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Momento Jurídico com o Professor Fabio Tavares Revisão de Direito Constitucional Exame da OAB Prova: 15/03/2015

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Momento Jurídico com o Professor Fabio Tavares

Revisão de Direito Constitucional

Exame da OAB

Prova: 15/03/2015

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Sobre o Poder Constituinte é incorreto e correto afirmar:

• 1. O objetivo fundamental do Poder Constituinte Originário é o de criar

um novo Estado.

• 2. O Poder Constituinte Originário é inicial, não autônomo (segundo a corrente positivista adotada no Brasil) e ilimitado juridicamente.

• 3. O Poder Constituinte Derivado também é denominado de Poder Constituinte Instituído, Constituído, Secundário ou de Segundo Grau.

• 4. O Poder Constituinte Derivado Decorrente tem como missão estruturar a Constituição dos Estados-Membros.

• 5. O Poder Constituinte Derivado é limitado e condicionado.

Acerca das competências legislativas das unidades da Federação, é incorreto e correto afirmar:

• (6) lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de competência privativa da União.

• (7) no âmbito da legislação concorrente, compete à União expedir normas gerais (restritas ao estabelecimento de diretrizes nacionais e uniformes sobre determinados assuntos) e normas específicas ou particularizantes federais.

• (8) a competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competência suplementar dos Municípios, mas não a dos Estados.

• (9) inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

• (10) os Municípios, além de editarem suas leis orgânicas, também possuem competência para legislar sobre assuntos de interesse local.

Aponte a alternativa incorreta e correta, sobre o tema da intervenção:

• (11) são hipóteses típicas da intervenção da União nos Estados, dentre outras: manter a integridade nacional; deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual.

• (12) segundo a ordem constitucional, sempre em situações excepcionais, a União pode intervir

nos Estados e no Distrito Federal; os Estados podem intervir em seus Municípios; a União pode intervir nos Municípios localizados em Territórios Federais.

• (13) a decretação da intervenção, no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária,

dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral.

• (14) a decretação da intervenção da União nos Estados, visando assegurar a observância da

forma republicana, do sistema representativo e do regime democrático, dependerá do provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República.

• (15) o decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução

e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.

Sobre o processo legislativo, é incorreto e correto afirmar:

• (16) a Constituição poderá ser emendada mediante proposta: de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

• (17) a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por

prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. • (18) é vedada a edição de medidas provisórias sobre as seguintes matérias,

dentre outras: nacionalidade e cidadania; direito penal e processual penal; organização do Ministério Público; reservada a lei complementar.

• (19) a Constituição não admite a iniciativa parlamentar em tema de direito

tributário, pois se trata de iniciativa privativa do Presidente da República. • (20) as medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.

Sobre a nacionalidade é incorreto e correto afirmar:

• (21) são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país.

• (22) são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,

desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

• (23) aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em

favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição.

• (24) são brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade

brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto, idoneidade moral e inexistência de condenação penal.

• (25) são brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na

República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

• .

Assinale a alternativa incorreta e correta, sobre o tema do Controle de Constitucionalidade:

• (26) a ação declaratória de constitucionalidade, ajuizada perante o STF, tem como objeto apenas a lei ou ato normativo federal.

• (27) as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

• (28) segundo a Constituição, declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

• (29) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ajuizada perante o STF, tem como objeto a lei ou ato normativo federal ou estadual.

• (30) a arguição de descumprimento de preceito fundamental, ajuizada perante o STF, permite o exame apenas da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal e estadual, incluídos atos anteriores à Constituição.

• .

No que se refere ao controle de constitucionalidade e ao controle exercido pelos TCs, julgue os itens a seguir.

• (31) Não se admite ação direta de inconstitucionalidade, perante o STF, cujo objeto seja ato normativo editado pelo DF no exercício de competência que a CF/1988 reserve aos municípios, tal como a disciplina e polícia do parcelamento do solo.

• (32) Embora os TCs não detenham competência para declarar a

inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, eles podem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou material de normas jurídicas com a CF/1988, deixando de aplicar, ou providenciando a sustação, de atos que considerem inconstitucionais.

• (33) O STF possui competência para apreciar a inconstitucionalidade por

omissão, legislativa ou administrativa, de órgãos federais em face da CF/1988, mas, no que diz respeito aos órgãos estaduais, a competência para conhecer essas omissões pertence aos tribunais de justiça dos estados.

• .

