monografia a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

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Sérgio Alfredo Macore A importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das PMEs: Caso CEPE Consultores (2013-2014) Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

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Economy & Finance


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Page 1: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

Sérgio Alfredo Macore

A importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das PMEs: Caso

CEPE Consultores (2013-2014)

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Page 2: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

2

Universidade Pedagógica

Nampula

2016

Sérgio Alfredo Macore

A importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das PMEs: Caso

CEPE Consultores (2013-2014)

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Monografia científica entregue ao

Departamento de Contabilidade e Gestão,

para obtenção de grau de Licenciatura em

Contabilidade em Auditoria.

Page 3: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

ii

Universidade Pedagógica

Nampula

2016

Índice

Listas de Tabelas........................................................................................................................ iv

Lista de gráficos.......................................................................................................................... v

Lista de Abreviaturas ................................................................................................................. vi

Declaração .................................................................................................................................vii

Dedicatória................................................................................................................................ viii

Agradecimentos ......................................................................................................................... ix

Resumo ....................................................................................................................................... x

CAPITULO I: INTRODUÇÃO............................................................................................. 11

1.2. Delimitação do tema .......................................................................................................... 11

1.3. Problema ............................................................................................................................ 11

1.4. Justificativa ........................................................................................................................ 12

1.5. Objectivos .......................................................................................................................... 13

1.5.1. Geral ............................................................................................................................... 13

1.5.2. Específico ....................................................................................................................... 13

1.6. Hipótese ............................................................................................................................. 13

1.7 Variáveis e indicadores ....................................................................................................... 14

1.8. Estrutura do trabalho.......................................................................................................... 14

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA .................................................................. 15

2.1. Classificação das PMEs ..................................................................................................... 15

2.2. Tipos de demonstrações financeiras .................................................................................. 15

2.3. Competitividade................................................................................................................. 19

Page 4: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

iii

2.4. Estratégias Competitivas ................................................................................................... 20

CAPITULO III: METODOLOGIA...................................................................................... 22

3.1. Tipo de pesquisa ................................................................................................................ 22

3.2. Método de procedimento ................................................................................................... 22

3.3. Técnica de colecta de dados .............................................................................................. 23

3.4. População ou Universo da Pesquisa .................................................................................. 24

3.5. Amostra da Pesquisa .......................................................................................................... 24

3.6. Instrumentos de processamento de dados .......................................................................... 24

CAPITULO IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS....................... 25

4.1. Introdução .......................................................................................................................... 25

4.2. Estudo de caso: CEPE Consultores – Nampula................................................................. 25

4.3. Localização Geográfica ..................................................................................................... 25

4.4. Localização do campo de estudo ....................................................................................... 26

4.4.1. Visão, Missão e Valores da CEPE Consultores Nampula .............................................. 26

4.4.2. Empresas concorrentes ................................................................................................... 27

4.5. Analise e Interpretação dos dado ....................................................................................... 27

4.6. Aceitação ou refutação das hipóteses ................................................................................ 35

CAPITULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES ............................................................... 36

5.1 Conclusões da Pesquisa ...................................................................................................... 36

5.2. Sugestões ........................................................................................................................... 37

Bibliografia ............................................................................................................................... 38

Page 5: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

iv

Listas de Tabelas

Tabela 1: Hipóteses, variáveis e indicadores ............................................................................ 14

Tabela 2: demonstração das origens e aplicações de fundos .................................................... 18

Tabela 3: População da pesquisa .............................................................................................. 24

Tabela 4: papel das DFs nas PMEs........................................................................................... 31

Tabela 5:Importancia das DFs para melhoria de negócio nas PMEs ....................................... 31

Tabela 6:Relaçao competitividade das PMEs e as DFs ............................................................ 32

Tabela 7:Procedimentos usados na elaboração das DFs........................................................... 32

Tabela 8: Medidas e precauções tomadas para manter a competitividade ............................... 33

Tabela 9:Pontos fortes que trazem vantagem competitiva a empresa ...................................... 33

Tabela 10:Pontos fracos que trazem vantagem competitiva a empresa ................................... 34

Tabela 11:Meios usados na divulgação de documentos contabilísticos para saber o nível

competitivo ............................................................................................................................... 34

Page 6: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

v

Lista de gráficos

Gráfico 1 Idade dos inqueridos ................................................................................................. 27

Gráfico 2 Nível de escolaridade dos inqueridos ....................................................................... 28

Gráfico 3: Sexo dos Entrevistados............................................................................................ 28

Gráfico 4: Tipos de documentos contabilísticos usados na Empresa ....................................... 29

Gráfico 5: Estratégias de competitividade usadas na Empresa ................................................ 29

Gráfico 6: DFs que ilustram a competitividade na Empresa .................................................... 30

Page 7: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

vi

Lista de Abreviaturas

DFs Demonstrações financeiras

PMEs Pequenas e Medias Empresas

CEPE Centro de Estudos e Projectos de Engenharia

DR Demonstração de Resultado

FC Fluxo de Caixa

BP Balanço Patrimonial

MOAF Mapa de origem e aplicação de fundos

SPSS Statistical Package for the Social Science PM

NIRF Normas internacionais de relato financeiro

IAS International Accounting Standards

Page 8: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

vii

Declaração

Pelto Fernando Reis, declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha

investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as

fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para

obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, aos _______de Março de 2016

Sérgio Alfredo Macore

_________________________________

O supervisor

________________________

Benedito Machado

Page 9: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

viii

Dedicatória

Dedico este trabalho a minha avo Maria Luísa, por ser a fonte da Minha inspiração e coragem.

Page 10: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

ix

Agradecimentos

Agradeço a Deus sobre todas as coisas, por me ter criado e tem me acompanhado em todos os

momentos.

Aos meus grandes amigos Zito António e Mostalino Suli Luís, por terem sido amigos de

verdade de todos os tempos, pelo apoio e força que me providenciaram.

Aos meus docentes do curso, queiram desde já saber que cada um de vocês, semeou, plantou e

implantou em me um pedaço de educação e conhecimento, sem se esquecer que um professor

é uma biblioteca viva e o aluno o desenvolvimento.

Ao meu supervisor dr Benedito Machado pela condução na pesquisa da monografia em

alusão.

A todos meus colegas da turma, em especial Jusmen Hermínio Munhelene, Edgar Uanela e

William Matica pelo apoio incondicional e suporte que precisei

Em fim a todos aqueles que directa ou indirectamente influenciaram que este sonho

transforma-se numa realidade.

