modelando contágio financeiro através de cópulas

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Modelando contágio financeiro através de cópulas RICARDO PIRES DE SOUZA SANTOS E PEDRO L. VALLS PEREIRA REVISTA BRASILEIRA DE FINANÇAS, VOL. 9, NÚM 3, 2011. ECONOMETRIA II – LÍVIA BOTELHO LINHARES

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Economy & Finance


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Modelando contágio financeiro através de cópulasRICARDO PIRES DE SOUZA SANTOS E PEDRO L. VALLS PEREIRA

REVISTA BRASILEIRA DE FINANÇAS, VOL. 9, NÚM 3, 2011.

ECONOMETRIA I I – LÍVIA BOTELHO LINHARES

INTRODUÇÃO• O artigo tem por objetivo testar a hipótese de contágio entre os índices dos mercadosfinanceiros dos Estados Unidos, Brasil, Japão e Inglaterra para o período de 2000 a2009, visando captar o impacto da crise do Subprime.

• As medidas de dependência entre mercados financeiros são de extrema importância.

• Autoridades monetárias monitoram a dependência a fim de avaliar a possibilidade decontágio financeiro, coma finalidade de garantir a estabilidade do país.

• Com a moderna teoria de carteira de Markowitz (1987), a correlação linear entre ativospassou a assumir uma posição fundamental na construção de carreiras internacionais,sob o princípio básico de que grande parte dos distúrbios econômicos seriamidiossincráticos a cada país, de modo que mercados de diferentes países deveriam terbaixa correlação.

INTRODUÇÃO• Mas se essa correlação aumenta após um choque negativo (períodos onde há maiordemanda pela diversificação de risco), a evidência de contágio financeira passa então aser contrária à eficácia da diversificação internacional.

• O artigo testa a hipótese de contágio por meio de funções cópulas uma vez que elastomam as medidas de dependência como protagonista de seus corpos teóricos.

• O teste desta hipótese consiste na identificação dos canais de transmissãointernacional de choque, e da intensidade desta transmissão.

• Neste artigo o contágio será interpretado como um aumento significativo das conexõesentre mercados após o choque em um país específico.

CONTÁGIO FINANCEIRO• A literatura sobre contágio desenvolveu-se a partir das crises financeiras da década de90, que se espalharam para os países emergentes.

• Dos 147 estudos sobre contágio publicados entre 1969 e 2000, apenas 17 eram deépocas anteriores a 1990.

• Existem trabalhos sobre contágio aplicados à crise do México (1995), crise asiática(1997), crise russa (1998), desvalorização do Real (1999), crise dotcom (2000), criseargentina (2001), e a crise do subprime (2007).

• Embora o fenômeno tenha se iniciado a partir de crises financeiras em mercadosemergentes, não se restringe apenas a eles. Existem também estudos de contágio empaíses desenvolvidos. Ex: crise do Exchange Rate Mecanism na Europa, em 1992.

CONTÁGIO FINANCEIRODEFINIÇÕES DE CONTÁGIO FINANCEIRO

• Não existe uma concordância clara em relação à definição de contágio.

• Rigobon (2002): crises econômicas em fase inicial podem propagar-se para outros países pormeio do aumento das conexões entre os países envolvidos.

• Pericoli e Sbracia (2003): contágio é um aumento significante na probabilidade de crise em umpaís, condicional à crise em outro país. Qualquer corpo teórico sobre contágio deve ser capaz deidentificar quais são os canais de transmissão internacional do choque e verificar se são estáveis,se há descontinuidades, se estão ativos apenas em períodos de crise, etc.

• Rigobon agrupa as definições em duas classes: Shift contagion: engloba todas definições relacionadas a aumentos significativos dos mecanismos de

propagação de choques entre países. Nestas, as transmissões de choques durante períodos deestabilidade econômicas são admitidas como um canal estável de propagação. Logo, havendo aumentode intensidade na transmissão dos choques durante os períodos de crise econômica em relação aosperíodos de estabilidade, esse aumento pode ser considerado contágio.

