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ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO RIO GRANDE DO NORTE N. 55 Natal - RN JUL/AGO/SET 2013 O QUE PENSAM OS JUÍZES DO RN Informa TJRN E OS NOVOS DESEMBARGADORES ELEIÇÕES DA AMB 10 5

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ASSOCIAÇÃODOS MAGISTRADOSDO RIO GRANDEDO NORTE

n. 55natal - Rnjul/Ago/Set2013

O QUE PENSAM OS JUÍzES DO RN

Informa

tjRn e oS novoS deSembARgAdoReS

eleIçõeS dA Amb

10 5

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Ouvir o associado e trabalhar junto com ele para fortalecer a magis-tratura potiguar são ações da AMARN, graças à colaboração de cada um de vocês. Pela primeira vez a associação está realizando uma pesquisa de forma ampla para conhecer a situação da magistratura do RN e discu-tir questões que possam nos trazer melhorias de trabalho.

É de fundamental importância a participação de todos os colegas para que possamos avaliar questões relacionadas à magistratura e defi -nir planos e ações de nosso interesse.

O AMARN Informa traz ainda uma reportagem sobre as eleições da AMB a serem realizadas em novembro.

Demos ainda as boas-vindas aos mais novos desembargadores do TJRN – Glauber Rêgo e Gilson Barbosa.

Agradecemos ainda ao colega desembargador Cláudio Santos pelo artigo sobre o juiz e a mídia.

Boa leitura e até a próxima edição.

Juiz Jessé de Andrade AlexandriaVice-presidente cultural da AMARN

conSelho executIvo

presidenteJuíza Hadja RayanneHolanda de Alencar

vice-presidente InstitucionalJuiz Marcelo Pinto Varella

vice-presidente AdministrativoJuiz Cleofas Coelho de Araújo Junior

vice-presidente financeiroJuiz Odinei Wilson Draeger

vice-presidente de comunicaçãoJuiz Paulo Giovani Militão de Alencar

vice-presidente culturalJuiz Jessé Andrade de Alexandria

vice-presidente SocialJuiz Jorge Carlos Meira e Silvavice-presidente dos esportesJuiz Felipe Luiz Machado Barros

vice-presidente dos AposentadosJuiz Francisco Dantas Pinto

coordenador da Região oesteJuiz Breno Valério Fausto de Medeiros

coordenadoria da Região SeridóJuíza Marina Melo Martins

conSelho fIScAl

Juiz Azevêdo Hamilton CartaxoJuiz Fábio Antônio Correia FilgueiraJuiz Fábio Wellington Ataíde AlvesJuíza Flávia Souza Dantas Pinto

Juiz Gustavo Henrique Silveira SilvaJuiz Luiz Alberto Dantas Filho

Juiz Mádson Ottoni de Almeida Rodrigues

Juíza Manuela de Alexandria FernandesJuíza Rossana Alzir Diógenes Macêdo

editora executivaAdalgisa Emídia DRT/RN 784

Projeto Gráfi co e DiagramaçãoFirenzze - Making Apps

(84) 2010.6303 | (84) 2010.6307atendimento@fi renzze.com

fotosElpidio Júnior

A AMARN E vOCÊ Associação dos magistrados

do Rio grande do norteCondomínio Empresarial Torre Miguel

Seabra FagundesR. Paulo B. de Góes, 1840 - Salas

1002, 1003 e 1004.Candelária - Natal-RN - CEP:

59064.460Telefones: (84) 3206.0942 / 3206.9132

/ 3234.7770CNPJ: 08.533.481/0001-02

Editorial Editorial

2 AMARN - JUL / AGO / SET 2013 www.amarn.com.br - [email protected]

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Há alguns dias eu lia com o meu filho caçula uma das daquelas histó-rias infantis da qual se extrai sempre uma lição moral. Na historinha havia uma vila onde todos os moradores se beneficiavam do trabalho de um úni-co burro. Lavoura, tração, transporte, tudo dependia da força do animal. E o bicho realmente dava conta do reca-do. Os moradores da vila, querendo incrementar a atividade (e os lucros) passaram a exigir que o animal traba-lhasse o dia inteiro. Seduzidos pelos bons resultados o povo resolveu que o burro poderia ainda trabalhar o pe-ríodo noturno. Mesmo enxergando os nítidos sinais de cansaço, fustigavam o animal para fazê-lo cumprir as me-tas traçadas. E o bicho amanheceu morto.

