolinda Silva referiu que existem diversas de-cisões e escolhas no que toca à vacinação, nomeada-mente:• Temos que conhecer as expetativas do protocolo de

vacinação e da vacina utilizada;• Vacinação não é equivalente a imunização;• Fatores ambientais, do animal e do agente patogé-

nico influenciam quantos animais vacinados ficam realmente imunizados;

• As melhores decisões são tomadas com a ajuda e conselho do médico veterinário assistente da explo-ração:

• Conhecimento da vossa exploração e riscos de doen-ça da vossa área geográfica;

• Timing, posicionamento e utilização dos vários tipos de vacinas;

• Maneio, segurança e eficácia das vacinas utilizadas;• Revisão periódica do protocolo para avaliar resulta-

dos e fazer ajustes.

O Dr. José Maria Cardoso, Médico Veterinário em re-presentação da CEVA Saúde Animal, retratou a “In-fluência da Coxiella burnetti na imunidade”. A temática apresentada de seguida, “Efeitos da Imunossupressão na Performance Produtiva da Vaca Leiteira do Entre Douro e Minho” esteve à responsabilidade do Dr. Juan Cainzos, Consultor Técnico da Elanco Espanha e Portu-gal, onde expôs os resultados de um relatório relati-vamente a um estudo desenvolvido na área de Entre Douro e Minho sobre a eficiência na fase de transição,

no qual participaram 27 Explorações, num total 2464 animais.Por fim, a última sessão do painel da manhã - “Impor-tância da Reidratação de Vitelos após Diarreia”, pelo Dr. Miguel Lopes Jorge, Diretor de Marketing e Serviços Técnicos Ruminantes e Suínos da Boehringer Ingelheim Animal Health Portugal, que interveio sobre a impor-tância da diarreia neonatal, quais as suas principais causas e consequências. Indicou, ainda, quais os mé-todos eficazes de tratamento, assim como a solução da Boehringer Ingelheim para esta patologia, através do Benfital Plus.Após uma breve pausa para convívio e interação co-mercial, os trabalhos foram retomados com a apresen-tação “O ABC da Imunidade do Vitelo Recém-nascido” pela Dr.ª Marisa Bernardino, Médica Veterinária nos Serviços Técnicos na área de Ruminantes da Zoetis, de-finindo como fundamentais nesta temática os Anticor-pos, o Bem-estar e o Colostro. De seguida, foi a vez do Dr. João Pacheco, Médico Ve-terinário na Segalab, expor alguns dos casos práticos na região de Entre Douro e Minho sobre secagem de vacas sem recurso aos antibióticos. O evento terminou com o Dr. Nuno Tavares, Técnico da Cooperativa Agrícola de Coimbra, que também trouxe à plateia alguns casos práticos na experiência da utilização de um método inovador de diagnóstico de gestação.Ano após ano, tem-se verificado uma forte adesão por parte dos Produtores, o que confirma o sucesso desta iniciativa e reforça a relevância do papel desempenha-do pela Segalab, inserida no Grupo AGROS e no mer-cado da produção leiteira nacional, na prestação de serviços integrados de análises veterinárias, serviços técnico-veterinários de apoio às explorações leiteiras, que contribuem para a melhoria da qualidade do leite, da saúde, e do bem-estar animal.

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À semelhança de anos anteriores, a Ucanorte XXI organizou uma formação sobre Alimentação Ani-mal, que decorreu no passado dia 15 de janeiro

