movimento feminista versão completa

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INTRUDUÇÃO O Feminismo é um movimento que teve início ainda nos primeiros anos do século XIX, porém, só ganhou força e voz na década de 1960. Atualmente, tem ganhado destaque em vários tipos de mídia, devido ao aumento de veículos de informação independentes e, consequentemente, à maior circulação das informações e notícias. O Feminismo se consolidou como um discurso de caráter intelectual, filosófico e político que busca romper os padrões tradicionais, acabando assim com a opressão sofrida ao longo da história da humanidade pelas mulheres. O movimento ganhou muita força, sendo endossado tanto por homens quanto por mulheres que defendem a igualdade entre os sexos. Há uma teoria que divide esse movimento feminista em três fases, cada qual marcada por suas conquistas e interesses. Assim, este tem sido um assunto mais explorado e difundido, ainda que muitas vezes seus propósitos e ideologias não fiquem claros a pessoas leigas. Neste trabalho serão abordadas suas ideologias, um pouco da história e sua importância atual, tanto para mulheres quanto para homens.

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Breve estudo a respeito do movimento feminista no Brasil.

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INTRUDUO

O Feminismo um movimento que teve incio ainda nos primeiros anos do sculo XIX, porm, s ganhou fora e voz na dcada de 1960. Atualmente, tem ganhado destaque em vrios tipos de mdia, devido ao aumento de veculos de informao independentes e, consequentemente, maior circulao das informaes e notcias.O Feminismo se consolidou como um discurso de carter intelectual, filosfico e poltico que busca romper os padres tradicionais, acabando assim com a opresso sofrida ao longo da histria da humanidade pelas mulheres. O movimento ganhou muita fora, sendo endossado tanto por homens quanto por mulheres que defendem a igualdade entre os sexos. H uma teoria que divide esse movimento feminista em trs fases, cada qual marcada por suas conquistas e interesses. Assim, este tem sido um assunto mais explorado e difundido, ainda que muitas vezes seus propsitos e ideologias no fiquem claros a pessoas leigas.Neste trabalho sero abordadas suas ideologias, um pouco da histria e sua importncia atual, tanto para mulheres quanto para homens.

DEFINIO

Do latim femna (mulher), o feminismo a doutrina social favorvel mulher. Trata-se de um movimento que exige que os homens e as mulheres tenham os mesmos direitos: por conseguinte, concede ao gnero feminino capacidades que outrora eram exclusivamente reservadas aos homens.O feminismo questiona as relaes entre a sexualidade (enquanto gnero) e o poder social, econmico e poltico. Olhando para a histria, as feministas consideram que o patriarcado foi negativo para a sociedade e que as mulheres foram submetidas vontade do homem.

COMO SURGIU O MOVIMENTO FEMINISTA

O feminismo um movimento que tem origem no ano de 1848, na conveno dos direitos da mulher em Nova Iorque. Este movimento adquire cunho reivindicatrio por ocasio das grandes revolues. As conquistas da Revoluo Francesa, que tinha como lema Igualdade, Liberdade e Fraternidade, so reivindicados pelas feministas porque elas acreditavam que os direitos sociais e polticos adquiridos a partir das revolues deveriam se estender a elas enquanto cidads. Algumas conquistas podem ser registradas como consequncia da participao da mulher nesta revoluo.Feminismo um movimento social, filosfico e poltico que tem como meta direitos equnimes (iguais) e uma vivncia humana e libertao de padres opressores baseados em normas de gnero. A histria do feminismo pode ser dividida em trs "ondas". A primeira teria ocorrido no sculo XIX e incio do sculo XX, a segunda nas dcadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da dcada de 1990 at a atualidade.

PRIMEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA

A chamada Primeira Onda Feminista teria ocorrido no sculo XIX e avanado pelo comeo do sculo XX. Este perodo aborda uma grande atividade feminista desenvolvida no Reino Unido e nos Estados Unidos. Foi o momento em que o movimento se consolidou em torno da luta pela igualdade de direitos para homens e mulheres. Estas se organizaram e protestaram contra as diferenas contratuais, a diferena na capacidade de conquistar propriedades e contra os casamentos arranjados que ignoravam os direitos de escolha e os sentimentos das mulheres.Ainda no final do sculo XIX, a Primeira Onda Feminista ganhou destaque em seu ativismo e passou a contestar de forma mais significativa a questo do poder poltico. As mulheres, at ento, eram proibidas de votar e eleger seus representantes, mas o pleno interesse de participar das escolhas polticas no deixou de ser evidenciado at se alcanar o direito desejado. Enquanto isso, continuavam as campanhas pelos direitos sexuais, econmicos e reprodutivos.Este primeiro momento de onda feminista foi bastante extenso e, por se tratar de algo que rompia com os padres histricos das sociedades, levou mais tempo para alcanar as conquistas. Somente no correr do sculo XX os resultados foram aparecendo gradativamente. O voto s foi permitido s mulheres a partir de 1918, no Reino Unido. Ainda assim, s tinham tal direito as mulheres com mais de 30 anos. J nos Estados Unidos a manifestao das mulheres ligava-se a outros fatores histricos tambm. Muitas das que integraram a Primeira Onda Feminista foram defensoras do fim da escravido no pas antes mesmo de lutar por seus direitos. A conquista do voto s aconteceu no ano de 1919.

SEGUNDA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA

A Segunda Onda Feminista reconhecida por estar compreendida no perodo que se estende da dcada de 1960 at a dcada de 1980.A Segunda Onda Feminista uma continuidade da Primeira Onda, com as mulheres se organizando e reivindicando seus direitos. Entretanto h caractersticas que distinguem as duas fases. Enquanto no primeiro momento as mulheres lutavam por conquista de direitos polticos, no segundo momento as feministas estavam preocupadas especialmente com o fim da discriminao e a completa igualdade entre os sexos.J marcada pela conquista anterior de direitos, tem seu incio no comeo da dcada de 1960. As feministas ganharam espao mais uma vez e conseguiram ser ouvidas pela sociedade. Esse segundo movimento durou at a dcada de 1980 e recebeu o slogan O pessoal poltico, que foi criado pela feminista Carol Hanisch. A nova fase identificava o problema da desigualdade como a unio de problemas culturais e polticos, encorajando as mulheres a serem politizadas e combaterem as estruturas sexistas de poder.Foi tambm no comeo da dcada de 1960, especificamente em 1964, que apareceu a frase Liberao das Mulheres. Esta foi usada pela primeira vez nos Estados Unidos e acabou se tornando fundamental para todo movimento feminista. Aps a Primeira Onda Feminista criticar os contratos matrimoniais, que no incluam os interesses e sentimentos das mulheres, a Segunda Onda Feminista passou a criticar a ideia de que as mulheres teriam satisfao em apenas cuidar dos filhos e do lar. Esta nova observao incendiou o cenrio social, especialmente nos Estados Unidos, que foi invadido por mulheres que queriam trabalhar, sustentarem-se e serem respeitadas com igualdade de capacidade.A maior participao das mulheres no mercado de trabalho gerou um novo questionamento que perdura at hoje. A discriminao no to intensa quanto antes, no sentido de que havia um bloqueio s mulheres para ocupar cargos, mas verificvel ainda que a remunerao pelo trabalho de mulheres que desempenham as mesmas funes de homens menor. Um desafio que ainda precisamos superar.

TERCEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA

A Terceira Onda Feminista identificada a partir da dcada de 1990 e representa uma redefinio das estratgias da fase anterior.A Terceira Onda Feminista se apresentou como meio para corrigir as falhas e as lacunas deixadas pela fase do movimento que veio antes. Esse novo momento, marcado a partir do incio da dcada de 1990, serviu tambm para retaliar algumas iniciativas da Segunda Onda Feminista. A terceira fase procurou contestar as definies essencialistas da feminilidade, que se apoiavam especialmente nas experincias vividas por mulheres brancas integrantes de uma classe mdia-alta da sociedade.A Terceira Onda fortemente marcada por uma concepo ps-estruturalista, refletindo claramente abordagens micropolticas preocupadas em responder o que e o que no bom para cada mulher. O incio dessa terceira fase do movimento tem razes ainda no meio da dcada de 1980, embora sua locao histria seja reconhecida a partir da dcada de 1990. Ela estava inserida em um contexto de novas perspectivas tambm das Cincias Humanas, como o caso da Micro Histria, que logo reconheceu a importncia do movimento de organizao das mulheres e o tratou de forma mais detalhada. Alm disso, com o prprio questionamento do padro branco de classe mdia-alta das feministas, mulheres negras comearam a se destacar no movimento e negociar seus espaos para revelar as diferenas vividas por mulheres com diferentes condies sociais e tnicas.Como se pode notar at aqui, a Terceira Onda do Feminismo foi marcada por diversos questionamentos internos. O olhar crtico das feministas sobre o prprio movimento que integravam permitiu o florescimento de novas ideias e a redefinio de estratgias que apresentaram falhas nos momentos anteriores. Da mesma forma, a Terceira Onda do Feminismo apresentou tambm o chamado Feminismo da Diferena, que argumenta haver sim diferenas significativas entre os sexos. Diferentemente de uma ideia global e massificadora que dizia ser uma construo social todo tipo de desigualdade entre homens e mulheres.

ANTIFEMINISMO O QUE E POR QUE

ANTIFEMINISTAS SO INIMIGOS DAS MULHERES

Um homem que contra o feminismo, apoia a agresso as mulheres, e um misgino. Essa a frase que vem na cabea da maioria das pessoas, O que uma mentira. Entendem que ser antifeminista ser inimigo das mulheres e de seus direitos.A origem deste falso pressuposto o significadosubjetivoda palavra feminismo e que automaticamente j os levam acreditar ao que o antifeminismo deve ser. Muitas pessoas tm uma ideia unilateral, que beira a ingenuidade sobre o que o feminismo. Acreditam que o feminismo algo somente sobre as mulheres e seus direitos, e que algum que se oponha a isso provavelmente anti-mulher e seus direitos. Pelo menos essa a concluso que emerge desta mentalidade bruta, uma definio to simples.No entanto, veremos agora que essa definio no somentefalsacomo fundamentalmente diferente darealidade.Este to dito feminismo algo que coloca os homens em uma posio onde possam sentir-se ridicularizados assim que eles formulem oulutempor qualquer direito para seu sexo. Com sua rede de gabinetes de igualdade e seus responsveis, distribuem o dinheiro sempre de uma forma que possa servir a populao feminina. Como delegacias especializadas, hospitais especializados, entre outras especializaes que contribuam com apenasumgnero. E deixam de lado qualquer fundo ou assistncia que ajudem garotos e homens com seus problemas sociais e existenciais como se no fossemnada.Isso certamente far ummonopliode sofrimento nas mos das mulheres e excluir os homens comogneroda compaixo da sociedade. A respeito disso o feminismo pode ser com certeza ser chamado de hegemonia ginocntrica. O terreno frtil para essa hegemonia uma perverso do conhecido narcisismo vitimista, que por definio coloca as mulheres como eternasvtimas, e homens como eternosopressores. A vtima fraca e isso levanta uma questo subjetiva de como elas devem agir para completar este papel. Pois assim as vitimas podem exigir direitos sem precisar assumir asresponsabilidades. E mesmo se a vtima conseguir se sobressair ao seu opressor,ela pode assumir as vantagens de ser fraca e poderosa ao mesmo tempo, sem ter que adquirir desvantagens.A vtima ressuscitada permanece vtima, apesar de todos os poderes adquiridos e absolvida de qualquer responsabilidade ou culpa, e ainda por cima de qualquer crtica. Pois no importa o poder da mulher, ela eternamente uma vtima do machismo. A vtima, portanto atinge um grau de santidade com absoluta autoridade interpretativa e inviolabilidade.Considere por um lado; mulheres atualmente so constantemente colocadas em um pedestal, adoradas como supermulheres, trabalhadoras, donas de casa e mes ao mesmo tempo. Isso tudo sem tirar o salto. E onde os homens so difamados como carne intil, violentos e impulsivos.Considere por outro lado o entusiasmo onde o mantra repetido diversas vezes, e diversas vezes que mulheres so vtimas at chegar a um ponto de saturao mental.Esta mstica feminina tem um sistema. Ele define os homens como opressores, mas como inferior, de modo que a definio da mulher de uma natureza mais nobre e mais pura e que se levanta acima dos seus opressores. Basicamente essa estrutura pode ser definida como uma conscincia fascista e tranquila. E assim como deve ser em uma ideologia, tudo conectado, obviamente com uma promessa de salvao. Assim que as mulheres dominassem os lugares masculinos livraro o mundo, o mundo dever ser melhor do que agora. Privilgios que no podem ser justificados com a eliminao da discriminao podem ser justificados com a superioridade feminina.

