módulo i - wmd - contexto e conceitos

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Tecnologias sensíveis e bens de uso duplo Roque Monteleone Neto [email protected] http://rmonteleo.wordpre ss.com Setembro/Novembro 2014 UNIFESP-DIS Controles e Proibições

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  • Tecnologias sensveis e bens de uso duploRoque Monteleone [email protected]://rmonteleo.wordpress.com

    Setembro/Novembro 2014UNIFESP-DISControles e Proibies

  • Tecnologias sensveis e bens de uso duploMdulo I: Contexto & ConceitosMdulo II: Controle de bens de uso duplo e tecnologias sensveis relacionados com a rea nuclear Mdulo III: Controle de bens de uso duplo e tecnologias sensveis relacionados com vetoresMdulo IV: Controle de bens de uso duplo e tecnologias sensveis relacionados com a rea qumica Mdulo V: Controle de bens de uso duplo e tecnologias sensveis relacionados com a rea biolgicaMdulo VI: A tica e a tcnicaControles e Proibies

  • LeiturasArms Proliferation: Threats and ResponsesTechnical Aspects of Chemical Weapons ProliferationTechnical Aspects of Biological Weapons ProliferationThe Proliferation of Delivery MeansNuclear Non-Proliferation and the NPT - Tutorials

  • Tecnologias sensveis e bens de uso duplo

  • Tecnologias sensveis e bens de uso duploConsideram-se bens sensveis os bens de aplicao blica, os bens de uso duplo e os bens de uso na rea nuclear, qumica e biolgica: I - consideram-se bens de aplicao blica os que a legislao defina como de uso privativo das Foras Armadas ou que sejam de utilizao caracterstica dessas instituies, includos seus componentes, sobressalentes, acessrios e suprimentos; II - consideram-se bens de uso duplo os de aplicao generalizada, desde que relevantes para aplicao blica; III - consideram-se bens de uso na rea nuclear os materiais que contenham elementos de interesse para o desenvolvimento da energia nuclear, bem como as instalaes e equipamentos utilizados para o seu desenvolvimento ou para as inmeras aplicaes pacficas da energia nuclear; IV - consideram-se bens qumicos ou biolgicos os que sejam relevantes para qualquer aplicao blica e seus precursores. Consideram-se servios diretamente vinculados a um bem as operaes de fornecimento de informao especfica ou tecnologia necessria ao desenvolvimento, produo ou utilizao do referido bem, inclusive sob a forma de fornecimento de dados tcnicos ou de assistncia tcnica.

    * LEI N 9.112, art. 1, de 10 de outubro de 1995, que dispe sobre a exportao de bens sensveis e servios diretamente vinculados.Definies

  • Tecnologias sensveis e bens de uso duploControles e Proibies

  • DESARMAMENTO E NO-PROLIFERAOArmas de Destruio em MassaProibies & ControlesTecnologias sensveis e bens de uso duploNaes UnidasConselho de SeguranaTratados, Convenes, RegimesTecnologias sensveisBens de uso duploEstadotica & TcnicaSoberania

  • E S T A D OA nica maneira de instituir um tal poder comum, capaz de os defender das invases dos estrangeiros e das injrias uns dos outros, garantindo-lhes assim uma segurana suficiente para que, mediante o seu prprio labor e graas aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, conferir toda a sua fora e poder a um homem, ou a uma assemblia de homens, que possa reduzir as suas diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma s vontade. O que equivale a dizer: designar um homem ou uma assemblia de homens como representante das suas pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada um como autor de todos os atos que aquele que representa a sua pessoa praticar ou levar a praticar, em tudo o que disser respeito paz e segurana comuns; todos submetendo assim as suas vontades vontade do representante, e as suas decises sua deciso.LeviatThomas Hobbes - 1651

