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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF 16, 17 e 18 de abril de 2013 MUDAR NO SERVIÇO PÚBLICO É POSSÍVEL? A EXPERIÊNCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE SEUS PROFISSIONAIS Laura Aparecida Christiano Santucci Elaine Mello

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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de abril de 2013

MUDAR NO SERVIÇO PÚBLICO É POSSÍVEL? A EXPERIÊNCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO NA FORMAÇÃO E

QUALIFICAÇÃO DE SEUS PROFISSIONAIS

Laura Aparecida Christiano Santucci Elaine Mello

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Painel 39/145 Gestão de pessoas no SUS e no SUAS

MUDAR NO SERVIÇO PÚBLICO É POSSÍVEL? A EXPERIÊNCIA DA

SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE SÃO PAULO NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE SEUS PROFISSIONAIS

Laura Aparecida Christiano Santucci

Elaine Mello

RESUMO O Brasil vive um momento histórico, de reconhecimento e visibilidade. Mudanças foram e são necessárias visando proporcionar uma melhor qualidade de vida ao cidadão. Com este pressuposto o poder público tem formulado propostas inovadoras construindo um novo modelo de administração que enfatiza o desenvolvimento organizacional, a aprendizagem, a cultura institucional, o desempenho, e apontando a gestão de pessoas como área estratégica. Nesta trilha, e frente à necessidade de se contar com profissionais preparados, um dos desafios assumidos pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo – SMS-SP foi à modernização do Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores da Saúde/CEFOR e sua transformação na Escola Municipal de Saúde/EMS. Muito mais do que uma mudança de nomenclatura, a implantação da EMS impõe o desafio de romper: paradigmas, estruturas, modus operandi e uma prática tradicional de ações fragmentadas e significa construir: uma Escola integrada aos programas, projetos, ações e estratégias da SMS-SP, uma rede de trabalhadores qualificados para o exercício profissional, uma nova cultura institucional, resgatando a credibilidade técnica e política, e assim consolidar a EMS como um Centro de Referência na educação profissional em São Paulo. Este trabalho objetiva resgatar o caminho percorrido: do CEFOR à EMS, apontar os primeiros resultados e seus principais desafios.

3

1 INTRODUÇÃO

Há marcos fundamentais na história da Saúde Pública Brasileira.

A VIII Conferência Nacional de Saúde, 1986, a partir do movimento da

população brasileira, reformulou a política de saúde no país reconhecendo a

importância da área de Recursos Humanos e apontando a Educação Permanente1

como estratégia para formação e desenvolvimento dos trabalhadores.

A Constituição Brasileira, 1988, em sua Seção II destina-se à saúde.

Organiza as ações e os serviços fomentando a promoção, proteção, preservação e

recuperação da saúde. Seu artigo 196, contempla a saúde como “direito de todos e

dever do estado” e seu artigo 198 destaca que as ações e serviços de saúde são

constituídos enquanto uma rede, um sistema, delineando os princípios do Sistema

Único de Saúde – SUS da regionalização, hierarquização e participação popular.

É em seu artigo 200 que a Carta Magna define que compete ao SUS:

“Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde”.

De fato a regulamentação do SUS se dá em 1990 com a edição da Lei

8080/90 e da Lei 8142/90, que dentre outros aspectos aponta a organização do

sistema com a responsabilidade de cada ente federativo, e estabelece ainda seus

princípios doutrinários e seus princípios organizacionais.

A Lei 8080/90 em seu artigo 27° reforça a Política de Recursos Humanos

do SUS, entendendo que as pessoas constituem a base para a viabilização e

implementação dos projetos, das ações e dos serviços de saúde disponíveis para a

população.

Inicia-se em todo o país debates sobre remuneração, a isonomia salarial,

a estabilidade, o ingresso e a admissão e a elaboração do plano de cargos, carreiras

e salários delineando a política de gestão e formação de trabalhadores para a

saúde, entendendo que só por meio de profissionais valorizados e qualificados

haverá a melhoria da qualidade do Sistema de Saúde Brasileiro.

A Política de Recursos Humanos no âmbito do SUS estava então

orientada por dois subtemas, o de gestão do trabalho em saúde e o da formação dos

profissionais.

1 Educação Permanente: aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao

cotidiano das organizações e ao trabalho, baseia-se na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas profissionais.

4

Com a responsabilidade do SUS na ordenação e formação dos recursos

humanos, deflagra em todo o país um movimento para a criação de unidades

específicas para a qualificação dos profissionais da saúde – os Centros de

Formação dos Trabalhadores da Saúde.

Na cidade de São Paulo a construção de uma política de formação e

aperfeiçoamento com amplos debates são intensificados na Secretaria Municipal da

Saúde – SMS a partir de 1989 tendo como resultado a implantação do Centro de

Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores da Saúde – CEFOR. O

CEFOR nasce juntamente com o SUS, em 1990 com a edição do DECRETO No:

28.625/90.

O CEFOR sempre foi uma referência para a formação na cidade,

principalmente com o advento de concursos públicos a SMS chega a ter cerca de 42

mil servidores na rede direta ao final de 1992 e o Centro de Formação tem papel de

destaque no ingresso e formação desses profissionais.

A partir de 1992 até 2000, há um gap de 8 anos , a cidade se afasta do

SUS em função do modelo de gestão adotado a época. Paralelo ao que acontecia

em São Paulo, no país, há a implantação do PROFAE2, criado em 1998 por iniciativa

do Ministério da Saúde e implementado a partir de setembro de 2000, tinha como

meta qualificar 225.000 trabalhadores de enfermagem de nível médio com o objetivo

de melhorar a qualidade da atenção ambulatorial e hospitalar e assim oferecer aos

usuários do SUS uma assistência humanizada e de melhor qualidade.

