boletim novo mundo - nov/2011

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V ocê sabe qual é o ato mais difícil de ser praticado por um ser humano? Pois eu vou dizer: é saber perdoar. Usar esse verbo na primeira pessoa do presente e com ênfase – “eu perdoo!” – não é para qualquer um e para qualquer situação. Porque o ato de perdoar exige um extremo sentimento de bondade e de pureza vindo do nosso interior mais pro- fundo. Da alma e do coração. Exige ama- durecimento e evolução. Exige grandeza de caráter e uma capacidade imensa de recomeçar do zero. Porque não adianta só perdoar, é preciso também esquecer. Não adianta dizer que perdoa se você vai ficar sempre se lembrando do erro cometido contra você. Por isso, perdoar é algo tão difícil. É algo tão humano que por vezes chega a tocar o divino. Jesus Cristo nos ensinou a perdoar se- tenta vezes sete. Foi uma grande lição de humildade seguida pelos exemplos que Ele pregou. Mas creio que naqueles tem- pos, sem calculadora ou computador, per- doar naquela proporção era algo sem limi- tes. Hoje, Ele não nos diria para perdoar apenas 490 vezes, mas sim infinitamente. Se perdoar, hoje, é mais fácil do que na- quele tempo, não sei. O que sei, sem dú- vida, é que perdoar continua sendo algo muito difícil para os seres humanos, de modo geral. Perdoar parece ser mais difícil à medida que a pessoa que nos magoou é alguém próximo, é alguém de quem espe- ramos um comportamento exemplar. Um exemplo: um pai ou uma mãe. Todo pai ou mãe, em determinado ponto da vida de seus filhos, é uma pessoa modelar, um ídolo que serve de referência, alguém que está acima do bem e do mal. E de quem o que menos se espera é: decepção... Mas às vezes isso acontece. Um belo dia, os filhos podem desco- brir que os pais e as mães são humanos, não são perfeitos e, portanto, sujeitos a erros, falíveis. Como, aliás, são eles pró- prios. Como, aliás, é todo mundo. Seja por ignorância, teimosia, fragilidade e, even- tualmente, por amor, os pais podem errar. Digno de compaixão – Não se pode exi- gir de uma criança ou jovem algo que, sin- ceramente, nem nós mesmo às vezes somos capazes de apresentar. Mas podemos espe- rar que o amadurecimento e a experiência tragam a eles uma visão melhor da realidade e do que é vida. Perdoar pode ser algo muito difícil de fazer no momento da decepção, da dor, do desapontamento e da tristeza. Mas pode se tornar algo menos penoso com o passar do tempo. O tempo nos ensina que um erro grave quase sempre é cometido por uma pessoa mais frágil, em um momento de fraqueza e que, no fundo, quem o cometeu é, na verdade, digno de compaixão e não de um coração empedernido. Resta, por último, esperarmos que essa criança ou jovem um dia compreenda que um dos principais segredos de uma vida em paz é saber dar o perdão. Trato com pessoas em meu consultório todos os dias e sei que perdoar não é fácil. Mas também sei que muito mais difícil ainda é ter que viver sem perdoar. Jamais perdoar não faz bem à vida. Perdoar, por incrível que pareça, faz bem e funciona como uma terapia. Carregar um sentimento negativo e pesado só contribui para entristecer e escurecer a nossa existên- cia. Experimente ser um humano quase di- vino: experimente perdoar ao menos uma vez. Você tirará um imenso peso das suas costas e da sua alma. E o mundo pode se tornar um pouco melhor do que é. Fonte: “Revista Família Cristã” (Julho/2011) – Maria Helena Brito Izzo – Terapeuta Familiar EXPERIMENTE PERDOAR “Perdoar, por incrível que pareça, faz bem e funciona como uma terapia.” MENSAGEM À COMUNIDADE

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Paróquia Nossa Senhora da Esperança

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Page 1: Boletim Novo Mundo - nov/2011

V ocê sabe qual é o ato mais difícil de ser praticado por um ser humano? Pois eu vou dizer: é saber perdoar.

