modelo do setor elÉtrico brasileiro · elaborado pelo economista edvaldo santana, em agosto de...

23
MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO DIAGNÓSTICO E PROPOSTAS DE AJUSTE

Upload: ngothien

Post on 18-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO DIAGNÓSTICO E PROPOSTAS DE AJUSTE

Page 2: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização
Page 3: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

Esta síntese tem por base os seguintes documentos:

(a) Modelo do Setor Elétrico Brasileiro – Diagnóstico e Revisão. Documento elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel.

(b) Uma Agenda Positiva para o Setor Elétrico Brasileiro. Fórum das Associações do Setor Elétrico Brasileiro – FASE (documento subscrito pela Abraceel).

(c) Cotas de Geração da Lei nº 12.783 – Uma proposta. Documento elaborado para a Abraceel, outubro de 2013, pela Thymos Energia.

(d) Mercado Livre e Expansão da Oferta de Energia – documento elaborado para Abraceel pela PSR, em agosto de 2014.

(e) Formação de preços de curto prazo: É possível ter mecanismos de mercado? Documento elaborado para Abraceel pela PSR, em agosto de 2012.

Nota: todos os documentos mencionados foram discutidos com os associados e com o Conselho de Administração. A síntese é da Diretoria-Executiva.

Page 4: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

Diagnóstico do setor elétrico:

a) Excesso de intervenções no setor, o que

b) Aumenta a percepção de risco por parte dos investidores e

c) Prejudica, por exemplo, o uso ótimo dos recursos eletroenergéticos, o que

d) Resulta em ineficiência produtiva e alocativa

e) Os leilões centralizados, por seu turno, mostram-se ineficazes para promover a contratação de 100% da carga, o que

f) Resulta na descontratação das distribuidoras, provocando

g) Aumento significativo dos custos da operação do sistema, que tem como resultado

h) O aumento das tarifas para os consumidores.

i) A natureza das decisões centralizadas leva a ineficiência, tendo em vista que

j) O sistema é operado a qualquer custo.

k) Foco atual nas soluções financeiras. Elas só serão efetivas com ajustes no modelo que vão assegurar a sustentabilidade do setor no longo prazo.

Page 5: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

O que as alterações sugeridas pretendem:

a) Estender os benefícios do ML a todos os consumidores de energia

b) Inclusão do mercado livre na expansão da oferta

c) Dar mais liberdade e maior responsabilidade aos agentes

d) Alocar riscos nos agentes de maior capacidade de gerenciá-los

e) Incluir os consumidores do mercado livre no benefício da energia das concessões de geração amortizadas

f) Ampliar a eficiência do setor permitindo a efetiva modicidade de preços e tarifas, transferindo os ganhos de produtividade aos consumidores

g) Dar maior velocidade à penetração de energias renováveis na matriz elétrica brasileira e à geração distribuída

h) Reduzir custos de compra da energia para a indústria, aumentando a competitividade da economia brasileira nos mercados mundiais

i) Blindar o setor elétrico do excesso de intervenção do poder concedente

j) Estimular a competição, a liberdade de ação e a ampliação da atração de capitais

Page 6: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

As propostas apresentadas estão divididas em:

I - Mercado Atacadista

II – Mercado Varejista

III – Formação de Preços

IV – As Tarifas de Energia Elétrica

V – Tratamento dos efeitos da MP Nº 579/2012

VI - Financiamento da expansão para ML

VII – Modelo Institucional

Page 7: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

I - Mercado Atacadista (Proposta Edvaldo Santana)

(a) Descentralização dos leilões de compra de energia: os leilões passariam a ser realizados pelas próprias distribuidoras (D) ou empresas (comercializadoras) por elas criadas (CD), pelas comercializadoras típicas (CT) e pelos grandes consumidores (CL), que até poderiam se unir para a compra de energia, mas com responsabilidades individualizadas. Com isso, se acabaria com a exposição involuntária. Os Editais e os Contratos seguiriam um padrão definido pela ANEEL e as propostas poderiam ser como abaixo:

(a1) O governo continuaria tendo a obrigação de definir as UHE a serem leiloadas, com

suas respectivas licenças ambientais, colocando tais usinas em data room virtual. (a2) A partir de então, as distribuidoras, os comercializadores e os consumidores

livres/especiais já poderiam encaminhar suas propostas de preços, para aquelas usinas do data room virtual.