Com relação a São Paulo, as negociações para a construção do SUS são

retomadas somente em 2001 e em 2002 o então Núcleo de Formação do CEFOR,

por meio do Decreto Municipal nº 42.120, de 19 de junho, acompanhando o

movimento do Ministério da Saúde para a formação profissional, constitui-se na

Escola Técnica do SUS – SP3.

Em sua história o CEFOR adequou a sua atuação às legislações para

área da Saúde e aos modelos de gestão municipal e em alguns períodos perdeu

suas características iniciais enquanto espaço de elaboração e implantação de

políticas de formação e desenvolvimento.

2 PROFAE – Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem

3 Reconhecida pelo Conselho Municipal de Educação de São Paulo, integra a Rede das Escolas

Técnicas do SUS – RETSUS, desenvolvendo cursos inscritos no Cadastro Nacional de Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico – CNCT, de acordo com a legislação do Ministério da Educação, possibilitando assim, certificação com validade para todo território nacional.

5

Em 2008, uma nova proposta é colocada para a Política Municipal de

Saúde em São Paulo. Com seus mais de 11 milhões de habitantes e mais de 6

milhões de SUS dependentes adota-se um modelo de gestão que congrega uma

rede de atenção com órgãos da Administração Direta, Indireta, Instituições

conveniadas e contratada, o que implica um aumento de 32 % de profissionais.

Com este cenário, uma nova Política de Recursos Humanos é repensada

sob a ótica da Gestão de Pessoas considerando o trabalhador não como insumo,

mas como sujeito transformador das práticas de saúde e contemplando as

necessidades dos quase 80.000 profissionais, servidores públicos municipais,

estaduais, federais, empregados públicos e trabalhadores celetistas das

Organizações Sociais parceiras.

Isto significou uma revisão nos processos de trabalho, uma reorganização

de fluxos, a definição de novos papéis e novas competências para a área de Gestão

de Pessoas da SMS.

Para o CEFOR não foi diferente. Novas ferramentas, tecnologias e

propostas de trabalho surgiram, mas sua estrutura organizacional e modus operandi

datavam de 1990 e encontrava-se muito aquém do necessário, não condizendo com

os inúmeros projetos desencadeados pela Secretaria e que apontavam o interesse e

ineditismo na qualificação dos profissionais de saúde no município.

A mudança se fazia necessária e para construir a Política de Educação

em Saúde condizente com a realidade atual, uma das estratégias adotadas foi a

transformação do CEFOR na Escola Municipal de Saúde.

2 OBJETIVOS

O presente trabalho objetiva resgatar o caminho percorrido: do CEFOR à

Escola Municipal de Saúde, apontando os primeiros resultados e seus principais

desafios.

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3 METODOLOGIA

Fruto de um pensar coletivo, a transformação do CEFOR na EMS foi

concebida na perspectiva da inovação e renovação e na lógica de tornar a Escola

Municipal de Saúde um pólo irradiador da Política de Educação Permanente em

Saúde e no futuro um Centro de Referência de construção do conhecimento de

políticas de saúde e de capacitação e formação dos servidores, trabalhadores e

conselheiros municipais.

Com um número crescente de trabalhadores do SUS, servidores públicos

ou profissionais das organizações sociais, atuando em mais de 1500 KM2 da cidade,

nas 5(cinco) Coordenadorias Regionais de Saúde e 25 (vinte e cinco) Supervisões

Técnicas de Saúde em mais de 900 serviços, começou um amplo processo de

modernização do CEFOR com a proposta do uso de tecnologias e ferramentas que

proporcionasse a este espaço de formação rever e estabelecer uma nova cultura

institucional com características dinâmicas e proativas, baseada em algumas

premissas básicas:

O entendimento de que o SUS se constrói com profissionais

valorizados e qualificados;

O processo de trabalho como centro valorizado de ensino-

aprendizagem, tendo como referência as necessidades de saúde das

pessoas e das populações, da gestão setorial e o controle social em

saúde;

As necessidades de capacitação são diagnosticadas pelo território,

utilizando-se de uma metodologia que tenha como pressuposto a

aprendizagem significativa de modo descentralizado, ascendente e

transdisciplinar;

A necessidade de se formar profissionais críticos, capazes de

aprender a aprender, de trabalhar em equipe, de levar em conta a

realidade social para prestar atenção integral, humanizada e de

qualidade aprimorando seus processos de trabalho e os serviços

prestados à população.

7

A estratégia da Escola é fomentar a Educação Permanente em Saúde

implementar diferentes programas de capacitação, formação e especialização,

combinar atividades selecionadas de formação em grupo de curta, média e longa

duração, aprofundar conteúdos, diversificar as ferramentas e as tecnologias e ainda

fomentar a Gestão do Conhecimento, incentivando para que os trabalhadores

tenham acesso a informações atualizadas, tendências, inovações e melhores

práticas de trabalho, podendo re-construir suas práticas e sistematizar sua

aprendizagem, criando uma rede de profissionais participantes em um contexto de

construção coletiva do conhecimento.

Inúmeras ações foram desencadeadas para consolidar esta mudança e

principalmente trazer novos elementos que pudessem corroborar com a

modernidade da implantação da Escola.

A palavra de ordem foi agregar: tecnologia, experiência, parceiros e

principalmente profissionais de diferentes concepções e saberes. Um processo

colaborativo que envolveu diversos atores da saúde cujo resultado se traduz em uma

constante melhoria dos serviços prestados à população da Cidade de São Paulo.

Nesta linha pensando nos processos de Educação a Distância – EAD

contamos com a Rede São Paulo Saudável, uma rede de transmissão e recepção

de sinais de TV digital via satélite com mais de 900 pontos de recepção, dois

estúdios de geração e 03 (três) canais de TV:

Canal 1 – Cidadão: destinado a transmitir conteúdo educativo nas

Unidades de Saúde para seus usuários. É gerenciado pela Assessoria

de Comunicação do Gabinete da SMS.

