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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS CURSO DE PÓS-GRADUAÇAO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA PERFIL DE COMPETÊNCIAS NECESSÁRIO AOS COORDENADORES DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA-CCET DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS-UFSCar GERALDO BIASON GOMES SÃO CARLOS 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇAO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA

PERFIL DE COMPETÊNCIAS NECESSÁRIO AOS COORDENADORES DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DO CENTRO DE CIÊNCIAS EX ATAS E DE TECNOLOGIA-CCET DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CAR LOS-UFSCar

GERALDO BIASON GOMES

SÃO CARLOS

2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

SECRETARIA GERAL DE RECURSOS HUMANOS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇAO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA

PERFIL DE COMPETÊNCIAS NECESSÁRIO AOS COORDENADORES DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DO CENTRO DE CIÊNCIAS EX ATAS E DE TECNOLOGIA-CCET DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CAR LOS-UFSCar

GERALDO BIASON GOMES

Monografia de conclusão de curso apresentada à Secretaria Geral de Recursos Humanos como requisito obrigatório e parcial para obtenção do título de Especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal de São Carlos.

Orientador: Prof. Dr. Roniberto Morato do Amaral

SÃO CARLOS

2010

Ficha Catalográfica

Banca Examinadora

Prof. Dr. Roniberto Morato do Amaral

Prof. Dr. Leandro Innocentini Lopes de Faria

Prof. Dr. Sérgio Luis da Silva

Aos meus pais, Olímpio e Giusepina,

À minha esposa, Néia e

Ao nosso filho, Raoni

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Olímpio e Giusepina, pelo legado de amor e apreço pela educação.

À minha esposa Néia, pelo amor, compreensão, colaboração, divisão das tarefas e inestimável apoio e incentivo.

Ao meu filho Raoni, pela compreensão das muitas horas de ausência.

Aos meus irmãos Mário, Toninho, Cido, Vitória, Terezinha, Regina, Cidinha e Fatinha, pelo incentivo, direto e indireto.

Ao meu orientador, Prof. Roniberto, pela compreensão, incentivo e muita paciência.

Aos Professores Leandro e Sérgio, da banca examinadora, pelas contribuições.

Ao Prof. Mauro R. Côrtez, pela viabilização e coordenação do curso de Especialização em Gestão Pública.

Aos colegas de curso, especialmente os com quem trabalhei mais diretamente nos vários grupos de trabalho ao longo do curso.

Aos professores do curso, pela dedicação de algumas horas a mais de trabalho.

Aos colegas de trabalho do PPG-CEM, Oceania, Fernando e Silmara, pelo incentivo.

Ao Prof. Tomaz T. Ishikawa, coordenador PPG-CEM, pelo especial incentivo e todo apoio necessário à minha dedicação ao curso.

Aos professores que responderam ao questionário.

À UFSCar, pela oportunidade deste trabalho.

A todos que, de uma forma direta ou indireta, colaboraram para a realização deste trabalho.

“Tenho prá minha vida

A busca como medida

O encontro como chegada

E como ponto de partida”

(Sérgio Ricardo – compositor, cantor, cineasta)

Trecho da canção “Ponto de Partida”, que deu título e foi parte integrante

de peça teatral escrita em 1976 por Gianfrancesco Guarnieri.

Vale a pena conferir:

http://bernardoschmidt.blogspot.com/2010/10/ponto-de-partida-de-gianfrancesco.html

(acesso em 21/04/2011)

RESUMO

A gestão de pessoas por competências (GPC) implica num conjunto de premissas,

conceitos e ferramentas com vistas à melhoria da competitividade das organizações no

atual ambiente complexo e dinâmico. Sua aplicação na administração pública estimula

a melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, por

intermédio do desenvolvimento dos servidores. Este trabalho teve por objetivo mapear

o perfil de competências necessário à atuação dos Coordenadores de Programas de

Pós-Graduação (PPG) de caráter estrito senso no âmbito do Centro de Ciências Exatas

e de Tecnologia da Universidade Federal de São Carlos (CCET da UFSCar). O método

de pesquisa utilizado foi o estudo de caso, a unidade caso foi o conjunto dos PPG da

UFSCar no âmbito do CCET, a investigação teve um caráter descritivo/exploratória, com

análise de resultados de cunho qualitativo. Para a coleta de dados junto aos

coordenadores, foi adotado, com adaptações, o método para mapeamento de

competências apresentado por Amaral (2006). Durante a pesquisa documental,

baseada nos Regimentos Internos dos PPG, notou-se que as atribuições do

coordenador, em sua essência, e no que se refere à prescrição, são comuns a todos os

PPG, independentemente da área de conhecimento a que pertençam. Tendo em vista

uma preocupação (que não foi objeto deste trabalho) com possíveis diferenças quanto

ao exercício desse receituário, diferenças essas advindas da cultura própria de cada

área de conhecimento, optou-se por reduzir o universo de pesquisa, focando, então, o

mapeamento do perfil de competências aos coordenadores de PPG no âmbito do CCET

da UFSCar. Os resultados alcançados foram: mapeamento do processo de trabalho

de coordenador de PPG da UFSCar; perfil de competências necessário para a atuação

dos coordenadores de PPG do CCET da UFSCar; indicadores de competência; e

glossário de competências. Conclui-se que a pesquisa contribui para as iniciativas em

Gestão de Pessoas por Competências no setor Público, ao fornecer insights sobre a

atuação e o perfil de competências necessárias no contexto dos PPG de uma instituição

federal de ensino superior, em especial do coordenador de PPG.

Palavras-chave: G estão de Pessoas por Competências; Mapeamento de Competências; Coordenador de Programa de Pós-Graduação de caráter Estrito Senso.

LISTA DE SIGLAS

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CCA Centro de Ciências Agrárias

CCBS Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

CCET Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia

CECH Centro de Ciências Humanas

CHA Conhecimentos, Habilidades e Atitudes

CPG Comissão de Pós-Graduação

ENAP Escola Nacional de Administração Pública

GC Gestão por Competências

GPC Gestão de Pessoas por Competências

MEC Ministério da Educação

PDI Plano de Desenvolvimento Institucional

PG Pós-Graduação

PNPG Plano Nacional de Pós-Graduação

PPG Programa de Pós-Graduação

Pró-PG Pró-Reitoria de Pós-Graduação

Pró-Pq Pró-Reitoria de Pesquisa

RBPG Revista Brasileira de Pós-Graduação

UFSCar Universidade Federal de São Carlos

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Competências como fonte de valor para o indivíduo e a organização .................................................................................................. 20

Figura 2 As três dimensões da Competência .............................................. 23

Figura 3 Modelo de gestão de pessoas por competências ......................... 24

Figura 4 Representação básica do Gerenciamento por Processos ............. 32

Figura 5 Fluxo da elaboração do mapeamento do processo de trabalho do Coordenador de PPG .................................................................................... 35

Figura 6 Mapeamento do processo de trabalho do Coordenador de Programa de Pós-Graduação da UFSCar ................................................... 48

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Quantidade de produtos resultante do processo de atuação do Coordenador de PPG da UFSCar em relação aos seus clientes ................... 43

Gráfico 2 Distribuição gráfica da principais atividades desempenhadas pelo Coordenador de PPG da UFSCar em seu processo de trabalho ................... 45

Gráfico 3 Atributos de competência (CHA) de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar ........................................................................................... 71

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Competências para o profissional ................................................ 20

Quadro 2 Principais características esperadas para o profissional contemporâneo ............................................................................................... 21

Quadro 3 Exemplos de descrição de competências sob a forma de referenciais de desempenho .......................................................................... 22

Quadro 4 Exemplos de recursos ou dimensões da competência “prestar um atendimento bancário baseado em padrões de excelência” .................... 22

Quadro 5 Relação dos PPGs da UFSCar à época desta pesquisa ............. 31

Quadro 6 Redação de vários regimentos com as atribuições da CPG quanto ao item “Regimento Interno” ............................................................... 34

Quadro 7 Modelo para o mapeamento de competências de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar, com os passos metodológicos; adaptado de Amaral (2006) ................................................................................................. 37

Quadro 8 Principais ações desempenhadas pelo Coordenador de PPG da UFSCar em seu processo de trabalho ...................................................... 44

Quadro 9 Ações do Coordenador classificadas por grau de incidência ....... 46

Quadro 10 Atributos de competência (CHA) de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar ........................................................................................... 67

Quadro 11 Atributos de competência que referem-se a situações de estrutura da função, não propriamente a Conhecimentos, Habilidades e Atitudes ........................................................................................................... 68

Quadro 12 Glossário de competências de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar. Baseado em Rabaglio (2006) e Amaral (2006), com adaptações promovidas durante os mapeamentos deste trabalho ................ 72

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA) ............................................................................................ 50

Tabela 2 Respostas ao Questionário com referências à competência cuja redação final foi ajustada para “Capacidade de interação, trabalho em equipe. Ilustração de processo de ajuste de redação. ............................... 65

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 14

2 GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS ............................ 18

2.1 Competência ..................................................................................... 18

2.2 Competência nos diferentes níveis organizacionais ......................... 23

2.3 Competência nas organizações públicas brasileiras ........................ 24

2.4 Mapeamento de Competências ........................................................ 26

3 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO ....................................... 29

3.1 Abordagem e Método ........................................................................ 29

3.2 Desenvolvimento da pesquisa .......................................................... 30

3.2.1 Mapeamento do processo de trabalho do coordenador ................... 30

3.2.2 Mapeamento do perfil de competências do coordenador ................. 35

4 RESULTADOS .................................................................................. 38

4.1 Processo de Trabalho do Coordenador de PPG da UFSCar ........... 38

4.2 Perfil de Competências necessário aos Coordenadores de PPG do CCET da UFSCar ............................................................................. 49

4.3 Indicadores de competência ............................................................. 66

4.4 Glossário ........................................................................................... 72

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 76

REFERÊNCIAS ................................................................................. 80

APÊNDICE A .................................................................................... 86

14

1 Introdução

De uma maneira geral, os Programas de Pós-Graduação (PPG) se

inserem no processo de qualificação e formação de recursos humanos, visando, em

última instância, o desenvolvimento do país.

O Plano Nacional da Pós-Graduação (PNPG 2005-2010) incorpora o princípio de que o sistema educacional é fator estratégico no processo de desenvolvimento socioeconômico e cultural da sociedade brasileira. Ele representa uma referência institucional indispensável à formação de recursos humanos altamente qualificados e fortalecimento do potencial científico tecnológico nacional. Cabe à pós-graduação a tarefa de produzir os profissionais aptos a atuar nos diferentes setores da sociedade e capazes de contribuir, a partir da formação recebida, para o processo de modernização do País. Os dados disponíveis demonstram, sobremaneira, que é no interior do Sistema Nacional de Pós-Graduação que, basicamente, ocorre a atividade da pesquisa científica e tecnológica brasileira (RBPG, 2005, p.186).

A citação acima destaca a importância da Pós-Graduação no sistema

de ensino e pesquisa, em particular, e no processo de desenvolvimento do país, no

geral. Este trabalho não se propõe a analisar o papel da pós-graduação como um

todo, mas, tendo esse referencial como pano de fundo, investigar o papel dos

coordenadores de programas de pós-graduação estrito senso, detendo-se, para

isso, em estudar os programas de pós-graduação da Universidade Federal de São

Carlos (UFSCar), mais especificamente, os programas de pós-graduação de caráter

estrito senso1 do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET) da UFSCar.

O papel dos coordenadores de PPG dentro do conceito de gestão de

pessoas por competências é motivo deste estudo, cujo enfoque incorpora

estratégias e instrumentos de gestão fruto das transformações sociais, políticas,

econômicas e culturais das últimas décadas.

1 Nos Programas de caráter estrito senso, a ênfase é a pesquisa científica, e os cursos de mestrado e doutorado concedem,

respectivamente, os títulos de mestre e doutor. Já no lato senso, a ênfase é a especialização/atualização ou reciclagem profissional. Na UFSCar, a predominância é do caráter estrito senso. Mais adiante, em Metodologia, explicaremos nossa opção pelos PPGs do CCET.

15

As transformações sociais, políticas, econômicas e culturais das

últimas décadas gerou um ambiente competitivo, particularmente entre as empresas,

que se viram obrigadas a desenvolver novas estratégias para se manterem

competitivas, entre elas, a gestão de pessoas baseada em competências (GPC)

(AMARAL, 2008).

O setor público, em busca de melhores resultados gerenciais, diante de

fenômenos como Globalização, Crise do Estado, Privatização, Desestatização,

Avanços Tecnológicos, etc., também foi motivado a se adequar a esta nova

estratégia de gestão de pessoas, e sua implantação tem ocorrido em diferentes

graus e níveis nas organizações públicas brasileiras (PIRES et al, 2005).

A Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal, instituída no Brasil

pelo governo federal por intermédio do Decreto 5707/2006, também “coloca foco na

melhoria da eficiência e da eficácia do serviço público [e] propõe a gestão por

competências, enfatizando a adequação das competências requeridas aos objetivos

institucionais” (CARVALHO, P.S., 2007, p.7).

É crescente o número de experiências na gestão de pessoas por

competências entre as instituições públicas brasileiras, iniciativas inicialmente

isoladas e, ultimamente, de maneira mais institucionalizada por adequação à

orientação formal de política governamental, na busca por melhores resultados.

A Pós-Graduação (PG) é parte do ambiente público e também busca

seus resultados, que podem ser medidos por indicadores a serem atingidos e

traçados por políticas públicas específicas. O resultado de um PPG pode ser

visualizado na formação de pessoas e por intermédio do conjunto da produção

científica de cada pesquisador credenciado, seja ele professor ou pesquisador. Os

PPGs contam com um Coordenador, cuja atuação se dá tanto no âmbito acadêmico,

quanto no administrativo, e abrange vários aspectos: liderança, autoridade,

cooperação, síntese, dentre outros.

Os PPG se inserem num ambiente de ensino e pesquisa, que

pressupõe um equilíbrio entre ações planejadas e coordenadas, e ações cuja

liberdade de cada pesquisador é essencial e imprescindível. Sem a criatividade

característica de iniciativas dos pesquisadores, tomados individualmente ou em seus

grupos de pesquisa ou nas redes entre grupos de pesquisa, o ambiente investigativo

característico da ciência não cumpriria seu papel.

16

Este trabalho tem por objetivo mapear o perfil de competências

necessário a atuação dos coordenadores de PPG no âmbito do Centro de Ciências

Exatas e de Tecnologia (CCET) da UFSCar, com base na abordagem da GPC. Será

natural transitar vários pontos chaves em sua atuação, e, dentre eles, alguns, como

indicadores (norteadores de atuação) e suporte (estrutura administrativa e

laboratorial), por exemplo, merecem investigação específica, dadas suas

características, relevância e abrangência. No entanto, nosso foco é a atuação

(processo de trabalho) dos coordenadores de PPG do CEET/UFSCar e, em

especial, o perfil de competências necessárias a essa atuação.

O objetivo geral do trabalho pode ser desdobrado nos seguintes

objetivos específicos:

i) Conhecer e descrever a atuação dos Coordenadores;

ii) Mapear o perfil de competências necessárias para essa atuação; e

iii) Divulgar os resultados.

A visualização da atuação e o mapeamento do perfil de competência,

numa perspectiva interna a cada PPG, poderá ser útil aos Coordenadores no sentido

de: i) tornar mais fácil o exercício do mandato2, ajudando a superar dificuldades

internas e externas aos PPGs; ii) contribuir para o equilíbrio de suas ações nos

âmbitos acadêmico e administrativo; e iii) favorecer a obtenção de indicadores

mínimos de qualidade por parte de cada PPG.

O conhecimento da atuação e do perfil de competência, também

poderá, em nível de Instituição e a partir de visão de conjunto, contribuir para:

i) troca de experiências entre Programas com diferentes níveis de avaliação na

Capes; ii) crescimento do grau de excelência dos PPGs; iii) crescimento dos

indicadores das Instituições a que estão ligados os PPGs; iv) superação de

dificuldades advindas da cultura própria das diferentes áreas do conhecimento; e

v) otimização, naquilo que for mutuamente positivo, de diferenças de critérios em

relação a vários aspectos previstos em Regimento Interno: credenciamento de

docentes, seleção de alunos, grade curricular, etc.

2 Conforme previsto em Regimento Interno, os coordenadores são eleitos pelos pares e alunos regulares, com mandato 2

anos.

17

Numa perspectiva mais ampla, interinstitucional, esse conhecimento

poderá contribuir positivamente na superação de alguns aspectos estruturais, tais

como: i) Crescimento da PG no Brasil; ii) Papel social da PG Strictu Sensu; iii) Para

onde vai PG?; iv) Avaliação CAPES – ´perseguir´ Indicadores; v) Grau de

Excelência em a) Pesquisa, Ensino, Extensão; b) Inserção Internacional;

c) Nucleação, Rede Cooperativa, Apoio a Grupos Emergentes; e d) Captação de

Recursos; vi) Inter e Transdisciplinaridade; vii) Mão de obra qualificada;

viii) Diminuição de assimetrias regionais; e ix) Desenvolvimento do País.

Além do exposto acima, este trabalho ainda se justifica pela sua

contribuição às iniciativas de implementação da GPC nas organizações públicas, em

especial nas instituições federais de ensino superior.

