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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013 Resenha de Matérias Técnicas nº. 696, de 08|11|2012 Veículos pesquisados no período de: 31|10|2012 a 06|11|2012 DOU DOE-SP DOC-SP CENOFISCO FISCOSOFT IOB CRC SP LEFISC – TRT 2ª REGIÃO – EMPRESAS & NEGÓCIOS – EDGAR MADRUGA MARTINS – SITIO SRFB Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São PauloPresidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013

Resenha de Matérias Técnicasnº. 696, de 08|11|2012

Veículos pesquisados no período de: 31|10|2012 a 06|11|2012

DOU – DOE-SP – DOC-SP – CENOFISCO – FISCOSOFT – IOB – CRC SP – LEFISC –

TRT 2ª REGIÃO – EMPRESAS & NEGÓCIOS – EDGAR MADRUGA MARTINS – SITIO

SRFB

Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610).

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MATERIAL, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

Í N D I C E

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A F E D E R A L ................................................................5

AGENDA TRIBUTÁRIA FEDERAL: NOVEMBRO DE 2012 – ADE CODAC Nº 97, DE 26/10/2012..................5

CMN/BACEN: DISCIPLINA AS OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO POR PARTE DAS INSTITUIÇÕES QUE

ESPECIFICA – RES. CMN/BACEN Nº 4.152, DE 30/10/2012..........................................................................5

CMN/BACEN: OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO – ALTERAÇÕES – RES. CMN/BACEN Nº 4.153, DE

30/10/2012......................................................................................................................................................... 6

CNAI: A OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DOS AUDITORES INDEPENDENTES E A EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL CONTINUADA – PROCEDIMENTO.......................................................................................7

CONTABILIDADE: A GESTÃO FINANCEIRA DAS PEQUENAS EMPRESAS – PROCEDIMENTO..............13

CONTABILIDADE: APROVA O CTA 16 – EMISSÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA – RES. CFC Nº 1.410,

DE 26/10/2012................................................................................................................................................. 17

CONTABILIDADE: FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROCEDIMENTO..............................................18

CONTABILIDADE: PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS – PROCEDIMENTO................................25

CONTABILIDADE: PROVISÃO PARA FÉRIAS – CONSTITUIÇÃO E BAIXA – PROCEDIMENTO................28

CONTABILIDADE: RECONHECIMENTO DA RECEITA – ROTEIRO.............................................................33

CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE BALANÇO – SETEMBRO DE

2012 – ADE COTIR Nº 30, DE 29/10/2012......................................................................................................37

CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE BALANÇO – OUTUBRO DE

2012 – ADE COTIR Nº 32, DE 01/11/2012......................................................................................................38

I P I: OPERAÇÕES DE REMESSAS DE AMOSTRA GRÁTIS E BRINDES – PROCEDIMENTO...................39

IRPF: GANHOS DE CAPITAL – ALIENAÇÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA – OUTUBRO DE 2012 – ADE

COTIR Nº 31, DE 01/11/2012..........................................................................................................................41

SPED E REFORMA TRIBUTÁRIA – TRANSPARÊNCIA DOS NÚMEROS JÁ DERRUBA ARGUMENTOS DA

GUERRA FISCAL – ARTIGO........................................................................................................................... 41

TIPI: ALTERAÇÕES – DEC. Nº 7.834, DE 31/10/2012...................................................................................42

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E S T A D U A L ..........................................................4 4

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA: NOVEMBRO DE 2012 – COM. CAT Nº 23, DE 29/10/2012...................44

CF-e-SAT: EMISSÃO DO CUPOM FISCAL ELETRÔNICO – SISTEMA DE AUTENTICAÇÃO E

TRANSMISSÃO – PORT. CAT Nº 147, DE 05//11/2012.................................................................................44

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.500, DE 31/10/2012................................................................50

ICMS: BASE DE CÁLCULO – INCLUSÕES E EXCLUSÕES – PROCEDIMENTO.........................................51

ICMS: PARCELAMENTO – REGRAS GERAIS – ROTEIRO...........................................................................56

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A M U N I C I P A L .........................................................5 6

I S S: RECARGA (EXTINTOR/CARTUCHO) – HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA – PROCEDIMENTO................56

L E G I S L A Ç Ã O T R A B A L H I S T A E P R E V I D E N C I Á R I A .................................5 8

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.........................................................................................................................58

“EMPRESAS JÁ DEVEM PLANEJAR FÉRIAS COLETIVAS” – ARTIGO........................................................58

AVISO PRÉVIO: PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO – LEI Nº 12.506/2011 – (NOVOS

ENTENDIMENTOS) – PROCEDIMENTO........................................................................................................60

M T E: PRORROGA O PRAZO PREVISTO NO ART. 2º DA PORTARIA Nº 1057/2012 – PORT. MTE Nº

1.815, DE 31/10/2012...................................................................................................................................... 63

NR Nº 15: PRORROGA EM 60 DIAS O PRAZO DA CONSULTA PÚBLICA – PORT. SIT Nº 339, DE

31/10/2012....................................................................................................................................................... 63

TERMO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ELABORADO PELA EMPRESA SERÁ ACEITO

ATÉ 31.01.2013............................................................................................................................................... 64

TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL – ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS –

ROTEIRO......................................................................................................................................................... 64

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA...................................................................................................................69

ABONO SALARIAL: ALTERAÇÕES – RES. CODEFAT Nº 701, DE 25/10/2012............................................69

CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL DEVIDA PELAS EMPRESAS AO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL (SENAI) – ROTEIRO.................................................................................................................. 70

T V C R C - S P ....................................................................................................................7 7

ASSISTA AO PROGRAMA: “CANAL IFRS PMEs”..........................................................................................77

M E D I A Ç Ã O E A R B I T R A G E M ...................................................................................7 7

“TRIBUNAL ARBITRAL NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA DISPOR SOBRE LEIS TRABALHISTAS” –

DECISÃO......................................................................................................................................................... 77

C U L T U R A .............................................................................................................................7 8

“EMPREENDEDORES HERÓIS” – ARTIGO...................................................................................................78

E S P A Ç O C I D A D A N I A ...................................................................................................7 9

“EXEMPLO DE SUPERAÇÃO PELO ESPORTE” – COMENTÁRIO...............................................................79

E S P A Ç O : P E R G U N T A S & R E S P O S T A S ...........................................................8 0

3

P: QUANDO PASSOU A SER APLICADO O FGTS AO EMPREGADO DOMÉSTICO? É OBRIGATÓRIO O

RECOLHIMENTO?.......................................................................................................................................... 80

P: QUAL O VALOR QUE O TRABALHADOR QUE SE APOSENTA TEM A RECEBER E QUAIS OS

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O SAQUE DO FGTS DESSE TRABALHADOR QUE SE

APOSENTOU?................................................................................................................................................. 80

P: COMO SÃO FEITOS O CADASTRAMENTO E A IDENTIFICAÇÃO DO EMPREGADOR E DO

EMPREGADO NO SISTEMA DO FGTS?........................................................................................................80

P: OS DEPÓSITOS NA CONTA VINCULADA DO FGTS SOFRERÃO ALGUMA CORREÇÃO?...................81

4

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

AGENDA TRIBUTÁRIA FEDERAL: NOVEMBRO DE 2012 – ADE CODAC Nº 97, DE 26/10/2012

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: SITIO SRFB .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CMN/BACEN: DISCIPLINA AS OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO POR PARTE DAS INSTITUIÇÕES QUE ESPECIFICA – RES. CMN/BACEN Nº 4.152, DE 30/10/2012

Disciplina as operações de microcrédito por parte das instituições que especifica.

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 25 de outubro de 2012, com base nos arts. 4º, inciso VI e VIII, da referida Lei, 1º, inciso II, da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, e 1º e 12 da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, Resolveu: Art. 1º Os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de desenvolvimento, as cooperativas de crédito, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as agências de fomento, as sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte e a Caixa Econômica Federal devem observar o disposto nesta Resolução em suas operações de microcrédito. Art. 2º Considera-se operação de microcrédito a operação de crédito realizada com empreendedor urbano ou rural, pessoa natural ou jurídica, independentemente da fonte dos recursos, observadas as seguintes condições: I - a operação deve ser conduzida com uso de metodologia específica e equipe especializada; e II - o somatório do valor da operação de microcrédito com o saldo devedor de outras operações de crédito com o mesmo tomador deve ser inferior a três vezes o valor do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, excetuando-se desse limite as operações de crédito habitacional. § 1º A metodologia prevista no inciso I do caput inclui: I - avaliação dos riscos da operação, levando-se em consideração a necessidade de crédito, o endividamento e a capacidade de pagamento de cada tomador; II - análise de receitas e despesas do tomador, quando se tratar de operação com tomador individual; e III - mecanismo de controle e acompanhamento diário do volume e da inadimplência das operações da instituição. § 2º Para fins desta Resolução, a equipe especializada referida no caput, inciso I, pressupõe a atuação de profissional encarregado de acompanhar a operação durante o período do contrato no local onde executada a atividade econômica do tomador. Art. 3º Para fins de classificação da operação como microcrédito, o limite mencionado no art. 2º, inciso II, deve ser: I - observado no momento da contratação da operação de microcrédito; II - calculado com base no valor do Produto Interno Bruto per capita anual, data-base de dezembro do ano anterior, com aplicação a partir do mês subsequente à divulgação do índice pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e

5

III - considerado por indivíduo, inclusive para efeito de operações com grupo de tomadores solidários. Parágrafo único. O Banco Central do Brasil deverá divulgar o valor do limite de que trata este artigo. Art. 4º As operações de microcrédito incluem o microcrédito produtivo orientado, realizado ao amparo da Lei nº 11.110, de 25 de abril de 2005, e da Resolução nº 4.000, de 25 de agosto de 2011. Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALEXANDRE ANTONIO TOMBINIPresidente do Banco Central do Brasil

FONTE: Diário Oficial da União – 31/10/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CMN/BACEN: OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO – ALTERAÇÕES – RES. CMN/BACEN Nº 4.153, DE 30/10/2012

Altera a Resolução nº 4.000, de 25 de agosto de 2011, que dispõe sobre a realização de operações de microcrédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores.

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 25 de outubro de 2012, com base nos arts. 2º da Lei nº 10.735, de 11 de setembro de 2003, 2º e 3º da Lei nº 11.110, de 25 de abril de 2005, e no Decreto nº 5.288, de 29 de novembro de 2004, Resolveu: Art. 1º A ementa e os arts. 1º, 2º, 3º, 5º, 6º, 7º e 8º da Resolução nº 4.000, de 25 de agosto de 2011, passam a vigorar com a seguinte redação: "Altera e consolida as normas que dispõem sobre o direcionamento de depósitos à vista captados pelas instituições financeiras para operações de crédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores." (NR) "Artigo 1º Os bancos múltiplos com carteira comercial, os bancos comerciais e a Caixa Econômica Federal devem manter aplicados, em operações de crédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores, valor correspondente a, no mínimo, 2% (dois por cento) dos saldos dos depósitos à vista captados pela instituição. (...)" (NR) "Artigo 2º Para efeito do disposto nesta Resolução, as operações de crédito devem ser realizadas com: (...) Parágrafo único. (...) (...) III - no caso de microempreendedores referidos no inciso II do caput, que o somatório do valor da operação com o saldo de outras operações de crédito não ultrapassa R$40.000,00 (quarenta mil reais), excetuando-se desse limite as operações de crédito habitacional". (NR) "Artigo 3º Nas operações realizadas ao amparo desta Resolução, devem ser observadas ainda as seguintes condições, vedada a cobrança de quaisquer outras taxas ou despesas: (...) § 2º Fica a critério da instituição a exigência de garantia nas operações realizadas ao amparo desta Resolução, admitindo-se, inclusive, aval solidário em grupo com, no mínimo, três participantes, alienação fiduciária e fiança." (NR) "Artigo 5º (...)

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I - os recursos repassados para outras instituições financeiras, por meio de depósito interfinanceiro vinculado a operações de microfinanças (DIM), exclusivamente para aplicações nas operações elegíveis ao cumprimento da exigibilidade de que trata o art. 1º, observadas as disposições da Resolução nº 3.399, de 29 de agosto de 2006, e regulamentação complementar; II - o crédito concedido à sociedade de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte; III - o crédito concedido à cooperativa singular de crédito; e IV - os créditos oriundos de operações de adiantamentos, empréstimos e financiamentos que atendam às condições estabelecidas nesta Resolução, adquiridos de: a) outras instituições financeiras; b) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público; c) organizações não governamentais cujos estatutos prevejam a realização de operações de microcrédito; e d) entidades, fundos ou programas voltados para o microcrédito. § 1º Nas hipóteses referidas nos incisos I, II e III do caput, compete à instituição recebedora comprovar a aplicação dos valores captados, sob pena de recolhimento dos recursos não aplicados ao Banco Central do Brasil, nos termos previstos no art. 7º, § 2º. § 2º Na hipótese de que trata o inciso II e III do caput, a instituição concedente do crédito deve obter da instituição recebedora declaração de que aplicará o respectivo montante em operações elegíveis ao cumprimento da exigibilidade de que trata o art. 1º. § 3º Nas operações de microcrédito produtivo orientado, adquiridas na forma prevista no inciso IV do caput, permanece com a entidade cedente a responsabilidade pela prestação dos serviços mencionados no art. 4º, inciso III, inerentes a essas operações. § 4º A verificação do não atendimento das condições para caracterização de operação como microcrédito produtivo orientado, própria ou adquirida de terceiros, implicará sua desclassificação para fins do cumprimento da exigibilidade de que trata esta Resolução, devendo ser retificadas de imediato as informações remetidas ao Banco Central do Brasil a esse respeito. § 5º A partir da data-base de julho de 2013, as operações vencidas e com atraso de sessenta dias ou mais não poderão ser computadas para fins do cumprimento da exigibilidade." (NR) "Artigo 6º (...) (...) § 2º Admite-se o cumprimento do percentual mínimo disposto neste artigo por meio das operações referidas no art. 5º, incisos I, II e III." (NR) "Artigo 7º Para a verificação do cumprimento da exigibilidade de que trata esta Resolução, efetuada mensalmente no dia 20 de cada mês ou no primeiro dia útil subsequente, quando o dia 20 for dia não útil, devem ser consideradas: (...)" (NR) "Artigo 8º Na contratação das operações realizadas na forma do art. 1º, podem ser adotados procedimentos simplificados para confecção de ficha cadastral e para elaboração do contrato representativo da dívida." (NR) Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALEXANDRE ANTONIO TOMBINIPresidente do Banco Central do Brasil

FONTE: Diário Oficial da União – 31/10/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

7

CNAI: A OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO DOS AUDITORES INDEPENDENTES E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA – PROCEDIMENTO

Sumário1. Introdução 2. Inscrição no CNAI 2.1 Atualização de dados cadastrais 3. Exclusão do CNAI 3.1 Retorno do profissional ao CNAI 4. Emissão de certidões 5. Educação profissional continuada 6. Pontuação requerida do profissional 6.1 Momento a partir do qual será exigido o cumprimento dos pontos de educação profissional continuada 6.2 Pontuação "especial" exigida dos profissionais de auditoria independente de instituições financeiras 6.3 Pontuação "especial" exigida dos profissionais de auditoria independente em sociedades seguradoras, de capitalização e em entidades abertas de previdência complementar 6.4 Tabelas de pontuação 1. IntroduçãoO Cadastro Nacional de Auditores Independentes do Conselho Federal de Contabilidade (CNAI) tem por objetivo registrar todos os profissionais que atuam no mercado de auditoria independente. O cadastro foi uma exigência legítima da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central do Brasil (Bacen) e que requer a realização de exame de qualificação para os auditores que atuam nas áreas reguladas por esses órgãos. Nota-se, porém, que a obrigatoriedade de registro se aplica, ainda, aos profissionais de contabilidade que atuam em áreas de auditoria não reguladas pelos referidos órgãos. O registro no CNAI do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aplica-se ao contador regularmente registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), independente do tempo de inscrição, e desde que tenha sido aprovado no exame de qualificação técnica. 2. Inscrição no CNAIO contador aprovado no Exame de Qualificação Técnica será inscrito de forma automática no CNAI do CFC. O CFC disponibilizará em sua página na Internet a certidão de registro no CNAI, a partir da data de publicação do resultado no Diário Oficial da União. Para manutenção de seu cadastro, o profissional deverá comprovar sua participação no programa de educação continuada, nos termos estabelecidos em resoluções do CFC.2.1 Atualização de dados cadastraisO profissional inscrito no CNAI deverá manter os seus dados cadastrais atualizados, acessando o site do CFC. O CNAI, cuja inscrição será concedida pelo CFC, conterá, no mínimo, as seguintes informações:

a) o nome do auditor por extenso; b) o número de registro no CNAI; c) o número do registro no CRC; d) a nacionalidade e a naturalidade; e) a data de nascimento; f) o número de registro no CPF/MF; g) o número do RG/RNE; h) o título e a data da diplomação e o nome da instituição de ensino expedidora do

diploma; i) as especializações e os títulos;

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j) a(s) empresa(s) à(s) qual(is) se acha vinculado e o tipo de vínculo, se for o caso; e k) os dados sobre a comprovação do cumprimento do programa de educação

continuada.3. Exclusão do CNAISerão excluídos, de ofício, do CNAI os profissionais que:

a) não comprovarem a participação no programa de educação continuada; b) forem suspensos do exercício profissional; c) tiverem os seus registros baixados pelos CRC; e d) forem excluídos dos registros dos órgãos regulamentadores, no status correspondente

ao referido órgão. 3.1 Retorno do profissional ao CNAIO reingresso do profissional ao CNAI, sanadas as condições que determinaram a exclusão, conforme item 3 dependerá:

a) da obtenção de novo certificado de aprovação do Exame de Qualificação Técnica; b) do pedido de nova inscrição; e c) do pagamento dos emolumentos.

4. Emissão de certidõesAs certidões de registro serão emitidas pelos CRC, quando requeridas pelos cadastrados ou obtidas por meio eletrônico no site do CFC.5. Educação profissional continuadaA educação profissional continuada é a atividade programada, formal e reconhecida pelo CFC, visando manter, atualizar e expandir os conhecimentos técnicos, indispensáveis à qualidade e ao pleno atendimento das normas que regem o exercício da atividade de auditoria de demonstrações contábeis. Como regra, a Resolução CFC nº 1.146/2008 estabelece que devem submeter-se à educação profissional continuada os contadores com registro em CRC:

a) inscritos no CNAI; b) com cadastro na CVM; c) que exercem atividades de auditoria nas instituições financeiras, nas sociedades

seguradoras e de capitalização e em entidades abertas de previdência complementar, aqui denominados auditores independentes; e

d) os demais contadores que compõem o seu quadro funcional técnico. Nota-se que o registro no CNAI e a obrigatoriedade de educação profissional continuada não se aplicam aos profissionais que compõem o quadro funcional técnico do auditor independente, que exercem função de especialista, conforme a NBC P 1.8. Segundo o item 1.8.1.3 da referida NBC, a expressão especialista significa: [?] indivíduo ou empresa que detenha habilidades, conhecimento e experiência em áreas específicas não relacionadas à contabilidade ou auditoria.6. Pontuação requerida do profissionalOs contadores referidos no item 5 devem cumprir 96 pontos de educação profissional continuada por triênio-calendário, a partir do triênio 2009 a 2011. Para fins de cumprimento da referida pontuação, é obrigatória a comprovação de, no mínimo, 20 pontos em cada ano do triênio. Veja a tabela de pontuação no subitem 6.3, a seguir.6.1 Momento a partir do qual será exigido o cumprimento dos pontos de educação profissional continuadaO cumprimento dos pontos de educação profissional continuada será exigido a partir do ano subsequente ao de início das suas atividades ou à obtenção do seu registro no CNAI. Portanto, a pontuação estabelecida no item 6 e subitens 6.1 a 6.3 deve ser considerada proporcionalmente ao início da exigência dentro do triênio.6.2 Pontuação "especial" exigida dos profissionais de auditoria independente de instituições financeiras

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Os contadores referidos no item 5 aprovados no exame de certificação previsto no art. 18 da Resolução CMN nº 3.198/2004 devem cumprir, dentro da pontuação total, o mínimo de 8 pontos anuais de educação profissional continuada em atividades específicas relativas à auditoria independente em instituições financeiras. Conforme transcrito abaixo: "Art. 18. A contratação ou manutenção de auditor independente pelas instituições, pelas câmaras e pelos prestadores de serviços referidos no art. 1º fica condicionada à aprovação do responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qualquer outro integrante, com função de gerência, da equipe envolvida nos trabalhos de auditoria, em exame de certificação organizado pelo CFC em conjunto com o Ibracon"6.3 Pontuação "especial" exigida dos profissionais de auditoria independente em sociedades seguradoras, de capitalização e em entidades abertas de previdência complementarOs contadores referidos no item 5 aprovados no exame de certificação previsto no art. 27 da Resolução CNSP nº 118/2004 , da Superintendência de Seguros Privados (Susep), devem cumprir, dentro da pontuação total, o mínimo de 8 pontos anuais de educação profissional continuada em atividades específicas relativas à auditoria independente em sociedades seguradoras, de capitalização e em entidades abertas de previdência complementar. Conforme transcrito: "Art. 27. A contratação ou manutenção de auditor independente pelas sociedades supervisionadas fica condicionada à aprovação do responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qualquer outro integrante, com função de gerência da equipe envolvida nos trabalhos de auditoria, em certificação organizada pelo CFC em conjunto com o Ibracon"6.4 Tabelas de pontuaçãoReproduzimos, a seguir, o Anexo I da Resolução CFC nº 1.146/2008, que traz a tabela de pontuação do programa de educação profissional continuada. ANEXO I NBC PA 12 - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA - TABELAS DE PONTUAÇÃO

TABELA I - AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO (CURSOS CERTIFICADOS)

Natureza CaracterísticasDuração do curso Limite de pontos

Cursos de pós-graduação

Lato sensu

Mínimo de 360 horas-aula.

6 pontos por disciplina concluída no ano.

Stricto sensu relacionado à Contabilidade, autorizados pelo MEC (Mestrado e Doutorado).

Outros Cursos Presenciais    

Classificação para atribuição de pontos dos cursos. Ver tabela V

Curso a distância    

Classificação para atribuição de pontos dos cursos. Ver tabela V

Auto-estudo  Máximo de 2 pontos por curso.

Limitado a 6 pontos/ano.

Eventos com, no mínimo,

Conferências, palestras, seminários, fóruns, Um dia.

até 2h - 1 ponto. acima de 2h até 4h - 2 pontos.

10

Dois dias. 3 a 6 pontos.

Mais de dois dias. máximo de 10 pontos.

TABELA II - DOCÊNCIAA comprovação de docência deve ser feita mediante apresentação de declaração emitida pela instituição de ensino.Natureza Características Limite de pontos

Pós-graduação

Lato sensu

6 pontos por disciplina ministrada no ano.

Stricto sensu da área contábil autorizados pelo MEC.

Graduação e cursos de extensão

Disciplinas relativas à profissão contábil, ministradas em instituições de ensino superior credenciadas.

Eventos relacionados ao treinamento, reciclagem, especialização ou atualização na área contábil, promovidos por capacitadoras.

Conferência ou palestra; painéis; congressos ou convenções; simpósios; cursos; seminários; e outros eventos nacionais e internacionais.

Cada hora vale 1 ponto (máximo de 20 pontos anuais).

TABELA III - ATUAÇÃO COMO PARTICIPANTEA comprovação deve ser feita mediante a apresentação de documentação.Natureza Características Duração Limite de pontos

Comissões Técnicas e Profissionais no Brasil ou no exterior.

Temas relacionados à Contabilidade e à profissão contábil:

12 meses ou proporção.

Cada hora vale 1 ponto limitado a 15 pontos anuais por comissão.

a) Comissões Técnicas e de Pesquisa do CFC, dos CRCs, da CVM, do BCB, da SUSEP e do IBRACON.

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b) Comissões Técnicas e de Pesquisa de Instituições de reconhecido prestígio e relativas à profissão.

Banca examinadora de dissertação tese ou monografia

Doutorado

Trabalho concluído.

10 pontos por banca.Mestrado 7 pontos por banca.Especialização 3,5 pontos por banca.Bacharelado 2,5 pontos por banca.

TABELA IV - PRODUÇÃO INTELECTUALA comprovação deve ser feita mediante a apresentação de documentação.Natureza Características Limite de pontos

Publicação de artigos em jornais e em revistas nacionais e internacionais, de forma impressa e eletrônica.

Matérias relacionadas com a Contabilidade e a profissão contábil e homologadas pela CEPC-CFC.

Até 3 pontos por matéria.

Artigos técnicos publicados em revista ou jornal de circulação nacional e internacional e homologados pela CEPC-CFC.

Até 7 pontos por artigo.

Estudos ou trabalhos de pesquisa técnica

Apresentação em congressos internacionais relacionados com a Contabilidade e a profissão e aprovados pela CEPC-CFC.

Até 10 pontos por estudo ou trabalho.

Apresentação em congresso ou convenções nacionais relacionados com a Contabilidade e a profissão contábil e que façam parte do PEPC reconhecido pela CEPC-CFC.

Até 15 pontos por estudo ou trabalho.

Autoria de livros

Autoria de livros publicados relacionados com a Contabilidade e a profissão contábil.

Até 20 pontos por obra.

Co-autoria de livros

Co-autoria de livros publicados relacionados com a Contabilidade e a profissão contábil.

Até 10 pontos por obra.

Tradução de livros

Tradução e adaptação de livros publicados no exterior, relacionados com a profissão contábil e aprovados pela CEPC-CFC.

Até 10 pontos por obra.

Tabela de Pontuação A pontuação resultante da conversão das horas não deve apresentar fracionamento inferior ou superior a meio ponto (0,5). Os cálculos decorrentes do número de horas cumpridas pelo profissional devem ser "arredondados" para maior ou menor, de acordo com a aproximação. Exemplo: Total de horas cumpridas referentes a determinado curso: 19 horas. Classificação: básico. Total de pontos consignados: 4,75. Nesse caso, deve ser "arredondado" para 5 pontos. A classificação para atribuição de pontos/hora dos cursos deve ser efetuada de acordo com a Tabela V:

12

TABELA V – LEGENDAClassificação para atribuição de pontos - Cursos de Extensão

ÁreaClassificação por nível Definição

Contabilidade Geral, áreas afins e assuntos relacionados ao exercício profissional.

Básico Total de horas dividido por 4Intermediário Total de horas dividido por 2

Avançado Total de horas dividido por 1Auditoria Contábil, suas especializações, áreas afins e assuntos relacionados ao exercício profissional.

Básico Total de horas dividido por 4Intermediário Total de horas dividido por 2

Avançado Total de horas dividido por 1Independentemente da carga horária, a pontuação dos cursos de extensão, nas categorias básico, intermediário ou avançado, não pode exceder 20 (vinte) pontos.