de 2018, no Espaço AGROS. Aquela que foi a 3.ª edição desta iniciativa, direcionada para técnicos das Cooperativas e organizações asso-ciadas nas áreas de alimentação de vacas leiteiras e/ou clínica e sanidade animal, contou com um painel de três oradores de referência nas temáticas em debate, nomeadamente, o stress do calor e dos seus efeitos nas vacas leiteiras, o conforto animal e a homogenei-dade do maneio alimentar e a sua influência na pro-dutividade, e da interligação da alimentação da vaca leiteira com a sua saúde.Assim, o primeiro orador foi Umberto Bernabucci, Professor na Universidade de Tuscia e especialista em nutrição e alimentação animal, que apresentou os úl-timos desenvolvimentos relativamente ao estudo do impacto do stress do calor no desempenho nas vacas leiteiras e como estratégias adaptativas às condições, de forma a minimizar a sua influência nos resultados das explorações agrícolas leiteiras.De seguida, Noélia Silva-del-Rio expôs aos formandos os aspetos práticos de bem-estar animal e a variação na preparação e distribuição da dieta “Unifeed” em explorações da Califórnia. A investigadora é docente na Universidade UC Davis – Califórnia, licenciada em Medicina Veterinária pela Universidade de Santiago de Compostela e completou o seu doutoramento na Universidade de Wisconsin na área de nutrição animal. Estuda há vários anos a saúde das vacas leiteiras em transição, o maneio alimentar e o conforto animal nas explorações do Central Valley, na Califórnia. Conjunta-mente com o ensino universitário fornece consultoria a Veterinários, Produtores de Leite e indústrias ligadas ao setor leiteiro.Por fim, Ana Luísa Lourenço completou o programa ao apresentar o tema “Nutrição e Imunidade”. Licenciada em Engenharia Zootécnica e em Medicina Veteriná-ria pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), doutorada em Nutrição Animal pela mesma universidade e diplomada em Nutrição Veterinária e Comparada pelo Colégio Veterinário Europeu, é atual-mente professora auxiliar no Departamento de Zootec-nia da UTAD e presta serviço especializado de Nutrição Clínica no Hospital Veterinário da UTAD. É, ainda, co-fundadora de uma empresa spin-off UTAD que presta serviço de consultoria na área de Nutrição Animal.Iniciativas deste âmbito fazem parte da estratégia em-presarial e comercial que a Ucanorte XXI tem vindo a dar continuidade, com o objetivo de transferir conheci-mento e valor acrescentado.

Formação emAlimentação AnimalTEXTOAGROS

Acontecimentos

UMBERTO BERNABUCCI NOÉLIA SILVA-DEL-RIO ANA LUÍSA LOURENÇO

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É uma fase de crescimento abrupto.Aumentam as necessidades nutricionais.Se se verificarem carências em proteínas,vitaminas do complexo B e minerais, comoo cálcio, pode ser comprometido o bom desen-volvimento neurológico, físico e hormonal.

Fontehttp://apn.org.pt/documentos/ebooks/Ebook_Conhecer_o_Leite_Final.pdf

Porque éimportante consumir

Leite?

ADOLES

CÊNCIA

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Acontecimentos

A CONFAGRI promoveu, no passado dia 19 de ja-neiro, no Espaço AGROS - Póvoa do Varzim, um Seminário sobre o Estatuto da Pequena Agricul-

tura Familiar e as Exigências da Contratação Pública.Reconhecendo a vital importância desta temática para a promoção do desenvolvimento rural e coesão territo-rial, e considerando que o Estatuto da Pequena Agricul-tura Familiar se encontrou em consulta pública até ao final do mês de janeiro, a CONFAGRI procurou, através desta iniciativa, promover o seu debate, dando respos-ta às solicitações de várias organizações agrícolas da região Norte, nomeadamente de muitas Cooperativas Agrícolas, onde a pequena agricultura familiar assume uma expressão económica e social muito relevante.Na Sessão de Abertura intervieram o Senhor Presiden-te do Conselho de Administração do Grupo AGROS – Sr. José Capela, o Senhor Presidente da CONFAGRI, Sr. Comendador Manuel dos Santos Gomes e o Senhor Se-cretário-geral da CONFAGRI, Eng.º Francisco Silva.Na sua intervenção, o Sr. José Capela, deu as boas vin-das a todos os presentes e expôs o valor para os temas

