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FORMAÇÃO DE LÍDERES COMUNITÁRIOS EM “PREVENÇÃO DA CÓLERA” GUIÃO DO FACILITADOR

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FORMAÇÃO DE LÍDERES COMUNITÁRIOS EM “PREVENÇÃO DA CÓLERA”

GUIÃO DO FACILITADOR

MISAU

FORMAÇÃO DE LÍDERES COMUNITÁRIOS EM “PREVENÇÃO DA CÓLERA”

GUIA DO FACILITADOR

Nos últimos anos o nosso país tem enfrentando casos de cólera.

Com a elaboração do presente guia, pretende-se apoiar os facilitadores na abordagem dos temas relativos à Prevenção da Cólera, junto de líderes comunitários

No ciclo dos temas a serem abordados inclui-se “O que é Cólera, quais os sinais e sintomas”; “Vias de transmissão a Cólera”, “Prevenção da Cólera”, “ Como tratar de um doente com cólera”.

É importante referir que este guia foi elaborado, tendo como objectivo, formar os líderes no sentido de poderem sensibilizar/educar as suas comunidades sobre a gravidade da situação de cólera e da necessidade dessas comunidades observarem as medidas básicas de higiene individual e ambiental como forma de se minimizar o problema.

Este é um guia para ajudar o facilitador a encaminhar as discussões, portanto o facilitador está livre para fazer as adaptações que forem neccessárias, de acordo com a situação no terreno.

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FORMAÇÃO DE LÍDERES COMUNITÁRIOS SOBRE “PREVENÇÃO DA CÓLERA”

CONTEÚDOS TEMÁTICOS SOBRE A CÓLERA

SESSÃO I

O que é a Cólera? Quais os sinais e sintomas?

SESSÃO II

Vias de de transmissão da cólera

SESSÃO III

Medidas de prevenção

a) Cuidados com a hygiene pessoal

b) higiene do ambiente;

c) cuidados com a água;

d) higiene dos alimentos;

e) cuidados/ atendimento ao doente de cólera.

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PREPARAÇÃO PRÉVIA NECESSÁRIA PARA ABORDAGEM DOS TEMAS:

Antes de iniciar a formação, o facilitador deve:

Ler toda a informação proporcionada neste guião Preparar os resumos em power point, transparente papel gigante dependendo da

disponibilidade. Registar as sessões e os objectivos de aprendizagem da sessão no papel gigante Preparar e resolver os exerccios (questionários, simulações,etç) Identificar as possíveis dificuldades que os participantes poderão enfrentar de

acordo com as sessões a serem abordadas e possíveis respostas. Identificar previamente algumas práticas locais, hábitos que podem influenciar o

surgimento de casos de cólera

Material necessário

Computador / transparente ou papel gigante dependendo das condições Marcadores de diferentes cores Cola-Bostik 2 Bacias 1 caneca para tirar água 1 balde/lata com água Garrafa de um litro com água. Colher de pau/alumínio/inox Pacote de Sais de Rehidratação Oral Meia colher de chá de sal Oito colheres de chá de açúcar Bidon/balde de 5 litros 1 colher de sopa Frasco de Javel.

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O facilitador inicia a sessão fazendo uma breve introdução explicando que algumas regiões do nosso país estão a enfrentar o problema de cólera. Nos últimos anos este problema tem-se repetido, havendo maior número de casos na altura das chuvas. Em seguida o facilitador pode perguntar aos participantes se já tinham ouvido falar de cólera, onde ouviram e se na zona onde residem houve/há casos de cólera. Pergunta ainda aos participantes o que é “cólera”

Em seguida o facilitador pode aplicar o seguinte exercício:

Exercício : Chuva de ideias

Objectivo do exercício: Explorar os conhecimentos sobre sinais de cólera

Duração: 20 min

Material:- Bloco gigante- marcadores

Procedimento:1- O facilitador solicita aos participantes para citarem os sinais e sintomas de cólera, . 2- O facilitador regista todas as respostas no papel gigante.5- Em seguida faz-se a discussão tendo em consideração as respostas dadas.5- Por último o facilitador apresenta o resumo fazendo referência também as resposta dadas. (se for possível pode-se apresentar o resumo em power point, transparente ou no papel gigante).

