minuta ajuda memória -...

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Minuta Ajuda Memória XLI Reunião Ordinária do Conselho Gestor da APAMLN e ARIESS I Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PEIA I Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PEIb II Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PESM São Sebastião II Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PESM Caraguatatuba II Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PESM Picinguaba I Reunião Extraordinária da Mesa de Diálogo do Observatório Litoral Sustentável No dia 23 de julho de 2015, no Centro Universitário Módulo, localizado na Av. Frei Pacífico Wagner, 653, Centro, município de Caraguatatuba, às 14 horas e 11 minutos, iniciou-se a XLI Reunião Ordinária do Conselho Gestor (CG) da Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Norte (APAMLN) e Área de Relevante Interesse Ecológico de São Sebastião (ARIESS) em conjunto com os Conselhos de Unidades de Conservação Estaduais e Federal do Litoral Norte e com a Mesa de Diálogo do Observatório Litoral Sustentável coordenada pelo Instituto Pólis. Presentes: Cento e vinte seis (126) pessoas participaram da reunião integrada do “Conselhão” (ANEXO I – Lista conjunta assinada), destas 53 conselheiros das Unidades de Conservação Estaduais do Litoral Norte : 35 conselheiros da APAMLN; 13 do PESM Núcleo São Sebastião; 10 do PEIb; 8 do PEIA; 6 do PESM Núcleo Picinguaba e 2 do PESM Núcleo Caraguatatuba. Participaram também 73 convidados. Entre os participantes, muitos são membros da Mesa de Diálogo LN/Observatório e do Conselho Consultivo da UC federal Estação Ecológica Tupinambás. A tablea abaixo elenca todos os participantes em ordem alfabética. Conselheiros presentes Convidados presentes 1- Adriana Capriles/OAB/PESM NSS 2- Adriano Truffi Lima/CIA DOCAS/APAMLN/PESM NSS 3- Adryan Herzog/Assoc. Caiçara Juqueriquerê/PESM NCAR 4- Alexandre Turra/IOUSP/APAMLN 5- Ana Carolina Breda e Alves/EDP Bandeirante/PESM NSS 6- André Miragaia/PM ILHABELA-SMMA/APAMLN/PEIb 7- Antônio Sergio Fernandes/Colônia de Pescadores Z-14/APAMLN 8- Beatriz Pierre Daunt/PESM – Núcleo São Sebastião 9- Benedita Aparecida L. Costa/ Colônia Pescadores Z-6/APAMLN/PEIB 10- Berenice M.G. da Silva/Fundação Pró-Tamar/APAMLN/PESM-NPIC 1. Alfredo L. Portes/ MP-São Paulo 2. Aline Keiko Ishikawa/APAMLN 3. Amanda Fernandes/ IIPM 4. Amando F/Modulo 5. Ana Carolina Mure/PMC-SMA AP 6. Anderson J. V. Ribeiro 7. Barbara Banzoto/Petrobras 8. Beatriz Granziera/ SMA –São Paulo 9. Bruno A. Buchaim/ESEC Tupinambás 10. Caio Kugelmas/Instituto Ilhabela Sustentavel 11. Caio S. Neto/Prefeitura de Ubatuba 12. Camila Pegorelli/PEIA Rua Dr. Esteves da Silva, 510 - Centro - Ubatuba / SP - CEP 11680-000 Telefone/Fax (12) 3832-4725 – e-mail:[email protected] www.fflorestal.sp.gov.br

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Minuta Ajuda Memória

XLI Reunião Ordinária do Conselho Gestor da APAMLN e ARIESS I Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PEIA I Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PEIb

II Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PESM São Sebastião II Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PESM Caraguatatuba

II Reunião Extraordinária do Conselho Consultivo do PESM Picinguaba I Reunião Extraordinária da Mesa de Diálogo do Observatório Litoral Sustentável

No dia 23 de julho de 2015, no Centro Universitário Módulo, localizado na Av.

Frei Pacífico Wagner, 653, Centro, município de Caraguatatuba, às 14 horas e 11 minutos, iniciou-se a XLI Reunião Ordinária do Conselho Gestor (CG) da Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Norte (APAMLN) e Área de Relevante Interesse Ecológico de São Sebastião (ARIESS) em conjunto com os Conselhos de Unidades de Conservação Estaduais e Federal do Litoral Norte e com a Mesa de Diálogo do Observatório Litoral Sustentável coordenada pelo Instituto Pólis.

Presentes: Cento e vinte seis (126) pessoas participaram da reunião integrada do

“Conselhão” (ANEXO I – Lista conjunta assinada), destas 53 conselheiros das Unidades de Conservação Estaduais do Litoral Norte : 35 conselheiros da APAMLN; 13 do PESM Núcleo São Sebastião; 10 do PEIb; 8 do PEIA; 6 do PESM Núcleo Picinguaba e 2 do PESM Núcleo Caraguatatuba. Participaram também 73 convidados. Entre os participantes, muitos são membros da Mesa de Diálogo LN/Observatório e do Conselho Consultivo da UC federal Estação Ecológica Tupinambás.

A tablea abaixo elenca todos os participantes em ordem alfabética.

Conselheiros presentes Convidados presentes 1- Adriana Capriles/OAB/PESM NSS

2- Adriano Truffi Lima/CIA DOCAS/APAMLN/PESM NSS

3- Adryan Herzog/Assoc. Caiçara Juqueriquerê/PESM NCAR

4- Alexandre Turra/IOUSP/APAMLN

5- Ana Carolina Breda e Alves/EDP Bandeirante/PESM NSS

6- André Miragaia/PM ILHABELA-SMMA/APAMLN/PEIb

7- Antônio Sergio Fernandes/Colônia de Pescadores

Z-14/APAMLN

8- Beatriz Pierre Daunt/PESM – Núcleo São Sebastião

9- Benedita Aparecida L. Costa/ Colônia Pescadores

Z-6/APAMLN/PEIB

10- Berenice M.G. da Silva/Fundação

Pró-Tamar/APAMLN/PESM-NPIC

1. Alfredo L. Portes/ MP-São Paulo

2. Aline Keiko Ishikawa/APAMLN

3. Amanda Fernandes/ IIPM

4. Amando F/Modulo

5. Ana Carolina Mure/PMC-SMA AP

6. Anderson J. V. Ribeiro

7. Barbara Banzoto/Petrobras

8. Beatriz Granziera/ SMA –São Paulo

9. Bruno A. Buchaim/ESEC Tupinambás

10. Caio Kugelmas/Instituto Ilhabela

Sustentavel

11. Caio S. Neto/Prefeitura de Ubatuba

12. Camila Pegorelli/PEIA

Rua Dr. Esteves da Silva, 510 - Centro - Ubatuba / SP - CEP 11680-000 Telefone/Fax (12) 3832-4725 – e-mail:[email protected]

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11- Caetano Machado de Almeida JR./Colônia Pescadores

Z-8/APAMLN

12- Carlos Roberto Nunes/Instituto Ilhabela Sustentavel/PEIb

13- Célia Regina Castro da S.de Paula/Associação dos

Moradores Picinguaba – AMBP /PESM NPINC

14- Cláudio Gonçalves Tiago/CEBIMAR USP/APAMLN/PESM –

NSS

15- Claudio Luiz Dias /CETESB/APAMLN

16- Danilo Santos da Silva/Fundação Florestal/PESM –NPIC

17- Debora Olivato/ACIA Associação Cunhambebe da Ilha

Anchieta/APAMLN

18- Edson Marques Lobato/ICC Sociedade Amigos do B.

