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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA OS SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA UFSCAR NA PÓS- GRADUAÇÃO STRICTO SENSU São Carlos / SP 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

OS SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA UFSCAR NA PÓS-

GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

São Carlos / SP

2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

Daniele Marcelo Camargo

OS SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA UFSCAR NA PÓS-

GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

Monografia apresentada na Universidade

Federal de São Carlos, como exigência

para a obtenção do certificado de

conclusão do Curso de Especialização em

Gestão Pública

Orientador: Prof. Dr. Bernardo Arantes do N. Teixeira

São Carlos / SP2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

Departamento de Engenharia de Produção

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

Aluno: Daniele Marcelo Camargo

Título: Os Servidores Técnicos-Administrativos da UFSCar na Pós-Graduação Stricto Sensu

A banca examinadora dos Trabalhos de conclusão considerou a candidata:

( ) aprovada

__________________________________________

Prof. Dr. Bernardo Arantes do Nascimento Teixeira

__________________________________________

Prof. Dr. Mauro Rocha Côrtes

__________________________________________

Profa. Dra. Débora Cristina Morato Pinto

DATA: ______/_____/_____

AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus por minha vida e coragem para enfrentar desafios.

À minha família pela compreensão nos momentos de ausência.

Ao Professor Doutor Bernardo Arantes do Nascimento Teixeira, Orientador deste trabalho e

Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFSCar, por sua atenção e apoio.

Ao Professor Doutor Mauro Rocha Cortes, coordenador do curso de Especialização em

Gestão Pública, pela oportunidade e incentivo aos servidores da UFSCar.

Aos amigos e companheiros de trabalho da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e da Secretaria

Geral de Recursos Humanos.

E aos amigos da 1ª Turma de Especialização em Gestão Pública da UFSCar.

"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada.Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."

(Cora Coralina)

Lista de Figuras

Figura 1 Estrutura da Educação no Brasil............................................................................29

Figura 2 Organograma Universidade Federal de São Carlos...............................................44

Figura 3 Organograma Geral da UFSCar.............................................................................45

Figura 4 Relação de cursos recomendados e reconhecidos pela CAPES.............................57

Figura 5 Mestrados/Doutorados da UFSCar reconhecidos pela CAPES.............................62

Lista de Tabelas

Tabela 1 Tabela de percentuais de Incentivo à Qualificação................................................87

Tabela 2 Afastamentos dos servidores da UFSCar para capacitação..................................96

Tabela 3 Afastamentos para capacitação por ano................................................................97

Tabela 4 Situação dos ServidoresTécnicos-Administrativos.............................................103

Tabela 5 Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos.....................................104

Tabela 6 Resumo................................................................................................................110

Tabela 7 Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar.................................110

Tabela 8 Acesso anual dos Técnicos-Administrativos nos Programas .............................111

Tabela 9 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores......................................114

Lista de Quadros

Quadro 1 Programas de Pós-Graduação divididos por Centro.............................................61

Quadro 2 Alunos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar......................106

Quadro 3 Critérios de seleção de mestrado e doutorado nos Programas de Pós-Graduação da

UFSCar....................................................................................................................................117

Quadro 4 Servidores Técnicos-Administrativos interessados em cursar mestrado e doutorado

na UFSCar.............................................................................................................................122

Lista de Gráficos

Gráfico 1 Servidores afastados para capacitação...................................................................97

Gráfico 2 Afastamentos para capacitação por ano.................................................................98

Gráfico 3 Características dos Servidores afastados para capacitação....................................99

Gráfico 4 Cursos de pós-graduação freqüentados pelos Servidores...................................100

Gráfico 5 Universidades escolhidas para cursar pós-graduação.........................................101

Gráfíco 6 Docentes com pós-graduação.............................................................................102

Gráfico 7 Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos.....................................104

Gráfico 8 Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar..................................112

Gráfico 9 Situação dos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar............113

Gráfico 10 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores......................................114

Gráfico 11 Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos Servidores......................115

Lista de Siglas

Sigla NomeBCo Biblioteca ComunitáriaBSCA Biblioteca Setorial do Centro de Ciência AgráriasCANOA Comissão para Assuntos de Natureza Orçamentária e AdministrativaCOVEST Comissão de VestibularesCCA Centro de Ciências AgráriasCCET Centro de Ciência e TecnologiaCECH Centro de Ciências HumanasCCBS Centro de Ciências Biológicas e SaúdeConsUni Conselho UniversitárioCoPG Conselho de Pós-GraduaçãoCEMA Coordenadoria Especial para o Meio AmbienteCCS Coordenadoria de Comunicação SocialCCEF Coordenação do Curso de Educação FísicaCAPES Coordenação de Pessoal de Nível SuperiorCNPQ Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoDAC Departamento de Artes e ComunicaçãoDB Departamento de BotânicaDBV Departamento de Biotecnologia VegetalDCI Departamento de Ciência da InformaçãoDeCom Departamento de ComputaçãoDeCont Departamento de ContabilidadeDeDP Departamento de Desenvolvimento PessoalDEd Departamento de EducaçãoDEs Departamento de EstatísticaDEsp Departamento de EsportesDEnf Departamento de EnfermagemDEQ Departamento de Engenharia QuímicaDEP Departamento de Engenharia de ProduçãoDECIv Departamento de Engenharia CivilDEBE Departamento de Ecologia e Biologia EvolutivaDEFMH Departamento de Educação Física e Motricidade HumanaDeFin Departamento FinanceiroDF Departamento de FísicaDFisio Departamento de FisioterapiaDM Departamento de MatemáticaDMed Departamento de MedicinaDME Departamento de Metodologia de EnsinoDL Departamento de LetrasDePro Departamento de ProjetosDQ Departamento de QuímicaDeSS Departamento de Serviço SocialDRNPA Departamento de Recursos Naturais e Proteção AmbientalDTO Departamento de Terapia OcupacionalDeAMO Departamento deDePsi Departamento de PsicologiaDMP Departamento de Morfologia e PatologiaDeAP Departamento de Administração de Pessoal

DEMa Departamento de Engenharia de MateriaisDiFO Divisão de Fiscalização de Obras DiCA Divisão de Controle AcadêmicoEdufscar Editora da UFSCarEDF Escritório de Desenvolvimento FísicoFGV Fundação Getúlio VargasGR Gabinete da ReitoriaIFES Instituição Federal de Ensino SuperiorMEC Ministério da EducaçãoNAE Núcleo de Apoio a EventosNIT Núcleo de Informação Tecnológica em MateriaisProAd Pró-Reitoria de AdministraçãoProEx Pró-Reitoria de ExtensãoProGrad Pró-Reitoria de GraduaçãoProPG Pró-Reitoria de Pós-GraduaçãoProPq Pró-Reitoria de PesquisaProACE Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e EstudantisPPGAeA Programa de Pós-Graduação em Agricultura e AmbientePPGADR Programa de Pós-Graduação Agroecologia e Desenvolvimento RuralPPGAS Programa de Pós-Graduação Antropologia SocialPIPGCF Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências FisiológicasPPGCiv Programa de Pós-Graduação em Construção CivilPPGCEM Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de MateriaisPPGCM Programa de Pós-Graduação em Ciência dos MateriaisPPGCTS Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e SociedadePPGCSo Programa de Pós-Graduação em Ciência SociaisPPGDBC Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e ConservaçãoPPGEC Programa de Pós-Graduação em EconomiaPPGE Programa de Pós-Graduação em EducaçãoPPGEES Programa de Pós-Graduação em Educação EspecialPPGECE Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências ExatasPPGERN Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos NaturaisPPGENF Programa de Pós-Graduação em EnfermagemPPGEST Programa de Pós-Graduação em EstatísticaPPGFIL Programa de Pós-Graduação em FilosofiaPPGF Programa de Pós-Graduação em FísicaPPGFt Programa de Pós-Graduação em FisioterapiaPPGGEV Programa de Pós-Graduação em Genética e EvoluçãoPPGEP Programa de Pós-Graduação em Engenharia de ProduçãoPPGEQ Programa de Pós-Graduação em Engenharia QuímicaPPGEU Programa de Pós-Graduação em Engenharia UrbanaPPGIS Programa de Pós-Graduação em Imagem e SomPPGM Programa de Pós-Graduação em MatemáticaPPGL Programa de Pós-Graduação em LinguísticaPPGPOL Programa de Pós-Graduação em Ciência PolíticaPPGPsi Programa de Pós-Graduação em PsicologiaPPGQ Programa de Pós-Graduação em QuímicaPPGS Programa de Pós-Graduação em SociologiaPPGTO Programa de Pós-Graduação em Terapia OcupacionalPAA Programa de Ação AfirmativaPU Prefeitura UniversitáriaRU Restaurante Universitário

SE Secretaria ExecutivaSOC Secretaria de Órgãos ColegiadosSRH Secretaria de Recursos HumanosSAC Secretaria de Assuntos ComunitáriosSAR Secretaria de Apoio à ReitoriaSPDI Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento InstitucionalSeEA Seção de Expedição e ArquivoSin Secretaria de InformáticaSESu Secretaria de Educação SuperiorSINTUFSCar Sindicato dos Técnicos da UFSCarT.A Técnico AdministrativoTNS Técnico de Nível SuperiorUAC Unidade de Atendimento à CriançaUEIM Unidade Especial de Informação e MemóriaUSE Unidade Saúde EscolaUNESP Universidade Estadual PaulistaUNAERP Universidade de Ribeirão PretoUSP Universidade de São PauloUNICAMP Universidade de CampinasUNIFESP Universidade de São PauloUERJ Universidade Estadual do Rio de JaneiroUNED Universidad Nacional de Educación a DistanciaUNIARA Centro Universitário de Araraquara

Lista de Leis, Decretos, Portarias, Pareceres

- Constituição Federal de 1988- Lei 8112/90 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União- Lei no 7.596/87 - - Lei n. 9.394/96 Lei de diretrizes e Bases da Educação- Lei nº 10.172/01 Plano Nacional de Educação - Lei nº 10.861/04 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes- Lei n. 11.091/05 -Plano de Carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (PCCTAE)- Lei 11784/08 - Altera PCCTAE- Decreto nº 94.664/87 - Aprova o Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos de que trata a Lei nº 7.596/87.- Decreto 5.707/06 - Política Nacional de Gestão de Pessoas- Decreto 5.773/06 - Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.- Decreto 5824/06 - Diretrizes para incentivo à qualificação- Decreto n. 5.825/06 - Diretrizes para o Plano de Desenvolvimento do PCCTAE- Decreto n. 6.069/07- REUNI- Decreto 94.664/87 - Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos – P.U.C.R.C.E. - Portaria GR 432/90 – Dispõe sobre o afastamento de docentes para realização de atividades de capacitação - Portaria GR 887/08 – Dispõe sobre a Promoção na Carreira Docente- Portaria MEC 475/87- Expede Normas Complementares para a execução do Decreto nº 94.664, de 23 de julho de 1987.- Parecer Conselho Federal de Educação n. 977/65- Portaria Normativa n. 7, de 22 de Junho de 2009- Portaria 208/06/MPOG – Regulamenta a Política Nacional de Gestão de Pessoas.

SumárioApresentação.......................................................................................................................................17

Objetivos.............................................................................................................................................17

1. Justificativa............................................................................................................................18

2. Metodologia............................................................................................................................19

3. Introdução..............................................................................................................................22

4. A Administração Pública......................................................................................................25

4.1 Conceito..............................................................................................................................25

4.2 Características.....................................................................................................................25

4.3 Objetivos.............................................................................................................................26

5. O Sistema de Educação Superior...........................................................................................28

5.1 A Educação Superior...........................................................................................................28

5.1.1 A Universidade no Brasil.......................................................................................30

5.1.2 As Universidades Federais.....................................................................................32

5.2 A Autonomia Universitária.................................................................................................33

6. A Universidade Federal de São Carlos..................................................................................37

6.1 Apresentação.......................................................................................................................37

6.2 Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI..................................................................40

6.3 A Gestão da UFSCar...........................................................................................................43

6.4 Estrutura Organizacional da UFSCar..................................................................................44

6.4.1 A Secretaria Geral de Recursos Humanos..............................................................45

6.4.2 A Pró-Reitoria de Pós-Graduação..........................................................................46

6.4.3 O Conselho de Pós-Graduação...............................................................................47

7. O Sistema de Pós-Graduação.................................................................................................48

7.1 Bases da Pós-Graduação.....................................................................................................48

7.2 A Pós-Graduação no Brasil.................................................................................................49

7.2.1 A Pós-Graduação Stricto Sensu..............................................................................50

7.2.1.1 O Mestrado Acadêmico....................................................................................52

7.2.1.2 O Mestrado Profissional...................................................................................53

7.2.1.3 O Doutorado.....................................................................................................55

7.3 A Capes...............................................................................................................................56

7.4 A Pós-Graduação na UFSCar..............................................................................................58

7.4.1 Pós-Graduação Stricto Sensu..................................................................................58

7.4.2 Os Programas de Pós-Graduação...........................................................................60

7.4.3 Pós-Graduação Lato Sensu.....................................................................................63

8. O Servidor Público Federal....................................................................................................65

8.1 O Servidor da UFSCar..................................................................................................66

8.1.1 Corpo Docente........................................................................................................67

8.1.2 Corpo Técnico-Administrativo...............................................................................68

9. A Capacitação do Servidor Público.......................................................................................70

9.1 Conceito e Objetivos.....................................................................................................70

9.2 Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação.............................................................................................72

9.3 A Capacitação do Servidor Técnico-Administrativo na UFSCar.................................74

9.3.1 Iniciativas da UFSCar para Qualificação de seus Servidores Técnicos-Administrativos......................................................................................................76

9.3.2 Programa de Apoio à Capacitação do Servidor.....................................................77

9.4 Iniciativas de Qualificação do Servidor nas Universidades Federais...........................79

9.5 Progressão Funcional do Servidor do Servidor T.A da UFSCar.................................83

9.5.1 Progressão Funcional por Capacitação...................................................................83

9.5.1.1 Progressão Funcional por Titulação.................................................................84

9.5.1.2 Adicional de Incentivo à Qualificação do Servidor.........................................85

9.5.1.3 Tramitação.......................................................................................................87

9.5.2 Progressão Funcional por Mérito...........................................................................88

9.6 Progressão Funcional do Servidor Docente da UFSCar...............................................88

9.6.1 Progressão Funcional por Titulação.......................................................................90

9.7 A Qualificação do Servidor Técnico-Administrativo e a Promoção do Servidor Docente................................................................................................................................91

10. O Afastamento para Capacitação..........................................................................................92

10.1 Afastamentos dos Servidores da UFSCar.....................................................................93

10.2 Tramitação do Afastamento..........................................................................................94

10.3 Servidores da UFSCar afastados para Capacitação......................................................96

10.3.1 Características dos Servidores afastados................................................................98

10.3.2 Cursos de Pós-Graduação freqüentados pelos Servidores.....................................99

10.3.3 Universidades escolhidas para cursar Pós-Graduação..........................................100

11. Os Servidores da UFSCar e a Pós-Graduação....................................................................102

11.1 Situação dos Servidores Docentes..............................................................................102

11.2 Situação dos Servidores Técnicos-Administrativos....................................................103

11.3 Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos.............................................103

11.4 Alunos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar.............................105

11.5 Situação dos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar....................111

11.6 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores..............................................113

11.7 Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos Servidores..............................114

11.8 Critérios de Seleção dos Programas de Pós-Graduação..............................................116

11.9 Os Servidores Técnicos-Administrativos e a Titulação..............................................120

11.10 O interesse dos Servidores Técnicos-Administrativos nos cursos de Pós-Graduação da UFSCar..............................................................................................................................121

Considerações.........................................................................................................................126

Conclusão................................................................................................................................128

Referências.............................................................................................................................131

Apêndice 1 Lista de Universidades Consultadas....................................................................135

Apêndice 2 Questionário enviado aos PPGs...........................................................................136

Apêndice 3 Lista de Servidores Afastados para Capacitação.................................................137

Apêndice 4 Critérios de Seleção nos PPGs.............................................................................145

Apêndice 5 Conceitos relacionados ao Trabalho....................................................................156

Anexo 1 ATO ProPG n. 07/2009..........................................................................................157

Resumo

Em 2008, o Governo Federal editou a Lei 1.1784 que trata da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação – PCCTAE, que modificou alguns artigos da Lei 11.091/05, apresentando nova estrutura para essa Plano de Carreira, no que se refere a Progressão Funcional do servidor, seja ela por Capacitação Profissional, seja por Mérito. No que se refere a qualificação do servidor por obtenção de títulos em educação formal (graduação ou pós-graduação), a Lei trouxe um percentual maior de incentivo à qualificação acrescido aos vencimentos dos servidores técnicos-administrativos de todos nos níveis (Apoio, Médio, Superior). Com isso, houve uma maior procura pela titulação, ou seja, os servidores buscam cada vez mais a qualificação, principalmente pelos cursos de especialização, mestrado e doutorado. Na UFSCar há grande procura por esses cursos, visto que muitos servidores possuem graduação e interesse na pós-graduação. O trabalho analisa essa demanda e sugere medida de inclusão desses servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar.

Palavras Chave: UFSCar, Servidores Técnicos-Administrativos, Pós-Graduação, Qualificação

Abstract

In 2008, the Federal Government issued the Law 1.1784 handles the restructuring of the Career Plan for Administrative Positions in Technical Education - PCCTAE, which changed some articles of Law 11.091/05, with new structure for the Career Plan, as Functional Progression refers to the server, whether for Professional Training, either by Merit. Regarding the qualifications of the server by obtaining formal qualifications in education (undergraduate or postgraduate), the Act has brought a higher percentage of incentive qualification plus the salaries of technical and administrative staff of all levels (Support, Medium, Superior). Thus, there was a greater demand by titration, ie, the servers are increasingly seeking the qualification, especially for specialized courses, master's and doctoral degrees. In UFSCar there is great demand for these courses, since many servers have an interest in undergraduate and graduate levels. The paper analyzes and suggests that demand as inclusion of these servers in the Graduate Programs UFSCar.

Keywords: UFSCar, Technical and Administrative Staff, Graduate, Qualification

17

1. Apresentação

O trabalho em questão é fruto de um levantamento feito na Universidade Federal de

São Carlos – UFSCar, com base nas informações fornecidas pela Pró-Reitoria de Pós-

Graduação (ProPG), Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e Programas de Pós-

Graduação da UFSCar (PPGs) , bem como pesquisa em sites institucionais e em páginas de

outras universidades federais e telefonemas. Os gráficos e as tabelas presentes no trabalho

foram elaborados com base nas informações coletadas no âmbito da Universidade. O trabalho

se baseia dados referentes à situação atual do servidor da UFSCar no que diz respeito à sua

progressão funcional através da titulação, ou seja, a busca do servidor pela capacitação e

qualificação profissional. Também aborda as ações da Universidade, de acordo com as

diretrizes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), no que diz respeito à valorização

do servidor da UFSCar. O presente trabalho traz ainda, algumas ações de Universidades

Federais preocupadas com a qualificação de seu pessoal. Por fim, sugere a possibilidade de

reserva de vagas para servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar.

O trabalho tem como base o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e na Lei

11.784/08 que reestruturou o Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos

Cargos Técnico-Administrativos das Instituições de Ensino Superior vinculadas ao Ministério

da Educação – P.C.C.T.A.E (Lei n. 11.091, de 12 de janeiro de 2005). No PDI, nas diretrizes

gerais e específicas, encontra-se a preocupação da UFSCar com a valorização de seus

servidores.

2. Objetivos

O objetivo do trabalho foi demonstrar a importância da valorização do servidor através

de seu aperfeiçoamento profissional, trazendo um levantamento da situação atual dos

servidores técnicos-administrativos (T.As) e docentes da Universidade Federal de São Carlos,

que estão aptos e possuem interesse em realizar uma Pós-Graduação e com base nisso sugerir

medidas para inclusão dos servidores nos Programas de Pós-Graduação existentes, visando à

qualificação de pessoal e a progressão funcional pela titulação.

18

Procurou-se demonstrar a situação atual dos servidores da UFSCar afastados para

cursar pós-graduação e dos servidores que não possuem pós-graduação e com potencial

(aptos) para cursar Mestrado e Doutorado, e propor a implantação de reserva de vagas nos

cursos de mestrado e doutorado da UFSCar, com o intuito de buscar a qualificação de pessoal,

buscando a implantação de melhorias na rotina dos servidores e na prestação dos serviços

públicos, contribuindo, assim, para a satisfação desses profissionais. Almeja-se também a

progressão funcional pela titulação, que proporciona ao servidor o Incentivo à qualificação,

ou seja, um percentual acrescido em seus vencimentos.

Após o diagnóstico da situação atual, o trabalho se propõe a discutir a proposta de

criação de reservas de vagas para servidores nos cursos de pós-graduação stricto sensu

(mestrado e doutorado) da UFSCar.

3. Justificativa

A UFSCar, assim como as Universidades Federais estão crescendo de forma muito

rápida, em decorrência direta do Projeto REUNI. Diante do contexto atual das Universidades

Federais, em que as inovações conceituais, metodológicas e tecnológicas exigem um processo

de aprendizagem permanente e deliberado, é necessário que os dirigentes e os servidores

dessas instituições estejam preparados para os novos tempos. Um novo cenário também tem

se delineado, suscitando novas formas de trabalho e novos fluxos de tarefas, influenciando os

valores e cultura institucional .Nesse contexto, destaca-se a importância da capacitação dos

servidores técnicos-administrativos em educação. Os servidores vem buscando a cada dia

melhorar seu desempenho nas Instituições, buscando a qualificação e com isso a progressão

funcional. A educação formal ao longo da vida tem sido uma tendência e uma necessidade

atual. O desejo de continuar a aprender, a adquirir novos conhecimentos, leva o servidor a

buscar novas possibilidades de qualificação a cada momento de sua vida.

Com a edição da Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, que implantou o novo Plano

de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação nas Instituições Federais de

Ensino, e da Lei 11.784/08 que reestruturou esse Plano, a capacitação passou a ser valorizada

no processo de desenvolvimento do servidor em sua carreira funcional. Isto porque além da

progressão por mérito, foi estabelecida a progressão por capacitação e o incentivo remunerado

de qualificação por formação escolar.

19

4. Metodologia

A estratégia de pesquisa adotada foi o estudo de caso. Buscou-se demonstrar um

fenômeno vem ocorrendo na administração pública, especificamente nas Universidades

Federais, analisando o que ocorre atualmente na UFSCar em relação à busca da qualificação

pelo servidor, descrevendo e comparando com outras universidades federais.

O estudo de caso busca estudar um fenômeno contemporâneo no seu contexto real,

principalmente quando as fronteiras entre o fenômeno e seu contexto não estão bem

delimitadas. São situações onde existem muito mais variáveis de interesse do que pontos de

dados, o estudo é baseado em várias fontes de evidências e no desenvolvimento prévio de

proposições teóricas para coleta e análise de dados (YIN, 2003).

No estudo de caso, o pesquisador tem uma grande integração com a situação problema

a ser estudada (FERRAZ, 2009).

“O estudo de caso reúne informações tão numerosas e detalhadas quanto possível com

vistas a apreender a totalidade de uma situação” (BRUYNE, HERMAN;SCHOUTHEETE,

1977, p. 224).

Segundo Yin (2005) os estudos de caso se constituem em uma estratégia preferida

com vantagens de pesquisa quando as perguntas centrais são “como” e/ou ”por que” tendo o

pesquisador um pequeno ou nenhum controle sobre um fenômeno contemporâneo dentro de

um contexto de vida real.

Assim, o estudo em questão pode ser definido como descritivo, pois segundo Wisker

(2001) ele auxilia a entender e saber mais sobre o objeto de estudo em determinado momento,

sendo o objetivo desse tipo de estudo entender a fundo e detalhadamente um fenômeno.

A pesquisa se utilizou do método qualitativo, uma vez que foram utilizadas algumas

fontes de coleta de dados. A pesquisa qualitativa, segundo Bryman (1989) tem como

características a contextualização, os dados de campo obtidos a partir da observação dos

participantes, transcrição de entrevistas e documentos como fontes de dados, a cultura e a

realidade das organizações, proximidade entre o pesquisador e o objeto de estudo.

Segundo Berto e Nakano (1999, s.p.), “as pesquisas de natureza qualitativa buscam

aproximar a teoria e os fatos, através da descrição e interpretação de episódios isolados ou

únicos, privilegiando o conhecimento das relações entre contexto e ação”. Ainda de acordo

20

com os autores, esse tipo de método de pesquisa é menos estruturado e mais flexível quanto à

proposição de hipóteses.

Para Minayo (1994, p. 21), a pesquisa qualitativa preocupa-se com a realidade que não

pode ser quantificada “(...) ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações,

crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos

processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”.

Coleta de Dados e Tipos de Dados

Nesta pesquisa foi realizada a coleta dos dados por meio de fontes primárias e

secundárias. Consideraram-se fontes primárias aquelas que forneceram os dados brutos, ou

seja, os dados fornecidos pela SRH, ProPG e PPGs..

Consideraram-se dados secundários os dados resultantes da pesquisa bibliográfica e

também documental. A pesquisa documental fez-se necessária para levantamento de dados de

identificação da legislação que refere-se à progressão funcional dos TAs, e os afastamentos

para capacitação e qualificação, e a política de recursos humanos da UFSCar.

Segundo Ritchie (2005), existem dois grandes grupos de coleta de dados qualitativos:

os originados de forma natural (como observação e análise de documentos, discurso e de

conversas), e os gerados por intervenções da pesquisa (como método biográfico, entrevistas e

grupos de discussões).

O trabalho se baseou na análise documental, foi necessário fazer um levantamento

sobre a legislação que norteia o assunto, ou seja, referente aos servidores técnicos em

educação superior bem como à pós-graduação. Depois foram coletadas informações na Pró-

Reitoria de Pós-Graduação, Secretaria Geral de Recursos Humanos e Programas de Pós-

Graduação. O assunto também foi pesquisado em sítios de outras instituições, catálogos,

revistas de pós-graduação, artigos e livros. O fenômeno estudado foi observado pela autora

que também participa do contexto da UFSCar.

A pesquisa também fez uso de um questionário com duas questões e que foi enviado

para todos os Programas de Pós-Graduação da UFSCar, contendo questões fechadas como um

dos meios utilizado para a coleta de dados. As perguntas fechadas são aquelas que têm apenas

uma resposta e são usadas para avaliar conhecimentos ou pedir informação.

Os 33 Programas foram consultados através de e-mail, se haviam servidores docentes

e técnicos-administrativos na pós-graduação, e também a forma de seleção dos cursos de

mestrado e doutorado. Com base nas informações coletadas na ProPG, SRH e nas respostas

21

dos Programas de Pós-Graduação, foram feitas tabelas e gráficos detalhando a situação do

servidor na busca pela Pós-Graduação.

A partir dos dados obtidos, desenvolveu-se a análise de conteúdo, análise documental

e a análise quantitativa ou estatística que “consistiu em reduzir os fenômenos observados a

termos quantitativos, manipulando-os estatisticamente, permitindo obter generalizações sobre

a natureza do fenômeno, ocorrência e significado” (LAKATOS ; MARCONI, 1991, p.82).

Em última etapa foram consultadas algumas Universidades Federais, pelos sites e

através de e-mails enviados aos setores de Recursos Humanos, com o objetivo de levantar

informações sobre iniciativas de valorização do servidor técnico-administrativo e sua inclusão

na Pós-Graduação.

22

5. Introdução

A educação é considerada fator de fundamental importância para o desenvolvimento e

crescimento sustentado de uma nação. O conhecimento, hoje, pode ser considerado como um

bem, que vai além dos recursos materiais e é visto como fator de desenvolvimento humano. A

educação leva o conhecimento à sociedade e deve ser considerada como um bem público, que

propicia a inclusão social.

Na sociedade atual, os conhecimentos ocupam papel central e as pessoas precisam

lidar com eles tanto como cidadãos quanto como profissionais. A ciência passa a ser não só

um bem cultural, mas a base do desenvolvimento econômico. No mundo do trabalho, a

produtividade está diretamente associada à produção de novos conhecimentos científicos e

técnicos, à introdução de inovações, à aplicação de conhecimentos. Os espaços de trabalho

passam gradualmente a ser espaços de formação e, assim, é cada vez mais imperiosa a

aproximação deles por parte das instituições educacionais.

No Brasil a educação superior tem um papel crucial no desenvolvimento e aplicação

de tecnologia de diversas áreas de conhecimento, além da educação formal da população

proporcionar melhorias sociais e econômicas no país. Assim, a importância da educação

superior e de suas instituições é cada vez maior para o Brasil continuar seu desenvolvimento e

com um forte sistema de educação superior.

A ampliação do acesso à educação superior, e consequentemente ao conhecimento, é

tratada como essencial para o desenvolvimento do país e melhoria da qualidade de vida da

população (SOUZA JÚNIOR; PAULA, 2004).

Hoje mais do que nunca tende ser cada vez mais a base do desenvolvimento científico

e tecnológico, e isto é o que está criando o dinamismo das sociedades atuais (Plano Nacional

de Pós-Graduação 2005-2010).

Nos últimos anos, como resultado conjugado de fatores demográficos, aumento das

exigências do mercado de trabalho, além das políticas de melhoria do ensino médio, prevê-se

uma explosão na demanda por educação superior. (BRASIL, 2001). Houve, portanto, um

considerável aumento na procura por educação superior no Brasil.

23

Entretanto, nas últimas décadas, as universidades federais enfrentaram muitas

dificuldades devido à falta de recursos financeiros, materiais e humanos, o que acabou por

comprometer suas atividades.

Reconhecendo o papel estratégico das universidades para o desenvolvimento

econômico e social do país, o governo atual adotou uma série de medidas com o objetivo de

retomar o crescimento do ensino superior público, que ficou estagnado por alguns anos. O

Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) foi implantado

para melhorar as condições das IFES existentes, e criar novas instituições, com o objetivo de

expandir o ensino superior por todo país.

O Governo Federal fez investimentos aumentando os recursos para custeio das

instituições federais, recomposição de quadros de professores e implantação de quadro de

carreira para servidores técnico-administrativos. A expansão e interiorização da universidade

pública tem como meta a ampliação da oferta de vagas e consolidação da implementação das

políticas afirmativas, promovendo o acesso de minorias no ensino superior, na expectativa de

alavancar a produção do conhecimento e a qualidade de vida em diversas regiões do país.

O REUNI propõe o acréscimo do número de vagas oferecido pelas universidades

federais em 20% além do aumento da relação número de alunos/professor, mantendo a

qualidade do ensino das universidades federais (GRUPO ASSESSOR REUNI, 2007).

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Federal de São

Carlos (UFSCar) também ressalta a necessidade de vagas nas Universidades tendo em vista o

aumento na quantidade de concluintes do ensino médio. Segundo o PDI, o grande desafio das

Instituições de Ensino Superior públicas é atender essa demanda com qualidade (UFSCar,

2004). Nesse contexto, e de acordo com o PDI, pode-se dizer que a UFSCar, desde sua

criação até hoje, considera que a garantia da qualidade do ensino é diretamente proporcional à

qualificação de seu pessoal docente e técnico-administrativo. E é neste documento que

encontramos as diretrizes que denotam a preocupação com a capacitação e qualificação dos

docentes e técnicos-administrativos (TAs) da Universidade.

No entanto, a valorização dos servidores técnico-administrativos vem se apresentando

como um grande desafio nesses últimos anos, devido às novas exigências apresentadas ao

setor público, tornando-se imprescindíveis competências de diversas naturezas vinculadas aos

diferentes campos de atuação.

24

O treinamento e a qualificação de pessoal próprio, sem dúvida, propiciam elevação do

nível de informação e intercâmbio profissional nas diversas áreas; contribui para a maior

diversidade de aptidões; e é um forte incentivo para a promoção e o desenvolvimento dos

servidores técnico-administrativos e servidores docentes, trazendo também a satisfação

pessoal.