Page 8: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

I - Mercado Atacadista

(a3) De posse de tais propostas, que seriam públicas, os potenciais interessados pelas concessões começam a fazer seus bids, que seriam do tipo sim ou não (aceita ou não os preços). No caso de mais de um interessado, ganha o que mais baixar o preço em relação ao que foi proposto pelos compradores. (a4) Os contratos seriam totalmente bilaterais, apenas registrados na ANEEL, e os prazos seriam tais como definido no Edital, e não necessariamente seriam de 30 anos. (a5) No caso de outras fontes, como PCH, eólica, biomassa e solar, as distribuidoras e os consumidores devem contratá-las livremente, mas com edital e contrato seguindo padrão da ANEEL. O Governo também poderá realizar leilões específicos para cada fonte, nos moldes dos leilões para UHEs. O BNDES passaria a financiar tais projetos no sistema de garantias rolantes também para o mercado livre (ver item). (a6) O governo, caso queira, pode definir um montante mínimo de termelétrica (exceto biomassa) a ser contratado a cada três anos. Caso contrário, as termelétricas fariam parte do elenco de fontes a serem contratadas conforme escolha de consumidores e distribuidoras (a5).

Page 9: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

II - Mercado Varejista (a) Liberação dos consumidores (ou portabilidade de suas cargas): pesquisa recente divulgada pela ABRACEEL mostra que os consumidores possuem uma boa noção do que seria se tornarem livres e até esperam por isso. Neste sentido, os consumidores, inclusive os residenciais, poderiam escolher de quem comprar energia. Com a abertura gradual do mercado, existirá uma competição potencial para as distribuidoras, que serão pressionadas para a redução de custos de compra de energia e aumentar sua a eficiência comercial. Para que essa competição seja efetiva, não devem existir fortes barreiras à saída dos consumidores, que podem mudar de fornecedor (portabilidade) de uma maneira não restritiva. (b) Comercialização Varejista – consumidor não é agente da CCEE. Eliminar a possibilidade atual do consumidor ser agente da CCEE. Assim, só geradores, distribuidores e comercializadores podem ser agentes da CCEE. Evidentemente, os grandes consumidores podem criar suas próprias empresas de comercialização, que terão idêntico tratamento regulatório de comercializador. (c) É necessário regra de abertura gradual em função da atual contratação de energia das distribuidora em contratos de LP. Fixar previamente uma agenda de elegibilidade com meta de abertura total no máximo em oito anos.

Page 10: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

III – Formação Preço: mecanismo indutor da eficiência econômica

Preços artificialmente comprimidos distorcem as informações de produção e consumo e comprometem o ambiente em que são tomadas decisões de investimento.

Preços que reflitam os custos eficientes de produção produzem incentivos econômicos ao uso racional da energia e a alocação eficiente dos recursos de geração.

Escassez: Preços elevados indicam a necessidade de investimentos na expansão do parque gerador e a redução / realocação do consumo.

Sobreoferta: Preços reduzidos induzem à elevação do consumo e reduzem o apetite dos investidores.

Proposta Abraceel: substituir sistema atual por oferta de preços

Page 11: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

III – Formação de Preços

(a) Formação do Preço de Curto Prazo

Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização do setor, em 2002, chegando ao nível de detalhamento de regras algébricas. (Proposta PSR, apresentada à Abraceel em março de 2013).

(a1)As ofertas dos agentes definem a geração térmica de cada usina (ressalvada a operação por segurança, definida diretamente pelo ONS) e o total de geração hidrelétrica. (a2) Dada a geração hidrelétrica total, o ONS desagrega a mesma entre as usinas individuais, com o objetivo de otimizar o uso dos reservatórios. (a3) O ONS teria total controle sobre a operação de segurança; os agentes definiriam (parcialmente) o valor da água e, portanto, a proporção térmica do despacho.

Page 12: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

III – Formação de Preços

(b) Formação do Preço de Curto Prazo

Os agentes hidrelétricos fazem ofertas de preço (R$/MWh) e quantidade (MWh) à CCEE, limitado ao saldo das respectivas contas (MRE: EAR e ENA)

Cada agente passa a administrar seus próprios riscos

Riscos passam a ser assumidos individualmente

Os agentes térmicos e consumidores também fazem ofertas de preço e quantidade

A CCEE cria curvas de disposição a produzir e a consumir, colocando as ofertas em ordem de mérito

O cruzamento das curvas determina o preço de curto prazo e a produção de cada agente

A CCEE soma os MWh que devem ser despachados pelas usinas hidrelétricas e envia o total de todas as usinas ao ONS, não as parcelas individuais

O ONS otimiza globalmente a produção hidrelétrica das usinas de maneira a produzir o total enviado:

ONS decide a produção física de cada usina de maneira totalmente independente da energia proposta pelo agente