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SESSÃO I- O QUE É CÓLERA. SINAIS E SINTOMAS

Para encerrar o facilitador explica que:

A cólera quando não tratada de imediato pode conduzir a desidratação (perda de água), e consequentemente à morte em menos de 24 horas. Por isso, é importante levar o doente à unidade sanitária (Posto de Saúde, Centro de Saúde ou Hospital)

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O que é a Cólera?

É uma doença que provoca muita diarreia, vómitos, dores de barriga . A cólera é causada por um bichinho (um micróbio) chamado vibrião colérico. Esta doença constitui um problema preocupante para a saúde das pessoas, pois espalha-se rapidamente e pode causar muitas mortes, se não se prestar à sua vigilância e controle.

Quais os sinais e sintomas?

Os sinais mais comuns da cólera:- diarreia, cujas fezes do doente se parecem com água de arroz, - por vezes a diarreia é acompanhada de vómitos. - Na maioria dos casos, os doentes não apresentam febres, e quando existe, é baixa.

Diarreia- é a eliminação de fezes líquidas fora do normal, três ou mais vezes vezes por dia.

Para a abordagem das vias de transmissão o facilitador aplica a seguinte actividade:

Actividade: Trabalho em grupo “Vias de transmissão”

Objectivo : Identificar as vias de transmissão do vibrião da cólera. Identificar situações que facilitam a transmissão.

Duração: 60 minMateriais: bloco gigante

Procedimento:

1- O facilitador solicita aos participantes para formarem grupos de 4 a 5 pessoas.2- Cada grupo deve selecionar um relator o qual deverá registar no bloco gigante, as

respostas e outros aspectos chaves da discussão para sua apresentação em plenária3- O facilitador solicita aos participantes para em grupos discutirem e responderem

as seguintes questões:a)- como se transmite a cólera?b)- Que situações podem levar a contrair a cólera?c) Tendo como bases a área onde vivem que situações existem que podem facilitar a transmissão da cólera?

4- Após terminarem o facilitador solicita aos relatores para procederem a apresentação em plenária

5- No final de cada apresentação, o facilitador solicita os comentários dos restantes grupos seguidos de discussão.

6- Uma vez terminado o exercício, o facilitador realça o seguinte:

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SESSÃO II- VIAS DE TRANSMISSÃO DO VIBRIÃO DA CÓLERA

Por último o facilitador explica que as Fontes de infecção são:

Pessoas doentes ou convalescentes (que estão a recuperar) de cólera; Pessoas portadoras sãs (não doentes), que eliminam o vibrião da cólera pelas

fezes ou vómitos.

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A cólera transmite-se sobretudo devido ao:

Consumo de alimentos ou água contaminada pelo vibrião colérico(micróbio que provoca a doença).

Exemplos de situações que podem levar a doença:

Consumo do peixe e dos mariscos pescados em águas contaminadas pelo vibrião colérico;Consumo de legumes passados por água contaminada pelo vibrião colérico; Moscas que podem transportar os vibriões das fezes de pessoas doentes, para a comida ou água;Uso de biberões que estiveram em contactos com as moscas;Falta de latrinas ou má utilização de latrinas (latrinas destapadas);A falta de acesso a água pode contribuir para deficientes prática de higiene.Construção de latrinas junto aos poços

Para abordagem deste tema o facilitador pode perguntar aos participantes o que devemos/podemos fazer para evitar a cólera.

Inicia por exemplo perguntando :

A) Que cuidados devemos ter com o nosso corpo ?

O facilitador deve estimular os que menos falam a responder:Após discutirem as respostas, o facilitador apresenta um breve resumo no papel gigante/ transparente ou slide dependendo das condições locais:

Em seguida, para consolidação do tema, o facilitador pode orientar a seguinte actividade:

Actividade: Prática “lavagem das mãos”

Objectivo : Identificar a forma correcta de lavar as mãos Identificar situações que facilitam a transmissão da cólera.

