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 FACULDADES INTEGRADAS CANDIDO RONDON DIRETORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS (Trabalho Final de Conclusão de Curso) DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA O CONTABILIST A NO AMBIENTE DOS SISTEMAS INTEGRADOS NÍVIA APARECIDA CUNHA Mo no gr af ia ap resent ad a a UN IRONDON - Fa cul dades Integra das Cândido Ron don, Diretoria Acadêmica e Coordenação do Curso de Ciências Contábeis, a título de “Trabalho Final de Conclusão de Curso” apresentada como requisito  parcial para obtenção do grau de Bacharelado em Ciências Contábeis. Cuiabá-MT 2003 UNIRONDON

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FACULDADES INTEGRADAS CANDIDO RONDON

DIRETORIA ACADÊMICA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

(Trabalho Final de Conclusão de Curso)

D E S A F I O S E P O S S I B I L I D A D E S P A R A OC O N T A B I L I S T A N O A M B I E N T E D O S

S I S T E M A S I N T E G R A D O S

N Í V I A A P A R E C I D A C U N H A

Monografia apresentada a UNIRONDON -Faculdades Integradas Cândido Rondon,Diretoria Acadêmica e Coordenação do Curso de

Ciências Contábeis, a título de “Trabalho Final deConclusão de Curso” apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharelado emCiências Contábeis.

Cuiabá-MT

2003

UNIRONDON

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FACULDADES INTEGRADAS CANDIDO RONDON

DIRETORIA ACADÊMICA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

(Trabalho Final de Conclusão de Curso)

D E S A F I O S E P O S S I B I L I D A D E S P A R A OC O N T A B I L I S T A N O A M B I E N T E D O S

S I S T E M A S I N T E G R A D O S

N Í V I A A P A R E C I D A C U N H A

Monografia apresentada a UNIRONDON -Faculdades Integradas Cândido Rondon,Diretoria Acadêmica e Coordenação do Curso deCiências Contábeis, a título de “Trabalho Final deConclusão de Curso” apresentada como requisito

 parcial para obtenção do grau de Bacharelado emCiências Contábeis.

Orientador:Prof. Esp. PEDRO ANTONIO FERREIRA

Cuiabá-MT

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UNIRONDON

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DEDICATÓRIA

Minha gratidão ao Prof. Pedro Antônio Ferreira pela

dedicação e incentivo.

Agradeço ainda a todos os colegas pelo apoio e

companheirismo no decorrer deste trabalho.

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“O fracasso é a oportunidade de

começar de novo, de maneira

inteligente” 

Henry Ford

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SUMÁRIO

FACULDADES INTEGRADAS CANDIDO RONDON .................................................1

DIRETORIA ACADÊMICA ............................................................................................ 1

COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ......................................1

 NÍVIA APARECIDA CUNHA ................................................................................. 1FACULDADES INTEGRADAS CANDIDO RONDON .................................................2

DIRETORIA ACADÊMICA ............................................................................................ 2

COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ......................................2

 NÍVIA APARECIDA CUNHA ................................................................................. 2INTRODUÇÃO .................................................................................................................6

CAPÍTULO I .....................................................................................................................8

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ...............................................................................8

1.1 A evolução das Tecnologias ....................................................................................91.2 O Gerenciamento e as Tecnologias de Informações ............................................. 111.3 Planejamento Estratégico ...................................................................................... 13

CAPÍTULO II ..................................................................................................................16

SISTEMAS INTEGRADOS ........................................................................................... 16

2.1 Integração de Sistemas .......................................................................................... 162.2 A atuação do Contabilista no Processo de implantação do Sistema Integrado .. .. .20

CAPÍTULO III ................................................................................................................ 24

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL – SIGE .......................... 24

3.1 Fatores que Conduzem ao SIGE ............................................................................243.2 SIGE – Vantagens e Desvantagens ....................................................................... 263.3 A questão do Tempo de Implantação .................................................................... 273.4 A Influência dos Sistemas ERP na contabilidade ..................................................28

CAPÍTULO IV ................................................................................................................ 31

A CONTABILIDADE E AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS RECENTES .............. 31

4.1 – Influência da Internet na Contabilidade ..............................................................314.2 – E-commerce e a Gestão Estratégica de Custos ................................................... 33

CAPÍTULO V ................................................................................................................. 36

AMBIENTE DIGITAL: A REALIDADE DA VIRTUALIDADE NO SISTEMA DEINFORMAÇÃO CONTÁBIL ......................................................................................... 36

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CONCLUSÃO .................................................................................................................41

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 43

INTRODUÇÃO

A competitividade atual tem forçado as organizações a buscarem eimplantarem novos modelos de gestão que as auxiliem na conquista de novos mercados

consumidores e, ainda, a permanência nestes. A Tecnologia da Informação é um recurso

que - estando em sintonia com as necessidades e objetivos dos usuários - possibilita

maior eficiência e eficácia no relacionamento interno e externo das organizações,

evidenciando, assim, agilidade e qualidade no processo da tomada de decisão.

A necessidade da busca pelas informações, bem como seu processo de

divulgação são características marcantes dos agentes de produção e comercialização de

  bens ou serviços em uma época caracterizada por intensa oferta de recursos que

 busquem o aprimoramento e eficácia no relacionamento entre fornecedores, empresas e

clientes. Desse modo conquista e permanência em um mercado, exige um

relacionamento mais estreito e eficaz entre os diversos agentes participantes

componentes de uma cadeia, exigindo-se para isto o uso de uma tecnologia que

 possibilite a melhor adequação ao ambiente em que se insere, por meio do oferecimento

de condições que propiciem o alcance dos objetivos inerentes e característicos a cada

organização.

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Este trabalho propõe um estudo das novas tecnologias de informações,

 bem como os novos modelos de gestão integrados que tem sido desenvolvido em função

destas tecnologias. A implantação da tecnologia da informação, condizente com a

realidade, permite maior adaptabilidade e competitividade.

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CAPÍTULO I

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Durante muito tempo Tecnologia da Informação foi tratada e

operacionalizada pelas empresas com base em uma visão muito estreita, que a situava

apenas no pequeno mundo de um CPD. Eram tempos em que a informática servia muito

mais aos propósitos do próprio órgão gestor da tecnologia que aos objetivos da empresa.

Muitos erros foram cometidos por conta do caráter elitista que a informática tinha,

 principalmente pelo distanciamento que os usuários mantinham daquele ambiente.

 No início da utilização da informática pelas empresas, esse caráter elitista

era quase justificável. Primeiro porque a tecnologia era caríssima, problemática para

manter, difícil de usar e causava muita dor de cabeça aos usuários. Assim, era natural

que os usuários olhassem para aquelas máquinas e seus técnicos com um misto de

respeito e revolta, afinal era um pessoal caro e especializado, que tanto podia resolver 

os problemas operacionais dele, usuário, como podia causar mais problemas. Aliás, essa

segunda hipótese era a mais comum, haja vista a dicotomia que não raro existia entre

usuário e analistas e programadores.

