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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013 Resenha de Matérias Técnicas nº. 687, de 06|09|2012 Veículos pesquisados no período de: 29|08|2012 a 04|09|2012 DOU - DOE-SP - DOC-SP - CENOFISCO - FISCOSOFT - IOB - CRC SP - LEFISC CAMARB EMPRESAS & NEGOCIOS - KIYOSHI HARADA - SINDILOJAS-SP Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São PauloPresidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013

Resenha de Matérias Técnicasnº. 687, de 06|09|2012

Veículos pesquisados no período de: 29|08|2012 a 04|09|2012

DOU - DOE-SP - DOC-SP - CENOFISCO - FISCOSOFT - IOB - CRC SP - LEFISC –

CAMARB – EMPRESAS & NEGOCIOS - KIYOSHI HARADA - SINDILOJAS-SP

Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610).

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MATERIAL, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

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Í N D I C E

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A F E D E R A L ................................................................4

CONTABILIDADE: ALTERA A NBC TG 40 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS: EVIDENCIAÇÃO – RES.

CFC N° 1.399, DE 22/06/2012........................................................................................................................... 4

CONTABILIDADE: APROVA O CTA 15 – RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE – RES. CFC N°

1.405, DE 25/08/2012........................................................................................................................................ 7

CONTABILIDADE: NOVA REDAÇÃO Á ITG 08 – PROPOSTA DE PAGAMENTO DE DIVIDENDOS – RES.

CFC N° 1.398, DE 22/06/2012.........................................................................................................................10

CONTABILIDADE: PROPAGANDA ELEITORAL GRATUÍTA – COMPENSAÇÃO FISCAL –

PROCEDIMENTO............................................................................................................................................ 14

CONTABILIDADE: REFORMA E MANUTENÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO – PROCEDIMENTO................21

IPI: RESÍDUOS SÓLIDOS ADQUIRIDOS DE COOPERATIVAS DE CATADORES A SEREM UTILIZADOS

COMO MATÉRIAS-PRIMAS OU PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS – CRÉDITO PRESUMIDO –

PROCEDIMENTO............................................................................................................................................ 22

IRPF: RENDIMENTOS RECEBIDOS DO EXTERIOR – SETEMBRO DE 2012 – ADE COSIT N° 23, DE

17/08/2012....................................................................................................................................................... 25

IRPJ/CSL: RECEITA ESCLARECE SOBRE A APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO LUCRO

PRESUMIDO, RELATIVAMENTE AOS JUROS SOBRE PRESTAÇÕES NA ATIVIDADE IMOBILIÁRIA –

COMENTÁRIO................................................................................................................................................. 26

PMES: AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PEQUENA EMPRESA E A PREPARAÇÃO DO

EMPRESÁRIO – COMENTÁRIO..................................................................................................................... 26

SIMPLES NACIONAL – EXCLUSÃO DO REGIME – TRATAMENTO FISCAL – PROCEDIMENTO..............31

TIPI: DEPRECIAÇÃO ACELERADA – MP N° 578, DE 31/08/2012.................................................................38

TIPI: ALTERA A REDAÇÃO DE NOTAS COMPLEMENTARES – DEC. N° 7.796, DE 30/08/2012................39

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E S T A D U A L ..........................................................4 5

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA: SETEMBRO DE 2012 – COM. CAT N° 20, DE 29/08/2012...................45

ICMS: APLICAÇÃO DO REGIME ESPECIAL SIMPLIFICADO DE EXPORTAÇÃO – PORT. CAT N° 122, DE

30/08/2012....................................................................................................................................................... 45

JUCESP: ABRE CONSULTA PÚBLICA PARA UNIFORMIZAÇÃO DE CRITÉRIOS – INFORMATIVO..........45

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A M U N I C I P A L .........................................................4 6

ISS: CONTROVÉRSIA SOBRE A TRIBUTAÇÃO DA FRANQUIA – ARTIGO.................................................46

ISS: COOPERATIVA – ANÁLISE SOBRE A INCIDÊNCIA – PROCEDIMENTO.............................................49

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TRIBUTOS: PROCEDIMENTOS PARA A RESTITUIÇÃO DE RECEITAS ARRECADADAS

INDEVIDAMENTE – PORT. SMF/SP N° 119, 31/08/2012...............................................................................52

L E G I S L A Ç Ã O T R A B A L H I S T A E P R E V I D E N C I Á R I A .................................5 6

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.........................................................................................................................57

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO – ROTEIRO.............................................................................................57

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA OU REABILITADOS – RESERVA LEGAL DE CARGOS –

FISCALIZAÇÃO – PROCEDIMENTO..............................................................................................................60

REP: A PARTIR DE HOJE, DIA 03.09, AS MICROEMPRESAS E AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

ESTÃO OBRIGADAS A UTILIZAR – COMENTÁRIO......................................................................................66

TRABALHO DA MULHER – DIREITOS ESPECIAIS – PROCEDIMENTO......................................................66

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA...................................................................................................................73

FGTS: FISCALIZAÇÃO DO FUNDO E DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – IN SIT N° 99, DE 23/08/2012....73

SEGURO DE DESEMPREGO: PROCEDIMENTOS RELATIVOS À CONCESSÃO – RES. CODEFAT N° 699,

DE 30/08/2012................................................................................................................................................. 73

T V C R C - S P ....................................................................................................................7 4

ASSISTA AO PROGRAMA: “CRC CONVERSA”.............................................................................................74

M E D I A Ç Ã O E A R B I T R A G E M ...................................................................................7 4

“ A ARBITRAGEM DOMÉSTICA E ARBITRAGEM INTERNACIONAL”...........................................................74

C U L T U R A .............................................................................................................................7 6

“ESTRATÉGIAS PARA VENCER A PROCRASTINAÇÃO” – ARTIGO............................................................76

E S P A Ç O C I D A D A N I A ...................................................................................................7 7

“UMA APOSTA NA QUALIDADE DE VIDA” – ARTIGO...................................................................................77

E S P A Ç O : P E R G U N T A S & R E S P O S T A S ...........................................................7 8

P: O PRODUTOR RURAL ESTÁ OBRIGADO À EMISSÃO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA (NF-e)?.........78

P: COMO SERÁ O CÁLCULO ANUAL DO FAP?............................................................................................78

P: O QUE É FATOR ACIDENTÁRIO PREVENÇÃO (FAP)?............................................................................79

P: QUAL É O FAP DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL EQUIPARADO Á EMPRESA, INSCRITO NA

MATRÍCULA CEI, E QUE POSSUI SEGURADOS QUE LHE PRESTEM SERVIÇOS?..................................79

P: FATOR ACIDENTÁRIO PREVENÇÃO (FAP) – EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL E

ENTIDADES FILANTRÓPICAS?.....................................................................................................................79

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P: O CÁLCULO DO FAP É REALIZADO PARA CADA ESTABELECIMENTO DA EMRPESA?.....................79

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

CONTABILIDADE: ALTERA A NBC TG 40 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS: EVIDENCIAÇÃO – RES. CFC N° 1.399, DE 22/06/2012

Altera a NBC TG 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº 12.249/10, RESOLVE: Art. 1º Alterar a NBC TG 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação, aprovada pela Resolução CFC nº 1.198/09, publicada no D.O.U., Seção I, de 23/11/09, como segue: (a) incluir o item 32A e os itens 42A a 42H e seus títulos com as seguintes redações: "32A. Fazer divulgações qualitativas no contexto de divulgações quantitativas permite que os usuários façam uma associação com as divulgações relacionadas e desse modo formem entendimento amplo acerca da natureza e da extensão dos riscos advindos dos instrumentos financeiros. A interação entre divulgações qualitativas e quantitativas contribui para a divulgação de informação de uma forma melhor que possibilita aos usuários avaliar a exposição de uma entidade a riscos."; "Transferência de ativos financeiros 42A. Os requisitos de divulgação dos itens 42B a 42H relativos a transferências de ativos financeiros suplementam os outros requisitos de divulgação desta Norma. A entidade deve apresentar as divulgações requeridas pelos itens 42B a 42H em uma única nota explicativa em suas demonstrações contábeis. A entidade deve fornecer as divulgações requeridas para todos os ativos financeiros transferidos que não são desreconhecidos e para qualquer envolvimento contínuo em ativo transferido, existente na data das demonstrações contábeis, independentemente de quando a respectiva transação de transferência ocorreu. Para as finalidades de aplicação dos requisitos de divulgação desses itens, a entidade transfere a totalidade ou parte de ativo financeiro (o ativo financeiro transferido) se, e somente se: (a) transferir os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa desse ativo financeiro; ou (b) retiver os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa desse ativo financeiro, mas assumir uma obrigação contratual de pagar os fluxos de caixa a um ou mais beneficiários em um acordo. 42B. A entidade deve divulgar informações que possibilitem aos usuários de suas demonstrações contábeis: (a) compreender a relação entre ativos financeiros transferidos que não são desreconhecidos em sua totalidade e os passivos associados; e (b) avaliar a natureza e os riscos associados do envolvimento contínuo da entidade em ativos financeiros desreconhecidos. 42C. Para as finalidades de aplicação dos requisitos de divulgação dos itens 42E a 42H, a entidade tem envolvimento contínuo em ativo financeiro transferido se, como parte da transferência, a entidade retiver quaisquer direitos ou obrigações contratuais inerentes ao ativo financeiro transferido ou obtiver quaisquer novos direitos ou obrigações contratuais relativos ao

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ativo financeiro transferido. Para as finalidades de aplicar os requisitos de divulgação dos itens 42E a 42H, os seguintes casos abaixo não constituem envolvimento contínuo: (a) declarações e garantias normais relativas à transferência fraudulenta e conceitos de razoabilidade, boa-fé e negociações justas que poderiam invalidar a transferência como resultado de ação judicial; (b) contratos a termo, de opções e outros contratos para readquirir o ativo financeiro transferido para o qual o preço contratual (ou preço de exercício) é o valor justo do ativo financeiro transferido; ou (c) acordo pelo qual a entidade retém os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa de ativo financeiro, mas assume uma obrigação contratual de pagar os fluxos de caixa para uma ou mais entidades e as condições dos itens 19(a) a (c) da NBC TG 38 forem satisfeitas. Ativos financeiros transferidos que não são desreconhecidos em sua totalidade 42D. A entidade pode ter transferido ativos financeiros de tal forma que parte ou a totalidade dos ativos financeiros transferidos não se qualifiquem para desreconhecimento. Para alcançar os objetivos definidos no item 42B(a), a entidade deve divulgar em cada data-base da demonstração contábil e para cada classe de ativos financeiros transferidos que não são desreconhecidos em sua totalidade: (a) a natureza dos ativos transferidos; (b) a natureza dos riscos e benefícios da propriedade aos quais a entidade está exposta; (c) uma descrição da natureza da relação entre os ativos transferidos e os passivos associados, incluindo restrições decorrentes da transferência sobre o uso dos ativos transferidos pela entidade que está apresentando as demonstrações contábeis; (d) quando a contraparte dos passivos associados tem recurso somente para os ativos transferidos, o cronograma que estabelece o valor justo dos ativos transferidos, o valor justo dos passivos associados e a posição líquida (a diferença entre o valor justo dos ativos transferidos e os passivos associados); (e) quando a entidade continuar a reconhecer a totalidade dos ativos transferidos, os valores contábeis dos ativos e dos passivos associados; (f) quando a entidade continuar a reconhecer os ativos na medida de seu envolvimento contínuo (ver itens 20(c)(ii) e 30 da NBC TG 38), o valor contábil total dos ativos originais antes da transferência, o valor contábil dos ativos que a entidade continua a reconhecer e o valor contábil dos passivos associados. Ativos financeiros transferidos que são desreconhecidos em sua totalidade 42E. Para alcançar os objetivos definidos no item 42B(b), quando a entidade desreconhece ativos financeiros transferidos em sua totalidade (ver itens 20(a) e (c)(i) da NBC TG 38), mas tem envolvimento contínuo neles, a entidade deve divulgar, no mínimo, para cada tipo de envolvimento contínuo em cada data-base: (a) o valor contábil dos ativos e passivos que são reconhecidos no balanço patrimonial da entidade e que representam o envolvimento contínuo da entidade nos ativos financeiros desreconhecidos, e as rubricas em que são reconhecidos os valores contábeis desses ativos e passivos; (b) o valor justo dos ativos e passivos que representa o envolvimento contínuo da entidade nos ativos financeiros desreconhecidos; (c) o valor que melhor representa a exposição máxima da entidade à perda a partir de seu envolvimento contínuo nos ativos financeiros desreconhecidos, e informações que mostram como a exposição máxima à perda é determinada; (d) as saídas de caixa não descontadas que seriam ou poderiam ser requeridas para recomprar ativos financeiros desreconhecidos (por exemplo, o preço de exercício em contrato de opções) ou outros valores a pagar ao cessionário em relação aos ativos transferidos. Se a saída de caixa for variável, então o valor divulgado deve ser baseado nas condições existentes em cada período de relatório; (e) uma análise de vencimento das saídas de fluxo de caixa não descontadas que seriam ou poderiam ser requeridas para recomprar os ativos financeiros desreconhecidos ou outros

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valores pagáveis ao cessionário em relação aos ativos transferidos, demonstrando os vencimentos contratuais restantes do envolvimento contínuo da entidade; (f) informações qualitativas que explicam e suportam as divulgações quantitativas requeridas em (a) a (e). 42F. A entidade pode agregar as informações requeridas pelo item 42E em relação a ativo específico se a entidade tiver mais do que um tipo de envolvimento contínuo nesse ativo financeiro desreconhecido e reportá-lo sob um tipo de envolvimento contínuo. 42G. Adicionalmente, a entidade deve divulgar para cada tipo de envolvimento contínuo: (a) o ganho ou a perda reconhecida na data de transferência dos ativos; (b) receitas e despesas reconhecidas, tanto na data-base quanto cumulativamente, a partir do envolvimento contínuo da entidade nos ativos financeiros desreconhecidos (por exemplo, mudanças no valor justo de instrumentos derivativos); (c) se o valor total dos recursos da atividade de transferência (que qualifica para desreconhecimento) em uma data-base não é distribuído uniformemente ao longo de todo o período das demonstrações contábeis (por exemplo, se uma parte substancial do valor total da atividade de transferência ocorre nos dias de fechamento do período das demonstrações contábeis): (i) quando a principal atividade de transferência ocorre dentro desse período das demonstrações contábeis (por exemplo, os últimos cinco dias antes do final do período); (ii) o valor (por exemplo, os respectivos ganhos ou perdas) reconhecido a partir da atividade de transferência nessa parte do período das demonstrações contábeis; e (iii) o valor total dos rendimentos da atividade de transferência nessa parte do período das demonstrações contábeis. A entidade deve fornecer essas informações para cada período para o qual a demonstração do resultado abrangente é apresentada. Informações suplementares 42H. A entidade deve divulgar quaisquer informações adicionais que considerar necessárias para alcançar os objetivos de divulgação do item 42B."; (b) dar nova redação às alíneas (a), (b) e (c) do item 34, (a) e (b) do item 36, (a) e (b) do item 37, ao item 35 e ao item 38 e seu título, que passam a vigorar com as seguintes redações: "34. ... (a) sumário de dados quantitativos sobre sua exposição aos riscos ao término do período de reporte. Essa divulgação deve estar baseada nas informações fornecidas internamente ao pessoal chave da administração da entidade (conforme definido na NBC TG 05 - Divulgação sobre Partes Relacionadas), por exemplo, o conselho de administração da entidade ou o seu presidente executivo; (b) as divulgações requeridas nos itens 36 a 42, na extensão não fornecida em (a); (c) concentrações de risco, se não forem evidentes a partir das divulgações feitas de acordo com (a) e (b)."; "35. Se os dados quantitativos divulgados ao término do período de reporte não forem representativos da exposição ao risco da entidade durante o período, a entidade deve fornecer informações adicionais que sejam representativas."; "36. ... (a) o montante que melhor representa sua exposição máxima ao risco de crédito ao término do período de reporte sem considerar quaisquer garantias mantidas, ou outros instrumentos de melhoria de crédito (por exemplo, contratos que permitam a compensação pelo valor líquido (netting agreements), mas que não se qualificam para compensação segundo a NBC TG 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação); essa divulgação não é requerida para instrumentos financeiros cujos valores contábeis melhor representem a máxima exposição ao risco de crédito; (b) descrição da garantia mantida como título e valor mobiliário (security) e de outros instrumentos de melhoria de crédito, e seus efeitos financeiros (por exemplo: quantificação da extensão na qual a garantia e outros instrumentos de melhoria de crédito mitigam o risco de crédito) com relação ao montante que melhor representa a exposição máxima ao risco de

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crédito (quer seja divulgado de acordo com o item (a) ou representado por meio do valor contábil do instrumento financeiro);"; "37. ... (a) uma análise dos vencimentos dos ativos financeiros (aging analysis) que estão vencidos ao final do período de reporte, mas para os quais não foi considerada perda por não recuperabilidade; e (b) uma análise dos ativos financeiros que foram individualmente considerados sujeitos à não recuperabilidade (impaired) ao término do período de reporte, incluindo os fatores que a entidade considerou determinantes para qualificá-los como tal."; "Garantias e outros instrumentos de melhoria de crédito obtidos 38. Quando a entidade obtém ativos financeiros ou não financeiros durante o período, por meio da posse de garantias que mantém como títulos e valores mobiliários (securities) ou outros instrumentos que visem melhorar o nível de recuperação do crédito (por exemplo, garantias), e tais ativos satisfizerem ao critério de reconhecimento previsto em outras normas do CFC, a entidade deve divulgar para esses ativos mantidos na data de reporte: (a) a natureza e o valor contábil dos ativos; e (b) quando os ativos não são prontamente conversíveis em caixa, a política adotada pela entidade para alienação de tais ativos ou para seu uso em suas operações."; (c) substituir "itens AG76" por "item AG76A" na alínea (a) do item 28; (d) eliminar o item 13 e seu título, inclusive do índice, as alíneas (d) do item 36 e (c) do item 37; (e) dar nova redação ao Apêndice B - Guia de aplicação com a inclusão dos itens B29 a B39, conforme Anexo I; (f) incluir a Introdução com os itens IN1 a IN5B no início da norma, conforme Anexo II. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2012.

JUAREZ DOMINGUES CARNEIROPresidente do Conselho

FONTE: Diário Oficial da União – 31/08/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: APROVA O CTA 15 – RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE – RES. CFC N° 1.405, DE 25/08/2012

Aprova o CTA 15 - Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis Intermediárias Individuais de Entidades Supervisionadas pela SUSEP, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012, em decorrência da edição da Circular SUSEP nº 446/12.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº 12.249/10,Resolve:Art. 1º Aprovar o Comunicado Técnico CTA 15 - Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis Intermediárias Individuais de Entidades Supervisionadas pela SUSEP, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012, em decorrência da edição da Circular SUSEP nº 446/12, que tem por base o Comunicado Técnico IBRACON nº 06/12.Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JUAREZ DOMINGUES CARNEIROPresidente do Conselho

ANEXO

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Ata CFC nº 968 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE CTA 15 - EMISSÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS INTERMEDIÁRIAS INDIVIDUAIS DE ENTIDADES SUPERVISIONADAS PELA SUSEP, REFERENTES AO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2012 Objetivo 1.Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes para a emissão de seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis intermediárias individuais de sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar e resseguradores locais, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012. Antecedentes 2.As práticas contábeis adotadas no Brasil, em vigor, aplicáveis às sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar e resseguradores locais, doravante referidos coletivamente como "entidades supervisionadas pela SUSEP", foram estabelecidas pela Resolução nº 86/02 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e alterações posteriores. 3.A Circular SUSEP nº 430, de 5 de março de 2012, mantém a obrigatoriedade da elaboração e auditoria das demonstrações contábeis intermediárias individuais, referentes a 30 de junho, pelas entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 4.Em relação à necessidade de elaboração de demonstrações contábeis consolidadas intermediárias, de acordo com o § 5º, Art. 19, Anexo I, da Circular SUSEP nº 430/12, deve ser observado o seguinte: As sociedades supervisionadas estão dispensadas da elaboração das demonstrações financeiras consolidadas intermediárias. 5.Em 21 de janeiro de 2011, o CFC emitiu o Comunicado Técnico CTA 04, cujos itens 19 e 20 são reproduzidos a seguir: 19.Conforme mencionado nos itens 4, 5, 6 e 7 deste CT, as normas contábeis estabelecidas pela SUSEP, que devem ser utilizadas pelas entidades para elaboração das demonstrações contábeis individuais (e para aquelas que elaborarem demonstrações contábeis consolidadas de acordo com essas normas contábeis) ainda não incorporam todas as normas, as interpretações e os comunicados técnicos emitidos pelo CFC; portanto, as práticas contábeis adotadas por essas entidades apresentam diferenças em relação às práticas contábeis adotadas pelas demais entidades que, por determinação de outro órgão regulador ou do próprio CFC, foram requeridas a adotar aqueles normativos. 20.Dessa forma, a conclusão dos relatórios de auditoria a serem emitidos pelos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas de entidades supervisionadas pela SUSEP, elaboradas de acordo com as normas da SUSEP, devem usar, temporariamente, a expressão específica: "... práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)", em substituição à expressão: "práticas contábeis adotadas no Brasil", que é utilizada nas conclusões de relatórios sobre demonstrações contábeis de entidades que adotam integralmente as normas, as interpretações e os comunicados técnicos do CFC. 6.Em 4 de julho de 2012, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 446, que suspendeu os efeitos, na apuração das demonstrações contábeis intermediárias individuais referentes ao exercício de 2012, da Circular SUSEP nº 410, de 22 de dezembro de 2010. A Circular SUSEP nº 410/10 instituiu o teste de adequação de passivos para fins de elaboração das demonstrações contábeis das entidades supervisionadas pela SUSEP e definiu regras e procedimentos para sua realização. 7.A realização de teste de adequação de passivos, destinado à verificação de que o passivo por contratos de seguro está adequado, é requerida pela NBC TG 11 cujo item 15 é reproduzido a seguir: 15.A seguradora deve avaliar, a cada data de balanço, se seu passivo por contrato de seguro está adequado, utilizando estimativas correntes de fluxos de caixa futuros de seus contratos de

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seguro. Se essa avaliação mostrar que o valor do passivo por contrato de seguro (menos as despesas de comercialização diferidas relacionadas e ativos intangíveis relacionados, como os discutidos nos itens 31 e 32) está inadequado à luz dos fluxos de caixa futuros estimados, toda a deficiência deve ser reconhecida no resultado. 8.O Anexo IV da Circular SUSEP nº 430/12, ao dispor sobre as normas contábeis a serem observadas pelas entidades supervisionadas pela SUSEP, estabeleceu no Art. 15 o seguinte: Artigo 15. No que não contrariem esta Circular, aplicam-se integralmente as disposições e os critérios estabelecidos no Pronunciamento CPC 11, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, obedecidos, na elaboração do Teste de Adequação do Passivo, os preceitos estabelecidos na norma específica. Entendimento e orientação 9.A dispensa de elaboração de demonstrações contábeis consolidadas intermediárias citada no item 4 deste Comunicado não caracteriza descumprimento das práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades supervisionadas pela SUSEP; portanto, não sendo aplicável para esta situação específica o CTA12 - Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis de Grupo Econômico que não elabora demonstrações contábeis consolidadas e a controladora não se enquadrar nos requerimentos previstos no item 10 da NBC TG 36 - Demonstrações Consolidadas. 10.A Circular SUSEP nº 446/12, ao suspender temporariamente os efeitos do requerido pela Circular SUSEP nº 410/10, modifica um requerimento, para as demonstrações contábeis intermediárias de 2012, que faz parte do conjunto de critérios contábeis que serve de base às entidades supervisionadas pela SUSEP para a elaboração de suas demonstrações contábeis intermediárias individuais. 11.A suspensão desse requerimento não desobriga as entidades supervisionadas pela SUSEP nem reduz a responsabilidade de seus administradores pela adequada apresentação da posição financeira e dos resultados das suas operações, incluindo a adequada apresentação dos seus passivos. Para tanto, o conjunto de critérios contábeis estabelecidos pela SUSEP já prevê outros mecanismos de revisão dos passivos relacionados a contratos de seguros além do teste de adequação de passivos, como a avaliação da necessidade de constituição de provisão para insuficiência de prêmios e de contribuições e a realização anual de avaliação atuarial. 12.A suspensão temporária, para as demonstrações contábeis intermediárias de 2012, do requerimento previsto na Circular SUSEP nº 410/10 não impede que as entidades que o desejarem elaborem o teste de adequação, seja utilizando os mesmos preceitos, parâmetros e regras estabelecidos pela mencionada Circular, seja utilizando outros que considerem mais adequados. Portanto, se a entidade não fizer uso da referida suspensão temporária, tal informação deve ser claramente divulgada em suas demonstrações contábeis intermediárias e, naturalmente, o disposto nos itens 13 a 16 deste Comunicado não é aplicável. 13.Não obstante, a suspensão temporária do requerimento para a realização do teste de adequação de passivos é uma informação relevante para o entendimento adequado das demonstrações contábeis intermediárias individuais referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2012 e, portanto, deve ser levada em consideração pelos seus usuários, sendo que, em virtude disso, é necessário o auditor da entidade chamar a atenção dos usuários para esse assunto em seu relatório de auditoria. 14.Dessa forma, ao emitir o seu relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis intermediárias individuais de entidades supervisionadas pela SUSEP relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2012, os auditores independentes devem continuar a emitir o relatório conforme orientação que consta do item 20 do CTA 04, reproduzido no item 5 e incluir um parágrafo de ênfase sobre o assunto descrito no item 13. 15.A NBC TA 706, aprovada pela Resolução CFC nº 1.233/09, fornece orientação ao auditor independente sobre esse assunto. Exemplo 16.Para que se consiga, a partir da emissão deste Comunicado, uma desejada consistência na emissão dos relatórios por parte dos auditores independentes, para as demonstrações

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contábeis intermediárias, referentes a 30 de junho de 2012, das entidades supervisionadas pela SUSEP, incluiu-se a seguir um exemplo de parágrafo de ênfase em relação à Circular SUSEP nº 446/12: Ênfase Chamamos a atenção para a nota explicativa nº X às demonstrações contábeis intermediárias, que informa sobre a suspensão, pela Circular SUSEP nº 446/12, do requerimento instituído pela Circular SUSEP nº 410/10, para a execução do teste de adequação de passivos para as demonstrações contábeis intermediárias referentes ao exercício de 2012 segundo regras e procedimentos que especifica. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto.

FONTE: Diário Oficial da União – 29/08/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: NOVA REDAÇÃO Á ITG 08 – PROPOSTA DE PAGAMENTO DE DIVIDENDOS – RES. CFC N° 1.398, DE 22/06/2012

Dá nova redação à ITG 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº 12.249/10, Resolve: Art. 1º Dar nova redação à ITG 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos, tendo em vista a edição da Interpretação ICPC 08 (R1) pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Art. 2º Revogar a Resolução CFC nº 1.195/09, publicada no D.O.U., Seção I, de 26/10/09. Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2012.

JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO Ata CFC nº 966

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE ITG 08 - CONTABILIZAÇÃO DA PROPOSTA DE PAGAMENTO DE DIVIDENDOS Antecedentes Dividendo obrigatório 1. A legislação societária brasileira, Lei nº 6.404/76, determina a distribuição de dividendo obrigatório aos acionistas por meio do Art. 202: Artigo. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas. 2. A lei societária prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído ou pode ser distribuído por valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade, quando não houver lucro realizado em montante suficiente (Art. 202, inciso II). Quando o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social ou da própria lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realizado financeiramente, pode a parcela não distribuída ser destinada à constituição da reserva de lucros a realizar. 3. A lei societária ainda prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído quando os órgãos da administração informarem à assembleia geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia (Art. 202, § 4º). É uma discricionariedade conferida por lei aos administradores com vistas a evitar o comprometimento da gestão de caixa e equivalente de

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caixa da entidade, desde que observadas outras condicionantes legais. A parcela dos lucros não distribuída deve ser destinada à constituição de reserva especial. 4. Em ambos os casos, o procedimento estabelecido em lei é a retenção de lucros por meio da constituição de reservas de lucros que poderão não necessariamente ser destinadas ao pagamento de dividendos, já que poderão vir a ser absorvidas por prejuízos em exercícios subsequentes. Consta na lei: "os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização." (Art. 202, inciso III) "os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia". (Art. 202, §5º) (sublinhados adicionados) 5. O dividendo obrigatório pode também deixar de ser distribuído, ou pode ser distribuído por valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade ou na lei, por decisão soberana e unânime da assembleia geral de acionistas de: (a) companhia aberta, se com registro na CVM exclusivamente para captação de recursos por debêntures não conversíveis em ações; ou (b) companhia fechada, exceto se controlada por companhia aberta registrada na CVM para captação de recursos por meio de qualquer valor mobiliário que não seja debênture não conversível em ações (Art. 202, § 3º). Dividendo fixo ou mínimo 6. No que concerne aos acionistas preferencialistas, a lei societária brasileira, Lei nº 6.404/76, em seu Art. 17, fixa uma série de preferências e vantagens que deve ser a eles conferida. Entre elas o direito a dividendo prioritário fixo ou mínimo, a ser disciplinado com minúcia e precisão no estatuto social. 7. Dividendos fixos ou mínimos podem ou não ser cumulativos (para serem pagos no exercício social em que houver lucros suficientes para tal); podem ou não participar de lucros remanescentes (lucros distribuídos a título de dividendos além do previsto). Consta na lei: "salvo disposição em contrário no estatuto, o dividendo prioritário não é cumulativo, a ação com dividendo fixo não participa dos lucros remanescentes e a ação com dividendo mínimo participa dos lucros distribuídos em igualdade de condições com as ordinárias, depois de a estas assegurado dividendo igual ao mínimo." (Art. 17, § 4º) (sublinhado adicionado) 8. Cumpre salientar também que, nos termos da Lei nº 6.404/76 (Art. 17, § 6º), o estatuto social pode conferir às ações preferenciais com prioridade na distribuição de dividendo cumulativo o direito de recebê-lo, no exercício em que houver lucro insuficiente, à conta de reservas de capital. 9. Outro aspecto relevante da lei diz respeito à proteção conferida aos acionistas preferencialistas em matéria de destinação dos lucros da companhia. Preferencialistas com direito a receber dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, inclusive os atrasados, se cumulativos, não terão o direito prejudicado pela constituição de reservas estatutárias, reserva para contingências, reserva para incentivos fiscais, reserva de retenção de lucros, reserva de lucros a realizar, reserva especial ou mesmo o pagamento do dividendo obrigatório. Consta na lei: "o disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não prejudicará o direito dos acionistas preferenciais de receber os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, inclusive os atrasados, se cumulativos." (Art. 203) (sublinhado adicionado) Juros sobre o capital próprio (JCP) 10. Os juros sobre o capital próprio (JCP) são instituto criado pela legislação tributária, incorporado ao ordenamento societário brasileiro por força da Lei nº 9.249/95. É prática usual

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das sociedades distribuirem-nos aos seus acionistas e imputarem-nos ao dividendo obrigatório, nos termos da legislação vigente. 11. Assim, o tratamento contábil dado aos JCP deve, por analogia, seguir o tratamento dado ao dividendo obrigatório. O valor de tributo retido na fonte que a companhia, por obrigação da legislação tributária, deva reter e recolher não pode ser considerado quando se imputam os JCP ao dividendo obrigatório. Dividendo intermediário 12. Além do dividendo obrigatório, a Lei brasileira prevê a possibilidade de o estatuto de sociedade por ações prever o pagamento de dividendo intermediário. Nesse caso, obedecidos o estatuto e a Lei, a deliberação da administração é final, não sendo submetida à apreciação dos acionistas. A previsão estatutária já significa a aprovação assemblear. Alcance 13. Esta Interpretação deve ser aplicada: (a) ao dividendo de que trata o Art. 202 da Lei nº 6.404/76 (dividendo obrigatório); (b) aos dividendos de que trata o Art. 17 da Lei nº 6.404/76 (dividendos fixos e mínimos); (c) aos juros sobre o capital próprio (JCP), previstos na legislação tributária; (d) aos dividendos intermediários, declarados nos termos do Art. 204 da Lei 6.404/76. Assuntos tratados 14. O item 12 da NBC TG 24 - Evento Subsequente determina que "se a entidade declarar dividendos aos detentores de instrumentos patrimoniais (como definido na NBC TG 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação) após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, a entidade não deve reconhecer esses dividendos como passivo ao final daquele período." 15. O item 13 da NBC TG 24 adverte para o fato de que "se forem declarados dividendos após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, mas antes da data da autorização de emissão dessas demonstrações, esses dividendos não devem ser reconhecidos como passivo ao final daquele período, em função de nenhuma obrigação existir nessa data. Tais dividendos devem ser divulgados nas notas explicativas em conformidade com a NBC TG 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis." 16. A questão que se coloca é se os dividendos previstos na legislação societária brasileira (dividendo obrigatório, dividendos fixos e mínimos, JCP e dividendo intermediário) atendem às três condições para reconhecimento de passivo na data das demonstrações contábeis, quais sejam: (i) de obrigação presente; (ii) de probabilidade provável de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos; e (iii) de estimativa confiável passível de elaboração para chegar ao seu montante. Consenso 17. A NBC TG 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes estabelece que um passivo deve ser reconhecido quando três condicionantes forem observadas. Assim determina a NBC TG 25, em seu item 14: 14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: (a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; (b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e (c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 18. Pelos itens precedentes, os dividendos intermediários, declarados por decisão dos órgãos da administração de acordo com as formalidades previstas no estatuto social e na Lei, são deliberações finais e enquadram-se no item 14 da NBC TG 25; portanto, se não pagos devem figurar no passivo da entidade como obrigação. 19. Igual entendimento deve ser dispensado aos dividendos fixos e mínimos devidos aos acionistas preferencialistas, ainda que declarados após o período contábil a que se referem as

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demonstrações contábeis. O caráter de exigibilidade - obrigação presente - é ainda maior nesse caso, dado que a assembleia geral de acionistas não possui poder discricionário para decidir a respeito de sua distribuição ou não, servindo tão-somente para endossar o que já está disciplinado em previsões legais e estatutárias. Devem ser registrados como obrigação na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis. 20. Quanto ao dividendo obrigatório, as previsões da legislação para sua distribuição abaixo do previsto legal ou estatutariamente, ou para sua não distribuição já disciplinam de modo incontroverso o tratamento contábil a ser dado: a parcela não distribuída deve figurar como retenção de lucro, via reservas de lucro. Já a parcela dos lucros destinada para distribuição como dividendo obrigatório, em proposta encaminhada à assembleia geral de acionistas pelos administradores, representa de fato uma obrigação presente na data das demonstrações contábeis, ainda que os dividendos sejam também declarados após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis. 21. Devido então a essas características especiais de nossa legislação, considera-se que o dividendo obrigatório deva ser registrado como obrigação na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis. Essa já vem sendo a prática adotada pelas empresas brasileiras que têm apresentado demonstrações contábeis de acordo com a prática contábil norte-americana, notadamente as que têm registro na Comissão de Valores Mobiliários daquela jurisdição (SEC), bem como aquelas empresas brasileiras que já vêm elaborando e divulgando demonstrações contábeis de acordo com as normas internacionais emitidas pelo IASB. 22. Os JCP, quando imputados ao dividendo obrigatório, devem receber tratamento análogo, como vem sendo também a prática adotada pelas empresas brasileiras. O montante de tributo retido na fonte a ser recolhido ao fisco é uma obrigação presente dissociada da obrigação de pagar dividendos. Quando essa obrigação for assumida pela companhia, e esse é o caso em que a deliberação é pelo não pagamento dos JCP aos sócios e sim por sua retenção, inclusive para futuro aumento de capital, o tributo retido na fonte não deve ser debitado ao resultado, e sim à conta para onde forem destinados esses JCP. Com isso, quando da utilização desses valores, como no caso de aumento de capital, ela só poderá ser feita pelo valor líquido efetivamente retido, ou seja, dos JCP deduzido do tributo recolhido ao governo, se esse imposto for efetivamente devido. 23. Outra questão a ser avaliada relacionada ao tema é o requerimento da Lei das Sociedades por Ações que consta no Art. 176, § 3º: "As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia geral." 24. Visando atender à conceituação de provisão, reproduzida no item 17 desta Interpretação, a parcela do dividendo que se caracterize efetivamente como obrigação presente deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela que exceder ao previsto legal ou estatutariamente deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta específica, do tipo "dividendo adicional proposto", até a deliberação definitiva que vier a ser tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional não se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já que a assembléia dos sócios ou outro órgão competente poderá, não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu pagamento ou por pagamento por valor diferente do proposto. 25. Conforme requerido pelos itens 12 e 13 da NBC TG 24, qualquer declaração de dividendo adicional ao previsto legal ou estatutariamente ou outra forma de distribuição de resultado que ocorrer após a data do balanço e antes da data da autorização de emissão dessas demonstrações não gerará registro no passivo da entidade na data do balanço, por também não representar qualquer obrigação presente nessa data. Nota explicativa 26. Consta no Art. 192 da Lei nº 6.404/76: "Juntamente com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da administração da companhia apresentarão à assembleia geral ordinária, observado o disposto nos Arts. 193 a 203 e no estatuto, proposta sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício."

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27. Em função do que consta no item precedente, a administração deve, ao elaborar as demonstrações contábeis, detalhar em nota explicativa sua proposta para destinação dos lucros apurados no exercício, independentemente de referida divulgação ter sido feita no relatório da administração.

FONTE: Diário Oficial da União – 31/08/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: PROPAGANDA ELEITORAL GRATUÍTA – COMPENSAÇÃO FISCAL – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO:

1. Direito de Exclusão da Progaganda Eleitoral Gratuíta para Lucro Real e Lucro Presumido 1.1. Regras Determinadas para 2012 1.1.1. Apuração da Compensação Fiscal 2. DIPJ/2012 (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) 2.1. Lucro Real 2.2. Lucro Presumido 3. Legislação Aplicável 3.1. Lei 9.504, de 30 de Setembro de 1997 - Normas para Eleições 3.2. Decreto 7.791, de 17.08.2012 - DOU de 20.08.2012 1. Direito de Exclusão da Progaganda Eleitoral Gratuíta para Lucro Real e Lucro PresumidoAs emissoras de Rádio e Televisão obrigadas à divulgação gratuita da propaganda eleitoral, nos termos da Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei Eleitoral), regulamentada pelo Decreto 7.791, de 17.08.2012 poderão excluir do lucro líquido, para efeito de determinação do LUCRO REAL e LUCRO PRESUMIDO, valor correspondente a 0,8 (oito décimos) do resultado da multiplicação do preço do espaço comercializável pelo tempo que seria efetivamente utilizado pela emissora em programação destinada à publicidade comercial, no período de duração da propaganda eleitoral gratuita.Nesta apuração considera-se o valor correspondente a 0,8 (oito décimos) do resultado da multiplicação de 100% (cem por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento) do tempo, respectivamente, das inserções e das transmissões em bloco, pelo preço do espaço comercializável comprovadamente vigente, assim considerado aquele divulgado pelas emissoras de rádio e televisão por intermédio de tabela pública de preços de veiculação de publicidade. 1.1. Regras Determinadas para 2012Conforme o Decreto 7.791, de 17.08.2012, as emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação gratuita da propaganda partidária e eleitoral, de plebiscitos e referendos poderão efetuar a compensação fiscal de que trata o parágrafo único do art. 52 da Lei 9.096, de 19 de setembro de 1995, e o art. 99 da Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ, inclusive da base de cálculo dos recolhimentos mensais previstos na legislação fiscal, e da base de cálculo do lucro presumido.Esta compensação fiscal aplica-se também aos comunicados, às instruções e a outras requisições da Justiça Eleitoral, relativos aos programas partidários e eleitorais.As empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio também poderão fazer a exclusão.1.1.1. Apuração da Compensação FiscalA apuração do valor da compensação fiscal será determinada mensalmente, de acordo com o seguinte procedimento:

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I - parte-se do preço dos serviços de divulgação de mensagens de propaganda comercial, fixados em tabela pública pelo veículo de divulgação, conforme previsto no art. 14 do Decreto 57.690/1966, para o mês de veiculação da propaganda partidária e eleitoral, do plebiscito ou referendo;II - apura-se o "valor do faturamento" com base na tabela, de acordo com o seguinte procedimento:a) parte-se do volume de serviço de divulgação de mensagens de propaganda comercial local efetivamente prestado pelo veículo de divulgação no mês da veiculação da propaganda partidária e eleitoral, do plebiscito ou referendo;b) classifica-se o volume de serviço de "a" por faixa de horário, identificando-se o respectivo valor com base na tabela pública para veiculações comerciais locais;c) para cada faixa de horário, multiplica-se o respectivo valor unitário de prestação de serviço pelo volume de serviço a ela relativo; ed) o somatório dos resultados da multiplicação referida em "c", para cada faixa de horário, corresponde ao "valor do faturamento", com base na tabela pública;III - apura-se o "valor efetivamente faturado" no mês de veiculação da propaganda partidária ou eleitoral com base nos documentos fiscais emitidos pelos serviços de divulgação de mensagens de propaganda comercial local efetivamente prestados;IV - calcula-se o coeficiente percentual entre os valores apurados conforme previsto nos itens II e III, de acordo com a seguinte fórmula:

Coeficiente Percentual = [Valor efetivamente faturado (item III)] * 100 Valor do faturamento conforme tabela (item II) * 0,8

V - para cada espaço de serviço de divulgação de mensagens de propaganda cedido para o horário eleitoral e partidário gratuito:a) identifica-se, na tabela pública o respectivo preço, multiplicando-o pelo espaço cedido e por 0,8 (oito décimos);b) multiplica-se cada resultado obtido na alínea "a" por 0,25 (vinte e cinco décimos) no caso de transmissões em bloco, e por um, no caso de inserções; ec) aplica-se sobre cada valor apurado em "b" o coeficiente percentual (item IV); e VI - apura-se o somatório dos valores decorrentes da operação "c". O valor apurado na forma do item VI poderá ser excluído: I - do lucro líquido para determinação do lucro real;II - da base de cálculo dos recolhimentos mensais (estimativas mensais) previstos no art. 2º da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996; e III - da base de cálculo do IRPJ incidente sobre o lucro presumido.Esta compensação fiscal aplica-se também aos comunicados, às instruções e a outras requisições da Justiça Eleitoral, relativos aos programas partidários e eleitorais.As empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio também poderão fazer a exclusão.

2. DIPJ/2012 (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica)2.1. Lucro RealFICHA 09A(...)EXCLUSÕES(...)Linha 09A/76 - (-) Divulgação Eleitoral Gratuita As emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação da propaganda eleitoral e partidária gratuitas e as empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio podem informar, nesta linha, o valor relativo a tais gastos apurado de acordo com regulamentação do Poder Executivo

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Base de Cálculo Estimada Mensal (Lucro Real Anual)Para efeito de determinar a base de cálculo mensal estimada do imposto de renda, as emissoras de rádio e televisão, obrigadas à divulgação gratuita de propaganda partidária ou eleitoral, podem deduzir 0,8 (oito décimos) do resultado da multiplicação do preço do espaço comercializável pelo tempo efetivamente utilizado pela emissora em programação destinada à publicidade comercial, no período de duração daquela propaganda, conforme regulamentação do Poder Executivo. As empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio, podem excluir 0,8 (oito décimos) do valor que seria cobrado às emissoras de rádio e televisão pelos tempos destinados à divulgação gratuita de propaganda partidária ou eleitoral, para efeito da determinação da base de cálculo mensal estimada do imposto de renda, conforme definido em regulamentação do Poder Executivo. Suspensão ou Redução do Pagamento do Imposto de Renda Mensal (Anual) A pessoa jurídica pode suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda devido por estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado, conforme exemplo a seguir: Exemplo 1Pessoa jurídica que comercializa mercadorias levantou balanço para suspender o pagamento do IRPJ em março do ano-calendário, tendo efetuado apuração de imposto utilizando-se da base de cálculo estimada nos meses de janeiro e fevereiro. Janeiro: Receita Bruta R$ 100.000,00 Percentual x 8% Base estimada R$ 8.000,00 Alíquota do IR x 15% IR devido R$ 1.200,00 Fevereiro: Receita Bruta R$ 200.000,00 Percentual x 8% Base estimada R$ 16.000,00 Alíquota do IR x 15% IR devido R$ 2.400,00 Março: Lucro Real até 31/03 R$ 20.000,00 Alíquota do IR x 15% IR apurado R$ 3.000,00 Como a pessoa jurídica apurou o valor de R$ 3.600,00, correspondente ao imposto relativo aos meses de janeiro e fevereiro, e como o imposto calculado com base no lucro real do período compreendido a partir de 1º de janeiro até 31 de março resultou em R$ 3.000,00, poderá suspender o pagamento respectivo, por ser este inferior àquele valor. 1) O procedimento descrito no exemplo acima não desobriga o contribuinte do pagamento dos valores apurados sobre a base de cálculo estimada relativamente aos meses de janeiro e fevereiro (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35; Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º; Decreto nº 3.000, de 1999, art. 230). 2) Os valores devidos relativos ao imposto apurado sobre a base de cálculo estimada que não tiverem sido pagos nas datas de vencimento previstas na legislação específica devem ser pagos com os acréscimos legais (multa de mora e juros de mora). 3) Considerando o exemplo 1 e o disposto no item "2" acima, temos: IR devido JAN - R$ 1.200,00 - vencimento último dia útil de FEV IR devido FEV - R$ 2.400,00 - vencimento último dia útil de MAR IR devido MAR - R$ - - vencimento último dia útil de ABR O valor do imposto mensal pode ser reduzido ao montante correspondente à diferença positiva entre o imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso, e a soma do

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imposto de renda devido, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado, conforme exemplo a seguir: Exemplo 2Pessoa jurídica que comercializa mercadorias levantou balanço para reduzir o pagamento do IRPJ em março do ano-calendário, tendo efetuado apuração de imposto utilizando-se da base de cálculo estimada nos meses de janeiro e fevereiro. Janeiro: Receita Bruta R$100.000,00 Percentual x 8% Base estimada R$ 8.000,00 Alíquota do IR x 15% IR devido R$ 1.200,00 Fevereiro: Receita Bruta R$200.000,00 Percentual x 8% Base estimada R$ 16.000,00 Alíquota do IR x 15% IR devido R$ 2.400,00 Março: Receita Bruta R$ 150.000,00 Percentual x 8% Base estimada R$ 12.000,00 Alíquota do IR x 15% IR devido R$ 1.800,00 Março: Lucro Real até 31/03 R$ 30.000,00 Alíquota do IR x 15% IR apurado R$ 4.500,00 Como a pessoa jurídica apurou o valor de R$ 3.600,00, correspondente ao imposto relativo aos meses de janeiro e fevereiro, e como o imposto calculado com base no lucro real do período compreendido a partir de 1º de janeiro até 31 de março resultou em R$ 4.500,00, ela pode reduzir o valor a ser pago para R$ 900,00 (R$ 4.500,00 - R$ 3.600,00), em vez de R$ 1.800,00, apurado sobre a base de cálculo estimada de março. 1) O procedimento descrito no exemplo acima não desobriga o contribuinte do pagamento dos valores apurados sobre a base de cálculo estimada relativamente aos meses de janeiro e fevereiro (Lei nº 8.981, de 1995, art. 35; Lei nº 9.430, de 1996, art. 2º; Decreto nº 3.000, de 1999, art. 230). 2) Os valores devidos relativos ao imposto apurado sobre a base de cálculo estimada que não tiverem sido pagos nas datas de vencimento previstas na legislação específica devem ser pagos com os acréscimos legais (multa de mora e juros de mora). 3) Considerando o exemplo 2 e o disposto no item "2" acima, temos: IR devido JAN - R$ 1.200,00 - vencimento último dia útil de FEV IR devido FEV - R$ 2.400,00 - vencimento último dia útil de MAR IR devido MAR - R$ 900,00 - vencimento último dia útil de ABR A diferença verificada, correspondente ao imposto de renda apurado a maior, no período abrangido pelo balanço de suspensão, não pode ser utilizada para reduzir o montante do imposto devido em meses subsequentes do mesmo ano-calendário, calculado com base na receita bruta e acréscimos. Caso a pessoa jurídica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto devido, em qualquer outro mês do ano-calendário, deve levantar novo balanço ou balancete do período em curso. O pagamento do imposto de renda relativo ao mês de janeiro do ano-calendário pode ser efetuado com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução, se ficar demonstrado que o imposto devido no período é inferior ao calculado sobre a base de cálculo estimada. Os balanços ou balancetes de suspensão ou redução devem ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e transcritos no livro Diário até a data fixada para pagamento do imposto do respectivo mês. Esses balanços ou balancetes somente produzem efeitos para fins

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de determinação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido do período em curso. Para os efeitos deste subitem, considera-se período em curso aquele compreendido a partir de 1º de janeiro ou o do início de atividade até o último dia do mês a que se referir o balanço ou balancete. O imposto devido no período em curso é o resultado da aplicação da alíquota do imposto sobre o lucro real, acrescido do adicional, e subtraído, quando for o caso, dos incentivos fiscais de dedução e de isenção ou redução. Para fins de determinação do resultado contábil, a pessoa jurídica deverá promover, ao final de cada período de apuração, levantamento e avaliação de seus estoques, segundo a legislação específica, dispensada a escrituração do livro "Registro de Inventário". A pessoa jurídica que possuir registro permanente de estoques, integrado e coordenado com a contabilidade, somente estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, ao final do ano-calendário ou do encerramento do período de apuração, nos casos de incorporação, fusão, cisão ou extinção da pessoa jurídica. O resultado do período em curso deve ser ajustado por todas as adições determinadas, exclusões e compensações de prejuízos fiscais admitidas pela legislação do imposto de renda. A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes de suspensão ou redução deve ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur). A cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto, o contribuinte deve determinar um novo lucro real para o período em curso, desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário. As adições, exclusões e compensações de prejuízos fiscais computadas na apuração do lucro real, correspondentes aos balanços ou balancetes, devem constar, discriminadamente, na Parte A do Lalur, para fins de elaboração da demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na Parte B do referido livro. Ocorrendo apuração de prejuízo fiscal, a pessoa jurídica está dispensada do pagamento do imposto correspondente ao mês em que foi levantado o balanço ou balancete de suspensão. 1)A pessoa jurídica, tributada segundo as normas de tributação em bases universais, que levantar balanço ou balancete de suspensão ou redução em 31 de dezembro deve computar os lucros disponibilizados, nos termos do art. 1º da Lei nº 9.532, de 1997, com nova redação dada pelo art. 3º da Lei nº 9.959, de 2000, pelo art. 35 da MP nº 1.991-15, de 2000, e reedições; e pelo art. 74 da MP nº 2.158-34, de 2001, e os rendimentos e os ganhos de capital, auferidos no exterior, nesse balanço ou balancete, para fins do cálculo do imposto de renda. 2) Para efeito de determinar a base de cálculo mensal do imposto de renda com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução, as emissoras de rádio e televisão, obrigadas à divulgação gratuita de propaganda partidária ou eleitoral, podem deduzir 0,8 (oito décimos) do resultado da multiplicação do preço do espaço comercializável pelo tempo efetivamente utilizado pela emissora em programação destinada à publicidade comercial, no período de duração daquela propaganda, conforme regulamentação do Poder Executivo. As empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio, podem excluir 0,8 (oito décimos) do valor que seria cobrado às emissoras de rádio e televisão pelos tempos destinados à divulgação gratuita de propaganda partidária ou eleitoral, para efeito da determinação da base de cálculo mensal do imposto de renda com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução, conforme definido em regulamentação do Poder Executivo.  2.2. Lucro PresumidoFicha 14A - Apuração do Imposto de Renda sobre o Lucro Presumido (LP) (...)EXCLUSÕES(...)Linha 14A/24 - (-) Divulgação Eleitoral e Partidária Gratuita As emissoras de rádio e televisão, obrigadas à divulgação da propaganda eleitoral e partidária

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gratuita, e as empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio, podem informar, nesta linha, o valor apurado de acordo com regulamentação do Poder Executivo.   3. Legislação Aplicável3.1. Lei 9.504, de 30 de Setembro de 1997 - Normas para EleiçõesEstabelece normas para as eleições (...)Art. 99. As emissoras de rádio e televisão terão direito a compensação fiscal pela cedência do horário gratuito previsto nesta Lei. § 1o  O direito à compensação fiscal das emissoras de rádio e televisão previsto no parágrafo único do art. 52 da Lei 9.096, de 19 de setembro de 1995, e neste artigo, pela cedência do horário gratuito destinado à divulgação das propagandas partidárias e eleitoral, estende-se à veiculação de propaganda gratuita de plebiscitos e referendos de que dispõe o art. 8o da Lei 9.709, de 18 de novembro de 1998, mantido também, a esse efeito, o entendimento de que: (Incluído pela Lei 12.034, de 2009)I – (VETADO); (Incluído pela Lei 12.034, de 2009)II – a compensação fiscal consiste na apuração do valor correspondente a 0,8 (oito décimos) do resultado da multiplicação de 100% (cem por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento) do tempo, respectivamente, das inserções e das transmissões em bloco, pelo preço do espaço comercializável comprovadamente vigente, assim considerado aquele divulgado pelas emissoras de rádio e televisão por intermédio de tabela pública de preços de veiculação de publicidade, atendidas as disposições regulamentares e as condições de que trata o § 2o-A; (Redação dada pela Lei 12.350, de 2010)III – o valor apurado na forma do inciso II poderá ser deduzido do lucro líquido para efeito de determinação do lucro real, na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), inclusive da base de cálculo dos recolhimentos mensais previstos na legislação fiscal (art. 2o da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996), bem como da base de cálculo do lucro presumido. (Incluído pela Lei 12.350, de 2010)§ 2º  (VETADO) (Incluído pela Lei 12.034, de 2009)§ 2º-A.  A aplicação das tabelas públicas de preços de veiculação de publicidade, para fins de compensação fiscal, deverá atender ao seguinte: (Incluído pela Lei 12.350, de 2010)I – deverá ser apurada mensalmente a variação percentual entre a soma dos preços efetivamente praticados, assim considerados os valores devidos às emissoras de rádio e televisão pelas veiculações comerciais locais, e o correspondente a 0,8 (oito décimos) da soma dos respectivos preços constantes da tabela pública de veiculação de publicidade; (Incluído pela Lei 12.350, de 2010)II – a variação percentual apurada no inciso I deverá ser deduzida dos preços constantes da tabela pública a que se refere o inciso II do § 1o. (Incluído pela Lei 12.350, de 2010)§ 3º  No caso de microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional), o valor integral da compensação fiscal apurado na forma do inciso II do § 1o será deduzido da base de cálculo de imposto e contribuições federais devidos pela emissora, seguindo os critérios definidos pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). (Redação dada pela Lei 12.350, de 2010)  3.2. Decreto 7.791, de 17.08.2012 - DOU de 20.08.2012Regulamenta a compensação fiscal na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ pela divulgação gratuita da propaganda partidária e eleitoral, de plebiscitos e referendos. A Presidenta da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput , inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 52 da Lei 9.096, de 19 de setembro de 1995, e no art. 99 da Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, Decreta:

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Art. 1º As emissoras de rádio e televisão obrigadas à divulgação gratuita da propaganda partidária e eleitoral, de plebiscitos e referendos poderão efetuar a compensação fiscal de que trata o parágrafo único do art. 52 da Lei n º 9.096, de 19 de setembro de 1995, e o art. 99 da Lei n º 9.504, de 30 de setembro de 1997, na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ, inclusive da base de cálculo dos recolhimentos mensais previstos na legislação fiscal, e da base de cálculo do lucro presumido. Art. 2º A apuração do valor da compensação fiscal de que trata o art. 1º se dará mensalmente, de acordo com o seguinte procedimento: I - parte-se do preço dos serviços de divulgação de mensagens de propaganda comercial, fixados em tabela pública pelo veículo de divulgação, conforme previsto no art. 14 do Decreto n º 57.690, de 1º de fevereiro de 1966, para o mês de veiculação da propaganda partidária e eleitoral, do plebiscito ou referendo II - apura-se o "valor do faturamento" com base na tabela a que se refere o inciso anterior, de acordo com o seguinte procedimento:a) parte-se do volume de serviço de divulgação de mensagens de propaganda comercial local efetivamente prestado pelo veículo de divulgação no mês da veiculação da propaganda partidária e eleitoral, do plebiscito ou referendo;b) classifica-se o volume de serviço da alínea "a" por faixa de horário, identificando-se o respectivo valor com base na tabela pública para veiculações comerciais locais;c) para cada faixa de horário, multiplica-se o respectivo valor unitário de prestação de serviço pelo volume de serviço a ela relativo; ed) o somatório dos resultados da multiplicação referida na alínea "c", para cada faixa de horário, corresponde ao "valor do faturamento", com base na tabela pública;III - apura-se o "valor efetivamente faturado" no mês de veiculação da propaganda partidária ou eleitoral com base nos documentos fiscais emitidos pelos serviços de divulgação de mensagens de propaganda comercial local efetivamente prestados;IV - calcula-se o coeficiente percentual entre os valores apurados conforme previsto nos incisos II e III do caput , de acordo com a seguinte fórmula:

Coeficiente Percentual = [ Valor efetivamente faturado (inciso III) ] * 100   Valor do faturamento conforme tabela (inciso II) * 0,8

V - para cada espaço de serviço de divulgação de mensagens de propaganda cedido para o horário eleitoral e partidário gratuito:a) identifica-se, na tabela pública de que trata o inciso I, o respectivo preço, multiplicando-o pelo espaço cedido e por 0,8 (oito décimos);b) multiplica-se cada resultado obtido na alínea "a" por 0,25 (vinte e cinco décimos) no caso de transmissões em bloco, e por um, no caso de inserções; ec) aplica-se sobre cada valor apurado na alínea "b" o coeficiente percentual a que se refere o inciso IV do caput ; e VI - apura-se o somatório dos valores decorrentes da operação de que trata a alínea "c" do inciso V do caput . Art. 3º O valor apurado na forma do inciso VI do caput do art. 2º poderá ser excluído: I - do lucro líquido para determinação do lucro real;II - da base de cálculo dos recolhimentos mensais previstos no art. 2º da Lei n º 9.430, de 27 de dezembro de 1996; e III - da base de cálculo do IRPJ incidente sobre o lucro presumido.Art. 4º As empresas concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, obrigadas ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio também poderão fazer a exclusão de que trata o art. 3º. Art. 5º O disposto neste Decreto aplica-se também aos comunicados, às instruções e a outras requisições da Justiça Eleitoral, relativos aos programas partidários e eleitorais. Art. 6º Fica o Ministro de Estado da Fazenda autorizado a expedir atos normativos complementares a este Decreto.

