n ano 5 - nº 8 n combate ao trabalho infantil como tema...

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Combate ao trabalho infantil como tema das tarefas escolares MPT NA ESCOLA MEIO AMBIENTE Carvobrás regulariza condições de trabalho no Oeste da Bahia 5 As escolas de ensino fundamental ganham uma nova ferramenta para estimular a consciência crítica dos alunos sobre assuntos relativos aos direitos da criança, especialmente erradicação do trabalho infantil e proteção ao trabalhador adolescente BAHIA Notícias TERCEIRIZAÇÃO Sesab condenada por intermediar serviços de saúde 7 3 n Ano 5 - Nº 8 n Janeiro a Julho/2010 Ministério Público do Trabalho - BA Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região

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Combate ao trabalho infantil como tema das tarefas escolares

MPT NA ESCOLA

Debate em praça pública marca dia em memória das vítimas de acidentes de trabalho

MEIO AMBIENTECarvobrás regulariza

condições de trabalhono Oeste da Bahia

5

Uma maratona com apresen-tação teatral, distribuição de material educativo e debate

com especialistas no mundo do tra-balho marcou o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho em Salvador, celebrado no 28 de abril. Organiza-do pelo Fórum de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho – Forumat, o evento foi realizado na Praça da Pie-dade, com presença de representan-tes das instituições públicas e entida-des representativas de trabalhadores. A mesa de debates reuniu Ministério Público do Trabalho (MPT), Superin-tendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Setre, Cesat, Fun-dacentro, Sintracon, CTB e Força Sin-dical. O MPT foi representado pelos procuradores Janine Milbratz Fiorot e Luiz Alberto Teles Lima.

O Forumat é uma instância que visa à melhoria do meio ambiente do trabalho, segurança e saúde dos trabalhadores, preservando um am-biente ecologicamente equilibrado. O fórum é presidido pelo MPT/BA, sob responsabilidade da procurado-ra Séfora Cerqueira Char, e congrega

instituições públicas e não-governa-mentais, atualmente com 25 repre-sentantes no Conselho Deliberativo.

Fatores de exclusão social, os aci-dentes e doenças do trabalho pode-riam ser evitados com a adoção de uma conduta adequada, com ante-cedência e responsabilidade. Práticas

de prevenção, que deveriam ser apli-cadas sistematicamente, por empre-gadores, trabalhadores e governos. Um meio ambiente do trabalho sau-dável e seguro, direito fundamental do trabalhador, pode evitar mortes, invalidez parcial ou permanente, além de aposentadorias precoces.

As escolas de ensino fundamental ganham uma nova ferramenta para estimular a consciência crítica dos alunos sobre assuntos relativos aos direitos da criança, especialmente erradicação do trabalho infantil e proteção ao trabalhador adolescente

BAHIANo tícias

TERCEIRIZAÇÃOSesab condenada

por intermediarserviços de saúde

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3

BAHIA8

O mercado de trabalho recebeu 100 novos profi ssionais capacitados pela Apae Salvador – Associação de Pais e Amigos do Excepcionais, em solenidade realizada na sede da entidade, no dia 28 de maio. Uma iniciativa de reforço à capacitação profi ssional dos trabalhadores com defi ciência, os cursos foram viabi-lizados na parceria com o MPT, em processo conduzido pela procura-

dora Maria Lúcia de Sá Vieira, no Núcleo de Combate à Discrimina-ção no Trabalho.

Em setembro de 2009, a Ambev fi rmou um termo de ajustamento de conduta com o MPT, contendo uma cláusula de indenização pelo dano moral coletivo de R$ 200 mil. O valor foi revertido para as prin-cipais entidades baianas de apoio às PcDs. No caso da Apae Salvador,

o valor de R$ 79.532,00 foi aplicado pela Coordenação de Qualifi cação Profi ssional – Cefap em cursos de au-xiliar de higienização de ambientes, auxiliar de copa e cozinha, auxiliar de estoque com ênfase em empacota-dor, auxiliar de jardinagem e lanches comerciais. Com módulos básico, específi co e gestão, os alunos foram capacitados em cursos de 240 horas.

Também foram benefi ciadas pelo TAC as associações Abadef (defi cien-tes físicos), Apada (surdos) e ABC (cegos), de comprovada atuação no combate à segregação e discrimina-ção das PcDs. Com projetos que esti-mulam a superação das difi culdades e desenvolvimento de potencialida-des facilitadoras de inclusão social, as entidades coexistem como orga-nizações sociais sem fi ns lucrativos, aptas a receber doações.

Parceria Apae MPT reforça capacitação profi ssional de PcDs

Encenação do confl ito patrão X empregado motivou discussões

n Ano 5 - Nº 8 n Janeiro a Julho/2010

Ministério Público do Trabalho - BA

Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região

Plantio de árvores frutíferas, dis-tribuição de material educativo

e lanche “ecologicamente correto” foram algumas da atividades que marcaram a Semana do Meio Am-biente no MPT/BA, de 1° a 7 de ju-nho. Coordenada pela Comissão de Gestão Ambiental, a semana come-çou com a boa notícia da redução no consumo de energia e resultados positivos na coleta seletiva.

Presidida pela procuradora Ana Emilia Albuquerque (na foto, com o procurador-chefe Marcelo Brandão), a comissão também conta com as servidoras Christiane Pedreira (Triagem), Luciana Pereira (Ga-binete) e Maria do Carmo Sales (DRH). Foi delas a iniciativa de criar, em 2006, o PRT5 Recicla, hoje absorvido pela implantação do MPT Ambiental. Fato que con-

tribuiu para a Bahia ser uma das regionais que primeiro alcançou as metas do programa de estímulo à adoção de critérios socioambien-tais para minimizar o impacto das práticas administrativas.

A implantação do MPT Ambien-tal gerou ainda a aquisição de cole-tores específi cos para papel, copos plásticos, pilhas e baterias, além de container para armazenamento, distribuídos na sede e PTM’s. Refe-rência elogiosa aos funcionários da limpeza e conservação, que levam boa parte do crédito pela coleta se-letiva de 2,6 toneladas de materiais recicláveis entre papel, vidro, ferro, alumínio e plástico. Vitória também na substituição dos aparelhos de ar-condicionado central por modelos split, reduzindo o consumo de ener-gia em 36% (cerca de 18 mil kwh).

MPT/BA celebra resultados positivos com gestão ambiental

Sesab é condenada por terceirização ilícita de mão-de-obra

O Estado da Bahia - Secretaria de Saúde foi conde-nado pela Justiça

do Trabalho por terceirização ilícita de

funcionários na área de saúde. A decisão judicial exige que a Admi-nistração Pública Estadual decrete a nulidade do contrato de terceiri-zação de serviços celebrado com a SM Assessoria Empresarial e Gestão Hospitalar Ltda., deixando de tercei-rizar quaisquer serviços que estejam compreendidos na atividade-fi m da própria Sesab.