Duração: 20 min

Materiais: duas bacias1 caneca para tirar águaUm balde/ tambor/bilha com água.Pedaço de sabão, sabonete ou cinza.

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Higiene individual

Lavar sempre as mãos com água e sabão ou cinza:

Antes de comer;Antes de preparar os alimentos;Antes de dar de mamar ao bebé;Depois de trocar a fralda do bebé;Depois de utilizar a latrina (se não tiver sabão utilize cinza);Depois de tratar o lixo

Tomar banho todos os dias com água limpa e sabão;Lavar a roupa com água e sabão e secá-la ao sol;

SESSÃO III- MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA CÓLERA?

Procedimento:

1- O facilitador solicita 2 pares para realizarem a actividade2- Um dos pares recebe um papel com a orientação para colocar um pouco de água na bacia e lavar as mãos com sabão, dentro da bacia.3- O outro par recebe um papel com orientação para lavar as mãos usando água corrente e sabão, isto é, um deles vai deitando água directamente sobre as mãos do colega usando a caneca e a bacia para receber.4- O facilitador solicita a um dos pares para lavar as mãos ( seguindo as instruções do papel)5- Em seguida solicita ao outro par para também lavar a s mãos ( de acordo com as instruções).6- Depois de terminada a lavagem, o facilitador abre a discussão perguntando aos participantes se notaram alguma diferença entre a lavagem efectuada pelos dois pares.7- Caso a resposta seja afirmativa, o facilitador pode perguntar qual foi/foram as diferenças.8- Em seguida o facilitador pode perguntar qual das formas acham que é a mais correcta. Porquê?9- Por último, o facilitador explica que:

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Deve-se evitar colocar água numa bacia para todas as pessoas lavarem as mãos com a água nela contida, pois a água imediatamente fica suja e, se algúem tiver o vibrião nas mãos facilmente os outros poderão adquirir.A forma mais aconselhável de lavar as mãos é deitando água directamente sobre as mãos usando uma caneca (ou torneira) e deitando fora a água. Deve-se usar sabão ou cinza, esfregando bem as palmas, costas das mãos e as unhas.

B) Higiene do ambienteDepois de falar da higiene individual, o facilitador refere que é importante também praticarmos a Higiene Ambiental. Explica que devemos ter especial atenção com o lixo e as fezes.

1-Tratamento do lixo:

Para maior aprofundamento, o facilitador aplica a seguinte actividade:

Exercício : Chuva de ideias

Objectivo do exercício: - Explorar as práticas relativas ao tratamento do lixo.- Identificar as boas práticas relativas ao tratamento do lixo.

Duração: 30 min

Material:- Bloco gigante- marcadores

Procedimento:

1- O facilitador pergunta aos participantes “Porque devemos manter a casa, o quintal e os terrenos a volta limpos?2- “ nos locais onde vivem, onde é colocado o lixo?”3- O facilitador regista todas as respostas no papel gigante.4- Em seguida faz-se a discussão, procurando identificar as boas práticas, tendo em consideração as respostas dadas.5- Por último o facilitador faz um breve resumo fazendo referência também as resposta dadas. (se for possível pode-se apresentar o resumo em power point, transparente ou no papel gigante)Por último, o facilitador pode salientar que o lixo atrai moscas. Estas, depois de poisar no lixo podem poisar na comida contaminando-a. Portanto, é importante manter a casa, quintal e os terrenos à volta sempre limpos uma forma de evitar as moscas.

