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^Eà*^-—! ANNO 6, Qurata-feira 20 de Janeiro de 1864. N. 620. M assignaturas começam em qualquer dia e terminam em nns de mez. Toda a correspondência de- ve ser dirigida aos proprie- tarios Farnése & Barbosas N&o se reatituem ar- ligo» nio impreMoa. % JORNAL DA TARDE AmjSícios a 120 rs. por 1-a'aà cora abatimento para r •as que forem repetidos mais j de dez vezes. Todos òs pagamentos de- i .yem ser adiantados. rasiio ÂTOSO 80 1S. í '..-.'.' RBDACTpRBS * ¦._j . . FLAVIO FARNÈSE, ANTÔNIO BARBOSA DA SILVA E SOUZA, LUIZ BARBOSA DA SILVA. * ' , ¦ ¦ -' '.¦-'.-.' . ' * I : ¦'¦;¦-"':,',¦. ..- > ,,/ ————¦— » ¦ ¦ ¦ æ—— •--*-æ" ¦ -——¦¦¦ ¦¦¦¦¦.¦.¦. * - æ-—'*—- ¦- .-.-.. .-..Li - ASSIGNATURAS: côrti i mCTHKRai. Anno' ... ..' \. . . . . .. . 161000 Semestre 8|000 Trimestre&J000 ASSIGNATURAS 5;PIlOyiIIÍJÍAS,[ Anno. . i . . . u V-V v v .'•". i«|00t Semestre. .., .. ...-..,*. . •¦¦ V: a, 8$000 Trimestre•"¦.*¦; . ?. 5|000 ,Jl|fc\} i. ¦ U'-'A 9BSSBEESSBSESSBBS am NOTICIAS DA EUROPA. Paris, 83 de dezembro de 1963. A situação politica da França, quer no interior quer no exterior não soffreu alteração na ultima quinzena. No interior temos apenas que registrar mais uma victoria do partido da opposição. O resul- tado dai eleições na 9a circumscripção do depar- tamento do Sena, deu a Mr. Peletan, candidato não apresentado pelo governo, 15,115 votos, contra 9,778 que obteve Mr. Picardainé, seu competidor. ' O departamento'do Cote dJOr, elegeu Mr. Josenh Magnin, candidato da opposição, dando- lhe 18,929 votos contra 15,350 que teve o can- didato do 'governo. Estes resultados repetidos provam que ó espirito publico persevera no desejo de ver realisadas reformas liberaes. O governo não parece hostil á essa tendência da opinião,' e até annuncia-se que elle prepara Concessões importantes no sentido liberal, En- letanto o senado ouviu, por oceasião da dis- cissão do discurso da coroa, palavras generosas pronunciadas por M. de Lagueronière, que, como corre no mundo politico, reflecte fielmente o pensamento do imperador. Em breve começarão no corpo legislativo os debates sobre o discurso da coroa. Segundo se diz teremos torneios oratórios em que cada campeão fará o papel que d'antemão terá es- colhido.-. .-*,,. Mr. Marie tratatá da questão da liberdade individual. Thiers fallará sobre a liberdade eleitoral. Gueroult e Jules Simon analysarão a questão das municipalidades. A liberdade da imprensa será discutida igual- mente por J. Simon, que exporá o regimen actual do jornalismo e suas diversas consequen- cias. A questão dos direitos do parlamento será sustentada por Mr. Emilio Olivier. Júlio Favre e Picard se encarregarão, o pri- meiro da replica, o segundo da exploração do terreno. Corno se o pequeno exercito está em ordem de batalha. Nas questões internas estão de accordo os mem- bros da opposição; o mesmo não acontece quanto á questão geral da paz ou da guerra. Uns admit- tem em geral a idéa da paz . salvo uma excep- ção em favor da Polônia. Outros, como Thiers, querem a paz sem excepção. A questão italiana, por emquanto não preoc- cupará muito a câmara. Quanto á questão ame- ri cana diz-se que Berrier porá sua eloqüência á serviço da causa do Norte. Affirma-se que Mr. Thiers levará á tribuna a questão do México. Conhecedor profundo de todos os recursos do paiz assegura-se que elle tirará bem a limpo as difficuldades de uma occupaçâo prolongada. Por estas rápidas indicações vê-se que a dis- cussào do discurso da coroa terá verdadeiro interesse. O governo, a 14 de dezembro apresentou ao corpo legistativo, um projecto de lei relativo a nm empréstimo de 300 milhões de francos. Esse empréstimo é destinado á reduzir a divida íluctuanle, convertendo uma parte em rendas. O governo entende que o empréstimo, por meio do recolhimento dos bonds do thesouro, restituirá á circulação uma somma equivalente á que se pede, c, desembirançado as finanças do encargo de uma divida íluetuante conside- ravel. dará á situação financeira, e á politica franceza, nova liberdade de acção. Chegaram quasi todas as cartas dos soberanos respondendo ao convite para o congresso. A maior parte dos reis, imperadores ou chefes de estados, applaudem a idéa generosa que conce- beu a iniciativa dessa grande assembléa de re- presentantes da Europa politica; Quasi todos promettem tomar parte nas deli- berações desse conselho amphitionico das na- ções modernas, com uma ünica condição: que não se suscitará questão, que de perto ou de longe possa prejudicar seus direitos ou pretenções. Segundo todas as informações, o governo fran- cez não está disposto á abandonar a idéa de reu- nir o maior numero de potências em uma con- ferencia: Não a abandonará ainda que possa reunir um numero muito limitado de potências. Em França não se quer nem se pôde admittir que a recusa da Inglaterra, mesma acompanhada pela Austrias desobrigue os príncipes que aceitaram a proposta de Napoleão III, e que ad- mittiram o principio da pacificação geral por via de deliberação commum. O jornal L' Europe, falia longamente de uma nova circular que o ministro dos negócios es- trangeiros do governo francez, d? igiu á todos os representantes da França no estrangeiro relati- vãmente ao projecto de congresso. Segundo esse jornal essa nova nota não contém um programma; o governo das Tulherias declina a honra de to- mar tal iniciativa. A nota, segundo o citado jornal, contém sim- plesmente a declaração que a França, tendo re- cebido de quasi todos os soberanos, a segurança de uma completa participação ao seu modo de de encarar a situação européa, está prompta a unir-se aquelles que quizerem entender-se e debater pacificamente o modo porque devem ser reguladas algumas questões que não podem ser entregues ao acaso, sem deixar ao futuro as mais graves complicações. O governo francez, finalmente sustenta a idéa do congresso. Não parece inverosimil a existência dessa nota; entretanto deixemos toda a respon- sabilidade da noticia ao jornal de Francfort. Depois da questão do congresso a que tem o privilegio de fixar a attenção do mundo politico é a dos ducados dano-germanicos. A execução federal que estava marcada para os primeiros dias de Dezembro foi ainda adiada; agora diz-se que deu-se ordem para leval-a a effeito definitivamente e sem remissão a 20 de Dezembro. Que fará a Dinamarca? Cederá, ou adoptará um systema de resistência que pôde augmentar mais as probabilidades de grande perturbação á paz da Europa ? O que se passa em torno delia deve inspirar-lhe uma pru- dencia philosophica, sem duvida acompanhada de muito amargor. Está ameaçada de isolamento. A Dinamarca deve lembrar-se que, ainda ha pouco alliados que pareciam seguros appoia- ram-a com difficuldade. A Suécia recusa ou pelo menos adia um tra- tado cujo projecto a principio acolheu favorável- mente. A attitude reservada da Inglaterra também não é própria para alimentar-lhe as illusões. Os soecorros, que esperava desta potência, re- duzem-se á auxilio puramente moral de con- selhos amigáveis. Se o novo rei da Dinamarca não quiz com- prometter o repouso de que tanta necessidade tem a Europa, deve retirar suas tropas para além do Oder, logo que as forças allemães pe- nelrarem seos ducados, limitando-se a defender as fronteiras do Shleswig, como território pura- mente dinamarquez. Um despacho de Copegnhague diz que o rei Christiano em uma proclamação chamou ás fl- leiras todos soldados dispensados do serviço, á fim de defenderem a honra e a segurança da mbnatchia. Isto faz crer qüe o tèi da Dinamarca, tehl abandonado a idéà qualquer coticíliâção possível. Não se sabe se é verdadeira esta hoti- cia que anto inquieta os amigos da paz. Q Czar mandou o conselheiro de estado Ewersá Copenhague felicitar o rei Christiano IX pÒf suaelevação ao throno. Este enviado diz-se què tem tàmbem a missão de apresentar certas observações ao rei da Dinamarca por oceasião dojspnflicto dinamarquez. : Elle 1 seria particularmente encarregado I de pe<Jir ao rei Christiano que modificasse a cons- tituição nova, e de declarar que, seaDinahíárea repellisse esses conselhos, e esquecesse o res- peito devido áo tratado de Londres, as poten- cias não teriam responsabilidade alguma das conseqüências dessa recusa. ;; ¦•¦ , ,;(Continua). I '¦$,'/ ...¦!•r .',¦'¦" '* ¦ .'iiiHÍioa. | 28 de dezembro de 1863.—A noticia politica de mais importância a commünícar-lhes, éa do faljecimentò do conselheiro Thiago Augusto Vejlosç- Horta, ministro honorário, vice-prè- sicjentè' da câmara dos deputados e o mais deci- dido, leal e verdadeiro amigo da situação. Quando:as portas do parlamento estão a abrir- se; quando à opposição, qüe nada pôde fazer neste ihterregttrj,Vãi tentar pòr todòs.os tòódoá tf 'l&e^rarS seus projectos de lei e approvando os votos censura contra elle, quando a phalange minis- terial precisa de um chefe prudente, conciliador e enérgico, é que a morte veiu cortar o fio da existência do único homem capaz de prestar serviços ao gabinete, e não menores ao paiz! Thiago Horta deixando este mundo deu um profundíssimo golpe no ministério, encheu de saudades os seus amigos, e por muito tempo a sua falta ha de ser duramente sentida por todos os que sabiam comprehender a elevação daquella alma sinceramente liberal, Para fazer o panegyrico de Thiago Horta, bas- la repetir o que Iodos disseram : «—A sua mor- te foi chorada desde a cabana do pobre até ao palácio do rei. » Com effeito, Thiago Horta merecia as sympa- thias geraes e era digno d'ellas, pela sua vida de exemplar patriotismo, pela lhaneza do seu trato, pelo seu juizo recto e imparcial, pelas suas idéas rasgadamente liberaes, pelo seu tacto politico e pela sua prudência e tolerância. Era um cavalheiro cstimavel em todo o sen- tido, e conservadores e progressistas lastimaram a sua perda, que na actualidade, difficilmente será reparada. O Sr. Thiago Horta alistou-se em um dos corpos de artilheria em 28 de Outubro de 1834, foi 2o tenente em Julho de 1838, Io em 26 de Novembro de 1840 e capitão em 28 de abril de 1851. Servindo nos corpos da sua arma foi sempre considerado e deu provas de muita ca- pacidade, valor e grande patriotismo. Como membro que sempre foi do grande partido li- beral tomou parte activa em todas as lides tra- balhosas que foram o seu viver, principalmente entre 1842 a 1851. Como a maioria da nação, tomou armas em 1846, fez parte do grande exercito nacional e foi prisioneiro na grande batalha de Torres Ve- dras, onde a par de grandes provas de valor deu as mais cabaes, de que ao mesmo tempo, que sabia ser soldado valente, era homem de grande coração. Sem medir a grandeza do perigo que o amea- cava, ao alcance das balas numerosa cohorte inimiga, elle,' esquecendo-se de si, sd-cuidoü de salvar o inimigo querido que circumstancias especiaes collocára em maior| apuro. E con- segúio^o.- A bordo da fragata Diana desde 10 de outu- bro de 1846 até Julho.de 1847 soffreu com animo firme os ílagellos de que foram victimas os homens liberaes é patriotas a quem a sorte da guerra não fôra propicia em Torres-Vedras. se vê, que não era Thiago Horta homem òüjò-ariinid Vacilaáse quando se tratava1 de no campo dágúei-ía réviüdiCar os fôrôsdéum povo livre 1 E bem houve o popülarcidadBo, que peloís seus feitos de bravura e dedicação pela causa do povo é hoje, por elle, amargamente choradq*l Éra Thiago Horta cavalheiro de esmerada educação e que pela suá, affabilidade pouco vulgar alcançou d amízaáo-íjé ©-Rei' Pedro V e a estima D. Luiz I. Quando o monarcha ultimamentes, foi fazer a sua viagem ás provincias dd norte, convidou o Sr. Thiago'Horta para o acompanhar. Na mi- nha ultima correspondência contei o que sobre este insignificante incidente a Revolução de Se- lembro dissera é os chascos e motejòs, que diri- gira contra u Sr. Thiago Horta: S. Ex. foi com o rei e qdando chegoua Coim- bra, na volta por Lisboa, adoeceu no Hotel do Mondego, onde eslava hospedado. Um amigo seu, deputado ás cortes e lente de medicina na universidade de Coimbra, o Dr. Quaresma- le>- voü-o para suaeasa e delle tratou, auxiliado "pelos seus collegas, CDm^^ridd ocarínhd e mãío'r* désvello até ao seu ultimo momento. Pela autópsia, qüe se fez no cadáver, co- nheceu-se que ò doente fôra victima de uma apoplexia pulmonar, tendo sido o seu primeiro incommodo uma gástrica aguda de que parecia estar um pouco melhor. Aqui dou em resumo o resultado da autópsia para as pessoas entendidas na matoria po- derem melhor ajuizar o estado em que se achava o interior do cadáver no acto do exame. « O pulmão esquerdo apresentou hepatisação cinzenta em toda a sua maása, excepto em uma pequena porção do tecido posterior. Esta he- patisação era resultado do antigos incommodos o coincidia com a declaração do doente de que ha 20 annos era-lhe impossível deitar-se sobre o lado esquerdo. «Se se comprimia o tecido nm pouco, appare- cia logo pus seroso em grande quantidade. «O pulmão direito eslava injectado e desíen- dido, mas quanto ao mais, normal. «A membrana raucosa do estômago e intesti- nos mostrou uma injecção extraordinária e que revelava ter soffrido uma fortíssima phlogose, O grande omento appareceu muito injectado lambem, e endurecido em alguns pontos. <(0 cérebro tinha também notável injecção. Por todos os grandes vasos sangüíneos havia coa- gulos muito escuros c tão consistentes, que re- preseutavam a forma exacta daquelles. « Depois de u ma i m mersão de 24 horas em água, nem perderam a côr escura, nem se tornaram mais differentes. a Vê-se deste leve apontamento, que houve obs- taculos á hematoze, para o que de sobejo con- corria o estado do pulmão esquerdo.» A morte do Sr. Thiago Horta desorientou todos os ministros, que ficaram abalados com tão grande golpe? O seu mais forte esteio, o seu conselheiro mais sincero, o seu amigo mais intimo, o chefe da maioria, o futuro presidente da câmara dos deputados, partir e deixal-os ro- deados de meia dúzia de interesseiros e adula- dores que são o reverso daquella »»

