mundo cana 9 nov'13

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PARCEIROS Os exemplos da CAMDA e da Agrovale TECNOLOGIA Catação motorizada ganha adeptos ESTRATéGIA Serviços e produtos inovadores contribuem para o sucesso das usinas MUNDO CANA ANO 05 | NúMERO 09 | NOVEMBRO 2013 Retrato do mercado sucroenergético ENTREVISTA Monika Bergamaschi, Secretária de Agricultura do Estado de São Paulo

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Agribusiness Arysta LifeScience Sugar Cane

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Page 1: Mundo Cana 9 Nov'13

Parceirosos exemplos da caMDa e da agrovale

tecnologiacatação motorizada ganha adeptos

estratégiaserviços e produtos inovadores contribuem para o sucesso das usinas

MUNDO CaNa ano 05 | número 09 | novembro 2013

retrato do mercado sucroenergéticoENTREVISTA Monika Bergamaschi, Secretária de agricultura do estado de São Paulo

Page 2: Mundo Cana 9 Nov'13

Untitled-1 1 3/6/13 3:51 PM

Page 3: Mundo Cana 9 Nov'13

MUNDO CaNa

pág. 5

ENTREVISTAmonika bergamaschiSecretária de agricultura e abastecimento do estado de São Paulo

pág. 16

SERVIÇOS AOS CLIENTESClientes aprovam arysta Fly,

serviço de monitoramento aéreo dos canaviais

pág. 10

uSINAProfissionais de usinas do nordeste visitam o Grupo Toniello, em SP

pág. 12

uSINAo sucesso da agrovale no semiárido nordestino

pág. 8

fORNECEdORESo trabalho sério e competente da Camda no interior paulista

ano 05 - número 09novembro 2013

a revista mundo Cana é o veículo decomunicação oficial da arysta LifeScience

para o mercado sucroalcooleiro.

Coordenação Geralantonio Carlos Costa

Claudine DivitisJosé renato Gambassi

ProduçãoTexto assessoria de Comunicações

Jornalista Responsávelaltair albuquerque (mTb 17.291)

Redaçãoalexandre Franco

Leandro Costa

fotosTexto assessoria de Comunicações

arquivo arysta

Projeto Gráfico e designronaldo albuquerque

Tiragem1.500 exemplares

Arysta LifeScience do Brasilrua Jundiaí, 50 – 4º andar

São Paulo/SP – brasil CeP.: 04001-904

Telefone: 55 11 3054-5000 Fax: 55 11 3057-0525

[email protected]

pág. 20

TECNOLOGIAa mecanização chegou ao

processo de catação de plantas daninhas

03

MUNDO CaNa

pág. 18

MATÉRIA TÉCNICAGiro técnico no mT e mS com o

Prof. Dr. Pedro Christoffoleti

PROduTOS ARYSTAem sua primeira safra,

Centurion contribui para aumento da produtividade

pág. 14pág. 4

EdITORIALJosé renato GambassiGerente de Produtos e mercado Cana da arysta LifeScience

pág. 22

ARTIGOos desafios para o contínuo

aumento da produção de alimentos,segundo o Prof. marcos Fava neves (USP)

10

8 12

Page 4: Mundo Cana 9 Nov'13

As estatísticas oficiais da safra 2013/2014 de cana de açúcar são realmente expressivas. A produção de cana se aproximará de 650 milhões de toneladas,

crescendo cerca de 10% sobre a colheita anterior. Igualmente representativa, a produtividade analisada pela Conab deve melhorar quase 7%. No total, cerca de 8,8 milhões de hectares foram ocupados com cana.

Pelas estimativas, a safra de açúcar pode aumentar 15%, chegando a 41 milhões de toneladas, e a oferta de etanol deve superar 27 bilhões de litros, com elevação superior a 20%.

Esses números constatam algo que nós, que trabalhamos no setor, já sabemos mas que a expressiva parcela da sociedade brasileira não conhece: somos muito bons no que fazemos para produzir açúcar, etanol e bioenergia!

Nesta edição da revista Mundo Cana, publicamos artigo do prof. Marcos Fava Neves (USP – Ribeirão Preto) que constata a importância do campo para o país e para o mundo. Bom saber que estamos fazendo a nossa parte para oferecer alimentos de qualidade à crescente população global. E com competência.

No dia a dia, a Arysta tem esse desafio muito claro. Trabalhamos para dar condições de as empresas do setor sucroenergético melhorarem os seus indicadores para obter resultados econômicos superiores.

Para tanto, oferecemos ferramentas de apoio aos clientes, incluindo serviços diferenciados e uma linha de produtos cada vez mais robusta e moderna.

Além disso, temos uma equipe de profissionais a campo exclusivamente para dar apoio aos nossos parceiros que investem nessa cultura fantástica.

Editorial

José Renato Girotti GambassiGerente de Produtos e mercado Cana

números que nos orgulham

04

Trazemos nesta edição quatro exemplos que ilustram o nosso compromisso com a atividade.

Para começar, citamos o Arysta Fly, serviço aéreo exclusivo criado há um ano pela empresa para ajudar os parceiros na avaliação dos canaviais. Também comemorando um ano, o maturador Centurion se tornou um insumo importante para a melhoria da produtividade na cana.

Em termos de difusão de tecnologias, realizamos recentemente dois encontros muito relevantes: trouxemos ao interior de São Paulo um grupo de representantes de usinas do Nordeste e fizemos um giro técnico no Centro-Oeste para trocar conhecimento com as usinas.

Fizemos, também, entrevista exclusiva com Monika Bergamaschi, titular da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ela trata de assuntos muito importantes para o setor, com uma visão clara e objetiva da realidade e das potencialidades do setor sucroenergético.

Espero que gostem do material que preparamos e compartilhem conosco suas opiniões sobre o trabalho da Arysta voltado para a cana, uma atividade muito importante e que, sem dúvida, crescerá ainda mais, contribuindo para fortalecer o agronegócio brasileiro.

Boa leitura

Page 5: Mundo Cana 9 Nov'13

Como a sra. avalia o momento atual da cadeia produtiva de Açú-car e Etanol? É muito importante a lembrança de que o crescimento consistente do setor sucroenergético aconteceu a partir de 2003, contan-do com as boas perspectivas do mer-cado internacional de biocombustí-veis, face às metas de redução das emissões dos gases de efeito estufa, dos preços elevados do petróleo e das importantes políticas públicas adotadas pelo Estado de São Paulo (redução do ICMS), pelo governo fe-deral (implantação da CIDE) e lança-mento dos veículos flexíveis. No entanto, fruto de uma combina-ção negativa de fatores que se inicia-ram antes da crise global de 2008, tais como: a) ausência de investimen-tos na luta pela redução do endivida-mento após o aquecimento no perí-odo 2005-2008; b) baixos preços de Cana que levaram ao menor uso de insumos modernos; c) menos atenção aos fundamentos técnicos da produ-ção; d) expansão em novas regiões, em plena curva de aprendizado, e, principalmente; e) pela política de preços congelados, exercida pelo go-verno federal para a gasolina, a pro-dução brasileira de Cana, Açúcar e Etanol vinha estagnada desde a safra

De volta ao rumo certonesta entrevista exclusiva à Mundo cana, a secretaria de agricultura e abastecimento do estado de são Paulo, Monika Bergamaschi, faz um completo retrato do mercado sucroenergético, aponta saídas e mostra o grande potencial de evolução da produção e das vendas externas.

div

ulg

ão

2008/09, com baixos índices de pro-dutividade e custos mais elevados.A falta de visão de perspectivas, face às medidas contrárias ao incentivo à produção, afasta o capital externo e os investimentos, criando um estado de dúvidas sobre o futuro setorial, que acabaram, em síntese, gerando a perda de milhares de empregos dire-tos nos últimos quatro anos tanto na produção quanto na área de bens de capital. Houve recuo total em inves-timentos programados para novos “greenfields”, paralisação de investi-mentos em tecnologia industrial e fe-chamento de mais de 40 indústrias.Apesar desta crise, este é um mo-mento de reorganização da área pro-

05

Entrevista Monika Bergamaschi

>

dutiva, com investimentos em vivei-ros, tecnologias de plantio e colheita e agricultura de precisão, dentre ou-tras técnicas, como forma de reduzir custos.

