sida - cartaz ilustrativo

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 Catarina Oliveira, João Maia, Joaquim Dias e Pedro Ferro, 1 2ºB A SIDA, uma das principais causas de morte por doenças infecciosas, foi, durante muitos anos, relacionada com a homossexualidade, tendo sido apelidada de “peste gay”. Actualmente, e apesar de afectar milhões de indivíduos em todo o mundo, o preconceito em torno deste tema permanece , agravando a culpa e o medo nos seropositivos. Neste trabalho, pretendemos caracterizar, classicar e expor o ciclo de vida do VIH, vírus responsável pelo desenvolvimento da SIDA, apresentar os modos de transmissão, de forma a determinar se a homossexualidade terá alguma relação com a doença, apresentar métodos de diagnóstico deste agente, analisar a sua distribuição mundial e evolução ao longo do tempo e, ainda, abordar medidas de tratamento e de controlo da infecção. Família:  Retroviridae Subfamília: Orthoretrovirinae Género: Lentivirus Espécie: HIV O VIH é constituído por moléculas de RNA com uma única cadeia. O seu núcleo é revestido por proteínas, designadas por envelope, e por enzimas - O VIH-1 é mais “agr essivo”com o sistema imunitário; - O contágio é mais frequente atrav és do VIH-1; - Os medicamentos existentes são mais ecazes para o VIH-1. Existem dois tipos de vírus da imunodeciência humana: VIH-1 e VIH-2: BIOLOGIA DO AGENTE ETIOLÓGICO/ CICLO DE VIDA - O período assintomático da infecção é, em média, de dez anos para o VIH-1 e de trinta anos para o VIH-2. No exterior do organismo humano, o VIH tem a capacidade de sobreviver cerca de uma hora à temperatura ambiente, dado que, para se multiplicar é LIGAÇÃO E ENTRADA Quando o VIH entra na corrente sanguínea, ocorre a fusão das membranas celular e vírica através da ligação a dois receptores especícos – CD4 e um co-receptor colocado próximo. De seguida, o vírus lança enzimas víricas – transcriptase reversa, integrase e proteases - e o seu RNA para o citoplasma da célula hospedeira. A trancriptase inversa, a partir do RNA do vírus, origina uma dupla cadeia de DNA. TRANSCRIÇÃO REVERSA INTEGRAÇÃO DO DNA O DNA vírico integra-se no DNA humano, através da integrase. Este, ao ser transcrito, leva à formação de proteínas víricas. As proteínas e o RNA vírico juntam-se na membrana da célula, formando um vírus imaturo, libertando-se para a corrente sanguínea. Os linfócitos T, fundamentais para o sistema imunológico reconhecendo e destruindo microrganismos estranhos –, não sobrevivem, habitualmente, desintegrando-se devido ao elevado número de vírus germinado ou porque o sistema imunológico, ao reconhecer as proteínas víricas, destrói as células danicadas. Dentro do vírus, a protease estrutura as proteínas víricas, tornando-omaduro. MATURAÇÃO VÍRICA com funções na replicação vírica. necessária a sua entrada no sistema sanguíneo: MODO DE TRANSMISSÃO O VIH pode transmitir-se atravé s de sémen, uidos vaginais, sangue e leite materno. Assim, a infecção pode ocorrer, por exemplo, após relações sexuais, sem preservativo, com uma pessoa contaminada, pela partilha de seringas com um infectado ou durante a amamentação, se a mãe for seropositiva. SINTOMATOLOGIA CARACTERÍSTICA S EPIDEMIOLÓGICAS O teste diagnóstico mais comum, denominado  ELISA – com uma taxa de sucesso superior a 99%-, baseia-se na detecção de anticorpos em circulação, produzidos contra o VIH. Para a realização deste teste, há que ter atenção ao período de Janela Imunológica - tempo compreendido entre a aquisição da infecção e o momento em que o organismo começa a produzir anticorpos para o VIH-, que varia de seis a doze semanas após a aquisição do vírus. Existe, ainda, uma metodologia diferente – Western blot  – onde se detectam proteínas do VIH como p24, gp120, entre outras. DIAGNÓSTICO Uma a quatro semanas após o contágio, ocorre a fase aguda da infecção, com sintomas semelhantes aos de uma gripe. Face à resposta do sistema imunitário, os sintomas desaparecem, mantendo-se o risco de transmissão - o que pode prolongar-se por vários anos. Na fase sintomática da infecção, ainda sem critérios de SIDA, o doente revela uma depressão do sistema imunológico – cansaço, perda de peso e falta de apetite. Na fase seguinte da doença, designada por SIDA, ocorre uma grave imunodeciência, aparecendo tumores e infecções em vários órgãos. Estimativa de pessoas com VIH, actualmente. Óbitos por SIDA, em Portugal. TRATAMENTO E CONTROLO Não foi, ainda, encontrada cura para a SIDA. Os tratamentos existentes, compostos, normalmente, por mais do que um medicamento, reduzem a carga vírica e atrasam os danos no sistema imunológico, embora se mantenha o risco de transmissão. A prevenção baseia-se no uso de preservativos, na certicação que qualquer injecção é usada com material descartável e estéril e que as regras de segurança no rastreio de sangue são cumpridas. A SIDA é uma doença infecciosa que compromete o sistema imunológico, devido à acção do VIH nos linfócitos T. Este vírus é transmitido através das mucosas sexuais, pelo sangue e durante a amamentação, o que nos leva a concluir que é possível o convívio com um seropositivo, sem risco de infecção, e que qualquer indivíduo pode ser vítima de SIDA, independentemente da sua orientação sexual. O VIH pode permanecer num organismo por muitos anos, sem apresentar sintomas evidentes. As realizações dos testes de diagnóstico, nomeadame nte a ELISA, são essenciais para o conheciment o da doença. Apesar do maior acesso à informação e da consciência de que a SIDA, actualmente , não tem cura, o número de indivíduos afectados continua alto, o que mostra que o uso de preservativos e de seringas descartáveis continuam a ser métodos de prevenção alheios a grande parte da populaçãomundial. Receptor CD4 MembranaCelular VIH Transcriptase reversa RNA viral DNA viral Integrase Núcleo celular Integração Transcrição RNA viral abandona o núcleo Citoplasma Tradução Proteínaviral Protease Reconstrução RNA viral NOVO VÍRUS Bicamada lípidica gp 120 gp 41 p17 Integrase Protease Transcriptase reversa RNA p24 30 homens mulheres Bibliograa: http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+infecciosas/sida.html; http://www.who.int/hiv/en/; http://liberdadedeexpressao.multiply.com/journal/item/133 http://www.girafamania.com.br/montagem/aids-explica.html http://www.roche.pt/sida/ http://www.sida.pt http://en.wikipedia.org/wiki/AIDS + 1000000 500000-1 000000 100000-500000 50000-100000 10000-50 000 -10000  1988198919901991199219931994 1995199619971998 19992000200120 02200320042005 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