Seminário CONFAGRI“A Agricultura Familiar e as Exigência da Contratação Pública”

em discussão, considerando-os desafios para todos os intervenientes do setor agrícola, de pequena, média ou grande dimensão. Acrescentou, ainda, que todos de-verão ser agentes conjuntos e unificadores deste setor que tanto impacto e importância tem, em termos so-ciais, económicos, de fixação e desenvolvimento rural. Já o Senhor Presidente da CONFAGRI, Sr. Comendador Manuel dos Santos Gomes, começou por agradecer a presença de todos e referiu que o tema deste debate se revestia de extrema importância para o futuro da Agricultura Portuguesa. Apontou o grande peso que a pequena agricultura familiar tem no tecido agrícola nacional, bem como na preservação do ambiente, da biodiversidade e no povoamento do interior do Pais. Por sua vez, o Eng.º Francisco Silva interviu na sessão de abertura referindo que, “É urgente que se encon-trem respostas e soluções para superar os inúmeros desafios que os pequenos agricultores enfrentam, sob pena de sacrificarmos o principal suporte de vida de muitos dos espaços rurais do nosso país”.O evento contou no seu programa com a intervenção do Dr. Arlindo Cunha, docente da Universidade Católica do Porto e Ex-Ministro da Agricultura, que abordou o “Estatuto da Pequena Agricultura Familiar”. Complementarmente, neste Seminário foi ainda abor-dado, pela advogada Dr.ª Ana Rosado, o Novo Código da Contratação Pública, que focou a sua intervenção nas exigências que decorrem para as organizações agrí-colas, tema que se reveste de uma importância acresci-da para o dia-a-dia destas organizações.Este Seminário contou com uma elevada adesão, o que vem demonstrar o interesse dos temas nele abordados.

A dimensão da pequena agricultura familiar no panorama nacional

Em Portugal cerca de 284 000 explorações agrícolas classificam-se como familiares, o que representa 93% do total das explorações, 49% da superfície agrícola utilizada e mais de 80% do trabalho agrícola.As atividades da agricultura, produção animal, floresta, caça, e serviços que estão diretamente relacionados com a pequena agricultura familiar, são determinantes em grande parte do nosso território, assumindo rele-vância na produção, no emprego, na preservação do ambiente e da biodiversidade, bem como garantindo uma presença em muitas áreas do interior. Torna-se as-sim imperioso estabelecer políticas que reconheçam e potenciem a contribuição da pequena agricultura fami-liar no desenvolvimento rural.No final do período de consulta pública e após uma con-sulta efetuada à sua estrutura associada, a CONFAGRI fez chegar ao Ministério da Agricultura, Florestas e De-senvolvimento Rural um documento com todas as alte-rações que considera fundamentais para a definição do novo Estatuto para a Pequena Agricultura familiar.

TEXTOCONFAGRI

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Decorreu, no dia 26 de janeiro de 2018, no Espaço AGROS, o 1.º Simpósio da Produção de

Leite. Esta iniciativa organizada pela Nutrinova S.A., empresa da área da alimentação animal, em parceria com a Neagril, Lda., especializada na comercialização de produtos para produção animal e plantas, teve como objetivo primordial o debate e discussão relativamente aos desafios permanentes que a alimentação e nutrição da vaca de leite enfrentam na atualidade.Marcaram presença, no evento, aproximadamente 250 participan-tes, que contou com um painel de oradores especialistas na temática.Depois de proferida a Sessão de Abertura, que incluiu um breve enquadramento da empresa orga-nizadora, seguiu-se a intervenção do Dr. Juan Cañete González, Vete-rinário no Depto. Técnico da Miavit Nutrición Animal S.L., que abordou “O Efeito dos Polifenóis na Imuni-dade das Vacas Leiteiras”, ou seja, a relação com a contagem de células somáticas no leite e nos índices re-produtivos da vaca de leite, através da apresentação de dados obtidos em Explorações da Alemanha e do norte de Portugal. Já o Eng.º Javier

