monografia apresentada a universidade tuiuti do parana para a...

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NATHALIA RECCHIUTTI GONSALVES IMPLANTACAo E IMPLEMENTACAo DA PRESCRICAo MUL TIPROFISSIONAL, EM UM SETOR DE INTERNACAo DE ESPECIALIDADE VASCULAR, VISANDO QUALIDADE ASSISTENCIAL Monografia apresentada a Universidade Tuiuti do Parana para a obtencao do do titulo de Especialista em Auditoria Gestao em Saude. Orientadora: Ms. Ozanade Campos. CURITIBA 2003

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NATHALIA RECCHIUTTI GONSALVES

IMPLANTACAo E IMPLEMENTACAo DA PRESCRICAoMUL TIPROFISSIONAL, EM UM SETOR DE INTERNACAo DE

ESPECIALIDADE VASCULAR, VISANDO QUALIDADE ASSISTENCIAL

Monografia apresentada a UniversidadeTuiuti do Parana para a obtencao dodo titulo de Especialista em AuditoriaGestao em Saude.

Orientadora: Ms. Ozanade Campos.

CURITIBA2003

Dedico este trabalho a minha familia,ao meu companheiro Alexandre e a DEUS,

as razoes do meu ser, que sempre estaopresentes nas alegrias e tristezas,

nos momentos mais dificeis, dando-meforyas para continuar a minha jornada.

A todos que, direta ou indiretamente,

contribuiram para a realizaJ;8.o deste trabalho.

Meu especial agradecimento a Prof. Ozana de Campos,

pela determinac;ao, acompanhamento e revisao do estudo ,servindo como facilitadora para a concretizac;:ao do mesmo.

iii

Quem passou pela vida em branca nuvemE em placido repouso adormeceu,

Foi espectro de homem, nao foi homemS6 passou pela vida, nao viveu.

lIus6es da vida - Francisco Otaviano

SUMARIO

LlSTA DE ABREVIATURAS E LISTA DE SIGLAS vii

RESUMO.. . ix

1INTRODUc;:Ao.. . 1

1.1 JUSTIFICATIVA.... ...3

1.2 OBJETIVOS . . .4...4

. .4

..........5

..7

. 7

. 10

. 15

1.2.10bjetivo Geral..

1.2.2 Objetivos Especificos ..

1.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAl DO HUEC

2 REVISAo DE LlTERATURA ...

2.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAl HOSPITALAR ..

2.2 PRESCRIc;:AO MUlTIPROFISSIONAL..

2.2.1 Os fundamentos do trabalho em equipe ..

2.2.2 A importiincia do trabalho em equipe interdisciplinar... . 18

2.3 CUIDADOS E CONTROlES DE ENFERMAGEM 21

2.3.1 Anota9iio de Enfermagem 22

2.4 CUSTOS HOSPITALARES.. ..28

2.5 QUAL/DADE HOSPITALAR ..

2.6 AUDITORIA ...

2.7 PADRONIZAC;:AO ...

2.8 TREINAMENTO DE PESSOAL. ..

3 METODOlOGIA ..

3.1 DESCRIC;:AO GERAL..

3.2 DIAGNOSTICO SITUACIONAL. ..

4 RESULTADOS E DISCUSSOES ..

4.1 RESULTADOS ..

4.1.2 Padroniza9iio do Registro de Prescri9ao Multiprofissional..

. 33

. 36

. 38

. 39

. .44

. 44

. 45. .46

. .46

. .47

4.1.3 Padroniza9iio do Registro de Cuidados e Controles de Enfermagem.. . .49

4.1.4 Programa de treinamento... . 52

4.1.5 Avalia9iio do programa de treinamento ..

4.2 PROPOSTAS ....

.... 53

. 55

5 CONSIDERAC;;OES FINAlS 56

REFERENCIAS... . . 58

ANEXOS ... .....62

LlSTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CC

CO

CEPE

CFM

ECG

EEG

EVFEPAR

FR

Hb

H

HUEC

10

1M

- Centro Cirurgico

- Centro Obstetrico

- Centro de Educa9iio Profissional Evangelico

- Conselho Federal de Medicina

- Eletrocardiograma

- Eletroencefalograma

- Endovenosa

- Faculdade Evangelica do Parana

- Frequencia Respiratoria

- Hemoglobina

- Hora

- Hospital Universitario Evangelico de Curitiba

- Intradermica

- Intramuscular

- Minutos

- Membro Inferior Direito

- Membro Inferior Esquerdo

- Membros Inferiores

- Membra Superior Direito

- Membro Superior Esquerdo

- Membros Superiores

- Pressao Arterial

- Pressao Venosa Central

- Pulso

- Sala de Operayao

- Sonda Nasogastrica

- Soro Fisiol6gico

Min

MID

MIE

MMII

MSD

MSE

MMSS

PA

PVC

P

SO

SNG

SF

vii

SG - Soro Glicosado

SC - Subcutanea

sus - Sistema Unico de Saude

T - Temperatura

TC - Tempo de Coagula9ao

TS - Tempo de sangramento

UCE - Unidade de Cuidados Especiais

VO -Via Oral

viii

RESUMO

Essa pesquisa tern par finalidade a implanta980 e implementa9iio da Prescri980

Multiprafissional, juntamente com a Folha de Cuidados e Contrales de Enfermagem

no Hospital Universitario Evangelico de Curitiba( HUEC). 0 projeto-piloto foi

desenvolvido na Unidade de Internac;ao da Clinica Vascular, composta par

dezesseis leitos distribuidos em Enfermarias de SUS, Convfmios e Particulares, no

perioda de mar90 a maio de 2003. A pesquisa desenvolveu-se numa abordagem de

metodologia qualitativa, estando incluso a elaborac;ao de novas impressos para

aplicac;ao, bern como urn programa de treinamento aDs colaboradores envolvidos no

pracesso. Foram abordadas questoes referentes a Auditoria, Qualidade, Custos e

Pianos Multiprofissionais. Objetivando sistematizar a assistencia Multiprofissional,

garantir qualidade nos processos, otimizar servic;os e integrar profissionais, a

implantac;ao do projeto tornou-se uma ferramenta eficaz . Par funcionar como urn

relatorio permanente , evita a duplicidade de pianos de cuidados, ajuda a reduzir as

possibilidades de erro ou omissoes nos procedimentos , decrescendo assim, 0

numero de glosas nas contas hospitalares e melhorando significamente a qualidade

da assistencia.

Palavras-Chave: Implanta9ao; Prescri980 Multiprafissional; Qualidade; Auditoria.

ix

1 INTRODUC;:AO

Sabe-se atualmente que a maior preocuparyc3o de uma empresa de saude sao as

custos, bern como a qualidade do atendimento prestado ao cliente. Mao de obra cada

vez mais especializada, equipamentos de ultima geraryao, tecnologia, materiais; isto

tudo resulta em qualidade.

Segundo SILVA (2001, pg. 447), "a qualidade e vista como uma questao

estrategica que afeta a todos e a cada urn dos processos de qualquer organizary8o. E a

totalidade de aspectos e caracteristicas de urn prod uta au serviryo que propiciam a

habilidade de satislazer dadas necessidades." A qualidade gera redU9aOde custos

que naD se da apenas par processos de contabilizaryflo, mas tambem pelo

planejamento e organizaryao.

Para concorrer com sucesso nurn mercado global cada vez mais competitiv~,

nao basta conhecer apenas os custos dos seus servic;os. Uma empresa precisa

conhecer as custos de toda a sua eadeia eeonomica e trabalhar com outros membros

da mesma para gerenciar os custos e maximizar 0 rendimento. E preciso buscar

constantemente a reduyao dos custos dos proeedimentos e serviyos, sem a prejuizo da

qualidade, da seguran98 dos luncionarios e da satisla~o dos clientes.

Dentro deste contexto, nasee a neeessidade de implantar a Prescriyao

Multiprofissional, objetivando adequada apropriayao em conta, otimizayao de serviyos e

visando a sistematizayao da assistencia pela abordagem organizada para alcanyar seu

proposito e minimizar a ocorrencia de problemas referentes a produyao natural de

cuidados.

Segundo CIANCIARULLO (2000, pg. 36), "0 homem nao consegue trabalhar s6,

o trabalho em equipe e um requisito vital para obten9iio de resultados, quando se

consegue a potencial sinergieo dos grupos: um conjunto de pessoas tem propriedades

e qualidades coletivas que elas separadarnente nao manifestam." 0 trabalho em equipe

entaD e urn instrurnento basico, necessaria para que os profissionais envolvidos na

terapeutica 0 paciente resgatem a sua especifieidade, enquanto profissao.

Devido a impossibilidade de as profissionais da saude encontrarem-se e

trocarem informayoes pessoalmente sabre as pacientes, a Prescriy80 Multiprofissional

se torna fundamental na partilha de informay6es entre as profissionais e funcioniuios. A

prescric;ao agira como uma referencia para infarmar outras pessoas sabre a presente

situayao do paciente e do plano de cuidado, pais nela estara contida a sua evoluy80 e a

plano terapeutico de cada profissional, antes espalhadas em folhas especificas de cad a

area.

o impressa de Cuidados e Controles de Enfermagem sera urn documento aonde

as auxiliares de enfermagem registrar80 infarmayoes obtidas par meio da rotina de

cuidados, facilitando assim a identificac;ao do estado do paciente, e todos os

procedimentos nele realizado, de uma forma pratica e rapida para a visualizac;ao de

toda a equipe multiprofissional e para a auditoria de contas hospitalares.

1.1 JUSTIFICATIVA

Ao analisar 0 prontuario do paciente utilizado pelo HUEC (Hospital Evangelico

de Curitiba), ficou nitida a forma fragmentada com que 0 paciente e tratado, problema

este agravado pela ocorrencia da duplicidade de cuidados prestados devido a falta de

comunicavao entre as equipes que prestam assistemcia.A qualidade da assistencia foi outro fato prejudicado pela falta de integra9ao

entre as equipes, vista que muitas vezes as profissionais nao se atem a ler 0 que as

demais colegas de outras especialidades observam no paciente, devido ao excesso de

folhas versus falta de tempo.

Outro agravante encontrado foi 0 aumento das 9105a5 de centas hospitalares no 2°

semestre de 2002, em decorrencia do nao registro dos cuidados prestados etou

prescritos; proporcionando ao hospital urn prejuizo financeiro elevado.

8aseado na necessidade do hospital em diminuir 0 numero de 9105as das contas

hospitalares, os novos impressos facilitarao ao auditor encontrar uma checagem mais

precisa de medicamentos e procedimentos realizados facilitando a cobranc;a.

Com a proposta de implantayao da Prescric;ao Multiprofissional haven3 uma

valoriza98o de todos as profissionais envolvidos no planejamento da assistencia ao

cliente; facilitando a comunica9ao entre estes e proporcionando uma aproxima9ao,

onde a respeito profissional deve imperar..

A compila9ao das prescri90es (medica, enfermagem, nutri9ao e odontologia)

acabara com a duplicidade dos cuidados, que deixava fragmentada a assistencia ao

paciente.

Justificando a necessidade dessa pesquisa a novo impressa facilitara a analise

do prontuario por todos as profissionais envolvidos, articulando a assistencia prestada

ao cliente, vendo-o como urn ser holistico; visto que as equipes envolvidas poderao ver

a que a outro prescreveu e evoluiu.

1.20BJETIVOS

1.2.1Objetivo Geral

Implantar e Implementar a Prescri9ao Multiprofissional no setor da Unidade

Vascular do Hospital Universitario Evangelico de Curitiba.; como projeto piloto.

1.2.2 Objetivos especificos

*Sistematizar a assistencia Multiprofissional ;

"Elaborar impresso da prescri9ao Mulliprofissional ;

"Treinamento da Equipe Multiprofissional referente ao Instrumento elaborado;

*Operacionalizar apropriac;ao em conta.

1.3 Estrutura Organizacional do Hospital Universitilrio Evangelico

A Sociedade Evangelica Beneficente de Curitiba - SEB, fundada em 25 de junho

de 1943, e uma entidade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, de carater

filantropico, beneficente, religioso e educacional.

Tern par finalidade a organizalYao, manuten9ao e desenvolvimento de atividades

que promovam 0 bern estar social, a saude, a educa~aoe a assistencia espiritual apopula~ao, sem qualquer distinlYao, em conformidade com os principios cristaos

evangelicos.

Em consonancia com esses objetivos, a Sociedade Evangelica Beneficente de

Curitiba mantem 0 Hospital Universitario Evangelico de Curitiba (HUEC), 0 Centro

Medico Comunitario Bairro Novo (CMCBN), a Faculdade Evangelica do Parana

(FEPAR) e 0 Centro de Educa,ao Profissional Evangelico (CEPE).

A missao da SEB resume-se em promover a bern estar social, salide, educa~eo

e assistemcia espiritual a popula~ao,sem qualquer distinlYao, atraves de suas unidades

operacionais, de acordo com as principios cristaos evangelicos. Em relayao a viseo, a

SEB buscara: Constante aperfei~oamentode seus recursos humanos, integraIY80 com

todos os seus socios efetivos, comprometimento real de seus s6cios efetivos,

reconhecimento nacional e internacional, para as unidades operacionais, em nichos de

excelemcia, expansao, com qualidade, em todas a unidades operacionais, novas fontes

de receita para maior solidez financeira.

o HUEC foi fundado em 05 de setembro de 1959, assumindo a Dire,ao Geral Dr.

Charles London. Possui residencia medica em 27 especialidades com 130 bolsistas do

MEC. 250 medicos. lrata-se de uma Institui,ao de grande porte, com um total de 564

leitos, 70% SUS, 30% Convenios e particulares, de onde obtem sua arrecadalYao,

assim como de doalYoes. Os leitos distribuem-se de acordo com as especialidades,

conforme segue relayao abaixo:

*Pronto Socorro: 15 leitos;

'Pediatria: 31 leitos;

'Clinica Cirurgica: 28 leitos;

'Cardiologia: 20 leitos;

'Vascular: 16 leitos;

'Nefrologia: 20 leitos;

'Infarto Agudo do Miocardio: 09 leitos;

'UrologiaIOncologiaIBuco-MaxiloIOftalmologiaIOtorrinolaringologia: 32 leitos;

'Queimados: 22 leitos;

'Pediatria de Queimados: 13leitos;

'Ortopedia: 27 leitos;

*Clinica Medica: 27 leitos;

'Unidade de Diabetes: 08 leitos;

'Neurologia: 37 leitos;

'Centro Cirurgico Obstetrico: 20 leitos;

'Maternidade: 34 leitos;

'OncologiaIGinecologia: 12leitos;

'Pediatria Cirurgica: 17 leitos;

'Medio Risco: 15 leitos;

'Transplante Renal: 07 leitos;

"Hematologia: 06leitos;

'U. 604: 06 leitos;

'UTI Geral: 14 leitos;

'UTI Cardiaca: 10 leitos;

'UTI Coronariana: 08 leitos;

'UTI Neonatal: 35 leitos.