Baseado nisso, o Governo Federal implantou em 2005 o Plano de Desenvolvimento

dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, com o

objetivo de valorização da carreira desses servidores. Em 2008, foi editada a Lei 1.1784 que

reestruturou o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação –

PCCTAE, modificando, assim, alguns artigos da Lei 11.091/05, apresentando nova estrutura

para essa Plano de Carreira, no que se refere à Progressão Funcional do servidor, seja ela por

Capacitação Profissional, seja por Mérito.

No que se refere à qualificação do servidor por obtenção de títulos em educação

formal (graduação ou pós-graduação), a nova Lei trouxe um percentual maior de incentivo à

qualificação acrescido aos vencimentos dos servidores TAs de todos nos níveis (Apoio,

Médio, Superior). Com isso, houve uma maior procura pela titulação, ou seja, os servidores

buscam cada vez mais a qualificação, principalmente pelos cursos de especialização, mestrado

e doutorado. Por isso, é importante que o assunto mereça atenção especial por parte das dos

dirigentes das universidades federais.

Assim, ao investir em recursos humanos, as IFES podem contribuir para colocar o País

à altura das exigências e desafios do momento atual, encontrando um caminho para

administrar a nova fase de expansão das Universidades Federais, elevando o nível da

qualificação de pessoal e consequentemente os serviços prestados.

25

6. A Administração Pública

6.1 Conceito

A expressão “serviço público designa todo tipo de atividade de interesse geral que a

Administração assume. Assumir é mais do que realizar: é responsabilizar-se, é titularizar, é

colocar sob sua esfera de ação” (CRETELLA JUNIOR, 1973, p.35).

Administração pública é uma expressão genérica que indica todo o conjunto de atividades envolvidas no estabelecimento e na implementação de políticas públicas. É percebida pela maioria dos acadêmicos, se não pela maior parte de seus praticantes, como parte da política que se concentra na burocracia e em suas relações com os ramos executivo, legislativo e judiciário do governo. Preocupa-se com questões tão amplas como equidade, representação, justiça, eficiência do governo e controle da discricionariedade administrativa (GRAHAM JÚNIOR, 1994, p.19).

Segundo Magalhães (1949, p.48) “Administração pública é a aparelhagem de que o

Estado dispõe para a prestação dos serviços públicos”.

Para Waldo (1971) “Administração pública é a coordenação de recursos dos negócios

do Estado, para atingir aos objetivos públicos”.

Já para Wilson (1962), a administração pública, no sentido amplo, é todo o sistema de

governo, todo o conjunto de idéias, atitudes, normas, processos, instituições e outras formas

de conduta humana, que determinam como se distribui e se exerce a autoridade política e

como se atendem aos interesses públicos.

26

6.1.2 Características

As principais características da Administração Pública são a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, racionalidade e especialmente a eficiência.

Segundo Deming (1990, p.147) “os serviços públicos devem ser julgados tanto por sua

imparcialidade quanto por sua eficiência”. Nesse sentido, para Waldo (1996), a eficiência é o

princípio e objetivo principal da administração, independentemente do que é administrado ser

público ou privado.

Princípio da eficiência significa que, toda ação administrativa tem que ser de bom

atendimento, rapidez, urbanidade, segurança, transparente, neutro e sem burocracia, sempre

visando a qualidade. A Administração Pública deve atender o cidadão na exata medida de sua

necessidade, com agilidade, mediante adequada organização interna e ótimo aproveitamento

dos recursos disponíveis, evitando desperdícios e garantindo uma maior rentabilidade social.

O princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta e indireta e a

seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de

forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca

da qualidade, rimando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor

utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se

maior rentabilidade social. O contribuinte, que paga a conta da Administração Pública, tem o

direito de que essa administração seja eficiente, ou seja, tem o direito de exigir um retorno

(segurança, serviços públicos, etc.) equivalente ao que pagou, sob a forma de tributos.

Teixeira e Santana (1994, p.7) caracterizam a administração pública considerando a

sociedade:

A administração pública tem como característica específica uma relação de responsabilidade direta com o processo histórico global que se dá no desenvolvimento da sociedade: daí a necessidade de continuamente redefinir a sua missão em face dos novos imperativos, sob pena de comprometer a sua capacidade sinérgica (...) Introduzir mudança na administração pública, propor novas diretrizes e mecanismos de gestão, representa sempre ir de encontro a interesses estabelecidos, ultrapassados pelas novas exigências da sociedade e adequar-se a novos anseios e procedimentos, interferindo na cultura organizacional do aparelho administrativo do Estado.

27

6.1.3 Objetivos

O objetivo da Administração Pública é beneficiar os interesses da coletividade como

um todo, que é o objetivo principal de toda atividade administrativa Visa satisfazer às

necessidades coletivas num regime de igualdade dos usuários, ou seja, é a utilização dos

melhores meios sem se desvincular de seus princípios básicos da legalidade, eficiência e

transparência.

De acordo com Halachmi e Bovaird (1997), assim como a administração privada, a

pública tem o objetivo de melhorar a eficiência administrativa, tanto que técnicas de aumento

de produtividade são utilizadas também por essa esfera.

Nesse sentido, a Administração Pública deve atender o cidadão na exata medida da

necessidade deste com agilidade, mediante adequada organização interna e ótimo

aproveitamento dos recursos disponíveis.

Pode-se dizer que as administrações pública e privada gerenciam diferentes conflitos

de interesse, a administração pública gerencia as demandas dos seus usuários, que são

eleitores e contribuintes, já a privada serve a clientes.

28

7 O Sistema de Educação Superior

7.1 A Educação Superior

A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior públicas ou

privadas, com variados graus de abrangência ou especialização (Art. 45 da Lei n. 9.394/96)

Diz o artigo 44 da Lei n. 9.394, que a educação superior abrangerá os seguintes cursos

e programas:

I – cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos

a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino;

II – de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou

equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;

III – de pós-graduação, compreendendo programas de doutorado, cursos de

especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de

graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino.

IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em

cada caso pelas instituições de ensino.

29

As universidades públicas têm importante papel a desempenhar no sistema, seja na

pesquisa básica e na pós-graduação stricto sensu, seja como padrão de referência no ensino de

graduação.

No mundo contemporâneo, as rápidas transformações destinam às universidades o

desafio de reunir em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, os requisitos de

relevância, incluindo a superação das desigualdades sociais e regionais, qualidade e

cooperação internacional. As universidades constituem, a partir da reflexão e da pesquisa, o

principal instrumento de transmissão da experiência cultural e científica acumulada pela

humanidade. Nessas instituições apropria-se o patrimônio do saber humano que deve ser

aplicado ao conhecimento e desenvolvimento do País e da sociedade brasileira. A

universidade é, simultaneamente, depositária e criadora de conhecimentos (PNPG 2005-

2010).

O Brasil tem hoje um sistema de ensino superior público que está a cargo dos

governos federal, estadual e municipal, além do sistema privado que compreende instituições

privadas, confessionais, comunitárias e filantrópicas. A complexidade institucional do sistema

de ensino superior remete a uma grande diversidade que contempla universidades, centros

universitários e instituições de caráter não universitárias, como institutos superiores de

educação, os centros de educação tecnológica (CEFET e CEs), além de faculdades integradas

e isoladas.

O ensino superior é regido fundamentalmente pela Lei de diretrizes e Bases da

Educação (LDB) (Lei n. 9.394/1996) que traz as normas gerais da educação nacional e pelo

decreto n. 2.0306/1997. Também no Plano Nacional da Educação, estabelecido pela Lei nº

10.172/01; na Lei nº 10.861/04, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior – Sinaes e no Decreto nº 5.773/06.

No que se refere à organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, as instituições

de educação superior são criadas ou credenciadas como faculdades, centros universitários ou

universidades.

Pode-se dizer que oferta de educação básica de qualidade está nas mãos dessas

instituições, na medida em que a elas compete primordialmente a formação de profissionais

do magistério; a formação dos quadros profissionais, científicos e culturais de nível superior,

a produção de pesquisa e inovação, a busca de solução para os problemas atuais são funções

30

que destacam a universidade no objetivo de projetar a sociedade brasileira num futuro melhor

(PNPG 2005-2010).

Figura 1 : Estrutura da Educação no Brasil Fonte: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=27419 >

A educação superior no Brasil se compõe de um sistema complexo e diversificado de

instituições públicas e privadas com diferentes tipos de cursos e programas, incluindo vários

níveis de ensino, desde a graduação até a pós-graduação lato e stricto sensu.

A base da atual estrutura e funcionamento da educação brasileira teve a sua definição

com a aprovação da Lei n° 5.540/68, da Reforma Universitária A normatização desse amplo

sistema encontra-se formalizada na Constituição, bem como na LDBN/96, acrescida de um

conjunto amplo de Decretos, Regulamentos e Portarias complementares.

7.1.1 A Universidade no Brasil

A Universidade tem um papel eminentemente social, como formadora de profissionais

e cidadãos, que devem primar pela construção de um país melhor. Além da formação de

pessoas, a Universidade representa o local de produção de conhecimento, tecnologia e

discussões que atendam ou encaminhem as demandas da sociedade.

O portal da SESU (Secretaria de Educação Superior) na internet define as Instituições

Federais de Ensino (IFES) como o conjunto de instituições que atendem e apóiam e apóiam a

31

educação superior e são mantidas pelo governo federal. A União mantém as instituições

federais públicas”(BRASIL, 2000).

Para Wanderley (1983) a Universidade é uma instituição social, que através de ensino,

pesquisa e extensão orienta e instrui profissionais, técnicos e intelectuais de nível superior

necessários à sociedade.

Duarte Filho (2007) admite que as instituições federais de ensino superior (IFES)

compõem um “sistema com papel estruturante na integração e desenvolvimento do país, por

meio, principalmente, da formação de profissionais altamente qualificados e da produção de

conhecimento científico socialmente relevante e com altíssima qualidade acadêmica”.

Para Santana (2007) a educação superior brasileira tem o papel de “prover

especialização de alto nível, gerar pesquisa e estimular o pensamento crítico e contribuir para

o desenvolvimento social e econômico.

E para Ribeiro (2000, p. 74), a universidade deveria:

objetivar a formação de cidadãos conscientes de seu papel social e de profissionais com conhecimento sólido e capacidade empreendedora para que possam, além de satisfazer as necessidades de mão de obra, vir a criar novas empresas e novos postos de trabalho. Deveria, sobretudo, buscar formas de responder aos anseios da sociedade como um todo, isto é dos contribuintes, inclusive aqueles menos favorecidos que, mesmo excluídos da responsabilidade formal de contribuição, acabam por arcar com impostos da classe empresarial embutidos em todos os bens e serviços que adquirem.

As Universidades vem sofrendo algumas mudanças, passando a ter foco em resultados

e eficiência de gestão. Rodrigues (2001) coloca que as mudanças nas demandas de mercado e

na estrutura competitiva devido às mudanças sociais, tecnológicas, políticas e econômicas,

desafiam a educação superior a reavaliar as suas estratégias e a forma como era conduzida.

Com relação às universidades brasileiras, o Plano Nacional de Educação – Lei n.

10.172 de 9 de janeiro de 2001, traz que “para promover a renovação do ensino universitário

brasileiro, é preciso, também, reformular o rígido sistema atual de controles burocráticos”

(BRASIL, 2001).

Para Catani et al. (2004, p. 252):

Observaram-se paradoxos e mudanças importantes no processo de redefinição das Instituições de Ensino Superior, especialmente nas universidades públicas, a parte da busca de novos parâmetros de eficiência na gestão (...) Verifica-se, pouco a pouco, a partir dos anos 90, discussões, formulações políticas e teóricas, bem como medidas e ações concretas de “planejamento estratégico”, buscando significativo processo de

32

“remodelação organizacional” , sob óticas diversas (...) Começam a ocorrer mudanças organizacionais com a finalidade de produzir modificações nos perfis e nos projetos de desenvolvimento das universidades, no sentido de torná-las mais ágeis, eficientes e produtivas

De acordo com o artigo 3º da Lei no 7.596/87, as universidades e demais instituições

federais de ensino superior, estruturadas sob a forma de autarquia ou de fundação pública,

terão um Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos para o pessoal

docente e para os servidores técnicos e administrativos, aprovado, em regulamento, pelo

Poder Executivo, assegurada a observância do princípio da isonomia salarial e a uniformidade

de critérios tanto para ingresso mediante concurso público de provas, ou de provas e títulos,

quanto para a promoção e ascensão funcional, com valorização do desempenho e da titulação

do servidor.

As instituições criadas e mantidas pelo Poder Público possuem personalidade jurídica.

Por isso, estabelecem o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) bem como seus

regimentos ou estatutos, preservando assim, a autonomia didático-pedagógica.

Conforme o artigo 12 do Decreto 5.773/06, as instituições de educação superior, de

acordo com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, serão credenciadas como

faculdades, centros universitários e universidades.

O início do funcionamento de instituição de educação superior está condicionado à

edição prévia de ato de credenciamento pelo Ministério da Educação. As universidades, bem

como os centros universitários possuem a prerrogativa de criar e implantar cursos sem prévia

autorização do Poder Público, uma vez que possuem autonomia acadêmica. Isso não acontece

em relação às faculdades e equiparadas. Entretanto nenhuma instituição de ensino superior,

seja universidade ou não, pode conferir grau sem que o Poder Público reconheça o curso

ministrado.

7.1.2 As Universidades Federais

Nas décadas de 50 a 70 foram criadas as universidades federais em todo o Brasil, ao

menos uma em cada estado. A descentralização do ensino superior foi a vertente seguida na

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor a partir de 1961.

33

As Universidades são instituições pluridisciplinares, que se caracterizam pela

indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e de extensão e por terem,

obrigatoriamente, em seu quadro docente,1/3 de professores com titulação de mestrado e

doutorado e 1/3 de professores em regime de trabalho integral (art. 52, da Lei 9394/96).

As IES públicas federais são subordinadas à União, podendo se organizar como

autarquias (em regime especial) ou fundações públicas.

As universidades federais são, atualmente, consideradas multifuncionais, desenvolvem

atividades de ensino e extensão, além de, principalmente, estarem concentrando parte

substancial da capacidade de pesquisa instalada no país.

As universidades federais são públicas e ocupam posição fundamental no cenário

acadêmico nacional, detendo papel estratégico no processo de desenvolvimento científico e

tecnológico do país.

Essas instituições gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão

financeira e patrimonial, devendo obedecer ao princípio de indissociabilidade entre ensino,

pesquisa e extensão. Assim, é conferida às universidades autonomia para criar, organizar e

extinguir cursos e programas de educação superior; fixar os currículos de seus cursos e

programas; aumentar ou diminuir o número de vagas, de acordo com a capacidade de

atendimento e as exigências do seu meio.

De acordo com o Decreto 5.773/06, que trata do exercício das funções de regulação,

supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e

seqüenciais, o sistema federal de ensino superior compreende as instituições federais de

educação superior, as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa

privada e os órgãos federais de educação superior.

As competências para as funções de regulação, supervisão e avaliação são exercidas

pelo Ministério da Educação, pelo Conselho Nacional de Educação - CNE, pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- INEP, e pela Comissão

Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES (Art.3o).

7.2 Autonomia Universitária

A Carta Magna preceitua o dever do Estado com a educação, que se efetiva mediante a

garantia do acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística.

34

Nesse contexto, a autonomia universitária é necessária para o bom desempenho das

Universidades e está prevista na Constituição Federal, na esfera administrativa, didático-

científica, de gestão patrimonial e financeira.

Possuem autonomia universitária as instituições de ensino superior que possuem alta

qualificação para o ensino ou para a pesquisa. Cabe à União assegurar, anualmente, em seu

Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de

educação superior por ela mantidas. (art. 55 da Lei n. 9.394/96).

Segundo o artigo 53 da Lei n. 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, no exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de

outras, as seguintes atribuições:

I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior

previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo

sistema de ensino;

II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais

pertinentes;

III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção artística e

atividades de extensão;

IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigências

do seu meio;

V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as normas

gerais atinentes;

VI - conferir graus, diplomas e outros títulos;

VII - firmar contratos, acordos e convênios;

VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a

obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar rendimentos conforme

dispositivos institucionais;

35

IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituição,

nas leis e nos respectivos estatutos;

X - receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira resultante

de convênios com entidades públicas e privadas.

Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-científica das universidades, caberá

aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários

disponíveis, sobre:

I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos;

II - ampliação e diminuição de vagas;

III - elaboração da programação dos cursos;

IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão;

V - contratação e dispensa de professores;

VI - planos de carreira docente.

Diz o artigo 54 da citada Lei que:

As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da lei, de estatuto

jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento

pelo Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurídico do seu

pessoal.

§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo artigo

anterior, as universidades públicas poderão:

I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um

plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis;

II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais

concernentes;

36

III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a

obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo

Poder mantenedor;

IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;

V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de

organização e funcionamento;

VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do Poder

competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos;

VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem

orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho.

A Constituição Federal estabeleceu um mínimo de 18% da receita anual, resultante de

impostos da União, para a manutenção e o desenvolvimento do ensino; assegurou, também, a

gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais em todos os níveis e criou o

Regime Jurídico Único, estabelecendo pagamento igual para as mesmas funções e

aposentadoria integral para funcionários federais. Em seu artigo 207, reafirmou a

indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão em nível universitário, bem

como a autonomia das universidades.

A autonomia consagrada no art. 207 da Constituição Federal é condição indispensável

para que as universidades possam exercer plenamente seu papel estratégico e contribuindo

para o desenvolvimento da nação.

A UFSCar, assim como as demais Instituições Federais de Ensino Superior, goza de

autonomia didático-pedagógica e empenhando-se para garantir a autonomia financeira,

patrimonial e de gestão devidamente acompanhadas de mecanismos de avaliação e

aprimoramento.

37

8. A Universidade Federal de São Carlos

8.1 Apresentação

A Universidade Federal de São Carlos – UFSCar é uma Instituição Federal de Ensino

Superior, vinculada ao Ministério da Educação pelo Decreto n. 4.566, de 1º de janeiro de

2003. Tem como um dos princípios fundamentais para o desenvolvimento de todas as suas

atividades fim, o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Fundada em 1968, é a única instituição federal de ensino superior localizada no

interior do Estado de São Paulo, destaca-se pelo alto nível de qualificação de seu corpo

docente: 99% são doutores ou mestres. Em sua maioria, os professores desenvolvem

atividades de ensino, pesquisa e extensão em regime de dedicação exclusiva. (UFSCar,

<http//www.ufscar.br>).

Em março de 1970, ela recebia seus primeiros alunos para os cursos de Licenciatura

em Ciências, hoje já extinto, e Engenharia de Materiais, pioneiro na América Latina. Entre a

assinatura do decreto presidencial que a criou, em 1º de dezembro de 1968, e o início das

aulas, uma comissão formada na Prefeitura Municipal de São Carlos coordenou os trabalhos

para implantação do Campus. Avaliadas as possibilidades, a Fazenda Trancham, situada às

38

margens da rodovia Washington Luís, foi apontada como a propriedade adequada para

receber a UFSCar. Assim, as instalações da antiga fazenda foram adaptadas para receber a

administração, salas de aula e laboratórios.

Também nos anos 70 foram criados os três primeiros centros acadêmicos da

instituição. Para abrigar um dos primeiros cursos instalados na Universidade foi criado o

Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET). A partir de 1972 se consolidam as

condições para a criação do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). O primeiro

curso de Licenciatura em Ciências foi extinto e criado o de graduação em Ciências

Biológicas. O primeiro curso na área de saúde, o de graduação em Enfermagem, é implantado

em 1977.

Com a criação do curso de Pedagogia, é criado em 1972 o Centro de Educação e

Ciências Humanas (CECH). Até o final dos anos 80 o corpo docente da área de Humanas

estava vinculado majoritariamente ao Departamento de Fundamentos Científicos e Filosóficos

da Educação. Com o processo de redepartamentalização realizado na Universidade surgiram

os departamentos de Ciências Sociais, Educação, Filosofia, Metodologia de Ensino e

Psicologia.

Em 1976 foram criados os dois primeiros programas de pós-graduação stricto sensu da

Instituição, com os cursos de mestrado em Educação e em Ecologia e Recursos Naturais.

Atualmente são 56 cursos de pós-graduação, divididos em 33 Programas, sendo 32 cursos de

mestrado, 2 cursos de mestrado profissional e 22 cursos de doutorado.

Na década de 90 surgem mais novos cursos: o de Ciências Sociais, em 1991;

Psicologia e Biblioteconomia e Ciência da Informação em 1994; Letras e Imagem e Som, em

1996; e Licenciatura em Música com habilitação em Educação Musical, em 2004. Em 1993,

no campus de Araras já eram oferecidas vagas para o curso de Engenharia Agronômica, e,

assim também foi criado o Centro de Ciências Agrárias (CCA).

Hoje os 35 departamentos acadêmicos da Universidade estão divididos em quatro

centros e também a unidade de Sorocaba: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS),

Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), Centro de Educação e Ciências Humanas

(CECH) e Centro de Ciências Agrárias (CCA).

De acordo com a Secretaria Geral de Recursos Humanos da UFSCar (SRH), a

UFSCar conta atualmente com 962 professores e 868 funcionários técnico-administrativos,

numa área construída maior que 150.000 metros quadrados e grande infra-estrutura, passando

por ela cerca de 10.000 pessoas por dia. As atividades da UFSCar envolvem também cerca de

39

57 cursos de graduação presenciais, e 5 cursos de graduação à distância além de em 56 cursos

de pós-graduação stricto sensu, e os cursos de pós-graduação lato sensu. A Universidade

cresceu e conta hoje com três campi: o principal fica em São Carlos, município localizado a

235 km da capital do Estado, e tem 645 hectares de extensão, sendo 105 mil m2 de área

construída. O segundo campus da Universidade, distante 94 km de São Carlos (e 170 km da

capital), em Araras-SP, foi criado em janeiro de 1991, quando a UFSCar incorporou as

unidades paulistas do extinto Programa Nacional de Melhoramento da Cana de Açucar

(Planalsucar), órgão ligado ao Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA). O campus de Araras

também possui unidades nos municípios de Anhembi e Valparaíso. Em 1993 começaram ser

oferecidas vagas para o curso de Engenharia Agronômica. Também foi criado o Centro de

Ciências Agrárias (CCA). Lá são oferecidos 6 cursos de graduação e 2 mestrados. O campus

possui 230 hectares, sendo 25 mil m2 em áreas construídas. (UFSCar, 2009).

Os campi de São Carlos e Araras possuem toda a infra-estrutura necessária para o

funcionamento adequado das atividades da Universidade. São mais de 250 laboratórios,

Biblioteca Comunitária e Biblioteca setorial, 4 ambulatórios, 2 teatros, 3 anfiteatros, 3

auditórios, ginásio de esportes, um parque esportivo com 8 quadras e 2 piscinas, 2

restaurantes universitários, 5 lanchonetes, 85 salas de aula e 376 vagas em moradia estudantil.

Em 2006 foi construído o terceiro campus, em Sorocaba-SP, localizado próxima ao

km 100 da rodovia João Leme dos Santos (SP-264), sendo oferecidos 14 cursos de graduação

em 3 cursos de pós-graduação. No início de 2007 o campus de Sorocaba entrou em

funcionamento, para atender a demanda da população daquela importante região, com quatro

cursos de graduação: Ciências Biológicas com ênfase em Biologia da Conservação

(Licenciatura e Bacharelado), Turismo, com ênfase em turismo ecológico e histórico-cultural

e Engenharia de Produção. O primeiro edifício no novo campus foi concluído em junho de

2006 e as obras completas da primeira fase - em um total de 7 mil m². Tem cerca de 700 mil

metros quadrados, com edifícios de Gestão Acadêmica, Administrativa, 11 salas de aula e 8

laboratórios didáticos e de informática, além de Restaurante Universitário e Biblioteca. As

construções, assim como todas as atividades acadêmicas da unidade, são regidas pelo

princípio do desenvolvimento sustentável. (UFSCar, 2009).

O Programa de Atividades Ecológicas (PAE), foi criado em 1990, com o objetivo de

gerir recursos naturais. Foi desenvolvido três anos após, o Programa Integrado de Manejo

40

Florestal (PIMFLOR). No mesmo ano, para atender às demandas de questões ambientais, foi

criada a Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente (CEMA) (UFSCar, 2009).

Ao longo de sua história outras unidades foram instaladas para que tanto as atividades

acadêmicas como as administrativas tivessem o suporte necessário para seu funcionamento

pleno. Dessa forma, atualmente a Universidade é composta pelas seguintes unidades:

Biblioteca Comunitária (BCo), Restaurante Universitário (RU), Departamento de

Atendimento Médico e Odontológico (DeAMO), Prefeitura Universitária (PU), Secretaria

Geral de Recursos Humanos (SRH), Secretaria Geral de Informática (SIn), Coordenadoria de

Comunicação Social (CSS), Secretaria Geral de Assuntos Comunitários (SAC), Secretaria de

Planejamento e Desenvolvimento Institucionais (SPDI), Escritório de Desenvolvimento

Físico (EDF) e Procuradoria Jurídica (PJ), Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente

(CEMA), Editora (EdufsCar) e Secretaria de Assuntos Internacionais(SRInter).

A UFSCar possui também com as Pró-Reitorias de Graduação (ProGrad), Pós-

Graduação (ProPG), Extensão (ProEx), Administração (ProAd) e de Assuntos Comunitários

e Estudantis (ProACE). Em 2004, com a aprovação das diretrizes relacionadas à estrutura

organizacional da UFSCar constantes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), foi

criada a Pró-Reitoria de Pesquisa, um desmembramento da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-

Graduação (UFSCar, 2009).

Com toda essa estrutura, prestes a completar 40 anos de existência, a Universidade

Federal de São Carlos se propõe a formar profissionais cidadãos, competentes tecnicamente,

que busquem e possam atuar de forma responsável, ética, justa e interativa com uma

sociedade em constante mudança.

8.2 Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI

A Universidade Federal de São Carlos – UFSCar – vem se consolidando como

instituição capaz de implementar processos democráticos de decisão e de buscar instrumentos

sistemáticos para lidar, de forma qualificada, com suas decisões diárias e com a análise,

proposição, acompanhamento e avaliação de suas ações1.

Nesse contexto foi elaborado o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, que

possui diretrizes para planejamento e gestão, tendo como principais eixos, a gestão da

1 Texto retirado da página < http://www.ufscar.br/pdi2002/01_objetivo.htm>

41

Universidade de forma planejada, participativa e sustentável. No PDI é explicitado à

sociedade seus propósitos , objetivos e metas quanto às suas atividades.

A elaboração compartilhada do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar,

envolvendo toda a comunidade universitária na reflexão sobre entraves, perspectivas e

diretrizes para o desenvolvimento da instituição, teve como objetivo apontar o futuro que a

instituição almeja. No PDI se encontram as diretrizes para desenvolvimento acadêmico,

organizacional, físico e ambiental da UFSCar.

Missão da UFSCar: Produzir e tornar acessível o conhecimento

Transparece nos planos da UFSCar, desde o seu início, o entendimento de que a

produção de conhecimento é a base de sustentação de todas as atividades da Universidade. No

entanto, esta produção se realiza de modo articulado tanto com as atividades de ensino como

com as de extensão, garantindo a qualidade diferenciada do fazer acadêmico, o que se

constitui em um dos grandes desafios do dia a dia da UFSCar. (UFSCar, 2010,

www.ufscar.br)

Como afirmado no PDI (2005) apresentado segundo o formato SPIEnS/MEC para o

período de 5 anos, é comum confundir-se a missão da universidade pública com as suas

atividades-fim: o ensino, a pesquisa e a extensão. São estas três atividades que, de forma

indissociada, dão concretude à missão da universidade de produzir e tornar acessível o

conhecimento. Nesta conceituação sintética o tornar acessível envolve tanto a formação dos

alunos como a interação com os diferentes segmentos da sociedade para o compartilhamento e

(re)construção do conhecimento. (UFSCar, 2010, www.ufscar.br)

No PDI (2004) esta missão foi desdobrada em princípios que expressam a sua razão de

ser e seus valores. A comunidade da UFSCar elegeu no PDI dez princípios que expõem suas

bases consensualmente compartilhadas, os compromissos fundamentais e determinantes dos

seus planos de ação. De acordo com o PDI os princípios da UFSCar (UFSCar, 2004, p.20-21)

são:

I- Excelência acadêmica.

II- Universidade compromissada com a sociedade.

42

III- Gratuidade do ensino público de graduação e pós-graduação stricto sensu.

IV- Indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão.

V- Livre acesso ao conhecimento.

VI- Universidade promotora de valores democráticos e da cidadania.

VII- Gestão democrática, participativa e transparente.

VIII- Universidade ambientalmente responsável e sustentável.

IX- Valorização da dedicação integral ao ensino, pesquisa e extensão.

X- Integração da universidade no sistema nacional de ensino.

É nas diretrizes específicas da UFSCar que se destaca a intenção da Universidade em

relação à valorização dos servidores, as quais interessam diretamente este trabalho:

- “Implantar política de capacitação contínua didático-pedagógica para os docentes que atuam

na Universidade, permitindo-lhes o domínio de novas concepções do processo de ensino e de

aprendizagem e de estratégias para o seu desenvolvimento”.

- “Incentivar a qualificação do corpo docente”.

- “Aprimorar e ampliar o processo de avaliação do desempenho docente, tendo como

referência o perfil do profissional que a universidade quer formar”.

- “Definir o perfil do servidor técnico-administrativo que a UFSCar deseja e necessita”.

- “Orientar os processos de seleção e ingresso, capacitação e de avaliação do desempenho dos

servidores técnico-administrativos tendo como referência o perfil definido e as novas

demandas da universidade contemporânea”.

- “Implantar uma política de capacitação continuada interna e integrada para os servidores

técnico-administrativos”.

- “Capacitar os servidores docentes e técnico-administrativos para uso de tecnologias de

informação e comunicação”.

- “Desenvolver processos de capacitação para gestão institucional e de projetos”.

- “Aperfeiçoar políticas que promovam a qualidade de vida do servidor”.

43

A visão contemporânea da indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e

extensão consubstanciada nas diretrizes do PDI compromete a Universidade não só com a

produção de conhecimentos, mas com criação e recriação de conhecimentos que

potencializem as transformações sociais. Uma universidade, em suma, onde os conceitos de

qualidade, de excelência acadêmica, não se esgotem na produção científica de seus

pesquisadores (entendida aqui na sua forma restrita – artigos científicos), mas dependam

também da gênese e do destino desse conhecimento (PDI, 2005).

As diretrizes relacionadas à produção e disseminação do conhecimento estão

fundamentadas na idéia compartilhada pela comunidade universitária de que a produção de

conhecimento é a base de todas as atividades de sustentação da Universidade e, estando

articulada ao ensino e à extensão, garante a qualidade diferenciada do fazer acadêmico.

Assim, o ensino, a pesquisa e a extensão não são entendidos como objetivos ou funções da

Universidade, mas como atividades indissociáveis por meio das quais a Universidade dá

concretude a seus objetivos de produzir o conhecimento e torná-lo acessível. Além disso, a

disseminação do conhecimento produzido, e também do saber acumulado na UFSCar, é não

só um princípio de atuação, mas também expressão do compromisso desta Universidade com

a sociedade e com o desenvolvimento do país. (PDI, 2005).

8.3 A Gestão da UFSCar

De acordo com o artigo 56 da Lei n. 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, as instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da

gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que

participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional.

A administração superior da UFSCar é exercida pelo Conselho Universitário (ConsUni),

órgão deliberativo máximo da Instituição, pelos órgãos deliberativos específicos e pela

Reitoria, a partir de sua função executiva. Ao ConsUni competem as decisões para execução

da política geral da Universidade, em conformidade com os seus Estatuto e Regimento Geral.