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Tratamento do lixo:

Varrer a casa ou o seu actual lugar (se as pessoas estiverem nos Centros de Acomodação) todos os dias;Juntar e tratar do lixo (deitar nos contentores, enterrar ou queimar);Manter a casa, varandas e quintais sempre limpos.Varrer a latrina

2- Cuidados com as fezes:

Para abordagem do tema o facilitador pode orientar :

Actividade: Trabalho em grupo “Tratamento das fezes ”

Objectivo : Explorar as práticas relativas ao tratamento das fezes. Identificar as boas práticas relativas ao tratamento das

fezesDuração: 45 min

Materiais: bloco gigante

Procedimento:

1. O facilitador solicita aos participantes para formarem grupos de 4 a 5 pessoas.

2. Cada grupo deve selecionar um relator o qual deverá registar no bloco gigante, as respostas e outros aspectos chaves da discussão para sua apresentação em plenária

3. O facilitador solicita aos participantes para em grupos discutirem e responderem as seguintes questões:

a)- Na zona de residência dos participantes onde as pessoas costumam defecar? Essa/as práticas representam um risco para a saúde das pessoas? Porquê? Que soluções propõem?

4. Após terminarem o facilitador solicita aos relatores para procederem a apresentação em plenária

5. No final de cada apresentação o facilitador solicita os comentários dos restantes grupos seguido de discussão e identificação das boas práticas tendo como base as respostas e a discussão.

6. Por último, tendo como base as respostas dadas o facilitado faz um breve resumo salientando que:

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Tratamento das fezes:

Construir e usar sempre a latrina Sempre que não se estiver a fazer uso da latrina, deve-se mantê-la tapada a fim de evitar moscas que depois podem poisar na comida.Caso não tenha latrina, deve enterrar as fezesDeitar as fezes das crianças na latrina;Não defecar nos rios ou lagos a fim evitar a contaminação das águas.

Por último, o facilitador explica que as fezes representam um risco para a saúde das pessoas, pois podem conter diversos micróbios entre os quais da cólera. Por isso não se deve deixar as fezes expostas, pois podem atrair moscas que depois transportam os micrábios para a comida ou água.O facilitador refere ainda que, em muitas zonas, as pessoas fazem uso da água dos rios e lagos para beber, lavar a loiça e a roupa. Sendo assim, não se deve defecar nos rios ou lagoas para não contaminar essa água.

C) Cuidados com a água.

Depois de falar da higiene ambiental, o facilitador refere que é importante termos alguns cuidados com a água de modo a evitar que ela fique contaminada pelo vibrião.Explica que para melhor aprofundamento da questão os participantes irão realizar uma actividade:

Actividade: Trabalho em grupo “cuidados a ter com a água”

Objectivo : Identificar os cuidados a ter com a água

Duração: 60 minMateriais: bloco gigante

Procedimento:

1- O facilitador solicita aos participantes para formarem grupos de 4 a 5 pessoas.2- Cada grupo deve selecionar um relator o qual deverá registar no bloco gigante, as

respostas e outros aspectos chaves da discussão para sua apresentação em plenária

3- O facilitador solicita aos participantes para em grupos discutirem e responderem as seguintes questões:

a)- Como devemos armazenar a água em casa, particularmente a água para beber? Que outras medidas são aconselháveis para o tratamento da água para beber?b)- Qual é a fonte de água na sua zona de residência? Que cuidados têm tido com essas fontes?c)- Que cuidados devemos ter com o poço?d)- Que cuidados devemos ter com a água do rio?

4- Após terminarem o facilitador solicita aos relatores para procederem a apresentação em plenária

5- No final de cada apresentação o facilitador solicita os comentários dos restantes grupos seguidos de discussão.

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Por último o facilitador apresenta um resumo, tendo em consideração também os aspectos levantados durante a discussão

O facilitador pode ainda explicar que não devemos tomar banho nos charcos nem fazer uso para fins domésticos da água das valas de drenagem ou das águas dos esgotos pois podem estar contaminadas pelo vibrião.

Por último, o facilitador pode orientar a demonstração do tratamento da água usando o Javel

Actividade: Prática “tratamento da água usando javel”

Objectivo : Demonstrar o procedimento para tratamento da água usando Javel

Materiais: Bidon de 5 litos ou um balde com capacidade de 5 litros 1 colher de sopa Frasco de Javel.