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Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 21 de dezembro de 2010. Art. 8º Fica revogado o Decreto n º 5.331, de 4 de janeiro de 2005. Brasília, 17 de agosto de 2012; 191º da Independência e 124º da República.DILMA ROUSSEFFGuido Mantega

FONTE: LEFISC .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: REFORMA E MANUTENÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO – PROCEDIMENTO

SUMÁRIOIntroduçãoManutençãoReformasRegistro ContábilExemplo1. Introdução

No transcorrer de sua vida útil, os bens do imobilizado necessitam de manutenção, consertos e reformas.

Serão admitidas, como custo ou despesa operacional, as despesas com reparos e conservação de bens e instalações destinadas a mantê-los em condições eficientes de operação (Lei nº 4.506/64, art. 48 incorporado do RIR/99 no art. 346).

Os gastos com reparos e conservação devem ser entendidos como a aplicação de recursos no sentido de recuperar o bem para recolocá-lo em condições de funcionamento, mantendo as suas características. Não se aplica aos casos em que ocorre mudança na configuração, na natureza ou no tipo do bem.2. Manutenção

A manutenção rotineira é necessária para a preservação e o bom funcionamento do bem, sendo incluídos os gastos com troca de peças desgastadas pelo uso, lubrificação de máquinas etc. e, por consertos, podemos considerar a recuperação de peças quebradas ou de peças danificadas.

Esses gastos devem ser registrados como despesa operacional ou custo de produção, de acordo com a utilização dada ao bem.

Vale ressaltar que fiscalmente somente serão permitidas despesas com reparos e conservação de bens móveis e imóveis se intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços (art. 13, inciso III, da Lei nº 9.249/95).3. Reformas

As reformas, bem menos frequentes, são alterações na estrutura do bem que resultam em aumento de sua vida útil, como, por exemplo, a troca de motor de um veículo da empresa, contudo a fixação de uma nova vida útil para um bem em razão de uma reforma deve ser amparada por laudo técnico.4. Registro Contábil

As empresas, quando adquirem, para uso próprio, um bem composto de diversas partes e peças, como, por exemplo, um automóvel, fazem o registro contábil do mesmo pelo custo de aquisição total e não pelo custo de cada um de seus componentes. Impossível, portanto, que na substituição de qualquer desses componentes se exigisse a determinação de seu valor contábil específico para efeito de cômputo nas contas de resultado.

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Os gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de partes e peças de bens do ativo imobilizado, de que resulte aumento da vida útil superior a um ano, deverão ser incorporados ao valor do bem, para fins de depreciação do novo valor contábil, no novo prazo de vida útil previsto para o bem recuperado, ou, alternativamente, a pessoa jurídica poderá (art. 346 do RIR/99 e Parecer Normativo CST nº 22/87):a) aplicar o percentual de depreciação correspondente à parte não depreciada do bem sobre os custos de substituição das partes ou peças;b) apurar a diferença entre o total dos custos de substituição e o valor determinado na letra “a”;c) escriturar o valor apurado na letra “a” a débito das contas de resultado;d) escriturar o valor apurado na letra “b” a débito da conta do ativo imobilizado que registra o bem, o qual terá seu novo valor contábil depreciado no novo prazo de vida útil previsto.5. Exemplo

A empresa resolveu trocar o motor de um caminhão de seu imobilizado:CUSTO DO BEM

DEPRECIAÇÃO ACUMULADA (60%)PARTE NÃO DEPRECIADA (40%)

CUSTO DO MOTORR$ 400.000,00R$ 240.000,00R$ 160.000,00R$ 60.000,00

Aplicando a fórmula:a) aplicar o percentual de depreciação correspondente à parte não depreciada do bem sobre os custos de substituição das partes ou peças: R$ 60.000,00 x 40% = R$ 24.000,00;b) apurar a diferença entre o total dos custos de substituição e o valor determinado na letra “a”: R$60.000,00 - R$ 24.000,00 = R$ 36.000,00;c) escriturar o valor apurado na letra “a” a débito das contas de resultado e;d) escriturar o valor apurado na letra “b” a débito da conta do ativo imobilizado que registra o bem, o qual terá seu novo valor contábil depreciado no novo prazo de vida útil previsto.

Contabilização dos gastos com a reforma do bem:D Manutenção e Conservação (Resultado) R$ 24.000,00D Veículo (Ativo Imobilizado) R$ 36.000,00C Banco X (Ativo Circulante) R$ 60.000,00Gastos com a reforma do veículo conforme cheque nº________ em ___/___/___

Nota Cenofisco: A pessoa jurídica que não quiser adotar os procedimentos anteriormente citados deverá incorporar ao valor do bem o total dos custos de substituição das partes e peças, podendo depreciar o novo valor contábil no novo prazo de vida útil prevista para o bem recuperado.

FONTE: CENOFISCO .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

IPI: RESÍDUOS SÓLIDOS ADQUIRIDOS DE COOPERATIVAS DE CATADORES A SEREM UTILIZADOS COMO MATÉRIAS-PRIMAS OU PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS – CRÉDITO PRESUMIDO – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução2. Resíduos Sólidos a Serem Utilizados como Matérias-Primas ou Produtos

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Intermediários na Fabricação de Produtos pelo Industrial   3. Condições para Fruição do Benefício4. Produtos Considerados como Resíduos Sólidos5. Documento Hábil para Comprovação da Venda dos Resíduos Sólidos6. Formas para Apuração do Crédito Presumido7. Escrituração Fiscal8. Forma de Aproveitamento do Crédito Presumido 8.1. Saídas subsequentes com suspensão, isenção ou imunidade - Vedação

da utilização do crédito presumido1. Introdução

Com a edição da Lei nº 12.375, de 30/12/2010 (arts. 5º e 6º), ficou estabelecido o crédito presumido do IPI para ser utilizado por estabelecimentos industriais na aquisição de resíduos adquiridos diretamente de cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Posteriormente, referido benefício, que vigorará até 31/12/2014, foi regulamentado pelo Decreto nº 7.619, de 21/11/2011, que será objeto de fundamento da presente matéria.

Esclarecemos, também, que o referido benefício foi objeto de discussão na Medida Provisória nº 476/09 cujo texto perdeu eficácia por força do Ato nº 23/10 do Presidente da Mesa do Congresso Nacional.2. Resíduos Sólidos a Serem Utilizados como Matérias-Primas ou Produtos Intermediários na Fabricação de Produtos pelo Industrial 

Os estabelecimentos industriais farão jus, até 31/12/2014, ao crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de resíduos sólidos a serem utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos (art. 1º do Decreto nº 7.619/11).

Segundo o referido decreto, para efeito de aplicação do benefício fiscal, resíduos sólidos são os materiais, as substâncias, os objetos ou os bens descartados resultantes de atividades humanas em sociedade. 3. Condições para Fruição do Benefício

A legislação determina que para fins de apropriação do crédito presumido os resíduos sólidos deverão ser adquiridos diretamente de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, constituídas de, no mínimo, 20 cooperados pessoas físicas, sendo vedada, neste caso, a participação de pessoas jurídicas. 4. Produtos Considerados como Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos de que trata o referido decreto são aqueles classificados nos códigos 39.15, 47.07, 7001.00.00, 72.04, 7404.00.00, 7503.00.00, 7602.00.00, 7802.00.00 e 7902.00.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), bem como aqueles descritos em destaques “Ex” agregados a esses mesmos códigos, a seguir relacionados:

NCM DESCRIÇÃO39.15 Desperdícios, resíduos e aparas, de plásticos.

3915.10.00 -De polímeros de etileno3915.20.00 -De polímeros de estireno3915.30.00 -De polímeros de cloreto de vinila3915.90.00 -De outros plásticos

.................................47.07 Papel ou cartão para reciclar (desperdícios e

aparas).4707.10.00 -Papéis ou cartões, Kraft, crus, ou papéis ou

cartões ondulados4707.20.00 -Outros papéis ou cartões, obtidos principalmente

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a partir de pasta química branqueada, não corada na massa

4707.30.00 -Papéis ou cartões, obtidos principalmente a partir de pasta mecânica (por exemplo, jornais,

periódicos e impressos semelhantes)4707.90.00 -Outros, incluídos os desperdícios e aparas não

selecionados................................

7001.00.00 Cacos, fragmentos e outros desperdícios e resíduos de vidro; vidro em blocos ou massas.

  Ex 01 - Cacos, fragmentos e outros desperdícios e resíduos, exceto os de vidro óptico

  Ex 02 - De vidro óptico, inclusive cacos, fragmentos e outros desperdícios e resíduos

.............................72.04 Desperdícios e resíduos de ferro fundido, ferro ou

aço; desperdícios de ferro ou aço, em lingotes.7204.10.00 -Desperdícios e resíduos de ferro fundido

7204.2 -Desperdícios e resíduos de ligas de aços:7204.21.00 --De aços inoxidáveis7204.29.00 --Outros7204.30.00 -Desperdícios e resíduos de ferro ou aço

estanhados7204.4 -Outros desperdícios e resíduos:

7204.41.00 --Resíduos do torno e da fresa, aparas, lascas (“meulures”), pó de serra, limalhas e desperdícios da estampagem ou do corte, mesmo em fardos

7204.49.00 --Outros7204.50.00 -Desperdícios em lingotes

................................7404.00.00 Desperdícios e resíduos, de cobre.

   .............................

7503.00.00 Desperdícios e resíduos, de níquel.   

...............................7602.00.00 Desperdícios e resíduos, de alumínio.

   ...............................

7802.00.00 Desperdícios e resíduos, de chumbo.   

...............................7902.00.00 Desperdícios e resíduos, de zinco.

   

5. Documento Hábil para Comprovação da Venda dos Resíduos Sólidos

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Conforme estabelece o art. 4º do Decreto nº 7.619/11, a venda dos resíduos sólidos de que trata o tópico 3 anterior será comprovada por documento fiscal previsto na legislação do IPI. 6. Formas para Apuração do Crédito Presumido

O crédito presumido de que trata o presente trabalho será apurado pelo adquirente mediante a aplicação da alíquota da TIPI (Decreto nº 7.660/11) a que estiver sujeito o produto final resultante do aproveitamento dos resíduos sólidos que se enquadram nas condições estabelecidas no tópico 4, sobre os seguintes percentuais do valor inscrito no documento fiscal referido no tópico anterior:a) 50%, no caso dos resíduos sólidos classificados na posição 39.15 e no código 7001.00.00 da TIPI;b) 30%, no caso dos resíduos sólidos classificados nas posições 47.07 e 72.04 da TIPI; ouc) 10%, no caso dos resíduos sólidos classificados nos códigos 7404.00.00, 7503.00.00, 7602.00.00, 7802.00.00 e 7902.00.00 da TIPI. 7. Escrituração Fiscal

O valor do crédito presumido apurado deverá:a) constar de nota fiscal de entrada emitida pelo estabelecimento industrial adquirente dos resíduos sólidos; eb) ser escriturado no item 005 do quadro “Demonstrativo de Créditos” do Livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, observando-se ainda as demais regras de escrituração constantes da legislação do imposto. 8. Forma de Aproveitamento do Crédito Presumido

O aproveitamento do crédito presumido dar-se-á, exclusivamente, por sua dedução com o IPI devido nas saídas do estabelecimento industrial de produtos que contenham os resíduos sólidos referidos no tópico 4.8.1. Saídas subsequentes com suspensão, isenção ou imunidade - Vedação da utilização do crédito presumido

Nos termos do § 3º do art. 5º do Decreto nº 7.619/11, fica vedada a escrituração do crédito presumido quando os produtos que contenham os resíduos sólidos referidos no tópico 4 saírem do estabelecimento industrial com suspensão, isenção ou imunidade do IPI. Base legal: citada no texto.

FONTE: CENOFISCO .

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IRPF: RENDIMENTOS RECEBIDOS DO EXTERIOR – SETEMBRO DE 2012 – ADE COSIT N° 23, DE 17/08/2012

Divulga o valor do dólar dos Estados Unidos da América para efeito da apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda, no caso de rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior, no mês de setembro de 2012.

O COORDENADOR-GERAL DE TRIBUTAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso V do art. 293 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto nos arts. 5º e 6º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 2012, Declara: Artigo único. Para efeito da apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda, no caso de rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior: I - os rendimentos em moeda estrangeira que forem recebidos no mês de setembro de 2012, bem assim o imposto pago no exterior, serão convertidos em reais mediante a utilização do

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valor do dólar dos Estados Unidos da América fixado para compra no dia 15/8/2012, cujo valor corresponde a R$ 2,0228; II - as deduções que serão permitidas no mês de setembro de 2012 (incisos II, IV e V do art. 4º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995) serão convertidas em reais mediante a utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América fixado para venda no dia 15/8/2012, cujo valor corresponde a R$ 2,0234.

FERNANDO MOMBELLI

FONTE: Diário Oficial da União – 30/08/2012.

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IRPJ/CSL: RECEITA ESCLARECE SOBRE A APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO, RELATIVAMENTE AOS JUROS SOBRE PRESTAÇÕES NA ATIVIDADE IMOBILIÁRIA – COMENTÁRIO

Por meio da norma em referência, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) esclareceu que, para fins de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), devidos no regime do lucro presumido, as receitas de juros, decorrentes do atraso no pagamento de prestações relativas à comercialização de imóveis, auferidas por pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias referentes a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, estão sujeitas aos percentuais de que tratam o arts. 15 e 20 da Lei nº 9.249/1995 , ou seja, a 8%, relativamente ao IRPJ, e a 12%, relativamente à CSL, desde que esses acréscimos sejam apurados por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato.

FONTE: IOB .

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PMES: AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PEQUENA EMPRESA E A PREPARAÇÃO DO EMPRESÁRIO – COMENTÁRIO

Sumário1. INTRODUÇÃO 2. VANTAGENS E DESVANTAGENS 2.1 Vantagens 2.2 Desvantagens 3. A PREPARAÇÃO DO PEQUENO EMPRESÁRIO 4. CONCLUSÃO 1. INTRODUÇÃOA motivação que leva as pessoas ao desejo de aventurar-se em negócios próprios assume formas muito variadas. Na maior parte das vezes, esse desejo se materializa na abertura de uma micro ou pequena empresa, cujo desempenho dificilmente coincide com os sonhos do seu criador, conforme demonstram as altas taxas de "mortalidade prematura" das empresas desse porte, apuradas, ano após ano, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Este texto relaciona algumas das principais vantagens e desvantagens de um pequeno empreendimento, enfatizando a preparação indispensável de seu proprietário para a maximização das probabilidades de sucesso.

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Para ilustrar o tema, recorremos a uma pequena história. Conta-se que um burro e uma formiga encontraram-se na subida de um morro - ele arfando sob o peso da carga que lhe pendia do lombo, sobre a qual escarranchava-se o seu condutor, um sujeito gordo e munido de um rebenque que estalava, amiúde, no traseiro da pobre besta para avivar-lhe a marcha; ela - a formiga -, cambaleante, mas decidida, sem ninguém para guiá-la ou incitá-la, carregava uma migalha de pão algumas vezes mais pesada do que ela própria. - Eu queria ser como você! - disse o burro, ofegante, à formiga. - Carrega com facilidade uma carga mais pesada do que seu próprio corpo, enquanto eu mal consigo andar com esse trambolho nas costas! - Não há nenhum mistério nisso - respondeu a formiga. - A diferença é que você trabalha para os outros, vigiado e ameaçado, enquanto eu trabalho por minha própria conta! Essa minifábula ilustra o que parece ser a mais frequente motivação de quem decide aventurar-se nos negócios por conta própria: o desejo de ser "dono do seu próprio nariz" (ou, no caso da formiga, de ser "dona das suas próprias antenas"). Ou seja: o desejo de ter liberdade - liberdade para fazer o que quiser da maneira que lhe parecer mais apropriada. Em outras palavras, isso significa não ter obrigação de executar tarefas que lhe pareçam tediosas, mas, sim, poder exercer plenamente a sua criatividade, sem ter de observar métodos e procedimentos impostos por terceiros, e organizar o próprio tempo. Naturalmente, essa motivação básica não é única. Existem outras (que podem ser tão racionais ou ilusórias quanto a própria motivação básica) a exemplo da perspectiva de ganhar mais dinheiro como empresário do que como empregado - e prestígio social associado ao status de comandante em lugar de comandado ("non ducor, duco", como ostenta o Estado de São Paulo em seu brasão) -, da identificação de uma oportunidade única ou, simplesmente, da situação de estar desempregado e não poder encontrar um novo emprego. O que deve presidir a decisão de atender (ou não) à motivação que se apresenta são a análise e a avaliação dos riscos e das oportunidades que ela representa. Essa etapa de análise e avaliação das suas motivações (quase sempre negligenciada) é uma fase de alto risco para o futuro empresário, podendo definir, por antecipação, o sucesso ou o fracasso do novo empreendimento. Isso porque, nessa etapa, o candidato ao empresariado torna-se muito vulnerável às armadilhas emocionais que o levam a exagerar em benefícios imaginários e a menosprezar riscos reais ao avaliar ações pelas quais, antecipadamente, já se decidiu. Essa é a tal "racionalização", tão citada pelos psicólogos; a hora do autoengano, da autoilusão, quando conspiramos contra nós mesmos, a exemplo de quando nos apaixonamos por alguém e passamos a exagerar-lhe as qualidades e a diminuir-lhe os defeitos. Para agravar a situação, esse momento de decisões críticas depende, também, de outro elemento essencial: a honesta comparação entre as qualidades que o empreendimento sob análise requer do seu administrador e as aptidões do candidato ao empresariado. Se as aptidões do candidato forem próximas das qualidades requeridas pela empresa, o seu "nível de aspiração" estará próximo do seu "nível de aptidão" e tal fato deverá ser arrolado como "oportunidade"; caso contrário, será um "risco". Este texto visa comentar as vantagens (oportunidades) e as desvantagens (riscos) das empresas de pequeno porte, com ênfase na preparação que o candidato a empresário deve desenvolver para maximizar as vantagens e minimizar as desvantagens desse empreendimento. 2. VANTAGENS E DESVANTAGENSEm linhas gerais, elencamos a seguir as vantagens e desvantagens das empresas de pequeno porte em termos de comparação com as de maior porte. 2.1 VantagensSão menos complexas, menos burocratizadas, mais flexíveis e mais ágeis do que as organizações maiores; além disso, apresentam maior campo à criatividade individual de

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administradores e funcionários e propiciam um relacionamento mais estreito entre os chefes e seus comandados. Por essas razões, as grandes organizações procuram dividir-se em unidades menores, de administração relativamente independente, mas sujeitas a um comando central, como é o caso do país subdividido em Estados e municípios e da corporação subdividida em centros de lucro. 2.2 DesvantagensAs empresas pequenas são muito mais dependentes da fidelidade dos seus clientes, apresentam um menor poder de barganha e de negociação, são altamente vulneráveis a crises econômicas e muito sensíveis a problemas financeiros não só pela sua limitada disponibilidade de reservas, mas também por sua maior dificuldade na obtenção de crédito junto aos bancos, o que as sujeita, para garantir liquidez, a altas taxas de descontos bancários e a um elevado grau de dependência da pontualidade dos pagamentos de seus clientes. Contudo, a simples comparação entre as vantagens e desvantagens elencadas não parece ser suficiente para permitir um indiscutível e imediato diagnóstico quanto à maior dificuldade ou facilidade de se administrar uma empresa pequena. Entretanto, uma linha de pensamento nos permite concluir (a partir da enumeração exposta nos subtópicos 2.1 e 2.2 que, na realidade, é mais difícil gerenciar uma empresa de menor porte. Essa linha de pensamento é a seguinte: as vantagens enumeradas da empresa pequena são todas de natureza administrativa, enquanto as desvantagens são basicamente de natureza financeira. Ora, problemas administrativos podem ser corrigidos se o empresário dispuser de tempo e de recursos financeiros (o que vale dizer que o dinheiro possibilita corrigir uma administração de má qualidade); mas, sem dinheiro, não se pode administrar a empresa, ou seja, a limitação financeira dificulta o gerenciamento de qualquer organização. Não se sabe ao certo o autor da frase, mas alguém disse (teria sido o verborrágico e ardiloso Churchill?) que guerras são ganhas com 3 coisas: dinheiro, dinheiro e dinheiro. A guerra dos negócios também. Assim, é sempre mais difícil gerenciar uma empresa com limitações financeiras (mazela quase sempre presente nas empresas de porte reduzido), do que uma empresa com problemas administrativos, mas com situação financeira sólida (como costuma ocorrer com empresas de maior porte). Não é à toa que as pesquisas do Sebrae relativas às causas da elevada "mortalidade" de pequenas empresas com até 5 anos de existência indicam uma alta incidência de razões direta ou indiretamente associadas à falta de dinheiro (capital insuficiente, baixa lucratividade, custos elevados, vendas baixas etc.). Há algum tempo, houve quem acreditasse (mesmo entre os administradores), que "o pequeno é belo", no sentido de que a pequena empresa representaria o tipo ideal de organização econômica, pela aparente simplicidade da sua administração. Essa crença, consolidada, em parte, pelo título do livro "Small is Beautiful" (uma compilação de vários textos do Dr. E. F. Shumacher), configura uma injustiça cometida contra o autor que, salvo melhor juízo, nunca pretendeu elevar a pequena empresa às alturas de organização ideal para fins administrativos. Na verdade, o professor Schumacher defendeu, nos seus escritos, uma posição muito mais séria e abrangente do que a simples apologia a um tamanho de organização, como julgaram, precipitadamente, aqueles que se deixaram iludir pelo título dado à coletânea de seus artigos. Assim, a despeito do fato de que as pequenas empresas (quando bem administradas) podem atingir padrões de desempenho dificilmente igualáveis aos de grandes corporações, e apesar do seu papel relevante na geração de empregos (especialmente na atual estrutura da economia brasileira), ninguém pretendeu - ao menos que saibamos - exaltar a sua maior maleabilidade administrativa. Essa característica definitivamente não existe, porque - a despeito de mais flexível, menos burocrática etc. - sua fragilidade financeira dificulta o gerenciamento, não facultando, aos seus administradores, a possibilidade de errar sem graves consequências.

