modelo de ocupação humana

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A Terapia Ocupacional é uma área da saúde que atua no tratamento e reabilitação de pessoas de todas as idades, de modo a facilitar e capacitar para a realização das atividades do dia-a-dia que as mesmas deixaram de poder fazer por força de alguma condição clínica (motora, cognitiva, emocional ou social). Essas condições podem estar presentes desde o nascimento, serem desenvolvidas com a idade ou resultarem de um acidente, doença ou lesão. O objetivo da ação desenvolvida por estes profissionais de saúde passa por encontrar meios para que as pessoas alcancem a sua autonomia e independência e possam utilizar ao máximo as suas potencialidades. Nesse sentido, o Terapeuta Ocupacional avalia as atividades que a pessoa não consegue realizar, olhando para todos os aspetos da sua vida diária (casa, escola, trabalho, lazer), de forma a encontrar soluções para que possa ser mais autónoma e independente. Simultaneamente compreende e analisa quais são as estruturas e/ou funções que estão a limitar o desempenho do paciente, procedendo-se então à construção de um plano de intervenção adequado, individualizado e verdadeiramente personalizado. A intervenção do Terapeuta Ocupacional assenta principalmente no recurso a actividades/ocupações significativas com o intuito de restaurar ou manter funções. Através dessa abordagem é possível estimular e desenvolver competências e simultaneamente despertar o interesse e participação do paciente para ter parte ativa no seu próprio processo de reabilitação. O treino de actividades da vida diária consideradas problemáticas pelo utente, a adaptação de utensílios e de mobiliário, o aconselhamento de mudanças no ambiente onde a pessoa realiza as suas actividades e, ainda, a orientação de cuidadores são também aspectos centrais na intervenção do Terapeuta Ocupacional. Dr.Philippe Pinel diretor do asilo de Bicêtre (França) instituiu a terapia através da ocupação 1948 – A profissão de Terapia Ocupacional foi reconhecida na Europa. Um paradigma é uma modelo ou padrão a seguir, que incorpora a forma como os membros de um campo vêem e levam a cabo o seu trabalho. Os paradigmas vão-se formando à medida que os membros de uma disciplina se articulam e começam a construir conceitos centrais e fundamentais comuns. Este analisa a evolução da sucessão de períodos de continuidade e descontinuidade provocados por ruturas com o conhecimento existente. Evolui-se de um paradigma para outro quando existe um período intermedio de crise em que os membros rejeitam os princípios do paradigma anterior. o 1º paradigma de TO – uso da ocupação para a recuperação da doença e adaptação à deficiência o Corpo e mente estão ligados o Ocupação usada para recuperar a função perdida o Paradigma emergente – o ser humano tem uma natureza ocupacional, tem a capacidade de se autorreparar e a ocupação pode ser usada como agente terapêutico.

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A Terapia Ocupacional é uma área da saúde que atua no tratamento e reabilitação de pessoas de todas as idades, de modo a facilitar e capacitar para a realização das atividades do dia-a-dia que as mesmas deixaram de poder fazer por força de alguma condição clínica (motora, cognitiva, emocional ou social). Essas condições podem estar presentes desde o nascimento, serem desenvolvidas com a idade ou resultarem de um acidente, doença ou lesão.

O objetivo da ação desenvolvida por estes profissionais de saúde passa por encontrar meios para que as pessoas alcancem a sua autonomia e independência e possam utilizar ao máximo as suas potencialidades. Nesse sentido, o Terapeuta Ocupacional avalia as atividades que a pessoa não consegue realizar, olhando para todos os aspetos da sua vida diária (casa, escola, trabalho, lazer), de forma a encontrar soluções para que possa ser mais autónoma e independente. Simultaneamente compreende e analisa quais são as estruturas e/ou funções que estão a limitar o desempenho do paciente, procedendo-se então à construção de um plano de intervenção adequado, individualizado e verdadeiramente personalizado.

A intervenção do Terapeuta Ocupacional assenta principalmente no recurso a actividades/ocupações significativas com o intuito de restaurar ou manter funções. Através dessa abordagem é possível estimular e desenvolver competências e simultaneamente despertar o interesse e participação do paciente para ter parte ativa no seu próprio processo de reabilitação. O treino de actividades da vida diária consideradas problemáticas pelo utente, a adaptação de utensílios e de mobiliário, o aconselhamento de mudanças no ambiente onde a pessoa realiza as suas actividades e, ainda, a orientação de cuidadores são também aspectos centrais na intervenção do Terapeuta Ocupacional.

Dr.Philippe Pinel diretor do asilo de Bicêtre (França) instituiu a terapia através da ocupação 1948 – A profissão de Terapia Ocupacional foi reconhecida na Europa. Um paradigma é uma modelo ou padrão a seguir, que incorpora a forma como os membros de um campo

vêem e levam a cabo o seu trabalho. Os paradigmas vão-se formando à medida que os membros de uma disciplina se articulam e começam a construir conceitos centrais e fundamentais comuns. Este analisa a evolução da sucessão de períodos de continuidade e descontinuidade provocados por ruturas com o conhecimento existente. Evolui-se de um paradigma para outro quando existe um período intermedio de crise em que os membros rejeitam os princípios do paradigma anterior.

