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Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU, USP (Procam, Poli, Fsp), APTA (IEA, Pesca, IAC), Instituto Polis, UNICAMP (IEA/NEA), IIE

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Page 1: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na

Região Metropolitana de São PauloRaphaèle Ducrot

UMR G_EAU, USP (Procam, Poli, Fsp), APTA (IEA, Pesca, IAC), Instituto Polis, UNICAMP (IEA/NEA), IIE

Page 2: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Plataforma multi-atores : lugar de encontro o de confronto ?

LUGAR DE ENCONTRO

Os advogados do dialogo

Racionalidade comunicativa

LUGAR DE CONFRONTO

Os advogados da realidade

Os acordos como resulta de luta de poder

Os grupos mais débil so perder a participar

Papel do modelo no processo multi-ator ?

Como as diferencias de poder esta tomada em conta ? Conseqüências para os mais vulneráveis ?

Page 3: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Contexto

Os jogos Negowat : princípios

AguAloca : apresentação e resultados

Teraguas : apresentação e resultados

Aspectos metodológicas : lições aprendidas

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A RMSP

•18 milhões de habitantes, 39 municipalidades•10 % da população brasileira, 1% do território

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A Bacia do Alto-Tietê

•5985 km², 74 % da superfície RMSP, 99 % da sua população

•1 Comitê de bacia, 5 sub-Comitê, 1 agencia de bacia

•50 % da água potável consumida na RMSP esta captada na bacia (30 m3/s)

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O desafio : A preservação da qualidade

Crescimento populacional 1961-1990

•Saneamento insuficiente na periferia

• gestão multi-reservatorios e conflito de alocação

Areas de proteção aos mananciais

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A governança da água e solo

70’s : legislação normativa– Áreas de proteção aos mananciais

– Classificação dos cursos de água

90’s : implementação de plataforma multi-atores / água– Comitê de bacia e sub-comitês

2000 : Articulação com a gestão do solo

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Questão de pesquisa

Qual pode ser a contribuição da abordagem de modelagem de acompanhamento para facilitar os processos de concertaçães negociações sobre água/solo num contexto peri-urbano ? caracterizado por – Heterogeneidade extrema dos atores (poder, saber,

informação, organização)

– Tamanho da população considerada– A complexidade dos processos ambientais em

jogo (quantidade/qualidade, peri-urbano, multi-usos, multi-reservatorios)

– Institucionalização da gestão .– Gestão multi-level

Page 9: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Contexto

As intervenções Negowat : princípios

AguAloca : apresentação e resultados

Teraguas : apresentação e resultados

Aspectos metodológicas : lições aprendidas

Page 10: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Dois processos e intervenções diferentes

Processo Teraguas Processo AguAloca

Objetivo Negociações sobre planejamento do uso do solo e desenvolvimento de infra-estrutura de água/saneamento

Negociações sobre gestão das alocações de água à nível de bacias peri-urbana integrando agricultura.

Escala Municipalidades/bairros Bacia hidrológica

Dinâmicas Dinâmicas fundiárias e urbanas em área de proteção aos mananciais e impacto na qualidade das águas

Praticas de alocações entre usos e impacto quantidade/qualidade nos recursos hídricos

Publico Micro-local: comunidades

Local: municipalidade/Sabesp

Micro-local: agricultura

Regional /Local: Sub-comitê

Intervenção 5 à 6 oficinas sendo penúltima o jogo computadorizado Ter’Aguas

Um jogo sozinho

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Jogo computadorizado

Impacto das decisões individuais nas dinâmicas biofísicas e resultado “global”

Recordação da sessão e uso do debriefing

Jogo distribuído com um computador só

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Desenvolvimento dos jogos

I . Decisões individuais / bilaterais

II . Fase coletiva

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Modelo computacional : base multi-agente