34. Na hermenêutica constitucional, o processo informal de mudança da Constituição, que permite alterar o sentido da norma constitucional, sem alterar o seu texto, denomina-se

• (A) fenômeno da relativização transitória da Constituição. • (B) interpretação constitucional elástica. • (C) mutação constitucional. • (D) método da desconstitucionalização das normas

constitucionais. • (E) repristinação constitucional. • .

35. Assinale a afirmativa incorreta.

• (A) As normas constitucionais definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

• (B) As normas constitucionais podem ter eficácia plena, contida e limitada.

• (C) As normas constitucionais de eficácia plena são aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição produzem, ou podem produzir, todos os efeitos essenciais, relativos aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constitucional, direta e normativamente, quis regular.

• (D) As normas constitucionais de eficácia contida são aquelas que apresentam aplicação indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre os interesses, após uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade.

• (E) As normas constitucionais programáticas são de aplicação diferida e não de aplicação ou execução imediata.

36. Acerca do controle de constitucionalidade, assinale a opção correta.

• (A) No controle difuso de constitucionalidade, os efeitos da decisão são, no aspecto temporal, ex tunc e, quanto aos atingidos, inter partes, não se admitindo exceções.

• (B) O controle judicial preventivo de constitucionalidade, que envolve vício no processo legislativo, deve ser exercido pelo STF via mandado de segurança, caracterizando-se como controle in concreto e efetivando-se de modo incidental.

• (C) Conforme entendimento do STF, não cabe controle de constitucionalidade contra leis ou atos normativos anteriores à CF, seja por via de controle concentrado, seja por controle difuso.

• (D) A inconstitucionalidade formal relaciona-se, sempre, com a inconstitucionalidade total, visto que o ato editado em desconformidade com as normas previstas constitucionalmente deve todo ele ser declarado inconstitucional.

• (E) Em atenção ao princípio da adstrição, o ordenamento jurídico brasileiro não admite a inconstitucionalidade por arrastamento, que consistiria na possibilidade de o STF declarar a inconstitucionalidade de uma norma objeto de pedido e também de outro ato normativo que não tenha sido objeto do pedido, em virtude de correlação, conexão ou interdependência entre uma e outro.

37. Considerada a disciplina constitucional e a respectiva regulamentação legal da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, é INCORRETO afirmar que

• (A) pode ser proposta pelos legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade.

• (B) não admite desistência.

• (C) não admite medida cautelar.

• (D) cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

• (E) em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Supremo Tribunal Federal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido.

38. Sobre a arguição de descumprimento de preceito fundamental, assinale a alternativa correta.

• (A) Será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, ou pelo Superior Tribunal de Justiça conforme a origem, federal, estadual ou municipal, da apregoada lesão.

• (B) Poderá ser proposta pelos legitimados para a ação civil pública.

• (C) Quando julgada, sua decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público.

• (D) Será admitida mesmo quando houver outro meio eficaz de sanar a lesividade.

• (E) Poderá ser decidida em sessão à qual presente a maioria simples dos Ministros.

39. Um Município teve questionada, em mandado de segurança na justiça estadual, uma lei que instituiu um tributo municipal. O Tribunal de Justiça, pela 2.ª Câmara de Direito Público, entendendo que a exigência tributária não estava de acordo com a repartição constitucional de competências, afastou a cobrança do tributo dando provimento à apelação do contribuinte, mas no acórdão não houve declaração expressa de inconstitucionalidade. Nesse caso, portanto, nos moldes da Constituição e do entendimento do Supremo Tribunal Federal,

• (A) cabe ao Município ajuizar uma Reclamação perante o STF, com fundamento na

violação da cláusula de reserva de plenário.

• (B) não há possibilidade de recurso por parte do Município perante os tribunais superiores, pois não houve declaração de inconstitucionalidade.

• (C) o julgado do Tribunal Estadual é nulo, uma vez que a inconstitucionalidade de lei municipal em relação à Constituição Federal somente pode ser arguida perante o Supremo Tribunal Federal.

• (D) resta ao Município interpor recurso especial perante o STJ, considerando que não houve expressa declaração de inconstitucionalidade da lei municipal.

• (E) deverá o Município solucionar a questão em âmbito estadual, posto que não houve declaração de inconstitucionalidade, a qual, se houvesse, poderia ensejar a ação declaratória de constitucionalidade.

No que se refere ao controle de constitucionalidade, no âmbito da jurisprudência do STF, assinale a opção correta e a incorreta

• (40) O amicus curiae tem legitimidade para oferecer embargos de declaração contra acórdão proferido em ação direta de inconstitucionalidade.