*Convenios I: 37 leitos;*Convenios II: 34 leitos;

'Posto 8: 33 leitos.

2 REFERENCIAL TEORICO

2.1 Estrutura Organizacional Hospitalar

A organizagao hospitalar e constituida de unidades que funcionam de forma

integrada, com objetivos gerais semelhanles. Segundo CAMPOS (1992, pg. 87) ,"0

hospital deve ter um quadro de pessoal especializado, agrupado por fungoes similares,

formando Sec;oes, Servic;os e Setores, que constituirao a organizayao do hospital. Os

esforc;:os devem ser coordenados para 0 alcance do objetivo proposto que e a

prestagao da assistencia qualificada."

A estrutura organizacional do hospital pode estar assim representada:

.:. Divisao Medica: composta pelos servic;os medicos, servic;os cirurgicos, servi90s

medicos auxiliares .

•:. Divisao tecnica: composto pelo servic;o de enfermagem, servic;:o de nutric;ao,

servic;:o social, servic;os medicos, serviryo de arquivo medico e estatistica, servi<;o

de odontologia, servigo de farmacia, servigo de pSicologia.

~ 0 servico de enfermagem, respons8vel pela assistelncia de enfermagem,

segundo a lei do exercicio profissional e chefiado par urn profissional enfermeiro.

)- 0 servico de nutric80 e responsavel pelo balanceamento, preparo e distribui980

das dietas e deve ser chefiado par urn profissianal nutricionista.

)- 0 servico social se encarrega de estudar e solucionar problemas socio-

econ6micos de forma ampla. E chefiado por uma assistente social.

>- 0 servico de arquivo medico e de estatistica (SAME) e responsavel pelo

prantu<irio do paciente. Nesse prantu<irio sao registradas todas as infarma90es

sobre 0 paciente e seu tratamento.

>- 0 servico de odontologia e responsavel pelo tratamento odontol6gico no

hospital.

:.-0 servico de fammicia deve ser chefiado pelo farmaceutico.

>- 0 servico de psicologia e responsavel pela assistencia psicol6gica. ~ chefiado

par um psicologo.

>- 0 servico de fonoaudiologia e responsavel pelo tratamento fonoaudiologico no

hospital.

.:. Divisao administrativa: serviyo de pessoal, serviyo de contabilidade

(financeiro) , servir;:o de almoxarifado, servir;:o de manutenr;:8o e reparos,

servir;:os de comunicar;:80 e arquivo, servi90 de lavanderia. servir;:o de atividades

gerais.

:r Servico de pessoal: encarregado do recrutamento, admiss80, orientar;:80,

treinamento e acompanhamento de funcionarios.

:.- Servico de contabilidade: realiza a contabilidade de custos, imprescindlvel para

o hospital.

>- Servico de almoxarifado: encarregado pelo abastecimento, recebimento, guarda,

contrale e distribui9aO do material utilizado no hospital.

};;- Servico de manutencao e reparos: encarregado de manter em boas condi<;oes0predio, os materiais, aparelhos e equipamentos do hospital.

"" Servico de comunicacao e arguivo: respons8vel pela correspondencia interna eexterna do hospital.

};;- Servico de lavanderia: respons8vel por todo 0 processamento da roupa nohospital. Possui tambem 0 setor de costura e reparos.

~ Servico de atividades gerais: pode agrupar as atividades de transporte, limpeza,

vigiliincia, portaria, jardim do hospital, telefones, estacionamento, vel6rio e

bioterio, quando houver.

10

2.2 PRESCRlgAO MUL TIPROFISSIONAL

Os pianos multidisciplinares ou Interdisciplinares, nos quais todas as areas

(enfermagem, medicina, nutrigao e assim por diante) funcionam a partir do mesmo

plano, sao em muitas inslituigoes, norm as. Segundo ALFARO-LEFEVRE (2000, pg. 154),

uas abordagens multidisciplinares proporcionam, freqUentemente, ""0 melhor dos

mundos"~ para 0 planejamento de cuidados. Para S8 manter urn born entrosamento e

relacionamento entre as viuios servit;os do hospital, e necessaria que as func;:6es de

cad a s8c;:ao sejam bern definidas e que haja estreita colaborayao entre todos que as

executem."

Contudo, deve-s8 ter em mente que as/os enfermeiras (as) sao as profissionais

que estao par mais tempo junto ao cliente, sendo assim ; estao na melhor posic;:ao para

serern realistas quanta ao plano de constituir urn conjunto como urn todo, com base no

dia-a-dia, hora-a-hora. 0 profissional enfermeiro, deve permanecer concentrado na

resposta humana, avaliar como 0 cliente provavelmente respondera, como urn todo, ao

plano de cuidados e agir como colaborador comprometido com 0 bern estar bio-psico-

social do cliente.

Podem prescrever:

./ Segundo a Regulamentagao da Lei n' 7498/86, Decreto n' 91406, de 08 de

junho de 1987:

Art. 8° - Ao Enfermeiro incumbe:

I - Privativamente:

f) prescril):c3.o da assistencia de enfermagem;

II - Como inlegrantes de equipe de saude:

c) prescril):ao de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saude

publica e em rotina aprovada pela instituic;:ao de saude .

./ Segundo Lei n' 5081 - de 24 de agoslo de 1966. Regula 0 Exercicio da

Odonlologia:

Art. 6' - Compete ao cirurgiao-dentisla:

II

II - prescrever e aplicar especialidades farmaceuticas de usc interno e externa,

indicadas em Odontologia;

VIII - prescrever e aplicar a medica~ao de urge!ncia no casa de acidentes graves

que comprometam a vida e a saude do paciente.

v' Segundo a Lei nO 8234, de 17 de setembro de 1991. Regulamenta a profissao

de Nutricionista e determina outras providencias.

Art. 3°. Sao atividades privativas dos nutricionistas:

VII - assistEmcia dietoter;jpica hospitalar, ambulatorial e a nivel de consult6rios de

nutrit;ao e dietetica, prescrevendo, planejamento, analisando, supervisionando e

avaliando dietas para enfermos.

Art. 4°. Atribuem-se, tambem, aos nutricionistas as seguintes atividades, desde que

relacionadas com alimentat;ao e nutriy80 human as:

VII - prescriC;8o de 5uplementos nutricionais, necessarios a complementay80 da

dieta.

v' Segundo Decreto nO20931, de 11 de janeiro de 1932. Do exercicio da medicina.

Art. 15° - Sao deveres dos medicos:

b) escrever as receitas p~r extenso, legivelmente, em vermiculo, nelas indicado 0

uso interne ou externo dos medicamentos, 0 nome e a resid€mcia do doente, bem como

a propria residencia au consult6rio;

c) ratificar em suas receitas a posologia dos medicamentos, sempre que esta for

anormal, eximindo assim 0 farmaceutico de responsabilidade no seu aviamento.

Devido a ;mposs;bilidade de os profissionais de saude encontrarem-se e

trocarem informac;oes pessoalmente sobre os pacientes, a prescric;ao multiprofissional

torna-se fundamental na partilha de informac;oes entre os profissionais e fundonarios. A

prescriC;<3o age como uma referenda para informar outras pesseas sobre a presente

situaC;<3odo paciente e do plano de cuidade, pais nela esta contida a sua evoluC;8a e 0

plano terapeutico.

Segundo KRON E GRAY (1994, pg. 95), "a prescric;ao multiprofissional proporciona

um meia de comunicaC;<3o entre todes os profissionais envolvidos na terapeutica do

12

paciente, au seja, desse modo todos as profissionais iraa reeeber 0 beneficia do plano

de cuidado e serao capazes de levar adiante urn programa de atendimento

individualizado, garantindo assim. a seguranlYa e a continuidade dos cuidados

oferecidos ao paciente." Sendo assim, a prescril(ao multiprofissional e a maneira segurade tarnar as informac;6es disponiveis para todas as pessoas da equipe, tarnando a

assist,mcia mais qualificada. Para CIANCIARULLO(2000, pg. 44), "a integra9ao da equipe

multiprofissional taz com que esta colaborayao entre as profissionais caracterize no

ambito institucional, a busca do referencial do trabalho em equipe, visto como uma

atividade sistematizada e coordenada intra-extra e multiprofissional."

Basicamente a prescric;ao vern a ser urn documento importante, que funciona

como urn relat6rio permanente, ande se encontram contidos problemas de saude de um

individuo, a plano de cuidado e a sua evoluy80. A mesma tambem e utilizada para a

exame da qualidade dos cuidados em uma institui9ao de saude e para a promo,ao do

reembolso par parte das companhias seguradoras (convenios).

Oevemos ressaltar tambem, que este novo modelo de prescriC;ao evitara a

duplicidade dos pianos de cuidado, isto e, prescri9ao medica X prescri9ao de

enfermagem, e ajudara a reduzir as possibilidades de erro e omissao nos

procedimentas e medicayoes, au seja, tornar-se-a uma documentac;aa precisa e

atualizada, evitanda assim que este dacumenta se tome fragmentado, dando a

impressao de que cada profissional est;' trabalhando de maneira independente dos

dernais calegas.

Segundo ALFARO-LEFEVRE(2000, pg. 51), "0 desenvolvimento de habilidades

interpessoais e tao irnpartante quanta a desenvolvimenta do pensamento critlco. Caso

nao sejarnos capazes de estabeleeer urn relacionarnento interpessaal positivo,

pravavelrnente nao obteremas as fatas rea is, nao eompreenderemos as verdadeiros

problemas, nao obteremos ajuda de tereeiros au nao sere mas urn membro eficiente da

equipe de atendimento de saude."

o agrupamento de dados relaeionados e urn principia do pensarnento eritieo que

faverece a sua capaeidade de abler urn quadro nitido da situac;ao de saude. Com urn

instrumento bem elaborado, grande parte da organiza9ao ja esta completa, porque 0

instrumento orienta-a a registrar as indicac;6es multiprofissionais relacionadas juntas.

A forma como urn instrumento e organizada e 0 tipo de informa~o que e obtida

ao ser preenchido influenciam a sua capacidade de coletar dados relevantes. Possuir

urn instrumento hoHstico, elaborado para abter informa90es especificas sabre

problemas comumente encontrados, pade ser a chave para a aquisir;ao de dados

pertinentes e completos. Tambem influenciara a maneira de como veremos as

problemas. Para evitar omitir problemas de enfermagem, medicos ou Qutros, assegurar-

S8 de usaf tanto da estrutura de sistemas organicos quanta de urn modele holistico

para agrupamento dos dados.

Diferentes profissionais talvez ten ham que observar 0 mesma plano de

atendimento par razoes diferentes. Para garantir que todas as partes envolvidas no

fornecimento de atendimento de saude tenham facit acesso as informa90es

necessarias, as leis e os pad roes determinam que os pianos de cuidados sejam

especificos, claras e consistentes.

Segundo TIMBY(2001, pg. 104), 0 plano de cuidados e utilizado como:

1) retato permanente des problemas de saude, dos cuidados e do progresso de um

cliente;

2) para a partilhar de informa90es entre funcionarios da saude;

3) como recurso para auto-estudo

4) durante a investiga9E1o da qualidade do atendimento numa institui9E1o;

5) para a obten91iode reembolso dos servi90s e dos produtos cobrados;

6) para a realiza9ao de pesquisas;

7) como evidencia legal em casos de impericia medica.

Para ALFARO-LEFEVRE (2000, pg. 84), deve-se atentar a:

Registrar logo que possivel apes a presta980 do cuidado. Se nao obtiver 0

registro, fa9a anota90es em uma folha de rascunho. Nao cenfiar na memoria.

• Obedecer a politicas e aDs procedimentos de registro de cada institui9ao.

14

• Registrar as acroes importantes imediatamente para assegurar que as Qutros

saibam que a a9ao loi completada.

• Registrar sempre as variac;oes das normas e qualquer aC;ao tomada em relac;ao

as anormalidades.

• Prender-se aos latos. Evitar latos que julga.

Ao se abordar a importfmcia da Equipe Interdisciplinar no tratamento de

qualidade na saude, encontram-se implicitas nesta pratica, algumas categorias que

devem ser explicitadas para maior clareza e compreensao da exposic;ao.Primeiramente, reconhecer que 0 espac;o da instituic;;ao cnde S8 desenvolve a

ac;ao e fundamental para direcionar a pratica profissional, privilegiando a pesquisa au a

assislencia a saude. Essas finalidades, is10 e a produyao de conhecimento ou a

intervenc;ao, direcionam a reflexao, devendo a interdisciplinaridade ser analisada nas

duas vertentes.

Em segundo lugar, 0 tratamento de qualidade indica uma concep9ao etico-

politica que traduz a noyao de sujeito ao enfermo ou aos segmentos que demandam

serviyos e ayoes de saude. Sujeito este que tem direitos a serem resguardados, sendo

o primeiro, 0 direito a um tratamento de qualidade, traduzidos em aspectos que vao

desde 0 direito a informa9Eio sobre seu estado de saude, ao cuidado, com dignidade,

em questoes de vida diaria. Esta concepyao como que amplia a equipe, integrando os

profissionais que detem urn saber cientifico com os demais agentes, com praticas e

papeis especificos e que, tambem, estao em relayao direta com 0 usuario e seus

familiares.

Para Vascooncelos in Neder (1997 pg. 49), "a interdisciplinaridade exige que os

profissionais estejam interconectados pela mesma visao de saude, doenya e pacientes

para que possam alcanc;ar uma maior eficacia na sua diagnose e tratamento"

Segundo JAPIASSU ( 1992, pg. 89), ao se refletir sobre a importancia da equipe

interdisciplinar no tratamento de qualidade na saude, algumas ponderayoes iniciais se

imp6em:

15

A) 0 tema interdisplinaridade vern integrando a agenda de discussoes academicas e

institucionais, praticamente, desde a decada de 60, com divergenc;as e congru€mcia em

termos te6ricos e operacionais, ampliando sua densidade conforme se constata sua

importancia e demanda contemporanea;

8) alguns campos do conhecimento e de praticas profissionais tern S8 destacado no

debate e contribuido, assim, para sua amplia921o. Constata-se que tal vem ocorrendo

especialmente na area da educay2lo, saude e meio ambiente, 0 que pode ser atribuido

as exigencias do objeto de pesquisa e de intervem;ao que estruturam tais areas;

C) 0 novo enfoque na ateny2lo a saude, inclusive como politica nacional, expresso nos

principlos e diretrizes do Sistema Unico de Salide, de assistencia integral, 0 que sup6e

a al):ao interdisciplinar;

D) a tendencia, do tempo presente, no que se refere a urn novo paradigma axiologico

em relal):ao ao homem, compreendendo-o sob uma perspectiva ontologica e nao rna is

reducionista e fragrnentada, 0 que traz, como conseqOencia, novas maneiras de

abordar quest6es relativas ao mesmo, tanto em termos de conhecimento como de

al):~lO;

E)o risco de uma supervalorizal):80 da interdisciplinaridade devido a incompreens6es

conceituais e adol):ao formalistica da sua pratica, como urn modismo ou uma panaceia

que trara solul):6es magicas as quest6es abordadas.

