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OCUPAÇÃO HUMANA SUSTENTÁVEL Muitas pessoas questionam-se o que seria essa tal ocupação que causa mínimo impacto ambiental. Para responder a essa pergunta, temos duas possibilidades: a arquitetura ecológica e a sustentável. A primeira tem a preocupação desde a origem do material que seria empregado em sua construção. Provenientes todos da área a ser implantada a edificação, são considerados desde os impactos da remoção de material, o manejo dele, ao processo de transformação da matéria-prima em produto. Um exemplo são técnicas antigas como adobe, taipa e pau-a-pique, telhado verde, o extenso uso do bambu na construção e no setor moveleiro, pedras, etc. Essas considerações são feitas em escala local na implantação do edifício, que também possui a necessidade de integração com o meio que a cerca através de soluções arquitetônicas que aproveitem as condições geomorfológicas da área onde está inserida, como: topografia, vegetação, insolação, ventos dominantes, iluminação natural, água, energia renovável e gerenciamento de resíduos gerados, como efluentes domésticos e resíduos sólidos. A segunda, parte da idéia de aproveitar o que existe no meio ambiente, reutilizando materiais, dando preferência aos produtos reciclados para que, desta maneira, possa minimizar o entulho gerado na construção civil nos dias de hoje. No mercado atual existem muitos produtos produzidos a partir de plásticos diversos, como canos, conduítes, falsas-madeiras para tapumes, etc., a partir de tubos de pasta de dente como telhas e placas para diversos usos, além das tintas ecológicas, tijolos, enfim, uma boa gama de produtos com essas características. Não esquecendo da integração com o entorno, com o meio que a cerca, como dito anteriormente, agregando também ao projeto sistemas de reciclagem de águas, energias renováveis e destinação de resíduos sólidos.

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OCUPAÇÃO HUMANA SUSTENTÁVEL Muitas pessoas questionam-se o que seria essa tal ocupação que causa mínimo impacto ambiental. Para responder a essa pergunta, temos duas possibilidades: a arquitetura ecológica e a sustentável. A primeira tem a preocupação desde a origem do material que seria empregado em sua construção. Provenientes todos da área a ser implantada a edificação, são considerados desde os impactos da remoção de material, o manejo dele, ao processo de transformação da matéria-prima em produto. Um exemplo são técnicas antigas como adobe, taipa e pau-a-pique, telhado verde, o extenso uso do bambu na construção e no setor moveleiro, pedras, etc. Essas considerações são feitas em escala local na implantação do edifício, que também possui a necessidade de integração com o meio que a cerca através de soluções arquitetônicas que aproveitem as condições geomorfológicas da área onde está inserida, como: topografia, vegetação, insolação, ventos dominantes, iluminação natural, água, energia renovável e gerenciamento de resíduos gerados, como efluentes domésticos e resíduos sólidos. A segunda, parte da idéia de aproveitar o que existe no meio ambiente, reutilizando materiais, dando preferência aos produtos reciclados para que, desta maneira, possa minimizar o entulho gerado na construção civil nos dias de hoje. No mercado atual existem muitos produtos produzidos a partir de plásticos diversos, como canos, conduítes, falsas-madeiras para tapumes, etc., a partir de tubos de pasta de dente como telhas e placas para diversos usos, além das tintas ecológicas, tijolos, enfim, uma boa gama de produtos com essas características. Não esquecendo da integração com o entorno, com o meio que a cerca, como dito anteriormente, agregando também ao projeto sistemas de reciclagem de águas, energias renováveis e destinação de resíduos sólidos.

O que ainda é deficiente é a falta de sensibilização da sociedade para a incorporação de produtos de boa qualidade, com esse ponto a mais para o meio ambiente, quebrar a barreira entre a arquitetura convencional e a alternativa, dando maiores oportunidades para minimizar os danos causados ao nosso abrigo maior, o planeta Terra. Por Patrícia Lameu, arquiteta e ambientalista. Bio-Bras

Fotos ou figuras

Existem muitas utilidades para os mais variados tipos de material e as pessoas estão descobrindo que utilizar a matéria prima que era considerada ‘lixo’, pode alimentar muitas famílias, desenvolver sustentavelmente comunidades e integrar um mercado promissor e lucrativo.

O cuidado com a natureza também pode ser um meio de melhorar a vida de comunidades carentes.

Falta apenas informação! Já existem no mercado, opções de madeira alternativa, produtos de fibra natural, os mais diversos produtos feitos a partir de papel reciclado, camisetas de fibras de PET, roupas de algodão orgânico...enfim, a uma variedade imensa de bons produtos, com qualidade e beleza, durabilidade e responsabilidade ambiental que geram renda para muitas pessoas e são de baixo ou nenhum impacto ambiental.

Quando o consumidor adquire produtos ecologicamente corretos forma-se um ciclo interessante: indústrias, fábricas e comunidades produzem, investem e distribuem mais que um produto, um conceito. Ganha o meio ambiente, o comércio e o consumidor.

Conheça alguns produtos ecológicos!

Links:

Produtos ecológicos

PRODUTOS ECOLÓGICOS

Um produto ecológico é qualquer artigo manufaturado, artesanal ou mesmo industrializado que não seja poluente, tóxico ao meio ambiente ou à saúde humana.

Exemplos de Produtos Ecológicos

roupas de algodão orgânico, de juta, de couro vegetal

cosméticos não-testados em animais e isentos de ingredientes

agressivos à saúde humana e ao meio ambiente

produtos de limpeza biológicos

inseticidas biológicos

calças e camisas de PET reciclado

adesivos à base de óleos vegetais

tintas à base de silicatos de potássio

plásticos biodegradáveis

placas de plástico reciclado

combustível vegetal (biodiesel) e biogás

tijolos de solo-cimento.