Page 11: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

x

Resumo

A presente monografia científica, a qual vai debruçar sobre a Competitividade das PMEs, subordinado ao tema “Importância das Demonstrações contabilísticas na competitividade das

PMEs, caso da empresa CEPE consultores – 2013-2014”, tem por finalidade abordar os benefícios que Demonstrações contabilísticas trazem na competitividade das PMEs. O motivo

principal para a escolha deste tema deveu-se pelo facto do autor puder ter um melhor e maior aprofundamento dos conhecimentos científicos sobre o tema em pesquisa, no sentido de enfrentar os desafios futuros. Este trabalho fundamenta-se na pesquisa de natureza descritiva

que é através de entrevista, questionário e observação, para além da revisão bibliográfica que assentou-se basicamente em obras que retratam sobre o assunto. Para a prossecução do

presente estudo com o tema acima supra citado, teve-se como objectivo geral, Analisar o impacto das Demonstrações Contabilísticas na competitividade das PMEs, da empresa em referência, desdobrando aos específicos, como: Demonstrar as DFs que garantem a

competitividade das PMEs; Indicar a importância das PMEs no ambiente de negócio; Identificar os tipos de demonstrações contabilísticas usadas nas PMEs; Descrever os tipos de

PMEs e Propor medidas contabilísticas para a melhoria da competitividade das PMEs. O estudo revelou que as DFs são documentos que ajudam aos respectivos gestores na tomada de decisões necessárias, assim como, permitem vislumbrar a situação financeira e patrimonial

para os diversos actores interessados nessas informações. Enquanto as PMEs são alavanca do progresso da economia de um país e que contribuem significativamente no produto interno

bruto nacional e seu contributo reflecte no crescimento económico, a criação de emprego, redução da pobreza e no aumento da base tributária.

Palavras-chave: Demonstrações Contabilísticas, Pequenas e medias empresas e Competitividade.

Page 12: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

11

CAPITULO I: INTRODUÇÃO

As Pequenas e Medias Empresas (PME) contribuem com uma parcela relevante para o

Produto Interno Bruto do país. Porém, embora seja notória sua importância verifica-se que

grande parte desses empreendimentos encontra dificuldades em dar continuidade ao negócio

não perdurando por mais de quatro anos de vida.

Esse panorama é agravado pela competitividade acirrada que enfrentam as organizações. A

Contabilidade por si só é um sistema de informação voltado para o património das entidades e

busca prover seus usuários com informações úteis (PADOVEZE, 2000).

Essa função da Contabilidade persiste desde sua existência. Apesar da evolução do ambiente

corporativo e do próprio homem, a Contabilidade busca cumprir sua função se adaptando às

mudanças. Contudo, nem sempre consegue alcançar seu objectivo porque muitos dos seus

usuários não conseguem se aproveitar da sua capacidade informacional. Nesse grupo de

usuários, se inserem os gestores de PME’s.

O presente trabalho abordara a questão como as demonstrações contabilísticas afectam a

competitividade das PMEs, através de um estudo de caso realizado pelo pesquisador.

O objectivo primordial deste trabalho, centra-se na, Analise do impacto das Demonstrações

Contabilísticas na competitividade das PMEs. O presente estudo constitui um elemento de

grande importância, pois poderemos saber de que maneiras as DFs ajudam na melhoria do

ambiente de negócio das PMEs, uma vez que PMEs são alavanca do progresso da economia e

contribuem com uma parcela relevante para o Produto Interno Bruto do país.

1.2. Delimitação do tema

O estudo será efectuado na província de Nampula, na Empresa CEPE Consultores, localizada

na Rua Armando Tivane, 1º Andar, na porta nº197 no bairro de Muhala num período entre os

anos 2012 e 2014.

1.3. Problema

É de estrema importância que o gerente/administrador tenha em primeira mão as informações

correntes e actualizadas, capazes de reduzir as suas incertezas, podendo auxiliá-los nas

tomadas de decisões. Suas necessidades de informação não dizem respeito apenas aos

Page 13: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

12

processos tecnológicos e suas inovações, mas, também, a todo o desenvolvimento do cenário

político-social, económico e financeiro.

Actualmente as empresas operam num ambiente bastante competitivo e exigente o que torna o

processo de gestão bastante desafiador, obrigando os gestores, accionistas e credores a terem

cada vez mais necessidade de tomarem decisões mais rápidas e com o mínimo de margem de

erros para que as organizações possam sobreviver à agressividade do mercado.

As organizações estão hoje mais vulneráveis à agressividade do mercado, pelo que terão de

tomar decisões atempadamente para que possam sobreviver no futuro. A escassez de recursos

financeiros e o elevado custo dos mesmos aliados à falta de planeamento e controlo, têm

contribuído para que muitas empresas encerrem suas actividades. A tomada de decisões

acertadas torna-se, então, um factor crucial para assegurar a sobrevivência, crescimento e

permanência da empresa no mercado.

Com base no exposto acima, colocamos como pergunta de pesquisa a seguinte: Como é que

as Demonstrações Contabilísticas afectam a competitividade das PMEs.

1.4. Justificativa

No mundo actual globalizado, a contabilidade constitui um instrumento fulcral para o controlo

do desempenho económico e financeiro das empresas, dado ao grande nível de agressividade

e competitividade no mercado. Nestes termos, é importante que as empresas estejam em alerta

para as constantes mudanças que acontecem no ambiente externo às organizações, visando a

uma melhoria da sua capacidade competitiva.

Muito tem sido escrito sobre o uso inadequado das informações financeiras às actuais e

potenciais necessidades de gestão das empresas, mas pouco tem sido feito para saber qual o

impacto real da informação financeira no processo competitivo das PMEs.

Na procura de solução apropriada para o desenvolvimento económico e social, a informação

financeira é vista como um instrumento muito importante que permite a tomada de decisão

relativamente à posição financeira de uma entidade seja ela pública ou privada.

Page 14: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

13

A pesquisa justifica-se pela sua relevância na actualidade e na sociedade em geral pois as

empresas encontram-se em constante crescimento e pelo facto destes (Demonstrações

Financeiras e competitividade) serem instrumento de tomada de decisão na gestão das

empresas e ajudar as empresas a melhorar e se posicionarem num dado nível no mercado.

Para o autor, a pesquisa permitira um melhor e maior aprofundamento dos conhecimentos

científicos sobre o tema em pesquisa, no sentido de enfrentar os desafios futuros.

1.5. Objectivos

1.5.1. Geral

Analisar o impacto das Demonstrações Contabilísticas na competitividade das PMEs

1.5.2. Específico

O presente trabalho científico apresenta os seguintes objectivos específicos:

Demonstrar as DFs que garantem a competitividade das PMEs

Indicar a importância das PMEs no ambiente de negócio;

Identificar os tipos de demonstrações contabilísticas usadas nas PMEs;

Descrever os tipos de PMEs

Propor medidas contabilísticas para a melhoria da competitividade das PMEs

1.6. Hipótese

Hipótese 1: As DFs podem contribuir significativamente na competitividade das PMEs,

quando estas espelham a realidade do desempenho financeiro da mesma

Hipótese 2: A competitividade empresarial melhora os procedimentos internos do controlo

contabilístico como forma de demonstrar a posição competitiva da empresa no mercado.