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Não obstante já seja geralmente reconhecido o mal-entendido sobre o trabalho de Schumacher, a ideia de que "alguém", em "algum lugar", afirmou que "o pequeno é belo" persiste, gerando, ainda, muita polêmica. Tanto é assim que um livro bem mais recente, escrito por William Davis com o título "Os Mitos da Administração", inclui como 11ª mentira administrativa a ser desmascarada o mito de que "o pequeno é belo". A conclusão de Davis (baseada em sua própria experiência) é incisiva: "o pequeno não é belo; o pequeno é difícil". Sendo difícil, requer cuidado e preparação por parte de quem se envolve com ele. Que o candidato a empresário não se deixe iludir pelas aparências: a pequena empresa é um páreo duro principalmente para quem não se prepara de modo adequado para enfrentar suas manhas e deficiências. 3. A PREPARAÇÃO DO PEQUENO EMPRESÁRIOAs aptidões requeridas do empresariado em geral e do pequeno empresário em particular são de 2 categorias: as aptidões inatas e as aptidões adquiridas. As primeiras são aquelas que constituem o equipamento natural da pessoa, as qualidades congênitas da sua personalidade no estado bruto ou refinadas e acentuadas pela educação recebida na infância e na juventude. As outras aptidões - aquelas que realmente nos interessam para a finalidade deste texto -,são as habilidades adquiridas, aquelas que independem de traços genéticos e podem ser alcançadas mediante treinamento ou preparação. A esse respeito, o pequeno empresário deve ser instado a aprender e adotar alguns procedimentos de planejamento e monitoração que constituem o recurso administrativo mínimo a ser aplicado em seu empreendimento, com o objetivo de evitar as causas de insucesso mais comuns nas pequenas empresas. Já vimos que o problema básico dessas empresas é de natureza financeira. A limitação crônica de recursos financeiros que afeta essas organizações acarreta riscos aos quais elas raramente conseguem sobreviver. A fim de reduzir tais riscos sem sobrecarregar a empresa com controles excessivos e complexos, recomenda-se como mínimo aceitável para monitoração financeira a adoção de 3 dos principais relatórios de acompanhamento do desempenho empresarial: o Relatório Diário de Vendas, o Relatório de Apuração e Comparação de Resultados e o Controle e Planejamento de Caixa, brevemente descritos adiante. Com essa recomendação, pretende-se manter sob monitoração regular e permanente os 3 objetivos básicos de qualquer empresa: as vendas, os resultados e a liquidez, durante o período em que o empreendimento se desenvolve suficientemente para incorporar ferramentas gerenciais complementares ao seu arsenal de prevenção de problemas financeiros. Sabe-se que a decisão de abrir um novo negócio ocorre, predominantemente, a pessoas que, experientes na produção ou venda de determinados produtos ou serviços, deixam-se atrair pela esperança de tornar-se independentes abrindo uma pequena fábrica ou um modesto ponto de vendas. A maioria dos pequenos empresários tem essa origem (porque pouca gente comete a imprudência de aventurar-se em atividades totalmente desconhecidas), de forma que são bons na produção ou nas vendas, mas, em geral, de administração (principalmente financeira) nada conhecem. Confrontados com a dura realidade que os obriga a desviar tempo daquilo que sabem e gostam de fazer para dedicá-lo à função financeira, sentem-se desorientados e expõem-se a riscos que um certo grau de conhecimento e treinamento poderia neutralizar. Para prover esse "certo grau de conhecimento", voltemos à monitoração financeira antes citada e aos 3 relatórios básicos que a compõem. Naturalmente, essa trinca de relatórios não é capaz de dispensar definitivamente todos os demais recursos gerenciais disponíveis.

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Na verdade - como já antecipamos - tais relatórios são, apenas, o início, o mínimo indispensável a ser provisoriamente utilizado pelo empresário durante o prazo requerido para que consiga munir-se dos recursos técnicos e/ou humanos adicionais, indispensáveis à utilização de procedimentos e relatórios complementares, que tenderão a tornar-se cada vez mais importantes na medida do crescimento da empresa. Cada empresa definirá o formato mais conveniente para esses relatórios, em função dos seus objetivos gerenciais e dos recursos disponíveis. Arrolamos, a seguir, os dados básicos que deverão compor cada um dos relatórios em pauta:

a) Relatório Diário de Vendas: os seguintes dados devem ser demonstrados por dia e por produto vendido:

a.1) quantidade vendida; a.2) valor da venda; a.3) custo de venda correspondente; e a.4) lucro bruto em valor absoluto e como porcentagem, do valor vendido; b) Relatório de Apuração e Comparação de Resultados: esse relatório deve representar

o demonstrativo de lucros e perdas referente ao período escolhido (vendas, custo de vendas, lucro bruto, gastos variáveis, margem de contribuição, gastos fixos, despesas financeiras e resultado líquido) em comparação com os mesmos dados de um período anterior e/ou do orçamento da empresa, caso o controle orçamentário seja adotado. A periodicidade desse relatório (semanal, mensal, bimestral etc.) fica a critério da empresa, sendo, entretanto, o período mensal o de utilização mais frequente;

c) Controle e Planejamento de Caixa: a rigor, esse relatório é composto por 2 planilhas separadas: uma diária (o controle de caixa) e outra trimestral (o planejamento de caixa). A coluna básica de ambos os formulários (aquela que identifica as informações que constam das demais colunas) é a mesma, incluindo, no mínimo, os seguintes dados:

c.1 ) Saldo Inicial; c.2 ) Entradas (vendas à vista, vendas a prazo, empréstimos e financiamentos, outras

entradas e total das entradas); c.3 ) Saídas (pagamentos a fornecedores, despesas, outras saídas e total das saídas); e c.4 ) Saldo Final.

A diferença mais acentuada entre os 2 formulários de que trata a letra "c" reside no fato de que, no caso do relatório diário do controle de caixa, estamos registrando, apenas, dados consumados, sobre os quais já não temos qualquer controle; do formulário de planejamento de caixa, por sua vez, constam não só dados efetivos e reais, como também previsões fundamentalmente baseadas na experiência passada. As informações referentes a cada período demonstrado no relatório (geralmente mensal) enfileiram-se em duas colunas - a primeira de previsão e a segunda de desempenho real. O alinhamento lado a lado dessas colunas facilita a comparação entre ambas, além de demonstrar a necessidade de eventuais ações preventivas de situações de risco de inadimplência. Naturalmente, tanto a periodicidade como o formato aqui sugeridos para esses relatórios são meramente orientativos, ficando a critério da gerência a introdução das adaptações que venham a ser julgadas convenientes. O importante é que os principais objetivos financeiros da empresa (vendas, resultados e caixa) estejam sob monitoração regular e permanente. 4. CONCLUSÃOOs estudos periodicamente publicados pelo Sebrae acerca dos altos índices da "mortalidade" das micro e pequenas empresas até o 5º ano de atividades deixam em evidência a preponderância de determinantes financeiros entre as causas desse desfecho negativo. A partir das pesquisas que servem de base aos mencionados estudos, pode-se, também, concluir que a maioria dos proprietários desses empreendimentos prematuramente encerrados comete, invariavelmente, "pecados" muito semelhantes, tais como:

a) concentrar-se, demasiadamente, nas atividades de produção e vendas, com as quais sentem-se mais familiarizados;

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b) tardar na percepção da importância da administração financeira, somente dando-se conta dessa importância quando a situação negativa já não admite reversão;

c) não ter conhecimento de que a gestão financeira começa ainda antes do início das operações, na fase de planejamento, quando se avalia o montante do capital requerido para o financiamento do período de abertura e de maturação do empreendimento. A nosso ver, a crescente consciência da relevância de uma sadia gestão financeira, apoiada na difusão contínua dos recursos técnicos que a viabilizam, continua a constituir-se no único meio de reversão dos persistentes índices de "mortalidade prematura" da pequena empresa.

FONTE: IOB .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

SIMPLES NACIONAL – EXCLUSÃO DO REGIME – TRATAMENTO FISCAL – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução2. SIMPLES Nacional - Exclusão do Regime - Norma Geral2.1. Exclusão por comunicação2.2. Exclusão de ofício3. SIMPLES Nacional - Exclusão do Regime - Disciplina Estadual3.1. Hipóteses em que a empresa optante pelo SIMPLES Nacional será

excluída de ofício3.2. Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional3.3. Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional - Comunicação ao

contribuinte3.4. Impugnação3.5. Prazo para produção dos efeitos da exclusão de ofício3.6. Desenquadramento do SIMPLES Nacional - Sujeição ao Regime

Periódico de Apuração (RPA)3.7. Exclusão do SIMPLES Nacional com efeitos retroativos - RPA3.8. Compensação do imposto recolhido pelo Documento de Arrecadação do

SIMPLES Nacional (DAS)4. Exclusão por OpçãoHistorico Cenofisco:- SIMPLES Nacional - Exclusão do Regime - Tratamento Fiscal (F nº 16/2010)1. Introdução

Instituído pela Lei Complementar nº 123/06, o SIMPLES Nacional passou a vigorar a partir de 01/07/2007, com o objetivo de minimizar a carga tributária das empresas nele enquadradas.

Visando facilitar a vida das empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, o tratamento diferenciado e favorecido às Microempresas (MEs) e às Empresas de Pequeno Porte (EPPs) permite a redução do trâmite procedimental burocrático para a arrecadação dos tributos de Competência da União, dos Estados ou Distrito Federal e dos Municípios.

Compete ao Comitê Gestor do SIMPLES Nacional (CGSN), instituído pelo Decreto nº 6.038/07, regulamentar o SIMPLES Nacional. O CGSN, vinculado ao Ministério da Fazenda, trata dos aspectos tributários do Estatuto Nacional da Microempresa (ME) e da Empresa de Pequeno Porte (EPP), sendo composto por representantes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Nesta oportunidade analisaremos, especificamente, o tratamento fiscal a ser observado pelo contribuinte para exclusão do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes (SIMPLES Nacional) de que tratam os arts. 73 a 76 da Resolução CGSN nº 94/11, com fundamento nos dispositivos do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, e na Portaria CAT nº 32/10.2. SIMPLES Nacional - Exclusão do Regime - Norma Geral

Os arts. 73 a 76 da Resolução CGSN nº 94/11 regulamentam a exclusão do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES Nacional).

Referida exclusão será feita de ofício ou mediante comunicação da Microempresa (ME) ou da Empresa de Pequeno Porte (EPP) optante.2.1. Exclusão por comunicação

A exclusão do SIMPLES Nacional, mediante comunicação da ME ou da EPP, dar-se-á (art. 73 da Resolução CGSN nº 94/11):

I - por opção;II - obrigatoriamente, quando:

a) a receita bruta acumulada ultrapassar um dos limites previstos no § 1º do art. 2º da Resolução CGSN nº 94/11, hipótese em que a exclusão deverá ser comunicada: a.1) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% de um dos limites previstos no § 1º do art. 2º da Resolução CGSN nº 94/11, produzindo efeitos a partir do mês subsequente ao do excesso; a.2) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% um dos limites previstos no § 1º do art. 2º da Resolução CGSN nº 94/11, produzindo efeitos a partir do ano-calendário subsequente ao do excesso; b) a receita bruta acumulada, no ano-calendário de início de atividade, ultrapassar um dos limites previstos no caput do art. 3º da Resolução CGSN nº 94/11, hipótese em que a exclusão deverá ser comunicada:b.1) até o último dia útil do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% de um dos limites previstos no art. 3º da Resolução CGSN nº 94/11, produzindo efeitos retroativamente ao início de atividades; b.2) até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% um dos limites previstos no art. 3º da Resolução CGSN nº 94/11, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente; c) incorrer nas hipóteses de vedação previstas nos incisos II a XIV e XVI a XXVI do art. 15 da Resolução CGSN nº 94/11, hipótese em que a exclusão: c.1) deverá ser comunicada até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência da situação de vedação; c.2) produzirá efeitos a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência da situação de vedação; d) possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa, hipótese em que a exclusão: d.1) deverá ser comunicada até o último dia útil do mês subsequente ao da situação de vedação; d.2) produzirá efeitos a partir do ano-calendário subsequente ao da comunicação.

A citada comunicação será efetuada no Portal do SIMPLES Nacional, em aplicativo próprio.2.2. Exclusão de ofício

A competência para excluir de ofício a ME ou EPP do SIMPLES Nacional é (art. 75 da Resolução CGSN nº 94/11):a) da Receita Federal do Brasil (RFB);b) das Secretarias de Fazenda, de Tributação ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, segundo a localização do estabelecimento; e

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c) dos Municípios, tratando-se de prestação de serviços incluídos na sua competência tributária.

Será expedido termo de exclusão do SIMPLES Nacional pelo ente federado que iniciar o processo de exclusão de ofício.

Será dada ciência do termo de exclusão à ME ou à EPP pelo ente federado que tenha iniciado o processo de exclusão, segundo a sua respectiva legislação, observado o disposto no art. 110 da Resolução CGSN nº 94/11.

Na hipótese de a ME ou EPP impugnar o termo de exclusão, este se tornará efetivo quando a decisão definitiva for desfavorável ao contribuinte, observando-se, quanto aos efeitos da exclusão, o disposto no art. 76 da Resolução CGSN nº 94/11.

Não havendo impugnação do termo de exclusão, este se tornará efetivo depois de vencido o respectivo prazo, observando-se, quanto aos efeitos da exclusão, o disposto no art. 76 da Resolução CGSN nº 94/11.

A exclusão de ofício será registrada no Portal do SIMPLES Nacional na internet, pelo ente federado que a promoveu, ficando os efeitos dessa exclusão condicionados a esse registro.

Fica dispensado o registro previsto no parágrafo anterior para a exclusão retroativa de ofício efetuada após a baixa no CNPJ, ficando os efeitos dessa exclusão condicionados à efetividade do termo de exclusão na forma prevista nos §§ 3º e 4º do art. 75 da Resolução CGSN nº 94/11.

Ainda que a ME ou EPP exerça exclusivamente atividade não incluída na competência tributária municipal, se possuir débitos tributários junto à Fazenda Pública Municipal, o Município poderá proceder à sua exclusão do SIMPLES Nacional, observado o disposto no inciso V do caput e no § 1º, ambos do art. 76 da Resolução CGSN nº 94/11.3. SIMPLES Nacional - Exclusão do Regime - Disciplina Estadual

Analisamos no item anterior a norma geral para exclusão do SIMPLES Nacional, regulada pelo Comitê Gestor do SIMPLES Nacional por meio dos arts. 73 a 75 da Resolução CGSN nº 94/11.

Nos subitens a seguir, trataremos especificamente da disciplina a ser observada pelos contribuintes do Estado de São Paulo para exclusão do SIMPLES Nacional, conforme estabelece a Portaria CAT nº 32/10, com efeitos a partir da data de sua publicação, ou seja, 23/02/2010.3.1. Hipóteses em que a empresa optante pelo SIMPLES Nacional será excluída de ofício

A ME e a EPP do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES Nacional) serão excluídas de ofício quando ocorrerem as hipóteses relacionadas a seguir (art. 76 da Resolução CGSN nº 94/11 e art. 1º da Portaria CAT nº 32/10):a) quando verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória, a partir das datas de efeitos previstas no inciso II do art. 73 da Resolução CGSN nº 94/11;b) a partir do mês subsequente ao do descumprimento das obrigações de que trata o § 8º do art. 6º da Resolução CGSN nº 94/11, quando se tratar de escritórios de serviços contábeis; c) a partir da data dos efeitos da opção pelo SIMPLES Nacional, nas hipóteses em que:c.1) for constatado que, quando do ingresso no SIMPLES Nacional, a ME ou EPP incorria em alguma das hipóteses de vedação previstas no art. 15 da Resolução CGSN nº 94/11;c.2) for constatada declaração inverídica prestada nas hipóteses do § 4º do art. 6º e do inciso II do § 3º do art. 8º da Resolução CGSN nº 94/11;d) a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo nova opção pelo SIMPLES Nacional pelos três anos-calendários subsequentes, nas seguintes hipóteses: d.1) for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;

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d.2) for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;d.3) a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;d.4) tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na Lei Complementar nº 123/06;d.5) a ME ou EPP for declarada inapta, na forma da Lei nº 9.430/96, e alterações posteriores;d.6) comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;d.7) houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária;d.8) for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;d.9) for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, foi superior a 80% dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;d.10) não emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de forma reiterada, ressalvadas as prerrogativas do MEI, nos termos da alínea “a” do inciso II do art. 97 da Resolução CGSN nº 94/11; d.11) omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço, de forma reiterada;e) a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência, na hipótese de ausência ou irregularidade no cadastro fiscal federal, municipal ou, quando exigível, estadual; f) a partir do ano-calendário subsequente ao da ciência do termo de exclusão, na hipótese de possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa. 3.2. Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional

Constatada a ocorrência de quaisquer das hipóteses de exclusão de ofício elencadas no subitem anterior, será emitido “Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional”, em três vias, que conterá, dentre outras informações (parágrafo único da Portaria CAT nº 32/10):a) os motivos da exclusão e seus respectivos fundamentos, nos termos previstos na legislação;b) a data de início dos efeitos da exclusão;c) a identificação do Agente Fiscal de Rendas responsável pelo procedimento;d) campo destinado à ciência da exclusão pelo representante legal da ME ou EPP.3.3. Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional - Comunicação ao contribuinte

A Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) será cientificada de sua exclusão do SIMPLES Nacional por um dos seguintes meios, a critério da Secretaria da Fazenda (art. 2º da Portaria CAT nº 32/10):a) entrega pessoal do “Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional” por Agente Fiscal de Rendas, mediante ciência do representante legal da ME ou EPP;b) notificação com observância do art. 535 do RICMS-SP;c) comunicação emitida eletronicamente pela Secretaria da Fazenda para ambiente que garanta integridade e autenticidade de acesso pela ME ou EPP e que esteja disponível na internet, segundo disciplina específica;d) tratando-se de procedimento de exclusão em lote, publicação de edital de exclusão no Diário Oficial do Estado, com indicação do número do CNPJ da ME ou EPP, e concomitante divulgação, em ambiente eletrônico no sítio da Secretaria da Fazenda, de consulta ao teor do respectivo “Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional”.

Nas hipóteses de cientificação referidas nas letras “b” e “d”, ficam dispensadas as informações indicadas nas letras “c” e “d” do subitem 3.2.

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3.4. Impugnação A Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) para a qual tenha sido emitido

o “Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional” poderá apresentar impugnação do procedimento no posto fiscal de sua vinculação, no prazo de 30 dias contado da data da respectiva cientificação (art. 3º da Portaria CAT nº 32/10).

A impugnação da exclusão deverá conter:a) a identificação da ME ou EPP, a qualificação do representante legal signatário da impugnação e, se for o caso, do procurador devidamente habilitado;b) cópia do “Termo de Registro de Exclusão do SIMPLES Nacional”;c) os argumentos de fato e de direito.

Não serão apreciadas as impugnações apresentadas fora do prazo mencionado anteriormente.

Compete ao Chefe do Posto Fiscal de vinculação da Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) a decisão da impugnação da exclusão (art. 4º da Portaria CAT nº 32/10).

Em decorrência da decisão do Chefe do Posto Fiscal, se desfavorável à Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) caberá recurso, uma única vez, ao Delegado Regional Tributário, no prazo de 30 dias contado da notificação da decisão recorrida (art. 5º da Portaria CAT nº 32/10).3.5. Prazo para produção dos efeitos da exclusão de ofício

A exclusão de ofício da Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) do SIMPLES Nacional (art. 6º da Portaria CAT nº 32/10):a) será efetuada após:a.1) o decurso do prazo para a apresentação da impugnação, na hipótese de esta não ser apresentada;a.2) a decisão definitiva da autoridade administrativa, desfavorável à ME ou EPP;b) produzirá efeitos a partir da data indicada no art. 76 da Resolução CGSN nº 94/11, conforme a hipótese de exclusão;c) será comunicada aos demais entes federativos por meio de registro eletrônico da ocorrência no Portal do SIMPLES Nacional.3.6. Desenquadramento do SIMPLES Nacional - Sujeição ao Regime Periódico de Apuração (RPA)

A Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) desenquadrada do SIMPLES Nacional (art. 7º da Portaria CAT nº 32/10 e § 6º do art. 63 do RICMS-SP):a) ficará sujeita, a partir da data de início dos efeitos da exclusão, ao Regime Periódico de Apuração do ICMS (RPA), devendo cumprir as obrigações principal e acessórias previstas na legislação para os contribuintes enquadrados nesse regime;b) poderá creditar-se, quando admitido pela legislação, do valor do ICMS relativo às mercadorias existentes em estoque no dia imediatamente anterior ao da exclusão do SIMPLES Nacional.

O exposto anteriormente não se aplica ao contribuinte que esteja sob ação fiscal, hipótese em que as obrigações a serem observadas serão determinadas pela fiscalização.

Para fins do disposto na letra “b”, o contribuinte deverá observar que:1) o direito ao crédito fica condicionado ao levantamento do estoque de mercadorias

existente no dia imediatamente anterior ao da exclusão do SIMPLES Nacional, mediante escrituração no Livro Registro de Inventário, modelo 7, com observância do art. 221 do RICMS-SP;

2) o valor do crédito do ICMS será:2.a) indicado na coluna “Observações” do Livro Registro de Inventário, e deverá ser

apurado com base nos documentos fiscais relativos às mercadorias existentes em estoque, observado o critério contábil PEPS - primeiro que entra, primeiro que sai, mediante a elaboração de demonstrativo que identifique os correspondentes documentos fiscais e o valor do imposto a ser creditado, o qual deverá ser conservado pelo prazo previsto na legislação;

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2.b) lançado no Livro Registro de Apuração do ICMS e transcrito na correspondente Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), no quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos”, com a expressão “Exclusão do SIMPLES Nacional, art. 63, IX, do RICMS-SP”, no mês de início dos efeitos da exclusão.Nota Cenofisco: O inciso IX do art. 63 do RICMS-SP dispõe: “Artigo 63 - Poderá, ainda, o contribuinte creditar-se independentemente de autorização: (.....) IX - do valor do imposto relativo às mercadorias existentes no estoque, no caso de enquadramento no Regime Periódico de Apuração (RPA) após exclusão do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES Nacional”.3.6.1. Exemplos3.6.1.1. Levantamento do estoque para efeito de crédito do ICMS

Para efeito de crédito do imposto, quando admitido, o contribuinte fica condicionado a promover o levantamento do estoque das mercadorias existentes no estabelecimento no dia imediatamente anterior ao da exclusão do SIMPLES Nacional, mediante escrituração do Livro Registro de Inventário, modelo 7, com observância do art. 221 do RICMS-SP.

Supondo que as mercadorias existentes no estoque na data que antecede a exclusão do SIMPLES Nacional são as relacionadas a seguir, observada a ordem de suas aquisições, a título de exemplo demonstraremos a escrituração do Livro Registro de Inventário, modelo 7:

1º) Compra de 100 unidades do produto “x “ a R$ 15,00 cada.2º) Compra de mais 50 unidades do mesmo produto a R$ 15,50 cada.3º) Compra de mais 80 unidades do mesmo produto a R$ 16,00 cada.

REGISTRO DE INVENTÁRIOESTOQUES EXISTENTES Em......de..............de....... MODELO 7

Classificação Fiscal Discriminação Quantidade Unidade

Valor Observações

Unitário Parcial TotalImpostos não cumulativosICMS IPI

  Produtos manufaturados (acabados)

             

xxxx.xx.xx Produto “X” 100 UN 15,00 1.500,00   270,00  

xxxx.xx.xx Produto “X” 50 UN 15,50 775,00 139,50  

xxxx.xx.xx Produto “X” 80 UN 16,00 1.280,00   230,40 -

  Subtotal         3.555,00 639,90 -

  Total         3.555,00 639,90 -

                 

  Resumo              

  Produtos manufaturados (acabados)

        3.555,00    

  Total         3.555,00    

  Total do ICMS não cumulativo

        ( 639,90)    

  Total do IPI não         -    

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cumulativo  Total do Estoque

para fins da Legislação do IR

        2.915,10    

 Nota Cenofisco: O valor do crédito do ICMS deverá ser indicado no campo “Observações” do Livro Registro de Inventário, com base nos documentos fiscais relativos às entradas de mercadorias existentes em estoque, observado o critério contábil PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), conforme disposto no § 6º do art. 63 do RICMS-SP.

O demonstrativo de que trata o número “2.a” do subitem 3.6, contendo a identificação dos correspondentes documentos fiscais e o valor do imposto a ser creditado, será elaborado na forma exemplificada a seguir:Demonstrativo de mercadorias existentes no estoque em ___/___/____Item Nota Fiscal de

aquisiçãoDiscriminação Valor do crédito

1 000050 produto “X” (100 UN x R$ 15,00 x 18%) 270,00

2 009978 produto “X” (50 UN x R$ 15,50 x 18%) 139,50

3 001111 produto “X” (80 UN x R$ 16,00 x 18%) 230,40

Total     639,90

Notas Cenofisco: 1ª ) O valor do crédito a ser apropriado corresponderá a R$ 639,90. 2ª) Os valores contidos no exemplo anterior são meramente hipotéticos, sendo apenas utilizados para melhor elucidar o levantamento do estoque para fins de aproveitamento do crédito do ICMS por ocasião da exclusão do SIMPLES Nacional, com observância do § 6º do art. 63 do RICMS-SP.3.6.1.2. Lançamento no LRAICMS e na GIA

Conforme exposto no número “2.b” do subitem 3.6, o crédito apurado na forma exemplificada no subitem anterior será lançado diretamente no Livro Registro de Apuração do ICMS (LRAICMS), modelo 9, e transcrito na correspondente Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), no quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos”, com a expressão “Exclusão do SIMPLES Nacional, art. 63, IX, do RICMS-SP”, no mês de início dos efeitos da exclusão, na forma exemplificada a seguir:a) No Livro Registro de Apuração do ICMS (LRAICMS), modelo 9: b) Na Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA):3.7. Exclusão do SIMPLES Nacional com efeitos retroativos - RPA

Na hipótese de a exclusão do SIMPLES Nacional ocorrer com efeitos retroativos, a Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) deverá, sem prejuízo do disposto na letra “b” do subitem 3.6 (art. 8º da Portaria CAT nº 32/10):a) recompor a escrituração fiscal a partir da data de início dos efeitos da exclusão;b) recolher o ICMS devido, apurado conforme o Regime Periódico de Apuração (RPA), com os acréscimos previstos na legislação, se for o caso;c) cumprir as obrigações acessórias relativas ao ICMS, conforme previsto na legislação do imposto.