Fotos de produtos ecológicos: Xaxim de fibra de coco, camiseta de pet, etc.

Links relacionados: Agricultura biodinâmica Casa ecológica Consumo sustentável

AGRICULTURA BIODINÂMICA

FUNDAMENTOS E PRÁTICAS

Foto Rachel Soraggi

A Biodinâmica foi criada em 1924 na Alemanha, por Rudolf Steiner1, com um conceito diferenciado de agricultura. Seus fundamentos trazem para a atividade agrícola uma renovação natural do manejo, saneando o meio ambiente e produzindo alimentos realmente condignos do ser humano. Ela busca devolver à agricultura sua força original criadora perdida durante os anos da revolução verde e industrial, direcionada apenas à maximização produtiva, com grandes áreas de monocultura e criação animal em massa.

Assim como na Agricultura Orgânica, a Agricultura Biodinâmica

não utiliza fertilizantes químicos, sintéticos, fungicidas, herbicidas, antibióticos, hormônios e sementes transgênicas. Preocupa-se em preservar, recuperar e respeitar o meio ambiente, ajudando aqueles que vivem no campo a vencer o pensamento materialista e encontrar sua relação espiritual e ética com o solo, as plantas, os animais e o ser humano.

O ponto central da Agricultura Biodinâmica é o entendimento da propriedade como um organismo agrícola, onde as várias atividades

se integram: um organismo que a partir de si mesmo seja capaz de produzir sua renovação. Hortas, pomares, criação animal, culturas anuais, pastos, várzeas, matas nativas, etc. se integram ordenadamente, buscando a sustentabilidade e a fertilidade e saúde permanente do solo, das plantas, dos animais e dos seres humanos.

Através da aplicação dos preparados biodinâmicos, feitos a partir de minerais, esterco e ervas medicinais, e do uso do calendário astronômico de MaruáThun o agricultor biodinâmico intensifica no solo e nas plantas a relação existente entre o reino vegetal e o cosmo, equilibrando no seu organismo agrícola, as forças de vida terrestre e a energia cósmica como luz e calor.

Podemos, para fins didáticos dividir os componentes do organismo agrícola em solo, planta, animal, ser humano e cosmo, onde o ser humano é o responsável pela relação harmônica entre as partes. 1. Solo: O papel do agricultor biodinâmico é vivificar o solo, e não

adubar as plantas. Este deixa de ser visto apenas como um suporte para as plantas, adubos e irrigação e passa a ser trabalhado como um organismo vivo, do qual dependerá a saúde do vegetal. Não tratamos apenas da química e física do solo, mas também da sua parte biológica. Entendemos que solo sadio e produtivo nos dará plantas também sadias. Vários são os fatores que interferem na capacidade produtiva do solo, como matéria orgânica, presença de microorganismos e sua ocupação racional. A matéria orgânica é a fonte de alimento dos microorganismos, que pôr sua vez será a fonte de nutrientes para as planta. O uso racional de máquinas e implementos, a cobertura verde ou morta dos solos impedirá seu desgaste pela ação das chuvas e do sol, sua compactação e desestruturação. Com estas três ferramentas passamos a ter um solo fisicamente estruturado, quimicamente balanceado e biologicamente vivo. Aplicamos também nos solo o preparado biodinâmico 500 (chifre-esterco), cuja função é trabalhar as forças de nutrição e reprodução da planta, que aí se encontram. Cabe a este preparado ajudar no melhor desenvolvimento do sistema radicular, na medida que age como um vivificador de solo.

2. Saúde vegetal: não usamos mais agrotóxicos após pesadas

adubações com adubos solúveis. Adubamos o solo e não a planta, procurando sempre um equilíbrio entre os elementos. A saúde das

plantas passa pela teoria da trofobiose, com aportes moderados e freqüentes de matéria orgânica diminuindo assim as condições que levam a planta ao stress e a queda de sua resistência. A planta para o agricultor biodinâmico vive entre dois pólos, que estando em equilíbrio, asseguram um crescimento saudável e valor nutritivo adequado. Essas polaridades são: a polaridade terrestre representada pela raiz-solo, que é ligada à umidade e aos nutrientes e a polaridade cósmica, representada pelo caule, folhas, frutos e sementes, ligados à luz e ao calor. Através do preparado 501 (chifre-sílica) aplicado nas plantas, o agricultor intensifica estas forças cósmicas, melhorando o aproveitamento da luz solar pelas plantas através da fotossíntese. Pragas e doenças: insetos, fungos e bactérias deixam de ser parasitas e começam a nos mostrar que algo está errado, em desequilíbrio. Trabalhamos as causas, com ações preventivas e não os sintomas, com ações corretivas. Entretanto, até atingirmos o equilíbrio lançamos mão de fitoprotetores como caldas sulfocálcica ou bordaleza, biofertilizantes e inseticidas naturais.

3. Animais: são importantíssimos na formação do organismo agrícola,

principalmente os ruminantes como a vaca. São os animais que trazem para o agro sistema a astralidade. Para o agricultor biodinâmico o esterco bovino representa ouro, pela sua riqueza biológica e energética. Através de seus dejetos, o ruminante presenteia a terra com um material incansavelmente preparado através de seu processo digestivo.

4. Enfoque: quebramos o quadro de monocultura, aumentando a

biodiversidade do sistema, com arborização, culturas intercalares, faixas de matas nativas, uso de adubos verdes, uso de composto e esterco bovino enriquecidos com os preparados de composto feitos de ervas medicinais e buscamos um equilíbrio maior do sistema com o auxílio dos preparados biodinâmicos.