Assinada no dia 17 de maio deste ano, a sentença da 39ª Vara do Trabalho de Salvador tomou por base a Ação Civil Pública (ACP nº 1403.2009.039.05.00.4) ajuizada pelo Ministério Público do Traba-lho em dezembro de 2009, de auto-ria da procuradora Janine Milbratz Fiorot. Após investigações, o MPT comprovou que a Sesab vinha man-tendo contratos com a SM Assesso-ria Empresarial e Gestão Hospitalar Ltda., transferindo para a empresa gestão de, pelo menos, três hospi-

tais públicos. A SM não só admi-nistra os hospitais, como também é responsável pela contratação de todos os trabalhadores que pres-tam serviços.

Na decisão, a juíza Léa Nunes determina a nulidade da interme-diação de mão-de-obra realizada pelo Estado da Bahia, através dos contratos fi rmados com SM Asses-soria Empresarial e Gestão Hospi-talar Ltda., afastando os trabalha-dores terceirizados no prazo de um ano (a contar do trânsito em julga-do da decisão). Ainda, que o Estado deixe de contratar ou se utilizar de pessoa física ou jurídica interposta para a execução de atividades es-senciais, permanentes e fi nalísticas das suas unidades hospitalares e demais estabelecimentos de aten-dimento à saúde. Inclui médicos, enfermeiros, nutricionistas, odon-tólogos, fi sioterapeutas, farma-cêuticos, bioquímicos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocu-pacionais, técnico de laboratório, técnico de esterilização, técnico de radiologia, técnico de enfermagem e auxiliarem administrativos.

A erradicação do trabalho infantil encabeça a pauta de sólidas instituições nacionais e internacionais. Longe de uma solução isolada, o tema assume interpretações diversas a cada dimensão. Econômica, política, social. Mas é na questão cultural que o trabalho infantil esbarra em seu maior inimigo. “Trabalhar é bom, melhor do que virar marginal” é frase fácil de ser ouvida. Principalmente de quem é mais pobre.

Convencer que o trabalho precoce prejudica a escolarização, a formação física e psicológica, e compromete uma inserção positiva no mercado de trabalho é desafi o de todos. O Projeto MPT na Escola quer trazer a consciência crítica para as salas de aula. E usa a arte para tanto. Confi ra essa e outras novidades no mundo do trabalho nesta edição.

Boa leitura!

EditorialPRT 5ª REGIÃO – BAHIA

n PROCURADOR-CHEFEMARCELO BRANDÃO DE MORAIS CUNHAPROCURADOR-CHEFE SUBSTITUTOPACÍFICO ANTONIO LUZ DE ALENCAR ROCHAPROCURADORA-CHEFE EVENTUALADELIA MARIA BITTENCOURT MARELIN

n COORDENADOR 1º GrauTitular: PACÍFICO ANTONIO LUZ DE ALENCAR ROCHASubstituto: JANINE MILBRATZ FIOROT

n COORDENADOR 2º GrauTitular: ANTÔNIO MESSIAS MATTA DE ARAGÃO BULCÃOSubstituta: CARLA GEOVANNA CUNHA ROSSI

n COORDENADOR ESTÁGIO ACADÊMICOTitular: ADRIANA HOLANDA MAIA CAMPELOSubstituto: PEDRO LINO DE CARVALHO JÚNIOR n PROCURADORES REGIONAIS DO TRABALHO ADELIA MARIA BITTENCOURT MARELINANTÔNIO MESSIAS MATTA DE ARAGÃO BULCÃOCARLA GEOVANNA CUNHA ROSSICÍCERO VIRGULINO DA SILVA FILHOCLÁUDIA MARIA REGO PINTO RODRIGUES DA COSTAEDELAMARE BARBOSA MELOINÊS OLIVEIRA DE SOUZAJAIRO LINS DE ALBUQUERQUE SENTO-SÉJORGINA RIBEIRO TACHARDMANOEL JORGE E SILVA NETOMARIA DA GLÓRIA MARTINS DOS SANTOSMARIA LÚCIA DE SÁ VIEIRAVIRGINIA MARIA VEIGA DE SENA

n PROCURADORES DO TRABALHOADRIANA HOLANDA MAIA CAMPELO ALBERTO BASTOS BALAZEIRO (PTM DE EUNÁPOLIS)ANA EMILIA ANDRADE ALBUQUERQUE DA SILVAANNELISE FONSECA LEAL PEREIRA (PTM DE BARREIRAS)BERNARDO GUIMARÃES CARVALHO RIBEIRO (PTM DE FEIRA DE SANTANA)CHAFIC KRAUSS DAHER (PTM DE JUAZEIRO)CLÁUDIO DIAS LIMA FILHO (PTM DE VITÓRIA DA CONQUISTA)CLEONICE MARIA RODRIGUES MOREIRAEMERSON ALBUQUERQUE RESENDE (PTM DE ITABUNA)FERNANDA ESTRELA GUIMARÃES (PTM DE EUNÁPOLIS)JANINE MILBRATZ FIOROTJANINE RÊGO DE MIRANDA (PTM DE JUAZEIRO)LARISSA SANTANA LEAL LIMA (PTM DE ITABUNA)LEANDRO MOREIRA BATISTA (PTM DE FEIRA DE SANTANA)LUANA LIMA DUARTE (PTM DE BARREIRAS)LUÍS ANTÔNIO BARBOSA DA SILVALUIZ ALBERTO TELES LIMALUIZ ANTÔNIO FERNANDESMARCELO BRANDÃO DE MORAIS CUNHAPACÍFICO ANTONIO LUZ DE ALENCAR ROCHAPEDRO LINO DE CARVALHO JÚNIORRAYMUNDO LIMA RIBEIRO JÚNIOR (PTM DE VITÓRIA DA CONQUISTA)RÔMULO BARRETO DE ALMEIDA (PTM DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS)ROSÂNGELA RODRIGUES DIAS DE LACERDASANDRA MARLICY DE SOUZA FAUSTINOSÉFORA GRACIANA CERQUEIRA CHAR

O MPT-BA Notícias é uma publicação do Ministério Público do Trabalho na Bahia (5ª Região). Circulação nacional dirigida, com distribuição gratuita e tiragem de 1.200 exemplares. Autorizada a reprodução do conteúdo, com crédito da fonte.

Coordenação editorial: Olenka Machado. - Registro MTE: 17.216/RJRedação: Lucas Rocha e Olenka Machado.Projeto gráfi co: Ogro Comunicação e Design - [email protected]ção: Marcelo OliveiraIlustrações: Cau GomezFotos: Acervo MPT/BAImpressão: Gráfi ca Santa Bárbara

MPT / BAHIA - Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª RegiãoAv. Sete de Setembro, 308, Corredor da VitóriaSalvador – Bahia – CEP 40.080-001Telefone: 71. 3324-3400Assessoria de Comunicação: 71. [email protected] nossa página: www.prt5.mpt.gov.brhttp://twitter.com/mptbahia

BAHIA2 BAHIA 7

A Empresa Baiana de Alimentos S.A. - Ebal foi condenada pela Justiça do Trabalho a, de imediato, deixar de contratar pessoal para ocupar cargos em comissão sem que exista lei pre-vendo tal possibilidade. Salvo para os cargos da Administração Superior, Fiscalização e Diretoria Executiva. Fora esses, todos os contratos fi rma-dos para ocupação de cargo em co-missão foram declarados nulos. Ain-da, a Ebal não poderá mais receber trabalhadores cedidos sem que haja lei prevendo tal cessão.