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1.1 A evolução das Tecnologias

Tecnologia da informação não se chamava assim no início de sua

utilização nas organizações. A tecnologia que começava a invadir as empresas tinha

outros nomes: computadores, sistemas de tratamento da informação, máquina de

 processamento de dados, sendo que o pior deles talvez tenha tido cérebro eletrônico.

Aliás, os primeiros computadores tinham menos de eletrônica que de eletromecânica.

Com o passar dos tempos, e com a evolução de tais sistemas, foi acontecendo uma

conjunção de várias especialidades na utilização do computador. Por isso essa mesmatecnologia já foi chamada de telemática para informática e outras denominações, até

adquirir a que tem hoje: Tecnologia da Informação.

O processo evolutivo das tecnologias é marcado por várias fases, dentre

elas destacam a Revolução Industrial e atualmente a Revolução da Informação.

A primeira fase da Revolução Industrial (segunda metade do séc.XVIII)

caracterizou-se pela invenção da máquina e por uma nova fonte de energia, o vapor. A

Segunda fase, (fins do séc. XIX) foi marcada pela incorporação de novos

conhecimentos e inventos no sistema produtivo e no dia-a-dia das pessoas, tais como o

automóvel, o avião, o telégrafo e o telefone, dentre outros. Sendo o telefone e o

telégrafo, os antepassados remotos dos atuais instrumentos de Tecnologia da

Informação. (Albertin, 1996)

A Revolução Tecnológica, conhecida como Terceira Revolução

Industrial, inicia-se um acirrado desenvolvimento de recursos capazes de maximizar e

incrementar o fluxo de dados relevantes.

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Brum, (1999) identifica a revolução tecnológica como sem precedentes e

extremamente veloz, em cuja vanguarda está o extraordinário desenvolvimento da

informática, que se incorpora cada vez mais em todas as atividades humanas. Graças ao

grande desenvolvimento da Informática, principalmente após a Segunda Guerra

Mundial, tem-se hoje, recursos de alta eficiência e adaptabilidade aos mais variados

ramos de organizações e, ainda mostram-se como tecnologias capazes de oferecer 

velocidade e precisão progressivas, identificando-se com o ambiente organizacional em

uma sociedade competitiva e, por isso, a cada dia mais exigente em termos de qualidade

em produtos, serviços e na satisfação nos relacionamentos. A convergência das

telecomunicações com a informática possibilitou mais agilidade das informações dentro

das cadeias produtivas e nos mercados financeiros, etc.

As organizações estão descobrindo a necessidade dos sistemas de

informação baseados em novas tecnologias, as quais proporcionam agilidade e

confiabilidade das informações para gerenciamento eficiente, efetivo e eficaz.

Sobretudo quando há uma sintonia entre usuário e tecnologia, possibilitando melhor 

aproveitamento dos recursos e melhores condições para o alcance dos objetivos da

organização.

De acordo com Stoner (1995), todas as funções da Administração -

  planejamento, organização, liderança e controle - são necessárias para o bom

desempenho da organização. Para apoiar essas funções, são de destacada importância os

sistemas que fornecem aos administradores informações que permitem interação com os

demais parceiros participantes em uma cadeia de suprimentos.

A tecnologia fornece alta velocidade e permite o manuseio de enormesvolumes de informação, dando forma concreta às redes. Permite transportar, voz ou

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imagem. Interliga computadores, bases de dados e aplicações. Elimina distâncias,

aproxima fonte e destino, integra organizações e traz qualidade de vida.

As tecnologias de informações exigem primordialmente uma adequação

às habilidades e necessidades dos recursos humanos e destes às inovações tão

características e freqüentes nos recursos de informações.

Segundo Gonçalves & Gomes (1993), a intensidade de reações que os

trabalhadores podem ter frente às inovações tecnológicas pode ser compreendido tendo

em vista a análise de dois efeitos individuais causados por este processo:

- Technostress – inabilidade de acompanhar as mudanças causadas

 pelo computador, de modo saudável;

- Cyberphobia – medo de computadores e coisas relacionadas a eles.

Muitos desses temores se deve à falta de experiência prática dos novos

usuários com o computador, o que os leva a temer serem considerados incompetentes,

cometerem erros ou mesmo perderem o controle.

Bahia (1995) expõe que a informação na sociedade moderna se relaciona

de tal modo que a sua inexistência ou a sua irregularidade produz um sentimento de

frustração coletiva e de involução social. Quanto mais freqüente, mais exata, mais

rápida a informação, maiores os benefícios sociais dela decorrentes.

1.2 O Gerenciamento e as Tecnologias de Informações

Desde a Revolução Industrial e, principalmente, a partir do período pós-

Segunda Guerra Mundial a sociedade vem experimentando um progresso tecnológico

em termos de velocidade jamais visto nas mais diversas áreas do conhecimento. A

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Tecnologia da Informação (T.I.) certamente foi uma das que mais se destacaram neste

tempo, o que possibilitou o desenvolvimento e aprimoramento de várias formas de

gerenciamento.

Assim, Albertin (1996) destaca que a tecnologia tem facilitado às

equipes, a combinação, de maneira mais flexível do tempo, da distância e da memória,

  permitindo que as habilidades presentes na empresa, independentemente de sua

alocação na estrutura organizacional, possam ser melhor utilizadas. Promove-se uma

redistribuição de poder, funções e controle, realocando-as onde são mais eficazes.

Tanto para especializar-se como para agilizar o relacionamento com os

fornecedores, e ainda, para melhor atender ao cliente, utilizam-se os sistemas de

informações e a automação comercial. Desta forma, as tecnologias de informações vêm

sendo utilizadas para aperfeiçoar a produtividade, reduzir custos e controlar toda uma

cadeia de suprimentos, como também para as atividades de gerência. As tecnologias de

informações têm transformado a forma de competição entre alguns setores, vistas sob

alguns aspectos, como:

• Ganhos de produtividade - Em que o uso da T.I. amplia os

horizontes do comércio varejista, elevando o grau de

conhecimento do negócio e, conseqüentemente, tornando mais

confiável o controle sobre as operações comerciais;

• Relacionamento entre a empresa e o fornecedor - O surgimento de

grandes lojas especializadas tem modificado a forma de consumo e

a distribuição de mercadorias na sociedade. As cadeias de

distribuição passam a colocar à disposição informações periódicas

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que confiram aos fabricantes dos produtos facilidade maior em

 produzir o que o consumidor espera encontrar nas lojas;

• Relacionamento entre empresa e cliente - A proximidade do

consumidor e as informações quanto ás suas necessidades e

  preferências, colhidas por meio da informatização dos

estabelecimentos e tendo como entrada de dados os terminais

(Ponto de Venda), trazem para o comércio a oportunidade de

conhecimento de seus usuários, prestando ao cliente um serviço

adequado, e os fornecedores focalizando a produção nos produtos

mais solicitados e identificando novas demandas por produtos e ou

serviços a serem desenvolvidos.