Dentre suas atribuições destaca-se a formulação, aprovação, acompanhamento e avaliação da

44

Política Institucional de formação, produção e disseminação do conhecimento, pessoal,

recursos financeiros, infra-estrutura e gestão da UFSCar.

Os órgãos específicos estão organizados a partir dos conselhos de Graduação (CoG),

Pós-Graduação (CoPG), Pesquisa (CoPq), Extensão (CoEx) e Administração (CoAd).

Há também os Conselho de Centro (CoC), órgão deliberativo de cada Centro. A eles

cabe formular, acompanhar e avaliar os planos de ações para ensino, pesquisa, extensão e

administração no âmbito dos Centros, a partir da Política Institucional. Também é sua

competência deliberar sobre atribuições específicas. Os departamentos, cursos de graduação e

programas de pós-graduação também têm seus respectivos conselhos.

Esta estrutura, fruto das diretrizes para uma nova estrutura organizacional da

Universidade definidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), entrou em vigor em

1º de setembro de 2008, com a implantação definitiva do novo estatuto da UFSCar, aprovado

pelo ConsUni em março de 2006 e pela Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério

da Educação (MEC) por meio da Portaria nº 984, de 29/11/2007, com alteração dada pela

Portaria 465, de 26/06/2008.

Assim, a gestão da Universidade Federal de São Carlos se dá através dessa estrutura

de Órgãos Colegiados, que deliberam sobre políticas e normas institucionais e de outros

setores administrativos, que promovem o funcionamento da Instituição, conforme a Figura 2:

45

Figura 2: Organograma da Universidade Federal de São Carlos. Fonte: Site da UFSCar - URL: <http://www2.ufscar.br/administracao/organograma.php>

8.4 Estrutura Organizacional da UFSCar

Para a compreensão do tema abordado, se faz necessário conhecer o funcionamento da

Pós-Graduação da UFSCar, bem como o papel da Secretaria Geral de Recursos Humanos

(SRH) e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG), que são os setores envolvidos com o

processo de capacitação e qualificação do servidores. É necessário uma visão da estrutura

organizacional geral da UFSCar e, em detalhe, dos organogramas das Pró-Reitorias de

Graduação, Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, bem como da Secretaria Geral de Recursos

Humanos, por serem as unidades que se relacionam estritamente durante a execução do

processo de aperfeiçoamento do servidor.

PROGRAD PROPQ PROEX PROACE

REITORIA

PROGRAD PROPQ PROEX PROACE PROADPROPG

46

Figura 3: Organograma Geral da UFSCARFonte: Elaborado pela autora

8.4.1 A Secretaria Geral de Recursos Humanos

A Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) foi criada em 1991, como resultado

da experiência de um trabalho, iniciado com a implantação do primeiro Plano de Cargos e

Salários e de Benefícios e Vantagens - PCS/85 que atribuía à área a responsabilidade de sua

administração. A implantação da SRH veio acompanhada de uma nova estrutura

administrativa para a UFSCar, aprovada pelo Conselho Universitário através do Parecer

146/91, a partir de princípios de racionalização, eficiência, organização e lógica

administrativa. 2

A nova estrutura provocou uma expansão da questão relativa aos recursos humanos,

deixando de existir uma preocupação meramente cartorial ou administrativa, priorizando o

desenvolvimento e valorização dos Recursos Humanos da Instituição.

A SRH faz parte da administração superior da Universidade, possui papel fundamental

na seleção e desenvolvimento de servidores. Pertencem a SRH, o Departamento de

Administração de Pessoal e o Departamento de Desenvolvimento de Pessoal.

A SRH é responsável pela aplicação das diretrizes contidas no Plano de

Desenvolvimento Institucional da UFSCar (PDI) no que diz respeito à valorização do servidor

da UFSCar. Também é setor responsável gerenciamento dos programas vinculados ao Plano

de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em

Educação.

2 Texto retirado da página < http://www2.srh.ufscar.br/historico>

SOROCABACCACECH

SPDI

CCBSCCET

P.U EDF

FAIEDUFSCarRrUSECCSCEMA PJ

Chefia de Gabinete

SINSRH

47

As ações de planejamento, coordenação, execução e avaliação do Plano de

Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em

Educação – P.C.C.T.A.E e do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e

Empregos – P.U.C.R.C.E, que rege a carreira docente, são de responsabilidade da SRH em

conjunto com a Reitoria e das chefias de unidades acadêmicas e administrativas. É a SRH

quem gerencia os programas vinculados ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da

Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação.

8.4.2 A Pró-Reitoria de Pós-Graduação

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) é o setor administrativo da Reitoria da

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ligado à Reitoria, que tem como atribuições:

planejar, coordenar e fiscalizar as atividades acadêmicas no âmbito da pós-graduação (stricto

sensu), para o cumprimento das normas regimentais, em consonância com a Conselho de Pós-

Graduação (CoPG), órgão deliberativo, normativo e consultivo vinculado ao Conselho

Universitário (CONSUNI).

Compete fundamentalmente à ProPG coordenar e apoiar as atividades da pós-

graduação. Administra a concessão de bolsas CAPES aos alunos. Além disso, supervisiona e

analisa os afastamentos funcionais para as atividades de capacitação e participação em

eventos científicos/educacionais, em consonância com o Conselho de Pós-Graduação (CoPG).

Também gerencia o Programa de Apoio à Capacitação do servidor, analisando pedidos de

ressarcimento a servidores afastados para frequentar cursos de pós-graduação.

A ProPG tem ainda por finalidades assessorar, fornecer consultoria, analisar e emitir

pareceres e diplomas de mestrado e doutorado, analisa a criação de novos programas de pós-

graduação, gerencia verbas vindas de agências de fomento à pós-graduação, gerenciamento de

bolsas de estudo, inclusive bolsas para o exterior.

A ProPG analisa os afastamentos dos servidores e docentes, de acordo com a Portaria

GR 432/90 e encaminha para aprovação do Conselho de Pós-Graduação (CoPG). Também

analisa as promoções de docentes em sua carreira, encaminhando depois para o mesmo

Conselho, a acordo com a Portaria GR 887/08.

48

A partir de abril de 2004, com a aprovação das diretrizes relacionadas à estrutura

organizacional da UFSCar constantes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),

foram tomadas medidas para as adequações estatutárias e regimentais necessárias visando à

instalação da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq), vinda do desmembramento da atual Pró-

Reitoria de Pós-Graduação.

8.4.2.1 O Conselho de Pós-Graduação

O Conselho de Pós-Graduação (CoPG) é o órgão ao qual compete a proposição das

diretrizes gerais para a integração entre os diversos Programas na UFSCar. (art. 2º, Portaria

GR 862/08). Assim como os demais órgãos deliberativos da UFSCar, foi implantado a partir

da entrada em vigor do novo estatuto da Instituição. Sua criação é fruto das diretrizes para

uma nova estrutura organizacional da Universidade definidas no Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI). Suas principais atribuições serão a formulação, acompanhamento e

avaliação da Política Institucional de Pós-Graduação, a partir das definições do Conselho

Superior.

O Conselho de Pós-Graduação também delibera questões relativas aos servidores, tais

como a aprovação dos afastamentos dos servidores, qualificação de TAs e promoção de

docentes. Homologa documentos de todas as defesas de teses e dissertações; aprova processos

de afastamento para capacitação e para promoções de servidores docentes e TAs.

9. O Sistema de Pós-Graduação

9.1 Bases da Pós-Graduação

De acordo com o Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2005-2010), que

incorpora o princípio de que o sistema educacional é fator estratégico no processo de

desenvolvimento socioeconômico e cultural da sociedade brasileira, representa uma referência

institucional indispensável à formação de recursos humanos altamente qualificados e ao

fortalecimento do potencial científico-tecnológico nacional. Cabe à pós-graduação a tarefa de

49

produzir os profissionais aptos a atuarem nos diferentes setores da sociedade e capazes de

contribuir, a partir da formação recebida, para o processo de modernização do País (...) pode-

se afirmar que a pós-graduação se constitui numa das realizações mais bem sucedidas no

conjunto do sistema de ensino existente no País.

A organização da educação nacional, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

(LDB, art. 21 e 44), está dividida em dois níveis: a educação básica e a educação superior. O

primeiro nível compreende três etapas: a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino

médio. O segundo nível compreende os cursos de graduação, pós-graduação e de extensão.

Por isso, uma pós-graduação conseqüente com o princípio constitucional da igualdade de

oportunidades supõe o fluxo de uma educação equânime, qualificada e democrática.

Dentro do complexo universitário, a pós-graduação constitui um sistema de ensino que

abrange as modalidades de mestrado e doutorado (pós-graduação stricto sensu) e as de

aperfeiçoamento e especialização (pós-graduação lato sensu), de acordo com as normas do

Conselho Federal de Educação e a legislação em vigor.

Os cursos das duas primeiras modalidades formam profissionais graduados,

conferindo-lhes o título de mestre e /ou doutor ao término de um processo de ensino e

pesquisa, regido por normas específicas. Os cursos de outras modalidades preparam também

profissionais graduados, através de processos acadêmicos de conteúdo e prazo restritos.

(PNPG 2005-2010)

A estrutura do Sistema Nacional de Pós-Graduação foi orientada pelo Parecer

Conselho Federal de Educação n. 977/65 com as seguintes características para os cursos

stricto sensu:

é de natureza acadêmica e de pesquisas e mesmo atuando em setores profissionais tem objetivo essencialmente científico enquanto a especialização via de regra tem sentido prático-profissional, confere grau acadêmico enquanto a especialização concede certificado.

O Parecer ressalta ainda, que o mestrado não constitui condição indispensável à

inscrição no curso de doutorado.

A pós-graduação stricto sensu engloba três tipos de cursos; de doutorado, de mestrado

acadêmico e mestrado profissional. Um programa de pós-graduação pode surgir de qualquer

combinação dessas três modalidades ou de cada uma delas oferecidas de forma isolada.

Através do e de mestrado e doutorado, a Universidade garante a formação profissional de

50

professores universitários e de cientistas, preparando-os para desenvolver o conhecimento e

formar novas gerações desses profissionais para toda a sociedade

Sobre a diferença entre pós-graduação stricto sensu e lato sensu, diz o Parecer CFE n.977/65:

Mas, a distinção importante está em que especialização e aperfeiçoamento qualificam a natureza e destinação específica de um curso, enquanto a pós-graduação, em sentido restrito, define o sistema de cursos que se superpõe à graduação com objetivos mais amplos e aprofundados de formação científica e cultural. Cursos pós-graduados de especialização ou aperfeiçoamento podem ser eventuais, ao passo que a pós-graduação em sentido próprio é parte integrante do complexo universitário, necessária à realização de fins essenciais da universidade.

Ainda segundo o Parecer CFE n.977/65:

Em resumo, a pós-graduação sensu estricto (sic) apresenta as seguintes características fundamentais: é de natureza acadêmica e de pesquisa e mesmo atuando em setores profissionais tem objetivo essencialmente científico, enquanto a especialização, via de regra, tem sentido eminentemente prático profissional; confere grau acadêmico e a especialização concede certificado; finalmente a pós-graduação possui uma sistemática formando estrato essencial e superior na hierarquia dos cursos que constituem o complexo universitário.

9.2 A Pós-Graduação no Brasil

O sistema de pós-graduação começou a ser implantado na década de 50 no Brasil.

No Brasil, desde o parecer Newton Sucupira, aprovado pelo então Conselho Federal de

Educação em 1965, os cursos de pós-graduação dividem-se em dois níveis, o lato sensu e o

stricto sensu:

• lato sensu: considerados como cursos de especialização, são mais direcionados à

atuação profissional e atualização dos bacharéis. Têm carga horária mínima de 360

horas e se encontram nesta categoria os cursos de especialização, os cursos de

aperfeiçoamento, bem como os cursos designados como MBA (do inglês Master in

Business Administration, ou mestre em administração de empresas), diferentemente

dos EUA eles não são equiparáveis aos mestrados.

• stricto sensu: são cursos voltados à formação científica e acadêmica e também ligados

à pesquisa. Existem nos níveis do mestrado e doutorado. O curso de mestrado tem a

duração recomendada de dois a dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve

51

uma dissertação e cursa as disciplinas relativas à sua pesquisa. Os doutorados têm a

duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da

pesquisa e para a elaboração da tese.

As especializações não se submetem à avaliação sistemática da CAPES, mas a uma

apreciação menos aprofundada, por parte do MEC. Indicadores seguros da regularidade do

curso são a prova do credenciamento institucional e a declaração que o curso atende os

requisitos enumerados pela Resolução CNE/CES nº 001/07.

9.2.1 A Pós-Graduação Stricto Sensu

A pós-graduação no Brasil, apesar de existir há menos de 50 anos, tem contribuído para

garantir uma presença atuante do País no contexto mundial.

A pós-graduação constitui-se em atividades de estudo, pesquisa e inovação,

consideradas componentes fundamentais para garantir uma presença atuante e autônoma de

um país no contexto mundial. O desenvolvimento científico e tecnológico representa um fator

determinante na geração de renda e na promoção de bem-estar social (CAPES, 2009).

Embora as tentativas de implantação da pós-graduação, no Brasil, remontem à década

de 30, a implantação formal só ocorreu em 1965 (CAPES, 2009). De acordo com informações

disponibilizadas no sítio da Capes em dezembro de 2009, eram oferecidos no País 2.547

cursos de mestrado acadêmico e profissionalizante) e 1.312 de doutorado, sendo a engenharia

responsável por 11% do total dos cursos.

A consolidação da pós-graduação brasileira pode ser representada pela produção

científica nacional que, em 2007, era de 2% do total da ciência mundial3. Para Dantas (2004),

a concepção de pós-graduação está, definitivamente, integrada à idéia de pesquisa, desde o

seu surgimento, sendo responsável pela maior parte da produção científica brasileira e pelo

seu crescimento qualitativo e quantitativo nos últimos anos.

Apesar do desenvolvimento da pós-graduação no Brasil, alguns dados merecem

reflexão:

3 Produção científica brasileira é a 15. no mundo. <www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/artigo=010175 070711>.

52

- O número de pesquisadores nas universidades brasileiras é, aproximadamente, o mesmo que

na Coréia do Sul, porém a população brasileira é o triplo da população sul coreana

(APPOLONI, 2003); e

- Somente 15% dos doutores no Brasil atuam no setor industrial, enquanto nos Estados

Unidos esse percentual é de 85% (SILVEIRA; ARAÚJO, 2005).

Jacob (2005), ao realizar uma análise sobre a pós-graduação e o desenvolvimento

tecnológico no Brasil, comenta que a maioria dos programas de pós-graduação não oferece

uma opção na área de tecnologia, entendida como capacitação para utilizar resultados de

pesquisa básica e criar produtos ou processos novos (inovações).

Apesar de algumas dificuldades, a pós-graduação brasileira ainda é uma das melhores

em todo o Hemisfério Sul e tem contribuído de forma decisiva para o desenvolvimento do

País.

A expansão e qualidade do sistema de pós-graduação se devem ao financiamento

público pelas várias agências de fomento nacionais (CAPES4, CNPq5, FAPESP6) e de um

processo contínuo de avaliação dos programas de pós-graduação criado em 1970. Como eram

poucos os programas que ofereciam doutorado, os mestrados existentes adotaram um alto

padrão de exigência e, sem dúvida, essa experiência pode imprimir na pós-graduação do

Brasil, a marca da qualidade acadêmica. Embora no início fosse orientada por um modelo

flexível, ao longo do seu desenvolvimento, a pós-graduação foi perdendo essa característica

no interior das instituições. O sistema de avaliação, interpretando de forma rígida, contribuiu

para consolidar um modelo marcadamente seqüencial: mestrado/doutorado (CAPES, 2004).

A pós-graduação está estruturada nos cursos de mestrado e doutorado acadêmico e

mestrado profissionalizante. Nesses cursos, são realizadas pesquisa básica e pesquisa aplicada

4 A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação. Foi criada pelo Decreto n. 29.741 de 11/07/1951, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender as necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”. As atividades tradicionais da Capes são: avaliação da pós-graduação stricto sensu; acesso e divulgação da produção científica; investimentos na formação de recursos de alto nível no País e exterior; e promoção da cooperação científica internacional.5 O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é uma agência do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), criado pela Lei n. 1.310, de 15/01/1951. Tem por objetivo o objetivo o fomento da pesquisa científica e tecnológica e a formação de recursos humanos para a pesquisa no País. Sua história está diretamente ligada ao desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.6 A Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo foi criada em 1960 pela Lei Orgânica 5.918, de 18 de outubro de 1960, sendo atualmente a maior das agências estaduais de pesquisa. Apóia a pesquisa científica e tecnológica por meio de bolsas e auxílios que contemplam todas as áreas do conhecimento. As bolsas são para os alunos de pós-graduação e os auxílios para os pesquisadores com titulação mínima de doutor, vinculados a instituições de ensino e de pesquisas paulistas.

53

que são atividades criadoras, destinadas unicamente à obtenção que resultem em inovações

em produtos e realizadas na academia. Outra pesquisa é a tecnológica, que é muitas vezes

“por encomenda”, de conhecimentos destinados a obter inovações, que em geral resultam em

produtos (embora não necessariamente), e realizada nos países industrializados nas próprias

empresas ou em instituições especializadas. (JACOB, 2005).

9.2.1.1 O Mestrado Acadêmico

O mestrado acadêmico é uma preparação para a pesquisa e deve ser encarado como

uma etapa em direção ao doutorado. O mestrado acadêmico, tradicional, busca expor o

mestrando à literatura científica da área, treinando-o em atividades de pesquisa, buscando

qualificá-lo para o magistério superior, sendo geralmente seguido pelo doutorado. Das

dissertações do mestrado não é esperado que se produzam conhecimento, mas que sejam um

exercício estruturado de aprendizagem de início, meio e fim.

O mestrado acadêmico tem por objetivo iniciar o aluno na pesquisa. A área de

conhecimento é bem focada e constitui-se em um subconjunto da área profissional (aquela

estudada em todo um curso de graduação). Além de disciplinas mais avançadas, que incluem

uma parcela significativa de pesquisa bibliográfica individual e de trabalho de interpretação, é

desenvolvido um trabalho de iniciação à pesquisa científica. Espera-se que ao final do curso o

aluno tenha adquirido capacidade de desenvolver trabalho autônomo. Este trabalho

caracteriza-se pela busca de referências, métodos e tecnologias atuais e sua aplicação de

forma criativa. Espera-se também, a demonstração de capacidade de redação de textos

científicos. Esta capacidade é evidenciada, principalmente, pelo texto da dissertação de

mestrado. É desejável a publicação ou submissão de artigo(s) em reconhecidas revistas

especializadas e anais de congressos, durante e após o curso, o que evidenciará a importância

da pesquisa realizada e seu reconhecimento pelos especialistas no Brasil e no mundo.

Ao todo são 2.592 cursos de mestrado reconhecidos pela CAPES em todo o Brasil.

9.2.1.2 O Mestrado Profissional

54

"Mestrado Profissional" é a designação do Mestrado que enfatiza estudos e técnicas

diretamente voltadas ao desempenho de um alto nível de qualificação profissional, com

finalidade de ser um curso para alguém que está atuando profissionalmente.

O Mestrado Profissional (MP) é um fenômeno relativamente recente na pós-graduação

brasileira, já que os primeiros cursos datam de meados dos anos 90. É reconhecido como uma

alternativa de formação stricto sensu para o ensino e pesquisa, sendo uma tentativa de orientar

o ensino para a aplicação, ou seja, aplicar os conhecimentos na prática. O MP nasce

regulamentado desde 1995, mas foi criado em 1998 pela CAPES, do MEC (Ministério da

Educação).

De acordo com o sítio da CAPES, o mestrado profissional responde a uma necessidade

socialmente definida de capacitação profissional de natureza diferente da propiciada pelo

mestrado acadêmico e não se contrapõe, sob nenhum ponto de vista, à oferta e expansão desta

modalidade de curso, nem se constitui em uma alternativa para a formação de mestres

segundo padrões de exigência mais simples ou mais rigorosos do que aqueles

tradicionalmente adotados pela pós-graduação. Confere, pois, idênticos grau e prerrogativas,

inclusive para o exercício da docência, e, como todo programa de pós-graduação stricto

sensu, tem a validade nacional do diploma condicionada ao reconhecimento prévio do curso

(Parecer CNE/CES 0079/2002).

O MP pode variar quanto aos públicos a quem se destina, quanto à estrutura, ao local e

tempo de duração, exigências de dedicação do estudante e natureza do ensino, orientando-se

pelos princípios de flexibilidade, organicidade, inovação e aplicabilidade. Seu objetivo é um

direcionamento claro para encontrar um caminho da resposta a uma pergunta específica

proposta pela área profissional ou identificada pela universidade, assim entendido:

o mestrado profissional configura a viabilidade de a Universidade atuar de forma pró-ativa, usando os seus recursos para identificar áreas, problemas e impasses que se beneficiariam, e muito, do contato com que é investigado na sua rotina (GAZZOLA, 2003).

O Mestrado Acadêmico e o Profissionalizante têm, pois, o mesmo nível de formação e

padrão de qualidade equivalentes, embora cumpram propostas diferenciadas de habilitação

profissional.

55

O objetivo e a forma de condução deste curso é orientada para o estudo e solução de

problemas reais do ambiente organizacional. A dissertação de mestrado acadêmica é

substituída por um trabalho de conclusão no qual deve ser demonstrada a competência do

mestrando na resolução de problemas reais com métodos e técnicas atuais com aplicação de

conhecimento científico ao ambiente profissional para o qual se volta o MP. Destina-se a

profissionais que atuam em empresas ou instituições públicas e que manterão suas atividades

durante o curso. A principal diferença entre o mestrado acadêmico (MA) e o mestrado

profissional (MP) é o produto, ou seja, o resultado almejado. No MA o objetivo é quase

sempre formar um pesquisador a longo prazo. No MP, o objetivo é formar pessoas que saibam

utilizar a pesquisa de modo a agregar valor a suas atividades, sejam de interesse pessoal ou

social, no mundo profissional, ou seja, externo à academia. Assim, o MP constitui

basicamente uma oportunidade de maior aproximação entre os trabalhos conduzidos pelas

universidades e as demandas existentes no campo social e profissional.

O trabalho de conclusão de curso do MP preferencialmente constitui-se de casos de

aplicação de conhecimento científico ao ambiente profissional para o qual se volta o MP.

Segundo Claudio de Moura Castro, em seu artigo “A hora do mestrado profissional”, o

que na realidade está freando o mestrado profissional é a sua estrutura atrelada à pós-

graduação acadêmica que lhes tira a vida própria. Esta estrutura condena tais mestrados a uma

vida acadêmica inapropriada para sua índole profissional. Ainda segundo o autor, é preciso

buscar nestes cursos o equilíbrio que valorize o perfil do profissional que se quer produzir

para se ajustar aos novos tempos, às novas exigências.

Vale ressaltar que, apesar de existir uma certa resistência com relação ao Mestrado

Profissional, há pesquisadores que dizem que esse mestrado merece ser visto como um

acréscimo de qualidade ao sistema de pós-graduação stricto sensu vigente no País e não como

uma modalidade competitiva aos cursos existentes hoje.

A Portaria Normativa nº7, que dispõe sobre a oferta de mestrado profissional, assinada

pelo Ministro da Educação Fernando Haddad, dia 22 de junho, teve como objetivo

regulamentar o mestrado profissional, modalidade esta que estava sem regulamentação no

país. Com isso, o mestrado profissional, assim como o acadêmico, é avaliado pela CAPES,

que é órgão responsável pelo reconhecimento e avaliação de cursos de pós-graduação stricto

sensu.

56

Esta Portaria atende as expectativas do público-alvo, profissionais de instituições

públicas e privadas, pois dá igualdade nos direitos concedidos a quem se qualifica através do

mestrado profissional e do acadêmico.

No que se refere ao trabalho de conclusão do curso, a tradicional dissertação

acadêmica poderá ser substituída por outras formas de avaliação, entre elas, elaboração de

artigos; registro de patentes; desenvolvimento de protótipos; relatórios de pesquisa; e

produção artística. Outra novidade estabelecida para o mestrado profissional é o corpo

docente, pois podem lecionar nessa formação não apenas doutores mas também profissionais

não titulados com comprovada experiência na área do curso.

Atualmente, existem 277 mestrados profissionais no país reconhecidos pela CAPES , a

maioria deles em instituições públicas.

9.2.1.3 O Doutorado

Doutoramento ou doutorado é um grau académico concedido por uma instituição de

ensino superior universitário, que pode ser uma universidade, um centro universitário, uma

faculdade isolada.

O doutorado obtém-se com a defesa de uma tese, que deve ser um trabalho original (o

que não se exige no caso do mestrado). Considera-se uma continuação do mestrado

acadêmico, embora seja permitido, aos melhores candidatos, o ingresso direto no doutorado.

O título de Doutor é atribuído ao indivíduo que tenha recebido o último e mais alto grau

acadêmico, o qual é conferido por uma universidade ou outro estabelecimento de ensino

superior autorizado, após a conclusão de um curso de Doutorado, com o propósito de

certificar a capacidade do candidato para desenvolver investigação num determinado campo

da ciência (no seu conceito mais abrangente).

Neste grau académico espera-se que o aluno adquira capacidade de trabalho

independente e criativo. Esta capacidade deve ser demonstrada pela criação de novo

conhecimento e será validada por publicações em bons veículos científicos ou pela obtenção

de patentes. É essencial para a seleção ao doutorado a demonstração de qualidades e

57

experiência em pesquisa. Um bom currículo acadêmico na graduação é condição

indispensável.

A tese de doutorado é considerada o tipo mais representativo e consistente de trabalho

científico monográfico. Trata-se da abordagem de um único tema, que exige pesquisa própria

da área científica em que se situa, com os instrumentos metodológicos específicos.

Essa pesquisa pode ser teórica, de campo, documental, experimental, histórica ou filosófica,

mas sempre versando sobre um tema único, específico, delimitado e restrito.

Além disso, exige-se da tese de doutorado contribuição suficientemente original a respeito do

tema pesquisado. Ela deve representar um progresso para a área científica em que se situa.

Quaisquer que sejam as técnicas de pesquisa aplicadas, a tese visa demonstrar argumentando

e trazer uma contribuição nova relativa ao tema abordado.

As agências de fomento, que nos anos 1980 e 1990 incentivaram a ida de brasileiros

ao exterior para se doutorarem, concluíram na última década que o Brasil já conta com cursos

de doutorado de qualidade suficiente para que seja possível cursá-los no País e não mais no

exterior7.

Hoje, cerca de metade dos programas que oferecem cursos de mestrado também

oferecem de doutorado, de modo que este é mais restrito e mais exigente que aquele. Ao todo

são 1.515 cursos de doutorado reconhecidos pela CAPES no país.

9.3 A CAPES

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior é a principal

agência brasileira de fomento de bolsas de estudos à pós-graduação, financiando mais da

metade das bolsas no país. Seu objetivo fundamental é formar recursos humanos para

docência de nível superior, a pesquisa e o atendimento da demanda do setor público e privado.

Também é responsável pela avaliação criteriosa de cursos novos de mestrado, mestrado

profissional e doutorado e pelo acompanhamento dos cursos já existentes. A instituição

analisa o desempenho da pós-graduação de todo Brasil, dando garantia de qualidade. A figura

4 mostra a relação de cursos de mestrado e doutorado do Brasil recomendados e reconhecidos

pela CAPES, divididos por área.7 Revista Brasileira de Pós-Graduação, v.2, n.4, p.31 , jul. 2005

58

Relação de Cursos Recomendados e Reconhecidos Conceito: TODOS

GRANDE ÁREA

Programas e Cursos de pós-graduação Totais de Cursos de pós-graduação

Total M D F M/D Total M D F

CIÊNCIAS AGRÁRIAS 320 116 2 16 186 506 302 188 16

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 237 56 2 11 168 405 224 170 11

CIÊNCIAS DA SAÚDE 479 130 15 46 288 767 418 303 46

CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA 278 99 8 11 160 438 259 168 11

CIÊNCIAS HUMANAS 406 184 4 7 211 617 395 215 7

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 374 190 1 53 130 504 320 131 53

ENGENHARIAS 327 130 3 49 145 472 275 148 49

LINGÜÍSTICA, LETRAS E ARTES 163 78 0 0 85 248 163 85 0

MULTIDISCIPLINAR 335 144 15 84 92 427 236 107 84

Brasil: 2.919 1.127 50 277 1.465 4.384 2.592 1.515 277

Data Atualização: 02/07/2010 Cursos: M - Mestrado Acadêmico, D - Doutorado, F - Mestrado Profissional

Programas: M/D - Mestrado Acadêmico / Doutorado, M/F - Mestrado Acadêmico / Mestrado Profissional, D/F - Doutorado / Mestrado Profissional, M/D/F - Mestrado Acadêmico / Doutorado / Mestrado Profissional

Figura 4 : Relação de cursos recomendados e reconhecidos pela CAPESFonte: Portal Capes <http://conteudoweb.capes.gov.br/conteudoweb/ProjetoRelacaoCursosServlet?acao=pesquisarConceitoGrandeArea&conceito=34567>, acesso em: 12/07/2010

9.4 A Pós-Graduação na UFSCar

A Pós-Graduação na UFSCar é constituída por cursos stricto sensu (mestrado e

doutorado), ofertados pelos Programas de Pós-Graduação e pelos cursos lato sensu

(especialização), oferecidos pelos departamentos.

9.4.1 Pós-Graduação Stricto Sensu

59

A pós-graduação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), iniciada em 1976,

foi definida por princípios estabelecidos já no momento em que a Universidade iniciou suas

primeiras atividades, em 1970. Isto porque, desde a sua criação, a UFSCar teve como política

institucional priorizar a contratação de servidores técnicos – administrativos em regime de

trabalho em tempo integral, e dedicação exclusiva no caso de docentes (SGUISSARDI, 1993

– p. 138).

No sétimo ano de funcionamento da UFSCar foram iniciadas suas atividades de pós-

graduação stricto sensu, com cursos de mestrado e doutorado em Ecologia e Recursos

Naturais e o curso de mestrado em Educação (áreas de concentração em Planejamento de

Ensino e Pesquisa Educacional).. Essa implantação aconteceu porque nessas áreas a UFSCar

já contava com um bom número de docentes com doutorado e, também, pelo reconhecimento,

pela direção da Universidade, da vocação e missão da Instituição com as atividades de ensino,

pesquisa e extensão.8

No Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, a UFSCar foi pioneira no país,

implantando o primeiro mestrado na área, em 1977, e o doutorado em 2002. Nas décadas

seguintes, o número de professores e a qualificação do corpo docente cresceram de maneira

muito significativa, e, consequentemente o número de programas de pós-graduação foi

bastante ampliado. Em 1988 foi implantado o Programa de Filosofia e Metodologia das

Ciências e, em 1994, o de Ciências Sociais.

Em março de 2006, o CEPE aprovou a inserção da modalidade mestrado profissional

no Regimento Geral dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar, resultado da iniciativa do

Programa de Pós-Graduação em Química. Atualmente existem 2 mestrados profissionais em

implantados: Mestrado Profissional em Química e Ensino de Ciências Exatas.

Estão em funcionamento, atualmente, 56 cursos de pós-graduação stricto sensu,

divididos em 33 Programas, sendo 32 cursos de mestrado, 2 cursos de mestrado profissional

(PPGECE e PPGQ) e 22 cursos de doutorado. Eles estão distribuídos em três áreas do

conhecimento, sendo que dois dos programas são interdisciplinares: Biotecnologia e Ciência,

Tecnologia e Sociedade.

O Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural

(PPGADR) foi o primeiro programa interinstitucional da UFSCar, em parceria entre o Centro

de Ciências Agrárias da Universidade e a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna). A UFSCar 8 Texto retirado do Catálogo dos cursos de pós-graduação UFSCar

60

conta, também, com mais um programa interinstitucional: o Programa Interinstitucional de

Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PIPGCF), em parceria com a UNESP (Araraquara).

Hoje, a pós-graduação da UFSCar vive mais um momento de expansão em sua

história. Foram criados em 2009 quatro novos cursos de Pós-Graduação: mestrado em

Agricultura e Ambiente (campus Araras), mestrado em Economia (campus Sorocaba),

doutorado em Linguística (campus São Carlos), e mestrado em Terapia Ocupacional (campus

São Carlos). Além disso, outras sete novas propostas de cursos foram aprovadas em 2010 pelo

Conselho de Pós-Graduação (CoPG) e encaminhadas para aprovação na CAPES.

As atividades dos Programas de Pós-Graduação abrangem estudos e trabalhos de

formação em cursos de Mestrado de caráter acadêmico, de Mestrado Profissional e de

Doutorado. Os parágrafos do artigo 1º da Portaria GR n. 862/08 que trata do Regimento Geral

dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar faz as distinções entre esses três cursos:

§1 – O Mestrado de caráter acadêmico visa possibilitar ao pós-graduando condições para o

desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais e

metodológicos essenciais na sua área, qualificando-o como pesquisador e docente de nível

superior, através de trabalhos de investigação e de ensino.

§2 – O Mestrado Profissional visa possibilitar ao pós-graduando condições para o

desenvolvimento de uma prática profissional transformadora, por meio da incorporação do

método científico e da aplicação dos conhecimentos de novas técnicas e processos.

§3 – O Doutorado visa o aprofundamento dos objetivos do Mestrado de caráter acadêmico e a

produção, pelo doutorando, de um trabalho de investigação que represente uma contribuição

real, original e criativa na respectiva área de conhecimento e que demonstre sua qualificação

para formar pessoal nos níveis de Mestrado e Doutorado.

Os cursos de Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado compõem-se de uma ou

mais Áreas de Concentração, as quais indicam os principais campos de estudo do curso (art.

4º).

Segundo o PDI (UFSCar, 2004), as atividades de pós-graduação na UFSCar têm como

objetivo o processo contínuo de formação de recursos humanos e de produção de

conhecimento, primando pela competência acadêmico-científica, pela criação de cursos

inovadores e pela adoção de uma política de qualificação docente no País e no exterior.

61

Assim, a pós-graduação da UFSCar é de fundamental importância para o

desenvolvimento técnico e científico do país e pelo elevado conceito que desfruta a

Universidade dentro do cenário científico do Brasil.

9.4.2 Os Programas de Pós-Graduação

Os 33 programas de pós-graduação englobam três tipos de cursos: doutorado,

mestrado e mestrado profissional. Eles estão distribuídos pelos quatro centros acadêmicos da

Universidade: Centro de Ciências Humanas (CECH), Centro de Ciências Biológicas (CCBS),

Centro de Ciências Exatas (CCET), Centro de Ciências Agrárias (CCA) no campus de Araras,

além do campus de Sorocaba. O quadro 1 apresenta todos os PPGs divididos por centros

acadêmicos

Campus UFSCar São CarlosPrograma CentroAntropologia Social

CECH

Ciência PolíticaCiência, Tecnologia e SociedadeEducaçãoEducação Especial FilosofiaImagem e Som LinguísticaPsicologiaSociologia

CCBSCiências FisiológicasEcologia e Recursos NaturaisEnfermagemFisioterapia

62

Genética e EvoluçãoTerapia OcupacionalConstrução Civil

CCET

Ciência e Engenharia dos MateriaisCiência da ComputaçãoBiotecnologiaEngenharia de ProduçãoEngenharia QuímicaEngenharia UrbanaEnsino de Ciências ExatasEstatísticaFísicaMatemáticaQuímicaQuímica

Campus UFSCar ArarasPrograma CentroAgricultura e Ambiente CCAAgroecologia e Desenvolvimento Rural

Campus UFSCar SorocabaProgramaCiência dos MateriaisDiversidade Biológica e ConservaçãoEconomia

Quadro 1: Programas de Pós-Graduação divididos por Centros

Fonte: Elaborado pela autora

Todos os cursos de pós-graduação oferecidos pela UFSCar são reconhecidos pela

CAPES e mais de 50% deles são avaliados com conceitos entre 5 e 7, considerados níveis

ótimos e de excelência, afirmando o Ensino Superior de qualidade. Segue figura 4 com a

última avaliação feita pela agência de fomento CAPES em 2007, referente aos Programas da

UFSCar. A Figura 5 apresenta os cursos de mestrado e doutorados da UFSCar reconhecidos

pela CAPES.

Mestrados/Doutorados Reconhecidos

UFSCAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS / SP

PROGRAMA ÁREA (ÁREA DE AVALIAÇÃO)CONCEITOM D F

AGRICULTURA E AMBIENTE AGRONOMIA (CIÊNCIAS AGRÁRIAS I) 3 - -AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO RURAL AGRONOMIA (CIÊNCIAS AGRÁRIAS I) 4 - -

ANTROPOLOGIA SOCIAL ANTROPOLOGIA (ANTROPOLOGIA / ARQUEOLOGIA) 3 4 -BIOTECNOLOGIA BIOTECNOLOGIA (BIOTECNOLOGIA) 4 4 -

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO (CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO) 4 4 -

CIÊNCIA DOS MATERIAIS MATERIAIS (MATERIAIS) 3 - -CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS ENGENHARIA DE MATERIAIS E METALÚRGICA 7 7 -

63

(ENGENHARIAS II)

CIENCIA POLITICA CIÊNCIA POLÍTICA (CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS) 4 4 -

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE SOCIAIS E HUMANIDADES (INTERDISCIPLINAR) 3 - -CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS FISIOLOGIA (CIÊNCIAS BIOLÓGICAS II) 5 5 -CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃO CIVIL (ENGENHARIAS I) 4 - -DIVERSIDADE BIOLÓGICA E CONSERVAÇÃO ECOLOGIA (ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE) 3 - -ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS ECOLOGIA (ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE) 5 5 -ECONOMIA ECONOMIA (ECONOMIA) 3 - -EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO (EDUCAÇÃO) 4 4 -EDUCAÇÃO ESPECIAL (EDUCAÇÃO DO INDIVÍDUO ESPECIAL) EDUCAÇÃO ESPECIAL (EDUCAÇÃO) 5 5 -

ENFERMAGEM ENFERMAGEM (ENFERMAGEM) 3 - -ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (ENGENHARIAS III) 4 4 -ENGENHARIA QUÍMICA ENGENHARIA QUÍMICA (ENGENHARIAS II) 6 6 -ENGENHARIA URBANA ENGENHARIA CIVIL (ENGENHARIAS I) 4 4 -ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS ENSINO (ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMATICA) - - 3

ESTATÍSTICA ESTATÍSTICA (MATEMÁTICA / PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA) 4 4 -

FILOSOFIA FILOSOFIA (FILOSOFIA/TEOLOGIA:subcomissão FILOSOFIA) 5 5 -

FÍSICA FÍSICA (ASTRONOMIA / FÍSICA) 5 5 -

FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL (EDUCAÇÃO FÍSICA) 5 5 -

GENÉTICA E EVOLUÇÃO GENÉTICA (CIÊNCIAS BIOLÓGICAS I) 5 5 -IMAGEM E SOM COMUNICAÇÃO (CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I) 3 - -LINGUÍSTICA LINGÜÍSTICA (LETRAS / LINGUÍSTICA) 3 4 -

MATEMÁTICA MATEMÁTICA (MATEMÁTICA / PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA) 5 5 -

PSICOLOGIA PSICOLOGIA (PSICOLOGIA) 5 5 -QUÍMICA QUÍMICA (QUÍMICA) 7 7 -QUÍMICA QUÍMICA (QUÍMICA) - - 4SOCIOLOGIA SOCIOLOGIA (SOCIOLOGIA) 5 5 -TERAPIA OCUPACIONAL EDUCAÇÃO FÍSICA (EDUCAÇÃO FÍSICA) 3 - -

* M - Mestrado Acadêmico, D - Doutorado, F - Mestrado Profissional

Figura 5: Mestrados/Doutorados da UFSCar reconhecidos pela CAPES

Fonte: Portal CAPES <http//www.capes.gov.br>

A realização sistemática da avaliação da pós-graduação tem permitido à CAPES,

desde a implantação desse sistema em 1976, cumprir um papel importante para o

desenvolvimento da educação e da pesquisa científica e tecnológica no Brasil. A avaliação

dos Programas de Pós-Graduação acontece a cada três anos e ocorre na sede da CAPES, em

Brasília/DF. A finalidade deste processo é avaliar a pós-graduação brasileira, com atribuição

de notas, e fundamentar a deliberação do Conselho Nacional de Educação/MEC sobre a

renovação de reconhecimento de cada programa/curso para o próximo triênio. Os resultados

fornecem subsídios para a definição de planos e programas governamentais de

desenvolvimento e investimentos no Sistema Nacional de Pós-Graduação.

9.4.3 Pós-Graduação Lato Sensu

64

Os cursos de especialização constituem-se hoje numa modalidade de formação que

visa a verticalização do conhecimento técnico e científico, uma vez concluída a graduação. A

sua versatilidade permite também que profissionais de todas as áreas os utilizem para

atualização ou mesmo aprofundamento em novos campos. Os centros de produção científica e

tecnológica, cada vez mais, utilizam essa modalidade como instrumento para disseminação

dos resultados alcançados.

A Portaria MEC n. 475 de 26.08.87 define curso de especialização como curso

ministrado por instituição de ensino superior reconhecida, destinado a graduados da área em

que se situem, com a carga horária mínima de 360 horas, exigência de frequência regular,

verificação formal de aproveitamento e observância da titulação do corpo docente,

estabelecida em Resolução do Conselho Federal de Educação - CFE.

Na UFSCar a Pós-Graduação lato sensu é coordenada pela Pró-Reitoria de Extensão,

que oferece diversos cursos de especialização nas três áreas do conhecimento.

Vale ressaltar que, em 2008, a Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH)

juntamente com o Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar (DEP) deu um

grande passo na iniciativa de qualificar seus servidores, oferecendo o primeiro curso de

especialização em Gestão Pública, com 45 alunos em sua primeira turma. O curso,

exclusivamente para os servidores TAs da UFSCar, foi uma ação voltada para promover o

alinhamento com as diretrizes do Governo Federal, que propõem a Gestão por Competências.

Essa modalidade de gestão é pautada nas capacidades e habilidades de cada servidor e busca

estimulá-los a aplicar seus conhecimentos no desenvolvimento do trabalho dentro da

instituição. Essa especialização foi uma estratégia de valorização do servidor da UFSCar, pois

favorece a qualidade do trabalho, já que os conhecimentos adquiridos podem ser aplicados no

trabalho diário.

Outra iniciativa no sentido de apoiar o servidores TAs foi a reserva de vagas em vários

cursos de especialização da UFSCar. De acordo com a Deliberação da Câmara de Extensão,

nº 016/2002, os departamentos que oferecem cursos de especialização, extensão e outros,

devem reservar 5% das vagas oferecidas aos servidores interessados. Assim, a Secretaria

Geral de Recursos Humanos (SRH) incentiva os servidores TAs que possuem Graduação a

fazerem a pós-graduação lato-sensu, em nível de especialização. Cada Departamento, porém,

é que estabelece os critérios para a seleção dos interessados.

65

10. O Servidor Público Federal

O relatório do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, (BRASIL,

1997, p. 12) comenta que:

A administração pública enfrenta hoje um grave problema: os servidores, sejam eles gerentes ou não estão, na maior parte do seu tempo, envolvidos com tarefas e questões que são produto do formalismo burocrático, o que acaba por levá-los a não se atentar aos resultados que deveriam, cada indivíduo e cada instituição, apresentar em favor da sociedade. Assim, a gestão das instituições públicas – inacessível, centralizada e regida – tornou-se um fim em si mesma, orientada basicamente para processos e tarefas, ao invés de resultados (...) O que decorre dessa situação, entre outras conseqüências, é (1) o desperdício de recursos públicos; (2) o desperdício das capacidades e competências dos servidores, que sofrem, ainda, a inibição de seu potencial criativo e, (3) a distância entre a decisão e a ação, em prejuízo do atendimento aos clientes e usuários”.

66

Segundo Segatto (2005, p.12) a reforma universitária e os ajustes e correções a ela

feitos nas últimas três décadas, tiveram a pretensão de racionalização financeira, funcional e

administrativa.

Silva Junior (2004) considera que é essencial tornar o ensino superior público

brasileiro mais eficiente e de melhor qualidade e atendimento oferecidos. Segundo ele, as

Universidades públicas e privadas precisam de uma política de desburocratização, autonomia

de gestão e controle da qualidade.

Para Tóvolli (2005), a Universidade não tem uma estratégia com objetivo de

modernização da administração, que está voltada para a sua própria estrutura interna ao invés

de estar direcionada à visão da Universidade, tampouco tem uma estratégia com objetivo de

desenvolvimento dos servidores públicos, que são desvalorizados pelos usuários, muitas vezes

não identificados, da Universidade.

Segundo o Plano Nacional de Educação, Lei n. 010172, de 09/01/2001, “há que se

pensar, evidentemente, em racionalização de gastos e diversificação do sistema, mantendo o

papel do setor público” (BRASIL, 2001a).

Desde 1980 alguns países têm estudado e tratado desse assunto. A modernização da

administração pública é considerada uma necessidade para a maioria das nações,

principalmente àquelas que possuem parte importante da população vivendo em condições

desfavoráveis.

10.1 O Servidor da UFSCar

Por muito tempo a UFSCar não pode, por restrições do governo, repor vagas de

servidores TAs aposentados ou que se demitiram, o que fez com que diversas unidades

tivessem seu funcionamento comprometido.

O período entre 2005 e 2007 foi marcado pelo início de recomposição dos quadros de

recomposição dos quadros de servidores das instituições federais de Ensino Superior. Isso

representou um avanço significativo para a UFSCar, apesar das contratações efetivadas não

serem suficientes para corrigir a defasagem ocasionada por mais de oito anos sem reposição e

criação de vagas. Destaca-se a criação de vagas docentes e TAs específicas para o processo

67

de expansão da Universidade, com o intuito de garantir a qualidade das atividades

desenvolvidas. 9

Com a aplicação da informática a modernização dos processos de trabalho dentro da

Instituição, e com mudanças na organização do trabalho, bem como a necessidade de atender

com qualidade os usuários, são necessários novos cargos e funções - um profissional com

competências mais amplas e diversificadas, preparado para as mudanças na UFSCar. A

UFSCar busca um servidor preparado para esses novos desafios.

Destaca-se também nesse contexto a Reestruturação das Universidades Federais

(REUNI) que propõe o acréscimo do número de vagas em cursos de graduação presenciais

oferecidos pelas universidades federais em 20%, além do aumento do número de alunos de e

de professores, mantendo a qualidade do ensino. Considerando este possível aumento de

demanda e a importância de se manter a qualidade dos serviços prestados pela Universidade,

é necessário se pensar na qualificação do pessoal.

A UFSCar preocupa-se em definir o perfil do novo servidor e têm investido na

capacitação de servidores TAs e criando mecanismos de acompanhamento e

desenvolvimento das carreiras. Assim, a capacitação do pessoal técnico-administrativo deve

continuar a merecer atenção especial, pois não há como se ter um quadro de profissionais bem

preparados sem investimentos em capacitação de pessoal.

10.1.1 O Corpo Docente

Segundo o artigo 5° do Decreto nº 94.664/87 o corpo docente é constituído pelos

integrantes das carreiras de Magistério Superior e de Magistério de 1° e 2° Graus, pelos

Professores Visitantes e pelos Professores Substitutos.

A carreira do Magistério Superior compreende as seguintes classes: I. Professor

Titular; II. Professor Adjunto; III. Professor Assistente; IV. Professor Auxiliar. Cada classe

compreende quatro níveis, designados pelos números de l a 4, exceto a de Professor Titular,

que possui um só nível. (Art.6°). A carreira de Magistério de 1° e 2° Graus compreende as

classes A, B, C, D e E e de Professor Titular. Cada classe compreende quatro níveis,

9 Texto retirado do caderno Informando – Informativo da Reitoria da Universidade Federal de São Carlos –UFSCar, 2007, Edição Especial.

68

designados pelos números de l a 4, exceto a classe de Professor Titular, que possui um só

nível. (Art. 7°).

O corpo docente da Universidade Federal de São Carlos é constituído pelos

integrantes das carreiras de magistério Superior e de Magistério de 1º e 2º graus, pelos

professores visitantes e pelos professores substitutos.

As políticas de capacitação docente observam os princípios estabelecidos no Plano de

Desenvolvimento Institucional elaborado pela Comunidade Universitária, considerando- se

que a garantia de qualidade de ensino é diretamente proporcional à qualificação de seu corpo

docente.

A carreira docente é regida pelo Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos

e Empregos – P.U.C.R.C.E. instituídos pelo decreto 94.664/87. A carreira está estruturada em

quatro classes: Auxiliar, Assistente, Adjunto e Titular. A mudança de classe na UFSCar

ocorre exclusivamente pela obtenção do título correspondente, exceto à classe de professor

Titular que depende de habilitação em concurso público. Nos últimos anos foi autorizado o

preenchimento parcial de vagas para professor titular atendendo à norma do Conselho

Universitário que estipulou que 20% das vagas com provimento autorizado seriam

preenchidas por concurso para titulares.

O regime de trabalho dos docentes da UFSCar tem como norma a dedicação

exclusiva, definida em estatuto, compatível com um dos princípios desta Universidade de

valorização da dedicação integral ao ensino, pesquisa e extensão (PDI 2005).

A UFSCar conta, ainda, com docentes do Magistério do Ensino Fundamental,

alocados na Unidade de Atendimento à Criança – UAC.

Hoje, 91% dos docentes do Magistério Superior são doutores e 9% mestres. A

despeito da alta proporção de docentes com título de doutor, recentemente a UFSCar

implantou dois programas com finalidade de apoiar a capacitação dos docentes mestres que se

encontram inscritos em programas de doutorado e apoiar docentes recém doutores de modo a

lhes oferecer condições iniciais para a docência e a pesquisa, o que indica a preocupação

constante da UFSCar com a qualificação permanente do seu corpo docente.

Segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2005) “A imposição de um

novo perfil de profissional desdobra-se nos desafios colocados para a realização do processo

de ensino aprendizagem e, em conseqüência, nas exigências postas para o docente

responsável por esse processo. Parte das diretrizes aqui apresentadas reflete a preocupação

69

com uma capacitação didático-pedagógica contínua dos docentes da UFSCar, que lhes

permitia novas concepções e novas estratégias para o desenvolvimento do processo de ensino

e aprendizagem”.

UFSCar conta com 962 docentes do Magistério Superior, segundo a Secretaria Geral

de Recursos Humanos.

10.1.2 O Corpo Técnico Administrativo

O corpo técnico-administrativo da Universidade Federal de São Carlos é constituído

dos cargos de Nível de Apoio (A, B,C) Nível Médio (D) e Nível Superior (E).

Diz o art. 18º do Anexo ao Decreto nº 94.664/87 que os cargos e empregos do pessoal

técnico-administrativo são classificados nos seguintes grupos operacionais, de acordo com a

natureza das respectivas atividades, e serão estruturados em subgrupos:

I. Grupo Nível de Apoio, compreendendo os cargos e empregos pertencentes a que

sejam inerentes atividades de apoio operacional, especializado ou não, que requeiram

escolaridade de l° Grau ou experiência comprovada ou ainda conhecimento especifico;

II. Grupo Nível Médio, compreendendo os cargos e empregos permanentes a que

sejam inerentes atividades técnico-administrativas, para cujo exercício é exigida formação de

2° Grau ou especialização ou formação de l° Grau, com especialização ou experiência na

área;

III. Grupo Nível Superior, compreendendo cargos e empregos permanentes a que

sejam inerentes atividades técnico-administrativas, para cujo exercício é exigida formação de

3° Grau ou registro no Conselho Superior competente.

Conforme o artigo 17 do Anexo ao Decreto nº 94.664/87 , são consideradas

atividades do pessoal técnico-administrativo:

I. as relacionadas com a permanente manutenção e adequação do apoio técnico,

administrativo e operacional necessário ao cumprimento dos objetivos institucionais;

II. as inerentes ao exercício de direção, chefia, coordenação, assessoramento e

assistência, na própria Instituição.

70

A carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação é regida pela Lei n. 11.091, de

12 de janeiro de 2005 que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano

de Carreira dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação – PCCTAE.

De acordo com o artigo 6o da Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005 (Redação dada

pela Lei nº 11,784, de 2008), que dispõe sobre a estruturação do Plano, o Plano de Carreira

dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de

Ensino, está estruturado em 5 (cinco) níveis de classificação, com 4 (quatro) níveis de

capacitação cada, conforme seu Anexo I-C. A carreira instituída, assim, está estruturada em

cinco níveis de classificação, com quatro níveis de capacitação e trinta e nove padrões de

vencimento básico, justapostos com intervalo de um padrão entre os níveis de capacitação e

dois padrões entre os níveis de classificação.

Os cargos do Plano de Carreira são organizados em 5 (cinco) níveis de classificação,

A, B, C, D e E, de acordo com o disposto no inciso II do art. 5o e no Anexo II da mesma Lei.

De acordo com informações da SRH no mês de julho de 2010, a UFSCar conta com

113 técnicos de nível de apoio, 565 técnicos de nível médio e 190 técnicos de nível superior,

num total de 868 servidores.

11. A Capacitação do Servidor Púbico

11.1 Conceito e Objetivos

Entende-se por Capacitação o conjunto de ações pedagógicas, compreendidas como

aperfeiçoamento/qualificação, vinculadas ao planejamento institucional, que visam promover,

de forma permanente, o desenvolvimento integral dos servidores para que melhor

desempenhem suas atividades e o papel de servidores públicos.

Segundo o inciso II do artigo 3o do Decreto n. 5.825/2006, a capacitação do servidor é

um processo permanente e deliberado de aprendizagem, que utiliza ações de aperfeiçoamento

e qualificação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências

institucionais, por meio do desenvolvimento de competências individuais. O aperfeiçoamento,

71

é um processo de aprendizagem, baseado em ações de ensino-aprendizagem, que atualiza,

aprofunda conhecimentos e complementa a formação profissional do servidor, com o objetivo

de torná-lo apto a desenvolver suas atividades, tendo em vista as inovações conceituais,

metodológicas e tecnológicas. Já a qualificação pode ser definida como um processo de

aprendizagem baseado em ações de educação formal, por meio do qual o servidor adquire

conhecimentos e habilidades, tendo em vista o planejamento institucional e o

desenvolvimento do servidor na carreira. (art. 3, inc. V).

A capacitação do servidor visa garantir seu desenvolvimento ampliando os

conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu

desempenho funcional no cumprimento dos objetivos institucionais (Art. 3o, inc. I do Decreto

n. 5.825/2006).

Cada Universidade Federal é responsável pela gestão do desenvolvimento da carreira de

seus servidores, tendo um Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira

dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação, ou seja, um Programa de Capacitação e

Aperfeiçoamento integrado ao Plano de Desenvolvimento Institucional.

Diz o artigo 7o do mesmo Decreto, que o Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento

terá por objetivo:

I - contribuir para o desenvolvimento do servidor, como profissional e cidadão;

II - capacitar o servidor para o desenvolvimento de ações de gestão pública; e

III - capacitar o servidor para o exercício de atividades de forma articulada com a função

social da IFE.

Parágrafo único. O Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento deverá ser

implementado nas seguintes linhas de desenvolvimento:

I - iniciação ao serviço público: visa ao conhecimento da função do Estado, das

especificidades do serviço público, da missão da IFE e da conduta do servidor público

e sua integração no ambiente institucional;

72

II - formação geral: visa à oferta de conjunto de informações ao servidor sobre a

importância dos aspectos profissionais vinculados à formulação, ao planejamento, à

execução e ao controle das metas institucionais;

III - educação formal: visa à implementação de ações que contemplem os diversos

níveis de educação formal;

IV - gestão: visa à preparação do servidor para o desenvolvimento da atividade de

gestão, que deverá se constituir em pré-requisito para o exercício de funções de chefia,

coordenação, assessoramento e direção;

V - inter-relação entre ambientes: visa à capacitação do servidor para o

desenvolvimento de atividades relacionadas e desenvolvidas em mais de um ambiente

organizacional; e

VI - específica: visa à capacitação do servidor para o desempenho de atividades

vinculadas ao ambiente organizacional em que atua e ao cargo que ocupa.

A Lei nº 11.091 de 12 de janeiro de 2005 possibilitou, a partir de 1º de março de 2005

o ingresso de todos os servidores técnico-administrativos no Plano de Carreira dos Cargos

Técnico-Administrativos em Educação – PCCTAE. Os servidores integrantes do Plano foram

localizados na matriz salarial a partir do nível de classificação do seu cargo e da contagem de

tempo de serviço público federal, sendo todos, na primeira etapa, enquadrados no primeiro

nível de capacitação referente à classe de seu cargo e em seguida, a localização do servidor no

nível de capacitação de acordo com as certificações obtidas no decorrer da vida funcional. À

partir da implementação do Plano, as possibilidades de evolução na carreira foram definidas

pelo art. 10 da referida lei.

O desenvolvimento do servidor na carreira se faz exclusivamente, pela mudança de

nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante, respectivamente, Progressão por

Capacitação ou Progressão por Mérito Funcional.

A Progressão por Capacitação Profissional é a mudança de nível de capacitação, no

mesmo cargo e nível de classificação, decorrente da obtenção pelo servidor de certificação em

Programa de Capacitação, compatível com o cargo ocupado, o ambiente organizacional e a

carga horária mínima exigida, respeitado o interstício de 18 (dezoito) meses, nos termos da

tabela constante no Anexo III da lei. 11.091/2005.

73

Já a Progressão por Mérito Funcional é a mudança para o padrão de vencimento

imediatamente subseqüente, a cada 2 (dois) anos de efetivo exercício, desde que o servidor

apresente resultado fixado em programa de avaliação de desempenho, observado o respectivo

nível de capacitação.

No que se refere à Progressão por Capacitação (titulação), o servidor docente ou

técnico-administrativo fará jus ao Incentivo à Qualificação quando concluirem cursos de

educação formal, ou seja, educação oferecida pelos sistemas formais de ensino, por meio de

instituições públicas ou privadas, nos diferentes níveis da educação brasileira, entendidos

como educação básica e educação superior. É concedido aos servidores ativos, aos

aposentados e aos instituidores de pensão, quando os certificados tiverem sido obtidos até a

data em que se deu a aposentadoria ou pensão, com base no que determina a Lei no 11.091, de

12 de janeiro de 2005, e no estabelecido no Decreto nº 5.824, de 29 de junho de 2006.

O Decreto n. 5.824/2006 é a norma que estabelece os procedimentos para a concessão

do Incentivo à Qualificação e para a efetivação do enquadramento por nível de capacitação

dos servidores integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em

Educação, instituído pela Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005.

Dessa forma, as Universidades Federais através de seus dirigentes máximos, dos

dirigentes das unidades acadêmicas e administrativas são responsáveis pela gestão do

desenvolvimento da carreira dos servidores, sendo integrada ao Plano de Desenvolvimento

Institucional, de forma a garantir a plena execução.

11.2 O Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos

Técnicos-Administrativos em Educação

O Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos

Técnicos-Administrativos em Educação visa garantir as condições institucionais para

capacitação e avaliação que tornem viável a melhoria da qualidade na prestação de serviços,

no cumprimento dos objetivos institucionais, o desenvolvimento das potencialidades dos

ocupantes da carreira e sua realização profissional como cidadãos.

Conforme do Decreto n. 5.825/2006, as ações de planejamento, coordenação,

execução e avaliação do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos

74

Técnico-Administrativos em Educação são de responsabilidade do dirigente máximo da IFE e

das chefias de unidades acadêmicas e administrativas em conjunto com a unidade de gestão

de pessoas. (art.5,§1o). É a unidade de gestão de pessoas deverá assumir o gerenciamento dos

programas vinculados ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos

Técnico-Administrativos em Educação. (art.5§ 2o). Dessa forma, na UFSCar, as unidades

administrativas relacionadas diretamente com o desenvolvimento do servidor é a Secretaria

Geral de Recursos Humanos (SRH), Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), Pró-Reitoria de

Graduação (ProGrad), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) e a própria Reitoria.

O Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira está vinculado ao

Plano de Desenvolvimento Institucional de cada IFES (PDI) e deverá conter (art.24 da Lei

11.091/05):

I – dimensionamento das necessidades institucionais, com definição de modelos de alocação

de vagas que contemplem a diversidade da instituição;

II – Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento;

III – Programa de Avaliação de Desempenho.

Pela Lei no 11.091/05 o Plano de Carreira do técnico-administrativo em educação está

estruturado em 5 níveis de classificação A, B,C,D,E, com 4 níveis de capacitação cada. Nesse

contexto, o nível de classificação diz respeito ao conjunto de cargos de mesma hierarquia,

classificados a partir do requisito de escolaridade, nível de responsabilidade, conhecimentos,

habilidades específicas, formação especializada, experiência, risco e esforço físico para o

desempenho de suas funções. (art. 5, II). Já o nível da capacitação se refere à posição do

servidor na Matriz Hierárquica dos Padrões de Vencimento em decorrência da capacitação

profissional para o exercício do cargo ocupado, realizada após o ingresso (art. 5, V).

O Programa de Capacitação e Qualificação, em parte instituído pelo Plano de Carreira

dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei nº 11.09/05, mostra a

necessidade do desenvolvimento de pessoal dos setores públicos o que faz com que as

Instituições promovam de maneira continuada a capacitação e qualificação de sua força de

trabalho com o objetivo de formar quadros profissionais para servir aos diversos setores da

instituição e sociedade.

75

11.3 A Capacitação do Servidor Técnico-Administrativo na UFSCar

Com a edição da Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, que implantou o novo Plano

de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação nas Instituições Federais de

Ensino, a capacitação passou a ser valorizada no processo de desenvolvimento do servidor em

sua carreira funcional. Isto porque além da progressão por mérito, estabeleceu a progressão

por capacitação e o incentivo remunerado de qualificação por formação escolar.

As atividades do Programa de Capacitação e Qualificação para Servidores Técnico-

Administrativos da Universidade Federal de São Carlos estão alicerçadas no PCCTAE –

Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação criado pela Lei nº

11.091 de 12 de janeiro de 2005, a qual insere os Decretos de nº 5.825 de 25 de junho de 2006

e nº 5.824 de 29 de junho de 2006, cujos teores fundamentam diretrizes para elaboração do

Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira, para a concessão do

Incentivo à Qualificação e a efetivação da progressão por nível de capacitação e por mérito

dos servidores integrantes do Plano.

Com base nos princípios do PDI e também no Decreto nº 5.707, de 23/02/2006 a

UFSCar aprovou o Plano de Capacitação e Qualificação para os servidores técnico-

administrativos, que tem por finalidade estabelecer as diretrizes e os procedimentos

pedagógicos para as ações destinadas a incentivar e promover o desenvolvimento do servidor

como profissional e como cidadão. O Decreto nº 5.707, de 23/02/2006 que institui a Política

Nacional de Capacitação dos Servidores para a Administração Pública Federal direta,

autárquica e funcional e coloca no foco das prioridades do governo, o desenvolvimento de

competências em toda a administração pública.

O Programa foi implementado através duas frentes que se complementam:

Capacitação e Qualificação dos servidores do quadro.

- Capacitação - Esta linha aborda aspectos técnicos e comportamentais, com ações formais e

não formais que contribuam para o aprimoramento dos conhecimentos, habilidades e atitudes

do servidor em relação ao trabalho e às relações interpessoais. Estas ações são desenvolvidas

através de 5 Eixos de Capacitação: Língua Portuguesa, Idiomas, Informática, Gestão e,

Valorização do Servidor, todos oferecidos em módulos, através de áreas específicas da

Universidade ou, em alguns casos, realizadas por Instituições externas.

