eleições municiapais

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A Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, que com- pleta 40 anos a serviço do fortalecimento dos mu- nicípios paulistas, e com o apoio da Secretaria da Casa Civil, renova sua tradição em oferecer, aos gestores públicos e aos candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador de todo o Estado, infor- mações relevantes acerca do processo eleitoral. Neste ano, mais do que uma atividade ou progra- mação, o Cepam organizou um verdadeiro projeto, denominado Eleições Municipais 2008 e disponi- biliza desde informações básicas, como o calen- dário eleitoral, até uma agenda de transição de- mocrática nos municípios. Neste jornal, o primeiro movimento do projeto, há um conjunto exaustivo e relevante de Perguntas e Respos- tas sobre direito eleitoral, separados em dois grandes temas: Eleições Municipais e Inelegibilidades. Essas perguntas, que estão calcadas na longa tradição e familiaridade de seus técnicos com a temática das eleições municipais, levam em con- sideração as mais recentes resoluções dos Tribu- nais Eleitorais e também a tradição dos julgados das cortes eleitorais brasileiras e suas súmulas. Elas foram redigidas em linguagem direta e acessí- vel, para que todos possam esclarecer suas dúvi- das e entender a complexidade de nosso sistema eleitoral e seus normativos. perguntas e respostas Volume 1. Número 0. São Paulo, março de 2008 Conheça o Programa Eleições Municipais 2008 Ao fazer este trabalho, o Cepam encontra sua prin- cipal vocação e função pública: oferecer, a todos aqueles que se interessam pela questão munici- pal, informações relevantes e que ajudem no forta- lecimento dos municípios no processo que melhor representa a democracia, as eleições. É bom ressaltar que, pela primeira vez, tere- mos eleições municipais sob a égide da nova legislação eleitoral, a qual restringiu bastante os meios e as formas de divulgação e exercício das ações de campanha, bem como aumentou o ri- gor, devidamente, sobre a prestação de contas de campanha. Temos a certeza de que a leitura atenta dessas questões, bem como sua perió- dica consulta, servirá como elucidativo apoio e pesquisa para os interessados, e garantirá elei- ções municipais livres mais idôneas e legais, em amplo sentido. As informações aqui contidas também serão disponibilizadas no site www.cepam.sp.gov.br , em linguagem igualmente fácil e com interface simples e didática. O leitor encontrará, nas páginas a seguir, a progra- mação completa do Programa Eleições Municipais 2008, suas atividades, que se estenderão por todo o interior paulista, bem como os produtos e serviços associados. Boa leitura! Processo Eleitoral: o que pode e o que não pode? Novo produto do Cepam. PÁGINA 24 Que acontece se a maioria absoluta dos votos válidos não for atingida? PÁGINA 3 De quem é a responsabilidade das despesas nas campanhas eleitorais? PÁGINA 5 Quais as condições para os candidatos concorrerem nas eleições? PÁGINA 4 As dependências da câmara municipal podem ser utilizadas para propaganda eleitoral? PÁGINA 6 Podem ser feitos shows artísticos nas inaugurações? PÁGINA 12 Datas mais importantes do Calendário Eleitoral? PÁGINA 23

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A Fundação Prefeito Faria Lima - Cepam lançou o Programa Eleições Municipais 2008, que representa um pacote de ações com eventos, capacitações e lançamentos de publicações.

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Page 1: Eleições Municiapais

A Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, que com-

pleta 40 anos a serviço do fortalecimento dos mu-

nicípios paulistas, e com o apoio da Secretaria da

Casa Civil, renova sua tradição em oferecer, aos

gestores públicos e aos candidatos a prefeito, a

vice-prefeito e a vereador de todo o Estado, infor-

mações relevantes acerca do processo eleitoral.

Neste ano, mais do que uma atividade ou progra-

mação, o Cepam organizou um verdadeiro projeto,

denominado Eleições Municipais 2008 e disponi-

biliza desde informações básicas, como o calen-

dário eleitoral, até uma agenda de transição de-

mocrática nos municípios.

Neste jornal, o primeiro movimento do projeto, há um

conjunto exaustivo e relevante de Perguntas e Respos-

tas sobre direito eleitoral, separados em dois grandes

temas: Eleições Municipais e Inelegibilidades.

Essas perguntas, que estão calcadas na longa

tradição e familiaridade de seus técnicos com a

temática das eleições municipais, levam em con-

sideração as mais recentes resoluções dos Tribu-

nais Eleitorais e também a tradição dos julgados

das cortes eleitorais brasileiras e suas súmulas.

Elas foram redigidas em linguagem direta e acessí-

vel, para que todos possam esclarecer suas dúvi-

das e entender a complexidade de nosso sistema

eleitoral e seus normativos.

p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

Volume 1. Número 0. São Paulo, março de 2008

Conheça o Programa Eleições Municipais 2008

Ao fazer este trabalho, o Cepam encontra sua prin-

cipal vocação e função pública: oferecer, a todos

aqueles que se interessam pela questão munici-

pal, informações relevantes e que ajudem no forta-

lecimento dos municípios no processo que melhor

representa a democracia, as eleições.

É bom ressaltar que, pela primeira vez, tere-

mos eleições municipais sob a égide da nova

legislação eleitoral, a qual restringiu bastante os

meios e as formas de divulgação e exercício das

ações de campanha, bem como aumentou o ri-

gor, devidamente, sobre a prestação de contas

de campanha. Temos a certeza de que a leitura

atenta dessas questões, bem como sua perió-

dica consulta, servirá como elucidativo apoio e

pesquisa para os interessados, e garantirá elei-

ções municipais livres mais idôneas e legais, em

amplo sentido.

As informações aqui contidas também serão

disponibilizadas no site www.cepam.sp.gov.br ,

em linguagem igualmente fácil e com interface

simples e didática.

O leitor encontrará, nas páginas a seguir, a progra-

mação completa do Programa Eleições Municipais

2008, suas atividades, que se estenderão por todo

o interior paulista, bem como os produtos e serviços

associados. Boa leitura!

Processo Eleitoral: o que pode e o que não pode? Novo produto do Cepam. PÁGINA 24

Que acontece se a maioria absoluta dos votos válidos não for

atingida? PÁGINA 3

De quem é a responsabilidade das despesas nas campanhas

eleitorais? PÁGINA 5

Quais as condições para os candidatos concorrerem nas

eleições? PÁGINA 4

As dependências da câmara

municipal podem ser

utilizadas para propaganda

eleitoral? PÁGINA 6

Podem ser feitos shows artísticos nas

inaugurações? PÁGINA 12

Datas mais importantes do Calendário

Eleitoral? PÁGINA 23

Page 2: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam�

A Fundação Prefeito Faria Lima - Cepam lança neste ano o Programa Eleições Municipais 2008, que representa um pacote

de ações com eventos, capacitações e lançamentos de publicações. O programa percorrerá todo o Estado de São Paulo.

“O pacote nasceu com a proposta de enriquecer e orientar as ações que os agentes políticos, e os candidatos aos cargos

eletivos de vereador e prefeito, terão de tomar. Essas orientações, passadas por meio das ações previstas no pacote, fo-

mentam a transparência em processos como o encerramento de mandato, para uma transição democrática de governo, e o

fortalecimento do poder municipal”, explica Felipe Soutello, presidente do Cepam.

Além de orientar os candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito quanto à importância de sua candidatura para a população

e da postura que devem assumir durante as eleições, o Programa Eleições Municipais 2008 também vai auxiliar os atuais

prefeitos quanto ao encerramento de mandato e fechamento das contas. “Serão quatro etapas”, ressalta o presidente da

Fundação: “A Capacitação dos Candidatos às Eleições; a Orientação para Transição de Governo; posteriormente acontecem

os Seminários para Novos Prefeitos e Vereadores; e, por último, o tema Exercício de Mandato do Executivo e do Legislativo,

que deve acontecer no primeiro semestre de 2009, em seminários voltados aos candidatos eleitos”.

Cepam lança pacote para Ano Eleitoral

CurSo ElEiçõES MuNiCiPAiS 2008 E TrANSição dE GoVErNoAbrindo a primeira etapa dos trabalhos deste pacote, o cur-

so Eleições Municipais 2008 vai preparar os candidatos a

vereador, prefeito e vice-prefeito para o processo eletivo.

Serão 15 capacitações, nas 14 regiões do Estado e na ca-

pital. Em seguida, já na segunda fase do Programa, o ob-

jetivo será auxiliar as equipes de transição com subsídios

que servirão como instrumentos facilitadores na “troca das

cadeiras” dos governos municipais, por meio de uma vi-

deoconferência. “Aqui, mais uma vez, desenvolvemos uma

metodologia com ênfase na orientação para que e o pro-

cesso de transição seja transparente”, ressalta Soutello.

A apresentação de uma série de procedimentos para os

que encerram seus mandatos e os que vão iniciar sua ad-

ministração a partir do exercício financeiro de 2009 e a im-

portância de uma transição de governo democrática são

conceitos que compõem os trabalhos a serem desenvolvi-

dos nesta fase.

ElEiToSIniciando a terceira fase do Programa do Cepam para as

Eleições 2008, acontece o IX Seminário para Novos Prefei-

tos e Vereadores. Composto por painéis temáticos e deba-

tes, o seminário vai reunir os prefeitos eleitos, vice-prefei-

tos e vereadores, e outros interessados. Paralelamente ao

evento acontecerá uma feira com estandes de secretarias

estaduais, organismos multilaterais, e outras instituições de

interesse dos municípios, que tenham programas e linhas de

financiamento a apresentar às novas equipes de governo.

Por fim, a quarta e última etapa, prevista para o primeiro

semestre de 2009, será composta por seminários sobre

o exercício de mandato, voltados aos candidatos eleitos.

Confira, nesta página, mais informações do pacote do Ce-

pam sobre o Programa Eleições Municipais 2008.

Fase 1 - Capacitação dos Candidatos às EleiçõesLançamento das publicações:

- Jornal Cepam Eleições Municipais 2008 –

Perguntas e Respostas

- Manual das Eleições Municipais 2008

- Pode! Não Pode! – Campanha Eleitoral 2008

- CD: Legislação e Jurisprudência – Eleições 2008

Datas Previstas

- ABERTURA NO CEPAM – SÃO PAULO – 28/4/2008

- ARAÇATUBA – 5/5/2008

- BAURU – 6/5/2008

- PRESIDENTE PRUDENTE – 13/5/2008

- MARÍLIA – 14/5/2008

- BARRETOS – 26/5/2008

- SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – 27/5/2008

- RIBEIRÃO PRETO – 3/6/2008

- FRANCA – 4/6/2008

- CAMPINAS – 9/6/2008

- ARARAQUARA – 10/6/2008

- REGISTRO 17/6/2008

- SANTOS – 18/6/2008

- SOROCABA – 23/6/2008

- SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – 24/6/2008

Fase 2 - orientação para Transição de GovernoVideoconferência: Encerramento do Exercício Financeiro do Go-

verno Municipal

Lançamento das publicações:

Guia de Transição de Governo – Um Processo Democrático

Roteiro dos 100 Dias

Fase 3 - iX Seminário para Novos Prefeitos e VereadoresLançamento das publicações:

Administração do Município – O Papel do Prefeito

A Câmara Municipal – O Papel do Vereador

Cerimonial Público para o Município

Perfil do Prefeito Paulista 2009 – 2012

Fase 4 - Exercício de Mandato do Executivo e do legislativo | 2009Saiba mais. Participe e inscreva-se pelo site do Cepam -

www.cepam.sp.gov.br – ou envie email com sua solicitação

para [email protected].

Elaboração do texto | Coordenadoria

de Assistência Jurídica

Autor | José Carlos Macruz

Estagiário | André Zanardo

Elaboração e coordenação

editorial | Assessoria de

Comunicação e Marketing

Jornalista responsável | Uirá Lopes

MTB 36.446

revisão | Eva Célia Barbosa e Karen

Layher (estagiária)

Projeto gráfico, diagramação e

arte-final | Jorge Monge, Marina

Brasiliano e Oca Som e Imagem

ilustração | Sérgio Fabris

Tiragem | 10.000

[email protected]

Av. Professor Lineu Prestes, 913

Cidade Universitária - CEP 05508-000

São Paulo - SP

11 3811-0300 - Fax 3813-5969

www.cepam.sp.gov.br

Page 3: Eleições Municiapais

ElEiçõES MuNiCiPAiS

Quando acontecem as eleições para prefeito, vice-

prefeito e vereador?

Elas se realizarão simultaneamente no primeiro do-

mingo do mês de outubro do ano em que houver

eleições, ou seja, em 5 de outubro de 2008.

PrEFEiTo E ViCE-PrEFEiTo

A eleição para prefeito e vice-prefeito é em um úni-

co turno ou em dois turnos?

Para os municípios com menos de 200.000 eleito-

res, a eleição se resolve em um único turno. Basta

que o candidato tenha a maioria dos votos válidos.

Para os municípios com mais de 200.000 eleitores,

somente há um segundo turno se nenhum candida-

to obtiver a maioria absoluta dos votos válidos. Mas,

se a obtiver, a eleição também se encerra.

Que são os votos válidos?

São os votos efetivamente dados a um candidato. Não

são considerados válidos os votos brancos e nulos.

Que vem a ser a maioria absoluta dos votos válidos?

É o primeiro número inteiro acima da metade dos

votos efetivamente conferidos pelos eleitores a um

candidato. Em um município com, por exemplo,

300.000 eleitores, onde são obtidos 250.000 votos

válidos, o candidato que obtiver 125.001 desses vo-

tos é considerado eleito.

Que acontece se a maioria absoluta dos votos váli-

dos não for atingida?

Far-se-á o segundo turno e apenas com os dois

candidatos mais votados.

No segundo turno, quem ganha as eleições?

Ganha o candidato que obtiver a maioria dos votos

válidos, não computados os votos brancos e nulos.

E quando serão realizadas as eleições na hipótese

de segundo turno?

No último domingo de outubro do ano eleitoral. No

caso, em 26 de outubro de 2008.

Há alguma medida a ser tomada na hipótese de um

dos candidatos que disputariam o segundo turno

morrer, desistir ou sofrer um impedimento?

Nessa hipótese, será convocado, entre os candida-

tos remanescentes, o de maior votação.

VErEAdor

Qual o sistema de eleição dos vereadores?

Os vereadores são eleitos de acordo com o sistema

da representação proporcional, pelo qual as cadei-

ras existentes na câmara serão distribuídas na pro-

porção dos votos dados a cada legenda partidária.

Como serão distribuídas as cadeiras na câmara

municipal?

Para a distribuição, deve-se encontrar o quociente

eleitoral e o quociente partidário.

Como se determina o quociente eleitoral?

Determina-se o quociente eleitoral com a divisão do

número de votos válidos pelo número de lugares a

preencher na câmara municipal, desprezada a fra-

ção igual ou inferior a meio, arredondando-se para

um a fração superior a meio.

E como se obtém o quociente partidário?

Obtém-se o quociente partidário de cada partido

com a divisão do número de votos dados à legen-

da pelo quociente eleitoral, desprezada a fração.

Quem estará eleito pelo sistema de representação

proporcional?

Estarão eleitos tantos candidatos registrados por um

partido ou coligação quantos o respectivo quociente

partidário indicar, na ordem da votação nominal que

cada um tenha recebido.

Na distribuição das cadeiras pode acontecer de

não serem todas preenchidas?

Sim. Neste caso, é utilizada a técnica da maior mé-

dia, pela qual se adiciona mais um lugar aos que

foram obtidos pelos os partidos; depois, toma-se

o número de votos válidos atribuídos a cada parti-

do e divide-se por aquela soma; o primeiro lugar a

preencher caberá ao partido que obtiver a maior

média. Repete-se a mesma operação tantas vezes

quantas forem as sobras, até sua total distribuição

pelos diversos partidos.

Como serão determinados os eleitos?

O preenchimento dos lugares com que cada partido

for contemplado far-se-á segundo a ordem de vota-

ção de seus candidatos.

Qual o procedimento a ser adotado quando ne-

nhum partido obtiver o quociente eleitoral?

Pode acontecer de nenhum partido conseguir obter

o quociente eleitoral, que é o número de votos ne-

cessários à eleição de cada candidato. Neste caso,

considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos to-

dos os lugares, os candidatos mais votados.

No caso de haver coligação, há um procedimento

especial para a eleição dos vereadores?

No caso de haver coligação, como funciona como um

grande partido político, a ela aplicam-se todas as re-

gras do sistema de representação proporcional.

ColiGAçõES

É permitido aos partidos políticos, dentro da mes-

ma circunscrição, celebrar coligações?

Sim, a coligação é permitida aos partidos políticos,

dentro da mesma circunscrição, tanto para a eleição

majoritária (prefeito e vice-prefeito), quanto para a

proporcional (vereador) ou para ambas.

No caso de coligação para as eleições proporcio-

nais é permitido, dentre os mesmos partidos que

formaram a coligação para a eleição majoritária,

formarem coligação entre si?

Sim. A vedação é relativa à inclusão, na coligação para

Eleições Municipais 2008

Page 4: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam�

as eleições proporcionais, de partidos estranhos à

coligação majoritária. (Parecer Cepam 23.252/2004

– Laís de Almeida Mourão)

Como pode se dar a composição partidária na coli-

gação para as eleições proporcionais?

Dentre os partidos A, B e C que se coligaram para a

eleição majoritária, para efeito da proporcional, pode

usar a mesma composição ou, ainda, A + B; B + C

ou A + C.

A coligação deve ter denominação própria?

A coligação, para efeito de processo eleitoral, no

trato dos interesses interpartidários e no relacio-

namento com a Justiça Eleitoral, deve ter deno-

minação própria, que pode ser a junção de todas

as siglas dos partidos que a integram e a ela são

atribuídas as obrigações e prerrogativas de parti-

do político.

Feitas as coligações, como as siglas partidárias

serão utilizadas?

Para efeito de propaganda, a coligação feita para a

eleição majoritária municipal usará, obrigatoriamen-

te, sob sua denominação, todas as siglas dos parti-

dos políticos que a integram. No caso da coligação

feita para a eleição proporcional, cada partido usará

apenas sua legenda sob o nome da coligação.

Na formação das coligações podem inscrever-se candi-

datos filiados a qualquer um dos partidos integrantes?

Sim, podem inscrever-se candidatos filiados a qual-

quer um dos partidos integrantes, cujo registro deve

ser subscrito pelos presidentes, delegados, bem

como pelos representantes ou pela maioria dos

membros dos órgãos executivos de direção dos par-

tidos coligados respectivos.

Como a coligação é representada perante a Jus-

tiça Eleitoral?

É representada pela pessoa designada pelo partido

político integrante da coligação ou por delegados

indicados pelos partidos que a compõem, podendo

ser nomeados até:

- três delegados perante o Juízo Eleitoral;

- quatro delegados perante o Tribunal Regional

Eleitoral (TRE);

- cinco delegados perante o Tribunal Superior Elei-

toral (TSE).

CoNVENçõES PArTidáriAS

Em que documento são estabelecidas as normas

para a escolha, substituição de candidatos e for-

mação de coligações?

As normas devem estar estabelecidas no estatuto do

partido, observadas as disposições da lei eleitoral.

E se o estatuto do partido político for omisso quan-

to às normas para a escolha, substituição dos can-

didatos e formação das coligações?

No caso de omissão do estatuto, cabe ao órgão de

direção nacional do partido fazê-lo, devendo publi-

car no Diário Oficial da União até 180 dias antes das

eleições municipais (8 de abril de 2008).

Quando serão feitas as escolhas dos candidatos

pelo partido e a deliberação sobre as coligações?

Entre os dias 10 e 30 de junho de 2008, lavrando-se

ata em livro aberto, bem como rubricado pela Jus-

tiça Eleitoral.

Quais as condições para os candidatos concorre-

rem nas eleições?

Os candidatos devem possuir a nacionalidade bra-

sileira, estarem no pleno exercício de seus direitos

políticos e alistados como eleitores, terem a idade

mínima de 21 anos de idade para concorrerem ao

mandato de prefeito e vice-prefeito e 18 anos para

o mandato de vereador, domicílio eleitoral e filiação

partidária deferida pelo partido, ambos até um ano

antes do pleito, prazo esse que, para as eleições do

ano 2008, expirou em 7 de outubro de 2007.

Como ficará a filiação partidária do candidato cujo

partido fundiu-se ou incorporou-se a outro partido?

No caso de fusão ou incorporação de partidos, é

considerada, para efeito de filiação partidária, a data

de filiação do candidato ao partido de origem.

Os atuais detentores de mandato de vereador, e

os que tenham exercido esses cargos em qualquer

período da legislatura que estiver em curso, têm

assegurado o registro de candidatura para o mes-

mo cargo pelo partido a que estejam filiados?

Não. A candidatura nata foi afastada por decisão do

Tribunal Pleno da Corte Suprema, na Ação Direta de

Inconstitucionalidade 2.530 – DF, cujo relator foi o

ministro Sidney Sanches, publicada no DJ de 21 de

novembro de 2003, p. 7. Todo e qualquer pretendente

ao mandato de vereador, em respeito ao princípio da

isonomia entre os pré-candidatos, deve ser escolhido

em convenção.

rEGiSTro dAS CANdidATurAS

Quantos candidatos podem ser registrados por

partido político para as eleições proporcionais?

Cada partido poderá registrar candidatos para as

câmaras municipais, até 150% do número de luga-

res a preencher. Se forem 20, as cadeiras, podem

ser registrados até 30 candidatos.

E se houve coligação?

No caso de coligação, independentemente do

número de partidos que a integram, somente po-

dem ser registrados candidatos em número cor-

respondente ao dobro do número de lugares a

preencher. Se forem 15 as cadeiras, 30 podem

ser os candidatos registrados.

Quantas vagas devem ser reservadas para cada

sexo nas eleições proporcionais?

