modelo 4 - decisão que mantem o recebimento da denúncia

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PODER JUDICIÁRIO Autos n. DECISÃO Trata-se de ação penal promovida pela Justiça Pública em face do Réu tal. Recebida a denúncia conforme despacho de fls. 50/51, o Réu foi devidamente citado (conforme mandado às fls. 52) apresentando tempestivamente sua resposta escrita à acusação (fls. 53-59), onde em síntese alega em sede de preliminar a inépcia da inicial acusatória requerendo sua rejeição, alega a atipicidade da conduta do acusado sob o fundamento de incidir, no caso, o princípio da insignificância, requerendo assim sua absolvição sumária. Requer ainda a aplicação ao caso concreto do princípio da inexigibilidade da conduta adversa. Isto posto, decido. Apresentada tempestivamente a resposta defensiva, admito seu regular processamento, contudo rejeito a preliminar arguida pela defesa, mantendo o recebimento da inicial acusatória, face à mesma preencher os pressupostos processuais, as condições da ação bem como os requisitos exigidos pelo art. 41 do Código de Processo Penal.

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PODER JUDICIRIO

Autos n.

DECISO

Trata-se de ao penal promovida pela Justia Pblica em face do Ru tal. Recebida a denncia conforme despacho de fls. 50/51, o Ru foi devidamente citado (conforme mandado s fls. 52) apresentando tempestivamente sua resposta escrita acusao (fls. 53-59), onde em sntese alega em sede de preliminar a inpcia da inicial acusatria requerendo sua rejeio, alega a atipicidade da conduta do acusado sob o fundamento de incidir, no caso, o princpio da insignificncia, requerendo assim sua absolvio sumria. Requer ainda a aplicao ao caso concreto do princpio da inexigibilidade da conduta adversa. Isto posto, decido.

Apresentada tempestivamente a resposta defensiva, admito seu regular processamento, contudo rejeito a preliminar arguida pela defesa, mantendo o recebimento da inicial acusatria, face mesma preencher os pressupostos processuais, as condies da ao bem como os requisitos exigidos pelo art. 41 do Cdigo de Processo Penal.

Igualmente nego o pedido de absolvio sumria do acusado, uma vez que a defesa no logrou xito, a priori, em demonstrar de forma inequvoca que no presente caso estejam presentes qualquer das circunstncias enumeradas pelo art. 397 do CPP que autorizam o decreto absolutrio de forma antecipada.Outrossim nego ainda a aplicao do princpio da inexigibilidade da conduta adversa, posto que no encontra elucidado de forma clara que ao agente seria inexigvel agir de modo diverso ao que agiu.Ante o exposto, mantenho o recebimento da denncia conforme despacho de fls. 50/51, designando a data de ____/____/____ para a realizao da audincia de instruo e julgamento.

Proceda a intimao das partes do teor desta deciso, bem como a das testemunhas quanto a data da audincia de instruo e julgamento.P. R. I.Anpolis, 16 de abril de 2015.

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Juiz de Direito