• (41) Um acórdão de tribunal de justiça ou de TRF que defira medida liminar comporta recurso extraordinário, o qual deve ficar retido nos autos, sob pena de preclusão, até que sobrevenha a decisão final, quando, então, terá normal seguimento.

• (42) Cabe medida liminar em ação de inconstitucionalidade por omissão.

• (43) Em um processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, por motivos de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, é lícito que o STF restrinja, por maioria de dois terços de seus membros, os efeitos de declaração de inconstitucionalidade ou decida que esta tenha eficácia somente a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

No que se refere ao controle de constitucionalidade, no âmbito da jurisprudência do STF, assinale a opção correta e a incorreta

• (40) O amicus curiae tem legitimidade para oferecer embargos de declaração contra acórdão proferido em ação direta de inconstitucionalidade.

• (41) Um acórdão de tribunal de justiça ou de TRF que defira medida liminar comporta recurso extraordinário, o qual deve ficar retido nos autos, sob pena de preclusão, até que sobrevenha a decisão final, quando, então, terá normal seguimento.

• (42) Cabe medida liminar em ação de inconstitucionalidade por omissão.

• (43) Em um processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, por motivos de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, é lícito que o STF restrinja, por maioria de dois terços de seus membros, os efeitos de declaração de inconstitucionalidade ou decida que esta tenha eficácia somente a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

44. No âmbito da ADPF, conforme entendimento do STF, não constituem matéria relacionada a preceito fundamental

• (A) os princípios fundamentais.

• (B) os direitos e garantias fundamentais.

• (C) as cláusulas pétreas.

• (D) as regras de divisão de competência entre os entes federados.

• (E) os princípios sensíveis.

QUADRO MENTAL DO CONTROLE DIFUSO PARTE I

A alegação de inconstitucionalidade é fundamento de defesa, logo, é questão prejudicial.

• Qualquer pessoa (legitimada) pode ajuizar ação de inconstitucionalidade;

• O julgamento pode ser realizado em qualquer tribunal, por qualquer Juiz;

• O Juiz singular poderá declarar a inconstitucionalidade de ato normativo ao solucionar o litígio entre as partes;

• Não é declaração de inconstitucionalidade de lei em tese, mas exigência imposta para a solução do caso concreto;

• é o controle concreto, inter partes, ou incidental.

• Efeitos da declaração de inconstitucionalidade EX-TUNC E INTER PARTES – desfaz-se, desde a sua origem, o ato declarado inconstitucional, juntamente com todas as conseqüências dele derivadas, uma vez que atos inconstitucionais são nulos; somente é aplicado ao caso concreto que foi julgado.

QUADRO MENTAL DO CONTROLE DIFUSO PARTE II

• Controle Difuso / Senado Federal o STF, decidindo o caso concreto (via indireta) poderá, incidentalmente, declarar por maioria absoluta de seus membros (ARTIGO 97 DA CF – CLAÚSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO), a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo do Poder Público; teoricamente, esta lei continua em vigor, pois esta declaração de inconstitucionalidade NÃO A REVOGA, isto é, continua eficaz e aplicável, até que o Senado Federal, através de uma RESOLUÇÃO, SUSPENDA a sua executoriedade, no todo ou em parte.

• A Declaração de Inconstitucionalidade é do STF, mas a SUSPENSÃO é função do Senado Federal. Neste caso, os efeitos são EX-NUNC e ERGA OMNES, ou seja, DEIXAM DE VIGORAR após a publicação da citada Resolução.

45. Nos termos do que preconizado na Constituição de República de 1988, a respeito dos Direitos Políticos, é falso afirmar:

• (A) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular;

• (B) O alistamento eleitoral e voto são facultativos para os analfabetos;

• (C) São inelegíveis os inalistáveis;

• (D) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da proclamação do resultado, instruída a ação com provas de abuso de poder político, corrupção ou fraude.

46. Verdadeiro ou Falso. Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) (art. 58, § 3º, da CF) são:

• Espécies de comissões temporárias. São criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. As CPI´s terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. Observe-se que elas não julgam, apenas investigam. As CPI’s não podem, em razão da cláusula de reserva jurisdicional, determinar buscas em domicílio (art. 5º, XI, CF), interceptações telefônicas (art. 5º, XII, CF), e qualquer prisão que não seja em flagrante (art. 5º, LXI, CF)