CONTÁGIO FINANCEIRODEFINIÇÕES DE CONTÁGIO FINANCEIRO Shift contagion: as relações entre mercados podem ser mensuradas por diversas estatísticas como a

correlação entre os retornos de ativos financeiros, a probabilidade de um ataque especulativo e atransmissão de choques ou volatilidade.

Contágio puro: Considera como contágio apenas os choques que não são transmitidos pelos canaispadrões de transmissão (ex: relações comerciais), e que não podem ser explicados pelos fundamentoseconômicos.

• Desvantagem do contágio puro: se algum canal de transmissão relevante não for consideradonas especificações, as conclusões serão viesadas.

• Vantagem do shift contagion: não necessita explicar o canal de transmissão do choque. Isso ébom porque, empiricamente, não é possível observar todos os canais de transmissão.

• Limitações do shift contagion: exige um ponto de referência para o que seria o nível padrão(normal) de dependência do entre mercados; aplicável apenas no sentido afirmativo, a ausênciade mudanças dos canais de transmissão não pode ser considerada evidência de inexistência decontágio

INTRODUÇÃO A CÓPULAS• Cópulas são distribuições conjuntas cujas distribuições marginais são uniformes no intervalo (0; 1).

• A teoria de cópulas está diretamente ligada à teoria de modelagem de distribuições multivariadas eao conceito de dependência. Então toda distribuição multivariada possui informações sobre asdistribuições marginais e sobre as relações de dependência entre as variáveis.

• A modelagem da distribuição multivariada por cópulas permite isolar dessa estrutura dedependência a estrutura das distribuições marginais, permitindo uma modelagem das distribuiçõesmultivariadas do “específico para o geral”.

• Pelo Teorema de Sklar (1959), é possível obter a distribuição conjunta de um vetor de variáveis apartir da função cópula e das transformações das variáveis em suas respectivas distribuiçõesmarginais uniformes, como segue:

INTRODUÇÃO A CÓPULAS• O isolamento das informações contidas nas distribuições marginais é obtido pela transformaçãointegral de probabilidade, também conhecida como transformação quantílica.

• A transformação integral de probabilidade garante que as variáveis aleatórias U1 e U2, definidascomo Ui=Fi (Yi), distribuam-se uniformemente no intervalo unitário (0, 1).

• Pelo Teorema de Sklar e pela definição da função densidade de probabilidade temos que:

c (·) é a função de densidade cópula

• Assim, a função cópula contém informações, sobre a distribuição conjunta, que não estãopresentes nas distribuições marginais.

• Ao converter-se, por meio da transformação quantílica as variáveis Y1 e Y2 em variáveisuniformes, a informação das distribuições marginais será filtrada, posto que U1 e U2 serãouniformes (0, 1), independente de F1 e F2. Por essa razão a função cópula também é conhecidacomo função de dependência.

INTRODUÇÃO A CÓPULASFUNÇÕES CÓPULAS: CÓPULA GAUSSIANA

• Supondo Y1 e Y2 duas variáveis que se distribuem conjuntamente como uma distribuiçãogaussiana bivariada, com coeficiente de correlação o linear ρ:

• As distribuições marginais serão distribuições gaussianas univariadas

• Então, pela transformação quantílica:

• A representação da cópula gaussiana é dada por

• A cópula gaussiana é, portanto, a função de dependência associada a uma normal bivariada.

• À medida que o coeficiente de correlação linear se aproxima dos limites de seu domínio, a dispersão das variáveis uniformes u1 e u2 no quadrado unitário diminui.

INTRODUÇÃO A CÓPULASFUNÇÕES CÓPULAS: CÓPULA SJC

• Cópula Joe-Clayton é construída a partir da transformação de La Place da cópula Clayton:

onde k>= 1 e ϒ > 0.