Sem querer ofender a magistratu-ra com a comparação (e descontando o final trágico), o paralelo com a situ-ação que o juiz vive hoje é evidente. Hoje somos tratados como burro de carga. Você pode até estar pensan-do: que exagero! Mas é a pura ver-dade. Repare só. Com o advento do Conselho Nacional de Justiça passa-mos a ser submetidos ao sistema de metas, que em um primeiro momento

apresentou bons resultados numéri-cos. Então as metas passaram a ser uma constante para os juízes e os Tribunais. Além de numerosas já está se cogitando em transformar algumas em metas permanentes e todas em puníveis disciplinarmente, caso não seja alcançadas.

Tudo isso sem maiores preocupa-ções com o incremento nas condições de trabalho do juiz, notadamente no que pertine ao número de servidores. Suporte para que? Vamos fustigar a magistratura. Ameaçar de punições e presto! Resolvido o problema do Judi-ciário Nacional. A cadeia de comando fica bem clara: o CNJ pressiona os Tri-bunais que transferem essa pressão para os magistrados, que suportam o peso sem ter a quem pressionar pois muitas vezes (no mais das vezes) o escasso número de funcionários nas varas e comarcas não permite que o juiz tenha a quem pressionar.

A magistratura de primeira instân-cia dá óbvios, notórios e claros sinais de exaustão. A desmotivação é geral e absoluta. Alguns já entregaram os pontos e aguardam ansiosamente o dia em que alcançarão suas aposen-tadorias. Outros lamentam terem ab-

dicado de outras carreiras em prol de uma vocação. E como o burrinho da Fábula novas metas e novas formas de pressão vão sendo implementa-das. Fico às vezes me perguntando como pode o absurdo dessa realida-de passar despercebido dos que diri-gem o Poder Judiciário. Em especial o CNJ.

A lição da história medieval ressoa na nossa realidade. Só não vê quem não quer. É difícil de engolir mais aí vai: Ninguém mais quer ser juiz. De-sacreditado, pressionado, fustigado a exaustão.

Essa situação vil e tortuosa pre-cisa ser modificada. O CNJ precisa acordar pra vida e parar de reger esse processo com essa visão desumana. Os tribunais têm a responsabilidade de quebrar essa cadeia de comando maluca e trazer a coisa pra realidade. É hora de parar de fustigar o burrinho. Incrementar a força de trabalho para poder cobrar melhores resultados ou do contrário, como na fábula, o final vai ser trágico.

Juíza Hadja RayanneHolanda de Alencar

Presidente da AMARN

A MAGISTRATURA E O BURRINHO DA FÁBULA

Palavra da Presidente

AMARN - JUL / AGO / SET 2013 3www.amarn.com.br - [email protected]

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A Atitude Cooperação é uma en-tidade não governamental e sem fins lucrativos que leva saúde, educação, lazer e cidadania para mais de 500 fa-mílias do bairro do Bom Pastor, zona Oeste de Natal. Desde sua criação, em 12 de setembro de 2006, a organização vem desenvolvendo projetos que viabi-lizam novas alternativas socioeconômi-cas e culturais para as crianças, jovens e adultos atendidos.

E em 2013, a ONG Atitude Coope-ração tem muito que comemorar. Com cerca de 80% das obras físicas concluí-das, a instituição está realizando um so-nho antigo: a construção de sua sede no Bom Pastor, uma iniciativa que visa estimular o crescimento dos 11 projetos atualmente desenvolvidos e, após sua inauguração, aproximar ainda mais a entidade da comunidade assistida.

Para tanto, foi reservada uma data mais que especial: 12 de outubro. “Este será nosso presente para as crianças

e adolescentes que atendemos. A es-colha dessa data não poderia ser mais oportuna”, declara a vice-presidente da ONG, Dra. Edailna Maria de Melo Dantas. O espaço contará com quatro salas de música, um camarim, uma bi-blioteca, salas de informática e multimí-dia, sala para os professores, além de lanchonete, quadra coberta, guarita e estacionamento.

Ajude você tAmbém!Para manter seus trabalhos e dar

continuidade a todos os projetos de-senvolvidos, a ONG Atitude Coopera-ção conta com a ajuda de mais de 118 voluntários e empresas parceiras. A Unimed Natal é uma delas.

Seja com doações financeiras, em-prestando suas habilidades artísticas ou dedicando um pouquinho do seu tempo a causas tão nobres, você tam-bém pode contribuir para a construção de um mundo melhor.