Representação dos fluxos de água em quantidade e qualidade– Modelo de alocação e

vazão/chuva padrão– Modelo sobre Cargas

difusas de fósforo

Representação das dinâmicas populacionais– Chegada e instalação de

migrantes na região

Calculo de indicadores socio-economicos– Taxa de cobertura água– Taxa desemprego

municipal – Receita municipal– Caixa dos jogadores

Aspectos legais

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Contexto

Os jogos Negowat : princípios

AguAloca : apresentação e resultados

Teraguas : apresentação e resultados

Aspectos metodológicas : lições aprendidas

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AGUALOCA

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Resultados AguAloca Implementação

Princípios : – Grupo focal– Mobilização dos atores pelo

membros do grupo focal

Implementação

Grupo implementação/

Sub-Comitê

Engenheiros Sabesp

Agencia da bacia / Comitê do l’Alto

Tietê

Teste 1 1

Jogo 1 1

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resultados AguAloca

Significado concreto Gestão coletiva

integrada

Papel agricultura

Importância dos aspectos qualitativos

Aprendizagem dos atores

Fundo de financiamento

apontandodeficiências

do comitê

Técnicas de

negociação

Simulação avançada

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LimitesImplementação

Abordagem normativa

do planejamento

Modelo simple

de propósitoDinâmicas fundiárias

e populacional

Papel do planejamento dodo uso do solo na

gestão de bacia

Algumas

frustrações

Articulação

Ter’Aguas ???

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Resultados de longo prazo

Sensibilização aos diferentes atores, interesses e ações

Modelo explicativo da gestão integrada de recursos hídricos a nível de bacia hidrográfica : das interdependências

Sensibilização a complexidade dos impactos de tomada de decisão => cenários e trajetórias de desenvolvimento

Apprentissagem “tecnical “ individual

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Relação entre especialista de computação e equipe de implementação ?

Mobilização de certos segmentos e grupos de interes ?

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TeraguasProcesso Teraguas

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Processo Teraguas

Teste (Jogo só)

Processo completo

Grupo Focal Paralheiros 2

Embu-Guaçu (plano diretor) 1

Jardim Oriental (conflito saneamento) 1

Sub-comitê Guarapiranga 1

Engenheiros Sabesp 2

Modelagem de acompanhamento em 6/7 etapas para preparar os atores locais as

negociações e concertações sobre os aspectos (conflitos) ligados ao planejamento local do uso do sol em áreas de proteção aos

mananciais

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As diferentes etapas do processo TerAguas1. Mapeamento recursos no bairro -

2. Histórico / bairro e noções de dinâmicas

3. Reconstituição dos mecanismos das dinâmicas (fundiário/mudança de uso)

4. Mapeamento dos atores e ações

5. Dramatização rápida

7. Voltando ao real: planejamento estratégia de negociação

6. Jogo de papel TerAguas com atores

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Primeiros resultados na Guarapiranga

Aprendizagens individuais (impacto das decisões sobre atores e recursos, papel e responsabilidade dos atores, interesses e posições, discussões e experimentações de novas modalidades de interação)

Aproximação do setor publico – Sabesp- representantes locais Ampliação das perspectivas e possibilidades (atitudes, relações, possibilidade de negociações)

Dificuldade de mobilização de certos setoresPedida de formalização/difusão da metodologia (ONG/técnicos, representantes)

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O jogo com o sub-comitê : discussões muito afastadas das

preocupações locais

Expectativa : reflexão sobre a implementação da Lei Especifica de Guarapiranga

Atores locais Sous-comité

-Regularização fundiária f vs acesso infra-estrutura e saneamento - papel mercado fundiário

- Papel setor empresarial

- Foco na fiscalização

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Aprendizagem de longo prazo

Para comunidade : Da reivindicação para negociação– Atitude mais pro-ativa

frente a atores institucionais

– Do local ao regional

Para atores institucionais– Atitude um pouco menos

top-down

Para todos : diversidade de interesses e papeis, qualidade de escuta

Page 27: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Contexto

Os jogos Negowat : princípios

AguAloca : apresentação e resultados

Teraguas : apresentação e resultados

Aspectos metodológicas : lições aprendidas

Page 28: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Questões levantadas pela abordagem metodológica