E sua opinião sobre a atual po-lítica de preços do setor, espe-cialmente do ponto de vista dos produtores e usinas? A política de preços está entre as questões mais relevantes para o setor na atualida-de, pois as dificuldades decorrem dos preços congelados da gasolina e os custos crescentes do etanol, além da inexistência de políticas públicas claras que norteiem os investimen-tos necessários para médio e longo

O momento é de reorganização da área produtiva, com investimentos em viveiros, tecnologias de plantio e colheita e agricultura de precisão”

Monika: novos investimentos

Page 6: Mundo Cana 9 Nov'13

prazos. O governo paulista acenou de maneira positiva, implantando importantes políticas públicas, como a da redução do ICMS, mas não foi acompanhado pelos demais estados.

Como a sra. analisa a evolução tecnológica da atividade, consi-derando tecnificação, aumento da produtividade, nutrição vegetal e novas linhagens de Cana? O Brasil vem mantendo importante investi-mento em P&D nas últimas quatro décadas. Naturalmente, os atores tecnológicos não são os mesmos da década de 70 e 80, quando prepon-derava a ação da Copersucar e Pla-nalsucar. Hoje, além da rede Ridesa (federal e ex-Planalsucar), novos gru-pos surgiram ou se reestruturaram no âmbito privado, federal e no estado de São Paulo. Em São Paulo, tivemos a reorganiza-ção do IAC, com a criação do Pro-grama Cana IAC, no meio da década de 1970, o que culminou na criação, em 2005, do Centro de Pesquisa de Cana IAC, da SAA. Este centro de excelência ampliou de maneira cres-cente as suas linhas de pesquisa e serviços para o setor sucroenergético e tem sido responsável por grandes inovações, como a criação de impor-tantes cultivares e de novas tecnolo-gias de manejo, como a “matriz de ambientes” e, mais recentemente, a MPB (Muda Pré-Brotada). Além disso, a Fapesp criou relevan-tes programas para o setor, atraindo para a pesquisa canavieira competên-cias das universidades paulistas, USP, Unicamp e Unesp, por meio do Pro-grama BIOEN. Naturalmente, há ain-da necessidades de investimentos, que são cobertas em parte por parce-rias e apoios dos grupos produtores.

no sentido de reduzir o tráfego sobre as touceiras, uso de estratégias e in-sumos para melhorar a qualidade de matéria prima, entre outros. Como reflexo disso, e com a ajuda da boa distribuição de chuvas deste último ciclo, teremos em 2013 impacto po-sitivo na produtividade.

E qual o impacto dos gargalos lo-gísticos do país no avanço do mer-cado sucroenergético? Os aspectos ligados ao armazenamento e ao esco-amento do Etanol e do Açúcar são de-terminantes para proteção de quem produz e de quem consome estes pro-dutos. Todos ganhariam se houves-se investimento sistemático nos dois itens. As perspectivas com o duto de Etanol continuando até Goiás e novas ferrovias e hidrovias são positivas.

Os produtos do setor sucroal- cooleiro estão em terceiro lugar na pauta das exportações do agro-negócio no Brasil. Há expectativa de crescimento das exportações de Açúcar e Etanol? As perspectivas são impressionantes pois os limites físicos dos países concorrentes estão claros. O Brasil, para manter o seu market share no mercado internacio-nal de Açúcar, precisará produzir no-vas 15 milhões de toneladas de pro-duto. Quanto ao Etanol, no mercado interno a capacidade produtiva é de 30 bilhões de litros, contra a produ-ção de 26 bilhões de litros.

Qual sua visão sobre as restrições internacionais ao Etanol brasilei-ro? São mantidas as restrições prin-cipalmente na União Europeia (cobra € 190/m3 como tarifa de importa-ção). A discussão na Europa gira em torno do fato de que eles precisam

MUNDO CaNa

06

Na última década, a produção se transformou com a adoção quase in-tegral da colheita e plantio mecani-zados. Novas cultivares, produzidas em grande número pelos programas brasileiros, têm proporcionado me-lhor adequação a este novo cenário, reduzindo problemas de adaptação decorrentes dessa mudança brusca.

Muitas mazelas são atribuídas injustamente ao setor rural, e as relevantes contribuições sequer são lembradas”

“Há espaços para aumento na área plantada? Em que regiões? Na nossa visão, há espaços para o au-mento da produção de Etanol, Açú-car e Cogeração nos canaviais pau-listas, principalmente advindos da verticalização da produtividade. O Programa Cana IAC, da SAA, e o Gru-po Fitotécnico de Cana, por exem-plo, têm produzido indicadores nes-sa direção, mostrando que o único caminho para a sustentabilidade da canavicultura paulista é o aumento da produtividade. Além disso, vale comentar, há 7 mi-lhões de hectares com pastagens que, ganhando eficiência, liberarão áreas para culturas como a Cana de Açúcar. Apesar da política desfavorável para o Etanol, vários grupos e produtores retomaram esta trajetória, cuidando de itens básicos, como qualidade de viveiros, adoção de novas cultivares para incorporação de ganhos, ações

Page 7: Mundo Cana 9 Nov'13

MUNDO CaNa

escolher entre produzir comida ou Etanol, o que não é o caso do Bra-sil. No entanto, nenhum país quer implementar uma política e depois ficar dependente de um produto que ainda não é uma commodity. O momento vivido pelo Brasil também dificulta o andamento dessa negocia-ção. É preciso criatividade para ex-plicar aos estrangeiros a política de combustíveis do Brasil.

A questão ambiental é um tema polêmico em relação ao agrone-gócio. Como a sra. avalia o tema especialmente em relação ao se-tor sucroenergético? Internamente, pelas dificuldades de obtenção das aprovações para novos projetos, uso da água etc. Externamente, via difi-culdades para a certificação do pro-duto brasileiro.

Nesse sentido, como avaliar o fu-turo da produção de energia “ver-de” no Brasil? É o grande diferencial do Brasil, inserindo-o como impor-tante player na geopolítica global. O Brasil será o grande ofertante de ali-mentos e de energia renovável, já ad-mitido pelo FAO (ONU) e pela OCDE.