Discutir a importancia da equipe, e especial mente de uma equipe interdisciplinar

no tratamento de qualidade em area complexa como a saude significa, entao,

compreender como as quest6es antes citadas condicionam e sao condicionadas pela

praxis cotidiana, tendo-s8 como pressuposto inicial que 0 espirito interdisciplinar, mais

do que ser pensado e teorizado, deve ser vivenciado .

2.2.1 as fundamentos do trabalho em equipe

Duas condil):6es decorrentes do processo civilizatorio determinam a articulal):ao

entre ciencias e disciplinas profissionais, na busca de urn atendimento mais efetivo e

16

eficaz as demandas da sociedade, especialmente na esfera da prestaC;80 de serviyos ,

o avan90 das ci€mcias e a expansao historica das necessidades sociais. Esta eficacia e

efetividade, segundo RIZOTII (1992, p. 10), "pode ser considerada tanto no plano

concreto e real do atendimento as exigemcias de uma dada sociedade, como no plano

simb61ieD,significando a sua contribuiyao para a equilibrio da propria estrutura social".

o trabalho em equipe situa-se como uma das formas de dar maior rentabilidade

as atividades human as, superando as ag6es fragmentadas e buscando uma visao de

globalidade, atributo dos fenomenos e fatos socia is. Quando realizado par profissionais

com saberes e praticas especificas, legitimadas institucionalmente, apresenta algumas

caracteristicas que devem ser recuperadas quando S8 tenta identificar os elementos

que determinam 0 sucesso do trabalho conjunto.

MEIRELLES (1998, p. 15) considera"a equipe como urn grupo de pessoas, que

desenvolve um trabalho de forma integrada e com objetivo comum, com

interdependencia, lealdade, cooperaC;ao e coesao entre os membros do grupo, a fim de

atingirem maior eficacia nas suas atividades. Esta equipe e construida e vivida pelos

seus membros, que trabalham de forma dinamica suas emoc;6es, sentimentos e

expectativas ate atingirem equilibria e participa9ilo verdadeira de tados os membras do

grupo nas ac;6es".

Na contemporaneidade, cada vez mais as necessidades humanas vern sendo

prestadas atraves das organizac;6es, via servic;os, que tern, como

caracteristicas, a exigencia de eficacia e efetividade.

Na area da saude, no Brasil, 0 trabalho em equipe inicia-se em 1924, no Instituto

de Higiene e Saude de Sao Paulo. Ja se partia, entaa, da canjectura que a posse de

conhecimentos e diagnosticos comuns viabilizaria uma aC;ao que superaria a atividade

individual e daria conta da camplexidade do setor. A partir da decada de 80, a

ampliac;ao da equipe, com a inclusao crescente de novos profissionais, decorre de uma

concepc;ao ampliada de saude, determinada por aspectos socia is que interferem no

processo saude-doenc;a, ultrapassando uma visao unicamente biologica, medico-

sanitaria e higienista. Esta concepc;ao e forma de organizaC;ao do trabalho no setor tem

17

estatuto legal, resguardado pela ultima Constitui9iio Federal, pela Lei 8080 e Resolu9ao

218 do Ministerio da Saude.

Esse pressuposto persistiu no idea rio dos profissionais que atuam na area e,

hoje, verifica-se urn avanryo na compreensao dos elementos que atimizam a ac;ao das

equipe de saude. Produzir bens e servi90s exige, devido a amplia9ao e sofistica9ao das

demandas atuais, tanto a divisao social e tecnica do trabalho como a sua posterior

unificary80 atraves de urn objetivo comum.

Outr~ aspecto indicado por RIZOTII (1992, pg. 12) que envolve 0 trabalho em

equipe," e 0 tata de ser realizado em urn esparyo institucional, onde hit submissao a

uma norma e idealizay80 sobre 0 trabalho." Ocorre com relativa frequencia , em razao

das hierarquias institucionais, urn cheque entre a arcabouyo institucional e a autonomia

relativa dos integrantes da equipe devido a necessidade de horizontalizary8o dos seus

saberes e das suas praticas. Compatibilizar essas duas ordens de requisit;:oes torna-se

ainda mais delicado e dlficil devido a predominancia hist6rica do saber medico, que tern

encaminhado tradicionalmente 0 processo de cura. Os aportes de outras disciplinas,

que simbolicamente e de fato rompem com a hegemonia do saber medico, sao dificeis

de serem incorporados e administrados no interior da equipe.

A interdisciplinaridade, como um novo principio organizador do conhecimento,

emerge a partir do esgotamento de um padrao de racionalidade construido sob 0

paradigma das ciencias naturals e que conduziu a um modelo de ciencia desvinculado

de urn conteudo etico e politico. Busca-se, atualmente, recuperar os pontos de

integraC;8o dos fen omen as na vida social e superar um modelo datado de cientificidade,

conforme apontou SOUSA SANTOS em um coloquio sobre Politica, Ciencia e Direito e

os Desafios da P6 s- Modemidade, realizado na Universidade de Brasilia, em 1992.

Indica ainda, a mesmo autor, que "a ciencia pos-moderna e uma ciencia

assumidamente analogica que procura descobrir categorias de inteligibilidade globais,

conceitos quentes que derretem as fronteiras em que a ci€"mcia moderna dividiu e

encerrou a realidade". No paradigma emergente de SOUZA JUNIOR e AGUIAR (1992

pg. 448) "0 conhecimento e indiviso e a sua fragmenta,ao nao e disciplinar e sim

18

tematica: as temas sao galerias par onde as conhecimentos progridem ao encontro uns

dos outros". Ao contra rio do que sucede no paradigma atual, 0 conhecimento avan9a amedida que 0 seu objeto se amplia.

Ainda que naD se concorde que a interdisciplinaridade situe-se como urn estatuta

paradigmatico para a ampliac;c1o do conhecimento, verifica-se que e urn principia que

tende a reger a produ9ao cientifica atual.

2.2.1.2 A ;mportanc;a do traba/ho em equipe interdisciplinar

Estabelecendo um paralelo a partir das considera90es de VASCONCELOS

(1996), no campo da saude mental, "a discussao da importancia da ac;ao interdisciplinar

na atenc;ao de qualidade na area da saude naD visa 0 retorno a uma ideia totalizadora

do saber, sob a hegemonia de uma (mica disciplina, mas sim 0 de reintroduzir, no

debate enos encaminhamentos operativDs, as situac;:6es atuais e de risco" Sao estas

situa~6es atuais e de risco que, analisadas e pesquisadas intensivamente pelos

profissionais envolvidos com a sallde, possibilitaram a instituiyao de novos modelos ou

paradigmas de aten~ao ao enfermo que demanda 0 sistema ambulatorial, hospitalar ou

a esfera preventiva. Por exemplo, a intensificayao do cuidado domiciliar, 0

estabelecimento de redes de apoio ao paciente e familiares, novas terapias -

alternativas que, fon;osamente, determinarao alterayao no processo de trabalho

coletivo e interdisciplinar.

Ap6s a sucinta abordagem de aspectos que interferem na a~ao interdisciplinar,

pode-se fazer algumas indica~6es sobre a sua importancia:

A) as exigencias da especie humana, amea~ada pela depreda~ao do meio-ambiente,

amea~ando a sua sobrevivencia, sup6em a a~ao interdisciplinar para sua reduzir ou

resolver tal ameaya;

8) 0 pensamento complexo, fund ante da racionalidade contemporanea, conforme

sintetiza Edgard Morin, imp6e, de per si, 0 trato interdisciplinar nos aspectos

epistemol6gicos, politicos, metodol6gicos e no transito do conhecimento para a

19

intervenc;ao;

C) os avan90s do conhecimento cientifico e as inova96es tecnol6gicas apresentam,

constantemente, novas exigencias em termos te6ricos e metodol6gicos que S8

traduzem na incorpora9ao de disciplinas distintas para elucida9ao de questoes

tradicionalmente unidisciplinares, em algumas ocasioes, inclusive, criando novos

campos disciplinares;

D) 0 processo civilizatorio que concorre para novas requisic;oes em diversos pianos -

cultura;s, economicos, socia is e ambientais - que as disciplinas, isoladamente, naD dao

conta de encaminhar satisfatoriamente;

E) 0 reconhecimento de que os problemas de saude naD sao puramente bio16gicos mas

tambem condicionados pela estrutura social, economica, politica e cultural. Portanto

suas soluyoes transitarn pelas areas men cion ad as e nos pianos objetivos e subjetivos,

simb61icos e concretos. A ac;ao interdisciplinar permite uma visao mais global e

integrada da realidade, do todo social que incide sobre 0 processo saude-doen~,

favorecendo 0 entendimento de rela<{6es pessoais, sociais, subjetivas e emocionais,

que permeiam 0 cotidiano do paciente e de seus familia res;

F) a ac;ao interdisciplinar vem como uma resposta a diversidade e especializac;ao

caracteristicas da modernidade tanto em rela<{ao aos conhecimentos como ao mundo

profissional. Surge nao contra a cegueira do especialista, como se usa dizer, mas como

possibilidade de integrar um conhecimento especifico aos demais, enriquecendo a

compreensao do objeto estudado e ampliando a eficacia interventiva.

Segundo MEIRELLES (1998, p. 1) "a organiza9ao dos servil'OS de saude em

linhas disciplinares e a proliferal'ao de especialidades tern resultado na fragmentac;ao

do cuidado, com 0 equivoco nos diagnosticos e terap~uticas, distribuic;ao de pessoal,

recursos e informac;oes insuficientes." A superac;ao de tais falhas requer uma

abordagem interdisciplinar e cuidados integra is, e transpondo essas observac;6es para

enfermos terminais, das mais diversas idades, com as mais distintas necessidades nos

pianos objetivos e subjetivos, simb6licos e concretos, com a reverbera<;ao em familia res

20

e circulos profissionais e de amizade tem-se visualizada, de forma inequivoca, a

importancia da equipe interdisciplinar.

2.3 Cuidados e Controles de Enfermagem

Segundo TIMBY (2001, pg. 87), " comumente, a equipe multiprofissional tern tido

urn relacionamento dificil com a documentac;ao de enfermagem." Atualmente os

impressos de enfermagem S8 encontram fragmentados em partes: anota980, evolu980

e prescri9clo. Eventualmente estes S8 encontram retidos com as membros da equipe de

enfermagem dificultando desta forma a acesso de Qutros profissionais, motivando assim

uma confiabilidade entre as membros envolvidos na terapeutica de transmitirem as

informa90es pertinentes ao paciente apenas de forma oral.

Uma das vantagens da prescri9~10 multiprofissional esta relacionada com a

diminuic;ao do num8ro de impressos, pais devido a grande quantidade destes

documentos, e a diminui9ao da qualidade de informa90es, houve a necessidade da

construyao de uma nova folha, na qual, estar80 registrados determinados cuidados e

controles de enfermagem, evitando assim a duplicidade dos mesmos. Alem disso, esta

folha tera a dura9ao de quatro dias, evitando assim 0 acumulo desnecessario de folhas.

Tanto 0 impresso da prescri9a.o multiprofissional, quanto 0 de cuidados e

controles permitirao um cuidado holistico do paciente, visto que muitas vezes este enegligenciado pela forma fragmentada frequentemente prestada ao paciente.

per exemplo, sinais vitais, peso, totais de ingesta e eliminar;ao, controle hidrico quando

solicitado em 24 horas, entre outras informar;6es selecionadas, facililando assim a

identifica980 do estado do cliente, e todos os procedimentos nele realizados, de uma

forma pratica e rapida para a visualiza9ao. 0 impresso de cuidados e controles de

enfermagem sera um documento aonde os auxiliares de enfermagem registrarao

infermar;6es obtidas por meio da rotina de cuidados, como visualizar;ao de toda a

equipe multiprofissional, e para auditoria de convenios. Portanto, a utiliza9ao correta e

completa deste impresso, faz com que nao haja a necessidade de adicionar novamente

os registros na anota980 de enfermagem, ou seja, nas anota90es devem conter apenas

os eventos ou as respostas incomuns, aquelas observadas e registradas na folha de

controle.

22

2.3.1 Anota9ilo de Enfermagem

AnotaC;80 de Enfermagem, segundo 0 C6digo de Etica de Enfermagem do

parecer n.0018/97 "e realizado pela equipe de enfermagem no prontuario do paciente e

referem-se, as condic;oes bio-psicQ-s6cio-espirituais e todos as fatos ocorridos com 0

paciente, permitindo dar condic;oes para a continuidade dos cuidados",

assistencia prestada;

exames realizados;

justificativa da naD realizaC;8o dos exames e cuidados planejados;

reaC;8o do paciente frente aos tratamentos e exames;

sinais e sintomas.

Elas demonstram a ac;ao da enfermagem e VaG servir de relato a documentac;ao

de tudo que foi feito ao paciente e suas reac;6es. As anotac;oes precisas constituem-se

urn respaldo para a enfermagem.

o Finalidade

1- Estabelecer uma efetiva comunicac;ao entre a equipe de enfermagern e demais

profissionais envolvidos na assistencia ao paciente.

2- Servir de base para a elabora~ao do plano de assistencia ao paciente.

3- Constituir uma fonte de subsidios para a avalia~ao da assistelncia prestada ao

paciente.

4- Acompanhar a evolu\=ao do paciente.

5- Constituir urn documento legal tanto para 0 paciente quanta para a equipe de

enfermagem, referente it assistencia prestada. Os registros podern ser seu melhor

amigo au seu pior inimigo. A melhor defesa quante ao que real mente observeu ou fez eo fate de existir algurna anota\=ao sobre isso.

6- Contribuir para a auditoria de enfermagem.

7- Colaberar para 0 en sine e pesquisa da enfermagem.

o 0 que Anotar?

23

o 0 que Anotar?

Uma anotac;ao 56 e considerada urn instrumento importante quando a seu

conteudo fornece informac;6es que facilitam a continuidade da assistencia ao pacientepar todos as profissionaisengajados neste processo.

Devern ser anotados as Guidados prestados, as reac;6es, as dificuldades,

ocom§nciase outras informac;oes de interesse.

Exemplos:

- Medicac;oes ou materiais solicitados no nome do paciente naD precisam seranotados na ficha de consuma, evitando assim duplicidade.

- Eo extremamente importante anotar peso e altura do paciente logo apes 0

internamento.Usa de oxigenio: especificar S8 esta sendo feito sob mascara ou cateter.Descrever 0 usa de bomba infusora.