Na verdade, toda a estrutura da propriedade sofre mudanças. Tentamos tornar a propriedade um organismo agrícola com várias atividades relacionadas. Aproveitamos os resíduos nela produzidos, minimizando assim, a dependência de insumos externos e melhorando o balanço energético. O importante é manter uma

paisagem diversificada e equilibrada, onde cada árvore, cultivo e animal, são como órgãos de um corpo: todos são interdependentes e a saúde de um é a saúde de todo o conjunto, incluindo o homem. Por Rachel Vaz Soraggi Presidente da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica Consultora de Agricultura Biodinâmica

Representação de um Organismo Agrícola

Manejo Agroflorestal em Fazenda biodinâmica de café

http://www.sab.org.br/steiner/biogr.htm http://www.biodinamica.org.br www.salveoplaneta.com.br www.caaoby.org.br http://www.cocoverderj.com.br http://inventabrasilnet.t5.com.br/fibcoco.htm

CASA ECOLÓGICA

UMA PROPOSTA QUE REÚNE TECNOLOGIA, CONFORTO E COERÊNCIA COM OS PRINCÍPIOS AMBIENTAIS

Trabalho publicado em 01/06/2001

Equipe:

Cristina Engel de ALVAREZ Profª Assistente UFES, Doutoranda pela FAUUSP

Arquiteta coordenadora do Laboratório de Planejamento e Projetos LPP/CAR/UFES Patrícia M. Cony DANTAS - Mestranda pela UFRJ - arquiteta do LPP/CAR/UFES

Marcelo S. FIOROTTI - Arquiteto Paisagista do LPP/CAR/UFES Maristela GAVA - Arquiteta pelo LPP/CAR/UFES Julio Eustáquio MELO Prof. Assistente UnB, Engenheiro coordenador do depto. de engenharia do Laboratório de Produtos Florestais LPF/IBAMA-DF

RESUMO A "Casa Ecológica" foi idealizada objetivando demonstrar procedimentos adequados do ponto de vista ecológico na construção civil e abrigar atividades relacionadas à educação ambiental. Destaca-se que o conceito de "Casa Ecológica" passa, necessariamente, pela adoção de critérios coerentes com a política de gerenciamento ambiental, quer seja na escolha dos materiais construtivos, como nas técnicas de aproveitamento dos condicionantes naturais (sol e vento), no tratamento dos resíduos oriundos do uso (p. ex. esgoto) e na busca de racionalização e eficiência energética. O sistema construtivo básico adotado denomina-se “viga-laje”, já testado anteriormente na Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Tal técnica foi escolhida em função de o sistema possibilitar a união dos aspectos positivos da madeira com a resistência do aço proporcionando grande flexibilidade nas soluções arquitetônicas, com garantia de durabilidade e pouca manutenção. Além disso, o sistema permite o desmonte e remonte da edificação em outro local de condições semelhantes – condição desejável para a Casa -, rapidez de montagem, facilidade de manutenção e possibilidade de desenvolvimento de habitação de interesse social por ajuda mútua e/ou mutirão.

1. INTRODUÇÃO

A "Casa Ecológica" (figura 1) foi idealizada pela Secretaria de Estado para Assuntos do Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo, com o apoio da Aracruz Celulose S.A. e do Laboratório de Planejamento e Projetos do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo. Os projetos – arquitetônico, estrutural e complementares – foram desenvolvidos visando construir uma edificação coerente com critérios previamente estabelecidos de sustentabilidade, racionalização energética e mínimo impacto ambiental. O uso previsto para a edificação foi definido para possibilitar atividades voltadas à educação ambiental, principalmente nos aspectos relacionados à construção civil –

do partido adotado à escolha dos materiais - e do uso racional do potencial energético instalado.

Espera-se que a difusão de novas técnicas construtivas, de soluções alternativas de obtenção de energia e de tratamento dos resíduos despertem o interesse de micros e pequenos empresários, principalmente de cunho artesanal, atentos para o lançamento de novos produtos e serviços no mercado do Espírito Santo, incentivando também a geração de emprego e renda. Destaca-se que a fusão de três setores expressivos da sociedade– político, econômico e ensino/pesquisa – permitiram a elaboração de uma proposta amplamente discutida, economicamente viável e tecnicamente coerente com os princípios ambientais estabelecidos.

Figura 1 Acesso principal. fachada norte da Casa Ecológica. Fotografia da maquete

2. DIRETRIZES PROJETUAIS

As diretrizes principais constituíram-se no uso de materiais construtivos renováveis - na medida do possível -, aproveitamento dos condicionantes naturais (sol e vento), no tratamento dos resíduos oriundos do uso e na busca de racionalização e eficiência energética.

No aspecto relacionado à escolha dos materiais, a madeira foi eleita como matéria prima fundamental, especialmente considerando ser este o único material realmente renovável na construção civil tradicional. Procurando aliar os conceitos ambientais com a situação deficitária de habitação no país, o projeto foi desenvolvido para servir de parâmetro para moradias de médio poder aquisitivo, podendo, com alterações, vir a ser produzida em série para conjuntos habitacionais destinadas às famílias de baixa renda.

Durante as pesquisas preliminares, foram constatados procedimentos urbanos – como por exemplo o desperdício de água e energia – facilmente evitados a partir de modificações de hábitos.