Bonete/APAMLN/PEIb

19- Elisa Van Sluys Menck/Instituto Costa Brasilis/APAMLN

20- Evandro Figueiredo Sebastiane/PM de São

Sebastião/APAMLN

21- Franco Claudio Bonetti/UNIBR/PESM –NSS

22- Gabriele Cerqueira Sant’anna/Coordenadoria de

Fiscalização Ambiental/SMA/APAMLN/PESM –NSS

23- Geraldo de França Ottoni

Neto/MMA-ICMBIO/APAMLN/PEIA

24- Gilda Helena Leôncio Nunes/Assoc. Com. e Industrial de

Ilhabela/PEIb

25- Helena G. Kawall/PMU - SMA/PEIA/APAMLN

26- Humberto Gallo Junior/Instituto Florestal/PEIA/PEIb

27- Iara Bueno Giacomini/CBH do Litoral Norte/APAMLN/PEIA

28- Jerri Eduardo Morais/Colônia de Pescadores

Z-10/APAMLN/PEIA

29- Joana Fava Cardoso Alves/Fundação Florestal/PEIb

30- José Roberto Carlota/MAPEC/APAMLN

31- Juliana Marcondes Bussolotti/Assoc. Cunhambebe da Ilha

Anchieta/PESM NPIC/ PEIA

32- Júlio Cesar dos Santos/AUSKIM –Associação Ubatuba de

Sonrisal e Skimboard/APAMLN

33- Leonardo Ribeiro Teixeira/MMA – IBAMA/APAMLN

34- Lucila Pinsard Vianna/Fundação Florestal/APAMLN/APAM

LN/PEIb

35- Luiz Carlos Rodrigues/Coord. de Fiscalização

Ambiental/SMA/APAMLN

36- Marcelo de Oliveira Sá/Marinha do Brasil/APAMLN/PEIb

37- Maria Luiza Monteleone/GREENWAY/PESM – NSS

38- Marta Penteado/SPU-Sec. do Patrimônio da

União/APAMLN/PESM –NPIC

39- Maurici Romeu da Silva/PMU- Sec. Agric. Abast. e

Pesca/APAMLN/PESM – NPIC

40- Miguel Nema Neto/FF/PESM NuCAR

41- Pedro Barboza Oliva/APA Marinha LN/FF – APAMLN

42- Pedro de Carle/ AUS – Assoc. Ubatuba de Surf/APAMLN

13. Camila Tiemi Issagawa/UNESP-CLP

14. Carlos Felipe Abinched/ICMBIO

15. Carlos Zacchi Neto/ FF –GLN

16. Cassio P. Edelstein/APAMLN ARIESS

17. Claudia Ratiere/Prefeitura –

Social/Colônia Z8

18. Cristiane Palhuca/PESM - NUCAR

19. Cristina Azevedo/SMA – São Paulo

20. Dalton Novaes/ICMBIO

21. Daniele Almeida/UNESP – CLP

22. Davis Sansolo /UNESP – CLP

23. Deborah C. Shinoda/APAMLN

24. Eduardo A. Drolhe da Costa/CATI –

Ubatuba

25. Eliane Simões/Associação

Cunhambebe

26. Felipe Spina/Mosaico Bocaina

27. Fernanda T. Stori/IO USP

28. Fernando Lardoza/ Paraty – RJ

29. Fernando Raeder/IBAMA –Caragua

30. Gabriela Lourenço/ONG Ecosteiros

31. Georges Greco/Instituto Ilhabela

Sustentável

32. Guilherme Fluckiger/PROFAUNA

33. Guilherme Schultz/FUNDESPA

34. Helio Wicher/Instituto Polis

35. Henrique Paiva/UNIFESP

36. Herivelto M. Santos/PAmb

37. Irene Maestro/ Instituto Polis

38. Irene Maestro/Instituto Polis

39. Isabel Ginters/Instituto Polis-Observat.

40. João Andreoli/ACESS ESEC

41. Jorge A. F. Alarcón/UNESP –CLP

42. Juan Blanco Prada/SMMA –PMU

43. Kaué Senger/ONG Ecosteiros

44. Leandro J. G. Branetto/FASS

45. Luciana Xavier/IO USP

46. M. Celina J. Azevedo/ESEC

Tupinambás

47. Maila Paisano G. Sá /IIPM

48. Marcela Muterli/AME

49. Marcelo M S/RBMA

50. Marcelo/SPU-SP

51. Marco Aurelio/Policia Militar

Ambiental

52. Marcos Vinicius/Petrobras

53. Mariana Belmont/Mosaico Bocaina

54. Mariana Machado/ Transpetro

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43- Priscila Saviolo Moreira/Fundação Florestal /PEIA

44- Ricardo Romero/FF/PESM NSS

45- Rita de Cassia Murtelli/Associação Morro do Eixo/PESM

–NSS

46- Roberto Francine Junior/Assoc. Cunhambebe da Ilha

Anchieta/PEIA/PESM-NSS

47- Rodrigo do Carmo Sampaio/PM São

Sebastião/SEMAM/APAMLN/PESM-NSS

48- Ronaldo Cheberle/Prefeitura Municipal de

Caraguatatuba/APAMLN

49- Rosa Maria Mancini/Coordenadoria Planejamento da

SMA/APAMLN

50- Sergio Heitor /PMIlhabela –Sec. Turismo/PEIb

51- Sônia Clara Silva/SABESP/APAMLN

52- Tami Albuquerque Ballabio/ACIA - Assoc. Cunhambebe Ilha

Anchieta/APAMLN

53- Willians Alves Marin/Marinha do Brasil/APAMLN/PEIb

55. Marilia Nobre/ESEC/ICMBIO

56. Marina Montenegro/SMAAP

–Caraguatatuba

57. Natalia R. Oliveira/FUNDESPA

58. Nathalye Evelyn A. Mieldazis/APAMLN

ARIESS

59. Nicole Malinconico/UFPE

60. Paola Iesser/Instituto Polis –L.S

61. Patricia Cardoso/Instituto Polis

–Observatório

62. Paula Bolta/APAMLN ARIESS

63. Paulo Romeiro/Instituto Polis

64. Raul O. Dias/ FUNDESPA

65. Ricardo Quintilino Basto/ANUBA

66. Roberto de Oliveira/PROMATA

67. Sergio Alli/Jornalista –SP

68. Silas F. Leto/PROMATA

69. Stefano Avilla/UNESP – CLP

70. Suely Moraes Franco/APAMLN

71. Tafany Souza/Cetesb

72. Thais Faria/ESEC - ICMBIO

73. Vinicius S. de Oliveira/ SEMAN –

Paraty

Participaram da reunião diversas instituições públicas, privadas e da sociedade civil da região, incluindo representantes das Colônias de Pescadores, Associações de Bairro, Universidade, ONGs, empresários, representantes do IBAMA Litoral Norte, Fundação Florestal (Gerência Regional e Gestores das Unidades de Conservação Estaduais), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e gestores da Unidade de Conservação Federal (Estação Ecológica Tupinambás), Gerência Ambiental da Petrobras/UO-BS, CETESB, Secretarias Municipais de Meio Ambiente dos Municípios, Secretaria de Pesca e Agricultura de Ubatuba, Superintendência do Patrimônio da União de São Paulo/SPU-SP, Marinha do Brasil, Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente/GAEMA do Ministério Público do Estado de São Paulo, Secretaria Executiva do Conselho do Mosaico da Bocaina, dentre outras.

PAUTA DA REUNIÃO: 1) Deliberação ajuda-memória APA MARINHA LN e ARIE São Sebastião 2) Introdução ao licenciamento ambiental (ICMBio/ESEC Tupinambás) 3) Mapeamento Compensações Ambientais/Estudos de Caso (Instituto Pólis) 4) Câmara de Compensação Ambiental do Estado de São Paulo (SMA/CCA-SP) 5) Mesa Redonda e perguntas do público 6) Encaminhamentos

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Lucila (APAMLN/ARIESS) deu as boas vindas, agradeceu a presença de todos na

41ª reunião do CG da APAMLN/ARIESS e informou que esta reunião é integrada com todas as Unidades de Conservação do Litoral Norte e Mesa de Diálogo LN do Observatório Litoral Sustentável.

1) Deliberação ajuda-memória APAMLN/ARIESS ➢ Contatos APAMLN/ARIESS: [email protected] (12) 3832-1397.

Lucila P. Vianna (gestora da APAMLN) perguntou se a ajuda-memória da XL

Reunião Ordinária do CG, enviada a todos juntamente com a convocatória da reunião, poderia ser aprovada. A ajuda memória foi deliberada por unanimidade, sem sugestões de alterações.

2) Apresentação do ICMBio (MMA)– Introdução ao licenciamento ambiental (ANEXO II – Apresentação)

➢ Contatos ESEC Tupinambás: [email protected] (12) 3892-4427 – Marília Nobre Foi realizada por Marília (ICMBio) uma contextualização sobre o histórico da

legislação relacionada ao Licenciamento Ambiental (LA), de modo a possibilitar a compreensão das medidas de compensação e condicionantes no âmbito deste processo.

