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A MORTE NAS RELIGIÕES

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A MORTE NAS RELIGIÕES

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Um dos sentimentos humanos mais

perturbadores é o medo da morte. Há quem

afirme que tal medo foi a pedra inicial

sobre a qual se fundamentou a cultura.

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O medo de enfrentar esse momento

acompanha o homem desde a infância. Um

temor provocado por inúmeras dúvidas.

Será que vai doer? Vou encontrar de novo

com minha família? Existe vida após a

morte?

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Homem e a Morte

O homem já estava deitado

Dentro da noite sem cor.

Ia adormecendo, e nisto

À porta um golpe soou.

Não era pancada forte.

Contudo, ele se assustou,

Pois nela uma qualquer coisa

De pressagio adivinhou.

Levantou-se e junto à porta

- Quem bate? Ele perguntou.

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- Sou eu, alguém lhe responde.

- Eu quem? Torna. – A Morte sou.

Um vulto que bem sabia

Pela mente lhe passou:

Esqueleto armado de foice

Que a mãe lhe um dia levou.

Guardou-se de abrir a porta,

Antes ao leito voltou,

E nele os membros gelados

Cobriu, hirto de pavor.

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Mas a porta, manso, manso,

Se foi abrindo e deixou

Ver – uma mulher ou anjo?

Figura toda banhada

De suave luz interior.

A luz de quem nesta vida

Tudo viu, tudo perdoou.

Olhar inefável como

De quem ao peito o criou.

Sorriso igual ao da amada

Que amara com mais amor.

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- Tu és a Morte? Pergunta.

E o Anjo torna: - A Morte sou!

Venho trazer-te descanso

Do viver que te humilhou.

-Imaginava-te feia,

Pensava em ti com terror...

És mesmo a Morte? Ele insiste.

- Sim, torna o Anjo, a Morte sou,

Mestra que jamais engana,

A tua amiga melhor.

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E o Anjo foi-se aproximando,

A fronte do homem tocou,

Com infinita doçura

As magras mãos lhe cerrou...

Era o carinho inefável

De quem ao peito o criou.

Era a doçura da amada

Que amara com mais amor.

Manuel Bandeira

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“ Ninguém quer morrer, entretanto, todo

mundo morre. É uma eterna contradição. A

religião oferece às pessoas uma esperança

de que a vida não termina”.

(Renold Blank – prof. teologia Fac. de São Paulo)

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O que é a morte?

“Parar de viver”, ou “aquilo que cada pessoa aprende

que ela é”.

As tentativas científicas, ou mesmo religiosas, de

conceituá-la vão falhar indefinidamente. No fim das

contas, o bem-estar com relação à morte depende da

força com que se acredita no que ela é.

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O que acontece quando a vida humana finda?

As pessoas ressuscitam ou reencarnam?

E depois?

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Em todas as religiões a morte não representa o fim

Crenças cristãs – é uma passagem, uma transcrição

para uma nova vida.

Espiritismo e Judaísmo – uma etapa na evolução do

espírito.

Um cético (no sentido mais estrito) acredita que após

a vida, nada existe. Não há arrependimento, não há

saudade, não há lamentos.

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O paraíso é usado como forma de controle do que se

faz em vida. Somente aqueles que se comportaram de

um modo coerente com sua religião podem adentrá-lo.

Aqueles que foram “pecadores” têm outro destino. No

caso do catolicismo, você pode fazer todas as

“maldades” que desejar em vida, desde que no último

segundo se arrependa verdadeiramente. A idéia da

vida após a morte é uma forma inteligente de

controlar o comportamento das pessoas.

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Filosofia - A sobrevivência do espírito humano à morte do

corpo físico e a crença na vida e no julgamento após a morte

já era encontrada na filosofia grega, em especial em Pitágoras,

Platão e Plotino. Já Sartre, filósofo francês, defendia que o

indivíduo tem uma única existência. Para ele, não há vida

nem antes do nascimento e nem depois da morte.

Doutrina niilista - Sendo a matéria a única fonte do ser, a

morte é considerada o fim de tudo.

Doutrina panteísta - O Espírito, ao encarnar, é extraído

do todo universal. Individualiza-se em cada ser durante a

vida e volta, com a morte, à massa comum.