Cada partido político e/ou coligação deve reservar o

mínimo de 30% e o máximo de 70% para candida-

turas de cada sexo.

E se cada cálculo levar a uma fração?

Em todos os cálculos, será sempre desprezada a

fração, se inferior a meio, e igualada a um, se igual

ou superior. Por exemplo: se o resultado for igual a

3,4 iguala-se para menor, ou seja, três, e se de 3,5 a

3,9 arredonda-se para quatro.

No caso de as convenções para a escolha de can-

didatos não atingirem o número máximo de candi-

datos permitidos, isto é, diante de sobra de vagas,

os órgãos de direção dos partidos respectivos po-

dem preencher essas vagas?

Sim, os órgãos de direção dos partidos respectivos

podem preencher as vagas remanescentes até 60

dias antes do pleito. No entanto, sempre observan-

do a regra que impõe os percentuais mínimos e má-

ximos para cada sexo.

Qual é o prazo para os partidos e coligações regis-

trarem os candidatos na Justiça Eleitoral e quais os

requisitos necessários para tal?

Os partidos e coligações terão até as 19 horas do

dia 5 de julho de 2008 para registrar seus candi-

datos na Justiça Eleitoral, com a apresentação de

cópia da ata da convenção; autorização por escrito

do candidato; prova de filiação partidária; declara-

ção de bens assinada pelo candidato; cópia do título

eleitoral ou certidão fornecida pelo cartório eleitoral

de que o candidato é eleitor na circunscrição ou que

requereu sua inscrição; ou, ainda, transferência de

domicílio dentro do prazo permitido; certidão de qui-

tação eleitoral; certidões criminais fornecidas pelos

órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral estadual e

federal; fotografia do candidato, nas dimensões es-

tabelecidas nas Instruções da Justiça Eleitoral, para

inserção no painel da urna eletrônica de votação.

E se os partidos e coligações não registrarem os

seus candidatos?

Os candidatos devem providenciar os seus respec-

tivos registros perante a Justiça Eleitoral até as 19

horas do dia 7 de julho de 2008, ou seja, nas 48

horas seguintes ao encerramento do prazo previsto

para que os partidos ou coligações o façam.

Que medida deve ser tomada pelos Tribunais de

Contas com relação aos candidatos que tiveram

suas contas relativas ao exercício de cargos ou

funções públicas rejeitadas por irregularidade

insanável e por decisão irrecorrível do órgão

competente?

Até o dia 5 de julho de 2008, os tribunais devem dis-

ponibilizar à Justiça Eleitoral o rol dos que tiveram

suas contas rejeitadas por irregularidade insanável e

por decisão irrecorrível do órgão competente, ressal-

vados os casos em que a questão estiver sendo sub-

metida à apreciação do Poder Judiciário, ou em que

já exista sentença judicial favorável ao interessado.

O candidato a vereador pode registrar as suas va-

riações nominais?

Sim, pode indicar, no pedido de registro, além do

seu nome completo, as variações nominais com que

deseja ser registrado, até o máximo de três opções,

com menção da ordem de preferência que deseja

registrar-se, podendo ser o prenome, sobrenome,

cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo

qual é mais conhecido, desde que não se estabele-

ça dúvida quanto à sua identidade, não atente con-

tra o pudor, e não seja ridículo ou irreverente.

Page 5: Eleições Municiapais

Quando existir caso de homonímia entre os candi-

datos, qual o procedimento a ser adotado pela Jus-

tiça Eleitoral?

Em caso de coincidência dos nomes indicados pelo

candidato com os de outro candidato, o procedi-

mento, pela ordem, será o seguinte:

- havendo dúvida, poderá exigir do candidato pro-

va de que é conhecido por dada opção de nome,

indicada no pedido de registro;

- ao candidato que, na data máxima prevista para o

registro, esteja exercendo mandato eletivo ou o te-

nha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse

mesmo prazo, se tenha candidatado com um dos

nomes que indicou, será deferido o seu uso no re-

gistro, ficando outros candidatos impedidos de fazer

propaganda com esse mesmo nome;

- ao candidato que, pela sua vida política, social ou

profissional, seja identificado por um dado nome

que tenha indicado, será deferido o registro com

esse nome, observado o disposto na parte final

do inciso anterior;

- tratando-se de candidatos cuja homonímia não

se resolva pelas regras dos dois incisos anterio-

res, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para

que, em dois dias, cheguem a acordo sobre os

respectivos nomes a serem usados;

- não havendo acordo no caso do inciso ante-

rior, a Justiça Eleitoral registrará cada candi-

dato com o nome e o sobrenome constantes

no pedido de registro, observada a ordem de

preferência ali definida.

No caso de dúvida na apuração dos votos dados a

homônimos, qual é o procedimento a ser tomado?

Em caso de dúvidas na apuração de votos dados a ho-

mônimos, ou seja, nas hipóteses de nomes, sobreno-

mes, ou variações nominais registradas que coincidam,

prevalecerá o número sobre o nome do candidato.

A Justiça Eleitoral pode exigir do candidato

prova de que é conhecido por determinada opção

de nome por ele indicado?

Sim, quando seu uso puder confundir o eleitor.

A Justiça Eleitoral pode indeferir todo pedido de

variação de nome coincidente com nome de candi-

dato a eleição majoritária?

Sim, salvo para candidato que esteja exercendo

mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos

quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha

concorrido em eleição com o nome coincidente.

O partido ou coligação pode substituir candidato,

após o término final do prazo do registro?

Sim, para aquele que for considerado inelegível, renun-

ciar ou falecer ou, ainda, que tiver seu registro indeferi-

do ou cancelado. Tem O partido ou a coligação tem o

prazo de até dez dias contados do fato ou da decisão

judicial que deu origem à substituição para requerer a

substituição junto à Justiça Eleitoral.

Na hipótese de se tratar de candidato de coligação,

para as eleições majoritárias, qual o procedimento

a ser adotado para a substituição?

A substituição deverá fazer-se por decisão da maio-

ria absoluta dos órgãos executivos de direção dos

partidos coligados, podendo o substituto ser filia-

do a qualquer partido dela integrante, desde que o

partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao

direito de preferência.

Até quando podem ser substituídos os candidatos

nas eleições majoritárias?

As substituições dos candidatos a cargos majori-

tários podem se dar até o dia anterior ao da elei-

ção, quando as cédulas não serão alteradas e os

votos dados ao nome do substituído serão con-

tados para o substituto, conforme entendimento

manifestado pelo TRE de São Paulo, durante o

processo eleitoral de 1996, em face de idêntico

dispositivo contido na Lei 9.100/95, que regulou

aquelas eleições.

Em qual prazo pode haver a substituição de candi-

dato a vereador?

A substituição pode ser feita até dez dias após a

renúncia, inelegibilidade, falecimento, indeferimento

ou cancelamento do registro, desde que efetiva-

da até 60 dias antes das eleições (4 de agosto de

2008). Após esse interregno, nenhuma substituição

para vereador pode ocorrer.

Que pode ocorrer com os registros dos candida-

tos expulsos de seus partidos políticos até a data

das eleições?

Os candidatos estão sujeitos ao cancelamento do

registro, a ser decretado pela Justiça Eleitoral, após

solicitação do partido.

Quando é enviada ao TSE a relação dos candidatos

a prefeito, vice-prefeito e vereadores?

Até 45 dias antes das eleições (19 de agosto de

2008), quando os TREs enviarão ao TSE a relação

dos candidatos às eleições para prefeito e vice

e para vereadores, da qual constarão, obrigato-

riamente, a referência ao sexo e ao cargo a que

concorrem, tendo por objetivo a centralização e a

divulgação de tais dados.

ArrECAdAção E APliCAção dE rECurSoS NAS CAMPANhAS ElEiTorAiS

De quem é a responsabilidade das despesas nas

campanhas eleitorais?

É dos partidos ou de seus candidatos.

Qual o limite de gastos na campanha para os car-

gos em disputa?

Caberá à lei, observadas as peculiaridades locais, fixar

até o dia 10 de junho de cada ano eleitoral o limite dos

gastos de campanha para os cargos em disputa.

E se não for editada a referida lei limitadora dos

gastos de campanha?

Não sendo editada lei até a data estabelecida, ca-

berá a cada partido político fixar o limite de gastos,

comunicando-o à Justiça Eleitoral, que dará a essas

informações ampla publicidade.

Quando serão comunicados os valores máximos de

gastos que cada partido ou coligação fará por car-

go eletivo?

Serão comunicados aos respectivos tribunais eleito-

rais na ocasião do pedido de registro de seus candida-

tos, observados os limites estabelecidos em lei ou pe-

los partidos políticos. Tratando-se de coligação, cada

partido que a integra fixará o valor máximo de gastos.

Qual a conseqüência na hipótese de haver gastos

além do limite máximo estabelecido pelos partidos

e coligações para cada cargo eletivo?

O responsável sujeita-se ao pagamento de multa no

valor de cinco a dez vezes a quantia excedente.

Quando o partido deve constituir seus comitês

financeiros?

Até dez dias úteis após a escolha de seus candida-

tos em convenção, para que possam arrecadar re-

cursos e aplicá-los em suas campanhas eleitorais.

Até quando os comitês devem ser registrados?

Até cinco dias após sua constituição, nos órgãos da

Justiça Eleitoral competentes para registrarem os

candidatos.

Deve haver um comitê financeiro para cada uma das

eleições para as quais o partido apresente candidato

próprio?

Sim, sem prejuízo de poder haver a reunião, em um

único comitê, das atribuições relativas às eleições

de uma dada circunscrição.

A quem incumbe a administração financeira da

campanha?

Incumbe ao candidato a cargo eletivo, que a fará, di-

retamente ou por intermédio de pessoa por ele desig-

nada, usando recursos repassados pelo comitê, inclu-

sive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos

próprios ou doações de pessoas físicas ou jurídicas.

O candidato e a pessoa responsável pela admi-

nistração financeira de sua campanha respondem

pela veracidade das informações financeiras e

contábeis da campanha?

Sim, a responsabilidade é solidária, devendo ambos

assinar a respectiva prestação de contas.

Os partidos e os candidatos devem abrir uma conta

bancária?

Sim, devem obrigatoriamente abrir conta bancária es-

pecífica para o registro de todo o movimento financeiro

da campanha. Em razão disso, nenhum banco poderá

se recusar a fazer a abertura de referidas contas e nem

exigir limite mínimo de depósito.

Há alguma exceção à obrigatoriedade de abertura

de conta bancária?

Sim, no caso da eleição municipal para prefeito e ve-

reador, em municípios nos quais não houver agência

bancária e para as eleições para vereador em muni-

cípios que tenham menos de 20.000 eleitores.

Qual a conseqüência pelo uso de recursos finan-

ceiros para pagamento de gastos eleitorais que não

provenham da conta aberta para tal finalidade?

Implica a desaprovação da prestação de contas do

Page 6: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam� p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

partido ou candidato; comprovado o abuso de

poder econômico, será cancelado o registro da

candidatura ou cassado o diploma, se já houver

sido outorgado.

Que ocorre se as contas do candidato forem

rejeitadas?

A Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o pro-

cesso ao Ministério Público Eleitoral para que este

represente à Justiça Eleitoral, diretamente ao corre-

gedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando

provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de

investigação judicial para apurar uso indevido, des-

vio ou abuso do poder econômico em benefício de

candidato ou de partido político.

Em que momento as pessoas físicas podem fazer

doações?

Somente a partir do registro dos comitês financeiros.

De que forma as doações podem ser feitas?

Em dinheiro ou em quantias estimáveis em dinheiro,

mediante recibo eleitoral. As doações de recursos

financeiros somente podem ser efetuadas na conta

aberta pelo candidato ou pelo partido e devem ser

feitas por meio de cheques cruzados e nominais ou

transferência eletrônica de depósitos ou em depósi-

tos em espécie devidamente identificados.

Existem limitações para as doações?

Sim. Se a doação for de pessoa física, a quantia fica

restrito a 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano

anterior à eleição, no caso, em 2007. Se a doação en-

volver recursos do próprio candidato, ela ficará restrita

ao valor máximo estabelecido por seu partido.

Há alguma conseqüência para doação acima dos

limites estabelecidos?

Sim. A doação de quantia acima dos limites fixados

sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de

cinco a dez vezes a quantia em excesso.

O candidato pode doar dinheiro ou bens a terceiros?

Não. Ficam vedadas quaisquer doações em dinhei-

ro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de quais-

quer espécies feitas por candidato, entre o registro

e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas.

As pessoas jurídicas podem contribuir para a cam-

panha eleitoral?

Sim, podem fazer doações e contribuições e apenas

a partir do registro dos comitês financeiros dos par-

tidos ou coligações.

Há limitação para a doação e contribuição das pes-

soas jurídicas?

Sim, ficam limitadas a 2% do faturamento bruto do

ano anterior à eleição.

E se a doação e contribuição das pessoas jurídicas

excederem o limite?

Sujeita a pessoa jurídica ao pagamento de multa no

valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso,

além de estar proibida de participar de licitações pú-

blicas e de celebrar contratos com o Poder Público

pelo período de cinco anos, por determinação da

Justiça Eleitoral, em processo no qual seja assegu-

rada ampla defesa.

Quem está proibido de doar recursos a partidos

políticos e candidatos?

Estão proibidos de doar, de forma direta ou indire-

ta, tanto em dinheiro quanto em valor estimável em

dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qual-

quer espécie:

- as entidades ou governos estrangeiros;

- os órgãos da Administração Pública direta e indi-

reta ou fundações mantidas com recursos prove-

nientes do Poder Público, portanto, englobadas

as autarquias, empresas públicas e sociedades

de economia mista, assim como subsidiárias

mantidas por recursos públicos;

- os concessionários ou permissionários de

serviço público;

- as entidades de direito privado que recebam, na

condição de beneficiárias, contribuição compul-

sória em virtude de disposição legal;

- as entidades de utilidade pública, de classe ou sindical;

- as pessoas jurídicas sem fins lucrativos que rece-

bam recursos do exterior;

- as entidades beneficentes e religiosas;

- as entidades esportivas que recebam recursos públicos;

- as organizações não-governamentais que rece-

bam recursos públicos; e

- as organizações da sociedade civil de interesse

público.

Quais as conseqüências ao partido que descum-

prir as normas relativas à arrecadação e aplica-

ção de recursos?

Perde o direito de receber a quota do Fundo Par-

tidário do ano seguinte, sem prejuízo de respon-

derem, os candidatos beneficiados, por abuso de

poder econômico.

Que são considerados gastos eleitorais sujeitos a

registro e aos limites legais?

- confecção de material impresso de qualquer na-

tureza e tamanho;

- propaganda e publicidade direta ou indireta, por

qualquer meio de divulgação, destinada a con-

quistar votos;

- aluguel de locais para a promoção de atos de

campanha eleitoral;

- despesas com transporte ou deslocamento de can-

didato e de pessoal a serviço das candidaturas;

- correspondência e despesas postais;

- despesas de instalação, organização e funcionamento

de comitês e serviços necessários às eleições;

- remuneração ou gratificação de qualquer espécie

a pessoal que preste serviços às candidaturas ou

aos comitês eleitorais;

- montagem e operação de carros de som, de pro-

paganda e assemelhados;

- a realização de comícios ou eventos destinados à

promoção de candidatura;

- produção de programas de rádio, televisão ou vídeo,

inclusive os destinados à propaganda gratuita;

- realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

- aluguel de bens particulares para veiculação, por

qualquer meio, de propaganda eleitoral;

- custos com a criação e inclusão de sítios na Internet;

- multas aplicadas aos partidos ou candidatos por

infração ao disposto na legislação eleitoral.

- produção de jingles, vinhetas e slogans para pro-

paganda eleitoral.

O candidato pode receber recursos de eleitor em

apoio à sua candidatura?

Sim, até a quantia equivalente a 1.000 Ufirs, não sujei-

tos a contabilização, desde que não reembolsados.

PrESTAção dE CoNTAS

Quem está sujeito à prestação de contas?

Tanto os candidatos às eleições majoritárias (prefei-

to e vice-prefeito), quanto os candidatos às eleições

proporcionais (vereador).

Quem tem a incumbência de prestá-las nas eleições

majoritárias?

Cabe ao comitê financeiro, devendo a prestação de

contas vir acompanhada dos extratos das contas

bancárias referentes à movimentação dos recursos

financeiros usados na campanha e da relação dos

cheques recebidos, com a indicação dos respectivos

números, valores e emitentes.

E nas eleições proporcionais?

Pode ser feita pelo próprio candidato ou pelos co-

mitês financeiros.

Ao receber as prestações de contas e demais infor-

mações dos candidatos às eleições majoritárias e

dos candidatos às eleições proporcionais que opta-

rem por prestar contas por seu intermédio, quais os

cuidados que os comitês financeiros devem ter?

Os comitês financeiros devem:

- a verificar se os valores declarados pelo candi-

dato à eleição majoritária como tendo sido rece-

bidos por intermédio do comitê conferem com

seus próprios registros financeiros e contábeis;

- resumir as informações contidas nas prestações

de contas, de forma a apresentar demonstrativo

consolidado das campanhas dos candidatos.

E tem prazo para as prestações de contas dos can-

didatos e do próprio comitê serem encaminhadas à

Justiça Eleitoral?

Sim. O encaminhamento deve ser feito até o trigési-

mo dia posterior à realização das eleições, isto é, até

4 de novembro de 2008.

E se houver segundo turno, no caso das elei-

ções majoritárias?

Havendo segundo turno, o encaminhamento da

prestação de contas dos candidatos que o dispu-

taram, referente aos dois turnos, deve se dar até o

trigésimo dia posterior à sua realização, isto é, 25 de

novembro de 2008.

Se os candidatos às eleições proporcionais opta-

rem por prestar contas diretamente à Justiça Elei-

toral, tem prazo para fazê-lo?

Sim. A prestação de contas deve ser encaminhada

até o trigésimo dia posterior à realização das elei-

ções, que é 4 de novembro de 2008.

Page 7: Eleições Municiapais

Qual a conseqüência para a inobservância do pra-

zo de encaminhamento da prestação de contas à

Justiça Eleitoral?

É uma irregularidade que impede a diplomação dos

eleitos, enquanto perdurar.

Quando será publicada a decisão da Justiça Eleito-

ral sobre a prestação de contas dos eleitos?

Será publicada em sessão até oito dias antes da di-

plomação. A diplomação dar-se-á até 18 de dezem-

bro de 2008 e a publicação tem que ocorrer até 10

de dezembro do mesmo ano.

Erros materiais ou formais corrigidos podem levar à

rejeição da prestação de contas?

Não, muito menos à cominação de sanção a candi-

dato ou partido.

A Justiça Eleitoral pode requisitar técnicos do Tri-

bunal de Contas do Estado para auxiliá-la no exa-

me das contas?

Sim, pelo tempo que for necessário, assim como,

havendo indício de irregularidade na prestação de

contas, requisitar diretamente do candidato ou do

comitê financeiro as informações adicionais neces-

sárias, bem como determinar a complementação

dos dados ou o saneamento das falhas.

Por quanto tempo os candidatos e partidos devem

conservar a documentação relativa às contas?

Por até 180 dias depois da diplomação e, se houver

alguma pendência judicial relativa às contas, con-

servadas até decisão final.

Que providência pode ser tomada por partido po-

lítico ou coligação com o objetivo de apurar con-

dutas em desacordo com a Lei Eleitoral relativas à

arrecadação e gastos de recursos?

Pode representar à Justiça Eleitoral relatando fatos e

indicando provas e pedir a abertura de investigação

judicial para apurar as condutas tidas por ilegais,

aplicando-se o procedimento previsto no artigo 22

da Lei Complementar 64/1990.

Que ocorre se for comprovada a captação, ou gas-

tos ilícitos, de recursos para fins eleitorais?

Será negado diploma ao candidato, ou cassado, se

já houver sido outorgado.

A sobra financeira de campanha deve ser declara-

da na prestação de contas?

Sim, e após julgados todos os recursos, deve ser

transferida ao partido ou à coligação, neste caso,

para divisão entre os partidos que a compõem.

A sobra de recursos financeiros da campanha pode ser

utilizada pelos partidos políticos para qualquer fim?

Não. Deve ser utilizada, total e exclusivamente, para

criar e manter instituto ou fundação de pesquisa e

de doutrinação e educação política.

PESquiSAS ElEiTorAiS

As pesquisas de opinião pública sobre as eleições

ou os candidatos, para conhecimento público,

devem ser registradas na Justiça Eleitoral?

Sim. As entidades e empresas por ela responsável

são obrigadas a registrar cada pesquisa realizada

na Justiça Eleitoral.

O registro da pesquisa deve ser feito até quando?

Até cinco dias antes da divulgação dos resultados.

Quais informações são registradas?

São registradas nos órgãos da Justiça Eleitoral, aos

quais compete fazer o registro dos candidatos, as

seguintes informações:

- quem contratou a pesquisa;

- valor e origem dos recursos despendidos no

trabalho;

- metodologia e período de realização da pesquisa;

- plano amostral e ponderação quanto a sexo, ida-

de, grau de instrução, nível econômico e área

física de realização do trabalho, intervalo de con-

fiança e margem de erro;

- sistema interno de controle e verificação, con-

ferência e fiscalização da coleta de dados e do

trabalho de campo;

- questionário completo aplicado ou a ser aplicado;

- o nome de quem pagou pela realização do trabalho.

A Justiça Eleitoral tem o dever de dar publicidade

ao registro de pesquisa?

Sim. Ela afixará imediatamente, no local de costu-

me, aviso comunicando o registro das informações,

colocando-as à disposição dos partidos ou coliga-

ções com candidatos ao pleito, os quais a elas terão

livre acesso pelo prazo de 30 dias.