Marília explicou que o LA é um dos instrumentos da Lei Federal 6938/1981 –Política Nacional de Meio Ambiente (Art. 9º e 10º). Disse que a partir da Resolução CONAMA 001/86, passa a ser exigida a apresentação de estudos ambientais, entre eles o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impactos ao Meio Ambiente (EIA-RIMA) para os empreendimentos listados pela resolução (norma não excludente) e também passa a ser prevista a realização de audiências públicas (regulamentadas pela CONAMA 009/87 – a qual diz que se a audiência não for realizada, a licença não é validada).

Marília comentou que o conteúdo mínimo obrigatório do EIA-RIMA é: a avaliação dos impactos ambientais, a área de influência do empreendimento e a definição de medidas mitigadoras para os impactos negativos. Para as Unidades de Conservação (UCs), a área de influência do empreendimento é o fator que determina quais as UCs afetadas e envolvidas no licenciamento. Marília complementou que nem todas as atividades relacionadas à exploração de petróleo exigem EIA-RIMA, como os Estudos Ambientais de Sísmica, os de Perfuração e os Testes de Longa Duração.

Marília também citou que a Resolução CONAMA 237/97, a qual altera a CONAMA 001/86, estabelece que o órgão ambiental é o responsável por definir o tipo de estudo ambiental pertinente ao processo de licenciamento, e também lista os tipos de empreendimentos a serem licenciados (não excludente).

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Marília apresentou alguns conceitos relacionados ao LA, a saber: - Medidas mitigadoras: corrigir impactos negativos e reduzir sua magnitude. - Medidas compensatórias: compensar os impactos que não podem ser evitados ou mitigados – estas medidas são mais difíceis de serem definidas e utilizadas pois nem sempre possuem relação direta com o impacto. - Compensação ambiental: não é uma condicionante de licenciamento, é um mecanismo financeiro ligado única e exclusivamente a empreendimentos de significativo impacto ambiental que apresentem EIA-RIMA, e dado pela necessidade do empreendedor em apoiar a implantação e manutenção de uma UC de Proteção Integral. Proporciona a incorporação dos custos sociais e ambientais da degradação gerada por determinados empreendimentos, em seus custos globais. - Licença Prévia (LP): empreendimento pode acontecer, mas não pode ser instalado. - Licença de Instalação (LI): validade de 6 anos, no máximo. Autoriza o início da instalação. - Licença de Operação (LO):validade de 10 anos, no máximo.

Marília falou que, com a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - Lei 9.985/2000), pela primeira vez trata-se da compensação ambiental, sendo o órgão licenciador responsável por definir as UCs afetadas pelo empreendimento. Todas as UCs afetadas devem obrigatoriamente receber um valor da compensação pelo empreendimento. Este valor é definido pelo órgão licenciador, porém não é estabelecida porcentagem mínima a ser destinada às UCs afetadas.

Marília comentou também sobre o Dec. Federal 4340/2002, que regulamenta o SNUC e institui que cabe aos conselhos dos Mosaicos e das UCs afetadas se manifestarem sobre os processos de licenciamento, mas não é uma manifestação vinculante, ou seja o órgão licenciador pode acatar, ou não, as considerações da UC.

Marília explicou que a Resolução CONAMA 428/2010 define que, se o empreendimento impactar a UC, sua Zona de Amortecimento (ZA) ou até 3km da UC nos casos de não possuir ZA, o empreendedor tem que pedir autorização antes da LP para o conselho da UC (via órgão licenciador). Esta normativa estabelece que a manifestação da UC possui caráter vinculante, sendo a autorização da UC necessária para a continuidade do processo de licenciamento. Ainda que a autorização não saia na LP, pode ser obtida na LI. Marília complementou que, mesmo que o empreendimento esteja a 150km, o órgão licenciador deve solicitar ao órgão gestor a manifestação da UC se for estabelecido nexo-causal.Caso a UC identifique o licenciamento de um empreendimento que a afete, mas que não foi considerada pelo órgão licenciador, o órgão gestor da UC pode questionar em qualquer momento o andamento de tal licenciamento.

Marília disse que a Lei Complementar 140/2011 estabeleceu as competências para o licenciamento entre os órgãos federais, estaduais e municipais(quem licencia o quê). De modo geral, o que está em UC federal o IBAMA é o responsável, o que está em UC estadual, o estado licencia e o que está em UC municipal, o município licencia,

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exceto em APA. Nas APAs, o critério de quem licencia o quê segue as regras da tipologia dos empreendimentos, já para todas as outras UCs vale o ente federativo que a criou. O Dec. 8437/2015 define as tipologias de empreendimento de responsabilidade do IBAMA no licenciamento ambiental.

Em suma, Marília explicou o fluxo dos procedimentos necessários para o licenciamento dos empreendimentos de significativo impacto ambiental, os quais apresentam EIA-RIMA e, portanto, valores destinados à compensação ambiental. Explicou as diversas fases inerentes ao processo de obtenção das licenças, identificando o momento da participação das UCs, assim como da valoração da compensação.

3) Mapeamento das Compensações Ambientais e Estudos de Caso (Instituto Pólis) - http://litoralsustentavel.org.br/ - Patrícia Cardoso e Paulo Romeiro

(ANEXO III – Apresentação)

Patrícia (Instituto Pólis) apresentou o projeto Observatório Litoral Sustentável,

que coordena a Mesa de Diálogo sobre os Grandes Empreendimentos do LN e a CT de Turismo Sustentável do LN. Contou sobre as informações/estudos/materiais que se encontram disponíveis no site do projeto (litoralsustentavel.org.br). Esclareceu que a apresentação consistia em uma das metas planejadas pela Mesa de Diálogo LN: um estudo preliminar sobre Compensações Ambientais a ser aprimorado com todos os conselhos das UCs do LN. Apresentou o objetivo do estudo – elaborar um mapeamento do processo de definição e destinação dos recursos das Compensações Ambientais, e compreender como funciona esse fluxo e de que maneira é possível participar/intervir nesse processo de decisão. Destacou a importância da vinculação territorial das compensações ambientais e da participação no seu processo decisório.

Paulo (Instituto Pólis) ressaltou que esta é uma pesquisa feita em colaboração com a APAMLN, IBAMA e ICMBio. Apresentou o “Mapeamento do processo decisório de destinação de recursos da Compensação Ambiental”. Explicou que a Compensação Ambiental consiste em uma prestação pecuniária decorrente do licenciamento de empreendimentos de significativo impacto ambiental. Ressaltou a importância da compreensão do fluxograma sobre o processo de decisão, atentando para os critérios e órgãos envolvidos.

Paulo destacou a Instrução Normativa do IBAMA 08/11, a qual conferiu maior transparência ao processo de licenciamento ambiental, essencial para a realização desta pesquisa. Apresentou as principais instâncias envolvidas na tomada de decisão sobre a distribuição dos recursos da Compensação Ambiental: a Câmara Federal de Compensação Ambiental (CFCA), o Comitê de Compensação Ambiental Federal (CCAF) e Câmara de Compensação Ambiental do Estado de São Paulo (CCA-SP), e suas respectivas competências e composição. Ressaltou o fato de que o Comitê

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Federal/CCAF não é composto por representantes da sociedade civil, e a Câmara estadual/CCA-SP, apesar de ser composta por alguns representantes da sociedade civil, não é paritária, sendo os representantes indicados pelo Estado.

Paulo e Patrícia apresentaram os atores e instrumentos do processo de decisão sobre a Compensação Ambiental no licenciamento ambiental de grandes empreendimentos. Ressaltaram que os órgãos licenciadores como o IBAMA e a CETESB são responsáveis pela produção do Termo de Referência – TR para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA, que deve conter um Plano de Compensação Ambiental; é por uma parecer do órgão licenciador (IBAMA e CETESB) enviado ao Comitê Federal/CCAF ou Câmara Estadual (CCA) (dependendo se é licencimaneto federal ou estadual) que é decidida a distribuição dos recursos da Compensação Ambiental para UCs. Os empreendedores são responsáveis por elaborar o Termo de Compromisso que é um tipo de contrato de execução da Compensação Ambiental e as Unidades de Conservação são responsáveis por elaborar o Plano de Trabalho para aplicação dos recursos da Compensação Ambiental e pela prestação de contas. Falou também sobre o cálculo do valor da compensação, definido pelo Decreto Federal 6848/09. Comentou que o Grau de Impacto é emitido na Licença Prévia - LP, enquanto o Valor de Referência consta na Licença de Instalação - LI.