Usar esse verbo na primeira pessoa do presente e com ênfase – “eu perdoo!” – não é para qualquer um e para qualquer situação. Porque o ato de perdoar exige um extremo sentimento de bondade e de pureza vindo do nosso interior mais pro-fundo. Da alma e do coração. Exige ama-durecimento e evolução. Exige grandeza de caráter e uma capacidade imensa de recomeçar do zero. Porque não adianta só perdoar, é preciso também esquecer. Não adianta dizer que perdoa se você vai ficar sempre se lembrando do erro cometido contra você. Por isso, perdoar é algo tão difícil. É algo tão humano que por vezes chega a tocar o divino.

Jesus Cristo nos ensinou a perdoar se-tenta vezes sete. Foi uma grande lição de

humildade seguida pelos exemplos que Ele pregou. Mas creio que naqueles tem-pos, sem calculadora ou computador, per-doar naquela proporção era algo sem limi-tes. Hoje, Ele não nos diria para perdoar apenas 490 vezes, mas sim infinitamente. Se perdoar, hoje, é mais fácil do que na-quele tempo, não sei. O que sei, sem dú-vida, é que perdoar continua sendo algo muito difícil para os seres humanos, de modo geral. Perdoar parece ser mais difícil à medida que a pessoa que nos magoou é alguém próximo, é alguém de quem espe-ramos um comportamento exemplar. Um exemplo: um pai ou uma mãe. Todo pai ou mãe, em determinado ponto da vida de seus filhos, é uma pessoa modelar, um ídolo que serve de referência, alguém que está acima do bem e do mal. E de quem o que menos se espera é: decepção... Mas às vezes isso acontece.

Um belo dia, os filhos podem desco-brir que os pais e as mães são humanos, não são perfeitos e, portanto, sujeitos a erros, falíveis. Como, aliás, são eles pró-prios. Como, aliás, é todo mundo. Seja por ignorância, teimosia, fragilidade e, even-tualmente, por amor, os pais podem errar.

Digno de compaixão – Não se pode exi-gir de uma criança ou jovem algo que, sin-ceramente, nem nós mesmo às vezes somos capazes de apresentar. Mas podemos espe-rar que o amadurecimento e a experiência tragam a eles uma visão melhor da realidade e do que é vida. Perdoar pode ser algo muito difícil de fazer no momento da decepção, da dor, do desapontamento e da tristeza. Mas pode se tornar algo menos penoso com o passar do tempo. O tempo nos ensina que um erro grave quase sempre é cometido por uma pessoa mais frágil, em um momento de fraqueza e que, no fundo, quem o cometeu é, na verdade, digno de compaixão e não de um coração empedernido.

Resta, por último, esperarmos que essa criança ou jovem um dia compreenda que um dos principais segredos de uma vida em paz é saber dar o perdão. Trato com pessoas em meu consultório todos os dias e sei que perdoar não é fácil. Mas também sei que muito mais difícil ainda é ter que viver sem perdoar. Jamais perdoar não faz bem à vida. Perdoar, por incrível que pareça, faz bem e funciona como uma terapia. Carregar um sentimento negativo e pesado só contribui para entristecer e escurecer a nossa existên-cia. Experimente ser um humano quase di-vino: experimente perdoar ao menos uma vez. Você tirará um imenso peso das suas costas e da sua alma. E o mundo pode se tornar um pouco melhor do que é.

Fonte: “Revista Família Cristã” (Julho/2011) – Maria Helena Brito Izzo – Terapeuta Familiar

EXPERIMENTE PERDOAR“Perdoar, por incrível que pareça, faz bem e funciona como uma terapia.”

MENSAGEM À COMUNIDADE

Page 2: Boletim Novo Mundo - nov/2011

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 2

A PASTORAL PAROQUIAL

A parábola do fariseu e do publicano (Lc 18, 9-14), a qual compara a ora-ção de um fariseu que não se julga

pecador com a oração de um publicano (cobrador de impostos), que se reconhece pecador e, portanto, necessitado da mi-sericórdia divina, mostra dois diversos e frequentes comportamentos da cons-ciência moral do ser humano, em todos os tempos.