Para auxiliar na criação de uma mentalidade de “não desperdício”, a Casa foi projetada para servir de laboratório demonstrativo/informativo de procedimentos ecologicamente corretos. Além disso, procurou-se dotar a Casa de elementos demonstrativos das soluções arquitetônicas, já que a tomada de decisões dos profissionais da construção civil muitas vezes são oriundos do desconhecimento de técnicas e desenhos alternativos que proporcionem conforto ao usuário, economia e adequação aos princípios de conservação ambiental. Adicional aos objetivos propostos, a questão estética foi fundamental na elaboração dos conceitos já que buscava-se uma tipologia edificatória caracteristicamente urbana, sem contudo desvincular do padrão “casa” presente na memória coletiva.

3. O LOCAL DE IMPLANTAÇÃO

A escolha do local de implantação – Parque da Pedra da Cebola - foi motivada pelas características específicas do local e pelas atividades desenvolvidas ao longo do ano vinculadas à educação ambiental. O sítio onde foi implantado o Parque era uma antiga pedreira, desativada em 1978, cuja atividade econômica de extração por um lado, ocasionou grande degradação ambiental e, por outro, impediu a ocupação urbana. O Parque foi inaugurado em 1997, servindo de exemplo de recuperação, com ampla utilização de vegetação rupestre e de restinga no exuberante projeto paisagístico.

O parque possui cerca de 100.000 m² onde se distribuem equipamentos esportivos, trilhas, áreas de lazer e contemplação, local de eventos, estacionamentos, etc. Dentre os principais eventos regulares, a Feira do Verde se destaca pela grande participação comunitária e pelos resultados que vem obtendo ao longo dos anos.

A área, originalmente do Governo Estadual, foi entregue à Prefeitura Municipal de Vitória através de contrato de gestão e, a viabilização da construção da “Casa Ecológica” foi possível através da assinatura de um termo de compromisso entre as duas entidades. O local dentro do Parque foi criteriosamente escolhido em função da possibilidade de ampla visitação da Casa - especialmente por escolares e turistas -, e dos condicionantes ambientais, especialmente radiação e ventilação.

3. O PROJETO ARQUITETÔNICO

A partir do estabelecimento das diretrizes projetuais, buscou-se elaborar um programa que permitisse o desenvolvimento das atividades previstas e a composição arquitetônica com o máximo de flexibilidade, interação entre os ambientes e que servisse como referência demonstrativa do potencial estético do sistema básico adotado.

A figura 3 apresenta duas imagens da maquete, ressaltando a busca de movimentação nas fachadas e coberturas, projetadas em consonância com as exigências estruturais do sistema viga-laje e com o projeto complementar de obtenção energética por sistema solar (placas fotovoltáicas).

Figura 3 - Imagens da maquete enfatizando o jogo de coberturas e a movimentação das fachadas. À esquerda, detalhe da ventilação entre as águas da cobertura, placas solares e torre do elevador para portador de deficiência locomotora. À direita, fachadas oeste e sul, destacando-se as aberturas para o compartimento das baterias do sistema solar, localizadas sob a escada interna. O quadro da figura 4 apresenta os principais ambientes e as respectivas áreas. As figuras 5 e 6, as plantas baixas e a figura 7 um corte esquemático longitudinal.

Observa-se que a distribuição dos espaços internos buscou dotar fluidez entre os vários ambientes, criando uma dinâmica de interação entre os usos. Ao mesmo tempo, a distribuição interna assemelha-se à uma residência embora os usos sejam caracteristicamente para abrigar atividades relacionadas à educação ambiental.

Todos os ambientes foram concebidos a partir da técnica construtiva adotada, cujo posicionamento dos painéis buscam o travamento das componentes da edificação, formando uma unidade estrutural íntegra.

Ambiente Função

Recepção Recepção do visitante, distribuição de folder, venda de souveniers e local de exposição (painéis, pequenos objetos, etc.)

15 Laboratório Monitoramento da demanda energética da Casa e demonstrativo de eficiência energética

13 Cozinha e Serviços Apoio às atividades da Casa e auxiliar no demonstrativo de eficiência energética

12 Sanitário Demonstrativo e de uso preferencial pelos funcionários da Casa

4,3 Circulações vertical Escada para utilização freqüente e elevador para deficiente locomotor

10 Varanda Lazer, contemplação e espera externa

16 Baterias Complementar ao sistema de energia solar. Visitável.

2,6 Depósito Guarda de material de jardinagem e manutenção da Casa em geral

2,5

Mini Auditório Possibilita palestras para grupos de aprox. 20 pessoas

19 Depósito Guarda material escritório e promocional, souveniers, equipamentos audiovisuais, etc.

2 Varanda Integração interior x exterior.

3,3 Obs.: Áreas aproximadas. Não computada a área de circulação vertical

Figura 4 - Quadro básico dos ambientes da Casa Ecológica.

3.1. Características Gerais

O projeto arquitetônico foi elaborado no Laboratório de Planejamento e Projetos da UFES, cuja principal função é possibilitar o rebatimento das atividades acadêmicas em projetos de extensão universitária, unindo professores e alunos em profícuos debates. Assim, devido às características peculiares da Casa, cada tomada de decisão no projeto arquitetônico foi precedida de ampla discussão, especialmente sob os aspectos da adequação ambiental, racionalização energética, conforto do usuário e viabilidade técnico-construtiva e econômica.

Com relação ao partido adotado, conforme já mencionado anteriormente, embora a Casa Ecológica deva funcionar como um local de visitação pública, o partido proposto visa caracterizá-la com os padrões tipológicos de uma casa urbana, enfatizando que a coerência ecológica não precisa estar vinculada a desconforto e padrões estéticos relacionados à rusticidade (figura 8).

