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1 Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS Mundo Macroscópico – Mecânica Clássica Mundo muito veloz – Teoria da Relatividade Mundo microscópico – Mecânica Quântica Mundo NANO - ?????? Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS Computação Quântica: revisão do texto Computador Clássico Unidade de informação: Bits: 0 ou 1 Qualquer número ou palavra é representado por uma cadeia de destes algarismos Bit pode existir apenas em 0 ou 1 Computador Quântico Unidade de informação: Bit quântico: QUBIT 0 ou 1 0 e 1 (superposição de estados) Qubit pode existir simultaneamente em 0 e 1 n n qubits qubits 2 n n bits para armazenar a mesma informa bits para armazenar a mesma informação ão 10 qubits equivalem a 2 10 bits clássicos: 10 qubits teriam a capacidade computacional de 1024 bits clássicos.

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Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Mundo Macroscópico – Mecânica Clássica

Mundo muito veloz – Teoria da Relatividade

Mundo microscópico – Mecânica Quântica

Mundo NANO - ??????

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Computação Quântica: revisão do textoComputador Clássico

Unidade de informação:Bits: 0 ou 1

Qualquer número ou palavra é representado por

uma cadeia de destes algarismos

Bit pode existir apenas em0 ou 1

Computador QuânticoUnidade de informação:

Bit quântico: QUBIT0 ou 1

0 e 1 (superposição de estados)

Qubit pode existir simultaneamente em 0 e 1

n n qubitsqubits →→→→→→→→ 22n n bits para armazenar a mesma informabits para armazenar a mesma informaççãoão

10 qubits equivalem a 210 bits clássicos: 10 qubits teriam a capacidade computacional de 1024 bits clássicos.

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Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Computação Quântica: revisão do textoSuperposição de estados: |qubit> = C0 |0> + C1 |1>

C0 e C1 → coeficientes numéricos

Resultado de uma operação → Medição: qubit responde em apenas um estado

Probabilidade que o qubit responda no estado

|0> → |C0 2 | |1> → |C1

2|

Poder da computação quântica: existem diversos estados ao mesmo tempo, possível realizar muitas operações em paralelo usando apenas uma unidade de processamento.

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

O Computador Quântico da IBM- Usa o algoritmo de Shor: é um marco da computaçãoquântica porque ele foi o primeiro algoritmo a utilizar as funcionalidades particulares de um computador quânticopara otimizar a solução de um problema. - dezembro de 2001, cientistas do Centro de Pesquisas daIBM em Almaden conseguiram construir um computadorquântico de 7 qubits onde foi implementado o algoritmoShor, que conseguiu realizar corretamente a fatoração do número 15.

- importância desse experimento: comprova a viabilidade dacomputação quântica. - implementado através de uma molécula com 7 spins: o núcleo da molécula era constituído por 5 átomos de fluorinae 2 átomos de carbono.- a programação do computador é feita através de pulsos de rádio-freqüência.

- a leitura dos resultados é feita por ressonância magnéticanuclear (RMN), a mesma tecnologia dos aparelhos de tomografia computadorizada de hospitais. A operação do computador exige temperaturas baixas, a fim de reduzir a incidência de erros.

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EXERCÍCIOS:

1. Escreva em código binário os autoestados |0>|,1>, |2> e |3>, relativos a conjuntos de dois qubits.

2. No exemplo do texto, por que n/ão é possível ouvirum clique no detector de baixo e um clique no detector de cima, ou vice-versa?

3. Apresente um exemplo, em código binário, de estados de dois qubits em que é possível ouvir um clique no detector de cima e um clique no detector de baixo. Qual é a probabilidade do sistema estar no estado |2>, no seu exemplo?

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

EXERCÍCIOS:

4. Mostre que três qubits podem estar em 8 (23) estados bemdefinidos. Conseqüentemente n-qubits podem estar em 2n estados, ou seja, n operações elementares podem gerar 2n situaçõesdistintas.

Você acha que isto é importante para a fatoração? SIM

Numa lista com "n" itens, os algoritmos clássicos precisam fazer buscas da ordem de n/2, até achar o que procuram e com algoritmos baseados em bits quânticos teria que procurar bem menos, da ordem de n1/2

Exemplo: lista de 900 nomes

- o algoritmo clássico buscaria 450 vezes antes de encontrar o que procura.