NUTRINOVA - 1.º Simpósio da Produção de Leite

1.ª Jornada TIR S14 de Inverno - Rugby XIII

López, responsável de vendas na área de saúde e nutrição animal da Kemin Iberica, apresentou as atua-lizações práticas do uso de silagem de milho para a alimentação das va-cas de leite e os dados relativos ao novo processamento “Shedrlage” da silagem de milho.Após um momento de debate, o Dr. Alindo Cunha, Professor da Univer-sidade Católica do Porto e membro do grupo de peritos para a reforma do PAC pós 2020, assim como ex-Ministro da Agricultura e ex-Euro

No passado dia 21 de janeiro de 2018, realizou-se, no Es-paço AGROS – Argivai (Póvoa

de Varzim), a 1.ª Jornada do Tor-neio Inter-regional de Inverno de Rugby de 13, no escalão sub-14. Esta iniciativa, organizada pela Esco-linha de Rugby da Trofa, contou com a presença de cerca de 85 atletas de três clubes da Associação de Rugby do Norte (ARN), nomeadamente a Escola de Rugby do Porto (ERP), Gui-marães Rugby Union Football Club (GRUFC) e Escolinha de Rugby da Trofa, e também de cinco clubes do Comité Regional de Rugby do Centro (CRRC), sendo estes o Rugby Club da Lousã, a Escola Superior Agrária de Coimbra (Núcleo de Rugby), Rugby Clube Tondela, Moita Rugby Clube da Bairrada (MRC Bairrada) e Rugby

Clube de Viseu (RCV).A 2.ª Jornada TIR decorreu na Esco-la Superior Agrária de Coimbra no dia 4 de fevereiro 2018.O Espaço AGROS, além de ser pon-to de encontro regular para a reali-zação de eventos de cariz agrícola, pretende ser um local aberto ao serviço ao serviço da comunidade, por se encontrar dotado de um conjunto de valências físicas e natu-rais ideais para o desenvolvimento de projetos desta géneseCongratulamos iniciativas como esta, com o espírito desportivo de diversão e fair play vincados no seu conteúdo, como meio de propor-cionar a todos os participantes uma formação completa, através do convívio, trabalho em equipa e gos-to por uma vida ativa e saudável.

Deputado, expôs à plateia as pers-pectivas para a nova PAC pós 2020, onde existiu também espaço para discussão do tema.Por último, integrado no Simpósio, realizou-se um Workshop acerca de “Diferenças entre o Sistema Con-vencional e “Shedrlage” no Proces-samento da Silagem de Milho”.Relevam-se iniciativas deste âmbi-to, como meio de criação de valor e partilha de conhecimento entre todos os intervenientes do setor da produção de leite.

TEXTOAGROS

TEXTOAGROS

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Acontecimentos

III Feira 100% Agrolimiano

CRIADORES COM ANIMAIS A CONCURSO - Raça Holstein Frísia

CRIADOR LOCALIDADE

Adelino Eurico Barbosa Miranda Ponte de Lima

Encanto do Neiva Unipessoal, Lda Barcelos

Encanto Natural - Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

Escola Prof. de Agricultura e Desenv. Rural de Ponte de Lima Ponte de Lima

Escola Profissional de Fermil, Celorico de Basto Celorico de Basto

Manuel Joaquim da Costa Cardoso Barcelos

Sociedade Agro-Pecuária Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

DadosAnimais

a Concurso

25Vacas a

Concursoem Lactação

1.648Litros de

Leite Recolhi-dos

A Feira 100% Agrolimiano, que em 2018 contou com a sua 3.ª edição e a integração do VIII Con-curso Regional da Raça Frísia do Alto Minho no