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^Eà*^-—!

ANNO 6, Qurata-feira 20 de Janeiro de 1864. N. 620.M assignaturas começam

em qualquer dia e terminamem nns de mez.

Toda a correspondência de-ve ser dirigida aos proprie-tarios Farnése & Barbosas

N&o se reatituem ar-ligo» nio impreMoa. % JORNAL DA TARDE

AmjSícios a 120 rs. por1-a'aà cora abatimento para r•as que forem repetidos mais jde dez vezes.

Todos òs pagamentos de-i • .yem ser adiantados.

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9BSSBEESSBSESSBBSam

NOTICIAS DA EUROPA.Paris, 83 de dezembro de 1963.

A situação politica da França, quer no interiorquer no exterior não soffreu alteração na ultima

quinzena.No interior temos apenas que registrar mais

uma victoria do partido da opposição. O resul-tado dai eleições na 9a circumscripção do depar-tamento do Sena, deu a Mr. Peletan, candidatonão apresentado pelo governo, 15,115 votos,contra 9,778 que obteve Mr. Picardainé, seucompetidor.' O departamento'do Cote dJOr, elegeu Mr.Josenh Magnin, candidato da opposição, dando-lhe 18,929 votos contra 15,350 que teve o can-didato do 'governo. Estes resultados repetidosprovam que ó espirito publico persevera nodesejo de ver realisadas reformas liberaes.