o 1º paradigma de TO – uso da ocupação para a recuperação da doença e adaptação à deficiênciao Corpo e mente estão ligadoso Ocupação usada para recuperar a função perdidao Paradigma emergente – o ser humano tem uma natureza ocupacional, tem a capacidade de se

autorreparar e a ocupação pode ser usada como agente terapêutico. Um modelo é uma representação da estrutura de um sistema que ajuda o terapeuta a especificar e

enquadrar o problema. Tem como objetivo converter estados de disfunção ocupacional em estados de função ocupacional. Descrevem ações especificas a aplicar ao utente, para avaliar e intervir. Descrevem as ações especificas a aplicar ao utente, técnicas de avaliação e intervenção

A perspetiva de TO é tornar possível ou facilitar, isto é, tornar capaz/habilitar A ocupação tem um significado para a vida e é determinante para a saúde. Modela e é modelada pelo

ambiente e tem eficácia terapêutica. A pessoa é única, tem dignidade interior e é válida. Modela e é modelada pelo ambiente. A relação entre a pessoa e o ambiente afeta o desempenho, a escolha e a satisfação. Ter saúde é mais do que a ausência de doença, esta influencia a escolha e o controlo e tem uma dimensão

tanto pessoal como social

Todas as pessoas são válidas, e devem ser tratadas consoante a sua maneira de ser e o ambiente em que estão inseridas, pedindo que exprimam o que estão a sentir e apensar relativamente à sua incapacidade. É

pedido ao terapeuta que adote uma postura reflexiva do atuar o que implica a compreensão da pessoa, sendo-lhe atribuído um papel ativo e participativo nos seus cuidados de saúde

A ocupação serve para preencher as necessidades e objetivos do individuo, de modo a proporcionar um ambiente harmonioso entre o terapeuta e o utente nas avaliações e analises das necessidades ocupacionais.

O desempenho ocupacional é a capacidade de escolher, organizar e desempenhar ocupações significativas que são culturalmente definidas e apropriadas para a idade do utente permitindo que ele cuide de si próprio e que aprecie a vida de modo a contribuir para a construção social e económica da comunidade.

O terapeuta tem que reconhecer mas não impor os nosso valores, proporcionar recursos que facilitem ao doente tomar decisões, utilizar as suas competências para ajudar o cliente a alcançar os seus objetivos através do envolvimento em ocupações significativas.

MODELO DE OCUPAÇÃO HUMANA (MOH) → AMERICANO

Considera o homem, o corpo e a mente de forma holística (como um todo importante).O utente é visto como um todo, sendo-lhe atribuído um papel ativo e participativo nos seus cuidados de saúde.

Tenta perceber como a ocupação é motivada, padronizada e desempenhada.

O modelo designa ocupação humana como sendo uma parte interior e exclusiva do individuo, onde se refe ao trabalhar, brincar e às atividades diárias. Os contextos temporal, físico e sociocultural onde estas ocupações tem lugar são igualmente importantes.

ARGUMENTOS TEÓRICOS

Explicar os diversos aspetos da ocupação em termos de organização e função Apresentar conceitos com o que se sucede na presença de disfunções (no individuo, no meio, etc.) O terapeuta tem que dar uma explicação teórica ao utente que justifique que aquele tratamento vai ajudá-lo

na execução de ocupações que lhe proporcionem satisfação, levando-o ao seu bem-estar físico e emocional

Para explicar que a ocupação é motivada, padronizada e desempenhada, o modelo descreve a pessoa como sendo constituída por 3 subsistemas: a volição (motivação), a habituação, a capacidade e o desempenho. O ambiente pode influenciar todos os subsistemas.

VOLIÇÃO

O homem tem a predisposição para a ação então ele tem as bases para se ocupar. Motivações para ocupação:

Ser eficaz na sua interação com o mundo; Satisfação das necessidades básicas; Expectativas financeiras e sociais; Mediadas por influências físicas (humor, nível de energia, fadiga, grau de atenção).

O homem tem a necessidade de se ocupar, contudo cada individuo tem sentimentos e opiniões próprias acerca das diversas ações - VOLIÇÃO. Isto é, todos os individuo são estimulados para a realização de algo, mas cada um escolherá realizar as ações que mais valoriza, em que se sente competente e encontra satisfação.

Constituída pela: Causalidade pessoal - sentido de competência e eficácia Valores - o que é importante e significativo para o individuo Interesses - o que a pessoa considera satisfatório, gratificante e agradável de fazer

É um processo progressivo, ou seja, os sentimentos e opiniões volitivos decorrem ao longo do tempo.

É um processo constante dando-se à medida que cada individuo experiencia, interpreta, antecipa e escolhe a sua ocupação (a volição tende a conservar-se a si própria). O individuo tende a repetir o que lhe deu prazer e a evitar situações contrarias.

É um processo oculto que modifica com a idade. Novos contextos e oportunidades leva ao aparecimento de novos interesses e capacidades.

HABITUAÇÃO

Permite às pessoas cooperarem com o ambiente de modo a realizarem as ações das suas rotinas (quotidiano)

A repetição de uma ação torna-se um padrão de comportamento O ambiente tem uma certa estabilidade que leva a uma ação consistente e padronizada representada por

hábitos e papéis Hábitos: são ações que se repetem com frequência e regularidade. É uma prática repetida que é

interiorizada e, deste modo, origina estilos de comportamento que caracterizam a nossa rotina. Papéis: são os comportamentos que os outros esperam de nós em função do estatuto que

possuímos. Os papéis estão socialmente definidos pois são comportamentos moldados pela sociedade.