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Dogmatismo Religioso - A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte. Os que morreram em 'pecado' irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso.

Budismo -prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o

espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres

vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta.

Hinduísmo – a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos,

palavras e atitudes. Quando o corpo morre ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de outra pessoa ou para um animal.

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Islamismo - Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os

mortos no último dia. As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará

depois da avaliação divina. Esta vida seria então uma preparação para

outra existência, seja no céu ou no inferno.

Espiritismo - Defende a continuação da vida após a morte num novo

plano espiritual ou pela reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam

o bem, evoluem mais rapidamente

Igreja evangélica - Acreditam no julgamento, na condenação (céu

ou inferno) e na eternidade da alma.

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Igreja Adventista do Sétimo Dia - os mortos dormem

profundamente até o momento da ressurreição. Quem cumpriu seu papel na

Terra recebe a graça da vida eterna, do contrário desaparece.

Igreja Batista -Crêem na morte física e na morte espiritual.

Catolicismo - A vida depois da morte está inserida na

crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório.

Judaísmo - Crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato

claro da vida após a morte, e nem mesmo se existe de fato.

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Candomblé- Vê o poder de Deus em todas as coisas e,

principalmente na natureza. Morrer é passar para outra dimensão e

permanecer junto como os outros espíritos, orixás e guias.

Umbanda - Sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos

afros e orientais. Como não existe uma unidade ou um 'livro sagrado',

alguns umbandistas admitem o céu e o inferno dos cristãos, enquanto

outros falam apenas em reencarnação e Carma.

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RITOS FÚNEBRES

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Há naturalmente os ritos e os

rituais, complexos e envolventes,

que devem ser respeitados em todas

as culturas.

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Há 50 mil anos que existe os Ritos Fúnebres

até chegar a atualidade, todos os rituais

funerários que hoje se praticam estão baseado em

crenças e costumes dos tempos primitivos. Todos

temos incorporados no subconsciente estes Ritos e

Costumes que a modernização foi transformando.

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Os Ritos Fúnebres estão dividido em duas grandes

épocas:

A primeira baseada no temor, onde todos os riscos

estavam vinculados a crença de que se estas

cerimônias não agradassem aos defuntos estes

ficariam na terra e não poderiam descansar na

eternidade.

A segunda baseada no sentimento de que todos os

ritos e cerimônias eram para honrar o ente querido.

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Etiqueta Funeral no Japão

A vigília continua toda a noite e por muito tempo, , entre membros da família, os parentes, os conhecimentos e outras pessoas, para passar uma última noite com os defuntos antes que ou estejam sepultado

O Dinheiro de Condolência

Tributo de flores

Mensagem De Condolencia

Queima do incenso para o repouso da alma partida

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Curiosidades dentro dos costumes japoneses

Os japoneses costumam dizer antes de saborear o prato do dia a palavra "itadakimasu" que é uma forma de agradecer pela

refeição.

Durante a refeição, jamais crave os pauzinhos (HASHI) em uma tigela de arroz e deixe-os dessa forma. É uma das maiores gafes que se pode cometer, pois no Japão costuma-se cravar os HASHI na tigela de arroz para deixar no altar em oferenda aos mortos. Passar a comida de Hashi em Hashi para outra(s) pessoa(s), pode não ter um significado muito bom. De acordo com a tradição japonesa, em um funeral, após o corpo ter sido cremado, os parentes recolhem e passam para os outros os ossos do ente querido de Hashi em Hashi.

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RITOS FÚNEBRES TIBETANOS

No Tibet tradicional, antes da invasão chinesa, os cultos

fúnebres eram bem diferenciados: apenas os corpos dos

grandes lamas eram cremados e consagrados em pequenos

santuários denominados chörten (ou stupa, em sânscrito).

Já os corpos das pessoas comuns eram ofertados aos abutres

como alimento, não como falta de respeito, mas como um

derradeiro gesto de generosidade dos falecidos. Os tibetanos

costumam ser muito desapegados das coisas materiais, e não

viam muita utilidade em guardar um cadáver.

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As velas do oratório doméstico são acesas e o corpo colocado nas

proximidades do mesmo.

O rosto do(a) falecido(a) é coberto com um pano branco.

Queima-se incenso continuamente, junto à cabeceira do(a) falecido(a).