O QUE OS ANTIFEMINISTAS DEFENDEM?

Nosso inimigo no so as mulheres, e aqui est o porqu: o feminismo tem tanto a ver com as mulheres,quanto o socialismo tem a ver com a classe trabalhadora.O feminismo no est preocupado com a populao feminina como um todo. Da mesma forma o feminismo no luta pelos direitos humanos bsicos. Antifeminismo no misoginia. As pessoas que distorcem o antifeminismo, dizem que ns queremos acabar com o direito das mulheres e empurr-las de volta para a cozinha. O que chega a ser quase cmico, de to ingnuo que . Os antifeministas querem o fim do pressuposto que as mulheres so santas e homens demnios. Os antifeministas querem o fim de uma poltica que promova as mulheres e que para os homens s adicionam mais deveres. Antifeministas defendem que os homens devem ter a mesmahumanidade, a mesma compaixo e o mesmo apoio que as mulheres tm.

A LUTA FEMINISTA A FAVOR DA OBESIDADE MAQUIADA COMO DIREITO DE ESCOLHA

Feministas em geral detestam ficar em forma. Uma ou outra que usa de EUPIRISMO ou EGOPIRISMO pode dizer que se exercita pois a feminista diferente mas uma boa parte dos argumentos do movimento feminista que cuidar do corpo obra de mulher submissa e burra mandada pelo patriarcado. Isso na verdade uma forma de preconceito, pois uma mulher com um corpo nos padres tambm pode ser inteligente; mas quando as feministasfalam, o preconceito maquiado por politicamente correto e vira uma coisa moderna e contra o sistema permitida. Isto muito usado por marxistas culturais para justificar todos seus atos. Assim elas podem ser preconceituosas. Vitimismo e feminismo andam sempre juntos e atos como estes das feministas que pregam que tudo nos oprime somente um modo para atrair jovens desavisadas que de tanto terem o crebro lavado acham que virar funkeira como a Valesca coisa chique ou ato de orgulho de uma luta pela liberdade. Apesar da liberdade de cada pessoa fazer o que quiser existir, a apologia neste caso a obesidade gera alguns problemas como:A cultura do mal exemplo vista como moderna ou a falta da cultura do bom exemplo. Aqui no Brasil isto muito comum, e pregado como modelo moderno para as crianas por professores que as doutrinam desde cedo. Jogue a liberdade usada como desculpa para tudo e o direito de escolhas usadas de modo infantil e misture a uma teoria doida e criamos um monstro, que em muitos casos viram leis e na nossa terra cada vez mais sem moral. Nossos exemplos se tornam o que deveria ser combatido. Relativize o que certo e errado e negue o senso comum. Neste lugar, ser certo errado e ser errado certo. Neste lugar funk vira tese de mestrado e estudar de verdade coisa antiquada. Neste lugar ser acima do peso sinal de ser intelectual. Pessoas loucas como feministas e marxistas ainda justificam isso com teorias sem p nem cabea. Uma governante de esquerda certa vez disse que a diabetes era doena de rico. Um ex-presidente nosso afirmava que nunca precisou estudar. Reparem que o que se esconde nestes argumentos sempre a mesma coisa e, a longo prazo, isto somente colabora para problemas e mais problemas, pois o que bom visto como antiquado e opressor.Apologia obesidade. A obesidade uma das doenas que mais cresce no mundo moderno e atinge inclusive crianas. Muitas delas sero adultos obesos com o nosso atual estilo de vida. Imaginem o futuro delas se ainda forem estimuladas a serem obesas por teorias feministas e afins. A obesidade gera outros problemas como infartos, derrames e muitas outras doenas se associam e levam a morte. Tudo isso se combate com a opressora ideia de exerccios e uma alimentao correta. Mas para as feministas cuidar do corpo ser oprimida.Gastos de dinheiro. Como este um problema de Sade Pblica, se existisse uma campanha para educar o povoa se exercitar muitos gastos poderiam ser cortados.Depresso. Pessoas obesas podem dizer o que quiserem, mas em geral elas tendem a ser mais depressivas. Se exercitar ajuda a pessoa no aspecto mental e social tambm.Problemas ao se locomover, com o metabolismoe funo de rgos vitais. Quem tem ou teve algum familiar obeso sabe como complicado para estas pessoas se locomoverem. Algumas pessoas so obesas como resultado de outras doenas associadas com metabolismo e possuem problemas (o que um outro caso e que muito difere da apologia obesidade feita por feministas).Longe de dizer que todo obeso um criminoso. Muitas destas pessoas tm problemas de autoestima, traumas, e talvez at doenas severas e devem possuir ajuda que pode vir atravs de certo conselho adequado. Claro que alguns obesos so alegres e felizes. Mas falando no geral no sobre o pessoal mas sobre a obesidade em si, esta nunca foi uma qualidade ou algo digno de ser estimulado como pregado pelo movimento feminista que acha isso um direito de escolha.

"A mulher gorda, mais do que o homem, segregada e anulada. Mas opeso que mais a incomoda no aquele registrado na balana o daconscincia. Quase inevitavelmente, asexplicaes dadas para a gorduraapontam para o fracasso da prpriamulher em controlar seu peso, seuapetite e seus impulsos. As mulheresque sofrem do problema da compulsode comer (que ataca quase todasas gordas) suportam uma dupla angstia:sentem-se desajustadas socialmentee acreditam ser as nicas culpadaspor isso. [...] Se torna cada dia mais claro que a gordura uma questo feminista. Ela um problema social, nada tem a vercom a falta de controle ou de forade vontade da mulher, mas pode setornar uma curiosa forma de protesto." Susie Orbach (1976), Gordura uma questo feminista.