- o algoritmo baseado em bits quânticos precisaria, em média, de 30 tentativas.

5. Relacione e discuta as propriedades quânticas citadas no texto e em quê são as mesmas diferentes das que você conhece da FísicaClássica.

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1.1 Descobrimento do raio X e do Elétron1.2 Determinação da Carga do Elétron1.3 Espectro de linha1.4 Quantização1.5 Radiação de Corpo Negro1.6 Efeito Fotoelétrico

Unidade 1IntroduçãoIntrodução à à TeoriaTeoria QuânticaQuântica**

Max Karl Ernst Ludwig Planck (1858-1947)

* Tradução e adaptação livre das aulas do Professor Rick Trebino em:

www.physics.gatech.edu/frog

““ScientificScientific discoverydiscovery andand scientificscientific knowledgeknowledge havehave beenbeen achievedachieved

onlyonly byby thosethose whowho havehave gonegone in in pursuitpursuit of it of it withoutwithout anyany practicalpractical

purposepurpose whatsoeverwhatsoever in in viewview””

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

1.1: Descobrimento do Raio X e do Elétron

Em 1890 os cientistas e engenheiros conheciam os“raios catódicos”. Estes raioseram gerados por placasmetálicas dentro de um tubocom vácuo e no qual era aplicado uma grandediferença de potencial.

Havia conjecturas de que estes raios catódicos tinham algumacoisa a ver com átomos!

Era bem conhecido que os raios catódicos podiam penetrar a matéria e podiam ser desviados por campos magnéticos e elétricos.

J. J. Thomson (1856-1940)

Wilhelm Röntgen(1845-1923)

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Observação de Raios X

Wilhelm Röntgen estudou os efeitos dos raios catódicos fazendo-os passaratravés de diferentes materiais. Elenotou que uma tela fosforescente pertodo tubo brilhava durante alguns destesexperimentos. Estes novos raios nãoeram afetados por campos magnéticos e eram mais penetrantes do que os raioscatódicos.

Ele chamou estes raios de raios x e deduziu que eles eram produzidos pelosraios catódicos que bombardeavam as paredes de vidro do tubo com vácuo.

Wilhelm Röntgen

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Tubo de Raios X de Röntgen

Röntgen construiu então um tubo de raios X fazendo com que os raios catódicos atravessassem a parede de vidro do tubo e deste modo produzissem os raios X. Para mostrar a penetração destes raios, ele produziu a imagem dos ossos de uma mão usando uma tela fosforescente.

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Experimento de Raios Catódicos de Thomson

Thomson usou um tubo de raios catódicos evacuado para mostrar que os raios catódicos eram de fato partículas negativamente carregados (elétrons) desviando estes “raios “ através de camposmagnéticos e elétricos.

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

O método de Thomson para medir a razão entre a carga dos elétrons e a sua massa consistia em fazer os elétrons passarem através de uma região onde havia um campo magnético e um campo elétrico perpendiculares entre si.

Experimento de Thomson: e/m

J. J. Thomson

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Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Um elétron se movendo através de um campo elétrico é acelerado por uma força:

Ângulo de deflexão do elétron:

Ligando o campo magnético, o elétron irá sofrer deflexão na direção contraria ao campo elétrico e ajustando o campo magnético de talmodo que a força resultante no elétron seja nula, temos:

Razão carga/massa será:

Cálculo de e/m

y yF ma eE= =

2

0 0

vtan( )

v v v

y y

x

a t eE

mθ = = =

l

0v 0F eE e B= + × =r r rr

0vE B= − ×r rr

0v /E B⇒ =

2

tan( )e E

m B

θ=

l

0vt =

l

2tan( )

( / )

eE

m E Bθ⇒ =

l

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Experimento da gota de óleode Millikan

1.2: Determinaçãoda Carga do Elétron

Robert Andrews Millikan (1868 – 1953)

Millikan foi capazde mostrar que oselétrons tinhamuma carga bemdeterminada.