seu programa, realizou-se entre 17 e 18 de fevereiro.O Parque de Exposições Expolima, situado na vila mais antiga de Portugal – Ponte de Lima, foi palco deste certame que visa a promoção e a valorização dos ser-viços e produtos ligados ao mundo rural do concelho, tal como a produção de vinho verde, leite, enchidos e fumados, pecuária, sidra e produtos frutícolas, cogu-melos, mel, entre outros.Com organização conjunta do Município de Ponte de Lima e da COOPALIMA - Cooperativa Agrícola dos Agri-cultores do Vale do Lima a Feira 100% Agrolimiano apresentou um programa diversificado com espetácu-los musicais, workshops e demonstrações equestres, direcionado tanto para o público geral como para pro-fissionais do setor, com o objetivo de atrair potenciais investidores num dos setores que mais se tem desen-volvido no concelho, o setor agroalimentar.De entre as atividades decorridas, destaca-se o VIII Concurso de Raça Holstein Frísia do Alto Minho, numa parceria entre o Município de Ponte de Lima e a COO-PALIMA, com o apoio técnico da APCRF - Associação Portuguesa dos Criadores da Raça Frísia, da ABLN - As-sociação para apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte,

FOTOS• Stand AGROS, Brinde ao Leite e Produção Nacional(acima direita);• Stand PEC Nordeste, momento de degustação de carnes autóctones (acima).

da EPPL - Escola Profissional de Agricultura e Desenvol-vimento Rural de Ponte de Lima e da AGROS - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Dou-ro e Minho e Trás-Os-Montes. Releva-se a importância desta iniciativa, uma vez que os bovinos de Raça Hols-tein-Frísia possuem grande expressividade na região, representando um elemento chave no desenvolvimen-to do setor primário. Evidencia-se a exploração En-canto Natural - Agro-Pecuária, Lda (Poiares, Ponte de Lima) que, dos diversos prémios atribuídos, conquistou os seguintes: Grande Campeã Jovem (J); Vaca Grande Campeã (GC); Melhor Úbere; e Melhor Conjunto.Uma das novidades do programa foram os primeiros Agrojogos que levaram muita diversão à Expolima. Es-tas atividades resultaram dos Agrolympics Portugal, que chegaram a Portugal através da AgroSemana, e foram abertos à participação de toda a comunidade. Dia 17 de fevereiro, data da inauguração do evento, de entre diversas entidades, destaca-se a presença do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, o Eng.º Victor Mendes, e o Senhor Presidente da COOPALIMA, o Eng.º Carlos Lago, que no decorrer da visita inaugural ao recinto da Feira, brindaram ao con-sumo de Leite genuinamente português e matéria-pri-ma de excelência, como tem vindo a ser tradição, no stand da AGROS.

No que à vertente expositiva res-peita, a AGROS fez-se representar institucionalmente, dando conti-nuidade à estratégia implemen-tada de promoção e divulgação do nosso Leite. Também a PEC Nordeste marcou presença na III Feira 100% Agrolimiano, através de venda e degustação de carnes exclusivas DOP – Denominação de Origem Protegida, de Raças Autóc-tones Portuguesas.

TEXTOAGROS

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A primeira edição da Feira Anual da Trofa (FAT) de-correu no dia 2 de março de 1946 e contou com a visita de milhares de pessoas de todo o país.