A Unica criou uma campanha de marketing (Combustível Comple-tão) para motivar o consumo de Etanol no país. Que avaliação a sra. faz dessa iniciativa? É uma grande iniciativa. O setor do agrone-gócio sempre pecou por não traba-lhar melhor sua real imagem e trazer para junto de si a opinião pública. Questões como sustentabilidade e emissão de gases causadores de efei-to estufa ficam no discurso quando o consumidor desinformado encosta o carro para abastecer. Ao preferir o

acompanhada por nenhum outro es-tado da Federação. Neste mandato, ele reduziu o ICMS para investimen-tos em equipamentos de cogeração de energia. A frota de veículos ofi-ciais ciclo Otto roda com etanol, e em 2012 foi lançada a PEMC - Políti-ca Estadual de Mudanças Climáticas, com metas ousadas e voluntárias de ampliar a energia limpa na matriz energética do estado dos atuais 55% para 69% em 2020, o que somente será possível se o Etanol e a Bioeletri-cidade contribuírem com importan-te parcela. Além disso, estudos têm sido desenvolvidos em universidades e centros de pesquisas, conforme já citado, além de simplificações nos procedimentos para obtenção de li-cenças ambientais.

07

combustível fóssil ele contribui dire-tamente na mão inversa da sustenta-bilidade. Muitas mazelas são atribu-ídas injustamente ao setor rural, e as relevantes contribuições sequer são lembradas. Se a sociedade brasileira estivesse melhor informada talvez a realidade do setor hoje fosse muito diferente.

Outras considerações que a sra. desejar fazer sobre o mercado sucroenergético e/ou sobre a atu-ação do governo paulista em re-lação ao setor. O governador Ge-raldo Alckmin tem dado sucessivas demonstrações de que trata o setor como prioridade. Em seu mandato anterior, em 2003, reduziu o ICMS ao consumidor a 12%, atitude não

div

ulg

ão

“É preciso criatividade para explicar aos estrangeiros a

política de combustíveis do Brasil”, diz a secretária

Page 8: Mundo Cana 9 Nov'13

ExEMplo dE Eficiência, caMda aposta na profissionalização, na prEstação dE sErviços E na parcEria coM fornEcEdorEs, coMo a arysta

08

Waldomiro Carvalho:

diversificação é um dos trunfos da cooperativa

tradição e profissionalização com a força de 48 anos de cooperativismo

MUNDO CaNa

texto

ACooperativa Agrícola Mista de Ada-

mantina (Camda) marca os seus 48

anos de história sem jamais ter perdi-

do o foco nas bases mais valiosas do seu traba-

lho: funcionários, fornecedores e cooperados.

Sua atuação no agronegócio norteia o perfil

em torno da profissionalização, cujo divisor

de águas foi a partir de 1987, quando iniciou

a implantação de um projeto de profissionali-

zação das equipes de colaboradores nas áreas

administrativa, técnica e comercial.

A Camda conta atualmente com 13.600 coope-

rados em cinco diferentes estados: São Paulo,

Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goi-

ás. Esse contingente de parceiros está cadastrado

em 30 filiais mais a sede própria, em Adamanti-

na (SP). No total, 15 unidades estão em São Pau-

lo, 10 no Mato Grosso do Sul, mais três em Mi-

nas Gerais e uma em Goiás e no Paraná. Todas,

em conjunto, empregam cerca de 630 pessoas.

O Diretor Superintendente, Waldomiro Teixeira

de Carvalho Jr., informa que desta base de coo-

perados - algo em torno de 3.500 produtores –

atuam em Cana de Açúcar e o setor canavieiro

é o responsável pela maior volume de comer-

cialização da cooperativa, representando cerca

de 53% do faturamento, estimado para fechar

o ano em R$ 500 milhões.

Na cultura da Cana, os principais clientes são

os produtores rurais, que respondem por 80%

do volume de venda; os outros 20% vêm das

usinas. Entre os que encabeçam o ranking de

produtos preferenciais entre as 30 filiais, des-

taque para o herbicida Dinamic, carro chefe

da Cooperativa, que vem registrando cresci-

mento médio de 10% nas vendas ao ano.

Outra área em franca expansão no forneci-

mento de insumos é a Pecuária. Desde 1989,

te

xto

Page 9: Mundo Cana 9 Nov'13

A primeira filial da cooperativa com perfil

voltado para a Cana foi aberta em 1989, na

cidade de Assis (SP), e posteriormente outra

em Jaú (SP), dois anos depois, quando a di-

retoria da cooperativa presidida por Mário

Matsuda - um dos fundadores da instituição

- endossou o projeto de profissionalização e

expansão das unidades até então existentes

apenas em Adamantina (SP), Junqueirópolis

(SP), Pacaembu (SP) e Coromandel (MG).

Fase importante para a Camda foi iniciada a

partir de 1987. Esse período foi acompanha-

do de perto por Waldomiro Carvalho, recém

contratado para integrar a equipe de profis-

sionais como engenheiro agrônomo, e contou

com a abertura de uma filial por ano nos úl-

timos 27 anos.

“Desde o início do processo de profissiona-

lização, a Camda abriu novas fronteiras de

participação e ampliou sua base de atendi-

mento aos produtores, passando a ser geren-

ciada como uma organização que precisa ser

lucrativa e com a preocupação permanente

de sua equipe prestar bons serviços aos coo-

perados”, destaca Carvalho.

Ele defende que, nessa empreitada, tem sido

fundamental por parte de seus fornecedores a

realização de ações que foquem o incentivo, a

qualificação de mão de obra, o incremento de

novas tecnologias, o fornecimento de produtos

de alta qualidade e eficiência e o know-how

na área da pesquisa e de novos pacotes tec-

nológicos acessíveis ao cooperado em termos

técnicos e também no quesito econômico.

“Eu entendo que não basta simplesmente cons-

truir uma relação de parceria em torno da com-

pra e venda. É importante desenvolver com

nossos colaboradores um estreitamento de rela-

cionamento, que contemple outras atribuições

e vantagens que impactem positivamente nos

interesses e expectativas dos cooperados”, en-

fatiza o Diretor Superintendente.

MUNDO CaNa

09

colaboraram nesta matérialucas rona, consultor técnico comercial (ctc), e caio giusti, gerente do centro de negócios cana

Camda abriu uma filial por ano desde 1982, ampliando sua presença”“a Camda opera fábrica de rações própria. De

acordo com o engenheiro agrônomo Laércio

Vechiatto, Diretor de Vendas e Marketing da

Cooperativa, no grupo Nutrição são produzi-

das em média 800 mil sacas/ano de sal mineral

e outras 400 mil sacas/ano de ração completa.

Já na linha de Defensivos para Pastagem da

Cooperativa há expressiva participação da

Arysta, que dispõe de linha completa de pro-

dutos específicos para a Pecuária, como os

herbicidas Artys e Triclon.

“O atendimento ao fornecedor pela Camda é

um motivos de orgulho do nosso trabalho e

a Cooperativa tem focado também na ativi-

dade Pecuária, dispondo de seleta equipe de

técnicos agrícolas e veterinários, todos aptos

para o pronto atendimento em conjunto com

empresas parceiras”, destaca Vechiatto, que

reconhece ser este alinhamento entre gestão

de pessoas e pacote tecnológico o fundamen-

to do sucesso do produtor.

O ciclo das usinas – A cultura da Cana teve

seu início a partir de 1977, com os incentivos

do Proalcool – Programa Nacional do Álcool

(instituído em 1975 pelo governo de Ernesto

Geisel), que despertou o interesse dos produ-

tores a se instalarem na região Oeste do Esta-

do de São Paulo. Na época, só para ter uma

ideia, já havia 35 usinas em operação apenas

na região de Presidente Prudente (SP), Araça-

tuba (SP) e Adamantina (SP).

“A maioria daquelas usinas era formada por

grupos de produtores que receberam incen-

tivos oficiais para investir no bem maior que

possuíam: a terra para a prática agrícola”,

destaca Carvalho.