18

2 GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS

2.1 Competência

A partir do início da moderna administração, no início do século

passado, as organizações se preocupavam em contar com indivíduos capacitados

para o desempenho eficiente de determinada função. As organizações da época

buscavam “homens eficientes”, capacitados a executar bem certas funções.

Fundadas nesse princípio, a busca das organizações pela eficiência focava as

questões técnicas das atividades e as especificações do cargo. Nesta perspectiva,

competência associava-se ao desempenho do profissional pautado em seus

conhecimentos e habilidades (BRANDÃO, 2005).

De acordo com Brandão (2005), o progressivo acirramento das

relações sociais e o incremento das relações trabalhistas levaram as organizações a

considerar, para consecução das atividades pelos profissionais, além dos

conhecimentos e habilidades, também as atitudes e aspectos sociais. Com isso,

algumas concepções passaram a valorizar a atitude como componente importante

da competência. Nesta perspectiva, a competência é associada à confluência de

conhecimentos, habilidade e atitudes incidindo sobre o desempenho do profissional,

considerados o contexto e a estratégia organizacional.

Zafirian (2001) apresenta três conceitos que, para ele, caracterizam,

sintetizam e provocam “mutações” no mundo do trabalho contemporâneo: eventos,

comunicação e serviço, que implicam em correspondente novo posicionamento do

profissional para fazer frente a essas novas exigências. Quanto aos eventos, chama

a atenção tanto para aqueles originados no interior do próprio trabalho (destaque

para os imprevistos: panes, quebras, por exemplo), quanto para aqueles originados

no ambiente externo às organizações (novas tecnologias, novas demandas, por

exemplo). Para as duas situações, o autor coloca a necessidade de se vencer os

desafios, constantemente, à medida da ocorrência desses eventos, por parte tanto

dos trabalhadores dentro das organizações, quanto por parte das organizações em

relação ao mercado. E ilustra:

19

O evento significa que a competência profissional não pode mais ser enclausurada em definições prévias de tarefas a executar em um posto de trabalho. Sobretudo, ela não pode mais ser incluída no trabalho prescrito. A competência profissional consiste em fazer frente a eventos de maneira pertinente e com conhecimento de causa. E essa competência é propriedade particular do indivíduo, e não do posto de trabalho. Seria aliás absurdo falar de um posto de trabalho competente (ZAFIRIAN, 2001, p.42).

Para Zafirian (2001), a comunicação assume um novo papel no mundo

atual do trabalho. Para além da “simples coordenação ‘automática’ de operações”

ou da “simples disponibilização de informações”, na opinião do autor a comunicação

no mundo moderno significa:

Entender os problemas e as obrigações dos outros (os outros indivíduos da equipe, as outras equipes de trabalho) [...]; conseguir entender a si mesmo, e conseguir avaliar os efeitos de sua própria ação sobre os outros [...]; chegar a um acordo referente às implicações e aos objetivos de ação aceitos e assumidos em conjunto [...]; compartilhar normas mínimas de justiça [...] (ZAFIRIAN, 2001, p.46).

Ainda para Zafirian (2001), a noção de serviço associa-se e é parte

integrante de qualquer produto/atividade produzido/realizada e destinada a um

cliente (setor privado) ou a um usuário (setor público). “Trabalhar é gerar um

serviço”. Para o autor, o serviço é, simultaneamente:

...o que é efetivamente proporcionado a um cliente-usuário, aquilo que realmente modifica seu estado ou sua atividade e, logo, indiretamente, aquilo que transforma seu modo de vida; o que justifica a sobrevivência de uma organização e, consequentemente, o emprego dos assalariados que aí trabalham (ZAFIRIAN, 2001, p.50).

Fleury e Fleury (2002) situam e destacam o caráter extremamente

dinâmico do contexto contemporâneo onde se desenvolve a competência, bem

como a necessidade de um posicionamento igualmente dinâmico do profissional

para fazer frente a esse dinamismo do mundo atual do trabalho. Para esses

autores, atualmente, o trabalho:

...não é mais o conjunto de tarefas associadas descritivamente ao cargo, mas [...] o prolongamento direto da competência que o indivíduo mobiliza em face de uma situação profissional cada vez mais mutável e complexa... (FLEURY e FLEURY, 2002, p.186).

Os autores também propõem a seguinte definição para competência:

20

...um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo (FLEURY e FLEURY, 2002, p.188).

A Figura 1 ilustra a definição acima, proposta por FLEURY e FLEURY

(2002, p.188).

Figura 1 – Competências como fonte de valor para o indivíduo e a organização Fonte: Fleury e Fleury, 2002.

Com base na obra de Le Boterf3, Fleury e Fleury (2002) apresentam,

no Quadro 1, algumas definições para os verbos expressos no conceito de

Competência.

Verbos (no conceito de

Competência) Significado

Saber agir Saber o que e por que faz. Saber julgar, escolher e decidir.

Saber mobilizar recursos Criar sinergia e mobilizar recursos e competências.

Saber comunicar Compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos.

Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais; saber desenvolve-se.

Saber engajar-se e comprometer-se Saber empreender, assumir riscos. Comprometer-se.

Saber assumir responsabilidades Ser responsável, assumindo os riscos e conseqüências de suas ações e sendo por isso reconhecido.

Ter visão estratégica Conhecer e entender o negócio da organização, o seu ambiente, identificando oportunidades e alternativas.

Quadro 1 – Competências para o Profissional Fonte: Fleury e Fleury (2002)

3 LE BOTTERF, G. De la Compétence - essai sur um attracteur étrange. In: Les éditions d’organisations. Paris: Quatrième Tirage, 1995.

21

O Quadro 2 apresenta um resumo das principais características

esperadas do profissional no mundo contemporâneo, apontadas por Le Boterf

(2003).

O profissional contemporâneo

Competências

Principais características esperadas do profissional

O profissional: aquele que sabe administrar uma situação profissional complexa.

<=

- saber agir e reagir com pertinência

<=

- saber o que fazer; - saber ir além do prescrito; - saber escolher na urgência; - saber arbitrar, negociar, decidir; - saber encadear ações de acordo

com uma finalidade.

- saber combinar recursos e mobilizá-los em um contexto

<=

- saber construir competências a partir de recursos;

- saber tirar partido não somente de seus recursos incorporados (saberes, saber-fazer, qualidades), mas também dos recursos de seu meio.

- saber transpor <=

- saber memorizar múltiplas situações e soluções-tipos;

- saber distanciar-se, funcionar em dupla direção”;

- saber utilizar seus metaconhecimentos para modelizar;

- saber determinar e interpretar indicadores de contexto;

- saber criar as condições de transponibilidade com o auxílio de esquemas transferíveis.

- saber aprender e aprender a aprender <=

- saber tirar as lições da experiência; saber transformar sua ação em experiência;

- saber descrever como se aprende;

- saber agir em circuito duplo de aprendizagem.

- saber envolver-se <=

- saber envolver sua subjetividade;

- saber assumir riscos; - saber empreender; - ética profissional.

Quadro 2 – Principais características esperadas para o Profissional Contemporâneo Fonte: Le Boterf, 2003.

22

Brandão (2005) recupera a noção de que competências podem ser

descritas através de “pautas ou referenciais de desempenho”, na medida em que a

competência do profissional poderia ser identificada através da observação de seus

procedimentos em seu ambiente de trabalho, conforme é apresentado no Quadro 3.

Competência Descrição (referenciais de desempenho)

Orientação para resultados

• Implementa ações para incrementar o volume de negócios

• Avalia com precisão os custos e os benefícios das oportunidades negociais

• Utiliza indicadores de desempenho para avaliar os resultados alcançados

• Elabora planos para atingir as metas definidas

Trabalho em equipe

• Compartilha com seu grupo os desafios a enfrentar

• Mantém relacionamento interpessoal amigável e cordial com os membros de sua equipe

• Estimula a busca conjunta de soluções para os problemas enfrentados pela equipe

• Compartilha seus conhecimentos com os membros da equipe

Quadro 3 – Exemplos de descrição de competências sob a forma de referenciais de desempenho Fonte: Santos (2001)4 apud Brandão (2005, p. 15).

Outros autores, ainda segundo Brandão (2005), descrevem os

“recursos ou as dimensões da competência”, ou seja, os conhecimentos, as

habilidades e as atitudes dos quais uma pessoa tenha de lançar mão, e

simultaneamente, para viabilizar um certo desempenho ou comportamento,

conforme pode ser visualizado no Quadro 4.

Dimensão da competência Descrição

Conhecimentos

• Princípios de contabilidade e finanças

• Produtos e serviços bancários

• Princípios de relações humanas

Habilidades

• Aptidão para operar computadores, periféricos e outros recursos tecnológicos

• Habilidade para argumentar de maneira convincente

Atitudes

• Predisposição para a tomada de iniciativa (proatividade)

• Respeito à privacidade do cliente

• Predisposição para aprimorar-se continuamente

Quadro 4 – Exemplos de recursos ou dimensões da competência “prestar um atendimento bancário baseado em padrões de excelência”. Fonte: Brandão, Guimarães e Borges-Andrade (2001)5 apud Brandão (2005, p.16).

4 SANTOS, A.C. O uso do método Delphi na criação de um modelo de competências. Revista de Administração, São Paulo, v.

36, n. 2, p.25-32, abr./jun. 2001. 5 BRANDÃO, H.P.; GUIMARÃES, T.A.; BORGES-ANDRADE, J.E. Competências profissionais relevantes à qualidade no

atendimento bancário. Revista de Administração Pública, v. 35, n.6, p. 61-81, nov./dez. 2001.

23

A Figura 2 mostra a interdependência e a complementaridade entre

essas três dimensões da competência.

Figura 2 – As três dimensões da Competência. Fonte: Durand (1998)6 apud Brandão (2005, p.18).

2.2 Competência nos níveis individual e organizacio nal

Ao nível do indivíduo, apregoa Zafirian (2001, p.68) que a competência,

para além da mobilização dos conhecimentos, habilidades e atitudes, “é ‘o tomar

iniciativa’ e ‘o assumir responsabilidade’ do indivíduo diante de situações

profissionais com as quais se depara”.

Sobre as equipes de trabalho, apresenta Zafirian (2001, p.116):

[...] em uma equipe ou rede de trabalho surge uma competência coletiva que é mais do que a soma das competências individuais. Isso se explica plenamente pelos efeitos de sinergia entre essas competências e pelas interações sociais ativadas no seio do grupo.

E, sobre a organização como um todo, ressalta Prahalad e Hamel (1990)7 apud Brandão (2005, p.19):

[...] no nível organizacional, [a competência representa] um conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias, sistemas físicos e gerenciais e de valores que geram um diferencial competitivo para a organização. [...] competências essenciais [core competences] nas organizações são aquelas que conferem vantagem competitiva, geram valor distintivo percebido pelos clientes e são difíceis de serem imitadas pela concorrência.

6 DURAND, T. Forms of incompetence. In: Fourth International Conference on Competence-Based Management. Oslo,

Norwegian School of Management, 1988. 7 PRAHALAD, C.K.; HAMEL,G. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, Boston, p.79-91, may/june,

1990.

24

Na Figura 3, Guimarães et al.(2001)8 apud Brandão (2005, p.20)

apresenta um possível modelo de gestão de pessoas por competências, que,

segundo este último autor, apresenta-se como um sistema de gestão adotado por

muitas empresas para “planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis

da organização (individual, grupal e organizacional) as competências necessárias à

consecução de seus objetivos”.

Figura 3 – Modelo de gestão de pessoas por competências. Fonte: Guimarães et al. (2001) apud Brandão (2005, p.20).

2.6 Competência nas organizações públicas brasileir as

A Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal, instituída no Brasil

pelo governo federal através do Decreto 5707/2006 de 23/02/2006, estimula a

melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços públicos prestados ao

cidadão. O decreto trata, entre outros detalhes de sua implantação, da política e das

diretrizes para o desenvolvimento de pessoal da administração pública federal

direta, autárquica e fundacional. Enfatiza a necessidade constante de capacitação,

qualificação e requalificação do servidor público, ajustadas aos objetivos das

instituições e aos interesses da administração pública, destacando a adoção da 8 GUIMARÃES, T.A. et al. Forecasting core competencies in an R&D environment. R&D Management Review, Manchester, v. 31, n.3, p.249-255, 2001.

25

abordagem do sistema de gestão por competências, que, nos termos do decreto, é

definida como “gestão da capacitação orientada para o desenvolvimento do conjunto

de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho das funções

dos servidores, visando ao alcance dos objetivos da instituição” (Art. 2°, inciso II).

A obra ‘Gestão por competências em organizações de governo’

(PIRES, et al, 2005, p.7), além de expor um breve histórico das “políticas de

recursos humanos no setor público brasileiro [e] conceitos, dimensões e aplicações

da abordagem da competência”, destaca, naturalmente, vários tópicos ligados a

subsistemas de gestão de recursos humanos, a saber: i) recrutamento, seleção e

alocação, ii) carreiras, cargos e remuneração, iii) desenvolvimento e treinamento, e

iv) avaliação de desempenho. Apresenta também o relato da experiência de várias

organizações de governo brasileiras na implantação de novos modelos de gestão,

com destaque para a abordagem da gestão por competências, abrangendo ações

que transitam entre os níveis estratégico e operacional.

Encontramos uma discussão da aplicabilidade de alguns processos da

GPC no setor público em Amaral (2008). A principal preocupação deste autor nesse

artigo é discutir estratégias de implantação da GPC em organizações públicas, após

constatar que qualquer organização que decida implantar esse modelo

“provavelmente deverá enfrentar mudanças organizacionais” (BLATTMANN, 19969

apud AMARAL, 2008, p.7) e que o setor público dispõe de instrumentos menos

ágeis e menos flexíveis que o setor privado para essa adaptação, desde os

processos de Recrutamento e Seleção, passando por Treinamento e

Desenvolvimento, Avaliação de Desempenho, Carreira e Sucessão, Relações

trabalhistas, Remuneração, até aspectos da dinâmica gerencial, como por exemplo,

fusões entre organizações.

Um aspecto muito importante e crucial da adoção desse modelo de

gestão pela administração pública, destacado por Amaral (2008), é o mecanismo da

‘imitação’, pelo qual, em ambientes quanto mais incertos, maior é a probabilidade de

uma organização moldar-se em outra que considera bem sucedida (DIMAGGIO e

POWEL, 200510 apud AMARAL, 2008, p.12-13). Ao analisar os resultados das

9 BLATTMANN, U. Organizações no paradigma de transformação. Revista de Biblioteconomia e Ciência da Informação, n. 7,

abr. 1999. 10

DIMAGGIO, P.J.; POWEL, W.W. A gaiola de ferro revisada: isoformismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. Revista de Administração de Empresas-RAE, v. 45, n.2, abr.-jun.. 2005

26

experiências relatadas na publicação da Escola Nacional de Administração Pública-

ENAP (PIRES et al., 2005), Amaral (2008) identifica uma clara situação de imitação,

o isoformismo, praticado pelas organizações públicas, e em dois modos: o ‘mimético’

(por basearem-se “nos resultados do setor privado” e o ‘normativo’ (por basearem-se

“em uma mesma base teórica”), o que implica numa tendência a “enxergar os

problemas da mesma maneira, a [considerar] como normativamente sancionados e

legitimados os mesmos procedimentos, estruturas e políticas e [a tomar] decisões de

maneira similar”.

Se, por um lado, a Legislação e a estrutura organizacional

burocratizada, característica do setor público, existem para, de uma maneira geral,

garantir impessoalidade, transparência, legalidade e fidedignidade ao serviço

público, ela impõe limites, ao menos temporal, a determinadas ações exigidas do

próprio setor público. Nesse sentido, para Amaral (2008), é preciso aproveitar as

“brechas” que a legislação vigente concede à implantação desse modelo no setor

público. Em consonância com vários autores (RUZZARIN et al., 200211 apud

AMARAL, 2008, p. 8; RABAGLIO, 2008; PIRES et al, 2005, e outros), o primeiro

passo para essa implantação é o mapeamento das competências – das

competências organizacionais às competências dos indivíduos.

2.7 Mapeamento de Competências

Existem muitas técnicas de mapeamento de competências. Brandão e

Bahry (2005, p.182), utilizando contribuições de vários autores, destacam que o

propósito do mapeamento é ‘identificar a lacuna’ entre as competências necessárias

e as existentes para se atingir os objetivos organizacionais. Como passo inicial,

sugerem “identificar as competências (organizacionais e profissionais) necessárias à

consecução dos objetivos da organização”. Primeiro, prevêem uma pesquisa

documental referentes à estratégia organizacional; em seguida, coleta de dados com

pessoas-chave da organização, citando também outros métodos possíveis, como

observação, grupos focais e questionários.

11

RUZZARIN, R. et al. Gestão por competências: indo além da teoria. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2002.

27

Para Rabaglio (2008, p.17), “a fórmula mais consistente e objetiva para

mapear e mensurar competências [...] é construída tendo como base as atribuições

do cargo, [que exige uma] descrição de cargos ou funções atualizada”. O

receituário de Rabaglio para mapear perfil de competências é baseado em 5 passos:

1. Encontrar os Indicadores de Competências do Cargo (as atribuições ou as

atividades do cargo); 2. Extrair as Competências Técnicas e Comportamentais dos

Indicadores de Competências do Cargo (como competências técnicas, são

agrupados os conhecimentos e as habilidades; e, como competências

comportamentais, as atitudes); 3. Relacionar as Competências Técnicas; Organizar

as Competências Comportamentais em Grupos de Competências Similares; e

Nomear os Grupos de Competências Similares; 4. Justificar a Necessidade de Cada

Grupo de Competências Similares para o Cargo; e 5. Mensuração das

Competências.