Descri9ao de curativo (Certo: curativo abdominal apresenta area de secre9ao

esverdeada e com odor fetidol Errado: observada quantidade moderada de secre9ilo no

curativo abdominal).

- Anotar 0 usa do 61eo Mineral na Anotac;ao de Enfermagem, visando 0 usa

racional do produto.

- Etc.

o Como Anotar?

lodos as dados devem ser registrados imediatamente ap6s a ocorrencia, paranao ferir a sequencia dos fatos. Nunca antes ou depois, obedecendo aos seguintesrequisitos:

1- Exatidao: os fatos devem ser anotados com precisaa e veracidade. A omissaode dados ou registro errado demonstra inexatidao.

2- Breve: toda anota9ao deve ser objetiva e completa.

3- Legibilidade: a anotayaa deve ser feita de forma nitida e a tinta, pais 0 lapisnaa farnece um registro permanente.

24

l-Identificac!lo: logo ap6s a anota<;ao 0 profissional deve assinar seu nome

seguido do n.odo COREN.

a Normas Gerais de Anotac;ao:1- Escrever de modo exato, completo, conciso e legivel. Adivinhar as palavras

escritas par Dutra pessoa pode resultar em erros prejudiciais.

2- Utilizar as termos cientificas e par extenso. Usar apenas abreviaturas

padronizadas e convencionadas. Exemplo: 1M,ECG, RX, PVC, SF, SG, SNG, MMSS,

etc.

3- lniciar com a data, a seguir 0 horario e terminar com a assinatura e 0 n,o do

COREN.

4- Anotar 0 horilrio de forma a evitar ambigOidades. Exemplo: 13:00h e nao

1:OOhda tarde.

5- Nao rasurar. Podera caracterizar alterayao de registro feitos. Se cometer

erros, utilizar a metoda de correyao adotado pela instituiyao. Se cometer erras usar a

palavra "diga"entre virgulas e continuar. 0 corretivD naD deve ser usado para apagar 0

erro pois tarnara dubi8 a alterayao realizada.

6- Utilizar somente caneta azul para as registros diurnos e a tinta vermelha paraas registros noturnos.

7- Fazer as anota<;oeslogo apos a realiza<;aode alguma a<;80,ou logo apos a

ocorrencia de algum fato, para nao ferir a seqUencia dos dados, e para evitar perda dedados par esquecimento.

8- Registrar os dados referentes a sinais/sintomas e intercorrencias, queixase/ou anormalidades no periodo.

9- Nao deixar espa90s em brancos para evitar que alguem altere 0 registro

feito.

10- Documente as precau90es de seguran9a tomadas para proteger 0 paciente,isto pode incluir:grades laterais, medidas para conter 0 paciente ou contra convuls5es,

controle de sangramento, de drenagens, de sinais vitais, do nivel de consciencia, etc.Isto indica uma observa9ao cuidadosa e consciente da enfermagem.

25

12- A anotac;aodeve deixar claro S8 a observayao tai feita por urn funciomirioque anota au S8 e informac;aotransmitida pelo paciente, familiares, eu outro membra da

equipe de saude.

o Registro SOAP:

Urn dos metod as mais usados e eficientes para a seqOencia da anotac;aolou

evolu,ao de enfermagem e 0 Registro SOAP:

./ S= Dados Subjetivos. Relata estar com cefaleia, declara ser alergica a sulfa,

etc.

./ 0= Dadas ObjetivQs. Reflexos ausentes no lado dire ito, area hiperemiada de

aproximadamente 5cm no quadril direito, T=3SoC, infusao endovenosa no brac;odireito

correndo a 30ml/h, etc.

./ A= Aparelhos (auxiliar de enfermagem). Uso de ventilador, etc. A letra "A" para

o enfermeiro significara analise. Risco para integridade da pele prejudicada relacionada

a perda da sensibilidade do lado direito e a mobilidade.

./ P= Procedimentos (auxiliar de enfermagem). Instalado 0, continuo, passado

sonda vesical de demora, etc. A letra P para 0 enfenneiro significara [email protected] 0

rompimento da pele, colocar a colchao de ar, mudanc;a de decubito a cada 2h, etc.E muito importante ter em mente as seguintes perguntas: alterado? diminuido?

aumentado? prejudieado? disfuneional? inefieaz? agudo? cranieo? intermitente?

o Conteudos Principais por Tipo de Anota,ao:../ Anotacao de Admissao na Unidade

horas;

- condi,oes de chegada, de onde veio (PS, CC, UTI, UCC, interna,ao e

transfereneia interna);- como veio? (deambulando? cadeira de rodas? maca? Observar nivel de

conseieneia, se tem curativ~, sonda, gesso, drenos, tra~o, etc.)finalidade: tratamento clinieo ou cirurgieo?Anotar nome da doenya ou cirurgia;

- SSW (peso, PA, P, T, R);

26

- Procedimentos realizados, equipamentos em usa (cateteres, sondas, curativ~s,

drenos, Qxigenioterapia, ge55o, protese dentaria e mecanicas);

- Exames realizados (RX, ECG, exames laboratoriais, tomografia,

encaminhamento para 0 CC);

Jejum e recomenda~oes especiais;

- Orienta96es prestadas sabre a admissao;

- assinatura e 0 nOdo COREN.

./' Anotacao de Encaminhamento para 0 CC

hora;

SSW (PA, T, R, P);

intercorremcias (vernita, nausea, sangramento, cefah§ia, dar);

estado psicol6gico (orienta,oes);

medicayao pre - anestesica;

prepare pre - operat6rio Oejum, tricotomia, vestimentas, retirada de proteses

dentarias e adere,os);- assinatura e 0 n.o do COREN .

./ Chegada do Paciente vindo do CC e Unidade de Internacao

hora;

SSW;

nivel de consciencia;

orientayoes;

queixas;

hidratagao, ingesta hidrica, elimina90es;

atividade fisica;

sondas, drenos, gesso, tragao, pungoes, condigoes do curativo (anotar aspecto,

odor e secregoes);

- anotar 0 tipo de cirurgia e anestesia;

- assinatura e 0 n.o do COREN.

,/ Anotacoes para Alta:

condi90es fisicas e emocionais na saida;orienta~6es para alta (curativo, sondas, drenos);

pertences do paciente;

acompanhado por quem?;hora da saida;

se existe alguma queixa, e se foi avisado ao plantonista;

assinatura eon.' do COREN.

28

2.4 Custos Hospitalares

A contabilidade de custos surgiu junto com a revoluc;ao industrial, como tentativa

de se elaborar um inventario disponivel em um determinado periodo operacional, onde

procurava-se identificar a valor dos produtos fabricados e vendidos.

Com 0 desenvolvimento, e a emprego cada vez rnais intensivQ das maquinas no

processo de produtyao, as novas custos apareceram tamanda-se bern mais complexos

as metodos para medi-Ios. A complexidade destes metodos contabeis, capazes de

solucionar cada vez com mais rapidez as custos de fabricac;:ao, foi que deu origem a

contabilidade de custos.

Aliado ao desenvolvimento experimentado pela contabilidade de custos nas

empresas nas quais teve origem, ou seja, nas empresas de setor secunda rio, foi

passivel criar sistemas perfeitamente adaptaveis ao setor terciario (escolas, bancos,

hospitais, empresas de onibus, etc).

MATTOS (2001, pg. 2), ap6s analisar varios autores, verificou que, nao existe urn

conceito universalmente aceito para a palavra custo. Existem par sua vez, uma

infinidade de discardancias sobre 0 assunto. Porem, mesmo existindo estas

divergemcias, e necessario citar alguns conceitos para fins operacionais.

Custo: Eo valor de bens e servic;os e servic;os consumidos na produc;ao de outros bens

ou servic;:os. Exemplo: 0 custo com antibi6ticos utilizados para dar alta a urn paciente

com pneumonia.

Oespesa: E 0 valor dos bens ou servic;:os nao relacionados diretamente com a produc;:ao

de outros bens ou servic;:os consumidos em urn determinado periodo. Exemplo:

Oespesas com 0 frete de equipamentos biomedicos para manutenc;:ao.

Gasto: Eo 0 valor dos bens ou servi,os adquiridos pela Hospital. Exemplo: 0 valor da

aquisic;ao de uma licitac;ao de fios cirurgicos.

Oesembolso: E 0 pagamento resultante das aquisic;:oes dos bens e servic;:os pelo

hospital. Exemplo: Pagamento de aquisi,ao de um lote de bolsas hemoterapicas.

29

Perda: E 0 valor dos bens au servic;os consumidos de forma anormal e involuntiuia.

Exemplo: Danos provocados por sinistros.

Desperdicio: E a consumo intencional, que por alguma raZ80 naD foi direcionado aprodu~ao de um bem ou servi~o. Exemplo: Violar pacotes esterilizados e nao utilizar

todo 0 seu conteudo.

Segundo MATIOS(2001, pg. 2), para melhorar 0 seu entendimento, os custos

foram aglutinados em seis grupos:

Al Quanto ao seu obieto: Quando relacionados com 0 tipo de atividade do hospital ou

centro de Gusto, classificam-se em:

Aplicaveis: Sao custos que ocorrem durante a produyao de bens ou servityos

relacionados com a atividade fim do hospital ou servi90 etc .. Exemplo: 0 custo com 0

Qxigemio em uma unidade de internayao.

lnaplicaveis: Sao custos que naD estao relacionados diretamente com a produ9c30 de

urn bern ou servi90 hospitalar pertencente a atividade fim do hospital au serviYo.

Exemplo a emprestimo de uma sala cirurgica para outra unidade hospitalar da rede.

B) Quanto ao grau de detalharnento: este grupo esta relacionado com 0 volume de

produ~o.

Custo unitario: Custo de produyao de urn unico produto ou serviyo, obtido atraves da

metodologia do custo por ordem de produ~ao. Este metodo parte da aglutina~ao dos

custos unitarios para os custos totais de produyao. Exernplo: Reforma de urna unidade

deinternayao.

Custo medio unitario: Custo de produyao de um unico produto ou servilYo, obtido

atraves do custo total de produ~ao de "n" produtos dividido pela quantidade destes

produtos em determinado periodo. 0 sentido da aglutinayao neste caso parte do custo

total para 0 unitario. Exernplo: Custo de urn hemograma junto ao laboratorio de

patologia clinica.

Custo total: Eo 0 custo para produzir "n" produtos ou servi~os em hospital, servi~o etc..

C) Quanto ao relacionamento com 0 nivel de atividade: Estes custos relacionam-se com

o nivel de alividade produtiva, podendo ser classificado como:

30

Custos fixos: Sao aqueles que com a estrutura de produ.yao con stante, naD variam com

a quantidade produzida. Exemplo: Energia eh~trica gasta com a ilumina980 em

laborat6rio de analises.

Custos variaveis: Seu montante, no periodo em estudo, varia diretamente proporcional

a quantidade produzida. Exemplo: Filmes radiol6gicos e 0 numero de exames

realizados no servi90 de radiologia.

Custos misto escalonado: Sua varia9ao e direta aD nivel de atividade, porem naDproporcional. Exemplo: Custo de supervisao, para cada dez pacientes internados,

necessita-se de rnais cinco auxiliares de enfermagem e para cad a cinco novos

auxiliares, necessita-se de uma nova enfenneira supervisora para a equipe.

Custo misto composto: Estes custos possuem parte fixa e parte variavel. Uma varia

diretamente proporcional a quantidade produzida e a outra mantem-se constante a

qualquer nivel de atividade. Exemplo: A parcela de energia eletrica utilizada na

ilumina9ao enos equipamentos do servi90 do Laborat6rio de Patologia Clinica.

D\ Ao elemento: Neste caso, 0 custo e classificado por especie (pessoal e encargos

sociais, material de consumo e serviyos de terceiros, etc ..) Isto facilita a sua alocayao

ao sistema de apurac;ao de custos e urn controle isolado de cada categoria de custo

(analise de tendemcia e de estrutura).

E) A incldencla: Esta classificac;ao esta relacionada coma incldencia de cada especle

de custo ao processo produtivo:

Diretos ao Produto: Sao aplicados diretamente ao produto. Exemplo: Se tomarmos

como referencla a alta hospitalar, sao custos diretos os medicamentos, as proteses, as

salarios e os encargos sociais do corpo clinico.

Indiretos ao produto: Sao os custos aplicados indiretamente ao produto. Podem em

alguns casos, ate incidir diretamente, porem apresentam dificuldade para controle

individualizado, tendo-se que utilizar bases de rateio para sua alocaC;ao ao produto.

F) Ao momenta do calculo: Esta classificac;ao esta relacionada com a localizac;ao com

os custos no tempo. Classificam-se em:

31

Custos historicos: Sao custos ja realizados. Seu calculo serve para medir 0

desempenho empresarial.

Custos futuros ou pre-determinados: Sao as custos calculados objetivando 0

planejamento empresarial.

Segundo COSTA (2000, pg. 1), "0 hospital deve conhecer 0 que representa uma

diaria a mais, porque existem as 9lo5as; 0 que representa em termos de custo quando

o medico interna para a realizag80 de exames; quanta custa a infecyao hospitalar;

quanta S8 perde mensalmente com medicamentos que naD sao anotados nas folhas e

outros fatares que existem e sao difleeis de corrigir."

Devemos alertar os administradores hospitalares para alguns detalhes de custo

que pod em representar muito no resultado final de urn periodo, tais como:

medicamentos que nao sao anotados nas folhas e que, portanto, naa sao faturados;

processos de infecc;c3o hospitalar, que demanda maior permanemcia do paciente sem

cobertura financeira dos convenios; falta de um dimensionamento de pessoal, nao s6

da enfermagem, mas da instituil{c30 como urn todo, ail§m de acabar com as horas extras

e faltas de funcionarios ao servil{o; maior contrale no consumo de materiais; trabalhar

com profissionais mais qualificados e treinados melhorando, assim, a atendimento e a

faturamento; conhecer 0 custo de cada departamento, servil{o ou Se9aO, corrigindo as

distor90es, fazendo urn gerenciamento com rna is informa90es, possibilitando escolher

as pracedimentos que a hospital deve fazer e aqueles que s6 serao realizados com

uma negocia9ao melhor.

Para FERREIRA (1999, pg. 1): as empresas de pianos de saude, sem exce9ao,

estao buscando ajustar as suas dificuldades financeiras em cima de cortes, de glosas e

de ac;oes em cima das atividades hospitalares. Sao ac;Oes unilaterais, sem discussao,

sem debates, sem negociac;:ao. Para concorrer com sucesso num mercado global cada

vez mais competitiv~, nao basta conhecer apenas as custos dos seus servi90s." Uma

empresa precisa conhecer os custos de toda a sua cadeia econ6mica e trabalhar com

outros membros da mesma para gerenciar os custos e maximizar 0 rendimento.

32

E preciso buscar constantemente a redu~o dos custos dos procedimentos e

servi90s, sem 0 prejuizo da qualidade, da seguranya dos funcionarios e da satisfayao

dos clientes.