O exposto anteriormente não se aplica ao contribuinte que esteja sob ação fiscal, hipótese em que as obrigações a serem observadas serão determinadas pela fiscalização.3.8. Compensação do imposto recolhido pelo Documento de Arrecadação do SIMPLES Nacional (DAS)

O valor do ICMS relativo a período posterior à data de início dos efeitos da exclusão do SIMPLES Nacional, que tiver sido pago por meio de Documento de Arrecadação do SIMPLES Nacional (DAS), poderá ser creditado, sem nenhum acréscimo, mediante lançamento diretamente no Livro Registro de Apuração do ICMS (LRAICMS) e transcrito na correspondente

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Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), no quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos”, no mês do pagamento do DAS (art. 9º da Portaria CAT nº 32/10).4. Exclusão por Opção

À exclusão do SIMPLES Nacional por opção do contribuinte, conforme disposto no inciso I do art. 73 da Resolução CGSN nº 94/11, aplica-se, no que couber, o disposto nos subitens 3.6 e 3.8.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

TIPI: DEPRECIAÇÃO ACELERADA – MP N° 578, DE 31/08/2012

Permite a depreciação acelerada dos veículos automóveis para transportes de mercadorias e dos vagões, locomotivas, locotratores e tênderes que menciona, previstos na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art. 1º Para efeito de apuração do imposto sobre a renda, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real terão direito à depreciação acelerada, calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida multiplicada por três, sem prejuízo da depreciação contábil: I - de veículos automóveis para transporte de mercadorias, destinados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, classificados nas posições 87.04.21.10 (exceto Ex 01), 87.04.21.20 (exceto Ex 01), 87.04.21.30 (exceto Ex 01), 87.04.21.90 (exceto Ex 01 e Ex 02), 87.04.22, 87.04.23, 87.04.31.10 Ex 01, 87.04.31.20 Ex 01, 87.04.31.30 Ex 01, 87.04.31.90 Ex 01, e 87.04.32, da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011; e II - de vagões, locomotivas, locotratores e tênderes, destinados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica adquirente, classificados nas posições 86.01, 86.02 e 86.06 da TIPI. § 1º O disposto no caput somente se aplica aos bens novos, que tenham sido adquiridos ou objeto de contrato de encomenda entre 1º de setembro e 31 de dezembro de 2012. § 2º A depreciação acelerada de que trata o caput: I - constituirá exclusão do lucro líquido para fins de determinação do lucro real e será controlada no livro fiscal de apuração do lucro real; II - deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada a que faz referência o art. 69 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958; e III - deverá ser apurada a partir de 1º de janeiro de 2013. § 3º O total da depreciação acumulada, incluindo a contábil e a acelerada incentivada, não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem. § 4º A partir do período de apuração em que for atingido o limite de que trata o § 3º, o valor da depreciação, registrado na contabilidade, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real. Art. 2º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 31 de agosto de 2012; 191º da Independência e 24º da República.DILMA ROUSSEFF

Guido Mantega

FONTE: Diário Oficial da União – 31/08/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

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TIPI: ALTERA A REDAÇÃO DE NOTAS COMPLEMENTARES – DEC. N° 7.796, DE 30/08/2012

Altera a redação de Notas Complementares aos Capítulos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI que menciona, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos incisos I e II do caput do art. 4º do Decreto-Lei nº 1.199, de 27 de dezembro de 1971, DECRETA : Art. 1º Fica alterada a redação das Notas Complementares aos Capítulos 25, 27, 32, 38, 39, 44, 48, 68, 69, 73, 74, 83, 84, 85, 87, 89, 90 e 94 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, constantes do Anexo I. Art. 2º Fica criada a Nota Complementar NC(44-2) ao Capítulo 44 da TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 2011, com a redação constante do Anexo II. Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 30 de agosto de 2012; 191º da Independência e 124º da República.DILMA ROUSSEFF

Guido Mantega ANEXO I

NOTA COMPLEMENTAR NC (25-1) DA TIPI NC (25-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados no código 2523.2. NOTA COMPLEMENTAR NC (27-1) DA TIPI NC (27-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos 2713.20.00 e 2715.00.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (32-1) DA TIPI NC (32-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados na posição 32.09 e no código 3214.90.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (32-2) DA TIPI NC (32-2) Ficam reduzidas a dois por cento, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados no código 3214.10. NOTA COMPLEMENTAR NC (38-2) DA TIPI NC (38-2) Ficam reduzidas a cinco por cento, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados no código 3824.40.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (38-3) DA TIPI NC (38-3) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados no código 3824.50.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (39-3) DA TIPI NC (39-3) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados na posição 39.22 e no código 3918.10.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (39-4) DA TIPI NC (39-4) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2012, as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos a seguir relacionados:

Código TIPI

3920.62.99 Ex 01

3920.49.00 Ex 01

3921.90.11

NOTA COMPLEMENTAR NC (44-1) DA TIPI

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NC (44-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2012, as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos a seguir relacionados:

Código TIPI

4410.11.10

4410.11.29

4410.11.90

4410.12

4410.19

4411.12

4411.13.10

4411.13.99

4411.14

4411.9

NOTA COMPLEMENTAR NC (48-2) DA TIPI NC (48-2) Fica reduzida a dez por cento, até 31 de dezembro de 2012, a alíquota relativa ao produto classificado no código 4814.20.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (68-2) DA TIPI NC (68-2) Fica reduzida a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre as telhas onduladas classificadas nos códigos 6807.90.00 e relativas aos produtos classificados no código 6809.11.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (69-1) DA TIPI NC (69-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados nas posições 69.07, 69.08 e 69.10. NOTA COMPLEMENTAR NC (73-2) DA TIPI NC (73-2) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre as telhas de aço classificadas no código 7308.90.90 e sobre os produtos classificados nos códigos 7309.00.10, 7314.20.00 Ex 01, 7314.39.00 Ex 01 e 7324.10.00 NOTA COMPLEMENTAR NC (73-3) DA TIPI NC (73-3) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2012, as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos a seguir especificados, observados os índices de eficiência energética especificados:

NCM ÍNDICE DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

7321.11.00 Ex 01 A

7321.12.00 Ex 01 A

7321.19.00 Ex 01 A

NOTA COMPLEMENTAR NC (74-1) DA TIPI NC (74-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre os produtos classificados no código 7408.1. NOTA COMPLEMENTAR NC (83-1) DA TIPI NC (83-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre os produtos classificados nos códigos 8301.10.00, 8301.40.00, 8301.60.00 e 8302.10.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (83-2) DA TIPI NC (83-2) Ficam reduzidas a cinco por cento, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre os produtos classificados no código 8302.41.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (84-3) DA TIPI

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NC (84-3) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre os produtos classificados nos códigos a seguir relacionados, exceto sobre os classificados em destaques "Ex" eventualmente existentes nos referidos códigos:

NCM NCM NCM

8401.10.00 8466.30.00 8481.80.2

8401.20.00 8466.91.00 8481.80.93

8401.40.00 8466.92.00 8481.80.94

8412.90 8466.93.19 8481.80.95

8413.70.90 8466.93 .20 8481.80.96

8413.91.10 8466.93 .30 8481.80.97

8413.92.00 8466.93 .40 8481.90.90

8415.81.90 8466.93 .50 8483.10.1

8415.82.90 8466.93 .60 8483.10.20

8418.50 8466.94 8483.10.30

8418.69.32 8480.20.00 8483.10.40

8425.49.90 8481.10.00 8483.10.90

8448.31.00 8481.20.90 8483.40

8448.42.00 8481.30.00 8483.60

8466.10.00 8481.40.00 8483.90.00

8466.20 8481.80.1  

NOTA COMPLEMENTAR NC (84-4) DA TIPI NC (84-4) Fica reduzida a zero, até 31 de dezembro de 2013, a alíquota do imposto incidente sobre partes dos dispositivos do item 8481.80.1 classificadas no código 8481.90.10. NOTA COMPLEMENTAR NC (84-5) DA TIPI NC (84-5) Ficam fixadas nos percentuais indicados, até 31 de dezembro de 2012, as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos a seguir especificados, observados os índices de eficiência energética, exceto sobre os classificados em destaques "Ex" eventualmente existentes nos referidos códigos:

NCM ÍNDICE DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ALÍQUOTA (%)

8418.10.00 A 5

8418.2 A 5

8418.30.00 Ex 01 A 5

8418.40.00 Ex 01 A 5

8450.11.00 Ex 01 A 10

8450.12.00 Ex 01 A 10

8450.19.00 Ex 01 A 0

8450.20.90 A 10

NOTA COMPLEMENTAR NC (85-4) DA TIPI NC (85-4) Fica reduzida a zero, até 31 de dezembro de 2013, a alíquota do imposto incidente sobre os produtos classificados no código 8516.10.00 Ex 01. NOTA COMPLEMENTAR NC (85-5) DA TIPI

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NC (85-5) Fica reduzida a cinco por cento, até 31 de dezembro de 2013, a alíquota do imposto incidente sobre os produtos classificados no código 8536.50.90, do tipo utilizado em residências. NOTA COMPLEMENTAR NC (85-6) DA TIPI NC (85-6) Fica reduzida a dez por cento, até 31 de dezembro de 2013, a alíquota do imposto incidente sobre os produtos classificados no código 8536.20.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (87-2) DA TIPI Até 31 de outubro de 2012: NC (87-2) Ficam fixadas em quatro por cento as alíquotas relativas aos veículos classificados no código 8703.22.90 e no Ex 01 do código 8703.23.90, com volume de habitáculo, destinado a passageiros e motoristas, superior a 6 m³. O enquadramento de veículos nesta Nota Complementar está condicionado à manifestação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, certificando que o veículo cumpre as exigências nela estabelecidas. A partir de 1º de novembro de 2012: NC (87-2) Ficam fixadas em oito por cento as alíquotas relativas aos veículos classificados no código 8703.22.90 e no Ex 01 do código 8703.23.90, com volume de habitáculo, destinado a passageiros e motoristas, superior a 6m³ (seis metros cúbicos). O enquadramento de veículos nesta Nota Complementar está condicionado à manifestação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, certificando que o veículo cumpre as exigências nela estabelecidas. NOTA COMPLEMENTAR NC (87-4) DA TIPI NC (87-4) Ficam fixadas nos percentuais indicados as alíquotas referentes aos automóveis de passageiros e veículos de uso misto, com motor a álcool ou com motor que utilize alternativa ou simultaneamente gasolina e álcool (flexibe fuel engine), classificados nos códigos a seguir especificados:

CÓDIGO TIPI ALÍQUOTA (%)

Até 31/10/2012 De 1º/11/2012 até 31/12/2012 A partir de 1º/01/2013

8703.21.00 30 37 7

8703.22 35,5 41 11

8703.23.10 48 48 18

8703.23.10 Ex 01 35,5 41 11

8703.23.90 48 48 18

8703.23.90 Ex 01 35,5 41 11

8703.24 48 48 18

NOTA COMPLEMENTAR NC (87-5) DA TIPI Até 31 de outubro de 2012: NC (87-5) Ficam reduzidas a sete inteiros e cinco décimos por cento as alíquotas relativas aos veículos de fabricação nacional, de transmissão manual, com caixa de transferência, chassis independente da carroçaria, altura livre do solo mínima sob os eixos dianteiro e traseiro de 200 mm, altura livre do solo mínima entre eixos de 300 mm, ângulo de ataque mínimo de 35º, ângulo de saída mínimo de 24º, ângulo de rampa mínimo de 28º, de capacidade de emergibilidade a partir de 500 mm, peso bruto total combinado a partir de 3.000 kg, peso em ordem de marcha máximo de até 2.100 kg, concebidos para aplicação militar ou trabalho agroindustrial, classificados nos códigos 8703.32.10 e 8703.33.10. A partir de 1º de novembro de 2012: NC (87-5) Ficam reduzidas a quinze por cento as alíquotas relativas aos veículos de fabricação nacional, de transmissão manual, com caixa de transferência, chassis independente da carroçaria, altura livre do solo mínima sob os eixos dianteiro e traseiro de 200 mm, altura livre do solo mínima entre eixos de 300 mm, ângulo de ataque mínimo de 35º, ângulo de saída mínimo de 24º, ângulo de rampa mínimo de 28º, de capacidade de emergibilidade a partir de

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500 mm, peso bruto total combinado a partir de 3.000 kg., peso em ordem de marcha máximo de até 2.100 kg, concebidos para aplicação militar ou trabalho agroindustrial, classificados nos códigos 8703.32.10 e 8703.33.10. NOTA COMPLEMENTAR NC (87-7) DA TIPI Até 31 de outubro de 2012: NC (87-7) Ficam fixadas nos percentuais indicados as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos a seguir especificados:

Código TIPI Alíquota (%) Código TIPI Alíquota (%)

8701.20.00 30 8704.21.90 Ex 01 31

8703.21.00 30 8704.21.90 Ex 02 5

8703.22.10 36,5 8704.22.10 30

8703.22.90 36,5 8704.22.20 30

8703.23.10 Ex 01 36,5 8704.22.30 30

8703.23.90 Ex 01 36,5 8704.22.90 30

8703.23.10 55 8704.23.10 30

8703.23.90 55 8704.23.20 30

8703.24.10 55 8704.23.30 30

8703.24.90 55 8704.23.90 30

8703.31.10 55 8704.31.10 31

8703.31.90 55 8704.31.20 31

8703.32.10 55 8704.31.30 31

8703.32.90 55 8704.31.90 31

8703.33.10 55 8704.31.10 Ex 01 30

8703.33.90 55 8704.31.20 Ex 01 30

8703.90.00 55 8704.31.30 Ex 01 30

8704.21.10 30 8704.31.90 Ex 01 30

8704.21.20 30 8704.32.10 30

8704.21.30 30 8704.32.20 30

8704.21.90 30 8704.32.30 30

8704.21.10 Ex 01 31 8704.32.90 30

8704.21.20 Ex 01 31 8704.90.00 30

8704.21.30 Ex 01 31  

De 1º de novembro a 31 de dezembro de 2012: NC (87-7) Ficam fixadas nos percentuais indicados as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos a seguir especificados:

Código TIPI Alíquota (%) Código TIPI Alíquota (%)

8701.20.00 30 8704.21.90 Ex 01 34

8703.21.00 37 8704.21.90 Ex 02 10

8703.22.10 43 8704.22.10 30

8703.22.90 43 8704.22.20 30

8703.23.10 Ex 01 43 8704.22.30 30

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8703.23.90 Ex 01 43 8704.22.90 30

8703.23.10 55 8704.23.10 30

8703.23.90 55 8704.23.20 30

8703.24.10 55 8704.23.30 30

8703.24.90 55 8704.23.90 30

8703.31.10 55 8704.31.10 34

8703.31.90 55 8704.31.20 34

8703.32.10 55 8704.31.30 34

8703.32.90 55 8704.31.90 34

8703.33.10 55 8704.31.10 Ex 01 30

8703.33.90 55 8704.31.20 Ex 01 30

8703.90.00 55 8704.31.30 Ex 01 30

8704.21.10 30 8704.31.90 Ex 01 30

8704.21.20 30 8704.32.10 30

8704.21.30 30 8704.32.20 30

8704.21.90 30 8704.32.30 30

8704.21.10 Ex 01 34 8704.32.90 30

8704.21.20 Ex 01 34 8704.90.00 30

8704.21.30 Ex 01 34  

NOTA COMPLEMENTAR NC (89-2) DA TIPI NC (89-2) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre os produtos classificados no código 8905.20.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (90-5) DA TIPI NC (90-5) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas do imposto incidentes sobre os produtos classificados nos códigos 9012.10, 9022.2, 9022.30.00 e 9032.81.00. NOTA COMPLEMENTAR NC (94-1) DA TIPI NC (94-1) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2012, as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos 9401.30, 9401.40, 9401.5, 9401.6, 9401.7, 9401.80.00, 9401.90 e 94.03. NOTA COMPLEMENTAR NC (94-2) DA TIPI NC (94-2) Ficam reduzidas a cinco por cento, até 31 de dezembro de 2012, as alíquotas relativas aos produtos classificados nos códigos 9405.10.9 e 9405.40.

ANEXO IINOTA COMPLEMENTAR NC (44-2) DA TIPI NC (44-2) Ficam reduzidas a zero, até 31 de dezembro de 2013, as alíquotas relativas aos produtos classificados na posição 4418.7 e nos códigos 4410.11.21 e 4411.13.91.

FONTE: Diário Oficial da União – 31/08/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA: SETEMBRO DE 2012 – COM. CAT N° 20, DE 29/08/2012

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 31/08/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: APLICAÇÃO DO REGIME ESPECIAL SIMPLIFICADO DE EXPORTAÇÃO – PORT. CAT N° 122, DE 30/08/2012

Altera a Portaria CAT-31, de 28-04-2005, que disciplina a aplicação do Regime Especial Simplificado de Exportação, previsto nos artigos 450-A a 450-I do Regulamento do ICMS.

O Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista o disposto no § 2º do artigo 450-A e no artigo 450-F do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000, expede a seguinte Portaria: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue o § 4º do artigo 1º da Portaria CAT-31, de 28-04-2005: "§ 4º Em se tratando de contribuinte qualificado como empresa preponderantemente exportadora, o pedido de credenciamento no Regime Especial Simplificado de Exportação deverá ser instruído, também, com: 1 - cópia autenticada do Ato Declaratório Executivo (ADE) expedido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil que qualifique a empresa como preponderantemente exportadora ou que suspenda o pagamento dos tributos federais sob condição de enquadramento como empresa preponderantemente exportadora; 2 - relação dos estabelecimentos da empresa, localizados neste Estado ou em outra Unidade da federação, com o respectivo endereço e número de inscrição estadual." (NR). Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 31/08/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

JUCESP: ABRE CONSULTA PÚBLICA PARA UNIFORMIZAÇÃO DE CRITÉRIOS – INFORMATIVO

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FONTE: SINDILOJAS-SP .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

ISS: CONTROVÉRSIA SOBRE A TRIBUTAÇÃO DA FRANQUIA – ARTIGO

No regime do Decreto-lei nº 406/68 a franquia (franchising) não figurava na lista de serviços. Apenas os serviços de agenciamento, corretagem e faturação (factoring) constava no item 48 da lista anexa. Daí, a jurisprudência pacífica do STJ no sentido da não incidência do ISS nos serviços prestados no âmbito do contrato de franquia conforme ementas abaixo: "PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. ISS. FRANCHISING. DECRETO-LEI Nº 406/68. LC Nº 56/87. LEI Nº 8.955/94. PRECEDENTES.1. Agravo regimental contra decisão que negou provimento a agravo de instrumento.

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2. O acórdão a quo considerou indevida a tributação, por meio de ISSQN, sobre serviços postais que prestam os recorridos como franqueados da ECT, uma vez que o contrato de franquia não está previsto na lista de serviços da LC nº 56/87.3. O art. 2º da Lei nº 8.955/94 define o contrato de franquia do modo seguinte: "Franquia empresarial é o sistema pelo qual o franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços, e eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício".4. O "franchising", em sua natureza jurídica, é "contrato típico, misto, bilateral, de prestações recíprocas e sucessivas com o fim de se possibilitar a distribuição, industrialização ou comercialização de produtos, mercadorias ou prestação de serviços, nos moldes e forma previstos em contrato de adesão". (Adalberto Simão Filho, "Franchising", São Paulo, 3a ed., Atlas, 1998, págs. 36/42) 5. O conceito constitucional de serviço tributável somente abrange: 'a) as obrigações de fazer e nenhuma outra; b) os serviços submetidos ao regime de direito privado não incluindo, portanto, o serviço público (porque este, além de sujeito ao regime de direito público, é imune a imposto, conforme o art. 150, VI, "a", da Constituição); c) que revelam conteúdo econômico, realizados em caráter negocial - o que afasta, desde logo, aqueles prestados a si mesmo, ou em regime familiar ou desinteressadamente (afetivo, caritativo, etc.); d) prestados sem relação de emprego - como definida pela legislação própria - excluído, pois, o trabalho efetuado em regime de subordinação (funcional ou empregatício) por não estar in comércio.' (Aires F. Barreto, "ISS - Não incidência sobre Franquia", in Rev. Direito Tributário, Malheiros Editores, vol. nº 64, págs. 216/221)6. O contrato de franquia é de natureza híbrida, em face de ser formado por vários elementos circunstanciais, pelo que não caracteriza para o mundo jurídico uma simples prestação de serviço, não incidindo sobre ele o ISS. Por não ser serviço, não consta, de modo identificado, no rol das atividades especificadas pela Lei nº 8.955/94, para fins de tributação do ISS.7. Precedentes desta Corte Superior.8. Agravo regimental não-provido." (AgRg no Ag nº 746597/RJ, Rel. Min. José Delgado, DJ de 08/06/2006, p. 134). "TRIBUTÁRIO. ISS. FRANQUIA. EBCT. PRÁTICA DE AGENCIAMENTO. INCIDÊNCIA.1. Não merece reparo o acórdão hostilizado, eis que ausentes as hipóteses do art. 535 do Código de Ritos.2. Esta Corte perfilha o entendimento de que não deve incidir ISS sobre serviços prestados no âmbito do contrato de franquia. Contudo, faz-se a exceção no que se refere à prática de serviços de agenciamento, corretagem e faturação (factoring), eis que expressamente previstos no art. 48 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406/68.3. Recurso especial provido" (Resp nº 705243/RJ, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 12/09/2005). No mesmo sentido: Resp nº 221.577, Resp nº 403.799, Resp nº 189.225 e Resp nº 222.246. Com o advento da Lei Complementar nº 116/03 houve a expressa inclusão da franquia no item 17.08 da lista anexa. Contudo, o STJ, apegado ao posicionamento pela não tributação da franquia, passou a declinar de sua competência para julgar o recurso especial porque sustentar a sua intributabilidade equivaleria a proclamar a inconstitucionalidade do item 17.08 da lista de serviço, matéria que estaria fora de sua alçada. Outrossim, os Recursos Extraordinários interpostos contra decisões de tribunais declarando a legitimidade da cobrança do ISS sobre a atividade de franquia pelo prisma infraconstitucional, com fundamento na LC nº 116/2003, Lei nº 8.995/94 e na lei local do ISS, também, vinham sendo desprovidos pela Corte Suprema, afastando a alegação de inconstitucionalidade da tributação, porque eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário.

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Transcrevamos, para melhor compreensão, a ementa de um desses acórdãos: "EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ISS. CONTRATO DE FRANQUIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. A controvérsia foi decidida com fundamento em legislação infraconstitucional - Lei complementar n. 116/03 e Lei n. 8.955/94 - bem como na legislação local que disciplina a espécie - Lei municipal n. 8.725/03 (Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal). Ofensa indireta à Constituição do Brasil.Agravo regimental a que se nega provimento" (AgRg no RE nº 603.015/MG, Rel. Min. Eros Grau, DJe nº 45 de 11/3/10).No mesmo sentido, RE nº 148.512, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ de 2-8-96; AI nº 157.906-AgR, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 9-12-94, AI nº 145.680-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 30-4-93, e o AI nº 583.632-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 17-8-07 e RE nº 571.256-AgR, Rel. Min. Cármen Lucia, DJe de 9-10-09. Ultimamente o STJ passou a entender que no regime da Lei Complementar nº 116/03 é devido o ISS sobre as operações de franquia porque expressamente prevista na lista de serviços tributáveis, conforme ementas abaixo: "Tributário e Processual Civil. ISS. LC nº 116/2003. Contrato de Franquia. Incidência tributária. Previsão expressa.1. Com a edição da Lei Complementar nº 116/03, em vigor a partir de 01-01-2004, a operação de franquia passou a ser expressamente prevista no item 17.08 da lista de serviços anexa à norma, ficando, portanto, sujeita à incidência tributária. Precedentes: AgRg no REsp 982.171/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 29-04-10; AgRg no REsp 1.151.492/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 10-03-2011; AgRg no REsp 1.140.028/MG, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 14-02-2011; EDcl no REsp 1.066.071/SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe 05-03-2010.2. Agravo regimental provido." (AgRg no REsp 1191839/DF, Rel. Min. Castro Meira, DJe 27-04-2011). "Tributário. Processual Civil. Embargos de declaração no recurso especial recebidos como agravo regimental. ISSQN. Contrato de franquia. Incidência. Precedentes do STJ. Agravo não provido.1. Em razão do manifesto caráter infringente dos presentes embargos declaratórios, recebo-os como agravo regimental, aplicando-se-lhes o princípio da fungibilidade recursal. 2. Em relação ao ISSQN, o Superior Tribunal de Justiça tem entendido que, com a superveniência da "Lei Complementar n. 116/03 - que entrou em vigor apenas em 1.1.2004 -, as franquias (franchising), de forma geral, foram expressamente incluídas na lista de serviços que tornam exigível o tributo" (AgRg no REsp 1151492/SP, Rel. Min. Mauro Campbell, Segunda Turma, DJe 10-03-11).3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que se nega provimento." (EDcl no REsp 1121098/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 26-08-2011). Outrossim, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral na questão constitucional suscitada, conforme ementa abaixo: "Recurso Extraordinário. Tributário. ISS. Franquia. Fato gerador. Lei Complementar 116/2003. Repercussão geral reconhecida" (RE nº 603136 RG/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 1-10-2010). Cabe, pois, ao Supremo Tribunal Federal colocar um ponto final nessa discussão que se arrasta por quase uma década, criando um clima de insegurança jurídica aos contribuintes do ISS. No nosso entender, como se pode constatar do conceito expresso na Lei 8.955/94, a franquia, por envolver prestação de serviço de treinamento de pessoal e transferência de know-how, caracteriza-se como produto de esforço humano que resulta em um bem de natureza imaterial. Expressa, pois, uma obrigação de fazer como sendo objeto do contrato, sendo que a entrega de máquinas e equipamentos ao franqueado não é objeto principal do contrato. Porém, essa

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controvérsia cabe ao Supremo Tribunal Federal dirimir em definitivo sendo certo que a franquia está contemplada na lista de serviços vigente. Por fim, assinale-se que não cabe ao órgão fracionário de tribunal decidir pela não tributação do serviço previsto no item 17.08 da lista anexa à LC nº 116/03, sem enfrentar a questão da inconstitucionalidade desse item, como tem feito o TJESP, porque é matéria afeta ao órgão especial. Isso só era possível no regime anterior ao da Lei Complementar nº 116/03.

FONTE: KIYOSHI HARADA .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ISS: COOPERATIVA – ANÁLISE SOBRE A INCIDÊNCIA – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução 2. Fato Gerador 3. Conceito 4. Base de Cálculo 5. Contribuinte 6. Cooperativa 7. Conclusão 1. Introdução Com base na Lei nº 5.764/71, que instituiu o regime jurídico das Sociedades Cooperativas, no Decreto nº 53.151/12 e na Consulta nº 2.372/06, analisaremos os principais aspectos da tributação pelo ISS dos serviços das cooperativas no Município de São Paulo.2. Fato Gerador O ISS tem como fato gerador a prestação dos serviços constantes na Lista de Serviços a que se refere o Decreto nº 53.151/12. A pessoa física ou jurídica que prestar os serviços mencionados na referida Lista está obrigada ao Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) antes do início de suas atividades.3. Conceito Nos termos do art. 4º da Lei nº 5.764/71, as cooperativas são sociedades de pessoas com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados. Atos cooperativos são os praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associadas, para a consecução dos objetivos sociais (art. 79 da Lei nº 5.764/71).4. Base de Cálculo A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, conforme dispõe o art. 17 do Decreto nº 53.151/12. Em regra, com relação à cooperativa não existe preço de serviço, pois não há serviço prestado pela cooperativa, pois o serviço é gratuito. Consequentemente, não há, portanto, preço de serviço. Contudo, quando as cooperativas prestam serviços a terceiros não associados, a base de cálculo será o preço do serviço.5. Contribuinte O contribuinte do ISS é o prestador dos serviços constantes na Lista de Serviços a que se refere o Decreto nº 53.151/12. A cooperativa pode ser contribuinte do ISS, caso preste serviços a terceiros e não a seus associados. Contudo, conforme prevê o art. 7º da Lei nº 5.764/71, a cooperativa tem por característica a prestação direta de serviços aos associados, ou seja, a finalidade da cooperativa não é prestar serviços a terceiros, mas somente a seus associados.