Qual a conseqüência por ter sido divulgada pesqui-

sa sem o devido registro?

Sujeita os responsáveis a multa no valor de 50.000

a 100.000 Ufirs.

E se for divulgada pesquisa fraudulenta?

A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui cri-

me, punível com detenção de seis meses a um ano

e multa no valor de 50.000 a 100.000 Ufirs.

Os partidos podem ter acesso ao sistema interno

de controle, verificação e fiscalização da coleta de

dados das entidades que divulgaram pesquisas de

opinião relativas às eleições, incluídos os referen-

tes à identificação dos entrevistadores?

Sim, mediante requerimento à Justiça Eleitoral, e, por

meio de escolha livre e aleatória de planilhas individu-

ais, mapas ou equivalentes, podem confrontar e con-

ferir os dados publicados, preservada a identidade

dos respondentes.

Qual a sanção imposta àquele que impedir o aces-

so ao sistema interno de controle, verificação e fis-

calização da coleta de dados ou a qualquer ato que

vise a retardar, impedir ou dificultar a ação fiscali-

zadora dos partidos?

Constitui crime, punível com detenção, de seis meses

a um ano, com a alternativa de prestação de serviços

à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de

10.000 a 20.000 Ufirs. A esse crime se sujeitam, tam-

bém, os representantes legais da empresa ou entida-

de de pesquisa e do órgão veiculador.

E se houver a comprovação de irregularidade nos

dados publicados?

Os responsáveis praticam crime, punível com

detenção, de seis meses a um ano, com a alter-

nativa de prestação de serviços à comunidade

pelo mesmo prazo, e multa no valor de 10.000

a 20.000 Ufirs, sem prejuízo da obrigatoriedade

da veiculação dos dados corretos no mesmo es-

paço, local, horário, página, caracteres e outros

elementos de destaque, de acordo com o veícu-

lo usado. A esse crime se sujeitam, também, os

representantes legais da empresa ou entidade de

pesquisa e do órgão veiculador.

ProPAGANdA ElEiTorAl

Que é propaganda eleitoral?

É aquela “que leva ao conhecimento geral, ainda

que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo

que apenas postulada, a ação política que se pre-

tende desenvolver ou razões que induzam a con-

cluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício

de função pública. Sem tais características, poderá

haver mera promoção pessoal, apta, em determi-

nadas circunstâncias a configurar abuso de poder

econômico, mas não propaganda eleitoral. (...)” (Ac.

16.183, de 17/2/2000, rel. Min. Eduardo Alckmin; no

mesmo sentido o Ac. 15.732, de 15/4/1999, do mes-

mo relator, e o Ac. 16.426, de 28/11/2000, rel. Min.

Fernando Neves.).

A partir de quando é permitida a propaganda eleitoral?

A partir do dia 6 de julho de 2008, sob pena de su-

jeitar o responsável pela divulgação da propagan-

da antecipada e, quando comprovado seu prévio

conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de

20.000 a 50.000 Ufirs ou equivalente ao custo da

propaganda, se este for maior.

O postulante a cargo eletivo pode realizar propaganda

interpartidária com vistas à indicação de seu nome?

Sim, é possível realizá-la, na quinzena anterior à

escolha pelo partido, vedado o uso de rádio, televi-

são e outdoor, sob pena de sujeitar o responsável

pela divulgação da propaganda e, quando compro-

vado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à mul-

ta no valor de 20.000 a 50.000 Ufirs ou equivalente

ao custo da propaganda, se este for maior.

Há restrições de uso de bens públicos para propa-

ganda eleitoral?

Sim. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permis-

são do Poder Público, ou que a ele pertençam, e nos

de uso comum, inclusive postes de iluminação pública

e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,

paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é

vedada a veiculação de propaganda de qualquer na-

tureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de

placas, estandartes, faixas e assemelhados.

E se forem veiculadas propagandas eleitorais nos

bens públicos?

O responsável fica sujeito, após a notificação e compro-

vação, à restauração do bem e, caso não cumprida no

prazo, a multa no valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.

Page 8: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam� p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

As dependências da câmara municipal podem ser

utilizadas para propaganda eleitoral?

Sim, f icando a cargo da mesa diretora o seu

discipl inamento.

É possível propaganda eleitoral por meio de fixação

de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições

em bens particulares?

Sim, desde que autorizado pelo proprietário ou pos-

suidor do bem, ressalvados os preceitos de higiene

e estética urbana constantes da legislação munici-

pal pertinente. Além disso, independe da obtenção

de licença municipal e de autorização da Justiça

Eleitoral para tanto.

A polícia deve expedir licença para a realização de

ato de propaganda partidária ou eleitoral?

Não. Qualquer ato de propaganda partidária ou

eleitoral, seja em recinto aberto ou fechado, inde-

pende de licença da polícia. No entanto, o candi-

dato, partido ou coligação promotora do ato fará a

devida comunicação à autoridade policial em, no

mínimo, 24 horas antes de sua realização, a fim de

que esta lhe garanta, segundo a prioridade do avi-

so, o direito contra quem tencione usar o local no

mesmo dia e horário.

E quais providências devem ser tomadas pela auto-

ridade policial diante do ato de propaganda?

As necessárias à garantia de sua realização e ao

funcionamento do tráfego e dos serviços públicos

que o evento possa afetar.

Qual o horário permitido para o funcionamento de

alto-falantes ou amplificadores de som?

Entre as 8 e as 22 horas.

Em que hipóteses são vedados a instalação e o uso

de alto-falantes ou amplificadores de som?

São vedados a instalação e o uso desses equipa-

mentos em distância inferior a 200 metros:

- das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos muni-

cípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, dos quar-

téis e outros estabelecimentos militares;

- dos hospitais e casas de saúde;

- das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e tea-

tros, quando em funcionamento.

Em que horário são permitidas a realização de

comícios e a utilização de aparelhagem de so-

norização fixa?

São permitidas no horário compreendido entre as 8

e as 22 horas.

No dia da eleição é permitido o uso de alto-falan-

tes e amplificadores de som ou a promoção de co-

mício ou carreata?

Não, constituindo crime punível com detenção, de

seis meses a um ano, com a alternativa de presta-

ção de serviços à comunidade pelo mesmo período,

e multa no valor de 5.000 a 15.000 Ufirs.

Existem outras propagandas eleitorais vedadas no

dia da eleição?

Sim. A arregimentação de eleitor ou a propaganda de

boca-de-urna e a divulgação de qualquer espécie de

propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos,

mediante publicações, cartazes, camisas, bonés, broches

ou dísticos em vestuário, ambas tidas por crimes puníveis

com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa

de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo pe-

ríodo, e multa no valor de 5.000 a 15.000 Ufirs.

Durante a campanha eleitoral é permitida a distri-

buição de bens ou materiais aos eleitores?

Está vedada na campanha eleitoral a confecção,

utilização e distribuição por comitê, candidato, ou

com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bo-

nés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer

outros bens ou materiais que possam proporcionar

vantagem ao eleitor.

Pode ser realizado showmício para a promoção de

candidatos?

Não. Está proibida a realização de showmício ou de

evento assemelhado para promoção de candidatos, e

a apresentação, remunerada ou não, de artistas com

a finalidade de animar comício e reunião eleitoral.

Está autorizada a realização de propaganda eleito-

ral mediante outdoors?

Não, e o seu descumprimento sujeita a empresa

responsável, os partidos, coligações e candidatos à

imediata retirada da propaganda irregular e ao paga-

mento de multa no valor de 5.000 a 15.000 Ufirs.

É permitida propaganda eleitoral que use símbolos,

frases ou imagens, associadas ou semelhantes às

empregadas por órgão de governo, empresa públi-

ca ou sociedade de economia mista?

Não, e o seu descumprimento constitui crime, puní-

vel com detenção, de seis meses a um ano, com a

alternativa de prestação de serviços à comunidade

pelo mesmo período, e multa no valor de 10.000 a

20.000 Ufirs.

A propaganda eleitoral pode ser cerceada ou cons-

tituir-se em objeto de multa?

Não. A propaganda eleitoral não pode ser cerceada

ou constituir-se objeto de multa, sob o pretexto do

exercício do poder de polícia, desde que realizada

em obediência aos permissivos legais.

Quando ocorre a captação de sufrágio?

Quando o candidato doar, oferecer, prometer ou en-

tregar ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem

ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusi-

ve emprego ou função pública, desde o registro da

candidatura até o dia da eleição.

E se restar comprovada a captação?

O candidato está sujeito a pena de multa de 1.000 a

50.000 Ufirs e cassação do registro ou do diploma,

observado o procedimento previsto no artigo 22 da

Lei Complementar 64/1990.

ProPAGANdA ElEiTorAl NA iMPrENSA

É permitida a realização de propaganda eleitoral na

imprensa escrita?

Sim, desde que observado o espaço máximo, por

edição, para cada candidato, de um oitavo de pági-

na de jornal padrão e um quarto de página de revista

ou tablóide, cujo desrespeito sujeita os responsá-

veis pelos veículos de divulgação e os partidos, coli-

gações ou candidatos beneficiados a multa no valor

de R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00 ou equivalente ao da

divulgação da propaganda paga, se este for maior.

ProPAGANdA ElEiTorAl No rádio, NA TElEViSão E NA iNTErNET

Quando é possível realizar propaganda eleitoral na

televisão e no rádio?

Apenas durante o horário gratuito, sendo proibida a

propaganda paga.

As emissoras de rádio e televisão estão sujeitas a

restrições em sua programação normal e noticiário

no ano eleitoral?

Sim, a partir de 1º/7/2008.

E quais são as restrições?

Sob pena de sujeitar as emissoras de rádio e televi-

são e os sítios da internet ao pagamento de multa no

valor de 20.000 a 100.000 Ufirs, duplicada em caso

de reincidência, elas não podem:

- transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jor-

nalística, imagens de realização de pesquisa ou

qualquer outro tipo de consulta popular de nature-

za eleitoral em que seja possível identificar o entre-

vistado ou em que haja manipulação de dados;

- usar trucagem, montagem ou outro recurso de áu-

dio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou

ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou

produzir ou veicular programa com esse efeito;

- veicular propaganda política ou difundir opinião

favorável ou contrária a candidato, partido, coli-

gação, seus órgãos ou representantes;

- dar tratamento privilegiado a candidato, partido

ou coligação;

- veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries

ou qualquer outro programa com alusão ou crí-

tica a candidato ou partido político, mesmo que

dissimuladamente, exceto programas jornalísti-

cos ou debates políticos;

- divulgar nome de programa que se refira a candi-

dato escolhido em convenção, ainda quando pree-

xistente, inclusive se coincidir com o nome do can-

didato ou com a variação nominal por ele adotada.

Sendo o nome do programa o mesmo que o do

candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena

de cancelamento do respectivo registro.

Essas restrições também alcançam os sítios divul-

gados na internet?

Sim. Atingem os sítios mantidos pelas empresas de

comunicação social na internet e demais redes des-

tinadas à prestação de serviços de telecomunica-

ções de valor adicionado.

Que emissoras de televisão são atingidas pelas re-

gras de propaganda eleitoral?

Page 9: Eleições Municiapais

As que operam em VHF e UHF e os canais de te-

levisão por assinatura sob a responsabilidade do

Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das

Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa do

Distrito Federal ou das câmaras municipais.

Os partidos, as coligações ou os candidatos podem

usar recursos, em suas propagandas eleitorais gra-

tuitas, com o objetivo de ridicularizar ou degradar

os adversários?

Não. Está vedado o uso de trucagem, montagem ou

outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer for-

ma, degrade ou ridicularize candidato, partido ou co-

ligação, ou produzir ou veicular programa com esse

efeito, assim como transmitir, ainda que sob a forma

de entrevista jornalística, imagens de realização de

pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular

de natureza eleitoral em que seja possível identificar o

entrevistado ou em que haja manipulação de dados.

A partir de quando não pode mais ser transmi-

tido programa apresentado ou comentado por

candidato escolhido em convenção?

A partir do resultado da convenção, sob pena de

sujeitar a emissora ao pagamento de multa no valor

de 20.000 a 100.000 Ufirs, duplicada em caso de

reincidência.

Quando é veiculada a propaganda eleitoral gratuita

nas emissoras de rádio e televisão?

No prazo de 45 dias anteriores a antevéspera das

eleições, ou seja, a partir de 19/8/2008.

Podem ser realizados debates nas emissoras de

rádio e televisão?

Independentemente da propaganda eleitoral gra-

tuita, está autorizada a realização de debates para

as eleições majoritárias e proporcionais com a

participação de candidatos dos partidos com repre-

sentação na Câmara dos Deputados, e facultada a

dos demais.

Como são feitos os debates nas eleições majoritárias?

Nas eleições majoritárias, a apresentação dos de-

bates poderá ser feita:

a) em conjunto, estando presentes todos os candi-

datos a um mesmo cargo eletivo;

b) em grupos, estando presentes, no mínimo, três

candidatos.

E como será feito o debate nas eleições proporcionais?

Os debates deverão ser organizados de modo que

assegurem a presença de número equivalente de

candidatos de todos os partidos e coligações a um

mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se em

mais de um dia, sendo vedada a presença de um

mesmo candidato à eleição proporcional em mais

de um debate da mesma emissora.

Pode ser feito debate sem a presença de algum

candidato?

Sim, desde que o veículo de comunicação responsá-

vel comprove havê-lo convidado com a antecedên-

cia mínima de 72 horas da realização do debate.

Quais regras devem ser observadas pelas emissoras

para a realização dos debates?

Os debates deverão ser parte de programação pre-

viamente estabelecida e divulgada pela emissora,

fazendo-se mediante sorteio a escolha do dia e da

ordem de fala de cada candidato, salvo se celebra-

do acordo em outro sentido entre os partidos e coli-

gações interessados.

Qual a conseqüência para a emissora que desa-

tender as regras estabelecidas para a feitura dos

debates?

O descumprimento sujeita a empresa infratora à

suspensão, por 24 horas, de sua programação

normal, transmitindo, durante esse período, a cada

15 minutos, a informação de que se encontra fora do

ar por ter desobedecido à Lei Eleitoral, sem prejuízo

de, no caso de reiteração de conduta, ter duplicado

o período de suspensão.

Em quais dias e horários serão veiculadas as pro-

pagandas eleitorais gratuitas para prefeito e vice-

prefeito nas emissoras de rádio?

Serão veiculadas às segundas, quartas e sextas-fei-

ras, das 7h às 7h30 e das 12h às 12h30.

Em quais dias e horários serão veiculadas as pro-

pagandas eleitorais gratuitas para prefeito e vice-

prefeito nas emissoras de televisão?

Serão veiculadas das 13h às 13h30 e das 20h30 às

21h às segundas, quartas e sextas-feiras.

Em que dias e horários serão veiculadas as propa-

gandas eleitorais gratuitas para vereador nas emis-

soras de rádio?

Às terças, quintas e sábados, das 7h às 7h30 e das

12h às 12h30.

Em quais dias e horários serão veiculadas as pro-

pagandas eleitorais gratuitas para vereador nas

emissoras de televisão?

Às terças, quintas e sábados, das 13h às 13h30 e

das 20h30 às 21h.

Como serão distribuídos os horários reservados à

propaganda eleitoral gratuita nas eleições?

Serão distribuídos entre todos os partidos e coli-

gações que tenham candidato e representação na

Câmara dos Deputados, observados os seguintes

critérios:

- um terço, igualitariamente;

- dois terços, proporcionalmente ao número de

representantes na Câmara dos Deputados, con-

siderado, no caso de coligação, o resultado da

soma do número de representantes de todos os

partidos que a integram.

E qual é o parâmetro para se definir a representa-

ção de cada partido na Câmara dos Deputados?

É a representação partidária, resultante da eleição.

E se houve fusão ou incorporação de partidos?

O número de representantes de partido que tenha

resultado de fusão ou que se tenha incorporado a

outro corresponde à soma dos representantes que

os partidos de origem possuíam quando do resulta-

do da eleição.

Caso não haja emissora de televisão ou de rádio

no município, quais as providências que devem ser

adotadas pelos partidos?

Nos municípios em que não houver emissora de te-

levisão e de rádio, os órgãos regionais de direção da

maioria dos partidos participantes da eleição podem

requerer à Justiça Eleitoral a reserva de 10% do tempo

destinado à propaganda eleitoral gratuita para divulga-

ção em rede da propaganda dos candidatos desses

municípios pelas emissoras geradoras que os atingem,

cabendo à Justiça Eleitoral definir a divisão do tempo

entre os candidatos dos municípios vizinhos, de forma

que o número máximo de municípios a serem atendi-

dos seja igual ao de emissoras geradoras disponíveis.

Como será feita a propaganda eleitoral gratuita nos

municípios em que houver segundo turno?

Se houver segundo turno, as emissoras de rádio e

televisão devem reservar, a partir de 48 horas da

proclamação dos resultados do primeiro turno e até

a antevéspera da eleição (24/10/2008), horário des-

tinado à divulgação da propaganda eleitoral gratui-

ta, dividido em dois períodos diários de 20 minutos

para cada eleição, iniciando-se às 7 e às 12 horas

no rádio, e às 13 e às 20h30 na televisão, cujo tempo

de cada período diário será dividido igualitariamente

entre os candidatos.

Como é feita a escolha da ordem de veiculação da

propaganda de cada partido ou coligação no pri-

meiro dia do horário eleitoral gratuito?

É feita por meio de sorteio efetuado pela Justiça

Eleitoral. Após o primeiro dia do horário eleito-

ral gratuito, a cada dia que se seguir, a propa-

ganda veiculada por último, na véspera, será a

primeira, apresentando-se as demais na ordem

do sorteio.

As emissoras de rádio e televisão devem reser-

var espaço em sua programação diária para in-

serções partidárias relativas à propaganda elei-

toral gratuita?

Sim. Devem reservar 30 minutos diários para a pro-

paganda eleitoral gratuita, a serem usados em in-

serções de até 60 segundos, a critério do respectivo

partido ou coligação, assinadas obrigatoriamente

pelo partido ou coligação, e distribuídas, ao longo

da programação veiculada entre as 8 e as 24 horas,

obedecido o seguinte:

- o tempo será dividido em partes iguais para a

utilização nas campanhas dos candidatos às

eleições majoritárias e proporcionais, bem como

de suas legendas partidárias ou das que compo-

nham a coligação, quando for o caso;

- destinação exclusiva do tempo para a campanha

dos candidatos a prefeito e vice-prefeito, no caso

de eleições municipais;

- a distribuição levará em conta os blocos de

audiência entre as 8 e as 12 horas, as 12 e as 18

horas, as 18 e as 21 horas, as 21 e as 24 horas;

- na veiculação das inserções é vedada a utilização

de gravações externas, montagens ou trucagens,

computação gráfica, desenhos animados e efei-

tos especiais, e a veiculação de mensagens que

possam degradar ou ridicularizar candidato, par-

tido ou coligação.

Page 10: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam10 p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

A partir de quando a Justiça Eleitoral convocará os

partidos e representantes das emissoras de televi-

são para a elaboração dos planos de mídia da pro-

paganda eleitoral gratuita?

A partir do dia 8 de julho de 2008, garantida a

todos participação nos horários de maior e me-

nor audiência.

Os programas eleitorais gratuitos podem ser cen-

surados?

Não serão admitidos cortes instantâneos ou qual-

quer tipo de censura prévia nos programas eleitorais

gratuitos.

As propagandas eleitorais gratuitas podem ridicu-

larizar candidatos?

Não. É vedada a veiculação de propaganda que

possa degradar ou ridicularizar candidatos, sujei-

tando-se o partido ou coligação infratores à perda

do direito à veiculação de propaganda no horário

eleitoral gratuito do dia seguinte. Pode o candidato,

o partido ou a coligação requerer à Justiça Eleitoral,

ainda, que seja impedida a reapresentação de pro-

paganda ofensiva à honra de candidato, à moral e

aos bons costumes.

Existem condições para a participação de cidadãos

na propaganda eleitoral gratuita no primeiro turno?

Sim. Dos programas de rádio e televisão destinados

à propaganda eleitoral gratuita de cada partido ou

coligação pode participar, em apoio aos candida-

tos deste ou daquele, qualquer cidadão não filiado a

outra agremiação partidária ou a partido integrante

de outra coligação, sendo vedada a participação de

qualquer pessoa mediante remuneração.

E no segundo turno? Também existem condições

para a participação dos cidadãos?

No segundo turno das eleições não é permitida, nos

programas de rádio e televisão destinados à pro-

paganda eleitoral gratuita de cada partido ou coli-

gação, a participação de filiados a partidos que te-

nham formalizado o apoio a outros candidatos.

A propaganda eleitoral gratuita feita por partido,

coligação ou candidato também sofre restrições?

Sim. São vedados:

I – transmitir, ainda que sob a forma de entrevista

jornalística, imagens de realização de pesquisa ou

qualquer outro tipo de consulta popular de natureza

eleitoral em que seja possível identificar o entrevista-

do ou em que haja manipulação de dados;

II – usar trucagem, montagem ou outro recurso de

áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem

ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou

produzir ou veicular programa com esse efeito.

Quais as conseqüências ao partido, coligação e

candidato pelo descumprimento das restrições im-

postas à sua propaganda eleitoral?

A inobservância sujeita o partido ou coligação à perda

de tempo equivalente ao dobro do usado na prática

do ilícito, no período do horário gratuito subseqüen-

te, dobrada a cada reincidência, devendo, no mesmo

período, exibir-se a informação de que a não veicula-

ção do programa resulta de infração da Lei Eleitoral.

dirEiTo dE rESPoSTA

Após que momento será assegurado o direito de

resposta a candidato, partido ou coligação atingi-

do por ofensa?

A partir da escolha de candidatos em convenção,

é assegurado o direito de resposta, ainda que de

forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação

caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente in-

verídica, difundidos por qualquer veículo de comu-

nicação social.

