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Modelagem Matem´ atica de Sistemas 1. + de modelagem com Circuitos El´ etricos 2. Sistem´ atica para Obten¸ ao de Equa¸ c˜oes de Estado c Reinaldo M. Palhares pag.1 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

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Modelagem Matematica de Sistemas

1. + de modelagem com Circuitos Eletricos

2. Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

c©Reinaldo M. Palharespag.1 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Descricao Matematica de Sistemas

Exemplo – Circuito eletrico

u(t)

R

i

LC1

C2

v1(t)

v2(t)+

+ ++

−−

−y(t)

B Um bipolo (dispositivo contendo 2 terminais condutores) se caracteriza pela

relacao tensao-corrente

c©Reinaldo M. Palharespag.2 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Circuito eletrico

B Resistor, Capacitor e Indutor lineares (convencao de receptor):

iRiC

iL

++ +

−−

vRvC vLR L

C

vR = RiR vL = LdiL

dtiC = C

dvC

dt

c©Reinaldo M. Palharespag.3 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Circuito eletrico

Fontes de Tensao e de Corrente (convencao de gerador):

ii

v v

+

+

+

uv(t) ui(t)

v = uv(t) i = ui(t)

c©Reinaldo M. Palharespag.4 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Circuito eletrico

Convencao – em geral, a convencao de receptor e utilizada para os bipolos passivos e a

de gerador para as fontes

No: Um ponto de ligacao entre 2 ou mais bipolos

I Lei das Correntes ou 1a Lei de Kirchhoff: a soma algebrica das correntes que saem

de um no e nula

Laco: Qualquer percurso fechado formado por bipolos que nao passe duas vezes pelo

mesmo no

I Lei das Tensoes ou 2a Lei de Kirchhoff: a soma algebrica das tensoes nos bipolos

pertencentes a um laco e nula

à Em um circuito com b bipolos e n nos tem-se 2b variaveis (tensoes e correntes nos

bipolos)

c©Reinaldo M. Palharespag.5 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Circuito eletrico

u(t)

R

i = C2v2

(u − v1)/R

C1v1

L

N

C1

C2

v1

v2

+

+

++

y = vL = Ldi

dt

I No N:u − v1

R= C1v1 + C2v2 = C1v1 + i

I Laco da direita: v1 = v2 + Ldi

dt

c©Reinaldo M. Palharespag.6 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Circuito eletrico

I Definindo x1 = v1, x2 = v2 e x3 = i obtem-se as equacoes de estado:

x1 = −1

RC1

x1 −1

C1

x3 + 1RC1

u

x2 = 1C2

x3

x3 = 1L(x1 − x2)

Equacao de saıda: y = Lx3 = x1 − x2

x =

−1/RC1 0 −1/C1

0 0 1/C2

1/L −1/L 0

x +

1/RC1

0

0

u

y =[

1 −1 0]

x

c©Reinaldo M. Palharespag.7 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Grafo Conexo: Grafo no qual existe sempre um caminho constituıdo por ramos

entre dois nos quaisquer

1 2

4

3

5

2

31 4 5

Grafo Conexo

1 2

4

3

5

2

31 4 5

Grafo Nao Conexo

Subgrafo: conjunto qualquer de ramos e nos de um grafo

Corte: conjuntos de ramos que, eliminados, deixam dois subgrafos conexos

c©Reinaldo M. Palharespag.8 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Laco: caminho fechado formado por ramos e nao passando mais de uma vez por

nenhum no

Arvore: subgrafo conexo contendo todos os nos do grafo e nenhum laco.

Escolhida uma arvore para um grafo, os demais ramos (nao pertencentes a arvore)

sao chamados de ramos de ligacao

Corte Fundamental: constituıdo por um unico ramo da arvore e ramos de

ligacao

Laco Fundamental: constituıdo por um unico ramo de ligacao e ramos da

arvore

c©Reinaldo M. Palharespag.9 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Exemplo

R2

R1

0

1 2 3

C

L

+−

e(t)

Grafo:

1 2

34

5

1 2 3

0

c©Reinaldo M. Palharespag.10 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Arvores:

2

3

5

1 2 3

0

1 2

4

1 2 3

0

Lacos:

1 2

4

5

1 2 3

0

34

3

0

c©Reinaldo M. Palharespag.11 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Arvore Propria: e uma arvore com todos os capacitores e fontes de tensao do

circuito, sem indutores e sem fontes de corrente

e(t)

R1

R2

i

L

C++

v

1

4

5

1 2 3

0

B Cada capacitor define um corte fundamental, constituıdo pelo capacitor e por

ramos de ligacao

B Cada indutor define um laco fundamental, constituıdo pelo indutor e ramos da

arvore

c©Reinaldo M. Palharespag.12 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

I Partindo de cada capacitor e do corte fundamental apropriado (que nao inclui

fontes de tensao – pois a ideia e escrever equacao de correntes), obtem-se

Corte Fundamental

2

34

2 3

0

i = Cv +v

R2

c©Reinaldo M. Palharespag.13 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

I Partindo de cada indutor e do laco fundamental apropriado (que nao inclui

fontes de corrente – pois a ideia e escrever equacao de tensoes), obtem-se:

Laco Fundamental

1 2

4

5

1 2 3

0

e(t) = R1i + Ldi

dt+ v

B As equacoes de estado sao obtidas a partir das equacoes de correntes para os

cortes fundamentais e das equacoes de tensoes para os lacos fundamentais...

c©Reinaldo M. Palharespag.14 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Exemplo

rep

R

2RCC+++

L

−−

x

v1 v2e(t)

Arvore Propria:

c©Reinaldo M. Palharespag.15 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Cortes Fundamentais:

e(t) − v1

R= C

dv1

dt+ x , x = C

dv2

dt+

v2

2R

Laco Fundamental:

v1 = Lx + v2 (nao tem fonte de tensao...)

c©Reinaldo M. Palharespag.16 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Exemplo

e(t)

R

R

R

R

i

L C

+

+−

viR

Arvore Propria:

c©Reinaldo M. Palharespag.17 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Corte Fundamental:

i +L

R

di

dt= Cv

︸ ︷︷ ︸

corrente iRC em RC

+v + RCv

R︸ ︷︷ ︸

corrente so em R: v

R+

RiRC

R

c©Reinaldo M. Palharespag.18 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Laco Fundamental:

e(t) = RiR + Ldi

dt+ v + RCv

As equacoes obtidas dependem da corrente iR (que nao e variavel de estado).

Uma equacao auxiliar e necessaria...

c©Reinaldo M. Palharespag.19 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Equacao Auxiliar: Equacao de correntes para o corte fundamental definido pelo resistor

(se este estiver na arvore propria) ou equacao das tensoes para o laco fundamental

definido pelo resistor (se for um ramo de ligacao)

Corte Fundamental: ⇒ iR =L

R

di

dt+ i

Equacoes de Estado:

8

>

>

>

<

>

>

>

:

RCv + v + 2Ldi

dt+ Ri = e(t)

2RCv + v − Ri − Ldi

dt= 0

c©Reinaldo M. Palharespag.20 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Passando para a forma padrao (isolando os termos com derivada – v e didt

)

dv

dt= −

3

5RCv +

1

5Ci +

1

5RCe(t)

di

dt= −

1

5Lv −

3R

5Li +

2

5Le(t)

Definindo-se x ,

v

i

e a saıda y(t) , v(t)...

c©Reinaldo M. Palharespag.21 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

x(t) =

3

5RC

1

5C

1

5L−

3R

5L

︸ ︷︷ ︸

A

x(t) +

1

5RC

2

5L

︸ ︷︷ ︸

B

e(t)

y(t) =[

1 0]

︸ ︷︷ ︸

C

x(t)

Para R = L = C = 1,

A =

−0.6 0.2

−0.2 −0.6

, B =

0.2

0.4

c©Reinaldo M. Palharespag.22 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

Descricao por Funcao de Transferencia

B T (s) = C (sI − A)−1

B + D. Calculando (sI − A)−1

:

s + 0.6 −0.2

0.2 s + 0.6

−1

=1

s2 + 1.2s + 0.4

s + 0.6 0.2

−0.2 s + 0.6

T (s) =[

1 0]

s + 0.6

s2 + 1.2s + 0.4

0.2

s2 + 1.2s + 0.4

−0.2

s2 + 1.2s + 0.4

s + 0.6

s2 + 1.2s + 0.4

0.2

0.4

c©Reinaldo M. Palharespag.23 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

Sistematica para Obtencao de Equacoes de Estado

T (s) =[

1 0]

0.2s + 0.2

s2 + 1.2s + 0.4

0.4s + 0.2

s2 + 1.2s + 0.4

=0.2s + 0.2

s2 + 1.2s + 0.4,

N(s)

D(s)

B Veja que:

0.2s + 0.2

s2 + 1.2s + 0.4e a FT de e(t) para a saıda igual a v(t)

0.4s + 0.2

s2 + 1.2s + 0.4e a FT de e(t) para a saıda igual a i(t)

c©Reinaldo M. Palharespag.24 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

MATLAB

A=[-0.6 0.2; -0.2 -0.6]; B= [0.2;0.4]; C=[1 0];

>> sys=ss(A,B,C,0)

a =

x1 x2

x1 -0.6 0.2

x2 -0.2 -0.6

b =

u1

x1 0.2

x2 0.4

c =

x1 x2

y1 1 0

d =

u1

y1 0

c©Reinaldo M. Palharespag.25 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

MATLAB

>> FT=tf(sys)

Transfer function:

0.2 s + 0.2

-----------------

s^2 + 1.2 s + 0.4

I Suponha que v(t) e i(t) sejam medidos... Apenas C se modifica

C=eye(2);

>> sys=ss(A,B,C,[0; 0])

a =

x1 x2

x1 -0.6 0.2

x2 -0.2 -0.6

b =

u1

x1 0.2

x2 0.4

c =

c©Reinaldo M. Palharespag.26 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4

MATLAB

x1 x2

y1 1 0

y2 0 1

d =

u1

y1 0

y2 0

>> FT=tf(sys)

Transfer function from input to output...

0.2 s + 0.2

#1: -----------------

s^2 + 1.2 s + 0.4

0.4 s + 0.2

#2: -----------------

s^2 + 1.2 s + 0.4

c©Reinaldo M. Palharespag.27 Teoria de Sistemas Lineares – Aula 4