Canal 2 – Profissional: tem a missão de ser uma ferramenta de

educação a distância, ofertando ao maior número de profissionais

condições de aprimoramento e informação dos assuntos pertinentes a

sua área. Estão disponíveis tanto cursos específicos como cursos

transversais.

Canal 3 – Interatividade: funciona por meio de chat proporcionando

interação direta entre gabinete e as unidades da Saúde. Recentemente

tem sido utilizada como instrumento e apoio interativo as aulas e

cursos ministrados pela TV. – http://smssp.speedcast.com.br

8

O Canal Profissional e o Canal Interativo da Rede São Paulo

Saudável são de responsabilidade da Escola e tem sido utilizados como importante

ferramenta de comunicação e capacitação dos profissionais, transmitindo conteúdo

educativo e difundindo informações para as Unidades de Saúde da rede municipal

de forma direta, rápida e objetiva.

Ainda na linha da tecnologia e do EAD, temos implantado o site

http://ead.saude.prefeitura.sp.gov.br, plataforma baseada na internet por meio do

software – Moodle visando não só assegurar mecanismos de avaliação de

conhecimentos do Canal Profissional, mas transferir e aplicar o conteúdo

pedagógico de cursos e capacitações.

Ao encontro da Política Municipal de Gestão do Conhecimento e

Inovação, a SMS, mais uma vez, investindo e apostando em um novo modelo de

gestão, estabeleceu em 2010, o convênio de Cooperação Técnica com o Centro

Latino Americano e do Caribe em Ciências da Saúde – BIREME/OPAS/OMS para o

desenvolvimento da 1ª Biblioteca Virtual em Saúde na instância municipal do

Brasil, a BVS/SMS-SP, como principal ferramenta para a captação, geração e

disseminação do conhecimento técnico-científico da Secretaria.

Em 2011 visando trazer à Escola a expertise de um Organismo

Internacional da ONU para a Educação foi aprovado pela Agência Brasileira de

Cooperação – ABC o Projeto entre a Secretaria Municipal da Saúde e a UNESCO

intitulado “Escola Municipal de Saúde – um dos pilares para a consolidação do

SUS na Cidade de São Paulo”. Este projeto contribui para dotar a SMS de

servidores, trabalhadores e conselheiros municipais qualificados e capacitados com

eficiência e eficácia para a construção de Políticas Públicas em Saúde.

Com foco na gestão técnica, política e pedagógica da Escola, contribui

ainda no fomento à inovação, disseminação das melhores práticas, e na construção

do sistema de monitoramento e avaliação da Escola, colaborando para que a

população de São Paulo passe a contar com profissionais melhores qualificados e

atualizados para atendimento às demandas de saúde.

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4 RESULTADOS

O primeiro resultado foi a edição do Decreto Nº 52.514, de 25 de Julho

de 2011, reorganizando a Escola Municipal de Saúde, alterando suas atribuições e

criando um novo quadro de cargos de provimento em comissão. Muito mais do que

uma regulamentação, representou uma conquista e credibilidade do trabalho

desenvolvido por todos da Escola. A Escola foi concebida com as seguintes

finalidades, organograma e estrutura:

Finalidades

I – promover a formação, o desenvolvimento e o aprimoramento

profissional dos servidores públicos, dos trabalhadores das organizações

parceiras e dos membros dos conselhos gestores, vinculados às unidades

de saúde, da Secretaria Municipal da Saúde, por meio do planejamento,

desenvolvimento e execução de programas de educação profissional4 em

saúde;

II – preparar o profissional da saúde para seu melhor desempenho e

aprimoramento profissional;

III – contribuir para a qualidade da gestão do Sistema Único de Saúde no

âmbito da Prefeitura do Município de São Paulo.

A Educação Profissional em Saúde compreende a formação inicial ou continuada, a formação técnica de nível médio e a formação tecnológica de pós-graduação, na seguinte conformidade: I – cursos e programas de formação inicial e continuada, incluídos os de capacitação, aperfeiçoamento e atualização, em todos os níveis de escolaridade; II – cursos e programas de educação profissional técnica de nível médio, organizados de acordo com as diretrizes curriculares nacionais e autorizados pelo Conselho Municipal de Educação; III – cursos de educação profissional tecnológica de pós-graduação, organizados de acordo com as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação.

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Organograma

Estrutura

I – Divisão Administrativa, com Núcleo de Orçamento, Compras e

Finanças: tem dentre suas atribuições gerir os eventos funcionais dos servidores da

Escola, bem como, planejar, coordenar, controlar, analisar, e executar os atos de

gestão orçamentária, financeira, contábil e patrimonial.

A área administrativa ainda executa e supervisiona os serviços de infra-

estrutura, apoio logístico e manutenção de equipamentos e instalações da Escola.

O Núcleo de Orçamento, Compras e Finanças é responsável em gerir os

recursos orçamentários e financeiros relativos aos contratos, convênios, acordos e

outros instrumentos congêneres. Também é de sua responsabilidade coordenar,

orientar e executar as atividades de administração financeira e contábil. Dados de

2012 apontam a gestão de R$ 9.000.000,00 (Nove Milhões de Reais). Nos últimos

anos passou a uma execução orçamentária de 16% em 2008 para 84% no ano

de 2011.

II – Divisão de Educação: Responsável pela execução e

acompanhamento das ações de Educação Permanente em Saúde na SMS,

abrangendo a elaboração e execução de cursos de formação inicial, de formação

técnica de nível médio, por meio da Escola Técnica do SUS – ETSUS e formação

tecnológica de pós-graduação.

11

Dentre os seus programas citamos: Trabalhando em Equipe no SUS,

Inclusão da Temática Étnico-Racial nas Ações de Educação Permanente em Saúde,

Encontro de facilitadores do Curso: Excelência no Atendimento ao Cidadão (EAC)-

Atualização- “O desafio de atender com qualidade no SUS, Recepção para novos

funcionários da Secretaria Municipal da Saúde, Cuidando do Cuidador, Capacitação

Técnico Pedagógica, Capacitação de Conselheiros Gestores, Capacitação

Pedagógica para docentes e Capacitação Técnico-Pedagógica para Docentes,

dentre outros.