Paulo falou que os critérios do estudo enfocaram o questionamento sobre a destinação dos recursos às UCs não afetadas. Segundo a análise da CONAMA 371/06, somada às consultas aos órgãos envolvidos e a apresentação da Marília, as UCs afetadas devem necessariamente receber a compensação, mas não exclusivamente, sendo que as não afetadas também podem se beneficiar no processo. Esta resolução define que as Zonas de Amortecimento - ZAs diretamente afetadas também são beneficiárias da compensação, trazendo critérios de Proximidade, Dimensão, Vulnerabilidade e Infraestrutura existente. Concluiu que, desta forma a localização territorial é critério importante para a definição das UCs beneficiadas. O art.8º define que as Câmaras de Compensação Ambiental devem ouvir os representantes dos entes federados, os Conselhos de Mosaicos e UCs afetadas pelo empreendimento para decidir sobre a distribuição de recursos da Compensação Ambiental.

Paulo concluiu que, em suma, no âmbito das compensações federais, foram identificadas quatro fontes que subsidiam a definição das UCs beneficiadas, sendo elas: 1) Propostas apresentadas no EIA-RIMA; 2) Manifestações dos entes federados e conselhos de Mosaico e UCs; 3) Sugestões justificadas de qualquer interessado realizada no decorrer do processo de licenciamento; e 4) Critérios definidos pelo Comitê Federal/CCAF (Ata nº 9/2012). Tais critérios se baseiam no Volume de Recursos e pela Tipologia do Empreendimento (Terrestre, Linear e Costeiro-Marinho), os quais foram sistematizados em documento distribuído aos participantes (ANEXO IV – Tabela Critérios Comitê Federal)

Foi apresentada também por Paulo a ordem de prioridade da aplicação dos recursos, estabelecidas pelo Dec. Federal 4340/02 em seu art. 33, e explicou que os

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recursos devem ser destinados a UCs que estejam na área de influência do projeto, bacias hidrográficas ou em sua microrregião. Foi informado que atualmente não há critério mínimo para destinação destes recursos para as UCs afetadas.

O fluxograma das compensações federais dos empreendimentos licenciados pelo IBAMA foi apresentado pelo Instituto Pólis, material também entregue a todos os presentes (ANEXO V – Fluxograma Compensações Federais). Ressaltou-se neste processo a possibilidade do órgão licenciador sugerir UCs a serem destinadas, geralmente acatado pelo Comitê Federal/CCAF; o dever de consulta aos entes federados e Conselhos de UCs; e o fato de que as próprias UCs são responsáveis por elaborar os Planos de Trabalho (PTs) para aplicação dos recursos da Compensação Ambiental e prestar conta da sua execução.

Paulo apresentou os estudos de caso do Campo Mexilhão/Petrobras e FPSO Cidade Ilhabela/Sapinhoá Norte/Parte da Etapa 2 Pré-Sal/Petrobras. No primeiro caso, destacou-se a identificação da proposta de destinação dos recursos à criação de uma UC de Proteção Integral fora da área de influência do empreendimento (a qual não foi aprovada), bem como a ausência de referência à consulta aos Conselhos de UCs. No caso da FPSO, a definição da destinação dos recursos da Compensação Ambiental também não foi finalizado, contudo até o momento também não foi identificada nenhuma consulta aos entes federados, nem aos Conselhos de UCs.

Foram apresentados por Paulo e Patrícia os apontamentos preliminares de recomendações para debater e definir coletivamente, a saber: transparência nos valores/montantes destinados; processo decisório mais democrático; distribuição dos recursos para as UCs – priorizar as afetadas para a aplicação de recursos e estabelecer porcentagem mínima de destinação da Compensação Ambiental. Sobre a aplicação dos recursos, foi proposta uma reunião conjunta SMA/FF/Conselhos UCs sobre uma Capacitação para Elaboração de Planos de Trabalho, no âmbito da Mesa de Diálogo do LN. Intervenções:

● Marta Penteado (Secretaria Patrimônio da União – SPU) fez a sugestão de realização de capacitação para os conselheiros para um melhor entendimento das formas de intervenção desses recursos e acompanhamento para que possam opinar melhor nesses projetos. Fazer um mapeamento dos empreendimentos e necessidade das UCs para apresentar aos empreendedores, como um “leque de opções”.

● Marcos Vinicius (Petrobras) esclareceu que nenhum empreendimento marítimo (off-shore) da Petrobras conseguiu pagar a prestação pecuniária decorrente da lei do SNUC, devido a empecilho relacionado com o pagamento de juros e taxa Selic em cima da atualização do Valor de Referência do empreendimento. Trata-se de um processo muito lento e difícil. Hoje a Petrobras tem 1,8 bilhões de reais para pagar a título de compensações na

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Bacia de Santos, mas não consegue efetuar o pagamento. Além disso, a Petrobras precisa prestar contas sobre o dinheiro da poupança, que sempre está parado e possui um custo para o empreendedor, isso não é bom para nenhum dos lados. Esclareceu que a Coordenação Geral de Petróleo e Gás do IBAMA (CGPEG/IBAMA) não diferencia área de influência direta e indireta, apenas delimita “área de influência” dos empreendimentos.

4) Apresentação da Câmara de Compensação Ambiental do Estado de São Paulo

- Cristina Azevedo/Secretária-Adjunta de Meio Ambiente do estado de São Paulo e Presidente da Câmara Estadual de Compensação Ambiental/CCA-SP e Beatriz Granziera/Assessora (ANEXO VI – Apresentação)

Cristina Azevedo (SMA) parabenizou o evento e agradeceu o convite. Explicou

que as informações a serem apresentadas foram apresentadas somente ao Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA) e que também é a primeira vez que os gestores das UCs têm acesso a essas informações. Disse que o objetivo dessa apresentação é esclarecer as recorrentes dúvidas em relação aos procedimentos da CCA-SP, tais como: qual é o fluxo da compensação ambiental e como são tomadas as decisões. Destacou que em todo seu período de existência, esta é a primeira vez que a CCA-SP faz um levantamento de todos os recursos das compensações que já foram recebidos por esta Câmara e como estão sendo aplicados. Passou a palavra à Beatriz Granziera (CCA-SP).

Beatriz falou sobre as Compensações Ambientais Estaduais do SNUC, destacando a determinação de que as UCs de Uso Sustentável só podem ser beneficiadas se forem diretamente impactadas pelo empreendimento, com atestado do órgão licenciador. No período entre o SNUC (2000) e a criação da CCA-SP (2004), as destinações das compensações eram realizadas pelo CONSEMA, que aprovava a viabilidade ambiental do empreendimento, com base no parecer técnico do órgão licenciador, o Departamento da Avaliação de Impacto Ambiental (DAIA).

Beatriz disse que a CCA-SP é um órgão colegiado, integrante da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo (SMA/SP), composta pelo governo e sociedade civil. Sua atribuição é destinar recursos da compensação ambiental para UCs diretamente impactadas, indicar UCs não diretamente impactadas a serem beneficiadas conforme Plano de Trabalho (PT) elaborado pelo órgão gestor e estipular o montante a ser destinado a cada UC, também conforme os Planos de Trabalho. Esclareceu que não é atribuição da CCA-SP a indicação das UCs diretamente impactadas a serem beneficiadas, nem a definição do valor da Compensação Ambiental, sendo tais informações de competência do órgão licenciador, no caso a CETESB ou IBAMA.

Segundo Beatriz a CCA-SP define a distribuição dos recursos da Compensação Ambiental conforme a indicação dos órgãos gestores, no caso a Fundação Florestal.

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Beatriz comentou que a CCA-SP possui um diferencial que é a existência de um portfólio de projetos (o qual subsidia decisões com visão global do que já foi feito) e a sistemática de complementação de valor após o término do empreendimento, para que o valor real do empreendimento (só apurável ao final) possa ser definido precisamente.