  • E S T A D OIsto mais do que consentimento, ou concrdia, uma verdadeira unidade de todos eles, numa s e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos os homens, de um modo que como se cada homem dissesse a cada homem: Cedo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assemblia de homens, com a condio de transferires para ele o teu direito, autorizando de uma maneira semelhante todas as suas aes. Feito isto, multido assim unida, numa s pessoa, chama-se Estado, em latim Civitas. esta a gerao daquele grande Leviat, ou antes (para falar em termos mais reverentes) daquele Deus Mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, a nossa paz e defesa. Pois graas a esta autoridade que lhe dada por cada indivduo no Estado, -lhe conferido o uso de tamanho poder e fora que o terror assim inspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no sentido da paz no seu prprio pas, e da ajuda mtua contra os inimigos estrangeiros. nele que consiste a essncia do Estado, a qual pode ser assim definida: uma pessoa de cujos atos uma grande multido, mediante pactos recprocos uns com os outros, foi instituda por cada um como autora, de modo a ela poder usar a fora e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum.Thomas Hobbes, Leviat Cap. XVII, 1651

  • E S T A D OA chamada Paz de Vestflia* ou de Westflia, tambm conhecida como os Tratados de Mnster e Osnabrck (Alemanha), designa uma srie de tratados que encerrou a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) no Sacro Imprio Romano e a Guerra dos Oitenta Anos (15681648) entre a Espanha e as Provncias Unidas (Pases Baixos-Holanda). Este conjunto de diplomas jurdicos inaugurou o chamando Sistema Internacional moderno, ao acatar consensualmente noes e princpios como o de soberania estatal e o de Estado-nao. Embora o imperativo da paz tenha surgido em decorrncia de uma longa srie de conflitos generalizados, surgiu com eles a noo embrionria de que uma paz duradoura derivava de um equilbrio de poder, noo essa que se aprofundou com o Congresso de Viena (1815) e com o Tratado de Versalhes (1919). Por essas razes, a Paz de Vestflia costuma ser reconhecida como o marco inicial nos currculos dos estudos de Relaes Internacionais.

  • A paz perptua Kant, 1795No deve ser considerado como vlido nenhum tratado de paz que tenha sido feito com a reserva secreta de elementos para uma guerra futura"Nenhum Estado independente, grande ou pequeno, poder ser adquirido por outro mediante herana, troca, compra ou doao""Exrcitos permanentes (milis perpetuus) devem, com o tempo, ser totalmente abolidos""Dvidas pblicas no devem ser contradas em relao com os assuntos de poltica exterior""Nenhum Estado deve interferir pela fora na constituio ou governo de outro Estado""Nenhum Estado deve, durante a guerra, permitir atos de hostilidade tais que tornem impossvel a subseqente confiana mtua na paz, tais como: o emprego, no Estado adversrio, de assassinos (percussores), envenenadores (venefici), violao da capitulao, e incitamento traio (perduellio) "Trs artigos Definitivos fornecero no apenas uma cessao das hostilidades, mas uma fundao sobre a qual a paz ser construda. "A Constituio civil em cada estado deve ser republicana. "O direito das gentes deve ser fundamentar-se numa federao de estados livres. "A lei da cidadania (direito cosmopolita) mundial deve ser limitar-se s condies de hospitalidade universal.Neste ensaio, Kant descreve seu programa de paz, contendo duas etapas. Nos artigos "Preliminares" descreve os passos que devem ser tomados de imediato, ou com a mxima urgncia:

  • A ONU e as Armas de destruio em massaEm janeiro de 1946, primeira resoluo da Assemblia Geral das Naes Unidas, criou uma Comisso para tratar dos problemas suscitados pela ento recente descoberta do poder da energia atmica. No pargrafo 5, item (c), que estabelece os termos de referncia dessa Comisso, l-se : para a eliminao das armas atmicas dos armamentos nacionais e todas as outras armas adaptveis para destruio em massa. Em agosto de 1948, Comisso para Armamentos Convencionais do Conselho de Segurana das Naes Unidas considera em seus trabalhos todos os armamentos e foras armadas, exceto as armas atmicas e as armas de destruio em massa, que devem ser definidas incluindo as armas de exploso atmica, armas com material radioativo, armas qumicas e biolgicas letais e qualquer outra desenvolvida no futuro que tenha as caractersticas comparveis, em termos de efeito destruidor, quelas da bomba atmica ou das outras [aqui] mencionadas.