• Uma propriedade útil dessa função é o fato de que k e ϒ são diretamente relacionados com asdependências das caudas, sendo Ϯu e ϮL as dependências da cauda superior e inferior.

• Assim, a cópula JC, por ser parametrizada por medidas de dependência da cauda, é maisadequada para modelar eventos extremos positivos e negativos.

INTRODUÇÃO A CÓPULASFUNÇÕES CÓPULAS: CÓPULA SJC

• Mesmo que os índices de cauda superior e inferior sejam idênticos, haverá uma assimetria nacópula JC. Para corrigir tal assimetria, foi proposta a especificação alternativa denominadacópula JC simétrica (SJC):

• A cópula SJC é, portanto, uma modificação da cópula JC para que ela seja simétrica toda vez queϮu = ϮL.

• A vantagem dela sobre uma cópula com dependências de cauda simétrica (e.g. cópula t-student) é justamente permitir que a simetria seja um caso especial.

INTRODUÇÃO A CÓPULASMÉTODOS DE ESTIMAÇÃO

• A principal metodologia de estimação utilizada é o método da máxima verossimilhança

• Dada uma amostra aleatória de duas variáveis de interesse, pelo Teorema de Sklar, adistribuição conjunta dessas variáveis é descrita por C(F1 (y1,t) , F2 (y2,t)) e a função log-verossimilhança é obtida a partir da equação CJC é dada por:

• Ѳ é um vetor de parâmetros que inclui os parâmetros da cópula e das distribuições marginais.

INTRODUÇÃO A CÓPULASMÉTODOS DE ESTIMAÇÃO

• O artigo utiliza a abordagem da Máxima Verossimilhança Canônica, que independe de hipótesessobre as distribuições das marginais para estimar os parâmetros Ѳc da função cópula.

• A transformação das observações (y1t, y2t) em variáveis uniformes (u1t, u2t) é feita utilizandoas funções de distribuições empíricas FTj (y): ǁ(.) é uma função indicadora

• Após a transformação os parâmetros da cópula são determinados por

• Ѳc é chamado de estimador Omnibus ou pseudo estimador de verossimilhança.

MEDIDAS DE DEPENDÊNCIA• Duas métricas de associação que definem duas classes de medida de dependência: Métrica da concordância: correlação Spearman e tau de Kendall

Métrica da dependência: dependência quantílica e dependência de caudas.

• O coeficiente de correlação linear é frequentemente usado como medida de dependência linearentre duas variáveis, mas ele apresenta várias deficiências e as variáveis precisam atender avários requisitos para que ele seja uma medida de concordância.

• Uma medida que se destaca é a dependência de caudas.

• Seja U1, U2 duas variáveis aleatórias distribuídas uniformemente no intervalo unitário (0, 1), adependência das caudas é definida como o limite das dependências quantílicas, com o limiar udirecionando-se aos extremos zero (no caso de dependência da cauda inferior) ou 1(dependência da cauda superior).

MEDIDAS DE DEPENDÊNCIA• As medidas de dependência das caudas Ϯu e ϮL podem ser obtidas diretamente a partir da funçãocópula C, onde:

• Assim se Ϯu E (0, 1], a cópula C apresenta dependência na cauda superior e C não terá dependênciana cauda superior se Ϯu = 0.

• Similarmente, se ϮL E (0, 1], a cópula C possui dependência na cauda inferior e, para ϮL = 0, a cópulaC não tem dependência na cauda inferior.

• No caso em que ϮU e ϮL = 0, as variáveis são assintoticamente independentes nas caudas superior einferior.

CÓPULAS CONDICIONAIS E VARIANTES NO TEMPO• A modelagem de contágio com cópulas foi feita através da teoria de cópulas condicionais.

• Sejam Y1,t e Y2,t duas variáveis aleatórias que representam dois retornos para o período t e,F1,t (Y1,t| Ω t−1) e F2,t (Y2, t| Ω t−1) suas respectivas funções de distribuição marginaiscondicionais ao conjunto de informação t−1 gerado até o período t− 1.