Filho (1994), destaca que todas as organizações estão voltadas para o

atendimento de interesses coletivos ou grupais, e, para tanto, precisam estar organizadas

 para atingirem os objetivos a que se propõem. Somente na medida em que cumprirem

satisfatoriamente suas finalidades, de maneira sustentável, é que as instituições

garantem sua existência e permanência no mercado.

1.3 Planejamento Estratégico

Para entender o que é um Plano Estratégico de Tecnologia da

informação, é necessário entender, antes, o que é um plano estratégico.

 No início dos anos 50, as empresas começaram a preocupar-se com um

tipo de inquietação para a qual, até então, não davam grande importância. Elas

começaram a se perguntar como, o que, quando e quanto deveria produzir para atender 

à demanda por seus produtos. A isto se deu o nome de problema estratégico, que

 basicamente tinha como causa a falta de sintoma entre o que as empresas produziam e o

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que o mercado estava disposto a consumir. Em resumo, tratava-se de saber 

antecipadamente onde, corno e quando a empresa deveria operar no futuro.

O plano estratégico deve ser construído por meio da análise dos pontos

fortes e dos pontos fracos da empresa. Os pontos fortes servem de base para traçar as

estratégias de desenvolvimento e criar os objetivos a serem alcançados, baseados no que

a empresa tem de melhor e que, por conseguinte, poderia levá-la ao sucesso com a

realização do plano. Já a análise dos pontos fracos serve para que a empresa trace a

estratégia de defesa, procurando minimizar os ataques que, porventura, venha a sofrer 

 por parte da concorrência sobre suas deficiências.

Com o passar do tempo a compreensão do problema estratégico sofreu

mudanças radicais e as soluções encontradas para equacioná-lo e resolvê-lo foram

ficando cada vez mais complexas. Hoje, com a economia globalizada, o problema

estratégico assumiu tamanha magnitude que, para se preparar para enfrentá-lo

corretamente, as empresas buscaram outras formas de prever o futuro. É o caso dos

métodos de planejamento, que usam cenários como forma de criar um plano que possa

estar preparado para enfrentar várias situações.

Segundo H. lgor Ansoff, autoridade mundial em planejamento e

administração estratégica, o planejamento estratégico está baseado na análise de três

aspectos fundamentais: os problemas administrativos oriundos das situações

operacionais, os processos que devem solucionar esses problemas administrativos e as

variáveis que os envolvem. Assim sendo, o planejamento estratégico teria como

  preocupação fundamental resolver apenas a parcela externa do problema chamado

  produção e não levaria em conta um aspecto mais abrangente de administração,

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 justamente por não se preocupar nem melhorar os pontos fortes e nem minimizar os

 pontos fracos da empresa.

Toda empresa interage com o ambiente que a cerca por meio de dois

tipos de comportamento, que embora distintos, se complementam para dar o caráter 

holístico que toda organização deve ter.

• O comportamento operacional, por meio do qual ela procura lucrar 

realizando as operações de compra de matérias-primas e venda de

seus produtos, aumentando a eficiência dos processos de produção

e conquistando mais e mais mercados.

• O comportamento estratégico, que busca melhorar ou substituir os

 produtos ou serviços produzidos atualmente por outros que lhe

dêem maior participação de mercado. Isso significa procurar 

resolver todos os problemas que possam afetar o futuro da

empresa por meio de ações cuidadosamente estudadas e criadas

com bastante antecedência.

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CAPÍTULO II

SISTEMAS INTEGRADOS

A busca pela eficiência e eficácia no meio organizacional, tendo como

meta a produção de bens ou serviços que satisfaçam o cliente final necessita de

disponibilidade de dados seguros e precisos sobre o mercado, clientes, fornecedores e

também a respeito da própria organização em sua atividade. Nesse sentido, optar pela

implantação ou implementação de um sistema de gestão que possibilite a integração

significa caminhar ao encontro de uma situação de maior controle das atividades da

organização em seus aspectos internos e externos.

2.1 Integração de Sistemas

A falta de um planejamento atualizado pode levar a área de informática a

ser um incômodo reduto de ineficiência e baixa qualidade na empresa. Tornam-se

comuns problemas como o alto custo de manutenção de software, a inconsistência de

informações geradas por diferentes sistemas, o desempenho ruim e o elevado índice de

falhas. Tudo isso tende a prejudicar, de alguma maneira, a competitividade no mercado.

A forma de evitar esses problemas é estabelecer um projeto de arquitetura corporativa.

Esse plano consiste basicamente num modelo de integração entre sistemas da empresa e

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num conjunto de padrões que orientam a seleção de pacotes, a implantação e a operação

de sistemas.

O modelo de integração entre sistemas é vital para possibilitar uma série

de benefícios, como reutilização de software, consistência de informações, simplicidade

de manutenção e flexibilidade para incorporar mudanças no futuro. O segundo

componente da arquitetura, o conjunto de padrões, é formado por regras que

 possibilitam a reutilização de hardware, software e especificações. A padronização

diminui a complexidade do ambiente. Como conseqüência, acarreta menor custo de

manutenção, agiliza a implantação de novas soluções nas corporações, além de reduzir 

o custo de operação, acelerar o aprendizado, melhorar o desempenho e diminuir o

número de falhas de software. Os padrões podem abranger vários domínios de

tecnologia da organização, como dados, rede de comunicação, segurança, hardware,

software básico, ferramentas de desenvolvimento e ferramentas de operação de

sistemas. Além disso, podem assumir diferentes formas de implantação, como

  princípios gerais, diretrizes e desenhos, que representam a localização e o inter-

relacionamento dos componentes, desenhos predefinidos de sistemas, normas e

componentes de software de uso comum a várias aplicações.

O desenho da arquitetura corporativa passa por três passos distintos:

avaliação da situação atual, visualização do cenário futuro e planejamento da transição.

A idéia é que os projetos atualmente em andamento podem levar a corporação para um

futuro indesejado, diferente daquele visualizado. É necessário, portanto, fazer alterações

de rumo para garantir que o cenário vislumbrado para o futuro seja atingido (veja a

figura Planejar É Preciso). O primeiro passo para se desenhar um mapa e traçar o rumo

é saber onde nos encontramos, ou seja, avaliar a situação atual da empresa.

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Essa avaliação envolve o diagnóstico do parque de sistemas da empresa,

sintetizada em dois indicadores, a qualidade e o impacto que cada sistema tem nos

negócios. Esses indicadores são representados graficamente numa matriz, conhecida

como matriz de prioridades. A qualidade é dividida em aspectos técnicos e funcionais.