A decisão da 34ª Vara do Traba-lho de Salvador, assinada no dia 22 de abril/2010, tomou por base a Ação Civil Pública (ACP nº 00852.2009.034.05.00-2) ajuizada pelo MPT em abril de 2009, de autoria da procuradora Janine Milbratz Fiorot. Na decisão, o juiz Juarez Dourado Wanderley deter-mina o prazo máximo de 10 meses (do trânsito em julgado) para a Ebal afastar os trabalhadores que ocu-pam irregularmente os cargos em comissão. O diretor-presidente da Ebal S.A., Reub Celestino da Silva,

tem responsabilidade solidária na condenação pela multa em caso de descumprimento da sentença.

A multa prevista para o descum-primento da decisão judicial é de R$ 20 mil, por cada empregado contratado ou cedido irregular-mente. Ainda, como reparação por danos causados aos direitos difu-sos e coletivos dos trabalhadores, a Ebal foi condenada a pagar R$ 100 mil, com todos os valores reco-lhidos em favor do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Justiça do Trabalho condena Ebal por utilização irregular de cargos em comissão e cessão de servidores

Fundac vai deixar de intermediar serviços

A Fundac - Fundação da Criança e do Adolescente foi condenada pela Justiça do Trabalho por terceirização ilícita de mão-de-obra. A decisão judicial, em caráter de antecipação dos efeitos da tutela, impede que a Fundac renove ou adite os convênios fi rmados com a Fundação José Silveira para intermediação de mão-de-obra, ou que celebre novo contrato ou convênio com qualquer empresa ou fundação para objetivo semelhante.

Assinada em dia 30 de janeiro/2010, a sentença da 25ª Vara do Trabalho de Salvador tomou por base a Ação Civil Pública (ACP nº 00059-98.2010.5.05.0025) ajuizada pelo MPT, em janeiro de 2009, de autoria da procuradora Janine Fiorot. O MPT comprovou que a Fundação José Silveira fornece às unidades da Fundac 594 trabalhadores, todos exercendo atividades ligadas aos seus fi ns estatutários. Fora esses, os 107 servidores estatutários da Fundac foram admitidos a partir do concurso realizado em 1996 e 71 foram investidos antes da CF/88. Ainda, a Fundac possui 17 cargos em comissão, alguns deles institucionais, e 266 trabalhadores temporários irregulares, que estão sendo objeto de outras medidas administrativas e judiciais.

A regularização das condições de se-gurança e saúde nas empresas cera-mistas do Sudoes-

te da Bahia marca uma nova etapa do

setor que emprega mais de 4 mil tra-balhadores na região. Cerca de 100 empresas fi rmaram compromisso com o Ministério Público do Traba-lho, durante o mês de junho, assi-nando um termo de ajustamento de conduta (TAC) para corrigir aspectos como contratação, jornada, ergono-mia, riscos ambientais, além de pro-teção individual e coletiva.

O termo tem abrangência nacio-nal, e foi construído com base nas ir-regularidades mais comuns verifi cadas nesse ramo da atividade econômica, detectadas em inspeções dos técnicos do MPT. Em maio deste ano, os pro-

curadores Raymundo Lima Ribeiro Júnior e Cláudio Dias Lima Filho rea-lizaram uma audiência pública no au-ditório da Uneb, em Caetité, reunindo empresários e profi ssionais do setor de produção de cerâmica. O encon-tro teve colaboração do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest e o apoio logístico da Asso-ciação das Cerâmicas do Sudoeste da Bahia - Acesuba. Após a audiência, as empresas foram convidadas a adequar as condições de trabalho.

Entre as obrigações previstas no TAC, estão o registro e anotação do contrato de trabalho na CTPS (Car-teiras de Trabalho e Previdência So-cial), regularização da jornada, im-plementação dos programas de pro-teção ao trabalhador, como PPRA (Programa de Proteção dos Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de

Controle Médico de Saúde Ocupa-cional), além da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Ainda, realizar campanhas educati-vas e treinamento estimulando uso de EPI (equipamentos de proteção individual) e reduzir a exposição dos trabalhadores ao calor.

Em caso de descumprimento de quaisquer das obrigações previstas nos TACs fi rmados com o MPT, as empresas fi carão obrigadas a pagar R$ 10 mil, por clausula descumprida, renovada a cada constatação. Os va-lores serão reversíveis ao FAT – Fun-do de Amparo ao Trabalhador ou, ao critério do MPT, para instituições ou programas/projetos, públicos ou privados, de fi ns não lucrativos, com objetivos fi lantrópicos, culturais, educacionais, científi cos, de assistên-cia social ou de desenvolvimento e melhoria das condições de trabalho.

Ceramistas do sudoeste baiano corrigem aspectos de segurança e saúde no setor

BAHIA BAHIA6 3

A MRM Construtora Ltda. fi rmou um termo de ajustamento de condu-ta (TAC) com o MPT, comprometen-do-se a regularizar as condições de trabalho em todas as obras que exe-cutar. O processo foi conduzido pelo procurador Leandro Moreira, do MPT em Feira de Santana, e o compromis-so assinado no dia 26 de abril/2010.

Entre os 32 aspectos de seguran-ça, saúde e contratação elencados no termo, obrigações como efetuar o registro dos empregados, poden-do adotar livros, fi chas ou sistema eletrônico; instalar proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais, forração antiderrapan-te de pisos, sistema guarda-corpo e rodapé, cintos de segurança com dis-positivo guarda-quedas, instalações sanitárias adequadas, além de equi-pamentos de proteção coletiva e in-dividual (EPI).

MPT regulariza condições de trabalho nas obras da MRM Construtora

A investigação do MPT foi iniciada a partir do recebimento do relatório de fi scalização da GRTE de Feira de Santana, no qual constam diversos autos de infração relativos à construção do Hospital Estadual da Criança naquele município. As irregularidades levaram os auditores da GRTE a embargar parte da obra.

Desde novembro de 2009, a atuação parceira do Ministério Público do Trabalho (MPT) com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) foi reforçada com o Programa Nacional de Combate às

Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção Civil do MPT. Na Bahia, foram feitas diversas inspeções em obras na Região Metropolitana de Salvador e Feira de Santana, numa operação que mobilizou procuradores do MPT, auditores da SRTE, analistas periciais e equipe de apoio.

Entre as principais irregularidades fl agradas, risco grave de queda, elevadores e escadas inseguros, ausência de sinalização, equipamentos e dispositivos de segurança, além de instalações de convivência subdimensionadas.

SAIBA MAIS

Projeto MPT na Escola leva combate ao trabalho infantil para escolas baianas

Constituição Federal, artigo 7º, inciso XXXIII

Em defi nição legal, é proibido o trabalho noturno, perigoso ou

insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16

anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos

Otrabalho infantil será tema das tarefas escolares em Salvador

e outros dez municípios da Região Metropolitana (RMS) e Recôncavo. Os coordenadores e professores municipais estão sendo capacitados para estimular a consciência crítica dos alunos sobre o assunto, através de literatura, música, artes visuais e teatro. Para facilitar a abordagem, clipes, dvds e publicações lúdicas, como a cartilha “Brincar, Estudar, Vi-ver... Trabalhar só quando Crescer”. A iniciativa é parte do projeto MPT na Escola, que vem sendo desenvol-vido simultaneamente pelo Ministé-rio Público do Trabalho em todos os estados brasileiros.