• A extensão do Teorema de Sklar para o caso condicional assegura que uma distribuiçãoconjunta condicional ao conjunto de informação t−1 das variáveis estudadas, pode serdecomposta nas respectivas funções de distribuição marginais condicional ao conjunto deinformação t−1 e em uma função cópula também condicionada ao conjunto t−1, ou seja:

• Tanto as distribuições marginais como a função cópula, devem ser condicionadas ao mesmoconjunto de informações Ω.

• No contexto da teoria de contágio, equivale a dizer que a quebra estrutural deve sercondicionada a todas as distribuições marginais, além da cópula.

CÓPULAS CONDICIONAIS E VARIANTES NO TEMPO• Cópulas condicionais possuem as mesmas propriedades que as cópulas incondicionais.

• A modelagem da distribuição conjunta condicional permite extrair, além da média e variânciacondicional, outras diversas medidas de dependência que são objeto de estudo na teoria decontágio, (correlações, dependência de caudas).

• Para modelar a transformação variante no tempo, assumiu-se que a forma funcional da funçãocópula permaneceu constante ao longo do tempo, enquanto que o seu parâmetro dedependência variou de acordo com uma função paramétrica de transformações das observaçõesdefasadas mais um termo auto-regressivo.

• Na cópula SJC, a equação de evolução utilizada para a dependência da cauda é:

• é uma transformação logística usada para que o parâmetro dedependência permaneça no intervalo (0, 1).

CÓPULAS CONDICIONAIS E VARIANTES NO TEMPO• Por essa especificação, pode-se perceber que o parâmetro de dependência segue, um processoARMA(1, n), onde o termo auto-regressivo Ϯt−1 captura uma parte da persistência do parâmetrode dependência e os parâmetros restantes capturam certa variação na dependência. Oparâmetro n, que representa o tamanho da janela, pode ser interpretado como um parâmetrosuavizador.

• Para a cópula gaussiana, utilizou-se um critério similar. A equação de evolução utilizada para acorrelação linear é:

• é uma equação logística modificada (transformação de Fisher), usadapara estabilizar a variância do coeficiente de correlação linear e permitir que ρt permaneça, emtodo os períodos, no intervalo (−1,+1).

• O parâmetro de dependência segue um processo ARMA(1, n), com um termo auto-regressivoρt−1 para captar uma parte da persistência e os parâmetros restantes capturando certavariação na dependência.

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIRODADOS

• Índices que representam quatro mercados distintos: IBOVESPA (IBOV) para a América Latina,Standart & Poors 500 (SP500) para a América do Norte, o Financial Times Stock Exchange (FTSE) deLondres para o mercado europeu e NIKKEI 225 para o mercado asiático.

• Período dos dados: 04/01/2000 a 30/12/2009.

• 2.607 observações para todos os índices (após ajustes).

• Os retornos de NIKK foram utilizados em t+1 devido ao fato de que, por causa do fuso horário, aBolsa de Tóquio está virtualmente 1 dia à frente dos negócios realizados no Brasil, Londres e USA.

• Os retornos dos índices foram computados de forma logarítmica, por meio da diferença de logs, ouseja, rit = ln [It/It−1] × 100, onde It representa o fechamento diário do índice i no período t.

• O período de estabilidade compreende observações entre o início de 2000 e o fim de 2006, e operíodo de crise com as observações entre o início de 2007 e o fim de 2009.

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DOS RETORNOS

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DOS RETORNOS

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS DISTRIBUIÇÕES MARGINAIS

• A distribuição marginal de cada retorno foi parametrizada de acordo com os modelos ARMA(m,n) − GARCH(p, q), para i = IBOV, SP500, FTSE, NIKKEI:

• L é o operador de defasagem, e ψ (L), Ѳ(L), α(L) e β (L) são os polinômios de defasagem com asrespectivas ordens m, n, q e p. Uma vez que a estimação dos parâmetros foi feita pelo métodode máxima verossimilhança, foi necessário fazer hipóteses adicionais sobre a distribuição doprocesso de inovação zt.