Adicionalmente, podem ser considerados os seguintes pontos a título de orientação: a) básicos: conhecimentos necessários ao contador para a aplicação de procedimentos

básicos de auditoria de uma entidade. Ex: matérias introdutórias de Contabilidade e Auditoria consideradas de baixo grau de complexidade.

b) intermediários: conhecimentos necessários para planejamento, execução e supervisão de trabalhos de auditoria em seus aspectos gerais. Ex: matérias de Contabilidade e Auditoria relacionadas às normas técnicas e profissionais e consideradas de médio grau de complexidade.

c) avançados: conhecimentos necessários à assunção de responsabilidades relevantes na condução de trabalhos de auditoria, por meio de cursos e eventos voltados para temas de grande complexidade, com vistas a garantir a qualidade e o pleno atendimento das normas que regem o exercício da atividade de auditoria de demonstrações contábeis, em geral e em segmentos específicos.Legislação Referenciada Resolução CFC nº 1.146/2008 Resolução CNSP nº 118/2004

FONTE: IOB .

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CONTABILIDADE: A GESTÃO FINANCEIRA DAS PEQUENAS EMPRESAS – PROCEDIMENTO

Sumário1. Introdução 2. As principais ações equivocadas responsáveis pela mortalidade precoce das empresas 3. A gestão financeira básica da pequena empresa 4. Conclusão 1. IntroduçãoPartindo da descrição dos principais equívocos gerenciais que motivam a mortalidade precoce das pequenas empresas - fundadas e geridas, na sua maioria, por proprietários pouco experientes e de pouco preparo técnico - o presente artigo enfatiza a importância da gestão das finanças dessas organizações, sugerindo um modelo simplificado de administração financeira básica.

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Sabe-se, através do contínuo acompanhamento exercido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que cerca de 58% das pequenas empresas "morrem" antes de completar 5 anos de existência (pesquisa Sebrae 2008/2009). Sabe-se, também, através do mesmo acompanhamento, que essa taxa de "mortalidade infantil", mesmo apresentando um certo recuo ao longo dos últimos anos (ela chegava a pouco mais de 70% na pesquisa de 1998/1999), tende a persistir, por muito tempo ainda, em níveis inaceitáveis. A investigação das causas dessa situação negativa tem identificado "deficiências de gestão" e, principalmente, de "planejamento", como os mais destacados determinantes da morte prematura das empresas. A identificação, no entanto, de causas designadas mediante o uso de uma terminologia vaga e demasiado abrangente pouco ajuda no controle dessas causas. O conceito de "gestão", por exemplo, abrange um campo vasto e complexo e nenhuma vantagem prática pode derivar do seu estudo se o encararmos apenas sob a sua feição mais ampla e genérica, sem esmiuçar cada uma das suas funções, e sem detalhar os seus aspectos mais significativos para o caso sob análise. Falar em "deficiências de gestão", portanto, não representa avanço efetivo no equacionamento das causas da mortalidade prematura das empresas. Assim, para a viabilização de resultados práticos, é necessário explicitar melhor as deficiências responsáveis por essa mortalidade. O presente texto comenta algumas dessas deficiências, com a finalidade de oferecer melhor orientação ao empresário com relação às ações de risco mais frequentemente praticadas pela administração das empresas que sofrem morte prematura. 2. As principais ações equivocadas responsáveis pela mortalidade precoce das empresasAinda com base em estudos do Sebrae, elencamos, a seguir, as mais comuns das ações administrativas equivocadas (potencialmente letais para a organização, mas de ocorrência frequente, principalmente nas pequenas empresas).Falta de experiência dos proprietários da empresa no setor de atividade escolhido Os profissionais que analisam as causas da falência precoce das pequenas organizações são unânimes em considerar o "fator experiência" como o primeiro requisito a ser considerado por quem quer que pense tornar-se um empresário. A pessoa que não tiver vivência no setor de atividade escolhido ou, pelo menos, não dispuser de um bom conhecimento desse setor (obtido através de leituras ou de conversas com conselheiros experientes), não deverá, em princípio, arriscar o seu dinheiro e o seu tempo em um empreendimento que mais se assemelhará a uma simples aventura do que a uma tentativa consciente de lutar pelas vantagens que um negócio próprio pode proporcionar. Na ausência desse predicado básico, a decisão de criar um novo negócio em ramo de atividade desconhecido só se justificaria se o setor escolhido fosse de extrema simplicidade (isto existe?) ou se houvesse a possibilidade de contratação de um empregado experiente para atuar como consultor interno. Deficiências no planejamento da estratégia geral a ser adotada na condução da empresa, bem como na correta avaliação dos investimentos requeridos O planejamento deficiente ou incompetente leva a distorções que expõem a empresa a incompatibilidades graves com a realidade do mercado e com o financiamento adequado das suas necessidades operacionais.Muitas vezes, mesmo quando originalmente bem planejados, os investimentos tendem a tornar-se insuficientes em função de ações precipitadas como, por exemplo, a fixação de prazos de pagamento das vendas da empresa sem levar em conta a sua disponibilidade de capital de giro, a utilização de empréstimos com elevadas taxas de juros para financiar os gastos da empresa ou, ainda, a concessão de financiamentos aos seus clientes sem uma rigorosa análise de crédito. Costumam também comprometer o desempenho financeiro da pequena empresa: a confusão (muito comum) entre os gastos e os bens da sociedade e os gastos e bens pessoais dos seus proprietários, além da fixação de remuneração dos sócios sem consideração da real situação financeira do empreendimento.

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Entretanto, talvez a causa mais comum e permanente de problemas financeiros seja a falta de controles gerenciais, nesses incluídos o controle dos custos em geral, bem como todos os demais controles requeridos para manter sob boa administração todas as funções e atividades da empresa como vendas, compras, finanças, administração de pessoal, finanças, contabilidade etc. 3. A gestão financeira básica da pequena empresaA gestão financeira é, comumente, descrita como um sistema de procedimentos e instrumentos dirigido ao planejamento, à monitoração, à análise e ao controle das atividades e dos recursos financeiros da empresa. As mais destacadas funções da gestão financeira incluem:

a) planejar e analisar o desempenho financeiro, recomendando ações para a sua melhoria contínua;

b) aplicar os recursos financeiros da empresa, negociando a captação de recursos complementares sempre que necessário;

c) delimitar e coordenar a atuação das áreas de controladoria (incluindo a contabilidade e as atividades de crédito e cobrança, contas a pagar e contas a receber) e da tesouraria da empresa. Como se vê, em linhas gerais, pode-se dizer que a gestão financeira compreende as funções consideradas como de "tesouraria e controladoria", abrangendo, entre outras, atividades tais como as previsões das necessidades de dinheiro, a captação desse dinheiro, a contabilização do valor financeiro das operações da empresa, o acompanhamento rigoroso do fluxo de caixa, o levantamento de custos por produto e por área de responsabilidade, a coordenação de técnicas de controle financeiro (como, por exemplo, o controle orçamentário), além de participação importante no processo de análise e de elaboração dos preços de venda. No desempenho dessas funções, um número considerável de recursos informativos gerenciais tem sido desenvolvido, cada um com o seu conjunto de planilhas e relatórios específicos, variando em escopo e complexidade. Temos assim, conforme sabemos, procedimentos e formulários específicos para o planejamento financeiro, para o fluxo e o controle de caixa, para o controle de gastos e rendas mediante o uso de padrões ou de orçamentos, para detalhamento da origem e da aplicação dos fundos da sociedade, para a comparação com índices de desempenho de empresas concorrentes e para mais uma infinidade de dados supostamente úteis para orientar as decisões empresariais. Naturalmente, a complexidade e a sofisticação do sistema de gestão financeira utilizado variarão de empresa para empresa em função das particularidades de cada uma, notadamente do seu porte. Sabendo-se que não é apropriado aplicar-se, a uma empresa de pequeno porte, um sistema de gestão financeira de amplitude e complexidade moldadas para as grandes empresas, justifica-se propor ao pequeno empresário um modelo de gestão financeira que, pela simplificação que representa, tem sido denominado de básico e, a seguir, descrito. Como já foi mencionado, as funções da gestão financeira são desempenhadas através do uso de numerosas "ferramentas" ou instrumentos, que, na sua função de controle, incluem, entre outras, aquelas consideradas principais: o relatório diário de vendas, o relatório de apuração e comparação de resultados e o controle e planejamento de caixa. Essas três "ferramentas" compõem o que, aqui, estamos denominando de gestão financeira básica, sendo consideradas, pela maioria dos profissionais da área, como o mínimo essencial para a boa administração de uma pequena empresa por cobrirem os pontos mais relevantes do seu desempenho financeiro. A título de simples informação, comentamos, a seguir, o conteúdo básico desses relatórios:

a) Relatório Diário de Vendas - contendo os dados das vendas, por produto, realizadas a cada dia, tais como volume e valor vendidos, o custo dessas vendas e o lucro bruto correspondente em valor e como porcentagem do montante vendido;

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b) Relatório de Apuração e Comparação de Resultados - apresentando o demonstrativo de lucros e perdas referente ao período escolhido (vendas, custo das vendas, gastos variáveis, margem de contribuição, gastos fixos, despesas financeiras e resultado líquido). Esses dados serão comparados, no mesmo relatório, com os dados de mesma natureza correspondentes a um período equivalente do exercício anterior e/ou do orçamento da empresa (caso se adote a técnica de controle orçamentário). A periodicidade desse relatório (semanal, mensal, bimestral etc.) fica a critério da empresa, sendo, entretanto, o período mensal o de utilização mais frequente;

c) Controle e Planejamento de Caixa - A rigor, esse relatório é composto por duas planilhas separadas: uma diária (o Controle de Caixa) e outra trimestral (o Planejamento de Caixa). A coluna básica de ambos os formulários (aquela que indica a natureza das informações quantificadas nas demais colunas) é a mesma, incluindo, no mínimo, o saldo de caixa inicial do período ao qual se refere o relatório e, na rubrica das Entradas, as vendas realizadas nesse período (especificando vendas à vista e vendas a prazo), valor dos empréstimos do período, outras entradas e total das entradas; na rubrica das Saídas, aparecerão os pagamentos a fornecedores, despesas, outras saídas, total das saídas e, encerrando o relatório, o saldo de caixa final do período. A diferença maior entre os dois formulários reside no fato de que, no relatório diário, estamos registrando, a cada dia, dados consumados sobre os quais já não podemos exercer qualquer controle; do formulário de planejamento de caixa, por sua vez, constam não só dados reais, como também previsões, principalmente baseadas nas expectativas de operações futuras. Por isso, os dados desse último relatório alinham-se em duas colunas, situadas lado a lado, uma delas contendo informações reais e, a segunda, dados previstos, para identificação antecipada de eventuais situações de risco de inadimplência e correspondentes ações corretivas. Naturalmente, a trinca de relatórios que acabamos de descrever não é um conjunto mágico, capaz de substituir todos os demais recursos gerenciais disponíveis, dispensando-os definitivamente. Na verdade, os citados relatórios são apenas o início, o mínimo indispensável a ser utilizado provisoriamente pelo empresário durante o prazo requerido para que este consiga munir-se dos recursos técnicos e/ou humanos fundamentais para a utilização de métodos e relatórios complementares, que tenderão a tornar-se cada vez mais necessários na medida do crescimento da empresa. Cada empresa definirá o formato e o conteúdo mais conveniente desses relatórios, em função dos seus objetivos gerenciais e dos recursos disponíveis. Qualquer que seja essa definição, espera-se que a progressiva generalização do uso da informática por empresas de qualquer porte crie condições para que a elaboração dos relatórios aqui recomendados não ofereça dificuldades, por maior que seja o grau de detalhamento pretendido. 4. ConclusãoInformações colhidas pelo Sebrae nas suas pesquisas indicam que determinantes de natureza financeira têm preponderância absoluta entre as causas do encerramento precoce das atividades de empreendimentos de pequeno porte. Nota-se, através de entrevistas relativas ao assunto, que os frustrados proprietários desses empreendimentos incidiram em, pelo menos, dois erros fundamentais concernentes à administração financeira dos negócios. O primeiro desses erros consiste em não se dar conta de que a gestão financeira adequada começa ainda antes do início do funcionamento da empresa - na fase de planejamento, quando deverá ser estimado, com o máximo de aproximação, o valor do capital necessário para financiamento do difícil período de abertura e de maturação do empreendimento. Não deve ser esquecido que, para tal aproximação se concretizar, é indispensável que fatores externos à empresa (tais como o potencial competitivo da concorrência e o tamanho do mercado) sejam conhecidos com a exatidão possível.

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O segundo erro letal consiste na tardia percepção da deterioração da situação do caixa da empresa: a maioria dos empresários envolvidos parece só ter percebido a necessidade de uma gestão financeira eficiente quando já não havia modo de evitar o desastre. Continuamos a acreditar que a crescente conscientização do conceito e da relevância da administração financeira das pequenas empresas, aliada à difusão contínua dos recursos técnicos que facilitam essa administração, constitui a única via para a redução dos inaceitáveis índices de mortalidade prematura dessas empresas. O aumento dessa conscientização e dessa difusão constitui o escopo principal do presente texto.

FONTE: IOB .

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CONTABILIDADE: APROVA O CTA 16 – EMISSÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA – RES. CFC Nº 1.410, DE 26/10/2012

Aprova o CTA 16 - Emissão de Relatório de Auditoria sobre a Base de Contribuições dos Agentes Financeiros ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) e altera o Anexo II do CTR 01.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº 12.249/10, Resolve: Art. 1º Aprovar o Comunicado Técnico CTA 16 - Emissão de Relatório de Auditoria sobre a Base de Contribuições dos Agentes Financeiros ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), anexo à presente resolução, que tem por base o Comunicado Técnico IBRACON nº 09/12. Art. 2º No CTR 01, aprovado pela Resolução CFC nº 1.345/11, publicada no DOU de 26 de maio de 2011, Seção 1, alterar o texto do título Ênfase do Anexo II. Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Ata CFC nº 970.

JUAREZ DOMINGUES CARNEIROPresidente do Conselho

ANEXONORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE CTA 16 - EMISSÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE A BASE DE CONTRIBUIÇÕES DOS AGENTES FINANCEIROS AO FCVS OBJETIVO 1 Este Comunicado tem por objetivo orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos e emissão de relatório de auditoria sobre a base das contribuições dos agentes financeiros (ou entidade) ao Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), para atendimento ao requerimento do Conselho Curador do referido fundo. ANTECEDENTES Requerimento de auditoria das contribuições ao FCVS 2 Em 19 de setembro de 1988, o Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social (MBES) instituiu, com base nos Arts. 18 e 19 do Regulamento aprovado pela Portaria nº 118, o Manual de Normas e Procedimentos Operacionais (MNPO). Esse Manual estabelece as diretrizes para que os agentes financeiros do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) efetuem contribuições mensais e trimestrais ao FCVS. 3 O Conselho Curador do FCVS (CCFCVS) emitiu, em 9 de fevereiro de 2012, a Resolução nº 305, atualizando determinados itens do MNPO referentes ao requerimento de emissão de

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Relatório de Auditores Independentes (RAI) que demonstre e ateste que os valores das bases de incidência relativos às contribuições mensais e trimestrais feitas ao FCVS foram informados adequadamente. ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 4 O relatório de auditoria requerido pelo FCVS por meio da referida Resolução nº 305 é um exame adicional em relação à auditoria das demonstrações contábeis dos agentes financeiros, por apresentar objetivos distintos e requer carta de contratação específica. 5 Com base nessa Resolução, os trabalhos para a emissão do relatório de auditoria devem ser executados de acordo com a NBC TA 805 - Considerações Especiais - Auditoria de Quadros Isolados das Demonstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou Itens Específicos das Demonstrações Contábeis, uma vez que a base para as contribuições mensais e trimestrais é fundamentada na respectiva carteira de operações de crédito específicas desses agentes e, portanto, enquadra-se na definição de elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis. 6 Conforme especificado no item A6 da NBC TA 805, é esperado que o trabalho objeto deste Comunicado seja executado pelo mesmo auditor independente que examina as demonstrações contábeis da entidade. 7 O auditor deve observar os requerimentos constantes da NBC TA 805, que incluem aspectos relevantes para a emissão do relatório dos auditores independentes, tais como a aceitação do trabalho, planejamento e a execução do referido trabalho (envolve a definição de materialidade e sua consideração no planejamento, execução e identificação de deficiências), e a formação da opinião e emissão do relatório do auditor independente sobre quadros isolados das demonstrações contábeis ou sobre elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis. Dessa forma, recomenda-se a leitura, na íntegra, da referida norma para que o trabalho seja efetuado de acordo com seus requisitos. O relatório do auditor deve fazer referência aos demonstrativos das bases de contribuições mensais e trimestrais previstos no MNPO, conforme item 3. Também devem ser apresentadas as respectivas notas explicativas, para que a apresentação do relatório esteja em conformidade com os requerimentos da NBC TA 805. 8 Adicionalmente, de forma similar às outras representações, os auditores devem obter da administração, conforme a NBC TA 580, representação formal sobre a adequação e a integridade das informações inseridas nos demonstrativos das bases de contribuições mensais e trimestrais estabelecidas no MNPO. A contratação desse trabalho deve constar da carta de contratação que detalha os trabalhos e responsabilidades do auditor e da entidade a ser auditada, conforme requerido pela NBC TA 210, podendo ser emitida carta específica para a realização desse trabalho e da consequente emissão do relatório do auditor independente. 9 Para que se consiga, a partir da data de emissão deste Comunicado, uma uniformidade na emissão dos relatórios por parte dos auditores independentes, o Anexo I a este Comunicado inclui exemplo de relatório a ser emitido. O referido exemplo não contempla eventuais modificações provenientes de ressalvas, abstenção de opinião ou opinião adversa, que podem ser necessárias em circunstâncias específicas. 10 De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos necessários para a emissão do relatório, este Comunicado inclui, também, em seu Anexo II, procedimentos ilustrativos mínimos de auditoria a serem realizados. Cabe ressaltar que esse anexo não contempla uma lista exaustiva a ser utilizada. A abordagem a ser adotada pelos auditores independentes deve ser primariamente definida com base no uso de seu julgamento profissional e circunstâncias específicas de cada entidade auditada, como requerem as normas de auditoria.

FONTE: Diário Oficial da União – 01/11/2012.

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CONTABILIDADE: FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Considerações Iniciais2. Componentes do Custo3. Componentes do Preço4. Margem de Lucro Fixa4.1. Dados para exemplo4.2. Utilização da capacidade total instalada4.3. Existência de capacidade ociosa5. Considerações FinaisHistorico Cenofisco:- Formação de Preço de Venda (F nº 30/2007)1. Considerações Iniciais

A formação do preço de venda de uma unidade de produto, de mercadorias ou de um serviço prestado deve levar vários aspectos em consideração. Fatores de mercado, conjuntura econômica, valores e utilidades agregados aos produtos, elasticidade da demanda, expectativa de rentabilidade e de retorno, análises das potencialidades do mercado etc. são alguns itens que precisam ser analisados de forma organizada para que não se cometam equívocos na mensuração do preço ideal.

Nenhum consumidor ou cliente fica satisfeito ao saber que pagou mais caro por uma determinada mercadoria ou serviço e, muitas vezes, deixa de comprar em razão de ser de seu conhecimento que aquele fornecedor pratica preços mais altos do que a média do mercado. Ou mesmo deixa de comprar determinada marca ou de usar determinada operadora de serviços por considerá-las caras e haver um similar ou concorrente mais barato que satisfaça sua necessidade.

Dependendo do segmento social a que se destina o produto, um preço mais alto mas que ofereça algum diferencial visível ao cliente é o preferido, e produtos e serviços mais baratos, de menor qualidade, não têm a mesma aceitação. Produtos caros com evidente ostentação de qualidade são denominados premium.

Facilidade de acesso, conforto e segurança na hora da compra ou utilização, rapidez e pontualidade na entrega, tradição e confiança na marca etc. são aspectos determinantes para o sucesso das vendas. Em algumas situações, o preço praticado torna-se apenas mais um componente entre tantos que definem a decisão do consumidor.

Esses aspectos não se resumem somente às vendas de varejo, mas também por atacado e até mesmo na negociação de matérias-primas e componentes.

Observa-se, portanto, que chegar a um preço ideal de vendas não é uma tarefa simples. Na maioria das vezes, não basta fixar uma margem de lucro desejada e obter o preço numa simples equação, muito embora o método de fixação de margem de lucro seja amplamente utilizado.

Produtos têm vida útil, ou seja, períodos de nascimento, de ascensão, de estabilidade e de declínio na sua capacidade de vendas e geração de receitas. Manter um produto no mercado por vários anos a um preço competitivo requer renovação de investimentos que o mantenham atualizado em relação ao mercado consumidor.

No presente texto, iremos observar como dados contábeis podem ajudar na obtenção de preço de produtos pela fixação de uma margem de lucro.2. Componentes do Custo

O custo de uma mercadoria, de um produto ou da prestação de serviços, tecnicamente, é obtido por meio da aferição do total de recursos consumidos e não recuperáveis na obtenção ou na produção do bem ou na prestação dos serviços.

Quando falamos de mercadorias para revenda, os custos compreendem o valor pago pela mercadoria, subtraído dos impostos e contribuições recuperáveis, que são aqueles cuja entrada

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do bem no estabelecimento gera crédito na respectiva apuração dos valores devidos aos cofres públicos. Os gastos incorridos com fretes, seguros e outros necessários à obtenção e à colocação do bem no estabelecimento também integram o custo de aquisição.

Na indústria, o custo compreende as matérias-primas, os insumos e os materiais agregados ao produto ou consumidos no processo de produção, assim como a mão-de-obra direta e indireta, as depreciações, as amortizações e a exaustão dos recursos físicos, tecnológicos, royalties e licenças de utilização de processos, água, energia elétrica e demais combustíveis, embalagens etc. necessários para a produção.

Na prestação dos serviços, os custos vão compreender os materiais aplicados na prestação arcados pelo prestador dos serviços, a mão de obra, as depreciações e as amortizações da base de funcionamento, os royalties e licenças de utilização de processos e modelos de negócio, o consumo de água, energia elétrica etc. necessário à execução dos serviços.

Os custos são divididos em custos fixos e variáveis, diretos e indiretos. Na análise de custos para a formação de preços, a identificação mais importante é a do que é fixo e do que é variável.

Os custos fixos não se alteram com o volume de produção dentro do limite da capacidade instalada, já os custos variáveis variam proporcionalmente à quantidade de unidades produzidas e vendidas.3. Componentes do Preço

Numa situação de normalidade, o preço de venda deve ser em montante suficiente para cobrir os seguintes itens:a) os custos de produção ou de aquisição, fixos e variáveis;b) as despesas comerciais e administrativas, também fixas e variáveis;c) os tributos incidentes sobre as vendas, que são variáveis;d) os tributos incidentes sobre o lucro, que acabam por ter componentes fixos e variáveis, pois são os custos e as despesas totais que afetam o resultado tributável; ee) a margem de lucro.4. Margem de Lucro Fixa

A fixação de uma margem de lucro em relação à receita bruta é bastante comum para se calcular o preço final de venda. Vejamos como poderíamos fixar essa margem a partir do exemplo a seguir:4.1. Dados para exemplo

Vamos considerar os seguintes dados de uma empresa industrial:- capacidade de produção máxima

instalada:..................1.000 unidades

- custos fixos: .............................................................

R$ 1.000,00

- despesas fixas: .........................................................

R$ 500,00

- custos variáveis por unidade produzida: .......................

R$ 0,50

- despesas variáveis por unidade produzida: ..................

R$ 0,30

- alíquotas dos tributos incidentes sobre a receita bruta:- ICMS............................................................. 18,00%- PIS/PASEP................................................... 1,65%- COFINS........................................................ 7,60% ...........27,25%- alíquota do

IPI...............................................10%

- alíquota genérica dos tributos incidentes  

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sobre   o lucro (IRPJ/CSL)........................................ 34%- margem de lucro líquido

pretendida................10%

4.2. Utilização da capacidade total instaladaVamos calcular o preço de venda pela fixação da margem de lucro líquido de 10%,

considerando a utilização da capacidade total de produção de 1.000 unidades, e os demais dados apresentados:• Preço de Venda (PV) pretendido:  - Sem

IPI........................................................................................................= x

  - Com IPI........................................................................................................

= 1,10x

• Custo Fixo (CF) atribuído a cada unidade = R$ 1.000,00/1.000 unidades..............

= R$1,00

• Custo Variável (CV) unitário..............................................................................

= R$0,50

• Custo Total atribuído a cada unidade de produto.................................................

= R$1,50

• Despesas Fixas (DF) atribuídas a cada unidade = R$ 500,00/1.000 unidades........

= R$0,50

• Despesas Variáveis (DV) unitária .....................................................................

= R$0,30

• Despesa Total atribuída a cada unidade de produto............................................

= R$0,80

• Custos e Despesas Totais (CDT) por unidade de produto....................................

= R$2,30

• Impostos e Contribuições sobre Vendas (ICV)....................................................

 0,2725x

 • IRPJ/CSL:[Preço sem IPI - (Custos + Despesas Totais) - Tributos sobre a receita Bruta] * 0,34IRPJ/CSL = (x - R$ 2,30 - 0,2725x) * 0,34IRPJ/CSL = (0,34x - R$ 0,782 - 0,09265x)IRPJ/CSL = (0,34x - 0,09265x - R$ 0,782IRPJ/CSL = (0,24735x - R$ 0,782)

• Margem de Lucro (MgL)..............................

= 0,10x

• Componentes do Preço (sem IPI):  PV (sem IPI) x  CDT ................................................................ R$ 2,30ICV ................................................................ 0,2725xIRPJ-CSL ................................................................ (0,24735x - R$ 0,782)MgL ................................................................ 0,10x 

Logo temos a seguinte equação:x = CDT + ICV + IRPJ-CSL + MgL

x = R$ 2,30 + 0,2725x + 0,24735x - R$ 0,782 + 0,10xx = 0,2725x + 0,24735x + 0,10x + R$ 2,30 - R$ 0,782

x = 0,61985x + R$ 1,518

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x - 0,61985x = R$ 1,5180,38015x = R$ 1,518x = R$ 1,518/0,38015

x = R$ 3,993161x = R$ 3,99 arredondado para R$ 4,00.

Preço com IPI = R$ 4,00 * 1,10 = R$ 4,40Vejamos a demonstração do resultado da venda de 1.000 unidades do produto

ao preço final de R$ 4,40:Demonstração do Resultado Unitário R$ Total R$

Faturamento Bruto 4,400 4.400,00(-) IPI Faturado 0,400 400,00= Receita Bruta 4,000 4.000,00

Impostos e Contribuições sobre vendas   -ICMS (0,720) (720,00)

PIS/PASEP (0,066) (66,00)COFINS (0,304) (304,00)

  (1,090) (1.090,00)= Receita Líquida 2,910 2.910,00

(-) CPV   -Fixos (1,000) (1.000,00)

Variáveis (0,500) (500,00)  (1,500) (1.500,00)

= Lucro Bruto 1,410 1.410,00(-) Despesas   -

Fixas (0,500) (500,00)Variáveis (0,300) (300,00)

  (0,800) (800,00)Lucro Antes do IRPJ/CSL 0,610 610,00

(-) IRPJ/CSL (0,207) (207,40)Lucro Líquido do Período 0,403 402,60

O lucro líquido do período de R$ 402,60 dividido pela receita bruta de R$ 4.000,00 corresponde a 0,1065, que é igual a 10,65% dessa receita. Ou seja, para se obter a margem de lucro líquido de 10%, o preço de venda na utilização total da capacidade de produção será de R$ 4,40 por unidade.4.3. Existência de capacidade ociosa

Se houver capacidade ociosa, os custos e as despesas fixos não sofrerão alteração no seu valor total e, portanto, a fração que será atribuída a cada unidade produzida será proporcionalmente maior à medida que o volume de produção diminuir.