O quadro da figura 9 descreve sucintamente as principais características do projeto, observando-se que todas as decisões foram alicerçadas na realidade ambiental e econômica da região e, especialmente, na possibilidade de incentivar o setor produtivo na geração de produtos de qualidade e ambientalmente aceitáveis.

MATERIAIS CONSTRUTIVOS • Material construtivo básico: madeira de reflorestamento nas

vedações (viga laje) e esquadrias; • Cobertura em telhas cerâmicas produzidas a partir de

reaproveitamento da matéria prima básica; • Painéis decorativos elaborados com material reciclado.

CONDICIONANTES AMBIENTAIS • Ventilação cruzada em todos os ambientes de permanência

média e/ou prolongada, com sistema de ventos oriundos de NE;

• Controle do vento Sul, indesejável para os padrões de conforto térmico em Vitória;

• Abertura de grandes vãos envidraçados, especialmente na fachada sul, (iluminação natural difusa)

• Sombreamento de parte das fachadas com adoção de beirais; • Relação entre vãos abertos e fechados objetivando o máximo de

conforto térmico por condicionamento passivo.

SISTEMA ENERGÉTICO

• Placas fotovoltáicas de obtenção energética; • Placas solares para aquecimento de água;

• Baterias de armazenamento.

EDUCAÇÃO E DIFUSÃO

• Instalações elétricas, hidráulicas e mecânicas aparentes, buscando transparência em todos os equipamentos;

• Acessibilidade por deficientes físicos em todas as dependências;

• Conceito de eficiência energética integrada ao projeto arquitetônico;

• Sistema de obtenção de energia “limpa” com instalação de placas fotovoltáicas;

• Sistema de saneamento com reaproveitamento de águas servidas;

• Paisagismo com espécies oriundas do Espírito Santo;

INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES

• Sistema sanitário com tratamento das águas servidas para reaproveitamento no vaso sanitário e jardins;

• Equipamentos elétricos de alta eficiência energética; • Eletrodomésticos com o selo de qualidade PROCEL; • Sistema de controle e avaliação do consumo energético (softer

desenvolvido pelo CEPEL); • Aletas móveis para controle da ventilação nos ambientes;

• Elevador para portadores de limitações locomotoras.

3.2. O sistema viga-laje em madeira

O sistema viga-laje em madeira (figura 10) foi testado na construção da Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, com excelente desempenho tanto sob o ponto de vista técnico estrutural como nas potencialidades específicas constatadas na prática (figura 11).

Para a Casa Ecológica, foram inseridos novos testes ao sistema já consolidado: a adoção de madeira de reflorestamento (E. grandis) e a construção em dois pavimentos com parte do pavimento térreo com pé direito duplo. Embora o primeiro condicionante não tenha interferido fundamentalmente na concepção arquitetônica, a construção em dois pavimentos exigiu a busca de soluções que possibilitassem a criação da desejável interação espacial entre os ambientes e, ao mesmo tempo, atendesse à exigência do sistema no que diz respeito ao travamento entre painéis.

Observa-se na figura 10 que o sistema "viga-laje em madeira" é composto de peças de madeira serrada - sem entalhes para encaixe - unidos por uma barra rosqueada que é fortemente apertada nas extremidades. Somente a união de todos os elementos que compõem os fechamentos - paredes, piso e cobertura - é que garante a resistência do conjunto, formando um monobloco íntegro.

Figura 10 - Esquema básico do sistema construtivo denominado viga-

laje em madeira

• Flexibilidade nas soluções arquitetônicas • Resistência estrutural; • Peças de madeira serrada, sem necessidade de entalhes e/ou encaixes tipo “macho/fêmea” • Dispensa vigas e pilares;

• Possibilita painéis de dimensões generosas, se comparado à uma casa tradicional em madeira; • Racionalização da construção com perda mínima de materiais construtivos; • Rapidez de montagem; • Permite o desmonte e remonte em outro local de condições semelhantes; • Facilidade de manutenção; • Possibilidade de substituição de peças;

• Possibilidade de desenvolvimento de habitação de interesse social por ajuda mútua e/ou mutirão com necessidade mínima de equipamentos de marcenaria.

Figura 11 - Características do sistema viga-laje.

Para a Casa Ecológica, está sendo testada a madeira de reflorestamento (eucalipto com densidade básica maior ou igual a 650 kg/m3), com rígido controle em relação à qualidade e secagem. As peças foram adquiridas secas em estufa (15%), aparelhadas e tratadas com secção de 3,5 x 15 cm e comprimentos variados. O volume total de madeira previsto é de 19 m3, já adquirido e em processo de produção das peças.

Observa-se que a ausência de encaixes permite a confecção das peças com instrumentos básicos de marcenaria e a possibilidade de montagem da edificação sem uso de equipamentos auxiliares de construção e/ou mão de obra especializada. Além disso, os painéis admitem soluções arquitetônicas arrojadas, desde que obedecidos os necessários travamentos entre painéis.

As obras para a construção da Casa iniciaram em junho de 2000, estando previsto o término em cerca de 120 dias. Destaca-se que os projetos complementares, tais como tratamento de esgoto, iluminação, energia solar, mobiliário, etc. foram elaborados de acordo com as empresas parceiras do setor privado e/ou governamental.

A Casa atualmente está em processo de construção prevendo-se o monitoramento de todas as etapas de obras para posterior avaliação do sistema adotado sendo que já estão em andamento os estudos preliminares para o desenvolvimento de um protótipo de habitação popular para famílias de baixa renda, adotando-se os mesmos princípios construtivos utilizados na Casa Ecológica.

