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MUITO MAIS DO QUE UM PROJECTO FINANCEIRO, TAMBÉM FAZEMOS PARTE DE MUITOS PROJECTOS DE VIDA.

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MUITO MAIS DO QUE UM PROJECTO FINANCEIRO,TAMBÉM FAZEMOS PARTE DE MUITOS PROJECTOS DE VIDA.

ÍNDICE1 - Principais Indicadores ...................................................................................................... 5

A. Síntese dos Indicadores Financeiros ......................................................................... 6B. Análise Gráfica dos Principais Indicadores ............................................................... 7

2 - Mensagem Conjunta do Presidente do Conselho de Administração (PCA)e do Presidente da Comissão Executiva (PCE) ............................................................... 9

3 - Principais Referências ......................................................................................................13A. Órgãos Sociais ............................................................................................................. 14B. Marcos de Actividade .................................................................................................. 16C. Responsabilidade Social ............................................................................................. 18

4 - Estratégia e Modelo de Negócio ..................................................................................... 215 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro ........................................................... 23

A. Contexto Internacional ................................................................................................ 24B. Contexto Nacional ...................................................................................................... 29

6 - Principais Áreas de Negócio ......................................................................................... 39A. Banca Corporativa e PME´s ...................................................................................... 40B. Banca de Retalho: Particulares ................................................................................ 42C. Banca de Investimentos ............................................................................................ 45

7 - Banca Electrónica ........................................................................................................... 478 - Participações Financeiras ............................................................................................. 519 - Gestão de Risco .............................................................................................................. 57

A. Riscos de Liquidez e de Mercado ............................................................................ 58a. Risco de Liquidez ................................................................................................. 59b. Risco de Taxa de Juro ......................................................................................... 60c. Risco Cambial ....................................................................................................... 61

B. Risco de Crédito ......................................................................................................... 61C. Adequação de Capital ................................................................................................ 65D. Risco Operacional ...................................................................................................... 66E. Risco de Compliance ................................................................................................. 67

10 - Recursos Humanos ....................................................................................................... 6911 - Análise Financeira ......................................................................................................... 7512 - Proposta de Aplicação de Resultados ......................................................................... 8313 - Demonstrações Financeiras ........................................................................................ 85

A. Balanços .................................................................................................................... 86B. Demonstrações dos Resultados .............................................................................. 87C. Demonstrações de Mutações nos Fundos Próprios ............................................. 88D. Demonstrações dos Fluxos de Caixa ..................................................................... 89E. Aprovação do Conselho de Administração ............................................................ 89F. Anexo às Demonstrações Financeiras ................................................................... 90

14 - Parecer do Auditor Externo ....................................................................................... 13515 - Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ................................................................... 13916 - Presença Geográfica e Canais de Distribuição.......................................................... 141

PRINCIPAIS INDICADORES 1

Um projectodE Habitação

6

A. Síntese dos Indicadores Financeiros

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13 2011/2012 2012/2013 % %Valores expressos em Milhões de AKZ

Balanço e Resultados Activo Líquido 1.131.410 1.033.428 1.039.693 -8,7% 0,6%Créditos a Clientes (Líquidos) 286.060 257.314 245.708 -10,0% -4,5%Recursos de Clientes 996.148 815.204 902.936 -18,2% 10,8%Capitais Próprios 87.687 99.450 104.430 13,4% 5,0%Margem Financeira (MF) 28.810 30.848 34.177 7,1% 10,8%Margem Complementar (MC) 21.579 24.785 22.607 14,9% -8,8%Produto Bancário (MF + MC) 50.389 55.634 56.785 10,4% 2,1%Custos Administrativos 18.083 20.953 21.951 15,9% 4,8%Resultado antes de Impostos (RAI) 19.032 17.731 10.506 -6,8% -40,7%Resultados Líquidos do Exercício 20.198 17.217 12.082 -14,8% -29,8%Funcionamento Número de Empregados 1.526 1.747 1.870 14,5% 7,0%Canais de Distribuição 106 112 128 5,7% 14,3%Número de Clientes 414.481 482.948 558.593 16,5% 15,7%Cost to Income Ratio 35,9% 37,7% 38,7% 4,9% 2,6%ProdutividadeNúmero de Clientes por Empregado 272 276 299 1,8% 8,1%Activo Líquido/Número de Empregados (Milhões de AKZ) 741 592 556 -20,2% -6,0%Custos Administrativos/Activo Líquido 1,6% 2,0% 2,1% 26,9% 4,1%RentabilidadeLucro Líquido por Acção (EPS) em AKZ 1.038 885 621 -14,8% -29,8%Rendibilidade dos Capitais Próprios Médios (ROAE) 24,8% 18,4% 11,9% -25,7% -35,6%Rendibilidade do Activo Médio (ROAA) 2,1% 1,6% 1,2% -24,0% -26,7%Liquidez e Gestão de FundosRácio de Transformação (Crédito sobre Clientes/Recursos de Clientes) 28,7% 31,6% 27,2% 9,9% -13,8%Liquidez Imediata (Disponibilidades)/(Recursos de Clientes+Cap. Liquidez) 20,2% 31,9% 20,7% 58,4% -35,0%Liquidez Reduzida (Disponibilidades+Aplicações de Liquidez)/(Recursos de Clientes+Cap.Liquidez) 63,7% 66,2% 56,1% 3,8% -15,2% Qualidade dos ActivosRácio de Incumprimento (Crédito Vencido/Crédito Total) 4,93% 7,24% 6,89% 46,9% -4,9%Rácio de Cobertura (Provisões Balanço)/(Crédito Total) 7,20% 9,68% 13,69% 34,5% 41,4%Adequação do CapitalImobilizações / Fundos Próprios Regulamentares 33,92% 46,14% 49,86% 36,0% 8,1%Rácio de Solvabilidade Regulamentar 13,09% 16,07% 17,43% 22,8% 8,5%Fundos Próprios Regulamentares 76.225 84.998 82.810 11,5% -2,6%

7

1.200.000

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

0

1.200.000

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

0

1 - PRINCIPAIS INDICADORES

B. Análise Gráfica dos Principais Indicadores

Resultado Líquido

Recursos de Clientes

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

MIL

ES D

E A

KZ

-18,2% 10,8%

996.148

815.204902.936

Activo Líquido

Carteira de Crédito

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

-8,7% 0,6%

1.033.428 1.039.693

MIL

ES D

E A

KZ1.131.410

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

25.00020.00015.00010.0005.000

0MIL

ES D

E A

KZ

-14,8%

-29,8%

20.19817.217

12.082

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0

-10,0%-4,5%

286.060

257.314245.708

MIL

ES D

E A

KZ

8

B. Análise Gráfica dos Principais Indicadores

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Rentabilidade do Activo Médio (ROAA)

2,50%2,00%1,50%1,00%0,50%0,00%

1,20%

2,10%

1,60%

25,00%20,00%15,00%10,00%5,00%0,00%

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Rentabilidade dos Capitais Próprios Médios (ROAE)

11,90%

24,80%

18,40%

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Rácio de Solvabilidade Regulamentar

20,00%15,00%10,00%5,00%0,00%

16,07%13,09%

17,43%

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Cost to Income

40,00%35,00%30,00%25,00%20,00%15,00%10,00%5,00%0,00%

38,7%35,9% 37,7%

2

Um projectodE valorizacãopessoal

MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTEDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA

10

O ano de 2013 foi marcado por alguma recuperação da economia mundial, em especial nas economias mais avançadas, traduzido num crescimento do comércio internacional em 2,8%. Nos Estados Unidos da América e na União Europeia, a actividade económica foi suportada pela manutenção de políticas monetárias bastante acomodatícias, cujo impacto positivo na actividade se foi acentuando ao longo do ano, ao mesmo tempo que as políticas orçamentais procuravam reduzir desequilíbrios que se haviam agravado na sequência da crise financeira internacional.

Na economia nacional, o crescimento da actividade económica terá ficado abaixo das expectativas, apesar de continuar a exibir um desempenho positivo, afectado em particular por uma execução orçamental que ficou aquém dos objectivos. Cumpre destacar o sucesso da política de estabilização, nomeadamente como resultado das políticas monetária e cambial, que permitiram um novo recuo da inflação para o mínimo histórico de 7,69%, abaixo do valor projectado.

O Governo de Angola e o Banco Nacional de Angola têm vindo a introduzir um conjunto de normas de natureza cambial, fiscal e monetária que visam garantir a sustentabilidade do sistema financeiro, a convergência às normas internacionais de referência, a transparência das instituições, a eficiência dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e, ao mesmo tempo, a continuação eficaz do processo de desdolarização da economia de Angola.

Neste contexto, o BAI deu início ao processo de adaptação do seu modelo de organização societária e do sistema de controlo interno para atender de forma cabal às exigências regulamentares. Submetemo-nos à avaliação pela agência de notação de risco de crédito Moody’s que atribuiu ao BAI o rating Ba3/Not Prime e o risco de crédito individual (BCA) b1, equivalente a um rating intrínseco de solidez financeira de Bancos (BFSR) de E+. Essa notação reflecte, de acordo com a Moody’s, (i) actividade bem estabelecida do Banco em Angola e a liquidez do seu balanço; (ii) fundos próprios adequados para absorver perdas; (iii) fraca qualidade de crédito e custos de crédito elevados; e (iv) elevada probabilidade de suporte sistémico pelas autoridades angolanas, em caso de necessidade.

O sector bancário angolano manteve a tendência de crescimento, com a perspectiva de convergência para os peers do nosso continente. A actividade creditícia continua a crescer apesar de ter abrandado o ritmo em 2013, tendo registado um crescimento de cerca de 10%, contra a média de 26% registada nos quatro anos anteriores. O rácio do crédito à economia sobre o Produto Interno Bruto tem registado uma média de 20% nos últimos anos.

Diversos constrangimentos do lado da oferta e da procura estiveram na base do abrandamento da actividade creditícia dos bancos em geral e do BAI em particular, de que podemos destacar, reduzidas oportunidades para a concessão de crédito de qualidade e o aumento do crédito vencido e do crédito abatido ao activo.

O rácio de incumprimento do crédito concedido pelo sistema bancário tem-se degradado nos últimos anos, estimando-se que em 2013 se tenha situado acima dos 10%. No BAI este rácio situou-se em 6,9%. O agravamento da qualidade da carteira é especialmente incidente sobre o crédito concedido no período de maior expansão da economia, a sectores de actividade específicos, tendo-se verificado uma alteração substancial dos pressupostos que conduziram à aprovação desse crédito. Na sequência desta situação, o BAI tem vindo a ajustar a sua estratégia, limitando a sua actuação nos sectores de maior risco, tendo também reforçado a sua área de recuperação de crédito. Ainda, o Banco desenvolveu procedimentos de acompanhamento das empresas que têm sinalizado maiores dificuldades ao nível da liquidez, de forma a conseguir antecipar eventuais dificuldades no cumprimento do serviço de dívida.

Neste contexto, não obstante os constrangimentos ligados à actividade creditícia em 2013, o BAI manteve a posição de destaque que ocupa há alguns anos no mercado angolano, fechando o exercício com activos líquidos na ordem dos AKZ 1.039.693 milhões, com um volume de depósitos de AKZ 902.936 milhões e com capitais próprios de AKZ 104.430 milhões.

Ao nível dos resultados, destacamos o bom desempenho da margem financeira que atingiu os AKZ 34.177 milhões representando um crescimento de 10,8% (aumento de 7,1% no exercício anterior), tendo o produto bancário atingido AKZ 56.785 milhões, ligeiramente superior ao verificado no ano anterior (+2,1%). No entanto, os resultados líquidos situaram-se em AKZ 12.082 milhões, menos 29,8% que o verificado em 2012, explicado maioritariamente pelo reforço de provisões para crédito em 25,4%, o agravamento dos custos administrativos em 4,8% acompanhando a evolução dos preços e o alargamento da rede de balcões, e o aumento do crédito fiscal de imposto industrial, resultante de uma situação de prejuízo fiscal.

O Banco prosseguiu o seu programa de expansão da rede comercial de acordo com a sua estratégia de longo prazo, aumentando os seus canais de distribuição de 112 em 2012 para 128 em 2013, com efeitos a nível da carteira de clientes que passou de 482.948 em 2012 para 558.593 em 2013.

2 - PRINCIPAIS INDICADORES

11

Ao nível do reconhecimento da nossa marca, destacamos a atribuição do prémio de melhor Banco em Angola em 2013 pela revista Euromoney, pela segunda vez consecutiva, e também o prémio de melhor Banco em Angola 2013 pela revista The Banker, ao nível internacional. Ao nível interno arrecadámos o prémio de melhor programa de capital humano 2013, na edição 2013 dos Prémios Sirius.

No âmbito da responsabilidade social destacamos o diploma de honra atribuído pelo Ministério da Cultura pela participação em prol da promoção dos artistas, divulgação e apoio da cultura nacional, merecendo também realce as diversas doações e patrocínios aos grupos mais desfavorecidos da sociedade angolana.

Para 2014, as prioridades do Banco, centradas fundamentalmente na sua actividade em Angola, passam (i) pela melhoria da qualidade da carteira de crédito, (ii) pela prestação de um serviço de qualidade, (iii) pela formação contínua dos recursos humanos, (iv) pela melhoria dos processos e tecnologias de suporte operacional e (v) pelo reforço dos processos de gestão e controlo orçamental, de modo a continuar a fazer frente aos desafios que se colocam e a aproveitar as oportunidades de negócio que se esperam.

A todos os nossos colaboradores o nosso agradecimento muito especial pelo empenho e profissionalismo mais uma vez demonstrados e que têm sido fundamentais para continuarmos a servir os nossos clientes com os mesmos padrões de qualidade e para proporcionarmos um retorno aceitável aos nossos accionistas e à sociedade.

Aos nossos accionistas, clientes, fornecedores e sociedade em geral, expressamos também o nosso agradecimento e o compromisso de que continuaremos a trabalhar para os servir com elevados níveis de qualidade e profissionalismo.

José Carlos de Castro Paiva

Presidente do Conselho de Administração

Mário Alberto Barber

Presidente da Comissão Executiva

12

PRINCIPAIS REFERÊNCIAS 3

Um projecto A DOIS

14

Mesa da Assembleia Geral

A. Órgãos Sociais

Pedro António FilipePresidente

Alice Trindade EscórcioSecretária

Manuel GonçalvesVice-Presidente

Conselho de Administração

José Carlos de Castro PaivaPresidente

Ana Paula GrayVice-Presidente

Francisco José Maria de LemosVice-Presidente

Theodore Jameson GilettiAdministrador

Carlos DuarteAdministrador

Helder Miguel P. J. de AguiarAdministrador Executivo

Simão Francisco FonsecaAdministrador Executivo

Mário Alberto BarberPresidente da Comissão Executiva

Luís Filipe R. LélisAdministrador Executivo

Inokcelina B. C. dos SantosAdministradora Executiva

João Cândido FonsecaAdministrador Executivo

15

3 - PRINCIPAIS REFERÊNCIAS

Conselho Fiscal

Jaime de Carvalho BastosPresidente

Júlio Sampaio2º Vogal

Moisés António JoaquimVogal Suplente

Domingos Lima ViegasVogal

Presidente da Comissão ExecutivaMário Barber

Recursos Humanos

Jurídico e Contencioso

Banca de Retalho

Suporte Comercial

Administradora ExecutivaAna Paula Gray

Compliance

Controlo de Risco Operacional

Secretariado da Sociedade

Administrador ExecutivoJoão Fonseca

Planeamento, Controlo e Risco

Contabilidade e Finanças

Auditoria Interna

Tesouraria Central

Administrador ExecutivoSimão Fonseca

Organização e Qualidade

Projectos Tecnológicos e Desenvolvimento

Banca Electrónica

Provedoria do Cliente

Administradora ExecutivaInokcelina Santos

Segurança Integrada

Análise de Crédito

Recuperação de Crédito

Mercados Financeiros

Administrador ExecutivoHelder Aguiar

Operações

Serviços Gerais

Tecnologias de Informação

À data de 31 de Dezembro de 2013, a distribuição de pelouros entre os membros da Comissão Executiva era a seguinte:

Administrador ExecutivoLuís Lélis

Empresas e Instituições

Banca de Investimento

Marketing e Comunicação

Banca Privada

Oil and Gas

16

B. Marcos de Actividade

1996 Constituição em Luanda do BAI, no dia 13 de Novembro.

1997 Em 4 de Novembro dá-se o início da actividade do BAI com a abertura da primeira agência em Luanda, na rua Major Kanhangulo.

1998 Abertura da Sucursal BAI no dia 2 de Fevereiro em Lisboa.

Abertura da primeira agência do BAI fora de Luanda, na Província de Cabinda em 16 de Junho.

2002 Sucursal BAI Europa altera o estatuto jurídico para filial.

2003 Expande-se para o Brasil com entrada no capital do BPN Participações Brasil.

Entrada no capital social do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP).

2004 Criação do balcão virtual BAI Directo.

2006 Activo Líquido ultrapassa o nível de USD 2 mil milhões.

2007 BAI faz a 1ª emissão de obrigações de caixa em Angola (USD 50 milhões).

Lançamento dos cartões VISA BAI.

2008 Inauguração do BAI Cabo Verde.

Lançamento da nova imagem BAI.

2009 BAI Europa abre um escritório na cidade do Porto.

17

3 - PRINCIPAIS REFERÊNCIAS

2010 Abertura do escritório de representação na África do Sul.

BAI arrecada o prémio de melhor Banco Comercial e de Investimentos em Angola, atribuído pela revista World Finance.

Criação da Direcção de Recuperação de Crédito.

Criação do Comité de Activos e Passivos (ALCO).

Lançamento do Produto Rendimento Crescente.

Lançamento do serviço de transferências Western Union.

2011 Alteração da denominação social para Banco Angolano de Investimentos, S.A.

Comemoração do 15º aniversário da instituição.

Lançamento do serviço Mobile Banking.

Lançamento do Cartão VISA BAI KAMBA.

Abertura do centésimo balcão de atendimento.

O BAI ultrapassa os USD 10 mil milhões de activo líquido.

2012 BAI arrecada o prémio do World Finance – Banking Awards 2012 – Melhor Grupo Bancário em Angola.

BAI arrecada o prémio do Euromoney – Awards for Excellence 2012 – Melhor Banco em Angola.

Controlo da posição do BAI na NOSSA Seguros e Relançamento da imagem NOSSA Seguros.

Lançamento do cartão BAI Business Contas.

Criação do cartão Flex, um cartão pré-pago, sendo um meio de pagamento nos postos de abastecimento Sonangol.

O Banco arrecada o prémio de melhor empresa do ano do sector financeiro na edição 2012 dos Prémios Sirius.

2013 O BAI recebe o diploma de honra do Ministério da Cultura- pela sua participação no desenvolvimento em prol

da promoção dos artistas, divulgação e apoio da cultura nacional.

A revista The Banker voltou a colocar o BAI na primeira posição entre os 15 Bancos angolanos e no 26º lugar

no ranking dos Bancos africanos.

Criação do cartão de crédito AMEX (American Express Gold Card), destinado aos clientes particulares.

BAI recebeu pela segunda vez consecutiva, a distinção de melhor Banco em Angola pela Euromoney.

Lançamento do Crédito Super Ordenado BAI, destinado aos trabalhadores de empresas públicas e privadas com o salário domiciliado no BAI;

O Banco foi distinguido e reconhecido pela revista The Banker, como o melhor Banco em Angola em 2013.

O Banco arrecada o prémio de “Melhor Programa de Desenvolvimento de Capital Humano”, na edição 2013 dos Prémios Sirius.

18

C. Responsabilidade Social

As acções de Responsabilidade Social fazem parte do nosso tecido corporativo e temos nelas um estímulo forte às nossas actividades diárias, em todo

o território nacional. Em 2013, o BAI continuou a apoiar vários projectos e iniciativas em variados sectores da sociedade civil angolana.

Na nossa actividade diária somos movidos pela vontade de fazer sempre melhor e trabalhar em favor das comunidades locais, a nível nacional.

Durante o exercício de 2014 criámos oportunidades aspiracionais na sociedade civil ao nível da Saúde, Educação e Cidadania; bem como na Cultura

e no Desporto.

Saúde, Educação e Cidadania

Move-nos a vontade de ajudar o próximo.

Colaboradores do BAI recebem residências. Beneficiários da Aldeia Osivambi Cunene.

Visita ao Hospital Pediátrico. Campanha de Angariação: neste Natal faça uma criança sorrir.

19

3 - PRINCIPAIS REFERÊNCIAS

Cultura

Move-nos a vontade de desenvolver talentos nacionais.

Prémio BAI Canção de CarnavalClasse C - Grupo Cassules do Sagrada Esperança.

Março Mulher - BAI Night. Exposição de Daniela Ribeiro.

BAI Arte - Arquivo Morto. BAI Fun Park.

20

Desporto

Move-nos a vontade de promover padrões de vida saudáveis.

Prémios

Ao nível do reconhecimento da nossa marca, destacamos a atribuição do prémio de melhor Banco em Angola em 2013 pela revista Euromoney, pela segunda vez consecutiva, e também o prémio de melhor Banco em Angola 2013 pela revista The Banker, ao nível internacional. Ao nível interno

arrecadámos o prémio de melhor programa de capital humano 2013, na edição 2013 dos Prémios Sirius.

O nosso esforço tem sido reconhecido.

Sporting C. Benguela - massificar o basquetebol em Benguela.

Torneios inter-institucionais de Futebol e Basquetebol na Cidadela.

Promoção do Desporto - BAI Basket.

Torneios inter-institucionais de Futebol e Basquetebol na Cidadela.

Um projectODE CRESCIMENTO

ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIO 4

22

Ser o grupo financeiro angolano de referência, afirmando-se como um dos pilares do desenvolvimento da economia nacional, capaz de atrair, desenvolver e reter os melhores profissionais e de criar valor para os seus accionistas e a sociedade constitui a visão do Banco Angolano de Investimentos, S.A.

O seu modelo de negócios assenta em quatro linhas orientadoras, nomeadamente, os clientes, os produtos, os canais e as plataformas. O objectivo da devida actuação sobre estas linhas orientadoras do Modelo de Negócios do BAI reside na consolidação da sua liderança no mercado, no reforço de medidas para assegurar a solidez e o crescimento sustentado da instituição, num mercado cada vez mais competitivo e influenciado pelos acontecimentos a nível internacional.

Neste sentido, o BAI tem desenvolvido a sua actividade com o objectivo de captar e prestar um serviço de qualidade, defendendo a actual posição em clientes chave e a diversificação da sua carteira de clientes, prestando especial atenção à Banca de Retalho, Banca Privada, Banca Corporativa e Banca de Investimentos.

O BAI aposta na sua penetração no mercado, mediante o lançamento de produtos e serviços inovadores. O desenvolvimento de produtos e serviços especializados por grupos homogéneos de clientes, tem permitido ao Banco partilhar soluções e criar sinergias na base da realização dos objectivos de negócio dos seus clientes.

A política de crescimento da rede comercial do Banco assenta em princípios da sustentabilidade, tendo como foco a disponibilização dos serviços a todos os seus segmentos alvo. A prestação dos serviços e a disponibilização de produtos aos clientes do Banco é feita através da rede de distribuição diversificada, e dividida em Agências Universais, Centros de Atendimento às Empresas, Agências de Private Banking e Postos de Atendimento. O BAI actua também no sector de microfinanças através da sua filial BAI Micro Finanças, que permite prestar especial atenção aos grupos de clientes com baixos rendimentos, bem como às micro e pequenas empresas.

O BAI entende que a boa governança corporativa é uma vantagem competitiva e um elemento diferenciador que sustenta dois eixos fundamentais da actuação do Banco: o direito dos accionistas e a transparência.

O BAI está presente em mercados internacionais, tendo iniciado o processo de internacionalização em 1998 com a abertura do BAI Europa e tem sido um suporte à capacidade do BAI em ser um canal privilegiado para o comércio internacional e de investimentos de e para Angola.

A captação dos melhores profissionais e o desenvolvimento dos Recursos Humanos, com o objectivo de constituir uma equipa de profissionais competentes e dinâmica, com estimada cultura de desempenho, orientada para a satisfação das necessidades dos clientes, é de elevada importância para o Banco, pelo que o BAI oferece uma gama de incentivos e subsídios e, no âmbito da formação profissional criou a Academia BAI. O BAI tem posicionado a função de recursos humanos como um elemento catalisador do crescimento institucional e no âmbito da sua política de motivação e retenção de recursos chave tem vindo a desenvolver um sistema de incentivos, a rever a sua política de remuneração e a implementar um sistema integrado de gestão de carreiras.

Um projectoECONÓMICO

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICOE FINANCEIRO 5

24

A. Contexto Internacional

A economia mundial desacelera ligeiramente em 2013, mas apresenta indicadores condizentes com o início da tão esperada recuperação económica efectiva.

Após sucessivos períodos de medidas de austeridade fiscal – objectivando a consolidação orçamental – e políticas monetárias de orientação acomodatícias – visando por um lado corrigir as deficiências, sobretudo no balanço dos Bancos, e por outro, estimular o crescimento do produto – as economias avançadas finalmente apresentam indicadores encorajadores, condizentes com a tão esperada recuperação económica. No entanto, os níveis de crescimentos são ainda anémicos, tendo – a baixa procura gerada, aliada às expectativas de alteração de quadro de política monetária dos EUA e diversos outros factores de natureza conjuntural e estrutural – produzido impacto negativo no crescimento do produto dos países emergentes e em desenvolvimento.

A fraca actividade verificada, sobretudo, nas economias avançadas, conteve a inflação a níveis baixos, revelando-se, no entanto, incapaz de reduzir o desemprego, especialmente na Europa, para níveis desejados. O comércio internacional manteve-se ao mesmo nível do ano transacto, tendo-se assistido a uma ligeira tendência rectificativa relativamente a desequilíbrios existentes, evidenciando-se um aumento do volume do comércio por parte das economias avançadas em detrimento das Economias Emergentes e em Desenvolvimento. A taxa de câmbio, sobretudo a Euro/Dólar, apresentou flutuações inferiores ao do ano transacto.

Crescimento Económico

As últimas estimativas apontam para um crescimento modesto da economia mundial de 3,0% em 2013, acelerando para 3,7% em 2014. O produto interno bruto (PIB) das economias avançadas deverá ter avançado apenas 1,3% em 2012, enquanto que, para as economias emergentes e em desenvolvimento estima-se um crescimento de 4,7%, sendo que a África Subsariana deverá crescer 5,1%.

Economias Avançadas

A economia dos EUA deverá ter registado no final de 2013 um crescimento na ordem de 1,9% (2,8% em 2012). Não obstante o aumento da austeridade fiscal no início do ano, a actividade económica reagiu positivamente no segundo semestre, empurrada pela recuperação no sector Imobiliário, aumento da riqueza das famílias aliado à melhoria das condições de acesso ao crédito bancário e o consequente aumento do mesmo. No final de 2013 o Federal Reserve System (FED) reconhecera melhorias nos indicadores económicos do país tendo anunciado, para Janeiro de 2014, o início da redução das medidas de estímulos económicos (quantitative easing).

Na Zona Euro, o PIB real deverá ter recuado 0,4% em 2013. Não obstante a contracção económica verificada no primeiro trimestre, o segundo trimestre de 2013 interrompeu uma série de 6 trimestres consecutivos de crescimento negativo do produto, tendo os indicadores de confiança sinalizado, de acordo com a informação e análise disponibilizada, a esperada melhoria dos fundamentos da actividade económica. O desempenho económico positivo iniciado no segundo trimestre manteve-se com maior ou menor incidência ao longo dos dois últimos trimestres do ano, e continuou fortemente apoiado por políticas monetárias de orientação acomodatícia – pilar fundamental para a recuperação gradual da actividade económica que se assiste. Outro pilar não menos importante incorpora os sucessivos programas de austeridade fiscal, aplicados sobretudo aos países da periferia da Europa, que começam agora a produzir resultados animadores, no que tange ao saneamento das contas públicas, permitindo por um lado, melhorias substanciais no acesso desses países aos mercados financeiros e por outro a desaceleração no ritmo do endividamento público que esteve na base da crise da dívida soberana.

2011 2012 2014P2013

6,2%

3,9%

1,8%

1,5%

4,9%

3,1%

2,8%

-0,7%

4,7%

3,0%

-0,4%

1,9%

5,1%

3,7%

2,8%

1,0%

Taxa de Crescimento Real do PIB

Economias Emergentes e em Desenvolvimento

Economia Mundial

EUA

Zona Euro

Fonte: FMI

25

5 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro

Da análise feita aos indicadores económicos da Zona Euro depreende-se que as autoridades, nomeadamente o Banco Central Europeu (BCE) e os diversos governos, implementaram um conjunto de medidas estruturais e conjunturais que começam agora a produzir resultados mais condizentes com indícios de recuperação económica. Contudo, diversos riscos ainda pairam sobre a recuperação económica, sobretudo os relacionados com a incerteza relativamente à evolução das condições dos mercados monetários e financeiros mundiais; eventual subida de preços de matéria-prima e o ritmo de implementação das reformas estruturais nos países da área do euro.

Economias Emergentes e em Desenvolvimento

Estima-se que em 2013 o PIB das economias emergentes e em desenvolvimento tenha crescido em média apenas 4,7% (4,9% em 2012). Segundo FMI, vários factores concorreram para esta desaceleração, tais como: constrangimentos na capacidade económica (bottleneck); condições financeiras mais apertadas1; aumento de imparidades de crédito; fraca procura agregada por parte das economias avançadas; e factores específicos de cada país.

Com excepções da China e da Rússia (o primeiro deverá manter o ritmo de crescimento do ano anterior; o segundo deverá registar uma desaceleração considerável) a Índia, Brasil e a África Subsariana deverão registar crescimentos positivos, e acima do verificado no ano transacto.

Na China, perspectiva-se que a expansão económica em 2013 tenha sido na ordem de 7,7% (7,7% em 2012). No segundo semestre de 2013 o investimento aumentou consideravelmente, tendo resultado na aceleração da actividade económica face ao semestre anterior. Contudo, a opção por políticas económicas de carácter restritivo, que visam o crescimento sustentado da economia, continuou a afectar a expansão do produto.

Na Rússia, o indicador de consumo doméstico manteve-se estável face ao ano transacto devido sobretudo à manutenção do poder de compra dos salários e o aumento do crédito da banca de retalho. No entanto, a combinação da redução da procura externa aliada à diminuição do investimento interno contribuiu para um impacto negativo no crescimento do seu produto. Estima-se que a economia russa tenha desacelerado e crescido apenas na ordem de 1,5% em 2013 (3,4% em 2012).

Na Índia, estima-se que o PIB terá crescido apenas 4,4% em 2013 (3,2% em 2012). Durante o ano de 2013, a economia indiana beneficiou de uma época de chuvas favorável e de aumento de exportação dos seus produtos. O crescimento da actividade económica foi igualmente positivamente afectado pelas medidas estruturais de suporte ao investimento.

No Brasil, estima-se que em 2013 a economia tenha crescido 2,3% (1,0% em 2012). Este crescimento que reflecte o aumento do investimento (incluindo nas existências) é em parte o resultado de medidas económicas de carácter mais expansionista introduzidas na segunda metade de 2012 com o objectivo de dinamizar a actividade creditícia.

Na África Subsariana, estima-se, que a economia da região deverá ter crescido 5,1% em 2013 (4,8% em 2012). Não obstante os efeitos negativos provenientes de factores estruturais (constrangimentos logísticos; insuficiente capital físico e humano; ambiente de negócio pouco desenvolvido) e conjunturais (reduzida procura externa, outflow de capital e diminuição do preço das commodities) a actividade na região acelerou em 2013 suportada, sobretudo, pelo aumento da procura interna.

Desafio da Recuperação Económica

A recuperação económica mundial conheceu no segundo semestre de 2013 desenvolvimentos favoráveis. O processo de consolidação orçamental bem como de desalavancagem do sector privado prosseguiu a bom ritmo, tendo conjuntamente com as políticas monetárias de orientação acomodatícia proporcionado melhorias de condições de acesso das economias avançadas aos mercados financeiros. A consequente melhoria dos indicadores económicos da economia norte-americana (não obstante o impacto adverso devido ao impasse relacionado com o aumento do limite do endividamento público) e o fim da recessão económica da Zona Euro fizeram aumentar a confiança dos agentes económicos e as perspectivas para a economia mundial.

Contudo, não obstante o descrito acima, diversos desafios, alguns conjunturais outros estruturais, continuam a merecer a preocupação dos agentes económicos envolvidos no processo de recuperação efectiva da economia mundial.

Na Zona Euro, diversos factores afectaram e poderão continuar a afectar o processo de recuperação económica. Dentre os quais constam: o ritmo de consolidação orçamental; desalavancagem do sistema financeiro; alto nível de endividamento privado; política monetária do BCE; etc.

O equilíbrio entre o ritmo de saneamento das contas públicas e o crescimento económico constituiu durante o ano em análise um verdadeiro desafio para as autoridades governativas. Em 2013 a despesa fiscal sofreu uma redução na ordem de 1% do produto interno bruto. Contudo, pese embora o afrouxar no ritmo de saneamento das contas públicas, a economia da Zona Euro foi afectada pela combinação de factores tais como: a desalavancagem do sector financeiro (sobretudo na periferia da Europa); o alto nível de endividamento dos agentes económicos; altas taxas de desemprego; fraco poder de compra; e níveis baixos de sentimento económico que ao impactarem negativamente no ambiente de negócios afectaram adversamente o crescimento económico.

1 Também devido ao outflow de capital na sequência da intenção do FED em iniciar a redução gradual dos estímulos económicos.

26

Face ao cenário descrito no parágrafo acima, aliado à baixa taxa de inflação2, a intervenção do BCE (fazendo uso de medidas convencionais e não convencionais de políticas monetárias) era mais do que certa, constituindo apenas um desafio o nível de intervenção a ser adoptada de forma a dinamizar a actividade económica sem contudo provocar um fenómeno deflacionista. O trade-off entre o saneamento das constas públicas e privadas e o crescimento económico pende desfavoravelmente no sentido deste último, e é agravado, segundo o FMI, devido ao envelhecimento da população e a redução das receitas causada pela Grande Recessão económica.

Nos EUA, e durante o período em análise, dois eventos afectaram o sentimento económico no país e no mundo:

• O anúncio do início da retirada dos estímulos económicos por parte do FED3 - Os analistas acreditam que as medidas convencionais, e sobretudo as não convencionais da política monetária, encaminham-se para uma diminuição da sua utilidade marginal, pelo que se torna imperioso o início da sua retirada. No entanto, e de acordo com o FMI, a retirada dos estímulos terá de ser feita de formal gradual e com precaução, tendo especial atenção a solidez da recuperação económica e o nível de pressão inflacionária existente na economia.

• Necessidade recorrente de aumento de limite de endividamento público - O impasse gerado pela recusa dos republicanos em estender o limite4, acima mencionado, foi resolvido de forma favorável no final de 2013, tendo no entanto afectado profundamente a confiança dos agentes económicos e por conseguinte o ambiente económico. Segundo o FMI, acções atempadas de política fiscal, nomeadamente um plano detalhado de médio prazo, beneficiaria a recuperação económica sustentável dos EUA e do mundo.

Relativamente ao Japão, embora o afrouxar de políticas monetárias e fiscais tenham contribuído para o crescimento da economia nipónica, a pressão deflacionista manteve-se inalterada. O desafio consiste em manter a recuperação e sobretudo elevar o nível de expectativa de inflação de longo prazo para a casa dos 2% num cenário de maior austeridade fiscal em 2014 e inflação inelástica ao aumento da actividade económica.

De acordo com o FMI, caso a inflação não reaja às medidas de política económica5 postas em vigor até então, medidas adicionais terão de ser implementadas, como por exemplo a compra de activos.

No que concerne à China, a actividade tem sido suportada pelo aumento de crédito para o investimento, o que tem acarretado riscos relacionados com deterioração da qualidade de activos, ineficiências, e instabilidade financeira. O desafio para a economia chinesa prende-se com a transição suave para uma economia sustentável em que o consumo privado seja a base do crescimento económico. Segundo o FMI esta mudança iria exigir a liberalização das taxas de juros a fim de permitir um efectivo pricing do risco; transparência na estrutura de política monetária na base da formação das taxas de juros; reformas para melhorar a governação e a qualidade do crescimento económico; e reforço da regulamentação e a supervisão do sistema financeiro.

Nas economias emergentes e em desenvolvimento, os maiores desafios prendem-se com (1) a continuação de níveis baixo de actividade económica nos países avançados; (2) degradação das condições de financiamento externo; (3) redução do crescimento potencial; (4) e redução cíclica de actividade económica. Os dois primeiros desafios são de natureza exógena e afectaram o crescimento económico sobretudo na primeira metade de 2013. No entanto, com a recuperação económica nas economias avançadas e a normalização das políticas monetárias nos EUA os efeitos nefastos deste factor tendem a dissipar-se ou pelo menos atenuar-se. Relativamente ao terceiro desafio, ele é essencialmente de natureza endógena e foi agravado e exposto devido sobretudo à materialização dos riscos mencionados acima.

Durante o ano em análise, as economias emergentes sentiram o efeito negativo da degradação das condições de acesso aos mercados financeiros bem como o outflow de capital na sequência de políticas monetárias dos EUA. Os países do grupo implementaram políticas económicas para fazer face à situação, contudo não foram capazes de mitigar todo o efeito negativo nem tão pouco de eliminar as vulnerabilidades que potenciam os efeitos da materialização destes riscos. Por conseguinte, a estratégia de desenvolvimento tem de contemplar, por um lado, as reformas estruturais necessárias para proteger os países contra a materialização dos riscos aludidos acima; e por outro, politicas económicas acertadas num cenário de redução cíclica de actividade económica e de ainda alguma incerteza quanto à evolução da economia mundial.

2 Inflação confortavelmente abaixo do objectivo de 2% estabelecido pelo BCE.3Provocou reacções adversas à actividade económica através do aumento dos yields das obrigações de longo prazo e a redução e outflow de capital das economias emergentes e em desenvolvimento.4Despoletando o “precipício orçamental” (fiscal clift) com cortes (aumentos) automáticos da despesa (receita) pública.5Dado o elevado nível de endividamento público (rácio da dívida/PIB igual a 250%) o imposto sobre o consumo deverá ser aumentado e um plano de consolidação fiscal de médio prazo com medidas específicas

terá de ser elaborado e implementado. Paralelamente, o terceiro vector do conjunto de medidas económicas conhecido como Abenomics que visa reformar a economia para aumentar o PIB potencial terá de ser

elaborado e implementado. Segundo a entidade Bretton Woods a execução destas três fontes é vital para a sustentabilidade da recuperação da economia nipónica.

27

Inflação

Em 2013 estima-se que a inflação mundial tenha recuado, relativamente ao ano transacto, como resultado da desaceleração da actividade económica mundial e à diminuição dos preços das commodities.

Nas economias mais avançadas a fraca actividade económica revelou-se insuficiente para reduzir consideravelmente o gap de output, facto que aliado à redução dos preços das commodities6 esteve na base do recuo da inflação para 1,4% (0,6 p.p abaixo do objectivo do BCE). Relativamente às economias emergentes e em desenvolvimento, estima-se que os preços terão subido 6,2%, pressionados pelo efeito combinado dos constrangimentos da capacidade económica e deterioração da taxa de câmbio, pese embora a baixa actividade económica global e a redução dos preços das commodities tenham exercido pressões no sentido contrário.

Emprego

A fraca actividade económica mundial tem afectado a criação e a manutenção de postos de trabalho em economias emergentes e em desenvolvimento, mas é nas economias avançadas, sobretudo em alguns países da Zona Euro, cujo efeito tem sido desolador. Segundo o FMI, a taxa de desemprego em 2013 para as economias avançadas deverá atingir 8,1% mais 0.1 pp relativamente ao ano transacto.

Nos EUA, embora a taxa de desemprego continue alta, ela caiu de 8,1% em 2012 para 7,4% em 2013, beneficiando de uma redução da força laboral devido a tendências demográficas, bem como retirada voluntária de trabalhadores do grupo dos que estão activamente à procura de emprego.

Na Zona Euro, a fraca actividade económica continuou a afectar adversamente a criação de emprego. O desemprego continua em níveis muito altos nalguns países da Zona Euro. A Grécia regista a taxa mais alta de desemprego com 28%, seguida da Espanha com 25,8% enquanto Áustria e Alemanha registaram taxas mais baixas com aproximadamente 5% cada. A nível agregado estima-se uma taxa de desemprego na ordem de 12,1% em 2013 (11,4% em 2012).

No Japão, a taxa de desemprego deverá situar-se perto de 3,7% em 2013. Esta taxa significa um recuo de 0,8 pp relativamente ao ano transacto explicado pelo crescimento da actividade económica no Japão.