Quais os prazos para requerer o direito de resposta?

O ofendido, ou seu representante legal, pede o direito

de resposta à Justiça Eleitoral nos seguintes prazos,

contados a partir da veiculação da ofensa:

I – 24 horas, quando se tratar do horário eleitoral

gratuito;

II – 48 horas, quando se tratar da programação nor-

mal das emissoras de rádio e televisão;

III – 72 horas, quando se tratar de órgão da impren-

sa escrita.

Com o recebimento do pedido de direito de respos-

ta, que deve fazer a Justiça Eleitoral?

Recebido o pedido, a Justiça Eleitoral deve notificar

imediatamente o ofensor para que se defenda em 24

horas, devendo a decisão ser prolatada no prazo má-

ximo de 72 horas da data da formulação do pedido.

No caso de pedido de resposta relativo à ofensa

veiculada na imprensa escrita, quais regras devem

ser observadas?

a) o pedido deverá ser instruído com um exemplar

da publicação e o texto para resposta;

b) deferido o pedido, a divulgação da resposta dar-

se-á no mesmo veículo, espaço, local, página, tama-

nho, caracteres e outros elementos de realce usados

na ofensa, em até 48 horas após a decisão ou, tra-

tando-se de veículo com periodicidade de circulação

maior que 48 horas, na primeira vez em que circular;

c) por solicitação do ofendido, a divulgação da res-

posta será feita no mesmo dia da semana em que

a ofensa foi divulgada, ainda que fora do prazo de

48 horas;

d) se a ofensa for produzida em dia e hora que

inviabilizem sua reparação dentro dos prazos

estabelecidos nas alíneas anteriores, a Justiça Eleitoral

determinará a imediata divulgação da resposta;

e) o ofensor deverá comprovar nos autos o cumpri-

mento da decisão, mediante dados sobre a regular

distribuição dos exemplares, a quantidade impressa

e o raio de abrangência na distribuição.

No caso de pedido de resposta relativo à ofensa

veiculada em programação normal das emissoras

de rádio e televisão, quais regras devem ser ob-

servadas?

a) a Justiça Eleitoral, à vista do pedido, deverá notifi-

car imediatamente o responsável pela emissora que

realizou o programa para que entregue em 24 horas,

sob as penas do artigo 347 do Código Eleitoral, có-

pia da fita da transmissão, que será devolvida após

a decisão;

b) o responsável pela emissora, ao ser notificado

pela Justiça Eleitoral ou informado pelo reclamante

ou representante, por cópia protocolada do pedido

de resposta, preservará a gravação até a decisão

final do processo;

c) deferido o pedido, a resposta será dada em até 48

horas após a decisão, em tempo igual ao da ofensa,

porém nunca inferior a um minuto.

E no caso de pedido de resposta relativo à ofensa

veiculada no horário eleitoral gratuito, quais regras

devem ser observadas?

a) o ofendido usará, para a resposta, tempo igual ao

da ofensa, nunca inferior, porém, a um minuto;

b) a resposta será veiculada no horário destinado

ao partido ou coligação responsável pela ofensa,

devendo necessariamente dirigir-se aos fatos nela

veiculados;

c) se o tempo reservado ao partido ou coligação

responsável pela ofensa for inferior a um minuto, a

resposta será levada ao ar tantas vezes quantas se-

jam necessárias para a sua complementação;

d) deferido o pedido para resposta, a emissora gera-

dora e o partido ou coligação atingidos deverão ser

notificados imediatamente da decisão, na qual deve-

rão estar indicados quais os períodos, diurno ou no-

turno, para a veiculação da resposta, que deverá ter

lugar no início do programa do partido ou coligação;

e) o meio magnético com a resposta deverá ser en-

tregue à emissora geradora, até 36 horas após a

ciência da decisão, para veiculação no programa

subseqüente do partido ou coligação em cujo horá-

rio se praticou a ofensa;

f) se o ofendido for candidato, partido ou coligação

que tenha usado o tempo concedido sem responder

aos fatos veiculados na ofensa, terá subtraído tempo

idêntico do respectivo programa eleitoral; tratando-

se de terceiros, ficarão sujeitos à suspensão de igual

tempo em eventuais novos pedidos de resposta e à

multa no valor de 2.000 a 5.000 Ufirs.

E se a ofensa ocorrer em dia e hora que inviabilizem

sua reparação dentro dos prazos legais?

A resposta será divulgada nos horários que a Justi-

ça Eleitoral determinar, ainda que nas 48 horas an-

teriores ao pleito, em termos e forma previamente

aprovados, de modo a não ensejar tréplica.

Da decisão sobre o exercício do direito de resposta

cabe recurso?

Sim. Cabe recurso às instâncias superiores, em 24

horas da data de sua publicação em cartório ou ses-

são, assegurado ao recorrido oferecer contra-razões

em igual prazo, a contar da sua notificação.

Qual o prazo para a Justiça Eleitoral proferir suas

decisões acerca do direito de resposta?

O prazo máximo é de 24 horas, sob pena de sujeitar

a autoridade judiciária às penas previstas no artigo

345 do Código Eleitoral.

Qual a conseqüência para o não-cumprimento inte-

gral ou em parte da decisão judicial que conceder

a resposta?

O infrator está sujeito ao pagamento de multa no

valor de 5.000 a 15.000 Ufirs, duplicada em caso de

reiteração de conduta, sem prejuízo do disposto no

artigo 347 do Código Eleitoral.

Page 11: Eleições Municiapais

11

FiSCAlizAção dAS ElEiçõES

Quem pode ser escolhido como fiscal e delegado

pelos partidos ou coligações?

As pessoas maiores de 18 anos e as que não fa-

çam parte de mesa receptora, por nomeação do juiz

eleitoral.

O fiscal pode ser nomeado para fiscalizar mais de

uma Seção Eleitoral?

Sim, desde que no mesmo local de votação.

Quem expede as credenciais de fiscais e delegados?

Os partidos ou coligações, exclusivamente, por meio das

pessoas autorizadas indicadas pelo respectivo presiden-

te, devidamente registradas na Justiça Eleitoral.

Que poder é atribuído aos partidos e coligações

durante o processo eleitoral?

O poder de fiscalizar todas as fases do processo de

votação, a apuração das eleições e o processamen-

to eletrônico da totalização dos resultados.

Que deve ser fornecido aos partidos ou coligações

pelos órgãos encarregados do processamento ele-

trônico de dados?

Deve ser fornecido, no momento da entrega ao juiz

encarregado, cópias dos dados do processamento

parcial de cada dia, contidos em meio magnético.

Que deve constar no boletim de urna?

Deve conter os nomes e os números dos candidatos

nela votados.

O presidente da mesa receptora é obrigado a en-

tregar cópia do boletim de urna aos partidos e coli-

gações concorrentes ao pleito?

Sim, desde que os representantes o requeiram até uma

hora após a expedição, sob pena de praticar crime, puní-

vel com detenção de um a três meses, com a alternativa

de prestação de serviço à comunidade pelo mesmo pe-

ríodo, e multa no valor de 1.000 a 5.000 Ufirs.

A impugnação não recebida pela Junta Eleitoral

pode ser apresentada diretamente ao TRE?

Sim, em 48 horas, acompanhada de declaração de

duas testemunhas.

Em quanto tempo o Tribunal deve decidir sobre o

recebimento da impugnação?

Em 48 horas, publicando o acórdão na própria ses-

são de julgamento e transmitindo imediatamente à

Junta, via telex, fax ou qualquer outro meio eletrôni-

co, o inteiro teor da decisão e da impugnação.

Qual a conseqüência para o presidente de Junta Elei-

toral que deixar de receber ou de mencionar em ata

os protestos recebidos, ou ainda, impedir o exercício

de fiscalização, pelos partidos ou coligações?

Deve ser imediatamente afastado, além de respon-

der pelos crimes previstos no Código Eleitoral.

A quem compete proceder à instrução dos recur-

sos interpostos contra a apuração?

Cumpre aos partidos e coligações, por seus fis-

cais e delegados devidamente credenciados, e

aos candidatos, juntando, para tanto, cópia do bo-

letim relativo à urna impugnada.

E se surgirem obstáculos à obtenção do boletim?

Cabe ao recorrente requerer, mediante a indicação

dos dados necessários, que o órgão da Justiça Elei-

toral perante o qual foi interposto o recurso o ins-

trua, anexando o respectivo boletim de urna.

Quais os crimes previstos com relação à fiscaliza-

ção das eleições?

Constituem crimes, puníveis com reclusão de cinco

a dez anos:

- obter acesso a sistema de tratamento automático

de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de

alterar a apuração ou a contagem de votos;

- desenvolver ou introduzir comando, instrução ou

programa de computador capaz de destruir, apagar,

eliminar, alterar, gravar ou transmitir dado, instrução

ou programa ou provocar qualquer outro resultado

diverso do esperado em sistema de tratamento auto-

mático de dados usados pelo serviço eleitoral;

- causar, propositadamente, dano físico ao equi-

pamento usado na votação ou na totalização de

votos ou a suas partes.

CoNduTAS VEdAdAS AoS AGENTES PúbliCoS EM CAMPANhA ElEiTorAl

Foram estabelecidas regras que vedam a prática de

condutas aos agentes públicos no período eleitoral?

Sim. A Lei Eleitoral elenca, em seu artigo 73, uma sé-

rie de restrições a serem observadas pelos agentes

públicos em campanhas eleitorais que, reflexamente,

também atingem os candidatos aos mandatos eleti-

vos no âmbito dos Poderes Legislativo e Executivo.

Quem é o agente público atingido pelas restrições?

Quem exerce, ainda que transitoriamente ou sem

remuneração, por eleição, nomeação, designação,

contratação ou qualquer outra forma de investidura

ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos

órgãos ou entidades da administração pública dire-

ta, indireta ou fundacional.

Quais as sanções decorrentes da prática das con-

dutas vedadas?

Sem prejuízo de outras definidas na Lei Eleitoral, o

descumprimento acarreta a suspensão imediata da

conduta vedada, quando for o caso, e sujeita os res-

ponsáveis à multa no valor de 5 a 100.000 Ufirs. Tam-

bém caracterizam atos de improbidade administrati-

va, a que se refere o artigo 11, I da Lei 8.429/1992, e

sujeitam-se às disposições daquele diploma legal, em

especial às cominações do artigo 12, inciso III.

CESSão ou uSo dE bENS MóVEiS ou iMóVEiS

A cessão ou o uso de bens móveis ou imóveis so-

frem restrições no período eleitoral?

Sim. Está vedado o uso ou a cessão de bens mó-

veis ou imóveis da Administração Pública direta ou

indireta em benefício de candidato, partido político

ou coligação, cujo descumprimento leva o candida-

to beneficiado, agente público ou não, à cassação

do registro ou do diploma.

Pode ser disponibilizado o uso ou cedido bens mó-

veis ou imóveis para a realização de convenções

partidárias?

Pode sim, pois esta é uma exceção à regra geral

proibitiva.

Está vedado o uso de veículos oficiais pelo prefeito

ou vice-prefeito que for candidato à reeleição?

Não existe vedação para o uso, em campanha, de

transporte oficial pelos candidatos à reeleição de pre-

feito e vice-prefeito, de suas residências oficiais para

realização de contatos, encontros e reuniões perti-

nentes à própria campanha, desde que não tenham

caráter de ato público.

uSo dE MATEriAiS ou SErViçoS CuSTEAdoS PElo Erário

Durante o período eleitoral, podem ser usados ma-

teriais ou serviços custeados pelos governos ou

casas legislativas? Que ocorre se a conduta for ca-

racterizada?

Sim, desde que não excedam as prerrogativas

consignadas nos regimentos e normas dos órgãos

que integram. É preciso chamar a atenção de que

o material ou o serviço utilizado seja custeado

pelo cofre público.

O candidato beneficiado, agente público ou não, fica

sujeito à cassação do registro ou do diploma.

CESSão dE SErVidorES ou EMPrEGAdoS ou uSo dE SEuS SErViçoS PArA CoMiTêS ElEiTorAiS

Estão vedadas a cessão de servidores ou em-

pregados da Administração Pública direta ou

indireta ou o uso de seus serviços para comitês

de campanha eleitoral de candidato, partido po-

lítico ou coligação? Que ocorre se a conduta for

caracterizada?

A vedação existe durante o horário de expediente

normal do servidor ou empregado. O mesmo não

ocorre se estiver licenciado. O descumprimento leva

à cassação do registro ou do diploma do candidato

beneficiado, agente público.

A restrição atinge a cessão de servidores ou em-

pregados com ou sem remuneração?

A cessão do servidor ou empregado pressupõe o

seu afastamento do serviço público, que pode ocor-

rer com ou sem ônus para a Administração. Para a

norma legal importa apenas a cessão do servidor

ou empregado para comitês eleitorais de candidato,

partido político ou coligação, ou o uso de seus ser-

viços, e não o fato de estar ele cedido com ou sem

prejuízo de sua remuneração, durante o período de

seu expediente.

Page 12: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam1� p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

uSo ProMoCioNAl dE diSTribuição GrATuiTA dE bENS E SErViçoS dE CAráTEr SoCiAl CuSTEAdoS ou SubVENCioNAdoS PElo PodEr PúbliCo

O Poder Público pode fazer ou permitir uso promo-

cional em favor de candidato, partido político ou

coligação de programa social custeado ou subven-

cionado pelo erário?

Não. A Lei Eleitoral veda que se utilize programa so-

cial custeado pelo erário, direta ou indiretamente,

que objetive a distribuição de bens ou serviços para

dele fazer promoção em prol de candidato, partido

ou coligação, caracterizando-se como moeda de

troca nas eleições para angariar votos.

NoMEAção, CoNTrATAção, dEMiSSão E VANTAGENS PECuNiáriAS

Existem restrições quanto à prática de atos que en-

volvam servidores públicos?

Sim. É vedado nomear, contratar ou de qualquer forma

admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar

vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o

exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, trans-

ferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do

pleito, isto é, no território em que haverá eleições.

A partir de quando as restrições relativas aos ser-

vidores passam a vigorar?

Nos três meses que antecedem as eleições até a

posse dos eleitos (de 5/7/2008 a 1º/1/2009), sob

pena de nulidade de pleno direito.

Foram estabelecidas exceções?

Sim. As exceções são as seguintes:

a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão

e designação ou dispensa de funções de confiança;

b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do

Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de

Contas e dos órgãos da Presidência da República;

c) a nomeação dos aprovados em concursos públi-

cos homologados até 4 de julho de 2008;

d) a nomeação ou contratação necessária à insta-

lação ou ao funcionamento inadiável de serviços

públicos essenciais, com prévia e expressa autori-

zação do prefeito;

e) a transferência ou remoção, ex officio, de milita-

res, policiais civis e de agentes penitenciários.

A substituição de servidor público está vedada no

período eleitoral?

Não, pois a substituição não implica provimento de

cargo, emprego ou função. Ela é baseada no impe-

dimento legal e temporário do titular.

TrANSFErêNCiA VoluNTáriA dE rECurSoS PúbliCoS

A União ou os Estados podem transferir recursos,

no período eleitoral, aos municípios?

Regra geral não, salvo os recursos destinados a

cumprir obrigação formal preexistente para execu-

ção de obra ou serviço em andamento e com cro-

nograma prefixado, e os destinados a atender situa-

ções de emergência e de calamidade pública.

Qual o significado de obra ou serviço em andamento?

São as obras ou serviços fisicamente já iniciados.

São aquelas que fazem visíveis a concretização do

empreendimento governamental e aguça a expecta-

tiva dos benefícios que a sua conclusão possa tra-

zer ao público. Portanto, não basta o mero ajuste ou

convênio de repasse de recursos para a execução

de obra ou serviço.

Em que consiste a transferência voluntária de recursos?

É aquela que não decorre de lei, que não é cogente,

que se faz mediante manifestação de vontade, quer

da União, quer dos Estados. Pode-se, também, uti-

lizar a definição dada pelo artigo 25 da Lei de Res-

ponsabilidade Fiscal: “entrega de recursos correntes

ou de capital a outro ente da Federação, a título de

cooperação, auxílio ou assistência financeira, que

não decorra de determinação constitucional, legal

ou os destinados ao Sistema Único de Saúde”.

A partir de que data a transferência de recursos

está vedada? Qual a conseqüência pelo seu des-

cumprimento?

A partir do dia 5 de julho de 2008 até 5 de outubro

do mesmo ano, para os municípios que tenham um

único turno ou que, embora sujeitos a dois turnos,

as eleições tenham sido resolvidas já em primeiro

turno. Para as eleições que tenham a necessidade

de segundo turno, a vedação vai até dia 26 de ou-

tubro de 2008.

O descumprimento da vedação enseja a cassação

do registro ou do diploma.

PubliCidAdE iNSTiTuCioNAl

Está vedada a publicidade institucional durante o

período eleitoral? Há exceções?

A regra geral é a de vedar a autorização de publici-

dade institucional dos atos, programas, obras, ser-

viços e campanhas dos órgãos públicos federais,

estaduais ou municipais, ou das respectivas entida-

des da administração indireta. As exceções ficam

por conta da propaganda de produtos e serviços

que tenham concorrência no mercado e os casos

de grave e urgente necessidade pública, assim re-

conhecida pela Justiça Eleitoral.

Que significa publicidade institucional?

É aquela que divulga ato, programa, obra, serviço e

campanhas de governo ou órgão público, autorizada

por agente público e paga pelos cofres públicos.

A restrição eleitoral atinge os atos de publicidade

estaduais e federais?

Não. A restrição eleitoral somente é aplicada

aos agentes públicos das esferas administrativas

cujos cargos estejam em disputa na eleição, no

caso municipal, a alcançar somente o prefeito,

vice-prefeito, presidente de câmara municipal e

vereadores, sem qualquer incidência sobre os

agentes estaduais e federais.

A partir de que data a publicidade institucional está ve-

dada? Qual a conseqüência pelo seu descumprimento?

A partir do dia 5 de julho de 2008 até 5 de outubro

do mesmo ano, para os municípios que tenham um

único turno ou que, embora sujeitos a dois turnos,

as eleições tenham sido resolvidas já em primeiro

turno. Para as eleições que tenham a necessidade

de segundo turno, a vedação vai até dia 26 de ou-

tubro de 2008.

O descumprimento da vedação enseja a cassação

do registro ou do diploma.

ProNuNCiAMENTo EM CAdEiA dE rádio E TElEViSão

O pronunciamento em cadeia de rádio e televisão está

autorizado no período eleitoral? Existem exceções?

Somente o pronunciamento em cadeia de rádio e

televisão dentro do horário eleitoral gratuito é que

está autorizado. A exceção existe quando, a critério

da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, re-

levante e característica das funções de governo.

A restrição eleitoral atinge os pronunciamentos de

rádio e televisão feitos pelas autoridades estaduais

e federais?

Não. A restrição eleitoral somente é aplicada aos agen-

tes públicos das esferas administrativas cujos cargos

estejam em disputa na eleição, no caso municipal, a

alcançar somente o prefeito, vice-prefeito, presidente

de câmara municipal e vereadores, sem qualquer inci-

dência sobre os agentes estaduais e federais.

A partir de que data os pronunciamentos em rádio

e televisão estão vedados? Qual a conseqüência

pelo seu descumprimento?

A partir do dia 5 de julho de 2008 até 5 de outubro do

mesmo ano, para os municípios que tenham um único

turno ou que, embora sujeitos a dois turnos, as elei-

ções tenham sido resolvidas já em primeiro turno. Para

as eleições que tenham a necessidade de segundo

turno, a vedação vai até dia 26 de outubro de 2008.

O descumprimento da vedação enseja a cassação

do registro ou do diploma.

dESPESAS CoM PubliCidAdE iNSTiTuCioNAl

Podem ser realizadas despesas com publicidade

institucional no ano eleitoral?

A partir de 1º de janeiro de 2008, está vedado re-

alizar, no período compreendido entre 5 de julho e

5 de outubro deste ano, despesas com publicidade

dos órgãos públicos federais, estaduais ou munici-

pais, ou das respectivas entidades da Administração

indireta, que excedam a média dos gastos nos três

últimos anos que antecedem o pleito ou do último

ano imediatamente anterior à eleição, no caso, 2007.

Page 13: Eleições Municiapais

1�

Há de prevalecer sempre a menor despesa entre os

dois critérios dados pela Lei Eleitoral.

rEViSão SAlAriAl

Pode ser feita revisão geral da remuneração dos

servidores públicos no período eleitoral?

A Lei Eleitoral permite fazer, na circunscrição do

pleito, revisão geral da remuneração dos servido-

res públicos desde que não exceda a recomposi-

ção da perda de seu poder aquisitivo ao longo do

ano da eleição.

A partir de que data passa a vigorar a restrição re-

lativa à revisão salarial?

A partir de 8 de abril, valendo até 31 de dezembro

de 2008, quando somente será possível repor a

inflação ocorrida a partir de 1º de janeiro deste

ano, quando sequer poderá ser enviada ao Poder

Legislativo proposta de lei tendente a proceder à

revisão geral da remuneração dos servidores pú-

blicos que exceda a mera recomposição da perda

do poder aquisitivo.

Está vedada a reestruturação de cargos ou reclas-

sificação remuneratória?

Desde que objetive corrigir situações de injustiça ou

de necessidade de revalorização profissional de de-

terminadas carreiras, mercê de alterações ocorridas

no próprio mercado de trabalho ou no serviço, a ve-

dação não está presente.

diSTribuição GrATuiTA dE bENS, VAlorES ou bENEFíCioS

Durante o ano eleitoral, é possível criar ou instituir

novos programas governamentais que impliquem

distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios

por parte da Administração Pública?