• O governo não parece hostil á essa tendênciada opinião,' e até annuncia-se que elle preparaConcessões importantes no sentido liberal, En-letanto o senado ouviu, por oceasião da dis-cissão do discurso da coroa, palavras generosaspronunciadas por M. de Lagueronière, que,como corre no mundo politico, reflecte fielmenteo pensamento do imperador.

Em breve começarão no corpo legislativo osdebates sobre o discurso da coroa. Segundo sediz teremos torneios oratórios em que cadacampeão fará o papel que d'antemão terá es-colhido. -. • .-*, ,. .¦

Mr. Marie tratatá da questão da liberdadeindividual.

Thiers fallará sobre a liberdade eleitoral.Gueroult e Jules Simon analysarão a questão

das municipalidades.A liberdade da imprensa será discutida igual-

mente por J. Simon, que exporá o regimenactual do jornalismo e suas diversas consequen-cias.

A questão dos direitos do parlamento serásustentada por Mr. Emilio Olivier.

Júlio Favre e Picard se encarregarão, o pri-meiro da replica, o segundo da exploração doterreno.

Corno se vô o pequeno exercito está em ordemde batalha.

Nas questões internas estão de accordo os mem-bros da opposição; o mesmo não acontece quantoá questão geral da paz ou da guerra. Uns admit-tem em geral a idéa da paz . salvo uma excep-

ção em favor da Polônia. Outros, como Thiers,

querem a paz sem excepção.A questão italiana, por emquanto não preoc-

cupará muito a câmara. Quanto á questão ame-ri cana diz-se que Berrier porá sua eloqüênciaá serviço da causa do Norte. Affirma-se queMr. Thiers levará á tribuna a questão do México.Conhecedor profundo de todos os recursos do

paiz assegura-se que elle tirará bem a limpo asdifficuldades de uma occupaçâo prolongada.

Por estas rápidas indicações vê-se que a dis-cussào do discurso da coroa terá verdadeirointeresse.

O governo, a 14 de dezembro apresentou aocorpo legistativo, um projecto de lei relativo anm empréstimo de 300 milhões de francos.Esse empréstimo é destinado á reduzir a dividaíluctuanle, convertendo uma parte em rendas.

O governo entende que o empréstimo, pormeio do recolhimento dos bonds do thesouro,restituirá á circulação uma somma equivalenteá que se pede, c, desembirançado as finançasdo encargo de uma divida íluetuante conside-ravel. dará á situação financeira, e á politicafranceza, nova liberdade de acção.

Chegaram quasi todas as cartas dos soberanos

respondendo ao convite para o congresso. Amaior parte dos reis, imperadores ou chefes deestados, applaudem a idéa generosa que conce-beu a iniciativa dessa grande assembléa de re-presentantes da Europa politica;

Quasi todos promettem tomar parte nas deli-berações desse conselho amphitionico das na-ções modernas, com uma ünica condição: quenão se suscitará questão, que de perto ou de longepossa prejudicar seus direitos ou pretenções.Segundo todas as informações, o governo fran-cez não está disposto á abandonar a idéa de reu-nir o maior numero de potências em uma con-ferencia:

Não a abandonará ainda que só possa reunirum numero muito limitado de potências. EmFrança não se quer nem se pôde admittir quea recusa da Inglaterra, mesma acompanhadapela Austrias desobrigue os príncipes queaceitaram a proposta de Napoleão III, e que ad-mittiram o principio da pacificação geral porvia de deliberação commum.

O jornal L' Europe, falia longamente de umanova circular que o ministro dos negócios es-trangeiros do governo francez, d? igiu á todos osrepresentantes da França no estrangeiro relati-vãmente ao projecto de congresso. Segundo essejornal essa nova nota não contém um programma;o governo das Tulherias declina a honra de to-mar tal iniciativa.

A nota, segundo o citado jornal, contém sim-plesmente a declaração que a França, tendo re-cebido de quasi todos os soberanos, a segurançade uma completa participação ao seu modo dede encarar a situação européa, está promptaa unir-se aquelles que quizerem entender-se edebater pacificamente o modo porque devem serreguladas algumas questões que não podem serentregues ao acaso, sem deixar ao futuro asmais graves complicações.

O governo francez, finalmente sustenta a idéado congresso. Não parece inverosimil a existênciadessa nota; entretanto deixemos toda a respon-sabilidade da noticia ao jornal de Francfort.

Depois da questão do congresso a que tem oprivilegio de fixar a attenção do mundo politicoé a dos ducados dano-germanicos.

A execução federal que estava marcada paraos primeiros dias de Dezembro foi ainda adiada;agora diz-se que deu-se ordem para leval-a aeffeito definitivamente e sem remissão a 20 deDezembro. Que fará a Dinamarca? Cederá, ouadoptará um systema de resistência que pôdeaugmentar mais as probabilidades de grandeperturbação á paz da Europa ? O que se passaem torno delia deve inspirar-lhe uma pru-dencia philosophica, sem duvida acompanhadade muito amargor.

Está ameaçada de isolamento.A Dinamarca deve lembrar-se que, ainda ha

pouco alliados que pareciam seguros appoia-ram-a com difficuldade.

A Suécia recusa ou pelo menos adia um tra-tado cujo projecto a principio acolheu favorável-mente.

A attitude reservada da Inglaterra tambémnão é própria para alimentar-lhe as illusões. Ossoecorros, que esperava desta potência, re-duzem-se á auxilio puramente moral de con-selhos amigáveis.

Se o novo rei da Dinamarca não quiz com-

prometter o repouso de que tanta necessidadetem a Europa, deve retirar suas tropas paraalém do Oder, logo que as forças allemães pe-nelrarem seos ducados, limitando-se a defenderas fronteiras do Shleswig, como território pura-mente dinamarquez.

Um despacho de Copegnhague diz que o rei

Christiano em uma proclamação chamou ás fl-leiras todos soldados dispensados do serviço, áfim de defenderem a honra e a segurança dambnatchia. Isto faz crer qüe o tèi da Dinamarca,tehl abandonado a idéà dè qualquer coticíliâçãopossível. Não se sabe se é verdadeira esta hoti-cia que anto inquieta os amigos da paz.

Q Czar mandou o conselheiro de estadoEwersá Copenhague felicitar o rei Christiano IX

pÒf suaelevação ao throno. Este enviado diz-sequè tem tàmbem a missão de apresentar certasobservações ao rei da Dinamarca por oceasiãodojspnflicto dinamarquez. :

Elle 1 seria particularmente encarregado I depe<Jir ao rei Christiano que modificasse a cons-tituição nova, e de declarar que, seaDinahíárearepellisse esses conselhos, e esquecesse o res-peito devido áo tratado de Londres, as poten-cias não teriam responsabilidade alguma dasconseqüências dessa recusa. ;; • ¦•¦

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.' iiiHÍioa.| •28 de dezembro de 1863.—A noticia politica

de mais importância a commünícar-lhes, éa dofaljecimentò do conselheiro Thiago AugustoVejlosç- dé Horta, ministro honorário, vice-prè-sicjentè' da câmara dos deputados e o mais deci-dido, leal e verdadeiro amigo da situação.

Quando:as portas do parlamento estão a abrir-se; quando à opposição, qüe nada pôde fazerneste ihterregttrj,Vãi tentar pòr todòs.os tòódoátf

'l&e^rarS

seus projectos de lei e approvando os votos décensura contra elle, quando a phalange minis-terial precisa de um chefe prudente, conciliadore enérgico, é que a morte veiu cortar o fio daexistência do único homem capaz de prestarserviços ao gabinete, e não menores ao paiz!

Thiago Horta deixando este mundo deu umprofundíssimo golpe no ministério, encheu desaudades os seus amigos, e por muito tempo asua falta ha de ser duramente sentida por todosos que sabiam comprehender a elevação daquellaalma sinceramente liberal,

Para fazer o panegyrico de Thiago Horta, bas-la repetir o que Iodos disseram : «—A sua mor-te foi chorada desde a cabana do pobre até aopalácio do rei. »

Com effeito, Thiago Horta merecia as sympa-thias geraes e era digno d'ellas, pela sua vidade exemplar patriotismo, pela lhaneza do seutrato, pelo seu juizo recto e imparcial, pelassuas idéas rasgadamente liberaes, pelo seu tactopolitico e pela sua prudência e tolerância.