12 DE OUTUBRO: DIA DE ATITUDE E COOPERAçãO

Responsabilidade Social

Informações:3220-6357 [email protected]

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Eleições/AMB

As eleições diretas aos Conselhos Executivo e Fiscal da AMB acontece-rão nos dias 22 e 23 de novembro, onde magistrados de todo o País vão escolher a próxima diretoria da asso-ciação para o triênio 2014/2016. O voto poderá ser feito nas sedes das associações, por carta ou ainda pela internet.

O voto presencial será realizado das 8 horas do dia 22 de novembro e encerrado às 18 horas do dia 23 de novembro de forma ininterrupta e po-dem votar todos os magistrados que estiverem em dia com as suas obri-gações e contribuições sociais com a AMB, referentes aos três últimos me-ses da votação.

A AMB tem 36 associações regio-nais, sendo 27 de juízes estaduais, sete de trabalhistas e duas de mi-litares. Ao todo são 14 mil associa-dos, incluindo ainda os magistrados federais.

Duas chapas irão concorrer às eleições.

Uma da oposição, tendo como candidato a presidente o juiz da 16ª Vara Cível de Porto Alegre e ex-pre-sidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul – AJURIS – João Ricardo Costa do Movimento Unidade e Valorização.

E a outra chapa, da situação, ten-do como candidato a presidente pela “AMB para os magistrados, justiça para o Brasil – Juiz Forte, Brasil Me-lhor”, o juiz do Paraná Roberto Portu-gal Barcellar.

Com mais de 20 anos de experi-ência profissional, Bacellar é mestre em Direito pela PUC e presidiu a As-sociação dos Magistrados do Paraná (Amapar) no biênio 2002/2003. Hoje é diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura e coordenador nacional do programa Cidadania e Justiça Tam-bém se Aprendem na Escola, da AMB.

A seguir trechos das entrevistas dos dois candidatos (inscritos até o dia 24 de setembro) no jornal Folha de São Paulo:

PELOS MAGISTRADOS BRASILEIROS

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juIz joão RIcARdo

conjur — Qual é a sua proposta de plata-forma para defender esse aumento da remune-ração da magistratura?

joão Ricardo — Primeiro temos que estabe-lecer pontes de relacionamento com a sociedade para mostrar a importância da magistratura. No âmbito remuneratório, e isso é muito importante dizer, temos um grande problema que é a instabi-lidade dos subsídios. Nosso receio é que em face da vulnerabilidade remuneratória os melhores quadros não sejam mais atraídos para magistra-tura. É fundamental que essa questão seja posta com clareza, o quanto é importante que haja uma estabilidade no subsidio da magistratura, que se cumpram os preceitos constitucionais, inclusive a revisão dessa remuneração, e mais ainda que se recupere a carreira da magistratura com a imple-mentação de subsídios. Quando se retirou o adi-cional por tempo de serviço a magistratura deixou de ter uma carreira, e isso tem causado uma série de danos ao Poder Judiciário, pois não existe uma perspectiva de melhora na remuneração com o passar do tempo de serviço.

conjur — e qual seria o valor de um sub-sidio digno?

joão Ricardo — O valor digno seria o que foi estabelecido quando se definiu a política de subsídios. Bastaria que tivesse um acompanha-mento de reajustes e isso não aconteceu. Agora, em relação aos adicionais por tempo de serviço eles deveriam acrescer esses valores como forma de estimulo à carreira. As carreiras jurídicas, as carreiras do estado, devem ser constantemente estimuladas, porque são de extrema importância para o país. Não podemos ter agentes públicos desestimulados.

conjur — os juízes também devem votar nas eleições para direção dos tribunais?

joão Ricardo — Isso é mais que uma cren-ça, é uma determinação nossa conquistar esse direito. Nós somos um gueto de ditadura dentro de uma democracia. O magistrado não poder es-

colher o presidente do seu tribunal, aquele que vai dirigir o sistema judiciário em que ele atua, é uma declaração de incapacidade desse magistrado de participar do processo administrativo da gestão da justiça. Acho que é um dos grandes avanços que nós podemos ter no judiciário. Muitas vezes, em função dos processos de escolha dos presidentes estarem limitados, o olhar na base não é feito e não há compreensão da real demanda que tem de justiça dentro de cada unidade federativa. É vital para que melhore o acesso à Justiça, a prestação jurisdicional, que os juízes vo-tem para presidente dos seus tribunais.

conjur — Sobre as fé-rias de 60 dias, o senhor é favorável?