33

2.5 Qualidade Hospitalar

A preocupac;ao pel a qualidade e uma caracteristica das sociedades avanc;adas,

uma vez superadas as etapas de subdesenvolvimento,nas quais predomina a

preocupac;ao pela quantidade. A cada dia que passa, a qualidade, usada como arma

empresarial, esta recebendo mais atenc;aoem todas as atividades.

Segundo Dr. Juran, J. M.( 2001) - Engenheiro e Advogado americana que

auxiliou a implanta,ao do TQC - Tolal Quality Control, no Japao p6s guerra, "Qualidade

e a adequa91lo ao uso, isto e, teri! qualidade quando satisfazer 0 cliente quanto a

caracteristicas intrinsecas (conforta, beleza, durabilidade, etc ..), custo/prec;:o e

atendimentolassistencia tecnica. Basta qualquer urn desses itens nao atender as

expectativas do cliente, para que 0 produto, au servic;o seja considerado sem

qualidade".

Atualmente, a qualidade e vista como uma questao estrategica que afeta a todos

e a cada urn dos processos de qualquer organiza9ao.

Segundo Silva (2001, pg. 447) ao reconhecer a vantagem competitiva que a

administrac;aoestrategica da qualidade pode gerar, "as principais empresas do mundo,

cada vez mais, empregam a qualidade dos produtos e servic;os como forma de

aumentar a participayao no mercado internacional". A qualidade esta se tornando uma

questao cada vez mais dificil, devido a abertura de novos mercados e a um numero

cada vez maior de empresas em busca de participaC;aonesses mercados.

Um bam indice de qualidade em qualquer organizayao e tempo,

consequentemente, 0 dinheiro/custo, perdido em Ntaparburacos", reparar defeitos, quer

dizer, ern fazer coisas que nao seriam necessaries se 0 trabalho anterior, que conduziu

a essa situayao, fosse felto corretamente. Urn dos principais objetivos da gestao de

qualidade e, precisamente, conseguir que as coisas sejam bem feitas no primeiro

momento, ap6s uma analise adequada das diferentes solu,oes possiveis do problema

em questao. Ao avaliar a questao da qualidade da saude alguns anos atras e compara-

la a realidade de hoje, podem-se listar inumeras inovac;oesnos quesitos tecnologia e

34

modelos de gestao administrativa. Apesar de ainda serem encontradas algumas

deficiemcias, nota-se a maior preocupayao com a melhoria par parte dos gestores, dos

colaboradores das instituic;:5ese da propria comunidade.A comunidade torna-S8 cada vez mais exigente na satisfac;:ao de suas

necessidades etou desejos. Ate as classes menos privilegiadas social, cultural e

economicamente, atraves da massificac;ao e globatiz8g3o das informac;5es, tern acessoa fatos e imagens que agregam valores - desejos - a suas necessidades basicas.

No ambito hospitalar, diversas sao as ferramentas utilizadas para a gestao de

qualidade , dentre elas destacam-se: a acredita9ao hospitalar, 0 planejamento

estrategico, a reengenharia e a comunicac;ao interna.

Segundo Manual Brasileiro de Acredita9ao Hospitalar ( 1999 2 ed.)

"acreditac;ao hospitalar e urn instrumento de aferiyao da qualidade e dos recursos

organizacionais de urn hospital, sendo promovido por urn 6rgao externo, em periodos

regula res e por meio de padr6es e graus de complexidade previamente aceitos,

outorgando urn grau de acreditag2l0 que conota uma confianga dos clientes externos e

internos. "

A gestao orientada por objetivos pre-determinados descritos por pianos forma is

e orgamentos financeiros e de sum a importancia na definig2lo do rumo que a

organizagao seguira, principalmente no que se refere a rever investimentos no longo

prazo.

Todas as informa90es devem ser transmitidas aos funcionarios, exceto aquelas

que tenham carater estrategico empresarial e que, de alguma forma, tenham

caracteristicasde que 0 trabalho realmenteseja prejudicadocaso seja divulgado antes

do tempo. A comunica9ao aberta, com verdades e pOliticas claras, proporcionam

confianga do funcionario na organizayao, 0 que provoca a criatividade e a minimizay2l0

de processos, gerando um custo menor e urn aumento do resultado positiv~.

Reengenharia e a analise e a efetiva modificay2lo simult2lnea de processos,

sistemas de informay2lo, com 0 intuito de conseguir uma melhoria radical no tempo,

custo, quaJidade e satisfayao do cliente interno e externo, quanto aos produtos e

35

servi~o5 da empresa, gerando uma mudanc;a em tada a organizac;ao. Portanto a

reengenharia tern a ver com minimizac;ao de processos administrativos e operacionais;

o que pade significar urn aumento significativ~ na qualidade assistencial, e 0 sistema de

informac;6esque da suporte a estes processos, provocando melhoria na qualidade do

produto.

36

2.6 Auditori.

Os custos da assistemcia medico hospitalar elevam-se a cad a dia, gerando

dificuldades tanto para os que dela utilizam, como para os que prestam servi,os. Uso

abusivo do sistema, cobran9a de retorno para apresentaC;80 de exames

complementares, exagero da gravidade do paciente excesso do numera de visitas,

traca de c6digos dos procedimentos, prec;os abusivos de materia is, complemento de

honorarios, sao exemplos abominaveis e prejudiciais, que acarretam elevac;ao dos

custos e comprometem as beneficios.

A necessidade e a pralica efetiva da Auditoria sao plenamente reconhecidas,

tanto pela legislayElo, c6digos de Etica da area da saude e normas administrativas das

instituic;6es pertinentes. como pelos 6r9a05 responsiweis pelo custeio da assistencia asaude, sejam publicos au privados.

Filosoficamente, Auditoria nao deve ser vista com mero instrumento fiscalizador. Ela e

muito mais abrangente. ena e implanta normas que permitem 0 continuo

aperfei/yoamento do sistema, determina parametros nos setores de contas medicas e

hospitalares e funciona como urna ferramenta na diminui/yao dos custos, sem diminui9ao

na qualidade do atendimento. As auditorias medicas sao utilizadas em todas as areas

administrativas gerenciais que trabalham com a saude.( Junqueira, 2001, pg. 14).

Segundo Ferreira ( 2002 pg. 48 ), no novo dicionilrio da Lingua Portuguesa, as

palavras "auditoria" e "auditor" vern do latim "auditore" e significam:

* Auditoria: cargo de auditor; lugar ou reparti9ao onde 0 auditor exerce suas fun90es;

exame analitico ou pericial que segue 0 desenvolvimento das a90es contabeis, desde 0

inicio ate 0 balan90; auditagem.

*Auditor: aquele que ouve-ouvidor; perito-contador, encarregado da auditoria.

Para Behrens ( CFM 99), Conselheiro relator, define 0 conceito de Audiloria em

Sessao Plena ria do Canselho Federal de Medicina, "como sendo 0 conjunto de

37

atividades e at;6es de fiscalizac;ao, de contrale e de avaliaC;<3o dos processos e

procedimentos adotados, assim como 0 atendimento prestado, objetivando sua melher

adequac;ao e qualidade, detectando e saneando-Ihes eventuais distorc;oes e propondo

medidas para seu melhor desempenho e resolubilidade".

Atualmente 0 papel da Auditoria vem se tornando imprescindivel no ambito

hospitalar. As instituic;6es de saude tern de preparar-se para a excel€mcia que a

economia moderna vern requerendo. Isto quer dizer atenc;ao total aos custos,

capacidade de analise abrangente e precisa, contrale rigoroso e eficiente das

opera~6es. Segundo LOVERDOS (1999, pg. 86) "a auditoria revela sua importancia

nesse cenario; per meio dela e que se gerenciam efetivamente os custos de uma

organizaC;<3o,tomando importancia capital, que vern sendo universalrnente reconhecida

par todos as tipos de empresas prestadoras de servi,os de saude de um modo geral".

38

2.7 Padroniza~ao

Para CARPENITO (1997, pg. 67), "cuidados padronizados sao diretrizes

detalhadas que representam 0 atendimento previsivel indicado para situa,oes

especificas. Identificam urn conjunto de problemas que ocorrem, tipicamente, em uma

determinada situac;ao."

Segundo CAMPOS (1992, pg. 23), "a padroniza,ao e considerada a mais

fundamental das ferramentas para se conduzir 0 gerenciamento da rotina do trabalho

diario. Em sua grande parte, a padronizac;ao e voluntaria. As pessoas discutem aquilo

que sera padronizado, estabelecem 0 procedimento padrao e 0 cumprem. Os modelos

de padronizac;ao variam de instituic;030 para instituic;ao em func;ao do tipo, tamanho e

das condic;oes locais".

A padronizac;ao deve ser vista como algo que trara melhorias em qualidade,

custo, cumprimento de prazo, seguranc;a, etc. Indica a meta e as procedimentos para

execuc;c3o dos trabalhos, de tal rnaneira que cada urn tenha condiyoes de assumir a

responsabilidadepelos resultadosde seu trabalho.

39

2.8 Treinamento de pessoal

A busca de uma qualifica<;aocada vez maior, faz do treinamento uma importante

ferramenta de aperfei90amento e capacita9ao profissional. Refere-se ao ensino das

habilidades tecnicas necessarias a execuyao da func;ao.Para BARRETO (1995, pg. 9), treinamento e "a educa9ao profissional que visa

adaptar 0 homem ao trabalho em determinada empresa, preparando-o adequadamente

para 0 exercicio de urn cargo. Pode ser aplicado a todos os niveis au setores daempresa."

BARRETO (1995, pg. 9), considera treinamento como "urn investimento

empresarial destinado a capacitar uma equipe de trabalho e reduzir ou eliminar a

diferenc;a entre 0 atual desempenho e as objetivos e realizac;5es propostos. Nessesentido, a treinamento e urn esforc;o dirigido no sentido de equipe, com a finalidade de

fazer a mesma atingir 0 rna is economicamente passivel as objetivos da empresa."

Os programas de treinamento geralmente sao estruturados para atender aosobjetivos da organizac;:ao,num curto espac;:ode tempo. Qualquer treinamento trara

modificac;:6esno elemento humano, no trabalhador, implicando uma aprendizagem econseqOentemente uma mudanc;:ade comportamento.

o levantamento de necessidades de treinamento corresponde ao diagnostico,onde sao identificados os problemas na empresa. Serve como mecanismo norteador doprocesso, onde sao identificados: 0 porque, 0 para que e para quem deve ser dirigido 0

programa de treinamento. Para BARRETO (1995, pg. 15), deve atender trIOStipos de

necessidades de desenvolvimento da empresa:

Organizacional: a empresa e vista como um todo, e sao analisados osaspectos fisico, SOCial, comportamental e desempenho. Os objetivosgerais do treinamento sao definidos neste nivel para alcanc;:ar osprop6sitos da empresa.

De produto: analisa a qualidade dos servi90Sprestados.

De recursos human os: analisado 0 desempenho funcional destes.

40

Durante 0 planejamento do treinamento sao determinados as procedimentos a

serem adotados. Implica decidir e escolher. com born sensa e logica, metodos e me iDS

que facilitem a aquisic;ao de conhecimentos e otimizem a desenvolvimento profissional.

Existem tres modalidades de treinamento segundo BARRETO (1995, pg. 18):

1. Treinamento interno e externo:

Interna: organizado par uma equipe da empresa, ande as instrutores sao

selecionados da propria empresa.Externo: empresa contratante terceiriza as servic;os de empresas

especializadas.2. Treinamento introdut6rio e em servic;o:

Introdutorio: tem par objetivo a adapta~ao e a integra~ao do novo

funcionario, ande 0 mesma e conscientizado de suas responsabilidades,

direitos e deveres.

Em servi~o: tem par objetivo a solu~ao de problemas funcionais

especificos, podendo ser ministrado em grupo, atraves de urn Programa

de Treinamento ou pela chefia imediata do funcionario.

3. Treinamento funcional e correlato:

Funcional: relacionado II fun~ao, tem par objetivo habilitar etou aperfei,oar

o desempenho profissional.

Correia to: busca aprimarar canhecimentos que nao estao diretamente

ligados II fun,ao do funcion<irio. Visam aperfei~oar a Qualidade do

trabalho.

as objetivos do treinamento campreendem a descriyao exata do desempenho do

treinado. Traduzem 0 comportamento esperado, podendo esse comportamento ser

previsto de uma maneira abrangente au de uma maneira espedfica. A defini9aO os

objetivos pode ser classificada em objetivos gerais e objetivos especificos.

Os objetivos gerais apresentam uma linguagem ampla e generica e sao

alcan9ados a longo prazo. Refletem a comportamento final emitido pelo treinado, e sao

definidos quando do levantamento de necessidades de treinamento.

41

Os objetivos especificos indicam imediatismo, utilizando uma linguagem precisa,

relacionada a urn determinado comportamento.

A metodologia de ensina e a definiC;:Bo de metodos, tecnicas e recursos a serem

utilizados no treinamento. Metodo, segundo FERREIRA (1979, pg. 145), quer dizer

"caminho para se chegar a urn determinado resultado", podendo ser individuais ou

grupais.

As principais tecnicas utilizadas em treinamento sao:

• No metoda individualizado: instruc;ao programada, pesquisa e entrevista.

• No metoda socializado: tecnicas de aquecimento, exposic;:ao oral, discussao

dirigida, brainstorning, estudo de caso, role-playing, workshop, business games,

estagios em Dutras empresas, visitas de estudo, viagens de estudo, 0 metoda de

uaprender-fazendo", pesquisas em centros de documenta98o. rodizio,

conferencias, palestras, forum, painel, simposio, mesa-redonda e debate.

Os recursos audiovisuais sao fundamentais para uma boa compreensao do

conteudo, pois promovem uma aprendizagem por meio de memoriza9ao e reten9ao de

elementos.

Os recursos mais utilizados em Treinamento sao:

quadro-de-giz;

flip-chart ou album seriado;

transparencias;

slides;

videos;

multimidia.

Segundo FERREIRA (1979, pg. 147), urn curso, para ser considerado eficiente,

deve preencher os seguintes requisitos:

o dever ser rico em conteudo (quantidade e qualidade do que ira transmitir ou

ensinar);

o deve ser conciso na sua forma de elaboractao;

42

o deve orientar-se no sentido da complexidade crescente e da generalidade

decrescente;

o deve possuir avaliaQ8.o seletiva dos rnetodos e processos utilizados;

o deve ter valor pratico, para favorecer a forma9ao etou 0 desenvolvimento do

aluno;

o deve ter valor teorico, para satisfazer a necessidade de informayao, ou de

atualiz8Qao de conhecimentos;

o deve ser dinamico na sua forma de apresentac;:ao;

o deve ter seqOencia logica na exposiy2lo dos temas OU assuntos que focalizar.