ANTIFEMINISMO CONSCINCIA, MISOGINIA DOENA

Os misginos so to repugnantes quanto as feministas, pois, em essncia, so iguais. Enquanto o Feminismo prega o vitimismo feminino, fazendo uma releitura distorcida e seletiva da Histria, sempre colocando os homens como os grandes viles e privilegiados, temos, do outro lado, os misginos fazendo a mesma coisa, s que invertendo os sexos.Enquanto o Feminismo um grupo formado por mulheres mal resolvidas e frustradas, que tenta destruir a masculinidade e o passado de glria de nossos antepassados com mentiras e manipulaes na mdia os misginos so homens problemticos, cheios de frustraes e traumas de adolescncia mal resolvidos, que decidem se fechar totalmente para o mundo, principalmente para o sexo feminino. Projetam nas mulheres a imagem daquelas que lhe fizeram sofrer algum mal.Ser misgino ou misndrica no crime, contanto que no se faa apologia violncia contra outras pessoas. O grande problema quando comeam a surgir mensagens carregadas de dio, incentivando outras pessoas ao dio e violncia contra estes grupos. A misandria das feministas to forte quanto a misoginia pregada por extremistas da internet, porm, a primeira mais bem vista socialmente, baseada em argumentos estpidos como o grito de revolta do oprimido contra aquele que o oprimiu por sculos. .Valeria Solanas, uma feminista reconhecida no mundo inteiro por outras feministas, escreveu um livro onde pregava dio e violncia aos homens. No bastasse combatermos as feministas e suas mentiras, ainda temos como inimigos os misginos. Estes so mais difceis de identificar, pois de incio parecem estar do mesmo lado que ns, criticando o Feminismo e denunciando suas mentiras. S que o misgino, na escurido de sua ignorncia e dio desmedido, no consegue distinguir quem seu inimigo ou aliado e sai atirando em todos. Primeiro, no sabe direito o que Feminismo, achando que basta ser mulher para ser feminista. Ataca todas as mulheres, sem distino. Expulsam mulheres de suas comunidades; feministas ou no. Depois comeam a perseguir todos aqueles que comeam a discordar de seus mtodos. Estes passam a ser chamados de bichas desonradas, matrixianos, manginas, traidores e so perseguidos pelos misginos. Depois comeam a criticar todos os homens que tm vida social, como sair com a namorada e ter amizade com outras pessoas, incluindo mulheres. O nvel final quando o misgino se junta a outros misginos numa comunidade bem fechada, cujo nico objetivo denegrir todos aqueles que eles odeiam: mulheres, homens comuns, no-misginos, todo o resto da Humanidade.O alvo do movimento antifeminista a ideologia feminista.Atacamos ideias, e no pessoas. Existem homens e mulheres no feminismo. A nossa guerra ideolgica, baseada na exposio de evidncias e pesquisas. Estes misginos extremistas odeiam mulheres, as odeiam apenas por nascerem mulheres. Como eu disse, so muito parecidos com as feministas. Mesmo sem querer, acabam favorecendo o movimento feminista, ao incentivar todos os homens a boicotarem as mulheres, a tratarem-nas como lixo, objeto sexual. Um bom modo de destruir a famlia, os valores de boa convivncia e respeito entre os sexos. Misginos queimam o filme de gente sria, que tenta mostrar Sociedade o que o Feminismo, mas que acaba sendo injustamente includa no mesmo grupo de psicticos que s sabem tumultuar as comunidades e blogs com abobrinhas.Sujeitos como Marc Lpine e o atirador de Realengo, Wellington Oliveira, so vistos como heris pelos misginos. Estes dois psicopatas no eram antifeministas, apesar de Lpine ter dito que queria matar feministas, seu dio era dirigido a todas as mulheres. Wellington escolheu meninas para matar, pois era um misgino. Ambos tiveram problemas com mulheres mal resolvidos que virou uma obsesso por vingana. No culpa do machismo, pois ao macho cabe cuidar e proteger a fmea e no destru-la. Isso antinatural, portanto, anormal e doentio.Para uma luta sria, qualquer tipo de violncia que se pratique contra uma feminista ou ativista gay visto como um golpe para ns, uma derrota. A Histria marcada de fatos, mostrando que matar adversrios s fortalece a causa.A morte fortalece o grupo e somente imbecis vibram com isso.A cada gay agredido que aparece na mdia um ponto ao movimento que tenta implantar a absurda Lei Antiomofobia. A cada feminista que agredida, um ponto para a causa das feministas, que confirma o coitadismo delas. Da mesma maneira, no vejo com to maus olhos os ataques ensandecidos de feministas queles que somente usam as palavras para combater seu movimento falacioso e oportunista.Todas as vezes que uma pessoa expulsa de uma comunidade feminista, prova que elas no tm argumentos consistentes o suficiente para debater e preferem usar de arbitrariedade, contrariando seus argumentos politicamente corretos sobre liberdade de expresso. Quando se parte para a violncia, se perde a razo. No agredindo aqueles que pensam diferentes de ns que nossas ideias sero aceitas.