joão Ricardo — Sim. As férias de 60 dias compõem uma necessidade para a ma-gistratura. Nós temos um sis-tema de trabalho que impos-sibilita uma jornada parecida com os trabalhadores celetis-tas. O judiciário não fecha as portas, o juiz não pode dizer: “Olha, hoje eu já esgotei a minha cota, já julguei 10 pro-cessos, e eu não vou julgar mais do que isso. Não vou despachar mais do que isso.” O juiz tem que levar proces-sos no fim de semana para casa, muitas vezes o período de férias é utilizado também para botar o serviço em dia. Nós temos férias de dois meses e nos outros dez estamos de sobreaviso ou plantão. Não podemos dizer: “Terminou meu horário de expediente. Eu não posso atender.” Essa neces-sidade tem que ter as suas compensações para que o ser humano juiz possa recompor as suas energias. Nas outras carreiras em que existe uma regulação, há uma limitação nas suas atividades laborais. Nós não temos essa limitação e isso é um grande problema. A forma de efetividade do poder judiciário não permite que isso aconteça.

AS cARReIRAS juRídIcAS, AS

cARReIRAS do eStAdo, devem SeR

conStAntemente eStImulAdAS,

poRQue São de extRemA

ImpoRtâncIA”.

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A mAgIStRAtuRA deveRIA SeR A função mAIS vAloRIzAdA dentRe todAS AS cARReIRAS do eStAdo, poIS todAS Se bASeIAm nelA”.

juIz RobeRto bAcellAR

conjur — Qual a sua proposta para defen-der o aumento da remuneração da magistratu-ra? e o que seria um subsídio digno para um magistrado?

Roberto portugal bacellar — Primeiro, a remu-neração tem que garantir a independência do magis-trado. A independência econômica é que dá seguran-ça para que ele possa se comportar, independente de qualquer pressão e de quaisquer circunstâncias.

Essa independência econômica surge em face das grandes limi-tações que ele tem no exercício da carreira: não pode ter outra atividade, não pode ser empre-sário, não pode nem mesmo ser sindico do prédio se ele quiser, não pode se filiar a partidos po-líticos. Então, esse é o ponto fun-damental. Essa função — buscar manter reposições nos subsídios —, entretanto, em primeiro lugar, é voltada ao Supremo Tribunal Federal. Quem tem que defen-der em primeiro lugar o subsídio digno é o próprio Supremo. Os movimentos associativos têm um papel fundamental, e é tam-bém seu papel institucional, pug-nar por essa remuneração que garanta essa independência.

ConJur — E teria uma valor definido para o juiz ser independente?

Roberto portugal bacellar — É difícil falar em valor. A magistratura deveria ser a função mais valori-zada dentre todas as carreiras do Estado, pois todas se baseiam nela. Ninguém pode ganhar mais que o ministro do Supremo, significa dizer que o ministro do Supremo por ser juiz, por ser magistrado, é o cargo maior do país. É essa lógica que tem que ser constru-ída. Hoje, líquido, o salário é de R$ 12 mil a R$ 15 mil, já com os eventuais descontos. Se você pensar nes-sa remuneração para linhas gerais de mercado para profissionais com capacitação semelhante e que não

se submetem a concursos públicos e que exercem outras profissões, você vai ver que realmente houve uma defasagem natural. Por isso que hoje se pleiteia tanto o adicional por tempo de serviço, para que o magistrado com mais tempo de carreira possa ser melhor remunerado do que aquele que acaba de in-gressar na carreira.

conjur — juízes também devem votar nas eleições para a direção dos tribunais?

Roberto portugal bacellar — O momento exi-ge que se democratize a forma de escolha da cúpula dos tribunais, com a exceção de corregedores. Expli-co: o presidente é responsável pelo estabelecimento das diretrizes, de um plano de ação para o prestigio do Poder Judiciário. Já o corregedor tem uma função orientadora, mas ao mesmo tempo punitiva. Então, eleger corregedor poderia transparecer que nós es-taríamos elegendo aquele que apresenta proposta menos punitiva. Essa é uma posição já definida, em assembleia pela AMB. Eu gostaria muito, como juiz, de poder escolher o presidente do meu tribunal. Isso vai permitir com que ele apresente propostas e eu possa escolher dentro das melhores propostas.

conjur — o senhor é a favor das férias de 60 dias?

