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I SILÂSMÂWAIA I PROVISÃO DE DEUS Como recebê-la e o que ela realiza

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I SILÂSMÂW AIA I

PROVISÃO DE DEUSComo recebê-la e o que ela realiza

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Provisão de DeusCom o recebê-la e o que ela realiza

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GERENCIA EDITORIAL E DE PRODUÇÃOGilmar Chaves

COORDENAÇÃOEDITORIALPatrícia Nunan

COORDENAÇÃO DE DESIGNMarcos Henrique Barboza

PESQUISA E ESTRUTURAÇÃOFriedrich Gustav Schmid

COPIDESQUEPatrícia Nunan

1a REVISÃOPaulo Pancote Patrícia Calhau Ribeiro

REVISÃO FINALJefferson Magno Costa

CAPAEduardo Souza

Dl AG RAM AÇÃOSanderson Costa

IMPRESSÃO E ACABAMENTOGráfica Esdeva

Copyright 2012 por Editora Central Gospel

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

M a la f a ia , SilasProvisão de Deus — Como recebê-la e o que ela realiza

Rio de Janeiro: 2012 64 páginas

ISBN: 978.85.7689.266-3

1. Bíblia - Vida cristã I. Título II.

As citações bíblicas utilizadas neste livro foram extraídas da Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo indicação específica, e visam incentivar a leitura das Sagradas Escrituras.

É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos etc), a não ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica.

Este livro está de acordo com as mudanças propostas pelo novo Acordo Ortográfico, em vigor desde janeiro de 2009.

1a edição: Junho/2012

Editora Central Gospel Ltda

Estrada do Guerenguê, 1851 - Taquara Cep: 22.713-001 Rio de Janeiro - RJ TEL: (21)2187-7000 www.editoracentralgospel.com

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S i l a s M a l a f a i a

Provisão de DeusComo recebê-la e o que ela realiza

CENTRALGOSPEL

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................. 7

Capítulo 1 - Formas de Deus prover asolução para nossas necessidades........................11Dmdo-noi orientações sábias.............................. 14Transformando o pouco em muito.............. .........16

Capítulo 2 - Atitudes que asseguram aprovisão de Deus................................................21Sair da inércia e partir para a ação........................21Buscar a ajuda de alguém qualificado.................. 24Apoiar-se na sabedoria divina, e nãona lógica humana..................................................25

Capítulo 3 - Provisão para quem serve a Deus....27A importância da fidelidade, da verdade e do amor no serviço cristão................................... 29

Capítulo 4 - Relacionamentos e provisão.............33A importância dos relacionamentos...................... 34Fazendo o bem sem olhar a quem........................ 39

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Capítulo 5 - Obediência e provisão.......................... 41Quando obedecemos, Deus faz a parte dele............. 43Encarando as responsabilidades emobediência a Deus..................................................... 45

Capítulo 6 - Provisão muito além do imaginado.......49Diante do urgente e do impossível, a provisão divinapara o agora e o depois............................................. 49Provisão extra para ajudar os necessitados................ 53Provisão com destino certo........................................ 54Provisão que assegura salvação................................. 56

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Apresentação

Quando caminhamos por fé e somos fiéis a Deus, vemos Suas promessas serem cumpridas em nossa vida, porque nosso Pai amoroso é o nosso Provedor. Ele sempre nos dá tudo aquilo de que realmente precisamos. Foi o quo disse Paulo em I iIjpctiscs 4.1 ci (aka): / o meu Deus, segundo a sua rlquexã em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, câda uma de vossas necessidades.

Essa promessa é impressionante! Mas é muito importante prestarmos bastante atenção ao fato de que Deus há de suprir todas as nossas necessidades, e não atender a todos os nossos desejos. Sendo as­sim, é necessário diferenciarmos o que realmente precisamos daquilo que simplesmente desejamos, para entender melhor que atos providenciais de Deus a nosso favor podemos esperar.

Em geral, a provisão divina está relacionada a alguma coisa impossível de ser resolvida apenas pelos meios e capacidades humanos, como uma necessidade urgente de cura, de libertação, de sa­bedoria, de recursos materiais. A provisão divina se manifesta, então, para nos ajudar a suprir essa

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necessidade, sanar essa carência. Mas precisamos reconhecê-la e administrá-la bem, para que não a banalizemos e a desperdicemos.

Em 2 Reis 4.1-7, por exemplo, vemos a ma­nifestação de Deus com provisão material na vida de uma pobre viúva, a qual agiu em conformidade com as instruções que recebera e pôde desfrutar do milagre operado pelo Senhor. Assim, a história dessa viúva nos permite vislumbrar princípios que devemos observar para sanar certos problemas inesperados.

Ao ler este livro, você constatará que, quando aquela mulher viu sua família em uma situação de necessidade urgente, ela pediu ajuda a um res­peitado homem de Deus, Eliseu, crendo que sua petição seria atendida. Se ela não pagasse a dívida que o marido (temente a Deus, porém mau admi­nistrador) deixou, seus filhos seriam condenados à escravidão. A viúva não pensou duas vezes. Re­correu ao profeta, e Deus lhe respondeu provendo a solução para o problema daquela família.

A fé que aquela mulher tinha no Senhor tornou possível que ela saísse daquela situação crítica; permitiu que ela apresentasse seu problema a Deus e confiasse nele para orientá-la no sentido de en­contrar a solução. Deus também deseja que você creia nele e busque em Sua Palavra a orientação

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sobre o que esperar dele e sobre como agir com sabedoria para ter a vida abundante e plena que Ele lhe prometeu. Você reconhecerá de que realmente tem necessidade e o que o Senhor pode e quer fazer por você. Saberá como receber a provisão divina e como ela opera em sua vida.

Boa leitura!

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Capítulo 1Formas de Deus prover a solução para

nossas necessidades

O texto base para nosso estudo é 2 Reis 4.1-7. Podemos encontrar nesse texto algumas pistas so­bre como receber a provisão de Deus.

A passagem nos mostra como o profeta Eliseu ajudou a viúva a saldar dívidas multiplicando o azeite que ela possuía, de modo que ela encheu vários outros vasilhames emprestados pelos vizi­nhos, vendeu o azeite e quitou as dívidas; logo, seus filhos não precisaram mais ser levados como escravos pelos credores.

Essa história é muito conhecida no meio evan­gélico e é um exemplo importantíssimo de como a provisão de Deus funciona na nossa vida. Leiamos com atenção o texto bíblico:

E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os

meus dois filhos para serem servos. E Eliseu lhe

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p r o v is ã o n i; m:us

disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe ã parte o que estiver cheio. Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia. E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou. Então, veio ela e o fez saber ao homem, de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e t ue teus filhos vivei do resto.

A necessidade daquela família israelita come­çou com a morte de um homem temente a Deus, que deixou mulher e filhos endividados e à mercê dos credores. Essa família já estava muito triste com a perda que sofrerá, então vem à tona outro problema: o homem tinha contraído dívidas, e seus credores foram cobrá-las.