O Papa João Paulo II, em sua encíclica Veritatis Splendor (O Esplendor da Ver-dade, 104), nos ajuda a compreender me- lhor a mensagem evangélica desta parábola: Talvez o publicano pudesse ter alguma justificativa para os pecados cometidos, de modo a diminuir a sua res- ponsabilidade. Porém, não é sobre estas justificativas que se detém a sua oração, mas sobre a própria indignidade face à infinita santidade de Deus: “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”. O fariseu, pelo contrário, justiça-se por si só, encontrando talvez uma desculpa para cada uma das suas faltas. O publi-cano apresenta-nos uma consciência “penitente”, que está plenamente ciente da fragilidade da própria natureza e vê nas próprias faltas, independentemente das justificações subjetivas, uma con-firmação do próprio ser necessitado de redenção. O fariseu mostra-nos uma consciência “satisfeita consigo mesma”, que se ilude de poder observar a lei sem a ajuda da graça e está convencida de não ter necessidade de misericórdia.

CATEQUESE DA CONFIRMAÇÃO

ESPIRITUALIDADE DA FAMÍLIAN a tarde do dia 01 de outubro rea-

lizamos a Tarde de Espirituali-dade para Casais Jovens no Colé-

gio Companhia de Maria. Com a presen-ça de 11 casais, os temas refletidos foram “Casar pode dar certo” e “A Família a partir da fé professada”. Com o objetivo de facilitar uma partilha sobre a vida a dois, seus desafios e as alternativas para enfrentá-los a partir da fé cristã professa, cada casal teve tempo para uma conversa a sós, bem como ouvir um belíssimo tes-temunho de vida comum. A tarde foi alegre e permitiu uma reflexão sobre as-

Queridos crismandos, devemos nos esforçar para permanecermos com os olhos sempre fixos no Senhor, para que a nossa percepção moral não seja jamais obscurecida por uma visão de fariseu. Que o Espírito Santo nos conceda o dom da Ciência, para que não enveredemos nas tentadoras tendências comporta-mentais subjetivistas, relativistas e utili-taristas, que a sociedade atual em que vivemos procura legitimar e nos impor. Ao contrário, confiantes na força liberta-dora do amor de Deus, inspiremo-nos na vida dos santos, permanecendo fiéis às exigências da Lei do Senhor, ainda que

pectos da vida moderna que podem de-sestimular o relacionamento do casal. Ao final, os casais vislumbraram a possibili-dade de outros momentos de Espirituali-dade. O momento orante que encerrou o

às vezes esta pareça muito dura para nós.O Sacramento da Reconciliação é

sempre uma nova oportunidade de expe-rimentar o amor misericordioso de Deus. Oremos para que a oportunidade de imi-tar o publicano da parábola, de modo que o encontro com o sacerdote, in persona Christi, seja revestido do seu real sig-nificado, que é o de um forte encontro com a misericórdia infinita de Deus, se repita sempre a fim de revigorar nossa amizade com o Pai. Que nós cristãos, catequistas, crismandos, pais, padrinhos, familiares e paroquianos estejamos sempre dispostos à Reconciliação.

encontro foi a Santa Missa. A Pastoral da Família agradece às Irmãs da Companhia de Maria pela cessão do espaço e acolhi-da, bem como aos casais participantes e colaboradores na organização.

Page 3: Boletim Novo Mundo - nov/2011

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL PG 3

EXPEDIENTEPAROQUIAL

MISSAS: Terça à Sexta, às 18h • Sábado, às 16h • Domigo, às

8h30,11h e 19h.SECRETARIA: Segunda, das 13h30 às 17h30 • Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30 •

Sábado, das13h30 às 17h30Informações pelo tel./fax.: (11)

5531-9519 ou pelo e-mail:[email protected]

CATEQUESE DA 1ª. EUCARISTIA

CONCERTO NATALINO

BAZAR DA CARIDADE

CRISTÃO DA “ESPERANÇA” FAÇA UMA CRIANÇA FELIZ!

C om as celebrações da 1ª. Eucaristia já acontecendo, a Catequese con-vida os pais e mães, cujos filhos

ingressarão na formação catequética no ano 2012, que procurem a Secretaria Pa-roquial munidos dos dados da criança e da cópia de sua certidão de batismo (do- cumento imprescindível), a fim de rea- lizar sua pré-inscrição. Evangelizar com renovado ardor missionário!