Roberto portugal bacellar — Sou. Exatamente por conta do que se exige do magistrado. Cada vez que se regula uma atividade são estabelecidas as peculiaridades e prerrogativas. Tudo isso faz parte de um pacote. O que acontece com os juízes? Quando eles prestam concurso público, assinam um termo de compromisso, de dedicação exclusiva, uma atividade de risco, sem limite de trabalho, sem jornada, atuam em plantões sempre à disposição da população, em domingos, feriados. Então, o contrato constitucional é esse. Ainda tem o dever de cumprir na vida pública e privada uma conduta irrepreensível em todos os mo-mentos. Falar que acabar com as férias vai acabar com o problema da magistratura é mais ou menos falar que para melhorar a educação nós temos que acabar com as férias de 60 dias dos professores. Na verdade, me parece um erro no foco. Existe uma compensação exatamente adequada daquilo que se exige de determinadas profissões.

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“EU APENAS REzEI”

Perfil

A sala é acolhedora com uma imagem de Jesus e a mensagem do Salmo 90 da Bíblia, onde se ler em um trecho “Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras “. Após um longo e doloroso caminho até che-gar a desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Glauber Rêgo mostra que as pro-vas duríssimas enfrentadas durante

o processo da escolha da vaga no TJRN serviram como um meio de amadurecimento. “Todo esse proces-so me exigiu muita paciência. Saber conviver com a angústia me mostrou o quanto é traumático a espera de um resultado e, essa preocupação eu vou carregar comigo aqui como desembargador. Quando eu estiver julgando, vou me esforçar para dar

uma resposta rápida”, afirma.Foram quatro meses – do tempo

da primeira escolha até a definitiva ao cargo de desembargador do TJRN – quando a eleição foi questionada pelo CNJ, o então advogado Glauber Rêgo não teve nem tempo de come-morar a sua escolha pela governado-ra do RN a um dos mais importantes cargos da magistratura potiguar. Mas,

AS pRovAçõeS e fé do deSembARgAdoR glAubeR Rêgo

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ele garante que procurou tirar apenas as coisas positivas da vida e as ne-gativas vão sendo apagadas da lem-brança. “Durante esse tempo, fiquei apenas rezando, lendo e aguardando os resultados. Não é uma experiên-cia boa e eu não desejo isso para ninguém. A gente cria expectativas, a família e amigos se envolvem e, até o resultado definitivo, não tem como evitar a angústia. Mas, foi um desafio muito grande e hoje estou renovado”, disse o desembargador.

A história de vida é de um ho-mem de apenas 42 anos que chega a desembargador depois de passar 15 anos na advocacia potiguar. Um homem de Pau dos Ferros, que es-tudou no Colégio Marista de Natal, sonhou em fazer medicina e acabou cursando agronomia em Mossoró e depois seguiu para o Direito, onde começou na UERN e concluiu na

UFRN em 1997.Quando questionado quais as

causas mais marcantes que atuou como advogado, é direto e responde que todas foram valorosas e lembra de um caso de divórcio em Potalegre, onde o casal questionava detalhes de bens ressaltando a importância de determinadas coisas na vida de cada um de nós.

Agora como desembargador, Glauber Rêgo diz que o Quinto Cons-titucional é importante por causa da proximidade do advogado com a sociedade. “É o advogado quem re-cebe a reclamação pela demora na prestação jurisdicional e ele é essen-cial no aspecto de dar mais celerida-de ao processo. Isso tudo me faz ter um olhar diferenciado ao julgar coleti-vamente”, afirma.

Casado e pai de dois filhos ado-lescentes – Maria Beatriz de 17 e

Luís Henrique de 12 – o desembar-gador Glauber Rêgo gosta da simpli-cidade da vida em família. Nas horas de lazer, gosta de jogar futebol e ler livros de biografias e cita alguns clás-sicos como de Tim Maia escrito pelo jornalista Nelson Mota e Chateau, o Rei do Brasil sobre o jornalista Assis Chateaubriand escrito por Fernando Morais.

Glauber Rêgo se define como um homem temente a Deus e diz que a mensagem que fica da vida é justamente a valorização das coi-sas simples. Quanto ao novo cargo, tem ainda longos 28 anos na magis-tratura potiguar até se aposentar e pretende fazer um trabalho sempre imparcial e correto. “O poder não tem me tornado maior nem menor do que eu era, apenas, estou mais recluso em termos de exposição”, conclui o desembargador.

desembargador glauber Rêgo e família

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Especial

Depois de 31 anos como juiz no Rio Grande do Norte, o paraibano Gil-son Barbosa é o mais novo desembar-gador do TJRN. Da primeira comarca em Santana do Matos até o cargo de desembargador, conquistou o respeito e admiração de todos com quem tra-balhou – de servidores a colegas ma-gistrados. O AMARN Informa fez um

perfil com o magistrado em sua edição de número 50, dos meses de abril, maio e junho de 2012 e, agora, mostra um pouco do novo desembargador na visão de alguns magistrados.