Page 15: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

14

1.7 Variáveis e indicadores

Tabela 1: Hipóteses, variáveis e indicadores

Hipóteses Variáveis Indicadores

As DFs podem contribuir

significativamente na

competitividade das PMEs

Independente:

demonstrações financeiras

Contas

Balanço

DR

Fluxo de caixa

Dependente:

competitividade das PMEs

Preço

Produtos de qualidade

Estratégias de negócio

A competitividade

empresarial melhora os

procedimentos internos do

controlo contabilístico

Independente:

competitividade

empresarial

Rivalidade no mercado

Criatividade

Inovação

Dependente: controlo

interno

Segregação de funções

Procedimentos de controlo

Auditorias

Fonte: Adaptado pelo autor

1.8. Estrutura do trabalho

Para que este trabalho tenha uma sequência lógica, além das partes pré-textuais e pós-textuais,

está estruturada em 5 (cinco) capítulos de acordo com os objectivos pré-definidos.

No Capítulo I, encontramos a introdução, os objectivos do estudo, a justificativa, a definição

do problema hipóteses do estudo e a sua delimitação.

No Capítulo II, encontramos a revisão da literatura de autores que publicaram seus trabalhos

sobre as demonstrações contabilísticas e a competitividade das PMEs, versando a literatura

teórica.

No Capítulo III encontramos a metodologia, concentram os métodos e procedimentos usados

para o presente estudo,

No capítulo IV, encontramos a análise e interpretação de dados, dados estes que foram

obtidos através dos questionários dirigidos aos trabalhadores da CEPE consultores.

Por fim ou seja no V capítulo nos apresenta as conclusões, recomendações e as referências

bibliográficas.

Page 16: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

15

CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

Segundo TAVARES e Domingas Alberto (2008) entende-se por empresa qualquer entidade

que, independentemente da sua forma jurídica exerce uma actividade económica. São

nomeadamente, consideradas como tal, as entidades que exercem uma actividade artesanal

industrial ou outras actividades a títulos individuais ou familiares, e ainda as sociedades de

pessoas ou associações que exerçam regularmente uma actividade económica. Portanto,

relativamente às empresas em termos de dimensão, existem pequenas, médias e grandes

empresas que, normalmente variam com o tamanho do país, com o grau do desenvolvimento,

entre outros. Todavia a nossa abordagem será feita relativamente às PME's.

2.1. Classificação das PMEs

Segundo Silva (1993:47), a pequena empresa é a que emprega menos de 5 trabalhadores, e a

média empresa a que tem entre 5 e 400 trabalhadores.

No entanto, a (Carta Europeia das Pequenas Empresas, 2000) considera que as pequenas

empresas empregam entre 10 e 49 pessoas e as médias empregam menos de 250 pessoas.

Para o autor deste trabalho considera pequenas empresas todas aquelas que tenham entre 5 a

49 trabalhadores ou de 1 milhão e duzentos mil meticais a 14 milhões e setecentos mil

meticais e para médias empresas são as que tenham 50 a 99 trabalhadores ou de 14 milhões e

setecentos mil meticais a 29 milhões e novecentos mil meticais.

Portanto, o critério determinante para a classificação de pequenas e médias empresas é

baseado no número de trabalhadores e o volume de rendimento.

2.2. Tipos de demonstrações financeiras

Segundo a IAS as demonstrações financeiras são representações estruturadas da posição

financeira e do desempenho financeiro de uma determinada entidade com o objectivo de

proporcionar informação fiável acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e de

fluxo de caixa de uma determinada entidade que seja útil a uma vasta gama de

gestores/tomadores nas respectivas tomadas de decisões económicas, permitindo,

simultaneamente mostrar os resultados da gestão por parte destes dos recursos que lhes foram

confiados e colocados à disposição

Page 17: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

16

As Demonstrações Financeiras são o conjunto de informações que devem ser elaboradas pelas

empresas e demais entidades com o objectivo de proporcionar informações sobre a posição

financeira, o desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade e que seja útil

a um conjunto alargado de utilizadores para tomarem decisões económicas. Para dar uma

maior clareza sobre as demonstrações Contabilísticas serão elencadas de forma sucinta cada

uma delas, no intuito de apresentar uma visão geral das mesmas, conforme a seguir:

Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que traz importantes informações sobre a

estrutura contabilística e os seus elementos directamente relacionados com a mensuração do

balanço são os activos, passivos e capital próprio. Conforme exposto por Kroetz (2000:36),

“nele se sintetiza, na forma de origem e aplicações, a riqueza da entidade, servindo de

ferramenta para análises e controles, objectivando estudar o comportamento e tendências do

património”.

ACTIVO 31-dez-2014 31-Dez-2013

Activo não corrente

Activos tangíveis 331.200,84 183.690

Depreciações acumuladas - 72.251,28 -31.171 Total do activo não corrente 258.949,56 152.519 Activo corrente

Outros devedores 70.059,60 ------- Bancos 1.108.579,63 133.491

Total do activo corrente 1.178.639,23 133.491

TOTAL DO ACTIVO 1.437.588,79 286.010 CAPITAL PROPRIO E PASSIVO

Capital social 20.000,00 20.000,00

Resultados transitados 141.047 --------

Resultado liquido do exercício 972.672,50 141.047 TOTAL DO CAPITAL PROPRIO 1.133.674,50 161.047

Passivo corrente

Impostos a pagar 106.614,34 33.777 Outros credores 197.299,93 91.186

TOTAL DO PASSIVO 303.914,27 124.963

TOTAL DO CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 1.437.588,79 286.010

Demonstração do Resultado do Exercício

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça contabilística que apresenta a gestão

económica e financeira de uma empresa. Conforme Assaf Neto (2001:75), esse demonstrativo

Page 18: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

17

“visa a fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela

empresa em determinado exercício social”.

2014 2013

PROVEITOS OPERACIONAIS Prestação de serviços 3.138.170,05 768.420 Total dos proveitos operacionais 3.138.170,05 768.420

CUSTOS OPERACIONAIS Gastos com o pessoal 672.000,00 91.500

Fornecimento e serviços de terceiros 1.253.252,27 504.702 Depreciação do período 41.081,28 31.170,98 Total dos custos operacionais 1.966.333,55 627.372,98

Resultado antes do imposto 1.171.836,50 141.047,02 Imposto sobre rendimento -199.209 ------

Resultado liquido do exercício 972.627,50 141.047,02

Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados

Esse demonstrativo descreve os elementos que provocaram modificação, para mais ou menos

no saldo da conta lucros e prejuízos acumulados. Em função das informações referentes a

estes demonstrativos estarem inseridas na Demonstração das Mutações do Património

Líquido, quando a empresa optar pela elaboração deste último, não terá obrigação de elaborar

a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Demonstração das Mutações do Património Liquido

De acordo com Reis (2003), a demonstração mostra as variações ocorridas em cada uma das

contas integrantes do grupo património líquido. Assim, englobando a Demonstração de

Lucros e Prejuízos Acumulados, tornando desnecessária a sua elaboração.