Destacamos ainda:

Programa Gestores do SUS – Do SUS a Prática Cotidiana de

Gerenciamento que tem por finalidade ampliar a competência dos administradores

públicos e respectivas equipes de trabalho para o exercício de suas funções de

Gerência definidas pelas estratégias e diretrizes do SUS na cidade de São Paulo.

Questão Étnico – Racial e Direito à Saúde: Qualificando Práticas –

objetivo foi implementar ações estratégicas para consolidação da Política de Saúde

Integral da População Negra no âmbito do município de São Paulo, realizado nas

modalidades presencial (8 horas)e a distancia (64 horas), totalizando 72 horas,

envolvendo conhecimento técnico, conceitos e valores, realização de diagnostico e

analise de dados, bem como elaboração de plano de intervenção, sendo

disponibilizadas 125 vagas.

1) Escola Técnica do Sistema Único de Saúde – São Paulo – ETSUS-

SP: comprometida com a consolidação do SUS organiza situações de ensino-

aprendizagem que possibilitam o desenvolvimento das competências profissionais

nas dimensões técnica, ética, política e comunicativa, tendo dentro seus objetivos:

a) Formar trabalhadores na área da saúde por meio dos Cursos de

Qualificação e de Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio;

b) Atualizar os profissionais de nível universitário que atuam nos Cursos

de Educação Profissional, visando o aprimoramento de conhecimentos

científicos e o desenvolvimento de competências técnicas e

pedagógicas;

c) Produzir e difundir materiais para subsidiar as atividades didático-

pedagógicas.

12

O desenvolvimento das atividades didático-pedagógicas ocorre conforme

a necessidade dos serviços que compõem o Sistema Único de Saúde – SUS, sendo

realizadas de forma centralizada, na sede localizada à Rua Gomes de Carvalho,

250, Vila Olímpia ou nas suas 06 (seis) Unidades Regionalizadas (CENTRO-

OESTE, LESTE I, LESTE II, NORTE, SUDESTE E SUL) nas cinco regiões do

município.

Escolas Regionalizadas

Dentre os cursos oferecidos estão: Técnico em Farmácia, Técnico em

Enfermagem, Técnico de Agente Comunitário em Saúde, Técnico em Saúde Bucal e

Técnico de Vigilância em Saúde.

Destacamos aqui a construção do Curso Técnico Em Vigilância em

Saúde. Como parte de uma política indutora em junho de 2010, o Departamento de

Gestão da Educação na Saúde (DEGES), da Secretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação na Saúde (SGTES), do Ministério de Saúde (MS), por meio do Programa

13

de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (PROFAPS) propôs a

realização de Curso Técnico de Vigilância em Saúde. São Paulo, em uma parceria

exitosa entre a Coordenação de Gestão de Pessoas e a Coordenação de Vigilância

em Saúde acolheu esta proposta e desencadeou o referido curso a partir da

aprovação e autorização pelo Conselho Municipal da Educação conforme Parecer

220/11 em Outubro de 2011. O curso destinado a Agentes de Controle de Zoonozes

traz em sua proposta a formação de técnicos que estejam aptos a realizar ações de

Vigilância adquirindo capacidade para conhecer, analisar, monitorar e intervir sobre

os determinantes do processo de saúde-doença e possam prevenir/controlar

agravos e doenças e promover a saúde da população. O curso acontece na sede da

EMS e nas ETSUS regionalizadas e tem atualmente 347 alunos matriculados.

2) Setor Técnico de Educação a Distância

Criado de forma gradual e crescente, esta modalidade de ensino vem

rompendo barreiras uma vez que se baseia em mudanças culturais e de paradigmas

exigindo dos profissionais da SMS, tanto dos técnicos, professores e alunos um

novo posicionamento frente a esta nova tecnologia. Desde maio de 2009 houve a

diretriz da CGP de desenvolver, estudar e pesquisar esta modalidade educacional

bem como se apropriar das novas Tecnologias de Informação e Comunicação, em

especial dos Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem Virtual e o Ambiente

Virtual de Aprendizagem – AVA.

Até dezembro de 2009 não havia uma equipe formada, as atividades de

EAD eram realizadas com a colaboração dos Núcleos de Comunicação e

Informática.

Atualmente os cursos desenvolvidos em parceria com as áreas técnicas

da Secretaria, são oferecidos na modalidade semi-presencial ou totalmente a

distância. Foram criadas também diversas comunidades virtuais de aprendizagem.

De 2009 até agora passou de 106 usuários para 9565. Realizou 26 cursos na

plataforma Moodle, 03 no Canal Interativo com mais de 9000 alunos participantes e

em média 1000 logs/diários.

3) Núcleo de Pós Graduação

Ainda dentro da Divisão de Educação no ano de 2012 identificamos a

necessidade de criar o Núcleo de Pós Graduação da Escola Municipal de Saúde

14

com a finalidade de atender as demandas de Cursos de Especialização para os

profissionais da Secretaria Municipal da Saúde.

Para atender ao objetivo que originou a criação do Núcleo de Pós-

graduação, foram pensadas duas estratégias de atuação:

1. Identificar as necessidades de adequação da EMS à legislação atual e

implementá-las afim de habilitar a EMS a certificar em nível de pós-

graduação; e

2. Estabelecer contratos e convênios com Instituições de Ensino Superior

para atender as demandas existentes até que tenha-se implementada

a primeira estratégia.