A AMARN realizou um jantar de confraternização em homenagem ao mais novo desembargador, em setem-bro de 2013, com a participação de

AS BOAS-vINDAS AO DESEMBARGADOR GILSON BARBOSA

um juIz deve eQuIlIbRAR o cARgo AoS vAloReS InteRnoS, como A humIldAde. ISSo é bem pReSente no novo deSembARgAdoR”.desembargador dilermando mota

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jantar do desembargador gilson barbosa

1. desembargador vivaldo pinheiro e esposa;2. desembargador gilson barbosa e o juiz marcelo varella3. juiz geraldo mota, desembargador e o juiz mádson ottoni4. magistrados

5. juiz fábio Ataíde, esposa, desembargador gilson barbosa e o juiz cornélio e esposa6. familiares7. familiares8. presidente da AmARn e o esposo juiz paulo giovani

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goStARIA de ReSSAltAR A poStuRA SeRenA e SImpleS Que o deSembARgAdoR gIlSon bARboSA demonStRA Ao AlçAR o tRIbunAl. ele tAmbém teve umA gRAnde ReceptIvIdAde com A AmARn Se moStRAndo dISpoSto A fAlAR em pRol dA mAgIStRAtuRA. é com AlegRIA Que ASSIStImoS Ao colegA AlçAR o tj”.juíza hadja Rayanne de holanda Alencar – presidente da AmARn

familiares, amigos e magistrados. “Pela carreira demonstrada ao

longo dos anos à frente da magistra-tura potiguar, o desembargador Gil-son Barbosa vem contribuir com sua experiência e vivência jurídica para o

engrandecimento do Judiciário. Tenho a certeza disso, o que penso ser tam-bém o sentimento de todos os demais pares do Pleno do TJ do Rio Grande do Norte”, citou o desembargador Cláudio Santos.

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Com o crescente processo de transparência que grassa no Poder Judiciário brasileiro desde a Emenda Constitu-cional nº 45, a qual, entre outras disposições ainda pou-co consideradas, criou o Conselho Nacional de Justiça, há ainda nebulosa área em que a comunicação social é precária ou ruidosa, e, por que não dizer, às vezes até inexistente.Refiro-me à incompreensão, com origem histórico-secu-lar, por parte da magistratura nacional, quanto ao verda-deiro papel e objeto da imprensa (mídia), mais ainda de forma significativa nos últimos tempos, era das modernas redes sociais, de consumo imediato.Pela própria natureza da atividade, o magistrado é isolado no seu trabalho cotidiano, bem como até na sua vida pri-vada, desde a proibição de se pronunciar sobre questões jurisdicionais pendentes que tramitam sob sua atribuição de julgar, bem como em se relacionar na comunidade em que vive com cidadãos do mesmo nível social, normal-mente muitos envolvidos em processos cíveis e criminais, desde empresários até gestores públicos, sob julgamento de magistrados que circulam no mesmo nível social.Há bem pouco tempo havia um temor reverencial da mídia tradicional quanto às questões, jurisdicionais ou não, que envolviam magistrados, quer no seu mister diário ou na sua vida privada. Agora, ultimamente, ao contrário, ocorre verdadeira sangria desatada de denuncismo. Mais ainda, portanto, o magistrado tem o dever – como sempre o teve, é bem verdade – de justificar bem sua atuação e sua vida pessoal perante a sociedade em que vive, já que é o úl-timo guardião da cidadania, da efetivação da dignidade da pessoa humana, entre outros inúmeros valores que tem o dever de zelar e preservar no exercício de suas atribuições.A liberdade de expressão e o direito do cidadão de re-ceber todas as informações de seu interesse, quando se