Espera-se que a união entre o setor produtivo da economia (eco = casa; nomia = gestão) e os princípios da ecologia (eco = casa, logia = estudo) possam ser exemplificados, fisicamente, na viabilização da “Casa Ecológica” numa verdadeira demonstração que ambos os setores podem ser compatíveis, adequados ao ambiente urbano e, acima de tudo, coerentes com as prerrogativas estabelecidas para o novo século.

Consumo Sustentável – Consumo responsável

Toda geração de energia agride o meio ambiente é dever do Poder Público e da coletividade participar de ações que aumentem a qualidade de vida da população e proporcionem o desenvolvimento sustentado para o Estado e para o País. Além de ajudar na preservação ambiental, você estará contribuindo para a economia doméstica, gastando menos água, energia elétrica e gás, sem perder o conforto, a segurança e o seu bem-estar.

Baseado na ilustração de: www.aguasdoamazonas.com.br

O consumo responsável de água é fundamental para que o nosso planeta continue existindo. Não podemos continuar a esbanjar água como se ela fosse

jorrar infinitamente de nossas torneiras!!! Hoje já sabemos que os recursos naturais não são infinitos como aprendíamos na escola. Estamos em um momento da história onde este tipo de pensamento não é mais tolerável. Sofremos hoje as conseqüências dos muitos erros do passado que, infelizmente se repetem dia-a-dia em muitas, casas, escritórios, fazendas, edifícios e todos os tipos de empreendimentos, em todos os lugares do planeta. Muitas pessoas ainda fecham os olhos para a iminência dos inúmeros riscos que corremos como resultado dos nossos atos. Para que a vida tenha sustentabilidade no planeta (veja, já não falamos somente em qualidade!), o mundo precisa assumir uma nova postura, mudando a maneira como ‘usa ou ‘consome’ seus recursos naturais. Usar não deve significar acabar com o recurso e sim utilizá-lo de maneira adequada, tirando proveito para seu sustento, lazer ou produção, de modo consciente para que outras pessoas e animais possam usufruí-lo. Links relacionados: Água

Energia elétrica Ações econômicas

Água vai para o elemento Água e Energia Elétrica é um link do elemento Fogo. Ações econômicas é o desdobramento abaixo

Ações econômicas

Abrir a porta da geladeira apenas quando for necessário. Colocar e retirar alimentos e bebidas de uma só vez é uma boa idéia;

Ao comprar a geladeira ou freezer, procurar o selo que garanta a sua eficiência energética (Procel/ Inmetro);

Regular a temperatura interna da geladeira de acordo com estação do ano. No inverno, ela não precisa ser muito baixa;

Descongelar regularmente. Camada grossa de gelo é sinal de desperdício; Evitar cobrir as prateleiras com tábuas, vidros, plásticos ou quaisquer

outros materiais, pois eles impedem a circulação do ar frio; Verificar periodicamente as borrachas de vedação.

Links: Chuveiros e aquecedores centrais elétricos Iluminação

Chuveiros e aquecedores centrais elétricos

Utilizá-lo fora de horário de ponta (17h30 às 20h30); Utilizar nos dias quentes, a chave do chuveiro na posição “Verão” ou ajustar

o termostato do aquecedor adequadamente para economizar até 30% de energia;

Verificar se a instalação elétrica suporta o consumo dos equipamentos antes de adicioná-los;

Instalar sempre um sistema de aterramento adequado.

Iluminação

Utilizar a luz natural sempre que possível e evitar lâmpadas acesas durante o dia;

Apagar as lâmpadas de ambientes desocupados;

Limpar periodicamente lustres, luminárias, difusores e arandelas. Isto é fundamental para o uso eficiente dos sistemas de iluminação;

Cores claras refletem melhor a luz e diminuem a necessidade de iluminação artificial;

Lâmpadas fluorescentes compactas são cerca de 4 vezes mais eficientes que as incandescentes. Adquira lâmpadas com menor teor de mercúrio. Como você pode ajudar a preservar os recursos naturais e economizar dinheiro 1) Vazamentos - Os vazamentos podem ser evidentes como uma torneira pingando ou escondidos, no caso de canos furados ou de vaso sanitário. Para esse último, verifique o vazamento jogando cinzas no fundo da privada e observe por alguns minutos. Se houver movimentação da cinza ou se ela sumir, há vazamento. - Outra forma de detectá-los é através do hidrômetro (ou relógio de água) da casa: feche todas as torneiras e desligue os aparelhos que usam água (só não feche os registros na parede que alimentam as saídas de água). Anote o número indicado no hidrômetro e confira depois de algumas horas para ver se houve alteração ou observe o círculo existente no meio do medidor (meia-lua, gravatinha, circunferência dentada) para ver se continua girando. Caso haja alteração nos números ou movimento do medidor, há vazamento. 2) No Banheiro - O chuveiro elétrico é um dos aparelhos que mais consome energia. O ideal é evitar seu uso em horários de maior consumo (de pico): entre 18h e 19h30min e, no horário de verão, entre 19h e 20h30min; - quando o tempo não estiver frio, deixe a chave de temperatura na posição menos quente (morno); - tente limitar seus banhos em aproximadamente 5 minutos. Feche a torneira enquanto se ensaboa; - instale torneiras com aerador ("peneirinhas" ou "telinhas" na saída da água). Ele dá a sensação de maior vazão mas, na verdade, faz exatamente o contrário. - jamais escove os dentes ou faça a barba com a torneira aberta; - caso seja viável, instale redutores de vazão em torneiras e chuveiro; - quando construir ou reformar, dê preferência às caixas de descarga no lugar das válvulas. 3) Na cozinha - Use também o redutor de vazão e torneiras com aeradores; - ao lavar a louça, use uma bacia ou a própria cuba da pia para deixar os pratos e talheres de molho por alguns minutos antes da lavagem. Isso ajuda a soltar a sujeira. Depois, use água corrente somente para enxaguar;