Os credores queriam recuperar seu dinheiro logo. Então, a viúva deve ter-lhes dito: "Sinto muito, senhores, eu não tenho recursos para pagar a dívida

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que o meu marido contraiu". Ao que eles respon­deram: "Muito bem, senhora, como não dispõe do valor necessário para quitar a dívida, de acordo com nossa tradição, podemos levar seus dois filhos como pagamento. Eles serão nossos escravos, para compensar a dívida que seu marido não saldou".

A ameaça de ser separada dos filhos deixou a mulher desesperada e levou-a a procurar ajuda. O que seria dela, que tinha acabado de perder seu marido e que poderia perder também seus dois fi­lhos, tendo de viver desamparada? Ela infelizmente não possuía nem dinheiro nem propriedades que pudesse oferecer aos credores para quitar a dívida assumida pelo marido.

Diante daquela situação, a viúva teve de tomar uma atitude urgentíssima: pedir ajuda a alguém qualificado, que pudesse orientá-la a resolver o problema imediatamente. E quem era esse alguém? Ela sabia que Eliseu era um profeta de Deus e que, por intermédio dele, o Senhor poderia ajudá-la.

Assim, a viúva foi ao encontro de Eliseu, informou-o de que o marido dela, que o profeta sabia que era um homem temente ao Senhor, estava morto; revelou que ele deixara dívidas a serem quitadas e que ela não tinha dinheiro para pagá-las; e anunciou que os credores foram à sua casa cobrar as dívidas, mas, como ela não tinha

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P R O V IS Ã O D E D E U S

dinheiro, eles ameaçaram levar os filhos dela como escravos para trabalhar e compensar-lhes o prejuízo.

Dando-nos orientações sábias

A primeira lição que aprendemos com essa história é que, ao nos vermos diante de uma neces­sidade grande e urgente, devemos procurar alguém consagrado a Deus para lhe pedir conselho e ajuda. Isso é o que nos instrui a Palavra do Senhor:

Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; comunicai com os santos nas suas necessidades...

Romanos 12.11-13

Não há problema algum em pedir ajuda quando precisamos. Jamais devemos ter vergo­nha disso, nem nos preocupar com o julgamento das outras pessoas. Se pensarmos no que poderia acontecer se não fôssemos ajudados, como, por exemplo, nossos filhos se tornarem escravos por causa de uma dívida não quitada, em momento algum hesitaríamos.

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Mas não basta simplesmente pedir ajuda; precisamos entender bem qual é o nosso proble­ma e definir o tipo de auxílio de que precisamos. Em seguida, devemos escolher a pessoa a quem pediremos ajuda; terá de ser alguém em que con­fiemos plenamente e que seja capaz de ajudar-nos a resolver o nosso problema por definitivo. Por fim, precisamos pensar em como pediremos ajuda a essa pessoa, no que vamos dizer quando falarmos com ela.

No caso da viúva, ela foi ao lugar certo para encontrar a ajuda de que precisava. Aquela mu­lher procurou um servo de Deus e apresentou seu problema, pedindo socorro. Nosso comportamento deve ser o mesmo hoje. Quando enfrentarmos dificuldades, deveremos clamar a Deus pedindo Sua ajuda. Ele designará um cristão que o ama e obedece a Ele para nos socorrer. Deus estará sem­pre à nossa espera para atender e satisfazer todas as nossas verdadeiras necessidades.

Por isso nós, servos de Deus, podemos ser usados da mesma maneira que o Senhor usou Eli­seu, com o objetivo de auxiliar alguém que esteja passando necessidades. Nesse momento, devemos orar para que Deus nos mostre como podemos ajudar essa pessoa.

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P R O V IS Ã O D E D EU S

"Fra isformando o pouco em muito

Provavelmente no início, Eliseu não sabia como poderia ajudar aquela viúva aflita. Porém, depois, iluminado por Deus, ele perguntou o que havia na casa dela que pudesse ser vendido e ren­der à família algum lucro. O que restava era uma botija com azeite.

Muitas vezes, nós nos sentimos como aquela viúva quando percebemos que o que nos resta parece algo absolutamente insignificante, de modo que nem cogitamos que aquilo possa ser usado por Deus a nosso favor. Contudo, aprenderemos com essa história que Deus tem poder para transformar em muito aquilo que nos parecia pouco.

No caso da viúva, que tinha em casa uma pequena botija com azeite, é bom dizer que, entre os óleos que tinham muito valor na época de Eliseu, o azeite era um dos mais valiosos. Usar óleos era um luxo e ao mesmo tempo uma ne­cessidade, especialmente no Egito. As Escrituras nos mostram como o azeite era usado no dia a dia (Levítico 24.2), além de ser muito usado nos sacrifícios oferecidos pelo povo, e explicam que ele era fabricado macerando-se as azeitonas em oficinas especializadas e às vezes esmagando-as com os pés, para que se pudesse extraí-lo.

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O azeite era um óleo muito caro porque sua fabricação era muito demorada e a procura por ele era altíssima. Além disso, uma oliveira é capaz de render apenas cerca de dez litros de óleo por ano.

Havia muitas utilidades para o azeite e para os óleos vegetais em geral. Eles eram usados na iluminação pública, como medicamento, na culi­nária e até mesmo como cosmético e sabonete. No tabernáculo, o azeite de oliva puro era utilizado no menorá, um candelabro sagrado com sete bra­ços que faz parte dos serviços religiosos judaicos. Também era comum usar o azeite para ajudar na cicatrização de cortes e ferimentos provocados por animais. Os sacerdotes, profetas e reis de Judá e de Israel eram ungidos com o melhor dos azeites.

Eliseu havia compreendido o que Deus podia fazer usando um simples vaso com azeite, a princí­pio insignificante, e então disse à mulher e a seus filhos para pedir emprestado aos vizinhos a maior quantidade de frascos vazios que pudessem.

A viúva voltou para casa, e fez exatamente o que Eliseu ordenara. Ela e seus filhos foram de porta em porta, perguntando aos vizinhos se eles poderiam emprestar quaisquer frascos vazios que tivessem. Depois de reunir os recipientes que con­seguiram encontrar, a viúva e seus filhos entraram em casa e fecharam a porta. Ela pegou o pequeno

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recipiente com óleo e começou a derramá-lo com cuidado em um frasco vazio que havia pedido em­prestado. Surpreendentemente, o conteúdo do jarro encheu o frasco até a boca e ainda havia azeite no jarro da viúva.

Então ela começou a encher uma panela vazia, e o mesmo aconteceu. Mais uma vez, ela foi capaz de encher aquele recipiente e ainda ter azeite na pequena botija. Imagine como seus filhos se sentiam ao assistir àquele milagre! Sua mãe ia enchendo todos os recipientes, e o nível de azeite do pequeno jarro não acabava! Ela encheu de azeite até o último recipiente que conseguira arranjar com os vizinhos.

Finalmente, a viúva e seus filhos olharam para todos os vasos cheios do azeite que viera de sua pequena botija. Aquilo foi realmente um milagre! Deus trouxe àquela família Sua provisão de ma­neira extraordinária. A viúva correu até Eliseu para lhe contar o que havia acontecido. Então ele lhe disse para vender o azeite e pagar a dívida deixada por seu marido. Com o dinheiro que sobrasse, ela e seus filhos poderiam viver por muito tempo.