Movimento feminista no Brasil

Ao falar sobre o feminismo no Brasil, devemos inicialmente falar sobre a situao da mulher em nossa sociedade. Durante vrios sculos, as mulheres estiveram relegadas ao ambiente domstico e subalternas ao poder das figuras do pai e do marido. Quando chegavam a se expor ao pblico, o faziam acompanhadas e geralmente se dirigiam para o interior das igrejas. A limitao do ir e do vir era a mais clara manifestao do lugar ocupado pelo feminino.A transformao desse papel recluso passou a experimentar suas primeiras transformaes no sculo XIX, quando o governo imperial reconheceu a necessidade de educao da populao feminina. No final desse mesmo perodo, algumas publicaes abordavam essa relao entre a mulher e a educao, mas sem pensar em um projeto amplo a todas as mulheres. O conhecimento no passava de instrumento de reconhecimento das mulheres provenientes das classes mais abastadas.Chegando at essa poca, as aspiraes pelo saber existiam, mas no possuam o interesse de subverter ou questionar a ordem imposta pelo mundo dos homens. No sculo XX, os papis desempenhados pela mulher se ampliaram quando algumas destas se inseriram em uma sociedade industrial, onde assumiram uma gama diversa de postos de trabalho. Apesar disso, a esfera da mulher ligada ao lar continuava a ter sua fora hegemnica.Aqui tnhamos uma diversificao dos feminismos que iam da tendncia bem comportada at o feminismo mais incisivo. Nesse quadro, observamos a mobilizao de mulheres que exigiam o seu direito cidadania sem questionar os outros papis subalternos assumidos pelas mesmas. Na outra extremidade, vemos mulheres que reivindicam sua ampliao na vida pblica, a defesa irrestrita do movimento dos trabalhadores e a consolidao dos princpios de lutas comunistas.Entre as dcadas de 1930 e 1960, as manifestaes feministas oscilavam mediante as mudanas desenvolvidas no cenrio poltico nacional. Em 1934, o voto feminino fora reconhecido pelo governo de Getlio Vargas. J em 1937, os ideais corporativistas do Estado Novo impediram a expresso de movimentos de luta e contestao de homens e mulheres. Nos anos de 1950, a redemocratizao permitira a flexibilizao da exigncia que condicionava o trabalho feminino autorizao marital.A revoluo dos costumes engendrada na dcada de 1960 abriu caminho para que o feminismo se tornasse um movimento de maior fora e combatividade. Mesmo sob o contexto da ditadura, as mulheres passaram a se organizar para questionarem mais profundamente seu papel assumido na sociedade. A problemtica dos padres de comportamento passou a andar de mos dadas com os ideais de esquerda que inspiravam vrias participantes desse momento.Vale aqui ressaltar que a luta pela equidade entre os gneros acabou criando dilemas significativos em relao mulher feminista. Lutar pelos direitos da mulher, em muitos momentos, parecia ser a demonstrao que a mulher poderia simplesmente assumir os mesmos lugares e comportamentos antes privados ao mundo masculino. Dessa forma, a subjetividade feminina era deixada de lado para favorecer um ideal de que a verdadeira feminista deveria ser combativa e, ao mesmo tempo, embrutecida.Quando atingimos o processo de redemocratizao do pas, observamos que o feminismo passou por uma reorganizao contrria a uma tendncia unificadora. Uma espcie de feminismo temtico apareceu em instituies que tratavam de demandas especficas da mulher. Em certo sentido, o feminismo tomava para si no s a participao na esfera poltica, mas tambm se desdobrava no debate de questes e problemas de ordem mais concreta e imediata.Dessa forma, chegamos atualidade vendo que a ao feminista no mais se comporta apenas na formao de movimentos organizados. Sendo assim, a inteno de se pensar sobre as necessidades da mulher no mais atravessa a dificuldade de se criar um projeto amplo e universalista. Entre as grandes e pequenas demandas, as mulheres observam que a conquista de sua emancipao abre portas para a compreenso e a resoluo de outros novos desafios.

Movimento Feminista no Brasil Hoje

Feministas tm como algumas de suas bandeiras o reconhecimento dos direitos econmicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres. O movimento feminista brasileiro conquistou, nas ltimas dcadas, a ampliao dos direitos da mulher. As aes do movimento feminista foram decisivas para articular o caminho da igualdade entre os gneros que, apesar de todos os avanos, ainda no plenamente garantida.Assim, ao entrar na segunda dcada do sculo 21, as feministas tm em sua pauta de reivindicaes pontos como: Reconhecimento dos direitos econmicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres; Necessidade do reconhecimento do direito universal educao, sade e previdenciria; Defesa dos direitos sexuais e reprodutivos; Reconhecimento do direito das mulheres sobre a gestao, com acesso de qualidade concepo e/ou contracepo; Descriminalizao do aborto como um direito de cidadania e questo de sade pblica.Alm desses temas, um em especial tem ganhado por suas estatsticas: a violncia contra a mulher. A cada dois minutos, cinco mulheres so espancadas no Pas, de acordo compesquisa da Fundao Perseu Abramo (Mulheres Brasileiras e Gnero nos Espaos Pblico e Privado), realizada em 25 estados, em 2010. No levantamento, constatou-se que 11,5 milhes de mulheres j sofreram tapas e empurres e 9,3 milhes sofreram ameaas de surra.No entanto, as agresses diminuram entre 2001 e 2010. Anteriormente, oito mulheres eram agredidas a cada dois minutos. Um dos motivos para essa diminuio foi a elaborao daLei Maria da Penha, que garante proteo legal e policial s vitimas de agresso domstica. Qualquer pessoa pode comunicar a agresso sofrida por uma mulher polcia, a despeito da vontade da mulher em faz-lo.O movimento feminista brasileiro pode contar com os esforos da Secretaria de Polticas das Mulheres, que atua no apenas pela reduo da desigualdade dos gneros, mas tambm para ajudar na reduo da misria e de pobreza para, assim, garantir a autonomia econmica das brasileiras.

Histrico de lutas e conquistas

A histria do movimento feminista possui trs grandes momentos. O primeiro foi motivado pelas reivindicaes por direitos democrticos como o direito ao voto, divrcio, educao e trabalho no fim do sculo 19. O segundo, no fim da dcada de 1960, foi marcado pela liberao sexual (impulsionada pelo aumento dos contraceptivos). J o terceiro comeou a ser construdo no fim dos anos 70, com a luta de carter sindical.No Brasil, o movimento tomou forma entre o fim do sculo 18 e incio do sculo 19, quando as mulheres brasileiras comearam a se organizar e conquistar espao na rea da educao e do trabalho. Nsia Floresta (criadora da primeira escola para mulheres), Bertha Lutz e Jernima Mesquita (ambas ativistas do voto feminino) so as expoentes do perodo.As brasileiras obtiveram importantes conquistas nas primeiras dcadas do sculo 19. Em 1907, eclode em So Paulo a greve das costureiras, ponto inicial para o movimento por uma jornada de trabalho de 8 horas.Em 1917, o servio pblico passa a admitir mulheres no quadro de funcionrios. Dois anos depois, a Conferncia do Conselho Feminino da Organizao Internacional do Trabalho aprova a resoluo de salrio igual para trabalho igual.J a dcada de 30 foi marcada por avanos no campo poltico. Em 1932, as mulheres conquistam legalmente o direito ao voto, com oCdigo Eleitoral. Apesar da importncia simblica dessa conquista, poca, foram determinadas restries para o exerccio desse direito. Foi s com a Constituio de 1946 que o direito pleno ao voto foi concedido.Mesmo assim, um ano aps de conquistado o direito ao voto, em 1934, Carlota Pereira Queirz torna-se a primeira deputada brasileira. Naquele mesmo ano, a Assembleia Constituinte assegurava o princpio de igualdade entre os sexos, o direito ao voto, a regulamentao do trabalho feminino e a equiparao salarial entre os gneros.Com a ditadura do Estado Novo, em 1937, o movimento feminista perde fora. S no fim da dcada seguinte volta a ganhar intensidade com a criao da Federao das Mulheres do Brasil e a consolidao da presena feminina nos movimentos polticos. Mas logo vem outro perodo ditatorial, a partir de 1964, e as aes do movimento arrefecem, s retornando na dcada de 70.Um dos fatos mais emblemticos daquela dcada foi a criao, em 1975 (Ano Internacional da Mulher), do Movimento Feminino pela Anistia. No mesmo ano a ONU, com apoio da Associao Brasileira de Imprensa (ABI), realiza uma semana de debates sobre a condio feminina. Ainda nos anos 70 aprovada a lei do divrcio, uma antiga reivindicao do movimento.Nos anos 80, as feministas embarcam na luta contra a violncia s mulheres e pelo princpio de que os gneros so diferentes, mas no desiguais. Em 1985 criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), subordinada ao Ministrio da Justia, com objetivo de eliminar a discriminao e aumentar a participao feminina nas atividades polticas, econmicas e culturais.O CNDM foi absorvido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher, criada em 2002 e ainda ligada Pasta da Justia. No ano seguinte, a secretaria passa a ser vinculada Presidncia da Repblica, com status ministerial, rebatizada de Secretaria de Polticas para as Mulheres.

