morte e luto

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MORTE E MORTE E LUTO LUTO UM TEMPO PARA UM TEMPO PARA CHORAR... CHORAR...

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fases luto

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  • MORTE E LUTO

    UM TEMPO PARA CHORAR...

  • Perda de um ente querido?SentimentosSensaes FsicasPensamentosComportamentos

  • Sentimentos comuns no processo de perda:Tristeza Raiva Culpa Ansiedade Solido Choque Anseio Alvio Torpor

  • Sensaes Fsicas sentidas aps a perda: Vazio no estmago Aperto no peito N na garganta Hipersensibilidade ao barulho Sensao de despersonalizao Fraqueza Falta de energia

  • Pensamentos habituais aps a perda: Descrena

    Confuso

    Preocupao

  • Comportamentos manifestados aps a perda: Distrbios do sono Distrbios do apetite Isolamento social Suspirar Chorar Guardar objectos que pertenciam pessoa falecida

  • Como que crianas e adolescentes enfrentam a perda At aos 5 anos de idade, a morte entendida como sendo reversvel. Nos primeiros anos de escolaridade as crianas comeam a entender a morte como um processo externo e inevitvel. Aps os 10 anos, a morte vista como um processo interno que permanente e universal.

  • importante que a criana absorva aspectos como:Universalidade todos vamos morrer;

    Irreversibilidade quando morre, no volta a viver;

    Causalidade morreu porque aconteceu alguma coisa.

  • As crianas devem ou no participar em funerais?O seu desejo dever ser respeitado.A participao neste ritual pode evitar ideias distorcidas.

  • A criana necessita de algum que a informe, escute e compreenda para que a sua adaptao perda se elabore adequadamente.

  • No caso dos adolescentes, a morte no uma preocupao imediata nesta fase da vida, faz parte de um futuro longnquo.

    Para o ajudar a fazer o seu luto devemos ouvi-lo e deixar que exteriorize os seus sentimentos, no interessa se de culpa, raiva ou simplesmente tristeza.

  • Evitamos falar sobre a morte

    No somos preparados para as perdas

    Na nossa sociedade continua a existir o tabu da mortePROCESSO DE LUTO

  • So vrias as circunstncias na vida que podem ser causadoras do luto:

    perda fsica

    perda de posio social ou do estatuto profissional.

    perda de objectos e animais com elevado valor afectivo...

    perda causada pela mortePERDA atribuio de uma elevada importncia efectiva

  • Luto :

    Uma experincia do nosso corpo do nosso esprito no sentido de nos libertarmos, com suavidade, de todos os laos de vinculao que mantnhamos com quem amvamos e de retomar nosso espao de alegria e felicidade na vida; () um perodo de tempo que necessitamos de viver, aps a perda de uma pessoa que nos era muito querida, para que todos os momentos belos que com ela partilhmos se tornem em doces e suaves memrias.

    (Jos Eduardo Rebelo)

  • Processo de luto :

    processo de transio e inevitvel adaptao perda influencia os indivduos que rodeiam o sobrevivente em apenas uma morte ocorrem mltiplas perdas no acontece de forma linear os episdios de recada so comuns e esperados individual O ritmo e o estilo de cada enlutado deve ser respeitado e compreendido.

  • O processo de luto tem sido descrito de acordo com diferentes modelos:

    Fases do lutoTarefas do lutoDimenses da perdaProcesso Duplo

    A compreenso destes modelos ajuda-nos a entender o seu impacto na pessoa enlutada.

  • Fases do luto

    John Bowlby utilizou a perspectiva Freudiana e teorizou que as respostas ao sofrimento tinham razes no instinto biolgico primrio de pertena.Esta tendncia divide-se em 3 estdios:

  • Torpor

    ChoqueO enlutado pode sentir-se como se estivesse desligado da realidadeA ausncia da pessoa falecida aparente em tudoNegao emocional da perdaO comportamento de procura comumO desespero instala-se quando se compreende que a pessoa perdida no regressarDesconcentrao, raiva, culpa, irritabilidade, ansiedade, inquietao e tristeza extrema

  • b) Desorganizao emocional

    Sensao de que o mundo parece vazio e desprovido de sentido O enlutado sente-se profundamente agitado e desorientado Manifesta ansiedade e medo, tristeza, agressividade O sobrevivente pode viver episdios depressivos Torna-se introvertido, isola-se do mundo, inclusivamente da famlia e dos amigos

  • b) Desorganizao emocional (cont.) Acaba por ficar triste e amargurado Assimilao destas emoes Sentimento de libertao em relao perda O desespero cede progressivamente o lugar aceitao da perda Aceitao com serenidade a perda resignando, com naturalidade os vnculos outrora gerados.