Em 2018, a celebrar o seu 72.º aniversário, o certame realizou-se entre 2 e 4 de março, com vários concursos pecuários e equestres, exposição de animais, e repre-sentação das atividades ligadas à agropecuária.Durante os três dias, evidenciam-se os seguintes con-cursos que se sucederam: 10.º Concurso de Prepara-dores e Manejadores da Raça Holstein Frísia; 1.º Con-curso de Galinhas de Raças Autóctones da Feira Anual da Trofa, uma das novidades do evento; os Concursos Pecuários das Raças Minhota, Arouquesa e Barrosã; e o 16.º Concurso Raça Holstein Frísia – Animais Jovens e Adultos. Relativamente a este último, destacam-se os animais pertencentes à Exploração Encanto Natural - Agro-Pecuária, Lda (Poiares, Ponte de Lima) e à So-ciedade Agrícola Balazeiro do Sobrado, Lda (Rio Mau, Vila do Conde), que venceram nas categorias de Vaca Grande Campeã (GC) e Vaca Campeã Jovem (J) respe-tivamente. A Feira Anual da Trofa tem vindo a contar, ano após ano, com a vertente gastronómica rica com os mais variados pratos de degustação nas tasquinhas, doces conventuais, assim como outras iguarias com origem na região, transformando este num ponto de encontro de tradições ancestrais.Também a atividade equestre tem uma presença acen-tuada na Feira. No entanto, algumas destas atividades foram condicionadas pelo clima adverso que se fez sentir. Também a Monumental Garraiada, com data marcada para dia 2 de março, teve que ser adiada pelos mesmos motivos.Em concordância com a estratégia delineada, o AGROS fez-se representar institucionalmente através de um Stand, localizado no Pavilhão Central do espaço da Fei-ra Anual da Trofa, com enfoque na sensibilização para o consumo e benefícios do Leite, com oferta de leite-creme confecionado com a nossa matéria-prima de ex-celência, e um jogo que fez a delícia dos mais pequenos – a Roleta – com diversos brindes a serem sorteados.Estiveram ainda representadas as empresas participa-das do Grupo AGROS – Agros Co-mercial, Ucanorte XXI e CevarGado.Na inauguração oficial da Feira, que decorreu no dia 2 de março, marcaram presença, entre outras individualidades, o Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal da Trofa – Dr. António Azevedo, e o Senhor Presidente da Junta de Fre-guesia da União de Freguesias de Bougado (S. Martinho e Santiago) – Sr. Luís Paulo. Como é já tradição, no momento da visita de abertura pelo Stand da AGROS, foi feito um

CRIADORES COM ANIMAIS A CONCURSO - Raça Holstein Frísia

CRIADOR LOCALIDADE

Avelino dos Santos Pinto Maia

Encanto Natural - Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima

Escola Prof. de Agri. e Desenv. Rural de Marco de Canaveses Marco deCanaveses

Escola Prof. de Agricultura e Desenv. Rural de Ponte de Lima Ponte de Lima

Escola Profissional de Fermil, Celorico de Basto Celorico de Basto

Matias & Silva, Sociedade Agrícola, Lda Póvoa de Varzim

Sociedade Agrícola Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

Sociedade Agro-Pecuária Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

DadosAnimaisa Concurso

41Vacas aConcursoem Lactação

4.291Litros deLeite Recolhi-dos

Feira Anual da Trofa2018 TEXTO

AGROS

brinde em honra ao consumo de Leite genuinamente nacional. Este dia foi ainda dedicado às crianças de di-versos Agrupamentos Escolares do Concelho da Trofa, que também visitaram o Stand da AGROS. Aguardamos pelo próximo ano para mais uma edição da Feira Anual da Trofa, um emblemático e histórico evento da região Norte do nosso país.

FOTOS• Stand AGROS, Brinde ao Leite e Produção Nacional(acima);• Stand Agros Comercial, Exposição de Tratores e Máquinas Agrícolas (ao lado cima);Stand Cevargado e Ucanorte XXI (ao lado a baixo).

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Espaço Lúdico

AGENDACulturalAgrícola

35.º Ovibeja – Todo o Alentejo deste Mundo27 de abril a 1 de maio de 2018, BejaDesde 1984 que a Ovibeja é considerada a maior exposição agro-pecuária a sul do Rio Tejo, localizada em Beja. Em 2018, a Ovibeja, que irá decorrer entre 27 de abril e 1 de maio de 2018, irá receber a 8.ª edição do Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra/ Prémio CA Ovibeja. Esta competição, promovida pela ACOS - Agri-cultores do Sul em colaboração com a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal, contará com os prémios para as categorias "Frutado Maduro", "Frutado Verde Ligeiro", "Frutado Verde Mé-dio" e "Frutado Intenso".www.ovibeja.pt

Parque de Feiras e Exposições de Beja – Expobeja Avenida Salgueiro Maia 7800-522 Beja

51.º AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação10 a 13 de maio de 2018, BragaA AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimen-tação irá realizar-se entre 10 e 13 de maio de 2018. Este certame inaugurará as novas instalações do PEB – Pavilhão de Exposições de Braga, depois das obras de requalificação de todo o espaço, que contará com melhores infraestruturas e uma programação especial, com a realização de conferências, seminários, espetácu-los, e muitas outras atividades.www.investbraga.com/peb/events/67