Na Bahia, o projeto é capitaneado pelas procuradoras Sandra Faustino e Adriana Campelo (foto abaixo), res-pectivamente coordenadora e vice-coordenadora regionais da Coordin-fância - Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente. A pri-meira etapa incluiu, além da capi-tal baiana, os municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Madre de Deus, Saubara, Santo Amaro, Dias D’Ávila, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé e Simões Filho. Mais de 80

educadores já participaram da ofi -cina de formação.

Em seguimento, o projeto está sendo estruturado nas subsedes do MPT/BA – Itabuna, Barreiras, Jua-zeiro, Eunápolis, Vitória da Con-quista, Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana.

METODOLOGIA – O projeto consis-te num conjunto de ações voltadas para a promoção de debates nas escolas de ensino fundamental, de temas relativos aos direitos da crian-ça e do adolescente, especialmente a erradicação do trabalho infantil e a proteção ao trabalhador adoles-cente. Os alunos do ensino funda-mental público serão estimulados a conhecer e combater a realidade perversa. Para apoiar a iniciativa, fo-ram produzidas 250 mil cartilhas e material pedagógico destinado aos estudantes, além de 25 mil boletins e 10 mil cartazes.

A cartilha “Brincar, Estudar, Vi-ver... Trabalhar só quando Crescer” está sendo entregue para dividir es-paço com livros nas mochilas e biblio-tecas. Professores e coordenadores pedagógicos são capacitados para atuar como multiplicadores e produ-zir tarefas escolares com o tema.

Em apenas um ano, pelo menos 454 mil estudantes das redes públicas de ensino fundamental em 171 municípios de nove estados brasileiros e 13.354 professores de 2.636 escolas já foram atendidos pelo Programa MPT na Escola, lançado em 2009. A iniciativa, segundo o coordenador nacional da Coordinfância, Rafael Marques, permitiu formar nova consciência em torno dos malefícios do trabalho precoce.

O coordenador explica que os números são ainda parciais, e refl etem apenas as estatísticas dos estados do Rio Grande do

Sul, Bahia, Ceará, Pará, Tocantins, Roraima, Rondônia, Piauí e Mato Grosso, onde o MPT na Escola está mais avançado. “Temos informações de dezenas de colegas procuradores em outros estados no sentido de que o MPT na Escola já se encontra em fase inicial de implantação, o que permitirá alcançarmos, ainda até o fi nal deste ano, mais que o dobro do universo atendido até agora”, estima. Para Marques, o programa tem o mérito de ajudar a reverter a cultura de tolerância que ainda prospera em relação ao trabalho precoce. (Colaborou Valdélio Muniz - ASCOM MPT/CE)

Programa já atendeu a 454 mil alunos e 13,35 mil educadores no país

BAHIA

ACarvobrás Agrícola Ltda. fi rmou um termo de ajustamento de

conduta (TAC) com o Ministério Públi-co do Trabalho comprometendo-se a regularizar as condições de trabalho em todas as propriedades rurais e ati-vidades de carvoejamento, agrícola e pecuária situadas no território nacio-nal. Assinado no dia 24 de abril deste ano, o termo abrange matriz, fi liais e propriedades futuras, principalmente as Fazendas Beija Flor e Santa Luzia, situadas em São Desidério; Portal do Oeste, em Barreiras, e Fazendas Car-vobrás e União, em Morpará, todas no Oeste da Bahia.

O processo foi conduzido pelo procurador do MPT Raymundo Lima Ribeiro Júnior, após a fi scalização do grupo móvel de combate ao trabalho escravo ter fl agrado as irregularida-des. Também participaram da ope-ração no oeste baiano cinco audi-tores fi scais do MTE, coordenados por Virna Soraya Damasceno, além de agentes da Polícia Rodoviária Federal.

Entre os 50 aspectos de seguran-ça, saúde e contratação elencados

no termo, obrigações como efetuar o registro dos empregados, poden-do adotar livros, fi chas ou sistema eletrônico; anotações dos contratos nas Carteiras de Trabalho e Previ-dência Social (CTPS); pagamento e recolhimento mensal das contribui-ções previdenciárias devidas ao INSS, procedimentos admissionais, como exames médicos, e adequação das instalações sanitárias e refeitórios.

Também o fornecimento gratuito de equipamentos de proteção in-dividual (EPI), inclusive o específi co para atividade de carvoejamento, a exemplo luvas e botas de couro,

fardamento completo e óculos de proteção; máscara PFF-2; avental, protetor auricular, capacete com vi-seira, calça especial para operador de motosserra e luva adequada para manipulação de motosserra (mais fi na que a de couro).

Ainda, os registros dos trabalha-dores serão efetuados retroativa-mente, contando a partir da data em que foram admitidos, como prevê os artigos 29 e 41 da CLT. Todos os em-pregados encontrados durante a ins-peção do grupo móvel já tiveram as carteiras assinadas, inclusive aqueles considerados “chapas” (carregadores de caminhão), habitualmente consi-derados autônomos ou cooperados.

A Carvobrás também deverá pa-gar uma indenização por danos mo-rais coletivos, no valor de R$ 25 mil, reversíveis a instituições ou progra-mas/projetos públicos ou privados, de fi ns não lucrativos, que tenham objetivos fi lantrópicos, culturais, educacionais, científi cos, de assistên-cia social ou de desenvolvimento e melhoria das condições de trabalho.

A Justiça do Trabalho determinou a dissolução do Sindicato das

Empresas dos Transportes Especiais da Bahia - Seteba, condenando a en-tidade e seu presidente ao pagamen-to de indenização de R$ 1 milhão pelo dano moral à coletividade dos trabalhadores. Todos os registros do sindicato serão cancelados junto ao Cartório do Registro de Pessoas Físi-cas e Jurídicas e ao Ministério do Tra-balho e Emprego. O valor da indeni-zação será revertido ao FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador.

A decisão da juíza Hineuma Már-cia Cavalcanti Hage, da 25ª Vara do Trabalho de Salvador, publicada em 15 de março, tomou por base a ação civil pública ajuizada pelo Minis-tério Público do Trabalho (ACP nº 01134.2009.025.05.00-3), de autoria do procurador Manoel Jorge e Silva Neto. Desde outubro de 2009, uma

liminar havia suspendido os efeitos dos atos constitutivos e de todas as atividades do Seteba, vedando a re-presentação judicial e administrativa e proibindo o recebimento de recur-sos fi nanceiros provenientes de con-tribuições sindicais, associativas e/ou assistenciais, confederativas ou de qualquer outra natureza.

A investigação do MPT foi mo-tivada por denúncias de entidades sindicais, e comprovou “os mais inomináveis absurdos ocorridos no contexto de toda a história sindical brasileira”, como destacou o procu-rador do MPT. Entre as irregulari-dades detectadas, o Seteba invadiu as bases territoriais sindicais; deu amplitude indevida à decisão judi-cial com o fi m específi co de arreca-dar contribuições sindicais, além de promover cobranças exorbitantes da contribuição sindical.