A eficacia do treinamento 56 e reconhecida S8 as metas estabelecidas pela

empresa forma alcanyadas ou S8 os resultados conseguidos satisfizerem, qualitativa e

quantitativamente, as necessidades preestabelecidas. 0 primeiro passo no processo de

avaliag8.o e medir as reac;:oesaos programas de treinamento.

De acordo com FONTES (1977, pg. 91), a avalia9ao de resultados de

treinamento pode ser dividida em quatro fases:

1. Reac;ao: e avaliada a maneira como os treinados senti ram 0 treinamento ao qual

foram submetidos. Nao se considera a aquisic;ao de conhecimentos, mas 0 grau

em que os treinados aceitaram 0 programa.

2. Aquisic;ao de Conhecimentos: verifica-se quantitativamente, ate que ponto os

conhecimentos foram assimilados pelos treinados.

3. Comportamento: e feita a analise global de todos os resultados obtidos nas fases

anteriores, com a finalidade de verificar se a programa conseguiu alcanc;ar os

objetivos.

4. Resultados: e feita uma avaliac;ao global dos resultados obtidos nas outras fases,

a fim de se verificar 0 grau de validade dos programas de cursos e as falhas e

deficiemcias que devem ser corrigidas nos programas futuros, e as providemcias

que devem ser tomadas durante 0 periodo de acompanhamento do treinado

ap6s sua volta ao ambiente de trabalho.

43

Para a avaliaC;8o de resultados de treinamento podem ser usados formularios,

entrevistas, averiguac;oes diretas ou Qutros quaisquer instrumentos que forem julgados

adequados aos casas especificos. A tecnica de observar situa<;6es e/ou

comportamentos necessita de uma objetividade e clareza nas inten90es, para que a

coleta de informac;oes e investigayao seja feita de uma rnaneira organizada.

Para BARRETO (1995, pg. 31), existem vantagens e limita90es da observa9ao:

Vantagens:

>- E urn meio direto de constatayao de muitos aspectos do comportamento que nao

pod em ser avaliados de outro modo;

>- Permite 0 registro de dados no momento de sua ocorrencia;

~ Nao requer a coopera9ao do observado.

Limitac;oes:

~ Limita<;ao de ocorrencias no peri octo destinado a observac;:ao;

~ Inferencias pessoais e julgamentos subjetivos per parte do avaliador.

A exposic;ao oral como processo de transmissao de informac;6es, e 0

procedimento que ocorre com mais freqOemcia nos programas de treinamento. 0 exito

do treinando esta em grande parte na ayao do instrutor. Este deve utilizar-se de

estrategias de ensino que possibilitem uma aprendizagem efetiva, que otimize 0

programa de treinamento bern como os resultados.

44

Metodologia

o presente trabalho desenvolveu-se a partir da parceria com a direyao Geral e a

servigo de Auditoria Interna do HUEC.

A pesquisa foi em basad a na abordagem qualitativa, pais a fen omena eentendido tal como ocorre e naD em partes. As informaryoes sao de forma estruturada,

sendo salientados as aspectos humanisticos, dinamicos e holisticos. Os instrumentos

sao facilmente corrigidos e readaptados durante 0 processo de trabalho.

Para aprova98o do projeto e definiryao da area de apiicayao, fcram realizadas

diversas reunioes com 0 Assessor da Diretoria Geral . Gerente do servic;;o de

Enfermagem e Enfermeira Auditora do HUEC. Devido a nao existencia de uma

padronizac;;ao das Prescriyoes nas diversas especialidades, a implantayao em todos as

setores acarretaria em maior dificuldade. Oecidiu-se entao que a implantac;ao ocorreria

como projeto-piloto na Unidade de Internagao da Clinica Vascular, composta por

dezesseis leitos, divididos entre Enfermarias de SUS e Convenios, totalizando doze

funcionarios. Alem da implanta(faa da Prescri(fao Multiprofissional, verificou-se a

importancia de englobar a implantagao da Folha de Cuidados e Controles de

Enfermagem, pais com a existEmcia da prescri(fao (mica multidisciplinar, tornou-se

necessaria a elaborac;ao de novo impresso para 0 registro dos controles e cuidados de

Enfermagem.

A elaborac;ao dos novos modelos de impressos ficou definida juntamente com

Enfermeira Auditora, mediante aprovagao da Ger{mcia de Enfermagem e Diregao Geral;

os quais sofreram inumeras altera(foes para melhor adaptar-se a realidade da

Instituic;ao. Com a aprovac;ao dos novas impressos, surgiu a necessidade a aguardar a

impressao pela 9n.fica para continuidade do projeto.

Ap6s esta fase, realizada reuniao com 0 Corpo Multidisciplinar da Unidade

Vascular, com 0 intuito de divulgac;ao e demonstrac;ao da padronizac;ao de

preenchimento do novo impresso a ser utilizado.

45

Dando continuidade ao trabalho, surgiu a necessidade de realizar treinamento

com a Equipe de Enfermagem da Unidade (Enfermeiras e Auxiliares de Enfermagem),

vista que serao estes profissionais que preencherao a Folha de Cuidados e Controles

de Enfermagem.

o objetivo do programa de treinamento foi a capacitavao da Equipe de

Enfermagem da Unidade, referente a Prescrivao Multiprofissional e a Folha de

Cuidados e Controles de Enfermagem, par meio de urn treinamento interno em servic;o,

sem custos adicionais ao hospital.

o treinamento foi realizado em diferentes turnos (M,T,NA,NB), abordando todos

os funcioniuios da Unidade. Foi realizado acompanhamento de implantaC;c10 em servil,to

durante uma semana para esclarecimento de possiveis duvidas e dificuldades que

poderiam ocorrer.

Nao houveram intercorrencias durante a implanta9c1o. as novos impressos sao

de facil entendimento e preenchimento; sendo aceito par todos os profissionais

envolvidos no processo.

46

4 RESULTADOS

4.1 RESULTADOS

Dentre as resultados obtidos, destacam-se:

1) Elabora9ao do novo impresso da prescri9ao. pois a atual prescri9ao estava

dividida em medica e de enfermagem, implicado na duplicidade de cuidados, no

aumento dos custos hospitalares e 9lo5as, e na impossibilidade de outros

profissionais prescreverem;2) A reformulayao do impressa de Prescriyao de Enfermagem para folha de

Cuidados e Controles de Enfermagem, devido anotayoes e checagens naD

serem realizadas de forma correta, dificultando assim uma assistencia mais

precisa e qualificada;

3) Treinamento da equipe multiprofissional envolvida no processo da prescriyclomultiprofissional, para apresentayao dos novos impressos, nos quais, todos terao

de prescrever e evoluir;

4) Treinamento da equipe de enfermagem referente a folha de Cuidados e

Controles de Enfermagem, visto que serao estes os profissionais que

preencherao este impresso;

5) Operacionalizat;:ao de apropriat;:ao em conta, por meio de uma checagem mais

precisa de rnedicamentos e de urn contrale para a farmclcia.

6) Sistematizat;:ao da assistemcia Multiprofissional, referente a utilizat;:ao de

processos organizados para alcant;:ar seu proposito.

7) Acessomedico facilitadoas informa90ese evolu90esda EquipeMultiprofissionai.

8) Abordagem holistica no cuidado ao paciente, promovendo qualidade

assistencial.

9) Maior facilidade para realizar auditoria dos prontuarios e cobran9" de

procedimentos, devido a melhor estruturat;:ao e organizat;:ao dos novos

impressos.

47

10) Redw;ao de custos com a grafica decorrente da diminuic;ao do numero de

impressos necessarios para utilizattao.

4.1.2 Padroniza.ao do registro de Prescri.ao Multiprofissional

A Prescri9ao Multiprofissional Ii preenchida pelos profissionais da saude,

titulados, que tra.yam urn plano de cuidados ao paciente.

Ao tazer 0 registro, alguns dos principias aplicaveis sao:

• garantir que a forma de documentac;ao identifique 0 paciente;

• utiliza-se a can eta azul de tinta naD molhada;

• taz usa de escrita manuallegivel;

• registra a hora que cada procedimento seja realizado;

• preenche todos os espa90s de uma linha;

• utiliza somente abreviaturas aprovadas;

• descreve objetivamente as informac;oes;

• oferece medidas precisas S9 passivel;

• evita tada a oblitera~o das informac;oes, e

• assina todas as informac;oes com 0 nome e com a titulac;ao.

o registro da Prescri~ao Multiprofissional e constituida par duas vias. A prime ira

Ii composta por espa90s para: data, setor, centro de custo, diagnostico, etiqueta de

identificayao do cliente, local para a prescri~ao. horario em que deve ser administrada a

medica9ao au realizado algum procedimento e lista de consume do paciente. 0 local

para evolu~ao encontra-se no verso, bern como para as anota~6es de enfermagem e

exames complementares. A segunda via serve de controle para a farmacia.

Prescrigao:

o plano ou prescriyao de cuidados multiprofissionais e a descri~ao peri6dica das

a~6es de cada profissional envolvido na terapeutica a ser implementada com e para 0

paciente, visando a resolu~ao dos problemas diagnosticados. Nesta etapa, a avalia9ao

ocorre no momento da elabora~ao do plano propriamente dito, principalmente no

48

estabelecimento dos resultados esperados com a intervenc;ao da equipe

multiprofissional.

Podem evo[uir as profissionais medicos, enfermeiros, nutricionistas, odont6logos,

psic6logos, fisioterapeutas, fonoaudi61ogos e 0 servi,o social.

Evolu,ao:

Esta area e destinada a analise, interpreta,ao e julgamento das respostas do

paciente frente as intervenc;6es realizadas. A avaliac;ao dos resultados verifica as

efeitos, repercuss6es e conseqO€mcias dos cuidados prestados em relac;ao a

determinados parametros preestabelecidos e indica a manutenc;ao, modificayao au

suspensao da prescric;ao de enfermagem anterior. ~ 0 momento ende ocorre a

avaliac;ao propria mente dita.

Anotac;ao de enfermagem:

o impressa da anotac;ao de enfermagem e dividido para as tres turnas, manha,

tarde e noite.

E realizada pela equipe de enfermagem, mais precisamente, pelo auxiliar de

enfermagem, e refere-se as condic;oes bio-psico-socio-espirituais e todes as fatos

ecorridos no periodo com 0 paciente, permitindo dar continuidade dos cuidados.

Oeve ser precisa, nao apresentar rasuras, nao fazer 0 uso de corretivo, nao deve

ser pulada linha.

Oevem ser anotados os cuidados prestados, as reac;oes, as dificuldades, e

outras informac;oes de interesse imediatamente apos a ocorrencia.

Oeve-se:

•• escrever de modo exato, completo, conciso e legivel;

iniciar com a data, a seguir 0 honirio e terminar com a assinatura e 0 numero do

COREN;

•• usar somente caneta azul para os registros da manha e tarde e a tinta vermelha

para os registros noturnos;

registrar os dad os referentes a sinais/sintomas e intercorrencias, queixas e/ou

anormalidades no periodo;

49

naD deixar espac;os em branco, nem pular linhas, para evitar que alguem altere 0

registro feito.

Existe tambem um local para a nota de debito ande deve-s8 anotar tudo que for

usado com a paciente no periodo. Deve conter 0 nome do funcionario que fez a nota

por turno.

4.1.3 Padrtio do registro de Cuidados e Controles de Enfermagem

Esta lolha de Cuidados e Controles de Enlermagem loi projetada para quatro

dias de usa, contudo quando S8 necessitar de mais espaC;os dos ja existentes para

aquele dia, pode-s8 datar a col una ao lado e continuar as registros.

Sempre que algum espac;o nao necessite ser preenchido, deve-s8 passar um

tra"o indicando a nao realiza"ao deste(s) procedimento(s), nao se esquecendo que

deve estar datado.

A abertura da folha devera ser padronizada para todos as setores, ficando para

as 08:00 horas de cada dia.

A lolha de Cuidados e Controles de Enlermagem e preenchida pelo auxiliar de

enfermagem, e ao preencher cada item, este deve ser anotado com caneta de tinta

azul, nao molhada, no periodo da manha e tarde, e com caneta de tinta vermelha, nao

molhada, no periodo da noite.

Peso: deve ser anotado no espa~osempre que prescrito;

Altura: deve ser anotada no espa"o sempre que prescrito;

Alergias, patologias, antecedentes e outros: deve ser anotado no espa~o

destinado sempre que 0 cliente ou algum familiar relatar.

* Data: 0 espa~odeve ser preenchido no mesmo dia da anotacyao, sempre em

nemeros arabicos, com a sequencia de dia (dois digitos), mes (dois digitos) e ana

(quatro digitos);

50

Horario: 0 espac;o deve ser preenchido no mesmo instante da realizac;ao do

procedimento, com quatro digitos (dois para a hora e dois para os minutos do dial.

Ap6s 0 meio-dia a hora e identificada pelo acrescimo de 12 a cada hora.

Sinais Vitais:

Devem ser verificados as 8 hs, 14 hs e 20 hs;

Temperatura: 0 espac;o deve ser preenchido em numeros arabicos;

Pulsa: 0 espac;o deve ser preenchido em numeros arabicos;

Pressao Arterial: 0 espac;o deve ser preenchido em numeros arabicos, sendo

que a pressao sist61ica (maxima) deve ser anotada na parte superior da divisao do

espayo a ela destinado. E a pressao diast61ica(minima) deve ser anotada na parte

inferior da divisao do espac;o a ela destin ado.

•• FreqOemcia respiratoria: a espac;o deve ser preenchido em numeros arabicos.

Entradas:

Devern ser preenchidas em numeros arabicos, sendo que as valores sempre

serao em mililitros (ml);

• As entradas de: soro, hemoderivados, nutriyao parenteral total (NPT), dieta por

sonda nasogastrica (SNG), dieta por sonda nasoenteral (SNE) ou qualquer outra

aqui nao contemplada, que a cliente receber no periodo, devera ser anotada

somente quando solicitado 0 balan90 hid rico;

* 0 espa90 destinado ao total deve ser a sornat6ria de todas as entradas anotadas.

Saidas:

Devern ser preenchidas em numeros arabicos, sendo que os valores sempre

serao em mililitros (ml), com exceyao da anotayao de colostomia, que devera ser

preenchida seguindo a legenda da folha de Cuidados e Controles de Enfermagem;

* 0 espa9D destinado ao total deve ser a somat6ria de todas as saidas anotadas;

51

Teda e qualquer saida de: dreno de penrose, dreno de t6rax, dreno de Kehr,

dreno a vacuo, colostomia, derivay80 ventricular externa (DVE) e estase par sanda

nasogastrica (SNG) e diurese que 0 cliente apresentar no period 0, deve ser

anotada;

Balan90 Hidrico:

Este espac;o somente sera preenchido quando prescrito;

* Sera anotado em numeros arabicos, sendo que estes indicarao 0 balanc;o hid rico

em mililitros;

Os horarios para fechamento de balan90 hid rico serao: 12:30 para 0 periodo da

manha, 18:30 para a tarde e 06:30 para a noite.