O violinista Paulo César Paschoal (PC), líder da “Camerata Darcos” fará um Concerto de Natal no dia

11 de Dezembro às 17h45, aqui mesmo em nossa comunidade Nossa Senhora da Esperança. Todos os apreciadores da boa música estão convidados!

A pastoral da Caridade realizará no próximo dia 22 de Novembro, das 13h30 às 17h, mais um de

seus bazares. Mais do que ter “produtos importados”, importa a gratuidade e a solidariedade de quem se dispõe a aju-dar, seja doando, seja trabalhando, seja participando do Bazar. Se reconhecemos a nós mesmos à medida que somos capa-zes de reconhecer o outro, então sejamos solícitos na Caridade. Participe conosco!

A s Sacolinhas de Natal para as crianças que são contempladas com nossa solidariedade por ocasião do Natal do Senhor, ainda estão

à disposição para sua doação. Imbuídos de gene-rosidade e gratuidade, realizaremos comunitari-amente este gesto concreto. As sacolinhas podem ser retiradas após as missas e na Secretaria Pa-roquial. Elas poderão ser entregues antes ou depois das missas ou, ainda, na Secretaria Paroquial. Sede alegres na esperança!

ATIVIDADES NOVEMBRO/20112 Missa de FINADOS: na Igreja, às 18h.3 Curso Bíblico: no Salão Superior, às 20h30.4 3ª Etapa Encontro Casais Cristo: no Salão Paroquial, às 18h.5 Retiro Paroquial: no Colégio Pio XII, das 8h às 17h30.5 Catequese da Confirmação: na Igreja, das 8h30 às 12h30.5 e 6 3ª Etapa Encontro Casais Cristo: no Salão Paroquial, o dia todo.8 Reunião Pastoral da Família: no Salão Paroquial, às 20h30.10 Confissão dos Pais: na Igreja, às 20h30.15 Feriado da Proclamação da República. 17 Confissão da 1ª Eucaristia: na Igreja, às 14h30 e 18h30. 17 Formação Teológica com o padre Ney: no Salão Paroquial, às 20h30. 19 Celebração da 1ª Eucaristia (Regina): na Igreja, às 10h. 19 Preparação para o Batismo: no Salão Paroquial, das 8h às 12h. 20 Celebração do Batismo: na Igreja, às 9h30. 20 Preparação para o Matrimônio: no Salão Paroquial, das 8h às 17h. 21 Pastoral da Caridade: no Salão Paroquial, Manhã e Tarde. 22 Confissão dos Pais (4ª e 5ª Feira): na Igreja, às 20h30. 22 Chá/Bazar da Pastoral da Caridade: no Salão Paroquial, das 13h30 às 17h.23 Conselho Pastoral Paroquial: no Salão Superior, às 20h30.24 Confissão da 1ª Eucaristia: turma da 5ª Feira (Sílvia e Gizelda), às 8h30 / 5ª Feira (Maria Lúcia e Cleide), às 14h / 4ª Feira (Maria Helena e Raquel), às 18h30. Na Igreja.25 Conselho Administrativo Paroquial: no Salão Superior, às 18h30. 25 Reunião do Dízimo: às 17h30. 26 Celebração da 1ª Eucaristia (4ª Feira): na Igreja, às 9h30. 29 Conselho Pastoral Setor Vila Mariana: na N. Sra. Saúde, às 20h30.30 Reunião da Pastoral da Liturgia: no Salão Superior, às 20h30.

SEGUNDA-FEIRA: Grupo Gente Ativa – das 13h30 às 17h30 (no Salão Paroquial).TERÇA-FEIRA: Grupo de Oração – das 14h às 15h30 (na Igreja), Pastoral da Caridade – das 14h às 16h30 e Catequese – das 18h30 às 19h30 (nas Salas Inferiores).QUARTA-FEIRA: Catequese – das 18h30 às 19h30 (nas Salas Inferiores) e Pastoral da Amizade – às 20h (no Salão Paroquial).QUINTA-FEIRA: Catequese – das 8h30 às 10h e das 14h às 15h30 (nas Salas Inferiores).SEGUNDA A SEXTA-FEIRA: Narcóticos Anônimos – das 20h às 22h (nas Salas Inferiores).