76

- Qualificação -Visa atender os servidores que desejam ter acesso a mais um grau em sua

escolaridade. São cursos de Educação Formal, ou seja, formação escolar obtida nos níveis de

ensino fundamental, médio, graduação e pós-graduação (lato e stricto sensu). Os cursos a

serem desenvolvidos podem ser presenciais ou à distância. São propostos, nessa linha de

desenvolvimento:

- Eixo voltado para Educação de Jovens e Adultos nos níveis do ensino fundamental e médio;

- Eixo para a implantação de uma graduação para a formação técnica específica, necessária às

ambiências organizacionais pertinentes;

- Eixo de oferecimento de cursos e mecanismos incentivadores à participação dos servidores

em cursos de pós-graduação (lato e stricto-sensu) na UFSCar.

Dessa forma o Programa de Capacitação e Qualificação para servidores da UFSCar foi

elaborado para atender as necessidades e especificidades profissionais de servidores técnico-

administrativos em educação, promovendo desenvolvimento de conhecimentos e habilidades

necessárias ao desempenho profissional e de atitudes focadas no crescimento institucional

promoção de ações de capacitação e de desenvolvimento pessoal sistemático e continuado,

otimizando assim, os recursos humanos e orçamentários disponíveis na Instituição10.

Compete ao Departamento de Desenvolvimento de Pessoal (DeDP) da Secretaria

Geral de Recursos Humanos (SRH), através da sua Seção de Treinamento e Avaliação

(SeAT) o gerenciamento do Programa de Capacitação, coordenando o desenvolvimento, a

elaboração, execução e coordenação da Programação das Atividades de Capacitação e

Qualificação.

11.3.1 Iniciativas da UFSCar para Qualificação de seus Servidores Técnicos-

Administrativos

Com a valorização e aperfeiçoamento do servidor público, as instituições federais

buscam a melhoria contínua, a melhoria dos resultados, o melhor aproveitamento de recursos,

otimização do tempo e dos recursos e das habilidades das pessoas, melhorias no fluxo de

informações, redução do tempo nos ciclos de processos. Para isso, no caso de servidores

técnico-administrativos, é necessário sua capacitação e qualificação para que seu preparo e

10 Programa de Capacitação e Qualificação para Servidores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos 2010. Fonte: SRH

77

conhecimentos sejam aplicados em sua rotina, contribuindo para uma administração mais

eficiente.

Nesse sentido, a UFSCar no que se refere à qualificação do servidor, possui alguns

mecanismos de incentivo:

Oferta de cursos de Educação de Jovens e Adultos – EJA- Ensino Médio, em São

Carlos, para os servidores que não concluíram a escola básica, possam concluir e obter

seu certificado de conclusão de 2º Grau (Ensino Médio). A organização da oferta dos

cursos é uma iniciativa da Secretaria Geral de Recursos Humanos da UFSCar (SGRH)

em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão.

Pós-graduação lato-sensu, em nível de especialização - de acordo com a Deliberação

da Câmara de Extensão, nº 016/2002, os departamentos que oferecem cursos de

especialização, extensão e outros, devem reservar 5% das vagas oferecidas aos

servidores interessados. Cada Departamento estabelece os critérios para a seleção.

Curso de Gestão Pública oferecido pela SRH, voltado para os servidores técnicos –

administrativos: a primeira turma, com 45 alunos, teve início em 2008 e é voltado

exclusivamente para os servidores TAs da UFSCar. Entre os objetivos do curso

destacam-se: proporcionar uma visão geral da gestão de instituições públicas;

desenvolver capacidades de identificação, caracterização, análise e resolução de

problemas organizacionais próprios de instituições públicas, em particular alguns dos

existentes na UFSCar; desenvolver capacidades de trabalho em equipe, comunicação e

liderança; e propiciar a aquisição de conhecimentos e instrumentos de gestão que

contribuam para a elevação dos padrões de eficiência da gestão pública no

atendimento às necessidades dos cidadãos.

Auxílio à Capacitação do Servidor (Ato ProPG nº 07 /09): O servidor docente ou TA

afastado para cursar pós-graduação fora da sede, tem suas despesas de viagem

ressarcidas.

Afastamento para capacitação do servidor: Pela Portaria GR 432/90 o servidor docente

e TA tem direito ao afastamento de suas funções para capacitar-se em cursos de pós-

graduação, sem perda de seus vencimentos.

78

Para reforçar ainda mais essas medidas de incentivo à qualificação, este trabalho

sugere a reserva de vagas para servidores TAs nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar.

Atualmente, várias universidades oferecem a reserva de vagas como meio de acesso facilitado

para alguns grupos de candidatos, como é o caso da graduação. Na pós–graduação a reserva

de vagas para servidores pode ser observada em algumas universidades, mas ainda merece

atenção por parte dos dirigentes das IFES. As chamadas cotas são carteiras destinadas a

determinados segmentos sociais definidos pela instituição de ensino.

11.3.2 Programa de Apoio à Capacitação do Servidor

O alto índice de qualificação dos docentes da UFSCar sempre foi, ao mesmo tempo,

um princípio de atuação e uma marca pela qual a Instituição é reconhecida. Do corpo docente

da Universidade 9,81% são mestres e 91% são doutores. Em relação aos seus recursos

humanos, a UFSCar tem uma política voltada à capacitação de seus servidores, visando sua

valorização e desenvolvimento, sendo um dos seus princípios de atuação.

Com o objetivo de aprimorar ainda mais esses índices, em 2005 foi implantado o

Programa de Apoio à Capacitação dos Servidores da UFSCar, para incentivar e apoiar a

capacitação de todos os servidores. Esse Programa foi destinado a servidores docentes e

técnico- administrativos, oferecendo custeio de despesas de deslocamento e estadia. O

servidor deve estar matriculado em um curso de pós-graduação stricto sensu em instituição

fora da cidade em que trabalha, além de ter requerido seu afastamento parcial.

O Programa de apoio à Capacitação do servidor é gerido atualmente pela Pró-Reitoria

de Pós-Graduação (ProPG).

O auxilio à capacitação do servidor é um benefício concedido aos servidores da

UFSCar para freqüentarem cursos de mestrado e doutorado. O Ato ProPG Nº 07/2009, de 26

de fevereiro de 2009, que se encontra no Anexo 1ao final deste trabalho, dispõe sobre normas

para implementação do Programa de Apoio à Capacitação de Servidores da UFSCar, decorreu

do Parecer nº 1072, de 12 de agosto de 2005, da CANOA (Comissão para Assuntos de

Natureza Orçamentária e Administrativa do Conselho Universitário da UFSCar), que aprovou

a criação desse Programa de apoio.

79

O Programa apóia servidores da UFSCar, docentes ou técnico-administrativos, que

estiverem regularmente matriculados em curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado ou

doutorado) em instituição fora da cidade em que se localiza o respectivo campus da UFSCar

em que os mesmos estejam lotados e que freqüentem o curso em regime de afastamento

parcial, devidamente aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação (Portaria 432/90).

Excepcionalmente, poderá receber apoio servidor em regime de afastamento integral

devidamente aprovado, que não usufrua bolsa, correspondendo este apoio a 80 %, no máximo,

ao do valor concedido ao servidor em regime de afastamento parcial.

Esse apoio dado pelo Programa tem como objetivo auxiliar o custeio de despesas de

deslocamento/estadia, devidamente comprovados, podendo compreender:

a) a concessão de diária (s) ou ressarcimento de despesas com hospedagem e refeições;

b) ressarcimento de despesas com passagens de ônibus ou combustível e pedágios, até valor

máximo semestral fixado em função da distância entre a cidade em que o servidor se capacita

e a do campus da UFSCar em que o servidor está lotado.

Para usufruir do auxílio, o servidor deverá estar afastado de suas funções. O processo

de afastamento deve ser aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação (CoPG). Em formulário

próprio, o servidor encaminha mensalmente à Pro-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) seus

comprovantes para ressarcimento.

Segundo cadastrados da ProPG , no ano de 2009, 15 servidores realizaram pós-

graduação fora da sede da UFSCar, com processo de afastamento regularizado, e que

receberam este auxílio. Porém o número de servidores que realizaram ou realizam pós-

graduação fora da sede, é superior a este número, já que muitos não solicitaram o auxílio

capacitação. Foram gastos em 2009, R$ 17.258,05 em ressarcimentos e despesas com viagens.

Já no primeiro semestre de 2010, subiu para 17 o número de servidores que

solicitaram à ProPG o apoio à capacitação. Foram gastos nesse semestre a quantia de R$

11.517,05 com este auxílio.

Este auxílio representa um incentivo ao servidor que deseja fazer o curso de pós-

graduação fora da UFSCar. Atualmente, cabe à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) o

gerenciamento do Programa.

11.4 Iniciativas de Qualificação do Servidor encontradas nas Universidades Federais

80

Em pesquisa feita com outras universidades federais pode-se perceber que várias delas

possuem uma política de incentivo para a capacitação dos servidores TAs , dando incentivo

aos servidores para cursar pós-graduação. Das 32 universidades consultadas, 19

responderam, demonstrando a intenção de valorizar a categoria Algumas iniciativas de

qualificação dos servidores TAs são descritas abaixo:

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – A universidade oferece cursos de

especialização em diversas áreas e reserva de vagas para servidores efetivos e ativos

do quadro da UFRN em cada curso.

Universidade Federal do Amapá – A universidade oferece o Curso de Preparação

para Pós-Graduação de 90h, tendo como público-alvo os servidores graduados de

qualquer setor de atividade. Os módulos são: Inglês Instrumental, Metodologia da

Pesquisa Científica e Elaboração de Projetos de Pesquisa.

Universidade Federal de Pernambuco - A universidade organiza, semestralmente,

cursos de capacitação e qualificação para os servidores técnico-administrativos em

educação da UFPE. No nível de pós-graduação lato sensu, foi oferecido o Curso de

Especialização em Gestão Pública, com a participação de 50 servidores. Atualmente é

oferecido o Curso de MBA Executivo em Gestão e Liderança Universitária para os

servidores.

Universidade Federal do Ceará - A UFC desde 2004 oferece um curso de pós-

graduação lato sensu sem ônus para os seus servidores. O curso de Especialização em

Gestão Universitária- GUNI, tem carga horária de 432 h/a, e já tem 4 (quatro) turmas

finalizadas. A última encontra-se em fase de elaboração de monografias. O objetivo

desse curso é capacitar técnicos e docentes para a função de gestão. Além do GUNI há

também um curso de Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão da

Educação Superior - POLEDUC, com carga horária de 480h/a. Este curso recebe,

além dos servidores da UFC, servidores de outras IFES e IES. Os servidores de IES,

particulares, são pagantes já os das IFES fazem o curso sem ônus. Outro tipo de

incentivo da UFC à pós-graduação é com base na Portaria17/2006, assinada pelo

Reitor Renê Barreira, que ao regulamentar a oferta de cursos de pós-graduação,

estabeleceu 10 (dez)% das vagas de todos os cursos de pós-graduação lato sensu para

os servidores classificados nos processos seletivos e sem ônus para os mesmos.

81

Universidade Federal da Paraíba - No que diz respeito à qualificação dos

servidores, a UFPB oferece:

- Duas especializações lato sensu aos servidores (Língua Portuguesa e Política

e Gestão Universitária) e mais dois projetos estão em andamento (Gestão Educacional

e Gestão de Pessoas).

- Na pós stricto sensu, são disponibilizadas aos servidores de 03 a 10 vagas por

mestrado ou doutorado da instituição, mas nem todos os programas de pós-graduação

aderiram.

- A UFPB também realiza 2 vestibulares especiais com vagas destinadas aos

servidores.

Universidade Federal de Alagoas – A UFAl oferece cursos de Especialização em

Gestão de Desenvolvimento Universitário e Especialização em Vigilância à Saúde

para seus servidores em 2010.

Universidade Federal de Campina Grande – Oferece o Curso de Especialização em

Gestão e Administração Pública, destinado a capacitação de servidores técnico-

administrativos do quadro efetivo da UFCG

Universidade Federal da Bahia – A UFBA oferece o curso de especialização lato

sensu em Gestão Universitária para seus servidores, de responsabilidade da Escola de

Administração da UFBA.

Universidade Federal de Goiás - A UFG possui o programa PRO QUALIFICAR,

que é um benefício concedido para graduação e pós-graduação do servidor. Trata-se

de um programa de incentivo divulgado em toda a Instituição que tem como objetivo

subsidiar com um valor máximo de R$200,00 (duzentos reais) no pagamento das

mensalidades. Neste programa, o servidor para fazer parte, precisa atender a

determinados requisitos como justificativa da chefia para a qualificação do servidor,

fazer parte do Planejamento, mais tempo de serviço na Instituição, idade, e se

comprometer a contrapartida de continuidade em atividade por tempo igual ao que

recebeu o auxílio. A qualificação motivadora do pedido da Licença deve estar prevista

no Planejamento da Unidade ou Órgão, para que a licença seja concedida.

Universidade Federal do Rio de Janeiro – mediante análise de processo, a UFRJ

oferece bolsas para seus servidores em seus cursos de pós-graduação e oferece apoio

financeiro para os servidores que desejam cursar pós-graduação em outras instituições.

82

Universidade Federal Fluminense – A universidade reserva 10% das vagas nos

cursos de especialização, MBA e também 10% das vagas nos cursos de mestrado e

doutorado.

Universidade Federal de Minas Gerais – a UFMG tem o incentivo em forma de

Bolsa, para os cursos de Especialização ministrados pela UFMG. Para os demais

cursos de pós-graduação ainda não há incentivo. Em relação à graduação, a UFMG

possui o Programa de Bolsa de Ensino Superior que oferece ajuda financeira para

servidores efetivos da UFMG que cursam o ensino superior. Pelo Programa, os

servidores que estudam em instituições privadas recebem bolsa no valor de R$120,00

por mês. Também há o Programa de Bolsa Pré-Vestibular, onde são ofertadas 80

bolsas para técnicos-administrativos no valor mensal de até R$130,00 para auxiliar no

custeio de mensalidades em cursinhos preparatórios, mais uma parcela de até

R$130,00 para o pagamento da inscrição no vestibular. Os incentivos são os previstos

no Plano de carreira.

Universidade Federal de São João Del Rei – A universidade incentiva os seus

servidores a fazer cursos gratuitos de especialização, na modalidade à distância em:

Gestão Pública;Gestão Pública Municipal; Gestão Pública em Saúde, oferecidos pela

Faculdade de Gestão e Negócios - FAGEN da Universidade Federal de Uberlândia –

UFU.

Universidade Federal de Juiz de Fora - A Pro-Reitoria de Recursos Humanos da

UFJF -PRORH é bem atuante nesse sentido, tendo um trabalho referente à capacitação

do servidor apresentado em Brasília, em março desse ano, como uma das melhores

iniciativas de gestão de RH entre órgãos públicos. Em relação à qualificação na UFJF

10% (dez por cento) das vagas de toda pós-graduação lato-sensu é direcionada

gratuitamente aos servidores (TAEs ou docentes). Há também reserva de vagas no

mestrado profissional em Educação. Quanto à graduação a universidade oferece

isenção da taxa do vestibular para seus servidores e graduação em administração a

distância em um projeto piloto destinado aos TAEs. Há ainda o ensino supletivo em

uma unidade acadêmica e cursinho popular.

Universidade Federal do Paraná -A universidade oferece aos servidores o curso de

Especialização em Gestão Pública cujo objetivo é oferecer subsídios de gestão pública

para a qualificação de servidores da UFPR. Este curso é voltado apenas para os

servidores e tem três linhas de pesquisa.

83

A universidade ainda reserva 10% das vagas para seus servidores nos demais cursos

de especialização. Em cursos de mestrado e doutorado, são reservadas 5% das vagas

para os servidores. A UFPR informou que uma proposta de Mestrado

Profissionalizante em Administração já foi enviada para aprovação na CAPES.

Espera-se o resultado para discussão no Conselho.

Universidade Federal de Santa Catarina - A UFSC oferece cursos de

especialização e reserva 02 bolsas em cada curso para os servidores. A universidade

ainda oferta o curso de mestrado profissional em Administração Universitária, onde a

experiência do servidor é usada como critério de seleção. O processo seletivo é

composto em duas etapas. A primeira se constitui de provas de conhecimentos e

análise de currículos, onde são pontuados a produção científica ou a experiência em

Educação Superior, sendo atribuído 1 ponto para cada ano de experiência em cargo

regular, e 2 pontos por ano por cargo de chefia. A segunda etapa se constitui em

análise preliminar do anteprojeto e sua argüição.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul – A UFRS possui cursos de

especialização em diversas áreas, inclusive em Administração, Economia, Direito e

Educação. São concedidas isenções nos valores dos cursos para servidores. Há um

limite para essas vagas. A universidade também possui mestrado profissional em

Administração, mas até o momento não foi criado um Mestrado para os servidores,

nem há reserva de vagas.

Universidade Federal de Pelotas – A universidade oferece bolsas para servidores no

curso de graduação de Tecnólogo em Gestão Pública. Este curso integra o Programa

de Capacitação dos Servidores Técnico-Administrativos da UFPel e é oferecido pela

Pró-Reitoria de Gestão de Recursos Humanos e Faculdade de Administração, em

parceria com o IFSul. São 45 vagas, sendo 15 vagas reservadas para a UFPEL, 15 para

o IFSul e 15 para a Comunidade em geral.

Universidade Federal de Santa Maria – A UFSM possui o curso de mestrado em

Administração que oferece 05 vagas para servidores. O edital sai todos os anos na

página da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. São vagas a mais que o curso

oferece. Não há bolsa nem ajuda de custo para pós-graduação.

84

11.5 Progressão Funcional do Servidor Técnico-Administrativo da UFSCar

Progressão Funcional é a passagem do servidor para nível ou classe superior na

mesma Categoria Funcional, sendo que o nível se define como a posição dentro da Categoria

Funcional, ou de uma de suas classes, que permite identificar a situação do ocupante na

estrutura hierárquica e da remuneração da Instituição Federal de Ensino (IFE). O

desenvolvimento do servidor na carreira ocorre exclusivamente com a mudança de nível de

capacitação e de padrão de vencimento mediante Progressão por Mérito Profissional ou

Progressão por Capacitação Profissional.

11.5.1 Progressão Funcional por Capacitação

Progressão por Capacitação Profissional é a mudança de nível de capacitação, no

mesmo cargo e nível de classificação, decorrente da obtenção de certificação em Programa de

capacitação, compatível com o cargo ocupado, o ambiente organizacional e a carga horária

mínima exigida. (art. 10, § 1 º da Lei 11.091/05). Para que essa mudança de nível ocorra, é

necessário respeitar o insterstício de 18 meses.

A progressão funcional do servidor técnico-administrativo, seja por mérito ou por

capacitação profissional, é regida pela Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005 – PPCCTAE,

que estabelece as diretrizes para a elaboração do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes

do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituído em cada

Instituição Federal de Ensino - IFE vinculada ao Ministério da Educação.

Conforme parágrafo 1º do Art. 10 da Lei nº 11.091/05, o servidor técnico-

administrativo terá direito a Progressão por Capacitação Profissional após 18 meses de

ingresso (a contar da data de efetivo exercício) na Instituição, ou após 18 meses da última

progressão por capacitação. O curso de capacitação realizado deverá, necessariamente, ter

iniciado após o ingresso do servidor na UFSCar. Deverá também ser compatível com o

ambiente organizacional e com o cargo ocupado, respeitando a carga horária mínima.

Os servidores podem optar em fazer cursos fora da UFSCar ou optar pelos cursos

oferecidos pela SRH, constantes do Programa de Capacitação. Outra opção são os cursos

realizados pela ENAP (Escola Nacional de Administração Pública), nas modalidades à

85

distância e presenciais, onde a UFSCar valida os cursos realizados em módulos. No caso de

curso ofertado em módulos, o certificado final deverá conter, além da carga horária de cada

módulo, o número total de horas.

A progressão na carreira do servidor, além de proporcionar aumento salarial, no caso

de progressão por capacitação, objetiva principalmente o seu desenvolvimento na carreira. O

Decreto n. 5.825/2006 que estabelece as diretrizes para elaboração do Plano de

Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos

em Educação, traz que o desenvolvimento é um processo continuado que visa ampliar os

conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu

desempenho funcional no cumprimento dos objetivos institucionais, executando atividades e

cumprindo metas previamente pactuadas entre o ocupante da carreira e a IFE, com vistas ao

alcance de objetivos institucionais (art. 3, inc. I,).

11.5.1.1 Progressão Funcional por Titulação

É o crescimento funcional do servidor na carreira, proveniente da obtenção de novos

títulos em cursos ou treinamentos que contribuam para a melhoria da sua performance

profissional. Para obtenção da Progressão por Titulação, o servidor deve ter sido habilitado

em curso de educação formal que exceda a exigência de escolaridade para o cargo ocupado

ou, se ocupante de cargo de Nível Auxiliar ou Intermediário, em treinamento que tenha estrita

correlação com as atividades exercidas no cargo. O servidor deverá entrar com o pedido de

progressão funcional diretamente na SRH, através de formulário próprio juntamente com seu

título.

Para que o servidor faça jus a Progressão pela Titulação, é necessário que ele conclua

cursos de educação formal superior ao exigido para o cargo de que é titular. Apresentando o

Diploma ou certificado de conclusão de curso, o servidor terá direito ao Incentivo à

Qualificação na forma do Anexo IV da Lei n.11.091/05.

11.5.1.2 Adicional de Incentivo à Qualificação do Servidor

86

O inciso V do artigo 3º do Decreto n. 5.825/2006 define qualificação como um

processo de aprendizagem baseado em ações de educação formal, por meio do qual o

servidor adquire conhecimentos e habilidades, tendo em vista o planejamento institucional e

o desenvolvimento do servidor na carreira. E educação formal se traduz na educação

oferecida pelos sistemas formais de ensino, por meio de instituições públicas ou privadas, nos

diferentes níveis da educação brasileira, entendidos como educação básica e educação

superior (art. 3 º, inc. III).

Além da progressão profissional, o plano de carreira do servidor técnico-administrativo

oferece um incentivo ao servidor que possui educação formal que é o Incentivo à

Qualificação. O servidor técnico-administrativo poderá progredir na carreira se concluir os

cursos de educação formal superior excedente ao requisito do cargo de que é titular, podendo

ser graduação ou pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado).

O incentivo à qualificação dos servidores técnicos-administrativos é o percentual

calculado sobre o padrão de vencimento percebido pelo servidor que possuir educação formal

superior ao exigido para o cargo de que é titular. Para isso é necessário a obtenção de

diploma/certificado de educação formal, quando excederem a exigência de escolaridade

mínima para o cargo do qual o servidor é titular.

Esse incentivo terá a base percentual calculada sobre o padrão de vencimento

percebido pelo servidor.

Os percentuais do Incentivo à Qualificação não são acumuláveis e serão incorporados

aos respectivos proventos de aposentadoria e pensão integrando quando os certificados dos

cursos considerados para a sua concessão tiverem sido obtidos até a data que se deu a

aposentadoria ou instituição e pensão.

O adicional por incentivo à qualificação é regulado de acordo com o artigo 12 da Lei

nº 11.091/05, com nova redação dada pelo art. 12 da Lei nº 11.784/2008 e Decreto nº 5.824

de 29.06.2006, que estabelece os procedimentos para a concessão do Incentivo à Qualificação e

para a efetivação do enquadramento por nível de capacitação dos servidores integrantes do Plano

de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituído pela Lei no 11.091.Para efeitos de progressão por capacitação e/ou incentivo à qualificação o curso deverá

ter correlação com as atividades desenvolvidas no ambiente organizacional do servidor. A Lei

no 11.09/05, em seu Anexo III. define as áreas de conhecimento dos cursos de educação

formal diretamente relacionados a cada um dos ambientes organizacionais. Assim, os cursos

87

concluídos pelos servidores poderão ter ou não relação direta com a àrea de conhecimento. A

aquisição de título em área de conhecimento com relação direta ao ambiente organizacional

de atuação do servidor ensejará maior percentual na fixação do Incentivo, do que em área de

conhecimento com relação indireta. (art. 12, I).

Em relação aos certifficados de ensino fundamental e ensino médio, quando

excederem a exigência de escolaridade mínima para o cargo do qual o servidor é titular, será

considerada como conhecimento relacionado diretamente ao ambiente organizacional, para

efeito de pagamento do Incentivo à Qualificação.(art.12, II).

O Incentivo à Qualificação terá por base percentual calculado sobre o padrão de

vencimento percebido pelo servidor, na forma do Anexo IV da Lei 11.091.. O benefício é

pago em percentuais, fixados na tabela, que podem variar de 5% a 75%. A tabela 1 se refere

ao anexo IV da Lei no 11.0910/05 que traz os percentuais de Incentivo à Qualificação do

servidor, nos casos de relação direta e indireta com a área de conhecimento:

TABELA DE PERCENTUAIS DE INCENTIVO À QUALIFICAÇÃO

Tabela 1 : Tabela de Percentuais de Incentivo à Qualificação

Percentuais de incentivoNível de

ClassificaçãoNível de escolaridade formal superior ao previsto para o

exercício do cargo (*)Área de conhecimento

com relação diretaÁrea de conhecimento com relação indireta

Ensino fundamental completo 10% -A Ensino médio completo 15% -

Ensino médio profissionalizante ou ensino médio com curso técnico completo ou título de educação formal de maior grau

20% 10%

Ensino fundamental completo 5% -B Ensino médio completo 10% -

Ensino médio profissionalizante ou ensino médio com curso técnico completo 15% 10%

Curso de graduação completo 20% 15%

Ensino fundamental completo 5% -

88

Ensino médio completo 8% -

C Ensino médio com curso técnico completo 10% 5% Curso de graduação completo 15% 10%

Especialização, superior ou igual a 360 h 27% 20%

Ensino médio completo 8% -D Curso de graduação completo 10% 5% Especialização, superior ou igual a 360h 27% 20% Mestrado ou título de educação formal de maior grau 52% 35% Especialização, superior ou igual a 360 h 27% 20%E Mestrado 52% 35%

Doutorado 75% 50%

(*) Curso reconhecido pelo Ministério da Educação

Fonte: Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005

Fundamentação:Arts. 11 e 12 da Lei nº 11.091, de 12.1.2005 Art.1º do Decreto nº 5.824, de 29.06.2006 Art.12 e 17 da MP nº 431 de 14.05.2008

11.5.1.3 Tramitação

A implantação do Incentivo à Qualificação se dá com base na relação dos servidores

habilitados onde os títulos, a qualquer tempo, podem ser apresentados diretamente à Secretaria

Geral de Recursos Humanos (SRH). O Incentivo à Qualificação, correspondente a um

percentual calculado sobre o vencimento básico, deverá ser requerido pelo servidor, em

Formulário próprio ao qual deverá ser anexado o certificado ou diploma de educação formal

em nível superior ao exigido para ingresso no cargo de que é titular, de acordo com os

procedimentos previstos pela SRH e disponibilizados no de Capacitação, Qualificação e

Avaliação.

As cópias autenticadas ou com fé pública do certificado de conclusão do curso (no

caso de especialização) ou diploma registrado (nos casos de mestrado e doutorado), deverão

ser registrados pela Instituição que ministrou o curso e entregues na SRH. Caso o diploma não

tenha sido emitido, é aceito o comprovante de homologação da defesa pela última instância

competente da Instituição onde foi obtido o título.

89

Os cursos que tenham relação direta com o cargo do servidor deverão ter sua validade

reconhecida pela SRH, para efeito da progressão por titulação. Caberá a SRH como unidade

de gestão de pessoas, certificar se o curso concluído é direta ou indiretamente relacionado

com o ambiente organizacional de atuação do servidor, no prazo de trinta dias após a data de

entrada do requerimento devidamente instruído.

11.5.2 Progressão Funcional por Mérito

A Progressão por Mérito Profissional é a mudança para o padrão de vencimento

imediatamente subseqüente, a cada 18 meses de efetivo exercício, desde que o servidor

apresente resultado fixado em programa de avaliação, observado o respectivo nível de

capacitação. (art. 10 § 2 Lei 11.095/05).

A progressão funcional por mérito terá por base a avaliação de desempenho a ser

realizada de acordo com as normas elaboradas pelo órgão de Recursos Humanos e aprovada

pelo Conselho Superior competente da IFE. Para este trabalho interessa a progressão

funcional por titulação.

11.6 Progressão Funcional do Servidor Docente da UFSCar

Segundo o artigo 16 do Anexo ao Decreto nº 94.664 de 23.07.87, a progressão nas

carreiras do Magistério poderá ocorrer, exclusivamente por titulação e desempenho

acadêmico, nos termos das normas regulamentares a serem expedidas pelo Ministro de

Estado da Educação:

I. de um nível para outro, imediatamente superior, dentro da mesma classe, feita após

o cumprimento, pelo docente, do interstício de dois anos no nível respectivo, mediante

avaliação de desempenho, ou interstício de quatro anos de atividade em órgão público.

II. de uma para outra classe, exceto para a de Professor Titular. Neste caso, a

progressão far-se-á sem interstício, por titulação ou mediante avaliação de desempenho

acadêmico do docente que não obtiver a titulação necessária mas que esteja, no mínimo, há

dois anos no nível 4 da respectiva classe ou com interstício de quatro anos de atividade em

órgão público.

90

Para este trabalho, destaca-se a progressão funcional por titulação. A progressão

funcional por titulação, de uma para outra classe da carreira do Magistério Superior de que

trata o inciso II do art. 16° do Anexo ao Decreto n.° 94.664/87, se dá, independentemente de

interstício, para o nível inicial:

I. da Classe de Professor Adjunto, mediante a obtenção do título de Doutor;

II. da Classe de Professor Assistente, mediante obtenção do grau de Mestre.

Na carreira do Magistério de 1° e 2º graus, a progressão funcional por titulação, se dá

independentemente de interstício, para o nível inicial:

a) da Classe E, mediante obtenção do grau de Mestre ou título de Doutor;

b) da Classe D, mediante obtenção de certificado de curso de especialização;

c) da Classe C, mediante obtenção de licenciatura plena ou habilitação legal;

d) da Classe B, mediante obtenção de licenciatura de 1° grau.

Na UFSCar a promoção na carreira docente é regida pela Portaria GR nº 887/08, de

31 de março de 2008, que regulamenta os procedimentos para a progressão funcional por

titulação e os critérios de avaliação de desempenho para progressão funcional dentro da

mesma classe da carreira do Magistério Superior. O docente poderá obter a Progressão

funcional por meio da Promoção vertical ou por meio da Promoção funcional dentro da

mesma classe. Esta última se faz exclusivamente mediante avaliação de desempenho e se dá

de um nível para outro dentro das classes de: Auxiliar, Assistente e Adjunto (art.11).

Em relação a Promoção vertical, diz o art. 2º da Portaria GR 887/08 :

A progressão funcional na carreira do Magistério Superior da UFSCar será

autorizada pelos órgãos competentes, observadas as seguintes disposições:

I – da classe de Professor Auxiliar para a de Professor Assistente, mediante

obtenção do título de Mestre em Programa de Pós-Graduação “stricto sensu”;

II – da classe de Professor Assistente para Professor Adjunto, mediante obtenção

de título de Doutor em Programa de Pós-Graduação “stricto sensu”;

91

III – da classe de Professor Adjunto para Professor Associado, mediante avaliação

de desempenho, conforme regulamentação vigente;

IV – da classe de Professor Associado para Professor Titular, mediante habilitação

em concurso público de provas e títulos.

A Progressão funcional por titulação é a promoção do servidor docente, de uma

classe para outra, se dá por Titulação e Avaliação de Desempenho. Para este trabalho

interessa Progressão Funcional pela Titulação.