Decisão judicial extingue o Seteba

O Sindilimp/BA – Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal foi condenado pela Justiça do Tra-balho por irregularidade de atu-ação na qualidade de substituto processual. A decisão judicial, em caráter de antecipação dos efeitos da tutela, impede que o sindicato cobre qualquer percentual como honorários advocatícios, salvo nos casos em que o trabalhador tenha concordado, expressamente e por escrito. A multa pela cobrança in-devida terá o valor equivalente ao dobro dos honorários.

Assinada no dia 15 de abril deste ano, a sentença da 25ª Vara do Tra-balho de Salvador tomou por base a Ação Civil Pública (ACP nº 369-07-2010-5-05-025) ajuizada pelo Mi-nistério Público do Trabalho, em 30 de março, de autoria da procu-radora Janine Milbratz Fiorot. A

investigação do MPT comprovou que o sindicato vinha realizando cobranças indevidas de honorá-rios advocatícios, além de não apresentar aos trabalhadores da categoria o recibo com todas as parcelas devidamente discrimi-nadas do acordo judicial. Em vez disso, para o pagamento das ver-bas devidas, o sindicato apresen-tava apenas um recibo constando o valor total recebido.

Na decisão, a juíza Hineuma Márcia Cavalcanti Hage determi-na que o Sindilimp também não poderá mais inserir em acordos judiciais cláusula que confira qui-tação do contrato de trabalho. Da mesma forma não poderá mais re-nunciar ou transacionar qualquer verba ou valor nos acordos sem autorização expressa, sob pena de multa no valor correspondente ao dobro do indevidamente re-nunciado pelo sindicato.

Sindilimp é condenado por atuação irregular como substituto processual

Carvobrás Agrícola assume compromisso de regularizar condições de trabalho no oeste baiano

Acordo adequa obrigações trabalhistas em siderúrgicae benefi cia entidades de Baianópolis com indenização

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O Conselho Tutelar e o Centro Referência à Assistência Social de Baianópolis – CRAS, assim como a Escola São Sebastião, situada na zona rural do mesmo município no oeste baiano, foram diretamente benefi ciados por um acordo fi rmado entre o Ministério Público do Trabalho, a Sideruna Indústria e Comércio Ltda e os produtores rurais Delmar Harry Timm e Alexandre Simão Schiwingel. A siderúrgica comprometeu-se a implantar mecanismos de fi scalização da atividade dos fornecedores de carvão, exigindo o cumprimento das obrigações trabalhistas. Com o acordo, a siderúrgica não poderá mais contratar fornecedores de carvão que produzam sob condições

de trabalho consideradas análogas a de escravo.

Como indenização por dano moral à coletividade dos trabalhadores, a Sideruna foi obrigada a doar dois veículos zero km (Uno Mille Economy), entregues um ao CRAS e outro ao Conselho Tutelar do município. Aos dois produtores rurais também réus no processo coube a doação de cinco computadores no valor médio de R$ 1.000 cada, sendo dois para o Conselho Tutelar de Baianópolis e três para a Escola Municipal São Sebastião, localizada no Povoado de Mandacaru, mesmo município.

Conduzido pelas procuradoras Luana Duarte e Annelise Pereira, do MPT em Barreiras, o acordo foi

fi rmado no curso da Ação Civil Pública (ACP nº 01146-2007-661-05-00-9) ajuizada na Vara do Trabalho de Barreiras, e homologado no dia 3 de fevereiro/2010. Entre os itens que a Sideruna deverá fi scalizar quanto aos fornecedores de carvão estão obrigações trabalhistas com o transporte dos trabalhadores e a adequação dos alojamentos, refeitórios, alimentação e condições sanitárias das frentes de trabalho. Anotação na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), jornada legal, intervalos e repouso semanal, corrigindo as condições de segurança e saúde dos trabalhadores também são aspectos que os fornecedores de carvão deverão cumprir.

A Justiça do Trabalho determinou o imediato afastamento da diretoria que vinha conduzindo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliários de Eunápolis e Municípios Vizinhos. A decisão judicial, em caráter liminar, acolhe o pedido cautelar da ação nº 00536.2009.511.05.00-9, proposta pelo Ministério Público do Trabalho – MPT, no dia 4 de março deste ano.

A ação cautelar foi ajuizada pelos procuradores do MPT Marcelo Brandão de Morais Cunha (procurador-chefe), Alberto Bastos Balazeiro e Fernanda Estrela Guimarães, e recebida na Vara do Trabalho de Eunápolis. Pediu o afastamento da atual diretoria, em razão do fi m de mandato, com realização de assembléia para eleição de junta provisória e nova votação para escolha dos membros da próxima gestão.

Na decisão, o juiz Franklin Christian Gama Rodrigues apontou provas colhidas na investigação do MPT e disposições de evidente equívoco do estatuto da entidade no que se refere ao processo eleitoral. Como a inexistência de uma Comissão Eleitoral. Gama Rodrigues também atentou para a previsão de que a constatação de existirem mais votos que votantes poderia ser resolvida pela simples subtração desta diferença da quantidade de votos da chapa vencedora. “Uma regra esdrúxula, que muito bem revela o descaso com que a eleição é tratada na órbita interna do sindicato”, afi rmou o magistrado.

Ação do MPT aponta irregularidade em eleições sindicais no Extremo Sul da Bahia

A regularização das condições de se-gurança e saúde nas empresas cera-mistas do Sudoes-

te da Bahia marca uma nova etapa do

setor que emprega mais de 4 mil tra-balhadores na região. Cerca de 100 empresas fi rmaram compromisso com o Ministério Público do Traba-lho, durante o mês de junho, assi-nando um termo de ajustamento de conduta (TAC) para corrigir aspectos como contratação, jornada, ergono-mia, riscos ambientais, além de pro-teção individual e coletiva.

O termo tem abrangência nacio-nal, e foi construído com base nas ir-regularidades mais comuns verifi cadas nesse ramo da atividade econômica, detectadas em inspeções dos técnicos do MPT. Em maio deste ano, os pro-

curadores Raymundo Lima Ribeiro Júnior e Cláudio Dias Lima Filho rea-lizaram uma audiência pública no au-ditório da Uneb, em Caetité, reunindo empresários e profi ssionais do setor de produção de cerâmica. O encon-tro teve colaboração do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – Cerest e o apoio logístico da Asso-ciação das Cerâmicas do Sudoeste da Bahia - Acesuba. Após a audiência, as empresas foram convidadas a adequar as condições de trabalho.

Entre as obrigações previstas no TAC, estão o registro e anotação do contrato de trabalho na CTPS (Car-teiras de Trabalho e Previdência So-cial), regularização da jornada, im-plementação dos programas de pro-teção ao trabalhador, como PPRA (Programa de Proteção dos Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de

Controle Médico de Saúde Ocupa-cional), além da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Ainda, realizar campanhas educati-vas e treinamento estimulando uso de EPI (equipamentos de proteção individual) e reduzir a exposição dos trabalhadores ao calor.

Em caso de descumprimento de quaisquer das obrigações previstas nos TACs fi rmados com o MPT, as empresas fi carão obrigadas a pagar R$ 10 mil, por clausula descumprida, renovada a cada constatação. Os va-lores serão reversíveis ao FAT – Fun-do de Amparo ao Trabalhador ou, ao critério do MPT, para instituições ou programas/projetos, públicos ou privados, de fi ns não lucrativos, com objetivos fi lantrópicos, culturais, educacionais, científi cos, de assistên-cia social ou de desenvolvimento e melhoria das condições de trabalho.