Um bonzo é chamado para a leitura dos sutras (textos sagrados).

Durante o velório, os presentes podem recitar os textos sagrados em coro.

Algumas escolas adotam a prática de depor oferendas de alimento e água

junto ao corpo, mas a Verdadeira Escola da Terra Pura não adota esse

procedimento.

Um ou vários bonzos são chamados para celebrar o rito das despedidas

finais antes de ser retirado o corpo do local do velório.

Podem ser apresentadas oferendas: alimentos vegetais, velas e incenso.

Aquele que participar de velórios e outros ritos fúnebres budistas deverá,

sempre que possível, portar um rosário budista.

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Significado dos rituais fúnebre

Para a tradição budista, o importante é cultivar os

sentimentos de gratidão em relação a tudo que

devemos a nossos familiares que se foram, e também,

aprender com o morto o que sua condição nos ensina

sobre a impermanência de todas as coisas e sobre a

inevitabilidade da morte – nosso destino comum. Os

rituais fúnebres só são válidos na medida em que eles

nos ajudam a tomar consciência dessas coisas.

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OS RITOS DO "ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO"

Segundo a tradição budista, no dia do falecimento começa um período de

49 dias denominado "estágio intermediário" (chûin em japonês, bardo em

tibetano), intervalo entre a morte e um novo nascimento no ciclo das

existências. Durante esse período, a família e os amigos se reunirão, no

lar ou no templo, e um bonzo celebrará os seguintes ritos:

Rito do 7º dia;

Rito do Primeiro Mês;

Rito do 35º dia;

Rito do 49º dia.

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A Morte e a Cultura Tradicional da China

Influenciada pelo confucionismo, pelo taoísmo e pelo budismo.

Nas expressões de luto e nos ritos de morte, encontramos

mais comumente traços do confucionismo, que possui

registrados todos os seus rituais em um de seus cinco livros

clássicos, no Li Chi (Livro dos Ritos).

O conceito de imortalidade da alma na cultura chinesa determina muitos dos rituais fúnebres que visam, acima de

tudo, o bem-estar da alma do morto e de seus descendentes

que continuam vivos.

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Durante um velório, as pessoas costumam queimar dinheiro, casas de

papel e bens materiais para assegurarem

a riqueza da alma; comidas como arroz, galinhas, vinhos, frutas e pães

são ofertados ao morto a fim de evitar-lhe a fome;

carpideiras são contratadas para ratificar e demonstrar a tristeza da

família;

cantores taoístas são contratados para, através de cânticos, embalar a

alma para o paraíso e evitar que esta se encaminhe ao inferno.

Geralmente um geomante tradicional é contratado para determinar a

localização e a arquitetura do túmulo, pois os chineses acreditam que é a

localização da sepultura que determinará o destino e o bem-estar dos

descendentes do morto.

As pessoas, principalmente as mulheres, são encorajadas a expressar

toda a sua tristeza e pesar durante a cerimônia( proibido depois do luto)

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O período de luto chinês tem a duração de 49 dias (durava 7 na

antiga China) e, neste espaço de tempo, são proibidos

casamentos, aniversários ou quaisquer comemorações. Os

membros da família devem vestir panos, listras ou faixas pretas

nos braços para demonstrar tristeza e uma cerimônia é elaborada

sete dias depois do funeral, e esta deve ser repetida

consecutivamente de sete em sete dias por sete vezes.

Muitos dos rituais estão impossibilitados de serem realizados,

pois o movimento Comunista se instaurou na China e sentenciou

que todos os corpos deviam ser cremados. As famílias de posse

que ainda conseguem enterrar seus mortos, têm que retirar seus

restos no período de sete a dez anos.

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Cerimônias Fúnebres da ilha indonésia de Bali.

Impregnada por rituais religiosos de todas as naturezas (nascimento, adolescência e de morte).

O grande objetivo da vida é a realização de uma “boa” cremação dos integrantes da família.

O defunto deve ser deixado na floresta durante 25 anos, para que ele possa expiar todos os seus defeitos e más ações. Após

esse período, a comunidade a comunidade organiza grandes ritos de cremação em massa.

O Rito tem início com o recolhimento dos ossos e com a organização deles em um sarcófago .