A título ilustrativo, vejamos o extremo oposto da produção total, que é a hipótese de produção e venda de uma única unidade, que absorveria o total dos custos e das despesas fixo, além dos custos e despesas variáveis:- custos fixos.............................................................

R$ 1.000,00

- despesas fixas........................................................

R$ 500,00

- custos variáveis por unidade produzida......................

R$ 0,50

- despesas variáveis por unidade produzida..................

R$ 0,30

- total de custos e R$ 1.500,80

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despesas.......................................x = CDT + ICV + IRPJ-CSL + MgL

x = R$ 1.500,80 + 0,2725x + 0,24735x - R$ 510,72 + 0,10xx = 0,2725x + 0,24735x + 0,10x + R$ 1500,80 - R$ 510,72

x = 0,61985x + R$ 990,53x - 0,61985x = R$ 990,53

0,38015x = R$ 990,53x = R$ 990,53/0,38015

x = R$ 2.605,62R$ 2.605,62 * 1,1 = R$ 2.866,187

Demonstração do Resultado Unitário R$ Total R$Faturamento Bruto 2.866,19 2.866,19

(-) IPI Faturado (260,56) (260,56)= Receita bruta 2.605,63 2.605,63

Impostos e Contribuições sobre Vendas    ICMS (469,01) (469,01)

PIS/PASEP (42,99) (42,99)COFINS (198,03) (198,03)

  (710,03) (710,03)= Receita Líquida 1.895,60 1.895,60

(-) CPV    Fixos (1.000,00) (1.000,00)

Variáveis (0,50) (0,50)  (1.000,50) (1.000,50)

= Lucro Bruto 895,10 895,10(-) Despesas    

Fixas (500,00) (500,00)Variáveis (0,30) (0,30)

  (500,30) (500,30)Lucro Antes do IRPJ/CSL 394,80 394,80

(-) IRPJ/CSL (134,23) (134,23)Lucro Líquido do Período 260,57 260,57

É evidente a impossibilidade de se atribuir todos os custos e despesas fixos a uma única unidade e calcular uma margem de lucro para se obter o seu preço, pois certamente o preço obtido não é compatível com o mercado.

Portanto, a fixação de uma margem de lucro não poderá ser aplicada como regra para se obter o preço de vendas em qualquer situação. Antes, é necessário que seja feita uma análise da demanda do produto e da capacidade instalada da empresa para atender essa demanda.

Na tabela a seguir, mantida a margem de lucro de 10% sobre a receita bruta, observamos o comportamento do preço em intervalos de acumulados de 10% da capacidade de produção:

Demanda 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000(-) Custos e

Despesas Fixos1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00

(-) Custos e Despesas Variáveis

80,00 160,00 240,00 320,00 400,00 480,00 560,00 640,00 720,00 800,00

(-) ICMS - PIS/PASEP e

COFINS

747,50 785,35 823,20 861,05 898,90 936,74 974,59 1.012,44 1.050,29 1.088,14

(-) IPI 274,31 288,20 302,09 315,98 329,87 343,76 357,65 371,54 385,43 399,32IRJP 141,31 148,47 155,62 162,78 169,93 177,09 184,24 191,40 198,55 205,71Lucro 274,31 288,20 302,09 315,98 329,87 343,76 357,65 371,54 385,43 399,32

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Faturamento Bruto

3.017,43 3.170,22 3.323,00 3.475,79 3.628,57 3.781,35 3.934,13 4.086,92 4.239,70 4.392,49

Preço Unitário (com IPI)

30,17 15,85 11,08 8,69 7,26 6,30 5,62 5,11 4,71 4,39

Numa representação gráfica teríamos:Comparando-se o preço na demanda que absorve a capacidade total com os demais,

temos:

Veja o modeloDemanda 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000

Preço 30,17 15,85 11,08 8,69 7,26 6,3 5,62 5,11 4,71 4,39% em relação ao preço na

demanda de 1.000 unidades

587% 261% 152% 98% 65% 44% 28% 16% 7% 0%

Poderíamos considerar, por exemplo, como um intervalo útil para análise do comportamento dos preços a demanda entre 700 e 1.000 unidades, que apresenta uma variação máxima de 28% entre o ponto de maior e o de menor demanda.

Se o mercado absorve as 700 unidades ao preço de R$ 5,62 por unidade, a empresa poderá trabalhar com a margem de lucro líquida de 10% e, à medida que o produto for ganhando maior aceitação no mercado, ir utilizando os 30% restantes de capacidade de produção e diluir os custos fixos mantendo a mesma margem e praticando preços menores.5. Considerações Finais

Nem sempre será possível fixar um percentual de lucro sobre a receita e obter os preços de vendas. Muitas vezes o preço praticado pela concorrência será o fator determinante do preço a ser praticado pela empresa. Em outras palavras, ao longo da vida do produto, as margens não serão uniformes, podendo existir até períodos deficitários.

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Tornar uma margem fixa pode auxiliar a tomada de decisão sobre o preço, mas não deve ser a única técnica a ser utilizada, sendo necessário observar outros fatores que também influenciarão na formação do preço.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução2. Créditos Dedutíveis e Indedutíveis2.1. Créditos que poderão ser deduzidos2.2. Créditos indedutíveis3. Conceito de Operação4. Hipótese em que Ocorre o Vencimento Automático das Parcelas5. Registro de Nova Perda em uma Mesma Operação6. Perda de Crédito com Empresa em Processo Falimentar ou de

Concordata7. Acréscimo de Reajustes e Encargos Moratórios Contratados8. Tratamento Fiscal Aplicado aos Encargos Financeiros de Créditos

Vencidos9. Créditos Recuperados10. Registro Contábil das Perdas10.1. Cobrança solucionada por meio de sentença judicial10.2. Baixa definitiva de valoresHistórico Cenofisco:- Perdas no Recebimento de Créditos (F nº 28/2011)- Perdas no Recebimento de Créditos (F nº 50/2006)- Perdas no Recebimento de Créditos (F nº 31/2004)- Perdas no Recebimento de Créditos (F nº 40/2005)1. Introdução

A Lei nº 9.430/96, com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 12.431/11 e 12.715/12, estabeleceu novos critérios para a dedução como despesa, na apuração do lucro real, dos créditos não recebidos pela empresa em razão de ter se tornado indedutível o valor da constituição da provisão para crédito de liquidação duvidosa.2. Créditos Dedutíveis e Indedutíveis2.1. Créditos que poderão ser deduzidos

As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas, na apuração do lucro real, conforme segue (art. 340, § 1º, do RIR/99):a) em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, mediante sentença emanada do Poder Judiciário;b) sem garantia de valor:b.1) até R$ 5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;b.2) acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém mantida a cobrança administrativa;

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b.3) acima de R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;c) com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos  judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;Nota Cenofisco: Consideram-se créditos com garantia aqueles provenientes de vendas com reserva de domínio, alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais (art. 340, § 3º, do RIR/99).d) contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar. Caso a pessoa jurídica concordatária não honre o compromisso do pagamento de parcela do crédito, esta também poderá ser deduzida como perda, observadas as condições gerais para dedução das perdas.2.2. Créditos indedutíveis

Conforme dispõe o art. 340, § 6º, do RIR/99, não é permitida a dedução de perda no recebimento de créditos com pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada, bem como com pessoa física que seja acionista controlador, sócio, titular ou administrador da pessoa jurídica credora, ou parente até terceiro grau dessas pessoas físicas (RIR/99, art. 340, § 6º).3. Conceito de Operação

De acordo com o art. 24, §§ 2º e 3º, da Instrução Normativa SRF nº 93/97, considera-se operação a venda de bens, a prestação de serviços, a cessão de direitos, a aplicação de recursos financeiros em operações com títulos e valores mobiliários, constante de um único contrato, no qual esteja prevista a forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a transação seja realizada para pagamento em mais de uma parcela.

No caso de empresas mercantis, a operação será caracterizada pela emissão da fatura, mesmo que englobe mais de uma nota fiscal.4. Hipótese em que Ocorre o Vencimento Automático das Parcelas

No caso de contrato de crédito em que o não pagamento de uma ou mais parcelas implique o vencimento automático de todas as demais parcelas vincendas, os limites referidos nas letras “a” e “b” do subtópico 2.1 serão considerados em relação ao total dos créditos, por operação, com o mesmo devedor (art. 24, § 1º, da Instrução Normativa SRF nº 93/97).5. Registro de Nova Perda em uma Mesma Operação

Para o registro de nova perda em uma mesma operação, as condições prescritas deverão ser observadas em relação à soma da nova perda àquelas já registradas (art. 24, § 6º, da Instrução Normativa SRF nº 93/97).6. Perda de Crédito com Empresa em Processo Falimentar ou de Concordata

No caso de crédito com empresa em processo falimentar ou de concordata, a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou da concessão da concordata, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, desde que a credora tenha adotado os procedimentos judiciais necessários para o recebimento do crédito. A parcela do crédito, cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela empresa concordatária, poderá, também, ser deduzida como perda, observadas as condições mencionadas no subtópico 2.1 (art. 340, §§ 4º e 5º, do RIR/99).7. Acréscimo de Reajustes e Encargos Moratórios Contratados

No registro da perda, os créditos serão considerados pelo seu valor original acrescido de reajustes em virtude de contrato, inclusive juros e outros encargos, pelo financiamento da operação e de eventuais acréscimos moratórios em razão da sua não liquidação, considerados até a data da baixa (art. 24, § 4º, da Instrução Normativa SRF nº 93/97).8. Tratamento Fiscal Aplicado aos Encargos Financeiros de Créditos Vencidos

Os encargos financeiros incidentes sobre o crédito, contabilizados como receita, poderão ser excluídos do lucro líquido na apuração do lucro real, após dois meses do seu vencimento, sem que tenha havido o recebimento, na hipótese em que a pessoa jurídica houver tomado as

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providências de caráter judicial necessárias ao recebimento do crédito, exceto para os créditos sem garantia de valor até R$ 30.000,00.

Os valores excluídos do lucro líquido deverão ser mantidos na Parte B do LALUR, para posterior adição na apuração do lucro real do período de apuração em que se tornarem disponíveis para a pessoa jurídica credora ou em que for reconhecida a respectiva perda (art. 342 do RIR/99).9. Créditos Recuperados

A pessoa jurídica que recuperar em qualquer época ou a qualquer título, inclusive no caso de novação da dívida ou arresto dos bens recebidos em garantia, deverá computar na determinação do lucro real do período de apuração em que se der a recuperação o montante dos créditos recuperados. No caso de serem recebidos bens para quitação do débito, aqueles deverão ser escriturados pelo valor do crédito ou avaliados pelo valor definido na decisão judicial que tenha determinado a sua incorporação ao patrimônio do credor (Lei nº 12.431/11).

De acordo com a Lei nº 12.715/12, a partir de 01/01/2012, nas operações de crédito realizadas por instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, nos casos de renegociação de dívida, o reconhecimento da receita para fins de incidência de imposto sobre a renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ocorrerá no momento do efetivo recebimento do crédito nas seguintes hipóteses:

I - operação de financiamento rural (incluído pela Lei nº 12.431/11);II - operação de crédito concedido à pessoa física de valor igual ou inferior a R$ 30.000,00,

apurado no momento da perda dos créditos (incluído pela Lei nº 12.431/11).10. Registro Contábil das Perdas

Os registros contábeis das perdas serão efetuados a débito de conta de resultado e a crédito (art. 25 da Instrução Normativa SRF nº 93/97):

I - da conta que registra o crédito referido em b.1 do subtópico 2.1;II - de conta redutora do crédito, nas demais hipóteses.Ocorrendo a desistência da cobrança pela via judicial, antes de decorridos cinco anos do

vencimento do crédito, a perda eventualmente registrada deverá ser estornada ou adicionada ao lucro líquido, para determinação do lucro real correspondente ao período de apuração em que se der a desistência. Nesse caso, o imposto e a contribuição social sobre o lucro serão considerados como postergados desde o período de apuração em que tenha sido reconhecida a perda.10.1. Cobrança solucionada por meio de sentença judicial

Se a solução da cobrança se der em virtude de acordo homologado por sentença judicial, o valor da perda a ser estornado ou adicionado ao lucro líquido para determinação do lucro real será igual à soma da quantia recebida com o saldo a receber renegociado, não sendo aplicável o disposto no tópico 10.10.2. Baixa definitiva de valores

Os valores registrados na conta redutora do crédito referida no número II do tópico 10 poderão ser baixados definitivamente em contrapartida à conta que registre o crédito, a partir do período de apuração em que se completar cinco anos do vencimento do crédito sem que o mesmo tenha sido liquidado pelo devedor.Nota Cenofisco: Em razão da edição da Lei nº 12.715/12 que alterou a Lei nº 9.430/96, republicamos este texto com as modificações pertinentes.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

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CONTABILIDADE: PROVISÃO PARA FÉRIAS – CONSTITUIÇÃO E BAIXA – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Considerações Iniciais2. Registro pelo Regime de Competência3. Registro como Despesa Operacional ou Custo de Produção4. Contagem de Dias de Férias5. Exemplos5.1. Contabilização das provisões de férias mensalmente5.2. Contabilização das provisões dos encargos socais6. Baixa da Provisão6.1. Exemplos7. Reversão da Provisão8. Considerações FinaisHistorico Cenofisco:- Provisão para Férias - Constituição e Baixa (F nºs 48/2004 e 42/2006)1. Considerações Iniciais

As férias anuais são um direito garantido a todo trabalhador, de acordo com o inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, cuja remuneração deve ser acrescida de pelo menos 1/3 da remuneração original. Para os empregados de empresas privadas em geral, esse direito está tratado nos arts. 129 a 149 do Capítulo IV da CLT.

A provisão para férias, além da remuneração das férias e do terço constitucional, também agrega os demais encargos sociais incidentes sobre a remuneração, mais especificamente o FGTS e a contribuição ao INSS do empregador.

Destaque-se que a provisão para férias e respectivos encargos sociais é dedutível para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (art. 13 da Lei nº 9.249/95), desde que a empresa mantenha controle individualizado, por empregado, dos dias de férias a que efetivamente tenha direito.

No presente trabalho, vamos observar as condições e os procedimentos para o registro contábil da provisão para férias por ocasião de sua constituição, bem como da baixa por ocasião do pagamento.2. Registro pelo Regime de Competência

O que é um direito para o trabalhador, consequentemente, é uma obrigação para a empresa. Levando-se em consideração que o direito às férias normais ou proporcionais está vinculado ao tempo de trabalho do empregado, o registro da provisão para férias em conta de despesa operacional ou de custo de produção de bens ou serviços também deve observar o transcorrer do tempo, de forma que seja atendido o regime de competência.

Portanto, as férias devem ser reconhecidas proporcionalmente em cada mês trabalhado pelo empregado independentemente de seu pagamento, em obediência ao princípio de competência.Obs.: 1ª) Férias normais são aquelas correspondentes ao período de 12 meses trabalhados, pelo empregado. 2ª) Férias proporcionais são aquelas correspondentes ao período de tempo inferior a 12 meses a que o empregado tiver direito, considerado como fração de 1/12 por mês em que o empregado tenha trabalhado mais de 15 dias. 3ª) O Princípio da Competência foi tratado no Manual de Procedimento Cenofisco - Contabilidade nº 12/11.3. Registro como Despesa Operacional ou Custo de Produção

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A contrapartida do crédito da provisão para férias e dos respectivos encargos sociais, no passivo circulante, será um lançamento a débito à conta de:a) despesa operacional, quando relativa a empregados dos setores comercial ou administrativo;b) custos de produção, quando relativos a empregados dos setores de produção de bens ou serviços.4. Contagem de Dias de Férias

Por ocasião do cálculo da provisão para férias, deve ser observado o número de dias de férias normais ou proporcionais a que o empregado tem direito.

Os dias de férias são contados proporcionalmente às faltas não justificadas de acordo com o quadro a seguir:

Dias de faltas ao trabalho não justificadas Dias corridos de fériasDe 0 a 5 30

De 6 a 14 24De 15 a 23 18De 24 a 32 12

Não terá direito a férias o empregado que no curso do período aquisitivo:a) deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saída;b) permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;c) deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa;d) tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou auxílio-doença por mais de seis meses, mesmo que descontínuos.

As férias serão concedidas pelo empregador ao empregado, em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Sempre que forem concedidas após esse prazo, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.

Em casos excepcionais, é admitido que as férias sejam concedidas em dois períodos, e um deles não poderá ser inferior a dez dias corridos.5. Exemplos

A empresa comercial Vende Tudo Ltda. provisiona, mensalmente, as férias e os respectivos encargos sociais de seus empregados com base em cálculo individual efetivo, conforme demonstrado nos quadros a seguir:

Planilha de provisão para férias e encargos sociais - mês de outubro/2012Funcionário Data da admissão Férias normais

Nº Nome  Período aquisitivo Faltas Nº de dias de férias

Período aquisitivo Faltas

1 José da Silva

01/02/2000 01/02/2011 a 31/01/2012

2 30 01/02/2012 a 31/09/2012

0

2 Levi Santos 20/05/2001 20/05/2011 a 20/05/2012

0 30 21/05/2012 a 31/09/2012

0

3 Maria Santana

01/07/2002 01/07/2011 a 30/06/2012

0 30 01/07/2012 a 31/09/2012

2

4 Valdir Lopes

17/02/2003 - - 0 17/02/2017 a 31/09/2012

0

Neste exemplo as contribuições previdenciárias referentes à cota patronal, hipoteticamente, são:

FPAS 515 - 20%Terceiros - 5,8%RAT - 2%FAP - 1,6558%TOTAL - 29,1116%

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À provisão das contribuições previdenciárias referentes à cota patronal sobre a receita bruta aplicada para as atividades beneficiadas com desoneração da folha de pagamento, conforme determinam as Leis nºs 12.546/11 e 12.715/12 e sua alterações, não se aplica o percentual acima demonstrado.

Planilha de provisão para férias e encargos sociais - mês de outubro/2012Funcionários Salário-base Remuneração de férias Encargos sociais Total

Geral R$

Nº Nome Parcela Fixa R$

Parcela Variável

R$Total R$ 1/12

1/3 Constitucional

R$

Total R$INSS

29,1116% R$

FGTS 8,0%

R$

Total R$  

1 José da Silva

2.000,00 - 2.000,00 166,67 55,56 222,23 64,69 17,78 82,47 304,70

2 Levi Santos

3.758,00 - 3.758,00 313,17 104,39 417,56 121,56 33,40 154,96 572,52

3 Maria Santana

3.500,00 - 3.500,00 291,67 97,22 388,89 113,21 31,11 144,32 533,21

4 Valdir Lopes

1.500,00 - 1.500,00 125,00 41,67 166,67 48,52 13,33 61,85 228,52

Total   10.758,00    10.758,00 896,51 298,84 1.195,35 347,98 95,62 443,60 1.638,955.1. Contabilização das provisões de férias mensalmente

D Despesas com Provisão de Férias e 1/3 (Conta de Resultado) R$ 1.195,35C Férias a Pagar R$ 1.195,35

Provisão de férias e 1/3 constitucional conforme demonstrativo do mês de outubro/125.2. Contabilização das provisões dos encargos sociais

D Despesas com Provisão de Encargos Sociais sobre Férias e 1/3 (Conta de Resultado)

R$ 443,60

C Encargos a Recolher sobre Férias R$ 443,60Provisão de encargos sociais sobre férias e 1/3 constitucional conforme demonstrativo de outubro/12

Nota Cenofisco: Observa-se que às empresas beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento, conforme determinam as Leis nºs 12.546/11 e 12.715/12 e suas alterações, cuja contribuição previdenciária patronal foi substituída pela receita bruta, não se aplica a provisão dos encargos previdenciários relativos às férias, bem como ao terço constitucional.6. Baixa da Provisão

As férias são pagas dois dias antes do início do período de gozo ou por ocasião da rescisão de contrato de trabalho. A empresa que provisiona mensalmente as férias e os respectivos encargos sociais, por ocasião da contabilização da folha de pagamento do mês do período de gozo do funcionário ou, ainda, em que esteja incluída rescisão de contrato de trabalho, irá efetuar a baixa da provisão das férias e dos encargos sociais a elas correspondentes.

Veja que não estamos falando em baixar a provisão por ocasião do pagamento e sim quando ocorrer a sua inclusão na folha de pagamento de salários. Isso deve-se ao fato de que o art. 225, incisos I e II, do Regulamento do INSS (Decreto nº 3.048/99) exige que a empresa prepare “folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço” e, ainda, que sejam lançados mensalmente, em títulos próprios e de forma discriminada, na contabilidade da empresa:a) os fatos geradores de todas as contribuições;b) o montante das quantias descontadas;c) as contribuições da empresa e o total recolhido à previdência social.

Diante disso, o pagamento das férias até dois dias antes do início do período de gozo é registrado em conta de adiantamento de férias e, por ocasião da contabilização da folha de pagamento, efetua-se a apropriação da verba de férias e dos respectivos encargos sociais baixando-se a provisão.

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6.1. ExemplosA Vende Tudo Ltda. concede férias ao funcionário José da Silva, correspondente ao

período aquisitivo de 01/02/2011 a 31/01/2012, cujo período de gozo será de 01/10/2012 a 30/10/2012.

A remuneração mensal do funcionário, no mês de outubro/2012, é de R$ 2.000,00. Como esse mês é de 31 dias, o valor correspondente aos 30 dias corridos de férias a que ele tem direito será de R$ 1.935,48 (R$ 2.000,00 ÷ 31 dias do mês x 30 dias de férias).

Admitindo-se, ainda, que o funcionário não tenha dependentes e o valor da contribuição previdenciária do empregado seja de R$ 212,90 (11%, conforme tabela aplicável às retenções do INSS no mês de outubro/2012), temos os seguintes dados no recibo de férias, pago ao funcionário em 29/09/2012:- Remuneração de férias........................................

R$ 1.935,48

- 1/3 constitucional............................................... R$ 645,16- Total da remuneração.........................................

R$ 2.580,64

Descontos:- Contribuição ao INSS.........................................

R$ 283,87

- Imposto de Renda Retido na Fonte.....................

R$ 49,48

- Valor líquido pago ao funcionário.........................

R$ 2.247,29

O registro contábil do pagamento das férias, em 29/09/2012, será:D Adiantamento de Férias (Ativo Circulante) R$ 2.580,64C INSS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 283,87C IRRF a Recolher (Passivo Circulante) R$ 49,48C Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 2.247,29

Pagamento das férias conforme aviso bancárioPor ocasião da contabilização da folha de pagamento do mês de outubro/2012,

considerando isoladamente o funcionário José da Silva, para efeito de simplificação do exemplo, temos:- Salário............................................................... R$ 64,52- Remuneração de férias....................................... R$ 1.935,48- 1/3 constitucional............................................... R$ 645,16- Contribuição previdenciária sobre férias................

R$ 283,87

- IRRF sobre férias............................................... R$ 49,48- Total da remuneração......................................... R$ 2.978,51

Descontos:- Contribuição previdenciária sobre férias........................

R$ 283,87

- Contribuição previdenciária diferença saldo salário........

R$ 7,10

- IRRF sobre férias.......................................................

R$ 49,48

- Adiantamento de férias...............................................

R$ 2.580,64

- Total dos descontos...................................................

R$ 2.921,09

31

Líquido........................................................................ R$ 57,42A contabilização das verbas referentes ao funcionário José da Silva, no mês de

outubro/2012, será:D Despesas Gastos com Pessoal Salários (Conta de Resultado) R$ 64,52D Provisão para Férias e Encargos Sociais a Pagar (Passivo Circulante) R$ 2.580,64C Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante) R$ 2.645,16

Provisão da folha de pagamento do mês 10/12• Os descontos constantes da folha de pagamento de salários são registrados em 31/10/2012, da seguinte forma:

D Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante) R$ 2.587,74

C Adiantamento de Férias (Ativo Circulante) R$ 2.580,64

C INSS Diferença Saldo Salário R$ 7,10

Desconto folha de pagamento do mês 10/12

Observe no razonete da conta Salários e Ordenados a Pagar que remanesce o saldo referente ao salário de um dia.

Salários e Ordenados a PagarD C  R$ 2.645,16

R$ 2.580,64  R$ 7,10  

  R$ 57,42

7. Reversão da ProvisãoOs ajustes da provisão para férias e respectivos encargos sociais são efetuados pela

confrontação da planilha de cálculo individualizada por funcionário com os saldos existentes na contabilidade, ou seja, os ajustes são feitos por diferença.

Em vez de proceder ao ajuste por complemento do saldo da provisão, pode-se efetuar a reversão da provisão existente e constituir uma nova provisão pelo valor integral constante da planilha de cálculo. Evidentemente, o efeito deve ser o mesmo, apenas ocorrendo lançamentos a débito e a crédito nas contas do passivo circulante e de resultado ou custo de produção.

Também é possível que funcionários venham pedir demissão antes de completar o primeiro período aquisitivo, hipótese em que o empregador não está obrigado ao pagamento de férias proporcionais indenizadas, ou ainda a ocorrência de demissão por justa causa, na qual o funcionário perde o direito às suas indenizações. Nesses casos, poderá haver a efetiva reversão do valor da provisão.

Embora não seja um fato muito comum, também seria possível, em determinado mês, na planilha de cálculo individualizado, apresentar um valor de provisão menor do que o saldo remanescente na contabilidade. Nessa hipótese, após confirmada a exatidão dos cálculos, efetua-se o registro da reversão da provisão.