Era um cavalheiro cstimavel em todo o sen-tido, e conservadores e progressistas lastimarama sua perda, que na actualidade, difficilmenteserá reparada.

O Sr. Thiago Horta alistou-se em um doscorpos de artilheria em 28 de Outubro de 1834,foi 2o tenente em Julho de 1838, Io em 26 deNovembro de 1840 e capitão em 28 de abril de1851. Servindo nos corpos da sua arma foisempre considerado e deu provas de muita ca-pacidade, valor e grande patriotismo. Comomembro que sempre foi do grande partido li-beral tomou parte activa em todas as lides tra-balhosas que foram o seu viver, principalmenteentre 1842 a 1851.

Como a maioria da nação, tomou armas em1846, fez parte do grande exercito nacional efoi prisioneiro na grande batalha de Torres Ve-dras, onde a par de grandes provas de valor deuas mais cabaes, de que ao mesmo tempo, quesabia ser soldado valente, era homem de grandecoração.

Sem medir a grandeza do perigo que o amea-

cava, ao alcance das balas dó numerosa cohorteinimiga, elle,' esquecendo-se de si, sd-cuidoü desalvar o inimigo querido que circumstanciasespeciaes collocára em maior| apuro. E con-segúio^o. -

A bordo da fragata Diana desde 10 de outu-bro de 1846 até Julho.de 1847 soffreu comanimo firme os ílagellos de que foram victimasos homens liberaes é patriotas a quem a sorteda guerra não fôra propicia em Torres-Vedras.

Já se vê, que não era Thiago Horta homemòüjò-ariinid Vacilaáse quando se tratava1 de nocampo dágúei-ía réviüdiCar os fôrôsdéum povolivre 1 E bem houve o popülarcidadBo, que peloísseus feitos de bravura e dedicação pela causa do

povo é hoje, por elle, amargamente choradq*lÉra Thiago Horta cavalheiro de esmerada

educação e que pela suá, affabilidade pouco vulgaralcançou d amízaáo-íjé ©-Rei' DÍ Pedro V e aestima dê D. Luiz I. •

Quando o monarcha ultimamentes, foi fazera sua viagem ás provincias dd norte, convidouo Sr. Thiago'Horta para o acompanhar. Na mi-nha ultima correspondência contei o que sobreeste insignificante incidente a Revolução de Se-lembro dissera é os chascos e motejòs, que diri-gira contra u Sr. Thiago Horta:

S. Ex. foi com o rei e qdando chegoua Coim-bra, na volta por Lisboa, adoeceu no Hotel doMondego, onde eslava hospedado. Um amigoseu, deputado ás cortes e lente de medicina nauniversidade de Coimbra, o Dr. Quaresma- le>-voü-o para suaeasa e delle tratou, auxiliado

"pelos seus collegas, CDm^^ridd ocarínhd e mãío'r*désvello até ao seu ultimo momento.

Pela autópsia, qüe se fez no cadáver, co-nheceu-se que ò doente fôra victima de umaapoplexia pulmonar, tendo sido o seu primeiroincommodo uma gástrica aguda de que pareciaestar um pouco melhor.

Aqui dou em resumo o resultado da autópsiapara as pessoas entendidas na matoria po-derem melhor ajuizar o estado em que se achavao interior do cadáver no acto do exame.

« O pulmão esquerdo apresentou hepatisaçãocinzenta em toda a sua maása, excepto em umapequena porção do tecido posterior. Esta he-patisação era resultado do antigos incommodoso coincidia com a declaração do doente de queha 20 annos era-lhe impossível deitar-se sobreo lado esquerdo.

«Se se comprimia o tecido nm pouco, appare-cia logo pus seroso em grande quantidade.

«O pulmão direito eslava injectado e desíen-dido, mas quanto ao mais, normal.

«A membrana raucosa do estômago e intesti-nos mostrou uma injecção extraordinária e querevelava ter soffrido uma fortíssima phlogose,O grande omento appareceu muito injectadolambem, e endurecido em alguns pontos.

<(0 cérebro tinha também notável injecção. Portodos os grandes vasos sangüíneos havia coa-gulos muito escuros c tão consistentes, que re-preseutavam a forma exacta daquelles.

« Depois de u ma i m mersão de 24 horas em água,nem perderam a côr escura, nem se tornarammais differentes.

a Vê-se deste leve apontamento, que houve obs-taculos á hematoze, para o que de sobejo con-corria o estado do pulmão esquerdo.»

A morte do Sr. Thiago Horta desorientoutodos os ministros, que ficaram abalados comtão grande golpe? O seu mais forte esteio, o seuconselheiro mais sincero, o seu amigo maisintimo, o chefe da maioria, o futuro presidenteda câmara dos deputados, partir e deixal-os ro-deados de meia dúzia de interesseiros e adula-dores que são o reverso daquella »»

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¦

ACTUALIDADE

I

Vt-91

querida e veneranda! Realmente o caso é seriopara um gabinete, que precisa que os bons sirvamde antídoto contra o mal que os maus lheiazemcom os seus serviços negativos, porque, comotodos sabem, ha amigos, que nos fazem maismal do que bem, apezar das suas boas intençõese do seu interesse pela nossa conservação.

O gabinete estava neste caso. O mal quecertos amigos causavam á situação e que o pro-prio ministério fazia ao seu partido, neutra-lisava-o Thiago Horta com o seu appoio franco,com a sua coadjuvação decidida e com a suainfluencia valiosa.

Na câmara, por exemplo,—havia um deputa-do da maioria a quem- um ministro tinha des-

peitado, deixando de o altender. Tratava-se deuma votação importante, era indispensávelapuelle .voto, porém o deputado mostrava-serenitente e faccioso, não cedendo a empenhosdos ministros nem a pedidos dos collegas..Quando o caso se complicava, levantava-se Thia-

go Horta da sua cadeira, chamava o deputadodissidente e a um canto da sala dizia-lhe :

V. Ex. faz-me um favor? Vota comnosconesta questão ?

O deputado respondia negativamente, masThiago Horta depois de dar tempo aos dcsiba-fos rctorquia-lhe no flm: . ,/.-

Mas se o favor que lhe peço é feito a mim ?.que responde?... ,y

Não ha\ia a resistir-lhe. O deputado esten-dia-lhe a mão e c.izia-lhe:

E' a V. Ex. e só a V. Ex., a quem eusirvo com o meu voto. Creia, que o estimo e orespeito muito para não deixar de o attender.

Quando um deputado da maioria não ia ácâmara, por estar escandalisado com algum mi-nistro, bastava uma carta de Thiago Horta paraapparacer no dia seguinte, o desertor.

Em discussões serias, compromettidas muitasvezes pelo genio irascivel do ministro da fa-zenda, ou por algum deputado mais exaltado,Thiago Horta pedia a palavra, dava explicações,dirigia a questão, torcia o sentido das palavrasque podiam ir ferir susceptibilidades, e a vota-çao mostrava a proficuidado dos seus exforços.Imagine-se, por tudo isto, a falta enorme queThiago Horta faz á situação.

Um facto importante da vida deste cavalheiromostra a lealdade do seu caracter serio e cir-cumspecto. Thiago Horta fazia parte do minis-terio actual, antes da sua ultima recomposição.Quando esta se deu, espalhou-se que por intri-gas de S. Ex., que era ministro das obras pu-blicas, se devia a sabida do.Sr. Antonio Joséd'Ávila, ministro da fazenda, Moraes Carvalhoministro da justiça e Carlos Bento ministro damarinha.

No dia seguinte á circulação desses boatoscalumniosos pedia Thiago Horta a sua demissãoprovando deste modo, que quem era superiorás vaidades de possuir uma pasta, era incapaz detramar contra seus collegas. Os calumniadoresforam desmascarados e o Sr. Thiago Horta foisentar-se na sua cadeira de deputado, tornando-se o chefe da maioria que appoiava o ministériodonde elle tinha sahido.