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Durante a cerimônia de cremação são feitas oferendas

pela comunidade e algumas danças típicas são encenadas

pelos dançarinos. Então, todos os homens se unem e dão

várias voltas no sarcófago para confundir o espírito e

assegurar que ele não retornará para sua casa. Só aí é

que o corpo começa a ser queinado.

Com a destruição do corpo, a alma do falecido é

finalmente liberada para o convívio de seus ancestrais; o

que representa um momento de grande felicidade para a

comunidade. As cinzas são, então, atiradas ao mar.

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A Morte na Irlanda Os irlandeses têm a morte (ou pelo menos a idéia de morte) presente em

suas conversas diárias, nas suas piadas e brincadeiras. O funeral é

mencionado e planejado diversas vezes pelo ser em vida e é o senso de

humor o grande aliado de um irlandês contra a morte.

Os velórios se configuravam como grandes acontecimentos sociais, com

bebida, dança, diversão, e são largamente freqüentados por toda a

comunidade.

Acreditavam, também, ser necessário deixar uma janela aberta na hora do falecimento para que a alma pudesse escapar com mais facilidade

para o ''mundo dos mortos''.

uma peculiaridade na ''diversão'' dos velórios irlandeses, onde também o

corpo do morto pode entrar nas brincadeiras.

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As Cremações na Índia

Na religião hindu é costume, após a morte de uma pessoa, a incineração

de seu corpo.

Fogo como um caráter purificante .

As chamas são encarregadas de liberar a alma individual de seu

envoltório terreno e de levá-la até o céu para sua união com a alma

universal ou para permanecer no sansara, ciclo do renascer.

A cremação se fazia antigamente, com madeira de sândalo.

O corpo é envolto em um pano branco para o caso de homens e outro rosa

para as mulheres e transportado em macas por seus familiares homens da

sua casa até o crematório

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Assistem a incineração geralmente somente os homens da família, os filhos varões do defunto vestidos com roupas brancas e a cabeça raspada em sinal de purificação.

Para complementar o rito funerário se acercarão da pira e o mais velho deles, depois de dar cinco voltas ao seu redor, acenderá o fogo.

Consumido o fogo, suas cinzas são recolhidas e espalhadas no Ganges ou em algum dos rios também sagrados, ou guardadas por algum familiar e levadas em sua peregrinação até um deles para arremessá-las ali..

Os familiares, uma vez completado o rito funerário, observarão para sua purificação um isolamento social, uma atitude de recolhimento, assim como uma dieta restrita que incluirá a cocção de alimentos de forma primitiva (fogo sobre a terra e caçarolas de barro).

Finalizando este período, que varia segundo os costumes (geralmente quinze dias), se convidará a família para um banquete simbolizador da

continuação da vida.

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Três casos em que a cremação do corpo não é efetuada:

Falecimento de uma criança, que neste caso será lançada no

rio;

Os corpos dos leprosos, por considerar que os sofrimentos

padecidos nesta vida os liberam da última purificação;

Quando se trate de sacerdotes ou santos, por acreditar que sua

vida dedicada à realização espiritual e à santificação o

tornem desnecessário.

As viúvas são reconhecidas por vestir um sari de cor branca

Geralmente não lhes é permitido voltar a casar e sua posição

social é difícil e um tanto ambígua.

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Rituais Islâmicos Pela tradição, os muçulmanos são sepultados no próprio dia

do falecimento, de preferência antes do pôr do Sol.

Familiares e amigos pertencentes ao mesmo sexo do falecido despem o cadáver e encarregam-se de o lavar, começando pelo lado direito.(ritual ghusl que antecede o salah )

Se o morto for do sexo feminino, o cabelo deverá ser apanhado numa trança.

Antes de se proceder à sua colocação no catre, o corpo é perfumado com cânfora. O morto deverá estar apoiado do lado direito, por forma a o rosto ficar voltado para a qiblah (Meca).”

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É comum as orações fúnebres serem ditas na mesquita,

imediatamente a seguir às orações salah .

O caixão deverá ser acompanhado pelos familiares e amigos do

morto, ocupados a recitar o shahadah en route.

O percurso até o cemitério deverá ser feito a pé, exceto se a

distância for muito grande.