Aspira9ao:

Devera ser registrado 0 numero de vezes que 0 procedimento foi realizado e

marcar com urn X no turno respective.

Curatives:

Devera ser registrado 0 numero de vezes que a procedimento foi realizado

dentro do espa90 referente ao turno e tamanho.

Acesso venoso, sanda nasoenteral, sonda nasogastrica e sanda vesical:

* 0 dia da instalaC;80 sempre sera considerado DO. Ao completar 24 hs, considera-

se 01 e assim, a cada 24 hs, segue-se a seqDencia de dias. Caso ocarra nova

instalayc3o, podendo ser no mesmo dia, considera-se novamente DO.

A retirada, seja ela definitiva, par troca ou acidental, deve ser marcada com um

"X".

Diurese:

52

• 0 espayo ASPECTO, destin ado ao aspecto deve ser preenchido conforme a

legenda contida na folha.

Evacuac;ao:

• Os espayos CONSIST, destinado a consistencia, ASPECTO, destinado ao

aspecto e FREQ, destinado a freqiiencia, devem ser preenchidos segundo a

legend a contida na folha.

V6mito:

• Os espayos ASPECTO, destinado ao aspecto, devem ser preenchidos segundo

a legend a contida na folha.

4.1.4 Programa de treinamento

Objetivo geral: capacitayao da equipe de enfermagem do HUEC, referente a utilizayao

dos novas impressos, par meio de urn treinamento interne em servic;:o.

Carga horaria: 03 horas

Populac;ao alva: 12 funcionarios.

Recursos humanos: autora da monografia.

Recursos fisicos: foi utilizado 0 proprio setor de trabalho.

Recursos materia is: xerox.

Custos: treinamento de baixo custo.

53

Conteudo Programatico:

Data Honflrios Conteudo Metoda Material

Didatico

1. Prescri9ao

10:30 -11:30 Multiprofissional

24/04 a 25/04 2. Cuidados e Expositiva Xerox

15:30 -16:30 Controles de e

Enfermagem

dialogada

19:30 - 20:30 3.Anota96es de

enfermagem

4.1.5 Avaliat;ao do Programa de Treinamento

Os treinamentos realizados sabre as novos impressos surgiram com a

perspectiva do inicio de urn longo e produtivo trabalho, proporcionando a todos os

funcionarios envolvidos urn aprendizado e cresci menta profissional. Par nao existir uma

cultura dentro desta instituiyao de treinamentos continuos, urn dos principais problemas

enfrentados foi a falta de uma norma interna para esta finalidade.

Ao utilizar enfermeiros do corpo de enfermagem, mostrou-nos a necessidade de

treina-Ios antes do inicio da capacitac;ao, uma vez que falar a mesma linguagem e urn

ponto fundamental para 0 sucesso do treinamento.

o objetivo concentrava-se em atingir 100% de auxiliares de enfermagem (12

funcionarios ). ap6s avalia~o observou-se que 0 publico alvo foi atingido.

54

Foi urn treinamento de baixo custo, vista que as aulas foram ministradas no

proprio HUEC em horario de trabalho pela autora do projeto.

55

4.2 PROPOSTAS

Como propostas para garantia de maior eficacia no processo , recomenda-se a

Institui980:

* Treinamentos continuos: Constata-se que para garantir qualidade no processo de

cuidar, as treinamentos oferecidos aDs funcionarios, devern-se tarnar cultura dentro da

institui.yao hospitalar, pois, a capacidade humana de estimular a crescimento individual

e coletivD, impulsiona a humanidade rumo a novas descobertas, confere aD ser humano

a capacidade de associar ideias que estimulern seu ajustamento ao ambiente que 0

cerea, aperfei90ando-o e/o modificando-o e propicia 0 caminho para resolUlyao de

situa90es naD rotineiras.

*Monitoramento de glosas~ 0 monitoramento da porcentagem de gl05as naD deve

desenvolver-se por acaso, sera essencial para a pratica diaria no ambito hospitalar,

pois, visara 0 coleta e 0 uso se informa90es que permitirao a tom ada de decisao.

Utilizar 0 monitoramento continuo, e orientador, permitindo aos individuos conhecer as

erros e acertos e corrigir as falhas.

* Padroniza~ao: Inclusao do padra.o de preenchimento do impresso da Prescri9ao

Multiprofissional e da Folha de Cuidados e Controles de Enfermagem . elaborado pel a

autora, no Manual de Enfermagem do Hospital Universitario Evangelico.

*Inslilucionalizar a padroniza9ao dos novos impressos em todos os setores do

Hospital, visto que cad a especialidade medica faz uso de um instrumento diferente de

prescri9aO, acarretando nao uniformidade das prescri90es e contribuindo para 0 nao

alcance dos objetivos propostos. A padroniza9ao trara melhorias em qualidade, custos,

cumprimento de prazo e seguran9a .

56

5 Considerac;6es Finais

A realidade das organizac;:oes do setor saude tern side marcada par inumeras

mudan9as economicas politicas e tecnol6gicas, tornando inadiavel a profissionaliza9ao

do planejamento e da gestao para permitir atender a missao e aos objetivos

institucionais.

o grande desafio do nosso s.;culo e 0 de oferecer qualidade na assistencia

medica hospitalar com 0 men or custo, nurn mercado cada vez mais competitiv~ e ande

as avan90s tecnol6gicos e cientificos exigem cada vez mais cenarios bern organizados,

planejados e competentes.

A vantagem competitiva s6 sera atingida pela Institui9ao Saude que for capaz de

aplicar conhecimento e qualidade as novas tecnologias.

Neste cenario, a mudanc;a de mentalidade e mais importante do que a mudanya

de atitude.

No case da Prescriy8.o Multiprofissional, sua finalidade 56 sera alcanc;:ada se

apoiada par todos os profissionais envolvidos na assistencia, tese que ganha espayo e

se confirma a medida em que se estuda cientificamente 0 assunto. A pratica de uma

abordagem holistica nao passa de utopia se exercida sozinha.

o prognostico dos novos impressos depend era da intera9ao entre a equipe

multiprofissional e de uma a9ao dirigida e eficaz em rela9ao aos treinamentos dos

funcionarios envolvidos.

Todos se beneficiam com 0 processo; a instituiyao ganha com a reduyao de

custos e glosas devido a reduyao do numero de impressos a serem utilizados e melhor

estruturayao e organizayao dos mesmos; os profissionais , juntos, atraves do

conhecimento que cada um pode oferecer, aprendem a respeitar e valorizar 0 trabalho

realizado por cada profissional; 0 paciente se beneficia com a garantia de uma

abordagem sistematizada e multiprofissional, permitindo qualidade assistencial em

virtude de uma perspectiva tecnica e humanista.

57

Nota-se cada vez mais que a Multidisciplinaridade se imp6e como uma

abordagem fundamental no diagnostico e terapeutico dos pacientes hospitalizados. 0

trabalho em equipe situa-5e como urna das formas de dar maior rentabilidade asatividades humanas, superando as a~6es fragmentadas e buscando uma visao de

globalidade.

A integra9ao dos profissionais da equipe contribuira para 0 crescimento

profissional, pessoal, garantincto qualidade assistencial.

Urn paciente seguro e feliz com sua propria saude e a concretiza9ao de urna

proposta holistica atraves de uma abordagem Multiprofissional.

E preciso busear con stante mente beneficios tanto ao cliente quanta para a

institui9ao, pois com a redu9ao dos custos dos procedimentos e servi90s haven3-

satisfa~ao de todos os envolvidos, sem 0 prejuizo da qualidade.

58

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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passo; trad. Ana Maria Vasconcellos Thorell. 4. Ed. Porto Alegre: Artes Medicas Sui,

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ANEXO 1- MODELO DE IMPRESSO ELABORADO REFERENTE A

PRESCRIC;:AO MULTIPROFISSIONAL

62

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ANEXO II - MODELO DE IMPRESSO ELABORADO REFERENTE AFOLHA DE

CUIDADOS E CONTROLES DE ENFERMAGEM

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ANEXO 111- LEI DO EXERCiclO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM

68

Lei do Exercfcio ProfissionalLEI N 7.498, DE 25.06.86 (DOU 26.06.86)DIS~E SOBRE A REGUlAMENTAGAO 00 EXEACiclO DE ENFERMAGEME OA OUTRAS PROVIDENCIAS.

o PreSidente da RepublicaFa~o sabc., queo Congresso Nadonal decreta e ell saJ1.Ciorlo a seguinte Lei.Art. 1"· E I,vre 0 exercicio de enlermagem em lodo 0 territ6rio nacional,observadas as disposi~oes desta LeiiIrt.21·Aenlermagemesuasatividadesauxiliaressomcntepodemserexercidas

~~rE~~~~~~~~e~~~~~~~~~~~b~~t:~:aSO~di;~~~;~S0ncOxe7~~i~elh0 RegionalPanigralo unieo . A enfermagem e exereida privativamente pelo Enlermeiro,pelo Tecnico de Enfermagem. pelo Audia! de Enlcrmagem e pela Parteila,respertadososrespectlvosgrausdehabililat;iio.Art. 39.0 planeiamento e a programa~o das inSMui¢es e servH;os de saudeincluem planeJamento e programa~o de enlermagem.Art. 49 . A programa~o de enlermagem inclui a prescllc;ao da assiszencia deenlerma9l!mArt. ~9-(VETADO)§ 19• (VETADO)§29·NETADO)Art.69• S~oenlermciros:I· 0 t~ular do diploma de Enlmmeiro conlerido por instillli~~o de ensino. noslermosdalei:II •0 titutar do diploma ou certilicado de Obstelriz ou de Enlermeira Obshilrica,conlerodosooSletmosdalei;III •0 titular do diploma ou certificaclo de Enfermeira e a t~ular do diploma oucertllicado de Enlermeira Obs"~trica ou Obsleuiz. ou equivalente. conferidoporescolaesuangelra segundo as leis do pais. regisJrado em virtudede acordode intercambio cuttural 00 levalidado no Bras~ como diploma de Enlelmeiro.de EntermelraObshitrrcaoudeObsletriz;IV· aqllele que. naoabrangidopelosinClsosanteriores.obliveremlilulodeEnlermeiro conlor!1le 0 disposto naalinea "If dO 3rt. 3'doOecreto nO50.38 7.de 28demar~ode 1961Art. p. Siio Trienlcos de Enlermagem:t· 0 hlular do diploma ou docertilicado de Teenico de Enformagem. expedidodeacordocomalegisla~aoeregistradopeloorgilocompetenle;II· o titular do diploma au docertilicado legalmente conferido porescola ouw!soesJrangeirO.legistradoemvirtudede arordodeintercambiocuHuralourevalidado no Brasil como diploma de Tecnico de EnlermagemArt. 89. S;ioAuxiliares de Enfermagem:I - 0 t~ular de certilicaoo de Auxiliar de Enfermagem conlerido por inst~u~aode ensino. oos lerrllOS da rei e legislrado no 6r9ao competente;lI·o1~ulardodjploma a que se refele a Lein~2.822.de 14 dejlmho de 1956;lI1·otltulardod'plomaoucertilicaooaqueserelereoinciSollldoarI.2·daLei nt2.r;o,l.de 17deselembrode 1955,expedido atll a publicayaoda Lei n'4.024. de 20de dezembrode 1961;IV •o.tltular de ccrtlficadode ~nfermeiro Prilticoou Praticode Enlermagemexpedldo al0 Ig64 pelo Servl~o Nacional de Fiscaliza~ao da Medicina eFarmilcia. do Minist~rio da Saude. ou por orgao cong~nere da Secretaria deSaudenasUnidadesdaFedera~ao. nos termosdo Decreto·lei n'23.774. de 22de)aneifode 1934. do Deereto-Lei n'8.778. de 22 de janeiro de 1946. edaLei n' 3.640. de 10deoutubrode 1959;V· 0 pessoal enquadfado como Auxiliar de En~ermagem, nos tmmos da Decreta·LeI n'299,de 28 de levefe.ra de 1967,VI·o\l1ulardod,plomaoucertificadoconforidopo<escolaoocursoestrangei'0.segundo as lersoopais. regisuadoemvirtudedeacordodei-1lercambiocuRural00 revahdado 00 Brasil comocertfficado de Auxilia.de Entermagem.Art. 9". Siio Partelras:I· a 111\llardo certilicaoo previsto no art. 19do Decrelo-Lei n'8.776,de 22dejaneirodeI946.observadoodispostonaLein'3.il40,dcl0deoutubrode1959;lI·atrtulardodiplomaoucertificadodeParteira,ouequivaiente,conleridoporescolaou cursoestrangeiro, segundo as leis do pais, registradoem virtude de

~~:;~L:~;~I~lI~:~~~c~~v:~!a~~;~t~raSil. ate 2 (dois) MOS ap6s a publica~ao

Art. 10· (VETADO)Art. 11 . 0 Enlefmeltoexeree lodas as a1ividades de cnlermagem, cabelKio·11M!:

I·privalivamenle:a) dire~ao do 6tgao de enfermagem integrante da estrulura basica cia instijll~aodesaude. publicaeprivada,echefiadeservi~oede unidadede entermagem:b) 019anjza~;io e dire<;ao dos servi~os de enle,magem e de suas alividadesteenicas e auxiliares nas ampresas prestadorasdesses servi~os;c) planejamento organiza~ao, coordena~ao, e~ecu~ao e avalia~ao dos servi~os