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Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Biologia.

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Page 1: SIDA - cartaz ilustrativo

5/12/2018 SIDA - cartaz ilustrativo - slidepdf.com

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Catarina Oliveira, João Maia, Joaquim Dias e Pedro Ferro, 1 2ºB

A SIDA, uma das principais causas de morte por doenças infecciosas, foi,durante muitos anos, relacionada com a homossexualidade, tendo sidoapelidada de “peste gay”. Actualmente, e apesar de afectar milhões deindivíduos em todo o mundo, o preconceito em torno deste temapermanece, agravando a culpa e o medo nos seropositivos. Neste trabalho,

pretendemos caracterizar, classicar e expor o ciclo de vida do VIH, vírusresponsável pelo desenvolvimento da SIDA, apresentar os modos detransmissão, de forma a determinar se a homossexualidade terá algumarelação com a doença, apresentar métodos de diagnóstico deste agente,analisar a sua distribuição mundial e evolução ao longo do tempo e, ainda,abordar medidas de tratamento e de controlo da infecção.

Família:  Retroviridae

Subfamília:

Orthoretrovirinae

Género: Lentivirus

Espécie:

HIV 

O VIH é constituído por moléculas de RNA com uma única cadeia. O seu

núcleo é revestido por proteínas, designadas por envelope, e por enzimas

- O VIH-1 é mais “agressivo”com o sistema imunitário;- O contágio é mais frequente através do VIH-1;- Os medicamentos existentes são mais ecazes para o VIH-1.

Existem dois tipos de vírus da imunodeciência humana: VIH-1 e VIH-2:

BIOLOGIA DO AGENTE ETIOLÓGICO/ CICLO DE VIDA

- O período assintomático da infecção é, em média, de dez anos para oVIH-1 e de trinta anos para o VIH-2.

No exterior do organismo humano, o VIH tem a capacidade de sobrevivercerca de uma hora à temperatura ambiente, dado que, para se multiplicar é

LIGAÇÃO E ENTRADA

Quando o VIH entra na corrente sanguínea, ocorrea fusão das membranas celular e vírica através daligação a dois receptores especícos – CD4 e umco-receptor colocado próximo. De seguida, o vírus

lança enzimas víricas – transcriptase reversa,integrase e proteases - e o seu RNA para ocitoplasma da célula hospedeira.