Antes de dar início ao funeral, compete aos que estão de luto

expressar o seu niyyah ( intenção )., em seguida, procede-se à

récita do Subhãn ;

A prece deverá ser murmurada; antecedida por um outro

Allãhu Akbar, esta litania deverá ser repetida mais de duas

vezes;

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Depois de mais um takbïr, os presentes trocarão entre si o tradicional cumprimento muçulmano de „ A paz esteja convosco‟ ( As sãlamu-„alaykum ) aos que se encontrem à sua esquerda e à sua direita.

É considerado apropriado que todos os que participaram nas orações acompanhem a procissão fúnebre até junto à sepultura.

O caixão será colocado na cova ( a primeira parte a descer será a inferior ) ao som das seguintes palavras: “Em nome de Deus, pela graça de Deus e de acordo com sunnah do Profeta”. Ou ainda: “A terra te entregamos, em nome de Deus e da religião do Profeta”, “Da terra foste criado e à terra regressarás, até ao dia em que voltares a sair” ( sürah 20:55 ). Esta fórmula deverá ser recitada à medida que o caixão vai sendo coberto de terra.

Antes de abandonarem o cemitério, os presentes talvez digam o Fãtihah, que costuma ser repetido quando todos se encontram a uma distância de quarenta passos do túmulo.

As pessoas que lavaram o corpo do falecido(a), deverão ir para casa e tomar um banho de purificação por terem tocado no morto, o Islamismo considera impuro um corpo sem alma, durante o banho preces em intenção de purificação serão recitadas

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O Islamismo considera a morte uma coisa natural, e não há ritual de Luto.

A primeira noite é vista como a mais difícil para o falecido, então deve-se orar em intenção a alma, o que pode ser feito individualmente ou em conjunto na casa dos familiares.

No 2º e no 7º dia, missas são celebradas na Mesquita, é costume também celebrar no 30º, 40º e 60º dia bem como uma vez por ano.

Os familiares podem promover almoços e ou jantares na Mesquita em memória do(a) falecido(a).

Visitas ao cemitério são importantes para não se esquecer do falecido(a). Após o 40º dia se fazem as obras no túmulo, nenhuma imagem é adotada

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Rituais Judaicos Constatado com certeza o óbito, deve-se abrir as janelas do recinto,

tirar-lhe os adornos.

De acordo com a tradição mística judaica, a pessoa quando morre se encontra com o criador. E seria indecoroso contemplar a Presença Divina ao mesmo tempo em que observa as coisas mundanas

Fechando-se os olhos do(a) falecido(a) para o mundo físico, permite-se que ele os abra para a paz do mundo espiritual.

Geralmente é o filho quem pratica este ato, em lembrança das palavras confortantes de Deus ao patriarca Jacob: "Teu filho José colocará as mãos sobre teus olhos"( Gênesis 46:4 ).

Cobre-se o corpo com lençol branco.

Coloca-se cuidadosamente no chão ( no caso de um velório apropriado, em cima de uma mesa de pedra), com os pés voltados em direção à porta. Deve-se colocar algo sob sua cabeça, de tal forma que fique um nível levemente superior ao resto do corpo.

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Três velas deverão ser acesas no castiçal e mantidas até a saída do

féretro. As pessoas devem ler salmos em intenção à alma do falecido,

mencionar as virtudes e as boas ações dele.

A lei judaica ordena que o corpo seja sepultado o mais breve possível, de

preferência no mesmo dia.

O caixão é igual para todos os Judeus (respeitando-se o tamanho), ele

deve ser o mais simples possível, de madeira, na cor preta, e com o

símbolo da Estrela de David na cor branca estampada na parte superior

da tampa do caixão na altura da cabeça ou trabalhada em relevo. Esta

padronização e simplicidade simboliza que a morte iguala todos os

Homens, independente da condição social, cultural., idioma, que

adquiriram enquanto vivos.

Os Judeus não velam seus mortos com caixão aberto.

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No tocante ao envio de flores, este é um procedimento não

adotado pelo judaísmo ( misturar vida com morte), caso a

família receba deve aceitar e colocá-las numa sala próxima ao

velório e não levá-las ao cemitério.

Também não é costume se tocar nenhum tipo de música

durante o velório.