CASOS EM DESTAQUE

1) Em 2011, foram notificados no Sinan (Sistema de Informao de Agravos de Notificao) do Ministrio da Sade 12.087 casos de estupro no Brasil, o que equivale a cerca de 23% do total registrado na polcia m 2012, conforme dados doAnurio 2013 do Frum Brasileiro de Segurana Pblica (FBSP);2) Para 70% da populao, a mulher sofre mais violncia dentro de casa do que em espaos pblicos no Brasil: entre os entrevistados, de ambos os sexos e todas as classes sociais, 54% conhecem uma mulher que j foi agredida por um parceiro e 56% conhecem um homem que j agrediu uma parceira. E 69% afirmaram acreditar que a violncia contra a mulher no ocorre apenas em famlias pobres. Dados de uma pesquisa de opinio indita, realizada pelo Data Popular e Instituto Patrcia Galvo, em 2013;3) De 1980 a 2010, foram assassinadas no pas perto de 91 mil mulheres, 43,5 mil s na ltima dcada. O nmero de mortes nesses 30 anos passou de 1353 para 4297, o que representa um aumento de 217,6% mais que triplicando nos quantitativos de mulheres vtimas de assassinato. De 1996 a 2010 as taxas de assassinatos de mulheres permanecem estabilizadas em torno de 4,5 homicdios para cada 100 mil mulheres. Esprito Santo, com sua taxa de 9,4 homicdios em cada 100 mil mulheres, mais que duplica a mdia nacional e quase quadruplica a taxa do Piau, estado que apresenta o menor ndice do pas. Entre os homens, s 14,7% dos incidentes aconteceram na residncia ou habitao. J entre as mulheres, essa proporo eleva-se para 40%, conforme Mapa da Violncia 2012 Instituto Sangari (abril de 2012);4) Duas em cada trs pessoas atendidas no SUS em razo de violncia domstica ou sexual so mulheres; em 51,6% dos atendimentos foi registrada reincidncia no exerccio da violncia contra a mulher, conforme Mapa da Violncia 2012 Instituto Sangari (abril de 2012);5) Conforme Conselho Nacional de Justia (CNJ), a aplicao da Lei Maria da Penha fez com que fossem distribudos 685.905 procedimentos, realizadas 304.696 audincias, efetuadas 26.416 prises em flagrante e 4.146 prises preventivas, entre 2006 e 2011.6) Percepes sobre a Violncia Domstica contra a Mulher no Brasil (Instituto Avon/Ipsos, 2011): -Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vtima de violncia domstica; - Machismo (46%) e alcoolismo (31%) so apontados como principais fatores que contribuem para a violncia; - 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu contedo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso; - 52% acham que juzes e policiais desqualificam o problema.7) Cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violncia no decorrer de sua vida. As mulheres de 15 a 44 anos correm mais risco de sofrer estupro e violncia domstica do que de cncer, acidentes de carro, guerra e malria, de acordo com dados do Banco Mundial;8) Na Austrlia, no Canad, em Israel, na frica do Sul e nos Estados Unidos, 40% a 70% das mulheres vtimas de homicdio foram mortas pelos parceiros, de acordo com a Organizao Mundial da Sade. Na Colmbia, a cada seis dias uma mulher morta pelo parceiro ou ex parceiro;9) Calcula-se que, em todo o mundo, uma em cada cinco mulheres se tornar uma vtima de estupro ou tentativa de estupro no decorrer da vida. A prtica do matrimnio precoce uma forma de violncia sexual comum em todo o mundo, especialmente na frica e no Sul da sia. As meninas so muitas vezes foradas a se casar e a manter relaes sexuais, o que acarreta riscos para a sade, inclusive a exposio ao HIV/AIDS e a limitao da frequncia escola;10) Na Repblica Democrtica do Congo, aproximadamente 1100 estupros so relatados todo ms, com uma mdia de 36 mulheres e meninas estupradas todos os dias. Acredita-se que mais de 200 mil mulheres tenham sofrido violncia sexual nesse pas desde o incio do conflito armado; 11) O estupro e a violao sexual de mulheres e meninas permeia o conflito na regio de Darfur, no Sudo;12) Entre 250 mil e 500 mil mulheres foram estupradas durante o genocdio de 1994 em Ruanda;13) A violncia sexual foi um trao caracterstico da guerra civil que durou 14 anos na Libria;14) Durante o conflito na Bsnia, no incio dos anos 1990, entre 20 mil e 50 mil mulheres foram estupradas;15) Exciso/Mutilao Genital Feminina (E/MGF): refere-se a vrios tipos de operaes de mutilao realizadas em mulheres e meninas. Estima-se que mais de 130 milhes de meninas e mulheres que esto vivas hoje foram submetidas E/MGF, sobretudo na frica e em alguns pases do Oriente Mdio. Estima-se que 2 milhes de meninas por ano esto sob a ameaa de sofrer mutilao genital;16) Assassinato por dote: uma prtica brutal, na qual a mulher assassinada pelo marido ou parentes deste porque a famlia no pode cumprir as exigncias do dote pagamento feito famlia do marido quando do casamento, como um presente nova famlia da noiva. Embora os dotes ou pagamentos semelhantes predominem em todo o mundo, os assassinatos por dote ocorrem sobretudo na frica do Sul.17) Em muitas sociedades, vtimas de estupro, mulheres suspeitas de praticar sexo pr-matrimonial e mulheres acusadas de adultrio tm sido assassinadas por seus parentes, porque a violao da castidade da mulher considerada uma afronta honra da famlia. O Fundo de Populao das Naes Unidas (UNFPA) estima que o nmero anual mundial do chamado homicdio em defesa da honra pode chegar a 5 mil mulheres;18) Entre 500 mil e 2 milhes de pessoas so traficadas anualmente em situaes incluindo prostituio, mo de obra forada, escravido ou servido, segundo estimativas. Mulheres e meninas respondem por cerca de 80% das vtimas detectadas;19) A violncia antes e durante a gravidez tem graves consequncias para a sade da me e da criana. Leva a gravidezes de alto risco e problemas relacionado gravidez, incluindo aborto espontneo, trabalho de parto prematuro e baixo peso ao nascer. O infanticdio feminino, a seleo pr-natal do sexo e o abandono sistemtico das meninas esto disseminados no Sul e Leste Asiticos, no Norte da frica e no Oriente Mdio;20) No Canad, mulheres indgenas so cinco vezes mais propensas a morrer como resultado da violncia do que as outras mulheres da mesma idade;21) Na Europa, Amrica do Norte e Austrlia, mais da metade das mulheres portadoras de deficincia sofreram abuso fsico, em comparao a um tero das mulheres sem deficincia;22) A violncia contra as mulheres detidas pela polcia comum e inclui violncia sexual, vigilncia inadequada, revistas com desnudamento realizadas por homens e exigncia de atos sexuais em troca de privilgios ou necessidades bsicas.