Não. Todavia, foram estabelecidas três exceções:

a) nos casos de calamidade pública;

b) nos casos de estado de emergência; ou

c) nos casos de programas sociais autorizados em

lei e já em execução orçamentária no exercício an-

terior, isto é, como as eleições se darão no ano

de 2008, é preciso que os programas instituídos

estejam autorizados pelo orçamento aprovado em

2006 e em execução em 2007 para continuar em

2008. Em tais casos, o Ministério Público poderá

promover o acompanhamento de sua execução fi-

nanceira e administrativa.

iNAuGurAção dE obrAS PúbliCAS

Podem ser feitos shows artísticos nas inaugurações?

A Lei Eleitoral proíbe a contratação de shows artís-

ticos pagos com recursos públicos na realização de

inaugurações. É bastante comum a realização des-

ses shows, verdadeiros showmícios, em que a inau-

guração da obra ou serviço se torna evento menor

em face da promoção dos candidatos.

A partir de que data a contratação de shows artís-

ticos está vedada?

A partir de 5 de julho de 2008.

Os candidatos a cargo do Poder Executivo podem

participar de inaugurações de obras públicas?

Não, desde que a inauguração se dê nos três meses

que precedem o pleito, isto é, a partir de 5 de julho

de 2008.

E qual a abrangência da proibição de participar das

inaugurações?

Se o candidato compareceu como mero especta-

dor ou se teve posição de destaque na solenidade;

se ficou misturado com o público ou no local reser-

vado para as autoridades; ou se fez uso da palavra

ou se apenas foi elogiado nos discursos, dar-se-á

a caracterização da conduta vedada. Também in-

corre na conduta vedada o vice-prefeito que apre-

senta a sua candidatura ao cargo de prefeito em

evento de inauguração de obra pública promovida

pela prefeitura.

Quando não se terá caracterizada a participação?

A permanência do prefeito, candidato à reeleição,

em localidade próxima ao evento de inauguração de

obras; a circulação do prefeito em companhia do

governador do Estado pela cidade, após as inau-

gurações; o comparecimento de candidatos ao lo-

cal após a inauguração da obra pública, quando os

cidadãos em geral já não mais estão presentes no

local, não ensejam a conduta vedada.

JuSTiçA ElEiTorAl

Os feitos eleitorais terão prioridade para a partici-

pação do Ministério Público e dos juízes de todas

as Justiças e instâncias? E se não for atendida a

prioridade?

Os feitos eleitorais terão prioridade entre o registro

das candidaturas até cinco dias após a realização do

segundo turno das eleições, ressalvados os proces-

sos de habeas corpus e mandado de segurança. Se

for descumprida, estará caracterizada a prática de

crime de responsabilidade e será objeto de anota-

ção funcional para efeito de promoção na carreira.

Que órgãos podem auxiliar a Justiça Eleitoral na

apuração dos delitos eleitorais?

As polícias judiciárias, os órgãos da Receita Federal,

Estadual e Municipal, os tribunais e os órgãos de

contas auxiliarão a Justiça Eleitoral, com prioridade

sobre suas atribuições regulares.

Qual o prazo para notificação dos advogados dos

candidatos ou dos partidos e coligações nos fei-

tos eleitorais?

Serão notificados com antecedência mínima de 24

horas, ainda que por fax, telex ou telegrama.

Os órgãos e entidades da Administração Pública di-

reta e indireta podem fornecer informações na área

de sua competência aos Tribunais Eleitorais?

Sim, quando solicitados, em casos específicos e de

forma motivada, pelos próprios Tribunais Eleitorais.

Os órgãos e entidades da Administração Pública di-

reta e indireta também podem ceder funcionários?

Sim, também quando solicitados, em casos especí-

ficos e de forma motivada, pelos próprios Tribunais

Eleitorais, no período de três meses antes a três me-

ses depois de cada eleição.

O juiz eleitoral que é parte em ações judiciais que envol-

vam determinado candidato sofre alguma restrição?

Sim, é-lhe defeso exercer suas funções em pro-

cesso eleitoral no qual o mesmo candidato seja

interessado.

Quem tem legitimidade para propor reclamação

ou representação contra o descumprimento da Lei

Eleitoral?

Salvo disposições específicas em contrário previs-

tas na própria Lei Eleitoral, as reclamações ou re-

presentações podem ser feitas por qualquer partido

político, coligação ou candidato.

Nas eleições municipais, a quem devem ser dirigi-

das as reclamações ou representações?

Devem ser dirigidas aos juízes eleitorais.

Qual o conteúdo das reclamações ou representações?

Devem relatar fatos, indicando provas, indícios e

circunstâncias.

Quem julgará as reclamações ou representações,

nas eleições municipais, quando a circunscrição

abranger mais de uma zona eleitoral?

Nesse caso, o Tribunal Regional designará um juiz

para apreciar as reclamações ou representações.

Quem apreciará as reclamações ou representações

que forem dirigidas aos Tribunais Eleitorais?

Três juízes auxiliares para a apreciação pelos pró-

prios Tribunais Eleitorais.

Quem julgará os recursos contra as decisões pro-

feridas pelos juízes auxiliares?

Serão julgados pelo Plenário do Tribunal.

Uma vez recebida a reclamação ou representação,

que providência é tomada pela Justiça Eleitoral?

Notificará imediatamente o reclamado ou represen-

tado para, querendo, apresentar defesa em 48 ho-

ras. Transcorrido este prazo, apresentada ou não a

defesa, o órgão competente da Justiça Eleitoral de-

cidirá e fará publicar a decisão em 24 horas.

Quando cabível recurso contra a decisão, onde ele

deve ser apresentado?

Em cartório ou sessão, no prazo de 24 horas con-

tadas da publicação da decisão, assegurado ao re-

corrido o oferecimento de contra-razões, em igual

prazo, a contar da sua notificação.

Qual o prazo para os Tribunais julgarem o recurso?

O prazo para julgamento do recurso é de 48 horas.

Não sendo o feito julgado nos prazos fixados, a

quem pode ser dirigido o pedido?

Ao órgão superior, devendo a decisão ocorrer de acor-

do com o rito definido no artigo 96 da Lei Eleitoral.

Page 14: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam1� p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

CoNdiçõES dE ElEGibilidAdE

Quem é elegível?

Aquele que cumpre com as condições de elegibili-

dade, sem as quais os cidadãos ficam impedidos de

concorrer a cargos eletivos.

Quais são as condições de elegibilidade?

São as arroladas no § 3o do artigo 14 da Constitui-

ção Federal (CF):

a) a nacionalidade brasileira;

b) o pleno exercício dos direitos políticos;

c) o alistamento eleitoral;

d) o domicílio eleitoral;

e) a filiação partidária;

f) a idade mínima, sendo de 18 anos para vereador e

21 anos para prefeito e vice-prefeito.

Quem são os nacionais?

São considerados nacionais os brasileiros natos e

os naturalizados.

Quem são os brasileiros natos?

São considerados brasileiros natos, nos termos do

inciso I do artigo 12 da CF:

a) os nascidos no Brasil, ainda que de pais es-

trangeiros, desde que estes estejam a serviço de

seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe bra-

sileiros, desde que qualquer deles esteja a serviço

do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasi-

leiros, desde que venham residir no Brasil e optem,

em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.

Quem são os brasileiros naturalizados?

São, nos termos do inciso II do artigo 12 da CF:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade

brasileira, exigidas aos originários de países de lín-

gua portuguesa apenas residência por um ano inin-

terrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade resi-

dentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos

e sem condenação penal, desde que requeiram a

nacionalidade brasileira.

Os portugueses gozam dos mesmos direitos ine-

rentes aos brasileiros?

Salvo os casos previstos na CF, os portugueses

gozam dos mesmos direitos que os brasileiros,

desde que residam permanentemente no Brasil

e se houver reciprocidade em favor de brasileiros

(CF, art. 12, § 1o).

Todo e qualquer cargo pode ser ocupado pelos

brasileiros, sejam natos ou naturalizados?

Não. A CF excepcionou alguns cargos que são pri-

vativos de brasileiros natos. São eles:

a) presidente e vice-presidente da República;

b) presidente da Câmara dos Deputados;

c) presidente do Senado Federal;

d) ministros do Supremo Tribunal Federal;

e) carreira diplomática;

f) oficial das Forças Armadas;

g) ministro de Estado da Defesa.

E para os cargos de prefeito, vice-prefeito e ve-

readores?

Esses cargos podem ser ocupados tanto por bra-

sileiros natos como por naturalizados, basta que

preencham as condições de elegibilidade.

Quando o cidadão está no pleno gozo de seus

direitos políticos?

Quando é alistado como eleitor e tem condições de

votar e ser votado.

Quando o cidadão não está no pleno gozo dos seus

direitos políticos?

Quando os perdeu ou os teve suspensos. São as

hipóteses previstas no artigo 15 da CF:

a) cancelamento da naturalização por sentença judi-

cial transitada em julgado;

b) incapacidade civil absoluta;

c) condenação criminal transitada em julgado, en-

quanto durarem os seus efeitos;

d) recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou

prestação alternativa, nos termos do artigo 5o, inciso

VIII da CF;

e) improbidade administrativa, nos termos do artigo

37, § 4o da CF.

E os analfabetos?

Os analfabetos são considerados inelegíveis com re-

lação aos seus direitos políticos, possuem apenas a

possibilidade de votar e não de serem votados.

Em que consiste o alistamento eleitoral?

Consiste em qualificar e inscrever o cidadão como

eleitor (Código Eleitoral, art. 42).

Em que situações podem o candidato, partido ou co-

ligação representar ao TRE contra o juiz eleitoral?

Quando descumprir as disposições da Lei Eleito-

ral ou der causa ao seu descumprimento, inclusive

quanto aos prazos processuais. Ouvido o represen-

tado em 24 horas, o TRE ordenará a observância do

procedimento que explicitar, sob pena de incorrer o

juiz em desobediência.

E se o descumprimento das disposições da Lei

Eleitoral se der pelo juiz do TRE?

A representação poderá ser feita ao TSE. Ouvido o

representado em 24 horas, o TSE ordenará a obser-

vância do procedimento que explicitar, sob pena de

incorrer o juiz do TRE em desobediência.

Os eleitores nomeados para compor as mesas recep-

toras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxi-

liar seus trabalhos serão dispensados do serviço?

Sim, mediante declaração expedida pela Justiça

Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou

qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de

convocação.

Há relação de emprego entre o pessoal contratado

para as campanhas eleitorais e o candidato ou par-

tido contratantes?

Não, a contratação para prestar serviços ao candi-

dato ou partido contratantes não gera qualquer vín-

culo empregatício.

inelegibilidades

Page 15: Eleições Municiapais

1�

Quem está obrigado a alistar-se como eleitor?

Os maiores de 18 anos de idade (CF, art. 14, § 1o, I).

E quem pode alistar-se como eleitor?

O alistamento é facultativo para os analfabetos, os

maiores de 70 anos de idade e os maiores de 16 e

menores de 18 anos de idade (CF, art. 14, § 1o, II).

Que é o domicílio eleitoral?

Nos termos do parágrafo único do artigo 42 do Có-

digo Eleitoral, é “o lugar de residência ou moradia

do requerente, e, verificado ter o alistando mais de

uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas”.

Quanto tempo de domicílio eleitoral é preciso para

que o cidadão possa concorrer às eleições?

É preciso possuir domicílio eleitoral na respectiva

circunscrição pelo prazo de, no mínimo, um ano an-

tes das eleições (Lei 9.504/1997, art. 9o).

Que vem a ser a filiação partidária?

É o vínculo do cidadão, no gozo de seus direitos políti-

cos, como filiado, a determinada agremiação partidária.

Quanto tempo de filiação partidária é necessário

para que o cidadão possa concorrer às eleições?

Aquele que deseja concorrer a qualquer cargo

eletivo deve estar com sua filiação deferida pelo

partido político até um ano antes da data fixada

para as eleições (Lei 9.096/1995, art. 18 e Lei

9.504/1997, art. 9o).

O cidadão que pretenda concorrer às eleições deve

ter a idade mínima exigida na época das eleições?

Não. A idade mínima deve ser atingida na posse do

então eleito para o cargo que concorreu (Lei 9.504,

art. 11, § 2o).

iNElEGibilidAdES

Em que consiste a inelegibilidade?

Consiste na ausência de capacidade eleitoral pas-

siva, ou seja, da condição de ser candidato e, con-

seqüentemente, poder ser votado, constituindo-se,

portanto, em condição obstativa ao exercício passi-

vo da cidadania.

Qual é a sua finalidade?

É proteger a normalidade e legitimidade das elei-

ções contra a influência do poder econômico ou do

abuso do exercício de função, cargo ou emprego na

administração direta ou indireta, conforme expressa

previsão constitucional (art. 14, § 9o).

Como são classificadas as inelegibilidades?

Podem ser classificadas como absolutas ou relativas.

Que são as inelegibilidades absolutas?

São as que atingem o indivíduo que preenche as

condições de cidadania, esteja no gozo dos di-

reitos políticos, possua domicílio eleitoral e filia-

ção partidária e mesmo que se afaste do cargo,

emprego ou função pública que ocupa continua

sem possibilidade de concorrer às eleições, são

inafastáveis.

Que são as inelegibilidades relativas?

São as que dependem de certos atos para o seu de-

senlace, por exemplo, o indivíduo impedido que se

desincompatibiliza no prazo constitucional ou legal

para concorrer ao pleito, sob pena de, assim não o

fazendo, tornar-se absolutamente inelegível.

iNElEGibilidAdES CoNSTiTuCioNAiS

A CF estabelece casos de inelegibilidades?

Sim. Segundo o artigo 14, § 4o, são inelegíveis os

inalistáveis e os analfabetos.

Quem são os inalistáveis?

São os que não estão no gozo de seus direitos políti-

cos, por perda ou suspensão, e assim permanecem

enquanto durar essa condição. Outros inalistáveis

são os estrangeiros e, durante o período do serviço

militar obrigatório, os conscritos.

Quem são os conscritos?

São os convocados para o serviço militar obrigatório,

permanecendo inalistáveis durante esse período em

que servirem, uma vez que estão com os seus di-

reitos políticos temporariamente suspensos e, assim,

sem condições de votarem ou serem votados.

E quem são os analfabetos?

São aqueles indivíduos que não sabem ler nem escrever,

sendo totalmente desprovidos de tais conhecimentos.

O prefeito pode concorrer ao mesmo cargo?

Sim. Tanto o prefeito e quem o houver sucedido ou

substituído no curso do mandato pode ser reeleito

para um único período subseqüente. Uma vez no exer-

cício do segundo mandato, torna-se inelegível para o

mesmo (CF, art. 14, § 5o).

E se pretender concorrer a outros cargos eletivos?

Deve renunciar ao respectivo mandato, seja o

primeiro ou o segundo, até seis meses antes do pleito,

sob pena de se tornar inelegível (CF, art. 14, § 6o).

Os parentes do prefeito podem concorrer a man-

dato eletivo?

A CF, no artigo 14, § 7o, prevê que, no território de

jurisdição do titular, o cônjuge e parentes consangüí-

neos ou afins, até o segundo grau ou por adoção,

do prefeito ou de quem o haja substituído dentro

dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titu-

lar de mandato eletivo e candidato à reeleição, não

podem concorrer por serem inelegíveis.

A inelegibilidade do parente ou do cônjuge está

presente tanto no primeiro quanto no segundo

mandato do titular?

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na

Súmula 6, o cônjuge e os parentes do chefe do

Executivo são elegíveis para o mesmo cargo do

titular quando este for reelegível e tiver se afasta-

do definitivamente do cargo até seis meses antes

do pleito.

Claro que o mesmo não se aplica à possibilidade

daqueles parentes e do cônjuge se candidatarem

a cargo diverso, ainda que não tenham mandato ele-

tivo, desde que tenha ocorrido a desincompatibiliza-

ção do titular nos seis meses anteriores à eleição.

Se estiver no exercício do segundo mandato, a ine-

legibilidade dos parentes e cônjuges é plena, inde-

pendentemente de o titular renunciar ao mandato

em qualquer período.

O militar é elegível?

Sim, desde que atendidas as seguintes condições

(CF, art. 14, § 8o):

a) se contar menos de dez anos de serviço, deverá

afastar-se da atividade;

b) se contar mais de dez anos de serviço, será

agregado pela autoridade superior e, se eleito,

passará automaticamente, no ato da diplomação,

para a inatividade.

O militar pode estar filiado a partido político? Como

ele pode concorrer às eleições?

É certo que o militar não pode estar filiado a partido

político. Contudo, como ele é elegível, por expressa

garantia constitucional, a sua filiação partidária será

suprida com o seu conseqüente afastamento da ati-

vidade militar, quando do pedido de seu registro de

candidatura. A regra geral de um ano de filiação não

lhe é aplicada.

iNElEGibilidAdES lEGAiS

Existem outros casos de inelegibilidades?

Sim, lei complementar pode estipular outros ca-

sos de inelegibilidade e os prazos de sua cessa-

ção, conforme autoriza o § 9o do artigo 14 da CF, a

fim de proteger a probidade administrativa, a mo-

ralidade para exercício de mandato, considerada

vida pregressa do candidato, e a normalidade e

legitimidade das eleições contra a influência do

poder econômico ou o abuso do exercício de fun-

ção, cargo ou emprego na administração direta

ou indireta.

E qual é a lei complementar vigente sobre o assunto?

A Lei Complementar (LC) 64, de 18/5/1990, alterada

pela LC 81, de 13/4/1994, conhecida como Lei das

Inelegibilidades.

iNElEGibilidAdE Por PErdA dE MANdATo dE VErEAdor

Em que situações o vereador que perde o mandato

é inelegível?

Quando perde o mandato por não atender às nor-

mas relativas à incompatibilidade no exercício do

mandato ou praticar atos incompatíveis com o de-

coro parlamentar.

E qual o prazo de inelegibilidade por perda do man-

dato de vereador?

A inelegibilidade alcança as eleições que se realiza-

rem durante o período remanescente da legislatura

e também para outras eleições pelo prazo de oito

anos, contados a partir do término da legislatura para

a qual tenha sido eleito (LC 64/1990, art. 1o, I, b).

Page 16: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam1� p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

iNElEGibilidAdE Por PErdA dE MANdATo dE PrEFEiTo E ViCE-PrEFEiTo

Quando o prefeito e vice-prefeito que perdem o

mandato são inelegíveis?

Quando a perda decorrer por motivos de desres-

peito a princípios constitucionais, pela prática de

crimes de responsabilidade, julgados pelo Tribu-

nal de Justiça, e por infrações político-adminis-

trativas, cujo julgamento é de responsabilidade

das Câmaras Municipais e previstas nas respec-

tivas Leis Orgânicas.

E qual o prazo de inelegibilidade por perda do man-

dato de prefeito e vice-prefeito?

São inelegíveis para as eleições que se realizarem

durante o período remanescente, com a diferença

de que o prazo é de três anos, contados a partir do

término do mandato para o qual tenham sido eleitos

(LC 64/1990, art. 1o, I, c).

iNElEGibilidAdE Por PráTiCA dE AbuSo do PodEr ECoNôMiCo ou PolíTiCo

A prática de abusos do poder econômico ou políti-

co geram inelegibilidade?

Sim. Aqueles que tiveram contra si julgada proce-

dente pela Justiça Eleitoral representação transitada

em julgado, proposta por candidato, partido políti-

co ou coligação decorrente de investigação judicial

para apurar a prática desses abusos.

E qual o prazo de inelegibilidade por prática de

abuso do poder político ou econômico?

Ela atinge a eleição para a qual concorre o candi-

dato, bem como para as que se realizarem nos três

anos seguintes (art. 1o, I, d).

iNElEGibilidAdE Por CoNdENAção CriMiNAl

O condenado criminalmente é inelegível?

A CF, no artigo 15, III, prevê a suspensão dos di-

reitos políticos daqueles que foram condenados

criminalmente por sentença judicial transitada em

julgado, enquanto durarem os efeitos da senten-

ça. Isto quer dizer que, durante o período dos efei-

tos da sentença criminal, o brasileiro condenado

é inelegível.

O legislador complementar estabeleceu algum

agravante para o condenado pela prática de deter-

minados crimes?

Sim, para aquele que foi condenado definitivamente

pela prática de crimes contra a economia popular

(Lei 1.521/1951), a fé pública (Código Penal, arts.

289 a 311), a Administração Pública e o patrimônio

público (Código Penal, arts. 312 a 337), o mercado

financeiro (Lei 4.728/1965), pelo tráfico de entorpe-

centes (Lei 6.368/1976), crimes contra a Lei de Lici-

tações e Contratos Administrativos (Lei 8.666/1993),

improbidade administrativa (Lei 8.429/1992) e por

crimes previstos na legislação eleitoral.

E por quanto tempo a inelegibilidade pela prática

desses crimes se fará presente?

Durante todo o período da pena, acrescido de três

anos após a sua cessação (art. 1o, I, e).

O condenado criminalmente favorecido com sursis

adquire a condição de elegível?

Não. O sursis importa em suspensão condicional da

pena e não da sentença. Ou seja: os efeitos da sen-

tença condenatória permanecem intactos, a impedir

o condenado de participar das eleições.

iNElEGibilidAdE Por CoNdENAção CriMiNAl dE oFiCiAl

O oficial militar condenado criminalmente é inelegível?

Não. A CF, no artigo 15, III, prevê a suspensão dos

direitos políticos daqueles que foram condenados

criminalmente por sentença judicial transitada em

julgado, enquanto durarem os efeitos da senten-

ça. Isto quer dizer que, durante o período de efeito

da sentença criminal, os brasileiros condenados

são inelegíveis.

O legislador complementar estabeleceu algum

agravante para o oficial militar condenado pela prá-

tica de determinados crimes?