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Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Cálculo da carga da gota de óleoMillikan usou um campo elétrico para contrabalançar a gravidade e suspender a gota de óleo carregada:

e = 1.602 x 10-19 C

y drop

VF eE e m g

d= = = −

343drop

m rπ ρ=

/drope m gd V⇒ = −

Milhares de experimentos mostraram que existe uma quantidade básica de carga para o elétron e que este valor é quantizado, isto é, temos valores discretos de carga, ou seja:

Desligando o campo elétrico, Millikan observou que a massa da gota, mdrop, poderia ser determinada através de uma relação (de Stokes) entre a velocidade final da gota, vt, a densidade da gota, ρ, e a viscosidade do ar, η, onde r é o raio da gota:

3 v / 2t

r gη ρ= and

q = ne, n = ±1, ±2, ±3,…

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Foi observado que elementos químicos quando queimados ouexcitados por uma descarga elétrica produziam comprimentos de ondaúnicos que dependiam de cada elemento!

1.3: Espectros de Linha – Raias Espectrais

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Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Série de Balmer

Em1885, Johann Balmer encontrou uma fórmula empírica para determinar o comprimento de onda no visível das linhas espectrais para o átomo de hidrogênio em nm:

nm (onde k = 3,4,5…)

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Equação de Rydberg

Quanto mais cientistas descobriam novas linhas de emissão no infravermelho e ultravioleta, a equação para a série de Balmer foi estendida para a equação de Rydberg:

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1.5: Radiação de Corpo Negro

Quando a matéria é aquecida, ela não só absorve luz, mas também emite luz espontaneamente.

Um corpo negro é um meio que pode espontaneamente emitir e absorver todas as cores.

Corpos negros são interessantes porque suas propriedades ópticas são independente do material e somente dependem da temperatura.

T

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Lei de Wien

A intensidade espectral I(λ, T) é a potência total irradiada por unidade de área, por unidade de comprimento de onda, para uma dada temperatura.Lei do deslocamento de Wien: o ponto de máxima intensidade do espectro se desloca para menores comprimentos de onda quando a temperatura aumenta.

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Fórmula Rayleigh-Jeans

Lord Rayleigh usou as teorias clássicas do eletromagnetismo e da termodinâmica para mostrar que a distribuição espectral de um corpo negro deveria ser:

Esta expressão ajusta os dados experimentais para comprimentos de onda grandes porém falha totalmente para pequenos comprimentos de onda. Esta falha ficou conhecida como catástrofe do ultravioleta e foi uma das notáveis exceções que a física clássica não conseguiu explicar.

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Planck fez duas modificações na teoria clássica:

� Os osciladores (de origem eletromagnética) podem ter apenas certas energias discretas, En = nhνννν, onde n é um número inteiro, νννν é a freqüência, e h é chamada de constante de Planck:

h = 6.6261 × 10−34 J·s.

� Os osciladores podem absorver ou emitir energia em múltiplos discretos de um quantum fundamental de energia dada por:

∆E = hν

Lei da Radiação de Planck

Planck assumiu que a radiação numa cavidade de corpo negro era emitida (e absorvida) por algum tipo de “oscilador”. Ele usou aestatística de Boltzman para chegar na seguinte fórmula que ajustava os dados experimentais da radiação de corpo negro.

Lei da Radiação de Planck

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1.6: Efeito Fotoelétrico

Métodos de emissão de elétrons:

Emissão TermiônicaEmissão Termiônica: Aplicação de calor permite que os elétrons ganhem energia

suficiente para escapar do material.

Emissão SecundáriaEmissão Secundária: O elétron do material ganha energia através de transferência de energia num processo de colisão com uma partícula de alta velocidade que incide neste material.

Emissão de campoEmissão de campo: Um campo elétrico externo intenso arranca o elétron para fora do material.

Efeito fotoelétricoEfeito fotoelétrico: Luz incidente (radiação eletromagnética) iluminando o material transfere energia para os elétrons, permitindo que eles escapem do material. Chamamos a estes elétrons ejetados de fotoelétrons.

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Efeito Fotoelétrico: Montagem Experimental

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Efeito Fotoelétrico: observações

A energia cinética dos fotoelétrons é independente da intensidade da luz.