PESQUISA DO IPEA E AS MULHERES QUE GOSTAM DE APANHAR BASEADO NO TEXTO DE MARIANA LUPPI

A polmica pesquisa do IPEA sobre violncia sexual e domstica ficou conhecida principalmente por um erro que tornou exorbitante o nmero de pessoas que consideram que h mulheres que merecem ser estupradas. Com a correo do instituto, algumas pessoas pareceram aliviadas, outras, como em geral as feministas, ainda consideraram 26% um absurdo.Curiosamente no se atentou para um detalhe: o erro no foi aleatrio, foi uma TROCA de resultados. Da, temos que alguns resultados sobre a violncia domstica assumiram nmeros escandalosos:

A violncia domstica um problema social epidmico. No toa h hoje uma lei especfica contra ele. Ocorre que, apesar disso, recai-se em muitos erros ao pensar esse problema.Em primeiro lugar, h um mito de que o agressor necessariamente um homem violento em todas as suas relaes sociais, incapaz de afeto, no tem virtudes, muito provavelmente um alcolatra desempregado. E no o caso. Um agressor pode ser um homem comum, respeitado nos seus crculos, carinhoso na frente dos outros, inseguro muitas vezes (pode manifestar essa insegurana com cimes), pode chorar depois de cada agresso, pode ter um bom emprego. Na verdade nesses casos que fica mais difcil qualquer tipo de denncia, pois em geral a sociedade desqualifica o discurso da vtima.A culpabilizao da vtima comum em qualquer caso de agresso machista. Em parte a denncia desqualificada, inclusive nas delegacias da mulher Brasil afora, porque os crimes acontecem em esferas privadas, porque as mulheres no tem como provar (a violncia psicolgica no deixa marcas, embora esteja tipificada na lei Maria da Penha) ou demoraram muito tempo para denunciar, por vergonha ou medo. Medo, alis, que no parece ser muito vislumbrado por 65% que acham que as agredidas gostam de apanhar. A agresso fsica traumatiza, cala, cria mecanismos psicolgicos de escape. O medo da prxima agresso, o medo de ser morta coloca a mulher em uma posio passiva, de imobilidade.Tambm a colocam nessa posio a falta de solidariedade de parentes (que no quereriam ver a famlia destruda), a falta de perspectiva de uma punio ao agressor (afinal a justia incrimina poucos agressores, entre os j poucos denunciados) e ainda mais de afastamento permanente do agressor. A vergonha tambm pesa, isso parece tambm ser ignorado: vergonhoso estar em uma situao de submisso fsica, e a violncia psicolgica refora essa vergonha diminuindo a autoestima e independncia da mulher.No ignoremos tambm que h um fator econmico muitas vezes em questo. Muitas mulheres dependem financeiramente de seus maridos ou companheiros. Em geral culpabiliza-se a vtima ainda assim, entendendo que por falta de vontade que ela no tem independncia financeira. A realidade, no entanto, um pouco mais agressiva: alm de desestimuladas de estudar e trabalhar fora, principalmente se h filhos e o marido pode sustent-las, as mulheres tornam-se escravas domsticas (pois no h outro nome para trabalho trocado por comida e cama) e trabalham sim, mais de oito horas por dia. Mas no tm um centavo para sair de situaes de violncia quando essas ocorrem. H ainda as que trabalham, mas no recebem o suficiente para se sustentar e aos filhos, afinal tambm so comuns nichos femininos de subemprego.Por fim, cabe ainda lembrar que existe o chamado ciclo da violncia domstica, do qual difcil escapar, e que mantm tambm a mulher presa psicologicamente ao agressor. O ciclo composto de trs fases que se repetem em diferentes tempos e intensidades: 1) Momento de acirramento de tenses cotidianas, reclamaes e ameaas, a mulher se sente insegura; 2) Momento da agresso psicolgica ou diretamente fsica, que pode se intensificar com a repetio do ciclo; 3) Momento das desculpas do agressor, das promessas de no violncia, do carinho e das flores; o que abre caminho para mais um acirramento das tenses.O que precisa ser entendido que a mulher no tem dificuldade de sair desse ciclo porque burra, mas porque h um envolvimento emocional, alm de uma ideologia circulante de que ela no ser nada se no tiver um marido, filhos etc. Uma ideologia de que depende dela a felicidade da famlia, e ela tem que abrir mo de tudo para isso. Uma ideologia de que ela s ser completa quando tiver um homem e que o prazer dela mesma pode ficar em segundo plano. Faltam pesquisas que mostrem tambm como so cobrados das mulheres o casamento e a maternidade. Uma mulher agredida, para sair do ciclo, deve alm de tudo lidar com a alguma noo de que foi ela que fracassou.No entanto, a agresso existe em todas as classes sociais (e mesmo na intelectualidade, e mesmo na esquerda) e em qualquer tipo de relao pais que batem em filhas, filhos que batem em mes, irmo que batem em irms, namorados que batem em namoradas. E as mulheres se submetem no por fraqueza, ignorncia, muito menos por gostar de apanhar, como ficou destacado na pesquisa. As mulheres se submetem porque isso que esperado delas pela sociedade e pelos homens: que elas sejam passivas, obedientes e submissas.Para as mulheres que j foram agredidas, certamente o resultado dessa pesquisa em si mesmo violento. Uma mulher que j foi agredida tem medo de conhecer outras pessoas, de ter novos relacionamentos, de viver. Uma mulher que j teve que explicar um hematoma dizendo que bateu na porta tem vergonha sempre. Uma mulher que j foi julgada por uma violncia que ela mesma sofreu nunca mais questiona. Uma mulher que foi calada fica calada.A menos que as outras demonstrem sonoridade e que ela encontre a fora para denunciar na garantia de que ela ser a ltima; que ela saiba que ela no est sozinha e que haver mulheres para acolh-las, sabendo que no existe mulher que gosta de apanhar. Existe mulher humilhada demais para denunciar, machucada demais para reagir e ou pobre demais para simplesmente ir embora.