  • Conselho de Segurana da ONUManter a paz e a segurana internacional;Investigar qualquer disputa ou situao que possa levar a situaes de atrito internacional;Recomendar mtodos de ajustamento de disputas ou termos de acordos ou ajustes;Formular planos para o estabelecimento de um sistema para regulamentar os armamentos; Determinar a existncia de ameaas para a paz ou atos de agresso e recomendar quais aes devem ser tomadas;Apelar para que os Estados Membros apliquem sanes econmicas e outras medidas, que no o uso da fora, para prevenir ou interromper uma agresso;Adotar ao militar contra um agressor.Poderes e Funes*(*seleo)

  • A proliferao de armas de destruio em massa constitui uma ameaa paz e segurana internacionais. Os membros do Conselho se comprometem a trabalhar para prevenir a propagao de tecnologias relacionadas com a pesquisa ou produo de tais armas e a tomar aes apropriadas para esse fim....Pela primeira vez a nvel de Chefes de Estado e de Governo, o Conselho de Segurana reuniu-se em Nova Iorque em 31 de janeiro de 1992.Os membros do Conselho consideraram o seu comprometimento com a Carta das Naes, inclusive no que se refere responsabilidade do Conselho de Segurana na manuteno da paz e segurana internacionais....Os membros do Conselho expressam a sua profunda preocupao em relao aos atos de terrorismo internacional e enfatizam a necessidade de tratamento efetivo de tais atos pela comunidade internacional.Declarao do Presidente do Conselho de Segurana da ONU** Trecho selecionado/Traduo no oficial/nfase adicionada

  • Posse/Uso de armas de destruio em massa1915 Na Batalha de Ypres (Blgica), na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha usou gs txico, pela primeira vez em grande escala.1933 a 1945 Programa japons de Armas Biolgicas - Uso na Manchria.1942 a 1945 Projeto Manhattan, culmina em 1945 com o bombardeiro americano B-29 que lana a primeira bomba atmica, "Little Boy", em Hiroshima . A exploso mata cerca de 140.000 pessoas.1949 a 1964 USSR, Reino Unido, Frana, China detonam suas primeiras bombas atmicas.1974 A ndia realiza sua primeira exploso nuclear, que a qualifica como sendo uma "exploso nuclear pacfica - Smiling Buddha".1983 Uso de gs mostarda, sarin, tabum no Conflito Ir-Iraque.1986 O jornal londrino Sunday Times, publica um extenso dossi detalhando o programa nuclear israelense, contendo as revelaes do tcnico Mordechai Vanunu, que trabalhou no reator nuclear em Dimona, no deserto de Negev.1988 O Presidente da Repblica Islmica do Ir, Akbar H. Rafsaniani, declara que as armas qumicas e biolgicas so a bomba atmica dos pobres.1995 Ataque terrorista no metro de Tquio, utilizando sarin, perpetrado pela seita religiosa Aun Shinrikyo. Oito mortos e 5.510 pessoas hospitalizadas.1998 Paquisto realiza seis testes nucleares.2001 Cartas contaminadas com antraz nos EUA [e o atentado s Torres Gmeas ao WTC]: 5 mortos, 22 infectados, edifcios e servios interditados.2006 Coria do Norte realiza seu primeiro teste de armas nucleares.2013 Uso de armas qumicas no conflito da Sria.

  • Armas de Destruio em Massa e o Prmio Nobel28 laureados com o Prmio Nobel envolveram-se em programas de armas de destruio em massa; destes, 21 em fsica, 6 em qumica e 1 em medicina.