A título de exemplificação, admitamos o caso de o confronto entre o saldo da contabilidade e os valores obtidos na planilha de cálculo individualizada ser o seguinte: 

  Férias R$ Encargos sociais R$ Total R$Saldos do Passivo Circulante 10.000,00 3.450,00 13.450,00Saldo da Planilha de Cálculo 8.000,00 2.760,00 10.760,00

Diferença 2.000,00 690,00 2.690,00

No mês em que se verificou tal situação, são efetuados os seguintes lançamentos:

D Provisão para Férias e Encargos Sociais (Passivo Circulante)  R$ 2.690,00

C Provisão para Férias e Encargos Sociais (Resultado) R$ 2.690,00

Ajuste de provisão de férias

8. Considerações Finais32

Para finalizar, lembramos que a provisão para férias, além de atender ao princípio da competência e, portanto, ser um procedimento técnico que atribui maior credibilidade às demonstrações financeiras, a sua constituição também gera benefício para as empresas tributadas pelo Imposto de Renda com base no lucro real, uma vez que é dedutível para efeito de apuração do IRPJ e da CSL, quando feita de acordo com as exigências da legislação fiscal, conforme exposto no texto do Manual de Procedimentos Cenofisco - Imposto de Renda - PIS - COFINS - CSLL e Legislação.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: RECONHECIMENTO DA RECEITA – ROTEIRO

Sumário Introdução I - Mensuração da receita II - Momento do reconhecimento da receita II.1 - Venda de bens II.2 - Prestação de serviços II.3 - Juros, royalties e dividendos III - Aplicação para pequenas e médias empresas IV - Exemplos Introdução A receita é definida basicamente pela entrada de elementos para o ativo, sob forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços. As receitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como os ganhos e é designada das seguintes formas: vendas, honorários, juros, dividendos e royalties. A questão mais importante na contabilização da receita é saber o momento correto de reconhecê-la. Nesse roteiro, elaborado com base no Pronunciamento Técnico CPC nº 30, vamos tratar da contabilização de receitas provenientes de: (a) venda de bens; O termo "bens" significa bens produzidos pela Empresa com a finalidade de venda e bens comprados para revenda. (b) prestação de serviços; A prestação de serviços é basicamente o trabalho estabelecido contratualmente a ser executado ao longo de um período acordado entre as partes. Os contratos de prestação de serviços relacionados a contratos de construção, como contrato para gestão de projetos e de arquitetura, são tratados de forma diferente, e devem seguir requisitos específicos para contabilização. (c) utilização, por parte de terceiros, de outros ativos da Empresa que gerem juros, royalties e dividendos. Os juros são os encargos pela utilização de caixa e equivalentes de caixa ou de quantias devidas à Empresa. Os royalties são encargos pela utilização de ativos de longo prazo da Empresa. Exemplo: patentes, marcas, direitos autorais e software de computadores. Os dividendos tratam-se da distribuição de lucros aos acionistas na proporção de suas participações.

As disposições do Pronunciamento Técnico CPC nº 30 não se aplicam:(a) aos contratos de arrendamento mercantil (ver o Pronunciamento Técnico CPC 06 - Operações de

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Arrendamento Mercantil);(b) aos dividendos provenientes de investimentos que sejam contabilizados pelo método da equivalência patrimonial (ver o Pronunciamento Técnico CPC 18 - Investimento em Coligada);(c) aos contratos de seguro (ver o Pronunciamento Técnico CPC 11 - Contratos de Seguro);(d) às alterações no valor justo de ativos e passivos financeiros, ou da sua alienação (ver o Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração);(e) às alterações no valor de outros ativos circulantes;(f) ao reconhecimento inicial e alterações no valor justo de ativos biológicos, relacionados com a atividade agrícola (ver o Pronunciamento Técnico CPC 29 - Ativo Biológico e Produto Agrícola);(g) ao reconhecimento inicial de produtos agrícolas (ver o Pronunciamento Técnico.

Fundamentação: Itens 1 a 6 do Pronunciamento Técnico CPC nº 30, aprovado pela Resolução CFC nº 1.187/09. I - Mensuração da receita A receita deve ser mensurada pelo valor justo do montante recebido ou a receber. Esse montante proveniente de uma operação é geralmente acordado entre a Empresa e o Comprador ou o Usuário do ativo e é mensurado pelo valor justo do montante recebido, deduzido dos descontos comerciais e/ou bonificações concedidos pela Empresa ao Comprador. Valor justo é a quantia pela qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si e dispostas a isso em transação sem favorecimento. Na maior parte dos casos, o montante recebido é efetuado na forma de caixa ou equivalente de caixa e o valor da receita é o valor recebido ou a receber. Quando o ingresso de caixa vier a ser diferido, o valor justo do montante recebido ou a receber poderá ser menor do que o valor nominal. Exemplo: A Empresa pode conceder ao Comprador crédito isento de juros ou mesmo aceitar um acordo em que a taxa de juros do crédito concedido seja inferior àquela praticada no mercado. Quando esse acordo, de alguma forma, constituir numa transação de financiamento, o valor justo da receita é calculado a valor presente. O Ajuste a Valor Presente (AVP) tem como objetivo o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro, que pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos. Para determinação do valor presente é necessário conhecer o valor do fluxo futuro, data do fluxo financeiro e a taxa de desconto. Fundamentação: Itens 9 a 12 do Pronunciamento Técnico CPC nº 30, aprovado pela Resolução CFC nº 1.187/09. II - Momento do reconhecimento da receita Os critérios de reconhecimento da receita são geralmente aplicados separadamente a cada transação: venda de bens, prestação de serviços e demais receitas (juros, royalties etc). Contudo, em certas circunstâncias pode ser necessário aplicar os critérios de reconhecimento aos componentes separadamente identificáveis de uma única transação com o objetivo de refletir a substância da transação. Um exemplo, segundo o Pronunciamento Técnico CPC nº 30, ocorre quando o preço da venda de um produto inclui valores identificáveis, correspondentes a serviços a serem executados posteriormente. Para esses casos, tais valores são diferidos e reconhecidos como receita durante o período em que o serviço vier a ser executado. Inversamente, os critérios de reconhecimento são aplicados a duas ou mais transações conjuntas quando elas estejam ligadas de tal maneira que o efeito comercial não possa ser compreendido sem visualizar as transações como um todo. Nesse caso, o CPC 30 cita como exemplo o caso de a entidade vender bens e, ao mesmo tempo, firmar um contrato separado para recomprá-los em data posterior, invalidando assim a essência da transação. Em tais casos, as duas transações são tratadas conjuntamente. Fundamentação: Item 13 do Pronunciamento Técnico CPC nº 30, aprovado pela Resolução CFC nº 1.187/09. II.1 - Venda de bens

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A receita da venda de bens deve ser reconhecida quando forem satisfeitas as seguintes condições: (a) a Empresa tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens; (b) a Empresa não mantenha envolvimento continuado na gestão dos bens vendidos nem efetivo controle de tais bens; (c) o valor da receita possa ser confiavelmente mensurado; (d) for provável que os benefícios econômicos da venda fluirão para a Empresa; e (e) as despesas incorridas ou a incorrer, referente à venda, possam ser confiavelmente mensuradas. A avaliação no momento em que a Empresa transfere os riscos e benefícios significativos da propriedade para o Comprador exige o exame das circunstâncias da transação. Se a Empresa retiver riscos significativos da propriedade, a transação não é uma venda e a receita não pode ser reconhecida. Quando existe a retenção de risco significativo pela Empresa: (a) quando a Empresa vendedora retém uma obrigação em decorrência de desempenho insatisfatório que não esteja coberto por cláusulas normais de garantia; (b) no caso em que o recebimento da receita é dependente da venda dos bens pelo Comprador (Consignação); (c) quando os bens estão sujeitos a instalação, sendo esta significativa e ainda não tenha sido completada pela Empresa; e (d) quando o comprador tem direito de rescindir a compra por razões especificadas em contrato de venda, ou sem qualquer tipo de razão pelo comprador e a Empresa não está segurada probabilidade de retorno. É importante ressaltar que, a receita só deve ser reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos associados à venda fluirão para Empresa. Fundamentação: Itens 14 a 19 do Pronunciamento Técnico CPC nº 30, aprovado pela Resolução CFC nº 1.187/09. II.2 - Prestação de serviços A receita de uma prestação de serviço deve ser reconhecida quando forem satisfeitas as seguintes condições: (a) o valor da receita puder ser confiavelmente mensurado; (b) for provável que os benefícios econômicos associados à prestação de serviço fluirão para Empresa; (c) a proporção dos serviços executados até a data do balanço puder ser confiavelmente mensurada; e (d) as despesas incorridas com a prestação de serviço assim como as despesas para concluí-la possam ser confiavelmente mensuradas. O reconhecimento da receita pela proporção dos serviços executados é denominado método da percentagem completada. Esse método determina que a receita seja reconhecida nos períodos em que os serviços forem prestados. A fase de conclusão da prestação de serviços pode ser determinada por diversos métodos e a Empresa deve escolher o que melhor mensure os serviços executados. Os métodos podem incluir: (a) a medição do serviço executado; (b) percentual do serviço executado até a data, indicado por um percentual do total dos serviços a serem executados; ou (c) a proporção entre os custos incorridos até a data e os custos totais estimados da prestação de serviço (Método da percentagem completada). É importante ressaltar que, quando a conclusão da prestação de serviço não puder ser confiavelmente estimada e não for provável que os custos incorridos sejam recuperados, a receita não deve ser reconhecida e tais custos devem ser reconhecidos como despesa. Quando as incertezas deixarem de existir, a receita deve ser reconhecida.

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Fundamentação: Itens 20 a 28 do Pronunciamento Técnico CPC nº 30, aprovado pela Resolução CFC nº 1.187/09. II.3 - Juros, royalties e dividendos A receita proveniente da utilização, por terceiros, de ativos da Empresa que produzam juros, royalties e dividendos deve ser reconhecida quando forem satisfeitas as seguintes condições: (a) for provável que os benefícios econômicos fluirão para a Empresa; e (b) o valor da receita puder ser confiavelmente mensurado. A receita deverá ser reconhecida nas seguintes bases: (a) os juros devem ser reconhecidos pelo método da taxa efetiva de juros; (b) os royalties devem ser reconhecidos pelo regime de competência de acordo com a essência do acordo; e (c) os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do acionista de receber o respectivo valor. A taxa efetiva de juros (taxa interna de retorno) é a taxa de desconto que, aplicada sobre os pagamentos ou recebimentos futuros estimados ao longo da expectativa de vigência do instrumento financeiro ou, quando apropriado, por um período mais curto, resulta no valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. Fundamentação: Itens 29 a 34 do Pronunciamento Técnico CPC nº 30, aprovado pela Resolução CFC nº 1.187/09. III - Aplicação para pequenas e médias empresas Apesar do CPC 30 não tratar Contratos de Construção no âmbito desse pronunciamento, pois mais detalhes desse assunto são tratados diretamente no CPC 17 - Contratos de Construção, o CPC PME - Contabilidade para pequenas e médias empresas reforça alguns pontos sobre esse assunto: - Se o resultado de contrato de construção puder ser estimado de forma confiável, a Empresa deve reconhecer a receita e os custos associados com o contrato de construção como receita e despesas respectivamente, tendo como referência o estágio da execução da atividade contratual na data do balanço; - As exigências são usualmente aplicadas separadamente para cada contrato de construção, entretanto, em algumas circunstâncias é necessário aplicar esta seção aos componentes separadamente identificáveis de um contrato único ou a um grupo de contratos, de forma que reflita a substância dos contratos. - Quando um contrato cobre diversos ativos, a construção de cada ativo deve ter contrato separado quando: (a) propostas separadas foram submetidas para cada ativo; (b) os ativos foram submetidos à negociações separadas, e o empreiteiro e o cliente são capazes de aceitar ou rejeitar a parte do contrato de cada ativo; e (c) os custos e receitas de cada ativo podem ser identificados. - Um grupo de contratos, deve ser tratado como único quando: (a) o grupo de contratos é negociado como um pacote único; (b) os contratos são de fato parte de um projeto único com uma margem de lucro geral; e (c) os contratos são executados simultaneamente ou em sequencia contínua.

Para os demais itens tratados no CPC 30 - Receitas, não existem diferenças com as práticas adotadas no CPC PME - Contabilidade para pequenas e médias empresas.

Fundamentação: Itens 23.17 a 23.20 do Pronunciamento Técnico CPC PME - Contabilidade para pequenas e médias empresas, aprovado pela Resolução CFC nº. 1.055/05. IV - Exemplos Para elucidar os conceitos tratados nesse roteiro, destacaremos alguns exemplos práticos de reconhecimento da receita. Destaca-se que, é fundamental que as Empresas reconheçam a receita na transferência dos bens e serviços aos clientes pelo seu valor justo. Exemplo prático:

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1) A Empresa Alfa produz pisos laminados no estado de São Paulo e vende sua produção para todo o Brasil. Parte representativa de sua produção é vendida para a Região Norte e Nordeste e a Empresa possui contrato com uma transportadora, que é responsável pela entrega dos produtos. O seguro é de responsabilidade da Empresa Alfa, sendo esta a beneficiária em caso de sinistro. As mercadorias levam em média 8 a 10 dias para serem entregues aos clientes. Quando a receita relacionada às vendas pode ser reconhecida? Resposta: A Empresa Alfa poderá reconhecer a receita de vendas apenas quando a mercadoria for entregue aos clientes. O fato de existir seguro para as mercadorias, não significa que houve a transferência dos riscos e benefícios da Empresa Alfa para os seus clientes, portanto, é importante lembrar que o reconhecimento da receita deve ser efetuado quando a transferência dos riscos e benefícios forem concretos. No caso de outro tipo de seguro, como FOB por exemplo, onde os clientes são responsáveis pelo seguro, não altera a forma de reconhecimento da receita, tendo em vista que a Empresa continua sendo responsável pela contratação da transportadora e pelo gerenciamento das entregas. As empresas podem transferir os produtos da linha de "Estoques - Produtos Acabados" para "Estoques - Produtos Acabados em Trânsito", porém não deve reconhecer a receita. Atualmente o controle da entrega da mercadoria aos clientes pode ser feito de diversas maneiras, que permitem um controle detalhado da entrega. Outros exemplos: a) Venda de bens do tipo "faturar e aguardar" - A entrega do produto é postergada a pedido do comprador, sendo que o comprador assume a titularidade e aceita a cobrança. A receita deve ser reconhecida quando há a transferência da titularidade (mesmo não sendo entregue o produto), porém deve ser provável que a entrega seja feita, o item esteja pronto e do modo que o cliente pediu (no momento da venda ou do reconhecimento da receita), o comprador confirme e aceite as condições e instruções da entrega diferida e as condições de pagamento se apliquem. Não deve ser reconhecida a receita nas demonstrações contábeis quando somente há a intenção de adquirir ou fabricar os produtos. b) Vendas de produtos sujeitos a condições - Vendas em consignação - A receita deve ser reconhecida quando o recebedor (empresa a qual consignei - Consignatária) vende os produtos a um terceiro. c) Prestação de serviços - Taxas de serviço incluídas no preço do produto - A receita deve ser reconhecida durante o tempo em que o serviço for executado. O valor que será diferido deve ser suficiente para cobrir os custos do serviço, acrescido da margem de lucro referente ao mesmo. d) Adiantamentos de clientes - No caso de adiantamentos de clientes totais ou parciais, relacionado à entrega futura de bens, que ainda não estão em estoque, pois os produtos ainda devem ser fabricados pela Empresa, a Receita deverá ser reconhecida somente quando as mercadorias forem entregues ao cliente. e) Taxas de licença e royalties - Deve ser reconhecida de acordo com a essência econômica do contrato, podendo ser linear ou em um único evento.

FONTE: FISCOSoft.

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CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE BALANÇO – SETEMBRO DE 2012 – ADE COTIR Nº 30, DE 29/10/2012

Divulga taxas de câmbio para fins de elaboração de balanço relativo ao mês de setembro de 2012.

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A COORDENADORA DE TRIBUTOS SOBRE A RENDA, PATRIMÔNIO E OPERAÇÕES FINANCEIRAS, no uso de sua competência delegada pelo art. 3º da Portaria Cosit nº 3, de 8 de maio de 2008, e tendo em vista o disposto nos arts. 35, 36 e 37 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, no art. 8º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e nos arts. 375 a 378 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), Declara: Art. 1º Para fins de determinação do lucro real, no reconhecimento das variações monetárias decorrentes de atualizações de créditos ou obrigações em moeda estrangeira, quando da elaboração do balanço relativo ao mês de setembro de 2012, na apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas em geral, serão utilizadas as taxas de compra e de venda disponíveis no Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen), em 28 de setembro de 2012. Art. 2º As cotações das principais moedas a serem utilizadas nas condições do art. 1º deste Ato Declaratório Executivo são: Setembro/2012

Código Moeda Cotação Compra R$ Cotação Venda R$ 220 Dólar dos Estados Unidos 2,0300 2,0306

978 Euro 2,6100 2,6109

425 Franco Suíço 2,1593 2,1602

470 Iene Japonês 0,02605 0,02606

540 Libra Esterlina 3,2748 3,2760

CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

FONTE: Diário Oficial da União – 06/11/2012.

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CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE BALANÇO – OUTUBRO DE 2012 – ADE COTIR Nº 32, DE 01/11/2012

Divulga taxas de câmbio para fins de elaboração de balanço relativo ao mês de outubro de 2012.

A COORDENADORA DE TRIBUTOS SOBRE A RENDA, PATRIMÔNIO E OPERAÇÕES FINANCEIRAS, no uso de sua competência delegada pelo art. 3º da Portaria Cosit nº 3, de 8 de maio de 2008, e tendo em vista o disposto nos arts. 35, 36 e 37 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, no art. 8º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e nos arts. 375 a 378 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), Declara: Art. 1º Para fins de determinação do lucro real, no reconhecimento das variações monetárias decorrentes de atualizações de créditos ou obrigações em moeda estrangeira, quando da elaboração do balanço relativo ao mês de outubro de 2012, na apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas em geral, serão utilizadas as taxas de compra e de venda disponíveis no Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen), em 31 de outubro de 2012. Art. 2º As cotações das principais moedas a serem utilizadas nas condições do art. 1º deste Ato Declaratório Executivo são: Outubro/2012

Código Moeda Cotação Compra R$ Cotação Venda R$

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220 Dólar dos Estados Unidos 2,0308 2,0313

978 Euro 2,6339 2,6348

425 Franco Suíço 2,1818 2,1826

470 Iene Japonês 0,02545 0,02545

540 Libra Esterlina 3,2696 3,2706

CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

FONTE: Diário Oficial da União – 06/11/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

I P I: OPERAÇÕES DE REMESSAS DE AMOSTRA GRÁTIS E BRINDES – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO:1. Amostra Grátis - Considerações Iniciais 1.1. Amostra de Tecidos 1.2. Amostra de Calçados 1.3. Amostra de Produtos Farmacêuticos 1.4. Emissão da Nota Fiscal 2. Brindes – Aspectos Fiscais 2.1. Considerações Iniciais 2.2. Tratamento Fiscal 2.3. Adquiridos de Terceiros 2.4. Fabricação Própria e Importação 2.5. Cálculo do Imposto 2.6. Emissão de Nota Fiscal 1. Amostra Grátis - Considerações IniciaisAmostra grátis é a porção, fragmento ou unidade de um produto natural ou fabricado destituído de valor comercial, e apresentado para demonstrar sua natureza, qualidade ou tipo. São isentas do IPI as saídas internas e interestaduais de amostras de produtos para distribuição gratuita, de diminuto ou nenhum valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, em quantidade estritamente necessária a dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade.A legislação do IPI estabelece regras para que o contribuinte possa valer-se do beneficio isencional. O Regulamento do IPI impõe condições, dentre as quais destacamos: Indicação no produto e no seu envoltório da expressão “Amostra Grátis”, em caracteres impressos com destaque; Quantidade não excedente de 20% do conteúdo ou do número de unidades da menor embalagem da apresentação comercial do mesmo produto, para venda a consumidor. 1.1. Amostra de Tecidos De qualquer largura, e de comprimento até 0,45 m para os de algodão estampado, e 0,30 m para os demais, desde que contenham, em qualquer caso, impressas tipograficamente ou a carimbo, a expressão “Sem Valor Comercial”, dispensadas desta exigência as amostras cujo comprimento não exceda de 0,25 m e 0,15 m nas hipóteses supra, respectivamente. 1.2. Amostra de Calçados Os pés isolados de calçados, conduzidos por viajantes de estabelecimento industrial, desde que tenha gravada, no solado, a expressão “Amostra para Viajante”.

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1.3. Amostra de Produtos Farmacêuticos Distribuição exclusivamente de produtos a médicos, veterinários e dentistas, bem assim a estabelecimentos hospitalares, quando se tratar de produtos da indústria farmacêutica. 1.4. Emissão da Nota Fiscal A nota fiscal deverá ser preenchida normalmente, contendo, além dos demais requisitos exigidos pela legislação tributária estadual, o seguinte:

1. Natureza da operação: Remessa de amostra grátis; b) CFOP: 5.911 ou 6.911, conforme o caso; c) no Campo “Informações Complementares”: IPI isento conforme Artigo 54, incisos III a V do Decreto nº 7.212/2010. 2. Brindes – Aspectos Fiscais2.1. Considerações IniciaisConsidera-se brinde, a mercadoria que, não constituindo objeto da atividade usual do contribuinte, tenha sido adquirida ou recebida por este, apenas para distribuição gratuita a consumidor ou usuário final. 2.2. Tratamento FiscalNão se considera brinde para efeito legal aquele fabricado pelo contribuinte ou por este importado do exterior. A entrega de brindes dentro do estabelecimento industrial ou a sua distribuição são operações normais, com a tributação aplicável às demais mercadorias. Portanto os brindes de fabricação própria ou importados do exterior são tributados normalmente. 2.3. Adquiridos de TerceirosSe os brindes forem adquiridos de terceiros, não haverá tributação, porque não é bem de produção do próprio estabelecimento. 2.4. Fabricação Própria e ImportaçãoQuando os produtos forem de fabricação do próprio estabelecimento ou por este importado, a operação será normalmente tributada. 2.5. Cálculo do ImpostoSerá tomado como base de cálculo o preço corrente do produto no mercado atacadista da praça do remetente. Na falta do preço acima, a base de cálculo será:          a) produto importado: o valor que servir de base para o Imposto de Importação acrescido desse tributo e demais elementos - componentes do custo do produto, inclusive a margem de lucro normal;          b) produto nacional: o custo de fabricação, acrescido dos custos e dos de venda, administração e publicidade, bem como do seu lucro normal e das demais parcelas que devem ser adicionadas ao preço da operação, ainda que os produtos hajam sido recebidos de outro estabelecimento da mesma firma que os tenha industrializado.2.6. Emissão de Nota FiscalNa saída, a remessa do material será acobertada pela nota fiscal pela nota fiscal.A nota fiscal deverá ser preenchida normalmente, contendo, além dos demais requisitos exigidos pela legislação tributária estadual, o seguinte:a) Natureza da operação: Remessa de brinde; b) CFOP: 5.910 ou 6.910, conforme o caso.BASE LEGAL: Arts. 54, incisos III a V e 192 RIPI/2010

FONTE: LEFISC .

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IRPF: GANHOS DE CAPITAL – ALIENAÇÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA – OUTUBRO DE 2012 – ADE COTIR Nº 31, DE 01/11/2012

Divulga a cotação média do dólar dos Estados Unidos da América no mês de outubro do ano-calendário de 2012, para efeito da apuração do ganho de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie.

A COORDENADORA DE TRIBUTOS SOBRE A RENDA, PATRIMÔNIO E OPERAÇÕES FINANCEIRAS, no uso da atribuição que lhe confere o inciso V do art. 293 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, da delegação de competência de que trata o art. 3º da Portaria da Cosit nº 3, de 8 de maio de 2008, e tendo em vista o disposto no § 7º do art. 24 da Medida Provisória nº 2.158- 35, de 24 de agosto de 2001, e nos §§ 2º e 4º do art. 7º da Instrução Normativa SRF nº 118, de 28 de dezembro de 2000, Declara: Artigo único Para efeito da apuração do ganho de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, no mês de outubro do ano-calendário de 2012, deve ser utilizada na conversão para reais: I - do valor de alienação, a cotação média mensal do dólar dos Estados Unidos da América, para compra, correspondente a R$ 2,0293; II - do valor de custo de aquisição, a cotação média mensal do dólar dos Estados Unidos da América, para venda, correspondente a R$ 2,0298.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

FONTE: Diário Oficial da União – 06/11/2012.

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SPED E REFORMA TRIBUTÁRIA – TRANSPARÊNCIA DOS NÚMEROS JÁ DERRUBA ARGUMENTOS DA GUERRA FISCAL – ARTIGO

Ao contrário do que especialistas e até mesmo o senso comum sempre alardearam, a reforma tributária não pode ser considerada peça de ficção em nosso país. Na prática, ela se encontra em pleno andamento e - quem diria - em grande parte viabilizada pela Nota Fiscal eletrônica, vertente do Sistema Público de Escrituração Digital pela qual já trafegam virtualmente 80% das operações envolvendo indústria, atacado e importações integrantes do PIB brasileiro. Claro exemplo desta tese pôde ser visto recentemente, quando o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) definiu o prazo final para a entrada em vigor da nova alíquota interestadual do ICMS para produtos importados. A partir de janeiro de 2013, os Estados terão de cobrar unicamente 4%, ao invés de porcentuais hoje variáveis ao sabor de legislações locais, um fato que tem sido pródigo em fomentar a guerra fiscal entre os portos por onde chegam mercadorias chinesas e de tantas outras procedências. E qual teria sido o papel do SPED nesta fase inicial de um amplo e complexo processo, nitidamente impossível de ser abarcado de uma só vez? Chega a ser fácil responder. Com as informações de cada faturamento alimentando em tempo real os computadores do Fisco, pôs-se um fim às especulações sobre as perdas que esta ou aquela unidade da federação teria mediante uma medida tão incisiva. Esvaziaram-se, portanto, múltiplas justificativas para diferenças regionais gritantes, como se tivéssemos vários países concorrentes dentro de um só, compondo com isto um cenário surreal que está sucumbindo à transparência implacável do SPED.

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Se antes os Estados iam ao governo central expor suas mazelas tributárias por meio de números hipotéticos, atualmente é o fisco federal que coloca as cartas na mesa, e da forma mais objetiva possível. Visto por muitos como mais um engodo tributário, cujo papel seria apenas o de aprimorar a fiscalização e, consequentemente, abarrotar os cofres do Tesouro, o Sistema Público de Escrituração Digital demonstra agora uma faceta dificilmente imaginável quando do seu surgimento, há cerca de seis anos. Mas muitas outras novidades ainda podem surgir, seguindo caminho semelhante. Notadamente no campo da previdência social, onde o governo tem acenado com a migração gradativa da folha de pagamento para o faturamento bruto, a título de base de cálculo para a contribuição das empresas. Aparentemente, mais um caso emblemático de renúncia fiscal que muitos já tratam de festejar ao fazer as primeiras projeções. Mas é uma expectativa que apenas o tempo e, novamente, os dados reveladores do SPED ainda hão de corroborar, ou não.

FONTE: EDGAR MADRUGA – FISCOSoft.