O modelo proposto por Amaral (2006), adaptado e adotado para este

trabalho, consiste em: 1. coleta das percepções sobre as competências necessárias

ao desempenho da função – no caso, a de coordenador de PPG (características

positivas, negativas e ideais do exercício da função, indicadas pelos respondentes);

2. conversão das percepções em características positivas (‘positivação’ das

características apontadas como negativas e ideais); 3. classificação e conversão

das características positivas em atributos de competência (os Conhecimentos,

Habilidades e Atitudes que compõem o repositório de competências referenciais

para o bom desempenho do exercício da função); 4. elaboração dos indicadores de

competência (classificação, seleção e quantificação dos atributos de competência.

Os indicadores advindos das características positivas indicam presença dos

respectivos atributos de competência no exercício da função, enquanto que os

indicadores originados pelas características negativas e ideais indicam ausência dos

respectivos atributos de competência no exercício da função); e 5. elaboração de

um glossário das competências identificadas referentes à função.

Ainda sobre a polarização entre o setor público e o setor privado,

Amaral (2008, p.13) comenta seis aspectos da aplicação do mapeamento de

competências para os dois setores, apontando semelhanças e diferenças desta

aplicação entre eles. Quanto ao ‘Objetivo’, aos ‘Resultados desejados’ e às

‘Técnicas de mapeamento’, aponta semelhanças: pensamento estratégico na busca

28

das competências organizacionais e individuais, “visando a eficiência e a eficácia de

seus quadros”. Quanto ao aspecto ‘Enfoque da análise do mapeamento’ aponta

diferenças advindas da estrutura organizacional, enfatizando o sistema de carreiras:

o setor privado prefere contar com “indivíduos energizados durante dois ou três anos

do que com indivíduos ‘estáves’ durante 30 ou 40 anos”. Na busca da ‘competência

distintiva’ (core competence - a competência que dá vantagem a uma organização,

de difícil imitação por outra), a contratação de especialistas ou mesmo fusões entre

empresas são recursos muito utilizados pelo setor privado, procedimento muito mais

‘penoso’ ao setor público. Quanto às ‘Recomendações’, aponta a necessidade, no

setor público, de inversão de paradigma proporcionado pela estabilidade (de

“fraqueza” em “força”: estabilidade como segurança para “ousar evoluir sem medo” –

de demissão, por exemplo). Ao servidor, aponta a necessidade de se atingir um

“estágio de maturidade e de autoconhecimento que permita uma conscientização e

internalização do real sentido da aprendizagem e do desenvolvimento contínuos”.

Por fim, quanto às ‘Ações’, deve-se levar em conta os princípios da competência ao

se encontrar novas formas de recrutamento, de nomeação e de estruturação de

carreiras.

29

3 MÉTODO E DESENVOVIMENTO

3.1 Abordagem e método

Foi utilizada uma investigação de caráter descritivo/exploratória

(CERVO; BERNIAN, 1996, p.49,12 apud FERRAZ, 2009, p.20), com análise de

resultados de cunho qualitativo. Realizou-se uma pesquisa documental, baseada

fundamentalmente nos Regimentos Internos dos PPG da UFSCar (fonte primária de

informação). O método de procedimento foi estudo de caso (LÜDKE; ANDRÉ, 1986,

p.1813; DUARTE, 2006, p.23314 apud FERRAZ, 2009, p.22), focando como unidade-

caso o conjunto dos PPG do CCET da UFSCar. Na coleta de dados, utilizou-se,

predominantemente, a pesquisa documental (Regimento Interno) para o

Mapeamento do Processo de Trabalho do Coordenador, e aplicação de Questionário

com questões abertas para o Mapeamento do Perfil de Competências.

O foco nos PPG do CCET da UFSCar deveu-se a motivo de ordem

prática. Durante o mapeamento do processo de trabalho, notou-se que as

atribuições de coordenador, em sua essência, e no que se refere à prescrição, são

comuns a todos os PPG, independentemente da área do conhecimento a que

pertençam. Porém, tendo em vista o tempo para concluir o trabalho e uma

preocupação (que não foi objeto deste trabalho) com possíveis diferenças quanto ao

exercício deste receituário, diferenças essas advindas da cultura própria de cada

área de conhecimento, optou-se por reduzir o universo de pesquisa, focando, então,

o mapeamento do perfil de competência aos coordenadores de PPG no âmbito do

CCET.

O mapeamento do processo de trabalho foi obtido a partir de leitura

dos Regimentos Internos de todos os PPG da UFSCar. Já o perfil de competências,

foi obtido por intermédio da aplicação de questionário e da submissão do

12

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. São Paulo: Makron Books, 1996. 13

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A.; Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1996. 14 DUARTE, J; BARROS, A.(org). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2006.

30

mapeamento preliminar do processo de trabalho aos coordenadores de PPG do

CCET da UFSCar.

3.2 Desenvolvimento da pesquisa

3.2.1 Mapeamento do processo de trabalho do coorden ador

Para a representação do processo de trabalho, foi feita leitura atenta

de Regimento Interno de 20 PPGs dos 4 centros acadêmicos da UFSCar (CCA-

Centro de Ciências Agrárias, CCET-Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia,

CECH-Centro de Ciências Humanas e CCBS-Centro de Ciências Biológicas e da

Saúde), sendo que regimentos de 3 PPGs não estavam disponíveis nos sites dos

respectivos Programas à época da pesquisa (Janeiro de 2010). Dos restantes 10

PPGs, foi feita leitura rápida, quando foi possível observar que repetiam pontos,

procedimentos e destaques já presentes nos demais.

Foram lidos os capítulos referentes a “Atribuições da Comissão de

Pós-Graduação (CPG), “Atribuições do Coordenador e Vice-Coordenador”,

“Atribuições dos Docentes” e “Objetivos” -tanto os objetivos gerais do PPG, quanto

os objetivos específicos dos cursos de Mestrado e Doutorado.

Apenas 3 PPGs explicitavam atribuições específicas para a função de

Coordenador e/ou Vice-Coordenador, além das demais atribuições citadas.

Com este procedimento, foi sendo construído um repertório de

atribuições referentes à CPG. Da leitura dos regimentos, tem-se que o Coordenador

é o responsável e representante dos PPGs em todas as instâncias. Assim, para

efeito deste trabalho, e por derivação, as atribuições da CPG foram assumidas como

referentes ao Coordenador.

Ao longo da leitura, notou-se que as atribuições dos docentes e os

objetivos dos Programas e dos cursos (mestrado e doutorado) possuíam conteúdo

diferenciado e específico, que não contribuíam para o objetivo central deste trabalho,

tendo sido abandonada a sua leitura.

31

O Quadro 5 mostra os PPG e nosso nível de consulta aos respectivos

regimentos internos de cada PPG da UFSCar.

Qtde Geral

Centro Acadêmico Nome PPG Sigla Nível

Nível de Consulta

1 Multi-disciplinar Biotecnologia PPGBiotec M / D Indisponível

2 CCA Agroecologia e Desenvolvimento Rural PPGADR M Indisponível

3 CCA Agricultura e Ambiente PPGAeA M Leitura Atenta

4 CCBS Ciências Fisiológicas PPGCF M / D Leitura Atenta

5 CCBS Ecologia e Recursos Naturais PPGERN M / D Leitura Atenta

6 CCBS Enfermagem PPGEnf M Leitura Atenta

7 CCBS Fisioterapia PPGFt M / D Leitura Atenta

8 CCBS Genética e Evolução PPGGEv M / D Leitura Atenta

9 CCBS Terapia Ocupacional PPGTO M Leitura Atenta

10 CCET Ciência da Computação PPGCC M / D Indisponível

11 CCET Ciência e Engenharia de Materiais PPGCEM M / D Leitura Atenta

12 CCET Construção Civil PPGCiv M Leitura Atenta (*)

13 CCET Engenharia de Produção PPGEP M / D Leitura Atenta

14 CCET Engenharia Química PPGEQ M / D Leitura Atenta

15 CCET Engenharia Urbana PPGEU M / D Leitura Atenta

16 CCET Ensino de Ciências Exatas PPGECE MP Leitura Atenta (*)

17 CCET Estatística PPGEs M / D Leitura Atenta

18 CCET Física PPGF M / D Leitura Atenta

19 CCET Matemática PPGM M / D Leitura Atenta

20 CCET Química PPGQ M/D/MP Leitura Atenta

21 CECH Antropologia Social PPGAS M / D Leitura Atenta (*)

22 CECH Ciência Política PPGPol M / D Leitura Rápida

23 CECH Ciência, Tecnologia e Sociedade PPGCTS M Leitura Rápida

24 CECH Ciências Sociais PPGCSo M / D Leitura Rápida

25 CECH Educação PPGE M / D Leitura Atenta

26 CECH Educação Especial PPGEEs M / D Leitura Rápida

27 CECH Imagem e Som PPGIS M Leitura Rápida

28 CECH Filosofia PPGFil M / D Leitura Rápida

29 CECH Lingüística PPGL M / D Leitura Rápida

30 CECH Psicologia PPGPsi M / D Leitura Atenta

31 CECH Sociologia PPGS M / D Leitura Rápida

32 Sorocaba Ciência dos Materiais PPGCM M Leitura Rápida

33 Sorocaba Diversidade Biológica e Conservação PPGDBC M Leitura Rápida

Quadro 5 Relação dos PPG da UFSCar à época desta pesquisa Nível: M: Mestrado; D: Doutorado; MP: Mestrado Profissional (*) Regimento com atribuição explícita a Coordenador e/ou Vice-coordenador Fonte: Autor

32

Para mapear o processo de trabalho do coordenador, seguiu-se os

pressupostos do Gerenciamento por Processos, que, basicamente, apõe, nos

extremos de uma linha, Fornecedores e Clientes, mediados pelo processo de

produção de um produto (ROTONDARO, 2006). Conforme ilustrado na Figura 4.

Figura 4 Representação básica do Gerenciamento por Processos

Fonte:, Rotondaro, RG (2006), com adaptações

Adaptou-se este modelo e utilizou-se os itens ‘Fornecedores’,

‘Recursos’, ‘Produtos’, ‘Ações’ e ‘Clientes’, para representar o mapeamento do

processo de Coordenador. As ‘Ações’ representam as atribuições (verbos, como:

elaborar, propor, analisar, etc.) prescritas em regimento à CPG e/ou ao Coordenador

(e, conforme já exposto, assumidas, para efeito deste trabalho, como referentes ao

Coordenador), e os ‘Produtos’ representam os objetos dessas ações (substantivos,

como: Regimento Interno, Áreas de Concentração, Linhas de Pesquisa, etc.),

praticados pelos PPGs. A inclusão do título “Ações” foi o recurso utilizado para a

representação mais abrangente possível do processo de trabalho do Coordenador.

À medida do avanço da leitura, foram sendo identificadas as “Ações” e

os “Produtos”.

Vários “Produtos”, muitas vezes, encontravam-se reunidos numa

mesma alínea (item de parágrafo). Neste caso, foram classificados e agrupados por

similaridade.

As várias atribuições prescritas a um ‘produto’, também foram

classificadas e agrupadas por similaridade.

33

O Quadro 6 mostra a redação de vários regimentos internos

(regimentos de 18 dos 20 PPG dos quais fizemos leitura mais atenta) quanto ao item

“Regimento Interno”. Desta leitura, foram identificados 4 produtos: i) “Regimento

Interno”; ii) “Áreas de Concentração, Linhas de Pesquisa, Estrutura Curricular,

Disciplinas, Projeto Pedagógico”; iii) “Normas” (que teve seu título no mapeamento

ajustado para “Normas Específicas Regulamentares”) e iv) “Contribuição de

Instituições e Docentes não pertencentes ao Programa” (cuja redação final no

mapeamento, após as similaridades proporcionadas pela leitura, foi ajustada para

“Contribuição de Instituições Afins e Colaboradores Externos”).

No mapeamento proposto, as “Ações” foram apresentadas de modo a

representarem o ‘ciclo de atuação’ do Coordenador sobre elas. Por exemplo, as

ações relacionadas ao produto “Regimento Interno” foram apresentadas no

mapeamento de processo como: “Elaborar, Propor, Divulgar, Avaliar, Cumprir, Fazer

Cumprir”. As várias atribuições da CPG quanto ao ‘Regimento Interno’ presentes em

cada regimento, e que deram origem ao ‘ciclo de atuação’ adotado no mapeamento

de processo para o “Produto” “Regimento Interno” também podem ser notadas no

Quadro 6.

Vale uma observação importante. Não foi utilizada nenhuma

ferramenta computacional para identificar, classificar e agrupar as “Ações” e os

“Produtos”. Antes, o trato foi manual. Este procedimento será destacado como uma

das limitações deste trabalho. Completado o mapeamento do processo, este foi

submetido aos coordenadores consultados (juntamente ao questionário, na etapa de

identificação do perfil de competências), que tiveram liberdade para opinar, checar e

corrigi-lo se fosse o caso. Como o mapeamento foi amplamente aceito (apenas um

produto sofreu indicação para ajuste), isto parece demonstrar que o mapeamento é

representativo do desempenho da função de coordenador nos PPG do CCET da

UFSCar .

34

PPGAeA a) elaborar e propor as alterações deste Regimento Interno que se referem às áreas de concentração, linhas de pesquisa, disciplinas e estrutura curricular, encaminhando-as à apreciação do CoPG;

PPGERN a) distribuir e divulgar este Regimento Interno entre os corpos docente e discente; j) aprovar alterações deste Regimento Interno;

PPGCEM

a) aprovar modificações no Regimento Interno do PPGCEM, remetendo-as à CaPG para aprovação;

f) organizar e publicar, sempre que necessário, versões atualizadas do Catálogo e do Regimento Interno do PPGCEM;

PPGE IV - elaborar o Regimento Interno do PPGE, apresentá-lo à CoPG para aprovação e fazer sua distribuição e divulgação entre o Corpo Discente e Docente;

XIV - propor alterações deste Regimento Interno à CoPG;

PPGPsi

10. Elaborar e submeter à CaPG o Regimento Interno do PPGPsi, divulgá-lo e fazer cumprir suas determinações.

33. Avaliar periodicamente e, quando necessário, propor reformulações ao Regimento do PPGPsi.

PPGEnf I. elaborar o Regimento Interno do Programa, apresentá-lo à CaPG para aprovação, distribuí-lo e divulgá-lo entre o Corpo Discente e Docente;

II. propor alterações do Regimento Interno, submetendo-as à CaPG;

PPGFt a) elaborar e propor as alterações deste Regimento Interno que se referem às áreas de concentração, linhas de pesquisa, disciplinas e estrutura curricular, encaminhando-as à apreciação da CaPG;

PPGGEv I - distribuir e divulgar o Regimento Interno entre o Corpo Discente e Docente;

PPGTO a) elaborar e propor as alterações do presente Regimento Interno que se referem às áreas de concentração, linhas de pesquisa, disciplinas e estrutura curricular, encaminhando-as à apreciação do Conselho de Pós-Graduação (CoPG);

PPG-Civ I. zelar pelo cumprimento do presente Regimento Interno, bem como das normas

PPGEP I - elaborar o Regimento Interno do Programa, apresentá-lo à CaPG para aprovação, distribuí-lo e divulgá-lo entre o Corpo Discente e Docente;

II - propor alterações do Regimento Interno, submetendo-as à CaPG;

PPGEQ a. propor modificações no Regimento Interno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, e encaminhá-las à CaPG para aprovação;

o. responsabilizar-se pelas demais atribuições previstas neste Regimento Interno.

PPGEU

a) elaborar o Regimento Interno do Programa, bem como suas eventuais alterações, a serem submetidos à aprovação da CoPG;

b) fazer distribuir e divulgar, entre o corpo docente e discente, o Regimento Interno e suas eventuais alterações, bem como as normas específicas;

i) analisar e deliberar, dentro de suas prerrogativas, sobre casos omissos neste Regimento Interno.

PPGECE 3. Elaborar o Regimento Interno do PPGECE e, após apresentá-lo à Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa (CaPG) para aprovação, distribuí-lo e divulgá-lo entre o corpo docente e discente;

21. Aprovar alterações deste Regimento Interno;

PPGEs

a) Propor modificações no Regimento Interno do PPGEs, e encaminhá-las ao CoPG para aprovação.

h) Deliberar, em cada caso, sobre a contribuição de instituições e docentes não pertencentes ao Programa, segundo normas do Regimento Geral dos Programas de Pós-Graduação.

v) Julgar os casos omissos deste Regimento, no âmbito de sua competência.

PPGF h) propor modificações no Regimento Interno do Programa e encaminhá-las a CaPG para aprovação;

m) deliberar sobre os casos omissos neste Regimento, no âmbito de sua competência.

PPGQ m) deliberar sobre casos omissos neste Regimento Interno. d) elaborar o Regimento Interno do Programa, aprovar modificações neste Regimento Interno e submetê-lo à aprovação da CaPG.