Ceramistas do sudoeste baiano corrigem aspectos de segurança e saúde no setor

BAHIA BAHIA6 3

A MRM Construtora Ltda. fi rmou um termo de ajustamento de condu-ta (TAC) com o MPT, comprometen-do-se a regularizar as condições de trabalho em todas as obras que exe-cutar. O processo foi conduzido pelo procurador Leandro Moreira, do MPT em Feira de Santana, e o compromis-so assinado no dia 26 de abril/2010.

Entre os 32 aspectos de seguran-ça, saúde e contratação elencados no termo, obrigações como efetuar o registro dos empregados, poden-do adotar livros, fi chas ou sistema eletrônico; instalar proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais, forração antiderrapan-te de pisos, sistema guarda-corpo e rodapé, cintos de segurança com dis-positivo guarda-quedas, instalações sanitárias adequadas, além de equi-pamentos de proteção coletiva e in-dividual (EPI).

MPT regulariza condições de trabalho nas obras da MRM Construtora

A investigação do MPT foi iniciada a partir do recebimento do relatório de fi scalização da GRTE de Feira de Santana, no qual constam diversos autos de infração relativos à construção do Hospital Estadual da Criança naquele município. As irregularidades levaram os auditores da GRTE a embargar parte da obra.

Desde novembro de 2009, a atuação parceira do Ministério Público do Trabalho (MPT) com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) foi reforçada com o Programa Nacional de Combate às

Irregularidades Trabalhistas na Indústria da Construção Civil do MPT. Na Bahia, foram feitas diversas inspeções em obras na Região Metropolitana de Salvador e Feira de Santana, numa operação que mobilizou procuradores do MPT, auditores da SRTE, analistas periciais e equipe de apoio.

Entre as principais irregularidades fl agradas, risco grave de queda, elevadores e escadas inseguros, ausência de sinalização, equipamentos e dispositivos de segurança, além de instalações de convivência subdimensionadas.

SAIBA MAIS

Projeto MPT na Escola leva combate ao trabalho infantil para escolas baianas

Constituição Federal, artigo 7º, inciso XXXIII

Em defi nição legal, é proibido o trabalho noturno, perigoso ou

insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16

anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos

Otrabalho infantil será tema das tarefas escolares em Salvador

e outros dez municípios da Região Metropolitana (RMS) e Recôncavo. Os coordenadores e professores municipais estão sendo capacitados para estimular a consciência crítica dos alunos sobre o assunto, através de literatura, música, artes visuais e teatro. Para facilitar a abordagem, clipes, dvds e publicações lúdicas, como a cartilha “Brincar, Estudar, Vi-ver... Trabalhar só quando Crescer”. A iniciativa é parte do projeto MPT na Escola, que vem sendo desenvol-vido simultaneamente pelo Ministé-rio Público do Trabalho em todos os estados brasileiros.

Na Bahia, o projeto é capitaneado pelas procuradoras Sandra Faustino e Adriana Campelo (foto abaixo), res-pectivamente coordenadora e vice-coordenadora regionais da Coordin-fância - Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente. A pri-meira etapa incluiu, além da capi-tal baiana, os municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Madre de Deus, Saubara, Santo Amaro, Dias D’Ávila, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé e Simões Filho. Mais de 80

educadores já participaram da ofi -cina de formação.

Em seguimento, o projeto está sendo estruturado nas subsedes do MPT/BA – Itabuna, Barreiras, Jua-zeiro, Eunápolis, Vitória da Con-quista, Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana.

METODOLOGIA – O projeto consis-te num conjunto de ações voltadas para a promoção de debates nas escolas de ensino fundamental, de temas relativos aos direitos da crian-ça e do adolescente, especialmente a erradicação do trabalho infantil e a proteção ao trabalhador adoles-cente. Os alunos do ensino funda-mental público serão estimulados a conhecer e combater a realidade perversa. Para apoiar a iniciativa, fo-ram produzidas 250 mil cartilhas e material pedagógico destinado aos estudantes, além de 25 mil boletins e 10 mil cartazes.

A cartilha “Brincar, Estudar, Vi-ver... Trabalhar só quando Crescer” está sendo entregue para dividir es-paço com livros nas mochilas e biblio-tecas. Professores e coordenadores pedagógicos são capacitados para atuar como multiplicadores e produ-zir tarefas escolares com o tema.

Em apenas um ano, pelo menos 454 mil estudantes das redes públicas de ensino fundamental em 171 municípios de nove estados brasileiros e 13.354 professores de 2.636 escolas já foram atendidos pelo Programa MPT na Escola, lançado em 2009. A iniciativa, segundo o coordenador nacional da Coordinfância, Rafael Marques, permitiu formar nova consciência em torno dos malefícios do trabalho precoce.

O coordenador explica que os números são ainda parciais, e refl etem apenas as estatísticas dos estados do Rio Grande do

Sul, Bahia, Ceará, Pará, Tocantins, Roraima, Rondônia, Piauí e Mato Grosso, onde o MPT na Escola está mais avançado. “Temos informações de dezenas de colegas procuradores em outros estados no sentido de que o MPT na Escola já se encontra em fase inicial de implantação, o que permitirá alcançarmos, ainda até o fi nal deste ano, mais que o dobro do universo atendido até agora”, estima. Para Marques, o programa tem o mérito de ajudar a reverter a cultura de tolerância que ainda prospera em relação ao trabalho precoce. (Colaborou Valdélio Muniz - ASCOM MPT/CE)

Programa já atendeu a 454 mil alunos e 13,35 mil educadores no país

Plantio de árvores frutíferas, dis-tribuição de material educativo

e lanche “ecologicamente correto” foram algumas da atividades que marcaram a Semana do Meio Am-biente no MPT/BA, de 1° a 7 de ju-nho. Coordenada pela Comissão de Gestão Ambiental, a semana come-çou com a boa notícia da redução no consumo de energia e resultados positivos na coleta seletiva.

Presidida pela procuradora Ana Emilia Albuquerque (na foto, com o procurador-chefe Marcelo Brandão), a comissão também conta com as servidoras Christiane Pedreira (Triagem), Luciana Pereira (Ga-binete) e Maria do Carmo Sales (DRH). Foi delas a iniciativa de criar, em 2006, o PRT5 Recicla, hoje absorvido pela implantação do MPT Ambiental. Fato que con-

tribuiu para a Bahia ser uma das regionais que primeiro alcançou as metas do programa de estímulo à adoção de critérios socioambien-tais para minimizar o impacto das práticas administrativas.

A implantação do MPT Ambien-tal gerou ainda a aquisição de cole-tores específi cos para papel, copos plásticos, pilhas e baterias, além de container para armazenamento, distribuídos na sede e PTM’s. Refe-rência elogiosa aos funcionários da limpeza e conservação, que levam boa parte do crédito pela coleta se-letiva de 2,6 toneladas de materiais recicláveis entre papel, vidro, ferro, alumínio e plástico. Vitória também na substituição dos aparelhos de ar-condicionado central por modelos split, reduzindo o consumo de ener-gia em 36% (cerca de 18 mil kwh).