  • Proibio do Uso na Guerra de Gases Asfixiantes, Venenosos ou Outros Gases e de Mtodos Bacteriolgicoshttp://www.un.org/disarmament/WMD/Bio/1925GenevaProtocol.shtml* http://www.icrc.org/IHL.NSF/TOPICS?OpenViewProbe o uso, na guerra, de gases asfixiantes, txicos ou similares, e de meios bacteriolgicos. Aberto para assinatura: 17 de junho de 1925Entrada em vigor: a partir da data de depsito da ratificao ou adeso pelo Estado signatrio.Depositrio: FranaEstados-Parte: 136* (07/2010)Ausncia de medidas de aumento da confiana mtua ou de verificao de cumprimento.Medidas de verificaoObjeto/ObrigaesProtocolo de Genebra

  • Proibio do Uso na Guerra de Gases Asfixiantes, Venenosos ou Outros Gases e de Mtodos BacteriolgicosO Brasil assinou o Protocolo em 17 de junho de 1925 e apresentou o seu depsito em 28 de agosto de 1970.Grande nmero de Estados apresentou reservas relacionadas com o direito de retaliao da mesma forma se forem atacados com os agentes proibidos pelo Protocolo. O nmero de Estados que colocaram reservas vem progressivamente diminuindo, sendo que a Rssia em 2002 retirou suas reservas.O Protocolo de Genebra considerado o primeiro instrumento multilateral de desarmamento e tem fora de lei internacional, relacionando-se diretamente com o Artigo VII da Carta das Naes Unidas.O Protocolo no se aplica ao desenvolvimento, produo, posse, aquisio ou transferncia dessas armas.ComentriosProtocolo de Genebra

  • TNP - Tratado de No-ProliferaoAberto para assinatura: 1 de julho de 1968 Entrada em vigor: 5 de maro de 1970Adeso do Brasil: 18 setembro 1998Depositrios: Estados Unidos, Reino Unido, RssiaEstados-Parte: 190 (07/2010)Objeto/ObrigaesEstados Nucleares: No transferir, no auxiliar, no induzir ou estimular qualquer Estado No-Nuclear a produzir ou adquirir armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares.Todos os Estados-Partes:Participar e facilitar o intercmbio de equipamentos, materiais, informaes cientficas e tecnolgicas para o uso pacfico da energia nuclear;Negociar medidas relativas cessao da corrida nuclear, buscar o desarmamento nuclear e um tratado sobre o desarmamento geral, sob estrito controle internacional.Estados No-Nucleares:No produzir, no receber ou adquirir quaisquer armas nucleares ou outros artefatos explosivos nucleares;Submeter todos os materiais fsseis vinculados e todas as atividades nucleares pacficas ao regime de salvaguardas da AIEA.http://disarmament.un.org/TreatyStatus.nsf/NPT%20(in%20alphabetical%20order)?OpenView

  • NSG - Grupo de Supridores NuclearesIncio: 1974Pases participantes: (46) (07/2010) frica do Sul, Alemanha, Argentina, Austrlia, ustria, Blgica, Bielorssia, Brasil, Bulgria, Canad, Cazaquisto, China, Chipre, Coria do Sul, Crocia, Dinamarca, Eslovquia, Eslovnia, Estnia, Espanha, Estados Unidos, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islndia, Itlia, Japo, Litunia, Letnia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Nova Zelndia, Polnia, Portugal, Reino Unido, Repblica Tcheca, Romnia, Rssia, Sucia, Sua, Turquia e Ucrnia. A Comunidade Europia membro observador permanente.ObjetivosAssegurar que as exportaes de material nuclear e outros itens conexos, especificados em listas, aprovadas pelos pases membros do grupo, sejam feitas sob salvaguardas apropriadas, proteo fsica adequada e compromisso de no-proliferao de armas nucleares.

  • Conveno sobre a Proibio de Armas Biolgicas (CPAB)Aberta para assinatura: 10 de abril de 1972Entrada em vigor: 26 de maro de 1975 Depositrios: Estados Unidos, Reino Unido, RssiaEstados-Parte: 163 (07/2010)Objeto/ObrigaesProbe o desenvolvimento, produo, armazenagem, aquisio, obteno de agentes microbianos, biolgicos ou toxinas, de qualquer natureza, segundo tipos e em quantidades que no justifiquem o seu uso para fins profilticos, protetores ou outro uso pacfico.Probe o desenvolvimento, produo, armazenagem, aquisio ou obteno de armas, equipamentos e vetores destinados ao emprego de tais agentes ou toxinas para fins hostis ou em conflito armado.Probe a transferncia, assistncia, induo produo ou aquisio de quaisquer agentes, toxinas, armas, equipamentos ou vetores.Determina destruio ou transformao para atividades pacficas de todos os agentes, toxinas, armas, equipamentos e meios de disseminao.