CAPACIDADE DE DESEMPENHO

Envolve, no indivíduo, uma componente objectiva e uma componente subjectiva:

Abordagem objectiva: perspectiva exterior da capacidade de desempenho Abordagem subjectiva: perspectiva própria (interior) da capacidade de desempenho → CORPO VIVIDO

Na MOH, dá-se ênfase à experiência objetiva, influenciada pelos componentes físicos e mentais e estabelecendo com eles uma relação de reciprocidade.

CORPO VIVIDO

É uma componente subjectiva da capacidade de desempenho que se refere à experiencia de ser e conhecer o mundo através de um corpo particular

A mente e o corpo não estão separados, são uma identidade única e unitária Quando há uma incapacidade, há sempre uma forma particular de corporalização em que o individuo se

experiencia a si próprio e ao seu mundo. A experiênciação de uma nova forma de agir é a estratégia mais eficaz para atingir a mudança

É através do corpo que existimos, participamos e nos comportamos para o mundo, obtendo assim bem-estar e prazer, assim como doenças e pressões

USOS DO CORPO

Funções corporais: funções biológicas, psicológicas e sociais, avaliadas através do nível de desempenho em confronto com as aspirações e expetativas.

Satisfação corporal: quando o individuo confronta os desempenhos do seu corpo com as necessidades, desejos ou expectativas. Elemento estabilizador do auto-conceito e auto-estima.

Consciência corporal: constituída pelos aspetos que reúnem o físico, fisiológico e estético e que equacionam a pessoa e os outros na comunicação.

Identidade sexual: consciência de um corpo sexuado Invólucro corporal: fronteira entre o corpo humano e o mundo exterior (ex: pele)

Investimentos corporais: tempo, esforço e dinheiro que gastamos com o nosso corpo para estarmos apresentáveis. Todos nos trabalhamos e relacionamos esta questão do corpo para nos sentirmos bem todos os dias e trabalhamos para que tenhamos uma aparência positiva

Controlo do corpo: questões que modelam o comportamento, os afetos o humor, como por exemplo as práticas que visam alterar o design corporal, como as cirurgias estéticas. (necessitas de uma alteração para te sentires bem contigo próprio)

Identidade corporal: varia de cultura para cultura - a nossa identidade corporal tem uma componente biofisiologica mas também psicossocial

Valores corporais: hierarquizados pelos critérios pessoais em interação com as normas sociais: bem-estar (corpo organismo), energia e destreza (corpo instrumento), prazer (corpo erótico) e aparência (corpo social).

O PAPEL DO MEIO

Todas as ocupações são influenciadas pelos contextos do ambiente em que decorrem.

O ambiente consiste nas características físicas e sociais particulares do contexto específico. O contexto específico tem impacto sobre o que se faz e como se faz, ou seja, na motivação, na organização e no desempenho da ocupação.

Ambiente físico: os objetos são coisas fabricadas com as quais o indivíduo interage. Ambiente social: os grupos sociais são conjuntos de pessoas que se juntam e se influenciam mutuamente

Interligado com o contexto, encontra-se o conceito de emergência → interação de diversos componentes, na ausência de um mecanismo de controlo, que podem originar respostas complexas → Fobias

Exemplo da influência do meio:

A conceptualização depende não só das características do individuo como do contexto em que está inserido. Se forem introduzidas alterações no meio que possibilitem a realização das atividades ocupacionais então o individuo incapacitado deixa de ter impedimentos. Se o meio for adaptado a uma incapacidade, o individuo será funcional nesse meio.

DIMENSÕES DO FAZER

NÍVEIS DO FAZER

Participação Ocupacional Refere-se ao envolvimento em atividades de lazer, trabalho e vida diária. É executar algo com significado pessoal e social (voluntariado, auto-cuidado, trabalho etc.) Influenciada pela capacidade de desempenho, habituação, volição e condições do ambiente

Desempenho Ocupacional Refere-se á concretização de uma tarefa, de acordo com uma forma ocupacional Influenciado pela: habituação, papéis e fatores ambientais Posso não ter a altura certa mas jogo muito bem Basket se a pessoa fizer escolhas volitivas e tiver um suporte ambiental adequado então não existe nenhum

impedimento na participação ocupacional apesar das limitações, pode apenas haver uma alteração→ Podemos não fazer competição mas jogamos por prazer

Competências de Desempenho

Acções observáveis e objectivas que são utilizadas durante o desempenho A junção do ambiente em que está inserido e das características pessoais do individuo dão origem a

uma determinada competÊncia Existem três tipos de competências de desempenho:

Competências de processo: referem-se à forma como organizamos as atividades ao longo do tempo. Inclui a organização de objetos e os passos executados para chegar ao fim último. Podemos juntar as peças todas de um puzzle mas ele não ficar bem feito → a participação é feita mas as competências são postas em causa.