Otimização das cascatas e todas as restrições operativas, incluindo usos múltiplos, controle de cheia, vazão mínima etc. são preservados

ONS despacha as usinas térmicas e decide intercâmbios por ordem de mérito com base nos resultados da CCEE

Page 13: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

IV – As tarifas de energia elétrica (a) Limite de repasse dos custos dos contratos de longo prazo: para incentivar a compra a menores preços e, consequentemente, a eficiência, e como as distribuidoras também venderão energia para os consumidores finais, quando todos já serão livres ou caminhando para isso, o valor da Parcela A (compra de energia) associado aos contratos de longo prazo deverá ser possuir um limite de repasse que, ao mesmo tempo, também gere incentivos para que a Distribuidora realize a aquisição de energia pelo menor valor (compra eficiente). A matéria será regulada pela Aneel, mediante autorização legal. (b) Limite de repasse do PLD para as tarifas: o repasse dos custos da compra de energia no mercado de curto prazo para as tarifas também deverá obedecer a algum critério de repasse, de modo que o risco não seja integralmente transferido ao consumidor (cativo). (c) Limite de repasse – transição: serão cumpridas todas as regras de repasse dos contratos já realizados.

Page 14: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

V – TRATAMENTO DOS EFEITOS DA MP Nº 579/2012 (Proposta Thymos)

a) Para as concessões renovadas a partir de 2015, o critério será inserção da energia no mercado via leilões alternados ACR/ACL, capturando-se a renda hidráulica. Além da forma de alocação da energia - via leilões ACR/ACL, com a captura da renda hidráulica – propomos a alteração de outros dois aspectos introduzidos pela MPV 579/12: (1) Alocação do risco hidrológico para os consumidores; e (2) Necessidade de autorização ex-ante para qualquer obra em empreendimentos cuja concessão foi renovada no âmbito da referida MP.

Assim, a tarifa de geração seria modificada para corresponder aos custos associados ao risco hidrológico, assim como uma forma de tratar as futuras obras, de modo que o empreendedor seja incentivado a fazê-las por sua conta e risco.

Page 15: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

V – TRATAMENTO DOS EFEITOS DA MP Nº 579/2012

(b) Para as concessões renovadas a partir de 2015, o critério será inserção da energia no mercado via leilões alternados ACR/ACL, capturando-se a renda hidráulica.

Page 16: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

V – TRATAMENTO DOS EFEITOS DA MP Nº 579/2012 (c) Para as concessões renovadas antes de 2015 pelo regime de cotas, os titulares poderão optar pela migração ao modelo de leilões alternados ACR/ACL, com captura da renda hidráulica. Nas concessões renovadas cujos proprietários não optarem pela reversão do regime, as cotas serão redistribuídas por todos os consumidores do ACR e do ACL de forma isonômica. Esta é uma distorção importantíssima que deve ser corrigida para dar competitividade à indústria nacional e equacionar a questão das empresas que adquirem energia da Chesf, cujos contratos vencerão em 2015.

Page 17: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

Precificação da Energia

Recebíveis Rolantes

Garantias Complementares

1.260

1.280

1.300

1.320

1.340

1.360

1.380

1.400

1.420

1.440

1.460

PCHs Eólicas Biomassa

Potencial de 4,2 GW para o ACL Usinas com outorga e não comprometidas com CCEARs.

Proposta desenvolvida pela PSR para a Abraceel em março/2014.

Em discussão com o BNDES.

VI – Financiamento da expansão para ML

Page 18: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

VI – Financiamento da expansão para ML

Modelo atual de expansão baseado no ACR: - Leilões com foco no ACR (menor tarifa) - Financiamento concentrado no BNDES - Contratos de longuíssimo prazo (até 35 anos) com as distribuidoras - Indexação ao IPC-A - Tarifa como recebível, com anuência da Aneel

E o mercado livre? - Não há contratos de longuíssimo prazo, embora 55% estejam contratados acima de 4 anos - BNDES adota hipóteses muito conservadoras para valorar o (incerto) fluxo de caixa futuro do projeto. Receitas de anos sem contratos são valoradas a piso do PLD - Expansão para o ACL por grandes grupos integrados (G+C) – garantias corporativas - PPAs somente com consumidores com bom “rating” de risco - Formação de portfólio com projetos nos dois ambientes, ACR e ACL: há o suporte dos contratos de longo prazo do ACR nos anos iniciais, mais críticos para o pagamento da dívida

Page 19: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

VI – Financiamento da expansão para ML

(1) Definição de hipóteses razoáveis para estimar o fluxo de caixa para os anos sem contrato

Fenômeno de reversão à média: o valor esperado do PLD “n” anos adiante (três ou mais) é praticamente independente da situação hidrológica do momento da solicitação do financiamento, o que significa que os preços dos contratos no ACL com entrega para daqui a três ou mais anos tendem a convergir para o valor esperado do PLD no momento da negociação do contrato, independentemente da situação conjuntural.