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6. Cooperativa Os serviços prestados pelas cooperativas aos seus associados ou aqueles prestados pelos associados às cooperativas, denominados atos cooperativos, não são tributáveis pelo ISS. Contudo, caso as cooperativas prestem serviços a terceiros não associados, haverá incidência do ISS, desde que tal serviço tenha previsão na lista mencionada no Decreto nº 53.151/12. Os cooperados não estão sujeitos à inscrição no CCM, enquanto prestadores de serviços a terceiros por meio da cooperativa. Na hipótese de prestar serviços a terceiros, por conta própria, sem intermediação da cooperativa, o associado estará obrigado a inscrever-se junto ao referido Cadastro. Conforme preceitua Sergio Pinto Martins, in: Cooperativa de Trabalho, Ed. Atlas, 2003, p. 131/132, “As cooperativas não sofrem a incidência do ISS, pois prestam serviços para os associados. O art. 4º da Lei nº 5.764/71 é expresso no sentido de que as cooperativas são constituídas para prestar serviços aos associados. Se a cooperativa faz a intermediação para que os associados prestem os serviços, não está sujeita ao ISS, pois não presta serviços para terceiros, mas para os próprios associados. Sendo os serviços prestados aos associados, não há circulação de serviços. Não existe bem imaterial na etapa de circulação econômica a ser tributado pelo ISS. O cooperado e a cooperativa não são terceiros, mas pessoas ligadas a uma mesma relação, que é a relação cooperativa ou o ato cooperativo. A cooperativa não tem por objetivo auferir lucros, mas obter vantagens em prol dos sócios, a satisfação das necessidades dos associados. Não se trata, portanto, de serviço”. Existem jurisprudências no sentido de que o ISS não incide sobre os serviços prestados pela cooperativa: “ISS - Cooperativa médica - Pretendida declaração de não incidência do ISS sobre atividades próprias da cooperativa, inclusive em relação à obrigação acessória de retenção do tributo na fonte por parte dos tomadores de serviço - Somente os atos considerados genuinamente cooperativos é que estão fora do alcance da tributação - Atividades que não se caracterizam como atos cooperativos, por envolverem serviços prestados a terceiros - Sentença reformada - Recursos providos. (1º TAC SP, 15º Cam. J 02.07.09, Rel. Juiz Eutalio Porto)”. “ISS. Cooperativa de profissionais de tecnologia da informação, informática e telecomunicações. Estatuto social a prever a possibilidade de celebrar com terceiros, em nome dos associados, contratos de prestação de serviços. Incidência do imposto sobre receitas oriundas de atos não-cooperativos. (1º TAC SP, 14º Cam. J. 14.05.09 Rel. Juiz Geraldo Xavier)”.7. Conclusão Ressaltamos que os serviços prestados pelas cooperativas aos seus associados ou aqueles prestados pelos associados às cooperativas, denominados atos cooperativos, não são tributáveis pelo ISS. Entretanto, caso as cooperativas prestem serviços a terceiros não associados, haverá incidência do ISS, desde que tal serviço tenha previsão na lista de serviços a que se refere o Decreto nº 53.151/12. Para maior compreensão do assunto em pauta, compilamos a íntegra da Consulta nº 2.372/06, publicada no DOM de 09/06/2006: “Consulta nº 2.372/06 1. A requerente, cooperativa regularmente inscrita no CCM sob o código de serviço 1520 tem como objeto social (Art. 2º Estatuto Social) a prestação direta de serviços aos seus cooperados, na defesa de seus interesses, na orientação e gerenciamento de atividades executadas a terceiros pelos seus cooperados, buscando aproximar o seu sócio cooperado de fontes de trabalho, para que este possa executá-lo, de acordo com a competência e capacidade de cada um, e congregando profissionais da área de engenharia e arquitetura para o seu desenvolvimento econômico-social proporcionando-lhes com base na colaboração recíproca dos associados, condições para o exercício de suas atividades e aprimoramento profissional de cada um.

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2. Junta Contratos de Prestação de Serviços firmados com terceiros não cooperados, que são empresas do setor elétrico. 2.1. Tece longo arrazoado sobre o cooperativismo, junta doutrina e jurisprudência e entende que, no caso dos contratos ora juntados, a cooperativa é mera mandatária, não devendo ser apontada como contribuinte do ISS, imposto este, que deve ser recolhido pelos cooperados, na qualidade de profissionais autônomos. 3. Indaga: 3.1. Quando a cooperativa presta serviços a seus associados, pratica atos cooperativos? E quando atua como mandatária de tais profissionais? 3.2. Quando a cooperativa, representando seus sócios cooperados, celebra contratos com terceiros, com intuito unicamente de angariar trabalho a seus associados, deve recolher o ISS sobre o valor pago pelo contrato ou o tributo deve ser recolhido pelos sócios cooperados? 3.3. Sobre atos cooperativos incide o ISS? 3.4. Os cooperados devem se inscrever no CCM - Cadastro de Contribuintes Mobiliários, ou apenas a cooperativa? 4. A requerente constitui-se em sociedade cooperativa, estando subordinada aos dispositivos da Lei Federal 5.764/71. 4.1. Seu Art. 3º dispõe que celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocadamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum. 4.2. O art. 79 da citada lei, combinado com seu parágrafo único, dispõe que denominam-se atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus associados ou entre esses e aquelas, sendo que o ato cooperativo não implica operação de mercado. 4.2.1. Cumpre esclarecer que apenas os serviços prestados pelas cooperativas aos seus associados ou aqueles prestados pelos associados às cooperativas, denominados atos cooperativos, não envolvendo portanto terceiros não-associados, não são tributáveis pelo ISS. 4.3. Os Arts. 86, 87 e 111 da Lei Federal 5.764/71, estabelecem que as cooperativas poderão fornecer bens e serviços a não associados, que o resultado das operações com não-associados serão contabilizados em separado, de molde a permitir cálculo para incidência de tributos e que os resultados positivos obtidos pelas cooperativas nas operações com não associados serão considerados como renda tributável. 4.4. O art. 121, parágrafo único, inciso I, do Código Tributário Nacional dispõe que o contribuinte, sujeito passivo da obrigação principal, é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo, que tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. 4.4.1. Assim sendo, o simples fato de considerar-se mandatária dos cooperados não exime a requerente de recolher o tributo devido. É ela, como entidade, que é a prestadora dos serviços contratada, sendo que seus cooperados materializam tal prestação por meio de seu trabalho especializado. 5. No caso dos contratos em análise, os serviços são tributáveis, eis que prestados a terceiros não-cooperados pela requerente, e o tributo devido deve ser recolhido no território do Município onde está situado e estruturado o estabelecimento do prestador do serviço, ou na falta deste, onde ele estiver domiciliado, como dispõe o art. 3º, caput da Lei Municipal nº 13.701 de 24/12/03. 5.1. Assim sendo, a requerente deveria ter emitido, nos casos de operações tributáveis (como os dos contratos em apreço), Notas Fiscais de Serviços Série “A” (ou Notas Fiscais - Fatura de Serviços). 5.2. Os cooperados não estão sujeitos à inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM, enquanto prestadores de serviços a terceiros por meio da cooperativa. Na hipótese de prestar serviços a terceiros, por conta própria, sem intermediação da cooperativa, o associado estará obrigado a inscrever-se junto a esse Cadastro. 6. Oriente-se a requerente a:

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6.1. Emitir Nota Fiscal de Serviços Série “A” (ou Nota Fiscal - Fatura de Serviços) por ocasião de cada prestação de serviços referente à operação tributável e recolher o tributo devido aos cofres desta Municipalidade, aplicando uma alíquota de 5%, sobre a base de cálculo, que é valor dos contratos firmados, sem quaisquer deduções. 6.2. Preencher a Declaração Eletrônica de Serviços DES, conforme dispõe o art. 126 do Decreto Municipal 44.540 de 29/03/04”.Nota Cenofisco: Convém esclarecer que, embora a Resposta à Consulta mencionada tenha como base a legislação pretérita, a orientação nela contida permanece em vigor, considerando-se os dispostos legais do Regulamento do ISS, aprovado pelo Decreto nº 53.151/12. A Declaração Eletrônica de Serviços (DES) foi extinta desde 09/07/2011, conforme disposto no art. 20 da Lei nº 15.406/11. Em relação às Notas Fiscais de Serviços, informamos que o Secretário Municipal de Finanças do Município de São Paulo, por meio da Instrução Normativa SF/SUREM nº 10/11, estabeleceu que, desde 01/08/2011, tornou-se obrigatória a emissão de Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) para todos os prestadores de serviços, independentemente da receita bruta de serviços auferida.

FONTE: CENOFISCO .

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TRIBUTOS: PROCEDIMENTOS PARA A RESTITUIÇÃO DE RECEITAS ARRECADADAS INDEVIDAMENTE – PORT. SMF/SP N° 119, 31/08/2012

Estabelece procedimentos para a restituição de receitas arrecadadas indevidamente ou a maior, e dá outras providências.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FINANÇAS, no uso de suas atribuições legais, Considerando o que dispõe a Portaria Conjunta STN/SOF nº 01, de 20 de junho de 2011, da Secretaria do Tesouro Nacional e da Secretaria de Orçamento Federal, Considerando a necessidade de adequar os procedimentos para devolução de receitas arrecadadas, RESOLVE : Art. 1º Os processos que tratam de restituição de receitas arrecadadas indevidamente ou a maior, após deferidos nos termos da legislação que rege a matéria, deverão ter o registro de retificação efetuado no sistema gestor da receita que encaminhará o registro de restituição eletronicamente para o sistema de Devolução Automática de Tributos - DAT. § 1º. Havendo impossibilidade técnica de transmissão eletrônica do registro, a unidade competente deverá encaminhar o processo à Divisão de Análise e Regularização - DIARE, do Departamento de Administração Financeira - DEFIN, devidamente instruído com a indicação de conta corrente para o depósito da restituição, comprovante de pagamento com a confirmação cadastral do valor pago e o despacho decisório de restituição. § 2º. O despacho decisório mencionado no parágrafo anterior deverá conter no mínimo os seguintes elementos: I - tipo de receita a ser restituída; II - valor a ser restituído, em moeda corrente; III - indicação da incidência ou não de atualização monetária, e a legislação que a fundamenta; IV - nome completo do destinatário do pagamento a ser efetuado; V - número do CNPJ ou CPF, cuja consulta atualizada ao "site" da Secretaria da Receita Federal, deverá ser juntada ao processo.

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§ 3º. Na hipótese de restituição referente à receita arrecadada através do sistema de Taxas e Preços Públicos, os processos, instruídos de acordo com o estabelecido no § 1º deste artigo, deverão ser encaminhados à Divisão de Análise e Regularização - DIARE, que deverá efetuar o registro de restituição no referido sistema. Art. 2º As restituições cadastradas no sistema DAT a partir de 1º de abril de 2012 ficarão disponíveis para solicitação pelo próprio contribuinte no portal da Prefeitura da Cidade de São Paulo (www.servicodevolucao.prefeitura.sp.gov.br) ou na Praça de Atendimento da Secretaria Municipal de Finanças. Art. 3º O interessado deverá solicitar a restituição por meio de depósito em conta corrente de livre movimentação de titularidade do credor que consta no cadastro do sistema DAT. § 1º. As restituições referentes a receitas não tributárias, até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), poderão ser solicitadas pela internet com acesso por CPF ou CNPJ. § 2º. As restituições referentes a receitas tributárias, até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), poderão ser solicitadas pela internet somente através de acesso por Senha Web ou certificado digital. § 3º. As restituições acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) deverão ser solicitadas diretamente na Praça de Atendimento da Secretaria Municipal de Finanças. § 4º. As restituições acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), decorrentes de alteração no lançamento de Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU observarão o disposto no artigo 1º da Portaria SF nº 104, de 21 de julho de 2009, devendo ser solicitadas na Praça de Atendimento da Secretaria Municipal de Finanças, com a documentação comprobatória da legitimidade do requerente e o formulário "Solicitação de Restituição" preenchido. § 5º. Caso o interessado não possua acesso à internet, poderá solicitar a restituição, independentemente de seu valor, diretamente na Praça de Atendimento da Secretaria Municipal de Finanças. Art. 4º Quando a restituição de valor não superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) for destinada a pessoa física, o interessado poderá solicitar que seja paga por meio de Ordem de Pagamento, que será disponibilizada para retirada no prazo mínimo de 3 (três) e máximo de 10 (dez) dias úteis da solicitação. § 1º. A Ordem de Pagamento permanecerá disponível durante o prazo de 30 (trinta) dias corridos, contados a partir da data de disponibilização, após o qual será cancelada, sem prejuízo do direito do credor. § 2º. Para o recebimento da Ordem de Pagamento, o interessado deverá comparecer em qualquer agência do Banco do Brasil em território nacional, devendo identificar-se mediante apresentação dos documentos originais de RG e CPF. Art. 5º O pagamento de restituições disponibilizadas anteriormente à data referida no artigo 2º deverá ser solicitado pelo interessado na Praça de Atendimento da Secretaria Municipal de Finanças por meio da entrega do formulário "Solicitação de Restituição" (Anexo I). Parágrafo único. Incluem-se na exceção prevista no "caput" outras restituições não disponibilizadas pelo sistema DAT. Art. 6º O pagamento de restituições cadastradas no sistema DAT sem a identificação do destinatário (CPF ou CNPJ) ou com destinatário divergente do interessado somente poderá ser requerido na Praça de Atendimento da Secretaria Municipal de Finanças. § 1º. O interessado deverá preencher o formulário "Requerimento de Retificação/Alteração de Destinatário e Solicitação de Depósito em Conta Corrente" (Anexo II) e apresentar documentos para instrução do processo, tais como: comprovante de atualização cadastral, autorização do destinatário que consta no cadastro, prova de ter assumido o encargo e outros documentos comprobatórios do direito à restituição. § 2º. A documentação apresentada deverá ser autuada em processo administrativo, que será encaminhado à respectiva unidade gestora da receita para análise. § 3º. Fica autorizada a análise diretamente pela Divisão Técnica de Programação Financeira - DIPRF, do Departamento de Administração Financeira - DEFIN:

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I - especificamente para as restituições de IPTU e multas de trânsito, caso o interessado apresente documentação em que conste a comprovação de alteração cadastral, respectivamente, do imóvel ou do veículo, bem como a comprovação de que assumiu de fato o encargo; II - na hipótese de alteração de CNPJ de filial para matriz, desde que mantido o CNPJ raiz do destinatário; III - na hipótese de mudança de nome ou razão social, mediante comprovação de atualização nos cadastros da Receita Federal do Brasil. Art. 7º Se a restituição não for processada pelo sistema DAT, DEFIN deverá: I - tratando-se de restituição de receita arrecadada no mesmo exercício, efetuar a dedução da própria receita e emitir a Ordem Extra Orçamentária; II - tratando-se de restituição de receita arrecadada em exercício anterior e não havendo descontinuidade de arrecadação da respectiva origem ou natureza de receita, efetuar a dedução da própria receita no exercício corrente e emitir a Ordem Extra Orçamentária; III - tratando-se de restituição de receita arrecadada em exercício anterior e havendo descontinuidade de arrecadação da respectiva origem ou natureza de receita, efetuar a restituição registrando como despesa orçamentária, com a oferta de recursos pelo órgão gestor da receita. Art. 8º Quando houver atualização monetária da restituição, deverão ser adotados os mesmos procedimentos elencados no artigo 7º desta Portaria. Art. 9º As restituições processadas através do sistema DAT deverão ter o registro contábil do envio e disponibilização do crédito e da confirmação do pagamento após a confirmação de sua efetivação pelo Banco do Brasil. Art. 10. O processo de restituição que não tiver a indicação de conta corrente para depósito permanecerá durante o prazo de 180 (cento e oitenta) dias em DIPRF aguardando o requerimento do interessado, após o qual será cancelada a Ordem Extra Orçamentária referente ao processo, que será arquivado, sem prejuízo do direito do interessado. Art. 11. Os casos omissos e excepcionais serão resolvidos pelo Subsecretário do Tesouro Municipal. Art. 12. Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Portaria SF nº 93, de 28 de junho de 2006, e o artigo 2º da Portaria SF nº 104, de 21 de julho de 2009.

Anexo ISolicitação de Restituição

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Figura 1 Anexo II

Requerimento de Retificação/Alteração de Destinatário e Solicitação de Depósito em Conta Corrente

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Figura 2

FONTE: Diário Oficial da Cidade de São Paulo – 01/09/2012.

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO – ROTEIRO

Sumário Introdução I - Conceito II - Características III - Classificação do assédio moral III.1 - Assédio moral vertical III.2 - Assédio moral horizontal III.3 - Assédio moral vertical ascendente III.4 - Assédio moral misto IV - Critérios para a identificação do assédio moral V - Ambiente favorável ao assédio moral VI - Diferença entre assédio moral e assédio sexual VII - Aspectos jurídicos VIII - Formas de coibir o assédio moral e sexual IX - Jurisprudência X - Consultoria FISCOSoft Introdução O assédio moral no trabalho não é um fato novo mas com o advento do mundo globalizado, ganhou ascensão por suscitar inúmeros estudos, projetos de lei, reflexões e debates em todo mundo, inclusive no Brasil, no sentido de delinear e conceituar o tema. Neste Roteiro trata da evolução do assédio moral na vida do trabalhador e em seu meio laboral, bem como na sua vida social e familiar. I - Conceito O assédio moral é todo comportamento abusivo, gesto, palavra e atitude que ameaça, por sua repetição, a integridade física ou psíquica de uma pessoa, degradando o ambiente de trabalho. Tal conduta pode ser praticada por colegas de trabalho, pelo empregador ou superior hierárquico, contaminando o ambiente de trabalho, tornando-o degradante, hostil e violador dos direitos da personalidade do ofendido. Ocorre com mais frequência em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e não éticas de longa duração. Para que a conduta do empregado, empregador ou superior heirárquico configure assédio moral, é necessário que esta seja capaz de romper o equilíbrio no meio ambiente do trabalho, afetando diretamente a qualidade de vida no trabalho e a satisfação do empregado. Desta forma, vale lembrar que, somente fica caracterizado o assédio moral quando a vítima desenvolve algum sintoma de estresse ou doença de natureza psicológica ou mental, como reação a situação hostil a que foi submetida. Fundamentação: art. 5º, inciso X da Constituição Federal do Brasil de 1988. II - Características O assédio ocorre, na sua maioria, em relações hierárquicas autoritárias, envolvendo geralmente a subordinação da vítima em relação ao agressor. Quase sempre predominam atitudes que desestabilizam e humilham a vítima de forma repetitiva e por um longo período. Fonte: ALKIMIN, Maria Aparecida. Assédio moral na relação de emprego. Curitiba: Juruá, 2005. p. 43. III - Classificação do assédio moral O assédio moral pode ser identificado de acordo com sua origem como: a) assédio moral vertical; b) assédio moral horizontal;

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c) assédio moral vertical ascendente; d) assédio moral misto. III.1- Assédio moral vertical É o tipo de assédio mais comum, pois advém de superior hierárquico que aproveita de sua posição privilegiada e a utiliza de forma abusiva, arbitraria e ilegal, seja isolando a vítima dos demais, exigindo metas impossíveis de serem realizadas ou ainda, submetendo a comportamento vexatório perante os demais subordinados. A violência nessa escala de assédio tem como um dos fundamentos para a prática dessas ações a eliminação do assediado. Outro meio utilizado nesse tipo de assédio são as estratégias sistemáticas que as empresas fazem uso dia após dia para coagir a pessoa assediada a pedir demissão. Em geral, essas pessoas escolhidas são aquelas portadoras de estabilidade provisórias, seja decorrente de acidente de trabalho, maternidade, dentre outras. Fonte: GUEDES, Márcia Novaes. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: Ltr, 2003. p. 38. III.2 - Assédio moral horizontal O assédio moral horizontal,é frequente quando dois empregados disputam a obtenção de um mesmo cargo ou uma promoção. Há também o agravante de que grupos tendem a nivelar seus indivíduos e tem dificuldade em conviver com diferenças. Neste caso, o conflito é horizontal porque acontece quando um colega de trabalho ofende moralmente o outro sem que a chefia intervenha, recusando-se a tomar partido do problema, só reagindo quando uma das partes interfere na cadeia produtiva da empresa. Fonte: GUEDES, Márcia Novaes. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: Ltr, 2003.p. 38. III.3 - Assédio moral vertical ascendente O assédio moral vertical ascendente acontece raríssimas vezes quando, por exemplo, um superior recém contratado não alcança um nível de empatia e de adaptação, ou possui métodos que são reprovados por seus subordinados. Isso pode levar a um nível de descrédito que tende a desencadear o assédio moral. Fonte: GUEDES, Márcia Novaes. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: Ltr, 2003. p. 38. III.4 - Assédio moral misto Esse tipo de assédio é iniciado pelo companheiro de mesmo nível hierárquico, mas com a conveniência do superior, ou ainda, aquele iniciado pelo superior hierárquico que expõe seu plano, de forma natural, sendo aderido pelos empregados de mesmo nível hierárquico. Fonte: GUEDES, Márcia Novaes. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: Ltr, 2003. p. 38. IV - Critérios para a identificação do assédio moral Os critérios frequentemente utilizados para a identificação do assédio moral no trabalho são: a) a conduta abusiva na saúde física e psicológica da vítima; b) a periodicidade e durabilidade do ato faltoso; c) o perfil e a intencionalidade do agressor; d) sua finalidade. V - Ambiente favorável ao assédio moral O ambiente de trabalho é sem dúvida um fator determinante para configuração do assédio, muito embora as características das vítimas muitas vezes possam influenciar no seu desenvolvimento. Ambientes onde as pessoas são submetidas ao estresse contínuo, onde não existem regras internas, nem para comportamentos nem para os métodos, onde o poder dos chefes não tem limites, esses ambientes são propícios ao livre desenvolvimento do assédio. Fonte: HIRIGOYEM, Marie France. Mal estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Tradução por Rejane Janowtizer. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil. p. 193. VI - Diferença entre assédio moral e assédio sexual No assédio moral, o empregador ou os seus prepostos ofendem a honra e boa fama do empregado ou de seus familiares, através de atos caluniosos, injuriosos, ou de difamação.

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No assédio sexual, ofende-se a intimidade da pessoa, através de conduta sexual, não consentida pelo assediado, com abuso na tentativa de favor sexual, bastando apenas uma única conduta para caracterizá-lo, diferente do assédio moral que tem como requisito a habitualidade. Importa salientar que, após o trabalhador ser assediado sexualmente normalmente é vítima do assédio moral, ou seja, o empregador ou seus propostos rejeitados sexualmente pelo trabalhador reagem com atitudes caracterizadoras do assédio moral, fazendo com que o trabalhador desista da relação de emprego. VII - Aspectos jurídicos Atualmente não existe uma legislação específica que discipline o assédio moral. Todavia, as partes envolvidas devem observar os direitos fundamentais individuais e proporcionar a sua aplicação da forma mais ampla possível no contrato de trabalho. Caso não seja respeitado esse direito o empregado poderá considerar rescindido o contrato de trabalho e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. Fundamentação: "caput" e alíneas do art. 483 da CLT. VIII - Formas de coibir o assédio moral e sexual Considerando o poder disciplinar que é atribuído ao empregador, com base no art.2º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entende-se que a empresa (ou pessoa equiparada) tem a faculdade de adotar algumas práticas preventivas, com o intuito de minimizar eventuais casos de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. Seguem algumas sugestões: a) implantar programas de prevenção e proteção contra as práticas de assédio moral e sexual; b) compor equipe multidisciplinar para definir as ações para evitar possíveis casos de assédio moral e sexual;

 A equipe multidisciplinar poderá elaborar código de ética que vise coibir toda manifestação de discriminação (etnia/racial, sexual, idade, gênero) e de práticas nocivas a saúde física/mental e a segurança dos trabalhadores, em particular o assédio moral e sexual.

c) implantar programa de intervenção com o objetivo de avaliar os fatores psicossociais, identificar os problemas; informar e sensibilizar o conjunto dos trabalhadores acerca dos danos e agravos a saúde em consequência do assédio moral; difundir os resultados das práticas preventivas para o conjunto de colaboradores; d) criar espaços de confiança dentro da empresa, em que o trabalhador possa ser escutado com respeito, em caráter sigiloso; e) divulgar o conteúdo do código de ética entre os colaboradores. O empregador é responsável pela atividade que desenvolve. Assim, é importante frisar que em caso de assédio moral ou sexual, o empregador poderá ser alvo de eventual reclamatória trabalhista, podendo ser compelido a pagar indenização ao colaborador que se sentir prejudicado. Fundamentação: art. 2º da CLT. IX - Jurisprudência "ASSÉDIO MORAL PRATICADO POR COLEGAS DE TRABALHO. REPARAÇÃO DEVIDA. NULIDADE DO PEDIDO DE DISPENSA. O assédio moral se caracteriza por condutas

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reiteradas que transgridem os direitos da personalidade do empregado, causando-lhe dor e sofrimento. Cabe frisar que tais condutas podem ser realizadas diretamente pelo empregador ou pelos demais empregados, sendo que ambas caracterizam o assédio moral, vez que o empregador é responsável, de forma objetiva, pelos atos de seus empregados, nos termos do artigo 932, III, combinado com o artigo 933, ambos do Código Civil. Saliente-se, ainda, que o objetivo final do assediador com tais práticas, em regra, é forçar o assediado a pedir o desligamento do emprego. Assim, provado o assédio moral praticado, devida indenização reparatória, bem como o reconhecimento da nulidade do pedido de dispensa, ante o vício existente na manifestação de vontade do empregado." (Acórdão nº: 20120805647, 4ª Turma do TRT da 2ª Região, RO 20120028927 - Relator SERGIO WINNIK - Publicação: 27/07/2012). "ASSÉDIO MORAL. "ROUPAGEM". O assédio moral, ou, ainda, manipulação perversa, terrorismo psicológico, caracteriza-se por ser uma conduta abusiva, de natureza psicológica, que atenta contra a dignidade psíquica do trabalhador, expondo-o a situações humilhantes e constrangedoras, capazes de causar-lhe ofensa à personalidade, à dignidade ou à integridade psíquica. O assédio moral é concebido como uma forma de "terror psicológico" que pode ser praticado pela empresa ou pelos próprios colegas. A necessidade de obtenção de lucro não se sobrepõe à honra, imagem, intimidade e dignidade da pessoa humana, princípios constitucionais que norteiam a nossa sociedade e cujo zelo compete a todos os cidadãos brasileiros. No caso em tela o "assédio" restou configurado na "roupagem", de exclusão da "posição do empregado no emprego", deteriorando seu ambiente de trabalho. Portanto, sempre que o trabalhador, em razão do contrato de trabalho, por ação ou omissão do empregador, sofrer lesão à sua dignidade, honra, ou ofensa que lhe cause um mal ou dor (sentimental ou física) causando-lhe abalo na personalidade ou psiquismo, terá o direito de exigir a reparação por danos morais e materiais decorrentes da conduta impertinente. Nesse sentido dispõem os artigos 186 e 927 do Código Civil de 2002." (Acórdão nº 20120729916, 4ª Turma do TRT da 2ª Região, AI nº 01516002220095020471 - Relator IVANI CONTINI BRAMANTE - Publicação: 06/07/2012). X - Consultoria FISCOSoft 1 - O que é assédio moral no trabalho? O assédio moral, de acordo com a doutrina, é todo comportamento abusivo, gesto, palavra e atitude que ameaça, por sua repetição, a integridade física ou psíquica de uma pessoa, degradando o ambiente de trabalho. 2 - O empregador poderá dispensar um empregado por justa causa pela prática de assédio sexual? Caso haja a condenação criminal do empregado pelo crime de assédio sexual, com trânsito em julgado da sentença (não cabendo recurso da decisão pelas partes), o empregador poderá dispensar o empregado por justa causa. Fundamentação: art. 216 - A do Código Penal; alínea "d" do art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho

FONTE: FISCOSoft . ______________________________Fim de Matéria__________________________________

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA OU REABILITADOS – RESERVA LEGAL DE CARGOS – FISCALIZAÇÃO – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO:1. Introdução 2. Fiscalização da Reserva Legal de Cargos para Pessoas com Deficiência 3. Ação Fiscal 4. Obrigatoriedade das Empresas

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4.1. Substituição de Pessoal 5. Caracterização da Condição de Pessoa com Deficiência 5.1. Contratos de Trabalho Celebrados Antes da Vigência do Decreto nº 5.296/2004 6. Comprovação da Deficiência 7. Segurado Reabilitado da Previdência Social 8. Relação Anual de Informações Sociais - Rais e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED 9. Proibição de Práticas Discriminatórias 10. Exame dos Programas Relativos à Saúde e Segurança 11. Condições nos Locais de Trabalho 12. Lavratura de Autos de Infração 13. Aprendizagem Profissional da Pessoa com Deficiência 14. Procedimento Especial para a Ação Fiscal da Inclusão de Pessoas com Deficiência ou Reabilitadas 14.1. Prazo Máximo do Termo de Compromisso 14.2. Estabelecimento de Metas e Cronogramas Para o Cumprimento da Reserva Legal 15. Concursos Públicos 15.1. Direito de Acesso a Todos os Cargos Públicos 15.2. Compatibilidade entre as Atribuições do Cargo e a Deficiência do Candidato 1. IntroduçãoA Instrução Normativa SIT nº 98, de 15 de Agosto de 2012 estabeleceu os procedimentos da fiscalização da inclusão de pessoas com deficiência e beneficiários da Previdência Social reabilitados no mercado de trabalho, com vistas a assegurar o exercício pleno e equânime do direito ao trabalho e a promoção do respeito à dignidade da pessoa humana, conforme estabelece a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, promulgados por meio do Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009.2. Fiscalização da Reserva Legal de Cargos para Pessoas com DeficiênciaAs Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego - SRTE, por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho, irão realizar ações de fiscalização do cumprimento da reserva de cargos para pessoas com deficiência ou reabilitadas, na forma do art. 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, observadas as diretrizes da Secretaria de Inspeção do Trabalho.3. Ação FiscalA ação fiscal para a verificação do cumprimento da reserva legal de cargos competirá à SRTE em cuja circunscrição territorial estiver instalada a matriz da empresa, na modalidade direta ou indireta, abrangendo todos os estabelecimentos, inclusive aqueles situados em outras Unidades da Federação - UF.Constatado indício de descumprimento da reserva legal, a fiscalização poderá ser centralizada, excepcionalmente, por outra SRTE em cuja circunscrição exista estabelecimento da empresa.Independentemente da existência de ação fiscal centralizada em andamento, qualquer estabelecimento poderá ser fiscalizado pela SRTE da sua circunscrição, relativamente a eventuais irregularidades quanto a outras normas de proteção ao trabalho, inclusive as relativas às pessoas com deficiência ou reabilitadas.4. Obrigatoriedade das EmpresasAs empresas com cem ou mais empregados devem preencher o percentual de dois a cinco por cento de seus cargos com pessoas com deficiência ou com beneficiários reabilitados da Previdência Social, na seguinte proporção:I - de cem a duzentos empregados, dois por cento;II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento;IV - mais de mil empregados, cinco por cento.Para efeito de aferição dos percentuais, será considerado o número de empregados da totalidade dos estabelecimentos da empresa.