- se usar a máquina de lavar louça, ligue-a somente quando estiver com toda sua capacidade preenchida; - para lavar verduras, use também uma bacia para deixá-las de molho (pode ser inclusive com algumas gotas de vinagre ou com solução de hipoclorito), passando-as depois por um pouco de água corrente para terminar de limpá-las; - procure consumir alimentos livres de agrotóxicos. Os agrotóxicos podem causar danos ao meio ambiente e a sua saúde. Dê preferência a produtos orgânicos. 4) Na Lavanderia (ou área de serviço) - Deixar as roupas de molho por algum tempo antes de lavar também ajuda aqui; - ao esfregar a roupa com sabão use um balde com água que pode ser a mesma do molho e mantenha a torneira do tanque fechada. Água corrente somente no enxágüe! - Use o resto da água com sabão para lavar o seu quintal; - se tiver máquina de lavar, use-a sempre com a carga máxima e tome cuidado com o excesso de sabão para evitar um número maior de enxágües; - caso opte por comprar uma lavadora, prefira as de abertura frontal que gastam menos água que as de abertura superior; - evite utilizar o ferro elétrico quando vários aparelhos estiverem ligados na casa para evitar que a rede elétrica fique sobrecarregada; - habitue-se a juntar a maior quantidade possível de roupas para passá-las de uma só vez; - se o ferro for automático, regule sua temperatura. Passe primeiro as roupas delicadas, que precisam de menos calor. No final, depois de desligá-lo, você ainda pode aproveitar o calor para passar algumas roupas leves. 5) No quintal, jardim e vasos - Cultive plantas que necessitam de pouca água (bromélias, cactos, pinheiros, violetas); - aproveite sempre que possível a água da chuva. Você pode armazená-la em recipientes colocados na saída das calhas e depois usá-la para regar as plantas. Só não se esqueça de tampar esses recipientes para que não se tornem focos de mosquito da dengue! - Para lavar o carro use balde em vez de mangueira; - não regue as plantas em excesso nem nas horas quentes do dia ou em momentos com muito vento. Muita água será evaporada ou levada antes de atingir as raízes; - molhe a base das plantas, não as folhas; - utilize cobertura morta (folhas, palha) sobre a terra de canteiros e jardins. Ela diminui a perda de água; - ao limpar a calçada, use a vassoura, E NÃO ÁGUA para varrer a sujeira! Depois, se quiser, jogue um pouco de água no chão, somente para "baixar a poeira". Para isso, você pode usar aquela água que sobrou do tanque! 6) Geladeira/Freezer

- Na hora de comprar, leve em conta a eficiência energética certificada pelo selo Procel? Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica; - coloque o aparelho em local bem ventilado, evitando a proximidade com o fogão, aquecedores ou áreas expostas ao sol; - no caso de instalação entre armários e paredes, deixe um espaço mínimo de 15 cm dos lados, acima e no fundo do aparelho. Ao utilizar: - evite abrir a porta da geladeira em demasia ou por tempo prolongado; - deixe espaço entre os alimentos e guarde-os de forma que você possa encontrá-los rápida e facilmente; - não guarde alimentos ou líquidos quentes; - não forre as prateleiras com vidros ou plásticos porque dificulta a circulação interna de ar; - faça o descongelamento do freezer periodicamente, conforme as instruções do manual, para evitar que se forme camada com mais de meio centímetro de espessura; - conserve limpas as serpentinas (as grades) que se encontram na parte de trás do aparelho. Não as utilize para secar panos, roupas, etc. - quando você se ausentar de casa por tempo prolongado, o ideal é esvaziar freezer e geladeira e desligá-los. 7) Lâmpadas - Na hora de comprar, dê preferência a lâmpadas fluorescentes, compactas ou circulares, para a cozinha, área de serviço, garagem e qualquer outro lugar da casa que fique com as luzes acesas por mais de quatro horas por dia. Além de consumir menos energia, essas lâmpadas duram mais que as outras; - evite acender lâmpadas durante o dia. Aproveite melhor a luz do sol, abrindo janelas, cortinas e persianas. Apague as lâmpadas dos ambientes quando estiverem desocupados; - para quem vai pintar a casa, é bom lembrar que tetos e paredes de cores claras refletem melhor a luz, reduzindo a necessidade de luz artificial. 8) Televisão - Quando ninguém estiver assistindo, desligue o aparelho; - não durma com a televisão ligada. Mas se você se acostumou com isso, uma opção é recorrer ao "timer" (temporizador) para que o aparelho desligue sozinho. 9) Ar condicionado - Na hora da compra, escolha um modelo adequado ao tamanho do ambiente em que será utilizado. Prefira os aparelhos com controle automático de temperatura e dê preferência às marcas de maior eficiência, segundo o selo Procel; - ao instalá-lo, procure proteger sua parte externa da incidência do sol (mas sem bloquear as grades de ventilação); - quando o aparelho estiver funcionando, mantenha janelas e portas fechadas. Desligue-o quando o ambiente estiver desocupado; - evite o frio excessivo, regulando o termostato; - mantenha limpos os filtros do aparelho para não prejudicar a circulação do ar.