A qualidade técnica mede o quanto um determinado sistema tira proveito das

tecnologias disponíveis. Um erro cometido por alguns executivos é avaliar a qualidade

do aplicativo apenas considerando a sua idade.

  Na verdade, vários outros fatores devem ser considerados nessa

avaliação, como a linguagem de programação em que foi desenvolvido e o suporte

futuro do fabricante para a plataforma em que roda. Propriedades como desempenho,

freqüência de manutenção e tempo médio de reparo também devem ser levadas em

conta. A qualidade funcional inclui aspectos como flexibilidade de adaptação às

mudanças, reutilização, facilidade de uso e de aprendizado e, de maneira geral, como o

sistema atende às necessidade atuais e futuras do negócio. Para essa avaliação, devem

ser feitas análises técnicas, mas não deve ser descartada a opinião dos usuários. A

qualidade de um determinado sistema fornece a primeira coordenada para a sua

representação na matriz de prioridades.

A avaliação do impacto que cada sistema tem nos negócios da

corporação vai fornecer a outra coordenada. Sistemas de alto impacto nos negócios e de

 baixa qualidade são os que trazem mais problemas para a corporação. Por isso, é

importante melhorá-los ou substituí-los por outros. Os projetos que se relacionam com

esses sistemas devem ter prioridade máxima. Aqueles que possuem baixo impacto nos

negócios e que apresentam qualidade satisfatória, ao contrário, não necessitam de novos

investimentos. Se o impacto é alto e a qualidade, boa, o sistema pode ser incluído em

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 projetos de longo prazo, de baixa prioridade. Quando tanto o impacto como a qualidade

são reduzidos, o sistema deve ser enquadrado nos projetos de prioridade média.

Aqueles que, ao contrário, têm pouco impacto nos negócios, mas exigem

recursos volumosos para sua execução, podem ser deixados para outra ocasião.

  Naturalmente essas matrizes não devem ser utilizadas como dogmas. Elas apenas

contribuem para a análise da situação da informática na corporação, evitando posições

 pré-concebidas do tipo "devemos trocar tudo" ou "todos os sistemas são críticos". Se

forem elaborados com cuidado, esses gráficos podem fornecer boas indicações de para

onde canalizar os investimentos de informática da empresa de modo a obter retorno

mais rápido e efetivo.

Os sistemas de informação de uma organização precisam passar,

 periodicamente, por uma reavaliação geral. Há duas razões para isso. A primeira é que a

grande maioria das corporações possui recursos de informática que foram implantados

sem atender a um planejamento adequado e, assim, não atendem a suas necessidades.

Fusões e aquisições de empresas ou mesmo os esforços de desenvolvimento dispersos

 pelos vários departamentos podem ter criado ilhas de informação que não se falam

como deveriam. Além disso, é comum haver aplicativos antigos, desenvolvidos com

tecnologia já obsoleta, que deixam a desejar em funcionalidade, facilidade de uso e

outras características.

A segunda razão para repensar a informática corporativa é que, mesmo

que a empresa tenha feito tudo certo desde o início, o mercado, provavelmente, mudou

desde então e, com ele, a visão de futuro da organização. Se a empresa ficar presa a um

 planejamento feito no passado, a informática pode perder a sinergia com seus objetivos

de negócios, deixando de contribuir efetivamente para o seu sucesso. Isso acontece com

freqüência em corporações brasileiras e também de outros países. Muitas companhias

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cometem, ainda, o equívoco de seguir o que os competidores mais fortes estão fazendo,

em vez de traçar seu próprio plano. Nesse caso, estarão planejando e construindo

sistemas de informação que não serão os mais adequados à sua própria realidade.

2.2 A atuação do Contabilista no Processo de implantação do Sistema Integrado

É evidente a necessidade de todas as áreas da empresa estarem

representadas no projeto, também o contabilista precisa fazer parte desta equipe

multifuncional, em todas as etapas do trabalho. Alguns fatores a seguir demonstrados

 justificam a participação deste profissional no processo de mudança organizacional:

• A atividade contábil possui estreito relacionamento com todas as áreas nas quais

ocorrem decisões que afetam o patrimônio e os resultados da empresa, e o contabilista é

um profissional que precisa deter a visão integrada dos negócios e das atividades. Este

relacionamento pode ser demonstrado pelo fato de que os aspectos contábeis, fiscais ede controle interno inerentes às diversas atividades realizadas na empresa devem ser 

reconhecidos e considerados na origem das transações;

• Existem aspectos de natureza fiscal e tributária relativos às transações de compras e

vendas, que precisam sem claramente identificados e tratados, para que a empresa não

incorra em contingências fiscais ou fique exposta a sanções por parte dos órgãos

fiscalizadores, nas esferas federal, estadual ou municipal;

• Os sistemas integrados permitem efetuar os registros contábeis e fiscais das

transações que afetam o patrimônio e os resultados de uma empresa. Para tanto é

necessário considerar os requisitos para que estes registros sejam feitos de forma

adequada, no momento em que as parametrizações estiverem sendo realizadas;

• É preciso considerar os aspectos de controle interno incorporados à ferramenta de

informática e aqueles que precisam existir no ambiente externo ao sistema, para que as

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transações sejam realizadas com adequado grau de segurança e salvaguarda ao

 patrimônio da empresa;

• Por força de suas atividades, o contabilista possui conhecimento sobre os negócios e

atividades da empresa, e pode trazer contribuições significativas para o sucesso do

 projeto. Também é uma excelente ocasião para se conhecer melhor a “intimidade” dos

negócios, permitindo novas contribuições e o aumento da qualificação profissional do

contabilista.

As preocupações e atribuições do contabilista no projeto não devem ser 

fator de “engessamento” da atividade da empresa. Os aspectos contábeis, fiscais e de

controle interno precisam ser atendidos; entretanto é preciso que a empresa tenha

agilidade e mobilidade para a realização de suas atividades.

É preciso ressaltar que, mesmo com o sistema integrado “no ar”,

utilizando todas as funcionalidades originalmente definidas como essenciais ao negócio

da empresa, existe um ”tempo de maturação” para a plena utilização da solução. Isto

 porque os empregados passam por uma “curva de aprendizado”, e na medida em que o

tempo transcorre e mais atividades forem executadas, maior será a familiaridade e o

domínio nas diversas funcionalidades, permitindo que um volume maior de transações

seja executado em um tempo cada vez menor.