Aquele dia foi muito importante para aquela família. A viúva e seus filhos foram confrontados com uma situação muito difícil, um problema que aparentemente não teria solução sem a instrução de Deus. A partir de um único vaso de azeite que

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a viúva possuía, Deus foi capaz de multiplicar a quantidade de óleo de modo a atender a necessi­dade urgente da família.

Deus fez além do que a mulher e seus filhos jamais poderiam imaginar! O Senhor foi glorificado ao sanar a dificuldade daquela mulher. Pessoas tiveram o privilégio de contemplar o milagre.

Sabe o que aprendemos com isso? Que, ao sermos ajudados por Deus em nossas dificuldades, é importante compartilharmos isso com as outras pessoas, para que Ele possa testificar no coração delas que ama e cuida de Seu povo.

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Capítulo 2Atitudes que asseguram a

provisão de Deus

Ao buscar a ajuda do homem de Deus e se «deixar ser ensinada por ele, acatando as instruções do Eliseu, constatamos que aquela viúva era uma mulher de fé e que isso permitiu que ela desfrutasse do milagre divino e tivesse o rumo da sua história mudado. Todos poderiam pensar que era o seu fim e o de sua família, mas ela não aceitou isso, e partiu em busca da solução para seu problema, tendo a atitude certa, na hora certa.

Sair da inércia e partir para a ação

E importante sairmos da inércia e partirmos para a ação, a fim de obtermos aquilo que almeja­mos. Deus faz a parte dele, e nós precisamos fazer a nossa. Não adianta ficar parado, apenas orando: "Deus, por misericórdia, muda minha vida", e não fazer nada a respeito.

Aquela mulher não ficou sentada, chorando, até que os credores fossem à sua casa e levassem

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os filhos dela cativos. Ela partiu em busca de Eliseu para pedir orientação e, quando a recebeu, agiu em conformidade com ela. A viúva enviou os filhos à casa dos vizinhos para lhes pedir vasilhas, deitou o azeite em cada uma delas, e contemplou o milagre da multiplicação do azeite. Depois, aquela mulher vendeu o produto e pagou as dívidas que herdara do marido.

O problema é que muitos pensam que a pro­visão de Deus cairá do céu em suas mãos, que conseguirão tudo aquilo de que precisam sem o menor esforço. Porém, não é assim que funciona. É preciso tomar uma atitude para ir ao encontro do milagre. Precisamos agir, tomar a atitude de ir até determinado lugar, para que o milagre se manifeste.

Há pessoas que ficam sozinhas, choramin­gando dentro de um quarto. Do que adianta reclamar da vida, e não tomar atitude alguma para ver a situação mudada? Acomodar-nos nunca nos trará a provisão de que necessitamos. Agir é algo imperativo. Precisamos acordar, levantar da poltrona, sair da frente da TV, e correr atrás do que precisamos!

E você, tem agido em conformidade com a Palavra de Deus e aquilo que Ele tem revelado a você? Está disposto a seguir a orientação do Senhor

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e de Seus profetas? Não basta apenas agir. Essa atitude sua tem de ser coerente com os princípios que norteiam sua fé, para que os resultados obti­dos também sejam aqueles benéficos, previstos na Bíblia.

Atitude pode ser entendida como um ato ou comportamento ditado pela nossa disposição inte­rior que nos leva a agir; logo, nossas atitudes são influenciadas por nossos conceitos, sentimentos, nossa vontade e por estímulos que recebemos no dia a dia.

Em outras palavras, se você crer que Deus irá ajudá-lo e fazer aquilo que promete em Sua Palavra, agirá de acordo. Quem crê no Senhor obedece-lhe. Quem diz que crê e vive segundo os padrões do mundo demonstra que de fato não crê em Deus.

Creia em Deus. Tenha convicção de que Ele o ama e tem todo o interesse em ajudá-lo. Leia a Bíblia e conheça o Senhor e Seu modo de agir. Atente para os princípios bíblicos. Observe-os no seu dia a dia. Ore, medite na Palavra de Deus. Ele falará com você e lhe dará instruções sobre como agir para resolver essa situação. Vá à igreja. Ouça a mensagem pregada. Dê ouvidos àquilo que os servos do Senhor anunciam.

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p r o v is ã o d e im ; s

Buscar a ajuda de alguém qualificado

Contudo, não basta sair e agir no impulso do momento. Precisamos pensar a quem vamos recorrer; ter uma atitude eficaz para solucionar a situação. Caso contrário, podemos até agravá-la.

Aquela viúva, cuja história é narrada em 2 Reis 4.1-7, estava totalmente decidida a resolver o problema. Ela tomou uma atitude sábia: foi até Eliseu e rogou que a ajudasse. Ela não foi até qualquer um ao escolher o profeta-mor de Israel para aconselhá-la. Optou justo pela pessoa mais próxima de Deus em sua comunidade. Ela escolheu alguém efetivamente capaz de ajudá-la, o mais qualificado, para auxiliá-la naquela situação.

O nome do profeta a quem a viúva pediu aju­da significa, em hebraico, meu Deus é a salvação. Ele foi um homem sábio, usado pelo Senhor para operar milagres, instruir a nação israelita e ajudar aqueles que enfrentavam crises.

A viúva foi ao local onde se encontrava Eliseu, o líder dos profetas, a autoridade máxima. Procurou quem tinha a capacidade de dar-lhe a orientação correta. Foi uma atitude muito bem pensada.

Aquela mulher certamente sabia que, quando nos apoiamos em pessoas menos qualificadas ou menos maduras espiritualmente que nós, acabamos

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SILAS MALA FAIA

como cegos guiados por outros cegos, podendo ambos cair num abismo (veja Mateus 15.14).

Se queremos ter experiências com Deus e ver Sua provisão, devemos sempre procurar um servo do Senhor experiente e dar ouvidos às suas orientações.

Apoiar-se na sabedoria divina, e não na lógica humana

Eliseu não fugiu à sua responsabilidade diante de uma situação tão difícil. Ele não tinha uma solução imediata, mas contava com a direção de Deus. Então disse à mulher: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa (2 Reis 4.2).

A percepção profética de Eliseu é algo com que temos muito a aprender! Por que ele perguntou à viúva o que havia na casa dela? Porque a provi­são de Deus começa com aquilo que temos, e não com o que não temos. O que parece insignificante para nós pode ser fundamental para Deus operar o milagre da provisão. O Senhor é especialista em operar coisas grandes a partir de coisas pequenas e situações inusitadas.

Paulo também tinha essa percepção espiritual. Por isso, disse em 1 Coríntios 1.27: Mas Deus esco­lheu as coisas loucas deste mundo para confundir

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P R O V I S Ã O DE DEUS

as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes.

Para o ser humano, o que é considerado de pouco valor pode ser descartado; já aquilo que tem determinadas qualidades muito estimadas é valorizado. Contudo, o Senhor pode usar justa­mente coisas e pessoas que desprezamos para nos abençoar e operar milagres inusitados. Deus usou leprosos para colocar o exército sírio para correr (2 Reis 7). Jesus cuspiu na terra para fazer lodo e restaurar a visão de um cego (João 9.6); tomou cinco pães e dois peixinhos, multiplicou-os e alimentou uma multidão (Mateus 14).