MPT/BA celebra resultados positivos com gestão ambiental

Sesab é condenada por terceirização ilícita de mão-de-obra

O Estado da Bahia - Secretaria de Saúde foi conde-nado pela Justiça

do Trabalho por terceirização ilícita de

funcionários na área de saúde. A decisão judicial exige que a Admi-nistração Pública Estadual decrete a nulidade do contrato de terceiri-zação de serviços celebrado com a SM Assessoria Empresarial e Gestão Hospitalar Ltda., deixando de tercei-rizar quaisquer serviços que estejam compreendidos na atividade-fi m da própria Sesab.

Assinada no dia 17 de maio deste ano, a sentença da 39ª Vara do Trabalho de Salvador tomou por base a Ação Civil Pública (ACP nº 1403.2009.039.05.00.4) ajuizada pelo Ministério Público do Traba-lho em dezembro de 2009, de auto-ria da procuradora Janine Milbratz Fiorot. Após investigações, o MPT comprovou que a Sesab vinha man-tendo contratos com a SM Assesso-ria Empresarial e Gestão Hospitalar Ltda., transferindo para a empresa gestão de, pelo menos, três hospi-

tais públicos. A SM não só admi-nistra os hospitais, como também é responsável pela contratação de todos os trabalhadores que pres-tam serviços.

Na decisão, a juíza Léa Nunes determina a nulidade da interme-diação de mão-de-obra realizada pelo Estado da Bahia, através dos contratos fi rmados com SM Asses-soria Empresarial e Gestão Hospi-talar Ltda., afastando os trabalha-dores terceirizados no prazo de um ano (a contar do trânsito em julga-do da decisão). Ainda, que o Estado deixe de contratar ou se utilizar de pessoa física ou jurídica interposta para a execução de atividades es-senciais, permanentes e fi nalísticas das suas unidades hospitalares e demais estabelecimentos de aten-dimento à saúde. Inclui médicos, enfermeiros, nutricionistas, odon-tólogos, fi sioterapeutas, farma-cêuticos, bioquímicos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocu-pacionais, técnico de laboratório, técnico de esterilização, técnico de radiologia, técnico de enfermagem e auxiliarem administrativos.

A erradicação do trabalho infantil encabeça a pauta de sólidas instituições nacionais e internacionais. Longe de uma solução isolada, o tema assume interpretações diversas a cada dimensão. Econômica, política, social. Mas é na questão cultural que o trabalho infantil esbarra em seu maior inimigo. “Trabalhar é bom, melhor do que virar marginal” é frase fácil de ser ouvida. Principalmente de quem é mais pobre.

Convencer que o trabalho precoce prejudica a escolarização, a formação física e psicológica, e compromete uma inserção positiva no mercado de trabalho é desafi o de todos. O Projeto MPT na Escola quer trazer a consciência crítica para as salas de aula. E usa a arte para tanto. Confi ra essa e outras novidades no mundo do trabalho nesta edição.

Boa leitura!

EditorialPRT 5ª REGIÃO – BAHIA

n PROCURADOR-CHEFEMARCELO BRANDÃO DE MORAIS CUNHAPROCURADOR-CHEFE SUBSTITUTOPACÍFICO ANTONIO LUZ DE ALENCAR ROCHAPROCURADORA-CHEFE EVENTUALADELIA MARIA BITTENCOURT MARELIN

n COORDENADOR 1º GrauTitular: PACÍFICO ANTONIO LUZ DE ALENCAR ROCHASubstituto: JANINE MILBRATZ FIOROT

n COORDENADOR 2º GrauTitular: ANTÔNIO MESSIAS MATTA DE ARAGÃO BULCÃOSubstituta: CARLA GEOVANNA CUNHA ROSSI

n COORDENADOR ESTÁGIO ACADÊMICOTitular: ADRIANA HOLANDA MAIA CAMPELOSubstituto: PEDRO LINO DE CARVALHO JÚNIOR n PROCURADORES REGIONAIS DO TRABALHO ADELIA MARIA BITTENCOURT MARELINANTÔNIO MESSIAS MATTA DE ARAGÃO BULCÃOCARLA GEOVANNA CUNHA ROSSICÍCERO VIRGULINO DA SILVA FILHOCLÁUDIA MARIA REGO PINTO RODRIGUES DA COSTAEDELAMARE BARBOSA MELOINÊS OLIVEIRA DE SOUZAJAIRO LINS DE ALBUQUERQUE SENTO-SÉJORGINA RIBEIRO TACHARDMANOEL JORGE E SILVA NETOMARIA DA GLÓRIA MARTINS DOS SANTOSMARIA LÚCIA DE SÁ VIEIRAVIRGINIA MARIA VEIGA DE SENA

n PROCURADORES DO TRABALHOADRIANA HOLANDA MAIA CAMPELO ALBERTO BASTOS BALAZEIRO (PTM DE EUNÁPOLIS)ANA EMILIA ANDRADE ALBUQUERQUE DA SILVAANNELISE FONSECA LEAL PEREIRA (PTM DE BARREIRAS)BERNARDO GUIMARÃES CARVALHO RIBEIRO (PTM DE FEIRA DE SANTANA)CHAFIC KRAUSS DAHER (PTM DE JUAZEIRO)CLÁUDIO DIAS LIMA FILHO (PTM DE VITÓRIA DA CONQUISTA)CLEONICE MARIA RODRIGUES MOREIRAEMERSON ALBUQUERQUE RESENDE (PTM DE ITABUNA)FERNANDA ESTRELA GUIMARÃES (PTM DE EUNÁPOLIS)JANINE MILBRATZ FIOROTJANINE RÊGO DE MIRANDA (PTM DE JUAZEIRO)LARISSA SANTANA LEAL LIMA (PTM DE ITABUNA)LEANDRO MOREIRA BATISTA (PTM DE FEIRA DE SANTANA)LUANA LIMA DUARTE (PTM DE BARREIRAS)LUÍS ANTÔNIO BARBOSA DA SILVALUIZ ALBERTO TELES LIMALUIZ ANTÔNIO FERNANDESMARCELO BRANDÃO DE MORAIS CUNHAPACÍFICO ANTONIO LUZ DE ALENCAR ROCHAPEDRO LINO DE CARVALHO JÚNIORRAYMUNDO LIMA RIBEIRO JÚNIOR (PTM DE VITÓRIA DA CONQUISTA)RÔMULO BARRETO DE ALMEIDA (PTM DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS)ROSÂNGELA RODRIGUES DIAS DE LACERDASANDRA MARLICY DE SOUZA FAUSTINOSÉFORA GRACIANA CERQUEIRA CHAR

O MPT-BA Notícias é uma publicação do Ministério Público do Trabalho na Bahia (5ª Região). Circulação nacional dirigida, com distribuição gratuita e tiragem de 1.200 exemplares. Autorizada a reprodução do conteúdo, com crédito da fonte.