voltam para o trabalho e a vida do magistrado, são vistas de forma reticente pela magistratura. Permeando todo esse contexto, não se pode desprezar, para alicerçar essa flagrante situação, a relevância de interesses envolvidos, muitas vezes escusos ou pouco republicanos, capazes de passar por cima do cidadão-magistrado, desde que se al-cance o objetivo da empreitada.Atualmente, notadamente com a ausência de Lei de Im-prensa, como ocorre hoje, qualquer pessoa que queira ser, é jornalista; não precisa mais do que saber escrever ou falar, medianamente. Inclusive os menos preparados para tão digna profissão, notadamente estes, acham-se possuidores de direitos absolutos, a partir da simples lei-tura (leiga) dos dispositivos constitucionais que guardam a liberdade de expressão, inclusive o sigilo da fonte (sem-pre há fonte?).O magistrado poderia, nas questões profissionais, se limitar a expor as motivações da sua decisão, expostas sempre de público, salvo exceções pontuais. Na sua vida privada, há de manter-se exemplar, como determina a lei orgânica da magistratura, atendendo estritamente à legalidade de sua conduta, bem como à moralidade de suas ações.O principal problema que enfrenta o magistrado, diante da mídia, é a dificuldade dos jornalistas em compreende-rem que a atividade é preponderantemente de solução de conflitos, em que sempre uma das partes – quando não todas – é desagradada pelo ato judicial.E, em meio e esse vendaval de problemas comuns de varre o país, alguns que não lograram êxito em suas pre-tensões na Justiça, aproveitam-se do momento e passam a agredir os magistrados, muitas vezes de forma injusta e usando jornalistas amigos, quando não esses próprios, utilizando-se de armas poderosas de formação de opinião pública, que imaginam absolutamente livres, abaixo ape-nas da total liberdade que a leitura apressada do texto

O JUIz E A MÍDIAcláudio SantosDesembargador do TJRN

Artigo

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constitucional permite aos leigos.E cometem-se evidentes injustiças ao noticiar fatos inve-rídicos, meias verdades, sem contraditório, seja em nome do que for, sob respaldo do que imagina existir: a absoluta liberdade de expressão, quando a Constituição da Repú-blica não aceita direitos absolutos de quem quer que seja.Os fins, não apenas para o aplicador do Direito, não justifi-cam os meios. Por mais nobre que seja publicar a notícia, por mais interesse público que esteja em jogo, por mais pressa em dar o “furo”, deve-se considerar os princípios constitucionais da justiça – obrigação de todos - e do res-peito à dignidade da pessoa humana, premissas inafastá-veis ao correto trabalho do comunicador.Ao magistrado, algo já ressabiado, resta se trancar e se afastar do convívio social; apavora-se quando procura-do por qualquer jornalista, e, muitas vezes reclama, com razão, quando a notícia vem à baila sem que se tivesse cumprido o dever, do repórter, de ouvir a outra parte.Como a elaboração e o consumo da notícia são instan-tâneos, nem o jornalista o procura, dada a dificuldade de encontrar e a fonte informar, nem muitas vezes quer ouvir, pois o objetivo, nesse caso, é lançar a notícia sem o con-traditório, com fito de excluir o magistrado de determinado processo ou simplesmente denegrir sua imagem pública, em retaliação. Reverbera o fato como consumado, e está perfeita e acabada a condenação midiática, pena que não tem prazo para extinguir-se.Nenhuma explicação posterior, sequer condenação por da-nos morais e/ou pena criminal, haverá de juntar os papéis picados da honra injustamente agredida da autoridade do magistrado, que representa a última casamata da cidada-nia. Não se deve perder de vista a preservação da insti-tuição, portanto, como contribuição de todos à paz social.É inquestionável para o magistrado sensato, como o é a grande maioria ou quase totalidade, que ele tem obriga-ção de dar satisfação de sua vida profissional e pessoal à sociedade em que vive, independente dos deveres im-postos pela lei, desde trabalhar exemplarmente e buscar a razoável duração do processo, até a obrigação de receber os advogados e partes litigantes e ouvi-los, às vezes pa-cientemente, fato que sempre proporciona melhor quali-dade na decisão.Mas para o cidadão comum é impossível imaginar a gama