Beatriz apresentou a sistematização dos procedimentos realizados pela CCA-SP quando esta foi criada, cujo modelo era utilizado para os empreendimentos licenciados pela CETESB. Disse que esse modelo apresentava gargalos/problemas e, por isso, em 2012, foi criado o Fundo Especial de Despesa para Preservação da Biodiversidade e dos Recursos Naturais (FPBRN) pelo Decreto Estadual 57.547/11. A partir deste Decreto, fica a critério do empreendedor o depósito dos valores das Compensações Ambientais em conta poupança própria (com execução feita pelo empreendedor, conforme PT aprovado) ou no Fundo/FPBRN, sendo que, neste caso, é o órgão gestor ou a UC que executa o recurso. Porém, a falta de instrumentos legais para operacionalizar o Fundo/FPBRN “travava” as compensações, então em 2014 surgiu uma nova sistematização, por meio do Decreto Estadual 60.070/14 (alterado pelo Decreto 60.919/14).

Beatriz citou as resoluções SMA/SP 61/2014, 98/2014 e 35/2015, as quais fixam procedimentos e modelos para o Termo de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA) - firmado a partir da publicação de Resolução SMA, sem a necessidade de negociação com o empreendedor, um ganho de tempo-, aprovam o Regimento Interno da CCA-SP e determinam sua composição.

Beatriz apresentou o histórico dos valores destinados pela CCA-SP, tanto da conta poupança quanto do FPBRN, e para quais temáticas foram destinadas. Complementou que a ideia é transferir todo recurso ainda disponível para o Fundo/FPBRN, de modo a facilitar o acesso à aplicação da compensação. Do recurso em conta poupança, foi identificado que não existiu prestação de contas desde 2012, para que fosse possível identificar a destinação e aplicação dos recursos. Com relação aos recursos ainda não concluídos, destacou que 60% são voltados à regularização fundiária, ficando em aberto a questão se esta priorização é a melhor estratégia, visto tratar-se de um recurso difícil de ser executado e existirem diversas ações judiciais com relação a isso.

Beatriz explicou o fluxo da compensação vinda dos empreendimentos de licenciamento federal e disse que se trata de um processo muito demorado, que foge à governabilidade da CCA-SP, pois depende de muitos outros órgãos.

Beatriz comentou que, entre os empreendimentos do Pré-sal que impactam diretamente a APAMLN, existem dois que o IBAMA recebeu e enviou pra a CCA-SP: Campo de Mexilhão (recentemente com novas divisões de aplicação do recurso) e Etapa 1 do Pré-sal (que foi retirada de pauta porque a Fundação Florestal (FF) solicitou ao IBAMA que ateste que as áreas impactadas são mais amplas que as definidas no EIA do empreendimento). Sobre a Etapa 2 do Pré-Sal, a CCA-SP ainda não recebeu nenhum

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recurso, e com relação a empreendimentos estaduais, não houve nenhum que impactou diretamente a APAMLN.

Beatriz esclareceu que em decisão recente da CCA-SP (semana anterior) a destinação de recursos da Compensação Ambiental do Campo de Mexilhão/Petrobras para UCs não afetadas, em Paranapiacaba, foi revista, e estão sendo discutidas novas destinações considerando as UCs afetadas, inclusive à APAMLN.

Beatriz ressaltou os avanços e melhoria previstos para os trabalhos e estruturação da CCA-SP, dentre elas, uma melhor definição dos critérios para destinação da compensação ambiental (articulação com o Conselho do SIGAP – Sistema Integrado de Gestão de Áreas Protegidas – e com a Comissão de Criação e Ampliação de novas Áreas Protegidas), o efetivo acompanhamento da execução dos PTs, a prestação de contas periódicas (6 meses) e a articulação CCA-SP e Fundação Florestal.

Beatriz apontou as possibilidades da Sala de Cenários da CETESB para aprimoramento da destinação dos recursos da Compensação Ambiental, mas que não é aberta e acessível ao público em geral.

5) Mesa Redonda e perguntas do público Após as apresentações, foram escritos diversos questionamentos pelos

presentes em filipetas e os mesmos foram agrupados por Danilo (gestor do PESM – Núcleo Picinguaba) de acordo com temas semelhantes, a saber:

1- Quanto ao momento em que os Conselhos de UCs afetadas devem ser consultados para a definição da destinação dos valores das Compensações Ambientais decorrentes dos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental:

Cristina Azevedo (SMA/CCA-SP) respondeu que cabe à Fundação Florestal (FF), ao Instituto Florestal (IF) e ao Instituto de Botânica (IBt) enquanto órgãos gestores consultar o conselho ou o gestor das UCs, e a partir daí definir um PT que deve ser apresentado à CCA-SP. A Fundação Florestal participa do processo decisório a partir da sua manifestação, dando resposta à CCA-SP. Segundo ela os trâmites internos à Fundação Florestal é que devem conter a consulta, ou seja, antes da apreciação da CCA-SP.

Beatriz (SMA/CCA-SP) adicionou que deve ficar claro que a destinação dos recursos feita pela CCA-SP, a partir da manifestação da Fundação Florestal, é um processo longo para que o recurso esteja disponível à UC, e somente após a disponibilidade de recursos é que os Planos de Trabalho são elaborados.

Cristina Azevedo (SMA/CCA-SP) concluiu que, portanto, o momento para a participação dos conselhos é antes da decisão da Fundação Florestal.

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Berenice (TAMAR) disse que o conselho da APAMLN deveria ter sido consultado na destinação das compensações e questionou se houve consulta.

Cristina Azevedo (SMA/CCA-SP) explicou que o importante desta reunião é identificar as etapas do processo que precisam ser revistas, e se comprometeu a colher os problemas levantados durante a presente reunião sobre os procedimentos de consulta e execução para que eles possam ser aprimorados internamente na CCA-SP e na Fundação Florestal, a partir do seu repasse à Diretoria Executiva da Fundação.

Patrícia (Instituto Pólis) lembrou que segundo o artigo 8º, parágrafo único da Resolução CONAMA nº 371/2006, “as câmaras de compensação ambiental deverão ouvir os representantes dos demais entes federados, os sistemas de unidades de conservação referidos no caput deste artigo, os Conselhos de Mosaico das Unidades de Conservação e os Conselhos das Unidades de Conservação afetadas pelo empreendimento”. É, portanto, responsabilidade da Câmara Estadual/CCA-SP definir procedimento de consulta a ser executado pela Fundação Florestal, para que se garanta o diálogo com os Conselhos de UCs afetadas.

2- Quanto à consulta aos Mosaicos e às UCs nos processos de Licenciamento Ambiental:

Marília (ICMBio) respondeu que, diferentemente do processo da Compensação Ambiental, o Licenciamento não possui um regramento para consulta. O SNUC afirma que é competência da UC se manifestar quanto aos empreendimentos localizados em seu território, porém não existe uma regra para que este conselho seja ouvido. É preciso que haja um diálogo entre o órgão gestor e o conselho para definir como o este será consultado, visto que não há obrigatoriedade de consulta.

3- Quanto ao acesso aos recursos da Compensação Ambiental: Beatriz (SMA/CCA-SP) respondeu que no âmbito estadual, anteriormente à

criação do Fundo/FPBRN, as atividades a serem realizadas eram definidas juntamente com o repasse do recurso pelo órgão licenciador. Após a criação, houve uma nova sistemática de distribuição, na qual o recurso fica disponível no Fundo/FPBRN até que seja apresentado um Plano de Trabalho para utilização dos recursos pelas UCs. Neste caso, no momento da assinatura do Termo de Compromisso/TCCA não existem definições das atividades.

Marília (ICMBio) complementou que já no nível federal, os recursos repassados à Câmara Federal/CFCA chegam com destinação e finalidade, sendo sua atribuição apenas deliberar sobre os Planos de Trabalho apresentados.

Edson Lobato (Instituto Conservação Costeira) parabenizou a iniciativa desta reunião, pois focar na confusão que é a Compensação Ambiental é importante. Disse que a governança é quase nula e em um território que está sofrendo mudanças enormes é necessário tentarmos outro tipo de ação, talvez nas Medidas Compensatórias. Disse que o trabalho do Leonardo Teixeira (IBAMA) apresentou de

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forma muito competente que todos os empreendimentos de uma região devem ser considerados juntos na definição destas medidas. Citou como exemplo o processo de revisão do Gerenciamento Costeiro que está ocorrendo com a intenção de industrializar e urbanizar o LN sem saber sequer sobre sua disponibilidade hídrica. Questionou a participação da DERSA e da Cia. DOCAS nos fóruns de discussão. Parabenizou a participação da Petrobras nos fóruns, o esforço da Mesa de Diálogo, dos Conselhos e da CCA-SP, que com esta apresentação possibilitou a observação de que não se deve esperar a decisão da decisão da decisão, cuja governança não está aqui. Perguntou onde está o recurso para proteger as comunidades tradicionais do LN e afirmou que boa parte dele foi para o Fundo Amazônico.