O Sr. Thiago Horta era Ven .*. da R .*. Jus-tiça tendo sido eleito unanimemente pelos osIr/.Ir.-, do quadro .-. Nas ultimas eleiçõespara o lugar de G .-. Mest .*. , queriam todososlr /. Ir .*. elevar o Sr. Thiago Horta áquellasuprema auctoridade maç .*.; porém S. Ex. atodos pediu para que votassem 1:0 seu ex-colle-ga minisiro da fazenda Lobo d'Ávila, que devea honra de possuir o malhete .'. ao Sr. ThiagoHorta.

Eis o homem! Julgado por nós já o foi, agoraè julgado por Deus; e se os homens lhe tem feitojustiça, louvando a sua vida cheia de virtudes,Deus infinitamente bom e extremamente cie-mente, lho terá dado a recompensa e o prêmioque lhe compete!..

No dia 23 houve uma missa na igreja de,S. Nicoláu, por alma do Sr. Thiago Horta, man-dada dizer pelos empregados da intendencia dasobras publicas, a que coucorreu o ministério egrande numero de pessoas de todas as cathego-rias.

Diz-se que a L.\ Justiça vai mandar fazer exe-quias solemnes na igreja de Santo Antonio daISA pertencente ao município, por alma donas pi.

Sr. Thiago Horta; islo, porém, não passa porora de boato.

O gabinete atravessou uma crise; quandoel-rei voltou das provincias houve conselho deministros e dadas explicações, ficaram todos oscollegas na mais sanla paz alé á próxima aber-tura do parlamento, onde o governo, mais umavez, irá experimentar a sua força e ver o modo

por que os representantes do paiz avaliam osseus actos passados e as medidas que lhes serãoapresentadas.

Vaticinam muitos, que o governo não resistirádesta vez á opposiçâo o que esta por bem com-binados planos e estudadas estratégias o farábaquear. ¦ ,- :' ' "

Diz-se., que o ministro da fazenda deseja lar-

gar a pasta, porém não quer sahir só, e quer ca-bir com os seus collegas. Para isso, concebeuum plano que vai por em execução na sessão

próxima, apresentando o projecto .0 para a li-herdade do tabaco.

Diz o ministro, que se esse projecto fôr regei-tado, que elle: cabe,.mas que será acompanhadoná sua queda pelos outros seus collegas, e. queserá muito honroso para o ministério cahir,apresentando uma medida lão rasgada, cornoa da liberdade do tabaco.

Pessoa de conliança contou-me tudo islo ; seé ou não verdade, o futuro o dirá...Sobre a questão da liberdade do tabaco, talvez

seja cedo.entrar na apreciação dessa medida,mas já que toquei neste ponto seniprejRrjúalguma cousa.

Em these, a liberdade é sempre preferível aomonopólio, e eu antes quero áquella do que este,porque inclino-me a ludo quanto é livre; porém,na hypothese delia se dar já e neste paiz, o ne-gocio é de summa gravidade, epede sérios e de-morados estudos,

Na hypothese, pois, parece, que não erraráquem disser que a liberdade agora é um mal,que póde trazer fataes conseqüências ás finançasdesta nação.

Devemo-nos lembrar de que o'tabaco porarremataçâo dá ao paiz perto dej 2,000:000$.Para fazer secar esta fonte de receita é preciso,que se descubra outra, que produza tanto oü!mais do que áquella. :,

A liberdade não é, de certo, a fonte que hadesubstituir a da arremataçâo. Haverá, por con-seguinte, um déficit, que só com o tributo di-recto póde ser coberto, e o augmento do tributodirecto póde trazer comsigo uma revolução. Assuas conseqüências são de fácil intuição, easfinanças hão de ser sacrificadas pelas muitasdespezas e transtornos, que comsigo traz umarevolta.

Se, porém, se não der o augmento de tribu-lo directo, (o que mo parece inevitável) as fi-nanças, do mesmo modo hão de soffrer, porquelá fora, c mesmo no paiz, o que quer empregarcapitães em fundos nacionaes, vai ao orçamen-to procurar a garantia do pagamento do jurodesses fundos. No caso da liberdade ha de ha-ver no orçamento geral do Eslado a lacuna daverba da arremataçâo e os capitães retirar-se-hão, deixando de ser applicados em títulos na-cionaes.

Os títulos hão de baixar c o governo que hade precisar de dinheiro para fazer face ás des-pezas -publicas, muilo mais não percebendo os2,000:000$ da arremataçâo, ha de conlrahirempréstimos ruinosos, porque a cotação baixados fundos não lhe permittirá outra cousa.

Sis como já a liberdade póde ser fatal ao paiz.Daqui a alguns annos, quando se tirarem pro-veitos e lucros das grandes sommás empregadasna viação publica e o movimento çommercialfòr mais considerável] talvez, fosse exeqüível,sem grande prejuízo para o paiz, a liberdade dotabaco.

Se o projecto sobre a liberdade é ou não ap-provado ha opiniões. Uns dizem, que se passarna câmara dos deputados não passa nados pares:que é possivel, que passe na câmara dos depu-lados com os votos de parte da maioria, e comos de toda a opposiçâo, ha muito tempo com-promettida pela liberdade.

E' certo ter o governo feito a concessão docredito hypothecario a uma companhia francezarepresentada em Lisboa pelo Barão de Lago

realisando-se deste modo o que eu lenho ditonas minhas ultimas correspondências.

Os concessionários francezes consentiram emqne a sede do estabelecimento seja em Lisboa, eesta é aüctdrisadà a resolver os negócios semdependência da approvação de Paris. E' tam-bem condição estabelecida, que metade dasacçõ.-s será reservada para accionistas portu-guezes.

Consta, que o governo vai conceder aueteri-sação para um banco colonial, que será deincalculáveis benefícios para as colônias por lu-guezas, que por falta de capitães, não têm podidoter o desenvolvimento de que são susceptíveis.

Diz-se, que o governo autorisára Mr. De-brousse, como commissario provisório do ca-minhp de ferro de Cintra, para fazer os estudosdo mesmo caminho.

Precedido de um bem elaborado relatório,foi publicado 110 Diário de Lisboa, o regula-menlo geral da contabilidade publiea,[com novaso acertadas providencias.

No dia 15 appareceu afíixado na alfândegagrando o seguinte aviso:

« Espera-se iorte e próxima tempestade nacosta de Portugal. Previnem-se os capitães,donos c consignalarios dos navios mercantesnacionaes e eslrangeiros surtos neste porto afimde tomarem Iodas as cautellas necessárias paraa segurança dos seus navios..Capitania do portode Lisboa, 14 de dezembro de 1863.— Raphaelda Silva Campos, major general da armada. »

Este annuncio foi- o alarme para o epigram-mas mais ou menos felizes contra o ministroda marinha Mendes Leal. De todas as folhasopposicionistas chovem remoques e gracejos aominisiro por ter mandado annunciar um fura-cão que não veiu, e me parece, não virá, a jul-garmespelo bello tempo que lem feito, magni-fico para os passeianles e péssimo para os la-vradores.

; Entendo que o minisiro ó injustamente agre-dido por causa do annuncio que mandou pu-blicar; porque ao estado de adiantamento aque chegou o estudo meteorológico, não sãopara desprezar os annuncios, que os homensentendidos fazem da mudança do tempo. O mi-nistro guiou-se pelo que lhe communicou odirector do observatório meteorológico do in-lanteD. Luiz, e fazendo publico essa communi-cação cumpriu com o seu dever.

. Não veio o furacão, melhor ; e deviam dargraças a Deus os que chasquearain por não seter rcalisado a causa dc tantas desgraças. EmInglaterra, a auctoridade mandou annunciar oresultado dos estudos e observações meteoro-lógicas, que marcaram em certos dias grandesleniporaes, riram-se todos do annuncio, maschoraram depois, vendo verificada a participa-ção offlcial, que se tivesse merecido credito,teria evitado consideráveis perdas de vidas e denavios.

Dou com muita reserva a noticia de ter en-trado S. M. a rainha no seu eslado interes-sanlo.

A corte tomou luto por 20 dias, a começar dodia 18, pela morte do rei da Dinamarca Fre-derico VII.