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TIPI: ALTERAÇÕES – DEC. Nº 7.834, DE 31/10/2012

Altera a redação de Notas Complementares ao Capítulo 87 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos incisos I e II do caput do art. 4º do Decreto-Lei nº 1.199, de 27 de dezembro de 1971, Decreta: Art. 1º Fica alterada a redação das Notas Complementares ao Capítulo 87 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos termos do Anexo. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 31 de outubro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.DILMA ROUSSEFFGUIDO MANTEGA

ANEXO NOTA COMPLEMENTAR NC (87-2) DA TIPI Até 31 de dezembro de 2012 NC (87-2) Ficam fixadas em quatro por cento as alíquotas relativas aos veículos classificados no código 8703.22.90 e no Ex 01 do código 8703.23.90, com volume de habitáculo, destinado a passageiros e motoristas, superior a 6 m³. O enquadramento de veículos nesta Nota Complementar está condicionado à manifestação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, certificando que o veículo cumpre as exigências nela estabelecidas. NOTA COMPLEMENTAR NC (87-4) DA TIPI Até 31 de dezembro de 2012 NC (87-4) Ficam fixadas nos percentuais indicados as alíquotas referentes aos automóveis de passageiros e veículos de uso misto, com motor a álcool ou com motor que utilize alternativa ou simultaneamente gasolina e álcool (flexible fuel engine), classificados nos códigos a seguir especificados:

Código TIPI Alíquota (%)

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8703.21.00 30

8703.22 35,5

8703.23.10 48

8703.23.10 Ex 01 35,5

8703.23.90 48

8703.23.90 Ex 01 35,5

8703.24 48

NOTA COMPLEMENTAR NC (87-5) DA TIPI Até 31 de dezembro de 2012 NC (87-5) Ficam reduzidas a sete inteiros e cinco décimos por cento as alíquotas relativas aos veículos de fabricação nacional, de transmissão manual, com caixa de transferência, chassis independente da carroçaria, altura livre do solo mínima sob os eixos dianteiro e traseiro de 200 mm, altura livre do solo mínima entre eixos de 300 mm, ângulo de ataque mínimo de 35º, ângulo de saída mínimo de 24º, ângulo de rampa mínimo de 28º, de capacidade de emergibilidade a partir de 500 mm, peso bruto total combinado a partir de 3.000 kg, peso em ordem de marcha máximo de até 2.100 kg, concebidos para aplicação militar ou trabalho agroindustrial, classificados nos códigos 8703.32.10 e 8703.33.10. NOTA COMPLEMENTAR NC (87-7) DA TIPI Até 31 de dezembro de 2012 NC (87-7) Ficam fixadas nos percentuais indicados as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos a seguir especificados:

Código TIPI Alíquota (%) Código TIPI Alíquota (%) 8701.20.00 30 8704.21.90 Ex 01 31

8703.21.00 30 8704.21.90 Ex 02 5

8703.22.10 36,5 8704.22.10 30

8703.22.90 36,5 8704.22.20 30

8703.23.10 Ex 01 36,5 8704.22.30 30

8703.23.90 Ex 01 36,5 8704.22.90 30

8703.23.10 55 8704.23.10 30

8703.23.90 55 8704.23.20 30

8703.24.10 55 8704.23.30 30

8703.24.90 55 8704.23.90 30

8703.31.10 55 8704.23.90 Ex 01 0

8703.31.90 55 8704.31.10 31

8703.32.10 55 8704.31.20 31

8703.32.90 55 8704.31.30 31

8703.33.10 55 8704.31.90 31

8703.33.90 55 8704.31.10 Ex 01 30

8703.90.00 55 8704.31.20 Ex 01 30

8704.21.10 30 8704.31.30 Ex 01 30

8704.21.20 30 8704.31.90 Ex 01 30

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8704.21.30 30 8704.32.10 30

8704.21.90 30 8704.32.20 30

8704.21.10 Ex 01 31 8704.32.30 30

8704.21.20 Ex 01 31 8704.32.90 30

8704.21.30 Ex 01 31 8704.90.00 30

FONTE: Diário Oficial da União – 01/11/2012.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA: NOVEMBRO DE 2012 – COM. CAT Nº 23, DE 29/10/2012

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FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 31/10/2012.

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CF-e-SAT: EMISSÃO DO CUPOM FISCAL ELETRÔNICO – SISTEMA DE AUTENTICAÇÃO E TRANSMISSÃO – PORT. CAT Nº 147, DE 05//11/2012

Dispõe sobre a emissão do Cupom Fiscal Eletrônico - CF-e-SAT por meio do Sistema de Autenticação e Transmissão - SAT, a obrigatoriedade de sua emissão, e dá outras providências.

O COORDENADOR DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA, tendo em vista o disposto no Ajuste SINIEF-11/10, de 24-09-2010, no Ato Cotepe ICMS-09/12, 13-03-2012, e no artigo 212-O, IX e § 3º, do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000, expede a seguinte PORTARIA: Art. 1º Na emissão do Cupom Fiscal Eletrônico - CF-e-SAT, modelo 59, em substituição ao Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF e à Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, nos termos do § 3º do artigo 212-O do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000, para identificar a ocorrência de operações relativas à circulação de mercadorias, serão observadas as disposições desta portaria. Parágrafo único. O CF-e-SAT, modelo 59, é um documento fiscal de existência apenas digital, armazenado exclusivamente em meio eletrônico e emitido por meio do Sistema de Autenticação e Transmissão de Cupom Fiscal Eletrônico - SAT, mediante assinatura digital gerada com base em certificado digital atribuído ao contribuinte, de forma a garantir a sua validade jurídica.

Capítulo IDo Equipamento SAT

Seção IDa Ativação e da Desativação do SAT

Art. 2º Previamente à utilização do SAT, o contribuinte deverá ativar o equipamento, mediante adoção dos seguintes procedimentos:

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I - acessar o "site" da Secretaria da Fazenda, no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br/sat, e vincular o SAT ao número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, da Receita Federal do Brasil - RFB, do estabelecimento no qual o equipamento será utilizado, informando: a) o número de série do equipamento SAT; b) o tipo de certificado digital do equipamento SAT, emitido por autoridade certificadora credenciada pelo fisco - AC-SAT ou autoridade certificadora credenciada sob a Infraestrutura de Chaves Públicas - AC-ICP-Brasil, que será utilizado para emitir o CF-e-SAT; II - instalar e configurar as conexões de comunicação do SAT, observando as instruções disponibilizadas pelo fabricante do equipamento; III - mantendo conectividade com a internet: a) executar o programa de ativação do SAT fornecido pelo fabricante; b) vincular o Aplicativo Comercial - AC ao SAT. Parágrafo único. Na hipótese de substituição do AC inicialmente vinculado ao SAT por outro disponibilizado por desenvolvedor diverso, o contribuinte procederá à nova vinculação do AC ao equipamento SAT. Art. 3º O acesso do contribuinte ao "site" da Secretaria da Fazenda requer a utilização de certificado digital emitido conforme os critérios estabelecidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), que contenha o número de inscrição no CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte. Parágrafo único. Ficam dispensados de utilizar certificado digital para acessar o "site" da Secretaria da Fazenda os contribuintes que não estejam credenciados no Domicílio Eletrônico do Contribuinte - DEC, hipótese em que o acesso dar-se-á por meio de login e senha do Posto Fiscal Eletrônico - PFE. Art. 4º O equipamento SAT deverá ser desativado nas seguintes hipóteses: I - encerramento de atividade do estabelecimento; II - transferência do SAT entre estabelecimentos paulistas pertencentes ao mesmo contribuinte; III - transferência da posse do SAT a outro contribuinte. § 1º Para desativar o SAT, o contribuinte acessará o "site" da Secretaria da Fazenda, no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br/sat, e adotará, sequencialmente, os procedimentos a seguir: 1 - indicar o equipamento a ser desativado; 2 - mediante utilização do Aplicativo Comercial - AC, acionar o bloqueio do equipamento SAT; 3 - acionar o botão de "reset" do equipamento SAT por 10 (dez) segundos. § 2º Uma vez desativado, o equipamento SAT não poderá ser reativado para utilização no mesmo estabelecimento.

Seção IIDa Utilização do SAT

Art. 5º Para cada caixa existente no ambiente de atendimento ao público do estabelecimento do contribuinte e que seja destinado a registrar operações relativas à circulação de mercadorias, será utilizado um equipamento SAT, um programa Aplicativo Comercial - AC e um equipamento de processamento de dados. Parágrafo único. Excepcionalmente, fica facultada a utilização de um equipamento SAT para, no máximo, 3 (três) caixas destinados a registrar operações relativas à circulação de mercadorias, desde que: 1 - os Aplicativos Comerciais - AC dos caixas que interajam com o SAT tenham sido desenvolvidos pela mesma empresa, de modo que a vinculação a que se refere a alínea "b" do inciso III do artigo 2º possa ser realizada por qualquer desses AC; 2 - o contribuinte providencie o controle de filas de comandos para o SAT por "software" específico. Art. 6º O equipamento SAT deverá ser instalado em local facilmente visível pela fiscalização.

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Art. 7º Caberá ao contribuinte comunicar à Secretaria da Fazenda a perda, o furto ou o roubo do SAT, hipótese em que a utilização do equipamento será bloqueada pelo fisco, ficando indisponível para emissão de CF-e-SAT. Parágrafo único. Na hipótese prevista no "caput", o contribuinte: 1 - enviará, conforme disposto no inciso I do artigo 24, as cópias de segurança dos CF-e-SAT emitidos e ainda não transmitidos à Secretaria da Fazenda; 2 - no caso de reaver o equipamento, poderá solicitar o seu desbloqueio à Secretaria da Fazenda, no posto fiscal de vinculação do estabelecimento. Art. 8º Deverá ser mantida a conectividade do SAT com o ambiente de processamento de dados da Secretaria da Fazenda, por meio da internet, observando-se a periodicidade estabelecida pelo fisco, sob pena de o equipamento ficar bloqueado para a emissão e cancelamento de CF-e-SAT, até que ocorra a conexão à internet e a transmissão dos CF-e-SAT já emitidos. Parágrafo único. Será disponibilizada para consulta do contribuinte, no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br/sat, a periodicidade de conexão de cada equipamento SAT ativado pelo contribuinte com o ambiente de processamento de dados da Secretaria da Fazenda.

Seção IIIDa Atualização de Versão do "Software" Básico

Art. 9º Fica facultado à Secretaria da Fazenda efetuar, remotamente, a atualização da versão do "software" básico no equipamento SAT utilizado pelo contribuinte. § 1º O contribuinte: 1 - receberá um aviso expedido pela Secretaria da Fazenda, via SAT para o Aplicativo Comercial - AC, comunicando a necessidade de atualizar a versão do "software" básico e o prazo para se efetuar essa atualização; 2 - poderá definir, dentre o prazo indicado no aviso referido no item1, o momento de a Secretaria da Fazenda atualizar o "software básico" no SAT; 3 - para permitir que a Secretaria da Fazenda proceda à atualização do "software básico", terá que manter o equipamento SAT conectado à internet e acionar, por meio do Aplicativo Comercial - AC, a função de atualização do "software básico". § 2º Decorrido o prazo indicado no aviso referido no item 1 do § 1º, a Secretaria da Fazenda efetuará a atualização do "software" básico, independentemente de qualquer permissão do contribuinte.

Capítulo IIDo CF-e-SAT

Seção IDa Emissão e da Transmissão do CF-e-SAT

Art. 10. Para emitir o CF-e-SAT, o contribuinte registrará no equipamento SAT, por meio do Aplicativo Comercial - AC, os dados da operação relativa à circulação de mercadorias, incluindo o CPF ou o CNPJ do adquirente que assim o solicitar. Parágrafo único. Na hipótese de o estabelecimento do contribuinte obrigado à emissão do CF-e-SAT estar em situação cadastral diferente de ativo, o equipamento SAT ficará inoperante para a emissão de CF-e-SAT, enquanto não for sanada a irregularidade cadastral. Art. 11. O CF-e-SAT: I - deverá ser emitido conforme leiaute estabelecido em Ato COTEPE, com o arquivo digital observando as seguintes formalidades: a) ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language); b) ser assinado com o certificado digital do equipamento SAT; II - terá número sequencial com seis caracteres, de 000001 a 999999, que irá compor a chave de acesso de sua identificação. Parágrafo único. O número sequencial do CF-e-SAT somente poderá ser reiniciado quando: 1 - atingir o número 999.999; 2 - o equipamento SAT desativado nas hipóteses do artigo 4º for, posteriormente, reativado.

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Art. 12. Os arquivos digitais dos CF-e-SAT emitidos serão transmitidos, automaticamente, para o ambiente de processamento de dados da Secretaria da Fazenda pelo equipamento SAT, na periodicidade referida no artigo 8º, desde que mantida a conectividade com a internet. Art. 13. Será considerado inábil o CF-e-SAT: I - emitido e não transmitido ao ambiente de processamento de dados da Secretaria da Fazenda em até 10 (dez) dias contados da data da ocorrência da operação; II - regularmente emitido e transmitido, quando a sua emissão ou utilização com dolo, fraude, simulação ou erro resultar na falta de pagamento do imposto ou em outra vantagem indevida em favor do contribuinte ou de terceiro. Art. 14. Após a emissão do CF-e-SAT, o contribuinte deverá certificar-se de que a cópia de segurança do arquivo digital do CF-e-SAT foi transmitida ao Aplicativo Comercial - AC. Parágrafo único. A cópia de segurança do arquivo digital do CF-e-SAT será conservada pelo prazo previsto no artigo 202 do Regulamento do ICMS.

Seção IIDo Cancelamento do CF-e-SAT

Art. 15. O CF-e-SAT poderá ser cancelado em até 30 (trinta) minutos contados do momento de sua emissão, desde que nesse período não tenha sido emitido qualquer outro CF-e- SAT por meio do mesmo equipamento. Parágrafo único. O cancelamento do CF-e-SAT deverá ser efetuado mediante a emissão de outro CF-e-SAT, exclusivamente para esse fim.

Seção IIIDo Extrato do CF-e-SAT

Art. 16. O contribuinte deverá, imediatamente após a emissão do CF-e-SAT, providenciar a impressão do seu extrato conforme leiaute estabelecido em Ato Cotepe. Parágrafo único. O extrato do CF-e-SAT de que trata este artigo: 1 - não substituirá, para fins fiscais, o CF-e-SAT nele identificado, não se confundindo com esse documento fiscal; 2 - conterá: a) apenas os dados básicos da operação praticada e dos tributos sobre ela incidentes, bem como aqueles necessários à identificação do respectivo CF-e-SAT; b) obrigatoriamente, em seu rodapé, o código QR-Code, conforme leiaute estabelecido em Ato Cotepe; 3 - poderá ser impresso: a) mediante utilização de qualquer equipamento de impressão; b) de forma resumida, por opção do adquirente da mercadoria.

Seção IVDa Consulta ao CF-e-SAT

Art. 17. Após a transmissão do arquivo digital do CFe-SAT ao ambiente de processamento de dados da Secretaria da Fazenda, será disponibilizada consulta pública ao CF-e-SAT emitido, no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br/sat. Parágrafo único. A consulta a que se refere este artigo: 1 - poderá ser efetuada, informando-se a chave de acesso do CF-e-SAT constante no respectivo extrato; 2 - ficará disponível pelo prazo previsto no artigo 202 do Regulamento do ICMS.

Seção VDa Escrituração do CF-e-SAT

Art. 18. Na escrituração do CF-e-SAT, o contribuinte emitente utilizará o código "59" para identificar o modelo do documento fiscal. Art. 19. Os CF-e-SAT emitidos poderão ser registrados em conjunto no livro Registro de Saídas, conforme previsto no § 2º do artigo 215 do Regulamento do ICMS, hipótese em que deverão ser observados: I - a ordem cronológica, segundo as datas de emissão dos CF-e-SAT;

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II - os totais diários das operações realizadas, desmembrados em valores parciais de acordo com os Códigos Fiscais de Operações e Prestações e as alíquotas do imposto aplicadas; III - o agrupamento dos CF-e-SAT emitidos por cada equipamento SAT utilizado pelo contribuinte. § 1º O registro conjunto dos CF-e-SAT deverá consignar em relação a cada equipamento SAT: 1 - na coluna "Documento Fiscal": a) como espécie, a sigla "CF-e-SAT"; b) como série e subsérie, o número do equipamento SAT com nove dígitos; c) como número, os números de ordem, inicial e final, dos CF-e-SAT com seis dígitos; 2 - nas colunas "Valor Contábil", "Base de Cálculo", "Isenta ou Não-Tributada" e "Outras", os respectivos totais diários conforme estabelecido no inciso II; 3 - nas demais colunas, as informações requeridas pela legislação, inclusive em relação à substituição tributária. § 2º Tratando-se de contribuinte sujeito às normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacional", os CF-e-SAT emitidos deverão ser registrados no livro Registro de Entradas. Art. 20. O CF-e-SAT cancelado será registrado no livro Registro de Saídas, sem qualquer valor monetário, devendo ser informados somente os campos relativos à data de emissão, ao número do equipamento SAT, ao número do CF-e-SAT cancelado e do de cancelamento, e constar a expressão "CF-e-SAT cancelado" no campo "Observações". Parágrafo único. Tratando-se de contribuinte sujeito às normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacional", o CF-e-SAT cancelado será registrado no livro Registro de Entradas. Art. 21. A Nota Fiscal relativa à entrada de mercadoria devolvida em virtude de garantia ou troca, nos termos do artigo 452 do Regulamento do ICMS, em cuja saída tenha sido emitido CF-e-SAT, deverá ser escriturada no livro Registro de Entradas, consignando-se, no campo "Observações", a data de emissão e o número da chave de acesso do CF-e-SAT. Art. 22. O disposto nesta seção aplica-se, também, na hipótese de o contribuinte optar pelo registro individual dos CF-e-SAT, exceto as disposições que tratam especificamente do registro conjunto desses documentos fiscais, conforme previsto no § 2º do artigo 215 do Regulamento do ICMS. Art. 23. O contribuinte emitente de CF-e-SAT que esteja obrigado à Escrituração Fiscal Digital - EFD deverá observar a disciplina específica relativa à EFD para escriturar os CF-e-SAT por ele emitidos.

Seção VIDos Procedimentos de Contingência

Art. 24. Na hipótese em que a rotina de transmissão automática dos arquivos digitais do CF-e-SAT não for concluída com sucesso pelo SAT na periodicidade estabelecida conforme previsto no artigo 8º, o contribuinte poderá, alternativamente: I - enviar as cópias de segurança dos referidos arquivos digitais para o ambiente de processamento de dados da Secretaria da Fazenda, no endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br/sat; II - transportar o SAT até um ponto de conexão com a internet para que os CF-e-SAT sejam transmitidos ao ambiente de processamento de dados da Secretaria da Fazenda. Parágrafo único. Na hipótese do inciso II, se o ponto de conexão com a internet localizar-se fora do estabelecimento onde o SAT é utilizado, para acobertar o trânsito do equipamento, será emitida a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, ou, tratando-se de contribuinte não obrigado à emissão de NF-e, a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A. Art. 25. O contribuinte obrigado à emissão de CF-e-SAT deverá dispor de equipamentos SAT de reserva para atender os casos de contingência.

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Art. 26. Na impossibilidade de emissão do CF-e-SAT por motivo de força maior ou caso fortuito, tal como falta de energia elétrica, o contribuinte poderá emitir Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, hipótese em que deverá anotar, no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, o motivo, a data da ocorrência e os números, inicial e final, dos documentos fiscais emitidos. § 1º O disposto neste artigo não se aplica quando a impossibilidade de emissão do CF-e-SAT decorrer do fato de o equipamento SAT estar bloqueado ou inoperante ou de inobservância das disposições contidas nesta portaria. § 2º Tratando-se de contribuinte sujeito às normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacional", as informações especificadas no "caput" serão anotadas no livro Registro de Entradas.

Capítulo IIIDa Obrigatoriedade de Emissão do CF-e-SAT

Art. 27. A emissão do Cupom Fiscal Eletrônico - CF-e-SAT, modelo 59, por meio do SAT, será obrigatória: I - em substituição ao Cupom Fiscal emitido por equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, a partir da data da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, para os estabelecimentos que vierem a ser inscritos a partir de 01-07-2013; II - em substituição à Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2: a) a partir de 01-01-2014, para os contribuintes que auferirem receita bruta maior ou igual a R$ 100.000,00 no ano de 2013; b) a partir de 01-01-2015, para os contribuintes que auferirem receita bruta maior ou igual a R$ 80.000,00 no ano de 2014; c) a partir de 01-01-2016, para os contribuintes que auferirem receita bruta maior ou igual a R$ 60.000,00 no ano de 2015; d) decorrido o prazo indicado na alínea "c", a partir do primeiro dia do ano subsequente àquele em que o contribuinte auferir receita bruta maior ou igual a R$ 60.000,00. § 1º Relativamente aos estabelecimentos que, em 30-06- 2013, já estiverem inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS, a emissão do CF-e-SAT em substituição ao Cupom Fiscal emitido por ECF observará o seguinte: 1 - a partir de 01-07-2013: a) não serão concedidas novas autorizações de uso de equipamento ECF, exceto quanto se tratar de ECF recebido em transferência de outro estabelecimento paulista pertencente ao mesmo contribuinte; b) será vedado o uso de equipamento ECF que conte 5 (cinco) anos ou mais da data da primeira lacração indicada no Atestado de Intervenção, devendo o contribuinte, nesse caso, providenciar a cessação de uso do ECF, conforme previsto na legislação; 2 - até que todos os equipamentos ECF venham a ser substituídos pelo SAT em decorrência do disposto na alínea "b" do item 1, poderão ser utilizados, no mesmo estabelecimento, os dois tipos de equipamento. § 2º Na hipótese do inciso I, tratando-se de estabelecimento paulista pertencente a empresa resultante de incorporação, fusão ou cisão, poderá ser autorizada a utilização de equipamento ECF para emissão de Cupom Fiscal nos seguintes casos, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1º: 1 - equipamento recebido em transferência de outro estabelecimento paulista pertencente à empresa incorporadora ou incorporada; 2 - equipamento recebido em transferência de outro estabelecimento paulista pertencente à empresa fusionada ou cindida. § 3º Na hipótese do inciso II, o contribuinte, uma vez obrigado a emitir CF-e-SAT, terá a obrigatoriedade mantida mesmo que, em anos subsequentes, venha a auferir receita bruta menor que aquela que determinou a imposição de tal obrigação, exceto se vier a tornar-se Microempreendedor Individual - MEI.

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§ 4º A Secretaria da Fazenda poderá, a qualquer tempo, determinar, de ofício, a obrigatoriedade da emissão de CF-e- SAT, segundo os critérios previstos no item 14 do § 3º do artigo 212-O do Regulamento do ICMS. Art. 28. O contribuinte obrigado à emissão de CF-e-SAT poderá optar por emitir Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, nas hipóteses em que a legislação prevê a emissão de Cupom Fiscal por meio de equipamento Emissor de Cupom Fiscal. Parágrafo único. Quando, em decorrência de problemas técnicos, não for possível transmitir a NF-e à Secretaria da Fazenda ou obter resposta à solicitação de Autorização de Uso da NF-e, o contribuinte poderá operar em contingência nos termos da Portaria CAT-162/08, de 29-12-2008, ou emitir CF-e-SAT. Art. 29. Os contribuintes que não estiverem obrigados à emissão do CF-e-SAT, modelo 59, conforme disposto no artigo 27, poderão, voluntariamente, utilizar o equipamento SAT para emitir o CF-e-SAT, hipótese em que serão observadas as disposições contidas nesta portaria.

Capítulo IVDas Disposições Gerais

Art. 30. A Secretaria da Fazenda poderá, mediante instauração de procedimento administrativo: I - rejeitar a ativação de equipamento SAT; II - bloquear a utilização, para fins fiscais, de equipamento SAT já ativado pelo contribuinte. Art. 31. Na hipótese de o contribuinte obrigado a emitir CF-e-SAT exercer atividade sujeita à incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, poderão ser utilizados os campos do CF-e-SAT relativos ao ISSQN, desde que a legislação municipal assim permita. Parágrafo único. O emitente deverá disponibilizar o arquivo digital do CF-e-SAT à Administração Tributária municipal, conforme o disposto na respectiva legislação. Art. 32. Para fins de registro e processamento de pagamento efetuado com cartão de crédito ou de débito, deverá constar no respectivo comprovante de pagamento o número de inscrição no CNPJ do estabelecimento. Art. 33. Na emissão do CF-e-SAT, deverá ser indicado, obrigatoriamente, em campo próprio, o código do meio de pagamento empregado na sua quitação, conforme segue: I - código 1: Dinheiro; II - código 2: Cheque; III - código 3: Cartão de Crédito; IV - código 4: Cartão de Débito; V - código 5: Cartão Refeição / Alimentação; VI - código 6: Vale Refeição / Alimentação (em papel); VII - código 7: Outros. Art. 34. Além do disposto nesta portaria, o contribuinte observará, também, as disposições contidas em Atos Cotepe que disciplinam a emissão do CF-e-SAT por meio de equipamento SAT. Art. 35. Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 06/11/2012.

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ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.500, DE 31/10/2012

Introduz alteração no Decreto 55.634, de 26-3-2010, que isenta do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS as operações com mercadorias e bens destinados à construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios a serem utilizados na Copa do Mundo da FIFA de 2014.

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GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no Convênio ICMS-54/11, de 8 de julho de 2011, Decreta: Art. 1º Fica acrescentado, com a redação que se segue, o § 4º ao artigo 1º do Decreto 55.634, de 26 de março de 2010: "§ 4º Não se exigirá o estorno do crédito do imposto relativo às mercadorias e bens beneficiados com a isenção prevista neste decreto." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 31 de outubro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 01/11/2012.

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ICMS: BASE DE CÁLCULO – INCLUSÕES E EXCLUSÕES – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução2. Base de Cálculo2.1. Inexistência do valor da operação ou prestação2.2. Saída para empresa pertencente ao mesmo titular localizada neste

Estado2.3. Saída para empresa pertencente ao mesmo titular localizada em outro

Estado2.4. Prestação de serviços sujeitos ao ICMS3. Inclusões e Exclusões - Base de Cálculo3.1. Inclusões3.2. Descontos condicionais3.3. Descontos incondicionais3.4. Gorjeta - Exclusão da base de cálculo do ICMS4. Importação4.1. Composição da base de cálculo4.2. Despesas aduaneirasHistórico Cenofisco:- Base de Cálculo - Inclusões e Exclusões (F nº 14/2011)- Base de Cálculo - Composição (F nº 12/2006)- Base de Cálculo - Composição (F nº 45/2004)1. Introdução

Focalizaremos, nesta oportunidade, os aspectos fiscais relativos às inclusões e às exclusões da base de cálculo do ICMS, com fundamento nos dispositivos do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00.2. Base de Cálculo

A base de cálculo do ICMS corresponde ao valor da operação ou prestação, já incluído nesse valor o montante do próprio imposto.

Em outras palavras, o montante do imposto integra sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle (art. 49 do RICMS-SP).

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Com base nos valores hipotéticos indicados a seguir, demonstraremos um exemplo para melhor elucidação:Valor da operação sem a inclusão do ICMS.................

R$ 1.000,00

Alíquota do ICMS......................................................

18%

100% - 18% / 100.....................................................

0,82

Valor da operação com a inclusão do ICMS ...............

 

(R$ 1.000,00 / 0,82)..................................................

R$ 1.219,51

Valor do ICMS (R$ 1.219,51 x 18%)...........................

R$ 219,51

2.1. Inexistência do valor da operação ou prestaçãoRessalvados os casos expressamente previstos na legislação do imposto, na falta do valor

a que se referem os incisos I e VII do art. 37 do RICMS-SP, a base de cálculo do ICMS corresponderá:a) ao preço corrente da mercadoria ou de sua similar no mercado atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia (art. 38, I, do RICMS-SP);b) ao preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja estabelecimento industrial, assim considerado o preço efetivamente praticado pelo remetente em operação mais recente (art. 38, II, § 1º, do RICMS/00);c) ao preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante, ou seja, a base de cálculo será o preço efetivamente praticado pelo estabelecimento remetente na operação mais recente (art. 38, III, § 1º, do RICMS/00).