O Senhor também pode usar aquilo que você não imagina e até despreza para trazer provisão à sua vida, à de sua família, à empresa em que você trabalha. Ele tem poder para mudar qualquer sen­tença contra aquele que o teme e o serve. Deus tem compromisso com quem tem compromisso com Ele.

Para quem espera ter a provisão de Deus asse­gurada em sua vida, é importante considerar isso. Assim, no capítulo a seguir, vamos falar sobre outro fator fundamental para receber o favor de Deus no sentido de ter as nossas necessidades supridas: servi-lo com amor e dedicação.

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Capítulo 3Provisão para quem serve a Deus

Na história narrada em 2 Reis 4.1-7, vemos que, quando a viúva foi a Eliseu clamando pela provisão de Deus, ela começou a pleitear com as seguintes palavras: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR. Te­mer a Deus aqui pode ser entendido como servi-lo, observar Sua Lei.

Essa ideia é reforçada pela expressão teu servo, re­petida duas vezes na frase, a qual sugere que o marido daquela mulher era um profeta ou auxiliar de profeta. Em outras palavras, que ele tinha um relacionamento com Deus, conhecia-o e de bom grado servia-o.

Aquele homem que servia a Deus e a Eliseu conhecia o caráter divino; sabia que o Senhor é amoroso e generoso, misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verda­de (Êxodo 34.6) e que Ele, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens (Lamentações 3.32,33).

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PROVI Sá O Dl- D F, I. ',S

Deus nos oferece gratuitamente Sua salva­ção, com a promessa de remissão, libertação, san­tificação e vida eterna. Quando recebemos Jesus como Senhor e Salvador, o Espírito Santo nos gera espiritualmente como filhos de Deus. Tornamo- -nos novas criaturas, à imagem e semelhança de Cristo. Nossa vida ganha uma nova dimensão, um novo significado e propósito. Passamos a entender o plano do Criador para a humanidade e colocar- -nos como cooperadores dele para a salvação de outros. Entendemos, então, que esse servir a Deus e ao próximo implica responsabilidades e bênçãos.

É um equívoco só recorrermos a Deus nos momentos de necessidade, sem nunca servirmos a Ele. Pior ainda é não prestarmos obediência ao Senhor, não aceitarmos Sua Lei e Sua vontade. Não tem o menor cabimento não sermos fiéis a Ele e depois querermos desfrutar de todas as benesses que somente Ele é capaz de proporcionar-nos.

Como cristãos, pequenos Cristos, represen­tantes de Deus e agentes de Seu Reino na terra, não podemos pensar apenas em receber coisas dele. Também precisamos colocar-nos como ca­nais de bênção para outros, pois para isso fomos chamados.

Servir a Deus e ao próximo é, portanto, um pré-requisito para recebermos algo do Seu Reino.

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S ILAS MALAI-AIA

Se nunca estamos dispostos a servir, se só pensa­mos em tirar proveito das pessoas e jamais cogita­mos dar algo, como é possível que em uma hora de necessidade esperemos que alguém nos ajude de bom grado?

Se quisermos que alguém nos ajude, precisa­mos servi-lo também, atentando para o que Jesus ensinou em Mateus 7.12: Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

A importância da fidelidade, da verdade e do amor no serviço cristão

Mas não é servir de qualquer jeito. O serviço a Deus e ao próximo deve estar apoiado sobre os pilares da fidelidade, da verdade e do amor.

Deus é fiel a nós, de modo que devemos ser sempre fiéis a Ele também. Sua constância garante que podemos acreditar plenamente que Suas pro­messas são verdadeiras. Tudo o que nos promete Ele cumpre.

O Senhor é verdadeiro sobre quem é e bas­tante claro a respeito do que as pessoas precisam fazer para viver bem. Por isso, requer que sejamos sinceros quanto a quem somos e por que o servi­mos. Ele deseja que o amemos, porque quem ama

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PROVISÃO DK DCUS

é fiel e verdadeiro. Não faz as coisas apenas por interesse próprio; pensa no bem e na felicidade do outro.

Deus é amor. Ele nos amou de tal maneira que não pensou duas vezes antes de entregar o Seu próprio Filho em sacrifício para nos salvar. Nós também precisamos viver esse amor, tendo como motivação maior do nosso serviço o bem do nosso próximo para a glória de Deus. Até porque, como disse Paulo em 1 Coríntios 13, sem amor, não adianta entregar todos os nossos bens, ter e usar todos os dons espirituais ou morrer pelo outro. O amor é o maior mandamento e deve ser também a maior motivação do cristão.

Aquela viúva, cuja história Iemos em 1 Reis 4, observou esses três princípios — a fidelidade, a verdade e o amor — quando foi até Eliseu. Ela foi sincera, contando-lhe toda a verdade. Revelou que seu marido deixara uma dívida e que o credor foi até sua casa para cobrá-la e levar seus dois filhos como servos. Ela lembrou que o marido havia sido um servo fiel a Deus, mas não se baseou em mé­ritos próprios para requerer o favor divino, e sim no amor e na fidelidade do Senhor.

Infelizmente, é muito comum pessoas em situação muito difícil e sob enorme pressão procu­rarem a igreja dizendo que algo está acontecendo

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■S11,A :> .VALAFAIA

com elas porque Deus lhes revelou que era impor­tante elas passarem por esse vale sombrio, antes de galgarem as montanhas da glória e da bênção de Deus. Isso as faz parecer muito espirituais. No entanto, isso pode ser uma cortina de fumaça para esconder que seus problemas foram causados por elas mesmas, ao comprarem coisas pelas quais não podiam pagar, gastarem mais do que deviam ou tomarem decisões imprudentes em relação à vida afetiva e familiar.

A primeira coisa que deveriam fazer seria re­conhecer o erro, confessar a Deus e pedir-lhe per­dão e orientação para resolver o problema. Agindo assim, com base na verdade e fiadas no amor e na fidelidade divina, elas receberiam a orientação do Senhor para agir de modo a obter a solução para o mal que as aflige.

A viúva também se viu numa situação deses- peradora e queria salvar a pele de seus filhos. Mas ela não fingiu ser uma "supercrente". Ela expôs o real problema e foi direto ao ponto: o marido mor­reu deixando-lhe dívidas, de modo que seus filhos seriam levados pelos credores para trabalhar para eles e saldar as dívidas do pai. Deus olhou para ela com misericórdia e revelou, por intermédio do pro­feta Eliseu, o que a mulher deveria fazer para obter o dinheiro que quitaria o montante devido.

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Tenha uma aliança com Deus. Seja fiel a Ele. Sirva-o com verdade, amor e dedicação. Submeta- -se sempre à orientação do Senhor. Quando errar, peça logo perdão e mude de atitude. Diga sempre a verdade, em todas as ocasiões. Aja com since­ridade. Tenha compaixão das pessoas e ajude-as sempre que possível. Seja solidário e dê um bom testemunho, primando por cumprir o propósito e a missão que o Altíssimo lhe designou. Deus tem provisão para você! Mas será que você está dis­posto a receber?

A seguir, veremos mais um princípio impor­tante para recebermos a provisão divina: nós nos relacionarmos bem com as pessoas.