PEB – Pavilhão de Exposições de BragaAvenida Dr. Francisco Pires Gonçalves4711-909 Braga

Feira Nacional de Agricultura2 a 10 de junho de 2018, SantarémEm 2018, a Feira Nacional de Agricultura conta com a sua 55.ª edi-ção, e a 65.ª edição da Feira do Ribatejo, que irá decorrer de 2 a 10 de Junho de 2018, no Centro Nacional de Exposições, em San-tarém. A temática principal desta edição será o “Olival e Azeite”.Um dos destaques será a realização em Santarém do “World Olive Oil Summit”, que contará com a presença de especialistas nacionais e internacionais da fileira do azeite e que engloba o “Concurso Nacional de Azeites”, o “Congresso Nacional de Azeite”, o “Simpósio Nacional de Olivicultura”, uma “Exposição de Azeites Premiados”, “Exposições de Pintura e Fotografia”, ações de “Show Cooking” para adultos e crianças e ainda a exibição de filmes alusivos ao tema.Paralelamente, a Feira Nacional de Agricultura recebe um ciclo de seminários e colóquios que decorre nos dias úteis e que constituirá um importante polo de debate e discussão dos principais temas agrícolas.A zona de maquinaria agrícola vai manter-se como um espaço privilegiado de promoção e de demonstração, mas outras áreas representadas na feira como os equipamentos, as associações e cooperativas agrícolas, o artesanato, a venda comercial diversa ou a já tradicional zona gastronómica permitirão agradar aos vários tipos de público que visita a Feira.Nos mesmos dias da Feira da Agricultura decorrerá também mais uma edição da Feira Empresarial da Região de Santarém (Fersant), promovida pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant).feiranacionalagricultura.pt

CNEMA - Centro Nacional de ExposiçõesQuinta das Cegonhas2001-904 Santarém

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Espaço Lúdico

Sabores da Nossa Terra

Ingredientes Bacalhau:• 100 gr. Banana• 200 gr. Morango• 2,5 dl. Leite Agros UHT Meio-Gordo• 4 Cubos de Gelo (adicionar a gosto)• 40 gr. Chocolate Negro• 1 C. de café de canela em pó

Ingredientes Bacalhau:• 250 gr. Açúcar • 230 gr. Manteiga Agros • 4 Ovos• 250 gr. Farinha• 1 C. de Chá de Fermento em Pó• 1 Laranja (Raspa e Sumo)• 2 C. de Sopa de Chocolate em Pó• Manteiga Agros q.b.• ½ Chávena de Açúcar em Pó• Leite Agros UHT Meio-Gordo q.b.

Preparação da Receita:Descasque a banana e coloque-a numa liquidificadora, juntamente com os morangos, o leite e o gelo. Triture durante aproximadamente 5 minutos, até obter a consistência pretendida. Sirva polvilhado com canela e chocolate em raspas.

Preparação da Receita:Em primeiro lugar, pré-aqueça o forno a 170º C.De seguida, bata o açúcar conjuntamente com a manteiga, até obter uma textura cremosa e suave. Adicione os ovos e misture bem. Acrescente a farinha e o fermento ao preparado.No final de bater tudo muito bem, adicione o sumo e a raspa de laranja, assim como o chocolate em pó até obter uma mistura consistente.Unte a forma com manteiga e peneire com farinha. Deite o preparado e leve ao forno cerca de 45 minutos.Enquanto o bolo coze no forno, coloque o açúcar em pó numa frigideira, em lume brando, e vá adicionando leite até conseguir uma calda espessa. Assim que o bolo arrefecer, regue-o com a calda. Decore a gosto.

Batido de Banana, Morango e Chocolate

Bolo de Laranja e Chocolate

REVISTA AGROS Nº34 . 45

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Espaço Lúdico

Palavras Cruzadas1.

3.

2.

5. 10.

4. 9.