A trancriptase inversa, a partir do RNA do vírus,origina uma dupla cadeia de DNA.

TRANSCRIÇÃO REVERSA

INTEGRAÇÃO DO DNAO DNA vírico integra-se no DNA humano, atravésda integrase. Este, ao ser transcrito, leva àformação de proteínas víricas.

As proteínas e o RNA vírico juntam-se namembrana da célula, formando um vírus imaturo,libertando-se para a corrente sanguínea. Oslinfócitos T, fundamentais para o sistema

imunológico – reconhecendo e destruindomicrorganismos estranhos –, não sobrevivem,habitualmente, desintegrando-se devido aoelevado número de vírus germinado ou porque osistema imunológico, ao reconhecer as proteínasvíricas, destrói as células danicadas. Dentro dovírus, a protease estrutura as proteínas víricas,tornando-o maduro.

MATURAÇÃO VÍRICA

com funções na replicação vírica.

necessária a sua entrada no sistema sanguíneo:

MODO DE TRANSMISSÃOO VIH pode transmitir-se através de sémen, uidos vaginais,sangue e leite materno. Assim, a infecção pode ocorrer, porexemplo, após relações sexuais, sem preservativo, com umapessoa contaminada, pela partilha de seringas com um

infectado ou durante a amamentação, se a mãe forseropositiva.

SINTOMATOLOGIA

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS

O teste diagnóstico mais comum, denominado ELISA – comuma taxa de sucesso superior a 99%-, baseia-se na detecçãode anticorpos em circulação, produzidos contra o VIH. Para arealização deste teste, há que ter atenção ao período deJanela Imunológica - tempo compreendido entre a aquisiçãoda infecção e o momento em que o organismo começa aproduzir anticorpos para o VIH-, que varia de seis a dozesemanas após a aquisição do vírus. Existe, ainda, umametodologia diferente – Western blot  – onde se detectamproteínas do VIH como p24, gp120, entre outras.

DIAGNÓSTICO

Uma a quatro semanas após o contágio, ocorre a fase agudada infecção, com sintomas semelhantes aos de uma gripe.Face à resposta do sistema imunitário, os sintomas

desaparecem, mantendo-se o risco de transmissão - o quepode prolongar-se por vários anos.Na fase sintomática da infecção, ainda sem critérios de SIDA,o doente revela uma depressão do sistema imunológico –cansaço, perda de peso e falta de apetite.Na fase seguinte da doença, designada por SIDA, ocorre umagrave imunodeciência, aparecendo tumores e infecçõesem vários órgãos.

Estimativa de pessoas com VIH, actualmente.

Óbitos por SIDA, em Portugal.

TRATAMENTO E CONTROLONão foi, ainda, encontrada cura para a SIDA. Os tratamentos existentes,compostos, normalmente, por mais do que um medicamento, reduzem acarga vírica e atrasam os danos no sistema imunológico, embora semantenha o risco de transmissão.

A prevenção baseia-se no uso de preservativos, na certicação quequalquer injecção é usada com material descartável e estéril e que asregras de segurança no rastreio de sangue são cumpridas.

A SIDA é uma doença infecciosa que compromete o sistemaimunológico, devido à acção do VIH nos linfócitos T. Este vírus étransmitido através das mucosas sexuais, pelo sangue e durante a

amamentação, o que nos leva a concluir que é possível o convívio comum seropositivo, sem risco de infecção, e que qualquer indivíduo podeser vítima de SIDA, independentemente da sua orientação sexual. O VIHpode permanecer num organismo por muitos anos, sem apresentarsintomas evidentes. As realizações dos testes de diagnóstico,nomeadamente a ELISA, são essenciais para o conhecimento da doença.Apesar do maior acesso à informação e da consciência de que a SIDA,actualmente, não tem cura, o número de indivíduos afectados continuaalto, o que mostra que o uso de preservativos e de seringas descartáveiscontinuam a ser métodos de prevenção alheios a grande parte dapopulação mundial.

ReceptorCD4 Membrana Celular

VIHTranscriptase

reversa RNA viral

DNA viral

Integrase Núcleocelular

Integração

Transcrição

RNAviralabandonao núcleo Citoplasma

Tradução

Proteína viralProtease

Reconstrução

RNAviral

NOVO VÍRUS

Bicamada lípidica

gp 120

gp 41

p17

Integrase

Protease

Transcriptasereversa

RNA

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homens

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Bibliograa: http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+infecciosas/sida.html;http://www.who.int/hiv/en/;http://liberdadedeexpressao.multiply.com/journal/item/133http://www.girafamania.com.br/montagem/aids-explica.htmlhttp://www.roche.pt/sida/http://www.sida.pthttp://en.wikipedia.org/wiki/AIDS

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