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MISSÃO INTEGRAL MISSÃO INTEGRAL Lição 3 Lição 3 TIVE FOME E....DAÍ? Leitura da Semana: Segunda – Dt. 24:5-22 Quarta – Is. 58 Sexta – Lc. 14:7-14 Domingo – Ap. 3 Terça – Sl. 72 Quinta – Lc. 4:16-30 Sábado – Tg. 2 Introdução Porque os pentecostais, em geral, tem maior quantidade de pessoas em suas igrejas do que os tradicionais? ___________________________ ___________________________ ___________________________ _______________ Essa pergunta não pode ser respondida de maneira simplista para que não incorramos em erro, mas uma das causas é que os pentecostais estão mais ligados às pessoas mais pobres do que os tradicionais. E você me pergunta: o que é que isso tem a ver, pois Deus não faz acepção de pessoas? Ele não faz acepção, mas tem especial cuidado com os aflitos, os desamparados, os pobres e os humildes. E isto não significa simplesmente estado de espírito, pois o Senhor Jesus, no seu ministério terreno, dedicou a grande parte dele aos pobres e o realizou entre os pobres. G. K. Chesterton, no livro O Homem Eterno escreveu: No nosso último estudo sobre Missão Integral, vamos estudar a realidade (ou não) do evangelho aos pobres. Base Bíblica Por toda a Bíblia, enxergamos o especial cuidado de Deus para com o pobre, a viúva, o órfão, o estrangeiro, o necessitado e o oprimido. No Antigo Testamento, o Senhor veio socorrer o seu povo em Êxodo quanto este estava aflito, pobre e oprimido. E ao socorrê-lo, Jesus era “um estrangeiro sobre a terra” que compartilhava a vida errante dos mais destituídos de lar e de esperança dentre os pobres... [Ele] provavelmente seria enxotado pela polícia e quase com toda a certeza preso... por não ter meios visíveis de

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Page 1: Missão Integral 3

MISSÃO INTEGRALMISSÃO INTEGRALLição 3Lição 3

TIVE FOME E....DAÍ?

Leitura da Semana:Segunda – Dt. 24:5-22 Quarta – Is. 58 Sexta – Lc. 14:7-14 Domingo – Ap. 3Terça – Sl. 72 Quinta – Lc. 4:16-30 Sábado – Tg. 2

Introdução

Porque os pentecostais, em geral, tem maior quantidade de pessoas em suas igrejas do que os tradicionais? ________________________________________________________________________________________________

Essa pergunta não pode ser respondida de maneira simplista para que não incorramos em erro, mas uma das causas é que os pentecostais estão mais ligados às pessoas mais pobres do que os tradicionais.

E você me pergunta: o que é que isso tem a ver, pois Deus não faz acepção de pessoas? Ele não faz acepção, mas tem especial cuidado com os aflitos, os desamparados, os pobres e os humildes. E isto não significa simplesmente estado de espírito, pois o Senhor Jesus, no seu ministério terreno, dedicou a grande parte dele aos pobres e o realizou entre os pobres. G. K. Chesterton, no livro O Homem Eterno escreveu:

No nosso último estudo sobre Missão Integral, vamos estudar a realidade (ou não) do evangelho aos pobres.

Base Bíblica

Por toda a Bíblia, enxergamos o especial cuidado de Deus para com o

pobre, a viúva, o órfão, o estrangeiro, o necessitado e o oprimido.

No Antigo Testamento, o Senhor veio socorrer o seu povo em Êxodo quanto este estava aflito, pobre e oprimido. E ao socorrê-lo, foram redigidas leis de cuidado para com os pobres. Leis que declaravam que o dízimo também deveria ser para atender o pobre (Dt. 14:29; 26:12-13). Leis para emprestar livremente ao pobre e não impor juros (Dt. 15:7-11; Ex. 22:25). Leis de perdão de dívidas (Lv. 25:8-17). Leis para deixar parte da colheita para os pobres (Lv. 19:9-10; 23:22).