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Capítulo 4Relacionamentos e provisão

Quando a viúva vai a Eliseu pedir que ele a oriente a respeito do que fazer para não perder seus filhos para os credores, o profeta pergunta o que ela tem em casa. A mulher afirma que só tem um pouco de azeite. Então, ele a orienta a conseguir mais recipientes vazios, para deitar o azeite.

Onde ela os arranjaria? Então, disse ele: Vai> pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos (2 Reis 4.3). Ela enviou os filhos à casa dos vizinhos, estes em­prestaram vasos, e ela contemplou o milagre da multiplicação do azeite.

Tal mulher foi beneficiada por aquelas pessoas justamente porque se relacionava bem com seus vizinhos, que se compadeceram dela e atenderam ao seu pedido. A importância da provisão de Deus na vida dela dependia, entre outras coisas, dos relacionamentos que ela estabelecera.

Agora, imagine se ela não se desse bem com ninguém; se fosse odiada pela vizinhança. E se,

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quando Eliseu pediu a ela que arranjasse reci­pientes com os vizinhos, ela respondesse que não falava com a vizinha da casa à direita, que havia tido um desentendimento e brigara com o vizinho da casa à esquerda, que arranjara uma confusão com o filho da vizinha que morava em frente à sua casa. Certamente ela não teria conseguido a ajuda necessária!

k importância dos relacionamentos

Isso é algo sério a que devemos prestar muita atenção. Deus nos mostra que o nosso futuro, mui­tas vezes, depende das relações que construímos hoje e durante a nossa vida.

Os relacionamentos, em si, já são um meio de Deus para suprir nossas necessidades de afeto, companhia, diálogo. Isso porque os relacionamen­tos entre duas ou mais pessoas podem ser uma associação permanente ou temporária, baseada em amor, solidariedade, negócios ou algum outro tipo de compromisso social. São vínculos e/ou relações que se estabelecem entre afins. Essas relações po­dem ser matrimoniais, familiares, de amizade, de vizinhança, profissionais ou religiosas.

Mas uma coisa é certa: os relacionamentos pressupõem interdependência e são norteados

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por fatores inconscientes e conscientes — princí­pios, costumes ou acordos mútuos — , formando a base dos grupos sociais e da sociedade como um todo.

Pessoas que se relacionam bem tendem a influenciar-se mutuamente, partilhar os seus pensa­mentos e sentimentos, participando de atividades em conjunto. Por causa disso, sempre que um cônjuge, amigo, irmão ou o membro de uma igreja ou clube sofre com um problema, os demais também são, de alguma maneira, afetados.

Por outro lado, justamente por causa dessa sincronia entre eles, é possível aproveitar eventos positivos para trabalhar a favor de relacionamentos melhores. No relacionamento entre vizinhos, por exemplo, compartilhar boas notícias, uma xícara de açúcar ou um pouco de arroz leva-nos a "capitalizar" afetos e a atrair benefícios.

Pare e pense. Quem são os seus amigos? Com quem você constrói relacionamentos? Se um profeta lhe dissesse para recorrer a seus vizinhos, você prontamente receberia a ajuda deles?

A viúva conseguiu que os vizinhos lhe empres­tassem todos os recipientes possíveis e imagináveis: vasos, panelas, jarros etc. Isso demonstra que ela sabia travar e manter seus relacionamentos. Sabia construir pontes, em vez de muros.

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P R O V IS Ã O D E D EU S

Isso nos ensina que precisamos relacionar­mos melhor em nossa casa, em nosso trabalho, na escola ou faculdade onde estudamos. Não fomos feitos para viver isolados, como eremitas!

O famoso poeta inglês John Donne (1572- 1631) disse, com muita propriedade, que o homem não é uma ilha.

Você sabia que pessoas que não se rela­cionam com ninguém podem ser consideradas mentalmente doentes? O ser humano que não constrói relacionamentos profundos e duradou­ros com seus semelhantes é, no mínimo, um desequilibrado. Isso porque o homem, em sua essência, é um ser social. Então, precisa viver em sociedade; deve aprender a relacionar-se com outros e entendê-los como pessoas que, como ele, pensam, sentem, decidem, reagem ao modo como são tratadas.

A Bíblia já dizia muito antes dele que não fomos feitos para viver solitários: Busca seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira sabedoria (Provérbios 18.1).

Mais adiante, no versículo 24 de Provérbios 18, é valorizada a verdadeira amizade e a capa­cidade de se construir bons relacionamentos: O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão.

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S I L A S M A L A F A 1 A

O apóstolo Paulo valorizava seus amigos e colaboradores. Em Romanos 16, ele agradeceu a 16 cooperadores. E, em 2 Coríntios 7.6, o apóstolo declarou que estava depressivo, angustiado, então Deus enviou Tito para consolá-lo.

Como é possível que um cristão que não faz amigos em lugar nenhum, que não cultivou nenhuma amizade na igreja, na vizinhança, espere pela provisão de Deus? Na verdade, o que Ele quer mesmo é usar essas pessoas.

A Bíblia diz, em 1 Coríntios 5.9-13, que se não quisermos relacionar-nos com pecador nenhum, será preciso abandonar o mundo, ir logo para junto de Deus.

E claro que devemos evitar a companhia de homens ímpios e devassos, mas isso não quer dizer que não podemos dar bom-dia, boa-noite, ser gentis. Existe um nível de relacionamento mais superficial com os incrédulos que é tolerável; até porque, se não falarmos com ninguém, como compartilharemos o evangelho? E, se não nos relacionarmos com outros cristãos, como Corpo de Cristo que somos, como cumpriremos o propósito que Deus designou para nós como Igreja?

Você tem medo de falar com seu vizinho porque ele é um macumbeiro? Desconfia de tudo e de todos que lhe dão algo para comer,

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PROVISÃO DE DEUS

porque teme ter sido consagrado a demônios? Só corta cabelo em salão de crente, porque tem medo de um espírita colocar a mão sobre sua cabeça? Então, atente para o que Paulo disse em1 Coríntios 8.4,8:

Assim que, quanto ao comer das coisas sa­crificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus, senão um só. Ora, o manjar não nos faz agradáveis a

Deus, porque, se comemos, nada temos de mais, e, se não comemos, nada nos falta.

A questão é que, quando vamos a um restau­rante, não há como saber se o cozinheiro "bate tambor" para o demônio nas horas vagas. Contudo, se pertencemos a Cristo e andamos em obediência a Ele, basta orarmos dando graças a Deus pelo alimento, e este é santificado pelo Senhor. Nada de mal poderá atingir-nos, porque contra a nossa vida não vale nenhum encantamento (Números 23.23).

Se você é cristão, está bem guardado por Deus. Não tenha medo de falar com seus vizinhos não crentes.Não implique com eles nem deboche da religião deles. Trate-os com amor e respeito. Dê um bom testemunho. A forma como você os tratar falará mais alto do que qualquer tentativa

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sua de pregar a Palavra em tom de reprovação ou intimidação.

Fazendo o fanfi ,í*m olhar a quem

Em nossa igreja, temos o exemplo do pastor Carlinhos. Ele morava ao lado de um centro espírita. E, com o movimento ali, muitos carros ficavam estacionados na rua, atrapalhando tanto o trânsi­to como o fluxo de moradores. Como o pastor é proprietário de um terreno grande que fica ao lado de sua casa, ele permitia que os espíritas usassem aquele espaço para colocar seus carros durante a "curimba".