A MARCHA DAS VADIAS

A Marcha das Vadias um manifesto que comeou devido a um comentrio de um policial de Toronto, Canad, no ano de 2011. O referido policial afirmou que, para evitar os estupros que vinham acontecendo em uma universidade da cidade, as meninas deveriam parar de se vestir como sluts (vadias, em portugus). Nesse ano, iniciou-se, ento, a SlutWalk, em que mais de 3000 mulheres canadenses saram s ruas para protestar contra a culpabilizao das vtimas de estupro e outros tipos de violncia sexual. Este manifesto se espalhou pelo mundo todo, sendo reproduzido e ganhando destaque positivo e negativo na mdia. Este movimento defende o respeito incondicional mulher, quebrando a cultura de que, se a mulher usa roupas curtas ou que mostrem seu corpo, ela est pedindo para ser violentada. Tem-se muitas vezes essa mesma declarao quando mulheres so violentadas tarde da noite, se esto embriagadas ou em casos, por exemplo, em que as vtimas foram casa do homem que as violentou. Todas essas mulheres marcham por seu direito de ir e vir, seu direito de se relacionar com quem e da forma que desejarem e seu direito de se vestir da maneira que lhes convier sem a ameaa do estupro, sem a responsabilizao da vtima e sem sofrer nenhum tipo de humilhao, represso ou violncia. A motivao principal da Marcha das Vadias a situao, compartilhada por mulheres de todo o mundo, de cerceamento da liberdade e da autonomia, de medo de sofrer violncia e da objetificao sexual. (Marcha das Vadias DF, 2013.)

A abordagem do movimento chama ateno e gera polmica, j que as manifestantes saem s ruas semi-nuas, ou completamente nuas. O que, primeira vista, pode parecer contraditrio, j que usam a palavra respeito como um de seus maiores pilares. Porm, o que poucas pessoas procuram entender o motivo dessa abordagem to extrema. O que se prega nessa marcha, que a culpa nunca da vtima, no importa a maneira como esta esteja vestida ou no -, coisa que muitas vezes no levada a srio.

CONCLUSES

Aps os fatos histricos e estatsticos apresentados, possvel perceber que as mulheres ainda tm um grande desafio pela frente, at conquistarem toda igualdade e espao que buscam. Logo, o movimento possui grandes mritos no Brasil, como a conquista de direito ao voto e ao divrcio. No cenrio atual, destaca-se A Marcha das Vadias e sua atuao que pode ser chocante para algumas pessoas; e a Lei Maria da Penha e rgos governamentais, criados para proteger e assegurar o direito das mulheres. Como em todo movimento ideolgico, h os grupos que se destacam pela m difuso de ideias, ou pela difuso de ideias ms. No Feminismo, isso tambm acontece. Porm, caso se queira entender a luta, ideais e reivindicaes, sempre recomendvel buscar mais de uma fonte e mais de um lado da discusso. E, se for interessante, formar uma opinio. Mas sempre com base em argumentos slidos e muito questionamento relevante sobre o assunto. Ao manter-se essa atitude em relao a todo e ou qualquer assunto de interesse, formam-se cidados questionadores e pensantes, e cada vez mais prximos da verdade.

REFERNCIAS

1. Antifeminismo Feminismo conscincia, misoginia doena. Disponvel em: . Acesso em: 08 Jun. 2014.

2. Brasil Escola Histria do Feminismo. Disponvel em: . Acesso em: 10 Jun. 2014.

3. Brasil Escola Primeira Onda Feminista. Disponvel em: . Acesso em: 13 Jun. 2014.

4. Brasil Escola Segunda Onda Feminista. Disponvel em: . Acesso em: 13 Jun. 2014.

5. Brasil Escola Terceira Onda Feminista. Disponvel em: . Acesso em: 13 Jun. 2014.

6. Campanha do Secretrio Geral das Naes Unidas - Violncia contra as mulheres: a situao. Disponvel em: . Acesso em: 10 Jun. 2014.

7. Compromisso e Atitude.Org Alguns nmeros sobre a violncia contra a mulher. Disponvel em: . Acesso em: 10 Jun. 2014.

8. Conceito de Feminismo. Disponvel em: . Acesso em: 11 Jun. 2014.

9. Enigmtico Por que existem feministas? Disponvel em: . Acesso em: 09 Jun. 2014.

10. Feminismo Sem Demagogia Pesquisa do IPEA e as Mulheres que Gostam de Apanhar. Disponvel em: . Acesso em: 08 Jun. 2014.

11. Infoescola Feminismo. Disponvel em: . Acesso em: 11 Jun. 2014.

12. Mulheres contra o feminismo Ficar em Forma ou Engordar? A Luta Feminista a favor da Obesidade maquiada de Liberdade de Escolha. Disponvel em: . Acesso em: 09 Jun. 2014.

13. Marcha das Vadias Sobre. Disponvel em: . Acesso em: 08 Jun. 2014.

14. Portal Brasil Movimento Feminista. Disponvel em: . Acesso em: 11 Jun. 2014.

15. Wikipedia Feminismo. Disponvel em: . Acesso em: 10 Jun. 2014.