2011 2012P 2014P2013P

5,7%

1,8%

7,2%

2,7%

6,1%

2,0%

6,2%

1,4%

Inflação

Economias Emergentes

Economias Avançadas

Fonte: FMI

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0%

6 Devido a melhorias do lado da oferta e redução do lado da procura.

2011 2012 2014P2013P

10,2%

9,0%

11,4%

8,1%

12,1% 12,2%

7,4%7,4%

Desemprego

Zona Euro

EUA

Fonte: FMI

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%

5 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro

28

Taxas de Câmbio

O ano em análise ficou marcado por alguma instabilidade no mercado cambial. O Dólar depreciou-se 4,5% face ao Euro, tendo o câmbio situado-se em 1,37 Dólares por um Euro em Dezembro de 2013.

No final do primeiro semestre de 2012, a taxa de câmbio Euro/Dólar tinha variado apenas 0,5% (face à cotação de Dezembro de 2012), atingindo uma taxa de USD 1,32 por um Euro. Esta ligeira valorização do Euro ficou a dever-se às melhorias das expectativas económicas para a Zona Euro, aliada a expectativas de reduzida taxa de inflação.

Entre Junho e Dezembro de 2013, o Euro apreciou-se 3,8% face ao Dólar, reflectindo por um lado, melhorias dos indicadores económicos da Zona Euro (a saída da recessão económica), e por outro pressões apreciativas provenientes da evolução da expectativa das taxas de juro.

Num ambiente de recuperação de actividade económica na Zona Euro, a sua moeda apreciou-se face à maioria das principais moedas. Segundo uma publicação do BCE, a apreciação do euro face às demais moedas deveu-se particularmente às melhorias das perspectivas económicas para a Zona Euro, comparativamente às outras grandes economias, e com a evolução das expectativas relativamente às taxas de juro.

Taxas de Juro

Em 2013, os bancos centrais de diversas economias importantes mantiveram as suas taxas de juro muito baixas na tentativa de estimular a actividade económica afectada pelo saneamento das contas públicas e desalavancagem do sector privado.

Nos Estados Unidos, embora o FED tenha anunciado a intenção de avançar com a retirada gradual de estímulos a economia, o FOMC7 reiterou a manutenção do FED Funds Rate8 entre 0% e 0,15% e indicou ser provável que os níveis excepcionalmente baixos para taxas de fundos federais se mantenham por um período mais alargado de tempo.

Dez. 12 Mar. 13 Jun. 13 Set. 13 Dez. 13

1,31 1,32

1,37

Taxas de Câmbio (EUR/USD)

Fonte: Banco de Portugal

1,401,351,301,251,201,151,101,051,000,95

0

Dez. 12 Jan. 13 Fev. 13 Mar. 13 Abr. 13 Mai. 13 Jun. 13 Jul. 13 Ago. 13 Set. 13 Out. 13 Nov. 3 Dez. 13

0,75%

0,31%

0,19%

0,09% 0,07%

0,24%0,24%0,25%

Taxas de Juro

0,80%0,70%0,60%0,50%0,40%0,30%0,20%0,10%0,00%

Euribor 3M Libor 3M FED Funds Refi Rate

7 FOMC (Federal Open Market Operation Committee) é o órgão do FED responsável por operações de mercado aberto que através de mecanismos específicos influenciam a taxa Fed Funds Rate. 8 Fed Funds Rate: taxa de juro de referência para empréstimos entre bancos, normalmente com duração de um dia (overnight).

29

De acordo com o Boletim Económico do BCE, em Dezembro de 2013 o FED decidiu manter o intervalo para o objectivo da taxa dos fundos federais entre 0% e 0,25% e justificou a permanência da taxa neste intervalo enquanto: a) a taxa de desemprego se mantiver acima de 6,5%; a inflação com uma antecedência de 1 a 2 anos não seja projectada acima de 2,5%; e perspectivas de inflação a mais longo prazo permaneçam bem ancoradas. O comité declarou que irá esperar por mais evidências de sustentabilidade nos indicadores de actividade económica (realçando o mercado de trabalho), antes de ajustar as suas aquisições de activos, que rondam actualmente USD 40 mil milhões por mês.

Na Europa, após ter permanecido em 0,75% desde Julho de 2012, a Refi baixou para 0,50% em Maio, tendo recuado mais 25 p.p. para se fixar em 0,25% em Novembro de 2013. Esta redução visava essencialmente estimular a actividade económica e impedir o recuo dos preços num cenário de inflação (e expectativas de inflação) baixa (BCE tem a meta de 2%) perfeitamente acomodada, devido à reduzida actividade económica e preços de commodities.

B. Contexto Nacional

Em 2013, a economia angolana deverá desacelerar ligeiramente face ao ano transacto, condicionada principalmente pelo desenvolvimento menos vigoroso do sector petrolífero, não obstante uma ligeira aceleração do sector não petrolífero.

A política monetária e cambial adoptada pelas autoridades monetárias permitiu reduzir a taxa de inflação abaixo da inicialmente prevista para o ano em análise, bem como controlar as oscilações da taxa de câmbio, pese embora o aumento da pressão sobre a moeda nacional derivada da introdução da terceira fase da implementação da Nova Lei Cambial aplicável ao sector petrolífero. Nas relações comerciais com o exterior registou-se um saldo superavitário da balança comercial que resultou na manutenção das reservas internacionais líquidas comparativamente a Dezembro de 2012 depois de parte destas terem sido transferidas no final de 2013 para o Fundo Soberano de Angola (FSDEA).

Durante o ano em análise deu-se o início da implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 (PND), que tem como foco a sustentabilidade do desenvolvimento no país, baseada em três ideias-chave: estabilidade, crescimento e emprego. Salienta-se que o PND prioriza um crescimento baseado na diversificação da estrutura económica já existente, com o intuito de diminuir a dependência do sector petrolífero e tornar o país mais auto-suficiente.

Crescimento Económico

As mais recentes projecções do governo indicam uma taxa de crescimento do PIB na ordem de 5,1% em 20139 (5,3% em 2012), resultado do crescimento real do sector petrolífero na ordem de 2,6% (4,3% em 2012) e do sector não petrolífero de 6,5% (5,6% em 2012), evidenciando-se, por um lado, uma desaceleração considerável do sector petrolífero e por outro a continuação da dinâmica de diversificação da economia. Estima-se que os sectores mais dinâmicos da economia angolana, em 2013, tenham sido o sector da energia com uma taxa de crescimento na ordem de 22,4%, pescas e derivados (9,8%), agricultura (8,6%), indústria transformadora (8,0%) e o sector de construção (7,6%).

O abrandamento do crescimento do sector petrolífero relativamente ao ano transacto ficou a dever-se essencialmente à reduzida actividade económica mundial (que estabilizou a procura e o preço do petróleo) e a diminuição, embora ligeira, da produção nacional.

Relativamente ao desempenho do sector não-petrolífero, durante o ano em análise, o Executivo continuou a implementar medidas que visam a diversificação da economia e, principalmente, a dinamização deste sector e a consequente criação de postos de emprego. Como exemplo dessas medidas, em 2013 foram aprovados 187 projectos no âmbito do Programa “Angola Investe”10, totalizando financiamentos no valor de AKZ 33 mil milhões11. Refira-se, no entanto, que o baixo nível de execução do Orçamento Geral de Estado, no primeiro semestre de 2013, afectou adversamente o crescimento do sector.

9 Não obstante as taxas de crescimento estarem aquém dos níveis que se registaram nos períodos pré-crise, é de salientar que a taxa ora estimada é superior às previstas quer para a África do Sul e para Nigéria bem como para o bloco da África Subsaariana, do qual estes dois países fazem parte.10 Programa que contempla bonificação de taxas de juro e a prestação de garantias públicas a empresas que reúnam certos requisitos, tais como possuir certificação do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), possuir 75% do capital social angolano e apresentar projectos ligadas às áreas especificadas.11 A distribuição dos financiamentos foi dominada por três sectores, nomeadamente: o sector da indústria transformadora e extractiva (51%), agricultura (13%) e sector de construção com 6%.

2011 2012 2014P2013P

Taxas de Crescimento Real do PIB

África Subsariana

Angola

Nigéria

África do Sul

Fonte: BNA

10,0%9,0%8,0%7,0%6,0%5,0%4,0%3,0%2,0%1,0%0,0%

5 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro

30

As projecções do Executivo para 2014 apontam para uma taxa de crescimento na ordem de 8,0%, superior à projecção do Fundo Monetário Internacional (FMI) que indicou uma taxa de 5,3%.

Inflação

Durante o período em análise, o BNA fez uso de instrumentos de política monetária e cambial, sobretudo de venda e compra de divisas no sentido de conter as pressões inflacionistas (essencialmente relativas à importação) a níveis preconizados pelas autoridades monetárias para o ano de 2013 (inflação na ordem de 9%).

Os esforços das autoridades monetárias foram coroados de êxito, e no final do ano em análise a inflação acumulada registou um nível histórico ao atingir em Dezembro a taxa de 7,69% (1,31 p.p. abaixo do inicialmente previsto) contra os 9,02% registados em 2012.

As classes de despesa que mais contribuíram para o nível de inflação em 2013 foram: “alimentação e bebidas não alcoólicas” (51,8%); “mobiliário, equipamento doméstico e manutenção” (9,2%); “vestuário e calçado” (8,9%); “bens e serviços diversos (8,4%) ”; bens como “ habitação, electricidade, água e combustível” (6,4%).

Emprego

Segundo as estimativas do Plano Nacional de Desenvolvimento (2013-2017), em 2013 a taxa de desemprego deverá ter-se situado na ordem dos 22%. De acordo com o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), neste ano foram gerados 158.865 novos empregos, 62.705 menos do que no ano transacto. Entre os sectores que registaram maior nível de criação de emprego destacam-se os seguintes: Energia e Águas (39.309 empregos, 25%), Comércio (24.189 empregos, 15%), e Transportes (20.757 empregos, 13%).

Taxas de Câmbio

Em 2013, o Kwanza desvalorizou-se 1,87% face à moeda norte-americana, tendo atingido em Dezembro a taxa média de referência de 97,62 Kwanzas por Dólar americano.

Fonte: INE

Dez. 12 Jun. 13Mar. 13 Set. 13Jan. 13 Jul. 13Abr. 13 Out. 13Fev. 13 Ago. 13Mai. 13 Nov. 13 Dez. 13

Inflação

15%

10%

5%

0%

9,02% 9,11% 9,19% 8,93% 7,69%

Inflação últimos 12 meses

Dez. 12 Mar. 13 Jun. 13 Set. 13 Dez. 13

95,9895,83

96,31

97,3997,62

3.020.8343.292.265

3.124.6313.098.0172.935.374

Reservas Internacionais Líquidas e Taxa de Câmbio (AKZ/USD)

3.500.000

3.000.000

2.500.000

2.000.000

1.500.000

1.000.000

500.000

0

98,50

98,00

97,50

97,00

96,50

96,00

95,50

95,00

94,50

94.00

0

AKZ/USD

Milh

ões

de A

KZ

AKZ

/US

D

RILS

31

No primeiro semestre do ano registou-se uma depreciação da moeda nacional relativamente ao Dólar dos Estados Unidos de 0,51%, enquanto no segundo semestre a depreciação foi mais acentuada, atingindo 1,36%. Na base das oscilações da taxa de câmbio esteve a implementação da terceira fase do Novo Regime Cambial aplicável ao sector petrolífero em Julho do ano em análise. Com a entrada em vigor deste diploma, registou-se um aumento na oferta de Dólares dos Estados Unidos no sistema financeiro, na medida em que os Bancos deixaram de depender, na sua aquisição, apenas do Banco Nacional de Angola (BNA).

O aumento da oferta de Dólares dos Estados Unidos provocou momentaneamente uma apreciação do Kwanza, tendo, no entanto, sido insuficiente para evitar que a moeda nacional registasse uma desvalorização de 1,9% no ano. Refira-se que o método de cálculo adoptado pelo BNA (após a introdução do Novo Regime Cambial) passou a contemplar as operações cambiais realizadas pelas entidades bancárias onde o preço da venda de moeda estrangeira regista valores mais elevados.

Taxas de Juro

Durante o período em análise, as taxas de juros directoras exibiram uma tendência decrescente. A taxa básica (Taxa BNA) registou reduções de 0,25 p.p. nos meses de Janeiro, Agosto e Outubro para se situar em 9,25% no final do período em análise. A diminuição da Taxa BNA reflecte, essencialmente, a tendência decrescente do índice do preço do consumidor. A Taxa de Facilidade de Absorção de Liquidez e a de Cedência de Liquidez reduziram 0,75 p.p. e 1,25 p.p. tendo-se situado no final do período com valores de 0,75% e 10,25% respectivamente. Relativamente à Taxa de Absorção de Liquidez, esta passou de 1,25% em Dezembro de 2012 para 1% em Maio e 0,75% em Setembro de 2013, indiciando a intenção crescente do BNA de desincentivar a acumulação de reservas livres por parte dos Bancos comerciais e propiciar o financiamento da economia.

Relativamente às taxas de juro interbancárias, em 2013 a Luibor Overnight, que reflecte as transacções efectivas realizadas no Mercado Interbancário, reduziu 24%, situando-se em 4,71% no final do período em análise.

Tendência descendente foi igualmente verificada para as restantes maturidades, conforme se observa no gráfico acima, sendo de realçar as reduções registadas, nas taxas Luibor (6 meses) e Luibor (9 meses) que caíram em termos relativos 14 pontos percentuais cada, tendo-se situado no final de Dezembro em 8,12% e 8,82%, respectivamente.

Fonte: BNA

Jan. 13 Fev. 13 Mar. 13 Abr. 13 Mai. 13 Jun. 13 Jul. 13 Ago. 13 Set. 13 Out. 13 Nov. 13 Dez. 13

Taxas de Juro de Referência (%)

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

Taxa BNA Facilidade de Absorção Overnight

Facilidade de Cedência OvernightRedesconto

Fonte: BNA

Jan. 13 Fev. 13 Mar. 13 Abr. 13 Mai. 13 Jun. 13 Jul. 13 Ago. 13 Set. 13 Out. 13 Nov. 13 Dez. 13

Evolução das Taxas Luibor (%)

121086420

Overnight 1 Mês 3 Meses 6 Meses 9 Meses 1 Ano

5 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro

32

No Mercado Monetário Primário, as taxas de juro dos Títulos do Banco Central (TBC) registaram uma diminuição face ao ano transacto, enquanto as taxas dos instrumentos de captação de liquidez do Estado, nomeadamente, Obrigações de Tesouro (OT) e Bilhetes de Tesouro (BT), tiveram comportamentos diferentes. As taxas de juro das OT’s indexadas ao câmbio mantiveram-se no mesmo nível que no ano transacto, enquanto as emitidas em moeda nacional não reajustáveis apresentaram valores ligeiramente acima. As taxas dos BT’s sofreram uma redução que foi invertida no último trimestre do ano, com um aumento em todas as maturidades.

Relativamente aos Títulos do Banco Central, o BNA fez emissões em apenas três meses, emitiu num total de AKZ 30,5 mil milhões, tendo o stock atingido no final do ano o montante de AKZ 9,3 mil milhões. As emissões foram feitas na maturidade de 63 dias em Abril e Dezembro, tendo registado uma taxa de, respectivamente, 3,62% e 3,97%, e de 182 dias em Janeiro, com uma taxa de 5,07%.

No que concerne aos BT’s, o Banco Central colocou um total de AKZ 305,7 mil milhões, com o stock a alcançar os AKZ 265,8 mil milhões em Dezembro de 2013. As taxas de juros dos BT’s com maturidades de 91 dias, 182 dias e 361 dias atingiram 3,64%; 4,60%; e 5,75%, respectivamente, no final de 2013.

No que tange às OT’s, o montante total emitido ascendeu a AKZ 124,3 mil milhões, resultando num stock, no final do ano, de AKZ 860,2 mil milhões. As taxas de juros das OT’s indexadas ao câmbio para as maturidades de 2, 3, 4, 5 anos, mantiveram-se iguais às do ano transacto, registando valores de 7,0%; 7,3%; 7,5% e 7,8% respectivamente, sinalizando, por um lado, a intenção das Autoridades quanto a evolução a longo prazo da inflação, e por outro a criação de uma curva coerente de taxa de juros.

Contas Públicas

O governo estima para 2013 uma arrecadação de receitas fiscais na ordem de AKZ 4.535,7 mil milhões (38,6% do PIB), das quais AKZ 3.448,2 mil milhões corresponderam a impostos petrolíferos (29,3% do PIB) e AKZ 916,5 mil milhões a impostos não-petrolíferos (6,4% do PIB). As despesas fiscais realizadas (excluindo amortização da dívida e constituição de activos) cifraram-se em AKZ 4.505,2 mil milhões (38,3% do PIB), dos quais as despesas correntes representaram 28,6% do PIB e as relacionadas com a aquisição de activos não-financeiros representaram 9,7% do PIB.

Em 2013, a previsão aponta para um saldo orçamental global (compromisso) superavitário, na ordem de AKZ 30,5 mil milhões, enquanto o saldo global caixa deverá registar um superavit de AKZ 12,1 mil milhões. Na rubrica variação de atrasados espera-se um saldo negativo na ordem de AKZ 18,3 mil milhões, contra um saldo positivo de AKZ 289 mil milhões registado em 2012.

No âmbito do Projecto Executivo para a Reforma Tributária (PERT), que teve início no ano de 2010, e tem como principal objectivo o aumento das receitas fiscais do Estado e, em particular, o aumento das receitas não petrolíferas, tem-se verificado desenvolvimentos positivos. Desde o ano da sua implementação até os finais de 201312 registou-se um aumento das receitas fiscais na ordem de AKZ 161 mil milhões13.

Relativamente à distribuição funcional da despesa, a maior verba foi atribuída ao Sector Social (34%), seguindo-se os Serviços Públicos Gerais (30%), Sector Económico (18%) e Defesa, Segurança e Ordem Pública (18%). O maior volume das despesas destinadas ao sector social tem como base a necessidades de implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento que prioriza os sectores da saúde, bem como a educação e ensino.

Contas Externas

Segundo as estimativas do governo para 2013, a balança de pagamentos deverá ter apresentado saldo nulo devido às transferências para a capitalização do fundo soberano de Angola (FSDEA).

12 Setembro de 2013.13 Rodrigues, N. (11 de Fevereiro de 2014). Contexto económico. Obtido em 28 de Fevereiro de 2014, de Expansão: http://expansao.sapo.ao

Serviços PúblicosGerais

Defesa, Segurançae Ordem Pública

Sector Social Sector Económico

OGE Estrutura Funcional da Despesa

40,00%35,00%30,00%25,00%20,00%15,00%10,00%5,00%0,00%

30%

18%

34%

18%

34%

16%

30%

20%

35%

19%

35%

12%

Fonte: MinFin

2012

2013

2014

33

No período em análise, o valor das exportações cifrou-se em USD 67,7 mil milhões, enquanto as importações situaram-se em USD 27,6 mil milhões, resultando num saldo da balança comercial de USD 40 mil milhões. Relativamente ao ano de 2012, as exportações e as importações reduziram 4,3% e 4,2%, respectivamente.

Em 2013, os principais destinos das exportações angolanas foram a China (47,2%), Índia (10,0%), Estados Unidos da América (7,4%) e Taiwan (5,9%). Os principais países de origem das importações angolanas foram Portugal (16,5%), China (11,1%), Estados Unidos da América (6,0%) e Brasil (4,6%). Ainda no período em referência, as categorias de produtos que registaram maior volume de importações foram: Veículos e Outros Materiais de Transporte (25,2%); Máquinas, Equipamentos e Aparelhos (19,9%); Agrícolas (11,1%) e Metais Comuns (9,9%).

Contas Monetárias

Não obstante o aumento das Reservas Internacionais Líquidas em 2,9% durante o período em análise, os Activos Externos Líquidos diminuíram 1,5%, devido sobretudo à redução na rubrica de Outros Activos Externos Líquidos (58%). Os Activos Internos Líquidos cresceram 84,6% face ao ano transacto, como reflexo da redução do Crédito ao Governo Geral (na ordem dos 29,9%) e o aumento do Crédito à Economia em 9,9%. Adicionalmente verificou-se que o Crédito às Empresas Públicas diminuiu em 15,4%, enquanto o Crédito ao Sector Privado cresceu 10,9%.

Em 2013, o agregado monetário amplo, M3, cresceu 14,3%, resultado da combinação do crescimento dos Activos Internos Líquidos e da redução dos Activos Externos Líquidos. O agregado monetário M2 cresceu 15,3%, essencialmente devido à subida dos Depósitos a Prazo em Moeda Nacional (24,2%). O agregado monetário M1 registou um crescimento na ordem de 16,2%, devido, essencialmente, ao aumento de 40,5% dos Depósitos à Ordem em Moeda Nacional.

Durante o ano em análise, a Base Monetária14 cresceu 19%, explicada essencialmente pelos aumentos nas rubricas de “Notas e Moedas em Circulação (22% face ao ano transacto), e de “Caixa no Banco Central” (48% face ao ano transacto).

Ainda em 2013, o Executivo procedeu à introdução de uma nova família de notas e moedas metálicas do Kwanza. Este lançamento teve como base a adesão aos mais modernos elementos de segurança que incluem: i) textura de alto-relevo, ii) a marca de água, iii) filete metálico e iv) a qualidade de papel.

A Reserva Monetária15 registou um crescimento na ordem de 9%. Este aumento deveu-se sobretudo ao incremento da Base Monetária na ordem dos 19%, não obstante a redução dos TBC’s em poder dos Bancos Comerciais em 90%. O Multiplicador Monetário16 cresceu 7%, passando de 3,53 para 3,78, devido ao crescimento do M3 superior ao da Reserva Monetária.

Valores expressos em Milhões de AKZ

(A) Meios de Pagamento (M3) = B+C+F+G 3.875,99 4.431,32 555,33 14,3% (B) Meios de Pagamento (M2) = D+E 3.799,31 4.379,04 579,73 15,3% (D) Moeda (M1) 2.214,92 2.573,89 358,98 16,2% Notas e Moedas em Poder Público 244,63 276,55 31,92 13% Depósitos a Ordem - MN 1.041,27 1.462,68 421,41 40,5% Depósitos a Ordem - ME 929,02 834,66 -94,36 -10,2% (E) Quase-Moeda 1.584,40 1.805,15 220,75 13,9% Depósitos a Prazo - MN 723,54 898,57 175,03 24,2% Outras Obrigações - ME 3,05 2,16 -0,89 -29,2% Depósitos a Prazo - ME 857,80 904,42 46,62 5,4% (C) Outros Instrumentos Financeiros 76,68 52,28 -24,40 -31,8% Empréstimos e Acordos de Recompra - MN 38,60 20,07 -18,53 -48% Empréstimos e Acordos de Recompra - ME 38,08 32,21 -5,87 -15,4% (F) Activos Externos Líquidos 3.163,34 3.115,59 -47.75 -1.5% Reservas Internacionais Líquidas 2.935,37 3.020,83 85.46 2,9% Outros Activos Externos Líquidos 227,97 94,76 -133.21 -58,4% (G) Activos Externos Líquidos = H+I 712,65 1.315,73 603.08 84,6% (H) Crédito Interno Líquido 1.733,39 2.276,30 542.90 31,3% Crédito ao Governo Geral -930,96 -653,01 277.95 -29,9% Crédito à Economia 2.664,35 2.929,31 264.96 9,9% Crédito às Empresas Públicas 101,52 85,91 -15.61 -15,4% Crédito às Sector Privado 2.562,83 2.843,40 280.50 10,9% (I) Outros Activos e Passivos -1.020,74 -960,57 60.17 -5,9%

Variação Dez. 12 Dez. 13 Dez. 12 Dez. 13 Absoluta %

14 Base Monetária é a variável operacional da política monetária do BNA que inclui Notas Emitidas, Caixa no Banco Central e Depósitos dos Bancos no Banco Central.15 A Reserva Monetária inclui a Base Monetária, Outros Depósitos no BNA e TBCs em Poder dos Bancos Comerciais.16 O Multiplicador Monetário estima a variação nos meios de pagamentos (M3) em função de uma variação na Reserva Monetária – Multiplicador = M3/Reserva Monetária.

5 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro

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Sectores de Actividade

Sector Real

Petróleo e Gás

Em 2013, a actividade de prospecção e produção no sector petrolífero resultou em novas descobertas nos Bloco 20 e 21, ao longo da costa do país, de onde constam o poço Lontra 1 e Mavinga 1, respectivamente.

O crescimento do sector petrolífero desacelerou de 4,3% em 2012 para 2,6% em 2013 devido sobretudo à contracção da actividade económica mundial e a consequente redução da produção nacional. No entanto, o sector ganhou uma nova e promissora dimensão com o início da comercialização de gás natural liquefeito (LNG), cujo primeiro carregamento, que teve como destino o Brasil, realizou-se no segundo trimestre do ano.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério das Finanças e pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em 2013 a produção média diária de petróleo atingiu 1,73 milhões de barris por dia, representando uma ligeira redução comparativamente ao ano transacto (1,74 milhões de barris por dia). Do total das exportações, aproximadamente 45% foram destinadas para a China. Tal como no ano passado, o país continuou a ser o segundo maior exportador de petróleo para China, com um peso de 15% das importações de petróleo deste país, precedido apenas pela Arábia Saudita com 18%.

Diamantes e Minérios

As mais recentes projecções do Executivo para o sector de Diamantes e Outros apontam para uma taxa de crescimento na ordem dos 6,6% em 2013, contra uma taxa de 0,3% registada em 2012. De acordo com o Plano Nacional de Desenvolvimento (2013-2017), em 2013, a estimativa para a produção industrial de diamantes rondava em cerca de 8.963.000 quilates, enquanto a produção artesanal de diamantes atingiu o valor de 507.000 quilates.

O sector mineiro teve uma boa dinâmica em 2013 com vários eventos relevantes tais como:

• Assinatura de um acordo na área de prospecção e investigação diamantífera entre a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) e a empresa Alrosa;

• Criação da Agência Reguladora do Mercado de Ouro17, que tem como objectivo a regularização, organização e fiscalização do mercado de ouro no país; • Lançamento do Plano Nacional de Geologia (PLANAGEO)18, cuja duração contempla o período compreendido entre 2013 e 2017, e tem como

objectivo a realização de levantamentos aerogeofísicos19 de todo o território nacional, mapeamento geológico, bem como vários estudos geológicos e geoquímicos.

O Executivo continua a zelar pela diversificação da produção mineira, reforço da base infra-estrutural, controlo e fiscalização da actividade mineira, bem como pelo desenvolvimento das parcerias estratégicas com grupos mundialmente reconhecidos.

17 A edificação do mercado de ouro permitirá a diversificação das alternativas de investimento, tanto para investidores individuais como colectivos.18 O PLANAGEO representa um investimento em 4,5 mil milhões de Kwanzas.19 A aerogeofísica é a área da Geofísica (é a ciência que estuda a Terra através de medidas físicas. A geofísica envolve o estudo das partes profundas da Terra, as quais não podemos ver através de observações directas) que utiliza dados colectados a partir de aeronaves, tipicamente aviões e helicópteros, cobrando e viabilizando locais inacessíveis à geofísica terrestre.

2012 1º Trim. 13 2º Trim. 13 3º Trim. 13 4º Trim. 13 2013

Produção de Petróleo 2013

2.500

2.000

1.500

1.000

500

0

1.738

2.073

1.754 1.752 1.720 1.703 1.732

1.9831.889 1.906 1.868 1.911

Fonte: OPEP

Angola

Nigéria

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Construção e Obras Públicas

Segundo as estimativas do Executivo, em 2013 o sector de construção deverá apresentar uma taxa de crescimento na ordem dos 7,6% (7,5% em 2012).

No decurso do ano em análise, o governo continuou a apostar no investimento em infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento sustentado e harmónico do país, tais como: construção de uma rede integrada de transportes e comunicações, a modernização das capitais das províncias, bem como a estruturação do povoamento e ordenamento do território.

Em 2013, o Executivo deu continuidade ao seu programa de construção de habitações económicas em várias províncias do país. De acordo com os dados oficiais, durante o período em análise, foram construídas cerca de 65 mil habitações, no âmbito do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação.

Relativamente à iniciativa privada, no ano em análise, registou-se um ambiente de negócios menos favorável, segundo os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nos documentos “Conjuntura Económica”. Entre os factores que tiveram impacto nesta percepção do ambiente de negócios destacam-se: (i) a insuficiência da procura; (ii) dificuldades na obtenção de crédito bancário; (iii) excesso de burocracia e regulamentação.

Indústria

Em 2013, o relançamento do sector industrial continuou a ser uma das principais agendas do Executivo, tendo o sector sido considerado, de importância elevada, na diversificação da economia nacional e na criação de emprego.

Relativamente à indústria transformadora, as estimativas oficiais apontam para um crescimento de 8% no período em análise (6,5% em 2012). Sustenta a previsão da aceleração do sector, a esperada melhoria na dinâmica do sector em consequência de progressos registados em alguns factores que vinham afectando negativamente o exercício da actividade industrial, nomeadamente: a falta de energia e água, a falta de mão-de-obra qualificada e elevado absentismo20. No âmbito da dinamização da indústria transformadora, o Executivo continuou a desenvolver os projectos dos pólos industriais em várias províncias do país. Em 2013, foi iniciada a construção do pólo industrial em Fútila (Cabinda), avaliado em aproximadamente AKZ 6.9 mil milhões (USD 72 milhões). Este projecto, para além de albergar unidades industriais, incluirá igualmente espaço para estruturas como escolas, habitações de baixa, média e alta renda, bem como outras áreas sociais. No ano em análise, foi igualmente concluída a primeira fase de implementação do Pólo de Desenvolvimento Industrial do Kujne, província do Bié, que com a conclusão da fase final terá capacidade de albergar 24 indústrias diversas, 29 estabelecimentos comerciais, bem como um conjunto de organismos inerentes ao seu funcionamento21.

Relativamente à indústria têxtil, o ano em análise trouxe desenvolvimentos positivos. Segundo as fontes oficiais, as obras de reconstrução da fábrica Textang II encontram-se na sua fase final. Para além disso, no primeiro trimestre do ano em análise, foram iniciadas as obras de reabilitação da fábrica de tecidos Satec (Dondo, Kwanza Norte) e África Têxtil (Benguela). Agricultura e Pecuária

De acordo com as estimativas do governo angolano, o sector agrícola deverá crescer 8,6% em 2013 (-22,5% em 2012). No decurso do ano em referência, verificou-se um substancial aumento na produção agrícola, sendo que, em termos de toneladas, a produção de cereais cresceu 63%, a produção de raízes e tubérculos 48%, a produção de frango 279%, e a produção de carne bovina 19%.

Em 2013, o Executivo continuou a implementar programas com vista a promover o desenvolvimento integrado e sustentado do sector agrícola de acordo com o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017. De entre os programas em implementação constam: o Programa de Fomento da Actividade Produtiva, o Programa de Segurança Alimentar e Nutricional e o Programa de Desenvolvimento da Agricultura Comercial.

Ainda com o intuito de diversificar a actividade económica do país, e impulsionar o sector agrícola, o Instituto Nacional do Café (INCA) prevê a aplicação de USD 5.000.000 para vários programas de relançamento da produção do café no país. Para além disso, a instituição disponibilizou USD 1.000.000 para o Programa de Investigação Agrária e de Desenvolvimento Tecnológico, incluindo a renovação do café arábica, a aplicação de técnicas agronómicas integradas no aperfeiçoamento da produção do café, e o investimento em novas tecnologias de reprodução de cafeeiro22.

Pescas

Segundo as projecções do governo, o sector das pescas deverá crescer 9,8% em 2013, (9,7% em 2012). De acordo com os dados oficiais (PND 2013-2017), a estimativa da produção pesqueira em 2013, rondou cerca de 379.950 toneladas dos quais 71% correspondeu a pesca industrial e semi-industrial, 22% a pesca artesanal (marítima), 6% a aquicultura23 e 1% a pesca artesanal (continental).

20 Conjuntura Económica, 2013,INE. 21 Jornal Expansão, 17 de Maio, pág. 38. 22 Jornal Expansão, 10 de Maio de 2013, pág. 3. 23 Aquicultura é a produção de organismos aquáticos, como a criação de peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e o cultivo de plantas aquáticas para o uso do homem.

5 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro

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Em 2013, Angola e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) assinaram um compromisso nas áreas de pesca artesanal e aquicultura. A iniciativa enquadra-se no âmbito da Cooperação Estratégica entre a FAO e a Angola (2013-2017), sendo que a FAO tem estado a implementar o projecto desde o Fevereiro do ano em análise. O principal objectivo do projecto é a cooperação técnica e apoio à pesca artesanal e continental.

Serviços Mercantis

Para 2013, as estimativas oficiais apontam para um crescimento de 5,4% dos serviços mercantis, evidenciando um abrandamento em relação ao ano transacto (10% em 2012).

Durante o ano transacto, registou-se um incremento de estabelecimentos comerciais licenciados, na ordem de 6.019, totalizando um total de 10.459 no final do período em análise. Estima-se que durante este processo tenham sido criados 31.378 novos postos de trabalho.

Ainda no período em análise, destacam-se algumas iniciativas desenvolvidas no sector de comércio: (i) um financiamento no valor de USD 54.950 milhões disponibilizado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), com finalidade de impulsionar as actividades no âmbito da Estratégia Nacional de Comércio Rural e Empreendedorismo (ENACRE); (ii) implementação do Programa de Aquisição de Produtos Agrícolas (PAPARGO)24, que tem como principal objectivo a promoção do comércio rural através de criação de canais de comercialização de produtos das zonas rurais para as cidades. Ainda com o sentido de impulsionar o comércio interprovincial, o Executivo começou a construção de centros de logística e distribuição (CLOD), facilitando aos seus utilizadores a venda directa de produtos agrícolas para o Estado para posterior tratamento e revenda.

Sector Financeiro

De acordo com dados publicados pelo BNA, no período em análise, o activo agregado dos Bancos cresceu 11,5%. O crédito concedido pelo conjunto dos Bancos (ao governo e à economia) cresceu 16,2%, suportados por um aumento na ordem de 18% dos depósitos. A taxa de bancarização ascendeu a 25% da população adulta.

No que concerne à concorrência do sistema bancário, este continua a ser dominado por um grupo de cinco instituições bancárias25 que representam 69,9% dos depósitos, verificando-se, no entanto, uma ligeira diminuição da sua quota de mercado (redução em 2 pontos percentuais).

Relativamente à rendibilidade dos bancos e segundo os dados disponibilizados pelo BNA, registou-se, no final de 2013, uma redução nos indicadores ROA e ROE, atingindo valores de 1,5% e 9,8%, respectivamente (contra 1,6% e 11% no ano transacto). Na base desta redução da rendibilidade, esteve a diminuição dos resultados, causada essencialmente pelo aumento das provisões (como resultado da deterioração da qualidade da carteira de crédito dos bancos). No período em análise, registou-se uma melhoria no rácio de incumprimento, que passou de 7,95% no final de 2012, para 7,91%26 em 2013. Relativamente ao rácio de transformação27, verificou-se uma tendência de redução, passando este de 88,9% em 2012, para 87,2% no final de 2013.

O ano em análise foi marcado pela implementação da terceira e quarta fase do Novo Regime Cambial aplicável ao Sector Petrolífero, sendo que a quarta e última fase de implementação teve lugar em Outubro de 2013. A entrada em vigor deste documento, apesar de incumbir maior exigência às instituições bancárias do país, trouxe vantagens, das quais destacam-se: i) maior volume de liquidez nos bancos, e ii) diversificação das fontes de oferta dos Dólares dos Estados Unidos (uma vez que os bancos deixaram de depender somente do BNA na aquisição desta divisa).

Relativamente à regulamentação do sistema bancário introduzido pelo BNA em 2013, destacam-se alguns instrumentos de maior relevância e impacto na actividade bancária i) o aumento do capital social mínimo para a constituição de uma instituição bancária para AKZ 2,5 mil milhões (cerca de USD 25 milhões), ii) a obrigação de criação de um sistema de controlo interno28 pelas instituições financeiras, iii) estabelecimento de políticas e de processos no âmbito da governação corporativa.

24 O programa teve o seu início no final de 2013. 25 BAI, BFA, BPC, BIC e BESA. 26 Este valor refere-se ao mês de Novembro (fonte: BNA, Indicadores do Sistema Financeiro). 27 Rácio de Transformação = Crédito à economia/ Total de Depósitos. 28 Tendo em conta a eficiência na execução das operações, o controlo de riscos, a fiabilidade da informação e o cumprimento dos normativos legais e das directrizes internas aplicáveis.

37

No quadro abaixo, destacam-se algumas normas importantes que entraram em vigor em 2013.

5 - Enquadramento Macroeconómico e Financeiro

Despacho Presidencial nº 7/13

Lei nº 2/13Decreto Presidencial nº 19/13

Decreto Presidencial nº 20/13

Decreto Presidencial nº 21/13

Aviso nº 1/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 1/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 3/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 4/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 5/13 do Banco Nacional de AngolaAviso nº 6/13 do Banco Nacional de AngolaAviso nº 7/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 8/13 do Banco Nacional de Angola

Despacho nº 1022/13 do Ministério das Finanças

Despacho nº 1023/13 do Ministério das Finanças

Despacho nº 1024/13 do Ministério das Finanças

Despacho Presidencial nº 42/13

Decreto Presidencial nº 54/13Decreto Presidencial nº 107/13

Decreto Presidencial nº 108/13Aviso nº 9/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 10/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 11/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 12/13 do Banco Nacional de Angola

Aviso nº 13/13 do Banco Nacional de Angola

Despacho Presidencial nº 65/13

Lei nº 6/13

Lei nº 7/13

Lei nº 8/13

Despacho Presidencial nº 79/13

Decreto Presidencial nº 147/13Decreto Presidencial nº 149/13

Decreto Presidencial nº 151/13Decreto Legislativo Presidencial nº 04/13

7 Jan. 13

7 Mar. 1316 Abr. 13

16 Abr. 13

16 Abr. 13

19. Abr. 13

19. Abr. 13

22 Abr. 13

22 Abr. 13

22 Abr. 1322 Abr. 1322 Abr. 13

22 Abr. 13

29 Abr. 13

29 Abr. 13

29 Abr. 13

3 Mai. 13

6 Jun. 1328 Jun. 13

28 Jun. 138 Jul. 13

9 Jul. 13

8 Jul. 13

9 Jul. 13

6 Ago. 13

16 Ago. 13

3 Set. 13

3 Set. 13

3 Set. 13

5 Set. 13

1 Out. 131 Out. 13

4 Out. 139 Out. 13

Aprovação do Acordo Quadro de Financiamento entre o Ministério das Finanças e o BAI.Aprovação do OGE para o exercício económico de 2013.Autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Bilhetes do Tesouro.Autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em moeda nacional.Autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em moeda nacional.Regula as obrigações das instituições financeiras no âmbito da governação corporativa.Regula as obrigações de estabelecimento de um sistema de controlo interno pelas instituições financeiras. Revogação do Aviso nº 2/06 de 20 de Março.Estabelece o âmbito de supervisão em base consolidada, para efeitos prudenciais.Regula a actividade de auditoria externa nas instituições financeiras autorizadas pelo BNA.Extinção do documento de crédito.Regula a prestação do serviço de remessa de valores.Regula o processo de autorização para a constituição, funcionamento e extinção das casas de câmbio.Estabelece os termos e condições que os bancos devem observar com vista à substituição do arquivo físico de documentos por processo electrónico.Determina a emissão, colocação e resgate das “Obrigações do Tesouro 2013 – Capitalização BNA”.Determina a emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro em moeda nacional.Determina a emissão, colocação e resgate das Obrigações do Tesouro em moeda nacional.Cria a Comissão Instaladora da Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados.Aprovação do estatuto orgânico da Comissão do Mercado de Capitais.Aprovação da política de investimentos do Fundo Soberano de Angola para o biénio 2013-2014.Aprovação do regulamento de gestão do Fundo Soberano de Angola.Estabelece os requisitos e procedimentos para a autorização de constituição de instituições financeiras bancárias.Estabelece os requisitos e procedimentos relativos à aquisição e aumento de participação, bem como da fusão ou cisão de instituições financeiras.Estabelece os requisitos e procedimentos relativos à inscrição em registo especial das instituições financeiras.Estabelece os requisitos e procedimentos para a autorização de alterações aos estatutos das instituições financeiras.Estabelece as regras e os procedimentos para a realização de negócios ou transacções entre o território nacional e o estrangeiro. Revoga o Instrutivo nº 1/06 de 10 de Janeiro e o Instrutivo n º 1/10 de 16 de Março.Aprovação do Acordo Quadro de Financiamento entre o Ministério das Finanças e o BAI.Lei de Autorização Legislativa sobre o mercado regulamentado da dívida pública titulada.Lei de Autorização Legislativa sobre o regime jurídico das sociedades gestoras de mercados regulamentados e de serviços sobre valores mobiliários.Lei de Autorização Legislativa para a definição do regime jurídico estrutural das sociedades correctoras e distribuidoras de valores mobiliários.Aprovação do acordo de facilidade de crédito a celebrar entre a República de Angola e a Luminar Finance Limited. Determina o estatuto dos Grandes Contribuintes.Regula os requisitos para a emissão, conservação e arquivamentos das facturas e documentos equivalentes.Aprovação do estatuto orgânico do Guiché Único da Empresa.Decreta as normas que regem o mercado regulamentado da dívida pública titulada.