10) Aquecedor (boiler) Na hora da compra: - escolha um modelo com capacidade adequada as suas necessidades e leve em conta a possibilidade do uso de energia solar; - dê preferência a aparelhos com bom isolamento do tanque e com dispositivo de controle de temperatura. Ao instalar: - coloque o aquecedor o mais próximo possível dos pontos de consumo; - isole com cuidado as canalizações de água quente; - nunca ligue o aquecedor à rede elétrica sem ter certeza de que ele está cheio de água. Ao utilizar: - ajuste o termostato de acordo com a temperatura ambiente; - ligue o aquecedor apenas durante o tempo necessário. Se possível, coloque um ?timer? para que essa função se torne automática. 11) Seu Lixo - Não jogue lixo nenhum na rua. Cerca de 40% do lixo recolhido no Rio de Janeiro é proveniente da coleta de rua. Essa coleta é mais cara e, além de enfeiar os lugares, traz sérios problemas aos moradores nas épocas de chuva, com entupimento de bueiros e estrangulamento dos corredores de água; - aproveite integralmente os alimentos. Muitas vezes, talos, folhas, sementes e cascas têm grande valor nutritivo e possibilitam uma boa variação no seu cardápio; - doe livros, roupas, brinquedos e outros bens usados que para você não têm mais serventia, mas que podem ser úteis a outras pessoas; - leve sacola própria para fazer suas compras, evitando pegar as sacolas plásticas fornecidas nos supermercados. Se levar para casa as sacolas, reutilize-as como saco de lixo. Para o transporte de compras maiores, utilize caixas plásticas ou de papelão; - procure comprar produtos reciclados - cadernos, blocos de anotação, envelopes, utilidades de alumínio, ferro, plástico ou vidro; - escolha produtos que utilizem pouca embalagem ou que tenham embalagens reutilizáveis ou recicláveis - potes de sorvete, vidros de maionese, etc; - não jogue lâmpadas, pilhas, baterias de celular, restos de tinta ou produtos químicos no lixo. As empresas que os produzem estão sendo obrigadas por lei a recolher muitos desses produtos; - leve remédios, os que não usa e os vencidos, a um posto de saúde próximo. Eles saberão dar- lhes destino adequado; - separe o lixo e encaminhe os produtos para reciclagem. Tente organizar em seu edifício, rua, bairro ou condomínio um sistema de coleta seletiva. Cada morador separa em sua residência materiais como vidro, plástico, latas de alumínio, papel, papelão e material orgânico, colocando-os em locais próprios. Informe-se nas companhias municipais de limpeza sobre a existência de cooperativas de catadores que poderão fazer a coleta em sua residência. Algumas empresas que fazem reciclagem recolhem, elas mesmas, o lixo já separado; - utilize os dois lados da folha de papel para escrever, rascunhar ou imprimir.

Aproveite melhor a área do papel. Para cada tonelada de papel que se recicla quarenta árvores deixam de ser derrubadas.

Procure se informar sobre as iniciativas de sua Prefeitura/Comunidade com relação ao lixo reciclável. Todos somos responsáveis pelo destino do lixo que geramos. Cobrar iniciativas e novos projetos de vereadores e prefeitos faz parte do nosso papel de consumidor. Também devemos estar informados das iniciativas já existentes, por mais simples que possam ser. Algumas instituições (igrejas e associações comunitárias) recebem material reciclável e com a venda arrecadam algum dinheiro que é destinado para obras sociais. Já existem empresas que compram esse material e, dependendo da quantidade, retiram-no periodicamente. Link: Cuidados com a coleta seletiva domiciliar

Cuidados com a coleta seletiva domiciliar Papel e Papelão / Jornais e Revistas / Cadernos e Folhas Soltas / Caixas e Embalagens devem estar limpas, seca e desmontadas. Metais (ferrosos e não ferrosos) / Latas, Alumínio e Cobre e Pequenas Sucatas devem estar limpos Assim como Vidros / Copos, Garrafas, Potes ou Frascos que podem ser inteiros ou quebrados.

A t e n ç ã o

Não coloque vidros planos, cerâmicas ou lâmpadas / Plásticos (todos os tipos) / Garrafas, Sacos e Embalagens, Brinquedos e Utensílios Domésticos/ Devem estar limpos e sem tampa.

Papel higiênico, papel plastificado, papel de fax e carbono não devem ser

colocados junto a esse material. Link: Economize protegendo o meio ambiente

Economize protegendo o meio ambiente

Reutilize os sacos plásticos do supermercado; Evite empacotamentos desnecessários;

Leve lanches ou almoço em recipientes reutilizáveis; Evitar produtos tipo 1,99 que geralmente não têm muito tempo de uso. Compre produtos mais duráveis e utilize-os até o fim, evitando descartá-lo

simplesmente por querer comprar outro.

Antes de comprar pense quanto tempo de duração

aquele produto terá em sua casa ou em seu escritório!!!

Podemos planejar as compras para não haver desperdício, evitando prejuízo no bolso e geração de resíduos desnecessários.

Lembre-se: A remoção e destinação, seja qual for, destes resíduos, também é paga por você! Link: Como planejar suas compras?

Como planejar suas compras? O consumo excessivo causa graves impactos no meio ambiente pelo uso irresponsável de recursos naturais na produção de bens e serviços, e pela produção de resíduos nesses processos.

Leve uma sacola para trazer os produtos do supermercado Evite fazer compra com fome, pois você tende a comprar mais Observar data de validade em produtos perecíveis para evitar a compra de

grande quantidade em tempo inadequado de consumo. Evite a compra de produtos em embalagens descartáveis Evite a compra de produtos com 2 ou 3 camadas de embalagem

(Ex. biscoitos com embalagens separadas) Procure produtos com maior tempo de durabilidade.