(2) Obrigação do empreendedor de sempre estar contratado “x” anos a frente por “n” anos (esquema horizonte rolante), com prazos compatíveis com a realidade de mercado.

(3) Esquema de garantias financeiras desenvolvida com o banco como alternativa à obrigação anterior.

Page 20: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

VI – Financiamento da expansão para ML

Ano (i+1) Ano (i+2) Ano (i+3) Ano (i+4) Ano (i+5) Termo ...

Exigência de contrato ou garantia Premissa de receita com base na projeção de preços de

contrato no ACL

Funcionamento do esquema no ano “i”

Exigência de contrato Premissa de receita com base na projeção de preços de contrato no ACL

Premissa de receita com base no PLD mínimo Necessidade de garantias

A-1 A A+1 A+2 A+3 Fim ...

Esquema proposto – ano “A-1” Premissas quanto ao fluxo de caixa

ou...

A-1 A A+1 A+2 A+3 Fim ...

Page 21: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

VII –Modelo Institucional a) Governança das entidades: o foco seria a independência tanto da Aneel, como CCEE e ONS, que começaria por mudanças no preenchimento dos cargos de diretores. Todos os diretores passariam a ser “contratados” a partir de uma análise a ser efetuada por Head Hunter - contratado pelas respectivas entidades. A empresa assim contratada encaminharia ao CA (caso ONS ou CCEE) uma lista tríplice, para cada vaga, que seria por este encaminhada para cada categoria e/ou o governo, conforme o caso. No caso da Aneel, a lista seria enviada ao Governo. Nomes da CCEE deverão ser aprovados em AGE por categoria, exceto para as vagas indicada pelo Governo e pelo conjunto de agentes, que continuariam a ser aprovadas em AGE por todos os agentes. O Diretor-Geral seria uma indicação do governo, mas sob o escrutínio do Head Hunter. b) Comitê de Julgamento de Recursos (CJR): para julgar os recursos contra decisões associadas à contabilização e à liquidação, na CCEE, será constituído um Comitê com 12 componentes, que serão remunerados por recursos examinados e deliberados, sendo a Equipe de julgamento composta por três pessoas. Cabe recurso à decisão de uma Equipe, que será julgado por outra equipe, mas com a participação do Relator da equipe anterior. Depois disso, só cabe recurso à ANEEL. Os 12 componentes do CJR serão escolhidos no âmbito do setor elétrico e no meio acadêmico, obedecidos critérios que proíbam o conflito de interesses.

Page 22: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

VII – Modelo Institucional c) Análise de Impacto Regulatório – nenhum novo normativo do setor elétrico seria editado sem uma análise objetiva de seus impactos sobre os consumidores e sobre os agentes setoriais, e por discussão profunda com agentes, consumidores e sociedade.

d) Audiências Públicas – a Aneel deve dar sequência a publicação antecipada da Agenda Regulatória do ano seguinte. As audiências públicas devem ter prazo suficientes para reflexão dos agentes e consumidores. A participação da sociedade deve ser intensificada.

e) CMSE – os agentes setoriais, por meio das associações, devem ter assento permanente nas reuniões do CMSE. Elas devem ter previamente (e1) pauta definida e (e2) nota técnica sobre o que será deliberado. As reuniões devem ser públicas e seu teor transmitido ao vivo como as reuniões publicas da Aneel.

f) CNPE – deve ser reestruturado com participação minoritária, mas efetiva, da sociedade civil, representada pelos agentes setoriais. As reuniões devem ser regulares e organizadas por processos. As pautas serão previamente divulgadas. As Atas trarão justificativas sobre o que foi deliberado. Todos os processos serão públicos.

g) Planejamento – funcionamento efetivo do Conselho Consultivo da EPE, já previsto na Lei 10.847/04 com reuniões ordinárias a cada seis meses, visando discussão permanente com os agentes e a sua participação em todas as etapas do processo de planejamento.

Page 23: MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO · elaborado pelo economista Edvaldo Santana, em agosto de 2014, para a Abraceel. ... Resgate do esquema proposto como parte dos estudos de Revitalização

Abraceel (61) 3223-0081 www.abraceel.com.br [email protected]