O contabilista está envolvido neste processo de mudança e deve se

 beneficiar desta nova situação, na medida em que precisa delimitar e ocupar seu espaço

dentro das organizações. A seguir são apresentadas algumas situações que favorecem

sua atuação, e possibilidades para este profissional dentro da nova realidade instalada

nas empresas, ao final de um processo de mudança:

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• Sempre que houver a avaliação de novos negócios, processos ou de modificações a

serem introduzidas na empresa, é necessário envolver todas as pessoas afetadas, pois a

maioria das transações será executada com o auxílio do sistema integrado. Sempre que

as transações afetarem o patrimônio e os resultados da empresa, o contabilista deve ser 

envolvido nas discussões;

• Redução significativa nos prazos dos fechamentos mensais, agilidade na obtenção

das demonstrações contábeis e confiabilidade nos processos de apuração de tributos a

 pagar ou a recuperar;

• É possível realizar uma melhor avaliação do sistema de controle interno, reduzindo

os tempos necessários para a realização das auditorias de balanço, e conseqüentemente

os honorários pagos aos auditores externos. Como subproduto é possível esperar uma

diminuição das recomendações para melhoria dos controles internos;

• Dedicar maior tempo à elaboração de instruções escritas (políticas, normas,

 procedimentos), principalmente daquelas que afetam o sistema de controle interno, e

dos manuais de procedimentos contábeis a serem utilizados pela empresa;

• Ao se liberar de um grande volume de atividades operacionais, o contabilista pode

dedicar mais tempo para identificar e analisar os modelos decisórios dos diversos

gestores da empresa, para então fornecer a estes as informações de que necessitam. Esta

atuação permite que este profissional esteja cada vez mais próximo dos locais e dos

momentos de ocorrência das decisões;

• Aumento da qualificação profissional do contabilista, pela absorção de novos

conhecimentos resultantes de sua participação no projeto de implementação, através da

contínua e eficiente operação da ferramenta de informática, e da interação com outros

gestores e profissionais. Neste caso, o contabilista pode assumir um novo papel

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 profissional e se tornar um consultor interno, e ser solicitado a participar com maior 

freqüência das decisões de negócio da empresa;

Em algumas circunstâncias, o contabilista pode se tornar um consultor 

especialista na seleção e implementação de sistemas integrados, pois o conhecimento

contábil, aliado à abordagem de ciclos de transações e às habilidades adquiridas ao

 participar de projetos desta natureza pode fazer com que o contabilista se torne um

  profissional valioso para as consultorias implementadoras e para as empresas que

adquirem estas soluções para utilização no seu dia-a-dia.

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CAPÍTULO III

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EMPRESARIAL – SIGE

São assim denominados os sistemas de informações gerenciais que têm

como objetivo fundamental a integração, consolidação e aglutinação de todas as

informações necessárias para a gestão do sistema empresa. Os Sistemas Integrados de

Gestão Empresarial também têm sido denominados de ERP (Enterprise Resources

Planning) – Planejamento de Recursos Empresariais.

Conforme Rodrigues (2000), o ERP ( Enterprise Resources Planning ) ou

Sistema Integrado de Gestão de empresa é um agrupamento coerente de  softwares que

lhes proporcionam visão das operações de sua empresa em tempo real. O ERP mostra

como está sua empresa a cada instante, desde que sua equipe introduza nele as

informações relevantes para a descrição de sua empresa.

3.1 Fatores que Conduzem ao SIGE

Fundamentalmente, forma as grandes corporações mundiais que sempre

desejaram uma arquitetura totalmente integrada e padronizada, assim podemos elencar 

os três fatores principais que têm levado as empresas a adotar esta solução:

a) o movimento da integração mundial das empresas transnacionais, exigindo

tratamento único e em tempo real das informações;

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 b) a tendência de substituição de estruturas funcionais por estruturas ancoradas em

 processos;

c) a integração, viabilizada por avanços na tecnologia de informação, dos vários

sistemas de informação em um sistema único.

Os sistemas ERP são compostos por uma base de dados única e por 

módulos que suportam diversas atividades das empresas. Os dados utilizados por um

módulo são armazenados na base de dados central para serem manipulados por outros

módulos, eliminando redundâncias e inconsistências nas informações. Como o ERP

integra módulos que antes operavam isoladamente, fica mais fácil parametrizar e alterar 

dados no sistema1.

Segundo Frezatti & Tavares, as principais aplicações dos sistemas

integrados hoje conhecidos como ERP (Enterprise Resource Planning) dizem respeito

às áreas de: suprimentos, manutenção de equipamentos, orçamentos, produção, previsão

de vendas, controle de estoques, registros fiscais, contabilidade, contas a pagar e fluxo

de caixa.

De acordo com Rodrigues (2000), a empresa que incorpora o ERP

adquire duas características essenciais:

• Velocidade de funcionamento, e

• Precisão, rigor e qualidade de funcionamento.

Estas propriedades, que poderiam ser obtidas de outras formas, com o

ERP resultam a custos muito inferiores, e com simplicidade.

1 www.uol.com.br/cultvox/novos_artigos/sistemaserp.htm

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3.2 SIGE – Vantagens e Desvantagens

A proposta do Sige, sendo conceitualmente um sistema único, traz dentro

de si uma série de vantagens, claramente decorrentes da tecnologia de informação

empregada, da integração total a que se propõe e da proeminência da visão dos

 processos sobre as estruturas. Contudo, algumas desvantagens podem ser identificadas,

  principalmente no processo de comparação com a manutenção dos conceitos de

sistemas especializados para as diversas áreas da empresa, ligados ainda sob o conceito

de interfaceamento2.

Denominam-se sistemas especializados os sistemas (softwares)

desenvolvidos com foco em determinadas áreas operacionais, sem uma preocupação

inicial de navegabilidade de dados. Por exemplo, existem empresas especializadas em

sistemas de informação para gestão dos recursos humanos, cujo software conseguiu um

grau de especialização muito forte, podendo ser considerado o melhor do mercado. O

mesmo se pode dizer de outras áreas, em que empresas se especializam em sistemas de

contabilidade, de controle patrimonial, de compras, etc.

Os sistemas especialistas têm sido denominados de best-of-breed

(literalmente, o melhor da raça), no sentido de que cada um deles se propõe a ser i

melhor na área em que se especializam.

Padoveze (2000, p.64-65) cita a seguir as vantagens da adoção do

conceito de Sige, em que todos os sistemas especialistas são considerados apenas como

“módulos” de um sistema único integrado, bem como suas desvantagens, ambas em

comparação com a possibilidade de ter-se sistemas especialistas unidos por interfaces.

Vantagens do Sige

a) uma única solução de venda;

2 interconexão

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Um só contato com fornecedor facilita a manutenção do sistema.

 b) viabilidade;

As empresas que vendem o Sige têm mais condições de escala de viabilizar 

novas ocorrências de mercado, pois seu produto está consolidado.

c) proposta abrangente

Sendo um sistema abrangente, é mais fácil adaptar as necessidades dos novos

empreendimentos da corporação aos conceitos atuais.

Desvantagens do Sige

a) tempo de implantação;

Todos os componentes do Sige demandam longo tempo de análise e

implantação.

 b) diversidade;

O Sige tenta vender em seu software todas as soluções para todas as empresas e

nem sempre isso traz vantagem adicional.