11.6.1 Progressão Funcional por Titulação

A Progressão Funcional do docente através da Titulação é a progressão com mudança

da Classe. Esta progressão acontece independentemente de interstício, para o nível inicial da

Classe de Professor Assistente, mediante a apresentação do título de Mestre e para o nível

inicial da Classe de Professor Adjunto, mediante a apresentação do título de Doutor. É

necessário a conclusão de cursos de mestrado e doutorado.

Tramitação

A solicitação de progressão funcional de docente por titulação deve ser encaminhada

à chefia do respectivo departamento, mediante pedido de abertura de processo, acompanhada

da documentação exigida pela Portaria 887/08. O processo deverá ser encaminhado ao

Conselho de Pós-Graduação (CoPG) para análise e aprovação. Uma vez apreciada e aprovada

pela Câmara de Pós-Graduação, a solicitação de progressão funcional por titulação será

encaminhada ao Reitor, ao qual caberá homologar a decisão do Conselho e determinar a

adoção das medidas administrativas cabíveis. (art. 8º).

11.7 A Qualificação do Servidor Técnico-Administrativo e a Promoção de Docente

Em relação ao tema estudado, faz-se necessário distinguir as expressões qualificação e

promoção. A primeira, diz respeito à progressão que o servidor técnico-administrativo atinge

quando conclui cursos de educação formal, de graduação ou pós-graduação (especialização,

mestrado ou doutorado). Nesses casos, o servidor deve apresentar o certificado de conclusão

92

do curso na Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e lá é verificado se o curso

concluído é direta ou indiretamente relacionado com o ambiente organizacional de atuação do

servidor, no prazo de trinta dias após a data de entrada do requerimento devidamente instruído

(art.1, § 3 Decreto 5824/06).

Quanto à promoção, esta é relacionada somente aos docentes que progridem na

carreira quando concluem seus cursos de mestrado e doutorado. Neste caso, está previsto na

Portaria GR 887/08 que o Conselho de Pós-Graduação é que aprovará as promoções de

docentes. Após a homologação do Conselho, a Reitoria emitirá um Ato aprovando a

promoção do docente.

12. O Afastamento do Servidor para Capacitação

Os servidores que pretendam fazer cursos de aperfeiçoamento, graduação ou pós-

graduação possuem o direito ao afastamento de suas atividades. Para isso, todos os direitos e

vantagens a que fizerem jus em razão do respectivo cargo ou emprego, estarão assegurados

durante os períodos de afastamentos.

Segundo o art. 47 do Anexo ao Decreto n° 94.664/87, o servidor Docente e Técnico-

Administrativo poderá afastar-se de suas funções, assegurados todos os direitos e vantagens a

que fizer jus em razão da atividade docente:

I. para aperfeiçoar-se em instituição nacional ou estrangeira;

93

II. para prestar colaboração a outra instituição de ensino ou de pesquisa;

III. para comparecer a congresso ou reunião relacionados com atividades acadêmicas;

IV. para participar de órgão de deliberação coletiva ou outros relacionados com as

funções acadêmicas.

Segundo o artigo 31 da Portaria MEC 475 de 26/08/87, esses afastamentos serão

concedidos à vista do parecer do Departamento ou Unidade de Ensino correspondente, no

caso de servidor docente, e da unidade de lotação no caso de servidor técnico-administrativo.

O prazo de autorização para o afastamento para aperfeiçoamento em instituição

nacional ou estrangeira será regulamentado pela Instituição, no caso da UFSCar pela Portaria

GR 432/90 e dependerá da natureza da proposta de aperfeiçoamento, não podendo exceder,

em nenhuma hipótese, o prazo de cinco anos. (art. 47, § 2º). Neste caso importará no

compromisso de, ao seu retorno, o servidor permanecer, obrigatoriamente, na Instituição, por

tempo igual ao do afastamento, incluídas as prorrogações, sob pena de indenização de todas

as despesas. Isso também se aplica ao servidor que realizar curso de pós-graduação na

Instituição a que pertença. (art. 47§ 4º).

O afastamento para prestar colaboração à outra instituição de ensino ou pesquisa não

poderá exceder a quatro anos, após o que o servidor perderá o cargo ou emprego na IFE de

origem. (art. 47,§ 2º).

Vale dizer que, para este trabalho interessa o afastamento para o servidor que deseja

aperfeiçoar-se em instituições nacionais ou estrangeiras, ou seja, o afastamento para

capacitação.

12.1. Afastamentos de Servidores da UFSCar

Na UFSCar, tanto os docentes como os TAs devem solicitar o afastamento parcial ou

total, observando o disposto na Portaria GR 432/90, de 22 de outubro de 1990, que dispõe

sobre o afastamento de docentes para realização de atividades de capacitação, sempre que

pretendam:

I - realizar estágios de formação e aperfeiçoamento profissional;

94

II - realizar cursos de Aperfeiçoamento ou Especialização, Programas de

Atualização e outros cursos similares;

III - obter titulação em cursos de Mestrado e Doutorado;

IV - realizar programa de Pós-Doutorado.

Para desempenhar essas atividades o servidor deverá solicitar afastamento integral

ou parcial das suas funções.

De acordo com a Portaria GR 432/90, o afastamento integral é aquele concedido por

um prazo determinado e não periódico, para que o docente este possa dedicar-se

integralmente ao desenvolvimento das atividades objeto do afastamento, sendo para isso

liberado de todos os seus encargos acadêmicos e administrativos junto à Universidade (art.

3°). Já o afastamento parcial, é o afastamento periódico, concedido ao docente em

determinados dias da semana e por um prazo determinado, para que este possa desenvolver as

atividades objeto do afastamento, sem prejuízo, no entanto, de seus encargos acadêmicos e

administrativos junto à Universidade, nos dias em que não estiver afastado (art. 4°).

Segundo a mesma Portaria, o afastamento integral poderá ser solicitado por um

prazo de até um ano, podendo ser renovado ou prorrogado e o afastamento parcial poderá ser

solicitado por um prazo de até seis meses, liberando o docente, no máximo, por períodos de

até três dias por semana, podendo ser renovado ou prorrogado nos termos da Portaria. (arts.

5ºe 6 º).

Com relação aos prazos para obtenção de titulação em cursos de Mestrado e

Doutorado, observa-se os artigos 9º e 10º da Portaria.

Diz o art. 9º que, para a obtenção de titulação em cursos de Mestrado, os

afastamentos terão as seguintes durações máximas:

I - 30 meses, se exclusivamente integrais;

II - três anos, se integrais e parciais;

III - quatro anos, se exclusivamente parciais.

Art. 10º- Para a obtenção de titulação em cursos de Doutorado, os afastamentos

terão as seguintes durações máximas:

95

I - quatro anos, se exclusivamente integrais;

II - cinco anos, se integrais e parciais;

III - seis anos, se exclusivamente parciais.

O servidor não poderá pedir suspensão contratual nem demissão do cargo, após seu

retorno à Universidade antes de decorrido prazo igual ao período do afastamento, incluídas as

prorrogações. No caso de afastamento parcial o prazo de permanência na UFSCar será igual a

soma do número de dias do meu afastamento.

Dessa forma, ao término de qualquer tipo de afastamento o docente beneficiado

deverá apresentar relatório de suas atividades no afastamento, de acordo com o que dispõe o

Título VI da Portaria. (art. 2° § 2°). Os relatórios dos afastamentos para obter titulação

(mestrado e doutorado) devem ser encaminhados semestralmente às Câmaras

Departamentais, devendo ser aprovados nos Conselho do Centro respectivo e no Conselho de

Pós-Graduação (CoPG).

12.2 Tramitação do Afastamento

O afastamento para fins de obtenção de título de mestrado e doutorado em instituições

nacionais ou estrangeiras, na UFSCar, tem início com um processo. A Portaria GR 432/90 diz

que para o encaminhamento do pedido inicial de qualquer tipo de afastamento superior a

trinta dias, o Departamento deverá providenciar a abertura de um processo, ao qual será

anexada toda a documentação pertinente. Os relatórios desse afastamento, bem como os

pedidos de renovação ou prorrogação, deverão ser anexados a esse processo (art. 29).

Com o parecer do Departamento correspondente, no caso de docente, e da unidade de

lotação, no caso do servidor técnico-administrativo, o processo de afastamento é caminhado à

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) para análise

da documentação. Após isso, deverá ser aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação (CoPG) e

finalmente volta para o Departamento ou unidade a qual o servidor está lotado, onde fica

arquivado.

O pedido de afastamento integral ou parcial no país ou fora do país com duração

superior a trinta dias, para fins de obter titulação em cursos de Mestrado e Doutorado, será

96

submetido a aprovação: da Câmara do Departamento; do Conselho Interdepartamental do

Centro respectivo, e do Conselho de Pós-Graduação (arts. 31, 32 e 33). No caso de

afastamentos para o exterior, o Conselho de Pós-Graduação (CoPG), após aprovação,

encaminhará o pedido à Reitoria para determinação das medidas cabíveis e para

encaminhamento ao MEC para a aprovação final. (art. 33, parágrafo único).

Os servidores com afastamentos para aperfeiçoamento, com prazo total superior a

trinta dias, deverão apresentar relatórios de afastamento, de acordo com o Anexo 5 da

Portaria e deverão ser aprovados pela Câmara Departamental; pelo Conselho

Interdepartamental do Centro respectivo, e pelo Conselho de Pós-Graduação.

a) Afastamentos no país: O servidor docente ou TA deverá solicitar aprovação de sua saída

ao Departamento ao qual estiver alocado, com o consentimento da chefia imediata. A

solicitação inicial dá origem a um processo que é encaminhado para a SRH para análise das

questões funcionais e após para a ProPG. Feito isto, a ProPG encaminha para a aprovação do

Conselho de Pós-Graduação (CoPG). E para finalizar, é feito um Ato Administrativo e assim

o processo segue para o Departamento ou unidade do servidor.

b)Afastamentos para o exterior: A solicitação inicial dá origem a um processo que terá o

mesmo rito do afastamento no país. O afastamento do servidor também é aprovado no CoPG

quanto ao mérito e na SRH que analisará as questões funcionais. Por fim os afastamentos

para o exterior deverão ser autorizados pelo Reitor, e após publicados no D.O.U.

12.3 Servidores da UFSCar afastados para Capacitação

Os servidores da UFSCar podem solicitar o afastamento de suas atividades para

aperfeiçoamento em instituições nacionais ou estrangeiras, sem prejuízo de seus

vencimentos, devendo apresentar semestralmente os relatórios de suas atividades.Assim, para

cursar pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, é necessário que os servidores solicitem o

afastamento de suas atividades. Para isso, devem observar a Portaria GR 432/90, que dispõe

sobre o afastamento de docentes para realização de atividades de capacitação. Atualmente os

servidores TAs e docentes devem seguir a mesma Portaria.

As informações contidas no Apêndice 3 referem-se aos dados coletados na ProPG. O

levantamento feito no primeiro semestre de 2010, com base em dados fornecidos pela ProPG.

97

São servidores docentes e Tas afastados entre os anos de 2006 até o primeiro semestre de

2010. Observou-se que desde 2006, 103 servidores se afastaram para cursar especialização,

mestrado ou doutorado. A decisão do Conselho de Pós-Graduação têm sido favorável aos

afastamentos. As tabelas 2 e 3 resumem as informações contidas no Apêndice 3 ao final deste

trabalho demonstrando a situação dos afastamentos para capacitação na UFSCar no período

citado.

Tabela 2 : Afastamentos dos servidores da UFSCar para capacitação

Docente TA nível médio T.A nível superior

Total

Mestrado 01 12 14 27Doutorado 56 5 8 69Especialização 04 0 3 07Total 61 17 25 103Fonte: Elaborado pela autora

No período de 2006 até o primeiro semestre de 2010, um total de 103 servidores (TAs

e docentes) se afastaram de suas atividades para cursar a Pós-Graduação Desse total, 61 são

servidores docentes e 17 servidores técnico-administrativos de nível médio e 25 de nível

superior, num total de 42 TAs. Observa-se que mais da metade dos servidores afastados são

docentes, a grande maioria deles se afastaram para cursar o doutorado. Somente 1 docente se

afastou para cursar o mestrado nesse período. Em relação aos TAs, a maioria deles se

afastaram para cursar o mestrado.

Dos 103 servidores, 61 são docentes e 42 são TAs de vários setores e departamentos

da UFSCar, conforme gráfico 2.

Docentes afastados 61TAs afastados 42Situação em 06/2010

98

Gráfico 1: Servidores afastados para capacitação

Fonte: Elaborado pela autora

Observa-se que a maioria dos servidores afastados para capacitação nesse período é

composta por docentes.

Tabela 3: Afastamentos para capacitação por ano

Ano do afastamento Docentes TAs Total2006 05 01 062007 06 04 102008 08 03 112009 41 22 632010 (1 sem) 25 31 56

146**Este valor se refere aos novos afastamentos e renovações dos pedidos de afastamentos.

Fonte: Elaborado pela autora

Observa-se que a partir de 2009 houve uma crescente procura dos servidores docentes

e TAs pelo afastamento para capacitação na UFSCar. Antes de 2006, poucos servidores se

afastaram. Em 2009, 41 docentes estiveram afastados para capacitação. Já em 2010, os

servidores que mais se afastaram para cursar a Pós-Graduação foram os TAs. No período

houve 43 pedidos de renovações de afastamentos.

99

Gráfico 2: Afastamentos para capacitação por ano

Fonte: Elaborado pela autora

Percebe-se que no ano de 2009 mais servidores se afastaram de suas funções em busca

da capacitação.

12.3.1 Características dos Servidores afastados

Entre os servidores afastados há docentes, TAs de nível médio e superior. Dentre eles,

os docentes são os que mais se afastaram para capacitação no período, seguidos pelos TAs de

nível superior.

Docentes TA nível médio T.A nível superior Total61 17 25 103

100

Gráfico 3: Características dos servidores afastados para capacitação

Fonte: Elaborado pela autora

Os docentes ainda lideram os afastamentos para capacitação, seguidos pelos TAs de

nível superior. Pelo gráfico 3 observa-se também que nesse período muitos TAs de nível

médio buscam o afastamento pra capacitação.

12.3.2 Cursos de Pós-Graduação freqüentados pelos Servidores

Entre os anos de 2006 até o primeiro semestre de 2010, 103 servidores docentes e

técnicos-administrativos de nível médio e superior, estiveram afastados de suas atividades,

para cursarem pós-graduação. Desse total, 07 servidores se afastaram para cursar

especialização, 27 para cursar mestrado e 69 para doutorado. Observou-se que a maioria dos

servidores são docentes afastados para cursar doutorado. Os gráficos 4 e 5 foram elaborados

de acordo com Apêndice 3 e demonstram a situação:

Servidores afastados para cursar especialização 07Servidores afastados para cursar Mestrado 27Servidores afastados para cursar Doutorado 69Situação em 06/2010

101

Gráfico 4: Cursos de Pós-Graduação freqüentados pelos servidores

Fonte: Elaborado pela autora

O gráfico 4 demonstra que a maioria dos servidores afastados são docentes cujo

objetivo é cursar o doutorado.

12.3.3 Universidades escolhidas para cursar Pós-Graduação

Do total de 103 servidores afastados no período, 47 servidores cursam ou cursaram os

Programas da UFSCar, 26 servidores escolheram a USP, 11 servidores escolheram a

UNICAMP para fazer a pós-graduação, 9 servidores escolheram a UNESP e 10 servidores se

matricularam em outras universidades. A USP foi a segunda instituição mais procurada pelos

servidores, tendo em São Carlos 10 servidores e a USP de São Paulo com 11 servidores.

Segue gráfico 5 para ilustração:

102

Gráfico 5: Universidades escolhidas para cursar pós-graduação

Fonte: Elaborado pela autora

A UFSCar ainda é a universidade mais procurada pelos servidores docentes e TAs

para cursar pós-graduação. Em seguida a USP foi a universidade mais procurada.

103

13. Os Servidores da UFSCar e a Pós-Graduação

Atualmente muitos servidores da UFSCar tem procurado a pós-graduação com os

objetivos, principalmente de progressão na carreira, crescimento profissional e também

pessoal.

Para este trabalho, foi necessário fazer um levantamento de dados em relação ao nível

de escolaridade dos servidores e assim chegou-se a alguns resultados conforme as tabelas e

gráficos a seguir. As informações foram coletadas na SRH e na ProPG e nos PPGs e com isso

procurou-se demonstrar a atual situação dos servidores na pós-graduação. A seguir, estudo

feito com base em informações sobre esses servidores:

13.1 Situação dos Servidores Docentes

Atualmente a UFSCar conta com um total de 974 docentes, incluindo os docentes de

ensino básico, técnico e tecnológico. Desse total, 77 possuem curso de Mestrado e 884 com

curso de Doutorado.

Mestrado 77Doutorado 884Total 961* *Situação em 31/07/10

Gráfico 6: Docentes com pós-graduação

Fonte: Elaborado pela autora

104

Observa-se que quase a totalidade dos docentes da UFSCar possuem o doutorado.

13.2 Situação dos Servidores Técnicos-Administrativos

A UFSCar conta hoje com 868 TAs distribuídos entre os níveis de apoio (classes A e

B), nível médio (classes C e D) e nível superior (classe E). Há 113 servidores no nível de

apoio, 565 servidores de nível médio e 190 servidores de nível superior. No total são 372

pessoas com graduação, 147 com especialização, 54 com mestrado e 25 técnicos já possuem o

doutorado. A tabela 4 demonstra os níveis de escolaridade desses servidores.

Tabela 4: Situação dos Servidores Técnicos-Administrativos

Servidores Total de Servidores*

Graduação Especialização Mestrado Doutorado

Técnico Administrativo de Nível de Apoio (classes A e B)

113 0 0 0 0

Técnico Administrativo Nível Médio (classes C e D)

565 182 72 20 06

Técnico Administrativo Nível Superior (classe E)

190 190 75 34 19

Total 868 372 147 54 25

* Situação em 31.07.2010

Fonte: Elaborado pela autora

13.3 Escolaridade dos Servidores Técnicos Administrativos

Observou-se que uma boa parte dos TAs de nível médio aproxima-se da escolaridade

dos técnicos de nível superior, em relação aos cursos de graduação, especialização e

mestrado. Dos 565 TAs de nível médio, 182 possuem curso de graduação, 72 possuem

especialização e 20 possuem mestrado. Esses números aproximam-se dos 190 TAs com nível

superior, 75 com especialização e 34 com mestrado. Em relação ao doutorado, a grande

105

maioria é composta por TA de nível superior. Por outro lado, observa-se que nenhum servidor

de nível de apoio possui graduação. O gráfico 7 representa essa relação:

Gráfico 7: Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos

Fonte: Elaborado pela autora

Atualmente a UFSCar conta com um total de 868 TAs de nível de apoio, médio e

superior11. Sendo a graduação pré-requisito para o acesso à pós-graduação, verifica-se que dos

868 técnicos, 372 possuem graduação. Dessas 372 pessoas 54 já concluíram o curso de

mestrado e 25 já concluíram o curso de doutorado. Conclui-se que desse número, restam 318

pessoas aptas para o mestrado e 25 aptas a fazer o doutorado, não considerando o doutorado

direto.

Tabela 5: Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos

Servidores Total Possuem Graduação

Possuem Mestrado

Não Possuem Mestrado

PossuemDoutorado

Não Possuem

DoutoradoTécnicos -Administrativos

868 372 54 318 25 29

11 Segundo informações fornecidas pela SRH em 31/07/10.

106

Fonte: Elaborado pela autora

13.4 Alunos -Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar

O quadro 2 foi elaborado de acordo com as informações levantadas com os 33

Programas de Pós-Graduação existentes na UFSCar. Tratou-se de levantar quantos servidores,

entre docentes e técnicos-administrativos, frequentam ou já frequentaram esses Programas.

Foram consideradas as informações desde o ano de 2006 até o primeiro semestre de 2010.

107

Programa Nome do servidor Docente ou T.A

Setor da UFSCar Mestrado acadêmico, doutorado ou mestrado profissional

Ano de ingresso

Ano de conclusão Desistência

PPGAeA Não há alunos servidores

PPGADR

Afra Vital Matos Dias Gabriel

T.A. SE /CCA Mestrado Acadêmico 2007 2010 Não

Marcos Antônio Pavão T.A. CCA Mestrado Acadêmico 2010 2012 Não

Vitória Anselma Schmidt T.A. DBV Mestrado Acadêmico 2009 2011 Não

PPGAS Não há alunos servidoresPPIGCF Não há alunos servidores

PPGCiv Alex Elias Carlino T.A. PU/DIFO Mestrado Acadêmico 2009 Em andamento Não

Cássio Barbosa Teixeira Martingo

T.A. Divisão de Infra-estrutura Desenv Físico de Sorocaba

Mestrado Acadêmico 2009 Em andamento Não

Carlos Azevedo Marcassa T.A. Divisão de Infra-estrutura Desenv Físico de Sorocaba

Mestrado Acadêmico 2009 - Desligado

Marcelo Pinarelli Cover T.A. Departamento de ProjetosSão Carlos

Mestrado Acadêmico 2009 Em andameno Não

PPGCEM Armando Ítalo Sette Antonialli Docente DEMa Doutorado 2009 2013 Não

PPGCM

Juliana de Souza Santos Silva T.A. DeQ Mestrado Acadêmico 2010 2011 NãoMarcos Vinícius Camargo Oishi T.A. DeQ Mestrado Acadêmico 2009 2011 Sim

Jandira Ferreira de Jesus Rossi T.A. BCo Mestrado Acadêmico 2008 2010 NãoElis Regina Alves dos Santos T.A. USE Mestrado Acadêmico 2009 2010 Não

108

PPGCTS

Antonio Carlos Lopes da Silva T.A. SPDI Mestrado Acadêmico 2009 2011 NãoMarcia Cristina Barbosa de Oliveira

T.A. SRH Mestrado Acadêmico 2010 2012 Não

Silvana Aparecida Perseguino T.A. SAR/GR Mestrado Acadêmico 2010 2012 NãoVera Aparecida Lui Guimarães T.A. NIT/DEMA Mestrado Acadêmico 2010 2012 NãoClaudia de M. B. de Oliveria T.A. PPGPol Mestrado Acadêmico 2010 2012 NãoPatrícia Cristina Magdalena T.A. USE Mestrado Acadêmico 2010 - Sim

PPGCSo Não há alunos servidores

PPGDBC Renato Kenji Kimura T.A. Coord. Curso de Licenc. em Ciências Biológicas

Mestrado Acadêmico 2009 2011 Não

PPGEc Não há alunos servidores

PPGE

Juliane Raniro Docente DAC Mestrado Acadêmico 2006 2008 NãoFred Siqueira Cavalcante Docente DAC Doutorado 2006 2010 NãoIsamara Alves Carvalho Docente DAC Doutorado 2006 Em andamento NãoRosana Batista Monteiro Docente DeEd Doutorado 2006 2010 NãoRita de Cássia B. Santos T.A. USE Doutorado 2009 Em andamento Não

Silvia Maria Perez T.A. SIN Doutorado 2009 Em andamento Não

Meire Moreira Cordeiro T.A. ProGrad Mestrado Acadêmico 2008Em andamento Não

Carla Regina Silva Docente DTO Doutorado 2007 Em andamento NãoAna Paula R. da Silva T.A. PPGEEs Mestrado Acadêmico 2007 2009 NãoDjalma Ribeiro Jr. T.A. Seção de Produção áudio –visual Mestrado Acadêmico 2007 2009 NãoDaniela Dotto Machado Docente DeMe Doutorado 2010 Em andamento NãoLígia Leite Castelli T.A. Departamento Açao Cultural Mestrado Acadêmico 2007 - SimAdriana Maria Caram Docente UAC Mestrado Acadêmico 2007 2009 Não

PPGEEs Karina Piccin Zanni Docente DTO Mestrado Acadêmico 2008 2010 Não

PPGECE Dari Campolina de Onofre T.A. DF Mestrado Profissional2008 2010 Não

PPGERN

Natália Allenspach de Souza T.A. DeMed Mestrado Acadêmico 2007 2009 Não

Carlos Augusto de S. Martins Filho

T.A. Departamento.Biotecnologia Vegetal/Araras Doutorado 2007 2011 Não

Maristela Imatomi T.A. DB Doutorado 2008 2012 NãoMarco Antonio Bertini T.A. DB Doutorado 2009 2013 Não

PPGEnf Não há alunos servidoresPPGEst Estela Maris Pereira Bereta Docente DEs Doutorado 2008 Em andamento NãoPPGFil Paulo Sérgio Casella T.A. DAC Mestrado Acadêmico 2008 2011 Não

PPGF Não há alunos servidoresPPGFt

109

Gilve Orlandi Bannitz Shiguemoto

T.A. USE Mestrado Acadêmico 2008 Em andamento Não

Nelcy Vera Nunes Simões Docente DFisio Doutorado 2006 2008 NãoPPGGEv Não há alunos servidores

PPGEP

Luciano Mitidieri Bento Garcia T.A. SPDI Doutorado 2007 2011 Não

Roberto Fernandes Tavares Neto Docente DEP Doutorado 2008 2012 Não

João Eduardo Azevedo Ramos da Silva

Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2008 2012 Não

Ana Beatriz Lopes de Sousa Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2008 2009 Não

Itamar Aparecido Lorenzo Docente DCiv Doutorado 2004 2008 Não

Ricardo Coser Mergulhão Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2003 2007 Não

Isaias Torres Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2003 2007 Não

Alda Maria Napolitano Sanchez T.A. ProAd Mestrado Acadêmico 2004 2007 Não

Eli Angela Vitor Toso Docente DAC Doutorado 2004 2008 Não

Glauber Lúcio Alves Santiago Docente DAC Doutorado 2003 2006 NãoMoacir Scarpelli Docente DEP Doutorado 2001 2006 NãoÉderson Luiz Piato Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2007 2011 NãoRoniberto Morato do Amaral Docente DCI Doutorado 2006 2010 NãoSilvana Lopes dos Santos T.A. DPsi Mestrado Acadêmico 2005 2007 NãoMarco Antonio Cavasin Zabotto Docente DC Doutorado 2003 2010 Não

PPGEQ Guilherme Martins Grosseli T.A. DEQ Mestrado Acadêmico 2009 2011 NãoPPGEU Elizabeth Valdetaro Salvador T.A. EDF Mestrado Acadêmico 2009 2011 NãoPPGIS Adriano Soriano Barbuto Docente DAC Mestrado Acadêmico 2008 2010 Não

110

Pedro Dolosic Cordebello T.A. DAC Mestrado Acadêmico 2010 2012 Não

PPGM Não há alunos servidoresPPGL Não há alunos servidores

PPGPol Não há alunos servidoresPPGPsi Lisandrea Rodrigues Menegasso

GennaroT.A. USE Doutorado 2008 2012 Não

PPGQ Thais Correa Castral T.A. PPGEQ Doutorado 2009 Em andamento Não

Dorai Periotto Zandonai T.A. DQ Mestrado Profissional 2010 Em andamento Não

Juliana Milanez T.A. DQ Doutorado 2004 2008 Não

PPGS Érica Ap. Kawakami Mattioli T.A. Núcleo de Extensão UFSCar-Escola Doutorado 2010 2014 Não

PPGTO Não há alunos servidores*Situação em 04/2010

Quadro 2 : Alunos servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar

Fonte: Elaborado pela autora

111

112

De acordo com as informações levantadas nos 33 programas de Pós-Graduação da UFSCar, podemos resumir o quadro 2 da seguinte forma:

Tabela 6: Resumo

Fonte: Elaborado pela autora

No período de 2003 a 2010, verificou-se a presença de 42 servidores técnicos-

administrativos e 24 docentes nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar. Pode-se observar

que a maioria das pessoas que procuraram os PPGs são TAs para cursar Mestrado. No

Doutorado a procura maior é pelos docentes. Verifica-se que em 2010 cursam ainda, 32 TAs e

14 docentes. Houve apenas 4 desistências nesse período.

Tabela 7: Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar

Servidores Mestrado Acadêmico Mestrado Profissional Doutorado TotalTécnicos Administrativos

30 2 10 42

Docentes 4 - 20 24Total 34 2 30 66Fonte: Elaborado pela autora

A maioria dos TAs que passaram pelos PPGs escolheram o cursar o mestrado

acadêmico. Não houve procura do mestrado profissional pelos docentes.

ALUNOS SERVIDORES Técnicos-Administrativos

Docentes Total

Servidores nos PPGs 42 24 66

Servidores que atualmente cursam os PPGs 32 14 46

Servidores no Mestrado 28 4 32

Servidores no Doutorado 10 20 30

Desistentes 4 0 04

113

Acesso Anual dos Técnicos - Administrativos nos Programas de Pós-Graduação da

UFSCar

A tabela abaixo informa sobre a entrada anual dos servidores TAs e Docentes nos Programas

de Pós-Graduação.

Tabela 8: Acesso anual dos Técnicos - Administrativos nos Programas da UFSCar

Entrada Mestrado Acadêmico Mestrado Profissional DoutoradoAntes de 2006 2 - 12006 - - -2007 5 - 22008 2 1 22009 11 - 32010 8 1 1Fonte: Elaborado pela autora

Antes de 2006, observou-se que apenas 3 servidores TAs procuraram os PPGs para

cursar a pós-graduação. Após 2006, 36 servidores TAs procuraram os PPGs para cursar a pós-

graduação, sendo que o mestrado acadêmico foi o curso mais procurado. No ano de 2009,

houve a maior procura pelo mestrado acadêmico, com 11 TAs.

13.5 Situação dos Alunos Servidores nos Programas de Pós-Graduação

Quanto aos alunos dos PPGs no período de 2003 até o 1. Semestre de 2010, 42 são

TAs e 24 são docentes. A maioria dos servidores que procuram os PPGs para cursar a pós-

graduação são TAs, conforme demonstra o gráfico 8.

TAs 42

Docentes 24

Total 66

114

Gráfico 8: Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar

Fonte: Elaborado pela autora

Observa-se que os servidores técnicos-administrativos são maioria nos Programas de

Pós-Graduação da UFSCar.

Nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar, 46 servidores docentes e TAs ainda

estão cursando, 16 servidores já concluíram os cursos e apenas 4 servidores desistiram dos

cursos nos PPGs.

Servidores ativos nos Programas 46

Servidores que já concluíram o curso

16

Desistentes 04

115

Gráfico 9: Situação dos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar

Fonte: Elaborado pela autora

Houve poucas desistências pelos servidores nos cursos de Pós-Graduação da UFSCar.

13.6 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores

Pelas informações coletadas, dentro do período estudado, pode-se observar também

que, dos 66 servidores (docentes e TAs ), 34 servidores ingressaram no mestrado acadêmico e

30 servidores ingressaram no doutorado.

Nota-se que a maior parte dos servidores que buscam os Programas de pós-graduação

da UFSCar são TAs, de nível médio ou superior, com 30 servidores visando o mestrado

acadêmico. O curso de doutorado é mais procurado pelos docentes (20). Apenas 2 servidores

escolheram o mestrado profissional dentro da UFSCar.

116

Tabela 9: Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores

Docentes TAs Total

Mestrado Acadêmico 4 30 34

Doutorado 20 10 30

Mestrado Profissional 0 2 2

Total 24 42 66

Fonte: Elaborado pela autora

Gráfico 10: Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores

Fonte: Elaborado pela autora

Observou-se que a maioria dos servidores que procuram os PPGs são TAs que

objetivam cursar o mestrado acadêmico. Também no curso de doutorado, a maioria dos

servidores que freqüentam são docentes.

13.7 Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos servidores

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSCar (PPGEP) foi o

Programa mais procurado pelos servidores docentes e TAs, contando com 15 alunos. Em

117

seguida vem o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) com 13 alunos servidores e

o terceiro programa mais desejado foi o de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e

Sociedade (PPGCTS), por ser um Programa Multidisciplinar, também recebeu alunos-

servidores, contando com 8 no total.