Competências Motoras: referem-se à movimentação do corpo e dos objetos. Incluem a estabilização e equilíbrio do corpo (flexão, extensão, rotação) e a interação com os objetos (manipular, transportar e levantar)

Competências de Comunicação e Interação : referem-se à habilidade de transmitir intenções e necessidades e em coordenar ações sociais para agir junto com outros. Inclui gestos, contacto físico, falar, envolvimento e colaboração com os outros

CONSEQUÊNCIAS DO FAZER

Competência Ocupacional É o grau pelo qual se mantém um padrão de Participação Ocupacional que reflete a Identidade

ocupacional de cada um; manter e atuar de acordo com valores para alcançar os resultados desejados – concretização dos papéis, valores e níveis de desempenho

Identidade Ocupacional É o que o individuo é ou deseja ser como ser ocupacional, gerado a partir da história de participação

ocupacional – volição, habituação e a experiencia como corpo vivo; A identidade ocupacional tem inicio no auto-conhecimento das capacidades e interesses a partir de

experiencias passadas e estende-se à construção de uma visão do futuro que deseja. sentido de capacidade e eficácia no fazer; a pessoa que se é; perceções do ambiente – elementos

acumulados ao longo do tempo e que fazem parte da identidade de cada um; Adaptação Ocupacional

É a construção de uma identidade ocupacional positiva e o alcançar de uma competência ocupacional ao longo do tempo, no contexto do ambiente de cada um

Extensão pelo qual a pessoa é capaz de se desenvolver, modificar respostas e alcançar desafios que visam o seu bem-estar

A adaptação é avançar ao encontro das necessidades e desejos pessoais

A TERAPIA OCUPACIONAL NO CLIENTE (PERSPECTIVA DO MOH)

O MOH respeita os princípios da terapia centrada no cliente:

Vê cada individuo como um ser único Tem em conta o que o individuo faz, pensa e sente e usa esses valores como mecanismo central para a

mudança Porém, valoriza o conhecimento do terapeuta, que irá influenciar a tomada de decisões

A diferença entre o modelo canadiano e o modelo americano será o facto de que neste último, para além de olharmos para o cliente de forma centrada, a tomada de decisão relativa à intervenção será feita pelo terapeuta.

O MOH perspetiva que o terapeuta se situe entre a teoria que conhece e as circunstancias apresentadas pelo individuo, para decidirem em conjunto o que a forma mais eficaz de tratamento.

o 1ª fase do processo visa obter informações acerca do utente, como o que faz atualmente e contexto em que se desloca. Recolhe-se assim informação mais detalhada, através do uso de avaliações estruturadas e não estruturadas. Depois, discute-se com o individuo qual a melhor abordagem a seguir, a de remediar ou a e compensar.

o O envolvimento do individuo em todo o processo é fundamental. A forma como ele atuar vai determinar as alterações que ele próprio sofrerá. A sua volição, habituação e capacidade de desempenho são modeladas, para depois serem reutilizadas no desempenho ocupacional.

o Para o desempenho ser terapêutico, deve envolver uma ocupação revelante e significativa e não apenas uma atividade

o A mudança envolve uma reorganização complexa, em que a volição, a habituação e a capacidade de desempenho vão interagir e influenciar-se mutuamente.

MUDANÇA E DESENVOLVIMETNO OCUPACIONAL

A mudança é a alteração de uma componente, interna ou externa, numa hierarquia que pode contribuir em algo novo para a dinâmica a partir da qual novos pensamentos, emoções e ações podem emergir.

Mudança na Volição, Habituação, Capacidade de Desempenho e Ambiente podem alterar a dinâmica conduzindo ao aparecimento de algo novo

PROCESSO DE MUDANÇA NA OCUPAÇÃO ENVOLVE:

Alteração na Volição, Habituação, Capacidade de Desempenho ou o Ambiente criando condições dinâmicas nas quais emergem novos pensamentos, emoções e ações

A repetição dos novos pensamentos, emoções e ações vão permitir que a Volição, Habituação e Capacidade de Desempenho recuperem em direção a uma nova organização

Interação continuada da nova organização interna com condições ambientais consistentes mantém estável o novo padrão de pensar, sentir e agir

TIPOS DE MUDANÇA

Mudança Incremental

Alteração gradual na quantidade, intensidade e grau É o tipo de mudança mais comum ocorrendo ao longo de toda a vida Exemplo : quando uma criança deixa de gatinhar e começa a andar

Mudança Transformacional

Mudança de ocupações, o que implica mudança de papéis, rotinas e hábitos Ocorre uma reestruturação da identidade ocupacional Exemplo : gravidez planeada na vida adulta

Mudança Catastrófica

Ocorre quando há uma mudança drástica das circunstâncias internas e externas Estas mudanças não são planeadas nem esperadas e não são bem-vindas Provoca um rompimento na identidade e nas competências da pessoa, seguida uma reestruturação da

identidade ocupacional Exemplo : gravidez não planeada durante o período da adolescência

INFLUÊNCIAS NA MUDANÇA

Fatores externos:

Ambiente A mudança interage com diferentes aspetos do ambiente, modificando aquilo que se encontra à nossa volta,

contudo o ambiente também pode ser uma barreira à mudança, mexendo nos comportamentos e na definição da identidade pessoal.

O ambiente deverá ser favorável à experimentação e ao fortalecimento de novas ações para que a pessoa possa recuperar da melhor forma

Fatores Internos:

Processo contínuo de mudança A cada momento do ciclo de vida de uma pessoa os aspetos da sua vida ocupacional vão encontrar-se em

diferentes estádios. O desenvolvimento é uma coleção complexa de processos de mudança que se vão seguindo sucessivamente uns a seguir aos outros.

Segundo Kielhofner, a influência das alterações nas interações pessoa-ambiente é essencial para o processo de mudança e, eventualmente, para manter os novos padrões de pensamento, emoção e ação que resultam da mudança.

NARRATIVA DE VIDA

As pessoas atribuem significados à vida através da construção de narrativas de incluam o seu passado, presente e futuro "EU".