Legislação Data de Publicação Objecto

38

Decreto Legislativo Presidencial nº 05/13

Decreto Legislativo Presidencial nº 06/13

Decreto Legislativo Presidencial nº 07/13Decreto Legislativo Presidencial nº 163/13

Decreto Legislativo Presidencial nº 164/13

Acórdão nº 233/13 do Tribunal Constitucional

Decreto Presidencial nº 195/13

Despacho do Ministério das Finanças nº 2584/13

Despacho do Ministério das Finanças nº 2585/13

Despacho do Ministério das Finanças nº 2586/13

Aviso nº 14/13 do Banco Nacional de Angola

Decreto Presidencial nº 212/13

Decreto Presidencial nº 223/13

Decreto Presidencial nº 228/13

9 Out. 13

10 Out. 13

11 Out. 1322 Out. 13

22 Out. 13

15 Nov. 13

21 Nov. 13

26 Nov. 13

26 Nov. 13

26 Nov. 13

2 Dez. 13

13 Dez. 13

24 Dez. 13

27 Dez. 13

Regula a actividade das sociedades correctoras e das sociedades distribuidoras de valores mobiliários.Estabelece o regime jurídico das sociedades gestoras de mercados regulamentados e de serviços financeiros sobre valores mobiliários.Estabelece o regime jurídico dos organismos de investimento colectivo.Autoriza o Ministro das Finanças a converter parte do limite programado para emissão de dívida externa.Autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão especial de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional.Declara que não existe constitucionalidade nos decretos que criam e alteram o Fundo Petrolífero.Aprovação do projecto de investimento privado denominado “Hotel Terminus N’dalatando”.Determina o aumento do montante máximo previsto no Despacho nº 1020/13 de 29 de Abril.Determina a alteração do montante máximo para a emissão das Obrigações do Tesouro constantes nos Despachos nºs 1023/13 e 1024/3, ambos de 29 de Abril.Determina que as Obrigações do Tesouro, previstas no nº 1 do Decreto Executivo nº 399/13 de 25 de Novembro, são realizadas com taxa de juro de cupão fixa.Determina que as instituições financeiras bancárias devem ter o seu capital social integralmente realizado em moeda nacional.Aprovação do estatuto orgânico da Unidade de Informação Financeira e do Comité de Supervisão.Aprovação do acordo de financiamento a celebrar entre o Ministério das Finanças e o Banco VTB Capital plc.Aprovação do acordo de financiamento a celebrar entre o Ministério das Finanças e o Banco de Fomento de Angola.

Legislação Data de Publicação Objecto

Continuação

PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO 6

Um projectodE DESCOBERTA

Legislação Data de Publicação Objecto

40

Em 2013, a actividade do Banco foi marcada pelo aumento ligeiro dos seus depósitos, crescimento da rede comercial e aumento dos depósitos e créditos em moeda nacional.

A. Banca Corporativa e PME’s

A Banca Corporativa e PME’s constituem o segmento de maior valor para o Banco, sendo responsável por mais de metade dos depósitos captados e dos créditos concedidos. Com a missão de coordenar, implementar e acompanhar as actividades da Banca Corporativa e PME’s, visando melhorar e personalizar o desempenho dos produtos e serviços oferecidos. Durante o ano de 2013 foi aberto mais um canal especializado ao atendimento de empresas, localizado em Luanda junto as instalações da Feira Internacional de Luanda, denominado (CAE-Villas de Luanda), totalizando 7 (sete) que se encontram distribuídos estrategicamente pelo país. O número de clientes do segmento banca corporativa e PME´s situou-se em 30.653, um aumento de 4.701 (+18%) relativamente ao exercício de 2012 (25.952 clientes).

Carteira de Depósitos

Em 2013 houve um aumento do volume de depósitos da carteira afecta ao segmento Corporativo e PME’s, contrariamente ao ano anterior. Os depósitos deste segmento ascenderam a AKZ 705.622 milhões, que representa um aumento de 10,0% relativamente ao ano de 2012 (AKZ 641.514 milhões). Os depósitos deste segmento representavam 78% do total da carteira de depósitos em 2013 contra os 79% em 2012.

No final de 2013, 58% dos depósitos do segmento banca corporativa e PME’s eram mantidos à ordem, registando um aumento de 7 pontos percentuais relativamente ao ano 2012. Os depósitos a prazo deste segmento atingiram os AKZ 299.565 milhões, registando uma diminuição de AKZ 21.083 milhões relativamente ao ano de 2012. Os depósitos a prazo deste segmento, representam 42% do total de depósitos, uma diminuição de 7 (sete) pontos percentuais comparativamente ao ano 2012.

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

79%

88%78%

902.936815.204

996.148

Composição dos Recursos de Clientes Corporativos e PME’s

1.200.0001.000.000

800.000600.000400.000200.000

0MIL

ES D

E A

KZ

Corporativos e PMEs Recursos de Clientes

327.179DO; 51%

Depósitos por Produto - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2012 (Milhões AKZ)

314.337DP; 49%

Depósitos por Produto - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2013 (Milhões AKZ)

406.502DO; 58%

299.150DP; 42%

41

6 - PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO

A moeda estrangeira continuou a representar maior peso nos depósitos deste segmento, tendo-se situado em 51,2% contra 65,1% verificado em 2012. As políticas adoptadas pelo executivo com vista a desdolarizar a economia fazem reflectir-se na diminuição do peso dos depósitos em moeda estrangeira, e no aumento da moeda nacional representando 48,8% do total da carteira de depósitos deste segmento.

Carteira de Crédito1

O crédito concedido ao segmento de corporativo e PME’s situou-se em AKZ 240.023 milhões, que compara com AKZ 250.378 milhões, registados em 2012, representando uma redução de 4,1% no crédito. O crédito concedido a este segmento representa 84% do total do crédito concedido.

O crédito de médio e longo prazo situou-se em AKZ 160.276 milhões, registando um aumento de 20,4% relativamente ao ano anterior. O crédito de curto prazo registou uma redução de 31,0%, situando-se em AKZ 79.747 milhões principalmente explicado pela limitação na concessão de crédito em moeda estrangeira. Assim, o peso dos créditos de curto prazo passou de 46,8% em 2012 para 33,2% em 2013, aumentando o gap entre a exigibilidade dos recursos e a liquidez das aplicações.

Depósitos por Moeda - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2012 (Milhões AKZ)

417.697ME; 65%

223.819MN; 35%

Depósitos por Moeda - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2013 (Milhões AKZ)

361.370ME; 51%

344.282MN; 49%

Depósitos por Moeda e Produto Banca Corporativa e PME’s

Dezembro 2013 (Milhões AKZ)

222.019DO - MN; 31%

176.887DP - ME; 25%

122.263DP - MN; 17%

184.483DO - ME; 26%

Depósitos por Moeda e Produto Banca Corporativa e PME’s

Dezembro 2012 (Milhões AKZ)

200.074DP - ME; 31%

114.263DP - MN; 18%

217.623DO - ME; 34%

109.556DO - MN; 17%

1 Incluí crédito vincendo, vencido e juros a receber.

Dez. 12 Dez. 13

Crédito - Banca Corporativa e PME’s vs Carteira de Crédito

300.000280.000260.000240.000220.000200.000

0

88%84%

284.897 284.668

MIL

ES D

E A

KZ

Total

Banca Corporativa e PME’s

42

Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2012 (Milhões AKZ)

133.179M/L Prazo; 53% C/ Prazo; 47%

117.209

Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2013 (Milhões AKZ)

160.289M/L Prazo; 67% C/ Prazo; 33%

79.728

Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2012 (Milhões AKZ)

164.448ME; 66% MN; 34%

85.940

Crédito por Prazo - Banca Corporativa e PME’sDezembro 2013 (Milhões AKZ)

97.254ME; 41% MN; 59%

142.764

B. Banca de Retalho: Particulares

Em 2013 o Banco atingiu os 110 balcões de atendimento, especializados para rede retalho, com a abertura de 6 novos balcões em Luanda e 6 no resto do país. Assim, 61 estão localizados em Luanda e 49 no resto do país. A rede de postos de atendimento estendeu-se para 9, distribuídos em locais de grande relevância comercial. Estes postos representam extensões de balcões da rede de retalho e visam alcançar a satisfação das necessidades dos clientes em locais onde pouco justifica a abertura de um balcão normal. O número de clientes do segmento particulares, incluindo clientes do Private, aumentou 70.944 (+16%) comparativamente a Dezembro de 2012, tendo o Banco atingido um total de 527.940 clientes.

O BAI continuou o esforço no sentido de continuar a oferecer produtos inovadores ao mercado e que sirvam as necessidades dos seus clientes. Foi neste sentido que o Banco relançou o produto Crédito Super Ordenado e o cartão de combustível Flex, bem como restruturou o produto crédito ordenado e actualizou os termos e condições do cartão BAI Kamba, melhorando assim a oferta de produtos a particulares.

Carteira de Depósitos

No final de 2013, a carteira de depósitos do segmento de particulares situou-se em AKZ 197.269 milhões, representando 21,8% do total dos depósitos do Banco. Em 2012 o valor situou-se em AKZ 176.967 milhões, evidenciando a importância do segmento de particulares na estratégia de diversificação da carteira de depósitos.

Dez. 12 Dez. 13

Composição dos Recursos de Clientes Particulares

1.000.000800.000600.000400.000

200.000

21% 22%

815.204902.936

MIL

ES D

E A

KZ

Recursos de Clientes

Particulares

43

A carteira de depósitos à ordem do segmento de particulares situou-se em AKZ 110.787 milhões, representando um aumento de 3,0% face ao registado em 2012 (AKZ 107.510 milhões). Os depósitos a prazo representavam 43,8% do total de depósitos deste segmento, totalizando AKZ 86.482 milhões, o que representou um aumento de 30,8% face ao ano anterior.

Os depósitos em moeda nacional (MN) representavam 44,4% dos depósitos de clientes particulares, ascendendo AKZ 87.556 milhões). Este valor reflecte um crescimento de 39% face ao verificado em 2012 (AKZ 61.803 milhões). Os depósitos em moeda estrangeira situaram-se em AKZ 109.714 milhões, isto é, 55,6% da carteira, o que representa uma diminuição de 1,9% face ao registado no final de 2012 (AKZ 111.918 milhões).

Depósitos por Produto - ParticularesDezembro 2012 (Milhões AKZ)

107.559DO; 62% DP; 38%

66.129

Depósitos por Produto - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

110.786DO; 56% DP; 44%

86.498

Depósitos por Moeda - ParticularesDezembro 2012 (Milhões AKZ)

111.879ME; 64% MN; 36%

61.809

Depósitos por Moeda - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

109.720ME; 52% MN; 48%

87.564

6 - PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO

Depósitos por Moeda e Produto - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

59.175DO - MN; 30%

58.109DP - ME; 29%

28.389DP - MN; 14%

51.611DO - ME; 26%

Depósitos por Moeda e Produto - ParticularesDezembro 2012 (Milhões AKZ)

40.437DO - MN; 23%

44.757DP - ME; 26%

67.122DO - ME; 39%

21.372DP - MN; 12%

44

Carteira de Crédito

A carteira de crédito de clientes do segmento de particulares situou-se em AKZ 44.608 milhões, registando um aumento de 29,4% relativamente ao final de 2012 (AKZ 34.495 milhões). Em 2013, a carteira crédito de clientes particulares representou 15,7% no total da carteira de crédito concedido pelo Banco, aumentando o seu peso em 4 pontos percentuais relativamente ao exercício anterior.

Crédito por Prazo - ParticularesDezembro 2012 (Milhões AKZ)

Crédito por Moeda - ParticularesDezembro 2012 (Milhões AKZ)

23.206

25.223

M/L Prazo; 67%

ME; 73%

C/ Prazo; 33%

MN; 27%

11.303

9.286

Crédito por Prazo - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

Crédito por Moeda - ParticularesDezembro 2013 (Milhões AKZ)

36.444M/L Prazo; 82%

27.735ME; 62%

C/ Prazo; 18%8.207

MN; 38%16.915

Total

Dez. 12 Dez. 13

Crédito - Particulares

300.000250.000200.000150.000100.00050.000

0

12% 16%

284.897 284.668

MIL

ES D

E A

KZ

Particulares

45

C. Banca de Investimentos

A banca de investimentos no BAI é desenvolvida através da disponibilização de serviços de assessoria financeira aos clientes, com oferta de um conjunto de soluções integradas.

O ano de 2013 foi marcado pela preparação desta direcção para atender aos desafios do desenvolvimento do mercado de capitais bem como do surgimento de produtos financeiros com elevada robustez. Assim a nova estrutura desta unidade apresenta-se da seguinte forma:

Operações Estruturadas

A carteira de crédito sob a gestão da banca de investimentos (cujo valor está incluído na análise da carteira de crédito da banca corporativa) ascendia os AKZ 170.716 milhões, remunerados a uma taxa média ponderada de 10,43% a.a, dos quais 91% encontram-se em situação normal, 0,76% em situação vencida e 8,33% foram abatidos do activo. Relativamente ao ano anterior observou-se uma diminuição de 1% e 3,24% para os créditos em situação normal e créditos na situação de vencida, respectivamente e, um aumento de 4,33% na carteira abatida do activo.

As operações estruturadas para financiamento de projectos imobiliários ascendiam os AKZ 87.459 milhões, os projectos industriais, agro-industrial e petrolífero ascenderam aos montantes de AKZ 14.446 milhões, AKZ 14.349 milhões e AKZ 12.494 milhões, respectivamente, evidenciando o envolvimento do Banco no desenvolvimento de sectores estruturantes da economia angolana.

A carteira por prazo residual apresenta créditos maiores para projectos com períodos residuais inferiores a 1 ano, representando 33% da carteira. Nos prazos acima de 1 ano, a distribuição é relativamente equilibrada, com alguma relevância para o prazo de 5 anos, que registou um saldo de cerca de AKZ 37.287 milhões em 2013.

Em termos da modalidade de financiamentos destacam-se a modalidade de Project Finance, com um volume total de AKZ 115.961 milhões em 2013, representando 68% da carteira no exercício, reflectindo a necessidade dos promotores financiarem iniciativas com base no risco projecto. Destacamos ainda o peso dos Financiamentos e dos Sindicatos Bancários, que juntos contribuíram com cerca de 26% da carteira.

Dep. de OperaçõesImobiliárias

Dep. de Suporte Funcional

Dep. de OperaçõesEstruturadas

Dep. de AssessoriaFinanceira

Direcção da Bancade Investimento

Sector de ActividadeImobiliário 42% 51%Industrial 4% 9%Agro-Industrial 5% 8% Outros 49% 32%Total da Carteira (valores expressos em Milhões de AKZ) 158.350 170.025

2012 2013

Modalidade de Financiamento

Project Finance; 68% Bridge Finance; 6%

Financiamentos; 19%

Capital de Risco; 0,2%

Sindicato; 7%

6 - PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO

BANCA ELECTRÓNICA 7

Um projecto DE NEGócios

48

Em 2013, o Banco continuou o seu esforço, na busca de novas soluções electrónicas, para proporcionar uma maior satisfação dos serviços prestados aos clientes, através da criação de produtos e canais atractivos e cómodos para todos os segmentos, de modo a aumentar o número de clientes com acesso aos serviços electrónicos.

BAI Directo

Os serviços de BAI Directo no BAI são caracterizados por um conjunto de soluções disponibilizadas aos clientes através do telemóvel e internet, designados por SMS Banking e Internet Banking.

A carteira de clientes aderentes aos serviços em 2013 aumentou 38.455 clientes, mais 44% face a 2012.

Em 2013, o Banco dinamizou o serviço de Call Center, para atender de forma eficiente os clientes aderentes dos serviços ligados à Banca Electrónica e outros serviços do Banco, tendo registado um acesso de 65.897 ligações comparadas com as 31.830 ligações recepcionadas em 2012.

Terminais Bancários

Durante o ano de 2013 o BAI assistiu ao crescimento da sua rede Automatic Teller Machines (ATM’s) e Terminais de Pagamento Automático (TPA’s). Assim encontravam-se activos 292 ATM’s e 2.196 TPA’s, comparativamente aos 264 ATM’s e 2.040 TPA’s activos em 2012, o que representa um crescimento de 11% e 8%, respectivamente.

2011 2012 2013

Clientes com Acesso ao BAI Directo

120%100%80%60%40%20%0%

62% 62% 64%

70.572 87.573 125.992

38% 38% 36%

SMS Banking

Internet Banking

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500

Terminais Bancários BAI

2013

2012

2011

292

2.196

264

2.040

1.676

232

TPA’s Activos

ATM’s Activos

49

7 - Banca Electrónica

BAI Cartões de Pagamento

O ano ficou marcado pelo contínuo crescimento dos cartões de Débito Multicaixa. Os cartões activos registaram um aumento de 13% relativamente a 2012, atingindo 164.131 cartões, enquanto os cartões vivos e válidos registaram um aumento total de 16.536 cartões (+ 6%). Em 2013 o BAI atingiu um rácio operacional4 de 57%, mais 4% que em 2014, alcançando a quota de mercado de 11%.

Nos cartões de crédito da rede VISA verificou-se um aumento de 0,4%% do número de utilizadores, registando 6.646 cartões de crédito válidos comparativamente aos 6.618 de 2012. Face à posição competitiva do Banco neste segmento, pretende-se continuar a melhorar o produto, garantindo maior adesão e fidelizando dos clientes através destas soluções financeiras.

Acompanhando o processo de desdolarização da economia, o BAI incentiva aos seus clientes à adesão do cartão VISA débito, garantindo uma maior comodidade nas suas operações através de processos eficientes e eficazes de adesão e carregamento. Neste contexto, em 2013 o Banco alcançou a cifra de 44.243 cartões válidos um aumento de 48% em relação ao ano 2012 (29.958).

110.014

221.303

396.679

Cartões de Débito Multicaixa

2013

2012

2011

164.131

286.033

399.244

145.115

269.497

340.266

Cartões Válidos

Cartões Vivos

Cartões Activos

Cartões de Crédito

2011 2012 2013

8.000

6.000

4.000

2.000

-

5.467

6.618 6.646

Cartões de Débito VISA

2011 2012 2013

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

-

9.546

29.958

44.243

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 8

Um projectodE CONSCIÊNCIA SOCIAL

52

A formação do grupo financeiro de referência, a diversificação da actividade do grupo, bem como a sua internacionalização, constituem vectores importantes na estratégia do Banco. Tendo iniciado cedo a sua internacionalização, o Banco tem-se pautado pelo rigor e prudência nas suas operações internas e no estrangeiro. A solidez do Banco, assente sobretudo na orientação para o cliente, reflecte-se na estratégia de continuar a ser o canal privilegiado de negócios e investimentos de e para Angola.

Em 31 de Dezembro de 2013, o BAI S.A. detinha três filiais no sector financeiro bancário, nomeadamente, o BAI Europa S.A. (BAIE), o BAI Micro Finanças S.A. (BMF) e o BAI Cabo Verde (BAI CV), detendo ainda participações minoritárias e no Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP). No sector financeiro não bancário, o Banco detém o controlo da companhia Nova Sociedade de Seguros de Angola (NOSSA Seguros) com participação de 62,24% e detém o controlo da SAESP (Sociedade Angolana de Ensino Superior Privado) e da Fundação BAI, conforme detalhado na nota 8 do anexo às Demonstrações Financeiras.

BAI Europa, S.A.

O Banco BAI Europa, S.A. (BAIE) iniciou sua actividade em Portugal em 1998 como sucursal do BAI S.A. Em 2002 alterou o seu estatuto jurídico de sucursal para filial, tendo como principal accionista o Banco Angolano de Investimentos, S.A., que detém 99,9% do seu capital social, com sede em Lisboa e um escritório no Porto.

O Banco manteve sem alteração os elevados padrões de rigor na gestão dos riscos do negócio, em particular do risco de crédito, sem prejuízo de procurar aproveitar todas as oportunidades que, dentro dos perfis de risco aceitáveis, se vão deparando especialmente no quadro das relações económicas entre os dois países.

No tocante à gestão da liquidez, continuaram a ser observadas regras muito estritas de cumprimento dos requisitos de cobertura das posições derivadas da captação de fundos no mercado angolano e que representam uma parcela bastante expressiva do balanço do Banco, privilegiando-se as aplicações no mercado interbancário, com contrapartes cuidadosamente seleccionadas e respeitando limites de exposição devidamente fundamentados.

No final de 2013, a carteira de crédito a clientes aumentou EUR 4,8 milhões (AKZ 651 milhões), relativamente aos EUR 113 milhões (AKZ 14.277 milhões) registados em 2012. As aplicações em instituições de crédito, Crédito a clientes e a Disponibilidades em outras instituições de crédito representam 91,48% do activo total, que fechou o ano de 2013 em EUR 858,7 milhões (AKZ 115.398 milhões).

Os capitais próprios do Banco atingiram os EUR 62 milhões (AKZ 8.346 milhões) no final de 2013 (+6,1% do que no ano final de 2012), com os rácios de solvabilidade e Core Tier 1 em 23,2% e 22,9%, respectivamente, bastante acima dos valores mínimos regulamentares.

A actividade do Banco em 2013 permitiu gerar um resultado antes de impostos de EUR 5,5 milhões (AKZ 743 milhões), -31,5% que em 2012, enquanto o resultado após impostos situou-se em EUR 3,5 milhões (AKZ 473 milhões), -33,9% que em 2012, apurando-se assim uma taxa efectiva de imposto sobre o lucro de 36% resultados que se explicam pela conjugação dos seguintes factores:

• Redução da margem financeira em 9,8% comparativamente a 2012, tendo-se situado em EUR 7,4 milhões (AKZ 1.005 milhões) no final de 2013, penalizada pela significativa redução de volume médio de activos creditícios em EUR 240 milhões (AKZ 32.252 milhões; 20,5%) associada ao processo de desavalancagem do balanço;

• A variável preço regista neste mesmo período um comportamento muito positivo, com a margem entre taxas remuneratórios activas e passivas a apresentar um aumento médio de 8 pontos de base. As classes de activos que contribuíram para esta melhoria foram a carteira de crédito a clientes e as aplicações de crédito, sendo que a carteira de títulos, ao contrário do ano anterior, apresentou uma redução das taxas remuneratórias decorrente da gradual estabilização ocorrida durante 2013 nos mercados de dívida portuguesa pública e privada de curto prazo (Bilhetes de tesouro e papel comercial);

• O comportamento destes factores resulta assim numa redução do efeito volume na Margem Financeira em cerca de EUR 1,6 milhões (AKZ 215 milhões), que foi parcialmente compensando pelo aumento do efeito preço em EUR 0,8 milhões (AKZ 108 milhões);

• Aumento das provisões e imparidades, de EUR 107.671 (AKZ 13,6 milhões) para EUR 659.045 (AKZ 88 milhões), como consequência do aumento líquido de provisões constituídas em 2013;

• Manutenção dos custos de transformação em EUR 3,6 milhões (AKZ 478,3 milhões). A redução do produto bancário e a manutenção dos custos de transformação resultou no agravamento do rácio cost-to-income de 33,3% para 36,5% em 2013.

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8 - PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

BAI Micro Finanças

O Banco BAI Micro Finanças, S.A., adiante designado por BMF ou Banco, com sede em Luanda, é um Banco de capitais privados residentes e não residentes. O Banco foi constituído em 19 de Fevereiro de 2004, e iniciou a sua actividade bancária no dia 20 de Agosto de 2004. O BAI S.A. detém o controlo accionista e a gestão do Banco com uma participação no seu capital de 94,13%, a Chevron Texaco Sustainable Development Ltd. 2,34% e Outros detém 3,99% do capital do Banco. A presença do BAI na área das microfinanças enquadra-se na sua estratégia de responsabilidade social e de negócio, no apoio ao espírito empreendedor e na contribuição para a melhoria das condições de vida dos cidadãos menos favorecidos.

BAI Cabo Verde

O Banco BAI Cabo Verde (BAI CV) foi criado em Novembro de 2008, numa parceria entre o BAI S.A., o Grupo Sonangol e a SOGEI. O Banco iniciou a sua actividade com a abertura do seu balcão sede na capital do país (Cidade da Praia). O Banco tem como principal segmento alvo as empresas, mas serve também os particulares, emigrantes e investidores externos.

O enquadramento externo da economia cabo-verdiana permaneceu pouco favorável em 2013, em consequência da fraca dinâmica de crescimento das principais economias desenvolvidas, especialmente dos países da Zona Euro. Neste contexto, os indicadores de conjuntura evidenciaram um abrandamento da economia nacional nos primeiros nove meses do ano, determinado essencialmente pela deterioração da confiança dos agentes económicos e do balanço do sistema bancário nacional.

Em 2013 o BAI CV registou um crescimento significativo da sua actividade em termos de depósitos.

Os principais indicadores da actividade apresentaram a seguinte evolução:

O BAI CV fechou o exercício em 2013 com um Activo Líquido de ECV 11.395 milhões (AKZ 13.888 milhões) contra os ECV 8.915 milhões (AKZ 10.218 milhões) do ano de 2012, a carteira de depósitos de clientes situou-se em ECV 4.286 milhões (AKZ 5.224 milhões) e a carteira de crédito a clientes líquida ascendeu a ECV 4.869 milhões (AKZ 5.934 milhões), um incremento de ECV 1.002 mil (AKZ 1.221 mil) relativamente ao ano transacto. A taxa de transformação situou-se em 114%, consequência de um aumento na carteira de crédito.

A Margem Financeira apresentou uma evolução de 25%, relativamente ao ano transacto, atingindo os ECV 356 milhões (AKZ 434 milhões), representando 76% do produto bancário que se situou em ECV470 milhões (AKZ 573 milhões) no final do exercício de 2013. Ao nível dos custos, o BAI CV no período em análise registou um Custo de Estrutura de ECV 432 milhões (AKZ 527 milhões), uma diminuição de ECV 12 milhões (AKZ 15 milhões), sendo ECV 204 milhões (AKZ 249 milhões) em Gastos Gerais Administrativos, ECV 156 milhões (AKZ190 milhões) em Custos com Pessoal e ECV 73 milhões (AKZ 89 milhões) em Amortizações do exercício.

O Banco voltou a apresentar um resultado líquido negativo de ECV 139 milhões (AKZ 169 milhões), registando no entanto uma melhoria face ao período homólogo de cerca de ECV 12 milhões (AKZ 15 milhões), aumento de 8%, derivado do aumento do produto bancário e da contenção dos custos.

BISTP - Banco Internacional de São Tomé e Príncipe

A presença do BAI no arquipélago de São Tomé e Príncipe mantém-se através da participação no Banco Internacional de São Tomé e Príncipe (BISTP), desde 2004 com uma participação no capital social de 25%. O Banco tem a sede na cidade de São Tomé, tem também como accionistas o Estado de São Tomé e Príncipe, com 48% e a Caixa Geral de Depósitos de Portugal, com 27%.

Valores expressos em Milhões de ECV

Activo Líquido 7.668 8.915 11.395 2.480 28%Crédito a Clientes 3.325 3.867 4.869 1.002 26%Recurso de Clientes 2.011 2.415 4.286 1.871 77%Capital Próprio 914 811 1.002 192 24%Margem Financeira 183 304 356 53 17%Produto Bancário 189 362 470 109 30%Custo de Estrutura 464 444 432 -12 -3%Resultado Líquido -348 -151 -139 12 -8%Cost to Income 245% 111% 92,6% -18% -17%ROAA -5% -1% -1,2% 0% 20%ROAE -38% -6% -13,9% -8% 132%

Indicadores de Gestão Variação Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13 Absoluta %

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O BISTP é o maior e mais antigo Banco do sistema financeiro santomense, tendo iniciado a sua actividade a 3 Março de 1993. Com características de um Banco universal, o BISTP centraliza a sua actividade nos segmentos de banca de retalho e corporativa.

O BISTP fechou o exercício de 2013, registando uma boa performance dos seus indicadores de actividade, tendo registado um resultado líquido de STD 30.312 milhões (AKZ 166 milhões), um aumento de 10,2% face o ano anterior.

O produto bancário cresceu 10%, relativamente ao exercício anterior, registando STD 192 milhões (AKZ 1,1 milhões) em 2013. Esse resultado reflecte o bom desempenho da margem financeira, que cresceu 26% relativamente a 2012, tendo atingido os STD 126.898 milhões (AKZ 696 milhões) independentemente da ligeira diminuição da margem complementar, que diminuiu 1,9%, situando-se em STD 64.626 milhões (AKZ 354 milhões).

O activo líquido situou-se em STD 1.870 mil milhões (AKZ 10.257 milhões), mais 6,0% comparativamente a 2012. A carteira de depósitos evidenciou um aumento de 6,1%, situando-se em STD 1.467 mil milhões (AKZ 8.047 milhões). Relativamente às provisões registou-se um aumento de 16,5%, tendo atingido STD 143 mil milhões (AKZ 784 milhões) no final do exercício de 2013. O crédito a clientes registou uma diminuição de 7,6%, atingindo o valor de STD 722 mil milhões (AKZ 3.960 milhões), conferindo ao Banco uma taxa de transformação acima dos 49,24% (2012: 57%).

NOSSA Seguros

A Nova Sociedade de Seguros de Angola, S.A. (adiante designada por NOSSA Seguros ou NOSSA), foi constituída em 6 de Outubro de 2004, e tem como objecto social exclusivo o exercício da actividade de seguro directo e de resseguro na totalidade dos ramos vida e não vida, bem como a gestão de fundo de pensões, com a amplitude permitida por lei.

O investimento do Banco no mercado de seguros em Angola insere-se na sua estratégia de diversificação da actividade do grupo em negócios financeiros com elevado potencial de crescimento e na criação de sinergias para dinamizar a oferta diferenciada de serviços e produtos. Em 2013, o sector segurador em Angola é composto por 12 seguradoras e tem uma entidade representativa do sector a ASAN (Associação das Seguradoras Angolanas), da qual fazem parte 8 seguradoras (incluindo a NOSSA).

O Banco obteve em 2013 a autorização do Instituto de Supervisão de Seguros e do Ministro das Finanças para aquisição dos restantes 7% que a Real Seguros Holding, SGPS, S.A., que detinha na NOSSA, passando a deter a participação de 72,24% no fecho do período em análise. No período em análise, a NOSSA Seguros expandiu o seu canal de distribuição em 11 novas agências e pontos de venda, dos quais 7 são agências e 9 são postos de vendas no SIAC (Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão). Esse aumento resultou na entrada de 40 novos colaboradores, registando um total 101 colaboradores no final de 2013.

A actividade da NOSSA em 2013 foi desenvolvida segundo padrões de elevada prudência e rigor na gestão dos activos financeiros da actividade de seguro directo e de resseguro na totalidade dos ramos vida e não vida, bem como na gestão de fundos de pensões.

Demonstrações de ResultadosPrémios de Seguro Directo 2.891.588 3.271.733 4.230.112 29%Margem Técnica de Seguro Directo 1.361.565 1.995.481 2.105.935 6%Resultado Líquido do Exercício 11.655 199.278 161.688 -17%BalançosCapitais Próprios 1.082.202 1.331.596 1.469.545 10%Caixa e Depósitos 537.705 557.997 1.001.563 79%Activo Total 7.301.859 7.685.627 8.035.724 5%Rácios Rácio Sinistralidade 32,70% 33,30% 33,30% 0%Rácio de Despesas 27,30% 38,20% 44,20% 16%Rácio Combinado 60,00% 71,40% 77,50% 9%Rentabilidade Margem Técnica de Seguro Directo/Prémios 47,10% 63,30% 49,80% -21% Margem Técnica Líquida de Resseguro/Prémios 30,40% 41,30% 38,40% -7% ROE 1% 18% 12% -33%Rentabilidade Margem de Solvência 172% 124% 135% 9%Capitais Próprios/Activo Total 15% 17% 18% 6%Cobertura da Provisões Técnicas 126% 139% 136% -2%Nº de Colaboradores Efectivos 49 61 101 66%Nº de Agências/Pontos de Vendas 3 5 16 220%

Indicadores (Valores em mAKZ) Variação Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13 Absoluta

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O ano de 2013 foi um ano de consolidação, implementação e disponibilização de diferentes projectos integrados no plano estratégico da NOSSA Seguros 2012-2016, já suportados na nova arquitectura de sistemas de informação, sem prejuízo do enfoque nas operações correntes, resultantes essencialmente de melhorias a adoptar nos processos.

Fundo de Investimento Privado de Angola

À semelhança do mercado de seguros, inserido na sua estratégia de diversificação da actividade do grupo em negócios financeiros com elevado potencial de crescimento e na criação de sinergias, o Banco detém também participação no Fundo de Investimento Privado de Angola.

O Fundo de Investimento Privado, Angola SCA, SICAV-SIF é uma parceria empresarial, limitada por acções, constituídas ao abrigo das leis do Grão-Ducado de Luxemburgo como sociedade de capital variável (société d’investissement à capital variable) – fundo de investimento especializado – e está sujeito à lei de 13 de Fevereiro de 2007, relativa aos fundos de investimento especializados daquele país.

O fundo foi constituído como autónomo em 4 de Dezembro de 2009, por um período limitado de 10 anos a partir do primeiro investimento do fundo, com a possibilidade de extensão de 2 anos. O fundo tem a sua sede do Grão-Ducado do Luxemburgo. Os investidores do fundo assumiram o compromisso (capital commitment) de desembolsar USD 34 milhões (AKZ 3.319 milhões) através de chamadas de capital (cash calls).

O principal objectivo do fundo é investir em projectos de risco, potenciando a expansão do negócio para realizar retornos superiores através da valorização do capital (private equity), os investimentos são realizados em empresas (portfolio companies), com sede em Angola.

Na fase inicial o fundo procura obter participações minoritárias significativas e ter representação no conselho e/ou outros direitos accionistas. A estratégia de investimento pretendida é de acordo, com o mandato definido pelo FIPA e pretende explorar as oportunidades em vários sectores em Angola (excluindo o sector de petróleo upstream). Estratégias de saída primárias incluem a venda para investidores estratégicos ou financeiros que entram, ou de expansão em Angola, cotados em bolsas locais (se criadas), ou a venda a accionistas maioritários.

Em 30 de Setembro de 2013, o fundo tinha chamadas de capital relativo ao compromisso assumido, de USD 12,6 milhões (AKZ 1.229 milhões), isto é 37,05% e investiu USD 8,5 milhões (AKZ 830 milhões) do committed capital. O justo valor do capital sob gestão do fundo é de USD 8,78 milhões (AKZ 857 milhões) sendo que o justo valor do BAI situou-se em USD 2,58 milhões (AKZ 252 milhões).

Em 2013, o Comité de Investimentos do Fundo (IC) recomendou dois projectos para aprovação final e assinou quatro contractos de investimento. O fundo desembolsou USD 6,6 milhões (AKZ 644 milhões) à Special Edition S.A. e concedeu um empréstimo a uma SPV angolana no valor de USD 0,65 milhões (AKZ 63.4 milhões), utilizado para a aquisição de uma participação accionista de 7,5% na Big Media Lda.

Em 31 de Dezembro de 2013, o Banco registou a contribuição efectuada ao fundo (USD 5,9 milhões; AKZ 575 milhões) como imobilizações financeiras por se tratar de um fundo fechado e que não se encontra listado em bolsa.

8 - PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

BAI 29,41% 976.126.429 362.164.635 -109.332.720 251.855.730 614.996.550Norfund 29,41% 976.126.429 362.164.635 -109.332.720 251.855.730 614.996.550MAEC Spain 17,65% 585.808.819 216.713.070 -65.404.395 151.308.675 368.997.930European Investment Bank 17,65% 585.808.819 216.713.070 -65.404.395 151.308.675 368.997.930Banco Atlântico 5,88% 195.158.905 72.737.690 -21.475.070 50.761.620 122.999.310Total 100% 3.319.029.000 1.229.093.100 -370.950.300 857.090.430 2.090.988.270

Investidores % Compromisso Contribuições Ganhos ou Perdas Justo Valor (AKZ) Contribuições Ownership Assumido (AKZ) Acumuladas (AKZ) Acumuladas (AKZ) em 30/09/2013 em Falta (AKZ)

UM PROJECTO que É também uma vocação

GESTÃO DE RISCO 9

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No quadro da gestão de risco nas instituições financeiras em Angola, o ano de 2013 foi marcado pela introdução de um conjunto de exigências atinentes às políticas e processos de governação, controlo interno e gestão de risco, segundo os Avisos nº 1 e nº 2/2013 de 19 de Abril do BNA. Assim, o BAI iniciou o desenvolvimento de um conjunto de acções no sentido de se adequar às exigências do novo quadro regulamentar.

Principais Acções em 2013:

• Auditoria ao sistema de controlo interno e sistemas informáticos; • Implementação de políticas visando a melhoria do controlo interno e a gestão do risco operacional; • Redefinição de limites para os rácios de transformação por moeda e global; • Alteração da matriz de decisão de crédito e reforço dos critérios para concessão de crédito; • Redefinição do pricing das operações activas e passivas; • Introdução da métrica Value-at-Risk (VaR) para avaliação da exposição ao risco cambial.

Prioridades para 2014:

• Melhorar a qualidade da carteira de crédito; • Garantir a conformidade com as exigências do BNA no âmbito dos Avisos nº 1 e nº 2 de 2014; • Preparar a adequação dos sistemas de informação do Banco aos futuros requisitos do BNA em matéria de gestão dos riscos; • Manter o nível de capital regulamentar adequado à exposição aos riscos.

a. Perfil de Risco

O Banco adopta um posicionamento conservador na alocação dos activos, priorizando a liquidez sobre outros objectivos incluindo o da rentabilidade. O perfil de risco de Banco é melhor ilustrado na sua estrutura de balanço onde se constata uma forte alocação de capital em activos com níveis de elevada liquidez.

O processo de gestão de risco tem como base a conformidade legal e a antecipação de variações ou eventos no meio interno e externo que possam gerar impactos adversos aos objectivos do Banco. b. Governo e Organização da Gestão de Risco A gestão de risco no BAI é liderada pela Comissão Executiva do Conselho de Administração (CE), que interage com as unidades de estrutura especializadas na gestão de risco nas suas variadas facetas (risco de crédito, mercado, liquidez, operacional, compliance, estratégia e reputação). A. Riscos de Liquidez e de Mercado

O Banco participa activamente nos mercados monetários, cambial e secundário de títulos e valores mobiliários, bem como na captação de depósitos a prazo. A realização de quaisquer operações nos referidos mercados tem como principais objectivos:

• Assegurar níveis de liquidez adequados para o Banco; • Gerir de forma adequada os riscos associados às actividades da sala de mercados; • A maximização dos proveitos provenientes dos activos monetários disponíveis no Banco; • A minimização dos custos associados ao funding do Banco; • A satisfação das necessidades dos clientes, bem como as decorrentes da realização das restantes operações do Banco; • A maximização dos lucros cambiais; • A maximização da rendibilidade das carteiras de negociação do Banco.

O Banco incorre no risco de liquidez pelo facto de não apresentar os meios de cobertura adequados para fazer face às situações de falta de liquidez num determinado momento, impossibilitando a obtenção de recursos necessários para cobrir as suas aplicações e, por conseguinte, não consiga honrar os seus compromissos. Tais situações de falta de liquidez poderão ser eliminadas através do recurso a linhas de crédito especiais, confirmadas e asseguradas por contrato com outros bancos.

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9 - GESTÃO DE RISCO

O risco de mercado refere-se a probabilidade de perdas no valor das posições no balanço e/ou em extrapatrimoniais resultantes da variação dos preços de mercado, que tipicamente engloba riscos atinentes à taxa de juro dos instrumentos registados na carteira de negociação, da taxa de câmbio, preço de acções e das commodities.

A gestão deste conjunto de riscos é definida pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO) e conta com as unidades de estrutura (Direcção de Mercados Financeiros, Direcção de Crédito e a Direcção da Banca de Investimentos) para realocação e/ou tomada conveniente de fundos, tendo em vista os limites e directrizes definidos.

O ALCO é presidido pelo Presidente da Comissão Executiva e integra os administradores e directores responsáveis pelas áreas Financeira, Planeamento, Contabilidade, Comercial e Marketing. As deliberações do Comité são monitorizadas por um departamento de gestão de risco, que por sua vez é responsável pelo acompanhamento da actividade das direcções tomadoras de risco e do cumprimento das políticas e normas de gestão de risco.

A Comissão Executiva autoriza, dentro dos limites normais de prudência, que o Departamento da Sala de Mercados incorra nos riscos resultantes da tomada de posições, enquadradas numa política activa, eficiente e rentável, no sentido de servir os clientes do Banco, operando de uma forma profissional nos centros financeiros em que actua.

A tomada e manutenção de posições de risco deverá ter como principal linha de orientação a procura das oportunidades dos mercados, atendendo à sua permanente evolução e devendo as mesmas posições serem de curto prazo, e comunicadas ao Director da Direcção de Mercados Financeiros (DMF) e ao Administrador do Pelouro, sempre que tomem um carácter mais longo.

a. Risco de Liquidez

A gestão da liquidez é definida pelo ALCO, que determina as estratégias e limites que servem de base para monitorização e controlo do risco de liquidez. A gestão diária está a cargo da Direcção de Mercados Financeiros (DMF), que é responsável pela gestão operacional da liquidez do Banco sob acompanhamento da comissão executiva.