Coordenação editorial: Olenka Machado. - Registro MTE: 17.216/RJRedação: Lucas Rocha e Olenka Machado.Projeto gráfi co: Ogro Comunicação e Design - [email protected]ção: Marcelo OliveiraIlustrações: Cau GomezFotos: Acervo MPT/BAImpressão: Gráfi ca Santa Bárbara

MPT / BAHIA - Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª RegiãoAv. Sete de Setembro, 308, Corredor da VitóriaSalvador – Bahia – CEP 40.080-001Telefone: 71. 3324-3400Assessoria de Comunicação: 71. [email protected] nossa página: www.prt5.mpt.gov.brhttp://twitter.com/mptbahia

BAHIA2 BAHIA 7

A Empresa Baiana de Alimentos S.A. - Ebal foi condenada pela Justiça do Trabalho a, de imediato, deixar de contratar pessoal para ocupar cargos em comissão sem que exista lei pre-vendo tal possibilidade. Salvo para os cargos da Administração Superior, Fiscalização e Diretoria Executiva. Fora esses, todos os contratos fi rma-dos para ocupação de cargo em co-missão foram declarados nulos. Ain-da, a Ebal não poderá mais receber trabalhadores cedidos sem que haja lei prevendo tal cessão.

A decisão da 34ª Vara do Traba-lho de Salvador, assinada no dia 22 de abril/2010, tomou por base a Ação Civil Pública (ACP nº 00852.2009.034.05.00-2) ajuizada pelo MPT em abril de 2009, de autoria da procuradora Janine Milbratz Fiorot. Na decisão, o juiz Juarez Dourado Wanderley deter-mina o prazo máximo de 10 meses (do trânsito em julgado) para a Ebal afastar os trabalhadores que ocu-pam irregularmente os cargos em comissão. O diretor-presidente da Ebal S.A., Reub Celestino da Silva,

tem responsabilidade solidária na condenação pela multa em caso de descumprimento da sentença.

A multa prevista para o descum-primento da decisão judicial é de R$ 20 mil, por cada empregado contratado ou cedido irregular-mente. Ainda, como reparação por danos causados aos direitos difu-sos e coletivos dos trabalhadores, a Ebal foi condenada a pagar R$ 100 mil, com todos os valores reco-lhidos em favor do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Justiça do Trabalho condena Ebal por utilização irregular de cargos em comissão e cessão de servidores

Fundac vai deixar de intermediar serviços

A Fundac - Fundação da Criança e do Adolescente foi condenada pela Justiça do Trabalho por terceirização ilícita de mão-de-obra. A decisão judicial, em caráter de antecipação dos efeitos da tutela, impede que a Fundac renove ou adite os convênios fi rmados com a Fundação José Silveira para intermediação de mão-de-obra, ou que celebre novo contrato ou convênio com qualquer empresa ou fundação para objetivo semelhante.

Assinada em dia 30 de janeiro/2010, a sentença da 25ª Vara do Trabalho de Salvador tomou por base a Ação Civil Pública (ACP nº 00059-98.2010.5.05.0025) ajuizada pelo MPT, em janeiro de 2009, de autoria da procuradora Janine Fiorot. O MPT comprovou que a Fundação José Silveira fornece às unidades da Fundac 594 trabalhadores, todos exercendo atividades ligadas aos seus fi ns estatutários. Fora esses, os 107 servidores estatutários da Fundac foram admitidos a partir do concurso realizado em 1996 e 71 foram investidos antes da CF/88. Ainda, a Fundac possui 17 cargos em comissão, alguns deles institucionais, e 266 trabalhadores temporários irregulares, que estão sendo objeto de outras medidas administrativas e judiciais.

Combate ao trabalho infantil como tema das tarefas escolares

MPT NA ESCOLA

Debate em praça pública marca dia em memória das vítimas de acidentes de trabalho

MEIO AMBIENTECarvobrás regulariza

condições de trabalhono Oeste da Bahia

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Uma maratona com apresen-tação teatral, distribuição de material educativo e debate

com especialistas no mundo do tra-balho marcou o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho em Salvador, celebrado no 28 de abril. Organiza-do pelo Fórum de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho – Forumat, o evento foi realizado na Praça da Pie-dade, com presença de representan-tes das instituições públicas e entida-des representativas de trabalhadores. A mesa de debates reuniu Ministério Público do Trabalho (MPT), Superin-tendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Setre, Cesat, Fun-dacentro, Sintracon, CTB e Força Sin-dical. O MPT foi representado pelos procuradores Janine Milbratz Fiorot e Luiz Alberto Teles Lima.

O Forumat é uma instância que visa à melhoria do meio ambiente do trabalho, segurança e saúde dos trabalhadores, preservando um am-biente ecologicamente equilibrado. O fórum é presidido pelo MPT/BA, sob responsabilidade da procurado-ra Séfora Cerqueira Char, e congrega

instituições públicas e não-governa-mentais, atualmente com 25 repre-sentantes no Conselho Deliberativo.

Fatores de exclusão social, os aci-dentes e doenças do trabalho pode-riam ser evitados com a adoção de uma conduta adequada, com ante-cedência e responsabilidade. Práticas

de prevenção, que deveriam ser apli-cadas sistematicamente, por empre-gadores, trabalhadores e governos. Um meio ambiente do trabalho sau-dável e seguro, direito fundamental do trabalhador, pode evitar mortes, invalidez parcial ou permanente, além de aposentadorias precoces.

As escolas de ensino fundamental ganham uma nova ferramenta para estimular a consciência crítica dos alunos sobre assuntos relativos aos direitos da criança, especialmente erradicação do trabalho infantil e proteção ao trabalhador adolescente

BAHIANo tícias

TERCEIRIZAÇÃOSesab condenada

por intermediarserviços de saúde

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O mercado de trabalho recebeu 100 novos profi ssionais capacitados pela Apae Salvador – Associação de Pais e Amigos do Excepcionais, em solenidade realizada na sede da entidade, no dia 28 de maio. Uma iniciativa de reforço à capacitação profi ssional dos trabalhadores com defi ciência, os cursos foram viabi-lizados na parceria com o MPT, em processo conduzido pela procura-

dora Maria Lúcia de Sá Vieira, no Núcleo de Combate à Discrimina-ção no Trabalho.

Em setembro de 2009, a Ambev fi rmou um termo de ajustamento de conduta com o MPT, contendo uma cláusula de indenização pelo dano moral coletivo de R$ 200 mil. O valor foi revertido para as prin-cipais entidades baianas de apoio às PcDs. No caso da Apae Salvador,

o valor de R$ 79.532,00 foi aplicado pela Coordenação de Qualifi cação Profi ssional – Cefap em cursos de au-xiliar de higienização de ambientes, auxiliar de copa e cozinha, auxiliar de estoque com ênfase em empacota-dor, auxiliar de jardinagem e lanches comerciais. Com módulos básico, específi co e gestão, os alunos foram capacitados em cursos de 240 horas.

Também foram benefi ciadas pelo TAC as associações Abadef (defi cien-tes físicos), Apada (surdos) e ABC (cegos), de comprovada atuação no combate à segregação e discrimina-ção das PcDs. Com projetos que esti-mulam a superação das difi culdades e desenvolvimento de potencialida-des facilitadoras de inclusão social, as entidades coexistem como orga-nizações sociais sem fi ns lucrativos, aptas a receber doações.

Parceria Apae MPT reforça capacitação profi ssional de PcDs

Encenação do confl ito patrão X empregado motivou discussões

n Ano 5 - Nº 8 n Janeiro a Julho/2010

Ministério Público do Trabalho - BA

Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região