Cap. Social Premio de

emissão

Reservas

não-

distribuidos

Lucros

acumulados

Total

Saldo 1/4/11 224,178,028 170,299,749 78,895,556 2,215,061,432 2,688,434,765 Emissão de acções 19,362,488 1,070,719,758 --------- --------- 1,090,082,246

LL do exercício --------- --------- --------- 1,083,436,295 1,083,436,295 Dividendos aos

accionistas

--------- --------- --------- (549,236,169) (549,236,169)

Saldo 31/3/12 243,540,516 1,241,019,507 78,895,556 2,749,261,558 4,312,717,137 Saldo 1/4/12 243,540,516 1,241,019,507 78,895,556 2,749,261,558 4,312,717,137

LLE --------- --------- --------- 1,523,261,558 1,523,848,119 Dividendos aos

accionistas

--------- --------- --------- (696,525,876) (696,525,876)

Saldo 31/3/13 243,540,516 1,241,019,507 78,895,556 3,576,583,801 5,140,039,380

Page 19: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

18

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

Corresponde assim como o Balanço Patrimonial, a uma demonstração da movimentação

liquida da entrada (origem) e da saída (aplicação) de recursos. Origina-se basicamente de uma

análise das variações ocorridas na posição financeira da empresa (activos e passivos

circulantes), cuja diferença representa o “capital circulante líquido”.

Tabela 2: demonstração das origens e aplicações de fundos

Origem dos fundos valor Aplicação dos fundos valor Internas: Distribuições Resultado liquido do exercício 160.000,00 Por aplicação de resultados

Por aplicação de reservas 2.000,00

Depreciações/amortizações 60.000,00 Variação de provisões (4.000,00) 72.000,00 Externas: Diminuições dos capitais

próprios:

Aumento de capital e outros Instrumento de capital próprio

12.000,00 Diminuições dos capitais e outros instrumentos de capital próprio

Aumento prémios emissão e Reservas especiais

Coberturas de prejuízo Movimentos financeiros a m/l prazo:

Movimentos financeiros a m/l prazo:

Variações de acréscimos e deferimentos

Variações de acréscimos e deferimentos

Diminuições de investimentos financeiros

Aumentos de investimentos financeiros

Diminuições dívidas de terceiros correntes

Diminuições das dívidas de terceiros não corrente

Aumento das dívidas a terceiros não Corrente

Aumento das dívidas de terceiros não Corrente

Diminuições de imobilizações: Aumento de imobilizações: Cessões de imobilizações Trabalhos da empresa para ela

própria

Aquisições de imobilizados 160.000,00 Diminuições dos fundos circulantes

78.000,00 Aumento dos fundos circulantes

Total 162.000,00 Total 162.000,00 Fonte: ROSA et all (2013:87)

Page 20: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

19

Notas Explicativas

As demonstrações contabilísticas deverão ser complementadas por notas explicativas

necessárias para um melhor esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do

exercício.

Demonstração do Fluxo de Caixa

Além destas demonstrações, a Demonstração de Fluxo de Caixa, mesmo não sendo

obrigatória, as empresas vem publicando com o objectivo de fornecer informações sobre a

movimentação das disponibilidades da empresa e demonstrar o impacto final de tal

movimentação nesse grupo de contas, tendo como objectivo principal explica a variação da

disponibilidade imediata da empresa.

2013 2012

Fluxo de caixa de actividades operacionais

Fluxo de caixa gerado pelas operações 2,434,155,631 2,510,816,511

Juro pago (117,609,354) (417,505,938)

Impostos pagos (503,655,385) (433,961,857)

Fluxo líquido de caixa de actividades operacionais 1,812,890,892 1,659,348,716

Fluxo de caixa de actividades de investimento

Aquisição de activos fixos tangíveis (1,031,849,086) (787,261,841)

Juro recebido 2,123,063 1,970,349

Receitas da venda de activos fixos tangíveis 1,739,613 24,457,646

Fluxo líquido de caixa de actividades de investimento (1,027,986,410) (760,833,846)

Fluxo de caixa de actividades de financiamento

Reembolsos de empréstimos (1,783,177,430)

Emissão de acções 1,090,082,246

Dividendos pagos (696,525,876) (863,740,519)

Fluxo líquido de caixa de actividades de

financiamento

(696,525,876) (1,556,835,703)

(Decréscimo) / Acréscimo líquido em caixa e

equivalentes de caixa

88,378,606 (658,320,833)

Caixa e equivalentes de caixa em 1 de Abril (850,010,393) (191,689,560)

Caixa e equivalentes de caixa em 31 de Março (761,631,787) (850,010,393)

2.3. Competitividade

Ferraz (1997), coloca que a competitividade entre as empresas depende da capacidade delas

conseguirem se aproximar de seus clientes e fornecedores, a fim de desenvolverem produtos e

compartilharem informações e tecnologias.

Page 21: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

20

A competitividade é a característica ou capacidade de qualquer organização em lograr

cumprir a sua missão, com mais êxito que outras organizações competidoras.

Para FERRAZ (1997:03), “a competitividade é a capacidade da empresa formular e

implementar estratégias concorrências, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma

duradoura, uma posição sustentável no mercado”.

Neste sentido, a competitividade empresarial significa a obtenção de uma rentabilidade igual

ou superior aos rivais no mercado. Se a rentabilidade de uma empresa, numa economia aberta,

é inferior à dos seus rivais, embora tenha com que pagar aos seus trabalhadores, fornecedores

e accionistas, a médio ou longo prazo estará debilitada até chegar a zero e tornar-se negativa

2.4. Estratégias Competitivas

Segundo Djalma (2007:53), Estratégia é acção ou caminho mais adequados a ser executado

para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, os objectivos, desafios e metas

estabelecidas, no melhor posicionamento da empresa perante o seu ambiente

Toda estratégia envolve mudanças organizacionais como base de sustentação para que possa

acontecer realmente. As estratégias competitivas são formuladas para aumentar a

competitividade da empresa em relação aos concorrentes, pois elas podem buscar a

manutenção e defesa do mercado, o aumento na participação de mercado ou novos mercados

ou tudo isso conjuntamente.

Para Chiavenato (2007:124) existem quatro estratégias competitivas básicas que são:

Estratégia defensiva é adoptada por empresas com domínios definidos de produtos, mercados,

que pretendem manter ou defender da acção dos concorrentes. Nesta estratégia os dirigentes

da cúpula no nível institucional devem ser capacitadores e eficientes unicamente na área

restrita às actuais operações da empresa e poupam-se de buscar novas oportunidades ou

experimentar mudanças.