A energia cinética dos fotoelétrons, para um dado material emissor, depende somente da freqüência da luz.

Classicamente, a energia cinética dos fotoelétrons deveria aumentar com a intensidade da luz e não depender da freqüência.

Electron

kinetic

energy

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Efeito Fotoelétrico:mais observações

Existe uma freqüência de corte para a luz, abaixo da qual nenhum fotoelétron é ejetado (relacionado à função trabalho φ do material emissor).

A existência de uma freqüência de corte é completamente inexplicável pela teoria clássica.

Electron

kinetic

energy

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Efeito Fotoelétrico: mais observações

Quando fotoelétrons são produzidos, seu númeroé proporcional a intensidade da luz.

Também, os fotoelétrons são emitidos quase instantaneamente assim que o foto cátodo é iluminado, independente da intensidade da luz.

Teoria clássica prediz que, para intensidades extremamente baixas da luz, um tempo longo deveria passar antes de que qualquer elétron pudesse obter energia suficiente para escapar do foto cátodo. Foi observado, entretanto, que os fotoelétrons eram ejetados quase que imediatamente.

(number of

electrons)

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Teoria de Einstein: Fótons

Einstein sugeriu que o campo da radiação eletromagnética é quantizado em partículas chamadas de fótons. Cada fóton carrega um quantum de energia:

onde ν é a freqüência da luz e hé a constante de Planck. Alternativamente,

E hν=

E ω= h / 2h π≡honde:

Prêmio Nobel em 1921

λλν

hcE

h==onde:

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Conservação de energia permite escrever:

Teoria de Einstein

Energia antes (fóton) = Energia depois (elétron)

Na verdade, os dados são um pouco mais complexos, porque a energia dos elétrons pode ser reduzida pelo material emissor (foto cátodo). Considere vmax como a velocidade máxima dos fotoelétrons (não v) e escrevemos:

onde φ é a função trabalho do metal (energia potencial a ser superada antes do elétron poder escapar).

212

vh mν φ= +

21max2

vh mν φ= +

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

hν = φ + eV0

φ

hν Kmax= eV0 =½(mv2max)

Efeito Fotoelétrico:Efeito Fotoelétrico:

representação esquemáticarepresentação esquemática

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Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

21max2

vh mν φ= +

Electron

kinetic

energy

Kmax = eV0

eV0 = hν - φNotem que esta equação é uma reta (y = ax + b)

onde y = eVo , x = ν (freqüência) , o

coeficiente angular a = h e esta reta corta o eixo y

em b = - φ (veja gráfico)!

Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Electro

n

kinetic

energy

Kmax = eV0

eV0 = hν - φComo interpretar Kmax ?Se aplicarmos uma diferença de potencial V de tal modo que o coletor fique mais

negativo que o emissor, a corrente de fotoelétrons vai diminuir e só chegarão no coletor aqueles fotoelétrons com energia suficiente para transpor esta barreira de

potencial, portanto podemos aplicar um determinado potencial (potencial de

corte, Vo) que vai fazer esta corrente cessar! Neste limite temos a maior barreira de potencial possível! Portanto, para que os elétrons atinjam o coletor terão que ter uma energia cinética igual ou maior que esta diferença de potencial! No limite para cessar o efeito fotoelétrico temos que:

V = - Vo e a energia cinética dos elétrons neste limite é Kmax = eV0

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Márcia R. Gallas (FIS01045) – IF-UFRGS

Electr

on

kinetic

energy

Kmax = eV0 eV0 = hν - φ

O que é a freqüência de corte (νo )?É a freqüência da luz incidente para a qual cessa o efeito fotoelétrico e depende do material do cátodo! (veja o gráfico)

Quando V0 = 0 temos que hν - φ = 0 e portanto hν = φ e chamamos a esta

freqüência de νo ! Ou seja, é a freqüência limite necessária para que a energia dos fótons se iguale a função trabalho do material! Por isto a freqüência de corte depende do material do cátodo! Para fazer com que os fotoelétrons sejam ejetados, precisamos de mais energia,

que será dada por uma freqüência dos fótons incidentes maior que νo !

Notem no gráfico: para cada freqüência temos um potencial de corte Vo diferente!