7. 8. 11.

6.

14. 18. 19.

12. 13.

16. 20.

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32. 39.

17. 33.

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21.

23. 34. 40.

22. 29. 35.

36. 38.

25. 37.

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30.

26. 41.

31.

27.

Horizontais:2. Empresa dinamizadora do 1.º Simpósio da Produção de Leite; 4. Entidade promotora do Mel de Barroso e Carne Barrosã; 6. Açúcar Monossacarídeo; 9. Gordura; 11. Planta Herbácea Perene; 12. Micronutriente; presente no Leite; 13. Fornece “combustível” para o cérebro e é armazenado para energia; 15. Antioxidante Hidrossolúvel; 17. Fase da vida onde o Leite é uma essencial fonte de Iodo; 21. Composto nutricional do Leite; 22. Agência Especializada em Saúde; 24. Marca representada pela Agros Comercial; 26. Agricultura; 29. Produtos Tendência; 30. Do latim sustentare; 31. Tendência de consumo para 2018; 33. Marca representada pela Agros Comercial; 34. Verede; 36. Equipamento de conforto e higiene para bovinos; 37. Mega Tendência de Consumo; 39. Localização Espaço AGROS; 40. Glândulas Mamárias; 41. Dispositivo ou reservatório artificial que fornece um líquido.

Verticais: 1. Mel vencedor “Great Taste” 2017; 3. Município de Escolinha de Rugby; 5. Atividade Económica; 7. Colestrol; 8. Aminoácido; 10. Laboratório de Sanidade Animal e Segu-rança Alimentar; 14. Juntamento com o cálcio, ajuda a fortificar os ossos e dentes; 16. Professor da Universidade de Tuscia. Especialista em Nutrição e Alimentação Animal; 18. Marca italiana representada pela Agros Comercial; 19. Snack ideal para todas as idades; 20. Feira Agrícola do Norte; 23. Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração; 25. Maçã; 28. Estudo da agricultura e da pecuária, em suas relações recíprocas; 32. Fruta altamente energética, por ser rica em açúcar; 35. Caracte-rística que os consumidores esperam obter da indústria alimentar; 38. Tendência Chave na Alimentação e Bebidas.

SOLUÇÕES NÚMERO ANTERIOR (N.33) SOLUÇÕES DESTE NÚMERO (N.34)

1. PAC; 2. IBR; 3. OAZ; 4. Canaricultores; 5. Batata; 6. Greening; 7. Confraria;

8. Bísaro; 9. Colostral; 10. Alip; 11. Proleite; 12. Aveia; 13. Traça; 14. Acidez;

15. Sementeira; 16. Agrival; 17. BVD; 18. boviControl; 19. Destorroadores;

20. ANCOSE; 21. Recria; 22. Rugby; 23. Jelly; 24. Raspadeiras; 25. Natal;

26. Cachena; 27. SNIRA; 28. SIRCA; 29. Farófias; 30. Lemken; 31. Romano;

32. Agria; 33. Casco; 34. Asterix; 35. Claudicações; 36. Lavoura; 37. Claas;

38. Luzerna.

1.Barroso; 2.Nutrinova; 3.Trofa; 4.CAPOLIB; 5.Consumo; 6.Galactose; 7.LDL;

8.Tirosina; 9.Trans; 10.Segalab; 11.Equinácea; 12.Iodo; 13.Carboidratos;

14.Zinco; 15.Glutationa; 16.Umberto; 17.Gravidez; 18.Landini; 19.Iogurte;

20.AgroSemana; 21.Proteínas; 22.OMS; 23.SIRCA; 24.CLAAS; 25.Camoesa;

26.Lavoura; 27.Bísara; 28.Agropecuária; 29.Premium; 30.Sustentabilidade;

31.Discount; 32.Figo; 33.Fendt; 34.Pomar; 35.Confiança; 36.Escovas;

37.Conectividade; 38.Textura; 39.Argivai; 40.Úbere; 41.Bebedouro.

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30 de Agosto a 2 de Setembro2018