A narrativa tem duas características

O gráfico de vida determina como nós pensamos e falamos quando utilizamos histórias. Significado geral que resume como a vida acontece e para onde vai.

GRÁFICO TRÁGICO GRÁFICO MELODRAMÁTICO

A metáfora é a utilização de um objeto ou fenómeno familiar em vez de um acontecimento ou situação menos compreendida ou difícil de enfrentar. Circunstâncias complexas ou emocionalmente difíceis.

Dá-nos uma forma de lidar com o que é difícil ou impossível de gerir: a doença como um inimigo ameaçador que deve ser expulso e destruído e a deficiência motora como uma prisão.

“a vida está a passar por mim…” “quero escapar ou sair deste labirinto…” “ir numa nova direcção…”

AVALIAÇÃO

Ao usar o MOH como quadro de referência, o TO deve tentar compreender o indivíduo e desenvolver com ele um plano terapêutico. Este processo é constituído por quatro fases:

Elaborar questões (organização da colheita de dados) Recolha de informação sobre a história ocupacional do indivíduo Estabelecer um quadro geral da situação Definir objetivos e estratégias terapêuticas

QUESTÕES GERAIS (não sai)

Qual a percepção do indivíduo acerca do que foi, é e será, enquanto ser ocupacional? (identidade ocupacional)

Durante quanto tempo ele manteve um padrão de participação ocupacional que reflicta a sua identidade ocupacional? (competência ocupacional)a) quais os pontos críticos na sua vida e como afetaram o seu curso?b) que direção levou a sua vida (melhor ou pior)? (se não souber dizer, que o faça através de desenhos ou gráficos)c) o que revela a sua história da vida sobre as suas experiências, desejos, esperanças, relações e identidade?d) que tipo de futuro antecipa?e) que tipo de escolhas fez e qual o seu efeito?f) de que forma, ao longo do tempo, os seus padrões e rotinas afetaram a sua satisfação e bem-estar?

Envolve-se em actividades que façam parte dos seu contexto sociocultural e é isso importante para o seu bem estar? (participação)

Pode desempenhar as tarefas ocupacionais que fazem parte da sua rotina? (desempenho) Possui as competências motoras, de processo e de comunicação/interacção de que necessita?

(competências) De que forma a sua volição, habituação e capacidade de desempenho afetam a forma como pensa, sente e

age? (V, CD, H)1. Qual a sua visão da capacidade pessoal e eficácia e como isso afeta as escolhas, experiências e

antecipação? a) que capacidades ou limitações se salientam na sua apreciação?b) a noção que tem das suas capacidades é realista?c) está consciente das limitações e capacidades?d) tem controlo sobre os pensamentos, sentimentos e ações?e) pensa vir a atingir os resultados que ambiciona?f) tem confiança, ansiedade ou outro sentimento, face ao seu desempenho?

2. Que convicções a crenças tem e como afetam as suas escolhas, experiências e antecipação?a) que coisas são importante para si fazer?b) que padrões ou critérios utiliza para avaliar o seu próprio desempenho?

c) são os valores que defendem realmente seus?d) consegue priorizar o que é importante?e) é clara em relação a quais os seus valores?f) de que forma os seus valores coabitam com as suas competências?g) transporta os seus valore para as escolhas adaptativas?

3. Quais os seus interesses e como afetam as suas escolhas, experiências e antecipação?a) consegue identificar os interesses pessoais?b) que ocupações lhe dão prazer fazer?c) quais os aspetos do desempenho que mais lhe agradam (desafio físico, estimulo intelectual, contacto social..)?d) faz aquilo que lhe dá prazer?e) alguma coisa está a interferir com os seus sentimentos de prazer ou satisfação durante o desempenho?

4. Quais os seus hábitos e como influenciam os padrões do que habitualmente faz?a) O individuo tem hábitos bem estabelecidos?b) que rotinas tem e qual a sua eficácia?c) de que forma a rotina do individuo lhe dá qualidade de vida?

5. Que fatores objetivos e subjetivos influenciam as suas capacidades?a) o individuo tem conhecimentos, experiência ou treino para desempenhar as tarefas ocupacionais?b) tem alguma incapacidade? (selecionar modelos relevantes para prosseguir a avaliação e a intervenção)c) qual a experiência da incapacidade e quais as implicações para a função, adaptação ou compensação? (de que forma influencia o desempenho)

Qual o impacto que as oportunidades, recursos, constrangimentos e exigências têm na forma como pensa, sente e age? (Ambiente). a) Contexto Físico (de que forma as oportunidades, exigências, recursos e constrangimentos do espaço e

objetos afetam as competências, o desempenho e a participação)b) Contexto Social (de que forma as oportunidades, exigências, recursos e constrangimentos das tarefas ocupacionais e dos grupos sociais afetam as competências, o desempenho e a participação? É desafiador ou inibidor? Ajuda à assunção de papéis significativos?)

SER OCUPACIONAL: efetuar as atividades básicas do dia-a-diaQuando estamos numa conversa com o paciente …- queremos saber: o que fazia? o que deixou de fazer? É capaz de efetuar a atividade da mesma maneira?- existiam redes sociais à volta dele? Tinha amigos? Saia?- trabalhava? Por conta própria ou outrem?