Metodologia O Banco controla a liquidez com recurso a análise de GAPs de liquidez. Os GAPs representam os activos e passivos distribuídos por períodos de maturidade residual, ilustrando desta forma os fluxos de pagamentos e recebimentos ao longo do horizonte temporal das operações. Adicionalmente o Banco analisa também os rácios de liquidez, os riscos de concentração dos depósitos e o balanço por moeda.

Análise GAP de Liquidez 2D 2S 1M 2M 3M 6M 1A 2A 5A +5A TOTAL

Valores expressos em Milhões de AKZ

ACTIVO Disponibilidade 80.174 2.728 2.129 11.352 5.412 8.961 25.895 52.175 52 431 189.309 Aplicações de liquidez 35.601 76.970 78.477 101.403 4.051 14.600 11.154 0 0 391 322.647Títulos e valores mobiliários 0 4.045 2.496 5.823 2.189 18.917 51.058 40.814 70.698 3.861 199.901Créditos 1.425 12.444 658 1.455 14.350 16.275 31.335 9.021 78.831 79.914 245.708Outros activos 8.917 0 638 0 0 0 14.148 0 0 58.425 82.128TOTAL ACTIVO 126.117 96.187 84.398 120.033 26.002 58.753 133.590 102.010 149.581 143.022 1.039.693PASSIVODepósitos à ordem -899 -5.841 -6.740 -14.284 -15.115 -46.482 -122.741 -305.186 0 0 -517.288Depósitos a prazo -175.474 -12.270 -7.384 -61.628 -20.974 -13.201 -49.244 -42.257 -344 -2.872 -385.648Captações para liquidez 0 0 -9.762 0 0 0 0 0 0 0 -9.762Outros passivos -3.106 -9 -4.482 -3.720 0 -4 -5.613 -5.269 0 -362 -22.565TOTAL PASSIVO -179.479 -18.120 -28.368 -79.632 -36.089 -59.687 -177.598 -352.712 -344 -3.234 -935.263 GAP -53.362 78.067 56.030 40.401 -10.087 -934 -44.008 -250.702 149.237 139.788 104.430GAP ACUMULADO -53.362 24.705 80.735 121.136 111.049 110.115 66.107 -184.595 -35.358 104.430 0

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Em Dezembro 2013 o BAI apresentava níveis de liquidez confortáveis. O GAP acumulado manteve-se positivo ao longo de todas as maturidades do curto prazo, sendo que as disponibilidades e as aplicações de liquidez (activos de maior qualidade) representavam mais de 49% do activo líquido.

b. Risco de Taxa de Juro O Banco incorre neste risco resultante das variações adversas nas taxas de juro e, concomitantemente, nos prémios ou descontos dos câmbios a prazo das moedas em causa. Este risco resulta da não coincidência dos prazos de vencimento dos recebimentos e pagamentos numa determinada moeda, aumentando o crescimento do GAP – diferença entre o total de recebimentos e o total de pagamentos, com vencimentos no período respectivo.

Metodologia O risco de taxa de juro é avaliado com base em análise de mapas de GAP de taxa de juro, Duration GAP e análises de sensibilidades com o objectivo de avaliar os possíveis impactos na rentabilidade do Banco, sempre que se verificarem tais variações. Para efeitos destas análises, consideram-se apenas os activos e passivos sensíveis a variação das taxas de juro.

O quadro abaixo apresenta a sensibilidade do Banco ao risco de taxa de juro em 31 de Dezembro de 2013:

Earning at Risk (EaR)

O EaR traduz as variações na margem financeira previsional do Banco, resultantes de variações do nível das taxas de juro e da evolução dos saldos de recursos e aplicações. Consistentemente, o Banco usa os GAP’s de taxas de juro, para quantificar o valor que o Banco deixaria de ganhar caso houvesse uma mudança adversa das taxas de juro.

Assim, com base na situação patrimonial no final de Dezembro 2013 e, simulando-se uma variação da taxas de juro de 250 pontos base (2,5%), os impactos nos diversos períodos de maturidade residual poderiam reduzir a margem financeira entre AKZ 230 milhões e AKZ 10 mil milhões. O Banco monitoriza rigorosamente as variações nas taxas de juros, sendo que para mitigar o impacto adverso de tais variações, realoca conveniente nos próximos 12 meses os seus activos e passivos de modo a influenciar favoravelmente os GAP’s nos diferentes períodos de maturidade residual.

EaR Acumulado (-250pb) EaR (-250pb)

2D 2S 2M1M 3M 6M 1A 2A 5A >5A

Earning at Risk (EaR)

10000

5000

0-5000

-10000-15000-20000-25000-30000-35000

MIL

ES D

E A

KZ

ACTIVO Aplicações de liquidez 35.601 76.970 78.477 101.402 4.051 14.601 11.154 0 0 391 322.647 Títulos e valores mobiliários 0 4.045 2.496 5.823 2.189 18.917 51.058 40.814 70.698 3.861 199.901 Créditos 2.492 12.493 1.536 1.891 14.773 17.435 37.316 25.693 79.653 91.386 284.668 TOTAL ACTIVO 38.093 93.508 82.509 109.116 21.013 50.953 99.528 66.507 150.351 95.638 807.216 PASSIVO Depósitos a prazo -175.474 -12.270 -7.384 -61.628 -20.974 -13.201 -49.244 -42.257 -344 -2.872 -385.648 Captações para liquidez 0 0 -9.762 0 0 0 0 0 0 0 -9.762 TOTAL PASSIVO -175.474 -12.270 -17.146 -61.628 -20.974 -13.201 -49.244 -42.257 -344 -2.872 -395.410 GAP -137.381 81.238 65.363 47.488 39 37.752 50.284 24.250 150.007 92.766 411.806 GAP ACUMULADO -137.381 -56.143 9.220 56.708 56.747 94.499 144.783 169.033 319.040 411.806 0

Análise GAP de Taxas de Juro 2D 2S 1M 2M 3M 6M 1A 2A 5A +5A TOTAL

Valores expressos em Milhões de AKZ

61

c. Risco Cambial

O Banco incorre neste risco resultante da manutenção de uma determinada posição em aberto em moeda estrangeira, pelo facto de quaisquer variações adversas nas taxas de câmbio do mercado poderem originar prejuízos reais ou potenciais. Neste caso o Banco considera posição em aberto qualquer situação em que as responsabilidades globais do Banco por liquidar, numa determinada moeda, não são iguais ao respectivo montante global que o Banco tem a receber nessa moeda.

O Banco controla a exposição ao risco cambial através da monitorização dos limites definidos ao abrigo do Aviso nº 5/2010 de 10 de Novembro do BNA. Em 2013, Os constrangimentos resultantes da implementação do Aviso do BNA nº 3/12 de 28 de Março, nomeadamente no seu artigo 4º, em que obriga os Bancos aceitarem reembolsos em quaisquer moedas independentemente da moeda de concessão do crédito, têm apresentado impactos significativos na exposição cambial face à estrutura por moeda do balanço do Banco. Portanto, o Banco tem desenvolvido estratégias para manter a sua posição cambial tendencialmente quadrada e dentro dos limites prudenciais.

No exercício em análise, os principais GAP’s cambiais foram particularmente registados nas principais moedas transaccionadas no mercado cambial, isto é, Dólares dos Estados Unidos (USD) e Euros (EUR). As operações indexadas registam igualmente GAP’s cambiais significativos. Para mitigar o impacto de tais GAP’s, o Banco desenvolveu um conjunto de medidas, que permitiram garantir a manutenção dos limites de exposição cambial assim como o nível de capital regulamentar satisfatório para solvabilidade do Banco, tais como: (i) a manutenção dos depósitos indexados, e (ii) revisão dos controlos associados a operações de compra e venda de moeda estrangeira.

Em 31 Dezembro de 2013 a exposição cambial do Banco era curta em AKZ 14,6 mil milhões, tendo o rácio de exposição cambial sobre os fundos próprios regulamentares se fixado em 15%, dentro dos limites definido pelo BNA. B. Risco de Crédito

Corresponde ao risco em que o Banco incorre devido ao incumprimento das obrigações da contraparte.

Em 2013, o BAI desenvolveu um conjunto de acções que visaram o aumento da eficiência no processo de gestão de risco de crédito, tais como:

• A redefinição da Matriz de Decisão de Crédito; • A restruturação da Direcção de Análise de Crédito – a nova estrutura comporta uma unidade dedicada à gestão de risco e controlo do crédito

bem como a gestão e custódia de documentação; • Normalização do modelo de exposição global e do processo de dação; • Formações e workshops a nível nacional – destinadas particularmente às áreas comerciais do Banco.

Modelo de Gestão e Controlo

O Banco conduz a gestão do risco de crédito com base na sua política e regulamento de crédito, respeitando igualmente as disposições emanadas pelo Banco Nacional de Angola, nomeadamente o Aviso nº 3/12 de 8 de Março – que estabelece os parâmetros de concessão e a classificação das operações de crédito, e o Aviso nº 8/07 de 12 de Setembro – que estabelece o limite de exposição para os maiores devedores.

Em função de uma matriz de crédito, estão ainda instituídos vários subcomités de crédito que reúnem-se semanalmente à luz dos objectivos acima referidos. A matriz de decisão é aplicável apenas para clientes com níveis de risco de A a C, resultante da aplicação do modelo de scoring ou rating do BAI. Qualquer operação com notação de risco superior a C é decidida ao nível do 4º escalão, com excepção das operações de renegociação ou reestruturação, cujo risco decorre da evolução por incumprimento.

De modo a manter um adequado controlo da qualidade creditícia da carteira, compete à Direcção de Recuperação de Crédito (DRC) a função específica de seguimento da carteira vencida até 30 dias, que permite alertar para incidências que possam vir a ocorrer na evolução do risco, com a finalidade de empreender, e acções destinadas a mitigá-los. A actividade de recuperações está estruturada de acordo com a segmentação comercial dos clientes: Particulares e Empresas, com modelos de gestão específicos. A gestão de recuperações respeita ainda as distintas fases de gestão: gestão preventiva e gestão de irregulares. Toda esta actividade é partilhada com as áreas de negócio.

A análise e avaliação do risco de crédito são feitas pela CE, sendo as análises preparadas pelas direcções envolvidas na gestão da carteira (DBI, DAC e DRC), com base nos seguintes elementos:

• Evolução da carteira global, dos níveis de incumprimento e das provisões; • Tipologia da exposição de crédito nos clientes; • Sinais de alerta detectados no perfil comportamental dos clientes nas suas relações com o Banco e com o sistema financeiro em geral.

9 - GESTÃO DE RISCO

62

Os limites aplicáveis ao risco de crédito são os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2013, o maior devedor do Banco representava 14,6 % dos Fundos Próprios Regulamentares (FPR) e os 20 maiores devedores representavam 167,5% dos FPR. Os limites de crédito relacionado com as instituições financeiras bancárias são geridos pela DMF, no âmbito dos riscos de balanço, e supervisionados pela CE e ALCO.

Não são feitos testes de esforço para o risco de crédito. Estes serão implementados com a estruturação da função de gestão do risco referida anteriormente.

Processo de Concessão de Crédito

O processo de decisão de crédito tem início na área comercial (DBR/DEI) onde, em função das especificações da operação e sua adequação aos parâmetros definidos na matriz de decisão de crédito, é efectuada uma avaliação a nível das direcções comerciais. Para operações enquadradas no 1º e 2º escalão de decisão, a DBR analisa e submete para aprovação. Para as operações destinadas ao 3º, 4º e 5º escalão de decisão, a respectiva direcção comercial submete o processo (acompanhado de um parecer comercial) à DAC ou à DBI para a devida análise de risco e endosso ao respectivo Comité de Crédito para aprovação.

Medição e Avaliação

O Banco conta com modelos próprios de rating e scoring para classificação do risco de crédito a empresas e particulares, respectivamente.

No caso das empresas, a atribuição do rating é resultante da avaliação da (i) capacidade de gestão da empresa, (ii) situação económico-financeira, (iii) historial na banca, (iv) qualidade das garantias e do (v) sector de actividade. Para cada um destes parâmetros fixaram-se ponderadores que quando multiplicados à classificação atribuída encontra-se a nota para cada parâmetro. A soma das notas dos 5 parâmetros é igual ao factor de risco (ver quadro baixo) ou rating da empresa.

No caso dos Particulares, o modelo de scoring avalia (i) o envolvimento comercial, (ii) a estabilidade social, (iii) a situação profissional, e (iv) a situação económico-financeira do cliente. Para cada um destes parâmetros existem ponderadores que quando multiplicados à classificação atribuída encontra-se a nota para cada parâmetro. A soma das notas dos 4 parâmetros é igual à pontuação ou score do cliente.

Adicionalmente o Banco dispõe ainda de ferramentas que permitem avaliar a posição creditícia de clientes a nível nacional e internacional. Para avaliação da exposição de clientes no mercado nacional, o BAI usa a Central de Informação de Risco de Crédito (CIRC) do BNA. Para avaliação da situação creditícia das empresas ou grupos económicos com exposição noutros mercados, o Banco conta com uma plataforma de informação financeira de empresas que actuam no mercado europeu.

Limite máximo de exposição por cliente 25% dos FPR Limite de exposição ao risco dos maiores devedores 300% dos FPR

Indicadores Limite

A Nulo [6,5 a 7] B Muito Reduzido [5,5 a 6,4] C Reduzido [4,5 a 5,4] D Moderado [3,5 a 4,4] E Elevado [2,5 a 3,4] F Muito Elevado [1,5 a 2,4] G Perda [0 a 1,4]

Risco Factor de Risco (escala de pontuação)

Classificação do Crédito Concedido

63

Em 2013 a exposição ao risco de crédito sobre clientes situou-se conforme quadro abaixo:

Em Dezembro 2013 o crédito líquido cifrou-se em AKZ 245.708 milhões, reduzindo em 4,5% relativamente ao ano anterior. A carteira de crédito bruta registou uma redução de 0,1%, reflectindo um montante concedido inferior ao montante de crédito amortizado e o crédito abatido do balanço, enquanto as provisões para créditos aumentaram AKZ 11.377 milhões, reflectindo o aumento do risco da carteira de crédito.

Crédito por Nível de Risco

Durante o ano de 2013 houve degradação do risco de crédito relativamente ao ano anterior. Os créditos nos níveis de risco mais baixo (A a C) representavam 86% do stock de crédito em 2013, com destaque para o nível de risco B que reduziu o seu peso para 19% (2012: 22%). Por outro lado, os créditos nos níveis de risco mais elevados (D a G) registaram um aumento de 2 pontos percentuais face a 2012.

Os níveis de risco de A a C representavam 86% do crédito concedido enquanto os níveis de maior risco (D a G) representavam 14%.

Por Sector da Finalidade do Crédito

No final de 2013, o sector da finalidade do crédito que apresentava maior peso na carteira de crédito era o sector da Promoção e construção imobiliária 36% (2012: 32%), seguido pelo sector da indústria extractiva e transformação, que apresentava um peso de 24% (2012: 22%), sector do Comércio por grosso e a retalho 13% (2012: 20%), os Outros sectores 16% (2012: 20%) e o sector de serviços que representava 9% (2012: 8%). Os 3 sectores com maior peso representavam conjuntamente 73% do crédito da carteira (2012: 74%).

Valores expressos em Milhões de AKZ Créditos 308.253 284.897 284.668(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa -22.190 -27.584 -38.960Crédito líquido 286.063 257.313 254.708Activo líquido 1.131.410 1.033.428 1.039.693Crédito líquido / Activo líquido 25,3% 24,9% 23,6%Garantias e outros passivos eventuais 37.231 29.626 19.835Crédito abatido do activo (Write-offs) 19.614 29.323 39.731

Exposição ao Risco de Crédito Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

A 21% 5% 6% B 20% 22% 18% C 47% 61% 61% D 5% 7% 4% E 1% 1% 4% F 2% 2% 3% G 4% 2% 4% Exposição Total 100% 100% 100%

2011 2012 2013

Promoção e Construção

Imobiliária

Indústria Extractiva e

Transformação

Comércio por Grosso e Retalho

ServiçosOutros Sectores

Agricultura,Produção

Animal, Pesca e Silvicultura

Estado

Crédito por Sector da Finalidade do Crédito

32%

22%20%

8%

12%

2% 2% 3%

36%

24%

13%9%

16%

1%

Dez. 12 Dez. 13

9 - GESTÃO DE RISCO

64

Crédito por Segmento

O segmento de empresas representava 84% da carteira de crédito, uma diminuição de 4 pontos percentuais relativamente a 2012. Por outro lado, o segmento a particulares representava 16% (2012: 12%).

Incumprimento e Recuperação de Crédito

O rácio de incumprimento fixou-se abaixo dos níveis registados em 2012 em menos 0,35 pontos percentuais, situando-se em 6,9% em 2013. A carteira de crédito abatida ao activo (write-off) registou um crescimento de AKZ 10.408 milhões (+35,5%) comparativamente ao ano anterior, situando-se AKZ 39.731 milhões em 2013.

No final do exercício em análise é notável a redução da concentração do crédito vencido a alguns sectores de actividade. O sector da construção foi o principal responsável pelo volume de crédito vencido com um ónus de 29,8% (2012: 17,5%), seguindo-se o sector do comércio com 26,9% (2012: 47,7%) e o sector do transporte com 14% (2012: 3,7%).

Em análise aos créditos em incumprimento por prazos de maturidade residual, em Dezembro de 2013, registaram-se melhorias no crédito vencido na maturidade de um mês que reduziu de 0,66% em 2012, para 0,55% em 2013, na maturidade três a seis meses, que reduziu de 1,89% em 2012 para 1,02% em 2013, assim como no crédito vencido na maturidade seis meses a um ano que passou de 2,50% em 2012 para 2,34% em 2013.

Risco de Contraparte

O risco de crédito de contraparte é entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações relativas à liquidação de operações de mercados monetários, de capitais e cambiais.

No âmbito da gestão dos riscos de contraparte, o Banco utiliza limites de exposição máxima às contrapartes associados a uma análise global da situação das mesmas e à utilização de um modelo interno com variáveis financeiras e económicas que produzem um scoring.

DEZ. 12 DEZ. 12 DEZ. 13

Crédito por Segmento

11% 12% 16%

89% 88%84%

Particulares

Empresas

Até 1 Mês De 1 a 3 Meses De 3 a 6 Meses De 6 Meses a 1 Ano

Crédito Vencido por Prazos

0,09

% 0,66

%

4,60

%

0,55

%

2,21

%

2,98

%

0,05

%

1,02%

0,19

%

2,50

%

2,34

%

1,89%

2011

2012

2013

65

É da responsabilidade da Sala de Mercados proceder ao acompanhamento das posições de risco globais do Banco às contrapartes nacionais e estrangeiras e exercer a necessária supervisão e controlo para que os limites de crédito não sejam excedidos.

Cabe exclusivamente à Comissão Executiva a competência de autorizar os limites e os excessos aos mesmos, havendo delegação de competências até uma determinada percentagem de excesso, segundo os seguintes escalões hierárquicos:

• Ao Director da Direcção de Mercados Financeiros, até um máximo de 10% do limite; • Ao Administrador do Pelouro da Direcção de Mercados Financeiros, até um máximo de 25% do limite; • À Comissão Executiva (pelo menos dois administradores), acima de 25% do limite.

O Banco poderá aumentar a sua exposição à determinada contraparte para além do limite calculado no modelo de scoring, desde que a contraparte apresente colateral, aceitável pelo Banco, para garantir a operação.

As exposições às instituições não financeiras são autorizadas após avaliação pela Direcção de Análise de Crédito (DAC) e são reguladas pelo estipulado no Aviso nº 08/07 de 12 de Setembro.

C. Adequação de Capital

A adequação de capital é monitorada através do rácio de solvabilidade regulamentar, que representa a percentagem mínima de capital que o Banco deve possuir para fazer face a eventuais perdas provenientes do risco de crédito e risco cambial.

A computação do Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR) é dada pela fórmula definida no Aviso nº 05/07 de 12 de Setembro do BNA:

Em 31 de Dezembro 2013 o rácio de solvabilidade situou-se em 17,43%, melhorando 1,35 pontos percentuais face a 2012. Esta melhora é explicada pela redução dos APR (8,86%) e do CRCO (22,95%).

Fundos Próprios Regulamentares (FPR)

O cálculo dos fundos próprios regulamentares é definido pelo Banco Nacional de Angola, no seu Aviso nº 05/07 de 12 de Setembro e pelo seu Instrutivo nº 03/2011 de 8 de Junho.

Em 2013 os fundos próprios regulamentares do BAI situaram-se em AKZ 82.810 milhões, reflectindo uma ligeira redução de 2,6% face ao exercício de 2012, explicado pelo i) aumento das participações financeiras e ii) transferência do fundo social para o passivo, bem como pela (iii) redução da dívida subordinada.

RSR=( FPR ) (APR + (CRCO/10%)

*100

Valores expressos em Milhões de AKZ Fundos Próprios de Base (Nível 1) 72.222 81.285 81.970 Fundos Próprios Complementares (Nível 2) 4.097 3.739 840Fundos Próprios Regulamentares (FPR) 76.320 84.998 82.810Activos Ponderados Pelo Risco (APR) 532.144 479.594 437.094Capital para Risco de Câmbio e Ouro/Rácio Mínimo 50.594 49.343 38.020 Rácio de Solvabilidade Regulamentar 13,09% 16,07% 17,43%

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

9 - GESTÃO DE RISCO

66

Os níveis de FPR que o Banco tem registado demonstram a forte capacidade de absorção de perdas resultante dos principais riscos a que o Banco se encontra exposto, designadamente, o risco de crédito, risco de mercado e risco operacional. Em 31 de Dezembro 2013, os FPR representavam 19,0% dos Activos Ponderados pelos Risco (APR), aumentando 1,3 pontos percentuais relativamente ao ano transacto. Os Fundos Próprios de Base representavam 18,8% dos APR, 317,1% do Crédito Vencido e 215,6 % do Capital para Risco de Câmbio e Ouro (CRCO), respectivamente.

Activos Ponderados pelo Risco (APR)

Os activos ponderados pelo risco representam o risco de crédito para efeitos do cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar, ou seja para cada item do activo dos Bancos é atribuído um determinado ponderador em função do tipo de operação, da moeda, e do sector institucional, sendo que os activos em moeda estrangeira requerem mais capital regulamentar.

Em 2013 registou-se uma redução dos APR em AKZ 42.500 milhões relativamente a 2012, influenciada pela conversão do crédito em moeda estrangeira para moeda nacional, redução das Disponibilidades em moeda estrangeira bem como pela amortização do crédito em moeda estrangeira concedido ao sector empresarial do estado.

Exigência de Capital para Risco Cambial

O capital para o risco de câmbio e ouro (CRCO) representa o nível de capital que o Banco deve possuir para fazer face ao risco de câmbio e de deterioração do activo denominado em ouro. Este indicador é incluído no denominador do cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar e é determinado com base na exposição cambial, cujo limite está estabelecido em 20% para as posições cambiais curtas ou longas e, com aplicação da fórmula, correspondente à soma de 13% sobre o valor absoluto entre a soma das duas posições e 7% sobre o maior valor absoluto entre as duas posições, bem como de 20% sobre a posição líquida em ouro.

Em 2013 o CRCO situou-se em AKZ 38.020 milhões, reflectindo uma diminuição de AKZ 11.323 milhões em relação a 2012. Esta redução foi influenciada pelo (i) vencimento das Obrigações do Tesouro Indexadas ao dólar, (ii) a redução dos Depósitos em moeda estrangeira e (iii) a conversão do crédito concedido em moeda estrangeira para moeda nacional.

D. Risco Operacional

O risco operacional, segundo o comité de Basileia para supervisão bancária, define-se como a probabilidade de perda directa ou indirecta resultante da má execução ou falha nos processos internos, pessoas e sistemas, no cumprimento das leis ou de eventos externos.

No BAI, a gestão do risco operacional está a cargo da comissão executiva que é coadjuvada pelo Gabinete de Segurança Integrada, Gabinete de Risco Operacional, Gabinete de Compliance e a Direcção de Auditoria Interna para a gestão dos riscos de sistemas, processamento e fraudes respectivamente.

A estrutura de Risco Operacional foi desenvolvida para minimizar a probabilidade de perdas significativas decorrentes de controlos inadequados nas diversas unidades de estrutura do Banco. As áreas de risco operacional têm como objectivo identificar os principais eventos e fontes de risco operacional, bem como registar e propor acções para mitigação das suas causas.

i. Gestão do Risco de Sistemas Em 2013, a gestão estratégica dos riscos de sistemas ou tecnológicos no BAI manteve-se a cargo do Comité de Informática e Segurança (CIS) e do Gabinete de Segurança Integrada, a nível operacional.

A estrutura de gestão para a mitigação do risco tecnológico actua com base num processo padrão de identificação, avaliação, monitorização, controlo e reporte dos riscos, com o objectivo de estabelecer um quadro normativo e operacional que oriente e discipline as actividades relativas à segurança e promova a auditoria dos sistemas de informação, preservando a confidencialidade dos dados por si processados e armazenados.

Fundos Próprios Regulamentares/(APR) 14,3% 17,7% 19,0%Fundos Próprios de Base (Nível 1)/(APR) 13,6% 17,0% 18,8% Fundos Próprios de Base (Nível 1)/Crédito Vencido 474,8% 393,9% 317,1%Fundos Próprios de Base (Nível 1)/CRCO 142,7% 164,7% 215,6% Fundos Próprios de Base (Nível 1)/Total do Activo 6,4% 7,9% 7,9%

Rácios de Capital Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

67

As principais irregularidades nesta categoria de risco incluem os riscos de intrusão, roubo, acessos, e incêndios.

Neste contexto, está em fase de identificação e implementação um conjunto de processos de onde são promovidas, formalizadas e implementadas as medidas preventivas relacionadas com o controlo de acessos, detecção de incêndios, detecção de intrusão e roubo e, circuito fechado de televisão. Estas medidas foram estruturadas com base no resultado de auditorias relacionadas a boas práticas nos sistemas de segurança electrónica do sector bancário.

O Banco está a desenvolver e a optimizar a sua central operacional que irá integrar os diversos sistemas de segurança existentes, desenhado para o controlo das agências que garantirá a manutenção física dos equipamentos de forma preventiva, permitindo remotamente efectuar a manutenção, reduzindo custos e ganhando em termos de custo/benefício.

Ao longo do período em análise efectuou-se a normalização e padronização do sistema de retardamento de abertura de cofres, uniformização de todo equipamento de segurança electrónica, identificação e melhorias dos processos de áreas dedicadas à segurança informática e à segurança lógica. São efectuados periodicamente um conjunto de controlos internos de forma a garantir acções proactivas na identificação e correcção de deficiências.

ii. Ocorrências de Risco Operacional (Pessoas e Processos)

Estes riscos representam uma das principais preocupações da gestão do Banco e portanto, no processo de gestão dos riscos de processamento e falha ou erros humanos, o Banco promove o engajamento de todos colaboradores no sentido de agir com zelo, baseando-se na conformidade legal direccionada para minimização de eventos adversos.

ii. Instrumentos de Monitorização do Risco Operacional O processo de identificação e monitorização à exposição ao risco operacional no BAI é feito com recurso aos seguintes instrumentos: reconciliações bancárias; relatórios de auditoria interna e externa (Relatórios de Controlo Interno); matriz de risco operacional; monitorização dos indicadores de risco; plano de continuidade de negócio; divulgação e conscientização de cultura de controlo de risco operacional.

Em termos de processamento, em 2013, os principais riscos identificados fixaram-se nas operações com cheques visados, transferências conta-conta, abertura de balcão e multicaixa. É também nestes processos que foram identificadas as principais fraudes ao longo do ano.

Ainda no período em análise, o Banco desenvolveu planos de continuidade de negócios, aplicáveis em caso de incêndio, inundações e interrupções de energia eléctrica.

E. Risco de Compliance

O Banco constituiu em 2010 a função de compliance autónoma (Gabinete de Compliance) tendo como missão supervisionar e assegurar o cumprimento e a correcta aplicação das disposições legais, regulamentares, éticas e das recomendações emitidas pelas entidades reguladoras e de supervisão. O GCL tem ainda como missão a aplicação de medidas para mitigar o risco de branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e é responsável por reportar operações de índole suspeita às autoridades competentes.

Para complementar o Gabinete de Compliance, foram designados, ao nível das unidades de negócio, coordenadores e agentes de compliance que devem assegurar o cumprimento dos procedimentos referentes à abertura, manutenção e movimentação das contas dos clientes. i. Modelo de Gestão de Risco de Branqueamento de Capitais e de Financiamento do Terrorismo

O Banco dispõe de uma política de prevenção e detecção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. Esta política é aplicável a todos os colaboradores do BAI. As filiais e participadas têm a obrigação de cumprir com a legislação e regulamentação no país em que operam ou a política do BAI, a que for mais exigente.

Encontra-se em curso a implementação um sistema de avaliação de risco para a totalidade dos clientes do Banco (matriz de risco) que considera, como critérios, a natureza do cliente (natureza jurídica, estrutura da propriedade), a natureza do negócio, a origem e destino de fundos e o volume e natureza das transacções.

ii. Modelo Orgânico e Funcional Implementado Conforme referido acima, o Banco dispõe de uma estrutura orgânica própria, autónoma, dirigida à prevenção e controlo do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, que se encontra integrada no Gabinete de Compliance (GCL).

9 - GESTÃO DE RISCO

68

iii. Identificação de Clientes

O Banco dispõe de procedimentos para a identificação dos clientes. Todavia há a necessidade de se fazer alguns desenvolvimentos informáticos que permitam dispor de uma base de dados com todas as informações de clientes, com vista ao cumprimento dos requisitos de KYC (“conheça o seu cliente”), KYB (“conheça o seu negócio”) e CDD (dever de diligência).

Está em curso a elaboração de um manual de procedimentos de KYC, tendo por base as recomendações do BNA contidas na Directiva nº 2/DSI/13 de 1 de Julho.

iv. Programa de Formação dos Colaboradores

O BAI reconhece que a formação de todo o quadro de pessoal constitui um aspecto crucial em todo o dispositivo de prevenção. Para o efeito, têm sido definidos programas anuais específicos que habilitam os colaboradores a reconhecerem as operações que podem estar relacionadas com o branqueamento de capitais e/ou financiamento do terrorismo. Em 2013 foram realizadas as seguintes acções:

GCL Pós Graduação em Compliance e CBC Faculdade de Direito UAN GCL Formação para Formadores CENFOR GCL e DOP Trade Finance Consultor Independente GCL Risco de Compliance Universidade Católica DBR Remessas de Valores Western Union / GCL DBR e DEI Compliance e Branqueamento de Capitais GCL (on-the-job training)

Unidade de Estrutura Descrição Instituição

1 Também devido ao outflow de capital na sequência da intenção do FED em iniciar a redução gradual dos estímulos económicos.

Um projectO EM HARMONIACOM A NATUREZA

RECURSOS HUMANOS 10

70

O BAI reconhece que os recursos humanos são dos activos mais importantes e determinantes para o seu sucesso reflectindo a importância estratégica na sua visão.

Em 2013 foi revisto o sistema de Avaliação e de Gestão do Desempenho (SAGD) do Banco. O SAGD é um instrumento de Gestão dos Recursos Humanos que tem vindo a ser desenvolvido e melhorado com o objectivo de reconhecer e melhorar o desempenho dos colaboradores, através do apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional. O sistema aplica-se a todos os vinculados por contrato de trabalho ao Banco, que tem como objectivo reconhecer e melhorar o desempenho dos colaboradores, através do apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional, com base nos seguintes critérios: Objectivos, Competências e Pontualidade e Assiduidade.

Em 2013 o Banco admitiu 123 novos colaboradores, registando assim um total de 1.870 colaboradores efectivos. O aumento do número de colaboradores em 2013 reflecte o crescimento dos canais de distribuição do Banco e o reforço das diversas áreas dos serviços centrais.

Canais de Distribuição

Nº de Colaboradores por Balcão

Número de Colaboradores por Balcão e Canais de Distribuição

2011 2012 2013

160

140

120

100

80

60

40

20

0

106

14 16 15

112128

71

10 - RECURSOS HUMANOS

A distribuição dos colaboradores por área funcional em Dezembro de 2013 é a seguinte:

Conselho de Administração (CA) José C. Paiva Pres. Cons. Adm. 11 4 - 15Gabinete de Segurança Integrada (GSI) N´Vunda Ferreira Director - - 10 10Gabinete de Compliance (GCL) Ulanga Martins Director - - 6 6Gabinete de Controlo de Risco Operacional (GCRO) Vladimir Gaspar Director - - 3 3Gabinete da Provedoria do Cliente (GPC) Diala Monteiro Provedor do Cliente - - 3 3Gabinete de Oil and Gas (GOG) Makanjila Almeida Director - - 5 5Secretariado da Comissão Executiva (SCE) Antónia Mascote Chefe Sec. Exec. - - 7 7 Dir. da Banca de Retalho (DBR) Raquel Gourgel Dir. Coordenadora - - 2 2 Gabinete de Suporte Comercial (GSC) Cláudia Fernandes Sub-Directora - - 6 6 Luanda-Bengo I (DBRLBI) Petra Meireles Directora - - 354 354 Luanda-Bengo II (DBRLBI) Paulo Assis Director - - 277 277 Norte (DBRN) Feliciano Tavares Director - - 210 210 Sul (DBRS) José C. Manuel Director - - 293 293Dir. da Banca Privada (DBP) N’Zola Rangel Directora - - 8 8Dir. de Empresas e Instituições (DEI) Jorge Silva Director - - 112 112 Dir. da Banca Electrónica (DBE) Carla Pataca Directora - - 57 57Dir. da Banca de Investimentos (DBI) Victor Cardoso Director - - 14 14 Dir. de Mercados Financeiros (DMF) Alexandre Carreira Director - - 18 18 Dir. de Operações (DOP) Gisela Fonseca Directora - - 74 74Dir. de Análise de Crédito (DAC) José Burity Director - - 23 23 Dir. de Recuperação de Crédito (DRC) Camilo Ortet Director - - 25 25 Dir. de Recursos Humanos (DRH) Cláudia Mbeng Sub-Directora - - 26 26Dir. de Serviços Gerais (DSG) Lucamba Magalhães Director - - 101 101Dir. de Contabilidade e Finanças (DCF) Rita Cravino Director - - 21 21 Dir. de Tecnologia de Informação (DTI) Luís Rodrigues Director - - 46 46 Dir. de Marketing e Comunicação (DMC) Fábio Correia Assessor - - 12 12 Dir. de Organização e Qualidade (DOQ) Luís Fernandes Director - - 11 11 Dir. Jurídica e Contencioso (DJC) Alexandre Morgado Director - - 7 7 Dir. de Planeamento Controlo e Risco (DPC) Francisco Figueira Sub-Director - - 7 7 Dir. de Auditoria Interna (DAI) José T. Lima Director - - 19 19Dir. Tesouraria Central (DTC) Eduardo Rodrigues Director - - 39 39Dir. de Projectos Tecnológicos Nuno Veiga Director - - 16 16 e Desenvolvimento (DPD) Outros - - 58 58Total - Dezembro 2013 11 4 1.855 1.870Total - Dezembro 2012 11 7 1.729 1.747Variação 0 -3 141 123

Unidades de Estrutura Responsável Categoria TotalAdm. Executivo e Não Executivo

ServiçosCentrais

UnidadesComerciais

72

A nível das actividades do BAI há uma maior predominância do efectivo nas áreas de negócio, que representaram 67% do total, Por sua vez as áreas de suporte representaram 33% do total em 2013. Particular destaque para a Rede Comercial que se encontra representada com 61% do total, isto é 1.136 colaboradores.

No final de 2013 a estrutura etária do Banco era constituída maioritariamente por colaboradores entre os 25 e os 30 anos de idade, representando 39% do total. A média de idade dos colaboradores no BAI é de 33 anos. A distribuição em termos de género apresentou um total de 1.053 (56%) de colaboradores do sexo masculino e 817 (44%) do sexo feminino.

Em termos de antiguidade, 76% (1.421) dos colaboradores estavam vinculados ao Banco por um período inferior a 7 anos, enquanto 23% (449) estavam vinculados há mais de 8 anos.

Estrutura Etária

25-30; 39%

31-35; 28%

Mais de 35; 27%

Até 24; 6%

0% 10%5% 15% 20% 35%25% 40%30% 45% 50%

Antiguidade

2013

2012

2011

12%

48%

27%

43%

29%

10%

20%

8%

43%

23%

11%

9%

8-10 anos5-7 anos2-4 anosAté 1 ano

73

Em 2013, o grau académico dos colaboradores BAI mostrava que 19% dos colaboradores possuíam a Licenciatura concluída, enquanto 34% tinham o Ensino Médio e Pré-Universitário concluído. Registou-se ainda o aumento de 139 colaboradores com Bacharelato e com frequência universitária, representando 40% comparativamente aos 35% registado em 2012.

O BAI continua a apostar na formação, com o objectivo de melhorar as competências técnicas, comportamentais e de gestão dos seus colaboradores, as acções de formação são ministradas em sala e on job, através da Academia BAI. Os gráficos em baixo ilustram as formações e os custos de formação por tipo, realizados em 2013:

Em 2013, o BAI proporcionou 229 acções de formação, das quais 227 no país, tendo cada colaborador beneficiado em média de duas acções de formação no ano.

0% 10%5% 15% 20% 35%25% 40%30% 45%

Habilitações Literárias

2013

2012

2011

6%

38%

35%

1%

20%

1%

6%

43%

30%

19%

1%

1%

40%

5%

19%

34%

1%

1%

Ensino Primário e Secundário Ensino Médio e Ensino Pré-Universitário Bacharelato e Frequência Universitária

Licenciatura Pós-Graduação Mestrado e Doutoramento

Número de Participantes por Tipo de Formação Custos de Formação

1.608Bancárias; 42%

Bancárias; 32%

Seminários; 4%

572Comportamentais; 17% Comportamentais; 21%

572Seminários; 17%

Desp. Adicionais; 28%

874Técnicas; 24%

Técnicas; 16%

10 - RECURSOS HUMANOS

74

O BAI tem apoiado também os seus colaboradores com o incentivo à autoformação, que tem como finalidade contribuir financeiramente para a formação académica dos seus colaboradores, promovendo a formação e especialização académica, bem como o desenvolvimento profissional dos recursos humanos necessários para o crescimento da Instituição. Em 2013, os investimentos em incentivos à autoformação ascenderam os AKZ 3,2 milhões, abrangendo 19 colaboradores (menos 6 do que em 2012).

Autoformação Número de Beneficiários 21 25 19 -6 -24%Rede Comercial 13 15 9 -6 -40%Serviços Centrais 8 10 10 0 0%Investimento (em mAKZ) 3.303 4.410 3.268 -1.141 -26%

2011 2012 2013 Variação Anual Absoluta %

ANÁLISE FINANCEIRA 11

UM PROJECTODE INDEPENDENCIAPESSOAL

76

A. Análise dos Elementos do Balanço

O activo líquido registou uma ligeira redução de 1%, atingindo em Dezembro de 2013 AKZ 1.039.693 milhões.

Em 2013 destaca-se o aumento das aplicações em títulos em 19,6%, contra o aumento de 7,7% verificado em 2012, reflectindo a política conservadora relativamente aos investimentos em activos com forte exposição ao risco e a primazia pela liquidez. A carteira de crédito vincendo observou uma redução ligeira em 2013 (-0,5%) quando em 2012 registou uma redução de 10,8%.

Os activos que apresentam um elevado nível de liquidez situaram-se em 49% do balanço, menos três pontos percentuais comparativamente ao exercício de 2012. Os activos com menos liquidez representavam cerca de 43% do balanço, diminuindo em dois pontos percentuais relativamente ao exercício de 2012. Os activos que apresentam menor grau de liquidez são os Títulos e Valores Mobiliários e os Créditos a Clientes, que representavam 19% e 24%, respectivamente. Os recursos de clientes são a principal fonte de financiamento do Banco, representando 87% do balanço em 2013, um aumento de oito pontos percentuais comparativamente a 2012.