Laercio Vechiatto:

Parceria com a Arysta é

importante para o resultado da

Camda

Page 10: Mundo Cana 9 Nov'13

Ocultivo da Cana de Açúcar se desta-

ca como uma das mais antigas ativi-

dades agrícolas do Brasil, datada de

1532. Desde então, se desenvolveu, se pro-

fissionalizou, se tecnificou e se consolidou, le-

vando o país à condição de líder mundial na

produção da Açúcar e Etanol.

Conhecer inovações ou até mesmo práticas

antigas que passaram por inovações. Obser-

var em que aspectos a indústria sucroenergé-

tica paulista tem obtido êxito e também quais

foram seus principais desafios. Por fim, tentar

usar todo esse conhecimento para ganhar eta-

pas no processo de melhoria da produção de

Cana de Açúcar. Esse discurso soou uníssono

de gerentes de 11 usinas da região Nordeste,

durante visita realizada ao Estado de São Pau-

lo, no final de julho.

O grupo – representando unidades de moagem

de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe –

foi a Ribeirão Preto, principal pólo de produ-

ção de Cana do País, a convite da Arysta, para

intercâmbio de experiências.

As plantas de moagem escolhidas para as visi-

tas foram a Destilaria Santa Inês (Sertãozinho)

e a Usina Viralcool (Pitangueiras). Ambas per-

tencem ao Grupo Toniello e são referências

em produtividade.

“A região Nordeste apresenta grande poten-

cial de crescimento na produção de Cana. Por

essa razão, buscamos levar ao conhecimento

do grupo o que há de mais inovador em prá-

ticas de campo na Cana de Açúcar, como o

Grupo Toniello, que tem registrado índices de

produtividade por hectare bem acima da mé-

dia”, ressalta o Gerente de Produtos e Merca-

do de Cana da Arysta. José Renato Gambassi.

A Destilaria Santa Inês, por exemplo, deve fe-

char a safra 2013/14 com produtividade ao

redor de 105 toneladas por hectare, índice

muito superior à média obtida no último le-

vantamento da Conab, que foi de 74 t/ha. Na

Viralcool, esse nível gira próximo das 96 t/ha.

O grupo do Nordeste conheceu os itens respon-

sáveis pelos resultados positivos das plantas.

A mecanização da colheita e plantio foi um

dos assuntos que mais gerou interesse nos vi-

sitantes. O tema é uma das principais dificul-

dades nos canaviais do Nordeste, devido aos

terrenos com alta declividade. Na Viralcool,

75% da área de plantio são colhidos crus e

metade da área é plantada mecanicamente.

Sistematização – A sistematização do solo

para o plantio mecanizado foi amplamente

MUNDO CaNa

Grupo dE 12 usinEiros do nordEstE foi a riBEirão prEto (sp) conhEcEr práticas dE ManEjo da cana dE açúcar no sudEstE

troca de experiências marca intercâmbio entre usinas

10

Conhecimento:

Objetivo é impulsionar produtividade no Nordeste

divulgação

na pauta, tecnologia e ferramentas de gestão

>

texto

Page 11: Mundo Cana 9 Nov'13

Nos canaviais da Usina São José, de Pernam-

buco, o controle dessas plantas tornou-se um

problema após a mecanização da colheita (e

consequente fim da queima da Cana), na sa-

fra passada, segundo conta o Coordenador de

Tratos Culturais e Desenvolvimento Agronô-

mico, Antônio José Barros de Lima. “A meca-

nização modificou o ambiente. No início, cor-

távamos a cana e a palha atuava como agente

controlador dessas plantas daninhas, que

sucumbiam sob a palhada. Pensávamos que

não seria necessário utilizar herbicidas. Entre-

tanto, muito rapidamente, algumas se adap-

taram e passaram a germinar nesse ambiente,

competindo com a

cana e prejudicando

tanto a produtividade

quanto a colheita”,

explicou Lima.

“Conseguimos contro-

lar satisfatoriamente

as invasoras nas nos-

sas plantações (prin-

cipalmente a mucuna)

com o uso de Dinamic.

Porém, na visita vimos a possibilidade de me-

lhorar esses resultados com a aplicação em

Pré-Plantio Incorporado (PPI). É o que vamos

fazer com o auxílio da Arysta daqui em diante”,

afirmou Lima.

debatida com o Gerente Agrícola da Destilaria

Santa Inês, Fernando José Pratti. Ele explicou

que o processo garante plantio mecanizado

mais eficiente e salientou o quanto esse cui-

dado, aliado ao uso do bioestimulante Bio-

zyme – que auxilia no desenvolvimento das

raízes –, possibilita maior longevidade aos ca-

naviais (na unidade, os canaviais rendem até

sete cortes).

“Foi uma experiência proveitosa. Pudemos ver

o quanto o Grupo Toniello está muito avança-

do em termos de mecanização e agora quere-

mos aplicar o que está sendo feito por aqui

na nossa região”, disse o Gerente Agrícola

da Destilaria Japungu

(Paraíba), Dante Vas-

concelos Guimarães.

Ele contou que, dife-

rentemente da região

Nordeste como um

todo, na Paraíba a

topografia permite a

mecanização do plan-

tio. “Pretendemos ini-

ciar na próxima safra

na área mais plana que possuímos”, revelou.

O mesmo afirmou o Gerente Agrícola da Usi-

na Caetés (Alagoas), Antônio Carlos Fonseca

Pimentel. “Iniciamos o plantio mecanizado

dois anos atrás. Estamos ainda em fase de

aprendizado. Observar o estágio da Viralcool

e da Santa Inês é muito rico, pois nos permite

queimar etapas desse aprendizado”.

Plantas invasoras – Outro tema ligado à

mecanização, e que despertou a atenção dos

gerentes agrícolas na visita, foi o manejo de

plantas daninhas (problema recorrente em

áreas recém-mecanizadas). “Não se pode in-

correr no erro de subdimensionar a quanti-

dade de herbicida aplicado na palha. Fazer

economia nesses tratos é um erro que afeta a

produtividade”, alertou Pratti, da Santa Inês,

ao ser questionado sobre a quantidade de Di-

namic por hectare para o controle da mamo-

na, invasora comum na região.

MUNDO CaNa

11

Visitantes elogiaram o Grupo Toniello e levarão

novos conhecimentos para o Nordeste”

Plantas invasoras:

Não se pode subdimensionar

a quantidade de herbicida na

palha

agenda valorizou a troca de ideias entre os parcipantes

>

texto

Page 12: Mundo Cana 9 Nov'13

As exigentes condições edafoclimáticas

do semiárido nordestino não foram

obstáculos suficientes para impedir

a instalação e o desenvolvimento da Usina

Agrovale, instalada em Juazeiro (BA), no co-

ração da caatinga.

Instalada em 1972 e com a primeira safra oito

anos depois, a usina se orgulha em alcançar

produtividade média superior a 96 toneladas/

ha na atual safra de Cana. “E há espaço para

crescer ainda mais”, assinala o Superintenden-

te Agrícola Edward Douglas de Melo Pereira.

Com apenas três meses na Agrovale e mais de

duas décadas de experiências, ele fala com or-

gulho dos desafios enfrentados, mas especial-

mente das vitórias conquistadas devido ao tra-

balho intenso e ao uso de técnicas modernas.