  • Conveno sobre a Proibio de Armas Biolgicas (CPAB)ComentriosO Brasil assinou a Conveno em 10 de abril de 1972 e depositou sua ratificao em 27 de fevereiro de 1973. O Brasil ainda no estabeleceu penalidades em caso de descumprimento dos dispositivos da CPAB.No final de 1969, o governo norte-americano (Nixon), decretou o fim de suas atividades relacionadas com o seu programa ofensivo de armas biolgicas e em 1971 o Reino Unido apresentou Conferncia de Desarmamento, em Genebra, uma proposta de Conveno para a proibio e destruio de armas biolgicas.

  • Grupo da AustrliaIncio: 1985Pases membros: (41) (07/2010) Alemanha, Argentina, Austrlia, ustria, Blgica, Bulgria, Canad, Comunidade Europia, Coria do Sul, Chipre, Crocia, Dinamarca, Estados Unidos, Eslovquia, Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Hungria, Islndia, Irlanda, Itlia, Japo, Letnia, Litunia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Nova Zelndia, Polnia, Portugal, Reino Unido, Repblica Tcheca, Romnia, Sucia, Sua, Turquia e Ucrnia. ObjetivosGarantir que certos agentes qumicos e biolgicos, equipamentos e outros itens conexos de uso duplo, no contribuam para a proliferao de armas qumicas e biolgicas, atravs de consultas e harmonizao de medidas de controle de exportao.http://www.australiagroup.net/

  • MTCR Regime de Controle de Tecnologia de MsseisIncio: 1987Pases membros (34) (07/2010): Alemanha, frica do Sul, Argentina, Austrlia, ustria, Blgica, Bulgria, Brasil, Canad, Coria do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Hungria, Islndia, Irlanda, Itlia, Japo, Luxemburgo, Nova Zelndia, Noruega, Polnia, Portugal, Repblica Tcheca, Reino Unido, Rssia, Sucia, Sua, Turquia, Ucrnia. ObjetivosRestringir a proliferao de msseis, veculos no tripulados e tecnologias conexas, capazes de atingir pelo menos 300 km, com carga de 500 kg, e tambm restringir a exportao de sistemas capazes de lanar armas de destruio em massa.http://www.mtcr.info

  • CPAQ - Conveno sobre a Proibio de Armas QumicasAberta para assinatura: 13 de janeiro de 1993Entrada em vigor: 29 de abril de 1997 Depositrios: Secretrio-Geral da ONUEstados-Parte: 188 (07/2010)Objeto/ObrigaesProbe desenvolver, produzir, adquirir, estocar, reter, transferir e usar armas qumicas;Probe o engajamento em preparaes militares para o uso de armas qumicas;Probe o auxlio, encorajamento e induo de qualquer atividade proibida pela Conveno;Determina a destruio de todas as armas qumicas e locais de produo existentes nos Estados-Partes e nos territrios sob sua jurisdio ou controle ou abandonadas em territrio de outro Estado; Probe a utilizao de agentes qumicos de represso de distrbios como mtodo de guerra.

  • UNSCR 1540 (2004)Adotada por unanimidade, pelo Conselho de Segurana, em 28 de abril de 2004, sob a gide do Captulo VII da Carta das Naes.Primeira deciso formal adotada pelo Conselho de Segurana que considera a proliferao de armas destruio em massa como ameaa global paz e segurana internacionais.Impe profundas obrigaes, a todos os Estados-Membros, para adotarem medidas para prevenir a apropriao de ADM, seus meios de lanamento e materiais conexos, por atores no-Estatais, particularmente por terroristas.