Nome do curso IES

certificadora Público alvo

N° de vagas

Formação Docente em Saúde Centro

Universitário São Camilo

Profissionais da área da saúde

35

Linhas de Cuidados de Enfermagem – Saúde Materna, Neonatal e do Lactente; Atenção Psicossocial; Urgência e Emergência; e Doenças Crônicas não transmissíveis

Universidade Federal de

Santa Catarina

Enfermeiros 54

Gestão Pedagógica nas Escolas Técnicas do SUS

Universidade Federal de

Minas Gerais

Professores, coordenadores,

administradores escolares e gestores da ETSUS

30

Gestão de Pessoas Fundação

Getúlio Vargas

Profissionais da SMS/SP 45

4) Núcleo de Comunicação e TV Corporativa

Responsável pela visibilidade e disposição de informações da Escola, o

Núcleo desenvolve o planejamento da divulgação dos cursos oferecidos, produção

de material gráfico, padronização e identidade visual de todas as publicações

consolidando a imagem da Escola.

Tem ainda a responsabilidade de coordenar a programação e o conteúdo

do Canal Profissional e do Canal Interativo da Rede São Paulo Saudável. A Rede foi

uma estratégia vitalizadora para a Gestão, promovendo conteúdos relacionados à

15

Educação em Saúde, Meio Ambiente e Cidadania, por meio de orientações

estratégicas, comunicados, programas, cursos, palestras e debates, chega aos mais

de 900 Estabelecimentos e Serviços de Saúde, com seus quase 80.000

profissionais.

Vale destacar que com o intuito de atender as necessidades e demandas

apontadas pelos profissionais e áreas técnicas da SMS, houve a partir de maio de

2010 a reestruturação na grade do Canal Profissional da Rede São Paulo Saudável.

No dia 12 de julho de 2010, foi lançada a nova programação, com cursos

e novos programas produzidos exclusivamente pelo Núcleo em articulação com as

áreas técnicas da SMS.

Com o slogan: “Esta TV é feita para você e por você”, o Canal convida a

rede dos trabalhadores espalhados por São Paulo a participar, sugerir, criticar e

colaborar com o Canal Profissional da Rede São Paulo Saudável. Alguns programas

são transmitidos ao vivo e contam com a interação em tempo real dos trabalhadores

por meio de telefone (11) 3044-2975 e email: [email protected].

Segue sinopse dos programas da Rede São Paulo Saudável:

1. Acontece na Saúde: São notícias rápidas de tudo que acontece na

Secretaria ou que estejam relacionadas com a saúde, com entradas

em toda a programação.

2. Compartilhando Conhecimento: Tem como objetivo criar um canal de

disseminação do conhecimento, possibilitando instituir uma cultura de

compartilhamento de informações e aprendizagem. Os conteúdos

apresentados são trazidos pelos trabalhadores da saúde que

participaram de congressos, seminários e eventos externos, e

socializam informações atualizadas sobre tendências, inovações e

melhores práticas de trabalho da área de saúde no país e no exterior. A

transmissão é ao vivo e interativa com as nossas unidades de saúde.

3. Conheça a Saúde: É um programa que apresenta a Secretaria

Municipal da Saúde a seus profissionais. É destacada uma área da

Secretaria por programa. No estilo documentário e é explorado todo o

dia a dia de trabalho do setor pesquisado.

4. Insight – Gerando novas ideias: Com parceria do Comitê de Ética em

Pesquisa da SMS, convida pesquisadores a divulgar os resultados de

16

suas pesquisas, apresentando a relevância, o método, os principais

resultados e, principalmente a aplicação do resultado da pesquisa nas

práticas do serviço de saúde. A transmissão é ao vivo e interativa com

as nossas unidades de saúde.

5. Re-Conhecendo Nossos Destaques: Este programa dá destaque a

ações de sucesso de nossas Unidades de Saúde. A idéia é dar ênfase

aos serviços que se destacam, apresentando e incentivando assim,

outras unidades a desenvolver um trabalho paralelo diferenciado.

6. Saúde em Questão: Programa de entrevista com convidados, onde os

convidados trazem temas específicos e relevantes para a área da

saúde. Uma das estratégias para este programa é procurar convidar os

responsáveis por cursos que estejam prestes a ser lançados, com isto

além da divulgação, haverá o incentivo à participação dos

trabalhadores. Outros temas poderão ser apresentados a partir das

demandas das áreas técnicas da Secretaria. A transmissão é ao vivo e

interativa com as nossas unidades de saúde.

7. Você em Foco: Este programa tem como objetivo principal, o

trabalhador da saúde. Um programa que trás sempre dicas para o

próprio trabalhador e é subdividido em duas partes: Mercado de

Trabalho e Qualidade de vida.

8. Então... : Um programete diário com entrada em toda a programação,

e que é subdividido em cinco itens:

O Parabéns vai para..: Este quadro parabeniza a unidade, feitos,

prêmios e etc.

Marque na agenda!: Uma agenda mensal com assuntos pertinentes

a SMS e a saúde como um todo.

Você Sabia?: Dicas e curiosidades da área da saúde e para o

trabalhador.

Fique Alerta!: O quadro de avisos eletrônicos

Giro Cultural: Dicas culturais.

9. Mitos e Verdades: A ideia é desmistificar ou embasar algumas

crendices populares, com explanações de especialistas das áreas.

17

Sempre com participação e interação dos trabalhadores da Saúde, esses

programas foram criados com embasamento em pesquisas nas pontas, respeitando e

atendendo as necessidades do seu público. A cada programa é um apresentador

diferente, ligados ao serviço de Saúde do Município, que apresentam de forma simples

e objetiva, e com o menor número de termos técnicos, o que facilita o entendimento de

todos os trabalhadores. A transmissão é ao vivo e interativa com as nossas unidades

de saúde.

Semanalmente newsletters são disparadas para todos os trabalhadores

da saúde, com os destaques da programação. Criamos também páginas nas redes

sociais facebook (facebook/canalprofissional) e no twitter (@cnprofissional), assim,

os trabalhadores e o público externo fica sabendo de curiosidades das gravações,

releases, podem fazer suas críticas e sugestões, além de acompanhar o que está

acontecendo na TV.