Estratégia ofensiva é adoptada por empresas que, regularmente, buscam novas oportunidades

do mercado e experimentam reagir com respostas potenciais diante das tendências emergentes

no meio ambiente. Todavia o problema empresarial desta estratégia consiste em como

localizar e explorar mercado, de seus produtos ou serviços.

Page 22: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

21

Nesta ao formular a sua estratégia, a empresa parte de uma analise interna e externa para

avaliar critica e profundamente a sua situação no negocio em que esta centrada.

Estratégia analítica é uma estratégia compartimentada adoptada por empresas que operam em

dois tipos de domínio produto serviço e mercado, um estável e já conquistado e outro mutável

e a conquistar. Enquanto a empresa mantém e defende um domínio já garantido de produto

mercado, procura aproveitar ou antecipar em oportunidades ambientais novos domínios.

Estratégias reactivas, nesta enquanto as três estratégias anteriores são proactivas (antecipam-

se às ocorrências anteriores do ambiente), esta é uma estratégia reactiva (reage com atraso às

ocorrências do ambiente), despreparada e improvisada.

Esta estratégia reactiva é instável, ou seja, aplicável a curtos espaços de tempo e sem um

envolvimento tão amplo e capaz integrar actividades dos níveis institucionais, intermédio e

operacional como um todo.

Para além das estratégias acima mencionadas, segundo Porter (1986) existem três estratégias

competitivas nomeadamente:

Estratégia de diferenciação que consiste em oferecer ao mercado produtos ou serviços

diferentes os da concorrência em termos de qualidade, preço e outros atributos.

Estratégia de foco, esta consiste em satisfazer integralmente as necessidades dos clientes do

segmento alvo da empresa.

Estratégia de liderança em custo, consiste em oferecer produtos e serviços que satisfazem as

necessidades dos clientes, a um preço ligeiramente baixo ao da concorrência.

Page 23: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

22

Capitulo III: METODOLOGIA

Segundo Michel (2005), pode-se entender como metodologia um caminho que se traça para

atingir um objectivo qualquer ou tão simples para chegar a verdade. É, portanto, a forma, o

modo para resolver problemas e buscar respostas para as necessidades e dúvidas.

3.1. Tipo de pesquisa

O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa,

tendo em vista que se pretende, por meio da análise crítica, descrever a importância das

informações contabilísticas no processo decisório das micro e pequenas empresas

De forma análoga, Andrade (2002) destaca que a pesquisa descritiva preocupa-se em observar

os fatos, registá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, e o pesquisador não interfere

neles. Assim, os fenómenos do mundo físico e humano são estudados, mas não são

manipulados pelo pesquisador.

Segundo Beuren e Raupp (2004: 92), na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais

profundas em relação ao fenómeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa

destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a

superficialidade deste último.

3.2. Método de procedimento

Usou-se como método de procedimento o estudo de caso que para Merriam (1994), consiste

na “observação detalhada de um contexto ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou

de um acontecimento específico”.

Ao comparar o Método do Estudo de Caso com outros métodos, YIN (1989) afirma que para

se definir o método a ser usado é preciso analisar as questões que são colocadas pela

investigação. De modo específico, este método é adequado para responder às questões

"como" e '"porque" que são questões explicativas e tratam de relações operacionais que

ocorrem ao longo do tempo mais do que frequências ou incidências

Usou-se também o método comparativo, que segundo LAKATOS & MARCONI (1994)

realiza comparações com finalidade de verificar semelhanças e explicar divergências. É um

método usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado ou entre os

Page 24: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

23

existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de

desenvolvimento.

Método estatístico: consistirá na transformação de dados quantitativos em estatísticos,

facilitando a sua apresentação em gráficos.

Método de abordagem: indutivo

Para Luckesi (1995), O método indutivo é um método científico que obtém conclusões gerais

a partir de premissas individuais. Caracteriza-se por quatro etapas básicas: a observação e o

registo de todos os factos, a análise e a classificação dos factos.

3.3. Técnica de colecta de dados

Gil (1999:117) conceitua a entrevista como “uma forma de interacção social. Mais

especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca colectar

dados e a outra se apresenta como fonte de informação”

Segundo a ideia apresentada pelo autor, o pesquisador se apoiará na entrevista como técnica

de colecta de dados.

Terá também o questionário e a observação que são definidos como:

Questionário é uma técnica de investigação composta por um número grande ou

pequeno de questões apresentadas por escrito que tem por objectivo propiciar

determinado conhecimento ao pesquisador; e

Observação segundo Silveira (2010) seria uma solução para o estudo de fenómenos

complexos e institucionalizados, quando se pretende realizar análises descritivas e

exploratórias ou quando se tem o objectivo de inferir sobre um fenómeno que remeta a

certas regularidades, passíveis de generalizações.

A entrevista e a observação são técnicas interactivas visto que a entrevista conduz o

pesquisador para a observação, enquanto as observações podem sugerir os

aprofundamentos necessários para as entrevistas.

Para além dessas técnicas o pesquisador apoiara-se pela consulta documental, que é realizada

a partir de documentos contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente

autênticos.

Page 25: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

24

3.4. População ou Universo da Pesquisa

Para IVALA (2007:38), o “Universo ou População é conjunto de seres animados ou

inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”.

Por outras palavras, o universo é o conjunto de elementos ou fenómenos que possuem

determinadas características comuns. No que concerne na pesquisa, a população será

constituída por 18 elementos de ambos sexos.

3.5. Amostra da Pesquisa

Reconhecendo que Amostra é uma parte da população em estudo ou constitui parte

representativa da população, onde a partir dela se insere os resultados desta população, para

este projecto apresenta-se a seguinte amostra:

Tabela 3: População da pesquisa

Sector laboral Numero

Administração e finanças 2

Engenharia e fiscalização de obras 4

Total 6

3.6. Instrumentos de processamento de dados

O Software (SPSS), é um programa apropriado para a elaboração de análises estatísticas de

matrizes de dados. O seu uso permite gerar relatórios tabulados, gráficos e dispersões de

distribuições utilizados na realização de análises descritivas e de correlação entre variáveis.

Page 26: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

25

CAPITULO IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1. Introdução

Para este capítulo, o autor apresenta os dados colhidos na pesquisa de campo e posteriormente

faz a interpretação dos resultados dos mesmos, de modo a aferir a aceitação ou rejeição das

hipóteses da pesquisa.

4.2. Estudo de caso: CEPE Consultores – Nampula.

Localização geográfica, Limites e Superfície Total da cidade de Nampula.