de interesses que rodeiam a magistratura, para melhor avaliação do profissional, que decide cotidianamente – em centenas de processos todos os meses - sobre vidas, saú-de, patrimônio, família, dinheiro, deveres e obrigações dos seus concidadãos, e tem que desagradar sempre, mais ainda aqueles que se acham possuidores de pseudodi-reitos ou privilégios, quando não os têm, por afronta à lei, ao direito ou a Constituição, e, por arrogância própria da importância social de que se acham investidos ou mere-cedores, acreditam que o magistrado deve atender sem-pre às suas pretensões, repita-se, inconsistentes, ilegíti-mas, ilegais, não republicanas ou despidas de qualquer razoabilidade.A grande maioria dos órgãos de comunicação se volta e se estrutura como meio ou instrumento para alcançar ou-tros objetivos, que não se confunde e é diverso do objeto--fim, como projetos políticos, empresariais, fazer lobby, ações ideológicas, canais corporativistas ou religiosos etc. São poucas as vocações, menos ainda os amadores, notadamente nos órgãos alternativos.Embora não seja privilégio do nosso país, nem do RN em particular, ainda há alguns que se acham detentores de poder ao ponto de acreditar que a Justiça está à sua dis-posição, para realizar seus intentos e atender à neces-sidade dos seus interesses, pois se acreditam melhores, competentes e possuidores de liderança social insofis-mável, como é intrínseco a essas sensações de status e exercício passageiro do poder, muitas vezes se “achando” acima da lei e do direito dos outros, cidadãos comuns, que ainda acreditam na Justiça como serviço público de pri-meira necessidade, onde todos são iguais para o direito, e, em consequência, para o Magistrado.Mais ainda nos dias atuais, é dever de todos os formado-res de opinião a defesa intransigente do Estado Democrá-tico de Direito, e, por sequência, do magistrado indepen-dente, cumpridor dos seus deveres funcionais e pessoais, naturalmente denunciando quaisquer pessoas ou órgãos, em desmandos ou desvios de quem quer que seja, de forma clara, individualizando condutas, apontando fatos e nomes, para o que estará também exercendo a liberda-de de expressão, como consta na própria Constituição da República, a qual, os Magistrados, em particular, juraram defender.

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Pesquisa

É PRECISO SABERA AMARN está realizando de

forma inédita uma pesquisa com to-dos os associados com o objetivo de fazer um levantamento das con-dições de trabalho dos magistrados potiguares. Com quase 40 perguntas com questões pessoais como idade, estado civil e tempo na magistratura; questões relacionadas às condições de trabalho e segurança até assun-tos amplos como aborto e união homoafetiva.

A associação pretende ouvir o maior número de associados e traçar

um perfil da magistratura potiguar e também saber quais as ações que devem ser realizadas pela AMARN no sentido tornar o seu público cada vez mais participativo nas ações associativas.

Segundo a presidente da AMARN juíza Hadja Rayanne de Holanda Alencar, a pesquisa vai se tornar um marco no sentido de ajudar a asso-ciação a elaborar, planejar e traba-lhar junto com os associados nas ações em prol da magistratura do Rio Grande do Norte.

A pesquisa está sendo feita através de e-mail e os questioná-rios serão analisados e divulgados numa data ainda a ser definida pela associação.

O juiz Mádson Ottoni de Almeida Rodrigues, ex-presidente da AMARN e atual diretor do Fórum Miguel Se-abra Fagundes, já respondeu a pes-quisa e destacou a importância de se questionar e saber como pensam os magistrados. “A partir da pesquisa, a AMARN terá condições de analisar o grau de satisfação do associado com

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o trabalho da atual gestão e além disso ajudar a própria associação a ter parâmetros para definir as prio-ridades de sua atuação. Nossa as-sociação precisa precisar se manter em atividade constante e, acima de tudo, conectada com os anseios da magistratura estadual, sendo a pes-quisa um instrumento de grande valia nesse sentido”, concluiu o diretor do Fórum.

Para o juiz Jessé de Andrade Alexandria, um dos primeiros asso-ciados a responder ao questioná-

rio, “a importância de uma pesquisa para uma associação de juízes está, sobretudo, na prioridade escolhida em relação ao desenvolvimento das atividades dos magistrados, isso no âmbito das questões formuladas. Conhecer o que pensam os magis-trados, tem que ver com saber o que precisa mudar, o que precisa alme-jar a associação. E, creio que tudo isso pode ser conseguido com essa pesquisa da AMARN: conhecer para mudar, para transformar pra melhor nossa associação”.

o juiz de direi-to da 6ª vara cível

da comarca de natal, doutor em

filosofia do Direito pela puc/Sp e

professor adjunto da ufRn - Ricardo tinoco de góes - lançará livro em

outubro.

A peSQuISA SuRge de um deSejo de pRofISSIonAlIzAR mAIS A geStão e é umA tentAtIvA de buScAR SAbeR e fAzeR o Que o ASSocIAdo deSejA”. juíza hadja Rayanne de holanda, presidente da AmARn

Lançamento

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Evento

FESTA DO DIA DOS PAES ANIMA A AMARN

1. Juiz Jorge Carlos e o filho;2. presidente do tjRn desembargador Aderson Silvino e família;3. juiz paulo giovani, presidente da AmARn juíza hadja Rayanne e os filhos;4. juiz herval Sampaio júnior e família;5. desembargador Saraiva Sobrinho e família;6. juiz josé dantas lira e juiz marcelo varella7. desembargador glauber Rêgo e a esposa

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