Falamos muito da pessoa e não do seu enquadramento

MODELO CANADIANO DE DESEMPENHO OCUPACIONAL & Engagement

“Modelo Triplo”

Canadian Model of Occupational Performance & Engagement (CMOP-E): descreve a Ocupação como o domínio de interesse fundamental para a terapia ocupacional

O constructo “engagement” considera que o cliente deve ser envolvido em todo o processo, refere-se a tudo o que faz para se tornar ocupado a ele ou a outra pessoa e apresenta uma visão mais ampla da ocupação humana.

Canadian Model of Client-Centred Enablement (CMCE): define como principal competência do terapeuta ocupacional o capacitar/habilitar

Canadian Practice Process Framework (CPPF): estrutura o Processo de Enquadramento da Prática

Terapia centrada no cliente e na prática baseada nas evidências, ou seja, o desenvolvimento e as teorias de aprendizagem são retratadas na crença de que a pessoa tem a capacidade de adaptação e aquisição de competências

O modelo inclui teorias humanistas (=americano), evidente na ênfase da centralidade do cliente. Na prática, há uma mudança de tratamento por si só. O desempenho e envolvimento são um resultado da

relação dinâmica de interdependência entre a pessoa, ocupação e meio ambiente. O foco principal do modelo é o desempenho ocupacional. CMOP_E defende que para além do desempenho

ocupacional, abrange também o envolvimento que é entendido como o resultado da interação dinâmica entre os componentes: a ocupação, a pessoa e o ambiente

PESSOA É analisada através das componentes de desempenho:

afetiva (volição) e espiritualidade (corpo vivido) como essência e núcleo da pessoa cognitiva física

O trabalho ou a produtividade, o lazer e o autocuidado

A pessoa está situada no centro do modelo e é representado por um ∆

3 componentes de desempenho que compõem a pessoa nos cantos do ∆: componente cognitiva, afetiva e física.

CMOP_E reconhece e encontra um lugar para a espiritualidade na ocupação humana e este é posicionado no centro da pessoa

A espiritualidade é moldada e expressa-se através das ocupações

Espiritualidade ≠ Religião Espiritualidade = essência de si mesmo, lugar onde a determinação e o significado são

desenhados

AMBIENTE

Meio ambiente é entendido de 4 maneiras:

Física (elementos naturais e artificiais) Cultural (raça, religião, valores e crenças) Social (papeis do individuo e pessoas envolvidas na sua vida) Institucional (politica, económica e legal)

O modelo mostra a pessoa como existente dentro do ambiente, onde ocorrem as ocupações O ambiente influencia a pessoa e a ocupação de diferentes maneiras e classificadas como

físico, cultural, institucional e social.

OCUPAÇÃO

É através da ocupação que a pessoa interage com o meio ambiente, pelo que a ocupação se torna a ligação entre a pessoa e o contexto, assim como o meio de interação com o ambiente. A ocupação é tudo que a pessoa faz para se ocupar, inclusive cuidar de si própria (autocuidado), gozar a vida (lazer) e contribuindo para o tecido social e económico da sua comunidade (produtividade).

O modelo classifica a ocupação em 3 categorias: Autocuidado Produtividade Lazer

O modelo é baseado em pressupostos e crenças fundamentais para a profissão em que as ocupações são contextualmente e mentalmente desenvolvidas, determinadas e influenciadas.

O modelo CMOP-E tem como objetivo promover a prática centrada no cliente e na visão da profissão de que a ocupação é o domínio do núcleo da preocupação.

O modelo prevê a saúde, bem-estar e justiça como atingível através da ocupação e promove esta visão.

15 escolhas múltiplas e 8 de desenvolvimento Função disfunção-contínuo

A mudança num dos componentes provoca alterações em todas as outras dimensões, devido à sua relação de interdependência entre eles que pode resultar em disfunção ocupacional

Quando há limitações em qualquer um dos componentes do modelo (ambiente, ocupação e pessoa), o resultado desta relação interdependente torna-se disfuncional no desempenho ocupacional no envolvimento

Função é denotada por uma relação harmoniosa de interdependência entre a pessoa, ocupação e meio ambiente

O novo modelo define a Terapia Ocupacional como: A arte e a ciência de possibilitar envolvimento ocupacional no quotidiano, através da

ocupação Habilita as pessoas para desempenhar as ocupações que promovam a saúde e o bem-estar e

habilita, também, uma sociedade justa e inclusiva para que todas as pessoas possam participar como o seu potencial nas ocupações da vida diária

Canadian Model of cliente-centred enalement retrata um espectro de habilidades da capacitação com base em crenças, valores, premissas e conceitos para despertar os profissionais para a competência central e as relações de poder na prática centrada no cliente de TO.

O processo de habilitar serve para as pessoas exercerem um controlo sobre a sua saúde e melhorarem a mesma

É necessário garantir que o cliente tenha uma posição que lhe permita receber todo o potencial das competências do terapeuta. Está subjacente um reconhecimento da autonomia da pessoa, de forma a trazer uma perspetiva individual para o processo de TO, pois, cada cliente é único

COMPETÊNCIAS: treinar, colaborar, consultar, educar, coordenar, especializar, projetar, envolver e adaptar

Diretrizes Habilitar/Capacitar As condições complexas da prática, bem como as escolhas do terapeuta podem determinar

as capacidades de habilitar. Contudo o processo envolve os clientes como participantes na intervenção, de modo a que se desenvolva a motivação necessária para se envolver ativamente na sua reabilitação.