Sim, se o oficial que foi condenado à prisão por tri-

bunal civil ou militar por tempo superior a dois anos,

ou por crimes para os quais o Código Penal Militar

(CPM, Decreto-Lei 1.001/69, arts. 100 e 101) comina

a indignidade ou a incompatibilidade com o oficia-

lato como penas acessórias, hipótese em que fica

sujeito à declaração de indignidade do oficialato e

sofre as conseqüências desse reconhecimento so-

mente após o trânsito em julgado da decisão.

Quais os crimes militares que sujeitam o oficial à

declaração de indignidade para o oficialato?

Os crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou

aqueles crimes definidos nos artigos 161, 235, 240,

242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312

do CPM: desrespeito a símbolo nacional, pederas-

tia ou outro ato de libidinagem, furto simples, roubo

simples, extorsão simples, chantagem, esteliona-

to, abuso de pessoa, peculato, peculato mediante

aproveitamento do erro de outrem, falsificação de

documento e falsidade ideológica.

Quais os crimes militares que sujeitam o oficial à de-

claração de incompatibilidade com o oficialato?

São os crimes previstos nos artigos 141 e 142 do CPM:

entrar em entendimento com país estrangeiro ou or-

ganização nele existente, que possa gerar conflito ou

divergência de caráter internacional entre o Brasil e

qualquer outro país ou para lhes perturbar as relações

diplomáticas, sendo agravada a pena se resultar rup-

tura dessas relações; atentar contra a soberania na-

cional e conseguir, para o fim de espionagem militar,

notícia, informação ou documento, cujo sigilo seja de

interesse da segurança externa do Brasil.

E qual o prazo de inelegibilidade em razão da indig-

nidade ou a incompatibilidade com o oficialato?

O prazo é de quatro anos, contados do trânsito em jul-

gado da sentença criminal condenatória (art. 1o, I, f).

iNElEGibilidAdE Por rEJEição dE CoNTAS

A rejeição de contas relativa ao exercício de cargos

ou funções públicas gera inelegibilidade?

Sim, e alcança os que tiverem suas contas rejei-

tadas por irregularidade insanável, como as afetas

à prática de atos de improbidade administrativa, e

por decisão irrecorrível do órgão competente, isto é,

quando não caiba mais recurso.

Qual é o órgão competente para julgar as contas

do prefeito?

É a câmara municipal, a qual tem a competência

para deliberar acerca do parecer emitido pelo Tribu-

nal de Contas, que só pode ser rejeitado por deci-

são de dois terços dos seus membros.

Qual é o órgão competente para julgar as contas da

Mesa da Câmara Municipal?

É o Tribunal de Contas. O presidente, como autori-

dade responsável pelas contas da Mesa Diretora, se

tornará inelegível caso as contas apresentadas não

sejam aceitas.

A mera propositura da ação judicial assegura a

elegibilidade?

Segundo o TSE, na Súmula 1, a mera propositura

de ação anulatória, sem a obtenção de provimento

liminar ou tutela antecipada, não suspende a inelegi-

bilidade. O prefeito ou o presidente da Câmara só se

tornam elegíveis se a Justiça Comum concluir, ainda

que liminarmente, pela sua procedência.

E qual é o prazo de duração da inelegibilidade por

rejeição de contas?

A inelegibilidade se dá para as eleições que se rea-

lizarem nos cinco anos seguintes, contados a partir

da data da decisão (art. 1o, I, g).

iNElEGibilidAdE doS dETENTorES dE CArGoS quE PrATiCAM AbuSo dE PodEr

Os detentores de cargos na Administração Pública

podem ser inelegíveis?

Sim, com a comprovação, por sentença judicial tran-

sitada em julgado, de que tenham se beneficiado ou

tenham beneficiado outrem, em razão de abuso do

poder econômico ou político.

Qual o período de inelegibilidade dos detentores de

cargos que agiram com abuso de poder político ou

econômico?

O agente público fica proibido de participar como candi-

dato nas eleições que se realizarem nos três anos seguin-

tes ao término de seu mandato ou do período de sua per-

manência no cargo (art. 1o, I, h). Segundo o TSE, por meio

Page 17: Eleições Municiapais

1�

da Súmula 19, o prazo de três anos é contado a partir da

data da eleição em que se verificou a irregularidade.

iNElEGibilidAdE dE dirETorES, AdMiNiSTrAdorES ou rEPrESENTANTES dE ESTAbElECiMENToS dE CrédiTo, FiNANCiAMENTo ou SEGuro quE ESTEJAM EM liquidAção

Quem são os inelegíveis quando estiverem envolvi-

dos estabelecimentos de crédito, financiamento ou

seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de

processo de liquidação judicial ou extrajudicial?

Os que exerceram, nos 12 meses anteriores à res-

pectiva decretação, cargo ou função de direção, ad-

ministração ou representação, enquanto não forem

exonerados de qualquer responsabilidade.

E qual é o prazo de inelegibilidade dos diretores,

administradores ou representantes desses esta-

belecimentos?

Não há prazo de vigência da inelegibilidade. Esta

prevalece até que o agente seja desonerado de

qualquer responsabilidade (art. 1o, I, i).

dESiNCoMPATibilizAçãoDesincompatibilização é o ato de afastamento, de-

finitivo ou não, das funções, cargos ou empregos

públicos que os indivíduos ocupam nas esferas de

poder. O afastamento nos prazos legais não dá en-

sejo à inelegibilidade.

Quais são os prazos de desincompatibilização de

certos agentes públicos para concorrer ao cargo

de prefeito e vice-prefeito?

Os prazos de afastamento podem ser:

a) de até quatro meses antes das eleições, isto é,

até 4/6/2008, para os casos arrolados no artigo 1o,

incisos II, alíneas a, b, e, f, h e i; e III, alínea b, da

Lei Complementar 64/1990, além de outros que, por

similitude de situação, possam ser enquadrados nas

listas previstas naquelas alíneas a do inciso II e b

do inciso III, quando então haverá, para todos es-

ses casos, a necessidade de desincompatibilização,

que enseja afastamento definitivo das atividades (LC

64/1990, art. 1o, IV);

b) de até quatro meses antes das eleições, ou seja,

até 4/6/2008, para os casos arrolados no artigo

1o, inciso IV, alíneas b e c da Lei Complementar

64/1990, com afastamento temporário e direito à re-

muneração (LC 64/1990, art. 1o, IV);

c) de até três meses antes das eleições, isto é, até

4/7/2008 (LC 64/1990, art. 1o, II, III), com afastamento

temporário e direito à remuneração se forem servido-

res titulares de cargos efetivos ou empregos perma-

nentes, ou com afastamento definitivo, se exercerem

cargos, empregos em comissão ou função de con-

fiança que não estejam arrolados ou que não sejam

semelhantes àqueles previstos nas alíneas a do inci-

so II e b do inciso III já mencionadas;

d) de até seis meses antes das eleições (4/4/2008)

para os servidores efetivos ou em comissão, que ti-

verem competência ou interesse direto, indireto ou

eventual no lançamento, arrecadação ou fiscalização

de impostos, taxas e contribuições de caráter obri-

gatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas

relacionadas com essas atividades, com afastamento

temporário, mas sem direito à remuneração, para os

servidores efetivos, e com afastamento definitivo para

os ocupantes de cargo ou emprego em comissão ou

função de confiança (LC 64/1990, art. 1o, II, d);

e) os que tenham, dentro dos quatro meses anterio-

res ao pleito (4/4/2008), ocupado cargo ou função

representativa, diretora ou administrativa em enti-

dades de representação de classe, mantidas, total

ou parcialmente, por contribuições impostas pelo

Poder Público ou com recursos arrecadados e re-

passados pela Previdência Social, desde que a sua

base territorial compreenda o município considera-

do, tendo direito a se afastarem de suas atividades

e serem remunerados.

Quais são os prazos de desincompatibilização de

certos agentes públicos para concorrer ao cargo

de vereador?

Os prazos de afastamento podem ser:

a) de até seis meses antes das eleições (4/6/2008)

para os casos arrolados no artigo 1o, incisos II, alíne-

as a, b, e, f, h e i; e III, alínea b, da Lei Complementar

64/1990, além de outros que, por similitude de situ-

ação, possam ser enquadrados nas listas previstas

naquelas alíneas a do inciso II e b do inciso III, quando

então haverá, para todos esses casos, a necessida-

de de desincompatibilização, que enseja afastamento

definitivo das atividades (LC 64/1990, art. 1o, IV);

b) de até seis meses antes das eleições (4/6/2008) para os

casos arrolados no artigo 1o, inciso IV, alíneas b e c da Lei

Complementar 64/1990, com afastamento temporário e

direito à remuneração (LC 64/1990, art. 1o, IV);

c) de até três meses antes das eleições, isto é, até

4/7/2008 (LC 64/1990, art. 1o, II, III), com afasta-

mento temporário e direito à remuneração, se forem

servidores titulares de cargos efetivos ou empre-

gos permanentes, ou com afastamento definitivo,

se exercerem cargos, empregos em comissão ou

função de confiança que não estejam arrolados ou que

não sejam semelhantes àqueles previstos nas alíneas

a do inciso II e b do inciso III já mencionadas;

d) de até seis meses antes das eleições (4/4/2008)

para os servidores efetivos ou em comissão, que ti-

verem competência ou interesse direto, indireto ou

eventual no lançamento, arrecadação ou fiscalização

de impostos, taxas e contribuições de caráter obri-

gatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas

relacionadas com essas atividades, com afastamento

temporário, mas sem direito à remuneração, para os

servidores efetivos, e com afastamento definitivo para

os ocupantes de cargo ou emprego em comissão ou

função de confiança (LC 64/1990, art. 1o, II, d);

e) os que tenham, dentro dos quatro meses anterio-

res ao pleito (4/4/2008), ocupado cargo ou função

representativa, diretora ou administrativa em enti-

dades de representação de classe, mantidas, total ou

parcialmente, por contribuições impostas pelo Poder

Público ou com recursos arrecadados e repassados

pela Previdência Social, desde que a sua base terri-

torial compreenda o município considerado, tendo

direito a se afastarem de suas atividades e serem

remunerados (TSE, Resolução 18.019/1992).

O vice-prefeito que pretende concorrer a outro car-

go deve se afastar do mandato que detém?

Não, pois lhe é garantido preservar o mandato de vice-

prefeito desde que, nos últimos seis meses anteriores

ao pleito, isto é, a partir de 5/4/2008, não suceda ou

substitua o titular (LC 64/1990, art. 1o, § 2o).

O afastamento dos servidores públicos para con-

correrem às eleições depende de autorização da

Administração Pública?

Não. Todavia, poderá subordinar a continuidade do

afastamento remunerado à prova, no termo do prazo

respectivo, do pedido de registro da candidatura. Se

o registro for indeferido definitivamente, cessa o di-

reito ao afastamento (TSE, Resolução 18.019/1992).

JuSTiçA ElEiTorAl – ArGüição dE iNElEGibilidAdE

Quem tem a competência para conhecer e decidir

sobre as argüições de inelegibilidade?

Compete à Justiça Eleitoral. A argüição de inelegibili-

dade será feita perante os juízes eleitorais por se tratar

de candidato a prefeito, vice-prefeito e vereador.

Quem pode impugnar o pedido de registro do

candidato?

Qualquer candidato, partido político, coligação ou

Ministério Público. A impugnação, por parte do can-

didato, partido político ou coligação, não impede a

ação do Ministério Público no mesmo sentido.

Qual o prazo para a impugnação do pedido de re-

gistro da candidatura?

É de cinco dias, contados da publicação do pedido de

registro do candidato, em petição fundamentada.

Em que hipótese um membro do Ministério Público

não pode impugnar o registro de candidato?

No caso de ter disputado, nos quatro anos anterio-

res, cargo eletivo, integrado diretório de partido ou

exercido atividade político-partidária.

Que deve o impugnante especificar na impugnação?

Deve especificar, desde logo, os meios de prova com

que pretende demonstrar a veracidade do alegado, ar-

rolando até seis testemunhas, se for o caso.

Qual o prazo de contestação da impugnação e a partir

de que data começa a correr o prazo para tanto?

A partir da data em que terminar o prazo para

impugnação, passa a correr, após a devida

notif icação, o prazo de sete dias para que o

candidato, partido político ou coligação possa

contestá-la, juntar documentos, indicar rol de

testemunhas e requerer a produção de outras

provas, até mesmo documentais, que se encon-

trarem em poder de terceiros, de repartições

públicas ou em procedimentos judiciais ou ad-

ministrativos, salvo os processos em tramitação

em segredo de justiça.

Page 18: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam1� p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

Que ocorre depois de decorrido o prazo para

contestação?

Se não se tratar apenas de matéria de direito e a

prova protestada for relevante, serão designados

os quatro dias seguintes para inquirição das teste-

munhas do impugnante e do impugnado, as quais

comparecerão por iniciativa das partes que as tive-

rem arrolado, com notificação judicial e serão ouvi-

das em uma só assentada.

O juiz tem prazo para proceder a diligências?

Sim. Nos cinco dias subseqüentes, o juiz procederá

a todas as diligências que determinar, de ofício ou a

requerimento das partes. Neste prazo, poderá ouvir

terceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas,

como conhecedores dos fatos e circunstâncias que

possam influir na decisão da causa.

Que providência o juiz pode tomar quando qual-

quer documento necessário à formação da prova

se achar em poder de terceiro?

Pode, no mesmo prazo de cinco dias, ordenar o res-

pectivo depósito. Se o terceiro, sem justa causa, não

exibir o documento ou não comparecer a juízo, po-

derá o juiz contra ele expedir mandado de prisão e

instaurar processo por crime de desobediência.

Quando podem ser apresentadas as alegações?

Uma vez encerrado o prazo da dilação probatória, as

partes, inclusive o Ministério Público, poderão apre-

sentar alegações no prazo comum de cinco dias.

Que ocorre com o encerramento do prazo para

alegações?

Os autos serão conclusos ao juiz no dia imediato,

para sentença.

Que deve observar o juiz em sua decisão?

O juiz formará sua convicção pela livre apreciação

da prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias

constantes nos autos, ainda que não alegados pelas

partes, mencionando, na decisão, os que motivaram

seu convencimento.

Em que local o juiz apresenta a sentença dos pedidos

de registro de candidatos a eleições municipais?

A sentença é apresentada em cartório três dias após

a conclusão dos autos, passando a correr deste

momento o prazo de três dias para a interposição

de recurso para o TRE.

Havendo recurso ao TRE, a partir de quando co-

meça a correr o prazo para a apresentação de

contra-razões?

No prazo de três dias, contados da data em que for

protocolizada a petição de recurso.

Que ocorre com a apresentação das contra-razões?

Apresentadas as contra-razões, serão os autos

imediatamente remetidos ao TRE, até mesmo por

portador, se houver necessidade, decorrente da exi-

güidade de prazo, correndo as despesas do trans-

porte por conta do recorrente, se tiver condições de

pagá-las.

Se o juiz não apresentar a sentença no prazo de

três dias, quando começa a correr o prazo para

recurso?

Só começará a correr após a publicação da

mesma por edital, em cartório. A não apresentação

da sentença no prazo faz com que o corregedor

regional de ofício apure o motivo do retardamento

e proponha ao TRE, se for o caso, a aplicação da

penalidade cabível.

Que providências devem ser tomadas pela Secre-

taria do TRE ao receber os autos?

O processo será autuado e apresentado no mes-

mo dia ao presidente que, também na mesma data,

os distribuirá a um relator e mandará abrir vistas ao

procurador regional pelo prazo de dois dias.

Findo o prazo para apresentação do parecer pelo

procurador regional, para onde os autos serão

enviados?

Com ou sem parecer, os autos serão enviados ao

relator, que os apresentará em mesa para julgamen-

to em três dias, independentemente de publicação

em pauta.

Em que ocasião o relator proferirá o seu voto?

Na sessão do julgamento, que poderá se realizar

em até duas reuniões seguidas, quando será feito o

relatório pelo relator, facultada a palavra às partes e

ouvido o procurador regional, proferirá o relator o seu

voto e serão tomados os dos demais juízes.

Que fará o tribunal com a proclamação do resultado?

O tribunal se reunirá para lavratura do acórdão, no

qual serão indicados o direito, os fatos e as circuns-

tâncias com base nos fundamentos do relator ou do

voto vencedor.

Quando se fará a leitura e a publicação do acórdão?

Quando terminar a sessão, passando a correr dessa

data o prazo de três dias, para a interposição de re-

curso para o TSE, em petição fundamentada.

Havendo recurso para o TSE, a partir de quando

começa a correr o prazo para a apresentação de

contra-razões?

A partir da data em que for protocolizada a petição,

quando passará a correr o prazo de três dias para a

apresentação de contra-razões, notificado por tele-

grama o recorrido. Apresentadas as contra-razões,

serão os autos imediatamente remetidos ao TSE.

Como os recursos sobre registro de candidatos se-

rão processados e julgados perante o TSE?

Os recursos serão processados e julgados na forma

dos artigos 10 e 11 da Lei Complementar 64/1990.

Qual a conseqüência com o trânsito em julgado da de-

cisão que declarar a inelegibilidade do candidato?

Ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver sido

feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido.

Qual a natureza dos prazos previstos na LC ��/1��0,

relativamente ao pedido de impugnação de registro

de candidatura?

Os prazos a que se referem o artigo 3o e seguintes da

LC 64/1990 são peremptórios e contínuos, correndo

em secretaria ou cartório e, a partir da data do

encerramento do prazo para registro de candi-

datos, não se suspendem aos sábados, domin-

gos e feriados.

Pode o partido político ou coligação substituir can-

didato considerado inelegível por ter negado o re-

gistro de sua candidatura?

Sim, mesmo que a decisão passada em julgado te-

nha sido proferida após o termo final do prazo de re-

gistro, caso em que a respectiva comissão executiva

do partido fará a escolha do candidato.

A declaração de inelegibilidade do candidato a pre-

feito atinge o candidato a vice- prefeito?

Não, assim como a do vice-prefeito não atingirá a

do prefeito.

iNVESTiGAção JudiCiAl ElEiTorAl: AbuSo do PodEr ECoNôMiCo ou PolíTiCo

A quem compete apurar as transgressões perti-

nentes à origem de valores pecuniários, abuso do

poder econômico ou político, em detrimento da li-

berdade de voto?

Ao corregedor-geral e aos corregedores regionais

eleitorais, que as apurarão por meio de investiga-

ções jurisdicionais por eles realizadas.

E como serão apuradas as transgressões?

Mediante procedimento sumaríssimo de investiga-

ção judicial.

Qual o objetivo da investigação judicial?

É proteger a normalidade e legitimidade das eleições

contra a influência do poder econômico ou do abu-

so do exercício de função, cargo ou emprego na ad-

ministração direta, indireta e fundacional da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Quem são as partes legítimas para denunciar

culpados?

O candidato, partido político ou coligação, até mes-

mo para promover-lhes a responsabilidade.

Qual a conseqüência para o servidor público que

negar ou retardar ato de ofício?

O servidor público, até mesmo o de autarquia, de

entidade paraestatal e de sociedade de economia

mista que negar ou retardar ato de ofício tendente a

esse fim se sujeita a crime funcional.

Quem tem competência para representar à Jus-

tiça Eleitoral?

Qualquer partido político, coligação, candidato ou

Ministério Público Eleitoral.

E a quem é dirigida a representação nas eleições

municipais?

Diretamente ao juiz eleitoral, que é a autoridade compe-

tente para conhecer e processar a representação, ao

qual competirá exercer, durante o rito da representa-

ção, todas as funções atribuídas ao corregedor-geral

Page 19: Eleições Municiapais

1�

ou regional, cabendo ao representante do Ministério

Público Eleitoral, em função da zona, as atribuições

deferidas aos procuradores eleitorais.

Que deve conter a representação?

O relato dos fatos e a indicação das provas, dos in-

dícios e das circunstâncias e o pedido de abertura

de investigação judicial para apurar uso indevido,

desvio ou abuso do poder econômico ou do poder

de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou

meios de comunicação social, em benefício de can-

didato ou de partido político.

Qual o procedimento da representação perante a

Justiça Eleitoral?

- o juiz, ao despachar a representação inicial, ado-

tará as seguintes providências:

a) ordenará que se notifique o representado do con-

teúdo da petição, entregando-se-lhe a segunda via

apresentada pelo representante com as cópias dos

documentos a fim de que, no prazo de cinco dias,

ofereça ampla defesa, juntada de documentos e rol

de testemunhas, se cabível;

b) determinará que se suspenda o ato que deu mo-

tivo à representação, quando for relevante o funda-

mento e do ato impugnado puder resultar a inefici-

ência da medida, caso seja julgada procedente;

c) indeferirá desde logo a inicial, quando não for

caso de representação ou lhe faltar algum requi-

sito exigido pela LC 64/1990.