A Agrovale (Agro-Indústrias do Vale do São

Francisco S/A) está localizada numa região

conhecida pela estiagem – a média pluviomé-

trica é de 443 mm – e com solo atípico para

a Cana. Mesmo assim, apostou na tecnologia

e todos os seus 16.431 ha são irrigados. De

olho no contínuo aumento da produtividade

média e focado no crescimento vertical, a usi-

na deve expandir a área em mais 1.800 hec-

tares em dois anos, mas quer mesmo é me-

lhorar os seus indicadores de eficiência.

Nesse sentido, ganha força o projeto de subs-

tituição da irrigação por sulco pelo gotejamen-

to. “Essa técnica se prova eficaz e economi-

camente viável”, acrescenta Douglas Pereira.

“O Vale do São Francisco é reconhecido como

uma região pródiga em água e o nosso traba-

lho volta-se para o aproveitamento, da melhor

maneira possível, desse insumo fundamental

para a cana”, diz o Superintendente Agrícola.

Por conta desse processo, que já está em anda-

MUNDO CaNa

única usina 100% irriGada do Brasil, a aGrovalE vEncE os dEsafios dE uMa rEGião dE caatinGa coM tEcnoloGia E Muito traBalho

agrovale cresce no semiárido Nordestino

12

agRovale

Alta produtividade:

Objetivo é superar 120t/ha de média nos próximos seis anos

Page 13: Mundo Cana 9 Nov'13

ao novo Código Florestal. Na atual safra, a

Agrovale gerou 4.154 empregos. “Temos or-

gulho do que construímos e trabalhamos duro

para melhorar sempre. A preocupação socio-

ambiental caminha ao lado do investimento

em novas tecnologias

– como a irrigação

por gotejamento – e

a busca constante por

melhores resultados

produtivos, a partir

do uso de insumos de

qualidade, como os

oferecidos pela Arysta.

A Agrovale está entre

as maiores usinas do

Nordeste mesmo estando em uma região tão

desafiadora. Longe de nos desanimar, essa

condição exige mais de nós e estamos prepa-

rados para responder aos desafios”, ressalta o

Superintendente Agrícola Douglas Pereira.

mento, os objetivos a médio prazo são arroja-

dos. “Queremos superar 120 t/ha de média em

seis anos”, assinala Douglas Pereira.

Paralelamente, a Agrovale não descuida do

manejo das plantas daninhas nem fecha os

olhos para a mecaniza-

ção. Até 2018, 100%

da colheita deverão

estar mecanizados. O

controle de plantas

invasoras também é

bem estruturado com

o uso de herbicidas

(plantio e soca). “Per-

cebemos que o desafio

aumentou nos últimos

anos e desenvolvemos um eficiente programa

de controle com o uso de herbicidas, como

Dinamic”.

A usina também desenvolve programas vol-

tados para a comunidade e tem grande pre-

ocupação ambiental, inclusive contando com

uma engenheira florestal para adequação

MUNDO CaNa

Todos os 16.421 ha da Agrovale são irrigados.

Em 2 anos serão mais 1.800 hectares”

13

Alto desempenho:

Agrovale estáentre as maiores

usinas do Nordeste mesmo

no semiárido.Resultado de

muito trabalho

divulgação

colaborou nesta matériaavelar Moura, consultor técnico comercial - Bahia

douglas Pereira, da

Agrovale:“uso de

modernas tecnologias na

caatinga”

Page 14: Mundo Cana 9 Nov'13

OBrasil é referência mundial na pro-

dução agrícola por dispor de clima

favorável, terras agricultáveis e tec-

nologias que auxiliam a potencializar a pro-

dutividade no campo. Uma nova ferramenta

tecnológica para o setor canavieiro, que ganha

espaço no dia a dia das usinas, são os matu-

radores químicos. Esses insumos trabalham a

favor do ganho de eficiência em teor de ATR

(Açúcar Total Recuperado), agregando valor

pela tonelada da Cana.

A Arysta colocou no mercado no início da safra

o maturador Centurion. O produto tem dupla

função: trabalha no processo de antecipação da

maturação da Cana no início da safra ou como

mantenedor da maturação no final da safra.

Palavra dos parceiros

Para Patric Araújo Lima, responsável pela área

de desenvolvimento agronômico da Tonon

Bionergia – Unidade Vista Alegre, em Maracaju

(MS), depois que a usina utilizou o maturador

numa área-teste de 120 hectares, Centurion

foi incorporado no planejamento, já apresen-

tando ganhos importantes de ATR (teor de

sacarose) mesmo em áreas historicamente de

menor rendimento por hectare e em canaviais

com maturação mais lenta.

“Nesta safra, aplicamos Centurion numa área

comercial de 800 hectares exatamente nos ta-

lhões onde precisávamos fazer a colheita mais

rápido. Após a aplicação do produto, pude-

mos fazer o corte já a partir do 15ª dia. Nesse

MUNDO CaNa

Maturador da arysta tEM Balanço altaMEntE positivo EM sua priMEira safra, contriBuindo para o rEsultado EconôMico dos canaviais

Maturador centurion acelera ganhos no teor da ATR

14

divulgação

Page 15: Mundo Cana 9 Nov'13

tre 15 a 20 dias após a aplicação já observa-

mos resultados positivos”, ressalta o Coorde-

nador da Alcoeste.

Como área-teste, a Alcoeste utilizou inicialmen-

te 20 hectares e, para a atual safra - já agregan-

do o produto em seu planejamento comercial

-, a destilaria fez aplicação do maturador em

1.500 hectares com ganho de 10 quilos, em

média, de ATR por tonelada de Cana. A Alco-

este Destilaria tem produtividade média de 92

toneladas por hectare e já almeja ampliar a

área com a aplicação de Centurion.

primeiro corte registramos o incremento de

pelo menos 5% na ATR com talhões de até

118 toneladas por hectare”, informa Lima,

lembrando que o padrão da usina é de 109

toneladas por hectare.

“O que pesou principalmente pela decisão da

usina em utilizar o maturador é a resposta rá-

pida do produto já a partir do final da segunda

semana de aplicação, provando ser eficiente e

agregador. Além disso, quando multiplicado

em volume de ATR agregado acaba sendo bem

significativo”, argumenta.

Para Celso Luiz Martins Arakaki, Coordenador

de Desenvolvimento Agrícola da Alcoeste Des-

tilaria, de Fernandópolis (SP), o uso do matu-

rador Centurion tem sido indispensável para

alcançar o teor de sacarose ideal, sobretudo

em áreas onde a Cana não alcança o teor ideal

de sacarose. “A ação do produto vem, justa-

mente, acelerar e potencializar o processo da

maturação da Cana”, diz.

De acordo com Arakaki o uso de maturadores

químicos agregam níveis desejáveis do ATR e

com a qualidade recomendada pela indústria.

“Entre as vantagens de Centurion está sua fo-

totoxicidade. Ou seja, é um produto sem risco

de contaminação com outras culturas vizinhas

e com rápida resposta de ação: na média en-

MUNDO CaNa

15

O que pesou principalmente na decisão da usina em utilizar o maturador é a

resposta rápida do produto já a partir do final da segunda semana de aplicação,

provando ser eficiente e agregador”

colaboraram nesta matériaUlisses santos, consultor técnico comercial - Mato

grosso do sul e clodoaldo Flaitt - consultor técnico comercial - Fernandópolis (sP)

com o centurion, o atr começa a ser notado mais rápido do que os

produtos da concorrência.

rEntaBilidadE sEM riscos para sua colhEita!