Toda a programação dos Canais da Rede São Paulo Saudável pode ser

acessada pelo endereço: http://intranet.saude.prefeitura.sp.gov.br/tv

Um dos desafios da equipe de produção do Canal Profissional era a

ausência de uma ferramenta que avaliasse a recepção da programação, bem como

as dificuldades do seu público ao seu acesso.

Para suprir essa necessidade, o Núcleo criou um Projeto de Pesquisa de

Qualidade sobre a programação do Canal Profissional. Este projeto de pesquisa foi

elaborado em parceria com as responsáveis pelo RH Desenvolvimento das 5

Coordenadorias Regionais de Saúde. Para que conseguíssemos alcançar o maior

número de equipamentos de saúde, foram contratados 20 estagiários que após a

elaboração do questionário foram a campo e realizaram a coleta das informações

junto aos trabalhadores de cada estabelecimento de saúde.

O objetivo desse projeto foi monitorar as condições das TVs nas unidades

de saúde, além de verificar se a localização das mesmas dentro da unidade é

adequada; avaliar a satisfação dos usuários no que se refere à programação do

Canal Profissional; promover a adequação da programação aos interesses dos

trabalhadores das unidades; acompanhar a utilização do Canal Profissional e

estimular sua utilização como veículo de informação e conhecimento.

Até o final de 2012, foram entrevistados cerca de 5300 trabalhadores num

universo de 225 Unidades de Saúde.

18

Os resultados iniciais da pesquisa motivaram diversas transformações

tanto na programação do Canal Profissional, como nas estratégias de comunicação

da Escola.

Diagnóstico Ações

18 % alegaram desconhecer a grade de programação do Canal Profissional

Foram criadas algumas estratégias de divulgação da programação, são elas: Email marketing semanal com o detalhamento dos programas, informação da programação na intranet da SMS e no site da Escola Municipal de Saúde, criação de pôster afixado nas unidades de saúde pelos estagiários, divulgação semanal da programação em diário oficial e a criação de Facebook e Twitter do Canal.

65% alegaram não acompanhar as programações do Canal Profissional por falta de Tempo

Houve uma revisão do horário dos programas na grade, repetindo-os durante o dia, já que o melhor horário apontado pelos trabalhadores para assistir a programação foi das 08h às 10h e das 16h às 18h. Assim, os cursos foram redirecionados para esses horários, e o horário do almoço foi reservado para os programas de conteúdo informativo da equipe do Canal Profissional. Também foi criado um perfil no Youtube para disponibilizar os programas e aulas veiculadas no Canal Profissional.

76% dos entrevistados apontaram o interesse por programas voltados à qualidade de Vida.

Foi criado o programa Você em Foco, em parceria com a Gerência de Desenvolvimento Organizacional (GEDEO). O programa tem duas temáticas distintas, uma abordando a qualidade de vida do trabalhador com dicas de alimentação e bem estar e a outra tratando de questões ligadas ao trabalho.

5) Núcleo de Documentação

Tem por responsabilidade a organização e sistematização de documentos

e materiais de interesse da Saúde Coletiva produzidos pelas diversas Unidades de

Saúde da SMS, além dos adquiridos por meio de compra e doação. Conta com um

acervo que está informatizado segundo formato BIREME/OPAS, com um total de

2000 livros, 300 fitas de vídeo, 60 títulos de periódicos e 1500 documentos não

convencionais.

Gerencia ainda, as redes de informações virtuais em saúde pertencentes

à Secretaria e coordena as ações que promovam a captação, o registro e a

disseminação do conhecimento da saúde. Com a implantação da 1ª Biblioteca

Virtual em Saúde na instância municipal do Brasil, a BVS/SMS-SP em

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Agosto/2011, a Secretaria contribui para o desenvolvimento da saúde coletiva e

fortalecimento do SUS, com acesso livre, gratuito e equitativo torna-se uma

ferramenta estratégica na gestão da informação e conhecimento, sendo um grande

repositório dos materiais técnico-científicos produzidos por 15(quinze) áreas da

Secretaria e mais de 5521 documentos postados, um espaço colaborativo,

descentralizado e de todos.

Como reconhecimento ao trabalho integrado das áreas cooperantes da

SMS, sob a coordenação da Escola, a BVS-SMS-SP obteve a certificação da

BIREME/OPS/OMS com apenas 1 ano de existência, passando a ser considerada

como referência para outras iniciativas da Rede BVS.

6) Núcleo Escolar

Apoiar os processos administrativo-pedagógicos relativos à vida escolar

dos alunos matriculados nos cursos ministrados pela EMS é uma de suas principais

funções. Cabe ao Núcleo, manter atualizado o arquivo de legislação educacional,

sistematizando a documentação necessária para a divulgação, inscrição, execução,

acompanhamento, avaliação e certificação dos participantes nos cursos promovidos

pela EMS.

Modernização das Instalações

Inúmeras ações vem sendo desencadeadas para consolidar a Escola

Municipal de Saúde e trazer novos elementos que possam corroborar com a

modernidade de sua implantação.

Uma ampla reforma física foi realizada no prédio da Escola Municipal de

Saúde, sediado à Rua Gomes de Carvalho, 250 – Vila Olímpia, modernizando suas

instalações. Concluiu-se a troca de pisos, a pintura geral do prédio, a construção de

dois banheiros para portadores de necessidades especiais, além da aquisição de

equipamentos de informática e novos mobiliários à todas as equipes. Todas as salas

foram denominadas com os princípios do SUS (Equidade, Integralidade,

Humanização, Participação). A sala Participação foi recentemente reformada para

receber isolamento acústico e equipamento de videoconferência.

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Contamos ainda com um laboratório de informática – Sala Inovação, com

sete computadores.

Participação em Congressos, Seminários e Premiações

Durante os últimos anos um forte investimento tem sido feito na

Secretaria Municipal da Saúde no que se refere a participação em Congressos,

Seminários e cursos.