3.3 A questão do Tempo de Implantação

O tempo de implantação tem sido um dos aspectos considerados como

uma grande desvantagem para o Sige. Obviamente, por ser um sistema único, que

consagra uma grande diversidade de módulos, os quais têm, em princípio, de funcionar 

em conjunto de forma integrada, demanda um tempo considerável para sua completa

implantação.

Os sistemas especialistas são implantados um a um, e individualmente,

demandam menos tempo. No conjunto, incluindo os programas de interfaces,

 provavelmente demandarão tempo similar ao da implantação do Sige.

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De qualquer forma, mais recentemente, os fornecedores da solução

Sige/ERP têm dado uma atenção cada vez maior para esse aspecto, e desenvolvido e

oferecendo metodologias que reduzam significativamente o tempo de implementação do

sistema, incluindo, dentre elas, a possibilidade de implementação de forma modular e

gradativa, sem prejudicar o conceito básico de integração entre os móculos.

3.4 A Influência dos Sistemas ERP na contabilidade

Oliveira (1997) diz que as empresas necessitam de uma estrutura de

informática mais completa, inclusive com a utilização de redes em todas as áreas que

 possam prover informações. A automação das empresas atinge praticamente todos os

setores exigindo a integração dos mesmos, de maneira que a informação possa fluir com

rapidez para as áreas que se interessam por ela.

O ERP possibilita esta integração. Segundo Polloni (1999, p. 51-57), oERP permite que a empresa padronize seu sistema de informações. Dependendo das

aplicações, o ERP pode gerenciar um conjunto de atividades que permitam o

acompanhamento dos níveis de fabricação em balanceamento com a carteira de pedidos

ou previsão de vendas. O resultado é uma organização com um fluxo de dados

consistentes que flui entre as diferentes interfaces do negócio. Na essência, os sistemas

ERP funcionam com a utilização de uma base de dados comum. Assim, decisões que

envolvem análise de custos, por exemplo, podem ser calculadas com o rateio de todos

os custos na empresa com melhor performance do que com o levantamento parcial em

cada unidade. Além de evitar a conciliação manual de informações obtidas entre as

interfaces dos diferentes aplicativos. Um sistema integrado oferece a possibilidade de

melhoria de relatórios, fidelidade de dados, consistência e comparação de dados, devido

à utilização de um critério único em todas as atividades da empresa.

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Cameira (1999) diz que a grande difusão que atualmente vem

acontecendo dos sistemas integrados de gestão, possibilita a gestão global da empresa e

ainda procura gerir toda a cadeia logística de suprimentos. O sucesso de tais softwares

advém, sobretudo, dos enormes ganhos oriundos, pura e simplesmente, da integração do

que antes encontrava-se isolado em diversos sistemas e bases de dados, enclausurado na

estrutura funcional. Seu uso impacta a estrutura organizacional, a cultura e a estratégia

da empresa, alterando seus processos a forma como realiza suas atividades. Esses

sistemas, pelos ganhos oriundos da integração, forçam o redesenho dos processos,

 possuindo a habilidade, inerente à concepção dos sistemas com uso de bancos de dados

consolidados, de simplificar o fluxo de informações. Por conta disso, modifica as

estruturas gerenciais que passam a ser mais horizontalizadas, flexíveis e democráticas,

como a própria estrutura organizacional da empresa.

Sakurai (1997) relata como a automação e a integração por computador 

impactam fortemente o ambiente de negócios. Diz que o uso de softwares cada vez mais

complexos, bem como o investimento na área de informação, aumentará os custos com

computação. Tais custos passarão a ser tão enormes que excederão o custo de ativos

tangíveis no futuro. Isto significa que o gerenciamento de contabilidade de custos de

software e de investimento na área de informação aumentará sua importância aos olhos

dos administradores – tornando-se talvez o componente individual mais importante em

um futuro próximo. Defende que a importância dos softwares de integração aumenta à

medida que aumenta a automação industrial, pois aproximadamente 40% do custos de

equipamentos para automatizar uma fábrica é custo de software. Exemplifica o caso da

Mitsubishi, onde numa determinada fábrica o custo do software chega a 70% do custo

total dos equipamentos. O uso de bancos de dados e de redes de computação,

imprescindíveis aos sistemas de integração, aumenta ainda mais tal proporção de custo.

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Chega a afirmar que a ênfase do gerenciamento de custos está mudando do hardware

(equipamentos físicos) para o software.

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CAPÍTULO IV

A CONTABILIDADE E AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS RECENTES

Por estar inserida na modernidade vigente no mundo de negócios, a

Contabilidade recebe influências diretas ou indiretas das inovações tecnológicas, mais

especificamente das três enfocadas neste trabalho. Na seqüência discorre-se sobre

efeitos destas inovações tecnológicas no segmento contábil.

4.1 – Influência da Internet na Contabilidade

Côrtes (1999) diz que através da Internet mesmo pequenas empresas são

acessíveis a partir de qualquer lugar do mundo. O custo de estar presente é infinitamente

menor do que aqueles envolvidos em uma operação convencional, com escritórios de

representação espalhados pelo mundo. Além disso, a Internet permite acesso 24 horas,

todos os dias, sem problemas com fusos horários ou feriados locais por exemplo (o que

em tempos de globalização é altamente salutar), motivando diversas empresas a

divulgar e vender seus produtos e serviços através da Internet. Diversas empresas estão

adotando meios eletrônicos de troca de informações, com o auxílio da Internet,

integrando seus fornecedores e distribuidores de maneira dinâmica e com baixo custo

operacional. Dessa forma, os pedidos dos clientes a uma loja podem gerar uma ordem

de compra para um distribuidor, o qual repassa suas pendências para o fabricante. Este,

 por sua vez, com base em uma programação de produção, informa eletronicamente osfornecedores de matérias-primas sobre suas necessidades futuras. Nesse intervalo,

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empresas de transporte são abastecidas com informações sobre mercadorias, locais e

 prazos de entrega. Isso promove uma economia de escala e de estoques, pois fica mais

fácil direcionar a produção o mais rápido possível para os consumidores finais..

Dentre as possibilidades do uso da Internet pelos profissionais contábeis,

estes podem utilizar-se da Internet para fazer downloads (baixa de arquivos ou

  programas) utilizáveis no seu dia-a-dia. Com isso, por exemplo, podem enviar 

declarações de imposto de renda pessoa física à Secretaria da Receita Federal

(www.receita.fazenda.gov.br), procedimento que vem crescendo significativamente nos

últimos anos. Ainda, obter informações ou estatísticas que podem auxiliar seus clientes

e a si próprios, nos diversos sites de órgãos públicos e entidades direta ou indiretamente

relacionados com a profissão contábil. Para aprimorar seus conhecimentos, o

  profissional contábil pode utilizar-se da Internet para pesquisas bibliográficas em

 publicações nacionais e estrangeiras ou em consultas a bibliotecas virtuais, como a

 biblioteca inserida na home-page do Conselho Federal de Contabilidade3.