Certamente, o pastor Carlinhos orava por aquelas pessoas, para que Deus as salvasse. Ele dava bom testemunho. Não se mostrava melhor do que ninguém. Respeitava e fazia o bem para elas. Conclusão: o pai, a mãe, o avô do santo e sabe-se lá quem mais se converteram a Jesus, de modo que o centro espírita fechou.

Não precisamos ter medo. Não há proble­ma em relacionar-se superficialmente com os incrédulos. O que está em nós, o Espírito Santo, é maior do que o que há no mundo (veja 1 João 4.4). Somos sal da terra e luz do mundo. Nossa conduta deve resplandecer o amor de Deus e

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Capítulo 5Obediência e provisão

Ao lermos a Bíblia, constataremos que há uma estreita relação entre obediência a Deus e provisão. Isso porque Ele promete em Sua Palavra:

E será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz

do SENHOR, teu Deus: O SENHOR mandará que a bênção esteja contigo nos teus celeiros e em tudo que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o SENHOR, teu Deus.

Deuteronômio 28.1,2,8

Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares.

Provérbios 3.9,10

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P R O V IS Ã O DF. DF-US

iluminar o caminho daquele que está em trevas, para que veja e arrependa-se.

Jesus disse:

Vos sois a luz do mundo; não se pode es­conder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que

estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está

nos céus.Mateus 5.14-16

Façamos como aquela pobre viúva que sabia relacionar-se com seus vizinhos e pôde contar com eles para ajudá-la no dia mau.

Deus pode usar pessoas que você nem imagina para trazer solução ao seu problema. O Senhor usa sempre quem Ele bem quer. É evidente que tudo o que existe está sob o controle de Deus. O Senhor domina todas as coisas, e certamente pode usar até um incrédulo para abençoar um filho Seu, se for da Sua vontade.

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Se os teus filhos guardarem o meu concer­to e os meus testemunhos, que eu lhes hei de ensinar, também os seus filhos se assentarão perpetuamente no teu trono. Porque o SENHOR elegeu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo: Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o desejei. Abençoarei abun­dantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados. Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e os seus santos rejubilarão. Ali farei brotar a força de Davi; preparei uma lâmpada para o meu ungido. Vestirei os seus inimigos de confusão; mas sobre ele florescerá

a sua coroa.Salmo 132.12-18

Atente para quantas bênçãos espirituais e materiais são prometidas pelo Senhor nesses tex­tos: há provisão material e espiritual — fartura de alimento, prosperidade no trabalho e nas finanças, salvação, alegria, ensino/direção, proteção, vitória completa contra os inimigos e exaltação por Deus. Tudo isso para quem obedecer a Ele e à Sua Lei.

Mas o que é obedecer? De um modo geral, podemos dizer que é sujeitar-se à vontade de ou­trem; colocar-se sob sua autoridade; cumprir seu

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S I I . A S , \i A ! . Ai

mandado. Quem obedece realiza atos que estão de acordo com o comando dado por alguém com autoridade.

A obediência à autoridade legítima de Deus é uma coisa grandiosa, porque Ele nos ama, tudo sabe e tudo pode realizar. Como o Senhor mesmo lembra em Isaías 43.13, antes que qualquer coisa fosse criada, Ele já existia. Ele sabe o que é melhor para nós e tem poder para nos conduzir em vitória, para conquistarmos tudo o que tem guardado para aquele que lhe obedece.

Devemos obedecer ao Senhor, à Sua Palavra, às pessoas às quais Ele deu autoridade para ministrar sobre nós e às autoridades, de um modo geral.

Quando obedecemos. Deus faz a parte dele

A viúva da história bíblica que estudamos submeteu-se a Deus e ao profeta Eliseu, Seu repre­sentante. Ela, quando os filhos voltaram para casa com os recipientes gentilmente emprestados pelos vizinhos, acatou as instruções do profeta Eliseu. Ele havia dito:

...Entra, e fecha a porta sobre ti e sobre

teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe àparte a que estiver cheia. Partiu,

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PR O V IS Ã O D E DEU.')

pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as vasilhas, e ela as enchia. Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma.E o azeite parou. Então, fo i ela e fez saber ao

homem de Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e, tu e teus filhos, mvei do

resto.2 Reis 4.4-7 (a r a )

Nesse texto, fica claro que, para recebermos a provisão de Deus, é necessário cumprirmos a nossa parte, seguindo exatamente as orientações que recebemos da parte do Senhor e de Seus profetas. Para tal, precisamos confiar que o que está sendo dito a nós vem de Deus.

No caso da viúva, ela fez exatamente como Eliseu a instruiu. Quando enfim todos os vasilha­mes estavam cheios, a mulher consultou o profeta, para que ele dissesse a ela o que ela devia fazer. Ele mandou que a viúva vendesse todo o azeite, e pagasse a sua dívida. Ela assim o fez e contemplou o milagre da provisão divina.

Quando obedecemos integralmente, e não pela metade, à orientação de Deus, há vitória em todas as áreas da nossa vida.

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51 i.AS M A ! At:AlA

Encarando as responsabilidades em obediência a Deus

Sabia que a mordomia cristã é um modo de obedecer ao Senhor?

E você? Tem administrado bem o que o Senhor confiou a você? Tem trabalhado com diligência de modo a suprir suas próprias necessidades e as de sua família? Tem contribuído para a obra de Deus com os seus dízimos, as suas ofertas e o seu trabalho voluntário? Tem orientado seus filhos? Que legado espiritual e material deixará para eles? Tem cuidado deles, espiritual, emocional e mate­rialmente, como deveria?

Em 1 Timóteo 5.8 (a r a ), lemos: Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.

Há irmãos que todos os dias da semana vão à igreja, falam em língua estranha, pregam nas praças públicas, oram pelos necessitados, mas deixam seus filhos largados à própria sorte ou na companhia de gente que não vale nada. Talvez essas pessoas pensem que uma vez que se envol­vam com o mundo espiritual, Deus fará todo o resto e assumirá a responsabilidade delas como pai ou mãe. Estão equivocadas! Temos de fazer a

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nossa parte! Devemos cuidar do nosso cônjuge, dos nossos filhos, da nossa casa, das nossas finanças e cumprir aquilo que o Senhor exige de nós em Sua Palavra.

Precisamos deixar um bom legado à geração que nos sucederá, em vez de dívidas e filhos revoltados com o evangelho. Eles não podem ficar remoendo coisas do tipo: "Estão vendo? Nosso pai cuidou de tanta gente, pregou para tantas pessoas, trabalhou tanto para o Senhor e, no entanto, deixou de cumprir suas obrigações para conosco. Não pensava nunca em nossa família. Agora, estamos sem teto. Minha mãe está aí, igual a uma doida, sem saber o que vai fazer. Do que adiantou ele ser tão espiritual?"

Mesmo um homem bem-intencionado e total­mente dedicado à igreja, ao morrer, pode deixar filhos, que foram sempre preteridos, com a sensação de que a igreja foi um empecilho à felicidade da sua família.