O corpo não deve ficar sozinho em hipótese nenhuma, de dia

ou de noite, e ninguém deve comer, beber ou fumar no recinto

em que ele se encontrar.

É costume entre os Judeus, não se cumprimentar os enlutados

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O critério religioso de entrada no cemitério é feita da seguinte forma: Mulheres grávidas e/ou lactantes não podem ir ao cemitério, critério dos Ashkenazim (Judeus Europeus). Para os Sefaradim ( Judeus Árabes) as mulheres em geral não podem entrar em um cemitério e tão pouco seguir o cortejo ( os Judeus consideram o cemitério um lugar impuro, e as mulheres devem ser preservadas).

Qualquer Judeu da linhagem dos sacerdotes (Cohen), não entram em cemitérios.

A entrada em um cemitério pela primeira vez, só é permitida aos órfãos.Caso um filho queira acompanhar um enterro de um amigo ou parente (exceto Pai e Mãe), ele só poderá entrar no cemitério (pela primeira vez), com o consentimento de seu pai, e mesmo assim só poderá fazê-lo acompanhado por ele pelas mãos.

O cortejo entrará no cemitério pela porta que tem o vão superior aberto simbolizando que por ali entram mortos e vivos.

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O caixão é levado ao velório onde prece (Salmo 16) é recitada e pelo oficiante em nome de todos desculpas formais são pedidas ao morto, se em vida alguém o destratou ou o desonrou, para que ele não leve mágoa para a sepultura.

Para os enlutados se rasgam as roupas (KERIÁ) na altura do peito. É um antigo e tradicional sinal de luto entre os Judeus.

Um filho homem não pode carregar o caixão de seu pai, mas pode carregar o da mãe.

O cortejo segue para a cova parando sete vezes, no percurso se recita o salmo 91;

O caixão é lentamente colocado na cova com a cabeça do(a) falecido(a) voltada para o Oriente...Jerusalém O oficiante joga três pás de terra recitando, do pó viestes ao pó retornas, "Porque és pó, e ao pó tornarás" (Gênesis 3:19).

Convida os presentes a fazerem a mesma coisa, a pá deverá ser fincada na terra, e não passada de mão em mão.

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Se convida os presentes a formarem duas colunas para que os

enlutados passem no meio,.

Antes de se sair do cemitério os Judeus tem por hábito de

lavar as mãos (NETILAT IADAIM )

Após lavarem as mãos, os Judeus deixam que elas se sequem

naturalmente, sem usar toalha.

A porta de saída é diferente da de entrada.

É costume dos Judeus, ao voltarem de um enterro, não irem

direto para casa, e sim parar em outro lugar para "despistar o

Anjo da Morte" e também comerem algo doce para tirar o

amargor do evento.

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Rituais Católicos Apostólicos Romanos

Os diferentes ritos dos funerais exprimem o caráter pascal da morte cristã e respondem às situações e tradições de cada região, mesmo com relação à cor litúrgica.

A escolha é feita dentro das condições financeiras da família. Para o cristão existe também a possibilidade de cremação do corpo.

O corpo do cristão é velado no cemitério, ou em casa ou na igreja. Normalmente se faz com caixão aberto, encimado por um crucifixo e ladeado por quatro velas acesas.

Envia-se coroas de flores com mensagem .

Durante o velório, pode-se cantar cantos religiosos, fazer orações e celebrar missa.

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Ao Padre cabe efetuar a "encomendação do corpo", com leituras

de textos sagrados do Novo Testamento. De acordo com a necessidade de consolar os enlutados, os

Católicos realizam, espontaneamente práticas de confortar, com palavras e gesto, dirigindo-se aos parentes e amigos, do fiel defunto.

Há a prática do luto num período que compreende 7 dias, 30 ou 1 ano de acordo com a vontade dos familiares.

Após o enterro, depois de 7 dias, é celebrada uma missa pela alma do falecido onde se reúnem parentes e amigos;

Os católicos adotam o dia 2 de novembro como dia de finados, para se reverenciar os mortos, mas nada impede que nesta data ou em qualquer outra os parentes e amigos visitem os túmulos, podem acender velas, levar flores e rezar pela alma do falecido.

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Rituais Evangélicos

Os Evangélicos condenam todo ritual ou cerimônia dirigida ao falecido(a).