Os Programas que receberam apenas 1 servidor cada são: PPGCEM, PPGDBC,

PPGEES, PPGECE, PPGEST, PPGFIL,PPGEQ,PPGEU, PPGS. Os Programas de menor

interesse pelos servidores são: PPGAS, PPIGCF, PPGCSo, PPGENF, PPGF, PPGGEV,

PPGM, PPGL , PPGPOL, que não receberam nenhum servidor. Por serem recentes, os

Programas em Terapia Ocupacional (PPGTO), Agricultura e Ambiente (PPGAeA) e

Economia (PPGEc), cujos processos seletivos aconteceram em 2010, também não receberam

aluno- servidores.

Gráfico 11: Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos servidores

Fonte: Elaborado pela autora

O programa de pós-graduação mais procurado pelos servidores TAs foi o PPGEP

seguido pelo PPGE.

118

13.8 Critérios de Seleção nos Programas de Pós-Graduação

A UFSCar possui atualmente 33 Programas de Pós-Graduação que oferecem cursos de

Mestrado, Doutorado e Mestrado Profissional, todos com boa avaliação pela CAPES. Cada

Programa de Pós-Graduação possui um Regimento Interno próprio e por isso possuem

liberdade para compor seus processos seletivos de forma independente. Cada Comissão de

Pós-Graduação dentro dos Programas, decide e analisa a forma de ingresso nos cursos.

Normalmente, as vagas para os cursos de mestrado e doutorado no país são abertas

entre o fim e o início de cada ano. As regras do processo de seleção dos candidatos variam

muito de instituição para instituição, mas é comum ser exigido além do diploma de graduação

- para o mestrado - e do título de mestre - para o doutorado - conhecimentos na área do

programa e experiência em projetos de pesquisas.

Para avaliar os conhecimentos dos candidatos grande parte das universidades aplica

provas escritas, analisa de currículos e entrevista candidatos. No caso de provas escritas, em

algumas áreas, inclusive, são realizados exames nacionais. É o caso, por exemplo da área de

Administração, com o teste da ANPAD (Associação Nacional dos Programas de Pós-

Graduação em Administração).

A UFSCar também utiliza em seus Programas de Pós-Graduação (PPGs) esse modelo

de seleção, como pode-se observar pelo quadro 3, que descreve resumidamente os critérios de

ingresso nos cursos de pós-graduação da UFSCar, e foi elaborada com base nas informações

coletadas nos sites de cada Programa, referindo-se aos processos seletivos de 2009 e 2010.

119

Critérios de Seleção dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar MESTRADO DOUTORADO

Programas Prova de Inglês

Provas Escritas (conhecimentos )

Projeto de Pesquisa

Curriculo Histórico Escolar

Entrevista/Exame Oral

Cartas de aceitação/recomendação

Provas Escritas(Proficiência em línguas)

Projeto de Pesquisa

HistóricoEscolar

Curriculo Entrevista/Exame Oral

Cartas de aceitação/recomendação

Artigos Publicados

PPGAeA X X X X X X X XPPGADR X X XPPGAS X X X X X X XPPGBiotec X X X X X XPPGCC X X X X X X XPPGCM X X XPPGCEM X X X X X X X X X X XPPGPol X X x X X X X XPPGCTS X X X X XPIPGCF X X X X X XPPGCiv X X XPPGDBC X X X XPPGERN X X X X XPPGEc X X XPPGE X X X X X X XPPGEEs X X X X X X X X X XPPGEnf X X X X XPPGEP X X X X X X XPPGEQ X X X XPPGEU X X X X X X XPPGECE X XPPGEst X X X X X XPPGFil X X X X X X X X X X XPPGF X X X X X X XPPGFt X X X X X X XPPGEv X X X X X X X XPPGIS X X X XPPGL X X X X X X XPPGM X X X X X X X X X XPPGPsi X X X X X X X X X XPPGQ X X X X X X X X X X XPPGS X X X X X X X X X XPPGTO X X X X XQuadro 3 : Critérios de Seleções dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar

Fonte: Elaborado pela autora

120

As provas escritas dos PPGs são compostas por questões fundamentais referentes aos

assuntos técnicos do programa. Observa-se também que a maioria dos PPGs exigem a

apresentação de pré-projeto de dissertação ou tese, ou seja, um documento escrito que

apresente a idéia do trabalho científico. E é aí que, de acordo com os especialistas, os

candidatos encontram as maiores dificuldades. Ainda mais aqueles que não têm sequer uma

idéia do que pesquisar.

A proposta do pré-projeto deve se enquadrar nas linhas e áreas já trabalhadas pela

universidade. O tema também precisa ser aceito por um orientador. Recomenda-se que o

candidato peça sugestões a ele antes mesmo de candidatar-se a pós.

A análise de currículos também é praticada com bastante freqüência. Recomenda-se o

uso do modelo da Plataforma Lattes, do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico). Nesse documento deve conter os dados gerais da formação e as

experiências profissionais, assim como a publicação de artigos e as participações em eventos,

congressos e projetos de pesquisa.

Nas entrevistas e na análise do currículo é observado se o candidato possui experiência

acadêmica, ou seja, experiência em pesquisa, participação em seminários e congressos, se

recebeu bolsas no mestrado, se houve Iniciação Científica, PET ou monitoria, assim como

sobre orientação de alunos de Iniciação Científica. Pode ser analisado também, se o candidato

possui publicações de artigos científicos em periódicos nacionais ou internacionais. No caso

dos mestrados profissionais em Química e Ensino de Ciências Exatas, além das provas e

plano de trabalho, o candidato também é entrevistado sendo avaliado no currículo sua

trajetória profissional, formação acadêmica e profissional, experiência e produção intelectual

e técnica do candidato. Além disso, o candidato deve contar com o interesse da empresa ou

instituição onde trabalha, comprovando o interesse na formação do aluno em mestrado

profissional.

Em alguns PPGs, o candidato deve anexar ao currículo, uma carta de intenções,

apresentando os interesses e expectativa em relação ao curso e ao título. Poderão ser

apresentados também os conhecimentos, experiências e vivências.

121

Além de todos esses processos, é desejável ter o domínio de pelo menos uma língua

estrangeira, no mestrado, e duas, no doutorado. Alguns Programas, inclusive, exigem a

realização de exames de proficiência, como o Toefl, que analisa a capacidade de

conhecimento da língua inglesa, pois no mestrado e doutorado é muito comum a utilização de

referências bibliográficas em outros idiomas.

Observou-se através dessas informações que, quase a totalidade dos Programas

possuem um processo seletivo semelhante. Além disso, na maioria dos Programas, o número

de vagas é variável a cada processo seletivo, ou seja, entrar nesses cursos depende do

desempenho do aluno.

Assim, os Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos servidores da UFSCar

(PPGEP, PPGE, PPGCTS) buscam em seus processos seletivos, que o candidato possua

experiência acadêmica. Para ingressar nesses Programas, é necessário, além da aprovação nas

provas escritas, possuir um bom currículo, ou seja, experiência em pesquisa, participação em

seminários e congressos, publicações de artigos científicos em periódicos nacionais ou

internacionais, se recebeu bolsas no mestrado, se fez Iniciação Científica, PET ou monitoria,

ou seja, experiência e produção intelectual. Dessa forma, em comparação com o currículo de

um aluno de graduação da UFSCar, não há como o aluno servidor possuir todos esses

requisitos para concorrer às vagas dos cursos em igual situação.

Os candidatos que tiveram participação na iniciação científica da graduação ganham

destaques entre os demais concorrentes. Prioriza-se na seleção as pessoas que atuam

profissionalmente na área do curso e que têm ou já tiveram algum envolvimento na área

científica. Isso pode ser uma dificuldade para o ingresso dos TAs nos programas, tendo em

vista que muitos servidores não tiveram iniciação científica na graduação ou se formaram há

bastante tempo, ficando afastados dos estudos.

122

13.9 Os Servidores Técnicos-Administrativos e a Titulação

Como já visto, para que os servidores TAs obtenham a progressão funcional pela

capacitação na carreira, é necessário que ele conclua cursos de educação formal, apresentando

títulos de graduação, especialização, mestrado ou doutorado. A SRH possui um Plano de

Capacitação e Qualificação que buscar incentivar o servidor nesse caminho.

Nesse sentido, está no PDI da UFSCar que a valorização dos servidores técnico-

administrativos tem sido considerada um grande desafio nos últimos anos, frente às novas

exigências apresentadas ao setor público, de imprimir maior agilidade e flexibilidade nos

serviços oferecidos, e da melhor utilização dos recursos disponíveis. Assim, tornam-se

imprescindíveis competências de diversas naturezas: de educabilidade e técnicas básicas,

vinculadas a diferentes campos de atuação. (PDI, 2005).

A valorização profissional não é apenas o recebimento de uma melhor remuneração,

mas incentivo à qualificação e atualização profissional. Isso é uma necessidade básica para

qualquer pessoa. Sobre isso, Bernardes (2002, p.18), argumenta que

a qualificação é primordial para desenvolver capacidades para lidar com as ambigüidades e incertezas da organização. Para isso, é de suma relevância que os dirigentes das universidades também sejam preparados e vejam a real importância de fomentar e intensificar ações de Recursos Humanos, qualificando os seus profissionais, para que possam ser realmente gestores do desenvolvimento humano.

O servidor deve se sentir motivado em seu ambiente de trabalho e uma das formas de

buscar essa motivação é através dos cursos de pós-graduação. Quanto à motivação, Bergamini

(1977, p. 88) afirma que:

o grande responsável pelo comportamento no trabalho é a motivação (...) O procurar evoluir, o aprender um trabalho, a busca de maior rapidez na execução de uma tarefa, a produtividade da melhor qualidade, o interesse pelos destinos da empresa, a busca de status profissional e muitos outros tipos semelhantes de comportamento são caracteristicamente motivacionais.

Nesse sentido o servidor como ser humano pode ser compreendido como um tipo de

organismo psicológico que luta para satisfazer suas necessidades, buscando um crescimento e

123

desenvolvimento completo. O servidor técnico-administrativo não busca com a titulação

apenas um percentual a mais em seus vencimentos, busca também sua realização profissional

e pessoal.

É por isso, que o comportamento do homem, conforme o que afirma Motta (1979, p.

23) “não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas; o homem é condicionado, a

um só tempo, pelo sistema social e demandas de ordem biológica; todo homem possui

necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e auto-realização”

Conforme Catania (1999, p.77) “a motivação não é uma forma ou um impulso especial

a ser localizado em algum lugar dentro do organismo, antes, é um termo aplicado a muitas

variáveis orgânicas e ambientais, que tornam vários estímulos importantes para um

organismo”. Assim, é primordial o incentivo da Instituição com programas que capacitem e

qualifiquem seus servidores.

Neste sentido, Grillo (2001, p.53) afirma que “os incentivos constituem-se em

atividades que proporcionam maior estímulo ao desempenho das funções docentes, técnicas e

administrativas, elevando o grau de conhecimento dos colaboradores das instituições

universitárias”.

Vivemos hoje numa cultura altamente competitiva, onde as pessoas necessitam

conquistar posição social e reconhecimento. O servidor nesse contexto tem adquirido uma

nova consciência de sua condição de ser humano, cidadão, que precisa ser respeitado e

também ouvido. Através da pós-graduação, o servidor poderá não só progredir em sua

carreira, mas adquirir novos conhecimentos, crescimento pessoal, e assim, trabalhar mais

motivado.

13.10 O interesse dos Servidores Técnicos-Administrativos nos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFSCar

Considerando a crescente demanda de servidores que buscam a Pós-Graduação como

forma de se qualificarem nas diversas áreas do conhecimento, objetivando não só a

progressão no plano de carreira oferecido pelo Governo Federal, mas o aprimoramento dos

serviços prestados, e principalmente a valorização pessoal, os servidores da UFSCar se

124

organizaram e apresentaram uma lista os nomes de interessados em cursar a Pós-Graduação

nos programas existentes na Universidade. Procurou-se demonstrar a administração da

UFSCar, que existe um crescente número de servidores TAs com potencialidades e que

procuram a qualificação profissional, buscando com recursos da própria instituição, o

incentivo que necessitam para atingir o objetivo, que é exercer com mais motivação e

qualidade as suas funções na carreira que encontram-se investidos.

A lista com os 60 nomes dos servidores, bem como os Programas de interesse, que foi

encaminhada à Secretaria de Recursos Humanos (SRH) está reproduzida no quadro 6 :

Servidor Setor/Unidade Formação Programa Pretendido

1 Adriane Cristina O.

Garcia

SOC Ciências Contábeis PPGEP

2 Agnes A. Luiz CCS Psicologia PPGL, PPGAS, PPGPsi

3 Airton Masci DEBE Turismo PPGERN

4 Alessandra A. V. Torres UEIM Biblioteconomia PPGCTS

5 Alessandro A. Pereira DEFMH Educação Física PPGE

6 Ana A. Pires Minotto DeDP Administração PPGPsi, PPGS, PPGFIL,

PPGCTS

7 Ana Paula M. Lara Lopes ProEx Ciências Contábeis PPGEP

8 Aparecida R. F. Canhete SOC Pedagogia PPGCTS, PPGEP

9 Carlos Roberto Bedendo SeEA Educação Física PPGEP

10 Claudia M. B. de Oliveira PPGPol Biblioteconomia PPGCTS

11 Cristiliane C. de Luccas UAC Educação Física PPGE, PPGEP

12 Daniela S. G. da Silva ProPq Turismo PPGEP

13 Daniele Camargo ProPG Direito/ Letras PPGE, PPGEP,

PPGCTS, PPGS,

PPGFIL,PPGPol, PPGL

14 Deise Regina F. Belisário BCo Biblioteconomia PPGE, PPGEP, PPGCTS

15 Denise C. C. Domeniconi CECH Administração PPGE

16 Edson L. Rodrigues Cruz ProPq Direito PPGPol

17 Elien Jolo Alves DMed Administração/Direito PPGCTS, PPGPol,

125

PPGEP

18 Eveli M. Sanches DME Biblioteconomia PPGCSo, PPGCTS

19 Fabiano Yamamura ProPG Adm. Empresas PPGEP

20 Fulvia Vieira Carezzato GR Direito PPGEP

21 Gabriel Ramires jr. SerCDR Administração de Empresas PPGEP

22 Helen C. F. Machado USE PPGPsi, PPGL

23 João Augusto S. Affonso PPGERN Administração de Empresas PPGEP

24 Keila F. de Souza Cruz BSCA Biblioteconomia PPGCTS

25 Lucilene T. L.

Trigueirinho

SPDI Administração de Empresas PPGEP, PPGCTS

26 Luisa I. Z. Seconelli DeCom Estudos Sociais PPGCTS

27 Luiz Carlos R. Yunes CEMA Engenharia Agronômica PPGCTS, PPGPol,

PPGAS

28 Marcia C. S. B de

Oliveira

DeAP Pedagogia PPGCTS, PPGEP

29 Marco Antonio Zanni SRH Direito PPGPol.

30 Maria A B. L. Faggian DMP Administração de Empresas PPGCTS

31 Maria Cristina M.

Nitzche

DeDP Administração de Empresas PPGEP, PPGS

32 Maria Cristina Priore Edufscar Educação Física PPGEP

33 Maria do Céu R. Andrade CCEF Administração de Empresas PPGEP, PPGCTS

34 Maria Inez C. Migliati SRH Pedagogia PPGCTS, PPGPsi,

PPGEP

35 Maria Luiza S. Marchi DBV Ciências Biológicas PPGADR

36 Marina P. de Freitas BCo Biblioteconomia PPGEP, PPGCTS, PPGE

37 Marineia T. Duarte PPGPis Ciências Sociais PPGS

38 Marisa P. Nunes Tinta SRH Matemática PPGPsi, PPGE

39 Marlene A. Calandrin DeAP Ciências Contábeis PPGEP

40 Mônika de Rienzo SRH Biblioteconomia PPGEP

41 Nancira M. Ribeiro PPGL Matemática PPGE, PPGEP

42 Paulo Augusto Lazaretti PPGCTS Administração de Empresas PPGEP

43 Paulo Roberto Sanches CEMA Direito PPGFIL, PPGS,

126

PPGCSo, PPGCTS

44 Pedro Luiz de Luccas DECom Administração de Empresas PPGEP

45 Regina H.V. G. Correa BCo Biblioteconomia PPGEP, PPGCTS, PPGE

46 Renata C.M. Esteves BCo Biblioteconomia PPGEP, PPGCTS, PPGE

47 Roberto Salles Damha DeFin Administração PPGEP

48 Rogéria A. Veronese DPis Ciências Sociais PPGEP, PPGCSo

49 Rosângela Ap. P. Fazzani DeAP Pedagogia PPGE, PPGEP

50 Roseli A. Gonçalves PPGERN Biblioteconomia PPGE

51 Roseli C. R. Manzini CEMA Pedagogia PPGCTS, PPGEP, PPGE

52 Silmara A. G. Cavaretti DeFin História PPG-AS

53 Silmara H. Capovilla BCo Administração Pública PPGPol

54 Siomara M. de A. Prado BCo Ciências Sociais PPGS, PPGE

55 Silvia Maria Perez SIn Ciências da Computação PPGEP

56 Solange O. B. Gregoracci DeCont Administração PPGEP, PPGPol, PPGS

57 Sueli A. Zambon DiCA Administração PPGEP, PPGCTS,

PPGE, PPGPsi, PPGS

58 Vânia M. Oliveira Araras Serviço Social PPGE

59 Wagner Souza dos Santos COVEST Processamento de Dados PPGCTS

60 Wania M. Recchia DeCont Administração/Ciências

Contábeis

PPGPol

Manifestação de interesse por área/linha de pesquisa

Servidor Setor/Unidade Formação Área/Linha de Pesquisa

Alessandro A. Pereira

DEFMH Educação Física Linha: Processos de ensino/aprendizagem

Cláudia E. D. Junqueira

Araras Direito Gestão Pública, Ambiental ou Educacional

Diva Barros Arantes DeCom Estudos Sociais/ Letras

Gestão Pública

Maria Luiza S. Marchi

DBV Biologia Área Ciências Biológicas. ou Gestão Ambiental

Mônika de Rienzo SRH Biblioteconomia Área - Administração

Silmara H. Capovilla

BCo Administração Pública

Gestão Políticas Públicas

Siomara M. de A. BCo Ciências Sociais Área de Sociologia ou Educação

127

Prado

Vânia M. Oliveira Araras Serviço Social Área Educacional

Maria Laurentina P. G.Perdigão

RU Nutrição Doutorado: área: Segurança alimentar, controle higiênico sanitário de alimentos

Quadro 4 : Servidores interessados em cursar Mestrado e/ou Doutorado na UFSCar

Fonte: SRH

Essa lista foi elaborada em 2009 por servidores técnico-administrativos de nível

superior e outra lista paralela foi feita pelo Sindicato dos Técnicos-Administrativos da

UFSCar (SINTUFSCar). Com o levantamento dessa demanda, os TAs pretenderam realizar

estudos relativos à viabilização para implantação de curso de Pós-Graduação aos servidores

Técnico-Administrativos da UFSCar. A solicitação deu início ao Processo n. 1958/2009-12,

encaminhado à Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e a Pró-Reitoria de Pós-

Graduação (ProPG), com o objetivo de propor a criação de curso de Mestrado Profissional

direcionado aos servidores técnico-administrativos, nos moldes do já existente curso de

especialização em Gestão Pública. A proposta de criação de curso de mestrado profissional

para servidores não chegou a ser aprovada, e ainda se encontra em análise pela Secretaria

Geral de Recursos Humanos (SRH) e Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG).

Considerações

Tendo em vista que a UFSCar atualmente não conta com um Mestrado Profissional

voltado para as especificidades dos servidores TAs, sugere-se com esta pesquisa que a

UFSCar crie ou reserve vagas para servidores em seus cursos de pós-graduação stricto sensu.

Um mestrado profissional atenderia as expectativas do público-alvo quanto a

disponibilidade de horário dos alunos-servidores, já que o curso permite dedicação parcial, o

que não os impediria de conciliar com a sua jornada de trabalho. A tradicional dissertação

acadêmica seria um obstáculo a ser vencido, já que essa exigência não integra a rotina de

trabalho dos TAs. Outras formas de avaliação, entre elas, elaboração de artigos; registro de

patentes; desenvolvimento de protótipos; relatórios de pesquisa; e produção artística. Isso

seria de grande valor para os servidores e para a própria UFSCar. Outro ponto favorável seria

o tempo de duração que é menor, podendo ser concluído no prazo de um a dois anos, de

128

acordo com o projeto final e tempo dedicado pelo aluno.

concedendo a igualdade nos direitos concedidos a quem se qualifica através do mestrado

acadêmico.

Levando-se em conta o plano de carreira dos TAs e o levantamento feito na UFSCar

da demanda de servidores interessados em cursar mestrado e doutorado, tendo como base as

diretrizes do PDI da UFSCar bem como sua autonomia universitária, sugere-se que seja

criado um sistema de reserva de vagas para servidores TAs em seus Programas de Pós-

Graduação, como política de inclusão necessária para se atingir a qualificação de seu pessoal.

Para tanto, será necessária uma atuação conjunta entre a Pró-Reitoria de Pós-

Graduação, Coordenadores de Pós-Graduação e a Secretaria de Recursos Humanos, para

avaliarem as necessidades dos servidores, visto que há profissionais com formação em

diversas áreas atuando na Universidade. Com isso, recomenda-se maior atenção às

necessidades e especificidades dos servidores técnicos-administrativos da UFSCar.

Em consulta realizada com os servidores da universidade, verificou-se interesse maior

pelos Programas de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Educação e Ciência

Tecnologia e Sociedade. Considerando a demanda por esses três Programas, sugere-se a

reserva de vagas exclusivas para servidores da UFSCar. Há de ser considerada também, as

especificidades das funções dos servidores, tendo em vista as diversas formações profissionais

dos servidores. Também poderia ser considerada a possibilidade de reserva de vagas em

Programas de Pós-Graduação nas áreas Biológicas e Exatas.

129

Conclusão

A reformulação do ensino superior proposta pelo atual governo está baseada no

princípio de que a educação superior é um bem público que cumpre a função social por meio

das atividades de ensino, pesquisa e extensão, promovendo a igualdade de condições. Com a

reestruturação e expansão das universidades federais como política pública, aumentando-se

significativamente o número de alunos nas universidades, foi necessário contratar mais

docentes e reestruturar os cargos do pessoal técnico administrativo.

Hoje, as universidades se deparam com muitas mudanças físicas e também de pessoal,

que exigem a preocupação de um planejamento para absorver as grandes transformações.

Nesse sentido, a UFSCar sempre se comprometeu com mudanças, na perspectiva de

desempenhar cada vez melhor seu papel social. De acordo com as diretrizes do PDI, a

130

UFSCar busca garantir flexibilidade e agilidade na resposta a novos contextos, demandas e

desafios, estabelecendo ações de valorização do servidor público.

O Plano de Carreira dos Cargos Técnicos Administrativos em Educação - PCCTAE,

instituído pela Lei 11.091, de 12 de janeiro de 2005, demandou uma remodelagem

administrativa e de conhecimento referente aos paradigmas que alicerçaram, até então, a

condução do gerenciamento da gestão de pessoas das Instituições Federais de Ensino, com o

objetivo de melhor direcionar os quadros funcionais para o alcance das metas organizacionais.

Com o advento da Lei 1.1784/08, houve a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos

Técnico-Administrativos em Educação, com nova estrutura no que se refere à Progressão

Funcional do servidor, trazendo um percentual maior de incentivo à qualificação acrescido

aos vencimentos dos servidores TAs de todos nos níveis (Apoio, Médio, Superior), na medida

em que se obtém a qualificação através de títulos em educação formal (graduação ou pós-

graduação). Com isso, houve uma crescente busca dos servidores TAs para realização de

cursos de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado).

Através do método científico de estudo de caso, este trabalho analisou a demanda de

servidores que buscam a sua qualificação pela pós-graduação e a viabilidade da propositura

do sistema de reserva de vagas para servidores da UFSCar nos programas de pós-graduação já

existentes na Universidade. Para alcançar o objetivo, foram levantados os números de

servidores que cursam e desejam cursar a pós-graduação, bem como pesquisas em outras

universidades que possuem iniciativas para a qualificação desses profissionais.

Com base nas informações trazidas pelos PPGs, percebe-se que quase a maioria dos

Programas de Pós-Graduação da UFSCar possuem um processo seletivo semelhante

valorizando-se a experiência acadêmica do candidato. Assim, os Programas de Pós-

Graduação mais procurados pelos servidores da UFSCar (PPGEP, PPGE, PPGCTS) buscam

em seus processos seletivos, que o candidato possua experiência acadêmica. Para ingressar

nesses Programas, é necessário, além da aprovação nas provas escritas, possuir um bom

currículo, ou seja, experiência em pesquisa, participação em seminários e congressos,

publicações de artigos científicos em periódicos nacionais ou internacionais, se recebeu bolsas

no mestrado, se fez Iniciação Científica, PET ou monitoria, ou seja, experiência e produção

intelectual. Dessa forma, em comparação com o currículo de um aluno de graduação da

UFSCar, não há como o aluno servidor possuir todos esses requisitos para concorrer às vagas

dos cursos em igual situação.

131

A implementação do sistema de reserva de vagas para servidores nos cursos de pós-

graduação da UFSCar se faz importante na medida em que pode diminuir algumas

desigualdades enfrentadas pelos funcionários em relação àqueles que tiveram uma forte vida

acadêmica desde os primeiros anos da graduação. Essa iniciativa poderá ter o apoio da ProPG

em conjunto com a SRH. Com isso a UFSCar dará mais um passo no que se refere à

qualificação de seus servidores.

Assim, pode-se dizer que a inclusão desses servidores traria não apenas o seu

benefício individual com o aumento salarial, mas principalmente um retorno para a

Instituição, no tocante a funcionários mais qualificados, satisfeitos e motivados para o

trabalho.

Neste trabalho foram citadas algumas iniciativas nas IFES na melhoria da capacitação

de seus servidores. Essas iniciativas devem ser apoiadas e cada vez mais incentivadas, para

que auxiliem a administração a obter profissionais mais qualificados no desenvolvimento de

suas tarefas.

O tema em questão é de suma importância no contexto atual das universidades

federais, principalmente para seus servidores. Sendo a Universidade um ambiente propício ao

desenvolvimento da pesquisa e do conhecimento, não só seus docentes mas também seus

servidores técnico-administrativos devem estar qualificados para desempenharem suas

funções e até como gerentes, para garantir o melhor atendimento do público usuário,

garantindo assim, oportunidades justas aos servidores.

132

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Apêndice 1 : Lista de Universidades consultadas

137

Apêndice 2: Questionário enviado aos PPGs

1-Há alunos que são servidores da UFSCAR neste Programa de Pós-Graduação?

PPG NOME DO SERVIDOR

DOCENTE OU T.A ?

SETOR MESTRADO, DOUTORADO OU

MESTRADO PROFISSIONAL?

ANO DE INGRESSO

Instituição e-mailUniversidade Federal de Alagoas - UFAL [email protected] Federal de Pernambuco-UFPE [email protected] Federal do Ceará-UFC [email protected] Federal do Maranhão-UFMA [email protected] Federal do Piauí-UFPI [email protected] Federal do Rio Grande do Norte-UFRNUniversidade Federal de Rondônia-UNIR [email protected] Federal de Roraima-UFRRUniversidade Federal do Amapá-UNIFAPUniversidade Federal do Pará-UFPA [email protected] Federal da Bahia-UFBA [email protected] Federal da Paraíba - UFPBUniversidade Federal de Campina Grande - PBUniversidade Federal do Espírito Santo-UFES [email protected] Federal do Rio de Janeiro - UFRJ [email protected] Federal Fluminense - UFFUniversidade de Brasília - UNBUniversidade Federal de Goiás-UFG [email protected] Federal do Mato Grosso-UFMTUniversidade Federal do Mato Grosso do Sul-UFMSUniversidade Federal do ABC-UFABC [email protected] Federal de Minas Gerais - MG [email protected] Federal de Santa Catarina - SC [email protected] Federal de Uberlândia - UFU [email protected] Federal de Viçosa - UFV [email protected] Federal de Juiz de Fora-UFJF [email protected] Federal de São João Del Rei-UFSJUniversidade Federal de Lavras-UFLA [email protected] Federal do Paraná - UFPR qualificaçã[email protected] Federal do Rio Grande do Sul - UFRSUniversidade Federal de Santa Maria-UFSM [email protected] Federal do Rio Grande - FURG

138

2 -Como é feita a seleção de alunos ingressantes neste Programa? (Descrever o Processo)

R:

139

APÊNDICE3 :Lista de Servidores Afastados para Capacitação

Nome do ServidorObjetivo do Afastamento

Tipo do Afastamento

Instituição Destino

Cidade Destino

Início do Afast.