Imagine uma mulher viver uma situação de instabilidade constante devido a um marido irres­ponsável e ausente, que não a ajuda na educação dos filhos nem na provisão necessária à sobrevi­vência da família!

Já parou para pensar como as mulheres que não têm apoio emocional do marido sofrem e

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ficam instáveis emocionalmente, comprometendo toda a família? E um ciclo vicioso. Elas sofrem pelo distanciamento do marido, pela revolta dos filhos, por não estarem contribuindo como acham que deveriam para o equilíbrio e o bem-estar de todos. E ainda acabam desenvolvendo doenças psicossomáticas por causa de estresse.

Devemos entender que o legado a ser deixado para os nossos filhos não diz respeito apenas a bens materiais ou propriedades. O que podemos deixar de mais valioso para um filho é nosso amor, bom caráter e exemplo de fé e compromisso com Deus, que se reflete em todo o nosso modo de ser e agir em relação à nossa família e a todos que nos rodeiam.

É isso que o Senhor requer de nós. E, para isso, Ele nos assegura Sua provisão em todas as áreas.

Deus deseja que seu filho um dia possa reco­nhecer: "Meus pais eram pobres, mas trabalharam duro e nunca deixaram faltar nada para a gente. Herdei seu caráter, sua integridade e sua garra como trabalhador". Esse é um legado grandioso!

Que legado pretendemos deixar às gerações futuras: um marcado por problemas ou por bênçãos?

No capítulo seguinte, vamos falar sobre o grande alcance da provisão de Deus.

I

SILAS M A L A F A Í A

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Capítulo 6Provisão muito além do imaginado

A provisão de Deus atua não apenas suprindo nossas necessidades imediatas. A ação do Senhor excede muito o que pedimos ou pensamos, como Paulo enfatizou em Efésios 3.20. Nós vemos o aqui e agora. O Senhor já está vendo lá na frente. Sabe do que vamos precisar amanhã e move-se no sentido de suprir nosso hoje e assegurar nosso amanhã.

Essa provisão se manifesta em meio às nossas necessidades urgentes, mas também se estende ao nosso futuro; ela é destinada a nós, especificamente, e a outros. Comunica quem Deus é e o que Ele é capaz de fazer por nós.

Diante do urgente e do impossível, a provisão divina para o agora e o depois

Sem dúvida, todos queremos receber a provi­são de Deus e esperamos por ela. Mas o problema é que alguns pensam que, já que a provisão vem

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PROVISÃO DE DEUS

do Senhor, eles não têm de fazer nada por ela. Ou Deus supre suas necessidades, ou então ficam sem a Sua provisão; é simples assim, e assunto encerrado. Mas não é assim que Deus opera. Ele reage à nossa fé. Damos um passo, e Ele vem ao nosso encontro.

Sendo assim, não devemos viver mecani­camente neste mundo. Existem algumas coisas que precisamos fazer, as quais podem estar além do que realizamos de modo habitual, rotineiro, para contemplar a ação sobrenatural do Senhor.

Você acha que aquela viúva todo dia bus­cava a ajuda de Eliseu? Claro que não! Imagina que ela costumava pedir vasos emprestados aos vizinhos e vendia azeite, para assegurar a provisão para sua casa? Por certo que não! Mas determinado dia, ela teve de fazer isso.

Aquela viúva ficou diante do impossível e necessitava de uma provisão milagrosa. Agiu com fé e determinação. Obedeceu às instruções dadas por Eliseu. Fez a parte dela, e Deus lhe multiplicou o azeite, a provisão.

Na história dessa mulher, entrevemos o modo de Deus operar para suprir nossas necessidades. Percebemos, por exemplo, que a provisão de Deus

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SILAS MAL.AFAÍA

sempre visa suprir nossas necessidades urgentes; que, se formos fiéis ao Senhor em todo o tempo, quando chegarmos ao ápice do nosso problema e parecer que não há mais saídas, Ele se manifestará poderosamente em nosso favor e revelará a solu­ção. Assim, aquilo que ninguém pode resolver será resolvido pela ação de Deus, trazendo provisão milagrosa à área em que estivermos carentes e abrin­do portas que estão fechadas e ninguém consegue abrir. E você sabe, operando Ele, quem impedirá?

Uma provisão milagrosa de Deus está re­servada para nós. E esse milagre do Senhor será capaz de prover a nossa vitória. Entretanto, a Sua provisão não se destina apenas ao momento presente, mas ela também está direcionada para o nosso futuro e o da nossa família. Por que afirmamos isso? Porque o profeta Eliseu disse à viúva: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto (2 Reis 4.7).

Deus proveu recursos para suprir as necessi­dades dela e da família pelo resto da vida deles. O Senhor não se preocupou apenas com as ne­cessidades emergenciais daquela família israelita. Não se limitou apenas a multiplicar o azeite para a viúva pagar a dívida. Ele cuidou para que a mulher

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não voltasse a ficar endividada por não ter como sobreviver, agora sem o marido.

Com isso, concluímos que a ação do Senhor visa garantir também o nosso futuro. A provisão de Deus se estende do aqui e agora ao tempo vindouro, de modo a evitar problemas em nossa estrada e na das novas gerações.

A provisão não é só na área material. É comum o Senhor intervir para interromper ciclos de des­graças que perduraram por gerações em famílias, libertando, curando e dando fim a tribulações e derrotas causadas tanto por problemas emocionais como espirituais.

Deus pode, por exemplo, por intermédio de uma pessoa aliançada com Ele, mudar a história de uma família na qual era comum os cônjuges se separarem, pessoas morrerem de câncer, doenças cardíacas ou se tornarem vi­ciadas em jogos ou em drogas, e morrerem na flor da idade.

Coisas como essas não têm de repetir-se na vida de uma pessoa! Deus tem o poder de interromper ciclos de desgraças, libertando toda a família e a geração futura da pessoa que entrega sua vida a Ele e obedece à Sua Palavra.

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Na família daquela viúva ajudada por Eli­seu, a provisão de Deus assegurou a solução do problema imediato — o pagamento das dívidas — e impediu problemas futuros da mesma or­dem. Sabe por que Ele fez isso? Porque costuma fazer muito mais além daquilo que pedimos ou pensamos.

Provisão extra para ajudar os necessitados

O Senhor vai além do que cogitamos. Ele é o Deus da multiplicação e da sobeja (veja Lucas 6.38). Com Ele, nossa vida se torna muito mais rica e com sobras. Contudo, devemos apenas lembrar que, quando falamos em sobras, não estamos dizendo que o que recebemos além da nossa expectativa é algo que poderá até ser jogado fora ou ser deixado de lado para estragar. Essa é uma ideia muito equivocada.

Quando Jesus multiplicou pães e peixes, Ele supriu as necessidades de quase 20 mil pessoas, e ainda sobraram 12 cestos cheios. Por que Cristo mandou recolher as sobras? Porque a região em que Ele estava, a Galileia, era um lugar de muita

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PROVISÃO D E DEUS

pobreza; então, Ele resolveu levar aqueles pães e peixes sobressalentes a quem nada tinha.

Assim, aprendemos que a sobra em nossa vida representa a provisão de Deus, que nos capa­cita a ser instrumentos dele para abençoar outros necessitados. Então, não devemos desperdiçar as sobras.