Em termos de relacionamento com os consumidores de serviços

contábeis, há a possibilidade de interação de computadores do profissional contábil e

seus clientes, via Internet, com a finalidade de participar de tomadas de decisões ou

 prestar orientações, independentemente da localização de ambos.

 Neste sentido, Ripamonti (1999) elenca uma série de casos em que

empresas prestadoras de serviços contábeis se transformaram em empresas virtuais.

Dentre as vantagens constatadas pelos proprietários destas empresas, os mesmos

ressaltam principalmente a redução de custos fixos com a conseqüente vantagem

competitiva perante concorrentes tradicionais. Tais empresas podem, opcionalmente

 prestar consultorias on line concomitante à tradicional forma de relacionamento com

clientes. Em termos de tecnologia, tais empresas podem ser equipadas com rede de

3 www.cfc.org.br 

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computadores distribuídos nas residências dos proprietários e dos colaboradores.

Algumas destas empresas desenvolvem sites interativos, nos quais os clientes

  preenchem formulários com suas informações contábeis e tributárias, que

  posteriormente são analisadas e retornam com as análises e indicações de

  procedimentos necessários.

Ainda conforme Ripamonti (1999), em determinados casos, parte da

empresa contábil continua tendo uma sede física, até como referencial para potenciais

clientes ou para contato com os clientes atuais. Alternativamente, algumas empresas

contábeis virtuais, quando necessitam de um ambiente para conversação pessoal com os

clientes, alugam salas especificamente para essa finalidade. Outra possibilidade é

adicionar ferramentas de videoconferência aos seus equipamentos atuais, com a

finalidade de eliminar a necessidade de viajar até seus clientes de serviços tradicionais.

Quanto à questão de manter os colaboradores motivados em localidades distantes da

sede da empresa, resolvem isso com visitas periódicas aos locais de trabalho.

4.2 –  E-commerce e a Gestão Estratégica de Custos

O Comércio Eletrônico pode influenciar significativamente as empresas

modernas e por conseqüência afeta a gestão de custos das mesmas, também em termos

estratégicos, como será evidenciado na seqüência.

Para Alves et alii (1999), a utilização de tecnologia de informação tornou

  possível melhor determinar custos, porque a falta de ferramentas tecnológicas

apropriadas limitava o êxito do custeamento baseado em atividades. Nesse sentido, as

novas tecnologias estão possibilitando o lançamento de novos aplicativos e ferramentas

  para melhorar a coleta de dados e tornar viáveis sistemas de informações

fundamentados em atividades. As inovações tecnológicas podem proporcionar ao

sistema ABM (Activity-Based Management) desenvolver todo o seu potencial, porque o

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sistema global de gerenciamento baseado em atividade pode indicar como determinada

atividade impulsiona o negócio, proporcionando definir medidas para reduzir custos,

melhorar processos e identificar a cadeia de valor. Ou seja, possibilitando a Gestão

Estratégica de Custos.

Shank & Govindarajan (1995) construíram o modelo de Gestão

Estratégica de Custos sobre três pilares básicos: análise da cadeia de valores, análise do

 posicionamento estratégico e análise dos direcionadores.

O conceito de Cadeia de Valores, proposto por Porter (1986), tem sua

origem nas inúmeras atividades distintas que uma empresa executa no projeto, na

 produção, no marketing, na entrega e no suporte do produto, sendo modelada pela

estrutura industrial. A cadeia de valores desagrega uma empresa em suas atividades de

relevância estratégica para que se possa compreender o comportamento dos custos e as

fontes existentes e potenciais de diferenciação.

O segundo aspecto evidencia que os custos passam a ser direcionados, ou

seja, na visão da Gestão Estratégica de Custos procura-se levantar quais são os fatores

que efetivamente provocam os custos, através de uma relação de causa-efeito que reflita

de forma mais precisa a realidade. (Barbosa & Tachibana, 1999).

O terceiro ponto da Gestão Estratégica de Custos é o conceito de

 posicionamento estratégico que depende, segundo Shank & Govindarajan (1995), de

dois aspectos interligados: (1) a definição da missão ou meta e (2) a estratégia que a

unidade de negócios escolhe para competir – vantagem competitiva de custos ou

vantagem competitiva em termos de diferenciação.

Rocha (1999) diz que a expressão Vantagem Competitiva designa a

situação ou estado das empresas que conseguem obter recursos em melhores condições

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de preço, qualidade, quantidade e prazos (entre outras vantagens) que as dos

concorrentes.

A definição de tais estratégias competitivas pode sofrer a influência do

Comércio Eletrônico, cujo ambiente é abordado no capítulo a seguir.

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CAPÍTULO V

AMBIENTE DIGITAL: A REALIDADE DA VIRTUALIDADE NO SISTEMA DE

INFORMAÇÃO CONTÁBIL

 Negroponte (1995) expõe que “... a superestrada da informação nada

mais é do que o movimento global de bits sem peso à velocidade da luz.”

Todas as indústrias, uma após uma, olham-se no espelho e se perguntam

sobre seu futuro. Pois bem, esse futuro será determinado em 100% pela possibilidade de

seus produtos e serviços adquirirem forma digital e então, se tornarem flexíveis e

virtuais.

Uma das maneiras de obter flexibilidade é através da transferência de

inteligência entre pontos de um processo organizacional, levando a inteligência ao

 ponto mais conveniente em termos de decisão sobre determinado assunto. Negroponte

(1995) exemplifica, “a transmissão televisiva é exemplo de um veículo no qual toda a

inteligência encontra-se no ponto de origem”.

O transmissor determina tudo; o receptor apenas recebe o que é enviado.

Em vez de pensar numa resolução mais elevada, em cores melhores ou em mais

 programas, como o próximo passo evolutivo da televisão, imagine esse passo como

sendo uma mudança na distribuição da inteligência - ou, mais precisamente, em seu

deslocamento do transmissor para o receptor.

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A descentralização da inteligência nos processos traz além dos ganhos

inerentes a esse movimento, uma flexibilidade que exponencializa a possibilidade de

ação e reação da empresa frente às mudanças ambientais.

Um exemplo da aplicação do conceito de descentralização da inteligência

nos processos é o denominado em Riccio & Peters (1993), como:

“(...) o conceito de controladoria distribuída”. Nesse

conceito, a inteligência contábil/econômica/financeira é levada aos

demais processos ou às pontas do sistema empresa, seja através de

deslocamento de pessoas, de treinamento ou de descentralização do

Sistema de Informação Contábil.