Do Antigo Testamento ainda podemos extrair que várias vezes Deus julgou o seu povo porque estavam oprimindo o pobre, o órfão, a viúva e o estrangeiro (Zc. 7:9-10; Am. 2:6-7; Is. 58). A misericórdia de Deus é demonstrada no seu cuidado para com os mais necessitados. O Ungido de Deus acode ao necessitado que clama e também ao aflito e ao desvalido ((Sl. 72:12). O Senhor não se esquece do clamor dos aflitos (Sl. 9:12).

A preferência de Deus para com os pobres deve-se, em última instância, ao exercício da Sua justiça. Tanto que Ele lembra que os israelitas deviam mostrar misericórdia para com os oprimidos como lembrança da sua própria escravidão no Egito (Dt. 24:17-22). Logo, o pobre, para Deus, não é simplesmente a descrição de uma pessoa sem posses, e sim, uma categoria moral, através da qual Ele mede a fidelidade do Seu povo, no tratamento

Jesus era “um estrangeiro sobre a terra” que compartilhava a vida errante dos mais destituídos de lar e de esperança dentre os pobres... [Ele] provavelmente seria enxotado pela polícia e quase com toda a certeza preso... por não ter meios visíveis de subsistência.

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que eles dão aos mesmos. Será que temos sido fiéis?

Jesus e os Pobres

Jesus fez da pregação do evangelhos aos pobres uma autenticação do seu próprio ministério (Lc. 4:18). Ele citou Isaías 61 para mostrar as marcas pelas quais o seu evangelho poderia ser conhecido. Além do mais, o Senhor Jesus declarou que os pobres estavam mais prontos para entender e aceitar o evangelho (Mt. 11:25-26). “Embora fosse o Senhor de todo o mundo, Ele preferiu crianças e pessoas ignorantes aos sábios”, disse João Calvino.

Autenticando o que já estava descrito no Antigo Testamento, Jesus recomendou parcialidade em favor dos pobres em várias ocasiões (Mt. 19:21; Lc. 12:33; 14:12-14). Embora fosse o Salvador de todos, Ele via os pobres com especial compaixão.

Em suma, a Palavra de Deus dá pleno suporte ao interesse especial de Deus pelos pobres e nos faz refletir quanto a nossa atitude em relação a este chamado.

Evangelho aos Pobres Hoje

Assim como o seu Senhor, a Igreja deve dar uma ênfase especial aos pobres. Diferentemente do que vivemos hoje, onde muitas vezes vivemos de forma a nos segregarmos dos mais desfavorecidos. Ao observar a História da Igreja, verifica-se que a Igreja sempre veio evoluindo dos mais pobres e, ao chegarem na classe média ou rica, passou a negligenciar aqueles dos quais fazia parte.

Isso não quer dizer que não existam pessoas pobres na Igreja, e sim, que a Igreja não exerce justiça e misericórdia para com os mesmos, usando a desculpa de que toda a responsabilidade é do Estado. Temos culpa diante de Deus por ignorarmos

nossa responsabilidade em relação aos pobres.

Mas a nossa principal responsabilidade, neste caso, não é implantarmos um projeto social, e sim, evangelizarmos. Somos chamados a viver e transmitir as boas novas em meio aos pobres, aos aflitos, aos desamparados e aos rejeitados.

Ao levarmos o evangelho, somos conduzidos pelo Espírito a cuidarmos das mazelas que as pessoas vivem. Por exemplo, alguém aqui sabe porque a menina que fazia a limpeza saiu para dar lugar ao Maurílio? Porque o seu filho estava começando a se envolver com drogas e ela se mudou para o interior para salvar seu filho.

O Desafio

A Igreja para manter sua dinâmica espiritual precisa dos pobres mais do que os ricos ou da classe média, disse Howard Snyder. A realidade que precisamos nos inserir é a questão do combate ao crack. Vamos começar a receber membros viciados e que vão precisar muito da nossa ajuda para se libertarem completamente. Por que muitos que são tratados pelos programas sociais já existentes não seguem em frente? Porque são rejeitados pelos que deveriam recebê-los. Essa realidade só vai mudar com o agir do povo de Deus. E se não o fizermos, logo estaremos recebendo a sentença de Laodicéia (Ap. 3:14-22). Que o Senhor nos livre de tamanho mal!