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Para as empresas que apresentem variações sazonais no quantitativo de empregados, a fiscalização poderá utilizar, para a composição da base de cálculo da cota a ser cumprida, a média aritmética da totalidade de empregados existentes ao final de cada um dos doze últimos meses.As frações de unidade no cálculo de que trata o caput darão lugar à contratação de mais um trabalhador.4.1. Substituição de PessoalAs ações fiscais para aferição do cumprimento da reserva legal de cargos, o AFT irá verificar se as dispensas dos empregados reabilitados ou com deficiência, ao final de contrato por prazo determinado superior a noventa dias, ou as dispensas imotivadas, nos contratos a prazo indeterminado, ocorreram mediante contratação prévia de substituto de condição semelhante, salvo quando a empresa mantiver atendido o cumprimento da reserva de cargos.5. Caracterização da Condição de Pessoa com DeficiênciaA caracterização da condição de pessoa com deficiência dar-se-á com base no Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, observados os dispositivos da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.5.1. Contratos de Trabalho Celebrados Antes da Vigência do Decreto nº 5.296/2004Os empregados com contratos de trabalho celebrados antes das alterações promovidas pelo Decreto nº 5.296, de 2004, e que foram comprovadamente caracterizados com deficiência auditiva para fins de cumprimento da reserva legal de cargos segundo os critérios legais vigentes à época, serão considerados pessoas com deficiência pela fiscalização até a rescisão de seu contrato de trabalho.6. Comprovação da DeficiênciaPara fins de comprovação do enquadramento do empregado como pessoa com deficiência é necessária a apresentação de laudo elaborado por profissional de saúde de nível superior, preferencialmente habilitado na área de deficiência relacionada ou em saúde do trabalho, que deve contemplar as seguintes informações e requisitos mínimos:I - identificação do trabalhador;II - referência expressa quanto ao enquadramento nos critérios estabelecidos na legislação pertinente;III - identificação do tipo de deficiência;IV - descrição detalhada das alterações físicas, sensoriais, intelectuais e mentais e as interferências funcionais delas decorrentes;V - data, identificação, nº de inscrição no conselho regional de fiscalização da profissão correspondente e assinatura do profissional de saúde; eVI - concordância do trabalhador para divulgação do laudo à Auditoria-Fiscal do Trabalho e ciência de seu enquadramento na reserva legal.Nas hipóteses de deficiência auditiva, visual, intelectual ou mental serão exigidos, respectivamente, exame audiológico - audiometria, exame oftalmológico - acuidade visual com correção e campo visual, se for o caso, e avaliação intelectual ou mental especializada.7. Segurado Reabilitado da Previdência Social A comprovação do enquadramento na condição de segurado reabilitado da Previdência Social será realizada com a apresentação do Certificado de Reabilitação Profissional emitido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS.8. Relação Anual de Informações Sociais - Rais e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED O AFT irá verificar na Relação Anual de Informações Sociais - RAIS e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, a exatidão das informações prestadas referentes aos empregados com deficiência e reabilitados, inclusive quanto ao tipo de deficiência, e ainda a eventual condição de aprendiz e exigirá a regularização, caso identificado erro ou omissão quanto a essas informações.Na hipótese de o empregado adquirir a deficiência ou a condição de reabilitado no curso do contrato de trabalho, o AFT irá orientar o empregador para fazer constar essa informação na

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RAIS, a partir do ano da ocorrência, e no CAGED, no caso de transferência ou desligamento do empregado.9. Proibição de Práticas DiscriminatóriasNo intuito de coibir práticas discriminatórias, o AFT irá verificar se está sendo garantido o direito ao trabalho das pessoas com deficiência ou reabilitadas, em condições de igualdade de oportunidades com as demais pessoas, com respeito a todas as questões relacionadas ao emprego, observando, dentre outros aspectos:I - garantia de acesso às etapas de recrutamento, seleção, contratação e admissão, capacitação e ascensão profissional, sem ocorrência de exclusões de pessoas com base, a priori, na deficiência ou na condição de reabilitado;II - distribuição, pela empresa, dos empregados com deficiência ou reabilitados nos diversos cargos, funções, postos de trabalho, setores e estabelecimentos, preferencialmente de forma proporcional, tendo como parâmetro as reais potencialidades individuais e as habilidades requeridas para a atividade;III - manutenção no emprego;IV - jornada de trabalho não diferenciada, salvo exceção prevista no § 2º do art. 35 do Decreto 3.298, de 1999;V - remuneração eqüitativa;VI - acessibilidade ampla; eVII - condições de saúde e segurança adaptadas às necessidades dos empregados.10. Exame dos Programas Relativos à Saúde e Segurança Quando do exame dos programas relativos à saúde e segurança, tais como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, o AFT irá verificar se foram contempladas as medidas necessárias para garantir aos trabalhadores com deficiência e reabilitados condições de trabalho seguras e saudáveis e, da mesma maneira, verificar se a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, quando obrigatória, acompanha a inclusão desses trabalhadores, inclusive documentando em ata esse acompanhamento.11. Condições nos Locais de TrabalhoO AFT verificará se no processo de inclusão da pessoa com deficiência ou reabilitada a empresa promoveu as modificações dos postos de trabalho, da organização do trabalho e as condições ambientais, em conformidade com as necessidades do trabalhador, com garantia desde a acessibilidade arquitetônica até adaptações específicas de mobiliários, máquinas e equipamentos, dispositivos de segurança, utilização de tecnologias assistivas, ajudas técnicas, facilitação de comunicação, apoios e capacitação específica, dentre outros, de modo a eliminar as barreiras porventura existentes.O AFT irá verificar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, conforme estabelece a Norma Regulamentadora 17 - Ergonomia.12. Lavratura de Autos de InfraçãoHavendo lavratura de autos de infração por desrespeito às normas protetivas do trabalho das pessoas com deficiência ou reabilitadas, o AFT irá:I - consignar no histórico do auto de infração, na hipótese de não preenchimento integral da reserva legal prevista no caput do art. 93 da Lei nº 8213, de 1991, o montante de pessoas com deficiência ou reabilitadas que deixaram de ser contratadas e o número de empregados que serviu de base para a aplicação do percentual legal;II - consignar no histórico do auto de infração, na hipótese de dispensa de empregado com deficiência ou reabilitado sem a antecedente contratação de substituto de condição semelhante, por término de contrato por prazo determinado superior a noventa dias, ou por dispensa imotivada, relativamente a contrato por prazo indeterminado, os nomes daqueles empregados dispensados e o número total de trabalhadores da empresa fiscalizada;III - fundamentar o auto de infração, na hipótese de caracterização de prática discriminatória, conforme o caso, no disposto no inciso IV do art. 3º e no inciso IV e caput do art. 5º da

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Constituição Federal; nos arts. 2 e 27 da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência; no art. 1º da Lei 9.029, de 13 de abril de 2011; nos arts. 8º e 373-A da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e demais normas aplicáveis.13. Aprendizagem Profissional da Pessoa com DeficiênciaO AFT irá incentivar as empresas e outras instituições para que promovam a participação das pessoas com deficiência nos programas de aprendizagem profissional, inclusive as beneficiárias do Beneficio de Prestação Continuada - BPC da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, com o objetivo de sua posterior contratação por prazo indeterminado, observando que:I - as instituições públicas e privadas, que ministram educação profissional devem disponibilizar cursos profissionais de nível básico para as pessoas com deficiência, conforme prevê o §2º do art. 28 do Decreto nº. 3.298, de 1999;II - os programas de aprendizagem profissional, em suas atividades teóricas e práticas, devem promover as adaptações e as medidas de apoio individualizadas, de forma a atender às necessidades de inclusão de todos os aprendizes;III - para o aprendiz com deficiência devem ser consideradas, sobretudo, as habilidades e as competências relacionadas com a profissionalização e não a sua escolaridade;IV - não há previsão de idade máxima para contratação da pessoa com deficiência como aprendiz, apenas o limite mínimo de quatorze anos, observadas as disposições legais de proteção ao trabalho dos adolescentes; eV - as empresas poderão contratar aprendizes até o limite de quinze por cento das funções que demandem formação profissional.14. Procedimento Especial para a Ação Fiscal da Inclusão de Pessoas com Deficiência ou ReabilitadasConstatados motivos relevantes que impossibilitam ou dificultam o cumprimento da reserva legal de cargos para pessoas com deficiência ou reabilitadas, poderá ser instaurado o procedimento especial para ação fiscal, por empresa ou setor econômico, previsto no art. 627-A da CLT e nos arts. 27 a 29 do Decreto nº 4.552, de 27 de Dezembro de 2002, observadas as disposições desta Instrução Normativa e da Instrução Normativa nº 23, de 23 de maio de 2001.O procedimento especial para a ação fiscal poderá resultar na lavratura de termo de compromisso, no qual serão estipuladas as obrigações assumidas pelas empresas ou setores econômicos compromissados e os prazos para seu cumprimento.Nas reuniões concernentes ao processo de discussão e elaboração do termo de compromisso é permitida a participação de entidades e instituições atuantes na inclusão das pessoas com deficiência, bem como entidades representativas das categorias dos segmentos econômicos e profissionais.O termo de compromisso deve conter, no mínimo, as seguintes obrigações por parte dos compromissados:I - proibição de discriminação baseada na deficiência, com respeito às questões relacionadas com as formas de emprego, de acordo com o especificado no item 09;II - identificação das barreiras porventura existentes e promoção da acessibilidade em suas diversas formas, respeitadas as necessidades de cada pessoa;III - promoção de campanhas internas de valorização da diversidade humana e de combate à discriminação e ao assédio;IV - promoção de qualificação profissional da pessoa com deficiência ou reabilitada, preferencialmente na modalidade de aprendizagem; eV - impossibilidade de dispensa de trabalhador reabilitado ou com deficiência, sem a prévia contratação de substituto de condição semelhante, na hipótese de término de contrato por prazo determinado de mais de noventa dias, ou dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado.14.1. Prazo Máximo do Termo de Compromisso

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O prazo máximo do termo de compromisso será de doze meses, excetuado o caso em que o cumprimento da reserva legal esteja condicionado ao desenvolvimento de programas de aprendizagem profissional de pessoas com deficiência, nos termos do art. 429 da CLT, caso em que o prazo máximo será de vinte e quatro meses.Em caráter excepcional, e em face de projetos específicos de inclusão e qualificação profissional ou dificuldades comprovadamente justificadas, estes prazos poderão ser ampliados, com observância aos procedimentos estabelecidos pelas normas de regência.14.2. Estabelecimento de Metas e Cronogramas Para o Cumprimento da Reserva LegalO termo de compromisso deve estabelecer metas e cronogramas para o cumprimento da reserva legal de forma gradativa, devendo a empresa, a cada etapa estipulada, apresentar variação positiva do percentual de preenchimento e, ao final do prazo, comprovar o cumprimento integral da reserva legal estipulada no art. 93 da Lei nº 8.213, de 1991, e dos demais compromissos assumidos.Durante o prazo fixado no termo de compromisso, serão feitas fiscalizações nas empresas, a fim de ser verificado o seu cumprimento, sem prejuízo da ação fiscal relativa a atributos não contemplados no referido termo.Frustrado o procedimento especial para a ação em face de não atendimento da convocação, recusa de firmar termo de compromisso, descumprimento de qualquer cláusula compromissada, devem ser lavrados, de imediato, os respectivos autos de infração, e poderá ser encaminhado relatório circunstanciado ao Ministério Público do Trabalho e demais órgãos competentes.15. Concursos Públicos Nas ações fiscais realizadas nos entes Administração Pública que contratem sob o regime celetista, o AFT irá verificar o cumprimento da reserva de cargos prevista no art. 93 da Lei 8213, de 1991, e o disposto no §1º do art. 37 do Decreto 3298, de 1999.Cabe ao AFT verificará a disponibilização, nos concursos públicos para contratação de empregados regidos pela CLT, do percentual mínimo de cinco por cento das vagas de cada cargo para pessoas com deficiência, visando à necessária igualdade de oportunidades, de acordo com o art. 37 do Decreto 3298, de 1999.15.1. Direito de Acesso a Todos os Cargos PúblicosAs pessoas com deficiência possuem direito de acesso a todos os cargos públicos, inclusive àqueles exercidos em condições de periculosidade, insalubridade, exposição a riscos e situações de emergência, ressalvados os expressamente afastados por lei federal que regule o exercício de profissão regulamentada, de acordo com o art. 40 do Decreto 3298, de 1999.15.2. Compatibilidade entre as Atribuições do Cargo e a Deficiência do CandidatoA avaliação da compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do candidato será realizada por equipe multiprofissional, composta de três profissionais capacitados e atuantes nas áreas das deficiências em questão, sendo um deles médico, e três profissionais integrantes da carreira almejada pelo candidato, durante o estágio probatório, considerando as ajudas técnicas e demais adaptações necessárias ao posto de trabalho, de acordo com o art. 43 do Decreto 3298, de 1999.O AFT irá verificar se em todo o processo seletivo, na fase de contratação e no estágio probatório, estão sendo observadas, no mínimo, as seguintes disposições previstas no art. 39 do Decreto 3298, de 1999:I - se consta do edital o número de vagas, o total correspondente à reserva destinada à pessoa com deficiência, discriminadas por cargo e localidade, assim como as atribuições e tarefas essenciais dos cargos;II - se há previsão no edital de adaptação das provas, do curso de formação e do estágio probatório, conforme a necessidade do candidato, por exemplo: ledor, prova ampliada, material audiovisual adaptado, auxílio para transcrição de gabaritos, mobiliário adaptado, material em Braile, sintetizador de voz, sala de mais fácil acesso, intérprete de libras, tempo adicional e outros apoios;

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III - se há previsão no edital de que o laudo comprobatório da deficiência possa utilizar parâmetros internacionalmente utilizados, não se restringindo aos da Classificação Internacional de Doenças - CID.IV - se a publicação do resultado final do concurso será realizada em duas listas: a primeira, com a pontuação de todos os candidatos, inclusive aqueles com deficiência, e a segunda, somente com a pontuação destes últimos.O AFT deve verificar os pareceres da equipe multiprofissional, emitidos em todas as etapas previstas, conforme previsto no art. 19 da Instrução Normativa SIT nº 98/2012 e observando as disposições do art. 43 do Decreto n°3298, de 1999 e demais diplomas legais aplicáveis. BASE LEGAL: Instrução Normativa SIT nº 98/2012 que revogou a Instrução Normativa nº 20, de 26 de janeiro de 2001.

FONTE: LEFISC .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

REP: A PARTIR DE HOJE, DIA 03.09, AS MICROEMPRESAS E AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ESTÃO OBRIGADAS A UTILIZAR – COMENTÁRIO

A Portaria MTE nº 2.686/2011 determinou que, a partir de 03.09.2012, as microempresas e as empresas de pequeno porte que utilizam o registro eletrônico de ponto estão obrigadas à utilização do Registrador Eletrônico de Ponto (REP).Lembra-se que o REP é o equipamento de automação utilizado exclusivamente para o registro de jornada de trabalho e com capacidade para emitir documentos fiscais e realizar controles de natureza fiscal, referentes à entrada e à saída de empregados nos locais de trabalho.

FONTE: IOB .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

TRABALHO DA MULHER – DIREITOS ESPECIAIS – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução2. Prorrogação da Jornada de Trabalho2.1. Intervalo de 15 minutos antes da prorrogação - Obrigatoriedade3. Condições de Segurança e Higiene do Trabalho3.1. Força muscular - Limites 3.2. Amamentação3.3. Local apropriado para amamentação - Manutenção - Obrigatoriedade4. Acesso da Mulher no Mercado de Trabalho - Regras e Proibições5. Garantia à Empregada Durante a Gestação6. Auxílio-Natalidade - Extinção7. Proteção à Maternidade8. Licença-Maternidade8.1. Salário-maternidade8.2. Prorrogação da licença-maternidade8.3. Adoção e guarda judicial8.4. Salário-maternidade - Pagamento

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9. Programa Empresa Cidadã9.1. Requerimento de adesão9.2. Dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)9.3. Solicitação da Prorrogação - Prazo10. Rompimento do Contrato1. Introdução

Os direitos e obrigações de homens e mulheres que trabalham como empregados foram igualados pela Constituição Federal/88. Em razão dessa igualdade, a Lei nº 7.855/89 revogou vários dispositivos da CLT que eram pertinentes a proteção do trabalho da mulher.

Embora a Constituição Federal tenha estabelecido igualdade no tratamento entre empregados do sexo feminino e masculino, prevalecem, ainda, algumas situações em que cabem cuidados especiais pelos empregadores quando da contratação de mulheres.

Abordaremos, neste trabalho, os direitos especiais do trabalho da mulher.2. Prorrogação da Jornada de Trabalho

O art. 7º, inciso XIII, da CF/88 estabelece como direito do trabalhador urbano e rural, seja homem ou mulher, a duração normal de trabalho de oito horas diárias e 44 semanais, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior.

Essa jornada de trabalho poderá ser acrescida por meio de acordo de compensação de horas ou reduzida mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.2.1. Intervalo de 15 minutos antes da prorrogação - Obrigatoriedade

Estabelece o art. 384 da CLT, que a exigência de intervalo de 15 minutos para descanso antes de se iniciar a prorrogação da jornada. Em virtude da igualdade de direitos e obrigações estabelecidos pela CF/88, existe controvérsia quanto ao seu cabimento.

A Instrução Normativa MTb nº 1/88 (instruções à fiscalização em face da CF/88) estabelece que, mesmo após a promulgação da CF/88, permanece o descanso intrajornada. Assim, até melhor definição a respeito, é aconselhável a manutenção da concessão do intervalo de 15 minutos.3. Condições de Segurança e Higiene do Trabalho

O art. 157 da CLT estabelece que, cabe às empresas:a) cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;b) instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;c) adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;d) facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Isto posto, especificamente, no tocante ao trabalho de mulher, além daquelas contidas na Portaria MTb nº 3.214/78, que aprova as Normas Regulamentadoras (NR), deverá observar os subitens a seguir:3.1. Força muscular - Limites

Segundo o art. 390 da CLT, não poderá o empregador exigir da mulher a execução de serviços que demandem o emprego de força muscular superior a 20 kg em trabalho contínuo ou 25 kg em trabalho ocasional, exceto quando se tratar de remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou aparelho mecânico.3.2. Amamentação

A mulher terá direito a dois descansos especiais de 30 minutos cada um, para amamentar o seu próprio filho, durante a jornada de trabalho, até que complete seis meses de idade. Esse período poderá ser prorrogado a critério médico.

Há quem entenda que a empresa poderá substituir os dois descansos de 30 minutos em um só período, podendo a empregada entrar uma hora mais tarde ou sair uma hora mais cedo.3.3. Local apropriado para amamentação - Manutenção - Obrigatoriedade

Para os estabelecimentos em que trabalham, pelo menos, 30 mulheres com mais de 16 anos é obrigatória a existência de um local apropriado para a guarda dos filhos, no período de

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amamentação. Esse local deverá ter, pelo menos, um berçário, uma saleta para amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária.

Essa exigência poderá ser suprida por meio de creches distritais, conforme estabelece o art. 389, §§ 1º e 2º, e art. 400, ambos da CLT.

Assim, somente quando existente no estabelecimento número igual ou superior a 30 mulheres, com idade superior a 16 anos, é que estará obrigado o empregador a ter local apropriado para as crianças no período em que estiverem sendo amamentadas.3.3.1. Local para a guarda dos filhos - Requisitos

O local para guarda dos filhos deverá observar os seguintes requisitos:a) berçário com área mínima de 3 m2 por criança, devendo haver entre os berços e entre estes e as paredes, no mínimo, a distância de 0,50 m;b) o número de leitos no berçário obedecerá à proporção de um leito para cada grupo de 30 empregadas entre 16 e 40 anos de idade;c) saleta provida de cadeiras ou bancos-encosto para amamentação, em adequadas condições de higiene e conforto;d) cozinha dietética para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietéticos para as crianças ou para as mães;e) revestimento no piso e paredes de material lavável e impermeável;f) instalações sanitárias para uso das mães e do pessoal da creche (art. 400 da CLT e art. 1º, §§ 1º e 2º, da Portaria DNSHT nº 1/69).

Os estabelecimentos regidos pela CLT, que possuam creche, podem realizar contrato com outros estabelecimentos, desde que obedeçam a esses requisitos (art. 2º, IV, da Portaria DNSHT nº 1/69).3.3.2. Creche - Formas alternativas

A empresa não é obrigada a possuir creche própria. Na falta de local apropriado, poderá propiciar o benefício por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênio, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, SESC ou entidades sindicais.

A creche distrital deve estar situada, de preferência, nas proximidades da residência das empregadas ou dos estabelecimentos onde trabalham (art. 2º, I, da Portaria DNSHT nº 1/69).

Faculta-se à autoridade regional competente, na falta de creche na localidade prevista anteriormente, exigir que os estabelecimentos celebrem convênios com outras creches, desde que seja fornecido transporte, sem ônus para as empregadas.

Essa exigência pode, ainda, ser substituída pela adoção do sistema de Reembolso-Creche (Portaria MTb nº 3.296/86), o qual deverá ser em quantia suficiente para cobrir, integralmente, as despesas efetuadas com o pagamento da creche de livre escolha da empregada-mãe, pelo menos até os cinco anos idade da criança (art. 7º, XXV da Constituição Federal/88, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/06), nas condições, prazos e valores estipulados em acordo ou convenção coletiva, sem prejuízo do cumprimento dos demais preceitos de prestação à maternidade.3.3.3. Creche - Não incidência de INSS/FGTS

O art. 214, § 9º, inciso XXIII, do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, dispõe que não integra o salário-de-contribuição, exclusivamente, o reembolso-creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de cinco anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas.

O art.15, § 6º, da Lei nº 8.036/90 estabelece que não se incluem na remuneração, para fins de incidência do FGTS, as parcelas elencadas no § 9º “s” do art. 28 da Lei nº 8.212/91, transcrito a seguir:

“Art. 28........§ 9º - não integram o salário-de-contribuição para os fins desta lei, exclusivamente: s - o reembolso-creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o

limite máximo de 6 anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas”.

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Lembramos que o art. 7º, XXV, da Constituição Federal/88, com redação pela Emenda Constitucional nº 53/06, alterou a idade de seis anos para cinco anos.3.3.4. Parcela integrante da remuneração

De acordo com o § 2º do art. 458 da CLT, não serão consideradas como salário as utilidades concedidas pelo empregador, entre outras, educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático.

Assim, não integrará tal parcela a remuneração do trabalhador, para nenhum efeito legal, inclusive férias e 13º salário.4. Acesso da Mulher no Mercado de Trabalho - Regras e Proibições

Segundo o art. 373-A da CLT, ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado:a) publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou à situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir;b) recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível;c) considerar o sexo, a idade, a cor ou a situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional;d) exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez na admissão ou permanência no emprego;e) impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez;f) proceder o empregador ou preposto a revistas internas nas empregadas ou funcionárias.5. Garantia à Empregada Durante a Gestação

É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos (art. 392, § 4º, I e II, da CLT):a) transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho. Hipótese em que a empregada deverá segundo entendemos comprovar a necessidade por laudo médico;b) dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.6. Auxílio-Natalidade - Extinção

Foi extinto em 01/01/1996, por meio do Decreto nº 1.744/95, o auxílio-natalidade, que era devido por ocasião de nascimento de filho de segurada, observando-se a carência mínima de 12 contribuições mensais e o valor de sua remuneração mensal (salário-de-contribuição).

As empresas que possuíam mais de 10 empregados eram responsáveis pelo pagamento do auxílio-natalidade, até 48 horas após a apresentação da certidão de nascimento. Como o benefício era pago pela Previdência Social, a empresa deveria deduzir mensalmente os respectivos valores em Guia de Recolhimento da Previdência Social (GRPS), código 1.058.

Os segurados de empresas com menos de 10 empregados, o doméstico, o empresário, o trabalhador autônomo e o equiparado, o avulso e o segurado especial recebiam o auxílio-natalidade no Posto de Benefícios da Previdência Social, mediante formulário próprio e certidão de nascimento até 48 horas após a entrega dessa documentação. Não era exigida a carência de 12 contribuições previdenciárias ao segurado especial.7. Proteção à Maternidade

A Constituição Federal/88 trata da proteção à maternidade concedendo licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias.8. Licença-Maternidade

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O art. 392 da CLT estabelece que a empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário.

A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º dia antes do parto e ocorrência deste.

Salientamos que os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de duas semanas cada um, mediante atestado médico.

Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias.8.1. Salário-maternidade

Nos termos do § 1º do art. 72 da Lei nº 8.213/91 a empresa efetuará o pagamento do salário-maternidade devido à gestante, cuja renda mensal corresponde a sua remuneração integral, efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de pagamento.

Assim, o art. 293 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/10, estabelece que o salário-maternidade será pago para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa, empregada doméstica, contribuinte individual, facultativa, especial e as em prazo de manutenção da qualidade de segurada, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne a proteção à maternidade.

Salientamos que a segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade.8.1.1. Duração

O salário-maternidade é devido para as seguradas durante 120 dias, com início até 28 dias antes do parto e término 91 dias depois dele, considerando, inclusive, o dia do parto, podendo, em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto serem aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico.