Valores expressos em Milhões de AKZ

Disponibilidades 202.719 263.331 189.309 29,9% -28,1%Aplicações de liquidez 438.186 282.297 322.647 -35,6% 14,3%Aplicações em títulos 155.124 167.097 199.900 7,7% 19,6%Crédito 286.060 257.314 245.708 -10,0% -4,5%Participações financeiras 8.575 8.776 16.675 2,3% 90,0%Imobilizado corpóreo e incorpóreo 25.857 39.220 41.292 51,7% 5,3%Outros activos 14.889 15.394 24.161 3,4% 57,0%Total do Activo 1.131.410 1.033.428 1.039.693 -8,7% 0,6%Depósitos 996.148 815.204 902.936 -18,2% 10,8%Captações para liquidez 9.673 9.583 9.762 -0,9% 1,9%Outros passivos 35.273 105.152 17.312 198,1% -83,5%Provisões para riscos e encargos 2.629 4.039 5.253 53,6% 30,0%Capitais próprios 87.687 99.450 104.430 13,4% 5,0%Total do Passivo e Capitais Próprios 1.131.410 1.033.428 1.039.693 -8,7% 0,6%

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13 Variação Absoluta 12/11 13/12

Dez. 13Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13Dez. 11 Dez. 12

Estrutura do Balanço

100%

80%

60%

40%

20%

0%

25% 25%

14% 16%

39%27%

87%88% 79%

18% 25% 3%4% 11%

4% 6% 10%8% 10%

CréditosRecursos de ClientesTítulos e Valores MobiliáriosAplicações de Liquidez

Outros RecursosCapitais PrópriosCaixa e DisponibilidadesOutros Activos

24%

19%

31%

18%8%

77

11 - Análise Financeira

Depósitos de Clientes

Os depósitos de clientes situaram-se em AKZ 902.936 milhões no final de 2013, aumentando 10,8% relativamente a 2012. Os depósitos à ordem situaram-se em AKZ 517.288 milhões, um aumento de 19,0% quando comparado a 2012. Como consequência, o peso dos depósitos à ordem nos depósitos de clientes aumentaram em 4 pontos percentuais, passando a representar 57,3% do total de depósitos em 2013. Por outro lado, os depósitos a prazo registaram aumento de AKZ 5.182 milhões (+1,4%) relativamente a 2012, atingindo os AKZ 385.648 milhões no final de 2013.

Os depósitos em moeda estrangeira representavam 52% dos recursos de clientes, menos 13 pontos percentuais comparativamente ao ano anterior (2012; 65%). Os depósitos em moeda nacional passaram de 35% em 2012 para 48% em 2013 decorrente das medidas de desdolarização da economia.

Crédito sobre Clientes

Os créditos sobre clientes reduziram em AKZ 11.606 milhões relativamente ao verificado em 2012, situando-se em AKZ 245.708 milhões. Esta redução é explicada i) pela avaliação prudente feita à carteira de crédito e que resultou no agravamento dos níveis de risco, ii) pelo aumento das provisões e iii) pelo aumento dos abates de crédito em AKZ 10.408 milhões (ver nota 7 do anexo às Demonstrações Financeiras). Os créditos e juros vencidos situaram-se em AKZ 19.612 milhões, uma redução de AKZ 1.023 milhões relativamente a 2012. Como consequência, o rácio de incumprimento reduziu 0,35 pontos percentuais quando comparado a 2012, situando-se em 6,89%.

O saldo das provisões para crédito aumentou AKZ 11.376 milhões relativamente a 2012, devido ao agravamento do risco da carteira de crédito, situando-se no final de 2013 em AKZ 38.960 milhões. O rácio de cobertura do crédito por provisões situou-se em 13,7% em 2013, mais 2,31 pontos percentuais relativamente a 2012.

Depósito à Ordem

Depósito a Prazo

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Depósitos de Clientes

12.00010.0008.0006.0004.0002.000

0

815.200

996.140

319.568

385.648380.466676.580

517.288434.738

902.936

MIL

ES D

E A

KZ

Depósitos por Moeda - Dezembro 2012

Depósito ME; 65% Depósito ME; 52%

Depósito MN; 35% Depósito MN; 48%

Depósitos por Moeda - Dezembro 2013

Crédito Vincendo

Crédito Vencido

Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Crédito sobre Clientes

15.206 20.635 19.612

293.045 264.262 265.056

(22.191) (27.584) (38.960)

MIL

ES D

E A

KZ -10% -5%

78

Títulos e Valores Mobiliários Os investimentos em títulos e valores mobiliários ascenderam aos AKZ 199.900 milhões, um aumento de AKZ 32.804 milhões, isto é, um aumento de 19,6% comparativamente a 2012. Todos os títulos na carteira encontravam-se classificados na categoria de mantidos até ao vencimento em 2013.

As obrigações do tesouro, bilhetes do tesouro, títulos do Banco Central e outras obrigações, representavam, respectivamente, em 60,9%, 29,6%, 1,7% e 7,8% do total da carteira.

Aplicações de Liquidez e Disponibilidades

As aplicações de liquidez no estrangeiro situaram-se em AKZ 167.955 milhões, um aumento de 55,5% comparativamente a 2012. As aplicações de liquidez no país situaram-se em AKZ 154.692 milhões, sendo principalmente compostas por operações de compra de títulos com acordos de revenda com o BNA.

As disponibilidades atingiram os AKZ 189.309 milhões, representando uma diminuição de AKZ 74.022 milhões (-28%) relativamente a 2012. Esta diminuição foi influenciada pelo aumento das aplicações em instituições financeiras no estrangeiro.

Títulos do Banco Nacional de Angola

Bilhetes do Tesouro

Outras Obrigações

Obrigações do Tesouro

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Títulos e Valores Mobiliários

155.124167.097

199.900

7.9127.067

15.583

122.922

16.319

121.959

121.717

7.97120.853

3.474

17.217

59.126

MIL

ES D

E A

KZ

+8%

+20%

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Aplicações de Liquidez

438.186

282.297322.647

310.892

127.294174.311 154.692

107.986 167.955

MIL

ES D

E A

KZ

-36%

+14% No País

No Estrangeiro

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Disponibilidades

202.719

263.331

189.30927.468

175.251 156.901 161.303

106.43028.006

MIL

ES D

E A

KZ

+30% -28%

No País

No Estrangeiro

79

B. Elementos da Demonstração dos Resultados

O resultado líquido registou uma redução de 29,8% relativamente a 2012, situando-se em AKZ 12.082 milhões. Este resultado reflecte os seguintes factores:

• Aumento do risco da carteira de crédito e consequentemente do aumento das provisões de crédito; • Redução da margem complementar resultante da diminuição dos resultados da prestação de serviços financeiros; • Redução dos resultados não operacionais.

Margem Financeira

A margem financeira situou-se em AKZ 34.177 milhões, um aumento de AKZ 3.329 milhões relativamente a 2012 devido aos custos de instrumentos financeiros terem registado uma redução de 24,0% AKZ 4.396 milhões, superior à redução dos proveitos de instrumentos financeiros activos de AKZ 1.066 milhões (-2,2%).

Valores expressos em Milhões de AKZ

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos 50.183 49.146 48.080 -2,1% -2,2% Custos de Instrumentos Financeiros Passivos (21.373) (18.298) (13.902) -14,4% -24,0%Margem Financeira 28.810 30.848 34.177 7,1% 10,8% Resultados de Operações Cambiais 12.243 12.330 11.592 0,7% -6,0% Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 8.996 11.680 10.345 29,8% -11,4% Outros Proveitos e Custos Operacionais 340 776 671 128,3% -13,5%Margem Complementar 21.579 24.786 22.608 14,9% -8,8%Produto Bancário 50.389 55.634 56.785 10,4% 2,1% Provisões para Crédito (13.068) (17.478) (21.933) 33,7% 25,5%Resultados de Intermediação Financeira1 37.321 38.155 34.852 2,2% -8,7% Custos Administrativos (18.084) (20.953) (21.951) 15,9% 4,8% Outras Provisões e Imparidades (1.879) (2.966) (2.857) 57,9% -3,7%Resultado Operacional 17.358 14.236 10.044 -18,0% -29,4% Lucros e Prejuízos Não Operacionais 1.673 3.494 462 108,8% -86,8%Resultados antes de Impostos e Outros Encargos 19.031 17.730 10.506 -6,8% -40,7% Impostos Correntes e Diferidos 1.166 (513) 1.576 -144,0% -407,2%Resultado Líquido do Exercício 20.197 17.217 12.082 -14,8% -29,8%

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13 Variação Anual Absoluta %

Dez. 11 Dez. 11Dez. 12 Dez. 12Dez. 13 Dez. 13

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos Custos de Instrumentos Financeiros Passivos

50.18321.373

49.146 18.29848.080 13.90258%

98%

33%

9% 2%

18%3%

19%4%

22%

59% 97%

22%

59% 96%

MIL

ES D

E A

KZ

MIL

ES D

E A

KZ

Aplicações de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários

Créditos

Depósitos Captações para Liquidez

11 - Análise Financeira

1 Incluindo “Outros Proveitos e Custos Operacionais”.

80

Em 2013 o investimento médio em activos financeiros situou-se em AKZ 737.482 milhões, registando uma diminuição de AKZ 55.557 (-7,0%) comparativamente a Dezembro de 2012. A redução no investimento médio teve um impacto directo aos proveitos de instrumentos financeiros activos que registaram uma redução de AKZ 1.067 milhões, situando-se em AKZ 48.080 milhões, em 2013. O ligeiro aumento das médias taxas de juro ocorridas nas aplicações de liquidez, bem como no crédito, foi insuficiente para compensar a redução do investimento médio em activos financeiros.

A redução do investimento médio em activos financeiros foi influenciada pela diminuição das aplicações de liquidez, que apesar de representar 41,0% do investimento médio em activos financeiros em 2013 (2012: 45,4%), explicou 19,1% dos proveitos financeiros (2012: 18,1%). Por sua vez, o crédito e os títulos e valores mobiliários representam conjuntamente 59,0% do investimento médio em activos financeiros (2012: 54,6%), mas explicaram 80,8% dos proveitos financeiros em 2013 (2012: 81,9%).

O passivo financeiro médio situou-se em AKZ 392.729 milhões, aumentando em 9,2% (AKZ 33.085) relativamente ao ano de 2012. O aumento do passivo financeiro médio, contrastado com a diminuição das taxas médias de juro, reflectiu-se na redução dos custos de instrumentos financeiros em AKZ 4.396 milhões.

O efeito combinado da redução das taxas médias de juro do passivo, e o aumento das taxas médias de juro do activo, originou a melhoria da margem financeira em 2013 em AKZ 3.329 milhões.

Margem Complementar

A diminuição das comissões de serviços bancários prestados e das comissões de operações cambiais contribuíram para a redução dos resultados de prestação de serviços financeiros em 11,4% (menos AKZ 1.335 milhões) e consequente a diminuição da margem complementar em 10% (AKZ 2.178 milhões) relativamente ao ano de 2012, situando-se em AKZ 22.607 milhões no final de 2013.

Valores expressos em Milhões de AKZ

Balanço MédioActivos Financeiros 688.704 7,3% 793.039 6,2% 737.482 6,5% 15,1% -7%Aplicações de Liquidez 250.213 1,8% 360.242 2,5% 302.472 3% 44% -16%Títulos e Valores Mobiliários 180.752 9,1% 161.111 6,8% 183.499 5,8% -10,9% 13,9%Crédito 257.739 11,4% 271.687 10,8% 251.511 11,2% 5,4% -7,4%Outros Activos 264.847 289.380 299.079 9,3% 3,4%Activo Líquido Médio 953.551 1.082.419 1.036.561 13,5% -4,2%Passivo Financeiro 293.770 7,3% 359.645 5,1% 392.729 3,5% 22,4% 9,2%Depósitos a Prazo 284.284 7,4% 350.017 5,1% 383.057 3,5% 23,1% 9,4%Captações para Liquidez 9.487 4% 9.628 5,5% 9.672 5,7% 1,5% 0,5%Outros Passivos 579.551 629.206 541.891 8,6% -13,9%Passivo Médio 873.321 988.851 934.621 13,2% -5,5%Total Fundos Próprios Médios 80.230 93.568 101.940 16,6% 8,9%Total do Passivo e Fundos Próprios Médios 953.551 1.082.419 1.036.561 13,5% -4,2%*As taxas médias do activo e passivo financeiro são o quociente entre os proveitos ou custos pelos activos ou passivos que lhes dão origem.

Dez. 11 Taxas Dez. 12 Taxas Dez. 13 Taxas Variação Anual Médias* Médias* Médias* Absoluta %

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Margem Complementar

21.579 24.786 22.608

42%2%

58%50% 51%

47%3% 3%

46%

MIL

ES D

E A

KZ

Resultados de Operações Cambiais

Resultados de Prestação de Serviços Financeiros

Outros Proveitos e Custos Operacionais

81

Custos Administrativos

Os Custos Administrativos ascenderam em AKZ 21.589, um aumento de 4,0% relativamente a 2012. Os custos com fornecimentos de terceiros representavam 47,3% dos Custos Administrativos, atingindo AKZ 10.216 milhões, um aumento de AKZ 281 milhões (+2,8%) relativamente a 2012. Os custos com o pessoal representavam 41,1% dos Custos Administrativos, atingindo AKZ 8.881 milhões em 2013, um aumento 2% (AKZ 177 milhões) relativamente a 2012.

O rácio cost-to-income aumentou um ponto percentual relativamente a 2012, situando-se em 38,7%, devido ao crescimento dos Custos Administrativos (4,8%), superior ao crescimento do produto bancário (2,1%).

C. Resultados e Rendibilidade

O resultado antes de impostos situou-se em AKZ 10.506 milhões, tendo observado uma redução de 42% (AKZ 7.225 milhões) relativamente a 2012. Os impostos correntes e diferidos registados no exercício de 2013 situou-se em AKZ 1.576 milhões, tendo impacto positivo no resultado líquido do exercício que se situou em AKZ 12.082 milhões.

A rendibilidade média dos capitais próprios (ROAE) situou-se em 11,9%, menos 6,5 pontos percentuais do que em 2012, e a rendibilidade média do activo líquido (ROAA) situou-se em 1,6%, menos 0,4 pontos percentuais relativamente a 2012.

A rentabilidade média do activo líquido medido pela margem financeira situou-se em 3,3%, 0,5 pontos percentuais acima do verificado em 2012. Por outro lado, a rentabilidade média dos capitais próprios medida pela margem financeira situou-se em 33,5%, mais 0,6 pontos percentuais acima do verificado em 2012. O exercício demonstra a melhoria que o Banco alcançou na alocação dos seus activos e passivos face ao ambiente de agravamento dos níveis de risco da carteira de crédito.

A rentabilidade média do activo líquido medido pela margem complementar situou-se em 2,2%, menos 0,1 ponto percentual que o verificado em 2012. Por outro lado, a rentabilidade média dos capitais próprios medida pela margem complementar registou redução de 4,3 pontos percentuais que o verificado em 2012, situando-se em 22,2%.

A redução da rentabilidade média dos capitais próprios e do activo líquido é consequência combinada da redução do agravamento dos níveis de risco de crédito (reflectido no aumento do reforço líquido de provisões) e do aumento do aumento dos Custos Administrativos.

Dez. 11 Dez. 12 Dez. 13

Custos Administrativos

18.084 20.953 21.951

51%9%

41% 42% 41%

48%10% 12%

47%

MIL

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Custos com Pessoal

Fornecimento de Terceiros

Depreciações e Amortizações

0% 10%5% 15% 20% 25% 30%

Rentabilidade

Dez. 13

Dez. 12

Dez. 11

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18%18%

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ROAA

ROAE

RAI/Capitais Próprios

11 - Análise Financeira

Um projectOA LONGO PRAZO

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 12

84

O Conselho de Administração propõe, tendo em conta as disposições legais e estatutárias, que o resultado líquido de AKZ 12.081.900.176,6 (doze mil e oitenta e um milhões, novecentos mil e cento e setenta e seis Kwanzas e sessenta cêntimos), referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, tenha a seguinte aplicação:

Reserva Legal 5,5% 667.674.954Reservas Livres 69,5% 8.393.750.178Dividendos 25% 3.020.475.044Resultado do Exercício 100% 12.081.900.176

% AKZ

Um projectODE DESENVOLVIMENTO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 13

86

Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2013 e 2012

ActivoDisponibilidades 3 189.309.176 1.939.276 263.331.006 2.748.015 Aplicações de liquidez Operações no mercado monetário interfinanceiro 4 253.856.141 2.600.492 206.718.184 2.157.227 Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda 4 68.791.235 704.695 75.579.315 788.715Títulos e valores mobiliários Mantidos para negociação 5 - - 394.547 4.117 Mantidos até ao vencimento 5 199.900.493 2.047.773 166.702.206 1.739.636Créditos no sistema de pagamentos 6 623.632 6.388 - -Operações cambiais 404 4 397 4 Créditos Créditos 7 284.667.929 2.916.127 284.897.310 2.973.072 Provisão para crédito de liquidação duvidosa 7 (38.960.103) (399.106) (27.583.618) (287.851)Outros valores 8 23.537.401 241.116 15.393.103 160.636 Imobilizações Imobilizações financeiras 9 16.674.789 170.816 8.775.983 91.583 Imobilizações corpóreas 10 36.177.285 370.599 32.438.863 338.519 Imobilizações incorpóreas 10 5.114.656 52.394 6.781.080 70.765Total do Activo 1.039.693.038 10.650.574 1.033.428.376 10.784.438 Passivo e Fundos Próprios Depósitos Depósitos à ordem 11 517.287.935 5.299.077 434.737.603 4.536.746 Depósitos a prazo 11 385.648.057 3.950.563 380.466.069 3.970.389Captações para liquidez Operações no mercado monetário interfinanceiro 12 9.761.851 100.000 9.582.590 100.000 Instrumentos financeiros derivados 13 - - 45.191 472 Obrigações no sistema de pagamentos 14 3.383.977 34.665 76.314.413 796.386Operações cambiais 15 1.384.772 14.186 15.356.632 160.256 Dívidas subordinadas 16 504.393 5.167 1.464.460 15.283 Adiantamentos de clientes 17 3.115.405 31.914 2.355.752 24.584 Outras obrigações 18 8.923.710 91.416 9.615.970 100.346Provisões para responsabilidades prováveis 19 5.252.951 53.810 4.039.283 42.152 Total do Passivo 935.263.051 9.580.798 933.977.963 9.746.614 Capital social 20 14.786.705 151.474 14.786.705 154.308Reserva de actualização monetária dos fundos próprios 20 28.669 294 28.669 299 Reservas e fundos 20 76.909.166 787.854 66.797.836 697.075 Resultados potenciais 20 670.807 6.872 667.083 6.961 Acções próprias em tesouraria 20 (47.260) (484) (47.260) (493)Resultado do exercício 20 12.081.900 123.766 17.217.380 179.674Total dos Fundos Próprios 104.429.987 1.069.776 99.450.413 1.037.824Total do Passivo e dos Fundos Próprios 1.039.693.038 10.650.574 1.033.428.376 10.784.438O anexo faz parte integrante destes balanços.

31 Dez. 2013 31 Dez. 2013 31 Dez. 2012 31 Dez. 2012 Notas Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2) Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2)

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

A. Balanços

87

Proveitos de aplicações de liquidez 22 9.187.627 94.118 8.902.268 92.900Proveitos de títulos e valores mobiliários 22 10.674.201 109.346 11.006.593 114.860Proveitos de instrumentos financeiros derivados 22 17.925 184 - -Proveitos de créditos 22 28.199.835 288.878 29.237.236 305.108Proveitos de instrumentos financeiros activos 48.079.588 492.526 49.146.097 512.868Custos de depósitos 22 (13.348.083) (136.737) (17.714.746) (184.864)Custos de captações para liquidez 22 (554.283) (5.678) (538.051) (5.615)Custos de instrumentos financeiros derivados 22 - - (45.191) (472)Custos de instrumentos financeiros passivos (13.902.366) (142.415) (18.297.988) (190.951)Margem Financeira 34.177.222 350.111 30.848.109 321.917Resultados de negociação e ajustes ao valor justo (443) (5) - -Resultados de operações cambiais 23 11.591.466 118.743 12.329.861 128.669Resultados de prestação de serviços financeiros 24 10.344.574 105.969 11.679.505 121.883Provisões para crédito de liquidação duvidosa 19 (21.933.083) (224.682) (17.478.141) (182.393)Resultado de Intermediação Financeira 34.179.736 350.136 37.379.334 390.076Pessoal 25 (8.880.883) (90.975) (8.703.873) (90.830)Fornecimentos de terceiros 26 (10.215.688) (104.649) (9.934.711) (103.675)Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado 27 (361.255) (3.701) (185.675) (1.938)Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras 28 (617) (6) (2.585) (27)Depreciações e amortizações 10 (2.492.805) (25.536) (2.126.307) (22.189)Custos administrativos e de comercialização (21.951.248) (224.867) (20.953.151) (218.659)Provisões sobre outros valores e responsabilidades prováveis 19 (1.378.755) (14.124) (2.036.359) (21.251)Resultado de imobilizações financeiras 29 (1.476.982) (15.130) (929.918) (9.704)Outros proveitos e custos operacionais 30 671.361 6.876 776.120 8.099Outros Proveitos e Custos Operacionais (24.135.624) (247.245) (23.143.308) (241.515)Resultado Operacional 10.044.112 102.891 14.236.026 148.561Resultado não operacional 31 461.540 4.728 3.494.517 36.468Resultado Antes de Impostos e Outros Encargos 10.505.652 107.619 17.730.543 185.029Imposto corrente 32 - - (1.711.903) (17.865)Impostos diferidos activos 32 1.576.248 16.147 1.198.740 12.510Resultado Líquido do Exercício 12.081.900 123.766 17.217.380 179.674 O anexo faz parte integrante destes balanços.

31 Dez. 2013 31 Dez. 2013 31 Dez. 2012 31 Dez. 2012 Notas Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2) Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2)

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

Demonstrações dos Resultados para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012

B. Demonstrações dos Resultados

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

88

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AKZ

89

Recebimentos provenientes de:Proveitos de aplicações de liquidez 7.170.539 73.455 8.632.461 90.085Proveitos de títulos e valores mobiliários 10.674.201 109.346 10.576.601 110.373Proveitos de créditos 26.000.607 266.349 27.021.192 281.982Pagamentos de:Custos de depósitos 13.349.001) (136.747) (17.716.578) (184.883)Custos de captações para liquidez (597.656) (6.122) (736.350) (7.684)Custos de instrumentos financeiros derivados ( 27.266) ( 285) - -Fluxos de Caixa da Margem Financeira 29.871.424 305.996 27.777.326 289.873Resultados de negociações e ajustes ao justo valor (443) ( 5) -Resultados de operações cambiais 11.591.466 118.743 12.330.036 128.671Resultados de prestação de serviços financeiros 9.859.577 101.001 11.679.505 121.883Fluxos de Caixa da Intermediação Financeira 51.322.024 525.735 51.786.867 540.427Pagamentos de custos administrativos e de comercialização (18.627.348) (190.818) (19.097.417) (199.293)Pagamento de encargos sobre o resultado - - (989.945) (10.331)Liquidação de operações no sistema de pagamentos (73.554.068) ( 753.485) 59.803.958 624.090Outros custos e proveitos operacionais 2.050.116 21.001 383.639 4.004Fluxos de Caixa das Operações (38.809.276) (397.567) 91.887.102 958.897Investimentos em aplicações de liquidez (40.382.960) (413.681) 156.158.179 1.629.603Investimentos em títulos e valores mobiliários activos (31.148.116) (319.080) (11.147.833) (116.334)Investimentos em operações cambiais ( 7) - ( 2) -Investimentos em créditos (8.127.989) (83.263) 13.518.311 141.072Investimentos em outros valores (8.144.298) (83.430) (1.017.049) (10.614)Investimentos em imobilizações (12.463.609) (127.677) (15.689.935) (163.734)Outros ganhos e perdas não operacionais 461.540 4.728 3.498.778 36.512Fluxos de Caixa dos Investimentos (99.805.439) (1.022.403) 145.320.449 1.516.505Financiamentos com depósitos 90.853.265 930.697 (180.943.175) (1.888.249)Financiamentos com captações para liquidez 179.263 1.836 54.435 568Financiamentos com operações cambiais (17.897.467) (233.796) 3.106.737 32.420Financiamentos com outras captações (157.043) (1.609) (789.297) (8.237)Financiamentos com outras obrigações (4.628.234) ( 47.411) 7.025.398 73.314Pagamento de dividendos (3.756.899) (38.486) (5.049.474) (52.694)Fluxos de Caixa dos Financiamentos 64.592.885 611.231 (176.595.376) (1.842.878)Variações em Disponibilidades (74.021.830) (808.739) 60.612.175 632.524Disponibilidades no início do exercício 263.331.006 2.748.015 202.718.831 2.115.491Disponibilidades no fim do exercício 189.309.176 1.939.276 263.331.006 2.748.015 O anexo faz parte integrante destas demonstrações.

31 Dez. 2013 31 Dez. 2013 31 Dez. 2012 31 Dez. 2012 Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2) Milhares AKZ Milhares USD (Nota 2)

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ e milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012

D. Demonstrações dos Fluxos de Caixa

E. Aprovação do Conselho de Administração

O Conselho de Administração do BAI – Banco Angolano de Investimentos S.A., é o responsável pela preparação, integridade e objectividade das Demonstrações Financeiras.

As Demonstrações Financeiras Individuais do Banco em 31 de Dezembro de 2013 encontram-se pendentes de aprovação pela Assembleia Geral à data de emissão do relatório de auditoria do auditor externo. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações.

24 de Março de 2014

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

90

F. Anexo às Demonstrações Financeiras

Nota Introdutória

O Banco Angolano de Investimentos, S.A. (adiante igualmente designado por Banco ou BAI), com sede em Luanda, é um Banco de capitais privados, sendo parte destes de entidades não residentes. O Banco foi constituído em 13 de Novembro de 1996. A actividade comercial foi iniciada no dia 4 de Novembro de 1997. Em 4 de Maio de 2008 o BAI alterou a sua denominação social de sociedade anónima de responsabilidade limitada (S.A.R.L.) para sociedade anónima (S.A.), estando em conformidade com a Lei das Instituições Financeiras, Lei nº 13/2005, de 30 de Setembro, no que diz respeito ao artigo nº 13º, alínea b). Em 11 de Janeiro de 2011 o Banco alterou a sua designação de Banco Africano de Investimentos, S.A. para Banco Angolano de Investimentos, S.A.

O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária, nos termos e dentro dos limites definidos pelo Banco Nacional de Angola (adiante designado por BNA), dedicando-se à obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos, certificados de depósito e de obrigações de caixa, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no BNA, aplicações em instituições financeiras, aquisição de títulos ou em outros activos para os quais se encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira, dispondo para o efeito de uma rede nacional de 129 pontos de atendimento sendo que destes 17 foram abertos durante o ano de 2013. Cerca de 74 pontos de atendimento da sua rede nacional encontram-se localizados na cidade de Luanda. O Banco dispõe na rede de 6 centros de atendimento à empresa e um centro de Private Banking.

2. Bases de Apresentação e Resumo das Principais Políticas Contabilísticas

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos pelo Banco, de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de Contas das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07, de 19 de Setembro, do BNA, e actualizações subsequentes. Estes princípios poderão diferir dos geralmente aceites em outros países.

O BNA autorizou o BAI, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a manter as suas imobilizações financeiras registadas pelo método do custo histórico de aquisição e não pelo método de equivalência patrimonial, conforme definido no CONTIF.

Por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas, o BAI constituiu no exercício de 2007 uma reserva nos fundos próprios, com a designação de “Fundo Social”, com a finalidade de apoio aos seus colaboradores, tendo esta reserva vindo a ser dotada anualmente através da aplicação de resultados. Os critérios de atribuição deste benefício encontram-se definidos no Regulamento do Fundo Social, conforme descrito na Nota 2, alínea k).

O “Fundo Social”, no montante de mAKZ 2.801.705 (mUSD 29.058), encontrava-se registado como uma reserva nos fundos próprios do Banco, tendo, no exercício de 2013, sido reclassificados os montantes de mAKZ 1.700.342 (mUSD 17.418) e mAKZ 1.101.363 (mUSD 11.282) para a rubrica de passivo “Outras obrigações” (Nota 18) e para a rubrica de activo “Outros valores” (Nota 8), respectivamente. O montante de mAKZ 1.101.363 foi registado no activo como dedução ao valor de balanço dos imóveis não de uso próprio que se encontram a ser alienados pelo Banco aos seus colaboradores, com o objectivo de fazer face à diferença entre o custo de aquisição e o preço de venda destes imóveis.

As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 encontram-se expressas em Kwanzas, tendo os activos e passivos denominados em outras divisas sido convertidos para moeda nacional, com base no câmbio médio de referência publicado pelo BNA naquelas datas.

A informação financeira relativa aos exercícios de 2013 e 2012 expressa em USD é apresentada apenas para efeitos de conveniência de leitura tendo a sua conversão sido efectuada com base na taxa de câmbio médio indicativa, publicada pelo BNA em 31 de Dezembro de 2013 e 2012. Esta conversão não deve ser interpretada como a representação de que os montantes em Kwanzas (AKZ) têm sido, poderiam ter sido ou poderão vir a ser, convertidos para Dólares dos Estados Unidos (USD) a estas ou a quaisquer taxas de câmbio.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os câmbios de referência do Kwanza (AKZ) face ao Dólar dos Estados Unidos (USD) e ao Euro (EUR) eram os seguintes:

2013 97,619 134,387 2012 95,826 126,375

Exercício USD EUR

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Políticas Contabilísticas

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização de Exercícios

Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.Os dividendos são reconhecidos quando recebidos.

b) Operações em Moeda Estrangeira

As operações em moeda estrangeira são contabilizadas de acordo com os princípios do sistema multi-currency, sendo cada operação registada em função das respectivas moedas de denominação. Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbio média publicada pelo BNA à data do balanço. Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais, realizadas ou potenciais, registam-se na demonstração dos resultados do exercício na rubrica de resultados de operações cambiais (Nota 23).

As operações de compra e venda de moeda estrangeira, quando não liquidadas na data da sua contratação, são registadas em contas extrapatrimoniais na rubrica “Vendas de moeda estrangeira a liquidar” (Nota 33), quando liquidadas as mesmas são liquidadas na data da sua contratação, são registadas nas adequadas contas patrimoniais.

As transferências para/e do exterior em moeda estrangeira são registadas como operações pendentes de liquidação, a débito ou a crédito, conforme o caso. As ordens de pagamento enviadas ao exterior, bem como as recebidas do exterior, são registadas na data do recebimento da ordem ou do aviso do crédito, como operações pendentes de liquidação, em conta específica de débito ou crédito.

c) Créditos

Os créditos são activos financeiros não derivados, com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados no mercado activo e são registados pelos valores contratados, quando originados pelo Banco, ou pelos valores pagos, quando adquiridos a outras entidades.

Os juros e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações por contrapartida de rubricas de resultados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

As comissões de crédito por sua vez são registadas nas rubricas de resultados no momento em que são cobradas.

Os rendimentos provenientes de análises internas associadas a processos de abertura de crédito, de expediente e de prorrogação, associadas a operações de crédito são reconhecidas em resultados no momento da sua cobrança.

As responsabilidades por garantias e avales são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em rubricas de resultados ao longo da vida das operações.

As operações de crédito concedido a clientes, incluindo as garantias e avales prestados, são submetidas à constituição de provisões de acordo com o Aviso nº 4/2011, de 8 de Junho, do BNA, publicado em Diário da República como Aviso nº 3/2012, de 28 de Março, sobre a metodologia de classificação do crédito concedido a clientes e a determinação das respectivas provisões.

O Banco procede à anulação de juros vencidos com atraso superior a 60 dias e não reconhece juros a partir dessa data até ao momento em que o cliente regularize a sua situação.

Com a entrada em vigor do Aviso nº 4/2011, de 8 de Junho, as operações de crédito, por desembolso, foram concedidos em moeda nacional para todas as entidades, com excepção do Estado e empresas com comprovadas receitas e recebimentos em moeda estrangeira, para as seguintes finalidades:

i. Assistência financeira de liquidez, incluindo, entre outras, as contas correntes caucionadas; ii. Financiamento automóvel; iii. Empréstimo ao consumo; iv. Micro crédito; v. Adiantamento a depositantes ou descobertos; vi. Outras modalidades de crédito financeiro com natureza de curto prazo (inferior a um ano).

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa e Prestação de Garantias

Nos termos do Aviso nº 4/2011, de 8 Junho, as operações de crédito concedido vincendo e as garantias prestadas são classificadas por ordem crescente de risco, de acordo com os seguintes níveis:

A classificação das operações de crédito de um mesmo cliente ou grupo económico é efectuada na classe que apresentar maior risco. Neste âmbito, o Banco revê mensalmente a classificação de cada crédito em função do atraso verificado no pagamento de parcela do principal ou dos encargos, utilizando o mesmo procedimento que determinou a sua classificação inicial.

O crédito vencido é classificado no nível de risco em função do tempo decorrido desde a data de entrada das operações em incumprimento, sendo os níveis mínimos de aprovisionamento calculados de acordo com a seguinte tabela:

Os créditos vencidos há mais de 30 dias são classificados nos níveis de risco B, C, D, E, F e G em função do tempo decorrido desde a data de entrada em incumprimento das operações. Conforme apresenta o quadro acima, para os créditos concedidos com prazo superior a 24 meses (dois anos), deverão ser considerados em dobro os prazos definidos para efeito da atribuição da classe de risco.

Para as operações de crédito que são alvo de renegociação do Banco, os juros não liquidados são anulados da demostração de resultados por contrapartida através do registo de uma provisão.

Seis meses após a classificação de uma operação na Classe G, o Banco abate esse crédito ao activo pela utilização da respectiva provisão. Adicionalmente estes créditos permanecem registados numa rubrica extrapatrimonial por um prazo mínimo de dez anos.

Nas situações em que são efectuadas recuperações ou recebidas dações em cumprimento de créditos anteriormente abatidos ao activo por utilização de provisões, os montantes recebidos são registados na rubrica “Resultado não operacional” (Nota 31).

Os imóveis provenientes de dações em cumprimento, no âmbito de recuperações de créditos previamente abatidos ao activo, são registados na rubrica de Outros activos/Imóveis não de uso próprio, tendo como contrapartida o reconhecimento do proveito por recuperação de créditos, tendo por base os seguintes procedimentos:

• A avaliação é efectuada por um perito ou empresa especializada na matéria pertinente ao objecto da avaliação, não vinculados, directa ou indirectamente, ao Banco ou a qualquer sociedade a este ligado, nem ao seu auditor externo ou a qualquer sociedade a ele ligada;

• O valor do bem a ser registado limita-se ao montante apurado na sua avaliação; • O reconhecimento contabilístico é feito com a concordância do auditor externo sobre a adequação dos procedimentos utilizados na avaliação; • A aprovação da avaliação é feita em acta da Comissão Executiva; • Os imóveis não são sujeitos a depreciação ou a reavaliação; • Os proveitos extraordinários provenientes do registo destes imóveis são considerados para efeitos de apuramento de imposto de acordo com o

Código do Imposto Industrial à taxa legal de 35%.

A Nulo B Muito reduzido C Reduzido D Moderado E Elevado F Muito elevado G Perda

Nível Risco

% de Provisão 0% 1% a < 3% 3% a < 10% 10% a < 20% 20% a < 50% 50% a < 100% 100%Tempo decorrido após aentrada em incumprimento:Operações com prazoinferior a dois anos - De 15 a 30 dias De 1 a 2 meses De 2 a 3 meses De 3 a 5 meses De 5 a 6 meses Mais de 6 mesesOperações com prazosuperior a dois anos - De 30 a 60 dias De 2 a 4 meses De 4 a 6 meses De 6 a 10 meses De 10 a 12 meses Mais de 12 meses

Nível de Risco A B C D E F G

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O Banco deve proceder à alineação dos imóveis que resultarem do reembolso de créditos no prazo de dois anos (art.º nº 11 da Lei nº 13/05 de 30 de Setembro – Lei das Instituições Financeiras).

d) Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios

Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do BNA, sobre actualização monetária, as instituições financeiras devem, em caso de existência de inflação superior a 100% em 3 anos consecutivos, considerar mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos saldos de capital, reservas, resultados transitados e activo imobilizado. O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido mensalmente, a débito na conta de “Resultado da Actualização Monetária” da demonstração de resultados, por contrapartida do aumento dos saldos de fundos próprios, com excepção da rubrica “Capital Social”, que deve ser classificada numa rubrica específica (“Reserva de actualização monetária do Capital Social”) que só pode ser utilizada para posterior aumento de capital.

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Banco não procedeu à actualização dos seus fundos próprios, em virtude da inflação verificada não corresponder ao previsto no Aviso acima referido.

e) Imobilizações Financeiras

Para os exercícios de 2013 e 2012, a título excepcional o Banco foi autorizado pelo BNA a manter as imobilizações financeiras registadas ao custo de aquisição.

Desta forma, em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012, as imobilizações financeiras encontram-se registadas ao custo de aquisição. Quando este se encontra denominado em moeda estrangeira, é reflectido contabilisticamente à taxa de câmbio da data do fecho. Sempre que se estimam perdas permanentes no seu valor de realização, é reconhecida imparidade para perdas em imobilizações.

O Banco procede semestralmente a testes de imparidade nas subsidiárias cujos eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a imparidade para perdas em imobilizações financeiras reconhecida por contrapartida da rubrica “Resultado de imobilizações financeiras” (Nota 29).

Durante o exercício de 2013, o Banco procedeu à transferência de um imóvel e outros bens para a Sociedade SAESP através da realização de prestações acessórias. Estas prestações não vencem juros e não são remuneradas sob qualquer forma (Nota 9).

f) Imobilizações Incorpóreas e Corpóreas

As imobilizações incorpóreas correspondem essencialmente a benfeitorias em imóveis de terceiros e a desenvolvimento e aquisição de software. Estas despesas são registadas ao custo de aquisição, incluindo os custos indispensáveis para a sua colocação em funcionamento e amortizadas linearmente ao longo de um período de três anos, com excepção das obras em edifícios arrendados que são amortizadas de acordo com a vida útil estimada ou o período de locação contratual. As imobilizações corpóreas são inicialmente registadas ao custo de aquisição, sendo permitida a sua reavaliação ao abrigo das disposições legais aplicáveis. Uma percentagem equivalente a 30% do aumento das amortizações, que resulta das reavaliações efectuadas, não é aceite como custo para efeitos fiscais de acordo com a legislação em vigor, pelo que são acrescidos ao lucro tributável.

A depreciação é calculada pelo método das quotas constantes às taxas máximas fiscalmente aceites como custo, de acordo com o Código do Imposto Industrial, que correspondem aos seguintes anos de vida útil estimada:

Edifícios 50Obras em edifícios arrendados 10 Equipamento Mobiliário e material 10 Máquinas e ferramentas 6 a 10 Equipamento informático 3 a 10 Viaturas de transporte terrestre 3 Outras imobilizações 10

Anos de vida útil

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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g) Operações Comprometidas

O Banco realiza operações de compra ou venda de liquidez temporária, tendo por base a garantia de títulos, com ou sem a mudança de titularidade. As operações comprometidas são realizadas no mercado interfinanceiro com o BNA, entre as instituições financeiras, ou no mercado secundário entre o Banco e os seus clientes.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Banco efectuou no mercado interfinanceiro operações de compra de títulos com acordos de revenda, em que foram aplicados recursos recebendo títulos de terceiros em garantia com o compromisso de revendê-los no vencimento do contrato (Nota 4).

Os proveitos das operações de compra de títulos de terceiros com acordos de revenda correspondem à diferença entre o valor da revenda e o valor da compra. O reconhecimento do proveito é realizado conforme o princípio da especialização em razão da fluência do prazo da operação na rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – de aplicações de liquidez” (Nota 22).

h) Títulos e Valores Mobiliários O Conselho de Administração determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. Atendendo às características dos títulos e à intenção aquando da sua aquisição, os títulos e valores mobiliários do Banco em 31 de Dezembro de 2013 estão classificados na categoria de títulos mantidos até ao vencimento.

Títulos Mantidos para Negociação

São considerados títulos mantidos para negociação ao justo valor através de resultados, os títulos adquiridos com a intenção de serem activa e frequentemente negociados.

Os activos financeiros detidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, incluindo os custos directamente atribuíveis à aquisição do activo, e subsequentemente mensurados ao justo valor.

Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários mantidos para negociação”.

A metodologia de apuramento do justo valor (valor de mercado) é estabelecida com base em critérios consistentes e passíveis de verificação, que levam em consideração a independência na colecta de dados em relação às taxas praticadas na sala de mercados, nomeadamente:

i) O preço médio de negociação no dia do apuramento ou, quando não disponível, o preço médio de negociação no dia útil anterior; ii) O valor líquido provável de realização obtido mediante adopção de técnica ou modelo de formação de preços; iii) O preço de instrumento financeiro semelhante, levando em consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e vencimento, o risco de crédito

e a moeda ou indexador; iv) O preço definido pelo BNA.

Títulos Mantidos até ao Vencimento

Encontram-se classificados nesta categoria os títulos para os quais o Banco tem a intenção e capacidade financeira para a sua manutenção em carteira até à data de vencimento. Os títulos classificados nesta rubrica são registados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos pela fluência dos seus prazos (incluindo periodificação do juro e do prémio/desconto por contrapartida de resultados).

Os Títulos do Banco Central (TBC) e os Bilhetes do Tesouro (BT) são emitidos a desconto e registados pelo custo de aquisição. A diferença entre este e o valor nominal, que constitui a remuneração do Banco é reconhecida contabilisticamente como proveito ao longo do período compreendido entre a data de compra e a data de vencimento dos títulos, na conta com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5).