Page 16: Mundo Cana 9 Nov'13

MUNDO CaNa

MonitoraMEnto aÉrEo das árEas dE plantio pErMitE dEtEctar proBlEMas coM Eficácia E aGilizar as MEdidas corrEtivas

16

arysta Fly completa um ano. Usinas elogiam o serviço

Indiscutivelmente, trata-se de um projeto

inovador e que atende a uma real neces-

sidade das usinas: a análise da área de

plantio de Cana com eficiência e rapidez, pos-

sibilitando a tomada de decisão mais acertada.

A Arysta está de parabéns pela iniciativa”. As

palavras são de João Henrique Perino, Super-

visor Agrícola da Usina São Luiz.

Já José Olavo Bueno Vendramini, Gerente de

Desenvolvimento de Tecnologia Agrícola da

Usina Guarani, diz que, sem dúvida, com esse

serviço da Arysta, foi possível fazer um diagnós-

tico mais assertivo da área plantada, tomando

as medidas corretivas necessárias. “Trata-se de

um serviço muito bom. É uma necessidade da

indústria e foi plenamente atendida”.

“Já realizamos outros voos sobre as áreas de

produção, mas não com o nível de detalhe e

nem com o foco no manejo do canavial, ob-

servando presença de plantas invasoras nos

talhões de Cana - com as avaliações normais

não é possível identificar -, stand do canavial,

identificação de falhas e crescimento de massa

verde, auxiliando nas estimativas de safra, e

logística de colheita nas frentes de trabalho”,

resume Sandro Rogério de Souza, supervisor

de preparo e trato cultural na Usina Santa

Adélia Jaboticabal.

Tanto João Henrique quanto José Olavo e San-

dro referem-se ao Arysta Fly, serviço da Arysta

colocado à disposição de parceiros para auxiliar

o correto manejo da cultura de Cana de Açúcar.

Arysta Fly, que completa um ano de sucesso,

consiste em voos de helicóptero sob canaviais

das usinas. A partir da observação aérea, ve-

rificam-se talhões, fazendas ou setores de su-

cesso ou insucesso no controle das principais

plantas daninhas que competem com a Cana.

“Trata-se de um levantamento confiável e de-

terminante para auxiliar a tomada de decisão

do cliente com relação ao correto manejo de

herbicidas na Cana. E ficamos muito satisfeitos

que os clientes entenderam o objetivo do ser-

viço e nos passam retorno altamente positivo”,

João Henrique Perino:

A Arysta atende a uma real necessidade das usinas: a análise da área de plantio de Cana com eficiência e rapidez, possibilitando a tomada de decisão mais acertada

Page 17: Mundo Cana 9 Nov'13

tomar outras medidas técnicas necessárias,

buscando a necessária produtividade da cultu-

ra”, assinala João Olavo Vendramini, da Usina

Guarani, que também vistoriou cerca de 30

mil hectares.

“O serviço é de extrema importância porque

possibilita à equipe técnica um ângulo de visão

e análise diferentes

dos habituais para o

manejo dos canaviais.

A busca por novas

tecnologias e serviços

com parceiros é valo-

rizada na Usina Santa

Adélia, pois queremos

agregar valor aos ne-

gócios. A Arysta está

de parabéns por esse

serviços”, ressalta

Sandro de Souza, Cer-

ca de 85% da área de

produção da Santa Adélia foram vistoriados.

A excelente aceitação de Arysta Fly pelas usi-

nas leva a Arysta a planejar a expansão do ser-

viço – neste ano realizado no interior de São

Paulo – para outras regiões do país.

colaboraram nesta matéria aristeu rocha, consultor técnico comercial

clodoaldo Flaitt, consultor técnico comercialcarlos correa, consultor técnico comercial

comenta José Renato Gambassi, o Gerente de

Produtos e Mercado de Cana da Arysta.

Arysta Fly foi uma consequência normal do

trabalho realizado pela equipe de campo da

Arysta, entendendo uma necessidade das usi-

nas em termos de eficiência dos levantamen-

tos tradicionais para o controle de plantas

daninhas, que nem

sempre apresentavam

elevado nível de con-

fiabilidade.

O voo é realizado com

a participação dos res-

ponsáveis pela área

técnica das usinas,

gerentes agrícolas e

consultores técnicos

comerciais da Arysta.

Os ganhos são com-

partilhados: as usinas

acessam suas áreas

de forma diferenciada e confiável, coletando

informações estratégicas para o correto ma-

nejo de plantas daninhas; para a Arysta é a

oportunidade de oferecer um serviço exclusivo

e destacar sua linha de herbicidas para cana

e de bioestimulantes ou promotores de cres-

cimento, soluções que geram incremento de

produtividade aos clientes.

“Arysta Fly é um avanço importante. Já voa-

mos antes, mas de avião. O helicóptero pos-

sibilita melhor avaliação das áreas em termos

de plantas daninhas e falhas. O monitoramen-

to da produção é uma necessidade. A Cana

avança em produtividade e um serviço como

esse contribui bastante para as usinas tanto em

termos de detecção de eventuais problemas

como na tomada de decisões para correção”,

ressalta João Henrique Perino, da Usina São

Luiz, que voou sobre 30 mil hectares.

“Não resta dúvida que a visão aérea é muito

mais efetiva que a terrestre. É possível avaliar

com muita segurança e rapidez o espectro das

plantas daninhas e falhas de plantio. Com isso,

podemos ajustar a aplicação de herbicidas e

MUNDO CaNa

17

Arysta Fly foi uma consequência normal do trabalho realizado

pela equipe de campo da Arysta, entendendo uma necessidade das usinas”

Sandro de Souza:

Já realizamos outros voos

sobre as áreas de produção,

mas não com o nível de detalhe nem com o foco

no manejo do canavial

José Olavo:

Com esse serviço da Arysta, foi

possível fazer um diagnóstico

mais assertivo da área plantada

Page 18: Mundo Cana 9 Nov'13

Ajornada pelo Mato Grosso, importan-

te estado produtor de Cana de Açúcar,

iniciou-se com visita aos canaviais da

Usina Barralcool, onde a gerência agrícola, téc-

nicos e produtores estiveram no campo discu-

tindo o manejo de plantas daninhas.

O manejo de plantas daninhas em Cana de

Açúcar é uma prática indispensável para a

produtividade econômica e ambientalmente

sustentável. Para isso, é importante que novas

tecnologias sejam incorporadas nos sistemas

de produção, principalmente no controle de

plantas daninhas de difícil controle na cultura

da Cana, como as chamadas 3MIs (merremias,

mamoma, mucuna e Ipomoeas). Essas plantas,

quando infestantes da Cana, reduzem signifi-

MUNDO CaNa

cativamente a produção da cultura. A Arysta

apresenta uma inovação tecnológica que pode

controlar de forma eficaz e com seletividade a

cultura da Cana de Açúcar: Dinamic (nome téc-

nico Amicarbazone). No entanto, esta tecno-

logia tem melhor efetividade se corretamente

utilizada. Para isso, a Arysta convidou o Prof.

Dr. Pedro Jacob Christoffoleti para fazer um

“giro” pelo Mato Grosso, com o objetivo de

divulgar e discutir com os técnicos de usinas

as formas mais adequadas de uso dessa impor-

tante ferramenta de manejo das 3MIs.