Considera-se fato gerador para o pagamento do salário-maternidade, não apenas o parto, bem como o aborto espontâneo, a adoção ou a guarda judicial para fins de adoção.8.1.2. Data de início

A data de início do salário-maternidade coincidirá com a data do fato gerador previsto no item 2 deste trabalho, devidamente comprovado, observando que se a Data de Afastamento do Trabalho (DAT) for anterior ao nascimento da criança, a Data de Início do Benefício (DIB) será fixada conforme atestado médico original específico apresentado pela segurada, ainda que o requerimento seja realizado após o parto.8.1.3. Parto

Nos termos do § 3º da art. 294 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/10, para fins de concessão do salário-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto.8.1.4. Aborto não criminoso

Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico com informação da Classificação Internacional de Doenças (CID) específico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.8.1.5. Parto de natimorto

Tratando-se de parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto, este último comprovado mediante certidão de óbito, a segurada terá direito aos 120 dias previstos em lei, sem necessidade de avaliação médico-pericial pelo INSS.8.2. Prorrogação da licença-maternidade

De acordo com o art. 93, § 3º, do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico.

Assim, a prorrogação dos períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto consiste em excepcionalidade, compreendendo as situações em que exista algum risco para a vida do

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feto, da criança ou da mãe, devendo o atestado médico ser apreciado pela Perícia Médica do INSS, exceto nos casos de segurada empregada, que é pago diretamente pela empresa.

A empresa para aceitar o atestado médico para fins de prorrogação da licença-maternidade deve fazer análise para que se verifique a existência de algum risco para a vida do feto, da criança ou da mãe, não se confundindo com o direito aos dois períodos de meia hora cada um, para amamentação, previsto no art. 396 da CLT.8.3. Adoção e guarda judicial

De acordo com os §§ 1º a 3º do art. 392-A da CLT, acrescido pela Lei nº 10.421/02, que determinavam que a empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 da CLT, observado o seguinte:a) até um ano completo, por 120 dias;b) a partir de um ano até quatro anos completos, por 60 dias; ec) a partir de quatro anos até completar oito anos, por 30 dias.

Nesse mesmo sentido, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estabelece no art. 295 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/10, que a segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, e em decorrência desse evento se afastar de suas atividades, fará jus ao salário-maternidade a partir de 16/04/2002, data da publicação da Lei nº 10.421/02, de acordo com a idade da criança.

Com a publicação da Lei nº 12.010, de 03/08/2009, foram revogados os §§ 1º a 3º da art. 392-A da CLT, transcritos anteriormente sem, contudo, ter sido alterada a Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/10.

Assim, temos uma CLT garatindo a empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança licença-maternidade de 120 dias, independentemente da idade da criança e o INSS pagando o benefício previdenciário do salário-maternidade proporcional a idade.

Ocorre que, o INSS tornou público que, em cumprimento à sentença de procedência proferida na ACP nº 5019632-23.2011.404.7200, em trâmite perante a 1ª Vara Federal de Florianópolis-SC, os benefícios de salário-maternidade em manutenção ou concedidos com fundamento no art. 71-A da Lei nº 8.213/91 (casos de adoção ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção), passarão a ser devidos pelo prazo de 120 dias, independentemente da idade do adotado, desde que cumpridos os demais requisitos legais para a percepção do benefício. Nos casos de salário-maternidade em manutenção, a prorrogação do prazo para 120 dias será efetivada de ofício pelo INSS, independentemente de requerimento administrativo da segurada.

O salário-maternidade, neste caso, é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança.

Para a concessão do salário-maternidade será indispensável que conste da nova certidão de nascimento da criança ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã, bem como deste último, que trata-se de guarda para fins de adoção, não sendo devido o benefício se contiver no documento apenas o nome do cônjuge ou companheiro.

Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade, observando que no caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego.8.4. Salário-maternidade - Pagamento

O salário-maternidade será pago diretamente pelo INSS ou pela empresa contratante, devidamente legalizada, observando as seguintes situações:a) para requerimentos efetivados a partir de 01/09/2003, o salário-maternidade devido à segurada empregada, independentemente da data do afastamento ou do parto, será pago diretamente pela empresa, conforme Lei nº 10.710/03, exceto no caso de adoção ou de guarda judicial para fins de adoção, quando será pago diretamente pelo INSS;

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b) a segurada empregada, que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção, poderá requerer e receber o salário-maternidade por intermédio da empresa se esta possuir convênio com tal finalidade; ec) as seguradas trabalhadora avulsa, empregada doméstica, contribuinte individual, facultativa, especial e as em prazo de manutenção da qualidade de segurada terão o benefício de salário-maternidade pago pelo INSS.

O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela Previdência Social enquanto existir relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento desse benefício pela empresa.

O pagamento do salário-maternidade não pode ser cancelado, salvo se após a concessão forem detectados fraude ou erro administrativo.9. Programa Empresa Cidadã

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 991, de 21/01/2010 (DOU 22/01/2010), a Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelece regras para adesão ao Programa Empresa Cidadã.

O Programa Empresa Cidadã destina-se a prorrogar por 60 dias a duração da licença-maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art. 7° da Constituição Federal/88 e o correspondente período do salário-maternidade, de que trata os arts. 71 e 71-A da Lei n° 8.213/91.

Será beneficiada pelo Programa Empresa Cidadã, instituído pelo Decreto nº 7.052/09, a empregada da pessoa jurídica que aderir ao programa, desde que a empregada requeira a prorrogação do salário-maternidade até o final do primeiro mês após o parto.9.1. Requerimento de adesão

A pessoa jurídica poderá aderir ao Programa Empresa Cidadã mediante requerimento de adesão formulado em nome do estabelecimento matriz, pelo responsável perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

O requerimento de adesão poderá ser formulado, exclusivamente, no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na internet, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br, que produzirá efeito a partir da adesão.

O acesso ao endereço eletrônico dar-se-á por meio de código de acesso, a ser obtido nos sítios da Receita Federal do Brasil (RFB), na internet ou mediante certificado digital válido.9.2. Dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)

Nos termos do art. 4º do Decreto nº 7.052/09, a pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a dedução como despesa operacional.

Ressaltamos que, para fazer uso da dedução do IRPJ, a pessoa jurídica, que aderir ao Programa Empresa Cidadã, fica obrigada a controlar contabilmente os gastos com custeio da prorrogação da licença-maternidade ou da licença à adotante, identificando de forma individualizada os gastos por empregada que requeira a prorrogação.9.2.1. Pessoa tributada pelo lucro real

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) devido, em cada período de apuração, o total da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a dedução como despesa operacional.

A referida dedução fica limitada ao valor do IRPJ devido com base no lucro real trimestral ou, no lucro real apurado no ajuste anual.

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real, que aderir ao Programa Empresa Cidadã, com o propósito de usufruir da dedução do IRPJ, deverá comprovar regularidade quanto à quitação de tributos federais e demais créditos inscritos em Dívida Ativa da União (DAU), ao final de cada ano calendário em que fizer uso do benefício.

O disposto anteriormente também se aplica à certificação de não estar inclusa a pessoa jurídica no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN).

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9.2.2. Pessoa tributada pelo lucro estimadoA dedução referida no item 9.2 também se aplica ao IRPJ determinado com base no lucro

estimado.O valor deduzido do IRPJ com base no lucro estimado não será considerado IRPJ pago por

estimativa; e deve compor o valor a ser deduzido do IRPJ devido no ajuste anual.O disposto supramencionado aplica-se aos casos de despesas decorrentes da

remuneração da empregada pagas no período de prorrogação de sua licença-maternidade, deduzidas do IRPJ devido com base em receita bruta e acréscimos ou com base no resultado apurado em balanço ou balancete de redução.

Para esse efeito, o valor total das despesas decorrentes da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade, registrado na escrituração comercial, deverá ser adicionado ao lucro líquido para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).9.2.3. Comprovantes de regularidade - Guarda

A pessoa jurídica deverá manter em seu poder pelo prazo decadencial os comprovantes de regularidade quanto à quitação de tributos federais e demais créditos inscritos em DAU e quanto à certificação de não estar inclusa no CADIN.9.2.4. Exercício de Atividade - Proibição

No período de licença-maternidade e de licença à adotante, a empregada não poderá exercer qualquer atividade remunerada, salvo nos casos de contrato de trabalho simultâneo firmado previamente, e a criança não poderá ser mantida em creche ou organização similar.

Em caso de ocorrência de quaisquer das situações previstas anteriormente, a beneficiária perderá o direito à prorrogação.9.3. Solicitação da prorrogação - Prazo

A empregada em gozo de salário-maternidade, na data de publicação do Decreto nº 7.052/09, poderá solicitar a prorrogação da licença-maternidade ou licença à adotante, desde que requeira no prazo de até 30 dias.10. Rompimento do Contrato

De acordo com o art. 394 da CLT, mediante atestado médico, é facultado à mulher grávida romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.

FONTE: CENOFISCO .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA

FGTS: FISCALIZAÇÃO DO FUNDO E DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – IN SIT N° 99, DE 23/08/2012

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: Diário Oficial da União – 30/08/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

SEGURO DE DESEMPREGO: PROCEDIMENTOS RELATIVOS À CONCESSÃO – RES. CODEFAT N° 699, DE 30/08/2012

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Altera a Resolução nº 467, de 21 de dezembro de 2005, que estabelece procedimentos relativos à concessão do Seguro-Desemprego.

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT, no uso das atribuições que lhe confere o inciso V, do artigo 19, da Lei n 7.998, de 11 de janeiro de 1990, Resolve: Art. 1º Alterar o art. 9º da Resolução nº 467/2005, que passa a vigorar com a seguinte redação: "Artigo 9º Para fins de apuração do benefício, será considerada a média aritmética dos salários dos últimos três meses anteriores à dispensa. § 1º Os salários dos três últimos meses utilizados para o cálculo da média aritmética de que trata o caput deste artigo, referem-se aos salários de contribuição estabelecido no Inciso I, art. 28 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, informados no Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS. § 2º Se, excepcionalmente, o salário de contribuição de que trata o parágrafo primeiro deste artigo não constar na base CNIS, este deverá ser obtido na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, atualizado, no contracheque ou, ainda, nos documentos decorrentes de determinação judicial. Nestes casos, as cópias dos documentos deverão ser arquivadas junto ao Requerimento de Seguro- Desemprego. § 3º O salário será calculado com base no mês completo de trabalho, mesmo que o trabalhador não tenha trabalhado integralmente em qualquer dos três últimos meses. § 4º O valor do Seguro-Desemprego será calculado com base no salário mensal, tomando-se por parâmetro o mês de 30 (trinta) dias ou 220 (duzentos e vinte) horas, exceto para quem tem horário especial, inferior a 220 horas mensais." Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

MARCELO AGUIARPresidente do Conselho

FONTE: Diário Oficial da União – 03/09/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

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______________________________Fim de Matéria__________________________________

MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

“A ARBITRAGEM DOMÉSTICA E ARBITRAGEM INTERNACIONAL”

A lei brasileira de arbitragem, Lei nº 9.307/96, regula apenas a arbitragem doméstica. Na área internacional dispõe sobre a forma de internalizar a sentença arbitral estrangeira, esclarecendo que é a proferida fora do território nacional.Muitos países, tais como a Espanha em 1988 e a Holanda em 1986 (que possui uma das legislações mais completas sobre arbitragem), também preferiram este sistema monista.

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Arbitragem doméstica é aquela realizada no território nacional e/ou quando a sentença arbitral é aqui proferida. A lei prevê os princípios jurídicos a serem observados; a possibilidade de os árbitros decidirem por equidade, isto é, de acordo com o seu real saber e entender; que a arbitragem seja administrada por uma instituição arbitral; os requisitos para que uma pessoa possa ser nomeada árbitro; a determinação pelos árbitros de medidas cautelares e coercitivas; enfim, tudo de acordo com os princípios e os conceitos mais modernos sedimentados na doutrina e jurisprudência forâneas, em consonância com as demais regras do nosso arcabouço jurídico.Na outra forma de dispor sobre a arbitragem, denominada de sistema dualista, os Estados, além de regularem as arbitragens domésticas, também dispõem sobre as arbitragens internacionais realizadas em seus territórios. Para conceituar a arbitragem como internacional, os países adotam diversos critérios, tais como, que são internacionais as arbitragens entre pessoas jurídicas com domicilio em países diferentes, ou que o objeto do contrato seja referente ao comércio internacional.No último quartel do século passado, muitos países revisaram suas legislações internas, algumas com peculiaridades estratégicas para atrair arbitragens internacionais, tais como, as leis francesa de 1981, inglesa de 1996, belga de 1998 e suíça de 1987. As leis dualistas têm por escopo facilitar a solução de controvérsias internacionais; avocar para seus países a sede de arbitragens, e com isso auferir rendimentos com a prestação de serviços; propiciar ambiente neutro para as partes; menor interferência do judiciário local; enfim, dar tratamento diferenciado e condizente com as especificidades do comércio internacional.Neste sentido as leis belga e suíça possibilitam até que as partes renunciem à possibilidade de recurso da sentença arbitral final.É indubitável que a arbitragem é a forma mais usada e recomendada de solução de controvérsias surgidas no comércio internacional. Contudo, do ponto de vista operacional, algumas questões devem ser analisadas no momento em que os contratos internacionais são elaborados, pois geralmente, a cláusula arbitral é relegada ao esquecimento, para não dizer à indiferença. Somente é notada e, aí passa a ser execrada, quando surge a controvérsia e se verifica que a pílula é amarga para o bolso.O contratante brasileiro aceita passivamente cláusulas arbitrais sugeridas pelo parceiro estrangeiro que, geralmente, indica a sede da arbitragem no exterior e elege instituições arbitrais com taxas e emolumentos excessivamente altos, que chegam, até, a inviabilizar o acesso à arbitragem. Todavia, como a cláusula arbitral tem efeito vinculante, é obrigatória e foi fruto de consenso das partes, deve ser cumprida e honrada sem discussão, posto que se assim não for violará o contrato, a lei e os tratados internacionais.Outro fator importante a ser considerado é a verificação da lei processual do local escolhido como sede da arbitragem, posto que pode ocasionar desagradável surpresa ao se deparar com legislação que prevê a possibilidade de adoção de medidas judiciais coercitivas de garantias, preparatórias ou no curso da arbitragem, que podem colocar em xeque os interesses das empresas, além, evidentemente, dos altos honorários de advogados locais, dos mencionados custos das instituições arbitrais e dos elevados honorários dos árbitros.Mas tudo isso poderia ser evitado se atitudes propedêuticas fossem adotadas com cláusulas arbitrais bem redigidas, verificando-se previamente o regulamento e custos da instituição eleita. Talvez seria melhor, no caso, estabelecer que a arbitragem fosse "ad hoc" (as próprias partes criam as regras sem utilizar os serviços de uma instituição arbitral). Ademais, seria salutar se os consultores das empresas, ao negociarem contratos internacionais, atentassem para a possibilidade de avocar a sede de arbitragens para o Brasil, pois nossa lei concede muita flexibilidade para as partes, outorga as garantias de um julgamento justo, possibilita a escolha da lei aplicável, vigora no Brasil a Convenção Internacional sobre Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras (Nova Iorque, 1958), etc. Ademais, os custos das arbitragens administradas pelas instituições brasileiras com profissionais especializados e árbitros indicados pelas partes são muito mais compensadores.

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Arbitragem ideal é a que transcorre rápido, com árbitros diligentes e partes colaboradoras, seja no Brasil ou no exterior.

FONTE: CAMARB.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CULTURA

“ESTRATÉGIAS PARA VENCER A PROCRASTINAÇÃO” – ARTIGO

Recentemente divulgamos uma pesquisa sobre o que leva as pessoas a adiarem suas tarefas pessoais e profissionais. Muita gente ficou preocupada por ter se identificado com o assunto e por concluir que realmente não conseguem cumprir atividades importantes ao longo do dia e, porque não dizer, ao longo da vida. Dando continuidade ao tema, neste artigo gostaria de destacar que existem maneiras de evitar a procrastinação e fazer com que as coisas andem, seja no trabalho ou na vida pessoal. Seguem abaixo algumas estratégias que detalho no meu último livro, Equilíbrio e Resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?:1- Bloqueie um tempo na agendase a atividade está sendo adiada e traz resultado, significa que ela é importante, mas não urgente, ou seja, ela pode esperar horas, dias, semanas ou até meses para ser executada. Se ela pode ficar à espera, então você tem a flexibilidade de selecionar um dia na sua agenda e reservar como se fosse uma reunião, com hora marcada para começar e terminar, desde que não supere 3 horas consecutivas de duração.2- Crie um ritual de execuçãoPense em algo que o deixe motivado a fazer alguma coisa. Algo que o coloca em estado de criatividade e foco e te permite concluir rapidamente o que precisa ser feito. Comer algo saboroso? Acender incenso? Tomar uma ducha? Ouvir música? Tomar um café? Cada pessoa precisa descobrir e desenvolver seu próprio ritual, mas de preferência siga o passo de se desconectar da internet, afinal, sem rede ligada você não tem o impulso de ficar verificando o Facebook, o e-mail,etc.3- Descubra os fatores positivos e fatores negativosSelecione a atividade que precisa ser executada, pegue uma folha de papel e a divida em duas colunas: Fatores Positivos e Fatores Negativos. Escreva em cada um dos lados o que pode acontecer de positivo e o que pode acontecer de negativo da execução ou não da tarefa. Na hora de executar a tarefa, se sentir vontade de adiar, leia a lista. Esse exercício trabalha o lado emocional e racional do cérebro; em um dos dois você vai se motivar para fazer.4- Execute pequenas atividadesExperimente começar fazendo coisas menores, de rápida conclusão. É o aquecimento dos motores.5- Energia PessoalSe sua energia pessoal estiver prejudicada, você fica indisposto, sem vontade, seu cérebro não tem energia necessária para pensar do jeito que deveria. Você também deve estabelecer seus rituais de recuperação de energia, algo que ajude a dar um gás quando você estiver cansado.6- Ajuda ExternaEste foi o destaque dos testes: A pressão externa ou o apoio de alguém de fora como chefe ou um coach, parece realmente ser de grande ajuda para vencer a barreira da procrastinação. Se resolver achar alguém para cobrar algo de você, é preciso que seja uma pessoa com a qual você tenha um alto nível de comprometimento.A pessoa tem que experimentar a técnica que for mais adequada ao seu fator de procrastinação. Vai chegar um momento em que você será capaz de criar suas próprias técnicas e aplicá-las com constância em qualquer atividade que estiver sendo adiada. Se nada

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der resultado, considere a possibilidade de buscar ajuda, uma conversa com alguém, um psicólogo. Existem fatores bloqueadores que estão tão escondidos que não conseguimos lidar sozinhos com eles. O importante é não desistir.

FONTE: EMPRESAS & NEGÓCIOS 29.08.2012.

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ESPAÇO CIDADANIA

“UMA APOSTA NA QUALIDADE DE VIDA” – ARTIGO

Empresa Metropolitana de Águas e Energia colabora para promover saúde, cultura e lazer a pessoas com dei ciências mantidas pela ApadeA Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) mantém parceria com a Associação de Pais e Amigos de Portadores de Deficiência (Apade) desde 2000. A companhia investe R$ 10 mil por mês para manter estrutura clínica, cultural e de lazer para pessoas com diversos tipos de deficiência física ou mental, em sua sede no bairro de Pedreira, extremo sul da capital, na região de Santo Amaro. São dezenas de pessoas atendidas diariamente, a maioria vem de famílias pobres da comunidade local.Grande parte do pessoal da Apade é portadora de síndrome de Down, há outras que nasceram com vários tipos de retardamento mental, além de deficientes visuais e físicos. Na Emae, eles encontram gratuitamente atendimento psicológico, de fonoaudiologia, de serviço social e participam ainda de oficinas de informática, de artes e até de culinária. A gerente de desenvolvimento de pessoas da Emae, Ana Abelha, informa que a estrutura montada possibilita tratamento adequado para inclusão social. "Tudo que fazemos é para que eles ganhem qualidade de vida".A Apade foi criada por funcionários da Eletropaulo em 1989 e, até hoje, recebe contribuições de empresas do setor elétrico do Estado. Com o passar do tempo, a associação cresceu e começou a atender em sua sede no Ipiranga. A gerente informa que a Emae sempre manteve atividades e contatos com a comunidade do bairro e, por isso, resolveu firmar a parceria para trazer a experiência da Apade para suas dependências e prestar mais um serviço à vizinhança.A empresa fornece o espaço e os profissionais da associação prestam o atendimento. As atividades para pessoas com deficiências, informa Ana Abelha, vão de segunda a quinta-feira. Na segunda, o serviço oferecido é de fonoaudiologia. Na terça, culinária. Às quartas, psicologia, informática e artes. Na quinta-feira, novamente psicologia. Mais duas funcionárias da Emae trabalham no projeto: Ana Lúcia Maffei e Eliana Gomes CastellanaSorrisos e talentosHá vários níveis de deficiência entre aqueles com retardamento mental ou síndrome de Down. Alguns não falam bem, outros conversam, mas não conseguem se alfabetizar direito. E há também aqueles que se expressam bem, leem e escrevem. Quem cuida do atendimento psicológico é Iara dos Reis, da Apade. Ela diz que alguns deles mostram talentos artísticos ou manuais, como um rapaz que gosta de tocar violão. Há outros dois que praticam futebol de salão em um clube. Um garoto é tão bom de ouvido que reconhece a pessoa pelo telefone. O caso mais curioso é o de Camyla Santos Silva, de 21 anos, que tem retardamento mental. A psicóloga explica que ela não consegue se alfabetizar, embora fale com desenvoltura, é capaz de escrever um texto como se desenhasse as palavras, mas não sabe ler. Mesmo assim, Camyla encontrou uma forma de mostrar sua habilidade manual. Aprendeu sozinha a fazer bijuterias (colar, pulseira e brinco) usando linhas de náilon, silicone e miçangas.Há duas pessoas que mostraram evolução em seu retardamento e hoje ajudam nos trabalhos internos da Emae. Um rapaz com ligeira deficiência visual e motora é auxiliar de atendimento. E

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uma garota, com leve retardamento mental, trabalha no Departamento de Recursos Humanos da companhia.Portadores de síndrome de Down e de outras formas de retardamento mental geralmente são sorridentes, solícitos e educados. A garotada da Emae é alegre e jovial quando recebe visitas. Fazem fila para cumprimentar as pessoas e o tradicional beijinho no rosto. As gêmeas Miriã e Rebeca (22 anos) e Diego Alves Oliveira (18) são assim, sempre os mais alegres da turma. Porém, as gêmeas têm falhas na dicção e não conseguem se comunicar pela fala. O problema das meninas é chamado de anóxia, falta de oxigênio ao nascer, o que causa lesão cerebral. Já Diego, com nível menor de retardamento, se expressa bem, e acha "muito legal" se reunir com seus amigos na Emae.No ano passado, o posto da Apade na Emae realizou 1.208 atendimentos em fonoaudiologia, 528 em psicologia e 454 em serviço social. Nos cursos e oficinas, em que a pessoa participa mais de uma vez, houve 720 frequências em artes, 720 em música e movimento, 544 em artesanato e 56 na horta.

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 30/08/2012.

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ESPAÇO: PERGUNTAS & RESPOSTAS

P: O PRODUTOR RURAL ESTÁ OBRIGADO À EMISSÃO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA (NF-e)?

Por meio da Resposta à Consulta nº 6/12, a Consultoria Tributária da Secretaria da Fazenda expressa o entendimento no sentido de que o produtor rural não está obrigado à emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), nem mesmo quando realiza operações interestaduais, exceto se já optou pelo credenciamento voluntário de que trata o art. 3º da Portaria CAT nº 162/08. Contudo, para efeitos da transferência de crédito do ICMS, o contribuinte produtor rural, bem como o fornecedor, deverá estar credenciado no “Sistema Gerenciador de Crédito de Produtor Rural e de Cooperativa de Produtores Rurais - Sistema e-CredRural”, disponível no site da Secretaria da Fazenda, no endereço eletrônico http://www.fazenda.sp.gov.br. Nos termos do Comunicado CAT nº 29/11, para solicitar credenciamento no referido sistema, serão necessárias algumas providências prévias por parte do contribuinte e uma delas é o credenciamento para emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), nos termos da Portaria CAT nº 162/08.

FONTE: CENOFISCO .

P: COMO SERÁ O CÁLCULO ANUAL DO FAP?

Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados de janeiro a dezembro de cada ano, até completar o período de dois anos, a partir do qual os dados do ano inicial serão substituídos pelos novos dados anuais incorporados. Para a empresa constituída após janeiro/2007, o FAP será calculado no ano seguinte ao que completar dois anos de constituição. Excepcionalmente, no primeiro processamento do FAP foram utilizados os dados de abril/2007 a dezembro/2008. A metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social indicará a sistemática de cálculo e a forma de aplicação de índices e critérios acessórios à composição do índice composto do FAP.

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FONTE: CENOFISCO .

P: O QUE É FATOR ACIDENTÁRIO PREVENÇÃO (FAP)?

O Fator Acidentário Prevenção (FAP) consiste em um multiplicador variável num intervalo contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com quatro casas decimais, considerado o critério de arredondamento na quarta casa decimal, a ser aplicado sobre a alíquota de 1%, 2% ou 3%. Neste sentido, as alíquotas do RAT serão reduzidas em até 50%, ou majoradas em até 100%, em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferida pelo FAP.

FONTE: CENOFISCO .

P: QUAL É O FAP DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL EQUIPARADO Á EMPRESA, INSCRITO NA MATRÍCULA CEI, E QUE POSSUI SEGURADOS QUE LHE PRESTEM SERVIÇOS?

Para os contribuintes individuais equiparados a empresa (profissionais liberais, produtor rural pessoa física, entre outros), identificados pela matrícula CEI, o FAP é, por definição, igual a 1,0000. Em conformidade com o Ato Declaratório CODAC nº 3/10, o FAP será informado no SEFIP com duas casas decimais. Então, os contribuintes individuais equiparados à empresa, informarão no SEFIP FAP igual a 1,00. Salientamos que a consulta ao FAP é exclusiva para CNPJ, não sendo possível consulta ao FAP para matrícula CEI.

FONTE: CENOFISCO .

P: FATOR ACIDENTÁRIO PREVENÇÃO (FAP) – EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL E ENTIDADES FILANTRÓPICAS?

O FAP foi calculado para as empresas optantes pelo SIMPLES Nacional e para as entidades filantrópicas? O FAP não foi calculado, no primeiro processamento (FAP-2009), para as empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, enquadradas nos Anexos I, II e III da Lei Complementar nº 123/06 e para as entidades filantrópicas, em gozo de isenção da cota patronal, pois não contribuem para a formação do custeio das aposentadorias especiais e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho da mesma forma que as demais empresas - as empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, por exemplo, tem as alíquotas de 1,2 e 3% substituídas pela alíquota de contribuição para o SIMPLES Nacional, recolhida pelo Documento de Arrecadação do SIMPLES Nacional (DAS). A Previdência Social prossegue com estudos a fim de ajustar e possibilitar a aplicação da metodologia para as empresas que não tiveram seu FAP calculado.

FONTE: CENOFISCO .

P: O CÁLCULO DO FAP É REALIZADO PARA CADA ESTABELECIMENTO DA EMRPESA?

Conforme previsto na metodologia, o cálculo do FAP é realizado para a empresa de forma concentrada, assim todos os estabelecimentos de uma empresa adotarão o mesmo FAP calculado para o CNPJ Raiz.

FONTE: CENOFISCO .

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