As Obrigações do Tesouro (OT) adquiridas a valor descontado são registadas pelo custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal destes títulos, que corresponde ao desconto verificado no momento da compra, é reconhecida durante o período de vida do título com a especificação “Proveitos a receber”. Os juros decorridos relativos a estes títulos são igualmente contabilizados com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5).

As Obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos (OTMN-TXC) estão sujeitas a actualização cambial. Deste modo, o resultado da actualização cambial do valor nominal do título, do desconto e do juro corrido, é reflectido na demonstração dos resultados do exercício em que ocorre, na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários” (Nota 22).

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As Obrigações do Tesouro em moeda nacional não reajustáveis com taxas de juro de cupão predefinidas por maturidade são registadas ao custo de aquisição. Os juros decorridos relativos a estes títulos são contabilizados com a especificação “Proveitos a receber” (Nota 5).

As outras obrigações em moeda estrangeira são registadas ao custo de aquisição. Os juros decorridos relativos a estes títulos, bem como a diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso, são reflectidos linearmente em resultados na rubrica “Proveitos de títulos e valores mobiliários” (Nota 22).

Regime de Tributação dos Títulos da Dívida Pública

Os rendimentos de títulos da dívida pública emitidos pelo Estado Angolano, cuja emissão se encontra regulamentada pela Lei-quadro da Dívida Pública Directa (Lei nº 16/02, de 5 de Dezembro), bem como pelo Decreto Presidencial nº 259/10, de 18 de Novembro (que veio revogar e substituir os anteriores diplomas que procediam à dita regulamentação, nomeadamente o Decreto nº 51/03 e o Decreto nº 52/03, ambos de 8 de Julho), gozam de isenção de todos os impostos.

Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 23º do Código do Imposto Industrial é prevista uma exclusão de tributação em sede deste imposto para este tipo de rendimentos.

O Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro, introduziu uma norma de sujeição a Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) sobre os juros dos bilhetes do tesouro e das obrigações do tesouro. Contudo, o artigo 2º do diploma em apreço prevê que a sujeição a imposto apenas se aplica aos títulos adquiridos após a entrada em vigor da Lei.

De acordo com a última posição conhecida das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigida à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), entende-se que os rendimentos decorrentes de títulos de dívida pública com data de emissão igual ou posterior a 1 de Janeiro de 2013 encontram-se sujeitos a IAC. Este facto não prejudica, porém, a referida exclusão de tributação destes rendimentos prevista no Código do Imposto Industrial.

Classificação do Risco

De acordo com as disposições do CONTIF, o Banco classifica os títulos da sua carteira própria conforme a seguinte notação de risco de crédito:

Nível A. Títulos soberanos emitidos pelo Estado Angolano ou estados pertencentes ao bloco do G7, e títulos com uma notação de risco atribuída pela Standard & Poor’s (S&P) ou outra agência independente de reconhecida idoneidade (Moody’s ou Fitch), entre o intervalo AAA e AA-;

Nível B. Títulos soberanos emitidos pelo bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo A+ e A;

Nível C. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo A- e BBB+;

Nível D. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo BBB e BBB-;

Nível E. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo BB+ e B-;

Nível F. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, entre o intervalo CCC+ e C;

Nível G. Títulos com uma notação de risco atribuída pela S&P ou outra agência independente de reconhecida idoneidade, igual ou inferior a D.

i) Instrumentos Financeiros Derivados

O Banco realiza operações de instrumentos financeiros derivados, como “forwards cambiais”, no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados e com base nas suas necessidades de liquidez em moeda estrangeira.As transacções de derivados financeiros são efectuadas em mercados de balcão (OTC – Over-the-counter).

Os instrumentos financeiros derivados são registados ao justo valor, na data em que o Banco negoceia os contractos e são subsequentemente mensurados ao justo valor. O Banco só possui derivados de negociação, os quais são mensurados ao justo valor, sendo as alterações no seu valor reconhecidas em resultados, nas rubricas de “Proveitos ou Custos com Instrumentos Financeiros Derivados”. Os derivados são considerados como activos quando o seu justo valor é positivo, e como passivos quando o seu justo valor é negativo (Nota 13).

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Os derivados são também registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor de referência contratual (valor nocional).

Os instrumentos financeiros derivados são classificados como de cobertura (hedge) ou de especulação e arbitragem, conforme a sua finalidade.

j) Pensões de Reforma e Compensação de Reforma

Fundo de Pensões

A Lei nº 07/04, de 15 de Outubro, que revogou a Lei nº 18/90, de 27 de Outubro, que regulamenta o sistema de Segurança Social de Angola, prevê a atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores angolanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pensões é calculado com base numa tabela proporcional ao número de anos de trabalho, aplicada à média dos salários ilíquidos mensais recebidos nos períodos imediatamente anteriores à data em que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o Decreto nº 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sistema são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os trabalhadores.

O Banco, em 2004, assumiu o compromisso, a título voluntário, através da constituição de um fundo de pensões, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e subsídio de morte, nos termos acordados no contrato de constituição do “Fundo de Pensões BAI”.

Até 31 de Dezembro de 2009, o Banco tinha concedido, a título voluntário, na modalidade de benefício definido, um complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência aos seus trabalhadores. Em 21 de Novembro de 2012, foi publicado em Diário da República o Despacho nº 2529/12, aprovado pelo Ministério da Finanças, cujo ponto único foi a aprovação das alterações ao plano de pensões e ao contrato de constituição do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco, que passou assim de um plano de pensões de benefícios definido para um plano de contribuição definida.

No seguimento da referida alteração ao fundo foi mantido o plano de pensões de benefício definido para os pensionistas existentes e para os participantes que cessaram o seu vínculo contratual com o Banco e com direitos adquiridos até 31 de Dezembro de 2009.

Ainda de acordo com esta alteração aprovada em 2012 ao contrato de constituição do fundo, o BAI deveria passar a contribuir mensalmente com 6% sobre o salário dos colaboradores, estando também prevista uma contribuição a realizar pelos participantes do Fundo de 3% sobre o seu salário, para o novo plano de contribuição definida.

Importa referir que, de acordo com o plano de pensões de contribuição definida, a contribuição de 3% a realizar pelos colaboradores apenas é devida a partir do momento em que lhes seja comunicada esta obrigatoriedade e os mesmos venham a aderir voluntariamente ao plano de pensões de contribuição definida. Assim, uma vez que a referida comunicação ainda não ocorreu, até 31 de Dezembro de 2013 a contribuição de 3% a realizar pelos colaboradores não lhes foi exigida.

Até 31 de Dezembro de 2012 o Banco encontrava-se a provisionar, a título excepcional, a contribuição de 3% sobre os salários correspondente à responsabilidade potencial dos participantes (colaboradores). No exercício de 2013, em face do acima exposto, esta provisão foi anulada, tendo este procedimento sido suportado por parecer jurídico e por decisão favorável da ARSEG (Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros).

Importa ainda salientar que o Banco, entre 2010 e 2013, criou provisões relativas à sua potencial contribuição de 6% sobre o salário dos colaboradores e decidiu que irá considerar este período, mesmo que não haja contribuição dos trabalhadores, como tempo de serviço pensionável dos participantes que vierem a aderir ao fundo.

A gestão do Fundo de Pensões BAI foi transferida da AAA Pensões, S.A. para a NOSSA – Nova Sociedade Angolana de Seguros de Angola, S.A. com data de 31 de Outubro de 2013, em conformidade com o Despacho do Ministério das Finanças, datado de 28 de Outubro de 2013.

Com base na nova configuração dos planos do Fundo, foi elaborado um estudo actuarial por entidade independente, que concluiu que os activos do fundo garantiam a cobertura das responsabilidades, a 31 de Dezembro de 2013, em 98,85%.

Como resultado da criação do plano de pensões de contribuição definida, serão afectos mAKZ 1.151.897 (mUSD 11.799) do fundo, distribuídos por cada um dos participantes elegíveis em 31.12.2009, como primeira contribuição para esse plano, com base nos referidos cálculos actuariais.

O valor do agregado das contribuições a realizar pelo BAI para cobrir o défice do fundo e as contribuições relativas ao período compreendido entre 2010 a 2013 do plano de contribuição definida, encontram-se registadas na rubrica “Remunerações dos empregados – Contribuições para o Fundo de Pensões” (Notas 18 e 25).

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Compensação de Reforma

Nos termos do Artigo nº 262 da Lei Geral do Trabalho, o Banco constitui provisões para a cobertura de responsabilidades em matéria de “Compensação por Reforma”, as quais são determinadas multiplicando 25% do salário mensal de base, praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma data. O valor total das responsabilidades é determinado numa base anual (Notas 18 e 25).

k) Fundo Social

De acordo com o regulamento do Fundo Social, este tem por finalidade a prestação de apoio social aos trabalhadores do BAI e às suas famílias.O referido apoio social poderá revestir-se, designadamente, das seguintes modalidades:

• Disponibilização/alienação de fracções autónomas/imóveis, em regime de preços bonificados; • Outros apoios sociais a definir pela Comissão de Gestão do Fundo, tais como disponibilização de transportes colectivos e de creches.

A Assembleia Geral do BAI, sob proposta do Conselho de Administração, deliberará a afectação anual de cada exercício, a qual constituirá a dotação financeira do Fundo Social, sendo a mesma registada na demonstração de resultados.

As dotações não utilizadas anualmente transitarão para o orçamento do Fundo Social do ano seguinte.

Só poderão beneficiar do apoio do Fundo Social os trabalhadores que cumpram com as seguintes condições à data de concessão do referido apoio social:

(i) Ter antiguidade mínima de 3 anos; (ii) Não possuir registo de processo disciplinar nos últimos 3 anos; (iii) Ter obtido avaliação de desempenho acima da média.

l) Provisões para Responsabilidades Prováveis

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou não formalizada) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de uma contingência passiva. As contingências passivas são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

As provisões para responsabilidades prováveis registadas pelo BAI destinam-se a suportar as potenciais perdas e outras contingências, nomeadamente as decorrentes de activos não recuperáveis, fraudes, falhas de caixa, outras imobilizações e juros a receber de crédito (Nota 19).

m) Impostos sobre o Rendimento

Os rendimentos obtidos pelo Banco, no âmbito do exercício normal da sua actividade, estão sujeitos a diversos impostos, consoante a sua natureza. Deste modo, o Banco é tributado pela totalidade dos lucros obtidos quer no país, quer no estrangeiro e o seu lucro tributável corresponde à diferença entre todos os proveitos ou ganhos realizados e os custos ou perdas imputáveis ao exercício em apreço, eventualmente corrigidos nos termos do Código do Imposto Industrial.

A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de 35%, na sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto (Nota 32).

O Imposto Industrial é objecto de liquidação provisória, em três prestações iguais e consecutivas, concretamente, em Janeiro, Fevereiro e Março, sendo o imposto a liquidar antecipadamente calculado com base em 75% do lucro tributável do último exercício. Em função do crédito de imposto de que o Banco dispõe (Nota 8), não foram efectuadas liquidações provisórias de imposto no exercício de 2013.

Imposto sobre a Aplicação de Capitais

O Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro, veio introduzir diversas alterações legislativas ao Código do IAC, na sequência da Reforma Tributária actualmente em curso.

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

98

O Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) incide, genericamente, sobre os rendimentos provenientes das aplicações financeiras do Banco. A taxa varia entre 5% (no caso de juros pagos relativamente a títulos de dívida pública que apresentem uma maturidade igual ou superior a três anos) e 15%. Sem prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos de títulos de dívida pública, conforme previamente mencionado, segundo último entendimento das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigido à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), apenas os que decorrerem de títulos emitidos em data igual ou posterior a 1 de Janeiro de 2013 encontram-se sujeitos a este imposto.

Relativamente aos rendimentos decorrentes de operações no Mercado Monetário Interbancário (v.g., tomadas e cedências de liquidez com outras instituições financeiras), constitui entendimento recente das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola, conforme documento acima referenciado, que não há sujeição dos mesmos a IAC.

O IAC tem a natureza de pagamento por conta do Imposto Industrial, operando esta compensação por via da dedução à colecta que vier a ser apurada, nos termos da alínea a) do número 81.º do Código do Imposto Industrial.

Imposto Predial Urbano

De acordo com as alterações introduzidas pela Lei nº 18/11, de 21 de Abril, ao Código do Imposto Predial Urbano (IPU), sobre as rendas auferidas de imóveis arrendados, incide IPU à taxa de 15% (Nota 27).

Por outro lado, nos termos do artigo 23.º do Código do Imposto Industrial, não se consideram proveitos ou ganhos do exercício, para efeitos de apuramento do imposto devido, as rendas que sejam sujeitas a IPU.

n) Impostos Diferidos

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em períodos futuros, resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucro tributável futuro que permita a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais, enquanto que os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis. Os prejuízos fiscais apurados num exercício são dedutíveis aos lucros fiscais dos anos seguintes.

Não são registados activos fiscais diferidos nos casos em que a sua recuperabilidade possa ser questionável devido a questões de interpretação da legislação fiscal em vigor.

A principal situação que no BAI origina diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal diz respeito a prejuízos fiscais reportáveis e provisões temporariamente não dedutíveis (Nota 32).

Os impostos diferidos são calculados numa base semestral, utilizando as taxas de imposto que se antecipem estarem em vigor à data de reversão das diferenças temporárias.

O Banco registou impostos diferidos activos na rubrica de balanço “Outros valores - Impostos diferidos activos” (Nota 8) por contrapartida da rubrica de resultados “Impostos diferidos” (Nota 32), no pressuposto da existência de lucro tributável futuro e tendo por base a legislação fiscal em vigor. Eventuais alterações futuras na legislação fiscal podem influenciar as quantias expressas nas demonstrações financeiras relativas a impostos diferidos.

o) Impostos sobre o Património

Imposto Predial Urbano

Em face da redacção introduzida pela Lei nº 18/11, de 21 de Abril, foi revogada a isenção anteriormente prevista no Regulamento do IPU, passando a incidir IPU, à taxa de 0,5%, sobre o valor patrimonial dos imóveis próprios que se destinem ao desenvolvimento da actividade normal do Banco (superior a AKZ 5.000.000) (Nota 27).

99

Sisa

Nos termos do Diploma Legislativo nº 230, de 18 de Maio de 1931 e, bem assim, das alterações introduzidas pela Lei nº 15/92, de 3 de Julho e Lei nº 16/11, de 21 de Abril, a SISA incide sobre todos os actos que importem transmissão perpétua ou temporária de propriedade de qualquer valor, espécie ou natureza, qualquer que seja a denominação ou forma do título (v.g., actos que importam transmissão de benfeitorias em prédios rústicos ou urbanos, as transmissões de bens imobiliários por meio de doações com entradas ou pensões ou a transmissão de bens imobiliários por meio de doações), à taxa de 2% (Nota 27).

p) Outros Impostos

O Banco está igualmente sujeito a impostos indirectos, designadamente, impostos aduaneiros, Imposto do Selo, Imposto de Consumo, bem como outras taxas (Nota 27).

q) Substituição Tributária

No âmbito da sua actividade, o Banco assume a figura de substituto tributário, efectuando retenção na fonte dos impostos relativos a terceiros, os quais entrega posteriormente ao Estado.

Imposto sobre a Aplicação de Capitais

De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro, o Banco procede a retenção na fonte de IAC, à taxa de 10%, sobre os juros de depósitos a prazo pagos a clientes (Nota 18).

Imposto do Selo

De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial nº 6/11, de 30 de Dezembro, recai sobre o Banco a responsabilidade de liquidação e entrega do Imposto do Selo devido pelos seus clientes na generalidade das operações bancárias (v.g., financiamentos, cobrança de juros de financiamentos, comissões por serviços financeiros), procedendo o Banco à liquidação do imposto, às taxas previstas na Tabela do Imposto do Selo (Nota 18).

Imposto Industrial

De acordo com o previsto na Lei nº 7/97, de 10 de Outubro – Lei das Empreitadas, o Banco procede à retenção na fonte sobre determinadas prestações de serviços, às taxas previstas no diploma em apreço (Nota 18).

Imposto Predial Urbano

De acordo com o previsto na Lei nº 18/11, de 21 de Abril, o Banco procede a retenção na fonte do IPU devido, à taxa de 15%, sobre o pagamento ou entrega de rendas relativas a imóveis arrendados (Nota 18).

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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3. Disponibilidades

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Os depósitos à ordem no BNA em moeda nacional e moeda estrangeira visam cumprir as disposições em vigor de manutenção de reservas obrigatórias e não são remunerados.

As reservas obrigatórias são apuradas de acordo com o disposto do Instrutivo nº 03/2013, de 01 de Julho, e são constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira, em função da respectiva denominação dos passivos que constituem a sua base de incidência, devendo ser mantidas durante todo o período a que se referem.

Em 31 de Dezembro de 2013, a exigibilidade de manutenção de reservas obrigatórias foi apurada através da aplicação de um coeficiente de 15% sobre os passivos elegíveis em moeda nacional e moeda estrangeira, e um coeficiente de 20% sobre os valores em caixa em moeda nacional, nos termos do disposto no Instrutivo nº 03/2013 de 01 de Julho que revogou os Instrutivos nº 02/2011, de 28 de Abril, e nº 03/2010, de 4 de Junho.

Em 31 de Dezembro de 2012, a exigibilidade de manutenção de reservas obrigatórias foi apurada através da aplicação de um coeficiente de 20% sobre os passivos elegíveis em moeda nacional, nos termos do disposto no Instrutivo nº 02/2011 de 28 de Abril que revogou o ponto 6.1 do Instrutivo nº 03/2010, de 4 de Junho, e de um quociente de 15% sobre os passivos elegíveis em moeda estrangeira, nos termos do disposto no Instrutivo nº 03/2010, de 4 de Junho e 25% sobre os valores em caixa em moeda nacional.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o total de reservas obrigatórias em moeda nacional e estrangeira era de mAKZ 61.437.687 e mAKZ 52.528.629, e mUSD 716.040 e mUSD 798.112, respectivamente. O saldo da rubrica “Depósitos à ordem no BNA” pode divergir destes valores por incluir reservas livres.

Caixa Notas e moeda nacionais 14.813.020 151.744 10.794.427 112.646 Notas e moedas estrangeiras: Em Dólares dos Estados Unidos 5.839.344 59.818 12.110.427 126.379 Em Euros 971.685 9.954 1.296.263 13.527 Em outras divisas 171.407 1.756 242.193 2.527Notas em ATM 2.749.130 28.162 1.990.443 20.771 24.544.586 251.434 26.433.753 275.850Depósitos à ordem no BNA Em moeda nacional 65.910.508 675.185 53.131.519 554.459 Em Dólares dos Estados Unidos 70.168.178 718.800 76.861.946 802.100 136.078.686 1.393.985 129.993.465 1.356.559Cheques a cobrar – no país 680.222 6.968 473.757 4.944Cheques a cobrar – no estrangeiro 52.050 533 73.440 766 732.272 7.501 547.197 5.710Depósitos à ordem no estrangeiro Em Dólares dos Estados Unidos 27.268.353 279.336 103.100.138 1.075.913 Em Euros 305.680 3.131 1.836.296 19.163 Em outras divisas 379.599 3.889 1.420.157 14.820 27.953.632 286.356 106.356.591 1.109.896 189.309.176 1.939.276 263.331.006 2.748.015

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

101

4. Aplicações de Liquidez Esta rubrica corresponde a depósitos a prazo mantidos em outras instituições financeiras e a operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda efectuado com o BNA e com outras instituições financeiras nacionais, os quais apresentam a seguinte estrutura:

O saldo que compõe a rubrica “Depósitos colaterais no estrangeiro em ME” em 31 de Dezembro de 2013 é referente à colaterização das contas onde são debitadas as transacções realizadas com cartões VISA, para posterior regularização junto do cliente. Em 31 de Dezembro de 2012 esta rubrica inclui ainda o montante de mAKZ 1.873.301, correspondente a um colateral constituído pelo Banco para cobertura de uma garantia bancária emitida.

Em 31 de Dezembro de 2013 a rubrica “Aplicações de liquidez no estrangeiro” inclui os montantes de mAKZ 892.539 (mEUR 6.642), e mAKZ 2.234.582 (mUSD 20.000 e mEUR 2.100), que se encontram a colaterizar operações de crédito concedidas pelas filiais BAI Cabo Verde e BAI Europa, respectivamente. Para estas operações foram constituídas provisões de mAKZ 293.022 (mUSD 3.002), através da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” (Nota 19).

Em 31 de Dezembro de 2012 a rubrica “Aplicações de liquidez no estrangeiro” inclui os montantes de mAKZ 871.494 (mEUR 6.896), e mAKZ 3.291.815 (mUSD 30.000 e mEUR 3.300), que se encontram a colaterizar operações de crédito concedidas pelas filiais BAI Cabo Verde e BAI Europa, respectivamente. Para estas operações foram constituídas provisõesde mAKZ 209.724 (mUSD 2.189), através da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” (Nota 19).

Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica, “Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda”, inclui apenas operações mantidas com o BNA. Estas operações apresentam um valor nominal, excluindo juros a receber, de mAKZ 68.680.840 (mUSD 703.564), e apresentam maturidades residuais inferiores a seis meses.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as aplicações de liquidez apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

Aplicações de liquidez no país Em Kwanzas 7,80% 64.717.844.809 64.717.845 662.967 5,98% 47.512.800.039 47.512.800 495.824 Em Dólares dos Estados Unidos 5,03% 217.000.000 21.183.215 217.000 3,84% 534.500.000 51.218.939 534.500 85.901.060 879.967 98.731.739 1.030.324Aplicações de liquidez no estrangeiro Em Dólares dos Estados Unidos 0,83% 1.591.600.000 155.369.605 1.591.600 0,62% 1.017.338.958 97.487.411 1.017.339 Em Euros 1,68% 86.576.100 11.634.659 119.185 1,69% 59.530.606 7.523.188 78.509 167.004.264 1.710.785 105.010.599 1.095.848Depósitos colaterais no estrangeiro em ME 4.009.979 391.447 4.010 24.872.123 2.383.393 24.872Proveitos a receber 559.370 5.730 592.453 6.183 253.856.141 2.600.492 206.718.184 2.157.227Operações de compra de títulos de terceiroscom acordo de revenda BNA - Em Kwanzas 2,64% 68.791.235 704.695 4,25% 75.579.315 788.715 68.791.235 704.695 75.579.315 788.715 322.647.376 3.305.187 282.297.499 2.945.942

31 Dez. 113 31 Dez. 12 Taxa Média Montante Milhares Milhares Taxa Média Montante Milhares Milhares de Juro em Divisa de AKZ de USD de Juro em Divisa de AKZ de USD

Até três meses 290.775.958 2.978.697 147.026.767 1.534.312 De três a seis meses 18.327.617 187.747 35.387.189 369.286 De seis meses a um ano 13.543.801 138.743 91.138.506 951.084 Mais de um ano - - 8.745.037 91.260 322.647.376 3.305.187 282.297.499 2.945.942

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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5. Títulos e Valores Mobiliários

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os títulos em carteira apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

Mantidos para Negociação Obrigações de Caixa Banco Keve - - 11,00% 383.303 4.000 - - 383.303 4.000Juros a receber:Obrigações de Caixa Banco Keve - - 11.244 117 - - 11.244 117 - - 394.547 4.117Mantidos até ao vencimentoBilhetes do Tesouro 4,41% 58.469.396 598.958 4,42% 16.844.317 175.780Títulos do Banco Central 4,44% 3.473.880 35.586 4,26% 20.792.021 216.977Obrigações do Tesouro em moeda nacional Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos 6,93% 33.969.304 347.980 7,00% 68.622.468 716.116 Não reajustáveis 7,14% 39.093.368 400.471 7,39% 6.203.900 64.741Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira 3,79% 47.273.947 484.272 4,08% 46.350.677 483.697Outras obrigações em moeda estrangeira 3,76% 15.570.341 159.502 3,27% 6.624.561 69.131 197.850.236 2.026.769 165.437.944 1.726.442Proveitos a receberBilhetes do Tesouro 656.329 6.723 372.605 3.888Títulos do Banco Central 415 4 61.324 640Obrigações de Caixa Banco Keve - - 2.708 28Obrigações do Tesouro em moeda nacional Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos 33.288 341 82.083 857 Não reajustáveis 697.885 7.149 16.737 175Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira 649.304 6.651 683.356 7.132Outras obrigações em moeda estrangeira 13.036 136 45.449 474 2.050.257 21.004 1.264.262 13.194 199.900.493 2.047.773 166.702.206 1.739.636 199.900.493 2.047.773 167.096.753 1.743.753

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Taxa Média Milhares Milhares Taxa Média Milhares Milhares de Juro de AKZ de USD de Juro de AKZ de USD

Até três meses 17.783.472 182.174 21.109.388 220.289De três a seis meses 50.613.051 518.478 15.744.887 164.307De seis meses a um ano 19.178.028 196.459 40.951.173 427.350Mais de um ano 112.325.942 1.150.662 89.291.305 931.807 199.900.493 2.047.773 167.096.753 1.743.753

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

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Em 31 de Dezembro de 2013, a carteira de títulos do Banco, excluindo os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura, tendo em conta a notação de risco de crédito:

Em 31 de Dezembro de 2012, a carteira de títulos do Banco, excluindo os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura, tendo em conta a notação de risco de crédito:

6. Créditos no Sistema de Pagamentos

Em 31 de Dezembro de 2013, os valores registados na rubrica “Créditos no sistema de pagamentos” correspondem a depósitos efectuados pelo BAI em agências de outras instituições financeiras localizadas em províncias sem representação do BNA, tendo estas operações sido liquidadas nos primeiros dias de Janeiro de 2014.

Bilhetes do Tesouro 58.469.396 598.958 Estado Angola Governo AObrigações do Tesouro em moeda estrangeira 47.273.947 484.272 Estado Angola Governo AObrigações do Tesouro não reajustáveis 39.093.368 400.471 Estado Angola Governo AObrigações do tesouro indexadas ao câmbio 33.969.304 347.980 Estado Angola Governo AFINANCE FACILIT 8.943.145 91.612 Sonangol Angola Petrolífera CTítulos do Banco Central (TBC) 3.473.880 35.586 BNA Angola Banco Central AFACILIT 29082014 2.420.939 24.800 Sonangol Angola Petrolífera CFACILIT 31082015 2.420.939 24.800 Sonangol Angola Petrolífera CBAI Cabo Verde Obrigações de Caixa 12/16 506.701 5.191 BAI Cabo Verde Cabo Verde Instituição financeira CBanco KEVE Obrigações de Caixa 486.718 4.986 Keve Angola Instituição financeira CCLN FINANCE 475.078 4.867 Sonangol Angola Petrolífera CObrigações Fast Ferry 07/15 274.164 2.809 Fast Ferry Cabo Verde Transportes CObrigações Sogei 02/14 42.657 437 Sogei Cabo Verde Construção C 197.850.236 2.026.769

31 Dez. 13 Título Milhares Milhares Emissor Domicílio Actividade Nível de de AKZ de USD Risco

Banco Keve - Obrigações de Caixa 383.303 4.000 383.303 4.000Obrigações do Tesouro indexadas ao câmbio 68.622.468 716.116 Estado Angola Governo AObrigações do Tesouro em moeda estrangeira 46.350.677 483.697 Estado Angola Governo ABilhetes do Tesouro 20.792.021 216.977 Estado Angola Governo ATítulos do Banco Central (TBC) 16.844.317 175.780 BNA Angola Banco Central AObrigações do Tesouro não reajustáveis 6.203.900 64.741 Estado Angola Governo ABPN Obrigações de Caixa 05/13 3.008.006 31.390 BPN, S.A. Portugal Instituição financeira CCLN Sonangol 08/14 1.264.369 13.194 Sonangol Angola Petrolífera CCLN Standard Bank PLC 1.098.630 11.465 Standard bank Inglaterra Instituição financeira CBanco KEVE Obrigações de Caixa 479.129 5.000 Keve Angola Instituição financeira CBAI Cabo Verde Obrigações de Caixa 12/16 476.494 4.972 BAI Cabo Verde Cabo Verde Instituição financeira CObrigações Fast Ferry 07/15 257.819 2.690 Fast Ferry Cabo Verde Transportes CObrigações Sogei 02/14 40.114 420 Sogei Cabo Verde Construção C 165.437.944 1.726.442 165.821.247 1.730.442

31 Dez. 12 Título Milhares Milhares Emissor Domicílio Actividade Nível de de AKZ de USD Risco

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

104

7. CRÉDITOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o detalhe do crédito, incluindo proveitos a receber, por moeda, apresentava a seguinte estrutura:

Adiantamentos a depositantesMoeda nacional Sector empresarial 1.900.870 19.469 562.451 5.870 Particulares 28.772 295 15.062 157Moeda estrangeira Sector empresarial 5.907 61 893.647 9.326 Particulares 3.047 31 4.948 52Créditos em conta correnteMoeda nacional Sector público - - 177.644 1.854 Sector empresarial 14.939.736 153.044 14.085.898 146.995 Particulares 963.115 9.866 824.133 8.600Moeda estrangeira Sector público - - 1.711.711 17.863 Sector empresarial - - 3.341.309 34.869EmpréstimosMoeda nacional Sector público 5.555.556 56.911 15.891.820 165.841 Sector empresarial 105.343.011 1.079.130 38.915.003 406.101 Particulares 12.391.784 126.941 11.105.056 115.888Moeda estrangeira Sector público - - 261.208 2.726 Sector empresarial 89.043.929 912.162 145.389.573 1.517.223 Particulares 25.683.032 263.096 24.085.377 251.345 255.858.759 2.621.006 257.264.840 2.684.710Créditos vencido e juros a receberCapital 18.816.384 192.754 19.236.334 200.743Juros 129.872 1.330 70.534 736Adiantamento a depositantes 666.125 6.824 1.328.041 13.859 19.612.381 200.908 20.634.909 215.338 275.471.140 2.821.914 277.899.749 2.900.048Proveitos a receber 9.196.789 94.213 6.997.561 73.024 284.667.929 2.916.127 284.897.310 2.973.072Provisões para crédito de liquidação duvidosa (Nota 19) (38.037.079) (389.650) (26.660.594) (278.219)Provisões para garantias prestadas e créditos documentários (923.024) (9.456) (923.024) (9.632) (38.960.103) (399.106) (27.583.618) (287.851) 245.707.826 2.517.021 257.313.692 2.685.221

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Kwanzas 159.678.566 1.635.739 95.226.061 993.740Dólares dos Estados Unidos 124.981.399 1.280.304 189.658.103 1.979.195Euros 7.964 84 13.131 137Outras Moedas - - 15 - 284.667.929 2.916.127 284.897.310 2.973.072

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

105

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, para fazer face ao risco de cobrança do crédito concedido, o Banco dispõe das seguintes provisões calculadas através da metodologia de apuramento de provisão para crédito e juros vencidos, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2 c):

Classe A 171.586 - 171.586 0% - Classe B 518.419 33 518.452 1% a < 3% (15.554) Classe C 1.726.456 821 1.727.277 3% a < 10% (138.182) Classe D 101.273 - 101.273 10% a < 20% (20.255) Classe E 114.204 - 114.204 20% a < 50% (40.822) Classe F 70.942 471 71.413 50% a < 100% (57.130) Classe G 117.704 5 117.709 100% (117.707) Provisão para garantias prestadas e créditos documentários - (9.456) 2.820.584 1.330 2.821.914 (399.106)

Classe A 151.594 - 151.594 0% -Classe B 626.721 16 626.737 1% a < 3% (11.040)Classe C 1.774.118 708 1.774.826 3% a < 10% (101.710)Classe D 189.781 11 189.792 10% a < 20% (36.201)Classe E 41.869 1 41.870 20% a < 50% (28.666)Classe F 57.821 - 57.821 50% a < 100% (43.195)Classe G 57.408 - 57.408 100% (57.407)Provisão para garantias prestadas e créditos documentários - (9.632) 2.899.312 736 2.900.048 (287.851)

31 Dez. 13 Taxa de Capital Juros Total Provisão Provisões

31 Dez. 12 Taxa de Capital Juros Total Provisão Provisões

Valores expressos em milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

Valores expressos em milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

Classe A 16.749.976 - 16.749.976 0% - Classe B 50.607.300 3.173 50.610.473 1% a < 3% (1.518.314) Classe C 168.534.131 80.237 168.614.368 3% a < 10% (13.489.149) Classe D 9.886.110 18 9.886.128 10% a < 20% (1.977.226) Classe E 11.148.425 14 11.148.439 20% a < 50% (3.984.882) Classe F 6.925.285 45.955 6.971.240 50% a < 100% (5.576.992) Classe G 11.490.041 475 11.490.516 100% (11.490.516) Provisão para garantias prestadas e créditos documentários (923.024) 275.341.268 129.872 275.471.140 (38.960.103)

31 Dez. 13 Taxa de Capital Juros Total Provisão ProvisõesValores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

Classe A 14.526.812 - 14.526.812 0% -Classe B 60.056.051 1.519 60.057.570 1% a < 3% (1.057.910)Classe C 170.006.471 67.799 170.074.270 3% a < 10% (9.746.416)Classe D 18.185.895 1.152 18.187.047 10% a < 20% (3.469.002)Classe E 4.012.091 64 4.012.155 20% a < 50% (2.746.948)Classe F 5.540.781 - 5.540.781 50% a < 100% (4.139.204)Classe G 5.501.114 - 5.501.114 100% (5.501.114)Provisão para garantias prestadas e créditos documentários (923.024) 277.829.215 70.534 277.899.749 (27.583.618)

31 Dez. 12 Taxa de Capital Juros Total Provisão ProvisõesValores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

106

Em 31 de Dezembro de 2013, o maior devedor do Banco representa 14,6 % dos Fundos Próprios Regulamentares (FPR) e 4,9% do total da carteira de crédito, excluindo garantias e créditos documentários. Neste contexto, o Banco cumpre, em 31 de Dezembro de 2013, com o limite máximo de exposição por cliente de 25% dos FPR conforme estipulado pelo Aviso nº 08/2007 de 12 de Setembro.

Adicionalmente, o conjunto dos vinte maiores clientes do Banco representa aproximadamente 110,2% dos FPR e 37,2% do total da carteira de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a composição da carteira de crédito por sectores de actividade, incluindo o crédito e juros vencidos e os proveitos a receber, é a seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a taxa de juro média praticada pelo Banco, foi a seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o prazo residual dos créditos, excluindo o crédito vencido e os proveitos a receber, apresentava a seguinte estrutura:

Moeda Nacional Promoção e construção imobiliária 59.786.402 612.450 30.737.909 320.768 Indústria extractiva e transformação 46.870.113 480.134 17.981.381 187.646 Comércio por grosso e a retalho 18.980.682 194.437 19.930.108 207.982 Particulares 16.915.403 173.281 9.286.474 96.910 Serviços 13.802.814 141.395 13.718.554 143.161 Estado 1.910.828 19.574 2.811.762 29.342 Agricultura, produção animal, pescas e silvicultura 1.412.324 14.468 759.873 7.930 159.678.566 1.635.739 95.226.061 993.740 Moeda Estrangeira Promoção e construção imobiliária 43.644.062 447.088 60.384.114 630.144 Particulares 27.735.372 284.122 25.223.234 263.219 Indústria extractiva e transformação 21.724.195 222.542 45.653.223 476.418 Comércio por grosso e a retalho 16.637.140 170.430 37.270.801 388.943 Serviços 12.136.234 124.323 9.295.899 97.008 Agricultura, produção animal, pescas e silvicultura 2.701.874 27.678 3.129.916 32.663 Estado 410.486 4.205 8.714.062 90.936 124.989.363 1.280.388 189.671.249 1.979.332 284.667.929 2.916.127 284.897.310 2.973.072

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Em moeda nacional 11.67% 14,27%Em moeda estrangeira 7,80% 8,58%

31 Dez. 13 31 Dez. 12

Até três meses 31.228.216 319.900 56.696.886 591.666De três a seis meses 17.077.591 174.942 12.256.264 127.901De seis meses a um ano 35.385.905 362.492 47.904.999 499.917De um a três anos 56.022.550 573.893 61.088.991 637.500Mais de três anos 116.144.497 1.189.779 79.317.700 827.726 255.858.759 2.621.006 257.264.840 2.684.710

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

107

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o prazo residual dos créditos vencidos apresentava a seguinte estrutura:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o total de créditos abatidos ao Activo no nível de risco G no exercício de 2013, e o total de créditos recuperados nos respectivos exercícios, era o seguinte:

Entre 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a migração do risco dos tomadores de crédito teve a seguinte evolução:

Até um mês 1.555.043 15.930 1.869.568 19.510De um a três meses 8.493.379 87.006 6.285.494 65.593De três a seis meses 2.912.908 29.839 5.371.195 56.052De seis meses a um ano 6.651.051 68.133 7.108.652 74.183 19.612.381 200.908 20.634.909 215.338

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Nível de Risco G (Nota 19) 11.924.238 122.151 12.085.033 126.114 11.924.238 122.151 12.085.033 126.114

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Créditos Abatidos ao Activo

Créditos Recuperados De extrapatrimoniaisCapital - - 3.480.750 36.324Juros (Nota 31) 2.025.319 20.747 2.623.732 27.380 2.025.319 20.747 6.104.482 63.704

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

A 14.526.812 5% 41,8% 0,5% 10,0% 0,0% 0,0% 39,2% 0,0% - 1.230.016 14.526.812B 60.057.570 22% 0,0% 84,1% 10,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% - 2.934.334 60.057.570C 170.074.270 61% 0,0% 0,3% 56,8% 2,2% 2,2% 2,7% 3,3% 1.508.721 49.215.040 170.074.270D 18.187.047 7% 0,0% 12,0% 16,6% 32,4% 32,4% 3,1% 18,8% 56.961 1.585.438 18.187.047E 4.012.155 1% 0,0% 0,8% 56,6% 2,1% 2,1% 5,8% 1,5% 1.067.867 226.659 4.012.155F 5.540.781 2% 0,0% 0,0% 6,9% 0,0% 0,0% 0,1% 8,4% 3.637.268 757.161 5.540.781G 5.501.114 2% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5.178.510 33.585 5.501.114Total 277.899.749 100% 6.066.469 53.282.075 110.356.911 9.768.832 9.768.832 11.072.605 9.635.460 11.449.327 55.982.232 277.899.749

Carteira de Crédito em 31 Dez. 12 31 Dez. 13 Nível Valores % da Carteira de Risco em mAKZ em 31 Dez. 12 A B C D E F G Abates Recebimentos Total

A 6.066.638 7.230.158 - - 1.230.016 14.526.812B 50.489.022 6.634.214 - - 2.934.334 60.057.570C 96.641.142 22.205.821 503.546 1.508.721 49.215.040 170.074.270D 5.886.397 5.460.074 5.198.177 56.961 1.585.438 18.187.047E 84.939 244.749 2.387.942 1.067.867 226.659 4.012.155F 2.869 755.872 387.611 3.637.268 757.161 5.540.781G 3 - 289.016 5.178.510 33.585 5.501.114Total 159.171.011 42.530.888 8.766.291 11.449.327 55.982.232 277.899.749

Movimentados para Níveis Nível de Risco Mantido no Nível Agravamentos Reduções Abates Recebimentos Total

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Créditos Recuperados

108

8. Outros Valores

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Imposto a recuperar” nos montantes de mAKZ 616.611 (mUSD 6.317) e mAKZ 666.313 (mUSD 6.953) respectivamente, corresponde ao valor de crédito de imposto originado pelo excesso de pagamentos por conta efectuados no exercício de 2012.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Imóveis para alienação aos colaboradores” apresenta o investimento em edifícios adquiridos pelo Banco ainda em planta no exercício de 2008, com vista à sua alienação aos seus colaboradores do Banco por preços similares aos preços de aquisição, estando os mesmos enquadrados no regime previsto pelo Fundo Social do Banco (Nota 2 alínea k)). Em 31 de Dezembro de 2013, esta rubrica é composta por cinco edifícios, dois dos quais se encontram em processo final de alienação com contrato de compra e venda entre o BAI e os seus colaboradores. Relativamente aos restantes imóveis, dois encontram-se em fase de venda aos colaboradores, sendo esperada uma perda para o Banco, tendo sido reconhecida uma provisão na rubrica “Provisões para imóveis a alienar a colaboradores” no montante de mAKZ 1.520.051, (mUSD 15.571). No decorrer do exercício de 2014, parte das fracções constituintes dos referidos imóveis foram já alvo de formalização contratual em nome dos colaboradores do Banco.

No decorrer do primeiro semestre de 2013 o Banco procedeu à transferência do saldo das reservas registadas nos fundos próprios com a designação “Fundo Social”, no montante de mAKZ 2.801.705, para uma rubrica de passivo denominada “Fundo Social”. No mesmo período e tendo como base a estimativa de perda potencial associada aos imóveis adquiridos com vista à alienação a colaboradores do Banco, o BAI afectou a rubrica “Perdas em imóveis a alienar a colaboradores” no montante de mAKZ 1.101.363 (mUSD 11.282) através da utilização do referido “Fundo Social” (Nota 2).