Os profissionais da Escola tiveram a oportunidade de se atualizarem

sobre novas tendências e inovações nas áreas de: Gestão de Pessoas, Treinamento

e Desenvolvimento, Tecnologia, Educação, Educação a Distância, Gestão Escolar

dentre outras.

Como resposta ao grande investimento em seus profissionais, a Escola

Municipal de Saúde teve representação em eventos de ponta por meio de

apresentação de cases, painéis e posteres sobre o trabalho aqui desenvolvido:

2012

35º ENCONTRO SUL-AMERICANO DE RECURSOS HUMANOS

ESARH/2012 – GRAMADO / RS

CASE – EIXO: NOVOS RUMOS DA EDUCAÇÃO E DO

CONHECIMENTO

MUDAR NO SERVIÇO PÚBLICO É POSSÍVEL?

A EXPERIENCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO

PAULO NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE SEUS PROFISSIONAIS

Autores: Laura Santucci, Elaine Mello, Jane Abrahão Marinho e Sergio

Guerra Sartor

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MOSTRA DE INTERVENÇÕES

EIXO: NOVOS RUMOS DA EDUCAÇÃO E DO CONHECIMENTO

TÍTULO – O IMPACTO DO USO DO AMBIENTE VIRTUAL DE

APRENDIZAGEM NAS AÇÕES EDUCATIVAS DA SECRETARIA

MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO

Autores: SARTOR, Sergio Guerra, PERDIGÃO, Vera Lucia Monteiro,

LAGOA, Dagoberto Eloy, JUNIOR, Décio Trotta, MELO, Maik Tavares,

SANTOS, Maria Regiane Silva dos, SANTUCCI, Laura Aparecida

Christiano

BIOÉTICA E ÉTICA EM PESQUISA PARA RESIDENTES: ENSINO A

DISTÂNCIA UMA ALTERNATIVA NECESSÁRIA E VIÁVEL

AUTORES: SOUZA, Paulo Fernando Constâncio de; CHALEM, Elisa;

NAGAYASU, Gabriel; GUERRIEIRO, Iara; PERDIGÃO, Vera

III CONGRESO REGIONAL Y AL X SEMINARIO INTERNACIONAL DE

ATENCIÓN PRIMARIA DE SALUD (APS)- HAVANA – CUBA

TÍTULO:CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL NO

TRABALHO A 4 E 6 MÃOS

Autores: Jaqueline Alves Lopes Sartori; Maria da Candelária Soares;

NilvaTiyomiKitani

EPATESPO-2012- ENCONTRO PAULISTA DE ADMINISTRADORES E

TÉCNICOS DO SERVIÇO PÚBLICO ODONTOLÓGICO E CONGRESSO

PAULISTA DE ODONTOLOGIA EM SAÚDE COLETIVA- RIBEIRÃO

PRETO- SP- BRASIL

Compôs a mesa de discussão: Experiências de formação e trabalho

de TSB e ASB: potencializando o trabalho em equipe-apresentando

“A Experiência de formação de ASB e TSB no Município de São

Paulo”.

Autora: Jaqueline Alves Lopes Sartori

22

EVENTO – II SEMINÁRIODO MESTRADO PROFISSIONAL EM

GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE- RIO DE

JANEIRO- RJ-BRASIL

Autora: Jaqueline Alves Lopes Sartori

CONVIBRA – I Congresso Virtual Brasileiro de Gestão, Educação e

Promoção da Saúde

TÍTULO – O IMPACTO DO USO DO AMBIENTE VIRTUAL DE

APRENDIZAGEM NAS AÇÕES EDUCATIVAS DA SECRETARIA

MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO

Autores: SARTOR, Sergio Guerra, PERDIGÃO, Vera Lucia Monteiro,

LAGOA, Dagoberto Eloy, JUNIOR, Décio Trotta, MELO, Maik Tavares,

SANTOS, Maria Regiane Silva dos, SANTUCCI, Laura Aparecida

Christiano

MUDAR NO SERVIÇO PUBLICO É POSSÍVEL ??

A EXPERIENCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO

PAULO NA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE SEUS PROFISSIONAIS

Autores: Laura Santucci, Elaine Mello, Jane Abrahão Marinho e Sergio

Guerra Sartor

REDE SÃO PAULO SAUDÁVEL: O USO EFETIVO DA TECNOLOGIA E

DA COMUNICAÇÃO NA CAPACITAÇÃO E INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Laura Santucci, Jane Abrahão Marinho, Vivien Zilberman e

Sergio Guerra Sartor

CRICS 9 – Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde

– WASHINGTON / EUA

Painel: A Educação a Distância como Estratégia do Fortalecimento

do SUS na Cidade de São Paulo

Autor: Laura Santucci

23

Pôsteres

A BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE DA SECRETARIA MUNICIPAL

DE SÃO PAULO CONTRIBUINDO PARA O DESENVOLVIMENTO DA

SAÚDE PÚBLICA

Autores: Marine Fumiyo Otake Arakaki; Mônica da Silva Peres; Selma

Palombo, Yara Maria Spínola e Castro; Laura Aparecida Christiano

Santucci; Sergio Guerra Sartor

TRANSFORMAÇÃO E INOVAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO: A

CONSTRUÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL DE SAÚDE

Autores: Laura Santucci, Jane Abrahão Marinho e Sergio Guerra Sartor

REDE SÃO PAULO SAUDÁVEL: O USO EFETIVO DA TECNOLOGIA E

DA COMUNICAÇÃO NA CAPACITAÇÃO E INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Laura Santucci, Jane Abrahão Marinho, Vivien Zilberman e

Sergio Guerra Sartor

CBIS 2012 – XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA EM

SAÚDE – Curitiba / PR

REDE SÃO PAULO SAUDÁVEL: O USO EFETIVO DA TECNOLOGIA E

DA COMUNICAÇÃO NA CAPACITAÇÃO E INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Autores: Laura Santucci, Jane Abrahão Marinho, Vivien Zilberman e