PPGAS c. Elaborar o Regimento Interno do PPGAS e, após apresentá-lo à CoPG para aprovação, distribuí-lo e divulgá-lo entre o corpo docente e discente;

w. Aprovar alterações deste Regimento Interno;

Quadro 6 Redação de vários regimentos internos com as atribuições da CPG quanto ao item “Regimento Interno”.

Fonte: Autor.

35

Figura 5 Fluxo da elaboração do mapeamento do processo de trabalho do Coordenador de PPG.

Fonte: Autor.

3.2.2 Mapeamento do perfil de competência do coorde nador

O modelo proposto por Amaral (2006) foi adaptado e adotado para este

trabalho, e consiste em: 1. coleta das percepções sobre as competências

necessárias ao desempenho da função – no caso, a de coordenador de PPG

(características positivas, negativas e ideais do exercício da função, indicadas pelos

respondentes); 2. conversão das percepções em características positivas;

3. classificação e conversão das características positivas em atributos de

competência (os Conhecimentos, Habilidades e Atitudes que compõem o repositório

de competências referenciais para o bom desempenho do exercício da função);

4. elaboração dos indicadores de competência (classificação, seleção e

quantificação dos atributos de competência. Os indicadores advindos das

características positivas indicam presença dos respectivos atributos de competência

no exercício da função, enquanto que os indicadores originados pelas características

negativas e ideais indicam ausência dos respectivos atributos de competência no

exercício da função); e 5. elaboração de um glossário das competências

identificadas referentes à função, como mostra o Quadro 7.

O mapeamento propriamente dito proposto por Amaral (2006) é

precedido pelo fornecimento aos respondentes do que ele denomina de ´Base de

referência´. Esta base de referência, conforme é definida em Amaral et. al. (2008,

p.5), “constitui-se em um repositório de competências referenciais [...] bem como

36

dos conhecimentos, habilidades e atitudes (denominados atributos de competência)

que as compõe”. Sua principal função é uniformizar o entendimento dos conceitos

dos atributos de competências a serem utilizados pelos respondentes e sobre os

quais espera-se construir o mapeamento das competências, sejam estas

organizacionais ou individuais. Sua utilização permite a “delimitação das alternativas

válidas [...], conservação do foco do trabalho, acarretando aumento da eficiência e

da eficácia do processo” (AMARAL et al., 2008, p.5). Essa é razão da adoção deste

método para este trabalho.

Nesta etapa deste trabalho, junto ao Questionário foi fornecido o

mapeamento das atividades (Processo) de Coordenador, no intuito de auxiliar na

identificação das características positivas, negativas e ideais do exercício da função.

Este mapeamento de atividades teve uma função análoga à base de referência

proposta por Amaral, na medida em que colaborou para que os respondentes

tivessem uma visão geral do processo de suas atividades. Vale lembrar que, tendo

sido aberta a possibilidade sugestões quanto ao próprio mapeamento, este foi

amplamente aceito pelos respondentes, indicando que ele representou bem as

atividades constituintes do processo de trabalho da função de coordenador.

O questionário foi composto de 3 questões do tipo abertas, onde os

respondentes puderam expor livremente suas opiniões frente às questões. Foi

perguntado: 1. Aponte características positivas no exercício da função de

Coordenador de Pós-Graduação estrito senso, 2. Aponte características negativas

no exercício da função de Coordenador de Pós-Graduação estrito senso, e

3. Aponte características ideais no exercício da função de Coordenador de Pós-

Graduação estrito senso.

Foi enviado questionário a 2 pessoas de cada um dos 11 PPG do

CCET: um coordenador atual e um ex-coordenador, à época da consulta, resultando

num universo de 22 pessoas consultadas. Responderam ao questionário 6 pessoas,

sendo 2 atuais Coordenadores de PPG e 4 ex-coordenadores. Considerando a

rotatividade na função (mandato de 2 anos), optou-se por contar com a experiência

de um ex-coordenador de cada PPG.

Dado o caráter qualitativo das respostas ao questionário com questões

abertas, e para maior riqueza de detalhes e preservação da percepção do

37

respondente, optou-se por apresentar o conteúdo integral das respostas. No

processo de classificação e definição das competências, um recurso que se mostrou

de fundamental importância foi consultar as respostas originais, visando recuperar e

preservar ao máximo a percepção do respondente.

Os passos metodológicos para obtenção do mapeamento do perfil de

competências estão descritos no Quadro 7.

Durante o mapeamento do processo, notou-se que as atribuições de

coordenador, em sua essência, e no que se refere à prescrição, são comuns a todos

os PPG, independentemente da área do conhecimento a que pertençam. Porém,

tendo em vista o tempo para concluir o trabalho e uma preocupação (que não foi

objeto deste trabalho) com possíveis diferenças quanto ao exercício deste

receituário, diferenças essas advindas da cultura própria de cada área de

conhecimento, optou-se por reduzir o universo de pesquisa, focando, então, o

mapeamento do perfil de competência aos coordenadores de PPG no âmbito do

CCET.

Atividade Descrição Ferramenta Resultado

1

Coleta das percepções sobre as competências para Coordenador

• O respondente indica características positivas no exercício da função

• O respondente indica características negativas no exercício da função

O respondente indica características positivas no exercício da função

• Questionário

• Mapeamento de atividades (Processo) do Coordenador

Percepção da Competência para Coordenador

2 Conversão de todas as percepções em características positivas

Glossário de atributos de competências

Características positivas

3 Classificação das características positivas em atributos de competência

Planilha eletrônica

Atributos de competência (CHA)

4 Elaboração dos indicadores de competência (quantificação dos atributos de competência)

Planilha eletrônica

Indicadores de competência para Coordenador

5 Elaboração de glossário de competências

Indicadores de competência

Glossário de competência para Coordenador

Quadro 7 Modelo para o mapeamento de competências de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar, com os passos metodológicos.

Fonte: Adaptado de Amaral (2006).

38

4 RESULTADOS

4.1 Processo de Trabalho do Coordenador de PPG da UFSCar

O Coordenador de PPG será sempre um docente, do quadro efetivo da

UFSCar, credenciado no PPG (UFSCar, Pró-PG, 2008, Regimento Geral dos PPG,

Art. 8º).

A função de Coordenador de PPG não está prevista em plano de

carreira. Esse aspecto refere-se ao vínculo funcional individual do Coordenador e

de cada docente ou pesquisador credenciado em sua instituição de origem,

independentemente de sua atuação junto ao PPG.

A atuação do Coordenador abrange aspectos de natureza acadêmica e

administrativa. Como pode ser observado durante o mapeamento de processo, a

atuação do Coordenador compreende um leque de atividades e decisões aos níveis

estratégico (por exemplo, política acadêmica, credenciamento de docentes, áreas de

concentração, linhas de Pesquisa, cooperação técnico-científica) e operacional

(recursos financeiros, bolsas, disciplinas, comissões, representação em colegiados).

Conforme previsto pelo Regimento Geral dos PPG da UFSCar

(UFSCar, Pró-PG, 2008, Art. 8º, § 2º) -prescrição extensiva aos regimentos internos

de todos os PPG, os coordenadores são eleitos pelos pares e pelos alunos, com

mandato de 2 anos. Portanto, o “cargo” (na realidade, a atuação) de coordenador é

temporário e rotativo; isso dá a ele um caráter de ´estar´ e não ´ser´ Coordenador –

isso reflete, basicamente, no ´como´ administrar. Internamente, a autoridade é

exercida pelo Coordenador, num misto de caráter vertical (certas decisões são,

afinal, tomadas) e horizontal (todas as decisões têm base legal, além de haver, em

muitos casos, consulta sobre disponibilidade por parte dos credenciados antes de se

tomar determinadas decisões, por exemplo). Nas questões de maior relevância um

colegiado é consultado (representação docente e discente). Nas questões

administrativas do dia a dia, a autoridade é exercida pela coordenação

39

(Coordenador e Vice-Coordenador) com base na legitimidade auferida em processo

eleitoral.

Os cargos de chefias de instâncias formais definidas em organogramas

das organizações (chefias de departamento, por exemplo), tradicionalmente contam

com um manual de procedimentos para o chefe, o que não foi encontrado na leitura

dos regimentos em relação aos coordenadores de PPG. O que foi encontrado,

geralmente prevista em Regimento Interno dos PPG (referente a todos os PPG

consultados), é a distribuição de atribuições e tarefas entre a coordenação e a

secretaria dos PPG, mas, não um ´manual de procedimentos´ para o Coordenador

de PPG. Nesse sentido, considerando as prescrições observadas nos Regimentos

Internos, o desempenho do Coordenador de PPG, parece pautar-se pelo conjunto

de ações fruto de sua própria capacidade de iniciativa, gerenciamento, etc., além do

histórico de situações mantido pela secretaria administrativa (tem-se aí, a

importância de uma boa qualidade da guarda dos registros e da continuidade,

tomando-se por base que há uma ‘tendência’, nem sempre confirmada, de

continuidade por parte do corpo administrativo). Conforme foi demonstrado na

elaboração do processo de trabalho do Coordenador de PPG, foi possível conhecer

suas atribuições por processo de derivação das atribuições do colegiado diretor do

PPG; no caso da UFSCar, com exceção de 3 PPG, que, à época da consulta,

explicitavam em seus regimentos internos atribuições diretamente ao Coordenador e

vice-coordenador.

A partir do mapeamento de processo, nota-se também que não há

ligação funcional entre PPG e Departamento. Mesmo nos Departamentos que

originaram um PPG não há esta ligação formal. Geralmente, parece haver apenas

uma predominância de docentes vinculados ao Departamento que originou um PPG.

Nesse sentido, parece haver uma tendência (não garantia !) de relacionamento

cordial entre Docentes, Coordenação do PPG, Coordenação do curso de Graduação

e Chefia do Departamento, e isso certamente proporciona benefício mútuo na

solução de muitas questões, desde as corriqueiras, do dia a dia (espaço, por

exemplo) até as mais abrangentes e estratégicas (atendimento a editais, por

exemplo).

A Pós-Graduação é parte do ambiente público, e, igualmente ao setor

privado, também busca seus resultados, que podem ser medidos por indicadores a

40

serem atingidos e traçados por políticas públicas específicas. A produção de um

PPG é o conjunto da produção científica de cada pesquisador credenciado, seja ele

professor ou pesquisador. Cabe ao coordenador, estar atento aos indicadores

alcançados pelo PPG como um todo, de tal forma a atingir os índices pelos quais o

PPG será avaliado pelos critérios da CAPES.

Os PPG se inserem num ambiente de ensino e pesquisa, e, da leitura

dos Regimentos Internos, parece pressupor um equilíbrio entre ações planejadas e

coordenadas (as atribuições da CPG –que, neste trabalho, por derivação, foram

estendidas ao Coordenador), e ações cuja liberdade de cada pesquisador é

essencial e imprescindível (as atribuições e condições de credenciamento do corpo

docente). Na percepção deste autor, sem a criatividade característica de iniciativas

dos pesquisadores, tomados individualmente ou em seus grupos de pesquisa ou nas

redes entre grupos de pesquisa, o ambiente investigativo característico da ciência

não cumpriria seu papel.i

Conforme será mostrado adiante, no perfil de competência, um dos

pontos vitais é o (sempre difícil!) gerenciando dos pontos de confluência (por

exemplo, a busca da excelência e da produtividade em pesquisa, etc.) e de conflito

(cumprimento de prazos, interesses individuais e coletivos) vivenciados na dinâmica

das atividades do PPG.

Perante a Coordenação do PPG, todos os pesquisadores credenciados

têm o mesmo nível hierárquico, e todos eles e alunos têm liberdade de atuar nas

várias Linhas de Pesquisa e Áreas de Concentração, respeitadas a adequação

(formação e domínio técnico) do pesquisador às mesmas, e observada também a

hierarquia ´natural´ entre pesquisador e aluno.

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFSCar relaciona o

desenvolvimento de linhas de pesquisa como decorrência natural do

desenvolvimento da instituição e da capacitação do corpo docente.

A implantação de determinadas linhas de pesquisa é resultante de uma série de fatores, alguns atuando desde o começo da Universidade e outros posteriormente. A evolução da pesquisa institucional, mais do que decorrência pura e simples da titulação dos docentes, ou mesmo da motivação particular deles por determinados direcionamentos ou ainda do estímulo de políticas de prioridade de fomento estabelecidas por agências financiadoras externas, foi fortemente influenciada pela criação dos cursos de graduação. A opção institucional pela criação de certos cursos de graduação foi delineando o estabelecimento de determinadas áreas de

41

conhecimento na UFSCar. [...] A implantação dos programas de pós-graduação foi resultado direto da capacitação docente e da consolidação das atividades de pesquisa dentro de cada área de conhecimento (UFSCar, PDI, 2002).

Assim, e, portanto, notou-se que o Coordenador de PPG é o zelador

do cumprimento do Regimento Interno do PPG, e que sua função insere-se no

conjunto de atividades desempenhadas pela UFSCar, tendo uma relação direta com

o tripé (Ensino, Pesquisa e Extensão) que norteia as atividades da instituição,

conforme previsto nos ‘Princípios’ e nas ‘Diretrizes’ de seu Plano de

Desenvolvimento Institucional (PDI).

O processo de trabalho da atuação de Coordenador de PPG revelou

um grande número de atividades. Conforme já mencionamos no início desta seção,

a atuação do Coordenador de PPG inclui um leque de atividades e decisões aos

níveis estratégico (por exemplo, política acadêmica, credenciamento de docentes,

áreas de concentração, linhas de Pesquisa, cooperação técnico-científica) e

operacional (recursos financeiros, bolsas, disciplinas, comissões, processo seletivo,

representação em colegiados).

Entretanto, a classificação de uma atividade como estratégica ou

operacional nem sempre é clara ou definitiva e parece depender do contexto e do

momento em que se realiza. Vejamos um exemplo. O Processo Seletivo leva em

conta: i) o objetivo do PPG como um todo; ii) estratégias de crescimento, diminuição

ou manutenção do corpo docente e discente, tendo em vista a avaliação do PPG

pela CAPES; iii) ações referentes a nucleação do PPG, tais como: a) se o PPG está

em fase de crescimento, buscará apoio em outro Programa mais consolidado; b) se

já é um PPG consolidado, deverá ´repartir´ o conhecimento adquirido, cumprindo

função estabelecida pela CAPES, como diminuição de assimetrias regionais, etc.; c)

exame de seleção realizado em outro(s) lugar(es), fora da sede, tendo por base o

momento vivido pelo PPG e as características de cada área –por exemplo, há áreas

do conhecimento onde diferentes PPG de diferentes regiões realizam etapas

comuns de seleção em sedes distintas. A seleção para o ingresso de novos alunos

leva em consideração também a avaliação interna de renovação de credenciamento,

credenciamento e descredenciamento de seu corpo docente. Portanto, a seleção

pode ocorrer como mais um ‘simples’ processo seletivo, um evento corriqueiro na

vida de um PPG, como pode revestir-se de todo um planejamento, tendo em vista a

42

conjuntura de sua realização. E ainda, a seleção pode vir a representar tanto a ação

do PPG enquanto sujeito individual seguindo seu caminho, quanto refletir a política

pública de órgão superior, de equalização regional do nível de desenvolvimento em

pesquisa.

O oferecimento de disciplinas pelo PPG pode ser citado como outro

exemplo de que a classificação de uma atividade como estratégica ou operacional

nem sempre é clara ou definitiva e parece depender do contexto e do momento em

que se realiza. O conjunto das disciplinas oferecidas num período letivo pode

representar o cumprimento ‘burocrático’ da grade curricular, mas, pode, por outro

lado, indicar novas tendências do conjunto das pesquisas em andamento no PPG.

O oferecimento de disciplinas pode ainda funcionar com um dos fatores de atração

de novos alunos ao PPG.

A menção a essa polarização entre os níveis estratégico e operacional

tem em vista, fundamentalmente, o ferramental de gerenciamento de que deve

dispor o Coordenador de PPG na condução de seu trabalho. Considerando o PPG

como espaço por excelência para o desenvolvimento da pesquisa e conseqüente

produção e disseminação de conhecimento, e o enorme leque de atividades

presentes no mapeamento do processo de trabalho que foi possível elaborar neste

trabalho, nota-se que conceitos como Gestão do Conhecimento, Gestão de

Desempenho, Gestão do Capital Intelectual, Planejamento Estratégico, Tecnologia

da Informação, entre outros, necessariamente, devem fazer parte do ferramental de

gerenciamento do Coordenador de PPG. Esse aspecto pode fazer parte de

aprofundamento posterior das reflexões contidas neste trabalho.

Considerada a ressalva acima, abandonou-se a idéia, nos limites deste

trabalho, da quantificação de produtos entre esses dois níveis de atividade: ‘quase

tudo’ é operacional, e ‘quase tudo’ é estratégico.

No que se refere ao relacionamento do Coordenador de PPG com

seus ‘Clientes’, podemos notar que: i) todos os 36 produtos mostrados no processo

de trabalho relacionam-se com os clientes CAPES, Pró-PGP, CPG,

Professores/Pesquisadores credenciados e Alunos; ii) junto às Instituições de

fomento, a relação envolve 12 produtos; iii) 03 produtos mediam sua relação com os

Centros Acadêmicos da UFSCar; iv) 08 produtos estão no centro da relação com

43

PPGs, Departamentos e Instituições afins e Colaboradores; e v) 01 produto é o

canal de comunicação com os Candidatos a ingresso no PPG. Isso é apresentado

no Gráfico 1.