  • A posio e a legislao brasileirasA posio oficial e a poltica brasileira relacionada com o tema encontra-se em:

    http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas-multilaterais/paz-e-seguranca-internacionais/desarmamento-e-nao-proliferacao A gesto governamental brasileira encontra-se em:http://mct.gov.br/index.php/content/view/43073/Controle_de_Bens_Sensiveis.html

  • A posio e a legislao brasileiraProtocolo de GenebraDecreto 67.200, de 15/09/1970, que promulga o Protocolo de Genebra, de 17/06/1925Conveno sobre a Proibio de Armas BiolgicasDecreto 77.374, de 01/04/1976, que promulga a CPAB, de 10/04/1972Regime de Controle de Tecnologias de Msseis (1995)Grupo de Supridores Nucleares (1996)Tratado de No-Proliferao NuclearDecreto 2.864, de 07/12/1998, que promulga o TNP, de 01/07/1968Conveno sobre a Proibio de Armas QumicasDecreto 2.977, de 01/03/1999, que promulga a CPAQ, de 13/01/1993Adeses a Convenes, Tratados, Regimes ou Arranjos

  • Convenes Internacionais sobre o TerrorismoConveno Relativa s Infraes e Outros Atos Cometidos a Bordo de Aeronaves;Conveno para a Represso ao Apoderamento Ilcito de Aeronaves; Conveno para Prevenir e Punir os Atos de Terrorismo Configurados em Delitos Contra a Pessoa e a Extorso Conexa; Conveno para a Represso de Atos Ilcitos Contra a Segurana da Aviao Civil; Conveno sobre a Preveno e Punio de Crimes Contra Pessoas que gozam de proteo internacional, inclusive os agentes diplomticos; Conveno Internacional contra a Tomada de Refns; Protocolo para a Represso de Atos Ilcitos de Violncia em Aeroportos que prestem servio Aviao Civil Internacional; Conveno para a Marcao de Explosivos Plsticos para fins de deteco; Conveno Interamericana Contra a Fabricao e o Trfico Ilcito de Armas de Fogo, Munies, Explosivos e outros materiais correlatos; Conveno Internacional sobre a Supresso de Atentados Terroristas com Bombas; Conveno Internacional para a Supresso do Financiamento do Terrorismo; Conveno Interamericana contra o Terrorismo; e Conveno Internacional para a Supresso de Atos de Terrorismo Nuclear.O Brasil parte das 13 Convenes Internacionais sobre Terrorismo

  • LEI N 9.112, de 10 de outubro de 1995 Dispe sobre a Exportao de Bens Sensveis e Servios Diretamente VinculadosArt. 1 - Esta Lei disciplina as operaes relativas exportao de bens sensveis e servios diretamente vinculados a tais bens. 1 - Consideram-se bens sensveis os bens de aplicao blica, os bens de uso duplo e os bens de uso na rea nuclear, qumica e biolgica: I - consideram-se bens de aplicao blica os que a legislao defina como de uso privativo das Foras Armadas ou que sejam de utilizao caracterstica dessas instituies, includos seus componentes, sobressalentes, acessrios e suprimentos; II - consideram-se bens de uso duplo os de aplicao generalizada, desde que relevantes para aplicao blica; III - consideram-se bens de uso na rea nuclear os materiais que contenham elementos de interesse para o desenvolvimento da energia nuclear, bem como as instalaes e equipamentos utilizados para o seu desenvolvimento ou para as inmeras aplicaes pacficas da energia nuclear; IV - consideram-se bens qumicos ou biolgicos os que sejam relevantes para qualquer aplicao blica e seus precursores. 2 - Consideram-se servios diretamente vinculados a um bem as operaes de fornecimento de informao especfica ou tecnologia necessria ao desenvolvimento, produo ou utilizao do referido bem, inclusive sob a forma de fornecimento de dados tcnicos ou de assistncia tcnica. O PRESIDENTE DA REPBLICA, Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