No dia 24- polo meio dia. dignou-se S. M.El-Rei dar a primeira audiência, no Paço dJAju-da, ao Sr. Christiano Frederico Falhe, minis-tro residente de S. M. El-Rei da Dinamarca,achando-se presentes a este acto os officiaes-mores da real casa, os genlis-homens da realcâmara, os ministros e conselheiros dc eslado,os ministros de estado honorários e mais pes-soas que costumam ser convidados para taessolemnidades.

O Sr. Falhe ao depositar nas mãos de S. M.as cartas de quo era portador, e a sua cre-dencial, pronunciou um discurso ao qualS. M.se dignou responder,

A fome continua em Cabo Verde a fazer bor-riveis esiragos o os habitantes daquella ilhaapresentam o mais laslimoso espectaculo. Emuma portaria do ministro da marinha se fazemgrandes elogios, pelos serviços e soecorros pres-tados aquelles infelizes, aos cidadãos portuguezesresidentes 110 Rio de Janeiro os Srs. BoaventuraGonçalves Roque, José Pereira Soares, JoséDuarte Coelho Júnior, Mendonça & Irmão, Ma-

noel José de Oliveira Valençae João Antonio deMagalhães Vianni.

No dia 24 foram recebidas no paço d'Ajudapor S. M. El-rei as felicitações da sociedadeMadrepora do Rio de Janeiro, dá sociedade por-tuguezà, Beneficência daquella cidade e do ga-binete portuguez de leitura do Rio de Janeiro.

A Sociedade Madrepora era representada poruma commissão composta dos Srs. conselheiroAntonio José Duarte Nazareth, Antonio daSilva Tullio.e Sebastião José do Abreu.

A sociedade Beneficência era representada'pelos conselheiros Nazareth, José Luciano deCastro e José Luiz Teixeira Mendes. O gabi-

•ai

nete portuguez de leitura foi representado peloSr. conselheiro Nazareth, Antonio José PereiraSerzedello Júnior e Antonio Maria Pereira.

S. M. recebeu com a maior afabilidade astres commissões, respondendo em termos mui-to lisongeiros ás felicitações, que lhe foram di-rigidas, pelo fausto nascimento de S. A. R. oPrincipe D. Carlos.

O beneficio promovido no Rio de Janeiro peloSr. conselheiro Nazareth, e mais portuguezes,a favor dos operários leoelões do Porlo, e dadono theatro lyrico pela companhia dramática,produziu 023 lbs. 9S—-O'1, que, pelo Sr. Naza-reth, foram entregues ao Sr. ministro do reino,que enviou a letra ao governador civil do Portopara os fins convenientes.

Muitos valiosos serviços prestam os portu-guezes, que ahi residem aos seus compatriotas,e são poucos, todos os encomios, que se fazema lão beneméritos e philantropicos cidadãos.Não me cançarei eu de os elogiar, porque omerecem, e eu gosto de dar a César o que éde César.

(Continua.)~usa§<&§ES3»

s qp»A demora que teve o vapor Guienne foi devi-

da a ter-se quebrado á sabida de Bordéus umapeça da machina, qne foi concertada durante aviagem.

Chegaram hontem no paquete Guienne osos Srs. conselheiro José Antonio Saraiva, LuizAntonio Barbosa de Almeida e Francisco XavierPinto Lima.

O tribunal da relação julgou hontem a pe-tiçâo de habeas-corpus a favor do Sr. VicenteFerreira de Paula.

Os documentos que o paciente juntou á suapetição foram: uma folha corrida, da qual constaachar-se sem culpa nesta côrte, de modo a poderretirar-se;anotíi de culpa, datada de 7 de marçode 1803, dada pela policia da provincia das Ala-gôas, indiciando-o nos crimes de ameaças aogoverno e dt asylar assassinos, pelo que entre-tanto nunca tora processado, sendo pelo con-trario mandado para esta côrte, onde recebiada policia uma mensalidade; e finalmente orequerimento feilo á policia daqui, pedindo adeclaração das rasões em que esta se fundarapara

'mandal-o vir de bordo do vapor Paraná

no dia em que partia com sua familia para aprovincia das Alagoas.

Neste requerimento acha-se lançado o se-guinte despacho :

a O supplicante não foi detido, tendo recebi-do ordem para virá minho presença. Rio 15 deJaneiro de 1864.—-Andrade Pinto'. »

O Sr. conselheiro Ribeiro, relator do habeas-cor pus, aventou a questão de não conhecer-se dapetição, porquanto nem ha prisão, nem ordempara prisão, factos que constituem anecessidaáede pedir habeas-corpus e o direito de conccdel-o ;advertindo que as palavras ou constrangimentoillegal, mencionadas no código do processo, equi-valem a soffrer prisão injusta.

Fez ainda ver que o paciente eslá solio, nãohavendo, portanto, carcereiro ou detentor aquem se ordene para apresental-oao tribunal; eque, soifrendo o Sr. Vicente de Paula, apenasuma limitação em sua liberdade, deve re-correr ao governo e tratar dc rosponsabilisar oSr. Dr. chefe de policia.

Na discussão intervieram com algum calor osSrs. desembargadores Mascarenhas, Figueira deMello, Pereira Monteiro e Gomes Ribeiro, réfti-tando os princípios emittidos pelo Sr. relator,o qual, comquanto não convencido, votou Iam-bem para que o Sr. Dr. chefe de policia da côrteministre os necessários esclarecimentos em re-lação ao seu procedimento.

O tribunal ordenou que taes esclarecimentossejam-lhe dados até ás 10 horas da manhã de22 do corrente, em que nova sessão extraordi-naria lem de celebrar-se.

S. M. o rei da Bélgica agraciou ao Sr.marquez de Abrantes com a grã-cruz da ordemde S. Leopoldo.

Ante-hontem, ás 10 1/4 horas da noite,manifestou-se um grande incêndio no prédio de

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ÀCTUALTDADR

sobrado de um andar, sito no largo do Valde-taro n. 66, onde residiam no pavimento superioro Dr. Pedro José de Abreu, e no inferior, ahiestabelecido com o negocio de seccos e molha-dos, Custodio João Affonso.

O fogo começou no armazém, e quando foidescoberto e o pessoal do corpo de bombeiroschegou já as chammas sabiam tanlo pelas portasdo armazém e janellas do sobrado como pelacobertura, da qual parte já estava abatida:todavia, apezar destas circumstancias, conse-guiu-se dominar o incêndio, reduzindo-o' aoseu foco principal, e fazendo com que não setransmittisse ás casas collateraes, das quaessomente o sotâo da contígua n. 64 B soífreualguns estragos; sendo os outros que se deramno telhado e travejamento, e bem assim nos dade n. 68, provenientes do trabalho da extincçãodo fogo.

O prédio incendiado ficou completamente ar-ruinado, restando apenas as paredes-mestras ealgumas divisões do pavimento térreo. A inten-sidade do fogo foi tal que os moradores pro-ximos do prédio om qne se deu o sinistro, de-sesperando da efflcacia dos soecorros prestadospelos bombeiros, e por isto atterrados, fizeramprecipitadamente a mudança dos seus trastes,do que necessariamente lhes deviam resultarmuitos prejuízos.

O dono do armazém, estabelecido nas lojasdo prédio queimado, foi recolhido á policia.

Compareceram diversas auetoridades milita-res e policiaes, cujas graduações e nomes foramlevados ao conhecimento do Sr. ministro daagricultura pela directoria do corpo de horabei-ros; os piquetes do costume, a bomba das obraspublicas, todas as secções auxiliares e todos ospostos da Ia secção do corpo, sendo o central oprimeiro que compareceu. Segundo as informa-ções que lemos, foi rèparável, durante o incen-dio, a ausência ('o Sr. subdelegado da freguezia.

O fogo (icou completamente extineto hontem,ás 2 1/2 horas da madrugada.

A sociedade brasileira Ensaios litterarios,a associação de jovens cultores das letras festejahoje, as 7 1/2 horas da noite, com um saráo lit-terario no Pavilhão Fluminense, o 4o anniver-sario da sua inauguração.