Numa identificação minimamente caracterizada de seus Clientes,

temos i) CAPES: órgão do governo federal responsável pela pós-graduação no

país; ii) Pró-PG: órgão da UFSCar que acompanha as atividades de pós-graduação

da universidade e as representa junto à CAPES e outras instituições de fomento; iii)

CPG: o colegiado consultivo/deliberativo do PPG; iv) docentes e pesquisadores

credenciados: em conjunto com os alunos regularmente matriculados, são os

efetivos agentes produtores de pesquisa; pesquisas cuja somatória comporá os

indicadores do PPG; v) diversas Instituições de Fomento (CAPES, CNPq, FAPESP,

FINEP, dentre outras): fornecedoras de editais, bolsas e outras oportunidades de

pesquisa; vi) Centros Acadêmicos da UFSCar: canalizadores de alguns aspectos

operacionais do PPG junto às instâncias superiores da UFSCar; vii) PPG,

Departamentos e Instituições afins, além dos Colaboradores: responsáveis por

trabalho em equipe e redes de cooperação, práticas que sustentam a pesquisa; e

viii) alunos regularmente matriculados, alunos especiais e candidatos a alunos: uma

das razões vitais do ambiente acadêmico.

Gráfico 1 Quantidade de produtos resultante do processo de atuação do Coordenador de PPG da UFSCar em relação aos seus clientes.

Fonte: Autor

44

O Quadro 8 e o Gráfico 2 mostram a quantificação das “Ações”

presentes no mapeamento de processo. Consideradas as ressalvas (ver seção

3.2.1, acima) do processo de identificação das atividades referentes ao desempenho

de Coordenador de PPG (obtidas por derivação das atribuições da CPG,

classificadas e relacionadas aos respectivos ‘Produtos’ de modo a representarem a

dinâmica do ‘ciclo de atuação’ do Coordenador de PPG sobre elas no exercício de

sua atuação), e considerado o grau de incidência das atividades no mapeamento de

processo, tem-se que essas atividades (“Ações”, no mapeamento de processo’) mais

significativas, considerando o número de ocorrências, são: Encaminhar (23

ocorrências); Apreciar (17); Elaborar (15); Julgar e Propor (14 cada uma); Aprovar,

com submissão a referendo da CPG (08) e Aprovar, com comunicação à CPG (06).

‘Ações’ do Coordenador Incidência

Encaminhar 23 Apreciar 17 Elaborar 15 Julgar 14 Propor 14 Aprovar (Referendar CPG) 8 Aprovar (Comunicar CPG) 6 Fazer cumprir 4 Coordenar 3 Cumprir 3 Divulgar 3 Acompanhar 2 Administrar 2 Avaliar 2 Constituir 2 Convocar 2 Implementar 2 Representar 2 Zelar 2 Dar suporte 1 Designar 1 Expedir 1 Indicar 1 Presidir 1 Promover 1 Responsabilizar-se 1 Solicitar 1 Sugerir 1 Verificar 1

Quadro 8 Principais ações desempenhadas pelo Coordenador de PPG da UFSCar em seu processo de trabalho.

Fonte: Autor

45

Gráfico 2 Distribuição gráfica da principais ações desempenhadas pelo Coordenador de PPG da

UFSCar em seu processo de trabalho Fonte: Autor

Entretanto, considerada a natureza das Ações e dos Produtos a elas

associados, e tomado o mapeamento do processo de trabalho como um todo, pode-

se ponderar que as ações identificadas com 01 ocorrência não são menos

importantes para o exercício da atuação de coordenador de PPG. Por exemplo, a

ação ‘Designar’ (designar os membros de uma comissão), relacionada no

mapeamento ao produto ‘Comissões’. Sabe-se que esta atividade (‘Produto’:

Comissões), devidamente contextualizada, pode ser tão ou mais importante que

outras atividades (‘Produto’), conforme já destacado nesta seção. Por conseguinte,

a ação relacionada a este ‘Produto’ acompanhará o grau de importância assumido

por este produto; mesmo que esta ação esteja quantificada com um número de

ocorrência pequeno. Seguindo com o exemplo: comissões são constituídas para

uma série de ações, como: Defesa (de dissertação e tese), (exame de) Qualificação,

Eleição, Bolsa, Estágios, Convênios, (Re) Credenciamento (de docentes/

pesquisadores), Reconhecimento de Diploma, Estudos Diversos. Uma comissão de

análise de recredenciamento e credenciamento de novos docentes/pesquisadores,

em um dado momento, pode ser uma ação de crucial e decisiva importância no

desenvolvimento e continuidade das atividades do PPG. O mesmo se pode dizer

de uma comissão para condução dos trabalhos de eleição dos membros do

colegiado do Programa (CPG). Essas considerações sobre a ação ‘Designar’

46

poderiam ser estendidas a outras ações identificadas com pequeno número de

ocorrência.

O Quadro 9 apresenta as atividades (‘Ações’, no mapeamento do

processo de trabalho) do Coordenador de PPG agrupadas em três faixas de

incidência: no primeiro grupo, aparecem ações com incidência entre 14 e 23

(máximo) ocorrências por ação; no segundo grupo, ações com incidência entre 02 e

08 ocorrências por ação; e no terceiro grupo, ações com incidência de 01 (mínimo)

ocorrência por ação.

Qtde de

Ações Leitura Regimentos

Incidência Qtde

(por Ação)

Incidência Qtde

(acumulada)

( % ) (acumulada)

1 Encaminhar 23 2 Apreciar 17 3 Elaborar 15 4 Julgar 14 5 Propor 14 (60) (83) (44,1) (61,0) 6 Aprovar (Referendar CPG) 8 7 Aprovar (Comunicar CPG) 6 8 Fazer cumprir 4 9 Coordenar 3 10 Cumprir 3 11 Divulgar 3 12 Acompanhar 2 13 Administrar 2 14 Avaliar 2 15 Constituir 2 16 Convocar 2 17 Implementar 2 18 Representar 2 19 Zelar 2 43 31,6 20 Dar suporte 1 21 Designar 1 22 Expedir 1 23 Indicar 1 24 Presidir 1 25 Promover 1 26 Responsabilizar-se 1

27 Solicitar 1 28 Sugerir 1 29 Verificar 1 10 7,4

Total 136 136 100,0

Quadro 9 ‘Ações’ do Coordenador classificadas por grau de incidência

Fonte: Autor

47

Nota-se que no primeiro grupo predominam ações de caráter analítico:

Apreciar, Elaborar, Julgar e Propor, juntas (13,8% da quantidade de ações),

apresentam 60 ocorrências (44,1% do total de ocorrências). A ação ‘Encaminhar’,

que individualmente apresenta o maior número de ocorrências (23), pode ser

entendida como desdobramento e consequência natural das ações de caráter

analítico. As 05 ações do primeiro grupo (17,2% da quantidade de ações)

concentram 83 ocorrências (61,0% do total de ocorrências).

Foram localizados 07 ‘Fornecedores’ para o processo de atuação do

Coordenador de PPG: Governo, Ministério da Educação (MEC), CAPES, UFSCar,

Pró-PGP, Centros Acadêmicos da UFSCar e PPG. Cada um deles, em diferentes

graus de relacionamento entre eles, fornece ao Coordenador os ‘Recursos’ para o

exercício de sua função, que, basicamente, são de 2 tipos: legislativo e financeiro.

Depreende-se, da leitura dos regimentos, que o Coordenador de PPG

tem a missão de coordenar e supervisionar as atividades do PPG. Juntamente com

o Vice-Coordenador, o Coordenador representa a instância executiva do PPG.

Conta com o apoio estratégico da CPG (caráter consultivo/deliberativo) e das

diversas Comissões nomeadas (caráter consultivo/executivo). O Coordenador conta

ainda com o apoio operacional de uma secretaria administrativa, e dispõe, como

equipamentos de trabalho, de legislação, computador, telefone e mobiliário.

A Figura 6, a seguir, apresenta o mapeamento do processo de trabalho

do Coordenador de PPG da UFSCar.

48

Figura 6 Mapeamento do processo de trabalho do Coordenador de Programa de Pós-Graduação da UFSCar – Fonte: Autor

49

4.2 Perfil de Competências necessário aos Coordena dores de PPG do CCET da UFSCar

Conforme destacado na seção 3.1 e também ao final da seção 3.2.2,

para o mapeamento do perfil de competências focou-se os PPG no âmbito do

CCET.

A Tabela 1 apresenta a coleta das percepções sobre competências,

exibindo o conteúdo integral das respostas (1º passo metodológico do mapeamento

do perfil de competência), a conversão dessas percepções em características

positivas (2º passo), e a conversão preliminar das características positivas em

atributos de competência: conhecimentos, habilidades e atitudes (3º passo).

A Tabela 1 está classificada por ordem das respostas por respondente,

para preservar a unidade das percepções por respondente. E, conforme já

mencionado, dado o caráter qualitativo das respostas ao questionário com questões

abertas, e para maior riqueza de detalhes e preservação da percepção do

respondente, optou-se por apresentar o conteúdo integral das respostas. No

processo de classificação e definição das competências, um recurso que se mostrou

de fundamental importância foi consultar as respostas originais, visando recuperar e

preservar ao máximo a percepção do respondente.

Foi solicitado aos respondentes que quando uma característica fosse

apontada no grupo das características “positivas”, não deveria ser repetida no grupo

das características “negativas”, nem no grupo das características “ideais”, ou seja,

uma característica deveria ser apontada somente uma vez, ou como positiva, ou

como negativa, ou como ideal. Como pode ser observado na Tabela 1, várias

respostas de um mesmo respondente referiam-se a um mesmo atributo de

competência, embora essas respostas pertencessem a diferentes grupos de

características (“positivas”, “negativas” e “ideais”). Esses casos foram identificados,

na verdade, como uma duplicidade de atributo de competência extraído da

percepção de um mesmo respondente, tendo sido computado apenas um atributo de

competência dentre essas duplicidades por cada respondente. A Tabela 1 mostra

essas duplicidades em fonte na cor vermelha e no estilo itálico e aponta, caso a

caso, qual atributo foi considerado e computado para a elaboração do indicador final.

50

...continua...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

1 1.1

Senso organizacional aguçado (uma pessoa organizada facilita bastante a operação administrativa do PPG).

+ Possuir senso organizacional aguçado

Organização Organização

1 1.2

Capacidade de administrar conflitos (a la FHC: conflitos devem ser resolvidos ou minimizados, nunca aumentados).

+ Ter capacidade de administrar conflitos

Capacidade de administrar conflitos

Capacidade de administrar

conflitos

1 1.3

Capacidade gerencial, para administração do pessoal TA de apoio ao PPG, para coordenação das tarefas dos docentes e para gestão de recursos financeiros.

+

Capacidade gerencial, para administração do pessoal TA de apoio ao PPG, para coordenação das tarefas dos docentes e para gestão de recursos financeiros.

Capacidade Gerencial [pessoal (TAs, Docentes) e financeiro]

Capacidade Gerencial [pessoal (TAs, Docentes) e financeiro]

1 1.4 Capacidade de dirigir reuniões, com objetividade mas democraticamente.

+ Ter capacidade de dirigir reuniões, com objetividade mas democraticamente

Capacidade de dirigir reuniões com objetividade, mas democraticamente

capacidade dirigir reuniões: várias habilidades: entendimento, interpretação, análise, julgamento, delegação, espírito de equipe, etc

1 2.1 Incapacidade de fazer com que prazos sejam cumpridos. - Capacidade de fazer

cumprir prazos Fazer cumprir prazos

Fazer cumprir prazos

1 2.2 Inibição para realizar cobranças, de modo que as tarefas sejam efetivamente realizadas.

-

Desinibição para realizar cobranças, de modo que as tarefas sejam efetivamente realizadas

Desinibição para realizar cobranças

Desinibição para realizar cobranças

51

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

1 2.3

Desprezo por ou desconhecimento de regras superiores (internas e/ou externas), achando que PPG pode sobreviver por seu mérito simplesmente apesar de não se enquadrar nas regras do jogo.

- Apreço por e conhecimento de regras superiores

Apreço por e conhecimento de regras superiores

Apreço por e conhecimento de regras superiores

1 2.4

“Última-horista”: deixa as coisas para o último momento, de modo que viram urgências (inclusive para outros).

- Planejar tarefas com antecedência

Planejar tarefas com antecedência

Planejar tarefas com antecedência

1 2.5 Incoerência na aplicação de regras ou atendimento de pleitos. -

Coerência na aplicação de regras ou atendimento de pleitos

Coerência (regras e pleitos)

Coerência (regras e pleitos)

1 3.0

Na parte de idealidade, não preenchi, pois entendo que seria o positivo melhor ainda e o inverso melhorado do negativo.

*

2 1.1 Organização + Ser organizado Organização Organização

2 1.2 Dedicação ao Programa + Ter dedicação ao Programa Dedicação

Dedicação (comprometimento)

2 1.3

Conhecimento do Regimento Geral da UFSCar, do Regimento Interno e das regras de avaliação da CAPES, do Regimento Normativo do Programa, bem como de todas as regras para o bom funcionamento do programa

+ Ter conhecimento das Normas e Procedimentos

Conhecer Normas e Procedimentos

Conhecer Normas e Procedimentos (Reg. Geral UFSCar, Reg. Int. e Normas PPG, Regras CAPES)

2 1.4 Capacidade de interagir e trabalhar conjuntamente com a secretaria do programa e

+ Ter capacidade de interagir e trabalhar conjuntamente com a

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

52

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

disposição de aplicar as regras para o bem do programa e do coletivo. Em muitas situações é importante saber ouvir as razões de todos e não apenas aplicar as regras por aplicar

secretaria do programa e disposição de aplicar as regras para o bem do programa e do coletivo. Em muitas situações é importante saber ouvir as razões de todos e não apenas aplicar as regras por aplicar

(secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

(secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

2 1.5

Liderança em relação aos docentes (principalmente) credenciados e aos discentes do programa

+

Liderança em relação aos docentes (principalmente) credenciados e aos discentes do programa

Liderança Liderança

2 1.6 Facilidade de relacionamento com todos envolvidos no programa e capacidade de inovação

+

Facilidade de relacionamento com todos envolvidos no programa e capacidade de inovação

Capacidade de inovação

Capacidade de inovação

2 2.1

Isolamento. Pouca discussão com os docentes e discentes sobre as questões que envolvem o programa

- Interação. Muita discussão com docentes e discentes

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar;

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar;

2.1.4

2 2.2

Condescendência com quebra de regras do programa que foram estabelecidas por todos para o bom andamento do mesmo

-

Intransigência com quebra de regras do programa que foram estabelecidas por todos para o bom

Firmeza no cumprimento das regras

Firmeza no cumprimento das regras

53

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

andamento do mesmo

2 2.3

Apatia e falta de iniciativa quanto a mudanças que possam beneficiar a qualidade do programa e de seus alunos

- Entusiasmo e iniciativas por mudanças visando melhorias

Entusiasmo e iniciativas por mudanças visando melhorias

Entusiasmo e iniciativas por mudanças visando melhorias

2 2.4

Incapacidade de estimular a participação efetiva e interesse de todos pelo andamento das atividades do programa

-

Capacidade de estimular a participação efetiva e interesse de todos pelo andamento das atividades do programa

Capacidade de estimular participação

Capacidade de estimular participação

2 3.0 As características apontadas como positivas *

3 1.1

Participação mais diretamente na qualidade de produção didático-científica da pós-graduação no Brasil;

+

Ter participação mais diretamente na qualidade de produção didático-científica da pós-graduação no Brasil;

Participação / Inserção - perspectiva nacional

Participação / Inserção (Produção Científica) - Nacional

3 1.2 Participação ativa na produção didático-científica do programa; +

Participação ativa na produção didático-científica do programa;

Participação / Inserção - perspectiva local

Participação / Inserção (Produção Científica) - Local

3 1.3 Participação nas reuniões do CoPG e demais colegiados da UFSCar;

+ Ter participação nas reuniões do CoPG e demais colegiados da UFSCar;

Participação / Colegiados

Participação (Representação)

54

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

3 1.4

Elaboração do Coleta Capes, que permite refletir diretamente sobre a estrutura, diretrizes, produção científica, qualidade de trabalhos no âmbito do Programa e comparação com outros Programas.

+

Elaborar corretamente o Coleta Capes, que permite refletir diretamente sobre a estrutura, diretrizes, produção científica, qualidade de trabalhos no âmbito do Programa e comparação com outros Programas.

Capacidade e possibilidade de reflexão, comparação

Capacidade e possibilidade de reflexão, comparação

3 2.1

A pouca valorização da função de Coordenador de PG nos âmbitos da UFSCar e, principalmente, pela CAPES, uma vez que a função de coordenador não tem nenhuma relevância no momento de avaliação dos docentes credenciados do Programa.

-

Muita valorização e reconhecimento da função de Coordenador pela UFSCar e pela CAPES

Função muito valorizada e reconhecida

Função muito valorizada e reconhecida

3 2.2

A necessidade de se manter todas as atividades normais de um docente, com atribuições de aulas na graduação e PG, orientação de alunos de graduação e pós, produção de artigos, aliadas a todas as atividades de Coordenação.