Basear a prática nos valores e escolhas do cliente e escutar as opiniões dele, pode ser terapêutico ou educacional

Apoiar o cliente para o sucesso mas também para o risco, respeitá-lo e guiá-lo na identificação das suas necessidades

Encorajar e facilitar a participação do cliente na tomada de decisão, fornecendo a informação necessária para facilitar as suas escolhas

Encorajar uma comunicação aberta e clara O objetivo da relação terapêutica na ACC é atingir uma parceria interdependente que

habilitará a pessoa para a solução dos seus problemas ocupacionais e para o atingir das suas metas de desempenho ocupacional.

Abordagem centrada no cliente Variável, depende do grau de participação do cliente, dinâmica, havendo mudanças no

processo e aberta às perspetivas de todos os envolvidos no processo Respeitar os valores do cliente, facilitar a formulação de objetivos, informar para as escolhas

pessoais, usar as competências de TO para ajudar o cliente a atingir os seus objetivos e proporcionar ocupações significativas para o cliente

Modelos centrados na ACC Respeito pelos clientes, famílias e escolhas Dar informação, conforto físico e suporte emocional Facilitar a participação do cliente nos serviços de TO e todos os aspectos Responsabilizar clientes e famílias pela escolha das ocupações e dos serviços de T.O. Oferecer serviços de TO Individualizados e flexíveis

Capacitar/habilitar o cliente para resolver os seus problemas ocupacionais Enfoque na relação pessoa/ambiente/ocupação

ACC promoveo Maior satisfação, e participação do clienteo Maior adesão aos programas de saúdeo Obtém de melhores resultados funcionaiso Sentimento de maior controlo da sua vida

O papel primordial do terapeuta ocupacional é capacitar/habilitar para a ocupação, colaborando com o cliente na escolha, organização e realização de ocupações

Considerado tudo o que a pessoa realiza de forma a ocupar-se, incluindo o cuidar de si próprio (cuidados pessoais), o desfrutar da vida (lazer) e o contribuir para o desenvolvimento social e económico da sua comunidade (produtividade).

OCUPAÇÃO É uma determinante importante da saúde e do bem-estar Dá significado à vida Organiza o comportamento Desenvolve-se e sofre mutações ao longo da vida Forma/modifica e é formada/modificada pelo ambiente Tem efectividade terapêutica

PESSOA Única Os seres humanos são seres ocupacionais; Tem um valor e dignidade intrínsecos; Pode fazer escolha na sua vida; Tem capacidade para auto-determinação; Possui habilidade para participar em ocupações; Tem potencial de mudança; São seres sociais e espirituais; Possui habilidades variadas para participar em ocupações; Modela e é modelada pelo ambiente

AMBIENTE É um termo global que inclui elementos culturais, institucionais, físicos e sociais Desempenho, organização, escolha e satisfação nas ocupações são determinados pelas

relações entre a pessoa e o ambiente.

SAÚDE É mais do que a ausência de doença Fortemente influenciada pela oportunidade de escolhermos e controlarmos as nossas

ocupações diárias Tem dimensões pessoais associadas ao significado espiritual e satisfação de vida e

dimensões sociais à justiça e equidade para a ocupação

Prática centrada no cliente

Os clientes têm conhecimento e experiência relativamente às ocupações, pois são parceiros ativos no processo de TO. A prática centrada no cliente centra-se no habilitar/capacitar para a ocupação

O desempenho ocupacional refere-se à habilidade da pessoa escolher, organizar e desempenhar, de forma satisfatória, ocupações significativas que sejam culturalmente definidas e adequadas à idade, com o objetivo de olhar por si próprio aproveitar a vida e contribuir para o desenvolvimento social e económico da comunidade

Um todo que engloba a espiritualidade, experiencias sócio-culturais e componentes de desempenho

ESPIRITUALIDADE Parte central Essência do eu Expressão de motivação, pulsão, volição Fonte de auto-determinação e controlo pessoal Guia para expressar a escolha

Conceitos relacionados: Religião (a espiritualidade pode ser vivenciada dentro do contexto da

religião mas também fora dele) Holismo (pode surgir como consequência da espiritualidade na medida em

que se vai valorizar a visão do significado, da unidade e da congruência) Volição (pode fazer parte do processo espiritual mas refere-se a um

processo psicológico de exteriorizar a vontade e a espiritualidade pode ser vivenciada sem existir um acto de exteriorização

Vontade psicológica Tem influência em todos os aspetos da identidade, é uma força que coordena e une todos os

aspetos da vida e não se conforma às normas sociais Experiências socio-culturais: influenciam a forma da pessoa se ver, trazem significado e sentido à vida, ligam

a pessoa ao seu ambiente. Desempenho: afetivo, cognitivo, físico Ambiente: físico, social, cultural e institucional

CANADIAN PRATICE PROCESS FRAMEWORK (CPPF) Prática centrada no cliente e baseada na evidência 8 pontos-chave da ação que orientam o processo terapêutico na prática da TO:

o 1º PONTO DE AÇÃO O iniciar: representa o primeiro ponto de contato feito entre o cliente e o

terapeuta numa decisão colaborativa, no envolvimento de todo o processo de prática.

Nomear, validar e priorizar os problemas de desempenho ocupacional com que vamos trabalhar com o utente. Se não foram identificados quaisquer problemas, o processo termina aqui.