  • c) Reorganizao emocional

    Extino da dor da perda

    Os antigos padres de vida so abandonados

    Adoptam-se novos padres sem a participao da pessoa falecida

    A pessoa em luto entra na fase de resoluo ou reorganizao

  • Ocorre a identificao saudvel com o falecido

    Regresso a uma vida psicolgica normal

    A sequncia do processo de luto apresentada, no absolutac) Reorganizao emocional (cont)

  • 2. Tarefas do luto

    O luto tambm pode ser descrito como uma srie de tarefas que se sobrepem, a serem realizadas pela pessoa em luto

    Este modelo confere mais nfase aos aspectos cognitivo, social e comportamental do luto

  • A adaptao perda envolve 4 tarefas bsicas:

    a) Aceitao da realidade da perda

    O comportamento de busca

    Negar a perda

  • b) Trabalho atravs da dor ou da mgoa Cortar com os sentimentos e negar que a dor est presente

    c) Adaptao ao ambiente sem a pessoa falecida A estratgia de coping para redefinir a perda Colocar em causa crenas e valores fundamentais

    d) Recolocao emocional da pessoa falecida e prosseguir com a vida

    essencial que o enlutado efectue estas tarefas antes do processo de luto estar completo

  • 3. Dimenses do luto

    Este modelo centra-se na forma como o luto afecta todas as dimenses da vida.

    Ele salienta que a perda exige muitas adaptaes

    Emocional As emoes intensas so vulgares

  • 3. Dimenses do luto (cont.)b) Social A perda sentida no quadro de uma rede social Pode provocar mudanas no estatuto e no papel

    c) Fsica Os sintomas fsicos so vulgares

    d) Estilo de vida A perda pode provocar mudanas importantes no estilo de vida

  • e) Prtica A perda pode afectar a capacidade de adaptao aos aspectos prticos da vida diria

    f) Espiritual A perda pode afectar a identidade, a auto-estima e o sentimento do valor prprio3. Dimenses do luto (cont.)

  • 4. Processo duplo

    A maioria das pessoas lida com o luto oscilando entre enfrentar a dor e evit-la

  • Luto antecipatrio Luto antecipatrio - a condio em que o indivduo vive respostas perda real ou potencial de uma pessoa, relao, objecto ou capacidade funcional antes da ocorrncia dessa perda.

    As pessoas que vivem o luto, inicialmente negam a potencial perda.

  • Ocorrem mudanas nos nveis de actividade, sono e hbitos alimentares

    Estas manifestaes so influenciadas por diversos factores, tais como, alterao dos processos familiares; o compromisso das interaces familiares; a rede de apoio, entre outros.Luto antecipatrio (cont.)

  • LUTO PATOLGICO

    Luto normal no necessita de tratamento

    Se o individuo no fizer:Desinvestimento no objecto perdidoInvestimento em novos objectos

    Quando o sujeito no realiza esta tarefa produz um luto patolgico

    Luto patolgico tem duas razes de ser: a relao no foi suficientemente vivida o indivduo prefere viver num falso pressuposto

  • O luto patolgico ou complicado pode apresentar: Reaces tardias depois da negao prolongada Hiperactividade sem sentimentos de perda Sintomas delirantes hipocondracos iguais aos do paciente Ideias delirantes paranides ou de negao da morte do ser querido Patologia psicossomtica

  • Perda continuada das relaes sociais Depresso severa com sintomas de agitao Condutas auto destrutivas Outros

    Algumas pessoas podem iniciar o processo de luto mas permanecer no mesmo, sem o resolverO luto patolgico ou complicado pode apresentar:

  • GRUPOS DE APOIO (Objectivos)

    Apoio pessoa e famlia em luto, auxiliando a todos os que viveram e vivem a perda de pessoas amadas e aos que com eles se sentem solidrios.

    Ajudar as pessoas em luto a entender a sua dor incontornvel, para que no se fechem em si mesmas, envoltas na sua revolta e encontrem novos estmulos na sua vida.

    Ajudar estas pessoas a sentirem que no sofrem sozinhas, que no foram esquecidas nem so diferentes dos outros, ajudando-as a reencontrar alguma serenidade e a aprender a viver com uma ferida que nunca sarar totalmente.

  • Os grupos de apoio oferecem s pessoas em luto a oportunidade de se encontrarem, de poderem falar e ajudar-se, por:

    Permanncia de acolhimento e de escuta;

    Cartas e conversas telefnicas;

    Grupos de entreajuda;

    Reunies e jornadas de amizade;

    Paginas de Internet.

  • Exemplos de alguns grupos de apoio:

    APELO

    ANCORA

  • Na nossa sociedade o tabu da morte persiste, grande o medo e silncio que existe quando se fala da morte ou do sofrimento que esta causa a quem sobrevive.

    Na maioria das vezes, de forma a nos defendermos, fugimos destes sentimentos e somos, por vezes, piedosamente encorajados a faz-lo.CONCLUSO

  • CONCLUSO Com este trabalho possvel compreendermos a importncia de deixar o enlutado exprimir os seus sentimentos e a importncia de ns, enquanto futuros enfermeiros, aceitarmos as necessidades do enlutado, encoraj-lo na expresso destes, compreender a sua dor e acima de tudo no o julgar.

  • CONCLUSO At mesmo os profissionais de sade que so os que mais contactam com a morte e o luto no esto preparados para ajudar as pessoas enlutadas. Somente h poucos anos surgiu a necessidade de formao nesta rea devido importncia finalmente reconhecida dos cuidados paliativos organizados.

  • CONCLUSO Assim sendo, h um despertar para as reaces vrias e sucessivas das pessoas enlutadas e como o enfermeiro pode ajudar-se a si para tambm superar o luto.