Na hipótese de não serem realizadas operações de vendas a comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, conforme descrito na letra “c”, será considerado para fins de composição da base de cálculo o equivalente a 75% do preço de venda no varejo, utilizando-se o preço efetivamente praticado em operação mais recente (art. 38, § 2º, do RICMS/00).Notas Cenofisco: 1ª) Os incisos I e VII do art. 37 do RICMS-SP dispõem: “Artigo 37 - Ressalvados os casos expressamente previstos, a base de cálculo do imposto nas hipóteses do artigo 2º: I - quanto às saídas de mercadorias aludidas nos incisos I, VIII, IX e XV, o valor da operação; (...) VII - quanto às entradas aludidas no inciso VII, o valor da operação de que decorrer a entrada;”.

2ª) Os incisos I, VII, VIII, IX e XV do art. 2º do RICMS-SP dispõem: “Artigo 2º - Ocorre o fato gerador do imposto: I - na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; (...) VII - na entrada, no território paulista, de lubrificantes e combustíveis líqüidos e gasosos derivados de petróleo e de energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização; VIII - na transmissão de propriedade de mercadoria ou de título que a represente, quando esta não transitar pelo estabelecimento do transmitente; IX - na transmissão de propriedade de mercadoria depositada em armazém geral ou em

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depósito fechado; (...) XV - por ocasião da venda do bem arrendado, na operação de arrendamento mercantil”. 2.2. Saída para empresa pertencente ao mesmo titular localizada neste Estado

Na saída para estabelecimento localizado neste Estado, pertencente ao mesmo titular, em substituição aos preços indicados nas letras “a”, “b” e “c” do subitem 2.1, o remetente poderá atribuir à operação outro valor, desde que não inferior ao custo da mercadoria (§ 3º do art. 38 do RICMS/00).2.3. Saída para empresa pertencente ao mesmo titular localizada em outro Estado

Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do imposto corresponderá (art. 39 do RICMS-SP):a) ao valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; b) ao valor do custo da mercadoria produzida, assim entendido a soma do custo da matéria-prima, do material secundário, da mão de obra e do acondicionamento, atualizado monetariamente na data da ocorrência do fato gerador; c) tratando-se de mercadorias não industrializadas, ao seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente.

A Secretaria da Fazenda, por meio de regime especial, tendo em vista determinada peculiaridade do contribuinte devidamente comprovada, poderá fixar:

1) em relação ao disposto na letra “a”, que o valor da entrada mais recente da mercadoria seja obtido com base em período previamente determinado, preferencialmente dentro do mês da ocorrência do fato gerador;

2) em relação ao disposto na letra “b”, que o custo da mercadoria produzida seja o obtido com base em período determinado. Nota Cenofisco: A Portaria CAT nº 43/07 dispõe sobre a concessão, averbação, alteração, revogação, cassação e extinção de Regimes Especiais previstos nos arts. 479-A e 489 do RICMS-SP.2.4. Prestação de serviços sujeitos ao ICMS

Tratando-se das hipóteses indicadas a seguir, a base de cálculo do ICMS corresponderá ao respectivo preço:a) prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via; b) prestação onerosa de serviços de comunicação feita por qualquer meio, inclusive na geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza.2.4.1. Serviço prestado ou iniciado no exterior

Por ocasião do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado ou iniciado no exterior, a base de cálculo do ICMS corresponderá ao valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização (art. 37, IX, RICMS-SP). 2.4.2. Transporte intermodal ou multimodal de cargas

Tratando-se de prestação de serviço de transporte intermodal ou multimodal, o cálculo do imposto deve ser feito mediante utilização da base de cálculo e da alíquota de cada um dos meios de transporte e trajeto envolvidos, mencionando-se os valores das bases de cálculo no documento relativo ao transporte.

Essa modalidade de transporte tem por característica a prestação de serviço de transporte de carga envolvendo mais de um meio de transporte, ou seja, envolve modalidades diferentes de transporte num mesmo trajeto (arts. 36 e 37 da Portaria CAT 28/02).3. Inclusões e Exclusões - Base de Cálculo3.1. Inclusões

Inclui-se na base de cálculo do ICMS o valor correspondente (§ 1º do art. 37 do RICMS-SP):a) a seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, descontos concedidos sob condição, bem como o valor de mercadorias dadas em bonificação;

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b) ao frete, se cobrado em separado, relativo a transporte intramunicipal, intermunicipal ou interestadual, realizado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem;c) ao IPI, salvo quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos;d) a importância cobrada a título de montagem e instalação, nas operações com máquina, aparelho, equipamento, conjunto industrial e outro produto, de qualquer natureza, quando o estabelecimento remetente ou outro do mesmo titular tenha assumido contratualmente a obrigação de entregá-lo montado para uso, observado o disposto no art. 126 do RICMS-SP.3.2. Descontos condicionais

Os valores relativos aos descontos concedidos sob condição integram a base de cálculo do ICMS.

Para fins do disposto no parágrafo anterior, consideram-se descontos condicionais aqueles que são concedidos mediante a realização de evento futuro.

Se determinado estabelecimento oferece um desconto ao seu cliente, porém, impõe uma condição de que o pagamento da fatura comercial seja efetuado dentro de um prazo convencionado, em casos como esses, fica caracterizado como desconto condicional. Observa-se que, nessa hipótese, o desconto foi concedido sob uma condição futura e incerta.

Demonstraremos, a seguir, um exemplo para melhor entendimento, considerando:Valor da operação.....................................................

R$ 100,00

Base de cálculo do ICMS..........................................

R$ 100,00

Desconto condicional de 10%....................................

R$ 10,00

Valor total da nota fiscal............................................

R$ 100,00

Valor da fatura comercial ou duplicata caso o  pagamento ocorra no prazo convencionado.................

R$ 90,00

Diante desse exemplo, nota-se que o valor do desconto não deve ser deduzido do valor total da nota fiscal, nem tampouco da base de cálculo do ICMS, por tratar-se de evento futuro e incerto, sendo, portanto, fatos desconhecidos no momento da emissão da nota fiscal.3.3. Descontos incondicionais

Para efeitos da legislação do imposto, descontos incondicionais são aqueles concedidos sem qualquer condição, que devem figurar de forma detalhada, no documento fiscal.

Diante disso, se o contribuinte conceder um desconto no valor da operação sem estabelecer qualquer condição para isso, esse valor não será incluído na base de cálculo do ICMS.

Supondo que determinado estabelecimento comercial conceda um desconto promocional correspondente a 20% do valor da compra, vamos observar o exemplo a seguir, considerando:a) valor da mercadoria..................................................

R$ 100,00

b) desconto de 20%....................................................

R$ 20,00

c) valor total da nota fiscal (R$ 100,00 - R$ 20,00)..........

R$ 80,00

d) base de cálculo do ICMS..........................................

R$ 80,00

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Diante desse exemplo, observa-se que o valor do desconto não integra o valor total da nota fiscal, nem tampouco a base de cálculo do ICMS, por tratar-se de evento presente, sendo, portanto, fatos identificados no momento da emissão da nota fiscal.3.4. Gorjeta - Exclusão da base de cálculo do ICMS

O Decreto nº 58.374/12, em vigor desde 07/09/2012, inseriu o § 4º-A ao art. 37 do RICMS-SP para estabelecer que o valor correspondente à gorjeta fica excluído da base de cálculo do ICMS incidente no fornecimento de alimentação e bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e estabelecimentos similares, observando-se que:

1) não poderá ultrapassar 10% do valor da conta;2) tratando-se de gorjeta cobrada pelo contribuinte ao cliente, como adicional na conta, o

valor deverá ser discriminado no respectivo documento fiscal;3) tratando-se de gorjeta espontânea, para ter reconhecida a exclusão do valor da gorjeta

da base de cálculo do ICMS, o contribuinte deverá manter à disposição da fiscalização, pelo prazo de cinco anos:a) documentação comprobatória de que os empregados trabalham, nos termos de legislação, acordo ou convenção coletiva, sob a modalidade de gorjeta espontânea;b) expressa indicação nas contas, cardápios ou em avisos afixados no estabelecimento de que o serviço (gorjeta) não é obrigatório;c) demonstrativo mensal do valor da gorjeta espontânea que circulou pelos meios de recebimento da receita do estabelecimento.

As regras mencionadas anteriormente aplicam-se também a contribuinte optante pelo SIMPLES Nacional.4. Importação4.1. Composição da base de cálculo

A base de cálculo do ICMS nas operações de importação será composta pelo valor constante do documento de importação, convertido em moeda nacional mediante aplicação da taxa de câmbio utilizada no cálculo do Imposto de Importação (I.I.) acrescido dos valores relativos a:a) Impostos de Importação (I.I.);b) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);c) Imposto sobre Operações de Câmbio (IOF);d) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras efetivamente pagos à repartição alfandegária até o momento do desembaraço aduaneiro da mercadoria, conforme veremos no subitem 4.2.

Cabe à Lei Complementar nº 87/96 fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço (art. 155, XII, “i”, da Constituição Federal de 1988, acrescentada pela Emenda Constitucional nº 33/01, art. 13, § 1º, I, da Lei Complementar nº 87/96 e art. 49 do RICMS/00).

A Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, na Resposta à Consulta nº 398/02, cuja íntegra encontra-se disponível no Posto Fiscal Eletrônico, expressou entendimento para esclarecer quais valores que farão parte da composição da base de cálculo do ICMS por ocasião da importação, nos termos do art. 37, IV, do RICMS-SP.4.2. Despesas aduaneiras

Como vimos na letra “d” do subitem 4.1, o valor das “demais despesas aduaneiras” efetivamente pagas à repartição alfandegária até o momento do desembaraço aduaneiro da mercadoria deve ser incluído na base de cálculo do ICMS, tais como diferenças de peso, classificação fiscal e multas por infrações (§ 6º do art. 37 do RICMS/00).

A consultoria tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, por meio da Resposta à Consulta nº 94/84, apresenta, exemplificativamente, o que deve ser reconhecido como “despesas aduaneiras” a serem consideradas na base de cálculo do ICMS, a saber:a) não estão compreendidas como “demais despesas aduaneiras” (entre outras): capatazia, armazenagem, desestiva, frete interno, etc.;

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b) a diferença entre o valor de “pauta” mínimo, fixado pelo Fisco Federal, e o valor efetivo da mercadoria não integra a base de cálculo do ICMS.Nota Cenofisco: Para mais informações acerca do tratamento fiscal aplicável às operações de importação de mercadorias, bem como os aspectos relacionados à tributação do ICMS, recomendamos leitura da matéria publicada no Manual de Procedimentos Cenofisco nº 42/12, pág. 3, sob o título: “Importação - Tratamento Fiscal”, que também poderá ser acessada no site: www.cenofisco.com.br, “BD Cenofisco”.

FONTE: CENOFISCO.

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ICMS: PARCELAMENTO – REGRAS GERAIS – ROTEIRO

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: FISCOSoft.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

I S S: RECARGA (EXTINTOR/CARTUCHO) – HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução2. Serviços de Recarga - Conceito3. Base de Cálculo4. Alíquota5. Local de Pagamento do Imposto - Definição para Efeito de Recolhimento6. Responsável pelo Pagamento7. Obrigações Acessórias7.1. Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e)7.2. Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/Intermediário de Serviços (NFTS)8. Aspecto relativo ao ICMS9. Aspecto relativo ao IPI1. Introdução

Com base no disposto no RISS, aprovado pelo Decreto nº 53.151/12, nesta oportunidade, comentaremos os aspectos relativos à incidência do ISS no Município de São Paulo, na prestação de serviço de recargas de extintor/cartucho.2. Serviços de Recarga - Conceito

Conforme preceitua o Doutrinador Sergio Pinto Martins, in Manual do ISS, Ed. Atlas, p. 246, recarregar ocorre quando se completa uma substância dentro de um recipiente, como ocorre com a recarga de extintores de incêndio.

Relativamente à legislação do ISS, os serviços de recarga constam no subitem 14.01 da Lista de serviços integrante do art. 1º do RISS/12, aprovado pelo Decreto nº 53.151/12, vejamos:

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“14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto, ficam sujeitas a incidência do ISS (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS)”. 3. Base de Cálculo

A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, não permitidos quaisquer descontos ou abatimentos, com exceção dos concedidos incondicionalmente (art. 17 do RISS/12).4. Alíquota

A atividade de recarga de extintor fica sujeita à tributação do ISS pela aplicação da alíquota de 5% (Instrução Normativa SF/SUREM nº 8/11).5. Local de Pagamento do Imposto - Definição para Efeito de Recolhimento

Tratando-se de serviço de recarga, o imposto será devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador. Caso o prestador esteja estabelecido no Município de São Paulo, este será o local do pagamento do imposto (art. 3º do RISS/12).

Para efeitos da legislação do ISS, considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional. 6. Responsável pelo Pagamento

O contribuinte do ISS é o prestador de serviços, contudo, para alguns serviços prestados, o legislador municipal atribui a responsabilidade pelo pagamento do imposto ao tomador de serviços (art. 5º do RISS/12).

Os serviços sujeitos à retenção do imposto pelo tomador estão descritos no art. 6º do RISS/12, todavia o serviço tratado neste trabalho não está relacionado no referido artigo. Nesse caso, o prestador de serviços de franquia será o responsável pelo pagamento do ISS (art. 6º do RISS/12).7. Obrigações Acessórias7.1. Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e)

O Secretário Municipal de Finanças do Município de São Paulo, por meio da Instrução Normativa SF/SUREM nº 10/11 e do art. 85 do RISS/12, estabeleceu que, desde 01/08/2011, tornou-se obrigatória a emissão de Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) para todos os prestadores de serviços, independentemente da receita bruta de serviços auferida, exceção feita ao Microempreendedor Individual (MEI), sociedades unipofissionais, profissionais liberais e autônomo e outros mencionados na Instrução Normativa citada.7.2. Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/Intermediário de Serviços (NFTS)

A NFTS será emitida pelas pessoas jurídicas e pelos condomínios edilícios residenciais ou comerciais por ocasião da contratação de serviços nas seguintes situações (art. 117 do Decreto nº 53.151/12 - RISS-SP):a) quando os serviços tiverem sido tomados de prestador estabelecido fora do Município de São Paulo, ainda que não haja obrigatoriedade de retenção, na fonte, do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS);b) quando os serviços tiverem sido tomados de prestador estabelecido no Município de São Paulo que, obrigado à emissão de NFS-e, não o fizer;c) quando se tratar de prestador de serviço, estabelecido no Município de São Paulo, desobrigado da emissão de NFS-e ou outro documento exigido pela Administração, que não fornecer recibo de que conste, no mínimo, o nome do contribuinte, o número de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM), seu endereço, a descrição do serviço prestado, o nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do tomador e o valor do serviço.

Nas hipóteses previstas nas letras “b” e “c” deste subtópico, quando os serviços forem tomados por fundos de investimento ou clubes de investimento, a NFTS deverá ser emitida pelo seu administrador.

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8. Aspecto relativo ao ICMSEntre as hipóteses de incidência do ICMS, o fato gerador do imposto ocorre na saída de

mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro do mesmo titular (art. 2º do RICMS/00, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00).

Conforme já mencionado no tópico 2, os serviços de recarga constam no subitem 14.01 da Lista de serviços integrante do art. 1º do RISS/12, exceto peças e partes empregadas, na qual ficam sujeitas à incidência do ICMS:

“14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto, ficam sujeitas a incidência do ISS (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS)”.

Contudo, o Fisco paulista já se manifestou que não é toda e qualquer mercadoria fornecida pelo prestador do serviço que fica sujeita ao pagamento do ICMS, mas tão somente as peças e/ou partes empregadas. Nesta hipótese o contribuinte emitirá NFS-e em relação ao serviço prestado e nota fiscal modelo 1 ou NF-e em relação às partes e peças empregadas.9. Aspecto relativo ao IPI

O art. 4º, V, do RIPI/10, aprovado pelo Decreto nº 7.212/10, define como modalidade de industrialização a operação de renovação ou recondicionamento de produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, que renove ou restaure o produto para utilização.

Utilizando a definição acima, a operação de recarga de cartucho/extinto para posterior comercialização será considerada industrialização e portanto será fato gerador do IPI.

Para melhor elucidação do exposto, destacamos a Solução de Consulta nº 270/07, cuja íntegra reproduzimos a seguir:

“Solução de Consulta nº 270, de 06 de Junho de 2007 ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: INDUSTRIALIZAÇÃO. RENOVAÇÃO OU RECONDICIONAMENTO. A operação

de recarga de cartuchos de tinta, usados, para impressoras, caracteriza-se industrialização na modalidade de renovação ou recondicionamento. Nas hipóteses em que os cartuchos usados recondicionados se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, a operação não é considerada industrialização. Empresa de Pequeno Porte, inscrita no Simples e contribuinte do IPI: o percentual utilizado para o cálculo do valor devido a título do Simples, correspondente ao porte da empresa e à faixa de receita bruta, deve ser acrescido de 0,5 (meio) ponto percentual”.

FONTE: CENOFISCO .

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

“EMPRESAS JÁ DEVEM PLANEJAR FÉRIAS COLETIVAS” – ARTIGO

É comum as empresas realizarem férias coletivas no fim de ano, contudo, este tema ainda é motivo de muitas dúvidas por parte de empregadores e empregados “Observamos que quando se aproxima as datas em que essa ação é mais comum, temos uma grande procura de clientes na Confirp para consultar sobre o tema.

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As principais dúvidas são em relação a pagamentos e limites”, explica o consultor trabalhista da Confirp Consultoria Contábil, Daniel Raimundo dos Santos. Segundo ele, “as férias coletivas são as concedidas de forma simultânea para todos colaboradores de uma empresa, ou para apenas um setor. A maior dúvida é sobre como se dá o pagamento, mas é muito simples, seguindo o exemplo de férias normais. Se o funcionário ainda não tiver completado o período de um ano, este terá o período proporcional de férias e o restante será dado como licença remunerada”. Mas estas são apenas algumas dúvidas, a Confirp Consultoria Contábil elaborou um pequeno guia sobre o tema “Quais são as considerações gerais sobre férias coletivas?”: 1) A época de férias é fixada pelo empregador, da forma que melhor atenda aos seus interesses, não podendo, contudo, ultrapassar o limite dos 11 meses subsequentes a aquisição do direito a férias do empregado; 2) As férias coletivas poderão ser concedidas a todos os empregados ou somente de determinados setores da empresa; Empresas já devem planejar férias coletivas É comum as empresas realizarem férias coletivas no fim de ano, contudo, este tema ainda é motivo de muitas dúvidas por parte de empregadores e empregados 3) Poderão excepcionalmente, ser concedidas em dois períodos, sendo que nenhum deles poderá ser inferior a 10 dias; 4) O empregador deverá comunicar o empregado, por escrito, no prazo mínimo de 30 dias antes, o inicio das férias; 5) O período de concessão das férias deverá ser anotado em Carteira Profissional e no livro ou ficha de registro de empregados; Quais os procedimentos necessários para concessão de férias coletivas ? - Para formalizar a concessão das férias coletivas a empresa deverá: 1) Comunicar à D.R.T. - Delegacia Regional do Trabalho as datas de início e fim das férias com antecedência mínima de 15 dias, indicando quais os setores ou estabelecimentos atingidos; 2) Enviar, ao sindicato da categoria, cópia da comunicação feita à D.R.T., no mesmo prazo; 3) Afixar, nos locais de trabalho, aviso aos empregados da medida tomada. Para empregados que por ocasião das férias coletivas não tenham completado o período aquisitivo, qual será o procedimento a ser adotado? - Primeiramente, se deve definir quantos dias o funcionário possui de direito, por ocasião das férias coletivas, considerando o tempo de serviço e faltas existente no período. Caso este empregado tenha direito a menos dias do que a empresa estipulou para férias coletivas, este empregado ficará de licença remunerada, devendo retornar ao trabalho na mesma data dos outros empregados. Existe algum tipo de restrição para a concessão de férias coletivas? 1) Menores de 18 anos e maiores de 50 anos - Que devem gozar férias de uma única vez, nos casos em que as férias coletivas sejam inferiores ao direito desses empregados, a empresa deverá deixá-los gozar integralmente seu direito, ou se assim não for possível, considerar o período excedente de coletiva como licença remunerada. 2) Estudante menor - Em relação ao menor de 18 anos, estudante, o período de férias deverá coincidir com o período de férias escolares, nos casos em que as coletivas ocorrerem em época diversa, o mesmo procedimento pode ser adotado, isto é, considera-se o período de férias coletivas como licença remunerada, e as férias legais, serão concedidas juntamente com as férias escolares, observando-se o período concessivo respectivo

FONTE: EMPRESAS & NEGÓCIOS 31.10.2012 . ______________________________Fim de Matéria__________________________________

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AVISO PRÉVIO: PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO – LEI Nº 12.506/2011 – (NOVOS ENTENDIMENTOS) – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO:1.Introdução 2.Trabalhadores com Menos de um Ano de Empresa 3.Trabalhadores com Mais de um Ano de Empresa 3.1Cálculo do Aviso Proporcional 3.2Quadro Demonstrativo 4.Aplicação para Trabalhadores Demitidos 5.Empregado Doméstico 6.Férias – 13º Salário – Projeção – Reflexos 7.Trintídio – Data-Base da Categoria 8.Conclusões 9.Nota Técnica Conjunta SIT/SRT Nº 01/2012 1. IntroduçãoA Lei nº. 12.506 de 11 de outubro de 2011, instituiu a proporcionalidade do aviso prévio conforme o tempo de serviço do trabalhador na mesma empresa.Redação Anterior: CLT- Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato, deverá avisar a outra da sua resolução, com a antecedência mínima de:(...) II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de doze meses de serviço na empresa. Previsão Constitucional: CF/88 - Art. 7º- São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:(...)XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; (...)Redação Atual: Lei 12.506 Art. 1º - O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.2.Trabalhadores com Menos de um Ano de EmpresaOs trabalhadores com menos de 1 (um) ano de serviço na mesma empresa, terão direito a um aviso prévio de 30 (trinta) dias, salvo previsão mais benéfica contida  em convenção ou acordo coletivo.3. Trabalhadores com Mais de um Ano de EmpresaPara os trabalhadores com mais de 1 (um) ano de serviços na empresa, ao aviso prévio de 30(trinta) dias, previsto no item 2, serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviços prestados, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.Assim conclui a Nota Técnica nº 184/2012 do Ministério do Trabalho e Emprego: “O acréscimo somente será computado, a partir do momento em que se configurar uma relação contratual que supere 01 (um) ano na mesma empresa”.3.1 – Cálculo do Aviso ProporcionalA partir da publicação da Nota Técnica nº 184/2012 do Ministério do Trabalho e Emprego, a orientação da Consultoria Lefisc é pela seguinte fórmula de cálculo:Cálculo para os trabalhadores com mais de um ano de serviço:

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Aviso prévio = [30 + (3 X número de anos trabalhados na mesma empresa a partir de primeiro ano completo)]Por exemplo:O trabalhador foi admitido em 13/10/2004, demitido em 13/10/2011, o Aviso Prévio será de 51 dias, ou seja, = [30 + (3 X 7)] = [30 + 21] = 51 dias;Contagem pela data de admissão:- De 13/10/2004 a 13/10/2005 + 3 dias - De 13/10/2005 a 12/10/2006 + 3 dias - De 13/10/2006 a 12/10/2007 + 3 dias - De 13/10/2007 a 12/10/2008 + 3 dias- De 13/10/2008 a 12/10/2009 + 3 dias- De 13/10/2009 a 12/10/2010 + 3 dias - De 13/10/2010 a 13/10/2011 + 3 dias --------------------------------- 51 dias 3.2 – Quadro DemonstrativoCom a Nota Técnica nº 184/2012, o Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Relações do Trabalho, modificou o entendimento anterior, oferecido pela ocasião da confecção do Memorando Circular n٥ 10/2011, por isso apresenta novo quadro demonstrativo:

Tempo de serviço (anos completos)

Aviso Prévio Proporcional ao Tempo de Serviço ( nº de dias)

0 301 332 363 394 425 456 487 518 549 57

10 6011 6312 6613 6914 7215 7516 7817 8118 8419 8720 90

4. Aplicação para Trabalhadores DemitidosO aviso prévio, de que trata a lei, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa, acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Do texto podemos firmar o seguinte entendimento:a)    A proporcionalidade de que trata o parágrafo único do art. 1º, da nova lei, se aplica exclusivamente, para a rescisão de contrato de trabalho, sem justa causa dada pelo empregador (Ver Circular da SRT/MTE nº. 10, de 27/10/2011, não publicada no DOU, art. 6º,

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endereçada a fiscalização e Nota Técnica nº 184/2012 que reformulou alguns  entendimentos da referida Circular );b)    Ainda que se sustente à tese de que é recíproca, a aplicação do §2º, do art. 487; a regra do art. 477, §5º, não permite descontar do empregado na rescisão valor superior a um mês de remuneração;Firmada a interpretação jurídica acima, se entende que a nova Lei não é auto-aplicável nos pedido de demissão, salvo decisão judicial em contrario. 5. Empregado DomésticoLei 12.506 Art. 1º - O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.O entendimento manifestado através da referida Nota Técnica, com base na análise do art. 1º da Lei 12.506, é de que a ampliação do tempo do aviso prévio é aplicada a todos os empregados, urbanos, rurais, avulsos e domésticos. 6. Férias – 13º Salário – Projeção – ReflexosO aviso prévio, trabalhado ou indenizado, integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais (§ 1º do artigo 487 da CLT). Por conseguinte, o tempo do aviso prévio proporcional será contado para fins do calculo das férias e 13º salário.Assim, entendemos que a Lei nº. 12.506, ao criar aviso proporcional, garante que este prazo deverá ser computado para fins de integração como tempo de serviço do empregado, repercutindo, conseqüentemente, no acréscimo das verbas rescisórias como férias indenizadas e 13º salário indenizado.Este entendimento já foi consubstanciado na Orientação Jurisprudencial 367 do TST, quando a norma coletiva que prevê aviso proporcional superior a 30 dias:"OJ 367. “AVISO PRÉVIO DE 60 DIAS”. ELASTECIMENTO POR NORMA COLETIVA. PROJEÇÃO. REFLEXOS NAS PARCELAS TRABALHISTAS”. “O prazo de aviso prévio de 60 dias, concedido por meio de norma coletiva que silencia sobre alcance de seus efeitos jurídicos, computa-se integralmente como tempo de serviço, nos termos do § 1º do art. 487 da CLT, repercutindo nas verbas rescisórias."7. Trintídio – Data-Base da CategoriaA indenização devida ao trabalhador no caso de dispensa sem justa causa ocorrida nos trinta (30) dias que antecedem a data-base da categoria, previsto no art. 9º da Lei nº. 7.238/1984 e, Sumula nº. 314 do TST, será alcançada pela projeção do Aviso Prévio proporcional criado pela nova, por exemplo, aviso prévio de 45 dias dado em 22/11/2011, data-base 01/02/2012.8. ConclusõesPermanece a redução do horário normal de trabalho em 2 horas diárias, sem prejuízo do salário integral, ainda que o aviso exceda a mais de trinta dias, a teor do que dispõe o artigo 488 da CLT, bem como à incidência do parágrafo único do mesmo artigo, que trata da faculdade assegurada ao trabalhador de faltar ao serviço por 7 dias corridos , ou a redução de 2 horas diárias.O aviso prévio tem suas origens no direito comercial e civil, onde era visto essencialmente como conseqüência da liberdade contratual das partes. Estas eram tidas como iguais e livres para contratar, e o aviso prévio existia exatamente para garantir a liberdade contratual, na medida em que evitava a perpetuidade dos contratos firmados.Posteriormente, o instituto foi incorporado pelo Direito do Trabalho, dando, mais tarde, vasão a uma nova concepção em que o aviso prévio é visto como proteção ao empregado, ante a desigualdade frente ao empregador.A Constituição Federal/1988, primeira carta constitucional a tratar do tema, adotou este novo conceito, ao prever no artigo 7º. Caput, e inciso XXI, que: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;”. Esta nova concepção de aviso prévio é adotada no Direito Comparado, como na França, Itália

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e Argentina, em que o aviso prévio dado pelo empregador é elastecido, em comparação ao aviso exigido do empregado. {Neste ponto, interessante observar a lição de Amauri Mascaro Nascimento: “Leis contemporâneas fixam prazos diferentes de aviso prévio, maiores para o empregador e menores para o empregado. [...] No direito peninsular a duração do aviso prévio, quando o empregado o concede ao empregador porque ‘pediu’ demissão, é reduzida à metade”. (NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e teoria geral do direito do trabalho. 12. ed., rev., e a um. São Paulo: Saraiva 1996, p. 446-447)}.9. Nota Técnica Conjunta SIT/SRT Nº 01/2012Com o advento da Nota Técnica Conjunta SIT/SRT nº 01/2012, houve esclarecimentos quanto a seguinte situação oriunda da interpretação da Lei nº. 12.506, de 11 de Outubro de 2011:I – Aviso Prévio Misto – ( Trabalhado e Indenizado ). Ausência de norma cogente que imponha ao empregador a sua adoção ainda que, a juízo de alguns sindicatos de trabalhadores, seria válida a interpretação legal que dispensaria o trabalhador de prestar  serviços no período acrescido aos trinta dias originais. Há, no entanto, espaço para utilização dessa modalidade em face de fonte normativa diversa, a exemplo de acordos e convenções coletivas, nas quais haja cláusula específica que assim preveja. Se, por liberalidade, no curso do aviso prévio trabalhado, o empregador optar por dispensar o trabalhador do seu cumprimento ( indenizando-o ), há de se respeitar essa  alteração unilateral, desde que atendida a premissa da ausência  de qualquer prejuízo ao trabalhador, inclusive no tocante à data de recebimento das verbas rescisórias, a qual poderá ser antecipada, jamais postergada.BASE LEGAL: Lei nº. 12.506, de 11 de Outubro de 2011 / Circular nº. 10, de 27/10/2011 da SRT/TEM; Nota Técnica/CGRT/SRT/MTE nº 184/2012 e Nota Técnica Conjunta SIT/SRT nº 01/2012 não publicadas no DOU).