• Dado que as estatísticas descritivas dos retornos apresentaram indícios de assimetria e excessode curtose, foram utilizadas, além da distribuição normal, a t-Student e t-Student assimétrica. Deacordo com o critério de informação BIC, a que melhor se ajustou foi a t-Student assimérica.

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS DISTRIBUIÇÕES MARGINAIS

• Entretanto, o efeito alavancagem, fato estilizado presente nas séries financeiras, não é captadopor nenhuma das duas densidades.

• De acordo com a significância dos parâmetros estimados, os diagnósticos dos resíduos (testeBox-Pierce e teste LM) e o critério de informação BIC, as especificações escolhidas dasdistribuições marginais dos retornos foram: ARMA(0,0) st-GARCH(1,2) para o IBOVESPA,ARMA(1,0) st-GARCH(1,2) para o S&P500, ARMA(1,0) st-GARCH(1,1) para o FTSE e ARMA(0,0) st-GARCH(1,2) para o índice NIKKEI.

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS CÓPULAS

• Após a modelagem das estruturas da média e da variância das distribuições marginaispelos modelos ARMA-GARCH, os resíduos padronizados foram transformados emobservações uniformes u1,t e u2,t por meio da função empírica de distribuição. Aspseudo-observações resultantes foram utilizadas para estimar os parâmetrosdesconhecidos das funções cópulas.

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS CÓPULAS: CÓPULA GAUSSIANA

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS CÓPULAS: CÓPULA GAUSSIANA

• Para analisar a presença de contágio entre os índices, a cópula gaussiana foi reestimada com apresença de quebras estruturais (dummies ϒ), segregando períodos de pré-crise e crise, nosparâmetros que governam a evolução de ρt.

• Testar a hipótese de contágio financeiro implica em analisar se essas variáveis são significantes,o que representaria uma intensificação do canal de transmissão de choques durante o períodode crise

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS CÓPULAS: CÓPULA GAUSSIANA

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS CÓPULAS: CÓPULA SJC

• Para analisar a presença de contágio financeiro foi utilizado o mesmo princípio das cópulasgaussianas. Para as três possíveis combinações, a cópula SJC foi re-estimada com a presença dequebras estruturais, dummies segregando os períodos, nos parâmetros que governam aevolução dos índices de cauda, a fim de averiguar se houve uma mudança do processo nos doisperíodos.

TESTANDO A HIPÓTESE DE CONTÁGIO FINANCEIROMODELOS PARA AS CÓPULAS: CÓPULA SJC

CONCLUSÃO• Os resultados encontrados para cópula gaussiana apontam a presença de contágio no mercadobrasileiro, sob um completa intensificação dos canais de transmissão durante o período de crise, ealgum efeito significante sobre o mercados de Londres. Esta cópula não apresentou sinais de contágiono mercado japonês, indicando uma ausência de alteração do canal de transmissão de choquesdurante o período de crise.

• Os resultados encontrados para cópula SJC exibiram sinais de contágio entre o mercado americano ebrasileiro, nos ambientes de eventos extremos positivos e negativos. Para os outros dois mercados,londrino e japonês, as evidências da presença de contágio não mostraram-se suficientemente claras.

• A cópula SJC não apresentou sinais de contágio sob eventos extremos positivos para estes doisúltimos mercados. No que se refere-se a dependência durante eventos extremos negativos, a cópulaSJC indicou sinais de contágio para ambos os mercados londrino e japonês, encontrando umdeslocamento positivo e significante.

• A estrutura de dependência condicional entre IBOVESPA e S&P500 mostrou claras evidências decontágio financeiro em ambos modelos.