O tribunal da relação conheceu hontem dorecurso que o Sr. Dr. Paiva Teixeira, juiz dedireito criminal da Ia vara, interpuzera do seudespacho não pronunciando os Srs. Drs. JoséJoaquim Monteiro dos Santos, Francisco deMenezes Dias da Cruz, Adolpho Bezerra deMenezes e José Mariano da Costa Velho, man-dados responsabilisar pelo governo como verea-dores da Illrna. camara municipal da côrle, pelonão cumprimento do aclo do ministério do im-perio, relativamente aos negócios do matadouroe das carnes verdes, de que o publico está in-teirado.

O tribunal, negando unanimemente provi-mento ao recurso, sustentou o referido despachopelos votos dos Srs. desembargadores PereiraMonteiro, Travassos o Araújo Soares, sendorelator do processo o Sr. conselheiro Ribeiro.

Lê-se no Commercial do Rio-Grande :<( Na freguezia das Dores dc Camaquam, em

novembro próximo passado, casou um rapaz,que sendo perseguido para a praça, tomou oexpediente de alaviar-se com as roupas da noiva,•e. entre quatro ou seis mulheres, ás oito horasda noite, foi para a igreja, e lá pernoitou, atéque no outro dia viessse o vigário para casal-o ;tendo por maior precaução, pouco tempo antesmudado o balão e mais arranjos com os quaesilludiu a policia que lhe andava ua pista. Asachristia foi o — toilette —/ /

« Para tudo serve o balão..,. »~

DECLARAÇÕES.Esirada de ferro de B. Pedro II.

A directoria auetórisada pelo governo impe-rial convida os Srs. accionistas a 'realisarem, emvirdude dos arts. 7° e 12° dos estatutos a 11aentrada de 5 % do capital ou 10$000 por acção,a principiar de hoje até o dia 15 de fevereiropróximo futuro, dirigindo-se para esse fim aobanco Maná, Mac-Grcgor & Comp., rua da Qui-landa n. 143, onde deverão apresentar as cau-telas que possuírem; e para conhecimento dosmosmos Srs. accionistas resolveu a directoriatranscrever o seguinte aviso do ministério dafazenda :

« Ministério dos negócios da fazenda.—Riode Janeiro, 20 de Agosto de 1863. —Respon-dendo aos olficios da directoria da estrada deferro de D. Pedro II, datados de 30 de Julhopróximo passado e 13 do corrente, e satisfazen-do á riquisição feita pelo ministério da agricülrtura, commercio o, obras publicas em 25 do mezlindo, declaro a V. S. que o governo imperialauclorisa a chamada proposta de 10$ por acçãoc bem assim consente que a directoria para sus-tentar o valor dos títulos da companhia, declareaquelles accionistas, a quem não convenha rea-lisar a entrada, que podem perrautar as suasaccões por apólices de 1:000$, com puladas aopar ambos os tilulos, devendo nos casos emque o valor das accões permutadas contiverfracções de conto de réis, entrar o accionislacorn a quantia necessária para completar umnumero exaclo de apólices Deos guarde a V. S.—Marquez dc Abrantes.—Sn. conselheiro Chris-tiano Benedicto Oltoni.»

Sala das sessões da directoria. Companhia daestrada de ferro de D. Pedro II, em 16 de Ja-neiro de 1864. — C. B. Ottoni, presidente,Antônio Vereira Leitão, secretario.

Estrada de ferro de M. Pedro II.A directoria declara que na fôrma do artigo

12 dos estatutos, cahiram em cbmmisso por nãoter aceudido a ultima chamada, 6 accões per-tencentesa Luiz Gomes dc Castro Mattos, rever-tendo as entradas anteriores em favor da com-panhia.

Sala das sessões da directoria da companhiada estrada de ferro de D. Pedro II, em 16 dejaneiro de 1864.—C. B. Ottoni, presidente.—Dr. AntonioVereira Leitão, secretario.

3SPÜCTACULOS.ÍÊÊM LYBIQIIE FIAMIMNSE.

DIRECTION J. ARNAUD & C.TROUPE PARISIENNE

A.uJourd'Btui mereredi fêOJanviei*BRILLANTE REPRÚSISNTATION

AVEC

prcmiòre chanteuse de genre,célébrité pari-sierme.

chanl bachique par.Mlle Riselte.A la demande gènérale

CROQUEFERopera bouífe d'OfFenbach.

Croquefer, cbevalier sans pudeuret sansfoi M. Halbleib.

Ramasse-la-tcte, son neveu . . M. Génin.Boute-feu, valei, entété. . . . M. Dubois.Mousse-à-mort, chevalier incom-fiel M. Escudem.

Fleur-de-soufre, princesse infor-tunéé que se resigne h devenirempoisonneuse MUo Francine.

LA MADRILENAdansée par M"ies Escudem et Mathilde Poppe,

MARIA ANNAchanson créole par MUo Atléle Escudem.

LES MEUNIERSballet-comique en un acte.

Le poro La Joio M. Fiorelli; Nicaise, garçonmeunier, M. Escudem ; Colinelte,

MWü Escudem; Colin M,lle Ma-tliilde Poppe.

LA C0MPLA1NTE pioRTÉíOchanlée par M. Félix Dubois. '

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DEMAIN JEUDI 21

DÈBUT DEme

et premièreréprésentatiòn de

folie-vaudoville en un acle.M1"" Duchaumont romplira le role dc Léonie de

Bòlimart, raaitresse delangue, etM. Génincelui de Sáudoré, pe.intro fronçais.

LUN1H 1 FHVniIüBi 1804.

SPECTACLE EXTRAORDINAIREAU BENEFICIE DE

ImeÚU&.

fMKMtWÊXM W9*. *ru*-r*r>A w.iry.rw BWTB Tt * •" wvi -i \ «Mi WHMB 4H SMI

ANNUNCIOS.

AO

3,T©¥A AGEMCIA «EI&AFj

MUDANÇAS E SERVIÇOS -DOMÉSTICOS1 LARGO DE S.F1UNCISCO 1

ONDE FOI 0 PONTO DOS OMNIBÜS.

ECNOMIÂ ECOMMODIDÀDE.Fazem-se mudanças de casas, desarmam-se os

moveis, armam-se e col locam-se em seus lu-gares. Lavam-se as casas, forram-se de esteira,põem-se cortinas, etc. Poupa-se todo e qualquerincommodo aos moradores.

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SAL8APARRILHADE

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O cxlracto composto de Salsaparvillia con-feccionado pelo Dr. Ayer, compõe-se da me-lhór espécie de Salsafiairrillia do Parií,combinada com outras plantas depurativas dereconhecida virtude: todas as plantas são colhi-das, por'ordem expressa do Dr, Ayer, no exactoperiodo, quando tem chegado á madureza me-dicinal, tornando-o assim nm cxlracto de suecosfrescos dos melhores depurativos conhecidos namedicina. O processo de sua manufactura é talque assegura uma perfeita uniformidade de for-ça e actividade, pois afim de determinar a com-binaçãoe escolha das drogas que entram na suacomposição, fez-se, por largos annos, nos prin-cipáes hospitaes da Europa e America do nor teexperiências minuciosas nos peores casos deESCTOOFUIjAS e moléstias sy-PIIlJhlTIGAS que foi possível encontrar; ofeliz resultado dessas experiências foi o remédioque ora oíferecemos ao publico brasileiro como :EXTRACTO COMPOSTO DE SAL-SAPARRILHA nào como novidade, poisé bem conhecido na Europa e na America donorte, como o são todas as outras preparaçõesdo Dr. Ayer; porém eoasao a mellior eom-binaeão possivel de drogas ja liemconhecidas e approvadas. NÃO È RE-ME1J10 SECRETO.—Mandar-sc-ha sua formulaa qualquer medico que a pedir.