Dentre as unidades visitadas destaca-se a Usina

Barralcool, onde o Prof. Pedro proferiu pales-

tra para técnicos e produtores fornecedores de

cana. O Prof. Pedro, juntamente com os técni-

iniciativa da arysta oBjEtiva lEvar conhEciMEnto tÉcnico às usinas dE Mato Grosso E Mato Grosso do sul

18

giro técnico discute manejo de plantas daninhas em usinas do MT

Prof. Pedro Christofoletti:

No giro: controle das plantas daninhas

divulgação

Page 19: Mundo Cana 9 Nov'13

Dinamic, da Arysta, é com certeza uma ferra-

menta muito importante de manejo na cultura.

Na visita, também foi proferida palestra em

reunião com produtores e técnicos. O pro-

fessor Pedro Christoffoleti explicou sobre a

viabilidade da tecnologia Arysta de uso de

Dinamic no manejo de plantas daninhas. Ele

destacou que este herbicida aplicado no perí-

odo seco do ano representa uma opção viável

de manejo das plantas daninhas importantes

na unidade.

O giro pelas áreas de produção de cana do

Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul foi não

apenas produtivo no sentido de diagnosticar a

situação de infestação dos canaviais, mas tam-

bém para orientar técnicos e produtores sobre

tecnologias adequadas de manejo.

cos da Arysta, interagiu com os participantes

e ressaltou sobre doses e épocas de aplicação.

Ele destacou que Dinamic é uma ferramenta

fundamental de controle das 3Mis, assim como

auxilia no controle de outras plantas daninhas

importantes naquela unidade de produção.

Dinamic é um herbicida que também auxilia o

produtor no controle de uma gramínea muito

importante para a região: o capim colchão, es-

pécie Digitaria nuda.

Testemunhou-se no evento que Dinamic – em

associação com isoxaflutole na época seca do

ano e clomazone na época chuvosa – propor-

ciona controle confiável ao produtor da região.

O Professor Pedro Christoffoleti finalizou sua

participação com os produtores destacando

que a inovação tecnológica de manejo de

plantas daninhas é economicamente viável e

ambientalmente segura.

Em seguida, ele e a equipe Arysta dirigiram-se

para a região de Mirassol do Oeste, no Mato

Grosso do Sul, para visitar produtores da Usi-

na Cooperb. Nessa unidade também foi feita

visita ao campo nas áreas de produção, onde

foram discutidos os principais desafios com

relação ao manejo de plantas daninhas. Ele

destacou na visita ao campo que a tecnologia

MUNDO CaNa

19

Dinamic - em associação com isoxaflutole na época seca do ano e clomazone na época chuvosa - proporciona controle

confiável ao produtor da região”

divulgação

Um dos objetivos do encontro foi diagnosticar situação sanitária dos canaviais

>

Page 20: Mundo Cana 9 Nov'13

Os dados são oficiais. Dependendo da

severidade, as plantas daninhas podem

diminuir a produtividade dos canaviais

de 12% até 75%. Em alguns casos, são relata-

das perdas ainda maiores: em torno de 85%.

Assim, desnecessário enfatizar a importância

do manejo correto dessas invasoras, objetivan-

do obter a produção desejada por área.

O controle das plantas daninhas tem sido feito

pelo método de catação, utilizando herbicidas,

aplicados logo após o corte monitorando as

áreas infestadas até o fechamento da cultura.

Porém, esse é um trabalho manual, que exige a

contratação de um grande contingente de mão

de obra para cobrir toda a área de cultivo. Esse

processo é extremamente oneroso para as em-

presas e a busca de alternativas mecanizadas

tem movimentado o setor sucroenergético.

Antes de apresentar os exemplos da Bunge –

Unidade Moema e da Delarco Agrícola, é im-

MUNDO CaNa

usinas invEstEM EM quadriciclos para rEduzir custos E auMEntar Eficiência da catação

a mecanização chegou para ficar na catação de plantas daninhas

Nova tecnologia:

ferramenta para aumentar produtividade e reduzir custos

20

portante detalhar os motivos que fazem com

que as plantas daninhas sejam tão temíveis

pelos produtores e usinas.

A intensificação da produção de cana de açú-

car, ocorrida nas últimas décadas resultou na

diminuição drástica da capacidade de auto re-

gulação do sistema produtivo, que se tornou

mais instável e susceptível a entradas de ener-

gia. Uma das principais consequências desta

transformação é o aumento exagerado das po-

pulações de determinadas espécies de insetos,

microrganismos, nematóides e plantas silves-

tres. Esse processo acaba sendo tão intenso que

esses agentes se tornam pragas agrícolas, com-

prometendo de forma significativa a produção,

em determinados casos, até inviabilizando eco-

nomicamente a unidade produtiva.

Quando há aumento populacional exagerado

das plantas silvestres, estas se tornam daninhas,

que, diferentemente de outras pragas agrícolas,

divulgação

Page 21: Mundo Cana 9 Nov'13

têm por característica, estarem sempre presen-

tes nos agroecossistemas e responsáveis diretas

(competição, alelopatia etc.) ou indiretamen-

te (reservatório de patógenos, atrativas para

insetos-praga etc.) pela diminuição drástica na

produção econômica das culturas.

Feita essa explicação, ressalte-se que o con-

trole das plantas daninhas tem sido feito pelo

método de catação utilizando herbicidas,

aplicado logo após o corte monitorando as

áreas infestadas até o fechamento da cultura.

Devido ao elevado custo de mão de obra en-

volvido, as empresas do setor buscam alterna-

tivas para redução de despesas.

Esse desafio levou os irmãos Ricardo e Renato

Delarco a tropicalizar uma tecnologia observa-

da nos Estados Unidos: o uso de quadriciclos

para a catação motorizada. O veículo conta

com um sensor de clorofila e oferece maior

precisão no uso do herbicida nas plantas da-

ninhas. “A equação é simples: trata-se de um

processo mais rápido, de menor custo e efi-

ciente, já que reduz a utilização de herbicidas

por hectare/ano. Além disso, é amigável pois

respeita o meio ambiente na medida em que

o agroquímico atinge o alvo e não é espalhado

pela área total”, explica Ricardo Delarco.

A novidade, informa Rodrigo, tem atraído a

atenção das usinas do interior de São Paulo.

“Temos visitas periódicas para conhecer a nova

tecnologia. Afinal, a catação mecanizada é

MUNDO CaNa

21

uma aspiração antiga do setor”, informa.

A Unidade Moema – Açúcar e Bioenergia, do

Grupo Bunge, também buscou uma opção

para catação mecanizada. E também chegou a

um modelo de quadriciclo. O veículo foi adap-

tado às necessidades da usina a partir de um

protótipo desenvolvido na região.

As vantagens do quadriciclo são muitas, ex-

plica o engenheiro agrônomo Murilo Ferroni

Meireles, da Moema. “Uma unidade faz o tra-

balho de cinco pessoas. Enquanto um funcio-

nário percorre até 1.4 hectare por dia, a má-

quina atinge 7 ha”, informe.

Em especial, tanto Ricardo Delarco como Muri-

lo Meirelles ressaltam o uso da tecnologia como

uma ferramenta importante, inclusive em ter-

mos de bem estar das pessoas. “Não se pode

esquecer que a mão de obra tem de se ade-

quar à NR 31 do Ministério do Trabalho e do

Emprego”, lembra Delarco. “O quadriciclo está

se provando uma opção eficiente e, não tenho

dúvidas, veio para ficar”, assinala Meirelles.