Provisão com destino certo

Contudo, antes de compartilharmos o que Deus fez em nossa vida com outros, devemos ter a certeza de que já é o momento de fazermos isso e de que aquelas são as pessoas a quem a provisão de Deus também se destina. Isso porque, quando Deus opera um milagre, Ele tem sempre em mente alguém ou um grupo específico, segundo o Seu propósito.

No caso da viúva orientada por Eliseu, a provi­são de Deus estava destinada só a ela e à sua família. Se no momento em que aquela mulher depositava o azeite nos diversos recipientes várias pessoas fizes­sem o mesmo para elas, nada aconteceria, porque a provisão não era para as outras pessoas pobres e em dificuldade. Era para aquela mulher. Assim, se

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SIJ.AS MAl.AFAíA

outros buscassem a Deus, poderiam receber outra orientação...

Precisamos entender que, quando Deus libera uma palavra de instrução para suprir algo em nossa vida e resolver um problema, devemos seguir essa instrução à risca, sem titubear. E só devemos contar o milagre a outros quando o Senhor já tiver concluído conosco. Precisamos deixar Deus encerrar todo o processo de provisão, para, depois, estarmos capacitados a compartilhar as boas-novas e a abençoar outras pessoas.

O problema de muitos cristãos é quando eles não percebem que Deus ainda não finalizou o processo de solução de seus problemas e decidem compartilhar a visão do milagre e/ou os "primeiros frutos" com outras pessoas. Então, ou são desani­mados por elas, ou continuam sem ter o suficiente para sanar o seu problema e os delas. Afinal, aquilo que não é suficiente para nós mesmos jamais será o bastante para ajudar alguém.

Primeiro devemos esperar que a nossa questão tenha sido resolvida pelo Senhor. Essa é a primeira fase do processo. Em seguida, devemos administrar o que sobrou de modo a viver de maneira equili­brada e abençoar outras pessoas.

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P R O V I S Ã O d e d e u s

Deus trabalha assim. Nossa natureza é a de querer partilhar logo as bênçãos com outras pessoas, mas Deus lida com cada um de nós individualmente.

Provisão que assegura salvação

Paulo disse que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (Romanos 14.12). O fato de o Senhor lidar com cada um de nós, indivi­dualmente, remete-nos a outro tipo de provisão divina que é específica: a salvação.

Vale a pena refletir sobre o motivo de a história da multiplicação do azeite ser tão importante hoje. Temos, como aquela viúva, uma dívida que não podemos pagar, que herdamos de Adão e na qual incorremos todos os dias: o pecado. E o pa­gamento dessa dívida implicaria a morte espiritual e eterna, se não fosse o sacrifício de Cristo Jesus em nosso lugar.

Para sermos perdoados e passarmos a ter direi­to a uma vida eterna, no céu, de nada nos adianta­ria nos esforçarmos para, por nossas próprias forças e justiça, sermos bonzinhos, honestos, obedientes ao Senhor. Também não adiantaria freqüentarmos

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SU.AS MALAI-AIA.

regularmente uma igreja e vivermos de joelhos, pedindo perdão e infligindo-nos sofrimentos e penitências. Nada disso salva o homem. A única maneira de conseguirmos o perdão de Deus, a regeneração espiritual e a vida eterna é aceitando Jesus como nosso Salvador e submetendo-nos inteiramente a Ele.

Jesus morreu por nós e nos redimiu dos nossos pecados com o Seu sacrifício na cruz. Então Deus o ressuscitou dos mortos, para nos redimir. Nossa fé inabalável em Jesus é a única maneira de irmos a Deus e termos a nossa dívida perdoada.

Jesus Cristo pagou nossa dívida com a Sua própria vida. Acreditamos nele e o aceitamos como nosso Salvador, por isso viveremos por toda a eternidade com Deus. No momento em que alguém aceita Jesus, é salvo, e suas reais necessidades (de perdão, paz, amor, salvação, vida eterna, etc) são supridas.

É por intermédio de Cristo, com quem está o "amém", que Deus opera muito mais além do que pedimos ou pensamos, para a glória do Seu nome e o engrandecimento do Seu Reino.

O perdão de nossos pecados só pode ser con­cedido por Deus. Essa é a provisão do Senhor no

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i>r o v i s á o m : d e u s

mundo espiritual. Só Ele é capaz de prover a nossa libertação, uma mudança radical no nosso viver e a vida eterna. Nenhum pastor, padre ou igreja é capaz de prover coisas como essas. Somente Deus nos dá a provisão espiritual para a nossa vida. Entregue sua vida a Cristo hoje, agora, se ainda não o fez!

Saiba que esse seu anseio por conhecer a verdade é algo de ordem espiritual. E como sentir uma sede inesgotável ou uma fome insaciável na alma, a qual só Deus tem condições de saciar. Só Ele pode instruí-lo na verdade, libertá-lo dos vícios malditos, curar sua alma doente, trazer perdão e paz, mudar o rumo de sua história e o da história da sua família.

Ninguém mais é capaz disso! Para que essa provisão divina lhe seja concedida, você precisa arrepender-se dos seus pecados e entregar sua vida a Cristo. Então, Ele proverá o perdão, a cura, a libertação, a transformação de vida e a salvação. Aleluia!

Ore comigo:

"Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, graças te dou por permitires que eu lesse esta

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SU.AS MALA1;AIA

mensagem e me conscientizasse da Tua ação poderosa ao longo de toda a trajetória de minha vida. Eu te agradeço por tudo o que tens feito, pelo dom da vida e por todas as Tuas provisões. Entrego em Tuas mãos o meu ser e as minhas ansiedades, e peço que abençoes a minha vida em todas as áreas, a fim de que eu me torne uma bênção e uma testemunha poderosa do Teu amor e da Tua grande obra na vida daqueles que são resgatados por ti das trevas para o Reino da luz do Teu amado Filho Jesus. Em nome dele, eu oro. Amém!"

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PROVISÃO DE DEUSComo recebê-la e o que ela realizcj

Silas Malafaiaé psicólogo clínico, conferencista internacional e pastor evangélico.

Como Deus costuma prover a solução*, para nossas necessidades? A quem a pro-íij visão divina está destinada? Que atitudes' asseguram que iremos recebê-la? Qual a ■( relação entre conviver bem com as pessoas e a provisão das nossas necessidades? $

Com base na história de uma viúva'! que recebeu uma provisão sobrenatural 1 de Deus (2 Reis 4.1-7), o pastor Silas dis-1 cute essas e outras questões, destacando { que, em geral, a provisão divina está | relacionada a- alguma coisa impossívelA de ser resolvida apenas pelos meios e i capacidades humanos — como uma.» necessidade urgente de cura, de liberta-f ção, de sabedoria, de recursos materiais í — e que ela se manifesta, então, para ̂ nos ajudar a sanar essa carência. MasjJ precisamos reconhecê-la e administrá-la V bem, para que não a banalizemos nem a,' desperdicemos. !ií

Leia este livro, e aprenda alguns £ princípios espirituais que lhe permitirão j reconhecer a provisão de Deus, recebê-la11 e administrá-la de forma sábia. ^

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