- o interessado, quando não for atendido ou ocor-

rer demora, poderá levar o fato ao conhecimento

do TRE, a fim de que sejam tomadas as providên-

cias necessárias;

- feita a notificação, a Secretaria da Zona Eleitoral

respectiva juntará aos autos cópia autêntica do

ofício endereçado ao representado, bem como a

prova da entrega ou da sua recusa em aceitá-la ou

dar recibo;

- findo o prazo da notificação, com ou sem defesa,

abrir-se-á prazo de cinco dias para inquirição,

em uma só assentada, de testemunhas arroladas

pelo representante e pelo representado, até o

máximo de seis para cada um, as quais compa-

recerão independentemente de intimação;

- nos três dias subseqüentes, o juiz procederá a

todas as diligências que determinar, ex officio ou

a requerimento das partes;

- no prazo de três dias, o juiz poderá ouvir ter-

ceiros, referidos pelas partes, ou testemunhas,

como conhecedores dos fatos e circunstâncias

que possam influir na decisão do feito;

- quando qualquer documento necessário à forma-

ção da prova se achar em poder de terceiro, até

mesmo estabelecimento de crédito, oficial ou priva-

do, o juiz poderá, ainda, no mesmo prazo, ordenar

o respectivo depósito ou requisitar cópias;

- se o terceiro, sem justa causa, não exibir o docu-

mento ou não comparecer a juízo, o juiz poderá

expedir contra ele mandado de prisão e instaurar

processo por crime de desobediência;

- encerrado o prazo da dilação probatória, as par-

tes, inclusive o Ministério Público, poderão apre-

sentar alegações no prazo comum de dois dias;

- terminado o prazo para alegações, os autos

serão conclusos ao juiz, no dia imediato, para

apresentação de relatório conclusivo sobre o que

houver sido apurado;

- o relatório do juiz, que será assentado em três dias,

e os autos da representação serão encaminhados

ao tribunal competente, no dia imediato, com pedi-

do de inclusão incontinenti do feito em pauta, para

julgamento na primeira sessão subseqüente;

- no tribunal, o representante do Ministério Público terá

vista dos autos por 48 horas, para se pronunciar so-

bre as imputações e conclusões do relatório;

- julgada procedente a representação, o tribunal

declarará a inelegibilidade do representado e de

quantos hajam contribuído para a prática do ato,

cominando-lhes sanção de inelegibilidade para

as eleições a se realizarem nos três anos subse-

qüentes à eleição em que se verificou, além da

cassação do registro do candidato diretamente

beneficiado pela interferência do poder econô-

mico e pelo desvio ou abuso do poder de au-

toridade, determinando a remessa dos autos ao

Ministério Público Eleitoral, para instauração de

processo disciplinar, se for o caso, e processo-

crime, ordenando quaisquer outras providências

que a espécie comportar;

- se a representação for julgada procedente, após

a eleição do candidato serão remetidas cópias de

todo o processo ao Ministério Público Eleitoral,

para os fins previstos no artigo 14, §§ 10 e 11

da CF e artigo 262, inciso IV, da Constituição do

Estado (CE).

O Ministério Público pode interpor recurso contra a

diplomação mesmo que tenha sido interposto pelo

representante?

Certamente que sim. O fato de o representante ter

recorrido da decisão proferida não impede a atua-

ção do Ministério Público no mesmo sentido.

Com base em que elementos o tribunal deve formar

sua convicção?

Pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios,

dos indícios e presunções e prova produzida, aten-

tando para circunstâncias ou fatos, ainda que não

indicados ou alegados pelas partes, mas que pre-

servem o interesse público de lisura eleitoral.

Em que hipótese a argüição de inelegibilidade ou a

impugnação de registro de candidato feito por in-

terferência do poder econômico, desvio ou abuso

do poder de autoridade é caracterizada como cri-

me eleitoral?

Quando deduzida de forma temerária ou de mani-

festa má-fé, cuja pena é de detenção de seis meses

a dois anos.

Publicações, março de 2008

Page 20: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam�0 p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

Telefones úteis

TSE - 61 3316-3000TrE - 11 6858-2100

zoNA ElEiTorAl MuNiCíPio-SEdE TElEFoNE - AbrANGêNCiA

1ª Zona Eleitoral - SÃO PAULO - BELA VISTA - 11 3106 5397 / 3106 9167- São Paulo

7ª - AGUDOS - 14 3261-3370 / 3262-3691 - Agudos - Paulistânia

8ª - AMPARO - 19 3808-1218 / 5033 - Amparo

9ª -ANDRADINA - 18 3722-6900 / 6706 - Andradina - Castilho - Murutinga do Sul - Nova Independência

10ª - APIAÍ - 15 3552-3128 / 1718 - Apiaí - Barra do Chapéu - Iporanga - Itaóca - Itapirapuã Paulista - Ribeira

11ª - ARAÇATUBA - 18 3608-9477 / 3624-1399 - Araçatuba

12ª - PARAGUAÇU PAULISTA - 18 3362-2920 - Borá - Lutécia - Oscar Bressane - Paraguaçu Paulista

13ª - ARARAQUARA - 16 3333-4818 / 5406 / 3334-2785 - Araraquara

14ª - ARARAS - 19 3542-2207 / 3551-0600 / 3541-2411 - Araras

15ª - ASSIS - 18 3324-5873 - Florínia - Tarumã

16ª - ATIBAIA - 11 4412-6136 / 4413-1077 / 6766 - Atibaia - Bom Jesus dos Perdões - Jarinu - Nazaré Paulista

17ª - AVARÉ - 14 3733-7288 / 3732-9388 - Avaré

18ª - BANANAL - 12 3116 -5773 - Arapeí - Bananal - São José do Barreiro

19ª - BARIRI - 14 3662-1463 - Bariri - Itaju

21ª - BARRETOS - 17 3322-2786 / 1072 -- Barretos - Colômbia

22ª - BATATAIS - 16 3661-0193 / 3761-5455 - Batatais - Brodoswski

23ª - BAURU - 14 3232-7242 - Bauru

24ª - BEBEDOURO - 17 3345-4138 / 3342-4293 - Bebedouro

25ª - BIRIGÜI - 18 3641-5165 / 5429 / 3644-5576 - Birigüi - Brejo Alegre - Clementina - Coroados Santópolis do Aguapeí

26ª- BOTUCATU - 14 3815-5379 / 3814-5536 - Botucatu - Itatinga - Pardinho

27ª - BRAGANÇA PAULISTA - 11 4034-0480 / 4033-2561 - Bragança Paulista

28ª - BROTAS - 14 3653-8223 / 1115 - ramal 38 - Brotas - Torrinha

29ª - CAÇAPAVA - 12 3655-1482 / 3652-2392- Caçapava - Jambeiro

30ª - CACONDE - 19 3662-1273 - Caconde - Tapiratiba

31ª - CAFELÂNDIA - 14 3554-1915 / 3330 - Cafelândia - Guarantã - Júlio Mesquita

32ª - CAJURU - 16 3667-3371 / 3531 / 3033 - Cajuru - Cássia dos Coqueiros - Santa Cruz da Esperança

33ª - CAMPINAS - 19 3236-1888 / 3232-0900 - Campinas

34ª - VALINHOS - 19 3871-5894 / 3849-5559- Valinhos

35ª - CAMPOS DO JORDÃO - 12 3662-5415 / 3664-5180- Campos dos Jordão

36ª - CANANÉIA - 13 3851-3421- Cananéia

37ª - CAPÃO BONITO - 15 3542-1643- Capão Bonito - Guapiara - Ribeirão Grande

38ª - CAPIVARI - 19 3491-1406 / Fax: 3491-3447- Capivari - Mombuca - Rafard

39ª - CASA BRANCA - 19 3671-5159- Casa Branca - Itobi

40ª - CATANDUVA - 17 3523-9632 / 3524-2628- Catanduva - Elisiário

41ª - CONCHAS - 14 3845-4775- Anhembi - Bofete - Conchas - Pereiras

42ª - CRUZEIRO - 12 3144-1580 / 7678 / 7977- Cruzeiro - Lavrinhas

43ª - CUNHA - 12 3111-3102- Cunha

44ª - DESCALVADO - 19 3583- 8383- Descalvado

45ª - DOIS CÓRREGOS - 14 3652-2422- Dois Córregos

46ª - FRANCA - 16 3724-3656 / 3723-9514 - Franca

47ª - GARÇA - 14 3471-3122 / 3406-1177 -ramal 32- Álvaro de Carvalho - Alvinlândia - Fernão - Gália - Garça - Lupércio

48ª - GUARATINGUETÁ - 12 3125-2967 / 5165 / 4133- ramal 239 - Guaratinguetá

49ª - IBITINGA - 16 3342-3924 / 3341-7464- Iacanga - Ibitinga - Tabatinga

50ª - IGARAPAVA - 16 3172-2898 / 3805- Aramina - Buritizal - Igarapava

51ª - IGUAPE - 13 3841-1934 / 4366- Iguape - Ilha Comprida

52ª - ITAPETININGA - 15 3271-0008 / 3271-9701- Alambari - Itapetininga - Sarapuí

53ª - ITAPEVA - 15 3521-5667 / 3522-4880- Buri - Itaberá - Itapeva - Nova Campina - Ribeirão Branco - Taquarivaí

54ª - ITAPIRA - 19 3863-4410 / 3843-2580- Itapira

55ª - ITÁPOLIS - 16 3262-5576- Borborema - Itápolis

56ª - ITAPORANGA - 15 3565-3111- Barão de Antonina - Itaporanga - Riversul

57ª - ITARARÉ - 15 3532-6039 / 2459 / 3846- Itararé - Bom Sucesso de Itararé

58ª - ITATIBA - 11 4594-1119 / 4524-1247- Itatiba - Morungaba

59ª - ITU - 11 4022-8974 / 4013-2111 / 4023-5202- Cabreúva - Itu

60ª - ITUVERAVA - 16 3839-3103 / 3729-2745 - Ituverava

61ª - JABOTICABAL - 16 3202-1171 / 3203-8878 - Jaboticabal - Taiaçu - Taiúva

62ª - JACAREÍ - 12 3951-9915 / 3952-5781 / 3999 - Jacareí

63ª - JAÚ - 14 3624-7101 / 3625-5027 - Jaú

64ª - JOSÉ BONIFÁCIO - 17 3245-3141 / 3265-2232 - Adolfo - José Bonifácio - Mendonça - Ubarana

65ª - JUNDIAÍ - 11 4522-6101/ 4521-1418- Itupeva

66ª - LIMEIRA - Rua Treze de Maio, 85 - Centro - 19 3441-6520 / 3451-3575 / 3441-9348 - Limeira

67ª - LINS - 14 3532-6777 / 3523-2698- Guaiçara

67ª - LINS - 14 3532-6777 / 3523-2698 - Lins

68ª - LORENA - 12 3153-1425 / 3157-3364 / 3152-5619- Canas - Lorena

69ª - LUCÉLIA - 18 3551-2050- Inúbia Paulista - Lucélia - Pracinha

70ª - MARÍLIA - 14 3413-3845 / 3422-5328 - Marília

71ª - MARTINÓPOLIS - 18 3275-1988- Indiana - Martinópolis

72ª - MIRASSOL - 17 3242-1366- Bálsamo - Jaci - Mirassol - Mirassolândia - Neves Paulista

73ª - MOCOCA - 19 3656-7498 / 3665-2200- Mococa

74ª - MOGI DAS CRUZES - 11 4726-3204 / 1876 / 3657 - Mogi das Cruzes

75ª - MOGI-MIRIM - 19 3862-0193 / 7073- Artur Nogueira - Conchal - Engenheiro Coelho - Holambra - Mogi-Mirim

76ª - MONTE ALTO - 16 3242-7852 / 4824- Monte Alto - Pirangi - Vista Alegre do Alto

77ª - MONTE APRAZÍVEL - 17 3275-2930 / 1169 / 1705 - ramal 215 - Macaubal - Monte Aprazível - Nipoã Poloni - Sebastianópolis do Sul - União Paulista

78ª - NOVA GRANADA - 17 3262-3877 / 1988 / 1182- Icém - Nova Granada - Onda Verde

79ª - NOVO HORIZONTE - 17 3542-3030 / 3543-2631- Itajobi - Marapoama - Novo Horizonte

80ª - OLÍMPIA - 17 3280-6046- Altair - Cajobi - Embaúba - Guaraci - Olímpia - Severina

81ª - ORLÂNDIA - 16 3826-2050- Orlânida

82ª - OURINHOS - 14 3324-9959 / 3322- 6058 /1144 - ramal 220 - Ourinhos

83ª - PALMITAL - 18 3351-1416- Campos Novos Paulista - Ibirarema - Palmital - Platina

84ª - PARAIBUNA - 12 3974-3760 / 0051- Natividade da Serra - Paraibuna

85ª - PATROCÍNIO PAULISTA - 16 3145-1914 / 1002 - ramal 31- Itirapuã - Patrocínio Paulista

86ª - PEDERNEIRAS - 14 3283-3133 / 3284-1224- Boracéia - Macatuba - Pederneiras

87ª - PENÁPOLIS - Rua São Francisco, 140 -Centro - 18 3652-5616 / 4115- Penapólis

88ª - PEREIRA BARRETO - 18 3704-4200 / 4038 - Itapura - Pereia Barreto - Sud Menucci - Suzanópolis

89ª - PIEDADE - 15 3244-5132 - Piedade - Pilar do Sul - Tapiraí

90ª - PINDAMONHANGABA - 12 3642-8544 / 3648-1604- Pindamonhangaba

91ª - ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - 19 3651-6431/ 3661-1134- Espírito Santo do Pinhal - Santo Antônio do Jardim

92ª - PIRACAIA - 11 4036-3007 / 7026- Joanópolis - Piracaia

93ª - PIRACICABA - 19 3422-7748/ 3434-8006 - Piracicaba

94ª - PIRAJU - 14 3351-5994- Manduri - Óleo - Piraju - Sarutaiá - Tejupá - TImburi

95ª - PIRAJUÍ - 14 3572-2436 / 3572-3868- Balbinos - Pirajuí - Pongaí - Presidente Alves - Reginópolis - Uru

96ª - PIRASSUNUNGA - 19 3562-8897 - Pirassununga

97ª - PIRATININGA - 14 3265-3320- Cabrália Paulista - Piratininga

98ª - PITANGUEIRAS - 16 3952-5987- Pitangueiras - Taquaral

99ª - POMPÉIA - 14 3452-1046 / 2870- Pompéia - Queiróz - Quintana

100ª - PORTO FELIZ - 15 3261-1869 / 3262-2978 - ramal 229- Porto Feliz

101ª - PRESIDENTE PRUDENTE - 18 3916-1171 - Presidente Prudente

102ª - PRESIDENTE VENCESLAU - 18 3271-3644 - ramal 215 / 3272-2540- Caiuá - Marabá Paulista - Presidente Venceslau

103ª - PROMISSÃO - 14 3541-1884- Promissão

104ª - QUATÁ - 18 3366-3280- Quatá - João Ramalho

105ª - QUELUZ - 12 3147-2511- Areias - Queluz

106ª - RANCHARIA - 18 3265-7151 / 0316- Iepê - Nantes - Rancharia

107ª - RIBEIRÃO BONITO - 16 3344-2214 / 3836- Boa Esperança do Sul - Dourado - Ribeirão Bonito

108ª - RIBEIRÃO PRETO - 16 3610-9920 / 8858 / 3625-5795 - Ribeirão Preto

Page 21: Eleições Municiapais

�1

109ª - SERRANA - 16 3987-2399 / 5606 - Dumont - Serrana

110ª - RIO CLARO - 19 3524-8283 / 3533-5877 / 3534-2598 - Rio claro

111ª - SANTA ADÉLIA - 17 3571-4044 - Ariranha - Palmares Paulista - Santa Adélia

112ª - SANTA BRANCA - 12 3972-1000 / 1693 / 4666- Salesópolis - Santa Branca

113ª - SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS - 19 3683-1005- Santa Cruz das Palmeiras

114ª - SANTA CRUZ DO RIO PARDO - 14 3373-1790- Bernardino de Campos - Espírito Santo do Turvo - Ipauçu Santa Cruz do Rio Pardo - São Pedro do Turvo

115ª - SANTA ISABEL - 11 4656-4616 / 4657-4444- Igaratá - Santa Isabel

116ª - SANTA RITA DO PASSA QUATRO - 19 3582-1488 / 3584-7005- Santa Rita do Passa Quatro

117ª - SANTO ANASTÁCIO - 18 3263-1388 / 3910- Piquerobi - Ribeirão dos Índios - Santo Anastácio

118ª - SANTOS - 13 3219-4021 / 7028 / 6844- Santos

119ª - CUBATÃO - 13 3375-2587 / 3361-6754 / 8112- Cubatão

120ª - SÃO BENTO DO SAPUCAÍ - 12 3971-1113 / 2440 - Santo Antônio do Pinhal - São Bento do Sapucaí

121ª - SÃO CARLOS - 16 3372-5999 - São Carlos

122ª - SÃO JOÃO DA BOA VISTA - 19 3631-8655 / 8402 / 3623-2502- Águas da Prata - São João da Boa Vista

123ª - SÃO JOAQUIM DA BARRA - 16 3818-2030 / 1810- Ipuã - São Joaquim da Barra

124ª - SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - 19 3681-4522- São José do Rio Pardo

125ª - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - 17 3232-8988 - São José do Rio Preto

126ª - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - 17 3227-7359 -- Bady Bassit - Cedral - Guapiaçu - Nova Aliança - Potirendaba - Uchoa

127ª - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 12 3922-5944 / 3941-8480 / 3921-6994 - São José dos Campos

128ª - SÃO LUIZ DO PARAITINGA - 12 3671-2171- Lagoinha - São Luis do Paraitinga

129ª - SÃO MANUEL - 14 3842-1211- Areiópolis - Pratânia - São Manuel

130ª - SÃO PEDRO - 19 3481-5558- Águas de São Pedro - Santa Maria da Serra - São Pedro

131ª - SÃO ROQUE - 11 4784-6273 / 6252 / 4712-2690- Alumínio - Araçariguama - Mairinque - São Roque

132ª - SÃO SEBASTIÃO - 12 3892-5658 / 1706 / 3893-2042- Ilhabela - São Sebastião

133ª - SÃO SIMÃO - 16 3984-3254- Luís Antonio - São Simão

134ª - SERRA NEGRA - Praça Barão do Rio Branco, s/n -Centro - 19 3842-3005 / 3892-4964- Águas de Lindóia - Lindóia - Serra Negra

135ª - SERTÃOZINHO - 16 3947-8899 / 3945-6483 / 3942-4011- Barrinha - Pontal - Sertãozinho

136ª - SOCORRO - 19 3855-2505- Socorro

137ª - SOROCABA - 15 3222-0675 / 3202-4195 - Sorocaba

138ª - TANABI - 17 3272-4035- Américo de Campos - Cosmorama - Tanabi

139ª - TAQUARITINGA - 16 3252-4604 / 7269 / 3253-4249- Cândido Rodrigues - Fernando Prestes - Santa Ernestina - Taquaritinga

140ª - TATUÍ - 15 3259-7598 / 3251-2068- Capela do Alto - Cesário Lange - Guareí - Porangaba - Quadra -

Tatuí - Torre de Pedra

141ª - TAUBATÉ - 12 3621-8618 / 3635-4332 - Taubaté

142ª - TIETÊ - 15 3285-2610 / 3282-3133- Jumirim - Tietê

143ª - TUPÃ - 14 3491-2889 / 3885 / 5742- Arco-Íris - Tupã

144ª - UBATUBA - 12 3833-6770- Ubatuba --

145ª - CACHOEIRA PAULISTA - 12 3101-2929 / 3103-1024- Cachoeira Paulista - Silveiras

146ª - VALPARAÍSO - 18 3401-3080 / 1527- Bento de Abreu - Valparaíso

147ª - VOTUPORANGA - 17 3421-8711 / 3423-4126- Álvares Florence - Parisi - Valentim Gentil - Votuporanga

148ª - ELDORADO - 13 3871-1551- Eldorado

149ª - DRACENA - 18 3821-5920 / 3822-1710- Dracena - Ouro Verde

150ª - FERNANDÓPOLIS - 17 3462-1173 / 3463-3503- Fernandópolis

151ª - GUARARAPES - Rua Luiz Lincoln de Oliveira, s/n - Centro - 18 3606-1981/ 1910 / 3110- Guararapes - Rubiácea

152ª- JALES - 17 3632-6861 / 3621-4565- Aspásia - Dirce Reis - Jales - Mesópolis - Paranapuã - Pontalinda Santa Albertina - Santa Salete - Urânia - Vitória Brasil

153ª - MIRANDÓPOLIS - 18 3701-5130- Guaraçaí - Lavínia - Mirandópolis

154ª - PACAEMBU - 18 3862-1949 / 2660- Flora Rica - Irapuru - Pacaembu

155ª - PEDREGULHO - 16 3171-1717- Jeriquara - Pedregulho - Rifaina

156ª - SANTO ANDRÉ - 11 4436-1977 / 4992-0502 / 8194 - Santo André

157ª - ADAMANTINA - 18 3522-3470 / 3521-5608- Adamantina - Flórida Paulista - Mariápolis

158ª - AMERICANA - 19 3462-6154 / 3405-5512 - Americana

159ª - DUARTINA - 14 3282-1815 / 4664- Duartina - Lucianópolis - Ubirajara

160ª - GETULINA - 14 3552-2202 /1962- Getulina - Guaimbé

161ª - LENÇÓIS PAULISTA - 14 3263 4020- Borebi - Lençóis Paulista

162ª - NHANDEARA - 17 3472-1885- Floreal - Gastão Vidigal - Magda - Monções - Nhandeara - Nova Luzitânia

163ª - OSVALDO CRUZ - 18 3529-1511- Osvaldo Cruz - Parapuã - Sagres - Salmorão

164ª - PAULO DE FARIA - 17 3292-1114 / 1434- Orindiúva - Paulo de Faria - Riolândia

165ª - PRESIDENTE BERNARDES - 18 3262-1693 / 1135- Emilianópolis - Presidente Bernardes

166ª - SÃO CAETANO DO SUL - 11 4221-1500 - São Caetano do Sul

167ª - REGENTE FEIJÓ - 18 3279-1759 / 4170 / 1985- Caiabu - Regente Feijó - Taciba

168ª - GENERAL SALGADO - 17 3832-2352 / Fax: 3832-3924- General Salgado - Nova Castilho - São João de Iracema

169ª - GUAÍRA - 17 3331-3915 / 5557- Guaíra

170ª - MATÃO - 16 3382-5822 / 3384-4061- Dobrada - Matão

171ª - MONTE AZUL PAULISTA - 17 3361-4647- Monte Azul Paulista - Paraíso

172ª - REGISTRO - 13 3821-7050 / 5150- Registro - Sete Barras

173ª - SANTA ROSA DE VITERBO - 16 3954-2658 / 2878- Santa Rosa de Viterbo

174ª - SÃO BERNARDO DO CAMPO - 11 4122-1374 / 4332-7275 / 4124-6334 - São Bernardo do Campo