4- Quanto à permanência dos recursos nas UCs e Municípios diretamente impactados:

Maurici Romeu (Prefeitura de Ubatuba) contou sobre a dificuldade dos municípios em serem considerados nos processos da compensação, visto que muitas vezes fazem parte da Zona de Amortecimento/ZAs das UCs. Acha inimaginável que os recursos não sejam aplicados nas UCs afetadas, seus entornos ou ZAs. Considerando que os municípios do LN são quase 90% constituídos por UCs, defende maior gerência dos municípios nos licenciamentos ambientais, pois estes sofrem impactos de todos os empreendimentos, seja da cadeia de petróleo e gás, seja da duplicação da Tamoios e da ampliação do Porto de São Sebastião. Portanto, é importante rever o fluxograma da destinação dos recursos para que comecem a ser ouvidos os conselhos, gestores e municípios envolvidos, garantindo a efetividade das compensações.

Fernando (IBAMA) esclareceu que é possível propor ao CONAMA que um porcentual mínimo dos recursos das compensações ambientais seja destinado para as UCs e municípios diretamente afetados, visto que este é um colegiado que possui cadeira para os estados e municípios, e que não existe definição de critérios mínimos. É preciso intervir neste âmbito, pois o CONAMA talvez seja o único órgão colegiado que tem o poder de legislar.

Ronaldo Cheberle (Prefeitura de Caraguatatuba) apontou a preocupação dos municípios sobre os Termos de Referência elaborados pelo órgão licenciador para os empreendimentos, e comentou sobre a dificuldade e a necessidade da definição de critérios. Complementou que a sugestão do IBAMA pode ser iniciada através do estudo feito pelo Instituto Pólis, para a construção de um marco regulatório mais consistente para o controle destes recursos.

Georges (Instituto Ilhabela Sustentável) sugeriu a criação do Mosaico de UCs do LN, a partir das UCs presentes na reunião para facilitar a discussão regional.

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5- Quanto ao setor da Fundação Florestal que é responsável pela proposição de Plano de trabalho:

Beatriz (SMA/CCA-SP) esclareceu que não é a CCA-SP que provoca a Fundação Florestal, mas sim o contrário. Cristina Azevedo (SMA/CCA-SP) complementou que quem encaminha o Plano de trabalho é um ofício da Diretoria Executiva da Fundação Florestal à CCA-SP, sendo que a FF é responsável por “provocar” a CCA-SP ao apresentar o PT para destinação dos recursos.

6- Quanto aos Planos de trabalho identificados e a ausência de recursos destinados:

Beatriz (SMA/CCA-SP) falou que o portfólio de PTs apresentado foi uma herança da gestão anterior da CCA-SP, e esta gestão está levantando as demandas prioritárias dos órgãos gestores para aplicação dos recursos.

7- Quanto ao reajuste do valor da Compensação com base na reavaliação do valor do empreendimento:

Beatriz (SMA/CCA-SP) respondeu que quando vai ser emitida a LI, é feito o depósito com base no valor da compensação naquele momento, apresentado pelo empreendedor, com a emissão de um Termo de Quitação Parcial. Ao final da obra, é conferido o valor real do empreendimento e é depositada a diferença. Só então é que se emite o Termo de Quitação Final. A Câmara Federal/CFCA não possui esse mecanismo de reajuste do valor de referência da Compensação Ambiental, que é uma experiência interessante e inovadora trazida pela CCA-SP.

8- Quanto à participação da Fundação Florestal e da Sociedade Civil na CCA-SP:

Cristina (SMA/CCA-SP) esclareceu que é entendimento do Estado que nenhum órgão gestor faça parte da composição da CCA, visto que são partes interessadas. Contudo, estes órgãos estão presentes em todas as reuniões da CCA-SP para apresentação e defesa dos Planos de Trabalho/PTs. Nesta gestão da CCA-SP foi instituída uma reunião prévia à da Câmara para debater os PTs e aprimorá-los de forma que o plano a ser apresentado na reunião esteja mais completo e possa, assim, ser aprovado. Esclareceu que na última reunião da CCA-SP não havia PTs para serem discutidos e, portanto, nenhum recurso foi destinado.

Cristina complementou que CCA-SP possui dois representantes da sociedade civil definidos pela Secretária de Meio Ambiente, um representante do CONSEMA escolhido por seu colegiado e um membro do Conselho Consultivo do SIGAP, o qual também é uma instância que atua na definição de critérios para a destinação da compensação e que tem participação da sociedade civil no processo decisório.

9- Quanto à elaboração dos Plano de Trabalho/PTs na Fundação Florestal:

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Carlos Zacchi (Gerente das UCs do LN e Baixada Santista/FF) esclareceu que a elaboração dos PTs é feita pelas próprias UCs, e não pelo órgão gestor. Citou o Projeto Corta-fogo como um bom exemplo, no qual houve integração e envolvimento tanto dos gestores e das equipes das UCs que sofriam com queimadas, quanto da equipe técnica instalada em São Paulo, contando também com apoio do IF. Comentou que este projeto atualmente atende aproximadamente 85% da demanda devido à queimadas nas UCs, um grande ganho com apenas um PT. Ressaltou a competência que um Conselho como este possui em construir bons PTs para execução dos recursos.

10- Quanto às regras para elaboração dos Planos de Trabalho/PTs: Berenice (Tamar) questionou sobre os procedimentos para elaboração dos PTs,

quais são as regras e como isto pode ser efetivado, pois somente com a posse destas informações este conselho conseguirá elaborar bons PTs. Explicou que as reuniões do SIGAP, do qual ela é representante, acontecem somente a cada dois meses.

Beatriz (SMA/CCA-SP), concluiu que, considerando o fluxo da compensação, pode ser que este recurso de Mexilhão demore a ser disponibilizado às UCs, portanto a CCA-SP sugeriu que a construção dos PTs aguarde a finalização do processo. Contudo, para os recursos do Fundo/FPBRN é possível elaborar PTs com base nas definições prévias de finalidade.

Berenice (Tamar) citou a existência dos recursos em conta poupança e daqueles que estão no Fundo/FPBRN, os quais já estão disponíveis, e questionou se é possível a apresentação de PTs para este fundo.

Beatriz (SMA/CCA-SP) respondeu que sim e que há um prazo para tal. Disse que há a necessidade de haver relatores, análise do projeto e etc. Esclareceu que o plano de prazos e a forma de apresentação dos PTs constarão como anexo à Ata da 71ª reunião da CCA-SP, a qual estará em breve disponível na internet, e se não estiver é possível enviar um email às coordenadoras para que estas façam o repasse do roteiro.

Andreoli (representante do Turismo Náutico no CC da ESEC Tupinambás) falou sobre a criação do Parque Nacional de Alcatrazes, englobando a ESEC Tupinambás e a Área de Exclusão à Pesca presente, sobre a qual foi realizada uma audiência pública para o conhecimento e aprovação da sociedade. Recentemente, um novo posicionamento do ICMBio decidiu alterar a classificação do Parque para Refúgio da Vida Silvestre, colocando em dúvida a realização da atividade de turismo na área. Pediu apoio para esta manifestação que está sendo elaborada.

Thaís (ESEC Tupinambás) levantou a questão sobre as Compensações Ambientais em nível federal e citou como exemplo o empreendimento do Pré-Sal (Etapa 1), o qual destinou recursos à mais de 10 UCs federais do litoral de SP e do RJ. Em 2014, uma reunião do Comitê Federal/CCAF para nova redistribuição destes recursos definiu como beneficiários o Parque Nacional de Fernando de Noronha, o Parque Nacional das Sempre-Vivas (interior de MG) e o Parque Nacional da Lagoa do Peixe. As UCs diretamente afetadas pelo empreendimento, contudo, não receberam

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nenhum recurso desta compensação. Pediu apoio ao Observatório e quem mais puder para a suspensão desta ata, visto que isto é ilegal. O Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA) do Ministério Público (MP) já foi acionado e está tentando auxiliar, porém dentro do ICMBio nada foi encaminhado.