OQi1~~I~len~i~ \l~ Cnf~rm<lgcm;d) (VETADO)e) (VETADO)!)(VETADO)g) (VETADO)h)consuHoria.audijoriaeemissiiodeparecersobremaleliadeenlermagem;i)consultadeente,magem;DprescrM;aodaasSistenciadeenlermagem;I)cuidadosdlfetosdeentermagemepacientesgravescom,iscodevida:

m) cuidados de enfermagem de maior comptexidade teenica e que exijamconhecimentosdebasecientirrcaecapacidadedetomardecisiiesimediafas;U-comointegrantedaequipedesaude:a) particip~ao no planejamenlo, execu~ao e avaliayao da programa~ao desaUde;0) parlicipa~ao nil eli1bora~ao, execu~ao e avalia~ao dos pianos assislimcialSdesaude:c) prescri\:ilode medicamentosestabelecidos emprogramas de saud epublicaeemro,,"aaptovadapelalnslltui~aodesmided)partieipac;aoemprojetosdeconslru~lIooureformadeunidadesdeinterna~iio;ej preven~ao e controle sistematico da infec~ilo nospital~r e de doenyastransmissivelsem geral:f) prevenc;iio e controle sislematicode danos que possam ser c~usados aclienteladurante a assislencia de entermagem;g)assisl~nciadeenlerma!lemagestanteparturienteepui!rpera;h) acompanhamentoda evoluc;aoe do Irabalho de parto;i)execu~odopartosemdisl6cia;j)educac;aovisandc?ameilloriadesaudedapopula~o.Panigrato rinico· Asprolissionais reterklas no Inciso II do art. ij9 desta LeIiflCumbe,ainda:a)assistcnciaaparturienteeaopartor'\Ormal:b}idcnli.fica~aodedist6ciasobsllitricasetom<1dadeprovidenciaale a chegadadomMleo:e) rcalizayiio de episiotomia e episiorfafia 11 aplica~ao de anestesia local.quandonecess<\riaAll. 12 • 0 Tecnico de Enfermagem exerce a atividade de nivel medio.envolve~o orienta<;:~o e acompanhamento do trabalhe de enfermagem emgrauauxlliar. eparticrpac;aonoptane)amentoda assist~nciade enlermagem.cabendo·lheespecialmente;a)paniclpardaprogramac;aodaassistlmciadeenfermagem:b) execular ac;oesassislenciaisde enfe,magem. exceto as privativas doEnfermeiro.observaooodiSpostoooparagratoiinicodoart.lldestaLei;c) p.~t1iCiPM da orientayao e supmvisao do Jrabalhe de enlermagem em grauaUXliiatd) participardaequipede saude.Arl. 13 - 0 Auxiliar de Enlcrmagcm cxerco alividades denalllrezarepetiUva.envolvendoserviyosauxiliaresdesupervisao. bem como a participayao em nivel deprocesso de tratamento. cabendo·lhe especialmenlea)observar.reconheceredesereversinaisesinlomas;b) executar a¢es de tralamenla simples;c)prestarcuidadosdehigieneeconlortoaopacienle.d) particrparda equipe de saude.Art. 14· (VETADO)Art.1S·Asatividadcsreferidasnosarls.12eI3destalei,quandoexercidasem Instilui~ocsdesaude, publicaseprivadas,eemprogramasdesaude,somentc podem ser dcsempenhadas sob orienta~ao e supervisiio deEnlcrmelro.Art. 16-NETADO)Art. 17-(VETADO)Art.1B-{VETAOO)Paragralounico-(VETADO)Art. 19·(VETADO)Art.20·0s6rg;'iosdepe5saaldaad<ninistra~aopllblicadiletaeindileta,federal,estadual. municipal. do Distrilo Federal e dos Territ6rios observarao. noprovimentodecargase lunciiesna contrata~40 de pessoal de enlermagem.de todos os graus. os p!Cce~osdesla Lei.Partigratoiinico·Os6rgaosaquese.eiereesleartigopromoveraoasmedidasnecessariasa harmonizar;jo .das sltua~Oes i<\ exislenlescom as disposi¢esdesla Lei, respe~ados os d"e~os adqulfidos quanto a venClmenlos e salilfios.Art. 21· (VETADO)Art. 22· (VETADO)A.rt. 23· Opessoal que seenconlra executandalarefasdeentelmagem. emvlfillde de car(!ncla de recursos humanos de nival medio nessa area. sempossuir lorma~ao especifica regulamenlada em Lei sera autorizado. peloConselho Federal de Enfermagem, a exercer atividades elemenlares deenfermagem,observandoodispostonoart.1SdestaLeiParagralounico· Easseguradoaosatendentesdeenfermagem.admitidosantesda vigencia desla lei, o exerciciodas allvidades elemenlaresdeentermagem.observadoodisposloemseuartigo 15.Art. 24· (VETADO)Parirgralounico-(VETAOO)A.rt. 25: 0 Poder Executivo regulame.nlarir esla Lei no p,aza 120 (centoevlnle)dras a conla, da data de sua pubhca~iio.Art. 26· Esta Lei enlra em vigor na data de sua publica~ao.Art. 27· Re~ogam·se (VETADO) as demais disposi~oes em contrario

Brasilia. em 25 dejlmho de 1986, 16S~da Independllncia e98Qda Republica

JoseSarney

Almir Pauianotto Pinto

• 0 pariigralo unico do arl. 23 se apresenta com a reda~ao alleradaconlorme a lei 8.967 de 28.t2.94

Brasilia. em 25 dejunho de \Se6.16S·dalndependenciaeSSodaRepublica

LEI N 7.498, DE 25.06.86 (DOU 26.06.86)D)s~6E SOBRE A REGULAMENTA<;:AO DO EXERCiC\O DE ENFERMAGEME DA OUTRAs PROVIDENCIAS.

Lei do Exercfcio Profissional

o Presldenle da RepublicaFa~sabe.'queoCongressoNaciooaldecrelaeeusancionoaseguinteleiAn. l' . E hvre 0 exelclcio de enfermagem em todo 0 lerr~orio nacional,obselVadasasdispos~sdeslalei.Art. 2" •A enlermagem e was ahYldades auxitiares somenlo podem sor exercidaspor pessoas legalmenle habihladas e inscritas no Conselho Regionalde Enlermagem com jUlIsdi~io na irea onde acorre 0 exercicio.Paragralo unico • A enlermagem ~ uercida privalivamenle pelo Enlermeiro.palo Tocnco de Enlermagem. pelo Auxilial de Enlermagem e pela Paneira.respMadososrespeclivosgrausdehabilila~o.Art. 3'·0 planejamenlo e a programa~iio <las inst~ui¢es e servi~os de salideinduem planeJamento e programa~lio do onfermagem.Art. 4' •A programa~ao de enfermagem inclui a prescri~ao dOlassislencia deenfermagemArt.5·-(VETADO)

§1"'IVETADO)§2'·(VETADO)An.69·Slioenfermeiros:I-otiluiardodipiomade Enlermeiroconlerido por insliluiyao de ensino, noslermosdalei;II· 0 lilular do diploma ou certificado de Obstelriz ou de EnfermeiraO bsletricaconferidosnostermos da lei;II) • o Illular do diploma ou certlficado de Enlermeirae a litulardo diploma oucenificado de Enfermelfa Obstetrrca ou Obslelriz, ou equiYalenle, conferidoporescolaeslrangeirasegundoasteisdopais,regislradoemvinudedeaoordode inlerclimbio cuHural ou reyalidado no Brasil como diploma de Enlermeiro.de EnfermeiraObsletricaoudeObstetriZ;IV· aquele que, nao abrangido polos incisos anleriorcs, obliverem lilulodeEnlermeiroconforme o drSpoSlo na alinea.-d"' do an. 3'do De<:relon950.367 .de26demar~del961Art. "fl. Silo Tecnicos de Enfermagcm:I· 0 Ilular dodiplorna ou do oortificado do Tlknil::o de Enferrnagem. expedidodeacordocomalegisla~loe/egi$lradopeloOrgaocompetente:II· oll\ular do diploma 00 docen,licado legalmenle conferidoporescola 00cursoesuangeiro./eglslradoemvinudedeacordodeinlercambioculluralourevalidado no Brasil como diploma de Tknico de Enfermagem.Art_8'·SiioAuxiliaresdaEnlcrmagem:I· Ol<lular de cert,ficado dll Au~il!ar de Enfermagem conferido por inslilui~aode enSlno.noslcrmosdalelereg,sUadono orgaocompelenle;II· 0 lilular do diploma a que se relere a lei n~ 2.822. de 14 de iunho de 1956;1I1·01ltulardodiploma oucertlficadoaquese refere 0 ifICiso III do an. 2'daLei ni 2.604, de 17 de setembro de 1955, a~pedido ale a publicaltao dOllei nO4.024,de 20 de dezembrode 1961:IV ,olilularde certificadode Enfermeiro Praticoou Praticode Enfermagemexpedido al6 1964 pelo Scrvi~o Nacional de Fiscaliza~iio da Medicina eFarmacie. do MiniSI~rio da S~ude, ou por 6rgiio cong~nere da Secretaria deSaudenasUnidadesdaFedera~ao, nos lermos do Decreto·lei n'23.774. de 22de janeiro de 1934. dO Decrelo·lei n'8.778. de 22 de janeiro de 1946, e dalei n' 3.640. de lOde outuoro de 1959V· 0 passoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-Lci n' 299. de 28 de levere,ro de 1967.VI-otolulard~diplom~oucenificadoCOfllefido por escolaoucursoestrangeiro.segundoasielsdopals.regisiradoemyinudoooacordodeiniercambiocullurafou reyalidado no Brasil como eertrlicadode Auxiliar de Enlermagem.An.9'·SaoParlcfras:I· all!Ular do eefllfrcado previslo no an. l' do Decrelo-lei n' 6.77S. de 22 dejaneilodel946.observadoodispostonalein'3.640.del0deoutubrode1959;II. a Irlular da diploma ou cenlficado de Paneira.ou equivalente.conferid oporesoolaoueursoesuangeiro. segundo as leis do pais, regis\ladoemvinuded einlere:lfl1~ioeulluralou/evalidadono Brasil, ale 2 (dois) anos apOs a publiea~aodeSialel.eomoeertilicadodeParteira.Art.l0·(VETADO)Art.ll·0Enle.meiroexereelodasasatividadesdeenlermagem,cabendo-Ihe:I·privativamenle:a) dire.~ao~ 6rgio de.en!ermagemintegranle da estrutura basica da in$mui~iiodesaude.publrcaeprlVada,echefI3deservilj:oedeunidadedeenlermagem:b) organiza~ao e dire~~o dos servilj:os de enfermagem e de suas atividadeslecnicas e auxiliares nas empresas presladorasdesses servi~os;c) plancjamcnto organiza~iio.coordena~iio, exocu~iio() avafiayaodos serviyosd~ a~~I~t~ncia de enformagom;

d) (VETADO)e) (VETADO)!)(VETADO)g) (VETADO)h)consuiloria,audiioriaeemissaodeparecersobremateriadeenfermagem;i) consulladeenlermagem;Uprescli~iiodaassiSl1ineiadeenrermagem:I) cuidados direlos de enfermagem e pacientes graves com lisco de vida:

m) cuidados de en!erma.gem de maior ~omploxidade lecnica e que exijamconheclmenlosdebaseelentlficaecapaeidadedetamardecisOesimedialas;II-comoinlegranledaequipedesaude:al panieipa~ao no planejamento. execu~ao e avalia~o dOl progfama~ao desaude:b) panicip.a~o na elabora~o, execu~o e ayalia~:io dos pianos assish~nciaisdesalide:c) presc~k;:ao de medicamontos eSlabele<:idos em programas de saude publicaeemrOMaaprovadapelainslilu~odesa(rde:dj panicipa~oem projetos de constr~oou relormadeunidades de interna~ilo:e) preven~ao a conllole sistemlltico da in!e~ao hospilalale de doen~asIransmissiveisem geral:f)preven~oeconlrolesistemirticodedanosquepassamsercausadosaclienleladuranteaassisl~neiadeenlermagem:g)assisl~llCiadeenlermagemageslanlepanulienleepuerpera:h)acompanhamenlodaevolu~lioedolrabalhodepano:i) e~ecu~aodo parto sem dist6cia:il educaydo visando a melhoria de salide da popufalj:iioPaliigralo (mico· As profissionaisreleridasnoinciso II do an. 6"desla Leiincumbe,ainda'a)assisl~neiaa parturienleeaopanonormal:b) ident~ticayao de dist6ciasobsMtricas e lomada de providencia ale a chegadadomCdleo;c) realiza~iio de episiotomia e episiorrafia e aplica~ao de aneslesia local.quando necessaria.Arl. 12 • 0 Tccnlco do Enlermagem exerce a atividade de nlvel medio,envolven.do orienta~50 e acompanhamento do trabalho de enlermagem emgrau auxlfl1\r, e participa~iio no planejamentoda assistenciade enfermagem.cabendo·lhe cspccialmenlea) panidparda programalj:iioda assistencia de enlermagem;b) exec~lar ayoes assist~nciais de enlermagem. exceto as priyalivas doEnlermll"O. observado o dlsposlo no paJ;'1gralo unico do art. 11 destale i,c)participardaorientalj:iioesupervisilodolrabalhOdeenfermagememgrauauxlhar:djparticilardaequipedesaude.Art. 13·0 Auxillar de Enfermagcm exerce alividades de nivel medio. dena\Uraza repelitiva. envolvendo servi~os auxihares de enfermagem sobsupervisAo, bern como a par1icipa~ao em nivel de execur,;ao simples. emprocessodellalamentO,cabendQ.lheespecialmenle:a)observar.reeonh-eceradescreversinaisesintomas;b)execulma~Oe$detralamenlosimples;e)preslarcuidadosdehigieneeeonlOr1oaopaciente;dj parli~ipar da equipede sairde.An. 14· NETADO)AfI.15-Asoliyldadcsrclcridosnosarls.12cI3deslalci,quandoexercidasem insliluiljocsde s3ude, publlcasepriYadas,eemprogramasdesaude,somenle podem scr dcscmpenhadas sob orienl3ljilo e supervisao deEnlermeiro.Art. 16-(VETADO) \Art. 17· (VETADO)An. IS· (VETADO)Paragrafo llnico· (VETADO)Art. 19· (VETADO)An.20·0s6rg40sdapessoaloaadminiSlra~Aopllblicadiretaeindirete, lederal,eslaoual. municipal, do Distrito Federal e dos Terrilorios observarao, noplovimenlo de cargos e fu~oos na eonlmta~ao de pessoal de enfClmagemde lodos os gJ1\us.os preceilOS desla lei.Paragrat~unico.Os6r.gaosaques?re!ereeSleanigopromoyeraoasmedidasnecessarras a harmonrzayAo das situaljoos ja exiSlenleS com as disposiyOesdesla lei. lespeilados os direilos adquiridos quanlo a yencimen los e salariosArt. 21· (VETADO)Art. 22· (VETADO)An. 23 • 0 pessoal que sa enconlra executalldo larelas de enfermagem. emviflude de car~ncia de recursos humanos de nivel medio nessa area. sempassuir fOlma~ao especilica regulamentada em lei sera autorizado. peloConselho Federal de Enlermagem. a exercer alividades elementares deentelmagem.observandoodisposlonoart 15deslaleiParagralo unico • E assegurado aos illendenles de enlermagem. adm~idosanles dOl vigAncia desla lei. 0 exercicio das atividades elemenlares deenlClmagcm.observadoodisposloemseuanigo 15Art. 24-(VETADO)Paragrafounico-NETAOO)A.n. 25.- 0 Poder Executivo regulamenlara eSla lei no prazo 120 (cenlo eYlnle) dlas a conlar da data de sua publica~iio.Art. 25· Esla lei entra em vigor nadalade sua publica~aoArt. 27· Rcvogam·se (VETADO) as dcmais disposi~6es em conlrillio

JoseSarney

AlmirPazzianoltoPinto

• 0 paragral0 unfeo do art. 23 sc Dpresenta com a redalj30 alleradaconformealei8.967de28.12.94