Um funcionário percorre até 1.4 ha/dia;

quadriciclo atinge 7 hectares no

mesmo período”

“Murilo Meireles, da Moema:

“usinas do interior de São Paulo nos visitam para conhecer a nova opção de catação”

divulgação

div

ulg

ão

Page 22: Mundo Cana 9 Nov'13

AUniversidade de Purdue, nos

EUA, lançou pesquisa mundial,

contando com a participação

da USP, chamada de “nove questões

para nove bilhões”. O estímulo foi o

nascimento do habitante de número

sete bilhões, que representa um mar-

co no desenvolvimento da humanida-

de. A população

mundial deve

atingir a marca

de nove bilhões

- e provavelmen-

te se manter nes-

se patamar - por

volta de 2050.

O agronegócio, e

consequentemen-

te a sociedade

brasileira, tem se beneficiado desse

crescimento do consumo mundial, pois

pulamos da exportação de US$ 20 bi-

lhões em 2000 para provavelmente

mais de US$ 100 bilhões em 2013, com

claras possibilidades de se atingir US$

200 bilhões em 2020. A safra de grãos

chega a 184 milhões de toneladas e a

renda da agricultura e pecuária chega a

R$ 450 bilhões em 2013, um recorde

de geração e distribuição de renda.

Vivemos a era do consumo mundial

de alimentos, puxado pelos fatores de

principal impacto, que são crescimento

populacional, urbanização, desenvol-

vimento econômico, distribuição de

renda, programas governamentais de

acesso a alimentos, como os recém im-

plementados na China e na Índia, uso

de terra para biocombustíveis e biopro-

dutos e para geração de eletricidade.

Estima-se que a economia global cres-

cerá 3,3% ao ano até 2022, puxada

pelo mundo emergente, com média

de 5,6% ao ano, com destaque para

a China (7,8%) e a Índia, com 7,5%.

Os emergentes se tornarão os grandes

compradores dos nossos alimentos,

pois em 2020 se-

rão 82% da po-

pulação consu-

midora (China e

Índia serão qua-

se 40%). África

e Oriente Médio

responderão por

50% do aumen-

to da importação

global de car-

nes e outros alimentos e a China deve

importar 25 milhões de toneladas de

milho e 100 milhões de soja, sendo a

maior parte do Brasil.

Graças a este consumo, viveremos dé-

cadas de enorme pressão em cima dos

recursos produtivos, que são a terra, a

9 questões para 9 bilhões

água, as pessoas (recursos humanos), a

tecnologia, a informação, a conectivi-

dade, o crédito, os governos e institui-

ções, a capacidade de armazenagem e

de transporte e, finalmente, a capaci-

dade de gestão.

As sociedades que tiverem estes recur-

sos, que é o caso do Brasil, com amplo

estoque de solo, água e clima para co-

locar à disposição do consumo mun-

dial, e souberem manejá-los melhor

estarão à frente na promoção de seu

desenvolvimento econômico, social e

ambiental, puxado pelas exportações

de alimentos.

O Brasil passa por grande crescimento

nos custos de produção, devido ao ma-

nejo insuficiente de alguns dos recursos

citados acima. O problema logístico,

que causará prejuízo de US$ 4 bilhões

aos produtores em 2013, é apenas um

exemplo que preocupa não apenas a

nós, mas ao mundo consumidor.

EspEcialista lista os MaiorEs dEsafios da aGricultura E da indústria para atEndEr à dEManda GloBal por aliMEntos EM 2050

artigo por Marcos fava neves*

O problema logístico, que causará prejuízo de US$ 4 bilhões aos produtores em 2013, é apenas um exemplo

que preocupa não apenas a nós, mas ao mundo consumidor”

MUNDO CaNa

22

Os emergentes se tornarão os grandes

compradores dos nossos alimentos”

Page 23: Mundo Cana 9 Nov'13

esta renda do consumo mundial para

ser aqui amplamente distribuída.

Precisa-se sair do Brasil para ver que a

capacidade do agronegócio brasileiro

de responder a essa demanda mundial

é internacionalmente reconhecida. Falta

o reconhecimento nacional, não apenas

em palavras, mas em ações efetivas, em

prioridade e capacidade de implemen-

tação de estratégias. É uma chance úni-

ca que se abriu a nossa sociedade.

as políticas internacionais serão ade-

quados e dispostos para levar a produ-

ção ao consumo?

8- Como as mudanças climáticas, in-

cluindo o aquecimento global e maio-

res variações de pluviosidade e tem-

peraturas, vão impactar na localização

dessas produções agrícolas?

9- Quais serão as informações, conhe-

cimentos, habilidades e competências

necessárias para fazer frente ao au-

mento da demanda mundial?

Estas discussões e este grande cresci-

mento das importações mundiais de

alimentos abrem ao Brasil uma enorme

oportunidade. Trata-se provavelmente

do único setor ou negócio produzido

no país que apresenta, após os nossos

portos, chances tão claras de exporta-

ções, de venda de produtos e de colocar

nossa sociedade no Primeiro Mundo.

Para aproveitar esta oportunidade o Bra-

sil deve agir para melhorar o uso dos

seus recursos, seja

na remoção dos

entraves logísti-

cos, de armazena-

gem, tributários,

trabalhistas, finan-

ceiros, ambientais,

de governança, de

pesquisa, de segu-

ros e de segurança no campo, entre ou-

tros há muito tempo apontados.

Quanto mais cedo o Ministério da

Agricultura, num país onde o agrone-

gócio representa mais de 35% do PIB,

receber do governo federal o devido

holofote, sendo blindado, fortalecido

e ocupado por técnicos qualificados,

coordenando todos os esforços desta

área de alimentos e bioenergia, mais

cedo a sociedade brasileira conquistará

É fundamental que seja feita avaliação

das principais preocupações que os sis-

temas de produção agrícola devem en-

frentar no mundo, identificando nove

dos maiores desafios que a agricultura

e a indústria de alimentos enfrentam

ou enfrentarão, avaliar sua situação e

como o conhecimento está se desen-

volvendo para guiar futuras pesquisas

e estruturar discussões relacionadas a

como alimentar, vestir e movimentar o

mundo de maneira sustentável.

Vamos às nove questões:

1- O crescimento econômico e o au-

mento de renda vão permitir a adequa-

da distribuição de recursos, suficientes

para comprar alimentos adicionais e

melhorar sua ingestão nutricional?

2- Quais serão as características demo-

gráficas de saúde e exigências nutricio-

nais da futura população?

3- Os recursos estarão disponíveis para

suprir o esperado aumento de demanda

por produtos agrí-

colas relacionados

a alimentos, ra-

ções, combustí-

veis, fibras, plásti-

cos e eletricidade,

entre outros?

4- As políticas

dos governos irão

impedir ou impulsionar a produção e

produtividade agrícola?

5- Qual será o aumento de produti-

vidade e a capacidade de produção

agrícola mundial que as tecnologias e

inovações proporcionarão?

6- Como estão os solos, recursos hídricos,

para suprir alimentos de maneira susten-

tável, sendo social e ambientalmente

responsável e economicamente viável?

7- Como os transportes e a logística e

* Marcos FaVa neVes é professor titular da Fea/UsP

ribeirão Preto e professor visitante da Purdue University (eUa) em 2013

>

Trata-se de um recorde de geração e

distribuição de renda”“ d

ivu

lga

çã

o

O agronegócio deve ser blindado, fortalecido

e ocupado por técnicos qualificados.

Os benefícios serão de toda a sociedade”

“MUNDO CaNa

23

Page 24: Mundo Cana 9 Nov'13

* Conforme bula do produto.

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