Procedimento:

1- O facilitador solicita dois voluntários para realizar a actividade2- O facilitador explica que o par tem como tarefa tratrar a água usando o Javel. Explica que em cinco litros de água, deve-se deitar uma colher de sopa de lixívia ou javel, misturar bem e deixar repousar durante 30 minutos antes de a utilizar);3- Após a demonstração, o facilitador pergunta ao participantes se têm dúvidas, se as medidas estão claras.

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Cuidados a ter com a água.

Guardar a água em latas, potes e outros recipientes limpos e tapados;Usar água limpa para beber, sempre que possível fervida ou tratada com lixívia ou javel (em cinco litros de água, deitar uma colher de sopa de lixívia ou javel, misturar bem e deixar durante 30 minutos antes de a utilizar);A água do poço deve ser retirada com um balde que não pode ser usado para outros trabalhos.Depois de retirar água deve-se tapar o poço para evitar que entrem moscas ou outros bichos ou poeiras Deve-se sempre limpar a a área a volta do poço para evitar moscas.

não é aconselhável defecar no rio, pois há o risco da água ficar contaminada.

D) Higiene dos alimentos

O facilitador faz uma breve introdução explicando que, tal como a água é importante proteger os alimentos de forma a não ficarem contaminados quer devido ao contacto com água contaminada pelo vibrião quer por exposição às moscas que podem transportar o vibrião nas suas patas.

Em seguida o facilitador pode aplicar o seguinte exercício:

Exercício : Chuva de ideias

Objectivo do exercício: - Identificar as boas práticas relativas à protecção dos alimentos.

Duração: 30 min

Material:- Bloco gigante- marcadores

Procedimento:

1- O facilitador pode perguntar aos participantes “Porque devemos proteger os alimentos?2- O que podemos fazer para evitar que os alimentos fiquem contaminados pelo vibrião?3- O facilitador regista todas as respostas no papel gigante.4- Em seguida faz-se a discussão, procurando identificar as boas práticas, tendo em consideração as respostas dadas.5- Por último o facilitador faz um breve resumo fazendo referência também as respostas dadas. (se for possível pode-se apresentar o resumo em power point, transparente ou no papel gigante):

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Cuidados a ter com os alimentos:

- Lavar bem as mãos antes de preparar os alimentos;- Lavar bem as frutas e as verduras com água tratada com lixívia ou javel - Limpar e cozer bem o peixe e os outros produtos do mar ou do rio;- Tapar a comida para as moscas não pousarem nela pois podem tranportar o micróbio- Comer alimentos bem preparados e conservados em boas condições de higiene;- Comer os alimentos ainda quentes, se possível.

E) Cuidados/atendimento ao doente com cólera

O facilitador pode por exemplo perguntar: O que fazer com o doente, em casos de cólera?

Para melhor exploração do tema os participantes podem realizar a seguinte actividade.

Exercício: simulação

Objectivo do exercício: Identificar as boas práticas em caso de cólera.

Duração: 60 min

Material: Nenhum

Procedimento:

1- O facilitador solicita aos participantes para formarem grupos de 4 a 5 pessoas.2- Cada grupo deve preparar uma simulação sobre como a comunidade age quando há um doente de cólera. Que atendimento prestam ao doente, se levam para algum sítio, como levam, que cuidados tomam. Porquê ?.3- O facilitador informa que têm 20 minutos para prepararem a simulaçao, ao fim dos quais cada grupo é convidado a fazer a presentação. 4- Após as apresentações segue-se a discussão procurando identificar as boas práticas focadas nas simulações.

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O que fazer quando a pessoa apresenta sinais de Cólera?

- Primeiro devemos manter o doente hidratado, dando-lhe de beber Sais de Rehidratação Oral (S.R.O) ou a mistura oral feita em casa ou ainda água de lanho ou outros líquidos.Os sais de rehidratação oral também chamados de mistura oral, podem ser adquiridos gratuitamente na farmácia na Unidade Sanitária

- encaminhar imediatamente o doente ao centro de saúde mais próximo

Em seguida o facilitador pode orientar a seguinte actividade:

Actividade: Prática “diluição do S.R.O.”