O velório é dirigido para o bem estar mental, emocional e espiritual dos enlutados.

Não é permitido a presença de velas.

A presença do Pastor é importante.

A família decidirá em manter o caixão aberto ou fechado, e poderão, caso queiram, deixar o caixão sozinho.

A necessidade de consolar os enlutados é uma prática dos Evangélicos .

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Os Evangélicos procuram enterrar o mais rápido possível,

Chegando-se ao cemitério o cortejo seguirá diretamente para o local do sepultamento, com ou sem uma cerimônia litúrgica.

Na comunidade Evangélica, não há a prática do Luto.

Após o enterro, a liturgia Evangélica não prevê nenhuma cerimônia, ou seja, missas ou orações em intenção aos mortos. Tampouco prevê descerramento ou inaugurações de túmulos.

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Igreja Presbiteriana do Brasil

Velório dar-se-á na casa do falecido, local próprio, velório ou ainda nos

templos.

Acompanha-se a família, orando com ela e por ela, até o momento

derradeiro do sepultamento, e principalmente, após o sepultamento.

Estando no velório e antes da saída do cortejo, o ministro ou quem suas

vezes fizer, dirigirá a cerimônia que consta de hinos, orações, leitura e

explicação de uma porção bíblica.

O acompanhamento dar-se-á regularmente até o cemitério.

Antes de enterrar o corpo, é feita ainda uma oração e breves palavras

bíblicas são proferidas, seguindo-se a bênção apostólica.

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Cerimônias Pós Sepultamento: Por crerem que para o

servo de Deus "morrer é estar com Cristo, o que é

incomparavelmente melhor", (Filipenses 1.23), não

fazem cerimônias em favor ou em memória dos mortos.

Apenas agradecem a Deus aquela vida que Ele levou

e o bom exemplo que nos mostra.

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Mórmons

Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias

O velório é realizado na igreja ou outro local escolhido pela família.

Não é permitido velas, e nem há orações específicas em intenção à Alma.

Existe por parte da comunidade Mórmon a necessidade de consolar as

pessoas enlutadas. Palavras de conforto são dirigidas espontaneamente

pelos presentes.

Chegando ao cemitério são proferidas algumas preces para consolo da

família antes do sepultamento.

Não existe nenhuma cerimônia pós-sepultamento como missas

ou orações em intenção aos mortos.

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Rituais Espíritas Os Espíritas velam seus mortos tanto com caixão aberto como

fechado, dependendo da vontade da família.

O velório é dirigido ao espírito, onde os presentes permanecem em preces em intenção a Alma criando-se um clima de vibração positiva em favor ao espírito desencarnado.

Chorar questionando-se a justiça da morte, é considerado prejudicial a essa vibração positiva, bem como qualquer pensamento derrotista.

O espírito se liga ao encarnado pelos pensamentos por isso vibrações positivas são benéficas.

Música ambiente durante o velório é permitida, ajudando as vibrações positivas.

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Flores são recebidas embora não seja necessárias.

Os Espíritas não adotam o uso de velas.

As condolências são dirigidas aos enlutados ( apesar dos Espíritas não adotarem o Luto como prática), evitando-se a expressão "Meus Pêsames", e sim "Meus Sentimentos".

Chegando-se ao cemitério o cortejo seguirá diretamente para o local do sepultamento que será enterrado sem nenhuma cerimônia litúrgica.

Não há a prática do Luto.

Após o enterro, os Espíritas não prevêem nenhuma cerimônia, ou seja, missas ou orações em intenção aos mortos.

Sempre que desejam de acordo com o foro íntimo de cada um, rezam positivamente para pedir boas vibrações para os desencarnados, tampouco está previsto descerramento ou inaugurações de túmulos.

Quanto ao túmulo, os Espíritas não adotam imagens e este poderá ser feito de acordo com a vontade e posses dos familiares.

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católica

evangelica

mulçulmana

budismo

ortodoxa

metodista

atéu

não praticante

judeu

* Pesquisa etnográfica – quadro comparativo – praticante de religiões

- Total de entrevistados – 34 pessoas

Católica: 10

Budismo: 03

Evangélica: 03

Ortodoxa: 01

Metodista: 01

Judeu: 01

Ateu:01

Não praticante:12

Muçulmana : 02