AFARULHA DEÍiM PURIFICA O SANGUE,exptrfiiundO toda a corrupção e todo»os luimures «|ue nella planta a escro-fula on a infecção venerea e dando-lhe vitalidade o forca; expulsa do corpoas enfermidades pútridas que se mostram naserupções ulcerosas. Cura a s peores formas do :

o Y Jr Jl±-L JLjJLo \Em Ioda a extensa lista das enfermidades de que

soffre a nossa raça não haverá uma mais inexorável ehorrorosa nos seus estragos do que a syphilis. Insidiosano seu principio, apenas desperta a attenção da victimapara se arraigar com uma tenacidade fatal no systema,e se não é logo combalida com energia consumirá len-tamente porém com certeza os órgãos em que actuar,o não tardará a destruir mesmo a vida. Pouca neces-sidade ha dc informar o publico do inestimável valorde um remédio que, como esle, livra o sangue destacorrupção o arrebata a victima das garras de uma mortelenta e ignominiosa, porém inevitável. Que esta Salsaparrüha cura, quasi invariavelmente as peores formasde moléstias venereas está claramente provado pela ex-eriençia de milhares que tem recuperado a saúde pormeio delia; póde-se vôr eertidões no Almanak eMannal «Be Saúde do liv. Ayer QUK SEDISTRIBUE GRATUITAMENTE NAS BOTIGÀS ONDE SEVENDI-: O REMÉDIO. O exlraclo composto de Salsapar-rilha de Ayer cura toda as moléstias que lem sua ori-gem na impuresaf do sangue, como sejam:

AN líSCKOFULAS g EMEERIIIrPÁDlijS ESfCIM&JFUILttSAS TU-MÒRÉiS; ULCERAS, CHAGAS,FISTULASJ, NASCIDAS, DOR-IBUOHA8, ERUPÇÕES RAPEL-Ofl, EBIYSÍPELLA, SAIIMA,IIJHEÜMÁTISiM©

BBé^í-!-: aící« «mwsííS, nau eostaw cmaeaBtc-ca, c osadd'ííw Bss.iiâdsaw doenças vauisadaMpela e^vroliilu. nanai de ligado, faltade apetite, indígestão e lauguidex,fig^Elliueraçuf» do auflo, do eititomago eílíüsw n'ã:aH , ersspeões IniSioNa» , etc. ,«g«na2E«i«> proce«iesaii da escrofuia •- po-n>éaaa se ewúisw sautúí-MDhw não procetleianda CNcrtuãsila o rentedio mais pr«»id-elo é as

PÍLULAS CATHÁRTICASDO DR. mm

tomadas segundo as direcções que acompanham cadavidro. Estas pílulas são puramente vegetaes e de grandeefflcacia na cura das

Hemorrlioidas, indigestões, ieleriçia, dores dc caberá,nervoso, enxaqueca, febre gaslro-licpaüca, moléstiastliliosas, a hydropisia, as lombrigas, etc.

Os remédios do Dr. Ayer acham-se á vendastju principaes boticas e drogarias do Império.

CARTAS DE ENTERROpara anjos e adultos, imprime-se com toda abrevidade nesta typographia, á qualquer horado dia ou da noite.

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SAÚDEé a melhor preparação medicinal contra o vastoquadro das moléstias da pelle, do utero e syphi-liticas, conforme se deprehende dos attestadospassados pelos Exms. Srs. conselheiros FelixMartins, Ferreira de Abreu, Paula Cândido eTorres-Homera; Illms. Srs. Drs. Assis Pinto,Barros, B.. Torres, Calvet, Cardoso, Chernoviz,Geraldo, Gradim, H. Lobo, J. Leonardo, J. M.da Silva, L. B. de Gouvea, L. Corrêa, Peder-neira, Pires Garcia, Vaz e Vilella, assim comomuitas outras pessoas gradas que delia usaramcom proveito. Estes attestados tratam de curasnotáveis de empigens, dartros, bobas, ideeras,..feridas no nariz e na garganta, falta ou diffi-culdadedemenstruos, inflammaçãodo utero, floresbrancas, cores pallidas, hysteria, anemia, dis-pepsia, rheumatismo, crysipellas c seus resulta-dos, enfartes de glândulas,

A' venda na drogaria de Mondes & C, narua da Quitanda n. 58, defronte do CorreioMercantil.

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« ruta, farinha de trigo, tapioca, arroz, cevadi-« nha, assucar, geleias, de musco islandio, da« raspa de veado, de sagú, de salepo e mão de« vacca», offeiece aos enfermos, aos convales-centes, aos meninos o mesmo ás pessoas de cons-lituiçãò débil um alimento rico de princípiosnutritivos, de facilima digestão e sabor agrada-vel. Seus excellenles resultados são conhecidosde todas as pessoas que delia tora feito uso emdiversas partes do império.

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ESTUDOS SOBRE QUESTÕES ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS

PELO SR. DR. TAYARES BASTOSDEPUTADO Á ASSEMBLÉA GERAL

SEGUNDA EDIÇÃO.

A

Nova publicação da typographia da Actualidade, no Rio de Janeiro,em dezembro de 1863.

Um volume nitidamente impresso em 8o gr., eom 440 paginas.

PREFACIO.Primeira serie.

ORGANISAÇÃO ADMINISTRATIVA.

Cama i. Programma.Cahta ii. O processo administrativoCartas m e iv. A centralisação. Os sous vicios no centro e os seus resultados

nas províncias.Cahta v. Reforma administrativa. Exame dos projectos de reforma.

ENSINO RELIGIOSO.

Cauta vi. Direito vigente.Caiita vii. O estado e a egreja. Liberdade religiosa.

Segimda .serie.

AFRICANOS LIVRES E TRAFICO DE NEGROS.

Cahta viu. Considerações geraes.Carta ix. Legislação sobre"africanos livres.Cartas x e xi. O traiico de negros.

Terceira serie.

AS LEIS DE NAVEGAÇÃO. O COMMERCIO COSTEIRO. A FRANQUEZA DOS.GRANDES RIOS. QUESTÃO DO AMAZONAS. COMMUNICAÇÕES

DIRECTAS ENTRE AS DUAS AMÉRICAS.

Carta xii. Considerações geracs.Carta xiii. Esboço das leis pprtuguezas c brasileiras sobre a navegaçãomli vvr'íiSP?ÕeS.a0 PmilcSio "acionai da navegação de cabotagem.CARTA xv. L berdade da navegação. Vantagens da concurrencia.

; Exemplos de varias nações.Cartas xvi e xvii. Inconvenientes do privilegio. A miséria do povo.

VI. Livre navegação do Amazonas. Discurso na câmara dos deputados, ovarias noticias acerca do mesmo assumpto.

O conflicto dos vapores peruanos o a Companhia de navegação doAmazonas: apreciações e noticias.

VII. Communicações directas entre o Brasil e a America do Norte. Carta aoSr. Davis.

Meeling do Board of Irade de Boston.VIII. Liberdade de cultos.

IX. Descentralisação. Carta de Napoleão III ao presidente do conselho deEstado.

A]>pcii<lices

I. Tarifas protectoras.II. Centralisação : — Processo administrativo.

» Organisação central do ministério da marinha.III. Empregos de confiança.IV. Escravidão.

Emancipação dos africanos livres.V. Liberdade da cabotagem.

Discurso na câmara dos deputados; exame de objecções.Artigo de doctrina.Memória sobre a mesma questão. Reformas em França, e medidas

que se deve promulgar no Brasil.Paralysia da marinha brazileira.

Cartas xviii, xix e xx. O Brasil não é potência marítima.Construcção naval, fretes e'equipagens.

Cauta xxi. Influencia do privilegio sobre a sorte das provincias. Resumo econclusão.

Cahta xxii. Considerações geracs sobre a livre navegação do Amazonas.Carta xxiii. Opiniões da imprensa e da tribuna.Cauta xxiv. O Amazonas o as relações com os nossos vizinhos.Cahta xxv. Alivrenavegação dos grandes rios.Cauta xxvi. A politica brasileira no Rio da Prata e no Amazonas.Cahta xxyii. Importância do valle do Amazonas.Cauta xxvm. Rasões políticas para a abertura do Amazonas. O systema colonial.

As colônias inglezas. As provincias do Brasil.Carta xxix. Navegação directa a vapor praa os Estados-Unidos.CAhta xxx. Considerações geraes. Resumo e (projectos.

Esta edição, muito mais importante que a anterior, é principalmente curiosapara os homens do commercio, e útil aos estudantes das faculdades de direito.

Acha-se á venda nas livrarias mais importantes da corte e provincias, e nosescriptorios da (Actualidade», rua dos Pescadores n. 17, e do (Correio Mercantil >rua da Quitanda n. 55. '

Faz-se abatimento a quem comprar mais de 20 exemplares.Um exemplar, 4$.

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tipoguapiua ua ACTUALIDADE, rua dos pescadores- n. 17.