Objectivo : Demonstrar como diluir o S.R.O

Duração: 20 min

Materiais: 1 garrafa de um litro com água1 jarro ou bacia limpa1 colher de pau limpa

Procedimento:

1- O facilitador pode solicitar um voluntário para realizar a actividade2- O facilitador explica que o SRO deve ser diluido em um litro de água. Para tal coloca-se um litro de água no jarro ou bacia, e, em seguida despeja-se o conteúdo da saqueta do SRO na bacia. e mexe-se.3- Em seguida o facilitador solicita ao voluntário para fazer a diluição.4- Após a demonstração, o facilitador pergunta aos participantes se têm dúvidas, se as medidas estão claras.

Em seguida o facilitador pode explicar que a mistura oral tabém pode ser preparada em casa. Explica que em seguida vai/se proceder a preparação da mesma.

Actividade: Prática “Preparação do soro caseiro.”

Objectivo : Demonstrar como preparar o soro caseiro.

Duração: 20 min

Materiais: 1 garrafa de um litro com água1 jarro ou bacia limpa1 colher de pau limpa½ colher de chá de sal de cozinha8 colheres de chá de acúcar

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Procedimento:

1- O facilitador pode solicitar um voluntário para realizar a actividade2- O facilitador explica que a mistura é preparada usando sal, acúcar e água. Para tal coloca-se um litro de água no jarro ou bacia, e, em seguida deita-se ½ (meia) colherinha de chá de sal de cozinha na bacia e mexe-se. Em seguida adiciona-se 8 colherinhas de chá de açucar e mexe-se.3- Após a explicação o facilitador solicita ao voluntário para fazer a diluição.4- Após a demonstração, o facilitador pergunta aos participantes se têm dúvidas, se as medidas estão claras.

Por último, o facilitador explica que:

Para finalizar, o facilitador explica as boas práticas de higiene quer individual, ambiental, alimentar são a melhor forma de evitar apanhar a cólera. É importante que cada pessoa se preocupe em observar as normas básicas de higiene como seu contributo no combate à cólera e protecção da saúde da sua família e comunidade. Todas as pessoas que

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Cuidados com uma pessoa doente de Cólera

A pessoa que estiver a ajudar o doente, deve usar luvas ou sacos plásticos nas duas mãos, devendo lavar as mãos com água tratada com Javel logo que terminar a tarefa;Os vómitos do doente devem ser recolhidos num saco plástico, devendo-se depois fazer, de imediato, um nó e deita-lo na latrina; No caso de sujar alguma área deve-se deitar imediatamente javel , esperar cinco minutos e limpar tendo as mãos protegidas por luvas ou sacos plásticos.O doente com diarreia deve sempre usar a latrina, devendo-se, em seguida deitar javel/lixívia ou cinza na latrina e tapá-la;Se o doente não conseguir fazer as necessidades na latrina, deve fazê-las numa bacia. Neste caso, deitar javel/lixívia na bacia, esperar cinco minutos e deitar as fezes na latrina.Em seguida, lavar a bacia com água e javel, mantendo-a protegida e pronta para uma outra dejecção (fezes);Lavar sempre as mãos do doente com água tratada com javel depois de usar a latrina;É importante não misturar a roupa da pessoa doente com as de outras pessoas, devendo lavá-las com água tratada com Javel, logo que possível.

apresentarem sinais de cólera devem ser levadas imediatamente a unidade sanitária mais próxima.

Bibliografia:

- Werner, D (1994), Onde não há médico, 15ª edição, Editora Paulus- São Paulo,

- MISAU/RESP (2002), Manual do Activista em Situacao de Emergência, Mocambique.

- website: wwwabcda saude.com.br/art.php?87

- website: www.saude.rj.gov.br/ViverSaude/infos/Colera1.htm

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