A Cidade de Nampula foi implantada num planalto, para servir de centro militar colonial para

todo o norte de Moçambique. No entanto, ela é,

Atravessada pelo Corredor de Desenvolvimento de Nacala constituído

pelos eixos ferroviário e rodoviário que ligam o litoral (Porto de Nacala) com o interior do país e com a República do Malawi. Também

é cruzada pelo eixo rodoviário Centro-Nordeste, vital para o desenvolvimento a norte do rio Zambeze e que, a partir daqui, se ramifica em direcção à província de Cabo Delgado, a norte, a província

do Niassa, a ocidente, e o litoral, a oriente. Esta localização que lhe confere o papel de centro económico e de ligação de todo o território a

norte do Rio Zambeze pelo que se lhe ajusta o título de “capital nortenha” ou “rainha do norte” (ARAÚJO, 2003: 18).

Nampula é a cidade capital da província do mesmo nome, em Moçambique e está localizada

no interior da província. Conhecida como a Capital do Norte, Nampula foi elevada a cidade a

22 de Agosto de 19561. Administrativamente, a cidade de Nampula é um município, tendo

um governo local eleito.

4.3. Localização Geográfica

O Município de Nampula situa-se, aproximadamente, no centro do espaço geográfico do

distrito que leva o mesmo nome, tem cerca de 471.717 habitantes sendo 240.433 do sexo

masculino e de 231.284 de sexo feminino, segundo o Censo de 2007, distribuídos por 404 km²

e 18 bairros distribuídos em 06 Postos Administrativos.

O Município de Nampula situa-se, aproximadamente, no centro do espaço geográfico do

distrito que leva o mesmo nome (Distrito de Nampula) deslocada para o nordeste. De este

para o Oeste tem uma extensão de 24,5 kms, entre os meridianos de 39˚ 23´ 28´´ e 39˚ 10´

1http://www.nampula.gov.mz/nampula

Page 27: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

26

00´´ Este. No sentido Norte-Sul estende-se por 20,25 kms, desde a barragem do rio Monapo, a

uma latitude de 15˚ 01´ 35´´S, até ao riacho Muepelume, no paralelo 15˚ 13´ 15´´S.

4.4. Localização do campo de estudo

A Empresa CEPE Consultores – Nampula, localizada na Rua Armando Tivane,1º Andar

,Porta nº197 no Bairro de Muhala.

A CEPE Consultores. – Nampula, é uma empresa Moçambicana centrada na Prestação de

Serviços de Consultoria em Engenharia Civil e Fiscalização de Obras Publicas e de

Construção Civil, com sede na Cidade de Nampula, Rua Armando Tivane, 1º Andar, Porta

nº197 no Bairro de Muhala.

Uma Empresa que tem como foco realizar estudos e projectos de engenharia civil, desde a

fase de concepção até a sua execução, participando na gestão dos custos dos mesmos e

evitando impactos financeiros em virtude da natureza da obra.

Acompanha todas as transmissões impostas pela legislação Moçambicana, mantendo o

compromisso de atender as principais necessidades dos seus clientes, preservando a filosofia

de trabalho.

Uma Empresa com equipa formada por jovens dinâmicos e inovadores, a CEPE Consultoria

tem se destacado pela boa prestação dos seus serviços com satisfação completa dos seus

clientes púbicos e privados.

4.4.1. Visão, Missão e Valores da CEPE Consultores Nampula

Visão

Ser uma empresa como continuação da universidade, participando nosso

desenvolvimento no pais;

Fortalecer a nossa imagem e notaria competência.

Missão

Atender as necessidades dos nossos clientes com criatividade e tecnologia;

Contribuir para o desenvolvimento do Pais.

Page 28: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

27

Valores

Compromisso com a qualidade e melhoria contínua de eficácia dos nossos trabalhos;

Busca permanente de qualidade com elevação do senso ético e profissional.

4.4.2. Empresas concorrentes

De salientar que a CEPE consultores é uma empresa que opera na cidade e província de

Nampula e tem como principais concorrentes no mercado a Arcus consultores, Técnica

Engenheiros consultores Lda, Tec consult Lda, PM consult, Concret construções.

4.5. Analise e Interpretação dos dado

Analise e interpretação dos dados obteve-se mediante a aplicação de seis questionários

dirigidos aos trabalhadores da CEPE consultores nas áreas de administração e finanças e

Engenharia e fiscalização de obras. Nas tabelas e gráficos abaixo, estão apresentados os dados

da nossa amostra tendo em conta as variáveis que caracterizam os nossos inquiridos.

Gráfico 1 Idade dos inqueridos.

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

Quanto à idade dos entrevistados, de acordo com os dados apurados como ilustra o gráfico,

pode-se dizer que a maioria dos entrevistados da nossa amostra situa-se no intervalo entre (22

a 28 anos de idade), o que permite-nos afirmar que existe uma aderência dos jovens no ramo

de engenharia civil, fiscalização de obras e de construção civil. De acordo com o nosso

estudo, o governo deve apostar mais na motivação do empreendedorismo juvenil, o que

permite diminuir o desemprego, promover o crescimento económico-social e diminuir a

pobreza.

17%

33% 33%

17%

22

24

25

28

Page 29: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

28

Gráfico 2 Nível de escolaridade dos inqueridos

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

Depois da observação do gráfico acima, os dados apurados permite-nos afirmar que uma

maioria de 4 dos inqueridos, que correspondem 67% possuem o nível médio de formação e os

restantes 33% que perfazem 2 inquiridos são licenciados nas áreas de contabilidade e

engenharia civil, contudo isto explica que as empresas preferem contratar técnicos médios

para minimizar os custos.

Gráfico 3: Sexo dos Entrevistados

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

Segundo os dados apurados pode-se constatar que num total de 6 questionados que

responderam os nossos inquéritos por questionário, a maioria é do sexo masculino,

correspondendo a 5 ou seja 83% da nossa amostra, o que nos permite afirmar que existem

mais homens envolvidos nos serviços de consultoria em engenharia civil, fiscalização de

obras e de construção civil do que as mulheres que perfazem 17% ou mesmo 1. Mas isso não

medio 67%

superior 33%

83%

17%

masculino

feminino

Page 30: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

29

quer dizer que as mulheres não possuem a iniciativa e a capacidade de trabalhar nestas áreas

ou empresa.

Gráfico 4: Tipos de documentos contabilísticos usados na Empresa

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

Depois da observação do gráfico acima, pode-se dizer de acordo com os dados apurados que

na maioria dos sujeitos inqueridos, cerca de 50% correspondente a 3 da nossa amostra,

acreditam em simultâneo nos dois instrumentos financeiros, uma vez que estes sintetizam na

forma de origem e aplicação da riqueza da entidade e fornecem os resultados (lucros /

prejuízos) auferidos pela empresa num determinado exercício. Uma minoria dos 33% que

perfaz 2 diz que é o Balanço e os restantes 17% que também correspondem a 1 afirma que é a

demonstração de resultado.