Jogos como produtos coletivos e plataforma de intercambio e de aprendizagem coletiva da equipe de elaboração

Simulação e mundo virtual como base de discussão :

papel do trabalho de elaboração participativo e fase previa aos jogos

Jogos computarizados : caixa preta possível e falta de flexibilidade

Jogo computadorizado para publico não alfabetizado ? Custo de transação na elaboração Esquematização vs aproximação realidadeImplementação pesada.

Participação indireita dos atores na elaboração das ferramentas.

Vários jogo para diferentes objetivos

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Esquematização vs aproximação da realidade

REALIDADE PERCEBIDA PELO PARTICIPANTE

JdP

JdP

JdP

Conflitos reais bloqueiam o jogo

Ideal para conseguir discussão e empatia

Perde eficiência

Apenas ferramenta pedagógica sobre processos e diversidade de interesses

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Grupo Focal (atores)Equipe cientifica

Trabalho temático

Modelo sub-jacente do jogo

Avaliação das representações

dos atores

Testes e validaçãoSuporte do jogo

Quadro conceitual geral

Outras ferramentas

Elaboração das ferramentas : uma abordagem multidisciplinar e participativa :

exemplo Ter’Aguas

Page 31: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

Grupo Focal Sub-ComitéEquipe cientifica

Trabalho temático

Modelo sub-Jacente do jogo

Oficina agricultores – agricultura e qualidade ambiental

Discussões individuais

Suporte de jogo

Quadro conceitual geral

Elaboração das ferramentas : exemplo Agualoca

Groupe Focal Agricultores

Discussões validação

Testes e validação

Implementação Implementação

Page 32: Modelagem de acompanhamento e capacitação sobre negociação para gestão da qualidade da água na Região Metropolitana de São Paulo Raphaèle Ducrot UMR G_EAU,

De JogoMan a Ter’Aguas : importância do modelo conceitual

•1 modelisador

•Revisão literatura

Um importante erro conceitual

Simplificação

JOGOMAN

TER’AGUAS

Modelo conceitual JogoMan

Novo modelo conceitual

Novo jogo

sessão

Alguns

código

s

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Jogos e ferramentas computadorizados ou não ?

As chaves do sucesso:

(1) Proximidade das tarefas com as representações dos

atores

(2) Aspecto lúdico

(3) Qualidade da facilitação

(4) Trabalho participativo prévio

(5) situação virtual/real

Atenção ao tempo de implementação: informática e expertise informática

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Flexibilidade / inflexibilidade

Base informática => rigidez ao jogo : limita criatividade dos jogadores

Papel do desenvolvimento participativo e dos testes :

3 possibilidades ! a. Dar um jeitinho : presença do conceptualizador informática

b. Adicionar possibilidades no modelo mesmo– Exemplo de Ter’Aguas– Atenção a complexificação do modelo !– Adaptação posterior em função das escolhas iniciais /

reatividade ?

c. Combinar elementos informatizados e não informatizados– Exemplo dos pontos no AguAloca

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Os suportes dos jogos : interfaces mais o menos sofisticados

A qualidade dos suporte AguAloca como interface

de discussão

Ter’Aguas : facilitação necessária para intermediação

com computador

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Jogo de papeis como modelo de simulação

POTENCIALIDADE

Facilidade de entendimento do funcionamento (MODELO)

Melhor entendimento dos processos de relações e de decisões coletivas (PAPEL)

Construção de empatia e relações entre atores (JOGO)

Abrir oportunidades para soluções innovativas (SIMULAÇÃO)

LIMITES

Lento : 4/5 horas – 3/4 rodadas !

Um cenário testado só

Um tipo de cenário de gestão e interação testado so

Aproximação da realidade

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Obrigada !!!