 Negroponte (1995) nos ensina que

“o mundo digital é muito mais flexível do que o reino

analógico, pois os sinais podem carregar consigo toda sorte de

informações adicionais sobre si mesmos (...). O mundo digital é 

intrinsecamente maleável. Ele pode crescer e modificar-se de uma

  forma mais contínua e orgânica do que os antigos sistemas

analógicos.”

Quando você compra um aparelho de TV, joga fora o velho e adota o

novo totalmente diferente. Ao computador, pelo contrário, estamos acostumados a ir 

adicionando novas características - periféricos, programas - em vez de trocá-lo inteiro

 por uma versão atualizada, contendo novidades minúsculas.

 Na verdade, a própria palavra “atualização” (upgrade) possui uma tintura

digital. Cada vez mais acostumamo-nos a atualizar nossos computadores, comprando

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um monitor melhor, instalando uma placa de som e esperando que nossos programas

 passem a funcionar melhor, em vez de simplesmente não funcionar . Os sistemas de

Informação atualizáveis são mais duráveis pela simples razão de serem mais flexíveis.

A facilidade de atualização de um sistema é o fator principal de

flexibilidade. Um sistema deve ter mecanismo para tornar-se atualizável.

O crescimento dos computadores pessoais está acontecendo com

tamanha rapidez que a televisão de arquitetura aberta do futuro é o PC, e ponto final.

Em outras palavras, não haverá uma indústria de aparelhos de TV no

futuro. Essa indústria será nada menos do que uma fábrica de computadores: telas

repletas de toneladas de memória e enorme poder de processamento.

O fato de que uma indústria como a de televisores pode estar condenada

à extinção até os próximos 5 ou 10 anos representa uma analogia aos desafios pelos

quais a contabilidade deverá atravessar em busca de uma sistematização mais adequada

de seu papel.

Atualmente, uma empresa necessita esperar até o final do mês, ou o

início do próximo (vários dias, às vezes), para que seus executivos possam saber o

resultado econômico ou contábil financeiro das decisões que já tomaram há quase 30

dias atrás. Isso não condiz com as pressões sofridas pelos executivos no processo de

gestão4

.

A rapidez de obsolescência de setores inteiros da economia faz com que

a ciência econômica tenha que evoluir para responder aos desafios dos novos tempos.

Como ciência derivativa, a contabilidade também deverá atender aos

novos desafios que o ambiente exige que sejam superados. Vejamos uma situação

comum à maioria das empresas:

4 Atividades gerenciais referentes ao planejamento, organização, direção e controle.

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Os Sistemas de Informação Contábeis atuais encontram-se em uma

situação paradoxal única. Por um lado o uso de tecnologias de informação avançadas

como Banco de Dados, EDI, Redes, “Expert Systems”, linguagem voltada a objetos,

 produziu os chamados “Sistemas de Informações Contábeis em Tempo Real”.

 Nesses sistemas, uma transação introduzida, em qualquer momento e

localidade pode gerar um lançamento contábil e a atualização instantânea dos saldos das

contas. Atualização instantânea ou em tempo real, em contabilidade significa que os

“resultados” da empresa podem ser “computados” e monitorados a cada instante.

 No entanto, e aí reside o paradoxo, a atualidade de todo esse aparato

tecnológico não cria o efeito desejado. Desde as mais pequenas e flexíveis empresas até

os gigantes da Fortune 500 os efeitos são os mesmos : os dados (já dentro dos

computadores), têm que ser acumulados até o último dia do mês.

Os relatórios são emitidos de uma vez, ao final do período, assumindo o

conceito de período, no qual age-se como se todas as operações da empresa tivessem

ocorrido em um único dia.

O efeito paradoxal cria então o que chamamos de “síndrome de fim de

  período”, com atrasos no “delivery” das informações e imagem negativa para a

contabilidade que, por não entregar em tempo o seu principal produto, passa a ser 

considerada como uma atividade reativa e não adicionadora de valor.

Como então podemos explicar que : o Sistema de Informação Contábil é

tecnologicamente um sistema em tempo real, mas na realidade é utilizado à maneira

antiga, como se fosse um sistema Batch (por lotes)?

Em Riccio (1989) pudemos observar que existe uma forte razão para o

não aproveitamento do poderio da TI presente nos Sistemas de Informações Contábeis

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atuais. Segundo nossas pesquisas, o motivo reside na forma de utilização do Sistema

 pelos Contadores e não na TI.

 Nesse estudo ficou caracterizado que a razão dessas dificuldades reside

em parte nos princípios atuais da Contabilidade, os quais sofrem processo de mudança

 bastante lento por motivos óbvios, e em parte no fato de os sistemas de contabilidade

serem concebidos e administrados como “Sistemas Fechados” (pertencentes à

Contabilidade, “outbound”), e não como Sistemas abertos (pertencentes à empresa,

“inbound”). Pergunta-se então: se a tecnologia criou o “Sistema” Contábil em Tempo

Real porque ainda não criamos a “Contabilidade” em Tempo Real?

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CONCLUSÃO

As tecnologias de informações facilitaram o desenvolvimento dos

sistemas integrados de gestão, ao quais permitiram um melhor fluxo de informações na

forma digital. Ainda, Estimulou as organizações a buscarem o emprego e uso eficiente

destes recursos, frente às exigências cada vez maiores de eficiência e eficácia, sobretudo

na tomada de decisões.

A utilização eficiente das potencialidades da informática, oferece

excelentes oportunidades para maximizar a produtividade e alavancar o ciclo de

negócio, possibilitando um melhor relacionamento interno e externo e ainda um melhor 

 posicionamento no mercado.

O ambiente organizacional carece de uma disponibilidade de

informações, logo os sistemas de informação gerenciais possibilitam a disseminação de

informações consistentes, permite um acompanhamento da realidade por parte daqueles

que necessitam tomar decisões. A integração dos sistemas de gestão propicia condições

 para o aperfeiçoamento das atividades gerenciais evidenciando-se mais um recurso

estratégico do gerenciador no que se refere ao planejamento, organização, direção e

controle.

A Tecnologia da Informação, que surgiu como ferramenta de redução de

custos e agilizadora do processamento de informação, tem sido cada vez mais aplicada

em todos os ramos da atividade humana, devido ao crescimento exponencial de seus

recursos e habilidades. Diante desse cenário, milhares de organizações passaram a usar 

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a Tecnologia da Informação não somente para automatizar processos repetitivos, reduzir 

despesas e agilizar tarefas, mas principalmente para viabilizar e otimizar o

relacionamento com os clientes e com o macroambiente, obtendo vantagem competitiva

nos seus negócios.

Desta forma, o emprego da tecnologia de informação e dos sistemas

integrados de gestão tem proporcionando substancial adição de valor às empresas que

transformaram transações comerciais tradicionais em um sofisticado sistema de

distribuição e, ainda, permite melhor relacionamento entre parceiros tais como:

fornecedores, clientes, distribuidores, dentre outros agentes de forma eficiente e eficaz.

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