Gráfico 5: Estratégias de competitividade usadas na Empresa

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

50%

33%

17%

Balanço e DR

Balanço

DR

33%

67%

Qualidade do produto

Estrategia de negocio

Page 31: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

30

De acordo com os dados apurados, a maioria de 4 questionados que correspondem a 67%,

responderam que é a estratégia de negócio, uma vez que este é um dos meios ou mecanismos

usados para dominar o mercado de modo alcançar resultados em relação aos seus

concorrentes. E os restantes que perfazem 2 com uma percentagem de 33% afirmam na

qualidade do produto que satisfazem integralmente as necessidades dos clientes.

Gráfico 6: DFs que ilustram a competitividade na Empresa

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

Numa amostra de 6 trabalhadores inquiridos, 4 que equivalem a 67% afirmam que a

competitividade da empresa no mercado pode ser vista por meio do balanço patrimonial da

empresa, onde se fotografa a estrutura financeira da empresa que compõe o passivo da

mesma, assim como a estrutura económica que constitui o activo da empresa, sem deixar de

evidenciar a situação líquida da mesma.

Por outro lado, uma minoria de 17% que perfaz um inquirido está de opinião de que o mapa

de DR constitui o melhor documento financeiro que da conhecer perante ao público o nível de

concorrência da empresa no mercado e os restantes 16% que também equivalem a 1 inquirido

acreditam em simultâneo nos dois instrumentos financeiros, anteriormente referenciados,

como sendo o meio para apresentação das DFs da empresa.

67%

16%

17%

Balanço

DR

Balanço e DR

Page 32: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

31

Tabela 4: papel das DFs nas PMEs

Resposta Frequência Percentagem

Ilustra a capacidade financeira e o potencial na avaliação

e selecção nos concursos

4 67

Permitem demonstrar os resultados financeiros 1 16.5

Aumenta valor na produtividade da empresa 1 16.5

Total 6 100

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

Segundo os dados apurados junto dos inqueridos, mais de metade (67%) da nossa amostra, ou

seja 4 dos questionados concordam que as DFs mostram a capacidade financeira e potenciam

na avaliação e selecção dos concursos, uma vez que nas empresas públicas e privadas é

obrigatório no acto dos concursos as PMEs anexarem as suas demonstrações financeiras para

se saber a origem e aplicação dos fundos assim como os seus lucros e prejuízos.

De salientar ainda que 2 dos inqueridos 1 diz que demonstram resultados financeiros de uma

entidade e o outro as afirma que este aumenta o valor na produtividade da empresa.

Tabela 5:Importancia das DFs para melhoria de negócio nas PMEs

Resposta Frequência Percentagem

Ajudam as PMEs a obter financiamento ou crédito 3 50

Sem resposta 1 17

Permitem conhecer a capacidade da empresa e

impulsionam na avaliação dos concurso quando anexados

2 33

Total 6 100

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

De acordo com os dados apurados pode-se afirmar que as demonstrações financeiras ajudam

as PMEs a obter financiamento, dado que por volta de 3 respondentes, representando 50% da

nossa amostra, sustentam a ideia de que a ideia de que as instituições de crédito para conceder

um financiamento a uma entidade solicitam as demonstrações financeiras para conhecer a

estrutura financeira e económica da empresa ou seja o posicionamento da empresa de modo a

fazer uma análise do seu retorno, uma vez que PMEs constituem um agente importante na

Page 33: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

32

estratégia de promoção do emprego, na inovação, na criação de rendimentos e no crescimento

e desenvolvimento económico e social. Portanto, 33% explicam que este instrumento permite

conhecer a capacidade da empresa e impulsiona na avaliação dos concursos quando anexados,

e os restantes 17% não opinam a respeito da importância das DFs.

Tabela 6:Relaçao competitividade das PMEs e as DFs

Resposta Frequência Percentagem

Existe uma relação de interdependência 4 67

Mostram serviço de qualidade e aumenta o número de

cliente

1 16.5

Sem resposta 1 16.5

Total 6 100

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

De acordo com os questionados, 67% afirmam que existe uma relação de interdependência,

uma vez que cada uma depende da outra, visto que as PMEs para obterem o financiamento na

instituições de credito precisam das DFs e não só mesmo em concursos públicos ou privados.

Por outro lado, as DFs para serem elaboradas precisam de alguns componentes ou seja de

existir uma empresa. De frisar que uma parte dos inqueridos que corresponde a 16.5% dizem

que a relação existente é de mostrar serviço de qualidade e aumenta o número de cliente nas

empresas, e os restantes obstou-se em responder.

Tabela 7:Procedimentos usados na elaboração das DFs

Resposta Frequência Percentagem

Tem sido o princípio de continuidade das operações 6 100

Total 6 100

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

De acordo com os dados apurados, todos os questionados afirmam que a empresa utiliza o

princípio de continuidade das operações, ou seja, as DFs são elaboradas com base nos dados

dos anos anteriores, de modo a se apurar a evolução dos indicadores financeiros e económicos

Page 34: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

33

da empresa, o que enfatiza o princípio contabilístico de continuidade das operações, plasmado

nas novas orientações do NIRF

Tabela 8: Medidas e precauções tomadas para manter a competitividade

Resposta Frequência Percentagem

São inovação, rigor, criatividade, compromisso e técnicos

qualificados

5 83

É flexibilidade nos serviços e boa qualidade 1 17

Total 6 100

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

De acordo com os dados apurados, cerca de 83% da nossa amostra, ou seja 5 dos

questionados dizem que as precauções ou medidas tomadas são inovação, rigor, criatividade,

compromisso e técnicos qualificados, uma vez que estes são elementos chaves para atender as

necessidades dos clientes, assim como dar valores aos mesmos. E os restantes 17%

correspondente a 1,afirma que da flexibilidade nos serviços e uma boa qualidade.

Tabela 9:Pontos fortes que trazem vantagem competitiva a empresa

Resposta Frequência Percentagem

São: boa localização, transporte disponível, qualificação

dos técnicos e uma equipa técnica fixa

4 67%

É a prestação de serviços de qualidade 1 16.5

É o bom compromisso dos técnicos e uma boa estrutura

organizacional

1 16.5

Total 6 100

Fonte: adaptado pelo autor, com base no trabalho de campo

De acordo com os dados apurados, a maioria dos questionados que perfazem 67% defendem

que os pontos fortes são a boa localização, disponibilidade de meios de transporte,

qualificação dos técnicos e uma equipa técnica fixa, esta ideia dos inqueridos de facto

coincide com as exigências do mercado na actualidade porque são estratégias usadas para

dominar o seu concorrente. A outra parte correspondente a 16.5% diz que é a prestação de

serviços de qualidade e os restantes concordam no bom compromisso dos técnicos e uma boa

estrutura organizacional.