175ª - TUPI PAULISTA - 18 3851-1952 / 2419- Monte Castelo - Nova Guataporanga - Panorama - Paulicéia Santa Mercedes - São João do Pau d’Alho - Tupi Paulista

176ª - GUARULHOS - 11 6461-0444 - Guarulhos

177ª - SÃO VICENTE - 13 3467-1454 / 4902 / 3568-3391 - São Vicente

178ª - COLINA - 17 3341-2060- Colina - Jaborandi

179ª - CATANDUVA - 17 3523-8073 - Catiguá - Ibirá - Novais - Pindorama - Tabapuã

180ª - MARÍLIA - 14 3454-1966 / 3433-4911 - Ocauçu - Oriente - Vera Cruz

181ª - SUZANO - 11 4747-1090 / 4759-2300 - Suzano

182ª - PRESIDENTE PRUDENTE - 18 3916-1172 - Alfredo Marcondes - Álvares Machado - Anhumas - Santo Expedito

183ª - RIBEIRÃO PIRES - 11 4828-3414 / 4827-6126 - Ribeirão Pires

184ª - TUPÃ - 14 3496-8156 / 3491-2889- Bastos - Herculândia - Iacri - Rinópolis

186ª - SANTA BÁRBARA D’OESTE - 19 3463-4002 / 3454-3777- Santa Bárbara d’Oeste

187ª - SANTA FÉ DO SUL - 17 3631-4171 / 2895- Nova Canaã Paulista - Rubinéia - Santa Clara d’Oeste - Santa Fé do Sul - Santa Rita d’Oeste - Santa da Ponte Pensa - Três Fronteiras

188ª - LEME - 19 3555-2225 / 3554-2254- Leme - Santa Cruz da Conceição

189ª - ITANHAÉM - 13 3426-2747 / 3422-6112 / 3427-3713- Itanhaém - Mongaguá

190ª - APARECIDA - 12 3105-6556 - Aparecida - Potim - Roseira

191ª - IBIÚNA - 15 3241-2995- Ibiúna

192ª - FRANCO DA ROCHA - 11 4449-4544 / 4811-6606- Caieiras - Franco da Rocha

193ª - CRAVINHOS - 16 3951-4733- Cravinhos - Serra Azul

194ª - PORTO FERREIRA - 19 3581-2373- Porto Ferreira

195ª - PRESIDENTE EPITÁCIO - 18 3281-8900- Presidente Epitácio

196ª - JUNQUEIRÓPOLIS - 18 3841-2023- Junqueirópolis

197ª - GUARIBA - 16 3251-6500 / 2705- Guariba - Pradópolis

198ª - TAMBAÚ - 19 3673-3055- Tambaú

199ª - BARUERI - 11 4163-1351/ 4198-4844 - ramal 231 - Barueri

200ª - BARRA BONITA - 14 3641-3734 / 5522- Barra Bonita - Igaraçu do Tietê

201ª - ITAPECERICA DA SERRA - 11 4666-5526 / 3128 / 4667-4178- Itapecerica da Serra - Juquitiba - São Lourenço da Serra

202ª - ALTINÓPOLIS - 16 3665-1313 / 2409- Altinópolis - Santo Antônio da Alegria

203ª - VIRADOURO - 17 3392-4282- Terra Roxa - Viradouro

204ª - JARDINÓPOLIS - Praça Doutor Mário Lins, 76 -Centro - 16 3663-3764 / 3451- Jardinópolis

205ª - CERQUEIRA CÉSAR - Rua Conceição Ribeiro Rossetto, 60 - Centro - 14 3714 3394 / 1006- Águas de Santa Bárbara - Cerqueira César - Iaras

206ª - CARAGUATATUBA - 12 3882-1398 / 3099 - ramal 1211 - Caraguatatuba

207ª - URUPÊS - 17 3552-3651 / 1507 - Irapuã - Sales - Urupês

208ª - MIGUELÓPOLIS - 16 3835-3660 - Miguelópolis

209ª - LARANJAL PAULISTA - 15 3283 -3985 / 3730 Modem - Laranjal Paulista

211ª - INDAIATUBA - 19 3834-6378 / 3835-4181 - Indaiatuba

212ª - GUARUJÁ - 13 3386-2000 / 3355-7086 / 3386-3211 - Guarujá

213ª - OSASCO - 11 3681-8009 / 3699-0548 / 3682-4817 - Osasco

214ª - BURITAMA - 18 3691-3020 - Buritama - Lourdes - Planalto - Turiúba - Zacarias

215ª - ANGATUBA - 15 3255-1017 - Angatuba - Campina do Monte Alegre

216ª - MOGI-GUAÇU - 19 3841-7295 / 9111 - Estiva Gerbi - Mogi-Guaçu

217ª - MAUÁ - 11 4514-6961 / 4547-3668 - Mauá

Page 22: Eleições Municiapais

Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam�� p e r g u n t a s e r e s p o s t a s

218ª - MIRACATU - 13 3847-1640 / 1675 / 3847-3208 - Miracatu

219ª - POÁ - 11 4638-3991 / 4639-7191 - Poá

220ª - VOTORANTIM - 15 3243-1502 / 3343-4761 - Votorantim

221ª - SALTO - 11 4028-2588 / 4029-6064 - Salto

222ª - DIADEMA - 11 4057-1400 / 4043-1092 / 4055-1510 - Diadema

223ª - JUQUIÁ - 13 3844-1004 / 1046 / 4220 - Juquiá

224ª - CARDOSO - 17 3453-2322 - Cardoso - Mira Estrela - Pontes Gestal

225ª - AURIFLAMA - 17 3482-1811 / 4185 - Auriflama - Guzolândia

226ª - CÂNDIDO MOTA - 18 3341-3507 / 6662 / 6946 - Cândido Mota

227ª - COTIA - 11 4703-3499 - Cotia - Vargem Grande Paulista

228ª - JACUPIRANGA - 13 3864-1193 / 3262 / 3579 - Barra do Turvo - Cajati - Jacupiranga - Pariquera-Açu

229ª - VARGEM GRANDE DO SUL - 19 3641-3578 / 3643-2668 - Vargem Grande do Sul

230ª - SUMARÉ - 19 3828-8081 / 3873-8117 / 7949 - 362ª - SUMARÉ - 19 3864-2578 / 3832-5554 / 3864-0003 - Sumaré

231ª - PALESTINA - 17 3293-1264 - Palestina

232ª - PALMEIRA D’OESTE - 17 3651-3003 - Aparecida d’Oeste - Marinópolis - Palmeira d’Oeste - São Francisco

233ª - ESTRELA D’OESTE - 17 3833-3060 - Dolcinópolis - Estrela d’Oeste - Populina - São João das Duas Pontes - Turmalina

234ª - FARTURA - 14 3382-2990 - Fartura - Taguaí

235ª - NUPORANGA - 16 3847-1799 - Nuporanga - Sales Oliveira

36ª-TAQUARITUBA - 14 3762-1255 / 3335 - Coronel Macedo - Taquarituba

237ª - MAIRIPORÃ - 11 4419-2651 - Mairiporã

238ª - MIRANTE DO PARANAPANEMA - 18 3991-2747 / 1781 - Mirante do Paranapanema

239ª - ARARAQUARA - 16 3331-6116 / 6001 - Américo Brasiliense - Nova Europa - Rincão - Santa Lúcia

240ª - FRANCA - 16 3724-3854 - Cristais Paulista - Restinga - Ribeirão Corrente - São José da Bela Vista

241ª - JAÚ - 14 3626-6741 - Bocaina - Itapuí - Mineiros do Tietê

242ª - VÁRZEA PAULISTA - 11 4606-5888 / 1353 / 1739 - Várzea Paulista

243ª - CORDEIRÓPOLIS - 19 3546-1356 / 2856 / 5856 - Cordeirópolis - Iracemápolis

244ª - PIRACICABA - 19 3434-9453 - Charqueada - Rio das Pedras

245ª - RIO CLARO - 19 3534-8188 / 3524-5118 - Analândia - Corumbataí - Ipeúna - Itirapina - Santa Gertrudes

261ª - PIRAPOZINHO - 18 3269-1971 / 1225 / 5001 - Estrela do Norte - Narandiba - Pirapozinho - Sandovalina - Tarabaí

267ª - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - 17 3235-1070 - São José do Rio Preto

268ª - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - 17 3232-8313 - Ipiguá

269ª - SÃO CAETANO DO SUL - 11 4221-4678 / 4227-1336 - São Caetano do Sul

270ª - PIRACICABA - 19 3433-5178 - Saltinho

272ª - SANTOS - 13 3227-2129 / 3236-2507 / 3271-1959 - Bertioga

272ª - SANTOS - 13 3227-2129 / 3236-2507 / 3271-1959 - Santos

277ª - OSASCO - 11 3654-1212 / 1261 - Osasco

279ª - GUARULHOS - 11 6461-0556 - Guarulhos

281ª - JUNDIAÍ - 11 4526-7173 / 8780 - Jundiaí

282ª - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 12 3921-2415 / 2008 / 3923-2669 - Monteiro Lobato

287ª - MOGI DAS CRUZES - 11 4726-2318 / 3649 - Mogi das Cruzes

288ª - RIO CLARO - 19 3524-9091/ 7203 / 3534-3323 - Rio Claro

289ª - PENÁPOLIS - 18 3652-2594 / 2824 / 3653-7100 - Alto Alegre - Avanhandava - Barbosa - Braúna - Glicério - Luiziânia

290ª - ASSIS - 18 3324-5947 - Echaporã

290ª - ASSIS - 18 3324-5947 - Assis

291ª - FRANCA - 16 3724-2295 / 3999 / 3721-6708 - Franca

292ª - NOVA ODESSA - 19 3466-1475 / 3476-5088 - Nova Odessa

293ª - RIBEIRÃO PRETO - 16 3610-2623 / 6803 - Guatapará

294ª - SOROCABA - 15 3231-1024 / 2138 - Araçoiaba da Serra - Salto de Pirapora

295ª - PERUÍBE - 13 3455-4033 / 3453-3224 - Itariri - Pedro de Toledo - Peruíbe

296ª - SÃO BERNARDO DO CAMPO - 11 4125-5795 / 7557 / 4330-5027 - São Bernardo do Campo

297ª - LINS - 14 3532-4436 - Sabino

298ª - BRAGANÇA PAULISTA - 11 4034-2942 / 4032-0188 - Pedra Bela - Pinhalzinho - Tuiuti - Vargem

299ª - ARAÇATUBA - 18 3622-2199 / 3608-9477 - Santo Antônio do Aracanguá

300ª - BAURU - 14 3232-5717 / 7245 / 3222-5585 - Arealva - Avaí

301ª - Avaré - 14 3733-7299 - Arandu - Itaí - Paranapanema

302ª - FERNANDÓPOLIS - 173442-2585 / 3462-1174 / 3463-3679 - Guarani d’Oeste - Indiaporã - Macedônia Meridiano - Ouroeste - Pedranópolis

303ª - CARAPICUIBA - 11 4183-1037 / 3292 - Carapicuiba

304ª - JANDIRA - 11 4707-8223 / 3188 - Jandira

305ª - RIBEIRÃO PRETO - 16 3610-7085 / 6653 / 5134 - Ribeirão Preto

306ª - SANTO ANDRÉ - 11 4994-7799 / 0281 / 4992-2350 - Santo André

310ª - VICENTE DE CARVALHO - 13 3352-1427 / 4736 / 3341-5169 - Guarujá - Vicente de Carvalho

311ª - PIRASSUNUNGA - 19 3562-6622 - Pirassununga

313ª - OURINHOS - 14 3324-5929 / 3322-1144 - ramal 237 - Canitar - Chavantes - Ribeirão do Sul - Salto Grande

314ª -TREMEMBÉ - 12 3674-3994 / 3672-3654 - Redenção da Serra - Tremembé

316ª - GUARATINGUETÁ - 12 3125-4965 / 5166 / 4133 -ramal 238 - Guaratinguetá

317ª - PRAIA GRANDE - 13 3473-6750 / 4020 / 3491-3681 - Praia Grande

318ª - SÃO MIGUEL ARCANJO - 15 3279-1582 / 4429 - São Miguel Arcanjo

319ª - MOGI DAS CRUZES - 11 4726-2949 / 3652 - Biritiba-Mirim - Guararena

323ª - PAULÍNIA - 19 3844-3037 / 4166 - Paulínia

324ª - TABOÃO DA SERRA - 11 4701-8051 / 4786-4912 - Taboão da Serra

329ª - DIADEMA - 11 4051-1212 / 4056-3959 / 6537 - Diadema

330ª - TEODORO SAMPAIO - 18 3282-3230 / 1048 - Euclides da Cunha Paulista - Rosana- Teodoro sampaio

333ª - PEDREIRA - 19 3893-6522 / 3701 / 6667 - Jaguariúna - Pedreira - Santo Antônio da Posse

334ª - AGUAÍ - 19 3652-6008 - Aguaí

335ª - ARUJÁ - 11 4653-2006 / 4690 - Arujá

336ª - MORRO AGUDO - 16 3851-3188 - Morro Agudo

337ª - PIQUETE - 12 3156-4080 / 2170 - Piquete

338ª - GUARÁ - 16 3831-2870 / 3277 - Guará

340ª - SÃO VICENTE - 13 3467-7008 / 2262 / 3568-3221 - São Vicente

341ª - EMBU - 11 4704-4501/ 4781-4036 - Embu

344ª - CAMPO LIMPO PAULISTA - 11 4038-8814 / 4039-2823 / 2157 - ramal 37- Campo Limpo Paulista

345ª -VINHEDO - 19 3876-2419 / 3826-1859 / 3886-3811 - Louveira - Vinhedo

354ª - CAJAMAR - 11 4447-2799 / 5737 - Cajamatr

355ª - CERQUILHO - 15 3284-5458 - Cerquilho

356ª - SOROCABA - 15 3222-2177 / 8470 - Sorocaba

358ª - MONTE MOR - 19 3889-2077 - Elias Fausto - Monte Mor

359ª - ITAPEVI - 11 4142-7776 / 4141-4277 / 8044 - Itapevi

360ª - COSMÓPOLIS - 19 3882-2455 / 3872 1976 - Cosmópolis

361ª - HORTOLÂNDIA - 19 3909-1261/ 1871 - Hortolãndia

362ª - SUMARÉ Nova Veneza - 19 3864-2578 / 3832-5554 / 3864-0003 - Sumaré Nova Veneza

363ª - MARACAÍ - 18 3371-1014 / 3507 - Cruzalha - Maracaí - Pedrinhas Paulista

364ª - MAUÁ - 11 4514-7207 / 4547-3477 - Mauá

366ª - SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - 19 3646-3343 - Divinolândia - São Sebastião da Grama

367ª - FRANCISCO MORATO - 11 4609-2111 / 4488-3489 - Francisco Morato

368ª - ILHA SOLTEIRA - 18 3742-1144 - Ilha Solteira

369ª - BOITUVA - 15 3263-5502 / 3925 - Boituva - Iperó

370ª - EMBU-GUAÇU - 11 4661-3631 - Embu-Guaçu

377ª - ITAQUAQUECETUBA - 11 4640-1607 / 4647-3005 - Itaquaquecetuba

379ª - CAMPINAS - 19 3231-7292 - Campinas

382ª - RIBEIRÃO PIRES - 11 4827-4130 / 4824-4015 - Rio Grande da Serra

384ª – AMERICANA - 19 3468-6377 / 3478-1136 - Americana

385ª - ARARAQUARA - 16 3339-3808 / 3337-1293 / 9814 - Gavião Peixoto - Motuca

386ª - BARUERI - 11 4198-5973 / 5564 / 4163-1601 - Pirapora do Bom Jesus - Santana de Parnaíba

387ª - BAURU - 14 3232-9397 - Bauru

388ª - CARAPICUIBA - 11 4183-4038 / 4363 / 4164-4081 - Carapicuiba

391ª - EMBU - 11 4783-4950 / 4203-1345 - Embu

396ª - JACAREÍ - 12 3951-7115 / 3962-2061 - Jacareí

399ª - LIMEIRA - 19 3441-6289 / 5806 / 3444-4415- Limeira

400ª - MARÍLIA - 14 3454-7802 / 3413-1344 - Marília

401ª - FERRAZ DE VASCONCELOS - 11 4674-0964 / 4676-2387 / 4678-8072 - Ferraz de Vasconcelos

402ª - PRESIDENTE PRUDENTE - 18 3916-1173 - Presidente Prudente

406ª - PRAIA GRANDE - 13 3471-4216 - Praia Grande

407ª - TAUBATÉ - 12 3632-7062 / 3635-1443 - Taubaté

410ª - SÃO CARLOS - 16 3307-1660 / 6292 - Ibaté

411ª - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 12 3941-4583 / 3922-2658 / 3913-6103 - São José dos Campos

415ª - SUZANO - 11 4744-5704 / 4747-1300 / 4742-9494 - Suzano

416ª - TABOÃO DA SERRA - 11 4786-2613 / 3250 / 3421 - Taboão da Serra

Page 23: Eleições Municiapais

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Calendário Eleitoral

JuNho dE 2008

10 – terça-feira - Do dia 10 a 30 de junho, deliberação em convenção

partidária sobre coligações e escolha de candidatos

A partir da escolha, fica proibido, às emissoras de

rádio e televisão, transmitirem programa apresenta-

do ou comentado por candidato

Julho dE 2008

1o – terça-feira - Vedada a propaganda política paga no rádio e na

televisão

5 – sábado - Até as eleições, fica vedado, aos candidatos aos car-

gos de prefeito e de vice-prefeito, participar de

inaugurações de obras públicas

6 – domingo - Data a partir da qual é permitida a realização de pro-

paganda eleitoral e comícios, com utilização de so-

norização fixa

- Até 3 de outubro, é permitida a divulgação paga, na

imprensa escrita, de propaganda eleitoral, no espa-

ço máximo de 1/8 de página de jornal-padrão e 1/4

de página de revista ou tablóide

7 – segunda-feira - Último dia para os candidatos requererem seus regis-

tros perante os cartórios eleitorais, até às 19 horas,

caso os partidos políticos ou coligações não os te-

nham requerido

AGoSTo dE 2008

6 – quarta-feira - Prestação de contas pela internet

16 – sábado - Todos os pedidos de registro de impugnação devem

estar julgados pelo juiz eleitoral e publicadas as

decisões

19 – terça-feira - Início do período da propaganda eleitoral gratuita no

rádio e televisão

30 – sábado - Último dia para os candidatos, partidos políticos ou

coligações substituírem a foto que será utilizada

na urna eletrônica

SETEMbro dE 2008

6 – sábado - Prestação de contas pela internet

- Todos os recursos sobre pedidos de registro de

candidatos devem estar ju lgados e publ icadas

as decisões

20 – sábado - Data a partir da qual nenhum candidato poderá ser

detido ou preso, salvo em flagrante delito

ouTubro dE 2008

2 – quinta-feira - Último dia para propaganda política mediante co-

mícios ou reuniões públicas

- Último dia para a realização de debates

- Último dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e

na televisão

ouTubro dE 2008

3 – sexta-feira - Último dia para a divulgação paga, na imprensa es-

crita, de propaganda eleitoral

4 – sábado - Último dia para a propaganda eleitoral mediante

alto-falantes ou amplificadores de som, bem como

para a utilização de sonorização fixa

- Último dia para a promoção de carreata e distribui-

ção de material de propaganda política

5 – domingo - Realização do primeiro turno

7 – terça-feira - Início da propaganda eleitoral do segundo turno

- Data a partir da qual será permitida a propaganda

eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de

som, bem como a promoção de comício ou utiliza-

ção de sonorização fixa

- Data a partir da qual será permitida a promoção de

carreata e distribuição de material de propaganda

política

11 – sábado - Data a partir da qual nenhum candidato que participa-

rá do segundo turno de votação poderá ser detido

ou preso, salvo em flagrante delito

- Último dia para o juiz eleitoral divulgar o resultado da

eleição para prefeito, proclamando o eleito ou os

dois candidatos que participarão do segundo turno

23 – quinta-feira - Último dia para a propaganda política mediante comí-

cios ou reuniões públicas

24 – sexta-feira - Último dia para a divulgação paga, na imprensa escri-

ta, de propaganda eleitoral

- Último dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e

televisão

- Último dia para a realização de debates

25 – sábado - Último dia para a propaganda eleitoral mediante alto-

falantes ou amplificadores de som, bem como para

a utilização de sonorização fixa

- Último dia para a promoção de carreata e distribui-

ção de material de propaganda política

26 – domingo - Realização do segundo turno

NoVEMbro dE 2008

4 – terça-feira - Último dia para a retirada da propaganda relativa às

eleições, nos municípios em que não houve vota-

ção em segundo turno

- Último dia para encaminhamento da prestação de

contas pelos candidatos às eleições proporcio-

nais que optarem por fazê-lo diretamente à Justi-

ça Eleitoral

13 – quinta-feira - Último dia para a proclamação dos resultados do se-

gundo turno

25 – terça-feira - Último dia para a retirada da propaganda relativa às

eleições, nos municípios em que houve votação em

segundo turno

dEzEMbro dE 2008

18 – quinta-feira - Último dia para a diplomação dos eleitos

Page 24: Eleições Municiapais

Com linguagem fácil e direta, utilizando bom humor nas ilustrações e com projeto gráfico moderno,

o Pode! Não Pode! é um excelente instrumento de informação e consulta para quem deseja saber

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as principais datas do calendário eleitoral e as situações permitidas e vedadas pela legislação.

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