FONTE: Diário Oficial da União – 01/11/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

M T E: PRORROGA O PRAZO PREVISTO NO ART. 2º DA PORTARIA Nº 1057/2012 – PORT. MTE Nº 1.815, DE 31/10/2012

Prorroga o prazo previsto no art. 2º da Portaria nº 1.057, de 06 de julho de 2012.

O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto no art. 913 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, Resolve: Art. 1º Prorrogar, para 31 de janeiro de 2013, o prazo previsto no art. 2º da Portaria nº 1.057, de 06 de julho de 2012. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

CARLOS DAUDT BRIZOLA

FONTE: Diário Oficial da União – 01/11/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

NR Nº 15: PRORROGA EM 60 DIAS O PRAZO DA CONSULTA PÚBLICA – PORT. SIT Nº 339, DE 31/10/2012

Prorroga em 60 dias o prazo da consulta pública da Norma Regulamentadora nº 15. 63

O SECRETÁRIO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, no uso das atribuições conferidas pelo art. 14, incisos II e XIII, do Decreto nº 5.063, de 3 de maio de 2004, em face do disposto no inciso I do art. 155 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto nº 5.452, de 1º de maio de 1943, Resolve: Art. 1º Prorrogar por 60 (sessenta) dias o prazo estabelecido na Portaria SIT nº 332, de 28 de agosto de 2012, publicada no DOU de 29 de agosto de 2012, referente à consulta pública da Norma Regulamentadora nº 15. Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ FELIPE BRANDÃO DE MELLO

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 01/11/2012.

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TERMO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ELABORADO PELA EMPRESA SERÁ ACEITO ATÉ 31.01.2013

A portaria em fundamento prorrogou, até 31.01.2013, o prazo para aceitação dos Termos de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) elaborados pelas empresas, desde que dos respectivos documentos constem os campos aprovados pela Portaria MTE nº 1.621/2010 .Lembra-se que a Portaria MTE nº 1.621/2010 , alterada pela Portaria MTE nº 1.057/2012 , facultou a confecção dos termos nela previstos com a inserção de rubricas, de acordo com as necessidades do empregador, desde que respeitadas a sequência numérica de campos estabelecida nas instruções de preenchimento e a distinção de quadros de pagamentos e deduções. (Portaria MTE nº 1.815/2012 - DOU 1 de 1º.11.2012).

FONTE: IOB .

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TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL – ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS – ROTEIRO

Sumário Introdução I - Definição II - Salário III - Gratificação natalina (13º salário) IV - Contrato de trabalho em vigor V - Férias V.1 - Faltas injustificadas V.2 - Férias coletivas V.3 - Abono pecuniário VI - Horas extras VII - Demais direitos VIII - Trabalhador aprendiz IX - Recolhimento previdenciário IX.1 - Empresas IX.2 - Empregados

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X - Jurisprudência XI - Consultoria FISCOSoft Introdução A Constituição Federal de 1988 declara que a duração normal do trabalho não excederá de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, sendo facultada a redução de jornada. Neste contexto, por meio da Medida Provisória nº 2.164-41 de 24.08.2001, foi criado o contrato de trabalho em regime de tempo parcial, que alterou parte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Este Roteiro trata dos aspectos trabalhistas e previdenciários do trabalho realizado em regime de tempo parcial. Fundamentação: "caput" e inciso XIII do art. 7º da Constituição Federal/1988; Medida Provisória nº 2.164-41/2001. I - Definição Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a 25 (vinte e cinco horas) semanais. Fundamentação: art. 58-A da CLT. II - Salário O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. Importante esclarecer que o salário mínimo, que é fixado por lei, poderá ser contratado por hora, dia e mês, de forma que, sendo o empregado contratado para trabalhar 4 (quatro) horas por dia, por exemplo, receberá o salário proporcional às horas trabalhadas. Além disso, é necessário que o empregador verifique se existe regra mais benéfica em documento coletivo, situação em que a aplicação da cláusula é obrigatória. Fundamentação: "caput" e incisos IV e XXVI do art. 7º da Constituição Federal de 1988; Medida Provisória nº 2.164-41/2001. III - Gratificação natalina (13º salário) Os trabalhadores contratados em regime de tempo parcial também farão jus ao beneficio do 13º salário, tomando-se por base a remuneração devida no mês de dezembro, de acordo com o tempo de serviço do empregado no ano em curso. A gratificação mencionada corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, sendo que a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral. Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará como adiantamento da gratificação natalina, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. Até o dia 20 de dezembro de cada ano, será paga a segunda parcela do 13º salário, sendo na ocasião compensada a importância que, a título de adiantamento, o trabalhador houver recebido. Importante esclarecer que o adiantamento poderá ser pago por ocasião das férias do empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano. Fundamentação: art. 1º da Lei nº 4.090/1962; arts. 1º e 2º da Lei nº 4.749/1965; arts. 1º, 3º e 4º do Decreto nº 57.155/1965. IV - Contrato de trabalho em vigor Para os empregados que estiverem atualmente trabalhando, não será possível a transformação de seus contratos de regime integral para tempo parcial, ressalvada a previsão em acordo ou convenção coletiva. Neste sentido, dispõe o § 2º o artigo 58-A da Consolidação das Leis do Trabalho: Art. 58-A. - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais(...)§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante

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opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. Alem disso, só é possível a excepcional redução salarial e de jornada de trabalho através de acordo coletivo ou convenção coletiva, conforme estabelece o inciso VI do art. 7º da Constituição Federal de 1988. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:(...)VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;(...). Fundamentação: "caput" e inciso VI do art. 7º da Constituição Federal de 1988; "caput" e § 2º do art. 58-A da CLT. V - Férias Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

Duração do trabalho semanal Férias

De 22 horas até 25 horas 18 dias

Superior a 20 horas até 22 horas 16 dias

Superior a 15 horas até 20 horas 14 dias

Superior a 10 horas até 15 horas 12 dias

Superior a 5 horas até 10 horas 10 dias

Igual ou inferior a 5 horas 8 dias

Fundamentação: art. 130-A da CLT. V.1 - Faltas injustificadas O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de 7 (sete) faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade, conforme tabela abaixo:

Duração do trabalho semanal Férias (faltas injustificadas - até 7)

Férias (faltas injustificadas - 8 ou mais)

Superior a 22 horas até 25 horas 18 dias 9 dias

Superior a 20 horas até 22 horas 16 dias 8 dias

Superior a 15 horas até 20 horas 14 dias 7 dias

Superior a 10 horas até 15 horas 12 dias 6 dias

Superior a 5 horas até 10 horas 10 dias 5 dias

Igual ou inferior a 5 horas 8 dias 4 dias

Fundamentação: "caput" e parágrafo único do art. 130-A da CLT. V.2 - Férias coletivas Não há vedação legal para que os empregados contratados sob regime de tempo parcial sejam incluídos nas férias coletivas concedidas aos demais empregados. Nesta hipótese, caberá ao empregador comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias coletivas, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho. Fundamentação: art. 139 da CLT.

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V.3 - Abono pecuniário É vedado aos empregados sob o regime de tempo parcial optarem pelo abono pecuniário em decorrência da concessão das férias. Fundamentação: "caput" e § 3º do art. 143 da CLT. VI - Horas extras Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extraordinárias. Fundamentação: "caput" e § 4º do art. 59 da CLT. VII - Demais direitos Os trabalhadores contratados sob regime de tempo parcial fazem jus aos demais direitos trabalhistas e previdenciários estendidos aos empregados, tais como: a) aviso-prévio; b) descanso semanal remunerado (DSR); c) recebimento de adicionais (noturno, periculosidade e insalubridade); d) benefícios previdenciários (auxílio-doença, pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria por invalidez etc). VIII - Trabalhador aprendiz Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. A jornada semanal do aprendiz, inferior a 25 (vinte e cinco) horas, não caracteriza trabalho em tempo parcial. Fundamentação: art. 428 da CLT; arts. 2º e 18 do Decreto nº 5.598/2005. IX - Recolhimento previdenciário A empresa que contratar empregado para trabalho em tempo parcial estará sujeita ao recolhimento destinado à Seguridade Social. Por sua vez, o empregado que exerce trabalho em tempo parcial estará sujeito ao desconto da contribuição previdenciária, como será demonstrado a seguir. IX.1 - Empresas A contribuição a cargo das empresas e pessoas equiparadas destinada à Seguridade Social, por ocasião da contratação de empregado, será de: a) 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; b) 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000; c) para o financiamento da aposentadoria especial, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: c.1) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; c.2) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c.3) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. As alíquotas constantes do GIIL-RAT serão reduzidas em até 50% (cinqüenta por cento) ou aumentadas em até 100% (cem por cento), em razão do desempenho da

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empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção (FAP).

 Para saber mais sobre o FAP consulte o nosso Roteiro Os riscos ambientais do trabalho (RAT) e o Fator Acidentário de Prevenção (FAP).

d) recolhimento destinado para outras entidades (terceiros) - a alíquota será fixada de acordo com o enquadramento do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empresa levando em consideração sua atividade.

 As empresas, inclusive as constituídas sob a forma de cooperativa, exceto as cooperativas de crédito, que desenvolvam as atividades de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, de financiamento ou de investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos ou de valores mobiliários, inclusive bolsa de mercadorias e de valores, empresas de arrendamento mercantil, empresas de seguros privados ou de capitalização, agentes autônomos de seguros privados ou de crédito e entidades de previdência privada abertas ou fechadas, além das contribuições previstas acima, é devida a contribuição adicional de 2,5% incidente sobre a base de cálculo definida nas linhas "a" e "b".  Exercendo o segurado atividade em condições especiais que possam ensejar aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho sob exposição a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde e integridade física, é devida pela empresa ou equiparada a contribuição adicional destinada ao financiamento das aposentadorias especiais, de acordo com os seguintes percentuais: respectivamente: 12% (doze por cento), 9% (nove por cento) e 6% (seis por cento), para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000.

A empresa é obrigada a arrecadar a contribuição previdenciária do trabalhador a seu serviço, mediante desconto na remuneração paga, devida ou creditada a este segurado, e recolher o produto arrecadado juntamente com as contribuições a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, conforme determina a alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei 8.212/1991. As referidas regras são aplicadas às empresas em geral. Não obstante, existem procedimentos específicos para: a) as empresas optantes pelo Simples Nacional;

 Para saber mais sobre o Simples Nacional, consulte o nosso Roteiro "Simples Nacional - Aspectos previdenciários e trabalhistas - Roteiro de Procedimentos".

b) os setores de TI, TIC, vestuários e seus acessórios, artigos têxteis, chapéus, couros, peles, calçados, botões, dentre outros;

 Para saber mais sobre os referidos setores, consulte o nosso Roteiro "Roteiro Plano Brasil Maior (PBM) - Desoneração da folha de pagamento - INSS patronal - Serviços de TI, TIC, call center, setor hoteleiro, transporte de carga e de passageiros, alguns produtos classificados na TIPI, dentre outros - Roteiro de Procedimentos".

c) as entidades beneficentes de assistência social (EBAS).  Para saber mais sobre o EBAS, consulte o nosso Roteiro - "Entidades Beneficentes de Assistência Social (EBAS) - Isenção previdenciária - Roteiro de Procedimentos".

Fundamentação: arts. 22 e 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 202-A do Decreto nº 3.048/1999; arts. 7º, 8º, 9º e 52 da Lei nº 12.546/2011, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012 (conversão da MP nº 563/2012) e pela Medida Provisória nº 582/2012; "caput" e §§ 2º e 5º do art. 72, 109, 198, 227, Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.238/2012. IX.2 - Empregados Segue tabela da contribuição previdenciária dos empregados para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2012:

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS

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até 1.174,86 8,00%

de 1.1174,87 até 1.958,10 9,00%

de 1.958,11 até 3.916,20 11,00%

Fundamentação: art. 54 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009; arts. 7º e anexo II da Portaria Interministerial MPS/MF nº 2/2012. X - Jurisprudência Trabalho em regime de tempo parcial - Salário proporcional. Conforme disposto no parágrafo 1º do art. 58-A, da CLT, o salário a ser pago aos empregados que trabalham em regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada em relação ao salário mínimo ou ao piso normativo da categoria. (TRT - 2ª R. - RO 20080190736 - RELATOR(A): ROSA MARIA ZUCCARO - DATA DE JULGAMENTO: 06/03/2008). CONTRATO DE TRABALHO SOB O REGIME DE TEMPO PARCIAL. ALTERAÇÃO PARA TEMPO INTEGRAL. LEGALIDADE: "Não viola o artigo 468 da CLT a alteração, ainda que tácita, do contrato de trabalho sob o regime de tempo parcial para o de tempo integral, se não resultou prejuízo ao trabalhador (CLT, art. 468)." Recurso ordinário da autora a que se nega provimento (TRT - 2ª R. - RO 20080122099 - RELATOR(A): DORA VAZ TREVIÑO - DATA DE JULGAMENTO: 19/02/2008). TEMPO PARCIAL. DESCARACTERIZAÇÃO DO REGIME. DIREITO AO PISO SALARIAL INTEGRAL. Exorbitando a empresa o limite de 25 horas previsto no caput do Artigo 58-A da CLT (redação dada pela Medida Provisória 2.164, de 24/08/01) resta descaracterizado o regime de tempo parcial, fazendo jus o trabalhador ao piso salarial integral previsto na Convenção Coletiva da categoria (TRT - 2ª R. - RO 20050359830 - RELATOR(A): RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS - DATA DE JULGAMENTO: 07/06/2005). XI - Consultoria FISCOSoft 1 - A jornada semanal do aprendiz, inferior a 25 (vinte e cinco) horas, é considerada trabalho em tempo parcial? Não. A jornada semanal do aprendiz, inferior a 25 (vinte e cinco horas), não caracteriza trabalho em tempo parcial ("caput" e § 2º do art. 18 do Decreto nº 5.598/2005). 2 - Um empregado contratado para trabalhar em regime de tempo parcial poderá ter seu contrato de trabalho alterado para regime de tempo integral? Sim. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Importante observar que nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia (arts. 444 e 468 da CLT).

FONTE: FISCOSoft .

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LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA

ABONO SALARIAL: ALTERAÇÕES – RES. CODEFAT Nº 701, DE 25/10/2012

Altera a Resolução nº 695, de 28 de junho de 2012, que dispõe sobre o pagamento do Abono Salarial referente ao exercício de 2012/2013.

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O CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR - CODEFAT, no uso das atribuições que lhe confere o inciso V, do artigo 19, da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, RESOLVE: Art. 1º Alterar o artigo 2º, da Resolução nº 695/2012 e acrescentar o Art. 2º-A, que passam a vigorar com a seguinte redação: "Artigo. 2º (...) I - executar os serviços de pesquisa, identificação dos participantes e trabalhadores com direito ao Abono, segundo critérios definidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, e, ainda, apuração e controle de valores, processamento dos dados, atendimento aos participantes e trabalhadores, assim como o pagamento do Abono, que poderá ser efetuado mediante depósito em conta corrente de titularidade do trabalhador, no agente pagador, saque em espécie ou crédito em folha de salários/proventos; II - executar os serviços mencionados no inciso anterior, para a regularização cadastral com base na Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, declarada fora do prazo legal a partir do Ano-Base 2006. III - executar as rotinas de revisão da atribuição do Abono exercício 2012/2013, não contempladas pela regularização cadastral da RAIS Ano-Base 2011, mediante solicitação individualizada do participante até 14 de junho de 2013 e efetuar o pagamento do Abono, quando for o caso, desde que comprovada a apropriação na base de dados da RAIS das informações entregues pelo empregador; IV - celebrar convênios com empresas/entidades para pagamento do Abono Salarial aos empregados/servidores em uma única folha de salários/proventos, transferindo, para tanto, os recursos necessários em parcela única; V - responsabilizar-se pela correta aplicação dos recursos que trata o inciso "IV", vedando o parcelamento de crédito do Abono aos beneficiários, qualquer que seja a modalidade de pagamento; VI - manter disponibilizado, pelo prazo de 5 (cinco) anos, os registros comprobatórios dos pagamentos de Abonos efetuados aos participantes; § 1º O pagamento do Abono Salarial aos beneficiários identificados no processamento da RAIS extemporânea, entregue ao Ministério do Trabalho e Emprego até 31 de outubro de 2012, será disponibilizado pelos agentes pagadores a partir de 04 de dezembro de 2012. § 2º Após a data estabelecida no parágrafo anterior, a regularização cadastral da RAIS extemporânea somente será processada para disponibilização de pagamento, quando for o caso, juntamente com o exercício financeiro seguinte do Abono. Artigo 2º-A Cabe aos agentes pagadores efetuarem a retroação do cadastro dos participantes do Programa de Integração Social - PIS e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Publico - PASEP, desde que devidamente comprovado o vínculo empregatício, seja ele efetivo ou temporário, quando houver necessidade de atualização do referido cadastro. § 1º O cadastro retroativo do trabalhador será efetuado mediante a apresentação dos seguintes documentos: I - Carteira de Identidade - CI; II - Cadastro de Pessoa Física - CPF; III - Termo de Posse, quando se tratar de funcionário efetivo; IV - Contrato de Trabalho, quando se tratar de trabalhador temporário; V - Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, quando se tratar de trabalhador celetista. § 2º Em atendimento ao caput deste artigo, imputar-se-á aos agentes pagadores o prazo de até 30 (trinta) dias para proceder à regularização cadastral retroativa, desde que atendido o disposto no § 1º deste artigo." Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

MARCELO AGUIARPresidente do Conselho

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Retificação publicada no DOU de 01.11.2012.Na Resolução do CODEFAT nº 701, de 25/10/2012, publicada no D.O.U., de 29/10/2012, página 83, Seção 1, no art. 1º, Onde se lê: "alterar o artigo 2º da Resolução nº 659/2012 ...", Leia-se: "alterar o artigo 2º, da Resolução nº 695/2012 ...", eOnde se lê: "... V - responsabilizar-se pela correta aplicação dos recursos que trata a alínea "d" ...", Leia-se: "...V - responsabilizar-se pela correta aplicação dos recursos que trata o inciso "IV" ..."

FONTE: Diário Oficial da União – 01/11/2012 – RET . 01.11.2012.

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CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL DEVIDA PELAS EMPRESAS AO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL (SENAI) – ROTEIRO

Sumário Introdução I - Contribuições previdenciárias patronais - Regras gerais II - Contribuições destinadas a outras entidades/fundos (terceiros) II.1 - Enquadramento no código do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS) III - Empresas sujeitas à contribuição devida ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) III.1 - Contribuição adicional devida ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) IV - Base de cálculo da contribuição adicional IV.1 - Apuração do número de empregados V - Prazo de recolhimento da contribuição adicional devida ao SENAI VI - Forma de recolhimento das contribuições devidas ao SENAI VI.1 - Contribuição principal VI.2 - Contribuição adicional - Discussão quanto à forma de recolhimento VII - Jurisprudência VIII - Consultoria FISCOSoft Introdução Dentre as contribuições previdenciárias devidas pelas empresas (não optantes pelo Simples Nacional), encontram-se as devidas para outras entidades e/ou fundos (terceiros), como é o caso da contribuição destinada ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Este Roteiro destina-se exclusivamente para as empresas que contribuem ao SENAI, e que concomitantemente tenham mais de 500 (quinhentos) empregados. I - Contribuições previdenciárias patronais - Regras gerais A contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social observará as seguintes regras: a) 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; b) 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000; c) para o financiamento da aposentadoria especial, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT),

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sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: c.1) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; c.2) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c.3) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. As alíquotas constantes do GIIL-RAT serão reduzidas em até 50% (cinquenta por cento) ou aumentadas em até 100% (cem por cento), em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção (FAP).

Para saber mais sobre o FAP consulte o nosso Roteiro "Os riscos ambientais do trabalho (RAT) e o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) - Roteiro de Procedimentos".

d) recolhimento destinado a outras entidades (terceiros) - a alíquota será fixada de acordo com o enquadramento do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empresa levando em consideração sua atividade.

As empresas, inclusive as constituídas sob a forma de cooperativa, exceto as cooperativas de crédito, que desenvolvam as atividades de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, de financiamento ou de investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos ou de valores mobiliários, inclusive bolsa de mercadorias e de valores, empresas de arrendamento mercantil, empresas de seguros privados ou de capitalização, agentes autônomos de seguros privados ou de crédito e entidades de previdência privada abertas ou fechadas, além das contribuições previstas acima, é devida a contribuição adicional de 2,5% incidente sobre a base de cálculo definida nas linhas "a" e "b".

Exercendo o segurado atividade em condições especiais que possam ensejar aposentadoria especial, é devida pela empresa ou equiparada a contribuição adicional (para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000):

- 15 (quinze) anos - 12% (doze por cento); - 20 (vinte) anos - 9% (nove por cento); - 25 (vinte e cinco) anos - 6% (seis por cento). As referidas regras são aplicadas às empresas em geral. Não obstante, existem procedimentos específicos para: a) as empresas optantes pelo Simples Nacional;

Para saber mais sobre o Simples Nacional, consulte o nosso Roteiro "Simples Nacional - Aspectos previdenciários e trabalhistas - Roteiro de Procedimentos".

b) os setores de TI, TIC, call center, hoteleiro, transporte de passageiros, alguns produtos classificados na TIPI, dentre outros;

Para saber mais sobre os referidos setores, consulte o nosso Roteiro "Roteiro Plano Brasil Maior (PBM) - Desoneração da folha de pagamento - INSS patronal - Serviços de TI, TIC, call center, setor hoteleiro, transporte de carga e de passageiros, alguns produtos classificados na TIPI, dentre outros - Roteiro de Procedimentos".

c) as entidades beneficentes de assistência social (EBAS). Para saber mais sobre o EBAS, consulte o nosso Roteiro "Entidades Beneficentes de Assistência Social (EBAS) - Isenção previdenciária - Roteiro de Procedimentos".

Fundamentação: arts. 22 e 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 202-A do Decreto nº 3.048/1999; arts. 7º, 8º, 9º e 52 da Lei nº 12.546/2011,com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012 (conversão da MP nº 563/2012) e pela Medida Provisória nº 582/2012; "caput" e §§ 2º e 5º do art. 72, arts. 109, 227 e Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.238.2012. II - Contribuições destinadas a outras entidades/fundos (terceiros)

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Via de regra, compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) as atividades relativas à tributação, fiscalização, arrecadação e cobrança da contribuição devida por lei a terceiros.

O recolhimento pode ser feito diretamente à entidade ou fundo, se houver previsão legal, mediante convênio celebrado entre um ou outro e a empresa contribuinte.

Consideram-se terceiros, para os fins da Seguridade Social, dentre outros, as entidades privadas de serviço social e de formação profissional, criadas por lei federal e vinculadas ao sistema sindical, tais como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). A referida contribuição se sujeita aos mesmos prazos de recolhimento, condições, sanções e privilégios das contribuições sociais destinadas ao financiamento da Seguridade Social, inclusive no que diz respeito à cobrança judicial. A contribuição destinada a terceiros é calculada sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a empregados e trabalhadores avulsos, e é devida: a) pela empresa ou equiparada, de acordo com o código FPAS da atividade; b) pelo transportador autônomo de veículo rodoviário ao Serviço Social do Transporte (SEST) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT); c) pelo segurado especial, pelo produtor rural pessoa física e jurídica, em relação à comercialização da sua produção rural, e pela agroindústria, em relação à comercialização da sua produção. Fundamentação: art. 240 da Constituição Federal de 1988; art. 3º da Lei nº 11.457/2007; arts. 109, 111 e 111-I da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.071/2010 e Instrução Normativa RFB nº 1.080/2010. II.1 - Enquadramento no código do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS) É de responsabilidade da pessoa jurídica, para fins de recolhimento da contribuição devida a terceiros, classificar a atividade por ela desenvolvida e atribuir-lhe o código FPAS correspondente, sem prejuízo da atuação, de ofício, da autoridade administrativa. Em havendo reclassificação de ofício, a autoridade administrativa constituirá o crédito tributário, se existente a respectiva obrigação, e comunicará ao sujeito passivo e às entidades e fundos interessados as alterações realizadas. A classificação de no código FPAS terá por base a principal atividade desenvolvida pela empresa, assim considerada a que constitui seu objeto social, conforme declarado nos atos constitutivos e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), observadas as seguintes disposições: a) a classificação será feita de acordo com o Quadro de Atividades e Profissões a que se refere o art. 577 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ressalvado o disposto nos arts. 109-D (atividades industriais, não exclusivas) e 109-E (atividades comerciais ou de serviços não exclusivas) da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, e as atividades em relação às quais a lei estabeleça forma diversa de contribuição; b) a atividade declarada como principal no CNPJ deverá corresponder à classificação feita na forma da letra "a", prevalecendo esta em caso de divergência; c) na hipótese da pessoa jurídica desenvolver mais de uma atividade, prevalecerá, para fins de classificação, a atividade preponderante, assim considerada a que representa o objeto social da empresa, ou a unidade de produto, para a qual convergem as demais em regime de conexão funcional; d) se nenhuma das atividades desenvolvidas pela pessoa jurídica se caracterizar como preponderante, aplica-se a cada atividade o respectivo código FPAS, na forma estabelecida na letra "a".