Tami (representante da Associação Cunhambebe no CG da APAMLN) perguntou quem seria a pessoa a ser convidada da Fundação Florestal para contar sobre as decisões tomadas sobre o montante de recursos destinados à UC, e quais os critérios utilizados.

Cristina Azevedo (SMA/CCA-SP) comentou que esse é um ponto importante de ser encaminhado visto que não é possível responder a esta questão na presente reunião, já que ela é representante da CCA-SP e não da Fundação, mas há necessidade de se fazer uma reunião com o diretor executivo da FF para aprimoramento dos mecanismos de consulta e decisão na elaboração dos PTs.

Helena Kawall (Prefeitura de Ubatuba) perguntou qual o procedimento para os municípios que tiverem interesse em protocolar PTs e se só há essa possibilidade se existir UC municipal afetada.

Beatriz (SMA/CCA-SP) explicou que para os municípios os Planos de Trabalho/PTs devem ser apresentados diretamente à CCA-SP. Esclareceu que, como este não era o foco desta reunião, não trouxe mais detalhes para os municípios, mas que em uma próxima reunião pode apresentar quais os procedimentos para os municípios.

Cristina (SMA/CCA-SP) pediu desculpas por ter que se ausentar antes do final da reunião, mas informou que a CCA-SP está tentando conferir a maior transparência possível aos seus atos, visando buscar subsídios para melhorados seus procedimentos e que, por isso, esta reunião de conselhos é tão importante. Disse que desta reunião e da ata devem sair as demandas a serem apresentadas ao Secretário e ao Diretor Executivo da FF, que serão ampliadas ao IF e IBt. A gestão está empenhada para que a situação das UCs no Estado e sua relação com o governo melhorem. Agradeceu o convite mais uma vez, reiterando seu comprometimento em levar as demandas aos interessados e se despediu.

Danilo Silva (PESM/Picinguaba) comentou que o recurso, quando é destinado ao órgão gestor, cai na Lei 8666/1993 sobre o processo licitatório e, portanto, deve ser operacionalizado por meio de licitação pública.

Patrícia(Instituto Pólis) informou que o Pólis pretende concluir o estudo das compensações no âmbito da Mesa de Diálogo LN, considerando as contribuições do “Conselhão”. O estudo apresentará recomendações para o aprimoramento do marco legal de destinação dos recursos da Compensação Ambiental; acolheu os pedidos realizados pelo ICMBio sobre a análise do licenciamento da Etapa 1 do Pré-Sal. Disse que uma das propostas da Mesa de Diálogo LN/Observatório é fazer uma capacitação conjunta com a FF/SMA para que se possam apresentar Planos de Trabalho/PTs

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consistentes que reflitam a possibilidade de aplicação dos recursos e demandas regionais do território.

11- Quanto à possibilidade de acesso dos recursos da Compensação Ambiental para estudos de monitoramento ambiental:

Patrícia (Instituto Pólis) respondeu que a priorização dos temas elencadas no artigo 33 do Decreto 4.340/2002 inclui dentre as atividades que podem ser custeadas com recursos da Compensação Ambiental a “aquisição de bens e serviços necessários a implantação, gestão monitoramento e proteção da Unidade, compreendendo sua área de amortecimento” (grifamos). Entendendo possível a possibilidade de acesso aos recursos para realização de estudos de monitoramento ambiental, desde que proposta pela gestão das UCs afetadas. Apontou que os estudos realizados pelo Pólis no âmbito do Observatório são exemplos de estudos de monitoramento.

12- Quanto à abertura para participação social nas Câmaras de Compensação Ambiental:

Patrícia (Instituto Pólis) esclareceu que pela leitura das atas das reuniões das Câmaras e Comitês de Compensação na pesquisa permitiu identificar a participação dos interessados nas temáticas discutidas nas reuniões, como por exemplo Prefeituras interessadas na aprovação de Planos de Trabalho específicos. Além disso, conforme estabelecido na CONAMA 371/06, lembrou que qualquer interessado pode apresentar proposições fundamentadas sobre as UCs a serem beneficiadas para as Câmaras de Compensação Ambiental.

13- Quanto à transparência dos órgãos públicos: Patrícia (Instituto Pólis) falou que um importante recursos disponível hoje é a

Lei de Acesso à Informação (LAI), que inclusive utilizada para a realização do estudo do Pólis para acessar as informações que não estavam disponíveis publicamente. Além da via administrativa, em sua negativa há também as vias judiciais. A resolução CONAMA 371/06, em seu art. 12, determina que o órgão gestor, ao gerenciar os recursos da compensação, deve fazer a publicação anual da prestação de contas.

14- Quanto ao acompanhamento da utilização dos recursos: Carlos Zacchi (GLN/FF) disse que, quando recurso está na conta poupança, o

empreendedor deve apresentar o saldo da conta como prestação de contas. No Fundo/FPBRN não há o trâmite, retirando da responsabilidade do empreendedor, mas há o acompanhamento da utilização de uma forma que não temos conhecimento.

No final da reunião, Adriano Truffi/DOCAS, em resposta à citação sobre a participação da Cia. DOCAS nos questionamentos de Edson Lobato, afirmou que a DOCAS irá se incorporar à Mesa de Diálogo do LN, mas ressaltou que sua equipe é muito pequena, e que apenas o gerente de meio ambiente pode representar a

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empresa. Disse que a DOCAS tem interesse em participar, mas terá que analisar os pontos de convergência e forma de participação. Dispôs-se à apresentar em reunião o que a DOCAS tem feito para atender suas condicionantes de LI.

Joana (gestora do PEIb) fez a leitura e retomada dos encaminhamentos levantados durante a reunião. Ao fim, ressaltou que Tami sugeriu que todos tragam canecas não descartáveis na reunião.

Maurici Romeu (Prefeitura de Ubatuba) complementou que, em relação aos projetos, os órgãos públicos estão “capengas” quanto à técnicos e propôs que a FF auxilie as equipes das UCs na elaboração e execução dos projetos.

Geraldo Ottoni (ESEC Tupinambás) propôs que cada UC presente pense nas necessidades básicas da UC, com priorização para subsidiar a decisão dos órgãos gestores, tanto FF quanto ICMBio, para a elaboração de Planos de Trabalho.

Edilson (gestor da ESEC Tupinambás) concordou com Edson Lobato e Andreoli, contou que a sociedade civil se manifestou mas nada aconteceu. Comentou que o instrumento da criação de UCs não aparece em nenhum momento nos processos de licenciamento, salvo as raras exceções em áreas terrestres. Sugeriu que talvez a criação de uma nova UC pode ser uma possibilidade por parte do empreendedor, os quais podem alegar que não está havendo perda de ecossistemas.

Alfredo Portes (GAEMA-MP) disse que existe uma ação civil pública do MP, GAEMA da Baixada Santista e Litoral Norte, para anular a deliberação da CCA-SP sobre a destinação das compensações ambientais da Etapa 1 do Pré-Sal. Esta ação exige que os recursos sejam destinados aos municípios, beneficiando todas as UCs do RJ e SP. Solicitou auxílio junto à Ação Civil Pública (ACP) com pareceres e documentos que subsidiem a ACP.

Lucila (APAMLN) pediu que Alfredo apresente esta ACP nos conselhos para que os mesmos possam se posicionar quanto ao assunto, e para que todos tenham conhecimento.

Jerri Eduardo (representante Colônia de Pesca Z-10) questionou a existência das diversas UCs que impedem o desenvolvimento da pesca artesanal, e que, em sua elaboração e aprovação deixaram de dialogar com a realidade da população afetada. Apontou que as comunidades tradicionais não estão sendo atendidas e ouvidas em suas necessidades e que o conselho das UCs precisa dialogar com a realidade, necessidades e cultura dessas comunidades.

Helena Kawall (Prefeitura de Ubatuba) comentou sobre a tramitação do Projeto de Lei de concessão/privatização dos Parques (PL 248) que está correndo em regime de urgência. Propôs a discussão deste tema em todos os conselhos das UCs para a proposição de uma reavaliação do projeto.

Berenice (Tamar) sugeriu encaminhamento de solicitação para a retirada do Projeto de Lei de concessão/privatização dos Parques (PL 248) do regime de urgência

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na pauta da Assembléia Legislativa de SP. Beto Francine (Instituto Pólis) complementou que deve ser retirado de pauta e não só do regime de urgência.