-

Possibilidade de manutenção das atividades de docente: aulas, orientação, publicação e Coordenação PG

Possibilidade de manutenção múltiplas atividades: aula, orientação, publicação, Coordenação PG

Possibilidade de manutenção múltiplas atividades: aula, orientação, publicação, Coordenação PG

3 2.3

Estrutura de gestão totalmente engessada, não podendo o coordenador imprimir um estilo de gestão baseado em sua experiência e expectativas de avanços.

- Flexibilidade (estrutura de gestão)

Flexibilidade (estrutura de gestão)

Flexibilidade (estrutura de gestão)

55

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

3 2.4

Falta de autonomia para o coordenador em gerir os recursos financeiros, cujas alíneas de gastos são previamente determinadas pela CAPES. Isto impede, por exemplo, do coordenador repor um equipamento do programa, como um computador ou impressora, que venha a se danificar.

-

Autonomia para o coordenador em gerir os recursos financeiros, apoiado por flexibilidade no uso das alíneas. Isto possibilita, por exemplo, do coordenador repor um equipamento do programa, como um computador ou impressora, que venha a se danificar.

Flexibilidade (recursos financeiros)

Flexibilidade (recursos financeiros)

3 2.5

As ações do coordenador são todas elas pré-determinadas pelo CPG, o que impede o gestor de imprimir uma gestão com fins em resultados e que sejam desafiadores.

- Grau satisfatório de independência à CPG (possibilita imprimir novas políticas),

Independência à CPG (grau satisfatório - implementação de políticas)

Independência à CPG (grau satisfatório - implementação de políticas)

3 2.6

O fato do coordenador “estar” na função pelo período de 2 anos, escolhido a partir de um grupo de pares, deixa pouco espaço para se exercer uma efetiva liderança junto aos demais docentes.

- Mandato com tempo suficiente para exercer liderança junto aos pares

Mandato com tempo suficiente para exercer liderança junto aos pares

Mandato com tempo suficiente para exercer liderança junto aos pares

3 2.7

O recebimento de função gratificada de pouco expressão não ajuda aos docentes efetivamente se sentirem valorizados no exercício desta função, o que, em geral, desmotiva a participação efetiva de todos os docentes do programa.

- Função bem remunerada, gera motivação

Função bem remunerada, gera motivação

56

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

3 3.1 Absoluto respeito à função de coordenador, liberando-o de outras funções concorrentes;

* Respeito à função de coordenador, liberando-o de outras funções concorrentes

Respeito à função (liberação de funções concorrentes)

Respeito à função (liberação de funções concorrentes)

3 3.2 Flexibilidade na aplicação de recursos destinados ao Programa; * Flexibilidade (recursos

financeiros)

Flexibilidade (recursos financeiros)

Flexibilidade (recursos financeiros)

3.1.4

3 3.3 Reconhecimento adequado à função de coordenação, interna e externamente;

*

Muita valorização e reconhecimento da função de Coordenador: internamente (próprio PPG e UFSCar) e externamente (CAPES)

Função muito valorizada e reconhecida

Função muito valorizada e reconhecida

3.2.1

3 3.4 Maior independência em relação ao CPG, que teria a função de estabelecer diretrizes;

* Grau satisfatório de independência à CPG (possibilita imprimir novas políticas),

Independência à CPG (grau satisfatório - implementação de políticas)

Independência à CPG (grau satisfatório - implementação de políticas)

3.2.5

3 3.5 Dispor de infra-estrutura adequada às atividades, considerando recursos humanos e materiais;

* Infra-estrutura adequada (recursos humanos e materiais)

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada - PPG

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada – PPG

57

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

4 1.1 Obtenção de experiência administrativa. + Obter experiência

administrativa.

Obter Experiência Administrativa

Obter Experiência Administrativa

4 1.2 Conhecimento do funcionamento da estrutura universitária de PG. +

Ter conhecimento do funcionamento da estrutura universitária de PG.

Conhecer funcionamento da estrutura de PG (Local e Nacional)

Conhecer funcionamento da estrutura de PG (Local e Nacional)

4.1.3

4 1.3

Conhecimento da estrutura administrativa da CAPES a da política de programas de incentivo à PG.

+

Conhecimento da estrutura administrativa da CAPES a da política de programas de incentivo à PG.

Conhecer funcionamento da estrutura e política de PG (Local e Nacional)

Conhecer funcionamento da estrutura e política de PG (Local e Nacional)

4 1.4 Interação com docentes e discentes do PPG. +

Ter interação com docentes e discentes do PPG.

Capacidade de interação

Capacidade de interação

4 1.5 Experiência na elaboração de relatórios de avaliação. +

Obter experiência na elaboração de relatórios de avaliação.

Obter Experiência (relatórios de avaliação)

Obter Experiência (relatórios de avaliação)

4 2.1 A função não é remunerada à altura da sua responsabilidade. -

A função é remunerada à altura da sua responsabilidade

Função bem remunerada

Função bem remunerada

4.3.1

4 2.2

A falta de diretrizes institucionais prejudica a implementação de políticas de produtividade e a coordenação acaba assumindo o ônus dessa cobrança.

- Receber apoio de diretrizes institucionais para produtividade

Receber apoio de diretrizes institucionais para políticas de produtividade

Receber apoio de diretrizes institucionais para políticas de

58

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

produtividade

4 2.3 Infra-estrutura universitária ainda é precária. PROPGWeb já deveria estar implementado.

- Infra-estrutura otimizada. Propgweb implementado.

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada - PPG

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada - PPG

4 2.4 O coordenador deveria se responsabilizar apenas com questões acadêmicas..

- Responsabilidade apenas em questões acadêmicas

Responsabilidade apenas em questões acadêmicas

Responsabilidade apenas em questões acadêmicas

4 2.5

A coordenação demanda um tempo razoável de horas semanais, o que acaba prejudicando as atividades de ensino e pesquisa do coordenador.

-

A coordenação demanda um tempo razoável de horas semanais, compatíveis com a manutenção das atividades de ensino e pesquisa do coordenador.

Demanda de tempo compatível com atividades de ensino e pesquisa

Demanda de tempo compatível com atividades de ensino e pesquisa

4 3.1 Remuneração do cargo correspondente a valor de Bolsa Pesquisador do CNPq.

* Função bem remunerada (Bolsa Pesquisador CNPq)

Função bem remunerada (Bolsa Pesquisados CNPq)

Função bem remunerada (Bolsa Pesquisados CNPq)

4 3.2 Infra-estrutura da PG da UFSCar totalmente informatizada. *

Infra-estrutura da PG da UFSCar totalmente informatizada.

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e

Infra-estrutura da PG da UFSCar totalmente

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e

4.2.3

59

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

informatizada informatizada informatizada

4 3.3

No caso de Programas de Excelência, deveria haver um contingente maior de funcionários na secretaria por conta da administração de recursos.

* Infra-estrutura adequada de Pessoal

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada

4.2.3

4 3.4 Maior número de funcionários na PROPG para atendimento aos PPGs.

*

Maior número de funcionários na PROPG para atendimento aos PPGs.

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada - PróPG

Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e informatizada - PróPG

4 3.5 Maior interação entre PPGs para a discussão e definição de políticas mais uniformes.

*

Maior interação entre PPGs para a discussão e definição de políticas mais uniformes.

Maior interação entre PPGs

Maior interação entre PPGs

4 3.6

Desenvolvimento de software institucional para auxílio na elaboração de relatório de avaliação (Data CAPES)

*

Desenvolvimento de software institucional para auxílio na elaboração de relatório de avaliação (Data CAPES). Software auxiliar ao ColetaCapes

Software institucional: auxiliar ao ColetaCapes. Propgweb.

Softwares institucional: auxiliar ao ColetaCapes e Propgweb.

Softwares institucional: auxiliar ao ColetaCapes e Propgweb.

5 1.1 Ser uma liderança científica + Ser uma liderança científica Liderança

Científica Liderança Científica

60

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

5 1.2 Ter habilidades para gerenciar pontos de confluência e de conflitos.

+ Ter capacidade de administrar conflitos e confluências

Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências

Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências

5 1.3 Ter autoconfiança e equilíbrio emocional + Ter autoconfiança e

equilíbrio emocional

Autoconfiança e Equilíbio Emocional

Autoconfiança e Equilíbio Emocional

5 1.4 Ter habilidade em lidar com grupos + Ter habilidade em lidar

com grupos

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

5 1.5 Ter capacidade na organização e gestão de uma agenda eficiente e eficaz

+ Ter capacidade na organização e gestão de uma agenda eficiente e eficaz

Capacidade de organização e gestão

Capacidade de organização e gestão

5 1.6 Saber delegar tarefas adequadamente + Saber delegar tarefas

adequadamente Capacidade de Delegação

Capacidade de Delegação

5 2.1 Ser centralizador - Ser Descentralizador Ser Descentralizador

Ser Descentralizador

5 2.2 Não ser objetivo e claro em suas ações/reuniões/atuações com grupos externos ao programa

- Ser objetivo e claro com grupos externos ao Programa

Ser objetivo e claro com grupos externos ao

Objetividade e Clareza

61

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

Programa

5 2.3 Ser grosseiro - Ser cortêz. Ser cortêz Ser cortêz

5 2.4 Não ser uma liderança científica - Ser uma liderança científica Liderança

Científica Liderança Científica

5.1.1

5 2.5 Ter dificuldades para pontos de conflitos - Ter capacidade de

administrar conflitos Capacidade de administrar conflitos

Capacidade de administrar conflitos

5.1.2

5 3.1 Ser uma liderança científica * Ser uma liderança científica

Liderança Científica

Liderança Científica

5.1.1

5 3.2 Ter habilidades para gerenciar pontos de confluência e de conflitos.

* Ter capacidade de administrar conflitos e confluências

Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências

Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências

5.1.2

5 3.3 Ter autoconfiança e equilíbrio emocional * Ter autoconfiança e

equilíbrio emocional Autoconfiança e Equilíbio Emocional

Autoconfiança e Equilíbio Emocional

5.1.3

5 3.4 Ter habilidade em lidar com grupos * Ter habilidade em lidar

com grupos Capacidade de trabalho em equipe

Capacidade de trabalho em equipe

5.1.4

5 3.5 Ter capacidade na organização e gestão de uma agenda eficiente e eficaz

* Ter capacidade na organização e gestão de uma agenda eficiente e eficaz

Capacidade de organização e gestão

Capacidade de organização e gestão

5.1.5

62

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...continua...

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competência Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

5 3.6 Saber delegar tarefas adequadamente * Saber delegar tarefas

adequadamente Capacidade de Delegação

Capacidade de Delegação

5.1.6

6 1.1 Aprender a trabalhar em prol dos seus pares, sem o individualismo inerente de cada ser humano.

+ Ter capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

6 1.2

Intermediar conflitos que sempre aparecem em função de diferentes pontos de vista e também em função das características pessoais de cada professor credenciado num Programa.

+ Ter capacidade de administrar conflitos

Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências

Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências

6 1.3

Aprender a administrar o tempo para que as atividades inerentes sejam possíveis de serem vencidas.

+ Ter capacidade de administrar o tempo

Organização Organização

6 1.4 A presteza na colaboração dos colegas em atividades diversas quando solicitado.

+ Ter capacidade de colaboração

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

6.1.1

63

...continuação...

Tabela 1 Respostas ao Questionário, conversão das respostas em Características Positivas e Conversão preliminar das Características Positivas em Atributos de Competência (Conhecimento, Habilidades e Atitudes - CHA)

...conclusão.

Entrevis tado

Identi-ficação

das respostas

Respostas ao Questionário

+ - *

Características Positivas

Atributos de Competências Atributos ‘Novos’ em relação a

outros glossários

Atributos de outros glossários

Respostas que

prevaleceram Conhecimento Habilidade Atitude

6 2.1

Falta tempo para vencer todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão, pois a coordenação consome tempo, desde despachos normais e reuniões em diversas instâncias (CPG, CoCCET, CoPG, CoEx e outras indicadas nessas reuniões como representantes).

-

Tempo compatível para vencer todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão, juntamente às atividades da coordenação, incluindo despachos normais e reuniões em diversas instâncias (CPG, CoCCET, CoPG, CoEx e outras indicadas nessas reuniões como representantes).

Demanda de tempo compatível com atividades de ensino e pesquisa

Demanda de tempo compatível com atividades de ensino e pesquisa

6 2.2

Há evidencias de colegas que não se dispõem a colaborar sob nenhum aspecto, mesmo usufruindo das mesmas condições comparadas aos colegas que contribuem.

- Ter capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

6.1.1

6 3.1

Saber dividir o tempo entre a pesquisa, ensino, extensão e administração, de modo a não prejudicar nenhuma das atividades.

*

Saber dividir o tempo entre a pesquisa, ensino, extensão e administração, de modo a não prejudicar nenhuma das atividades.

Demanda de tempo compatível com atividades de ensino e pesquisa

Demanda de tempo compatível com atividades de ensino e pesquisa

6.2.1

6 3.2 Saber tolerar, ouvir, discutir e concluir. * Ter capacidade de

trabalhar em equipe Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

6.1.1

Em vermelho e itálico: : duplicidade de atributos de competência extraídos da percepção de um mesmo respondente. Foi considerado somente um atributo por respondente. A última coluna indica qual atributo prevaleceu e foi computado para elaboração do mapeamento

(+, cor verde), (-, cor amarela) e (*, cor azul): Características apontadas pelos respondentes, respectivamente, como Positivas, Negativas e Ideais no exercício da função de Coordenador.

64

Na conversão das características positivas em atributos de

competência (3º passo do procedimento metodológico adotado), foram utilizados

como base os glossário de competências presentes em Rabaglio (2008) e em

Amaral (2006). Inicialmente, procurou-se representar ao máximo o conteúdo de

cada resposta, mesmo que a definição do atributo ficasse extensa. Durante o

processo de classificação e análise, esses atributos de competência sofreram

ajustes de redação, processo no qual se procurou abranger, de forma equilibrada, a

intenção do respondente, a concisão e a universalidade da definição. Esse

processo de ajuste pode ser observado na Tabela 2. A redação final de cada

atributo de competência consta do Quadro 10, que mostra o resultado final do

mapeamento do perfil de competência.

A Tabela 2 ilustra esse processo de ajuste de redação e de

quantificação dos atributos de competência, através das referências à competência

cuja redação final foi ajustada para “Capacidade de interação, trabalho em equipe”.

Pode-se notar uma grande diversidade de redação, que revela a

amplitude de situações, anseios, constatações, etc., referentes a essa competência

(trabalho em equipe) por parte dos respondentes. Considerou-se que essa

diversidade pode perfeitamente ser representada pela expressão “Capacidade de

interação, trabalho em equipe”.

Os respondentes nº 2, nº 4 e nº 5 fizeram 2 referências, cada um, a

este atributo de competência e o respondente nº 6 fez 4 referências à competência

referente a trabalho em equipe. Tendo sido aproveitada uma referência de cada

respondente, chega-se às 4 referências a esta competência no cômputo do

mapeamento final (Quadro 10).

Essa diversidade de redação referente a uma mesma competência

pode ser observada e estendida a todos os atributos de competência identificados

em todas as respostas.

65

Tabela 2 Respostas ao Questionário com referências à competência cuja redação final foi ajustada para “Capacidade de interação, trabalho em equipe”. Ilustração de processo de ajuste de redação.

Ent

revi

s-ta

do

Iden

tific

a-çã

o d

as

resp

osta

s

Res

post

as

ao

Que

stio

ná-

rio

+ -

*

Car

acte

rís-

ticas

P

ositi

-vas

Hab

ilida

de

Atr

ibut

os

de o

utro

s gl

ossá

rios

Pre

vale

ce-

ram

, po

r re

spon

den

te

2 1.4

Capacidade de interagir e trabalhar conjuntamente com a secretaria do programa e disposição de aplicar as regras para o bem do programa e do coletivo. Em muitas situações é importante saber ouvir as razões de todos e não apenas aplicar as regras por aplicar

+

Ter capacidade de interagir e trabalhar conjuntamente com a secretaria do programa e disposição de aplicar as regras para o bem do programa e do coletivo. Em muitas situações é importante saber ouvir as razões de todos e não apenas aplicar as regras por aplicar

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

Ok

2 2.1

Isolamento. Pouca discussão com os docentes e discentes sobre as questões que envolvem o programa

- Interação. Muita discussão com docentes e discentes

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar;

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar

2.1.4

4 1.4 Interação com docentes e discentes do PPG. +

Ter interação com docentes e discentes do PPG.

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Ok

4 3.4

Maior interação entre PPGs para a discussão e definição de políticas mais uniformes

*

Maior interação entre PPGs para a discussão e definição de políticas mais uniformes

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

4.1.4

5 1.4 Ter habilidade em lidar com grupos + Ter habilidade em lidar

com grupos

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

Capacidade de interação, trabalho em equipe (secretaria, docentes, alunos); cumprir regras; saber ouvir, interpretar exceções.

Ok

5 3.4 Ter habilidade em lidar com grupos * Ter habilidade em lidar

com grupos Capacidade de trabalho em equipe

Capacidade de trabalho em equipe

5.1.4

6 1.1

Aprender a trabalhar em prol dos seus pares, sem o individualismo inerente de cada ser humano.

+ Ter capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Ok

6 1.4

A presteza na colaboração dos colegas em atividades diversas quando solicitado.