Page 4: Boletim Novo Mundo - nov/2011

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 4

F inados, dia da saudade! A sau-dade é a presença da ausência. O livro do Apocalipse diz: “Eis

a tenda de Deus com os homens. Ele habitará com eles; eles serão seu povo, e ele, Deus-com-eles, será seu Deus. Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais” (Ap 21, 3-4).

“Se você quiser me encontrar,não vá mais aos lugares por

onde andei ou morei.

Já não moro mais em minha casa,

nem viajo mais por aí...Se você quiser me encontrar, pare um pouco e em silêncio,

pense em mim.Se quiser me encontrar,

olhe bem dentro de você.Sinta seu coração bater forte,

Sinta-se feliz e não procure mais por mim.

Eu estou aí...Dentro do seu coração!

Fraternalmente,Cônego Dagoberto Boim

O sacramento da Unção dos Enfer-mos é compreendido no âmbito da missão salvífica da Igreja, ou seja,

no contexto do ministério de cura que toda a Igreja exerce junto aos enfermos. A unção não é um sacramento pontual e iso-lado, que se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a um moribundo totalmente inconsciente. Pelo contrário, é um sacra-mento eclesial que, além de comprometer toda a Igreja, é também o ápice de um pro-cesso em favor e a serviço dos irmãos en-fermos de uma comunidade. Faz parte do ministério de cura que atualiza e significa a presença do Reino no hoje das pessoas.

Este ministério supõe a experiência do amor gratuito de Deus; a consciência de que o rosto de Jesus Cristo se faz pre-sente e visível no rosto dos pobres e dos que sofrem. Supõe também o zelo apos-tólico, nascido do amor que impele a par-tilhar com os irmãos o que se tem e o que se é. O ministério da cura exige ainda atitude de gratidão que provoca um ser-viço de louvor e de culto ao Senhor.

Por ser um serviço de toda a Igreja, compromete a todos na comunidade: o próprio doente em atitude plenamente ativa de identificação com Jesus Cristo, de aceitação da própria debilidade e de contribuição para o bem do povo de Deus e a salvação de todo o mundo; de todos os crentes em atitude de amor e presença junto aos pobres e doentes; dos religiosos, fazendo presente no mundo a pessoa de Cristo que se preocupa e cura os doentes; dos presbíteros cujo ministé-rio exige deles, não só a visita, a atenção e a animação dos doentes, mas também a visibilidade da presença viva do Senhor que unge, cura e salva; dos bispos que precisam, num trabalho de coordenação pastoral e evangelizadora, mostrar que os doentes não são seres passivos, mas comprometidos do Corpo de Cristo.

É pena que, na mentalidade comum dos fiéis e até mesmo dos agentes de pasto-

D iz a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encon-trar um sucessor. Entre seus dis-

cípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio para colo-car a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcados, começa a prova. Nos primeiros quilô-metros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés

A UNÇÃO DOS ENFERMOS, SACRAMENTO DA CURA

MEDITANDO SOBRE A VIDA COMUNITÁRIA...

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema

São Paulo, SP • CEP 04517-050Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

Acesse o nosso site: www.paroquiansesperanca.org.br

PALAVRA DO PÁROCO

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALAno XV – Edição 162 – Novembro/2011 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal

Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Serrano (11) 7733 6247

ral, o sacramento da unção dos enfermos ainda não tenha se desconectado sufici-entemente de sua relação com a morte. Este passo, no entanto, precisa ser dado. Todos precisam ter muito claro que o sa-cramento da unção dos enfermos já não é mais nem sacramento que consagra a morte nem preparação imediata para eternidade. Pelo contrário, é o sacramento que consagra uma situação de vida, ou seja, a situação de doença, confiando ao doente à missão de completar, no próprio corpo, o que falta à paixão de Cristo.

Fonte: Texto Base – Campanha da Fraternidade 2012, “Fraternidade e Saúde Pública” – p. 86-87

40 ANOS EVANGELIZANDO: DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA

já sangravam, causando imensa dor. Fi-cou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:

– Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei, foi a sua resposta.

Moral da história: carregando fei-jões ou problemas, há sempre um jeito mais dócil de conduzir a vida. Os proble-mas são inevitáveis, mas a duração do sofrimento depende do tempo que nós determinamos.