Identificar os problemas importantes para o cliente e negociar um acordo que guiará o processo

Obtenção de informação junto do cliente e família

Validar os problemas identificados Dar prioridades para a intervenção

o 2º PONTO DE AÇÃO Definição do programa, esclarecendo expectativas e suposições sobre o

processo de prática e identificar os problemas e objetivos ocupacionais Selecionar abordagens teóricas para dirigir os passos seguintes do processo Obter sistema conceptual para guiar e justificar as decisões Tomar decisões sobre a avaliação e intervenção

o 3º PONTO DE AÇÃO Analisar e avaliar envolve a identificação de fatores pessoais, ocupacionais e

ambientais Identifcar os componentes do desempenho ocupacional e as condições

ambientais que contribuem para o problema Avaliar os componentes e as condições ambientais que são relevantes para

os problemas identificados Analisar os dados colhidos Utilizar métodos quantitativos e qualitativos

o 4º PONTO DE AÇÃO O terapeuta e o cliente devem concordar com os objetivos e plano de

intervenção Identificar capacidades e recursos Síntese da informação colhida relativamente aos recursos e capacidades do

cliente que podem contribuir para resolver os problemas ocupacionais

o 5º PONTO DE AÇÃO Implementar o plano através da ocupação Delinear objetivos

o 6º PONTO DE AÇÃO Monitorizar e modificar a avaliação continua garante que as estratégias de

habilitação continuam apropriadas para os objetivos

o 7º PONTO DE AÇÃO Resultados são avaliados para determinar se os objetivos foram atingidos ou

se novas metas, objetivos ou planos precisam ser estabelecidos.

o 8º PONTO DE AÇÃO O processo termina quando o terapeuta e o cliente chegam a uma decisão

conjunta, de criar novos objetivos ocupacionais ou terminarem a relação terapêutica

A CPPF tem em conta os conhecimentos, experiências e valores pessoais que o cliente e o terapeuta trazem com eles para o relacionamento terapêutico.

- qualitativo: entrevista- quantitativo: passar os testes do modelo americano (contar algo)

Medida Canadiana de Desempenho Ocupacional Propósito

o Ser genérica e não especifica de qualquer faixa etária, doença ou programao Modular, possibilitando a sua utilização em partes e no totalo Fiabilidade, sensibilidade e validadeo Entrevista semi-estruturada (observações não são objetivas nem quantitativas) com

20 a 30 minutoso Administração com um processo de 4 etapas:

Etapa 1 – identificar os problemas de desempenho ocupacional. Questionar a pessoa Acerca das ocupações que quer e/ou necessita realizar ou que seja esperado

que ele realize na sua vida quotidiana Se consegue realizar essas ocupações e se está satisfeito com a forma que as

realiza. No final desta etapa estarão identificadas as ocupações que representam um

problema para a pessoa, porque não as consegue realizar ou porque não está satisfeito com a forma como as realiza

Etapa 2 – atribuir grau de importância a cada um dos problemas referidos na etapa 1

O entrevistador deverá pedir à pessoa que pense em cada um dos problemas que identificou na fase 1 e lhes atribua uma cotação, consoante a importância que essas ocupações representam na sua vida quotidiana

Esta cotação pode variar de 1 a 10, onde 1 significa que a ocupação não é nada importante na sua vida e 10 significa que é extremamente importante

Etapa 3 – cotação do desempenho e da satisfação. Nesta fase, o entrevistador: Selecciona 5 dos problemas atrás cotados com maior pontuação Ordena por ordem de importância e confirmar com a pessoa se estes são os

problemas mais importantes que sentem na sua vida, em termos de desempenho ocupacional

Após a confirmação, é pedido à pessoa que atribua uma cotação a cada uma dessas ocupações-problema, relativamente à forma como as consegue realizar e à satisfação que sente com esse desempenho

Etapa 4 – Reavaliação Esta etapa será realizada no final do programa de terapia ocupacional para

perceber se os cuidados prestados neste âmbito tiveram ou não resultados na auto-perceção do indivíduo em relação ao seu desempenho ocupacional

Nesta fase é pedido ao indivíduo que repita os passos da etapa 3.

O desempenho ocupacional: o Fenómeno mais vivenciado do que observadoo É influenciado pelos componentes de desempenho e pelo ambienteo Característica dos seres humanos apesar da idade, género ou deficiênciao Inclui Desempenho e Satisfaçãoo Centralidade no cliente é a chave do modelo

A MCDO pede ao cliente que relate o seu desempenho ocupacional e que identifique os seus problemas a nível de desempenho por ordem de importância. O cliente identifica os problemas devido à não satisfação das suas

expetativas ou às exigências do meio que interferem na realização bem-sucedida da ocupação. A MCDO pode ser modificada para se adequar a cada tipo de clientes. Resultados originam desempenho e satisfação.

Foco do modeloo Desempenho ocupacionalo Envolvimento ocupacionalo Interação dinâmica o Visão transversal do modelo que situa a ocupação como foco central da profissão

Envolvimentoo Tudo o que a pessoa faz para se tornar ocupadao Fala da própria ocupaçãoo Ter ocupações e não executá-laso Visão mais ampla da ocupação

Pessoao Espiritualidade como núcleo da pessoa

Ocupaçãoo Ligação entre a pessoa e o ambienteo Veiculo que permite agir sobre o meio ambienteo 3 áreas profissionais: auto-cuidado; produtividade; lazer

- Enquanto no americano temos um processo em que é o terapeuta que decide, no canadiano é o próprio modelo que diz para pedir consentimento ao cliente ou aos cuidadores do mesmo