+ Ter capacidade de colaboração

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

6.1.1

6 2.2

Há evidencias de colegas que não se dispõem a colaborar sob nenhum aspecto, mesmo usufruindo das mesmas condições comparadas aos colegas que contribuem.

- Ter capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

6.1.1

6 3.2 Saber tolerar, ouvir, discutir e concluir. * Ter capacidade de

trabalhar em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interação, trabalho em equipe

6.1.1

(“+”, cor verde), (“-“, cor amarela) e (“*”, cor azul): características apontadas pelos respondentes, respectivamente, como “positivas”, “negativas” e “ideais” no exercício da função de Coordenador.

66

O processo de ajuste de redação e seleção prévia à quantificação, tal

como ilustrado acima, foi repetido para cada um dos atributos de competência

convertidos das percepções dos respondentes.

Foi observado ainda outro tipo de descarte no processo de elaboração

dos indicadores de competência da atuação de Coordenador de PPG, ou seja, os

atributos que comporão o perfil de competência representativo do exercício da

função de coordenador, sendo, portanto, necessários ao exercício dessa atuação (4º

passo do processo): os atributos que referiam-se a situações de estrutura da

função, e não propriamente a atributos de competência (conhecimentos, habilidades

e atitudes). São os casos de competências como “Função bem remunerada: gera

motivação”, ou “Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adequada e

informatizada – PPG”. Esses atributos de competência não constam do resultado

final do mapeamento do perfil de competências do Coordenador. Mas, dado seu

teor, merecem ser levados em conta como componentes importantes ao

desempenho da função de Coordenador de PPG.

4.3 Indicadores de Competência

O Quadro 10 mostra o resultado final dos atributos de competência

mapeados, exibidos por ordem decrescente com base no número de ocorrências,

sendo, portanto, considerados como os atributos de maior importância na

identificação do mapeamento do perfil de competências do Coordenador de PPG do

CCET da UFSCar. O resultado final contempla os ajustes na descrição e os

descartes promovidos no processo de classificação.

No resultado final do perfil de competências, foram identificados 29

diferentes atributos de competência, sendo 17 oriundos das características

apontadas como positivas pelos respondentes, e 12, das características apontadas

como negativas.

67

Atributo de Competência (CHA) Qtde C H A

1 + Capacidade de Organização e Planejamento 5 5

2 + Capacidade de interação, trabalho em equipe 4 4

3 + Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências 3 3

4 - Capacidade de fazer cumprir prazos, regras e cobranças 3 3

5 - Demanda de tempo compatível com atividades de ensino, pesquisa e extensão

3

3

6 + Experiência Administrativa 2 2

7 - Flexibilidade (estrutura de gestão, recursos financeiros) 2 2

8 + Participação/Inserção na Produção Científica 2 2

9 + Autoconfiança e Equilíbrio Emocional 1

1

10 + Capacidade de Delegação 1 1

11 - Capacidade de Delegação (descentralização) 1 1

12 + Capacidade de dirigir reuniões 1 1

13 - Capacidade de estimular participação 1 1

14 + Capacidade de inovação 1 1

15 + Capacidade e possibilidade de reflexão, comparação 1 1

16 + Capacidade Gerencial 1 1

17 - Coerência (regras e pleitos) 1 1

18 + Conhecimento de Normas e Procedimentos 1 1

19 - Conhecimento (e apreço por) de regras superiores, normas e procedimentos 1

1

20 + Conhecimento da estrutura e de política de PG 1 1

21 - Cortesia 1 1

22 + Dedicação 1 1

23 - Entusiasmo e iniciativas por mudanças visando melhorias 1 1

24 - Independência frente à CPG para implementação de políticas 1 1

25 + Liderança 1 1

26 + Liderança Científica 1 1

27 - Objetividade e clareza 1 1

28 + Participação / Colegiados 1 1

29 - Responsabilidade apenas em questões acadêmicas 1 1

Total Quantidade 45 5 29 11

Total Percentagem (%) 100 11,2 64,4 24,4

Quadro 10 Atributos de Competência de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar C: Conhecimento; H: Habilidade; A: Atitude

(“+”, cor verde), (“-“, cor amarela): atributos de competências convertidos a partir das características apontadas pelos respondentes, respectivamente, como “positivas” e “negativas” no exercício da função de Coordenador.

Fonte: Autor.

68

O Quadro 11 mostra os atributos que referiam-se a situações de

estrutura da função, e não propriamente a atributos de competência (conhecimentos,

habilidades e atitudes), e que, conforme explicado ao final da seção anterior, foram

descartados do resultado final do perfil de competência representativo do exercício

da função de coordenador de PPG do CCET da UFSCar. Curiosamente, nota-se

que esses atributos originaram-se das características apontadas como ‘ideais’ pelos

respondentes. Entretanto, dado seu teor e a quantidade de referências, merecem

ser registradas como elemento adicional importante do contexto de trabalho do

Coordenador de PPG.

1 * Função bem remunerada: gera motivação 2

2 * Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adeq uada e informatizada – PPG 2

3 * Softwares institucional: auxiliar ao Coleta Capes e ao Propgweb 2

4 - Função muito valorizada e reconhecida 1

5 * Infra-estrutura (recursos humanos e materiais) adeq uada e informatizada – PróPG 1

6 - Mandato com tempo suficiente para exercer liderança junto aos pares 1

7 - Receber apoio de diretrizes institucionais para pol íticas de produtividade 1

8 * Ser respeitado na função (liberação de funções conc orrentes) 1

Quadro 11 Atributos de competência que referem-se a situações de estrutura da função, não propriamente a Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.

(“-”, cor amarela) e (“*“, cor azul): atributos de competências convertidos a partir das características apontadas pelos respondentes, respectivamente, como “negativas” e “ideais” no exercício da função de Coordenador.

Fonte: Autor.

Vale lembrar também que, na redação de cada uma das competências

para o resultado final, procurou-se utilizar termos que contemplassem tanto

situações tipicamente ‘universais’ (aplicáveis a qualquer contexto, cargo ou função),

como “Capacidade de Organização e Planejamento”, quanto particularidades da

função de coordenador de PPG. Essa é a razão da permanência da competência

“Demanda de tempo compatível com atividades de ensino, pesquisa e extensão”,

que, em princípio, poderia ser suprimida e incorporada à competência “Capacidade

de Organização e Planejamento”.

69

Outro caso semelhante aplica-se às competências “Liderança” e

“Liderança Científica”, para as quais foram identificadas situações distintas e

específicas na percepção dos respondentes. Enquanto à primeira pode-se associar

as características ‘gerais’ da liderança, tais como diferentes estilos de exercício do

poder, carisma, controle, divisão de tarefas, relações interpessoais, etc. (ROLDÃO,

2004), aplicáveis a qualquer grupo humano, a segunda adiciona a essas

características gerais o elemento específico do posicionamento relativo, entre o

coordenador e seus pares, referente a aspectos estritamente acadêmicos, com

ênfase no aspecto da produção científica. O aspecto da liderança associado à

atuação do coordenador de PPG, dadas as especificidades da função, merece ser

aprofundado em estudos futuros.

Considerando estritamente o número de ocorrências de cada

competência no resultado final, destaca-se a importância das competências

referentes às capacidades de organização e planejamento, e de trabalho em equipe,

que apresentam, respectivamente, 5 (máximo) e 4 ocorrências. Logo a seguir, com

3 ocorrências cada uma, aparecem as competências referentes às capacidades de

administração de conflitos e confluências, e de fazer com que prazos, regras e

cobranças sejam cumpridos, além da competência referente à demanda de tempo

compatível com atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Da coleta das percepções sobre as competências (1º passo do

procedimento metodológico adotado), pode-se notar que os respondentes

aparentam ter domínio das características agrupadas entre as características

apontadas como “positivas”, enquanto aparentam ter falta de domínio (ou

descontrole sobre suas implicações) das características agrupadas entre as

características apontadas como “negativas”.

Nota-se também, no resultado final, que a competência "Capacidade

de Delegação" está registrada 2 vezes: uma oriunda das características positivas, e

outra, das características negativas. É a única competência presente no resultado

final com origem nos dois grupos de características. Esse registro distinto revela a

dualidade de domínio sobre essa competência.

Dos processos de conversão dessas características em atributos de

competência (2º, 3º e 4º passos do procedimento metodológico adotado), pode-se

70

inferir que há um predomínio de competências sobre as quais os coordenadores

aparentam ter domínio sobre elas.

Por outro lado, vale destacar também que algumas competências com

destaque no aspecto quantitativo revelam, aparentemente, a ausência de domínio

sobre elas (capacidade de fazer cumprir prazos, regras e cobranças; demanda de

tempo compatível com atividades de ensino, pesquisa e extensão; e flexibilidade -

estrutura de gestão, recursos financeiros).

O Gráfico 3 apresenta a distribuição gráfica do resultado final dos

atributos de competência mapeados para o Coordenador de PPG do CCET, com

base no número de ocorrências de cada atributo.

71

0

1

2

3

4

5

6

Capacidade de O

rganização e Planejam

ento

Capacidade de interação, trabalho em

equipe

Capacidade de A

dministrar C

onflitos e Confluências

Capacidade de fazer cum

prir prazos, regras ecobranças

Dem

anda de tempo com

patível com atividades de

ensino, pesquisa e extensão

Experiência A

dminstrativa

Flexibilidade (estrutura de gestão, recursos

financeiros)

Participação/Inserção na P

rodução Científica

Autoconfiança e E

quilíbio Em

ocional

Capacidade de D

elegação

Capacidade de D

elegação (descentralização)

Capacidade de dirigir reuniões

Capacidade de estim

ular participação

Capacidade de inovação

Capacidade e possibilidade de reflexão,

comparação

Capacidade G

erencial

Coerência (regras e pleitos)

Conhececim

ento de Norm

as e Procedim

entos

Conhecim

ento (e apreço por) de regras superiores,norm

as e procedimentos

Conhecim

ento da estrutura e de política de PG

Cortezia

Dedicação

Entusiasm

o e iniciativas por mudanças visando

melhorias

Independência frente à CP

G para im

plementação

de políticas

Liderança

Liderança Científica

Objetividade e clareza

Participação / C

olegiados

Responsabilidade apenas em

questões acadêmicas

+ + + - - + - + + + - + - + + + - + - + - + - - + + - + -

Atributos de Competência

Núm

ero

de O

corr

ênci

as

Gráfico 3 Atributos de Competência de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar (“+”, cor verde) e (“-“, cor amarela): Características apontadas pelos respondentes, respectivamente, como Positivas e Negativas no exercício da função de Coordenador. Fonte: Autor

72

4.4 Glossário de Competências

A partir dos mapeamentos do processo de trabalho do Coordenador de

PPG da UFSCar, e do perfil de competências do Coordenador de PPG do CCET da

UFSCar, e, com base em Rabaglio (2006) e em Amaral (2006), acrescido das

características observadas no processo de mapeamento deste trabalho, foi possível

elaborar um glossário das competências necessárias ao desempenho do

Coordenador de PPG do CCET da UFSCar, conforme pode ser visualizado no

Quadro 12.

Atributos de

Competência - CHA para Coordenador

Conceito adaptado ao Coordenador de PPG do CCET da UFSCar

Capacidade de Organização e Planejamento

Aprender a administrar o tempo para que as atividades inerentes sejam possíveis de serem realizadas. Ter capacidade de organizar e gerir uma agenda de forma eficiente e eficaz. Desenvolver um senso organizacional aguçado (uma pessoa organizada facilita bastante a operação administrativa do PPG). Não atuar como “Última-horista”, ao deixar as tarefas para o último momento, de modo que se tornem urgências (inclusive para outros).

Capacidade de interação, trabalho em equipe

Capacidade de interagir e trabalhar conjuntamente com os docentes, alunos e secretaria do PPG –além dos técnicos de laboratório dos Departamentos, quando for o caso. Promover e abrir canais permanentes de discussão entre docentes e discentes. Disposição de aplicar as regras para o bem do programa e do coletivo. Em muitas situações é importante saber ouvir as razões de todos e não apenas aplicar as regras por aplicar. Ter espírito colaborativo e prestativo. Saber tolerar, ouvir, discutir e concluir, e interpretar exceções. Promover maior interação entre PPG para a discussão e definição de políticas mais uniformes.

Capacidade de Administrar Conflitos e Confluências

Ter habilidades para gerenciar pontos de confluência (por exemplo, o benefício mútuo da busca pela excelência e produtividade em pesquisa) e de conflitos (interesses individuais e coletivos). Intermediar conflitos que sempre aparecem em função de diferentes pontos de vista e também em função das características pessoais de cada professor credenciado ou aluno num Programa. Trabalhar com a noção de que os conflitos devem ser resolvidos ou minimizados, nunca aumentados.

Capacidade de fazer cumprir prazos, regras e cobranças

Disposição de aplicar as regras para o bem do programa e do coletivo. Em muitas situações, porém, é importante saber ouvir as razões de todos e não apenas aplicar as regras por aplicar. Desenvolver a habilidade para realizar cobranças, de modo que as tarefas sejam efetivamente realizadas. Ter a responsabilidade de fazer com que prazos sejam cumpridos por todos e pelo bem de todos do Programa. Não ter condescendência com quebra de regras, que foram estabelecidas por todos, para o bom andamento dos trabalhos do Programa.

Quadro 12 Glossário de competências de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar Baseado em Rabaglio (2006) e Amaral (2006), com adaptações promovidas durante os mapeamentos deste trabalho.

Fonte: Autor

...continua...

73

...continuação...

Atributos de Competência - CHA para Coordenador

Conceito adaptado ao Coordenador de PPG do CCET da UFSCar

Demanda de tempo compatível com atividades de ensino, pesquisa e extensão

Saber dividir o tempo entre as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração, de modo a não prejudicar nenhuma delas. Compatibilizar o tempo despendido entre aulas e orientação na Graduação e na PG; as várias atividades que originam e resultam da pesquisa; publicação; participação em colegiados diversos, entidades de representação e associações; e as atividades da Coordenação de PPG.

Experiência Administrativa

Adquirir conhecimento cumulativo referente aos trâmites dos processos, tal que colabore para a eficiência e eficácia do desenvolvimento dos processos e do cumprimento de objetivos e metas.

Flexibilidade (estrutura de gestão, recursos financeiros)

Capacidade de se relacionar com diferentes pessoas, trabalhar com diversas atividades, mudar estratégias e tentar novas possibilidades para atingir resultados; principalmente, considerando a estrutura de gestão engessada, característica de um ambiente decisório calcado no estrito limite de legislação.

Participação/Inserção na Produção Científica

Poder ou ter a oportunidade de participar mais diretamente da produção científica, no sentido de poder influenciar, mesmo que de maneira pequena, em algumas tomadas de decisões, compatíveis com o nível de hierarquização a que se está formalmente inserido. Sentir-se importante e representado na produção científica. Saber da importância de sua colaboração no quadro do conjunto da produção científica.

Autoconfiança e Equilíbrio Emocional

Acreditar em sua própria capacidade e ter capacidade de manter a calma diante de situações adversas, sem perder o equilíbrio das emoções, de ponderação frente a imprevistos, adversidades e pressão, comunicando-se de maneira adequada e conduzindo as ações de forma equilibrada

Capacidade de Delegação (descentralização)

Saber distribuir atividades adequadamente, observando estratégias de acompanhamento, tendo em vista a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações e tarefas.

Capacidade de dirigir reuniões

Utilizar-se de clareza, coerência e objetividade, mas de uma forma democrática, ao expor, discutir e encaminhar propostas sobre os pontos de pauta. Ter a perspicácia de perceber e acolher ou descartar discussões sobre temas que se apresentem importantes durante as discussões, mesmo que não previamente relacionados na pauta.

Capacidade de estimular participação

Saber motivar pessoas, mesmo de diferentes competências, e em diferentes posições de consolidação na carreira individual, a trabalhar por um objetivo comum, mediante a participação, cooperação e a integração das contribuições dos membros da equipe.

Capacidade de inovação

Capacidade de criar novas oportunidades ou rever caminhos já trilhados, visando potencializar resultados. Capacidade de visualizar novas ideias e estratégias que agregam valor aos resultados. Fazer uso de Flexibilidade (maleabilidade), Intuição (pressentimento), Perspicácia (sentimento e reação), Raciocínio Lógico (eficácia) e Raciocínio Estratégico (visão de futuro), criatividade (novos padrões) e novas tecnologias, visando maximizar a obtenção de resultados.

Capacidade e possibilidade de reflexão, comparação

Concentrar-se e dedicar-se à sua função, adotar e desenvolver rotinas de trabalho, elaborar relatórios (por exemplo, o Coleta Capes) que permitam refletir diretamente sobre a estrutura, diretrizes, produção científica e qualidade dos trabalhos no âmbito do Programa, e comparação com outros Programas.

Quadro 12 Glossário de competências de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar Baseado em Rabaglio (2006) e Amaral (2006), com adaptações promovidas durante os mapeamentos deste trabalho.

Fonte: Autor

...continua...

74

...continuação...

Atributos de

Competência - CHA para Coordenador

Conceito adaptado ao Coordenador de PPG do CCET da UFSCar

Capacidade Gerencial

Capacitar-se com ferramentas adequadas de controle para administração do pessoal técnico administrativo de apoio ao PPG, para coordenação das tarefas e atribuições dos docentes e para gestão de recursos financeiros.