Lucila (APAMLN) sugeriu que este encaminhamento seja repassado à SMA/SP para que designe representantes para ouvir os conselhos sobre o tema.

A reunião foi finalizada às 18h23, com salva de palmas.

15. ENCAMINHAMENTOS:

Acordos e Encaminhamentos gerais:

(i) Disponibilizar as apresentações realizadas na reunião, por email, a todos os

conselheiros/ presentes, anexas à ajuda memória da reunião integrada. Todo o material da reunião também será disponibilizado na página do Observatório Litoral Sustentável/Mesa de Diálogo/Apresentações: http://litoralsustentavel.org.br/camaras-tematicas/mesa-de-dialogo-grandes-empreendimentos/

(ii) Solicitar ao IBAMA que disponibilize informações no site sobre os licenciamentos ambientais de forma mais ágil e transparente, em especial sobre o cumprimento de condicionantes, para acompanhamento da sociedade;

(iii) Solicitar a retirada de pauta do Projeto de Lei nº 249 de 2013, que tramita em caráter de urgência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que prevê a autorização para a concessão das Unidades de Conservação paulistas por um período de até 30 anos para a iniciativa privada. Convidar representantes da SMA e FF para discutir o PL nos Conselhos das UCs;

(iv) Docas solicita apresentar no CG da APAMLN o que tem feito para atender suas condicionantes de LI.

Encaminhamentos sobre o tema das Compensações Ambientais junto à Secretária

Adjunta de Meio Ambiente à Diretoria da Fundação Florestal de São Paulo:

(i) Repassar os encaminhamentos à Fundação Florestal para que designe

representantes para ouvir os conselhos sobre o tema;

(ii) Capacitar conselheiros para acompanhamento e melhor entendimento dos

processos de licenciamento, principalmente em relação às compensações

ambientais;

(iii) Melhorar os procedimentos de consulta às Unidades de Conservação e seus

respectivos Conselhos, de forma que essas instâncias participem do processo

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decisório sobre a destinação de recursos de compensação ambiental e sobre o

estabelecimento de critérios e prioridades de aplicação dos mesmos. a. As UCs poderão apresentar suas demandas à Diretoria da FF em forma de

Planejamento Estratégico, contendo as prioridades de gestão de cada UC, ou em

forma de Planos de Trabalho para a CCA;

b. As UCs poderão pensar nesse Planejamento Estratégico e em Planos de Trabalho

regionais, abrangendo mais de uma UC da Gerência regional.

(iv) Tornar mais transparentes os critérios e a priorização de temas definidos pela

diretoria da Fundação Florestal e Câmara de Compensação Estadual tanto para

destinação dos recursos advindos do licenciamento federal quanto para aprovação de

Planos de Trabalho pela CCA Estadual (após a etapa de consulta às UCs).

(v) Capacitar os conselheiros das UCs para apoiar a elaboração de planos de trabalho

pelos órgãos gestores da UCs a serem apresentados pela Fundação Florestal para a

CCA Estadual, em atividades conjunta com a Mesa de Diálogo LN//Observatório Litoral

Sustentável. Foi proposta uma reunião conjunta SMA/FF/Conselhos UCs sobre o tema

no âmbito da Mesa de Diálogo do LN.

(vi) Elaborar documento conjunto com lista das demandas prioritárias das Unidades de

Conservação, com a participação dos gestores e, encaminhar aos empreendedores

para que possam vincular suas propostas de destinação de recursos com o território

impactado pelo empreendimento e suas demandas (no caso da Câmara Federal).

(vii) Reforçar/ garantir a participação e diálogo do SIGAP com os Conselhos de Unidades de

Conservação na definição de critérios para destinação de recursos de compensação da

CCA Estadual.

(viii) Necessidade de execução mais célere dos recursos financeiros disponíveis na CCA,

tendo em vista a necessidade e vislumbrando a execução de recursos da

Compensação Ambiental destinado ao Fundo da Biodiversidade (além de recursos de

convênios e tesouro).

(ix) Retomar o processo de criação do Mosaico de Unidades de Conservação do Litoral

Norte (e não do Mosaico de UCs Marinhas), visto o esforço e contínuo trabalho

integrado dos Conselhos das UCs do LN, Municipais, Estaduais e Federal, marinhas,

insulares e terrestres.

(x) Propor que a CCA Estadual analise a proposta de definição de porcentagem mínima de

recursos de compensação ambientais a serem aplicados nas Unidades diretamente

afetadas e suas áreas de amortecimento ao CONAMA;

(xi) Discutir a inserção de criação de novas unidades de conservação marinhas no

território do litoral paulista como medida compensatória de próximos

empreendimentos no mar, levando-se em conta os territórios pesqueiros, os direitos

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dos povos e comunidades tradicionais e a priorização do uso sustentável dos recursos

naturais;

(xii) Solicitar à CETESB a correção do mapa do ZEE da sala de cenários de forma que seja

utilizado o mapa vigente, referente ao Decreto 49.215/2004;

(xiii) Garantir a presença da Diretoria da Fundação Florestal na próxima reunião dos

Conselhos das UCs (Conselhão) sobre o tema das compensações ambientais, para

esclarecer sobre o processo e critérios de tomada de decisão relacionado aos recursos

de compensação ambiental, bem como discutir aprimoramento dos mecanismos de

consulta e decisão na elaboração dos Planos de Trabalho, prevista para daqui a 3

meses (outubro), e proposta pela Secretária Adjunta.

(xiv) Esclarecer procedimentos e regras para elaboração dos Planos de Trabalho. Verificar

anexo à Ata da 71ª reunião da CCA-SP, em breve disponível na internet, e/ou enviar

email às coordenadoras para que estas façam o repasse do roteiro.

(xv) Pautar para a próxima reunião do Conselhão procedimentos de acesso aos recursos

de compensação eplos municípios.

Encaminhamentos para o Grupo de Conselhos das UCs (“Conselhão”) e Mesa de

Diálogo/Observatório:

(i) Encaminhar, por meio da Mesa de Diálogo, solicitação de anulação da ATA da CCA

Federal que aprovou a destinação de recursos de compensação ambiental do Pré Sal Etapa 1 para Unidades de Conservação não afetadas pelo empreendimento ( Parque Nacional Fernando de Noronha p ex.) e deixou de destinar qualquer recursos às UCs afetadas (ex. ESEC Tupinambás)

(ii) Organizar nova reunião do “Conselhão das UCs” no prazo de 3 meses (outubro), com a

presença da Secretaria de Meio Ambiente, CCA, e obrigatoriamente a Diretoria da FF para tratar dos encaminhamentos relacionados aos recursos de compensações ambiental.

(iii) Discutir o tema “condicionantes”, que incluem medidas mitigatórias e

compensatórias, que podem gerar resultados em curto ou médio prazo, enquanto as compensações anunciam resultados em longo prazo.

(iv) Convidar MPE GAEMA para apresentar a Ação Civil Pública que solicita anulação de

decisão de destinação de recursos de compensação para UCs não afetadas e critérios que permitem a destinação para UCs que não estejam no território afetado e potencialmente afetado, referente à compensação ambiental da Etapa 1 do Pre-Sal/Petrobras.

(v) Propor ao CONAMA que um porcentual mínimo dos recursos das compensações ambientais seja destinado para as UCs e municípios diretamente afetados, visto que

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este é um colegiado que possui cadeira para os estados e municípios, e que não existe definição de critérios mínimos, e talvez seja o único órgão colegiado que tem o poder de legislar.

Essa ajuda memória foi lavrada por Aline Ishikawa (APAMLN/ARIESS), com a colaboração de Irene Maestro (Instituto Pólis) e da secretária-executiva, NathalyeMieldazis (APAMLN/ARIESS), e revisada pela Presidente do Conselho Gestor, Lucila Pinsard Vianna, que assina a mesma. Foi apresentada a todos e deliberada em_______________.  ANEXO I – Lista de presença conjunta assinada

ANEXO II – Apresentação ICMBio: Licenciamento Ambiental

ANEXO III – Apresentação Pólis/Mesa de Diálogo LN: Mapeamento do processo

decisório das Compensações Ambientais e Estudos de caso

ANEXO IV – Pólis: Tabela Critérios Comitê Federal para distribuição recursos

Compensação Ambiental

ANEXO V – Pólis: Fluxograma Compensações Federais

ANEXO VI – Apresentação CCA-SP/SMA: Compensações Ambientais Estaduais

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