Sergio Guerra Sartor

ABRASCO – 10º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA –

PORTO ALEGRE- RS – BRASIL

UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM NA

CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE SAUDE BUCAL

Autores: Jaqueline Alves Lopes Sartori; Jane Abrahão Marinho; Maria da

Candelária Soares; NilvaTiyomiKitani

FORMAÇÃO DO TÉCNICO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – UM

DESAFIO PARA O SUS QUE QUEREMOS

Autora: Ana Luisa da Silva Gonçalves

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QUESTÃO ÉTNICO RACIAL E DIREITO Á SAÚDE: UMA

CONTRIBUIÇÃO PARA ENFRENTAMENTO DAS INIQUIDADES EM

SAÚDE

Autora: Maria do Carmo Sales Monteiro

RETRATO DAS QUESTÕES ETNICOS RACIAIS: UM OLHAR DOS

TRABALHADORES DA SAÚDE

Autora: Maria do Carmo Sales Monteiro

PREMIAÇÃO

Em seu ápice, a Escola Municipal da Saúde também teve o

reconhecimento do trabalho desenvolvido por meio dos prêmios

conquistados:

2011

Premio I INOVARHAÇÂO

Categoria Educação em Saúde:

Primeiro Lugar: A tecnologia audiovisual utilizada para informar e

capacitar os trabalhadores da Secretaria Municipal da Saúde de São

Paulo.

Segundo Lugar: Programa Gestores do SUS: o desafio de desenvolver

gestores em São Paulo

Terceiro Lugar: Impacto do Uso do AVA nas ações educativas

2012

35º ENCONTRO SUL-AMERICANO DE RECURSOS HUMANOS

ESARH/2012

Prêmio ESARH 35 anos

categoria: Vitalidade Organizacional:

Rede São Paulo Saudável: Uso da TV como estratégia para integrar e

impulsionar o desenvolvimento dos trabalhadores da saúde do

Município de São Paulo.

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Prêmio A REDE 6ª edição

O prêmio consagra projetos que promovem a inclusão digital e social aos

cidadãos, na modalidade “Setor Público” da categoria “Conteúdo”

Rede São Paulo Saudável: Escola Municipal de Saúde

Premio II INOVARHAÇÂO

Categoria Gestão do Conhecimento e Tecnologia

Primeiro Lugar: A Contribuição das Redes Sociais do Canal

Profissional para ampliação do relacionamento e do acesso à

informação em saúde aos profissionais da Secretaria Municipal de

Saúde

Segundo Lugar: Pesquisa do Canal Profissional da Rede São Paulo

Saudável

Categoria Educação Profissional Em Saúde

Segundo Lugar: Formação do técnico em vigilância de Saúde –

Reafirmando o compromisso da construção do SUS que queremos.

4 CONCLUSÃO

O primeiro desafio foi alcançado. A transformação do CEFOR na Escola

Municipal de Saúde é uma realidade. Se por um lado implantamos a nova estrutura

da Escola, por outro, muitos desafios e percursos precisam ser delineados:

Concluir a construção do novo Projeto político-pedagógico, com a

definição das concepções, princípios, diretrizes, compromissos,

currículos a serem trabalhados, bem como parâmetros, critérios e

formas de avaliação da aprendizagem;

Desenvolver estratégias para realização e certificação de cursos de

especialização ministrados pela Escola Municipal de Saúde;

Construir Programas de Educação à Distância em todas as áreas da

SMS;

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Dar continuidade ao aperfeiçoamento da Rede São Paulo Saudável

colocando-a como uma estratégia de capacitação e gestão do

conhecimento;

Construir uma cultura de compartilhamento de conhecimentos,

informações e aprendizagem, fomentando a Gestão do Conhecimento;

Construir o Sistema de Monitoramento e Avaliação da Escola Municipal

de Saúde, visando mensurar sua relevância, eficiência, impacto e

sustentabilidade;

No entanto, este novo patamar que o Município, de forma inovadora,

impõe a Escola pressupõe a criação de espaços de transformações e quebra de

paradigmas. Este é um processo, seus efeitos só serão sentidos e terão significados

se suas premissas forem de fato debatidas, pactuadas e assumidas entre os

profissionais da saúde, gestores, conselheiros e demais atores e parceiros

governamentais e não governamentais envolvidos no amplo processo educacional.

Este processo vai além do campo conceitual, impacta no cotidiano de trabalho, na

perspectiva do desenvolvimento das pessoas, e na busca contínua da eficiência e

eficácia do serviço público na Saúde da cidade de São Paulo.

5 REFERÊNCIAS

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Escola Municipal de Saúde: um dos pilares para a consolidação do SUS na Cidade de São Paulo. Brasília: SMS, abr. 2011. 47 p.

SANTUCCI, Laura Aparecida Christiano; PERDIGÃO, Vera Lúcia Monteiro Perdigão; TROCCOLI, Francisco Torres; ZILBERMAN, Vivien; MACHADO, Luzia Coelho e Silva; MARINHO, Jane Abrahão. Uso de Ferramentas Educacionais para a Construção de um Novo Modelo – A Escola Municipal de Saúde de São Paulo. São Paulo, 2011. 3 p.

ARAKAKI, Marine Fumiyo Otake; PERES, Mônica da Silva. Cooperação técnica entre a Escola Municipal de Saúde/SMS e BIREME/OPAS/OMS para desenvolvimento da Biblioteca Virtual em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde. São Paulo: EMS, 2011. 18 p. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Plano Municipal de Saúde: 2010-2013. São Paulo: SMS, maio 2010. 183 p.

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AUTORIA

Laura Santucci – Escola Municipal de Saúde da Coordenação de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal da Saúde – SMS, Prefeitura Municipal de São Paulo.

Endereço eletrônico: [email protected] Elaine Mello – Escola Municipal de Saúde da Coordenação de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal da Saúde – SMS, Prefeitura Municipal de São Paulo.

Endereço eletrônico: [email protected]