Coerência (regras e pleitos)

Coerência na aplicação de regras e julgamento de pleitos. Manter registro da grande quantidade (de diferentes naturezas) de decisões tomadas, e ampla troca de conhecimentos com os secretários (apoio) e com outros coordenadores são recursos úteis.

Conhecimento de Normas e Procedimentos

Ter conhecimento do Regimento Geral de PG e do PDI da UFSCar; do Regimento Interno do PPG; das regras de avaliação da CAPES; da legislação da Capes e do CNPq referentes ao funcionamento geral, aos recursos financeiros e às bolsas de PG; dos Editais das agências de fomento e da legislação federal pertinentes à PG; enfim, de toda e qualquer norma, geral ou específica, que se aplique ao bom funcionamento do PPG.

Conhecimento (e apreço por) de regras superiores, normas e procedimentos

Além do conhecimento das regras superiores (internas e/ou externas), é preciso ter apreço pelo seu conhecimento, para não incorrer em deslizes, achando que o PPG pode sobreviver por seu mérito simplesmente, apesar de poder estar não se enquadrando ou desrespeitando as regras às quais deve se submeter.

Conhecimento da estrutura e de política de PG

Conhecer minimamente (ao menos aquele mínimo necessário no momento da submissão de um pleito formal ou mesmo de um rápido contato) a estrutura administrativa da CAPES, a Política Nacional de Pós-Graduação, bem como qualquer programa de incentivo à PG. Conhecer também, minimamente, o funcionamento da estrutura universitária (local) de PG.

Cortesia

Capacidade de interagir com atenção e gentileza com clientes internos e externos – CAPES, ProPG, CPG, Professores Credenciados, Alunos Regulares e Especiais; Instituições de Fomento; Centros Acadêmicos da UFSCar; PPGs, Departamentos e Instituições Afins; Colaboradores; e Candidatos ao PPG.

Dedicação As situações de exceção e os conflitos de interesse em um PPG são tantos, que, se não houver dedicação, e consciência da necessidade da função, o trabalho do coordenador não se torna frutífero.

Entusiasmo e iniciativas por mudanças visando melhorias

Atuação calcada nas características próprias do ambiente de pesquisa (determinação individual, trabalho em equipe, colaboração entre grupos, redes de cooperação, nucleação, ponderação de assimetrias, assimilação de multi e transdisciplinaridade), dentre outras.

Independência frente à CPG para implementação de políticas

O regime de atuação em colegiado (CPG, instância deliberativa) não deve ser um fator inibidor de ações propositivas. Estas, relacionam-se diretamente à postura investigativa (já presente na própria tipologia da carreira profissional) e à busca contínua por atualização e aperfeiçoamento do domínio de ferramentas adequadas ao desenvolvimento profissional. O grau de independência ou distanciamento entre o profissional executor e o colegiado diretor de um PPG passa pelo dinamismo da cultura própria de cada área do conhecimento.

Quadro 12 Glossário de competências de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar Baseado em Rabaglio (2006) e Amaral (2006), com adaptações promovidas durante os mapeamentos deste trabalho.

Fonte: Autor

...continua...

75

...continuação...

Atributos de

Competência - CHA para Coordenador

Conceito adaptado ao Coordenador de PPG do CCET da UFSCar

Liderança

Catalisar as necessidades e expectativas organizacionais e grupais, promovendo visão, direcionamento, motivação e comprometimento para o alcance de resultados, mediante o estímulo, a participação e a valorização da contribuição individual e grupal.

Liderança Científica

Capacidade de abrir novos horizontes e/ou gerar novos temas de pesquisa; criar novos grupos e/ou interagir em rede com diferentes grupos de pesquisa; buscar, obter e/ou atrair novos projetos e/ou fontes de recursos.

Objetividade e clareza

Capacidade de expor ideias de forma clara, se fazendo compreender com facilidade e agilidade.

Participação / Colegiados

Consciente da condição de representante de um grupo ou equipe, atuar de forma responsável junto aos diversos colegiados inerentes às várias instâncias administrativas.

Responsabilidade apenas em questões acadêmicas

O coordenador deveria se responsabilizar apenas com questões acadêmicas.

Quadro 12 Glossário de competências de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar. Baseado em Rabaglio (2006) e Amaral (2006), com adaptações promovidas durante os

mapeamentos deste trabalho. Fonte: Autor

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve o objetivo de mapear o perfil de competências

necessário ao Coordenador de PPG do CCET da UFSCar, com base na abordagem

da GPC.

Na descrição da atuação de Coordenador de PPG da UFSCar, foram

citados alguns aspectos da vida organizacional em que se insere o Coordenador,

como autoridade, estrutura, atividade, comunicação e liderança. Entretanto, esses

pontos merecem ser objeto de reflexão aprofundada para uma caracterização mais

consistente.

Observou-se que a Gestão de Pessoas por Competências, com foco

ora na organização, ora no indivíduo dentro da organização, implica num conjunto

de premissas, conceitos e ferramentas com vistas à eficiência em meio a ambientes

cada vez mais competitivos.

A legislação do Governo Federal (Decreto 5706/2006), os textos com

menção às experiências públicas brasileiras na implantação da Gestão de pessoas

por competências (Pires et all, 2005) e os apontamentos de Amaral (2008), dentre

muitos outros trabalhos, revelam um forte caráter administrativo e fazem referências

a situações como serviço e servidor público, vínculo funcional, progressão na

carreira e outras tantas noções de gestão, sempre visando a excelência da

prestação do serviço público ao cidadão.

Ao desenvolver este trabalho, notou-se logo que a função de

Coordenador de PPG pouco tem a ver com essas referências, no que se refere a

vínculo funcional, progressão na carreira, e coisas do gênero, tão características à

gestão de recursos humanos dentro de instituições, no caso, instituições públicas e

ou de governo. Antes, caracteriza-se, fundamentalmente, por vincular-se a uma

atividade de cunho essencialmente acadêmico, de pesquisa voltada à produção e

disseminação de conhecimento e inserida num ambiente produtivo e público.

Notou-se também o manejo, por parte do coordenador de PPG, de

aspectos de cunho mais ao nível estratégico do que operacional. Constata-se isso

ao se verificar as competências de maior importância (maior número de ocorrências)

77

presentes no resultado final, competências essas referentes a aspectos como

organização, planejamento, trabalho em equipe, administração de conflitos, dentre

outros.

Isso remete o coordenador a lidar com conceitos e ferramentas mais

adaptados ao objeto de primeira prioridade de sua função (pesquisa, produção e

disseminação do conhecimento) e ao nível de sua atuação (prevalência do nível

estratégico), tais como Gestão do Conhecimento, Gestão de Desempenho, Gestão

do Capital Intelectual, Planejamento Estratégico, Tecnologia da Informação, dentre

outros. Esse aspecto da função do coordenador de PPG, de se municiar desses

conceitos e ferramentas de gestão, pode e deve fazer parte de aprofundamento em

reflexões posteriores a este trabalho.

A função de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar, vista sob o

aspecto do modelo da gestão de pessoas por competências, deve, portanto, levar

em conta tanto as características próprias do ambiente de pesquisa (determinação

individual, trabalho em equipe, colaboração entre grupos, redes de cooperação,

nucleação, ponderação de assimetrias, assimilação de multi e transdisciplinaridade,

dentre outras), quanto o ferramental de apoio gerencial necessário e adaptado a

esse ambiente particular (conhecimento, desempenho, capital intelectual,

planejamento estratégico, tecnologia da informação). Por um lado, esse ferramental

será útil ao coordenador para uma maior eficiência e eficácia do nível de

desempenho de sua função, e, por outro, atuará como fator de contribuição para

conferir vantagem competitiva ao PPG, frente ao ambiente cada vez mais

competitivo no qual está inserido o ambiente de pesquisa.

Uma das questões com as quais se depara a implantação da gestão

de pessoas por competência no serviço público, são as diferenças entre os

ambientes público e privado. Enquanto o privado apresenta uma versatilidade no

manejo dos recursos (humanos, financeiros, os mais variados instrumentos de

gestão), o público se calca em uma legislação típica, que é “engessante” aos olhos

da versatilidade encontrada no ambiente privado. Essa polarização se impõe à

primeira vista, entretanto, quando se pensa na implantação da gestão de pessoas

por competência no serviço público típico, aquele estruturado em carreira – que não

é o caso da função de Coordenador de PPG, pois que eletivo e transitório, com

horizonte de 2 anos de atuação. Por outro lado, se do ponto de vista da ´carreira´

78

esse dualismo pode se colocar como uma falsa questão, do ponto de vista da

gestão, e consequentemente dos ´resultados´, há espaço, como foi visto no decorrer

deste trabalho, para desenvolvimento da abordagem da competência no exercício

da função de Coordenador de Programa de Pós-Graduação.

Uma das limitações deste trabalho, pode ser apontada, como o

pequeno universo da pesquisa, ao focar-se os PPG no âmbito do CCET da UFSCar

para o mapeamento do perfil de competência do coordenador. Certamente, a coleta

de percepções poderia ser enriquecida se o universo da pesquisa fosse ampliado a

todos os PPG da universidade. No mapeamento do processo de trabalho, foram

consultados os Regimentos Internos de todos os PPG da UFSCar, e notou-se que,

para efeito do conhecimento e descrição do processo de trabalho, a amplitude dessa

leitura foi fundamental. Assim, recomenda-se a mesma amplitude para futuros

trabalhos no que se refere ao mapeamento do perfil de competências.

Outra limitação deste trabalho pode ser apontada, quanto ao método

de trabalho, na identificação e classificação das competências. Como esse processo

efetivou-se de forma “manual” e pautou-se na percepção deste pesquisador, pode-

se questionar uma ou outra identificação e/ou classificação do processo de coleta de

percepções de competência e conversão dessa percepção em atributos de

competência.

O conhecimento e a descrição da função de Coordenador de PPG da

UFSCar poderiam evoluir para uma completa caracterização dessa função, caso

tivesse sido aprofundada a exploração de aspectos da vida organizacional, como

estrutura, autoridade, liderança, dentre outros.

Entende-se também que a análise e a reflexão aqui desenvolvidas

poderiam ser extremamente enriquecidas com a incorporação e exploração de

outros conceitos e pressupostos de gestão, tais como Gestão do Conhecimento,

Gestão de Desempenho, Gestão do Capital Intelectual, Planejamento Estratégico,

Tecnologia da Informação, dentre outros, conceitos diretamente relacionados ao

exercício da atividade de Coordenador de PPG do CCET da UFSCar.

Além das observações citadas acima, alguns pontos visualizados no

início desta reflexão, mas abandonados nos limites deste trabalho, poderiam ser

incluídos em futuras investigações, como por exemplo:

79

• - identificar quais problemas enfrentados pelo Coordenador de

PPG do CCET da UFSCar, no exercício tanto de um primeiro

quanto de um segundo mandato, poderiam ser sanados ao

contarem com: i) um perfil minimamente delineado, e ii) um

suporte minimamente disponibilizado, tanto no aspecto

administrativo quanto no aspecto acadêmico;

• - propor, ao final de uma investigação, caso necessário,

programas ou atividades de ajuda mútua entre os

Coordenadores, através de troca de informações e de

indicadores, integrando Programas de Pós-Graduação, Pró-

Reitoria de Pós-Graduação e Pró-Reitoria de Pesquisa, além de

Centros Acadêmicos e Departamentos.

Conclui-se que a pesquisa contribui para as iniciativas em Gestão de

Pessoas por competências no setor Público, ao fornecer insights sobre a atuação e

o perfil de competências necessárias no contexto dos PPG de uma instituição

federal de ensino superior, em especial do Coordenador de PPG do CCET da

UFSCar.

80

Referências

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83

UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana – PPGEU. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ufscar.br/~ppgeu Acesso em 12/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas – PPGECE. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgece.ufscar.br/ Acesso em 12/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Estatística - PPGEs. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ufscar.br/~des Acesso em 13/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Física - PPGF. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.df.ufscar.br/ppgfis/ Acesso em 13/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Matemática – PPGM. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.dm.ufscar.br/cursos/pos/ Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Química - PPGQ. Regimento Interno. Disponível em : http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgq.ufscar.br/ Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ufscar.br/ppgas/ Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Ciência Política – PPGPol. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgpol.ufscar.br/ Acesso em 15/11/2009.

84

UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade - PPGCTS. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgcts.ufscar.br Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - PPGCSo. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgcso.ufscar.br/ Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE. Regimento Interno. Disponível em: http://ppge.ufscar.br/ Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Educação Especial – PPGEES. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.cech.ufscar.br/ppgees.htm Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Filosofia – PPGFil. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgfil.ufscar.br/ Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som - PPGIS. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgis.ufscar.br Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Linguística – PPGL. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgl.ufscar.br/ Acesso em 15/11/209. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Psicologia - PPGPsi. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgpsi.ufscar.br Acesso em 15/11/2009. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Sociologia - PPGS. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgs.ufscar.br/ Acesso em 15/11/2009.

85

UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais - PPGCM. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgcm.ufscar.br/ Acesso em 11/01/2010. UFSCar. Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação – PPGDBC. Regimento Interno. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.ppgdbc.ufscar.br Acesso em 11/01/2010. UFSCar. Pro-PG - Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Regimento Geral dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar. Disponível em: http://www2.ufscar.br/interface_frames/index.php?link=http://www.propg.ufscar.br Acesso em 11/11/2009. ZARIFIAN, P. Objetivo Competência. Por uma nova lógica . São Paulo: Atlas, 2001.

86

APÊNDICE A

Questionário encaminhado aos Coordenadores de PPG d o CCET da UFSCar

Prezado(a) Coordenador(a) / Ex-Coordenador(a) de Programa de Pós-Graduação da UFSCar, ___________________________________________________________________________

Solicito a gentileza de responder ao breve questionário anexo, como subsídio à monografia de meu curso de

Especialização em Gestão Pública, modalidade presencial, oferecido pela UFSCar a seus servidores, através do seu

Departamento de Engenharia de Produção e patrocinado pela sua Secretaria de Recursos Humanos. Este trabalho, com

orientação do Prof. Dr. Roniberto Morato do Amaral – DCI/UFSCar, e desenvolvido em conjunto com a equipe da

SRH/UFSCar, tem como título “Mapeamento do perfil de competências de coordenadores de programas de pós-graduação

estrito senso do centro de ciências exatas e de tecnologia-CCET da Universidade Federal de São Carlos-UFSCar”.

A UFSCar vem desenvolvendo estudos que atendam a finalidade do Decreto 5707/2006 do Governo Federal,

que estimula a melhoria da eficiência, eficácia e qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão, incluindo a

abordagem ao sistema de gestão por competências. A Gestão por Competências, com foco ora na organização, ora no

indivíduo dentro da organização, implica num conjunto de premissas, conceitos e ferramentas com vistas à eficiência em

meio a ambientes cada vez mais competitivos.

A função de Coordenador de Programa de Pós-Graduação (PPG) estrito senso, em suas esferas acadêmica e

administrativa, apresenta algumas particularidades, como: i) gerenciando dos pontos de confluência (por exemplo,

excelência e produtividade em pesquisa, etc.) e de conflito (cumprimento de prazos, interesses individuais e coletivos)

entre suas duas esferas; ii) leque de atividades e decisões aos níveis estratégico (política acadêmica, credenciamento de

docentes, cooperação técnico-científica) e operacional (recursos financeiros, bolsas, disciplinas); iii) mecanismos

específicos de avaliação dos PPGs (particularmente os estabelecidos pela CAPES); iv) características próprias do ambiente

de pesquisa (determinação individual, trabalho em equipe, colaboração entre grupos, redes de cooperação, nucleação,

ponderação de assimetrias, assimilação de multi e transdisciplinaridade), dentre outras.

Considerando as particularidades apontadas e vossa experiência, solicitamos nos apontar as características,

embasadas em Conhecimentos, Habilidades e Atitudes, necessárias para realizar as atividades inerentes ao Coordenador de

Pós-Graduação estrito senso. Favor indicar pelo menos 04 (quatro) características apreciadas para cada questão.

A metodologia adotada recomenda que, quando uma característica for apontada no grupo das

características positivas, não deve ser repetida no grupo das características negativas, nem no grupo das características

ideais, ou seja, uma característica deve ser apontada somente uma vez, ou como positiva, ou como negativa, ou como

ideal.

Segue, anexo, um mapeamento preliminar das atividades do Coordenador, feito por nós com base na leitura

dos Regimentos Internos dos PPGs estrito senso da UFSCar e em nossa prática como secretário do PPG em Ciência e

Engenharia de Materiais de nossa universidade, no intuito de auxiliar na identificação das características. Obviamente,

aceita-se sugestões quanto ao próprio mapeamento. Nesse caso, favor apontar as alterações.

Para qualquer dúvida, utilize o contato abaixo.

Contando com sua colaboração e pronto atendimento na devolução das respostas, desde já agradeço.

Geraldo Biason Gomes Fones: 3351-8258 e 3351-8254 (ppg-cem), 3307-8548 (res) e 9703-2933 (cel)

e-mail: [email protected] e [email protected]

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FAVOR RESPONDER ÀS SEGUINTES QUESTÕES:

1) Aponte características positivas no exercício da função de Coordenador de Pós-Graduação estrito senso.

1) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Aponte características negativas no exercício da função de Coordenador de Pós-Graduação estrito senso.

1) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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3) Aponte características ideais no exercício da função de Coordenador de Pós-Graduação estrito senso.

1) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________