Em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Imóveis recebidos em dação” inclui os imóveis provenientes de dações em cumprimento, no âmbito de recuperações de créditos abatidos ao activo no montante de mAKZ 4.971.937 (mUSD 59.932), e mAKZ 2.905.097 (mUSD 30.164), respectivamente, (alínea c) Nota 2).

O Banco reconheceu no exercício de 2012 uma provisão no montante de mAKZ 626.358 (mUSD 6.536) para estes imóveis, decorrente do facto de o Banco apenas ter considerado o valor das avaliações que cumpriam os requisitos definidos pelo Banco. Este valor de provisão foi completamente alocado à rubrica de “Imóveis recebidos em dação” e totalmente utilizado em 2013. No exercício de 2013 o Banco registou apenas uma dação em cumprimento no montante de mAKZ (2.586.119) (mUSD 26.492). O Banco encontra-se a envidar esforços no registo de propriedade destes imóveis.

Impostos diferidos activos (Nota 32) 2.824.690 28.936 1.198.740 12.510Imposto a recuperar 616.611 6.317 666.313 6.953 3.441.301 35.253 1.865.053 19.463Imóveis Imóveis para alienação aos colaboradores 5.460.226 55.934 4.747.757 49.546 Provisão para imóveis a alienar a colaboradores (Nota 19) (1.520.051) (15.571) - - Imóveis recebidos em dação 4.971.937 50.932 2.905.097 30.316 Provisão para imóveis recebidos em dação (Nota 19) - - (626.358) (6.536)Governo Central – Ministério das Finanças 7.134.577 73.086 2.521.700 26.315Devedores – empréstimos 1.223.976 12.538 629.972 6.574Fraudes 591.328 6.058 429.699 4.484Comissões a receber – GRINER 390.330 3.999 - -Operações activas a regularizar 185.056 1.896 174.806 1.824Entidade reguladora – BNA 132.673 1.359 - -Falhas de caixa 19.151 196 321.149 3.351Sociedade Angola de Ensino Superior – SAESP - - 595.548 6.215Bonificações a receber - - 1.728 18Outros 206.307 2.113 335.281 3.499 18.795.510 192.540 12.036.379 125.606Despesas com custo diferido Material de expediente 323.139 3.310 272.864 2.847 Rendas e alugueres 220.866 2.263 313.994 3.277 Seguros 188.626 1.932 328.928 3.433 Outros 567.959 5.818 575.885 6.010 1.300.590 13.323 1.491.671 15.567 23.537.401 241.116 15.393.103 160.636

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

109

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Governo Central – Ministério das Finanças” corresponde a montantes a receber do Ministério das Finanças, relativos a comissões de colecta de impostos do exercício, no âmbito do contrato assinado entre ambas as partes, a valores associados a um pagamento de títulos em duplicado, no exercício de 2013, no montante de mAKZ 6.577.300 (mUSD 67.378) ocorrido durante o exercício de 2013, e a comissões de imobilização no montante de mAKZ 271.570 (mUSD 2.782) que se encontram por liquidar. As comissões relativas a colecta de impostos encontram-se reconhecidas como proveitos do exercício na rubrica “Comissões recebidas – por serviços bancários prestados” (Nota 24).

A evolução do saldo da rubrica “Devedores – Empréstimos” entre 31 de Dezembro de 2013 e 2012, corresponde essencialmente a um empréstimo concedido à SOGEI – Sociedade de Gestão e Investimentos, SA, com sede em Cabo Verde, no montante de mEUR 4.561 (mAKZ 572.068).

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as rubricas “Fraudes” e “Operações activas a regularizar” correspondem a operações pendentes de regularização, cujos processos judiciais se encontram em curso, e a outras responsabilidades, tendo o Banco constituído as provisões necessárias com base na informação disponível na data de aprovação das Demonstrações Financeiras, através da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” (Nota 19).

Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica “Comissões a receber – GRINER” corresponde a comissões por prestação de serviços de análise financeiras efectivados pelo Banco nos exercícios de 2012 e 2013.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Falhas de caixa” diz respeito a diferenças desfavoráveis para o Banco nas contas de notas e moedas expressas em moeda nacional e nas máquinas ATM. Durante o ano de 2013 o Banco precedeu a regularização destes valores por contrapartida de resultados.

A variação verificada no exercício de 2013, na rubrica “Sociedade Angolana de Ensino Superior – SAESP”, diz respeito à transformação deste montante em prestações acessórias de capital, e foi incorporado no valor da participação conforme se detalha na rubrica “Imobilizações Financeiras” (Nota 9).

9. Imobilizações Financeiras

O saldo de imobilizações financeiras pode ser detalhado como se segue:

Participações em Coligadas e Equiparadas No país 2.415.405 24.743 2.007.200 20.945 No estrangeiro 5.477.173 56.108 5.892.537 61.492 7.892.578 80.851 7.899.737 82.437Participações em Outras Sociedades: No país 97.453 998 97.453 1.018 No estrangeiro 575.179 5.892 323.897 3.380 672.632 6.890 421.350 4.398Suprimentos em Entidades: No país 8.109.579 83.075 454.896 4.748 16.674.789 170.816 8.775.983 91.583

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

110

Participações em Coligadas e Equiparadas no PaísBAI Micro Finanças, S.A. Luanda S. Bancários AKZ 1.596.870 94,13% 2.435.430 2.435.430 24.948 1.444.892 15.078BAI Micro Finanças, S.A. Imparidade (Nota 29) (1.094.686) (11.214) (477.612) (4.984)NOSSA Luanda Seguros AKZ 993.807 72,24% 717.926 1.074.661 11.009 1.039.920 10.851 2.415.405 24.743 2.007.200 20.945Participações em Coligadas e Equiparadas no EstrangeiroBanco BAI Europa, S.A. Lisboa S. Bancários EUR 40.000 99,99% 39.996 4.322.614 44.281 4.322.614 45.109BAI Cabo Verde, S.A. Praia S. Bancários CVE 2.000.000 77,20% 1.544.000 2.192.659 22.462 1.682.249 17.555BAI Cabo Verde, S.A. Imparidade (Nota 29) (1.103.236) (11.302) (177.462) (1.852)Banco Inter. de S. T. e Príncipe S.Tomé S. Bancários STD 150.000.000 25,00% 37.500.000 65.136 667 65.136 680 5.477.173 56.108 5.892.537 61.492 7.892.578 80.851 7.899.737 82.437Participações em Outras Sociedades no PaísEMIS Luanda S. Bancários AKZ 110.085 4,09% 29.990 57.354 588 57.354 599AAA Seguros, Lda Luanda Seguros AKZ 1.127.528 5,00% 14.733 14.733 151 14.733 154BVDA Luanda S. Financeiros AKZ 1.343.000 0,95% 12.419 12.419 127 12.419 130Fundação BAI Luanda F. de Util. Púb AKZ 10.000 100,00% 10.000 10.000 102 10.000 104AAA Pensões Luanda F. de Pensões AKZ 225.506 5,00% 2.947 2.947 30 2.947 31 97.453 998 97.453 1.018Participações em OutrasSociedades no EstrangeiroFIPA Luxemburgo F. de Invest. USD (NAV) 8.344.346 29,41% 5.892 575.179 5.892 323.897 3.380BPN Brasil S. Paulo S. Bancários BRL 89.798 3,22% 10.980 486.143 4.980 486.143 5.073BPN Brasil Imparidade (Nota 29) (486.143) (4.980) (486.143) (5.073) 575.179 5.892 323.897 3.380 672.632 6.890 421.350 4.398Suprimentos em Entidades no PaísSAESP Luanda Ensino AKZ 2.000 80,00% 2.394 7.616.547 78.024 2.394 25BAI Micro Finanças, S.A. 373.885 3.830 339.512 3.543EMIS 119.147 1.221 112.990 1.180 8.109.579 83.075 454.896 4.748 16.674.789 170.816 8.775.983 91.583

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Capital Social % de Custo Aquis. Milhares Milhares Milhares Milhares Participada Sede Actividade Moeda (em milhares) Participação em Moeda de AKZ de USD de AKZ de USD

O Conselho de Administração tem em curso a reorganização societária de todo o universo de actividades associadas ao BAI, que entre outros aspectos visa a criação de uma holding e (duas) sub-holdings. Decorrente deste processo, não são estimados quaisquer impactos patrimoniais negativos nas demonstrações financeiras do BAI.

Em Fevereiro de 2013 o BAI realizou um aumento de capital na participada BAI Micro Finanças, S.A. (BMF) no montante equivalente a mUSD 10.000 (mAKZ 990.538). Decorrente desta operação e por ter sido o único accionista do BMF a participar no aumento de capital, a participação do Banco aumentou para 94,13%.

No decorrer do primeiro semestre de 2013 o BAI reforçou a sua participação na NOSSA – Nova Sociedade de Seguros de Angola, S.A., através da aquisição de 140.000 acções nominais, equivalente a 7% do capital social pelo montante de mUSD 350, equivalentes a mAKZ 34.742. Com esta operação o BAI reforços a sua participação para 72,24%. Em Maio de 2013, o BAI reforçou a sua participação no BAI Cabo Verde, S.A. através da aquisição de 76.100 acções daquela entidade pelo montante equivalente a mAKZ 90.881. Decorrente desta operação a participação do Banco aumentou para 77,2%.

111

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Banco procedeu a testes de imparidade na subsidiária BPN Brasil, por esta ter apresentado resultados negativos nos últimos exercícios, de acordo com o descrito na alínea e) da Nota 2. Com base nesses testes o Banco reconheceu imparidade nos montantes de mAKZ 274.844 (mUSD 2.868), e mAKZ 211.299 (mUSD 2.218), respectivamente. Em Setembro de 2013 o BAI celebrou um contrato de compra e venda das quotas correspondentes à participação financeira no BPN Brasil (3,22%), pelo montante de mAKZ 46.076 (mUSD 472). Na data de celebração do referido contrato o Banco recebeu um valor correspondente a 50% da venda que se encontra registado em proveitos não operacionais (Nota 31). O valor remanescente será liquidado na data de efectivação da operação (até serem cumpridos todos os requisitos legais para a realização da operação).

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2013, decorrente dos testes de imparidade sobre as participadas BAI Micro Finanças S.A. e BAI Cabo Verde S.A., o Banco reconheceu imparidade nos montantes de mAKZ 617.074 (mUSD 6.321) e mAKZ 925.774 (mUSD 9.484), respectivamente. O valor das imparidades é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica de “Resultados de imobilizações financeiras” (Nota 29).

Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica de Suprimentos no país inclui um saldo de mAKZ 119.147 (mUSD 1.221) correspondente a prestações acessórias de capital realizadas na entidade EMIS – Empresa Interbancária de Serviço S.A., os quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso definido.

Em 31 de Dezembro de 2013, os saldos com operações activas, passivas e extrapatrimoniais com as entidades participadas do Banco encontram-se detalhados na Nota 35.

Durante o exercício de 2013, o Banco procedeu à transferência da Academia BAI e outros bens para a Sociedade SAESP através da realização de prestações acessórias. Estas prestações não vencem juros e não são remuneradas sob qualquer forma. Os montantes transferidos foram de mAKZ 6.585.813 (mUSD 67.464) e mAKZ 1.028.397 (mUSD 10.535), respectivamente (Nota 2 a), Nota 8 e Nota 10).

Em 31 de Dezembro de 2013, a informação financeira provisória e não auditada das participadas, é a seguinte, (valores em mAKZ convertidos ao câmbio do final do ano):

ParticipadaBanco BAI Europa, S.A. 31.12.2012 123.706.399 7.696.484 294.602 7.695.715 4.322.614BAI Micro Finanças, S.A. 31.12.2012 9.684.807 674.566 9.471 634.969 1.340.744BAI Cabo Verde, S.A. 31.12.2012 13.025.471 1.184.455 (168.949) 914.399 1.089.423NOSSA - Nova Sociedade Seguros Angola, S.A. 31.12.2012 7.685.627 1.331.596 202.875 961.945 1.074.661FIPA n.d n.d n.d n.d n.d 575.179Banco Internacional de São Tomé e Príncipe 31.12.2012 8.977.505 1.377.331 27.081 344.333 65.136EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. 31.12.2012 4.973.606 1.387.605 92.970 56.753 57.354AAA Seguros, Lda 31.12.2010 13.428.513 1.757.809 53.548 87.890 14.733BVDA - Bolsa de Valores e Derivativos de Angola n.d n.d n.d n.d n.d 12.419Fundação BAI n.d n.d n.d n.d n.d 10.000AAA Pensões 31.12.2010 2.102.163 309.706 47.896 15.485 2.947BPN Brasil 31.12.2012 10.781.347 2.487.059 (4.838.108) 156.436 -SAESP * 31.12.2013 7.402.112 (76.582) (78.582) (61.265) 7.616.547 16.181.757 * Não auditadon.d. - não disponível

Data de Activo Capital Resultado Participação no 31 Dez. 13 Referência Líquido Próprio Líquido Capital Próprio Valor de Balanço

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

112

10. Imobilizações Corpóreas e Incorpóreas

O movimento nas rubricas de imobilizações corpóreas, incorpóreas e em curso durante os exercícios de 2013 e 2012 foi o seguinte:

O aumento do saldo da rubrica “Imobilizações corpóreas – imobilizações em curso” verificado durante o exercício de 2013, no montante de mAKZ 8.909.661, corresponde essencialmente aos investimentos realizados nos edifícios Torre Gika e Kianda. É entendimento do Banco manter os dois edifícios em balanço, à data de 31 de Dezembro de 2013, com a finalidade expressa de tornar o empreendimento “Comandante Gika” a sede oficial do Banco. No entanto, e considerando as previsões de crescimento e expansão da rede, o Banco decidiu igualmente manter como imóvel de uso próprio o edifício Kianda, ainda em fase de construção, entendendo que o mesmo será indispensável à prossecução do seu objecto social e à sua instalação e funcionamento futuros.

Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica “Imobilizações corpóreas – imobilizações em curso” apresenta a seguinte composição:

Torre Gika 11.237.288 4.781.917 16.019.205Edifício Kianda 45.314 3.649.423 3.694.737Agências 904.005 406.433 1.310.438Outros 667.163 71.888 739.051 12.853.770 8.909.661 21.763.431

31 Dez. 12 Aumentos 31 Dez. 13

Imobilizações Corpóreas Imóveis de uso 16.922.852 (1.389.724) 15.533.128 215.904 960.918 (6.641.210) 41.968 (293.491) Móveis, utensílios, instalações e equipamentos 8.888.358 (5.028.565) 3.859.793 780.819 875.683 (85.561) 9.307 (1.085.236) Outras imobilizações 282.410 (90.238) 192.172 44.747 33.505 - - (28.592) Imobilizações em curso 12.853.770 - 12.853.770 9.007.751 (98.090) - - - 38.947.390 (6.508.527) 32.438.863 10.049.221 1.772.016 (6.726.771) 51.275 (1.407.319) Imobilizações IncorpóreasSistema de tratamento automático de dados 2.698.166 (1.896.386) 801.780 - 356.878 (91.278) 97.585 (448.117)Gastos de organização e expansão 684.668 (544.380) 140.288 408.156 - - 13.897 (148.625) Benfeitorias em imóveis de terceiros 3.445.311 (332.950) 3.112.361 124.979 216.434 - 108.115 (488.744) Imobilizações em curso 2.726.651 - 2.726.651 573.312 (2.345.328) (43.688) - - 9.554.796 (2.773.716) 6.781.080 1.106.447 (1.772.016) (134.966) 219.597 (1.085.486) 48.502.186 (9.282.243) 39.219.943 11.155.668 - (6.861.737) 270.872 (2.492.805)

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

Saldos em 31 Dez. 12 Valor Amortizações Valor Abates e Outras Regularizações Amortizações Bruto Acumuladas Líquido Aumentos Transferências Transferências de Amortizações do Exercício

11.458.464 (1.641.247) 9.817.217

10.459.299 (6.104.494) 4.354.805 360.662 (118.830) 241.832 21.763.431 - 21.763.431 44.041.856 (7.864.571) 36.177.285

2.963.766 (2.246.918) 716.848 1.092.824 (679.108) 413.716 3.786.724 (713.579) 3.073.145 910.947 - 910.947 8.754.261 (3.639.605) 5.114.656 52.796.117 (11.504.176) 41.291.941

2013 Saldos em 31 Dez. 13 Valor Amortizações Valor Bruto Acumuladas Líquido

Imobilizações Corpóreas Imóveis de uso 14.203.807 (678.425) 13.525.382 1.269.350 1.507.720 (58.025) (653.274)Móveis, utensílios, instalações e equipamentos 7.844.025 (4.024.972) 3.819.053 944.494 99.839 - (1.003.593) Outras imobilizações 168.726 (66.358) 102.368 107.224 6.460 - (23.880) Imobilizações em curso 2.803.282 - 2.803.282 11.115.684 (1.065.196) - - 25.019.840 (4.769.755) 20.250.085 13.436.752 548.823 (58.025) (1.680.747) Imobilizações IncorpóreasSistema de tratamento automático de dados 2.170.042 (1.593.795) 576.247 528.124 - - (302.591)Gastos de organizaçãoe expansão 570.399 (493.748) 76.651 114.269 - - (50.632) Benfeitorias em imóveis de terceiros 3.284.039 (298.638) 2.985.401 29.617 73.630 58.025 (92.337) Imobilizações em curso 1.968.981 - 1.968.981 1.380.123 (622.453) - 7.993.461 (2.386.181) 5.607.280 2.052.133 (548.823) 58.025 (445.560) 33.013.301 (7.155.936) 25.857.365 15.488.885 - - (2.126.307)

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

2012 Saldos em 31 Dez. 11 Valor Amortizações Valor Regularizações Amortizações Bruto Acumuladas Líquido Aumentos Transferências de Amortizações do Exercício

16.922.852 (1.389.724) 15.533.128

8.888.358 (5.028.565) 3.859.793 282.410 (90.238) 192.172 12.853.770 - 12.853.770 38.947.390 (6.508.527) 32.438.863

2.698.166 (1.896.386) 801.780 684.668 (544.380) 140.288 3.445.311 (332.950) 3.112.361 2.726.651 - 2.726.651 9.554.796 (2.773.716) 6.781.080 48.502.186 (9.282.243) 39.219.943

Saldos em 31 Dez. 12 Valor Amortizações Valor Bruto Acumuladas Líquido

113

A rubrica “Imobilizações corpóreas – Imóveis de uso” incluía, em 31 de Dezembro de 2012, o investimento realizado no edifício onde funciona a Academia BAI, cuja inauguração e início de actividades ocorreu em Novembro de 2012. Durante o exercício de 2013, o Banco transferiu este imóvel, assim como o terreno onde o mesmo se encontra construído, para a Sociedade SAESP, por contrapartida da realização de prestações acessórias (Nota 9).

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Imobilizações incorpóreas – imobilizações em curso” corresponde essencialmente à realização de obras em agências do Banco em imóveis arrendados.

11. Depósitos

Estas rubricas têm a seguinte composição:

Depósitos de ClientesDepósitos à Ordem de ResidentesMoeda Nacional Empresas Particulares Sector público empresarial Sector público administrativo

Moeda Estrangeira Empresas Particulares Sector público empresarial Sector público administrativo

Depósitos à Ordem de Não Residentes Moeda nacional Moeda estrangeira

Total de Depósitos à OrdemDepósitos a Prazo em Moeda Nacional Empresas Particulares Sector público empresarial Sector público administrativoNão Residentes

Depósitos a Prazo em Moeda EstrangeiraResidentes Empresas Particulares Sector público empresarial Sector público administrativoNão Residentes

Total de Depósitos a PrazoTotal de Juros a Pagar de Depósitos a PrazoTotal de Depósitos e Juros a Pagar a PrazoTotal de Depósitos de Clientes

182.520.940

58.267.530

38.378.473

20.354

279.187.297

134.799.699

51.086.893

47.577.392

55.435

233.519.419

2.006.749

2.574.470

4.581.219

517.287.935

91.704.414

26.508.491

26.763.159

-

34.690

145.010.754

174.298.755

57.525.197

76.001

-

142.977

232.042.930

377.053.684

8.594.373

385.648.057

902.935.992

1.869.736

596.890

393.148

209

2.859.983

1.380.883

523.332

487.381

568

2.392.164

20.557

26.373

46.930

5.299.077

939.415

271.552

274.161

-

355

1.485.483

1.785.510

589.286

779

-

1.465

2.377.040

3.862.523

88.040

3.950.563

9.249.640

91.280.306

39.733.857

13.499.381

4.558.958

149.072.502

172.123.712

66.479.167

39.137.026

3.330.911

281.070.816

919.485

3.674.800

4.594.285

434.737.603

104.907.773

20.625.329

2.600.518

6.304.921

33.184

134.471.725

194.005.011

43.386.342

-

362.158

3.980.887

241.734.398

376.206.123

4.259.946

380.466.069

815.203.672

952.564

414.646

140.874

47.575

1.555.659

1.796.215

693.750

408.418

34.760

2.933.143

9.595

38.349

47.944

4.536.746

1.094.775

215.238

27.138

65.796

342

1.403.289

2.024.557

452.762

-

3.779

41.543

2.522.641

3.925.930

44.459

3.970.389

8.507.135

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

114

Em 31 de Dezembro de 2013, os depósitos a prazo de clientes, excluindo juros a pagar, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

Em 31 de Dezembro de 2012, os depósitos a prazo de clientes, excluindo juros a pagar, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os depósitos a prazo de clientes, excluindo juros a pagar, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

12. Captações para Liquidez

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica corresponde a uma tomada no montante de mUSD 100.000 (mAKZ 9.761.851) e mUSD 100.000 (mAKZ 9.582.590) respectivamente, com maturidade em 2 de Abril de 2014 e remunerada a uma taxa de juro de 4,5%. Esta operação foi renovada em 31 de Dezembro de 2013, com uma taxa de remuneração de 3,75%.

Os juros associados a esta operação foram liquidados em 31 de Dezembro de 2013.

Em Dólares dos Estados Unidos 3,60% 2.314.484.445 225.936.500 2.314.486Em Kwanzas 4,85% 145.010.753.310 145.010.754 1.485.483Em Euros 1,91% 48.685.410 6.106.430 62.554 377.053.684 3.862.523

Depósito por Moeda 2013 Taxa Média Montante Montante de Juro em Divisas Milhares AKZ Milhares USD

Em Dólares dos Estados Unidos 3,67% 2.484.697.123 235.966.868 2.484.697Em Kwanzas 4,52% 134.471.725.000 134.471.725 1.381.047 Em Euros 2,57% 45.638.122 5.767.530 60.186 376.206.123 3.925.930

Depósito por Moeda 2012 Taxa Média Montante Montante de Juro em Divisa Milhares AKZ Milhares USD

Moeda Nacional Até três meses De três a seis meses De seis meses a um ano Mais de um ano

Moeda Estrangeira Até três meses De três a seis meses De seis meses a um ano Mais de um ano

98.308.000 3.064.241

25.801.040 17.837.473

145.010.754

172.410.639 9.896.697

23.064.273 26.671.321

232.042.930 377.053.684

1.007.063 31.390

264.304 182.726

1.485.483

1.766.168 101.381

236.271 273.220

2.377.040 3.862.523

73.560.339 7.899.391

46.063.591 6.948.404

134.471.725

132.950.941 17.649.841

79.910.750 11.222.866

241.734.398 376.206.123

767.646 82.435

458.459 72.507

1.381.047

1.387.422 184.187 856.158

117.116 2.544.883 3.925.930

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Captações de Liquidez em Outras Instituições de Crédito Em Dólares dos Estados Unidos 9.761.851 100.000 9.582.590 100.000 9.761.851 100.000 9.582.590 100.000

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

115

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os recursos de outras instituições de crédito a prazo, excluindo juros, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

13. Instrumentos Financeiros Derivados

Em 31 de Dezembro de 2012 o saldo da rubrica “Instrumentos financeiros derivados” corresponde ao justo valor de um forward cambial contratado junto do Commerzbank, em 13 de Setembro de 2012 que estabeleceu a troca de mEUR 15.000 por USD. A liquidação ocorreu em 25 de Junho de 2013.

Em 31 de Dezembro de 2013 não existem operações de instrumentos financeiros derivados.

14. Obrigações no Sistema de Pagamentos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as rubricas “Cheques a pagar em moeda nacional” e “Cheques visados em moeda nacional”, correspondem aos valores de cheques apresentados para compensação por outros Bancos comerciais residentes, respeitantes a clientes do BAI e ao valor de cheques cuja cobertura está garantida pelo Banco por cativo da conta dos respectivos clientes, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica “Compensação com a EMIS e VISA” inclui montantes pendentes de liquidação por parte do Banco associados a utilizações de cartões electrónicos.

Em 31 de Dezembro de 2012, o saldo da rubrica “Operações de clientes pendentes de liquidação” incluía duas ordens de pagamento emitidas, que liquidaram no dia 2 de Janeiro de 2013, no montante de mUSD 430.161 e mUSD 322.670, respectivamente.

15. Operações Cambiais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Recursos em moeda” diz respeito a valores cativos de depósitos de clientes em moeda estrangeira, associados a créditos documentários à importação e emissão de ordens de pagamento em moeda estrangeira.

Até três meses - - 9.582.590 100.000De três a seis mêses 9.761.851 100.000 - - 9.761.851 100.000 9.582.590 100.000

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Relações entre Instituições Compensação de cheques e outros papéis Cheques visados em moeda nacional Cheques a pagar em moeda estrangeira Cheques a pagar em moeda nacionalOutras operações pendentes de liquidação Compensação com EMIS e VISA Operações de clientes pendentes de liquidação

2.061.355 143.182 129.290

1.050.150 -

3.383.977

1.197.018 608.012 129.295

25.852

74.354.236 76.314.413

12.492 6.345 1.348

270 775.931 796.386

21.116 1.467 1.324

10.758 -

34.665

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Recursos Vinculados a Operações Cambiais Recursos em moeda Outros recursos

1.381.804 2.968

1.384.772

14.156 30

14.186

15.353.750 2.882

15.356.632

160.226 30

160.256

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

116

16. Dívida Subordinada

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo da rubrica “Dívida subordinada” corresponde ao valor em dívida da emissão ao par de 50.000 obrigações com valor nominal unitário de 1.000 USD efectuada em Fevereiro de 2008 e com vencimento em Fevereiro de 2014. À data de emissão deste Relatório e Contas a operação já havia sido totalmente liquidada pelo Banco.

A emissão foi reembolsada através de liquidações semestrais no valor de 10% da emissão inicial, iniciando-se a primeira um ano após a data de emissão.

A remuneração foi variável, correspondendo à taxa LIBOR a 6 meses do USD acrescida de um spread crescente de 125 pontos base até 300 pontos base no último semestre. Os juros foram liquidados semestral e postecipadamente. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o valor em dívida corresponde a mAKZ 488.093 e mAKZ 1.437.388 (equivalente a mUSD 5.000 e 15.000, respectivamente).

Este instrumento de captação de liquidez concorre para os fundos próprios complementares, conforme estipulado no Aviso nº 5/2007, de 12 de Setembro do BNA. A taxa de remuneração em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 corresponde a 3,40% e 3,20%, respectivamente.

17. Adiantamentos de Clientes

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O produto BAI Kamba é um cartão pré-pago personalizado da rede Visa emitido pelo Banco, através do qual o cliente efectua pagamentos e levantamentos no país e no estrangeiro, sem necessidade de recorrer a crédito. Os cartões Kamba permitem, ainda, aos clientes um controlo financeiro até ao limite estabelecido pelas normas do BNA, podendo mesmo efectuar carregamentos a partir do estrangeiro e as operações não têm juros associados.

A rubrica “Recebimentos antecipados VISA” refere-se a recebimentos antecipados para realização de despesas correntes de colaboradores de empresas com os quais o Banco tem protocolos firmados.

Dívida subordinada Empréstimo Juros a pagar

488.093 16.300

504.393

5.000 167

5.167

1.437.388 27.072

1.464.460

15.000 283

15.283

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Cartões pré-pagos BAI Kamba Recebimentos antecipados VISA

2.770.133 345.272

3.115.405

28.377

3.537 31.914

1.737.003

618.749 2.355.752

18.127

6.457 24.584

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

117

18. Outras Obrigações

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Contribuições a liquidar ao Fundo de Pensões” corresponde à contribuição dos exercícios de 2013 e 2012, equivalente a 6% do vencimento base dos colaboradores do Banco, de acordo com o contrato constitutivo do Fundo de Pensões do Banco (Nota 25).

Em 31 de Dezembro de 2012, o valor da contribuição era equivalente a 9% do vencimento base dos colaboradores do Banco. No exercício de 2013, o Banco procedeu à regularização da contribuição que se encontrava a ser realizada em nome dos colaboradores equivalentes a 3% do vencimento base, conforme descrito na Nota 2, j).

Em 31 de Dezembro de 2013, os custos com “Contribuições para o Fundo de Pensões” no montante de mAKZ 186.348 (mUSD 1.909) (Nota 25), divergem da variação das “Contribuições a liquidar ao Fundo de Pensões” entre 2013 e 2012, porque parte da provisão foi utilizada na liquidação da comissão de gestão em dívida à AAA Pensões, S.A., a qual foi entidade gestora do Fundo até 31 de Outubro de 2013.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo da rubrica de “Compensação de reforma”, nos montantes de mAKZ 598.782 (mUSD 6.134) e mAKZ 502.235 (mUSD 5.241), respectivamente, corresponde à provisão constituída pelo Banco para a cobertura de responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma” (Nota 2 j)), conforme disposto no Artigo nº 262 da Lei Geral do Trabalho. Nos termos da legislação em vigor, as responsabilidades em matéria de “Compensação por reforma” são determinadas multiplicando 25% do salário mensal de base praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma, pelo número de anos de antiguidade na mesma data. O valor das responsabilidades é determinado numa base mensal.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de “Salários e outras remunerações” corresponde ao subsídio de férias mAKZ 335.707 (mUSD 3.439) e mAKZ 282.718 (mUSD 2.950), respectivamente, e ao prémio de produtividade a ser distribuído aos colaboradores do Banco durante os exercícios de 2014 e 2013, no montante de mAKZ 627.064 (mUSD 6.424) e mAKZ 721.918 (mUSD 7.534), respectivamente (Nota 25). O custo com prémio de produtividade dos exercícios de 2013 e 2012 ascendeu aos montantes de mAKZ 747.298 (mUSD 7.655) e mAKZ 960.000 (mUSD 10.018), respectivamente, os quais divergem dos valores a pagar em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 por terem sido liquidados antecipadamente os prémios de alguns colaboradores.

Dividendos a pagar Encargos fiscais a pagar - retidos de terceirosRecursos de Garantias Realizadas - Dações em pagamentosEncargos fiscais a pagarAquisições de Obrigações do Tesouro Impostos sobre o rendimento do trabalho dependenteCredores por aquisição de bens e direitos Credores pela prestação de serviçoDistribuição de Fundo de Apoio Micro-Finanças Credores Diversos Operações pendentes de liquidação Contribuições a liquidar ao Fundo de Pensões (Nota 25) Compensação de reforma (Nota 25) Fundos para falhas Sobras de caixa OutrosSalários e Outras Remunerações Prémio de produtividade (Nota 25) Salário Fundo SocialContribuições para a Segurança Social Entidade patronal EmpregadosOutros custos administrativos

635.680 269.205 184.195 81.342 67.372 48.039 24.682 5.888

-

2.514.002 888.203 598.782 95.235 14.762

240.586

627.064 335.707

1.700.342

31.167 12.855

548.602 8.923.710

6.512 2.758 1.887 833 690 492 253 60

-

25.751 9.099 6.134

976 151

2.465

6.424 3.439 17.418

319 132

5.623 91.416

88.234 460.388

- 81.342

4.791.295 67.209

451.820 -

403.958

- 910.347 502.235 82.005 95.414 32.171

721.918 282.718

-

45.193 7.626

592.097 9.615.970

922 4.804

- 849

50.000 701

4.715 -

4.216

- 9.500 5.241 856 996 336

7.534 2.950

-

472 80

6.174 100.346

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

118

Em 31 de Dezembro de 2012, o saldo da rubrica de “Aquisição de Obrigações do Tesouro” no montante de mAKZ 4.791.295 (mUSD 50.000) referia-se a uma operação de aquisição de Obrigações do Tesouro ao Ministério das Finanças, tendo sido no início de 2013, através de pagamentos a clientes do Banco, por conta daquela entidade.

Conforme referido na Nota 2, o Banco procedeu à correcção de um erro de exercícios anteriores, referente à reclassificação do Fundo Social no montante de mAKZ 2.801.705 (mUSD 28.701) da rubrica de Fundos Próprios para o Passivo. Na sequência desta regularização, e de acordo com o previsto no Regulamento do Fundo Social do Banco, foi reconhecida o montante de mAKZ 1.101.363 (mUSD 11.282) a deduzir ao valor de balanço da rubrica “Imóveis a alienar a colaboradores” (Nota 8) e (Nota 19).

O montante de mAKZ 1.700.342 (mUSD 17.418) corresponde ao valor do Fundo Social a 31 de Dezembro de 2013 cuja alocação ainda não foi feita no âmbito do seu regulamento.

Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica “Dividendos a pagar” corresponde aos dividendos distribuídos no exercício de 2012 e ainda não liquidados.

19. Provisões sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis

O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi o seguinte:

A regularização no montante de mAKZ 1.031.655, registada em 2013 na rubrica “Provisões para créditos de liquidação duvidosa”, corresponde a provisões para juros de contas correntes caucionadas e descobertos constituídas por contrapartida da rubrica da demonstração de resultados – “Resultado não operacional” (Nota 31).

A regularização no montante de mAKZ 589.576, registada em 2013 na rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis”, corresponde a provisões para fraudes constituídas por contrapartida da rubrica da demonstração de resultados – “Resultado não operacional” (Nota 31).

A regularização no montante de mAKZ 1.101.363, registada em 2013 na rubrica “Provisões para imparidade em imóveis a alienar a colaboradores”, corresponde à utilização do fundo social para apoio aos colaboradores, conforme descrito na Nota 2, pelo que não teve impacto na demonstração de resultados.

Provisões para créditos de liquidação duvidosa (Nota 7)

Provisões para responsabilidades prováveisProvisões para imóveis recebidos em dação (Nota 8)

Provisões para imparidade em imóveis a alienar a colaboradores (Nota 8)

Saldos em Reposições e Saldos em 31 Dez. 12 Reforços Anulações Utilizações Regulariz. Tranaf. 31 Dez. 13Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

31 Dez. 13

27.583.618 120.024.809 (98.091.726) (11.924.238) 1.031.665 335.975 38.960.103 4.039.283 1.378.755 - - 589.576 (754.663) 5.252.951 626.358 - - (626.358) - -

- - - - 1.101.363 418.688 1.520.051 32.249.259 121.403.564 (98.091.726) (12.550.596) 2.722.604 - 45.733.105

Provisões para créditos de liquidação duvidosa (Nota 7)

Provisões para responsabilidades prováveisProvisões para imóveis recebidos em dação (Nota 8)

Saldos em Reposições e Saldos em 31 Dez. 11 Reforços Anulações Utilizações Regularizações 31 Dez. 12Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

31 Dez. 12

22.190.510 31.881.808 (14.403.667) (12.085.033) - 27.583.618 2.629.282 1.410.001 - - - 4.039.283 - 626.358 - - - 626.358 24.819.792 33.918.167 (14.403.667) (12.085.033) - 32.249.259

119

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo da rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis” decompõe-se da seguinte forma:

20. Fundos Próprios

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o capital social do Banco corresponde a mAKZ 14.786.705 equivalente a mUSD 151.474, integralmente subscrito e realizado em dinheiro, e encontra-se dividido em 19.450.000 acções, com o valor nominal em Kwanzas, equivalente a USD 10 cada.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o capital do Banco apresenta a seguinte estrutura accionista:

Partes de capitais detidas por membros dos órgãos sociais (alínea nº 3, do artigo nº 446 Lei 1/04, de 13 de Fevereiro – Lei das Sociedades Comerciais):

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o lucro e dividendo por acção apresentam-se conforme se segue:

Sonangol – Sociedade Nacional de Combustíveis, UEEOberman Finance Corp.Dabas Management LimitedMário Abílio R. M. PalharesTheodore Jameson GilettiLobina AnstaltCoromasi Participações Lda.Mário Alberto dos Santos BarberOutros

Accionistas N.º de Acções Milhares de AKZ Milhares de USD % Participação

1.653.250 1.256.870 16.533 8,50% 972.500 739.335 9.725 5,00% 972.500 739.335 9.725 5,00% 972.500 739.335 9.725 5,00% 972.500 739.335 9.725 5,00% 972.500 739.335 9.725 5,00% 923.875 702.368 9.239 4,75% 752.715 572.245 7.527 3,87% 11.257.660 8.558.547 112.576 57,88% 19.450.000 14.786.705 194.500 100,00%

Paula GrayFrancisco de Lemos Mário Alberto dos Santos BarberTheodore GilletiLuís LélisHélder AguiarInokcelina dos Santos

Vice-Presidente do Conselho de Administração Vice-Presidente do Conselho de Administração AdministradorAdministradorAdministradorAdministradorAdministrador

Accionistas Cargo Aquisição Nº de Acções % Participação

Nominal 486.250 2,50% Nominal 194.500 1,00% Nominal 752.715 3,87% Nominal 972.500 5,00% Nominal 583.500 3,00% Nominal 97.250 0,50% Nominal 97.250 0,50%

Juros a receber de crédito 2.601.279 26.647 1.569.614 16.380 Fraudes 1.019.275 10.441 429.699 4.484Empresas associadas 406.053 4.160 318.212 3.321 Provisões para imobilizações em curso 401.693 4.115 223.391 2.331Risco de crédito em aplicações colaterizadas 293.022 3.002 209.724 2.189 Cheques a cobrar 270.355 2.770 374.000 3.903 Operações activas a regularizar 176.572 1.809 174.806 1.824 Falhas de caixa 1.503 15 321.149 3.351 Imóveis a alinear aos colaboradores - - 418.688 4.369Outros 83.199 851 - - 5.252.951 53.810 4.039.283 42.152

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Resultado líquido do exercícioNúmero de acções (em unidades)Resultado líquido por acçãoDividendosDividendos por acção

12.081.900 126.802 17.217.380 179.674 19.450.000 19.450.000 19.450.000 19.450.000 0.62 0.007 0.89 0.009 3.020.475 31.701 4.304.345 44.919 0.16 0.002 0.22 0.002

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

120

No dia 26 de Março de 2013, em reunião da Assembleia Geral, foi aprovada a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração, pelo que do resultado líquido do exercício de 2012, no montante de mAKZ 17.217.380 (mUSD 179.676), foram distribuídos mAKZ 4.304.345 (mUSD 44.919) de dividendos directos aos accionistas e mAKZ 860.869 (mUSD 8.818) ao Fundo Social (Nota 18), tendo os restantes valores sido transferidos para reservas, conforme apresentado na Demonstração de Mutações nos Fundos Próprios.

Acções Próprias O Banco pode nos termos e condições que a lei permite, adquirir acções próprias e realizar sobre elas todas as operações legalmente autorizadas.

Reserva Legal

Nos termos da legislação vigente, o Banco deverá constituir um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital. Para tal, o Banco tem transferido anualmente para esta reserva o correspondente a 20% do resultado líquido do exercício anterior. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados, quando esgotadas as demais reservas constituídas.

Durante o exercício de 2013 o Banco procedeu à reclassificação do montante de mAKZ 4.039.578 da rubrica “Reserva legal” para a rubrica “Reservas e fundos”, o qual tinha sido transferido para aquela rubrica através da aplicação do resultado do exercício de 2011, por não se encontrar concordante com a deliberação de aplicação de resultados aprovada em Assembleia Geral de Março de 2012. Assim, a reserva legal apresenta uma insuficiência de mAKZ 667.675, que será suprida na próxima Assembleia Geral por deliberação da aplicação dos resultados de 2013.

Fundo Social

Por deliberação da Assembleia Geral de Accionistas o BAI constituiu no exercício de 2007 um fundo social para apoio aos seus colaboradores, tendo este fundo vindo a ser dotado anualmente através da aplicação de resultados. Até 31 de Dezembro de 2013 o fundo social, no montante de mAKZ 2.801.705 (mUSD 29.058), encontrava-se registado nos fundos próprios do Banco, tendo durante o exercício de 2013 sido reclassificado para a rubricas de passivo “Outras obrigações” e para a rubrica de activo “Outros valores” (Nota 8) nos montantes de mAKZ 1.700.342 (mUSD 17.655) e mAKZ 1.101.363 (mUSD 11.403), respectivamente (Nota 2).

Resultados Potenciais

Correspondem a reservas de reavaliação de imobilizado pendente de liquidação, mas de realização provável ao abrigo do disposto no Decreto-Lei nº 6/96, de 26 de Janeiro, de modo a reflectir o efeito da desvalorização da moeda nacional.

Reserva de Actualização Monetária dos Fundos Próprios

O saldo da rubrica “Reserva de actualização monetária dos fundos próprios” corresponde a actualizações do capital social, nos termos da legislação em vigor, realizadas em períodos anteriores.