Decisão da Pro-Reitoria

Programa que está cursando Cargo Depto Centro

Silvana Lopes dos Santos

Freqüentar disciplinas mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado Psicologia

Assistente em Administração DPsi CECH

Marco Antônio BertiniFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Ecologia e Recursos Naturais

Assistente em Administração DB CCBS

Márcia Cristina dos Santos Barbosa de OliveiraFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado

Ciência, Tecnologia e

SociedadeAssistente em Administração SRH SE

Patricia Cristina MagdalenaFrequentar curso de mestrado Parcial FGV São Paulo 2010 Aprovado

Administração Publica Administrador USE SE

Deise Regina Fernandes BelisarioFrequentar curso de mestrado Parcial UNIARA

Araraquara 2010 Aprovado

Engenharia de Produção Bibliotecária BCo SE

Teresa Luiza Bessi LopesFrequentar curso de mestrado Parcial UNIARA

Araraquara 2010 Aprovado

Engenharia de Produção Bibliotecária BCo SE

Claudia de Moraes Barros de OliveiraFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado

Ciência, Tecnologia e

SociedadeAssistente em Administração

PPGPol CECH

Osmar Moreira de Souza JúniorFrequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2010 Aprovado Educação Fisica

Professor Assistente

DEFMH CCBS

Cicero Santos BrancoFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar Araras 2010 Aprovado

Agroecologia e Desenvolvimento

RuralTécnico de Laboratório

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Leonardo Machado PitomboFrequentar curso de mestrado Parcial

Instituto Agronômico Campinas 2010 Aprovado

Agricultura Tropical e

SubtropicalTécnico de Laboratório

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Renato Kenji KimuraFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar Sorocaba 2010 Aprovado

Diversidade Biologica e

ConservaçãoTécnico de Laboratório

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Thais Correa CastralFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado Química Químico DEQ CCET

Daniela Dotto MachadoFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado Educação

Professor Assistente DME CECH

Heitor Vinicius MercaldiFrequentar curso de mestrado Parcial USP

São Carlos 2010 Aprovado Engenharia eletrica Engenheiro SE CCET

140

Marcos Antonio PavãoFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar Araras 2010 Aprovado

Agroecologia e Desenvolvimento

RuralTecnico

Agropecuário SE CCA

Daniel MarinhoFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado

PPG-Educação Especial

Professor Assistente DTO CCBS

André Coimbra Félix CardosoFrequentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2010 Aprovado

PPG-Administração

Professor Assistente

Sorocaba

Sorocaba

Priscila C. Fiocco Bianchi

Frequentar disciplina Mestrado/doutorado) Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado PPG-E

Técnico em assuntos

EducacionaisProGr

ad ProGrad

Joaquim Augusto Machado

Frequentar curso de Especialização Parcial UFSCar

São Carlos 2010 Aprovado

Desenvolvimento de Software para

WebAnalista de Sistemas

Sorocaba

Sorocaba

Rodrigo Eduardo Botelho FranciscoFrequentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2010 Aprovado

Ciência da Comunicação Jornalista CCS CCS

Adriano Soriano BarbutoFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado Imagem e Som

Professor Auxiliar DAC CECH

Sílvia Maria PerezFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Educação

Analista de Sistemas DiSC SIN

Claudia Maria AstorinoFrequentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo

2009 e 2010 Aprovado Linguística

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Hugo Leonardo Salomão MonteiroFrequentar curso de mestrado Parcial USP

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Engenharia Mecânica Engenheiro SE CCET

Elis Regina Alves dos SantosFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Ciência, Tecnologia e

SociedadeAssistente em Administração USE CCBS

Maria Leonor Casemiro Lopes AssadFrequentar curso de especialização Parcial UNICAMP Campinas

2009 e 2010 Aprovado

Especialização em Jornalismo Científico

Professor Associado

DRNPA CCA

Roniberto Morato do AmaralFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado

Engenharia de Produção

Professor Assistente DCI CECH

Elaine Maria Bessa RebelloFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Educação Especial

Professor Visitante ProEx ProEx

Andréa Regina Martins FontesFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Engenharia de Produção

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

141

Dari Campolina de OnofreFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado

Ensino de Ciências Exatas Físico DF CCET

Zaira Regina ZafalonFrequentar curso de doutorado Parcial UNESP Marilia

2009 e 2010 Aprovado

Ciência da informação Professor

Assistente DCI CECH

Mario Sergio Vinicius KappFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado Física

Técnico de Laboratório CCBS CCBS

Rochele Amorin RibeiroFrequentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos 2009 Aprovado

Engenharia de transportes

Professor Assistente

DECiv CCET

Claudia Maria Moura ResendeFrequentar curso de especialização Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Especialização em Psicoterapia de

Orientação Psicanalitica Psicóloga USE SE

Sergio Dias CamposFrequentar curso de especialização Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado

Especialização Em Jornalismo Científico Professor Adjunto

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Rosemeire Aparecida Trebi Curilla

Frequentar disciplinas mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado Educação Pedagoga

ProGrad SE

Luciano Mitidieri Bento GarciaFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Engenharia de Produção Economista SPDI SE

Rodolfo de Carvalho PacagnellaFrequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado Tocoginecologia

Professor Assistente DMed CCBS

Rodrigo Alves FerreiraFrequentar curso de doutorado Parcial USP

Ribeirão Preto 2009 Aprovado Tocoginecologia

Professor Assistente DMed CCBS

Guilherme Martins GrosseliFrequentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Engenharia Química Químico SE CCET

Lucimar Retto da Silva AvóFrequentar curso de doutorado Parcial UNIFESP São Paulo

2009 e 2010 Aprovado Patologia

Professor Assistente DMed CCBS

Gilberto Miller Devós GangaFrequentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos 2009 Aprovado

Engenharia de produção

Professor Assistente DEP CCET

Nara RossetiFrequentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Engenharia da Produção

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Gustavo Maciel Dias VieiraFrequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas

2009 e 2010 Aprovado

Ciência da Computação

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

142

Carla Regina SilvaFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Educação

Professor Assistente DTO CCBS

Maria Fernanda Barboza CidFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado Educação Especial

Professor Assistente DTO CCBS

Leonardo Antonio de AndradeFrequentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos 2009 Aprovado

Ciência da Computação

Professor Assistente DAC CECH

Waldemar Marques JúniorFreqüentar curso de doutorado Parcial UNESP

Araraquara

2009 e 2010 Aprovado Educação Escolar

Professor Assistente

DEFMH CCBS

Wilson Alves BezerraFreqüentar curso de doutorado Integral UERJ

Rio de Janeiro

2009 e 2010 Aprovado Letras

Professor Assistente DL CECH

Rogerio Aparecido Sá RamalhoFrequentar curso de doutorado Parcial UNESP Marilia 2009 Aprovado

Ciência da informação

Professor Assistente DCI CECH

Thais dos Guimarães Alvim NunesFrequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado Música

Professor Assistente DAC CECH

Alissandra Nazareth de CarvalhoFreqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro

2009 e 2010 Aprovado Geografia

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Silvana Gama Florêncio ChacháFreqüentar curso de doutorado Parcial USP

Ribeirão Preto 2009 Aprovado Clinica Médica

Professor Assistente DMed CCBS

Jean Píton GonçalvesFreqüentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Ciência da Computação

Professor Assistente DM CCET

Maristela ImatomiFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado

Ecologia e Recursos Naturais

Técnico de Laboratório DB CCBS

Gilve Orlandi Bannitz ShiguemotoFreqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Fisioterapia Fisioterapeuta USE GR

Lisandrea Rodrigues MenegassoFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Psicologia Psicóloga USE GR

143

Karina Nogueira Zambone PintoFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Biotecnologia

Professor Assistente DMP CCBS

Meire Moreira CordeiroFreqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Educação

Técnico em Assuntos

EducacionaisProGr

ad ProGrad

Antonio Augusto SoaresFreqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado Ciências

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Sandra Maria NavascuesFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado

Engenharia de Produção

Técnico em Assuntos

EducacionaisProGr

adPROGR

AD

Ana Beatriz Lopes de SousaFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2009 Aprovado

Engenharia de Produção

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Thiago AllisFreqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo

2009 e 2010 Aprovado

Arquitetura e Urbanismo

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Évellyn Aparecida EspindolaFreqüentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos

2008, 2009 e 2010 Aprovado

Ciências da Engenharia Ambiental Assistente Social DeSS SAC

Kelly Cristina TonelloFreqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado

Engenharia Agrícola

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Paula Menezes LucianoFreqüentar curso de doutorado Parcial USP

Ribeirão Preto

2009 e 2010 Aprovado Ciências Medicas

Professor Assistente DMed CCBS

Mirhelen Mendes de AbreuFreqüentar curso de doutorado Parcial UNIFESP São Paulo

2009 e 2010 Aprovado

Saúde Coletiva Professor Assistente DMed CCBS

Andréia Di Camilla Ghirghi PiresFreqüentar curso de mestrado Parcial FGV São Paulo

2009 e 2010 Aprovado

Administração Publica Administrador ProEx ProEx

Jandira Ferreira de Jesus RossiFreqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Ciência, Tecnologia e

Sociedade Bibliotecaria BCo BCo

144

Fabiana de Souza OrlandiFreqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo

2009 e 2010 Aprovado Enfermagem

Professor Assistente DEnf CCBS

Fernanda dos Santos Castelano RodriguesFreqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2009 Aprovado

Língua Espanhola e Literatura

Professor Assistente DL CECH

Antonio Carlos Diegues JuniorFreqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado Economia

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Vitória Anselma SchimidtFreqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar Araras

2009 e 2010 Aprovado

Agroecologia e Desenvolvimento

RuralTécnico de Laboratório DBV CCA

Stella Maris NicolauFreqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo

2009 e 2010 Aprovado

Medicina Preventiva

Professor Assistente DTO CCBS

Ederson Luiz PiatoFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Engenharia de Produção

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Douglas José Alem JuniorFreqüentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado

Ciência da Computação e

Matemática Computacional

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Rosa Maria Castilho MartinsFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos

2009 e 2010 Aprovado Educação Enfermeiro USE SE

Luzia Sigoli Fernandes CostaFreqüentar curso de doutorado Integral UNESP Marília 2008 Aprovado

Ciência da Informação Professor

Assistente DCI CECH

Adriana Maria CaramFreqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2008 Aprovado

Prof. Ens. 1º e 2º Graus UAC SAC

Elaise Regina Gonçalves CagninFreqüentar curso de mestrado Parcial USP

Ribeirão Preto 2008 Aprovado Enfermagem Enfermeiro UAC ProAd

José Fernando Petrilli FilhoFreqüentar curso de doutorado Parcial USP

Ribeirão Preto 2008 Aprovado Enfermagem

Professor Assistente DEnf CCBS

145

Alcir Antonio KuranagaFreqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas

2008, 2009 e 2010 Aprovado Economia Economista ProAd ProAd

Telma DarnFreqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro

2008, 2009 e 2010 Aprovado

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Guilherme Arantes MelloFreqüentar curso de doutorado Integral USP São Paulo

2008 e 2009 Aprovado

Medicina Preventiva

Professor Assistente DMed CCBS

Renata Giannecchini Bongiovanni KishiFreqüentar curso de especialização Parcial USP São Paulo 2008 Aprovado

Gestão de Recursos Humanos na Saúde

Professor Assistente DMed CCBS

Eduardo NespoliFrequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2008 Aprovado Artes Professor Adjunto DAC CECH

Estela Maris Pereira BeretaFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2008 Aprovado Estatística Professor

AssistenteDEs CCET

Fernando Nadal Junqueira VillelaFrequentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo

2008, 2009 e 2010 Aprovado Geografia Fisica

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Ilza Zenker Leme JolyFreqüentar curso de especialização Parcial UNAERP

Ribeirão Preto 2007 Aprovado Musica Professor Adjunto DAC CECH

Nelcy Vera Nunes SimõesFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2007 Aprovado Fisioterapia

Professor Assistente CCBS

DFisio

Rui Toledo GonçalvesFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2007 Aprovado

Filosofia e Metodologia das

CiênciasProfessor Assistente

DFisio CCBS

Emerson Carlos PedrinoFreqüentar curso de doutorado Parcial USP

São Carlos 2007 Aprovado

Técnico em Eletrônica

DECiv CCET

Carlos Henrique Costa da SilvaFreqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro 2007 Aprovado

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Fábio Molina da SilvaFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2007 Aprovado

Engenharia de Produção

Professor Assistente DEP CCET

146

Andréa RabinoviciFreqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2007 Aprovado

Ambiente e Sociedade

Professor Assistente

Sorocaba

Unid. Sorocab

a

Regina Aparecida Lima MelchiadesFreqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2007 Aprovado Educação

Técnico em Assuntos

EducacionaisProGr

ad ProGrad

Tânia Cristina Fascina Sega RossettoFreqüentar curso de especialização Parcial UNAERP

Ribeirão Preto 2007 Aprovado

Especialização em Musicoterapia

Terapeuta Ocupacional USE GR

José Nelson Martins DinizFreqüentar curso de doutorado Parcial UNESP

Araraquara 2007 Aprovado Farmácia

Farmacêutico/Bioquímico USE GR

José Nelson Martins DinizFreqüentar curso de doutorado Parcial UNESP

Araraquara 2009 Aprovado Farmácia

Farmacêutico/Bioquímico USE GR

Pedro Ferreira FilhoFreqüentar curso de doutorado Parcial USP Piracicaba 2006 Aprovado

Professor Assistente DEs CCET

Itamar Aparecido LorenzonFreqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2006 Aprovado

Professor Assistente

DECiv CCET

Silvana Perissatto MeneghinFreqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro 2006 Aprovado

Professor Assistente DBV CCA

Alda Maria Napolitano SanchezFreqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar

São Carlos 2006 Aprovado

Engenharia de Produção Economista ProAd ProAd

Hélade Scutti SantosFreqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2006 Aprovado Professor Adjunto DL CECH

Fred Siqueira CavalcanteFrequentar curso de doutorado Parcial UFSCar

São Carlos 2006 Aprovado Educação

Professor Assistente DAC CECH

147

Apêndice 4 : Critérios de Seleção nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar

Programas de Pós-Graduação da UFSCar

Critérios de Seleção

*M D MP

AGRICULTURA E AMBIENTE

a) Prova escrita de conhecimentos (eliminatória);

b) Prova escrita de língua inglesa (classificatória);

c) Análise de Curriculum Vitae, (classificatória);

d) Análise da proposta de trabalho (classificatória);

e) Defesa do Curriculum Vitae e da proposta de trabalho (classificatória).

_ _

AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO RURAL

a) Prova escrita (eliminatória e classificatória);

b)Análise de Curriculum Vitae (modelo CV LATTES - CNPq) (classificatória);

c)Análise do projeto de pesquisa (classificatória).

__

ANTROPOLOGIA SOCIAL a)Análise do projeto de pesquisa

b) Prova de língua estrangeira;

c) Prova escrita;

a) Projeto de Pesquisa (de acordo com normas da FAPESP)

b)Exame de língua estrangeira (Inglês e Francês);

_

148

d) Entrevista c) Prova escrita;

c) Entrevista

BIOTECNOLOGIA

a) Projeto de pesquisa, com indicação de dois orientadores;b) Análise do Curriculum Vitae e histórico escolar;

c) Prova de português;

d) Prova de proficiência em língua inglesa;

e) Prova de conhecimentos gerais ;

f) Entrevista

a)Análise do histórico escolar do mestrado e da graduação completo ("sujo");

b) Curriculum Vitae (juntar cópia dos trabalhos publicados em livros, revistas e congressos seguindo normas ABNT, informar sobre bolsas recebidas de mestrado, Iniciação Científica, PET e monitoria, assim como sobre orientação de alunos de Iniciação Científica).

_

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

a) Exame escrito. É adotado o “Exame Nacional de Admissão na Pós-Graduação em Computação”, o POSCOMP.

b)Análise de Curriculum Vitae;

c)Entrevista (para os candidatos selecionados nas etapas 1 e 2).

a)Curriculum-Vitae (modelo Lattes);

b) Diploma de mestrado ou declaração de matrícula em curso de mestrado;

c) Histórico escolar do curso de graduação e do mestrado;

d)Duas cartas de recomendação de profissionais com título de doutor ou mestre;

e) Plano de pesquisa

_

CIÊNCIA DOS MATERIAIS

a) Prova de conhecimentos específicos da área (eliminatória);

b) Entrevista e análise de Currículum Vitae._

_

149

CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS

a) Prova de conhecimentos (eliminatória);b) Defesa oral do Curriculum Vitae pelo candidato (eliminatória);c) Análise de histórico escolar da graduação;d) Análise de Curriculum Vitae;e) Análise de cartas de recomendação (eliminatória);f) Apresentação da carta de aceitação de um orientador pertencente ao corpo docente do Programa;g) Aprovação, pela comissão designada, do tema e resumo do projeto proposto.

a) Prova de conhecimentos;b)Defesa oral do Curriculum Vitae pelo candidato;c) Análise de histórico escolar da graduação e do Mestrado;d) Análise de Curriculum Vitae;e)Análise de cartas de recomendação;f) Apresentação da carta de aceitação de um orientador pertencente ao corpo docente do Programa;g) Aprovação do tema e resumo do projeto proposto;h) Aprovação em exame de proficiência em língua inglesa (eliminatória).

_

CIENCIA POLITICA

a) Análise e seleção dos planos de trabalho (eliminatória);

b) Histórico Escolar (eliminatória);

c) Prova escrita (eliminatória);

d) Entrevista (eliminatória);

e) Currículum Vitae (modelo Lattes )

a) Análise e seleção dos projetos de pesquisa(eliminatória);

b) Entrevista (eliminatória);

c) Exame de Proficiência em língua estrangeira - Inglês e Francês .

_

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

a) Projeto de pesquisa e análise de Curriculum Vitae (eliminatória);

b) Provas escritas de conhecimentos gerais e específicos;

c) Exame de proficiência em língua inglesa;

c) Arguição oral dos projetos

__

CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS a) Prova escrita (eliminatória e classificatória);b) Análise do Curriculum Vitae e entrevista (classificatória);c) Prova de língua inglesa (classificatória)

a) Análise do Curriculum Vitae do candidato e do orientador;

b) Comprovação de submissão ou aceitação de

_

150

no mínimo 1 artigo para publicação em periódicos nacionais ou internacionais indexados.

CONSTRUÇÃO CIVIL

a) Prova objetiva;

b) Prova de proficiência em língua inglesa;

c) Entrevista

_ _

DIVERSIDADE BIOLÓGICA E CONSERVAÇÃO

a) Prova de proficiência em língua inglesa (eliminatória);

b) prova de conhecimentos específicos da área (eliminatória)

c) Entrevista e análise de Currículum.

_ _

ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS

a) Prova escrita de ecologia (eliminatória);

b) Prova de língua inglesa;

c) Análise de Curriculum Lattes

a) Prova escrita de ecologia (eliminatória)b) Prova de língua inglesa; c) Análise de Curriculum Lattes _

ECONOMIA

a) Os candidatos só estão aptos a se inscrever após fazerem a prova da ANPEC (Associação Nacional de Economia);

b) Após a confirmação da efetivação da prova é realizada entrevista e análise de curriculo.

_ _

EDUCAÇÃO

a) Prova de proficiência em língua estrangeira (Eliminatória);

b) Prova escrita de conhecimentos

C) Análise de projetos de pesquisa:

d) Entrevista Curriculum Lattes (eliminatória).

a) Análise do projeto de pesquisa;

b) Análise do Curriculum Lattes;

_

EDUCAÇÃO ESPECIAL (EDUCAÇÃO DO INDIVÍDUO ESPECIAL)

a)Análise do Currículum Lattes e projeto de pesquisa e da possibilidade de orientação pelo corpo docente do programa; (eliminatória);

a) Análise do Currículum Lattes e projeto de pesquisa e da possibilidade de orientação pelo corpo docente do programa (eliminatória);b) Provas Escritas;

_

151

b) Provas escritas;- Exame de Proficiência em língua inglesa (eliminatório)-Prova de Conteúdo e Expressão Escrita (eliminatória);c) Defesa oral dos projetos (eliminatória).

- Exame de proficiência em língua inglesa (eliminatória);- Prova de Conteúdo e Expressão Escrita (eliminatória);c) Exposição e defesa oral do projeto de pesquisa (eliminatória).

ENFERMAGEM

a) Carta de aceite preliminar do futuro orientador;

b) Projeto de pesquisa;

c)Currículum Vitae documentado;

d) Certificado de exame de proficiência em língua inglesa;

e) Análise dos projetos de pesquisa (eliminatória);f) Análise de currículos (classificatória).

_ _

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

a) Provas Gestão da Produção, Português, Inglês, Raciocínio Lógico do Teste ABEPRO (eliminatória);

b) Prova dissertativa sobre a linha de pesquisa (eliminatória);

c) Entrevista sobre o projeto de pesquisa;

d) Análise de Currículum Lattes

a) Provas Gestão da Produção, Português, Inglês, Raciocínio Lógico do Teste ABEPRO (eliminatória);

b) Prova dissertativa sobre a linha de pesquisa (eliminatória);

c) Entrevista sobre o projeto de pesquisa;

d) Análise de Currículum Lattes

_

ENGENHARIA QUÍMICAa) Análise curricular;

b) Análise do histórico escolar da graduação

a) Análise curricular;

b) Análise do histórico escolar do Mestrado_

ENGENHARIA URBANA a) Provas escritas;b) Análise do Histórico Escolar;c) Análise de Curriculum Lattes;d) Entrevista.

* Os critérios de seleção serão definidos pelo(s) professor(es) responsável(is) por cada Tema de Pesquisa. Os candidatos devem manter contato com o professor

a) Certificado de conclusão do Mestrado ou declaração de Previsão de Defesa;

b) Análise do Currículum Lattes;

d) Termo de Concordância do possível Orientador ;

_

152

responsável pelo Tema de Pesquisa, antes da inscrição, para obter maiores esclarecimentos dos projetos em desenvolvimento.

e) Projeto de Pesquisa proposto para o Doutorado.

f) Comprovante de resultado válido de teste de inglês TOEFL maior ou igual a 500 pontos (modalidade ITP).

g) Avaliação pela Comissão Permanente de Seleção ao Doutorado sobre a proposta de desenvolvimento de doutorado.

ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS

_ _ a)Prova Escrita de Conhecimentos (eliminatória);

b) Entrevistas sobre o desempenho acadêmico, a experiência profissional e a produção intelectual e técnica do candidato.

ESTATÍSTICA

a) Curriculum Vitae ;b) Diploma registrado ou Comprovante de Conclusão de Graduação; c)Histórico Escolar ;d)Duas cartas de recomendação

Em dezembro, a Comissão de Pós-Graduação (CPG) analisará a documentação recebida, e os candidatos são comunicados (por carta ou e-mail) sobre a aprovação ou não para o Curso de Verão. O Curso de Verão consiste na disciplina Teoria das Probabilidades, que será ministrada nos meses de janeiro e fevereiro, com aulas em dois dias por semana. Ao final do Curso de Verão,é analisado o desempenho de cada candidato, em conjunto com a documentação já entregue.

a) Curriculum Vitae; b)Diplomas registrados de Graduação e Mestrado; Cópia dos Históricos Escolares de Graduação e Mestrado;c)Duas cartas de recomendação

A seleção será feita em dezembro e será baseada na análise dos históricos escolares, do Curriculum Vitae e das cartas de recomendação do candidato e, caso necessário, através de entrevista com o candidato e apresentação de seminário.

_

FILOSOFIA a) Projeto de Pesquisa; a) Análise do Histórico Escolar; _

153

b)Análise do Histórico Escolar;

c)Análise do Projeto de Pesquisa;

d)Análise do Curriculum Vitae (modelo LATTES);

e) Exame escrito sobre temática filosófica .

f) Exame de proficiência em língua estrangeira (Inglês, Francês, Italiano ou Alemão). Para o Mestrado é exigida a proficiência em uma língua estrangeira;

g) Entrevista: Arguição sobre o projeto de pesquisa

b) Análise do Projeto de Pesquisa;

c) Análise do Curriculum Vitae (modelo LATTES)

d)Exame de proficiência em língua estrangeira (Inglês, Francês, Italiano ou Alemão). Para o Doutorado é exigida a proficiência em duas línguas;

g) Entrevista: Arguição sobre o projeto de pesquisa

154

FÍSICA

a) Participação do candidato no Exame Unificado em Física (Ainda não obrigatório);

b) Análise do Histórico Escolar,

c) Curriculum Vitae (formato Lattes);

d)Duas cartas de recomendação (sugere-se que as cartas sejam de orientadores de Iniciação Científica (ou Mestrado) e/ou professores que tenham tido oportunidade de conhecer bem o candidato). A seleção de candidatos será feita pela Comissão de Admissão com base nos documentos mencionados e, caso necessário, através de entrevista com o candidato.

a) Carta de aceitação do orientador;

b)Análise do Histórico Escolar;

c)Duas cartas de recomendação;

d)Curriculum Vitae (formato Lattes).

_

FISIOTERAPIA a) Análise de Curriculo; a) Análise de projeto de pesquisa que seguirá os mesmos critérios da análise para o mestrado

_

155

b) Análise do projeto;

c) Prova de conhecimentos em Fisioterapia;

d) Prova de língua inglesa;

e) Arguição do projeto apresentado e do Curriculum Vitae

(peso 20%);

b) Pontuação do Curriculum Vitae - peso 80%

GENÉTICA E EVOLUÇÃO

a) Prova de inglês (classificatória);b) Prova escrita de conhecimentos sobre temas abrangentes da Genética e Evolução;c) Análise de “Curriculum Vitae”

a) Análise do reconhecimento do título de Mestre ou avaliação da produção científica.b) Análise de Curriculum Vitae e histórico escolar;c) Apresentação de um projeto de pesquisa, no modelo FAPESP, a ser defendido frente a uma Comissão de Seleção;d) Ter publicado ou aceito para publicação, no mínimo, um trabalho científico em revista Qualis A da sub-área de Genética, como autor ou co-autor. Poderá ser consideradoum trabalho publicado, aceito ou submetido à publicação em revista de conhecido corpo editorial, como autor ou co-autor.

_

IMAGEM E SOMa) Análise de pré-projeto;b) Prova objetiva e proficiência em língua estrangeira;c) Entrevista individual

__

LINGUÍSTICA

a) Análise do projeto de pesquisa (eliminatória);

b) Prova escrita (eliminatória);

c) Exame de proficiência em língua estrangeira;

d) Entrevista e defesa oral do projeto

a) Análise do projeto de pesquisa (eliminatória);

b) Prova escrita (eliminatória);

c) Exame de proficiência em língua estrangeira;

d) Entrevista e defesa oral do projeto

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MATEMÁTICA a) Conhecimentos de tópicos básicos de Matemática;b) Análise de Curriculum Vitae;c) Análise de Histórico Escolar;d) Duas cartas de recomendação;e) Entrevista com o candidato;f) Análise do desempenho como aluno especial;

a) Conhecimentos de tópicos básicos de Matemática;b) Análise de Curriculum Vitae;c) Análise de Histórico Escolar;d) Duas cartas de recomendação;e) Entrevista com o candidato;

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g) Análise do desempenho nas disciplinas do Programa de Verão.

A admissão no Programa se dará a partir da análise, pela Comissão de Pós-Graduação, dos documentos acima. Se necessário, uma entrevista com o candidato será realizada para avaliar as suas potencialidades

A admissão no Programa se dará a partir da análise, pela Comissão de Pós-Graduação, dos documentos acima.

PSICOLOGIA

a) Provas escritas de língua inglesa ( eliminatória) ;

b) Prova de língua portuguesa- Comunicação e Expressão (eliminatório);

c) Análise do projeto de pesquisa;

d) Arguição oral do projeto de pesquisa pelo orientador (classificatória);

e) Anuência do orientador (Orientador deve entregar para a comissão de avaliação o formulário específico sobre a avaliação do projeto e do candidato (classificatória);

f) Análise do Currículum Vitae documentado (classificatória);

a) Análise do Curriculum Vitae;

b) Análise do Histórico Escolar;

c) Análise do projeto de pesquisa

d) Publicação científica de autoria do candidato - Cópia integral de pelo menos um artigo publicado em (ou submetido a) periódico de ampla circulação, com corpo editorial e sistema de revisão por pares.

QUÍMICA a) Prova escrita na área de Química Geral;

b) Análise do histórico escolar do aluno no curso superior pleno do qual é portador de diploma e do seu Curriculum Vitae.

2Etapa:No final do semestre, os discentes que mostrarem rendimento compatível com conceitos A ou B, passarão para a segunda etapa que consistirá na continuidade das atividades para complementar os créditos e a elaboração da dissertação. O discente que não obtiver o rendimento necessário na primeira etapa receberá certificados referentes às disciplinas que conseguir aprovação e será desligado do programa

a)Carta de aceite do orientador.b) Proposta de trabalho;

c) Entrevista para a discussão da proposta de trabalho, avaliando a capacidade e a maturidade do candidato;

d)Análise do histórico escolar do aluno no curso superior pleno do qual é portador de diploma e do seu Curriculum Vitae.

a)Declaração da empresa ou instituição de ensino secundário comprovando o interesse na formação do aluno em mestrado profissional;

b)Prova escrita ou oral enfocando a proposta de trabalho, avaliando a capacidade e a maturidade do candidato. (eliminatória).

c)Resumo da proposta de trabalho de interesse da

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empresa ou instituição de ensino;

d)Análise do histórico escolar do aluno no curso superior pleno do qual é portador de diploma e do seu Curriculum Vitae.

SOCIOLOGIA

a) Prova escrita versando sobre teoria sociológica (eliminatória);

b) Análise do projeto de pesquisa (eliminatória);

c) Exame oral centrado no currículo, histórico escolar e projeto do candidato (eliminatória).

a) Análise do projeto de pesquisa (eliminatório);

b) Exame de Proficiência em língua inglesa. Caso esta proficiência seja comprovada, o candidato deve optar pelo exame de Francês ou de Espanhol (eliminatória);

c) Exame oral centrado no currículo, histórico escolar e projeto do candidato (eliminatória).

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TERAPIA OCUPACIONAL

a) Análise da adequação do projeto às linhas de pesquisa ofertadas(eliminatória);

b) Prova escrita de língua inglesa instrumental, (eliminatório);

c) Prova de habilidades em comunicação escrita;

d) Seleção de projetos que sejam pertinentes ao Programa, às linhas de pesquisa e à disponibilidade dos orientadores (eliminatório e classificatório)e) Análise de Curriculum Vitae, (classificatória)f) Defesa oral do projeto (eliminatório e classificatório).

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*M= Mestrado, MP= Mestrado Profissional, D=Doutorado

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Apêndice: 5

Conceitos relacionados ao Trabalho de acordo com o Decreto nº 5707/2006

Desenvolvimento – processo continuado que visa ampliar os conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu desempenho funcional no cumprimento dosobjetivos institucionais;

Capacitação – processo permanente e deliberado de aprendizagem, que utiliza ações de aperfeiçoamento e qualificação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais, por meio do desenvolvimento de competências individuais;

Educação formal – educação oferecida pelos sistemas formais de ensino, por meio de instituições públicas ou privadas, nos diferentes níveis da educação brasileira, entendidos como educação básica e educação superior;

Aperfeiçoamento – processo de aprendizagem, baseado em ações de ensino-aprendizagem, que atualiza, aprofunda conhecimentos e complementa a formação profissional do servidor, com o objetivo de torná-lo apto a desenvolver suas atividades, tendo em vista as inovações conceituais, metodológicas e tecnológicas;

Qualificação – processo de aprendizagem baseado em ações de educação formal, por meio do qual o servidor adquire conhecimentos e habilidades, tendo em vista o planejamento institucional e o desenvolvimento do servidor na carreira;

Desempenho – execução de atividades e cumprimento de metas previamente pactuadas entre o ocupante da carreira e a IFE, com vistas ao alcance de objetivos institucionais;

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Anexo 1: ATO ProPG Nº 07/2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSPRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

ATO ProPG Nº 07/2009, de 26 de fevereiro de 2009.

Dispõe sobre normas para implementação do Programa de Apoio àCapacitação de Servidores da UFSCar no ano de 2009

O Pró-Reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de São Carlos, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, CONSIDERANDO o Parecer nº 1072, de 12 de agosto de 2005, da CANOA - Comissão para Assuntos de Natureza Orçamentária e Administrativa do Conselho Universitário da UFSCar, que aprovou a criação do Programa de Apoio à Capacitação de Servidores da UFSCar,

RESOLVE:Adotar os procedimentos abaixo explicitados para a implementação do Programa de Apoio à Capacitação de Servidores da UFSCar, para 2009.Art. 1º – O Programa apoiará servidores da UFSCar, docentes ou técnico-administrativos, que estiverem regularmente matriculados em curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) em instituição fora da cidade em que se localiza o respectivo campus da UFSCar em que os mesmos estejam lotados e que freqüentem o curso em regime de afastamento parcial, devidamente aprovado peloConselho de Pós-Graduação (Portarias GR 043/87 e 432/90).Parágrafo único – Excepcionalmente, poderá receber apoio servidor em regime de afastamento integral devidamente aprovado, que não usufrua bolsa, correspondendo este apoio a 80 %, no máximo, ao do valor concedido ao servidor em regime de afastamento parcial.Art. 2º – O apoio dado pelo Programa tem como objetivo auxiliar o custeio de despesas de deslocamento/estadia, podendo compreender:a) a concessão de diária(s) ou ressarcimento de despesas devidamente comprovadas com hospedagem e refeições;b) ressarcimento de despesas devidamente comprovadas com passagens de ônibus ou combustível e pedágios,até valor máximo semestral fixado em função da distância entre a cidade em que o servidor se capacita e a do campus da UFSCar em que o servidor está lotado:

- até 75 km: R$ 900,00- entre 75 km e 150 km: R$ 1.800,00- entre 150 km e 300 km: R$ 2.700,00- acima de 300 km: R$ 3.600,00

Art. 3º – Caberá à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) o gerenciamento do Programa. Assim, as solicitações de diária e correspondentes prestações de conta ou as solicitações de ressarcimento de despesas deverão ser encaminhadas à mesma.§ 1º – A tramitação de uma solicitação de diária só ocorrerá se não houver prestação de contas pendente.§ 2º – A solicitação de ressarcimento de despesas deve ser encaminhada por meio de formulário disponível na página da ProPG, devidamente preenchido e assinado, especificando a atividade realizada e anexando os correspondentes documentos comprobatórios.

Prof. Dr. Bernardo Arantes do Nascimento TeixeiraPró-Reitor de Pós-Graduação