Considera-se regime de conexão funcional, para fins de definição da atividade preponderante, a finalidade comum em função da qual duas ou mais atividades se interagem, sem descaracterizar sua natureza individual, a fim de realizar o objeto social da pessoa jurídica.

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Classificada a atividade na forma apresentada neste subtópico, ser-lhe-ão atribuídos o código FPAS e as alíquotas de contribuição correspondentes, utilizando-se do Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.071/2010. Fundamentação: art. 581, § 2º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); arts. 109-B e §§ 1 e 2º do art. 109-C da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.238/2012. III - Empresas sujeitas à contribuição devida ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) Para a definição da alíquota de recolhimento destinado a outras entidades e/ou fundos (terceiros), é necessário o enquadramento no Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empresa levando em consideração sua atividade, conforme demonstrado no subtópico II.1 deste Roteiro. Por sua vez, são considerados estabelecimentos contribuintes do SENAI: a) as empresas industriais, as de transportes (ferroviário e metroviário), as de comunicações e as de pesca; b) as empresas comerciais ou de outra natureza que explorem, acessória ou concorrentemente, qualquer das atividades econômicas próprias dos estabelecimentos indicados na letra anterior. Estão sujeitas à contribuição devida ao SENAI as empresas enquadradas nos códigos FPAS 507 e 833. Fundamentação: art. 4º do Decreto-lei nº 4.048/1942; arts. 1 e 2º do Decreto-lei nº 6.246/1944. III.1 - Contribuição adicional devida ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) Além das demais contribuições destinadas a terceiros, definidas de acordo com o enquadramento no FPAS, as empresas com mais de 500 (quinhentos) empregados, sujeitas à contribuição de 1% (um por cento) destinada ao SENAI, devem recolher uma contribuição adicional de 0,2%. Dessa forma, a contribuição devida ao SENAI por tais empresas será de: a) 1% sobre a remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho; b) 0,2% sobre a remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho;

Assim como as contribuições destinadas à Seguridade Social, a contribuição adicional devida ao SENAI incide também sobre o 13º salário.

Fundamentação: art. 6º do Decreto-lei nº 4.048/1942; art. 2º do Decreto-lei nº 6.246/1944; Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.071/2010. IV - Base de cálculo da contribuição adicional A base de cálculo da contribuição adicional devida ao SENAI (0,2%) será a mesma utilizada para a incidência das demais contribuições previdenciárias patronais, correspondendo ao total remuneração auferida, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. Para a obtenção do valor, apura-se a contribuição principal de 1% (um por cento) sobre o montante da remuneração. Sobre o valor encontrado, aplica-se o percentual adicional de 20% (vinte por cento), o que equivale a 0,2% sobre o total da folha de pagamento. Segue exemplo de cálculo da contribuição adicional devida ao SENAI: a) Indústria com 600 empregados; b) Folha mensal de pagamento dos empregados: R$ 350,000,00; c) Contribuições devidas ao SENAI:

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c.1) Contribuição de 1% (um por cento) devida ao SENAI: R$ 3.500,00 (1% de R$ 350.000,00); c.2) Contribuição adicional de 20% (vinte por cento) sobre 1% (um por cento) devida ao SENAI R$ 700,00 (R$ 3.500,00 x 0,2%); d) Total devido ao SENAI: R$ 4.200,00 (R$ 3.500,00 + R$ 700,00).

O recolhimento da contribuição devida ao SENAI de 1% e da contribuição adicional de 0,2% seguem procedimentos distintos quanto ao recolhimento, conforme demonstrado no tópico V deste Roteiro.

Fundamentação: art. 6º do Decreto-lei nº 4.048/1942; art. 2º do Decreto-lei nº 6.246/1944. IV.1 - Apuração do número de empregados Para fins de apuração do número de empregados, utiliza-se o resultado correspondente à soma de todos os empregados, em todos os estabelecimentos ou nas dependências da empresa, tais como filiais, escritórios, independentemente de sua localização no território nacional. Segue exemplo da apuração do número de empregados para apuração da contribuição adicional devida ao SENAI: a) Indústria com 3 estabelecimentos em diversas localidades: a.1) Estabelecimento "A", com 125 empregados, localizado no Estado do Rio de Janeiro; a.2) Estabelecimento "B", com 250 empregados, localizado no Estado de São Paulo; a.3) Estabelecimento "C", com 375 empregados, localizado no Estado de Minas Gerais. b) Total de empregados considerando todos os estabelecimentos: 750 empregados. Assim, a indústria em questão estará obrigada a recolher a contribuição adicional ao SENAI.

A apuração apresentada neste subtópico segue o entendimento de que o número de empregados, para fins da contribuição adicional, deve ser considerado na sua totalidade e não por locais de trabalho, levando em consideração a empresa como um todo e não isoladamente cada filial e/ou estabelecimento. Entretanto, existem posicionamentos contrários (minoritários) quanto à esta regra de apuração, ficando a critério do contribuinte optar pelo cálculo que julgar mais adequado, suportando os eventuais ônus de sua escolha.

Fundamentação: art. 6º do Decreto-lei nº 4.048/1942; art. 3º do Decreto-lei nº 6.246/1944. V - Prazo de recolhimento da contribuição adicional devida ao SENAI O prazo de recolhimento da contribuição adicional devida ao SENAI é o último dia útil do mês subsequente ao vencido. Fundamentação: art. 12 do Decreto-lei nº 4.481/1942. VI - Forma de recolhimento das contribuições devidas ao SENAI O recolhimento das contribuições (principal e adicional) devida ao SENAI obedecem critérios distintos, conforme será demonstrado a seguir. VI.1 - Contribuição principal A contribuição principal (1% sobre a folha de pagamento) deverá ser recolhida em Guia da Previdência Social (GPS), juntamente com as demais contribuições previdenciárias devidas pelas empresas, até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou no dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário no dia 20 (vinte). O recolhimento da referida contribuição deve ser efetuado à Receita Federal do Brasil (RFB), pois de acordo com Lei nº 11.457/2007, arts. 2º e 3º, além das obrigações deste órgão, caberá também a arrecadação das contribuições previdenciárias, das contribuições instituídas a título de substituição, bem como das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos. Fundamentação: letras a, b e c do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991, arts. 2º e 3 da Lei nº 11.457/2007. VI.2 - Contribuição adicional - Discussão quanto à forma de recolhimento Inicialmente a contribuição adicional de 20% (vinte por cento) devida ao SENAI deveria ser recolhida diretamente ao SENAI, a quem incumbia, inclusive, fiscalizar a arrecadação desta contribuição. Ocorre que esta orientação constava no art. 10 do Decreto nº 60.466/1967, expressamente revogado pelo Decreto s/nº de 10.05.1991 (DOU de 13.05.1991).

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Posteriormente, foi estabelecido pela RFB que a contribuição adicional equivalente a 20% (vinte por cento) da contribuição devida ao SENAI pelas empresas com mais de 500 (quinhentos) empregados continuaria sendo arrecadada, fiscalizada e cobrada pelo SENAI, em relação aos fatos geradores que ocorressem até 31.12.2006. Porém, a orientação da RFB neste sentido constava na Instrução Normativa RFB nº 567/2005, a qual tinha por embasamento a Medida Provisória nº 258/2005. Entretanto, a Instrução Normativa RFB nº 567/2005 perdeu a sua eficácia, pelo fato da Medida Provisória nº 258/2005 ter tido seu prazo de vigência encerrado no dia 18.11.2005, mediante o Ato Declaratório nº 40/2005 do Presidente da Mesa do Congresso Nacional. Mediante a perda da eficácia da Instrução Normativa RFB nº 567/2005, até o presente momento a RFB não publicou nenhuma outra instrução disciplinando o recolhimento da contribuição adicional ao SENAI. Assim, ressalvados outros entendimentos que possam surgir sobre a matéria, no tocante ao recolhimento, recomenda-se que sejam observadas as determinações dos Decretos-Leis que regem a matéria, bem como as orientações divulgadas pelo próprio SENAI, através do "Manual de Orientação ao Contribuinte da Indústria - Versão preliminar - 2008", o qual pode ser obtido através do endereço eletrônico www.senai.br. Conforme orientação contida no Manual do SENAI, a contribuição adicional é arrecadada diretamente pelo SENAI, a quem compete também a sua fiscalização e eventual cobrança administrativa e judicial. De acordo com o SENAI, o recolhimento da contribuição adicional devida deve ser efetuado diretamente à entidade por meio do Sistema de Emissão de Guias de Recolhimento (SEGR), disponibilizado gratuitamente pelos departamentos regionais do SENAI, devendo o seu pagamento ser feito nas instituições bancárias conveniadas e, em casos excepcionais, nas tesourarias dos departamentos regionais do SENAI.

As orientações quanto ao recolhimento da contribuição adicional devida ao SENAI apresentadas neste subtópico observam a recomendação do SENAI, em face da inexistência de dispositivo legal que regulamente o assunto. Todavia, nada impede que o contribuinte depare-se com entendimento diverso sobre a competência pela arrecadação da referida contribuição.

Fundamentação: Decreto-lei nº 4.048/1942; Decreto-lei nº 4.936/1942; Decreto-lei nº 6.246/1944; art. 10 do Decreto nº 60.466/1967; Decreto s/nº de 10.05.1991 (DOU de 13.05.1991); Instrução Normativa RFB nº 567/2005; art. 3º, §§ 3º a 5º, da Medida Provisória nº 258/2005; Ato Declaratório nº 40/2005 do Presidente da Mesa do Congresso Nacional. VII - Jurisprudência "Ação de cobrança. Contribuição adicional (art. 6º do Dec.-lei nº 4.048/42). SENAI. Legitimidade ativa reconhecida. Empresa com mais de 500 operários. Contribuição devida. Natureza jurídico-tributária. Prazo prescricional quinquenal. Constituição do crédito tributário. Termo inicial do prazo prescricional contado da Notificação de Débito. Notificação de Débito recebida em 02/12/02. Ação ajuizada em 28/06/200.5 Prescrição não verificada. Taxa SELIC Admissibilidade. Multa de 40% - Redução para 20%. 1. O SENAI tem legitimidade para a cobrança da contribuição adicional de que trata o art. 6º do Dec.- lei nº 4.048/42. 2. É quinquenal o prazo prescricional para a cobrança de contribuição adicional devida ao SENAI, contado da Notificação de Débito, não se confundindo com o prazo, também, quinquenal de decadência para a contribuição definitiva do débito. 3. Havendo previsão legal específica, é admissível, no cômputo dos acréscimos da mora, a incidência da taxa SELIC. 4. É de rigor, pelo princípio da aplicação retroativa da lei benéfica, a redução da multa moratória, de 40% para 20% (Lei nº 11.941/2006)".(Recurso do autor provido em parte, para procedência parcial da demanda, prejudicado o recurso da ré (destinado a majorar a verba honorária), 1ª Câmara de Direito Público - APL 3138191920098260000 SP 0313819-19.2009.8.26.0000 - Relator( a): Vicente de Abreu Amadei - Julgamento: 08/11/2011 - Publicação: 11/11/2011) "Tributário. Diferença relativa à contribuição dicional devida ao SENAI. Base de cálculo. A contribuição adicional vem prevista no art. 6º do Decreto-Lei nº 4.048/42, que criou o SENAI,

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sendo devida pelos estabelecimentos que tiverem mais de quinhentos operários, como é o caso da impetrante. 2. Tal contribuição é calculada em 20% sobre a importância da contribuição geral, que, por sua vez, tem sua base de cálculo e teto determinados pelo Decreto-Lei nº 1.867/81, que alterou o Decreto-Lei nº 1.861/81.3. A elevação do teto da contribuição geral reflete, portanto, no valor da contribuição adicional, uma vez que aquela é a base de cálculo desta". (Apelação improvida - 6ª Turma - AMS 6047 SP 89.03.006047-4 - Relator: Desembargadora Federal Consuelo Yoshida - Julgamento: 07/02/2007) "SENAI. Contribuição adicional. Empresa com mais de quinhentos empregados. O artigo 6º do Decreto-Lei nº 4.048, de 1942, não distinguiu, nas empresas industriais, os que nela trabalham como artífices e os que nela fazem tarefas burocráticas - todos se somam para os efeitos do artigo 6º do Decreto-Lei nº 4.048, de 1942, que se refere ao número de empregados da empresa, tenha um ou mais estabelecimentos". (Recurso especial não conhecido - 2ª Turna - T2 - REsp 136539 RJ 1997/0041692-5 - Relator Ministro Ari Pargendler - Julgamento: 16/12/1998 - DJ 08.03.1999, p. 191 - RSTJ vol. 117. VIII - Consultoria FISCOSoft 1 - Todas as empresas são obrigadas a recolher a contribuição adicional de 20% (vinte por cento) devida ao SENAI? Não. A contribuição adicional será devida somente pelas empresas sujeitas ao recolhimento para o SENAI e que possuam mais de 500 (quinhentos) empregados (art. 6º do Decreto-lei nº 4.048/1942). 2 - Quando vence o prazo de recolhimento da contribuição adicional devida ao SENAI? O prazo de recolhimento da contribuição adicional devida ao SENAI é o último dia útil do mês subsequente ao vencido (art. 12 do Decreto-lei nº 4.481/1942).

FONTE: FISCOSoft .

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MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

“TRIBUNAL ARBITRAL NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA DISPOR SOBRE LEIS TRABALHISTAS” – DECISÃO

Em acórdão da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, a desembargadora Mércia Tomazinho entendeu que o “Tribunal Arbitral não tem competência para dispor de direitos trabalhistas.”A magistrada afirmou que o instituto jurídico da arbitragem – instituído pela Lei nº 9.307/1996 – deve se restringir aos litígios relacionados apenas aos direitos patrimoniais disponíveis, ou seja, aqueles que dependem da vontade ou autonomia das partes envolvidas para serem exercidos. Ocorre que não é essa a natureza do direito do trabalho, que engloba preceitos e dispositivos de ordem pública e cogente, e disciplina direitos indisponíveis. Em outras palavras, as normas

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trabalhistas não estão à disposição da vontade das partes, mas devem, sim, ser aplicadas e observadas coercitivamente pelo Poder Judiciário.Portanto, acordos firmados perante os tribunais arbitrais – que notoriamente não possuem as mesmas características das comissões de conciliação prévia, essas instituídas pela Lei nº 9.958/2000 –, cujo objeto seja indenização por prestação de serviços, não podem ser validados nesta esfera trabalhista.Com esse entendimento (não unânime na turma julgadora), a relatora reformou a decisão de origem, que extinguiu o processo sem resolução do mérito, e afastou a ocorrência de coisa julgada, não reconhecendo o acordo firmado entre as partes no tribunal arbitral para fins trabalhistas.Processo: 03360006020035020382 – RO

FONTE: TRT 2ª REGIÃO.

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CULTURA

“EMPREENDEDORES HERÓIS” – ARTIGO

As MPEs (micro e pequenas e empresas) são responsáveis por aproximadamente 70% dos postos de trabalho com carteira assinada gerados no Brasil. Nesse universo, mais de 50% das vagas são fruto de contratações em empreendimentos com até quatro trabalhadores. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. A força desse segmento da economia brasileira poderia ser ainda maior se houvesse vontade política de facilitar a vida dos empreendedores.Infelizmente, ainda impera no país um ambiente de hostilidade em relação a quem produz. As MPEs continuam manietadas pela burocracia e por uma legislação trabalhista retrógrada. Também são constantemente achacadas por fiscais mais interessados em lavrar multas de todos os tipos e valores do que em orientar. Não se consegue punir como se deveria os grandes atos de corrupção e pune-se com rigor exagerado quem comete deslizes ao tentar acertar.Por mais que se tenha avançado nos últimos anos com ótimos programas como o Simples Nacional, beneficiando cada vez mais setores, o Refis, para refinanciamento de dívidas e recuperação fiscal, e o Micro Empreendedor Individual (MEI), de estímulo à formalização, não estamos conseguindo criar um ambiente econômico menos burocrático e propício à iniciativa privada. Talvez falte um pacto entre os Poderes na guerra contra a burocracia em nível federal, estadual e municipal.Reunir toda a documentação para se abrir uma empresa pode levar até 119 dias, contra uma média de 12 dias em países mais avançados. Na melhor das hipóteses, em casos mais simples, o processo aqui demanda 49 dias, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O custo médio para a abertura é de R$ 2.038, mas varia muito de um Estado para outro. É três vezes mais do que se gasta na Rússia, Índia, China e África do Sul, que com o Brasil compõem o grupo do Brics.Em alguns Estados já funciona o Projeto Integrar, lançado em setembro, que consiste em um cadastro unificado entre os diversos órgãos envolvidos no processo de abertura da empresa. A expectativa é que, a partir do segundo semestre de 2013, já se consiga abrir uma empresa em até dez dias por meio do recolhimento de todos os documentos necessários por um único local, já batizado de one stop shop.A burocracia é a mesma ou ainda mais dura na hora de fechar a empresa. Por isso é bem-vindo o Decreto nº 58.451 recém-publicado pelo governo paulista, que facilita o fechamento de micro e pequenas empresas. Os optantes do Simples Nacional, por exemplo, estão dispensados de enviar ou apresentar uma série de documentos para obter a baixa da inscrição cadastral. O

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pedido feito por meio eletrônico passará a ser homologado automaticamente. O decreto já saiu com a promessa de estender essa desburocratização às demais empresas.Em relação às questões tributárias, se a situação melhorou bastante para as MPEs, com o Simples Nacional, ela é angustiante para o universo das empresas. Somente para reunir dados, calcular valores devidos e preencher documentos relativos aos principais tributos, uma empresa brasileira de médio porte gasta 2.600 horas por ano, ou seja, 108 dias. A Suíça demanda 15 horas e o Chile, 316. Nesse quesito, estamos na última colocação entre 183 países listados pelo Banco Mundial.Nos níveis federal, estadual e municipal, surgiram nos últimos 24 anos cerca de 30 novas normas por dia. Foram 290.932 desde a Constituição de 1988, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – 171.723 municipais, 89.461 estaduais e 29.748 federais.Tem razão Gustavo Franco ao afirmar para a revista Exame que “instituições arcaicas fazem do país das oportunidades um inferno para investidores, empreendedores e trabalhadores”. Haja heroísmo.

FONTE: EMPRESAS & NEGÓCIOS 06.11.2012.

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ESPAÇO CIDADANIA

“EXEMPLO DE SUPERAÇÃO PELO ESPORTE” – COMENTÁRIO

Com sorriso no rosto e samba no pé, dez alunos da Escola Estadual Conjunto Habitacional Lajeado B (zona leste) fizeram apresentação especial da música Brasil para recepcionar o atleta paralímpico Fernando Fernandes. Graciosa, Beatriz Ferreira da Silva disse estar feliz por dançar em público. Bicampeão mundial em canoagem, o esportista veio conversar sobre a importância da atividade física. “O esporte sempre foi fundamental na minha vida e hoje a canoagem é tudo para mim”.Fernando contou que passou a infância jogando futebol e chegou a se profissionalizar, masdecidiu seguir a carreira de modelo por questão financeira. “Tornei-me modelo bem-sucedido, mas era um atleta frustrado”. Aos 28 anos, quando faria o maior trabalho da vida como modelo para depois retomar a carreira e “viver do esporte e fazer o que eu amo”, sofreu um acidentede carro que o deixou paraplégico, em 2009. Ainda no hospital, ao saber de sua condição, decidiu “se segurar no esporte da forma que fosse possível”.Aprendeu a andar em cadeira de roda, praticou boxe para reabilitar o corpo e, então, descobriu a canoagem. “O esporte é a melhor ferramenta para reabilitar. Para realizar meu sonho tive de descobrir adaptações e fazer improvisações para remar e ter força muscular”. Como atleta do Time São Paulo Paralímpico, da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, passou a “ter condições de buscar resultados e ter alto rendimento”.Força do esporte – A equipe do Time São Paulo é composta por 25 atletas de elite de modalidades como atletismo, bocha, ciclismo, judô, natação, paracanoagem, remo, vela, e é constituída em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro. Os atletas vão visitar, até dezembro, escolas das 91 Diretorias de Ensino para falar da força do esporte na vida do cidadão. Em parceria com a Secretaria da Educação, os depoimentos de ídolos paralímpicos servem para aumentar a adesão de pessoas com deficiência à prática esportiva.Fernando diz que faz questão de divulgar o esporte e a canoagem, em particular, por saber das mudanças que ela traz para as pessoas. Para desafiar as limitações, pratica esportes radicais. “Se não posso andar, vou voar”, disse ao pular de paraquedas.

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Deficiente visual, David Farias Costa, da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, pediu ao público que evitasse a dispensa da educação física na escola. “Temos de estimular cada vez mais essa prática”.Professor de educação física, Roseilton de Santana Lopes usa a experiência de vida de Fernando para concluir que “é importante conhecer os próprios limites e, a partir daí, acreditar em si mesmo e não se sentir inferior em nada”. Em suas aulas, procura “incluir, incentivar e adaptar a prática esportiva ao aluno com deficiência”. Por exemplo, se um deles tem dificuldade de locomoção, então, evita dar corrida na aula e faz outros aquecimentos que o jovem com deficiência possa acompanhar.A diretora da escola, Márcia Pereira da Silva, diz que “é fundamental incentivar o esporte e ajuda muito ouvir o depoimento de um ídolo paralímpico”. Lembra que na região não há polo esportivo e que a quadra da escola é bastante usada, inclusive em alguns finais de semana. “Com o esporte, o jovem sai da rua, treina e se torna mais saudável”. No colégio estudam 700 alunos, do 1º ao 6º ano do ensino fundamental.

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 06/11/2012.

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ESPAÇO: PERGUNTAS & RESPOSTAS

P: QUANDO PASSOU A SER APLICADO O FGTS AO EMPREGADO DOMÉSTICO? É OBRIGATÓRIO O RECOLHIMENTO?

Facultou-se ao empregador doméstico a opção pelo recolhimento de 8% do FGTS desde março/2000.Ressaltamos que após o primeiro depósito na conta vinculada, o empregado doméstico será automaticamente incluído no FGTS, não podendo haver recolhimento retroativo.Para a realização dos recolhimentos o empregador doméstico deverá estar inscrito no Cadastro Específico do INSS (CEI) e o empregado possuir inscrição na Previdência Social - Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) ou número de PIS, caso o tenha.A inclusão do empregado doméstico no FGTS é irretratável com relação ao respectivo vínculo contratual, ou seja, tendo o empregador optado em realizar o referido recolhimento a um determinado empregado, não poderá deixar de efetuá-lo quanto a este empregado.O pagamento deverá ser feito até o dia 7 do mês seguinte ao trabalho. O depósito do FGTS dá direito ao seguro-desemprego, desde que o doméstico tenha trabalho por 15 meses consecutivos.

FONTE: CENOFISCO .

P: QUAL O VALOR QUE O TRABALHADOR QUE SE APOSENTA TEM A RECEBER E QUAIS OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O SAQUE DO FGTS DESSE TRABALHADOR QUE SE APOSENTOU?

O trabalhador que se aposentar terá direito de receber o saldo de todas as suas contas de FGTS, individualizadas na condição de optante, até a data da aposentadoria. Os documentos necessários para o saque são:- Carteira de Trabalho;- Documento de Identificação pessoal com foto;- Número da Inscrição no PIS/PASEP;

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- Certidão de Aposentadoria fornecida pelo INSS ou por Instituto Oficial de Previdência Estadual ou Municipal ou cópia autenticada da página do Diário Oficial onde conste a publicação do ato que aposentou o servidor público;- Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) com ou sem justa causa ou a pedido para saque dos depósitos de competências posteriores à concessão da aposentadoria.

FONTE: CENOFISCO .

P: COMO SÃO FEITOS O CADASTRAMENTO E A IDENTIFICAÇÃO DO EMPREGADOR E DO EMPREGADO NO SISTEMA DO FGTS?

O cadastramento do empregador e do empregado no sistema FGTS ocorre com a efetivação do seu primeiro recolhimento para o Fundo ou quando da primeira prestação de informações à Previdência Social.Para o cadastramento do empregador, exceto o empregador doméstico e empregador com recolhimento recursal, é utilizada necessariamente a GFIP em meio magnético/Sistema SEFIP.O empregador doméstico que, por ocasião do recolhimento de FGTS de trabalhadores recém-admitidos, utilizar a GFIP avulsa ou a GFIP pré-impressa deve informar, por meio do formulário “Retificação de Dados do Trabalhador (FGTS/INSS-RDT) modelo 2”, o endereço deles.A identificação do empregador, no sistema FGTS, é feita por meio de sua inscrição no CNPJ/CEI e, no caso do empregador doméstico, exclusivamente por meio da inscrição CEI.O empregado é identificado no sistema FGTS por meio do seu número de inscrição no PIS/PASEP, o qual deve ser informado sempre que solicitado nos formulários, tanto para os novos admitidos quanto àqueles já constantes no cadastro, mas que ainda não possuam essa inscrição/identificação validada em sua conta vinculada do FGTS.Essa obrigatoriedade, entretanto, não exime o empregador da prestação das demais informações relativas ao trabalhador, conforme solicitado na GFIP. Caso não se atenda o que a legislação determina, será caracterizada a ausência de elemento essencial à constituição do cadastro do sistema do FGTS.

FONTE: CENOFISCO .

P: OS DEPÓSITOS NA CONTA VINCULADA DO FGTS SOFRERÃO ALGUMA CORREÇÃO?

Nos termos do art. 20 do Decreto nº 99.684/90, os depósitos na conta vinculada do FGTS sofrem alguma correção, baseados na Taxa Referencial (TR) e nos juros.O crédito da atualização monetária e dos juros será efetuado na conta do trabalhador no dia 10 de cada mês, com base no saldo, existente no dia 10 do mês anterior.Se não houver expediente bancário no dia 10, será considerado, para realização do crédito, bem como para definição do saldo, o primeiro dia útil subseqüente.

FONTE: CENOFISCO .

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