121

21. Balanços por Moeda de 31 de Dezembro de 2013 e 2012

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os balanços por moeda apresentam a seguinte estrutura:

ActivoDisponibilidades Aplicações de liquidez Operações no mercado monetário interfinanceiro Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revendaTítulos e valores mobiliários Mantidos para negociação Mantidos até ao vencimentoCréditos no sistema de pagamentos Operações cambiais Créditos Créditos Provisão para crédito de liquidação duvidosaOutros valores Imobilizações Imobilizações financeiras Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas Total do Activo Passivo e Fundos Próprios Depósitos Depósitos à ordem Depósitos a prazoCaptações para liquidez Operações no mercado monetário interfinanceiroInstrumentos financeiros derivados Obrigações no sistema de pagamentos Operações cambiais Dívidas subordinadas Adiantamentos de clientes Outras obrigações Provisões para responsabilidades prováveis Total do PassivoCapital social Reserva de actualização monetária dos fundos próprios Reservas e fundos Resultados potenciais Acções próprias em tesouraria Resultado do período Total dos Fundos Próprios

Total do Passivo e dos Fundos Próprios

3 84.152.879 - 105.156.297 189.309.176 4 65.140.440 - 188.715.701 253.856.141 4 68.791.235 - - 68.791.235 5 - - - - 5 102.143.835 34.002.592 63.754.066 199.900.493 6 600.000 - 23.632 623.632 - - 404 404 7 159.678.566 - 124.989.363 284.667.929 7 (26.849.249) - (12.110.854) (38.960.103) 8 22.025.783 - 1.511.618 23.537.401 9 16.674.789 - - 16.674.789 10 36.177.285 - - 36.177.285 10 5.114.656 - - 5.114.656 533.650.219 34.002.592 472.040.227 1.039.693.038 11 281.194.046 - 236.093.889 517.287.935 11 147.563.785 3.087.720 234.996.552 385.648.057 12 - - 9.761.851 9.761.851 13 - - - - 14 3.067.613 - 316.364 3.383.977 15 - - 1.384.772 1.384.772 16 - - 504.393 504.393 17 3.115.405 - - 3.115.405 18 5.822.121 - 3.101.589 8.923.710 19 5.187.504 - 65.447 5.252.951 445.950.474 3.087.720 486.224.857 935.263.051 20 14.786.705 - - 14.786.705 20 28.669 - - 28.669 20 76.909.166 - - 76.909.166 20 670.807 - - 670.807 20 (47.260) - - (47.260) 20 12.081.900 - - 12.081.900 104.429.987 - - 104.429.987 550.380.461 3.087.720 486.224.857 1.039.693.038

31 Dez. 13 Moeda Indexado Moeda Valor Notas Nacional a ME Estrangeira de Balanço

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZe milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

122

ActivoDisponibilidades Aplicações de liquidez Operações no mercado monetário interfinanceiro Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revendaTítulos e valores mobiliários Mantidos para negociação Mantidos até ao vencimentoCréditos no sistema de pagamentos Operações cambiais Créditos Créditos Provisão para crédito de liquidação duvidosaOutros valores Imobilizações Imobilizações financeiras Imobilizações corpóreas Imobilizações incorpóreas Total do Activo Passivo e Fundos Próprios Depósitos Depósitos à ordem Depósitos a prazoCaptações para liquidez Operações no mercado monetário interfinanceiroInstrumentos financeiros derivados Obrigações no sistema de pagamentos Operações cambiais Dívidas subordinadas Adiantamentos de clientes Outras obrigações Provisões para responsabilidades prováveis Total do PassivoCapital social Reserva de actualização monetária dos fundos próprios Reservas e fundos Resultados potenciais Acções próprias em tesouraria Resultado do período Total dos Fundos Próprios

Total do Passivo e dos Fundos Próprios

3 66.390.144 - 196.940.862 263.331.006 4 47.628.960 - 159.089.224 206.718.184 4 75.579.315 - - 75.579.315 5 - - 394.547 394.547 5 44.019.411 68.704.550 53.978.245 166.702.206 6 - - - - - - 397 397 7 95.225.924 - 189.671.386 284.897.310 7 (17.213.528) - (10.370.090) (27.583.618) 8 10.539.587 - 4.853.516 15.393.103 9 8.775.983 - - 8.775.983 10 32.438.863 - - 32.438.863 10 6.781.080 - - 6.781.080 370.165.739 68.704.550 594.558.087 1.033.428.376 11 149.992.107 - 284.745.496 434.737.603 11 123.606.344 12.028.802 244.830.923 380.466.069 12 - - 9.582.590 9.582.590 13 - - 45.191 45.191 14 1.265.656 - 75.048.757 76.314.413 15 - - 15.356.632 15.356.632 16 - - 1.464.460 1.464.460 17 2.355.752 - - 2.355.752 18 7.607.643 - 2.008.327 9.615.970 19 - - 4.039.283 4.039.283 284.827.502 12.028.802 637.121.659 933.977.963 20 14.786.705 - - 14.786.705 20 28.669 - - 28.669 20 66.797.836 - - 66.797.836 20 667.083 - - 667.083 20 (47.260) - - (47.260) 20 17.217.380 - - 17.217.380 99.450.413 - - 99.450.413 384.277.915 12.028.802 637.121.659 1.033.428.376

31 Dez. 12 Moeda Indexado Moeda Valor Notas Nacional a ME Estrangeira de Balanço

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZe milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

Continuação

123

22. Margem Financeira

Estas rubricas têm a seguinte composição:

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – de títulos e valores mobiliários” inclui os montantes de mAKZ 10.184.668 (mUSD 104.331) e mAKZ 9.707.851 (mUSD 101.308), respectivamente, relativos a juros de Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro emitidos pelo Estado Angolano, os quais gozam de isenção fiscal (Nota 32).

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – de aplicações de liquidez” inclui os montantes de mAKZ 3.475.430 (mUSD 35.602) e mAKZ 3.020.085 (mUSD 31.516), respectivamente, relativos a juros de operações de compra de títulos de terceiros com acordo de recompra contratadas com o BNA, as quais gozam de isenção fiscal (Nota 32).

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos – de crédito concedido” inclui o montante de mAKZ 384.270 (mUSD 3.936) e mAKZ 262.903 (mUSD 2.730), respectivamente, relativos a rendimentos de operações de crédito com o governo cujos contractos incluem uma cláusula de isenção de tributação sobre os juros recebidos (Nota 32).

31 Dez. 12 Moeda Indexado Moeda Valor Notas Nacional a ME Estrangeira de Balanço

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos De aplicações de liquidezDe Títulos e Valores MobiliáriosMantidos para negociação Outras obrigações em moeda estrangeiraMantidos até ao vencimento Bilhetes do Tesouro Títulos do Banco Central Obrigações do Tesouro em moeda nacional Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos Indexadas ao indice de preços do consumidor Não reajustáveis Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira

De instrumentos financeiros derivados (Nota 13) De Crédito Concedido Empréstimos Créditos em conta corrente Outros Custos de Instrumentos Financeiros Passivos De depósitos a prazo de clientes Moeda nacional Moeda estrangeira

De Operações do Mercado Monetário Interbancário De captações de liquidezDe captações com títulos e valores mobiliários De dívida subordinada

De instrumentos financeiros derivados

9.187.627

31.612

1.104.124 183.069

6.055.974

- 1.139.437 2.159.985

10.674.201 17.925

21.847.295 4.340.140 2.012.400 28.199.835 48.079.588

(2.812.307)(10.535.776)(13.348.083)

(525.470)

(28.813)(554.283)

- (13.902.366) 34.177.222

94.118

324

11.311 1.875

62.037 -

11.672 22.127

109.346 184

223.803 44.460 20.615

288.878 492.526

(28.809)(107.928)(136.737)

(5.383)

(295)(5.678)

- (142.415) 350.111

8.902.268

-

1.014.554 1.035.605

5.418.470 551.933

- 2.986.031

11.006.593 -

19.076.715 6.664.675 3.495.846

29.237.236 49.146.097

(4.993.796)(12.720.950)(17.714.746)

(483.513)

(54.538)(538.051)

(45.191)(18.297.988) 30.848.109

92.900

-

10.587 10.807

56.545 5.760

- 31.161

114.860 -

199.077 69.550 36.481

305.108 512.868

(52.113)(132.751)(184.864)

(5.046)

(569)(5.615)

(472)(190.951) 321.917

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

124

23. Resultados em Operações Cambiais

Esta rubrica tem a seguinte composição:

24. Resultados de Prestação de Serviços Financeiros

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Comissões recebidas – por serviços bancários prestados” corresponde essencialmente às comissões de arrecadação de impostos e às comissões de abertura de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Comissões recebidas – operações cambiais” corresponde às comissões cobradas pelo Banco nas operações de levantamento de numerário em moeda estrangeira nos balcões.

Lucros em reavaliação da posição cambial à vistaPrejuízos em reavaliação da posição cambial à vista

Lucros em compra e venda de moeda estrangeiraPrejuízos em compra e venda de moeda estrangeira

Lucros em reavaliação de activos e passivosPrejuízos em reavaliação de activos e passivos

843.182.361 (841.975.716)

1.206.645 12.589.296 (2.098.785) 10.490.511

38.048.696 (38.154.386)

(105.690) 11.591.466

827.734.021 (827.503.049)

230.972 12.563.094

(440.437) 12.122.657 19.346.299 (19.370.067)

(23.768) 12.329.861

8.637.895

(8.635.485) 2.410

131.103 ( 4.596)

126.507 201.890 (202.138)

(248) 128.669

8.637.526 (8.625.165)

12.361 128.965 (21.500)

107.465 389.769 (390.852)

(1.083) 118.743

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Proveitos por Prestação de Serviços Financeiros Comissões recebidas Por serviços bancários prestados 6.544.590 67.043 7.075.668 73.839 Por operações cambiais 4.627.610 47.405 5.125.868 53.491 Por garantias prestadas 59.525 610 155.589 1.624 Outras comissões recebidas 82.697 847 97.947 1.024 Outros lucros em serviços financeiros 330.877 3.389 191.661 2.000 11.645.299 119.294 12.646.733 131.978 Custos de Prestações de Serviços Financeiros Comissões pagas Por serviços bancários prestados (525.229) (5.380) (398.420) (4.158) Por responsabilidades ou compromissos eventuais (291.345) (2.985) (276.727) (2.888) Por outros serviços prestados (3.217) (33) (2.600) (27) Outras comissões pagas (34.938) (358) (36.038) (376)Outros prejuízos em serviços financeiros (445.996) (4.569) (253.443) (2.646) (1.300.725) (13.325) (967.228) (10.095) 10.344.574 105.969 11.679.505 121.883

Resultados de Prestação de Serviços Financeiros 31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

125

25. Custos Com Pessoal

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o número médio de trabalhadores do Banco foi de 1.870 e 1.747, respectivamente. O crescimento verificado em 2013 deveu-se essencialmente à abertura de novas agências e ao reforço de áreas técnicas dos serviços centrais do Banco, em conformidade com a política de crescimento do Banco.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Retribuição – Remunerações dos empregados” inclui a remuneração base, subsídio de função e outros abonos.

Retribuição Remunerações dos órgãos de gestão e fiscalização Remunerações dos empregados

Subsídios Remunerações dos órgãos de gestão e fiscalização Remunerações dos empregados

Remunerações dos empregados Compensação de reforma (Notas 18)

Contribuições para o Fundo de Pensões (Notas 18 e 34)

Segurança social

Encargos sociais facultativos Remunerações dos empregadosOutras remunerações adicionais Remunerações dos órgãos de gestão e fiscalização Prémio de produtividade (Nota 18) Outros

186.563 4.704.527 4.891.090

4.864 2.230.245 2.235.109

96.547 186.348 345.726 628.621

178.494

31.981 747.298 168.290 947.569

8.880.883

154.215 4.200.994 4.355.209

2.716 1.956.768 1.959.484

101.729 375.102 333.935 810.766

243.294

21.449 960.000 353.671

1.335.120 8.703.873

1.609 43.840 45.449

28 20.420 20.448

3.914 1.062 3.485 8.461

2.539

224 10.018 3.691

13.933 90.830

1.911 48.193 50.104

50 22.847 22.897

989 1.909 3.543 6.441

1.828

328 7.655 1.722 9.705

90.975

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

126

26. Fornecimentos De Terceiros

Esta rubrica tem a seguinte composição:

27. Impostos e Taxas não Incidentes Sobre o Resultado

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Serviços Especializados Serviços de segurança e vigilância Auditores e consultores Serviços de limpeza Serviços de informática Encargos com formação de pessoal Avenças e honorários Mão-de-obra eventual Judiciais, contencioso e notariado Outros

Fornecimentos de Terceiros Material de consumo corrente Água e energia Outros

RendasComunicações Segurança, conservação e reparaçãoAlugueresPublicidade e edição de publicaçõesSegurosTransportes, deslocações e estadasDonativos e gratificaçõesQuotizações

1.665.542 532.488 303.891 187.795 135.131 66.776 21.275 12.476

285.676 3.211.050

262.704 41.841

549.078 853.623

1.302.286 1.184.050

913.723 846.208 754.554 560.918 380.183

204.932 4.211

6.151.015 10.215.688

17.062 5.455 3.113 1.924 1.384 684 218 128

2.925 32.893

2.691 429

5.624 8.744 13.341 12.128 9.360 8.669 7.730 5.746 3.894 2.101

43 63.012

104.649

1.506.680 498.009 323.161

338.059 167.320 53.976 35.461 8.459

163.509 3.094.634

171.626 39.477

700.365 911.468

1.147.039 1.069.767 882.627 606.635 849.539 477.676 566.810 323.239

5.277 5.928.609 9.934.711

15.723 5.197 3.372 3.528 1.746 563 370 88

1.706 32.293

1.791 412

7.308 9.511

11.970 11.164 9.211 6.331 8.865 4.985 5.915

3.375 55

61.871 103.675

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Impostos Indirectos Imposto de Aplicação de Capitais Imposto Sisa Imposto Predial Imposto do Selo Impostos Aduaneiros

Taxas Taxa de fiscalização Taxa de circulação Outras taxas

94.705 77.042 21.641 7.033 3.884

204.305

39.822 3.049

114.079 156.950 361.255

969 789 222 72 40

2.092

408 31

1.170 1.609 3.701

- 58.102 40.429 37.399 12.930

148.860

32.753 1.376

2.686 36.815

185.675

- 606 422 390 136

1.554

342 14 28

384 1.938

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

127

28. Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica corresponde aos custos incorridos com penalidades pecuniárias aplicadas pelo BNA enquanto entidade supervisora da actividade bancária.

29. Resultado de Imobilizações Financeiras

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o montante registado associado a resultados de participações financeiras tinha a seguinte composição:

30. Outros Proveitos e Custos Operacionais

Estas rubricas têm a seguinte composição:

Nos exercícios findos em 2013 e 2012, o saldo da rubrica “Outros proveitos operacionais – pela prestação de outros serviços” reflecte os proveitos obtidos durante o exercício com comissões de expedientes cobradas pelos diversos serviços prestados pelo Banco e com comissões cobradas pela emissão de cheques.

Nos exercícios findos em 2013 e 2012, a rubrica de “Outros proveitos operacionais – pela análise e gestão de crédito” refere-se a comissões recebidas pelo Banco na abertura de contratos de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2013, a rubrica de “Outros custos operacionais” inclui uma operação no montante de mAKZ 424.055 (mUSD 4.344) referente à anulação de juros de mora cobrados indevidamente pelo Banco em 2012, cuja restituição foi efectuada em Janeiro de 2013.

Resultado de Imobilizações Financeiras Participações em coligadas e equiparadas Participações em outras sociedades

(1.542.848) (15.805) (655.074) (6.836) 65.866 675 (274.844) (2.868) (1.476.982) (15.130) (929.918) (9.704)

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Imparidade em Participações em Coligadas e Equiparadas BAI Cabo Verde S.A. - Imparidade (Nota 9)

BAI Micro Finanças S.A. - Imparidade (Nota 9)

Participações em Outras Sociedades Dividendos recebidos do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe Banco BPN Brasil - Imparidade (Nota 9)

(925.774) (9.484) (177.462) (1.852) (617.074) (6.321) (477.612) (4.984) (1.542.848) (15.805) (655.074) (6.836) 65.866 675 - - - - (274.844) (2.868) 65.866 675 (274.844) (2.868) (1.476.982) (15.130) (929.918) (9.704)

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Outros Proveitos Operacionais Pela prestação de outros serviços Pela análise e gestão de crédito Por reembolso de despesas Outros

Outros Custos Operacionais

707.947 7.252 637.066 6.648 432.047 4.426 101.849 1.063 35.995 369 51.320 536 137.028 1.402 190.040 1.982 1.313.017 13.449 980.275 10.229 (641.656) (6.573) (204.155) (2.130) 671.361 6.876 776.120 8.099

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

128

31. Resultado não Operacional

Estas rubricas têm a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo da rubrica de “Ganhos na alienação de participações financeiras”, diz respeito ao valor resultante da alienação da participação que o Banco detinha no Banco BPN Brasil, que ocorreu em Setembro de 2013 (Nota 9).

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo de proveitos ou ganhos não operacionais – capital e juros, é essencialmente composto pelo recebimento de capital e juros relativos à recuperação de operações de crédito que se encontravam abatidos ao activo e como tal, nas rubricas extrapatrimoniais.

A dação em cumprimento recebida no exercício de 2013 não gerou proveitos extraordinários dado que o crédito sobre o qual foi efectuada a dação, à data da sua execução, ainda se encontrava registado na rubrica de balanço correspondente (Nota 8).

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo da rubrica “Perdas de exercícios anteriores – juros” é composto pela reversão de juros de créditos vencidos a mais de 60 dias, de acordo com o disposto no artigo 17º do Aviso nº 4/2011 do BNA.

Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo da rubrica “Outras perdas extraordinárias” apresenta o seguinte detalhe:

Durante o exercício de 2013, o Banco passou a reconhecer como contrapartida do registo contabilístico associado à constituição de provisão (Nota 19) sobre proveitos provenientes de contas correntes caucionadas e descobertos bancários abatidos ao balanço a rubrica de “Outras perdas extraordinárias” de modo a identificar claramente esta situação que deriva de uma ineficiência do sistema operacional do Banco.

Proveitos ou Ganhos não OperacionaisGanhos na alienação de imobilizaçõesGanhos na alienação de Participações FinanceirasGanhos de Exercícios Anteriores Juros (Nota 2. d).) Capital (Nota 2. d).) Comissões Imóveis recebidos em dação

Outros Ganhos Extraordinários

Custos ou Perdas não OperacionaisPerdas de Exercícios Anteriores Juros Outros

Outras Perdas Extraordinárias

Resultado não Operacional

264.62423.071

2.025.319-

116.242-

2.429.256993.511

3.422.767

(817.524)(199.204)

(1.016.728)(1.944.499)(2.961.227)

461.540

2.711236

20.747-

1.191-

24.88510.177

35.062

(8.375)(2.039)(10.414)(19.920)(30.334)

4.728

--

2.623.732972

68.5222.162.4504.855.676

149.5385.005.214

(852.880)(526.054)

(1.378.934)(131.763)

(1.510.697)3.494.517

--

27.38010

71522.56650.671

1.56152.232

(8.900)(5.489)

(14.389)(1.375)

(15.764)36.468

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Juros de contas correntes caucionadas e descobertos abatidos (Nota 19)Fraudes (Nota 19)Regularização de saldos contabilísticos de exercícios anterioresFalhasOutros

(1.031.665)(589.576)(167.371)(53.068)(102.819)

(1.944.499)

(10.568)(6.040)(1.715)(544)

(1.053)(19.920)

31 Dez. 13 Milhares AKZ Milhares USD

129

32. Encargos sobre o Resultado Corrente

O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de imposto industrial nos termos da lei fiscal vigente em Angola, conforme descrito na nota 2 alínea l).

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a reconciliação entre o lucro contabilístico e o lucro tributável é como se segue:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os rendimentos de operações de crédito com a Administração Central dizem respeito a financiamentos cujos juros estão contratualmente isentos de tributação em sede de imposto industrial.

No exercício findo em 31 Dezembro de 2012, o Banco registou, com base no pressuposto da existência de matéria colectável futura e tendo por base a legislação fiscal em vigor (Nota 2, alínea m), impostos diferidos activos no montante de mAKZ 1.198.740 (mUSD 12.510) na rubrica de balanço “Impostos diferidos activos” (Nota 8) por contrapartida da rubrica de resultados “Impostos diferidos” decorrentes da existência de benefícios fiscais reportáveis não utilizados por se apresentarem superiores ao lucro tributável do exercício.

O movimento dos impostos diferidos entre 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi o seguinte (Nota 8):

O aumento dos “Impostos diferidos activos – por diferenças temporárias” no montante de mAKZ 1.576.248 inclui o registo de impostos diferidos sobre provisões registadas nos exercícios de 2010, 2012 e 2013.

Resultado Antes do Imposto e Outros EncargosDiferenças Temporárias Dedutíveis Donativos excedentes (artigo nº 39) (Nota 26) Multas fiscais (Nota 28) Despesas não especificadas (artigo nº 49) Imposto sobre a aplicação de capitais (IAC) Total a Acrescer Benefícios Fiscais: Rendimentos de dívida pública (Nota 22) Rendimentos de operações de crédito Prejuízo Fiscal/Lucro Tributável Taxa Nominal de Imposto Imposto Corrente

10.505.751184.954110.621

-146.28160.032501.888

(13.660.098)(384.270)

(14.044.368)(3.036.729)

35,00%-

107.6201.8951.133

-1.498

6155.141

(139.933)(3.936)

(143.869)(31.108)

35,00%-

17.730.5433.424.971

113.274139

3.981-

3.542.365

(12.727.936)(3.653.822)(16.381.758)

4.891.15035,00%1.711.903

185.02935.742

1.1821

42-

36.967

(132.824)(38.130)

(170.954)51.042

35,00%17.865

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Impostos Diferidos Activos Diferenças temporários dedutíveis 2013 Diferenças temporários dedutíveis 2012 Diferenças temporários dedutíveis 2010

- 1.198.740

- 1.198.740

1.404.082

21.093 151.073

1.576.248

----

49.702

- -

49.702

1.453.784

1.219.833 151.073

2.824.690

Saldo em Resultado do Saldo em 31 Dez. 12 Exercício Reposições Outros 31 Dez. 12Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

130

A reconciliação entre o imposto sobre o resultado do exercício e o imposto a pagar / recuperar verificada em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 pode ser analisada como se segue:

As Autoridades Tributárias têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco durante um período de cinco anos, podendo resultar correcções ao lucro tributável dos exercícios de 2009 a 2013.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, existem processos fiscais em curso relativos aos exercícios de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011, para os quais o risco de um desfecho desfavorável foi classificado, genericamente, como possível. Em paralelo, o Banco apresentou um pedido de autorização às Autoridades Tributárias para a utilização de benefícios fiscais relativos a títulos da dívida pública, não utilizados em exercícios anteriores, que aguarda ainda deferimento, classificado com elevada probabilidade de sucesso. O Conselho de Administração entende que o eventual passivo que possa resultar dos processos em curso e de eventuais liquidações adicionais aos exercícios ainda não inspeccionados, em conjugação com o referido pedido de utilização dos benefícios fiscais, não terão impacto significativo nas demonstrações financeiras a esta data.

33. Rubricas Extrapatrimoniais

Estas rubricas têm a seguinte composição:

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco, estando relacionadas com garantias prestadas para suporte de operações de importação e para execução de contractos por parte de clientes do Banco. As garantias prestadas e os compromissos assumidos representam valores que podem ser exigíveis no futuro. Estas operações encontram-se provisionadas conforme o risco que apresentam (Nota 7).

Garantias e Outros Passivos Eventuais Créditos documentários abertos Garantias e avales prestados Compromissos assumidos perante terceirosResponsabilidades por Prestação de Serviços Custódia de títulos Cobrança de valoresCrédito Concedido por Terceiros Aplicações colaterizadas no BAI Europa Aplicações colaterizadas no Cabo VerdeOperações Cambiais Vendas de moeda estrangeira a líquidar Compras de moeda estrangeira a líquidarInstrumentos Financeiros DerivadosNocional de instrumentos financeiros derivadosCrédito Abatido ao Activo Empréstimos Contas Correntes Caucionadas Adiantamento a Depósitantes

9.304.96710.392.975

137.486

22.458.045801.581

2.234.582892.539

1.272.219(1.269.041)

-

25.827.86710.060.749

3.841.723

95.320106.465

1.408

230.0598.211

22.8919.143

13.033(13.000)

-

264.580103.06239.354

16.394.49513.097.635

134.962

16.391.791545.222

3.291.815871.494

934.907(2.814.646)

1.895.625

18.379.7578.582.0002.360.787

171.086136.682

1.408

171.0585.690

34.3529.095

9.756(29.373)

19.782

191.80489.55824.636

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Imposto a pagar/recuperar no início do exercício 666.313 6.826 254.875 2.660 Pagamentos por conta efectuados no exercício - - 957.133 9.988 Utilização de impostos diferidos activos (49.702) (509) 1.166.208 12.170 Imposto corrente do exercício - - (1.711.903) (17.865) Imposto a pagar/recuperar no fim do exercício (Nota 8) 616.611 6.317 666.313 6.95331

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

131

Os créditos documentários abertos são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas. Estas operações encontram-se provisionadas conforme o risco que apresentam (Nota 7).

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Em 31 de Dezembro de 2013, existiam ainda as seguintes responsabilidades assumidas e contratadas (não reflectidas no balanço):

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Banco detinha penhor sobre títulos de dívida pública, nos montantes de mAKZ 40.457.062 (mUSD 414.441) e mAKZ 15.605.565 (mUSD 162.853), respectivamente, os quais se encontram a garantir cedências no mercado monetário interbancário realizadas com outras instituições financeiras.

34. Pensões de Reforma e de Sobrevivência

O Banco, em 2004, assumiu o compromisso, a título voluntário, através da constituição de um fundo de pensões, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e subsídio de morte, nos termos acordados no contrato de constituição do “Fundo de Pensões BAI” (ver alínea k) da Nota 2.

Até 31 de Dezembro de 2009, o Banco tinha concedido, a título voluntário, na modalidade de benefício definido, um complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência aos seus trabalhadores. Em 21 de Novembro de 2012, foi publicado em Diário da República o Despacho nº 2529/12, aprovado pelo Ministério da Finanças, cujo ponto único foi a aprovação das alterações ao plano de pensões e ao contrato de constituição do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco, que passou assim de um plano de pensões de benefícios definido para um plano de contribuição definida.

No seguimento da referida alteração ao fundo foi mantido o Plano de Pensões de Benefício Definido para os pensionistas existentes e para os participantes que cessaram o seu vínculo contratual com o Banco e com direitos adquiridos até 31 de Dezembro de 2009.

Ainda de acordo com esta alteração aprovada em 2012 ao contrato de constituição do fundo, o BAI deveria passar a contribuir mensalmente com 6% sobre o salário dos colaboradores, estando também prevista uma contribuição a realizar pelos participantes do fundo de 3% sobre o seu salário, para o novo plano de contribuição definida.

Importa referir que, de acordo com o plano de pensões de contribuição definida, a contribuição de 3% a realizar pelos colaboradores apenas é devida a partir do momento em que lhes seja comunicada esta obrigatoriedade e os mesmos venham a aderir voluntariamente ao plano de pensões de contribuição definida. Assim, uma vez que a referida comunicação ainda não ocorreu, até 31 de Dezembro de 2013 a contribuição de 3% a realizar pelos colaboradores não lhes foi exigida.

Até 31 de Dezembro de 2012, o Banco encontrava-se a provisionar, a título excepcional, a contribuição de 3% sobre os salários correspondente à responsabilidade potencial dos participantes (colaboradores). No exercício de 2013, em face do acima exposto, esta provisão foi anulada, tendo este procedimento sido suportado por parecer jurídico e por decisão favorável da ARSEG.

Importa ainda salientar que o Banco, entre 2010 e 2013, criou provisões relativas à sua potencial contribuição de 6% sobre o salário dos colaboradores e decidiu que irá considerar este período, mesmo que não haja contribuição dos trabalhadores, como tempo de serviço pensionável dos participantes que vierem a aderir ao fundo.

Limites de contas correntes caucionadas não utilizadas pelos clientesOutros compromissos irrevogáveis - FIPAObras em edifícios arrendados contratualizados

2.759.366 389.996 110.598

28.267 3.995 1.133

36.598.820 641.280 429.684

381.930 6.692 4.484

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

132

A gestão do Fundo de Pensões BAI foi transferida da AAA Pensões, S.A. para a NOSSA – Nova Sociedade Angolana de Seguros de Angola, S.A. com data de 31 de Outubro de 2013, em conformidade com o Despacho do Ministério das Finanças, datado de 28 de Outubro de 2013.

Com base na nova configuração dos planos do fundo, foi elaborado um estudo actuarial por entidade independente, que concluiu que os activos do fundo garantiam a cobertura das responsabilidades, a 31 de Dezembro de 2013, em 98,85%.

Em 31 de Dezembro de 2013 o custo do exercício registado pelo Banco com pensões de reforma ascendeu a mAKZ 144.590 (mUSD 1.481), referentes à contribuição mensal equivalente a 6% do vencimento base dos colaboradores do Banco.

35. Entidades Relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os principais saldos e transacções mantidos com entidades relacionadas, são os seguintes:

Activos Disponibilidades Aplicações de Liquidez Títulos e valores mobiliários Imobilizações financeiras Créditos

Passivos Depósitos à ordem Depósitos a prazo Captações de Liquidez Operações Cambiais Dívida Subordinada Adiantamento de Clientes Outras Obrigações

Garantias recebidas Outras responsabilidades extrapatrimoniais Colaterais em Operações de Crédito

--

14.260.111-

6.255.81020.515.921

10.541.325

1.126.148 -

23488.093

1.772125

12.157.486292.856118.762411.617

-

----

946.282946.282

1.492.346 336.521

-19-

3.692-

1.832.578846.475

-846.475

-

855.13552.027.897

507.61616.674.789

-70.065.437

3.678.783 479.474

-----

4.158.257---

3.127.121

855.13552.027.89714.767.72716.674.78953.171.788

137.497.336

74.862.48617.365.468

9.761.85125.445

488.0936.527

125102.509.99510.339.0367.200.43717.539.472

3.127.121

1.093.40373.344.9221.809.0308.775.983

41.334.244126.357.582

67.330.8103.953.8469.582.590

608.9321.464.460

3.31488.234

83.032.18622.255.692

3.170.20225.425.8943.205.050

----

45.969.69645.969.696

59.150.032 15.423.325

9.761.85125.403

-1.063

-84.361.6749.199.7057.081.675

16.281.380-

Valores expressos em milhares de Kwanzas - mAKZ AccionistasMembros dos

Órgãos Sociais

31 Dez. 13Participações Financeiras

Outras Entidades Total

31 Dez. 12Total

Activos Disponibilidades Aplicações de Liquidez Títulos e valores mobiliários Imobilizações financeiras Créditos

Passivos Depósitos à ordem Depósitos a prazo Captações de Liquidez Operações Cambiais Dívida Subordinada Adiantamento de Clientes Outras Obrigações

Garantias recebidas Outras responsabilidades extrapatrimoniais Colaterais em Operações de Crédito

--

146.080-

64.084210.164

107.98511.536

--

5.000181

124.5403.0001.2174.217

-

----

9.6949.694

15.2883.447

---

38-

18.7738.671

-8.671

-

8.760532.972

5.200170.816

-717.748

37.6854.912

-----

42.597---

32.034

8.760532.972151.280170.816

544.6901.408.518

766.889177.891

100.000260

5.00067

11.050.108

105.91273.761

179.67332.034

11.410765.398

18.87891.583

431.3471.318.616

702.63841.260

100.0006.355

15.28335921

866.492232.25033.084

265.33433.447

----

470.912470.912

605.931157.996

100.000260

-11-

864.19894.24172.544

166.785-

AccionistasMembros dos

Órgãos Sociais

31 Dez. 13Participações Financeiras

Outras Entidades Total

31 Dez. 12Total

Valores expressos em milhares de Dólares dos Estados Unidos - mUSD

133

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo de disponibilidades com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 3):

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo do Banco em aplicações de liquidez com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 4):

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo de créditos com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 7):

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo de depósitos (à ordem e a prazo) com entidades relacionadas pode ser decomposto da seguinte forma por entidade relacionada (Nota 11):

DisponibilidadesBanco BAI EuropaBAI Cabo Verde

600.934254.201855.135

6.1562.6048.760

1.093.403-

1.093.403

11.410-

11.410

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

Aplicações de LiquidezBanco BAI EuropaBanco BAI Micro FinançasBAI Cabo Verde

43.522.2533.200.5895.305.05552.027.897

445.84032.78754.345

532.972

65.881.8354.148.191

3.314.89673.344.922

687.51643.28934.593

765.398

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

CréditosAccionistas Empresas participadasMembros dos órgãos sociaisOutras Entidades

6.255.810-

946.28245.969.69653.171.788

64.084-

9.694470.912544.690

15.680.46118.925.449

86.4446.641.890

41.334.244

163.635197.498

90269.312

431.347

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

DepósitosAccionistas Empresas participadasMembros dos órgãos sociaisOutras Entidades

11.667.4734.158.2571.828.867

74.573.35792.227.954

119.52142.59718.735

763.927944.780

19.635.7984.423.3091.442.209

45.783.34071.284.656

204.91146.16015.051

477.776743.898

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

13 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

134

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os proveitos e custos de operações com entidades relacionadas podem ser decompostos da seguinte forma:

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os proveitos obtidos em operações de aplicação de liquidez com entidades relacionadas podem ser decompostos da seguinte forma por entidade:

36. Outras Divulgações

De acordo com o Aviso nº 15/07 de 12 de Setembro, do BNA, que remete para a obrigatoriedade de publicação associada a elementos constituintes do Balanço e Demonstração de Resultados, as seguintes explicações às rubricas abaixo encontram-se mencionadas no presente Anexo em:

i) Resumo dos principais critérios contabilísticos – encontra-se detalhado na Nota 2; ii) O Banco não procedeu ao longo do exercício de 2013 à reavaliação dos imóveis de uso próprio; iii) Os investimentos relevantes em outras sociedades encontram-se detalhados na Nota 9; iv) Não foram efectuadas vendas de bens a prazo pelo Banco; v) O detalhe das garantias prestadas e outras responsabilidades encontra-se detalhado na Nota 33; vi) O capital social encontra-se detalhado na Demonstração de Mutações de Fundos Próprios, e na Nota 20, onde se inclui igualmente o detalhe do

cálculo de dividendos por acção; vii) O Banco procedeu no exercício de 2013 à transferência do Fundo Social de Fundos Próprios para Passivo (Notas 18 e 20), salvo esta referência

não existiram alterações adicionais a critérios contabilísticos a considerar entre os exercícios de 31 de Dezembro de 2012 e 2013; viii) Os créditos transferidos para prejuízo, renegociados e recuperados no período encontram-se descritos na Nota 8; ix) O detalhe das sucursais e participações no exterior, bem como os resultados de avaliação de imparidade, total de lucros e suprimentos

encontram-se detalhados na Nota 2 e) e Nota 9; x) O Banco não possui acções com opção de compra outorgadas e/ou exercidas no período; xi) Foram efectuados os desdobramentos das principais rubricas cujo saldo seja superior a 10% do valor do respectivo grupo ou classe; xii) Não é do nosso conhecimento a existência de eventos subsequentes que tenham, ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre o resultado do

período e/ou resultados futuros do Banco; xiii) A informação referente a créditos fiscais encontra-se detalhada na Nota 8; xiv) As informações referentes a títulos encontram-se descritas na Nota 5.

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos Proveitos de aplicações de liquidez Proveitos de títulos e valores mobiliários Proveitos de créditos

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos Custos de depósitos Custos de captações para liquidez

--

29.49229.492

(47.979)-

(47.979)(18.487)

--88

(1.744)-

(1.744)(1.736)

662.084161.479

-823.563

(122.784)(5.641)

(128.425)695.138

662.084161.479

506.2841.329.847

(578.662)(251.043)(829.705)500.142

1.006.61145.719

385.3901.437.720

(732.293)(434.810)(1.167.103)

270.617

--

476.784476.784

(406.155)(245.402)(651.557)(174.773)

AccionistasMembros dos

Órgãos Sociais

31 Dez. 13Participações Financeiras

Outras Entidades Total

31 Dez. 12Milhares AKZ

Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos Proveitos de aplicações de liquidez Proveitos de títulos e valores mobiliários Proveitos de créditos

Custos de Instrumentos Financeiros Passivos Custos de depósitos Custos de Captações para liquidez

--

302302

(491)-

(491)(189)

----

(18)-

(18)(18)

6.7821.654

-8.437

(1.258)(58)

(1.316)7.121

6.7821.6545.186

13.623

(5.928)(2.572)(7.184)6.439

10.505477

4.02215.004

(7.642)(4.538)(12.180)

2.824

--

4.8844.884

(4.161)(2.514)(6.675)(1.790)

AccionistasMembros dos

Órgãos Sociais

31 Dez. 13Participações Financeiras

Outras Entidades Total

31 Dez. 12Milhares USD

Proveitos Aplicações de LiquidezBanco BAI Micro FinançasBanco BAI EuropaBAI Cabo Verde

315.605 269.88776.592

662.084

3.2322.765

7856.782

297.562 597.072111.977

1.006.611

3.105 6.2311.169

10.505

31 Dez. 13 31 Dez. 12 Milhares AKZ Milhares USD Milhares AKZ Milhares USD

PARECER DO AUDITOR EXTERNO 14

UM PROJECTODE EVOLUÇÃOPROFIssional

136

137

14 - PARECER DO AUDITOR EXTERNO

UM PROJECTODE INVESTIGAÇÃO

15RELATÓRIO E PARECERDO CONSELHO FISCAL

140

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Senhores Accionistas,

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, designadamente da Lei 1/04 de 13 de Fevereiro (Lei das Sociedades Comerciais), submetemos à apreciação de V. Exas. o Relatório e Parecer do Conselho Fiscal sobre o Relatório e Contas de 2013 bem como sobre a proposta de aplicação de resultados:

Durante o exercício, tivemos a oportunidade de acompanhar periodicamente a actividade do Banco através de informação contabilística e contactos quer com a Administração, quer com as diversas áreas, nomeadamente as de Contabilidade, Auditoria Interna e de Planeamento, Controlo e Risco.

No exercício das nossas funções e com a profundidade e extensão possíveis, procedemos indirectamente, através da informação contabilística consultada, à análise das operações do Banco, verificámos e examinámos, por amostragem, a regularidade dos documentos, registos e livros contabilísticos e apreciámos o Relatório do Conselho de Administração e as Demonstrações Financeiras, incluindo o Balanço, a Demonstração de Resultados e as respectivas notas.

Nestes termos, tendo em conta o relatório dos Auditores Externos, concluímos o seguinte:

Que o Relatório do Conselho de Administração e as Demonstrações Financeiras, estando de acordo com os registos contabilísticos, satisfazem as disposições legais e estatutárias;

Que o exercício de 2013 foi positivo, sendo de destacar o facto de o Banco ter alcançado um resultado líquido de AKZ 12.081.900.177,00 (Doze mil e oitenta e um milhões e novecentos mil cento e setenta e sete Kwanzas), observada a prática legalmente permitida e economicamente aconselhável, de constituir as adequadas provisões destinadas a contribuir para a estabilidade do seu património;

Que os critérios valorimétricos utilizados e as políticas seguidas são consistentes com os aplicados nos exercícios anteriores.

Considerando que os documentos referidos em (2) permitem no seu conjunto a compreensão da situação financeira e dos resultados financeiros do Banco, propomos:

A aprovação do Relatório de Gestão do Conselho de Administração e das Contas referentes ao exercício de 2013; A aprovação da proposta de aplicação do resultado líquido do exercício de 2013, constante do Relatório do Conselho de Administração.

Finalmente, expressamos o nosso agradecimento ao Conselho de Administração e a todos os colaboradores do Banco com quem contactámos,

pela valiosa colaboração prestada.

Luanda, 27 de Março de 2014

O Conselho Fiscal

Jaime de Carvalho Bastos

Presidente

Domingos Lima Viegas Júlio Sampaio

(Vogal) (Vogal)

... E TODOS OS OUTOS PROJECTOSque Nascem da VONTADE DE VENCER

PRESENÇA GEOGRÁFICAE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 16

142

CABINDA

ZAIRE UÍGE

BENGO

LUANDAKWANZANORTE

KWANZASUL

MALANGELUNDANORTE

LUNDASUL

BIÉ

MOXICO

KWANDO-KUBANGOCUNENE

HUÍLA

NAMIBE

BENGUELAHUAMBO

Rede de Retalho

Postos de Atendimento

Centros de Atendimento Empresas

Private Banking e Canal BAI Directo

4

3

2

2

2

8

2

6

3

2

21

1

1

1

3

4

4

1

1

2

1

6

5

61

Presença Geográfica e Canais de Distribuição