Page 35: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

34

Tabela 10:Pontos fracos que trazem vantagem competitiva a empresa

Resposta Frequência Percentagem

São ma localização, falta de transporte e mudança de

equipa técnica 67%

4 67

Sem resposta 1 16.5

Tem sido prestação de serviços sem qualidade 1 16.5

Total 6 100

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

De acordo com a tabela acima, 67% dos inquiridos concordam na má localização, falta de

transporte e mudança de equipa técnica sendo pontos fracos, e é deste modo que os

concorrentes ganham o mercado porque concentram as suas forças onde o alvo é fraco, por

outro lado uma parte de 16.5 afirma na prestação de serviços de qualidade e o restante optou

em não responder a pergunta.

Tabela 11: Meios usados na divulgação de documentos contabilísticos para saber o nível

competitivo

Resposta Frequência Percentagem

Tem sido através de folhetos de apresentação, cartas de

apresentação, concursos e sites da empresa

5 83

É através de relatórios 1 17

Total 6 100

Fonte: o autor, com base no trabalho de campo

Uma das questões que foi colocada pelo autor na pesquisa e campo, foi de saber junto dos

inquiridos quais os meios usados para a empresa divulgar os seus resultados financeiros do

exercício económico findo, junto aos diversos intervenientes ou stakholders, o que resultou

que uma maioria composta por 5 inquiridos, correspondendo a 83%, afirmam que faz-se a

divulgação dos documentos nos concursos, sites da empresa, folhetos de apresentação e cartas

de apresentação, o que é mais lógico na actualidade uma vez que o mundo esta sendo sempre

globalizado e num momento que estamos a ultrapassar a era analógica para digital. Porem,

cerca de 17% acredita que divulgação é feita através de relatórios, o que pode dificultar o

conhecimento da maioria dos interessados em ter acesso os tais documentos.

Page 36: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

35

4.6. Aceitação ou refutação das hipóteses

Neste capítulo autor faz a apresentação dos factos que se baseiam na aceitação ou rejeição das

hipóteses previamente definidas no trabalho. De Lembrar que as hipóteses são prováveis

respostas que podem ser aceites ou rejeitadas dependendo dos dados colhidas na pesquisa de

campo.

Hipótese 1: As DFs podem contribuir significativamente na competitividade das PMEs,

quando estas espelham a realidade do desempenho financeiro da mesma

Com base na análise dos indicadores patentes nas variáveis das hipóteses acima

mencionadas, pode se dar por validado a 1ª hipótese. A validação teve como pressupostos

básicos nos resultados da pesquisa do campo, em que o autor procurou saber junto dos

inquiridos se ao nível da empresa tem se elaborado documentos financeiros que ilustram a

posição financeira e técnica da empresa, e as respostas foram positivamente exprimidas pela

amostra da pesquisa. Dai que da se validada a hipótese.

A Hipótese 2: A competitividade empresarial melhora os procedimentos internos do

controlo contabilístico como forma de demonstrar a posição competitiva da empresa no

mercado.

Segundo a análise dos indicadores patentes nas variáveis das hipóteses acima mencionadas,

pode se dar por validado a 2ª hipótese. A validação teve como suporte os resultados da

pesquisa do campo, em que o autor procurou saber junto dos inquiridos que medidas e

precauções são tomadas de modo a manter a competitividade da empresa no mercado, e as

respostas foram claramente respondidas de que são inovação, rigor, criatividade,

compromisso e técnicos qualificados com uma percentagem de 87% da amostra da nossa

pesquisa, o que esta em conformidade com os indicadores previamente definidos nas variáveis

hipotéticas. Sendo assim, considera-se valida a hipótese acima supracitada.

Page 37: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

36

CAPITULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES

5.1 Conclusões da Pesquisa

Após a realização da colecta dos dados no campo e tem do se interpretado os resultados da

pesquisa, permitiu concluir – se o seguinte que:

As DFs são documentos ou relatórios contabilísticos que surgem através da conjugação

de todas operações financeiras realizadas numa entidade durante um determinado

período económico, que ajudam aos respectivos gestores na tomada de decisões

necessárias, assim como, permitem vislumbrar a situação financeira e patrimonial para

os diversos actores interessados nessas informações;

As principais DFs que são utilizadas na CEPE Consultores são Balanço patrimonial,

Demonstração de Resultado, Fluxo de Caixa e outras menos importantes como Mapa de

origem e aplicação de fundos (MOAF), relatórios de gestão;

Uma das grandes importâncias das DFs prende – se pelo facto destas mostrarem os

resultados financeiros e económicos alcançados pela empresa e que os mesmos ajudam a

definir qual o nível de competitividade que a empresa se encontra perante aos seus

concorrentes mais próximos no mercado;

Igualmente, constatou-se que, as DFs dão a conhecer os recursos que foram investidos

nas suas actividades operacionais da empresa, como forma de facilitar a avaliação o grau

de rentabilidade e lucratividade dos seus activos;

As PMEs são alavancas do progresso da economia num determinado pais, pois estas

contribuem significativamente no produto interno bruto nacional e seu contributo

reflecte no crescimento económico, a criação de emprego, redução da pobreza e no

aumento da base tributária;

Um dos grandes constrangimentos para o sucesso das PMEs cinge-se com a vontade de

competir num mercado com insuficiência de recursos financeiros, o que dificulta a

inovação e o acesso aos recursos tecnológicos para se impor perante aos concorrentes,

assim como a ansiedade de num futuro pouco longínquo transformar-se numa grande

empresa.

Page 38: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

37

5.2. Sugestões

Tendo se concluído o trabalho, o autor sugere o seguinte:

1. Que se alugue um software contabilístico, como forma de flexibilizar a produção de

documentos financeiros para o uso oportuno das informações neles contidos, como

garantia de competir com as outras empresas do sector,

2. Que se faca um treinamento ou capacitação continua dos trabalhadores das diferentes

áreas da empresa, como medida de adaptar-lhes a novas mudanças do ambiente de

trabalho,

3. Que se invista mais em equipamentos e infra-estrutura de funcionamento da empresa,

para melhor difusão da imagem da sua existência e localização,

4. Que se recrute mais colaboradores para reforço da massa laboral existente,

imprimindo maior dinamismo e melhor resposta na solicitação dos serviços a prestar

aos clientes.

5. Que se adopte a estratégia de diversificação e diferenciação dos serviços, actuando em

outras áreas de negocio, minimizando de certa forma os riscos dos negócios no

mercado,

6. Que haja meios eficazes para a divulgação dos documentos e relatórios financeiros,

permitindo desta forma maior difusão e abrangência para os diferentes usuários.

Page 39: Monografia   a importância das demonstrações contabilísticas na competitividade das pm es

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