  • LEI N 9.112, de 10 de outubro de 1995 Dispe sobre a Exportao de Bens Sensveis e Servios Diretamente VinculadosArt. 2 - Os bens de que trata o artigo anterior sero relacionados em Listas de Bens Sensveis, atualizadas periodicamente e publicadas no Dirio Oficial. Art. 3 - Dependero de prvia autorizao formal dos rgos federais competentes, segundo a regulamentao estabelecida e publicada no Dirio Oficial, a exportao de: I - bem constante das Listas de Bens Sensveis; e II - servio diretamente vinculado a bem constante das Listas de Bens Sensveis. 1 - O exportador dever apresentar ao rgo coordenador a que se refere o pargrafo nico do Art. 4 documentos de garantia de destino ou uso final, julgados suficientes. 2 - Os rgos federais competentes podero exigir dos exportadores, por intermdio do rgo coordenador, cpias de contratos ou outros documentos que sejam considerados necessrios para subsidiar suas deliberaes sobre a operao em questo, assegurada a devida proteo ao sigilo da documentao. 3 - Os rgos federais competentes podero aplicar o disposto neste artigo a outros bens e servios no abrangidos pelos incisos I e II, desde que seja considerado que se destinam, em todo ou em parte, a contribuir para o desenvolvimento, a produo ou a utilizao de armas de destruio em massa - nucleares, qumicas ou biolgicas - ou sistemas de ataques, inclusive msseis, carregados com tais armas.

  • Art. 4 - No mbito da Presidncia da Repblica, fica constituda a Comisso Interministerial de Controle de Exportao de Bens Sensveis, integrada por representantes dos rgos federais envolvidos no processo de exportao dos bens de que trata esta Lei. Pargrafo nico. A Secretaria de Assuntos Estratgicos da Presidncia da Repblica exercer a funo de rgo coordenador. Art. 5 - Compete Comisso Interministerial de Controle de Exportao de Bens Sensveis: I - propor os regulamentos, critrios, procedimentos e mecanismos de controle a serem adotados para a exportao de bens sensveis e servios diretamente vinculados, de que trata esta Lei; II - elaborar, atualizar e divulgar as Listas de Bens Sensveis; III - aplicar as penalidades administrativas previstas no Art. 6 desta Lei. nico. No exerccio de sua competncia, a Comisso dever observar os seguintes pressupostos: I - os interesses da poltica externa, da defesa nacional, da capacitao tecnolgica e do comrcio exterior do Pas; e II - os tratados e compromissos internacionais de que o Brasil parte. LEI N 9.112, de 10 de outubro de 1995 Dispe sobre a Exportao de Bens Sensveis e Servios Diretamente Vinculados

  • Art. 6 - A exportao de bens sensveis e servios diretamente vinculados, em violao ao disposto nesta Lei e em suas normas reguladoras, tornar o infrator sujeito s seguintes penalidades: I - advertncias; II - multa de at o dobro do valor equivalente ao da operao; III - perda do bem objeto da operao; IV - suspenso do direito de exportar, pelo prazo de seis meses a cinco anos; V - cassao da habilitao para atuar no comrcio exterior, no caso de reincidncia. 1 - A advertncia ser aplicada por escrito, no caso de infraes de menor relevncia, que no justifiquem a imposio de penalidade mais grave. 2 - As penalidades previstas nos incisos II a V podem ser aplicadas cumulativamente. 3 - As penalidades previstas neste artigo sero aplicadas levando-se em conta a gravidade da infrao e os antecedentes do infrator, depois de concluda a apurao de responsabilidades em processo administrativo no qual se assegure ao indiciado amplo direito de defesa. Art. 7 - As pessoas fsicas que, direta ou indiretamente, por ao ou omisso, concorrerem para o descumprimento desta Lei, incorrero em crime. Pena - recluso, de um a quatro anos. Art. 8 - Permanece com o Ministrio do Exrcito a atribuio de fiscalizao sobre os produtos controlados de que trata o Decreto N 55.649, de 28 de janeiro de 1965. Art. 9 - O Poder Executivo, observadas as condies estabelecidas nesta Lei, regulamentar as operaes de exportao de bens sensveis e servios diretamente vinculados. Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    LEI N 9.112, de 10 de outubro de 1995 Dispe sobre a Exportao de Bens Sensveis e Servios Diretamente Vinculados